7.
FALTA DE RAÍZES – A facilidade com que as pessoas podem se mudar
hoje tem destruído o senso de comunidade que mantém a sociedade unida. O
senso de isolamento pesa sobre as almas das pessoas – elas anseiam por raízes e
relacionamentos estáveis. A igreja local faz parte de um corpo mundial que
tem uma história que se estende até Abraão e Sara, os quais receberam uma
promessa de benção para todas as famílias da terra. E isso é o evangelho –
Gálatas 3:8-9.
8. DERROCADA MORAL – Como no livro de juizes; vivemos tempos em
que cada um faz o que é correto aos seus próprios olhos - e isto com trágicos
resultados. As pessoas se justificam das mais variadas e criativas maneiras. O
colapso moral entre líderes da igreja é assustador e ao mesmo tempo uma
erosão moral mais insidiosa destroi o caráter dos membros da igreja. A igreja
destina-se a ser um lugar de desenvolvimento moral, no meio da imoralidade do
mundo.
9. CONFLITOS / GUERRAS CULTURAIS – Este é um mundo muito
briguento, e todos levamos o conflito para casa e também para a igreja. Nossas
igrejas estão cheias de pessoas que vivem em conflitos pessoais, morais e de
relacionamento. Cristo, o príncipe da paz, veio para estabelecer a união entre
as tribos, as raças e os povos (Efésios 2:14). E Paulo traça uma bela figura da
paz de Deus que é maravilhosamente experimental (Fp 4:7).
10. QUALIDADE DE VIDA DECRESCENTE – Vivemos numa cultura
pessimista. Afinal, pobreza, violência, crime, solidão e imoralidade geram
maus sentimentos. Nós permanecemos no centro dessa cultura, mas há uma
fronteira. A verdade e o poder do Evangelho e, portanto, a qualidade de vida
para os cristãos não dependem de fatores econômicos, políticos ou sociais. A
igreja representa o reino de Deus. Missões é ir além dessa fronteira oferecer
Esperança, Amor e Fé.
CONCLUSÃO: As implicações para missões são óbvias. Precisamos de
igrejas e de missionários. Necessitamos de homens e mulheres que entendam o
tempo em que vivemos. Pessoas que não se deixam acomodar. Pessoas que
querem agir efetivamente diante das necessidades dos anos em que vivemos.
Pessoas da tribo de Issacar, que entendem os tempos e querem fazer alguma
coisa nesse sentido.
CONFERÊNCIAS MISSIONÁRIAS 2º Noite
“Para todo o propósito há um tempo...” – Eclesiastes 8:6
INTRODUÇÃO: Tendo visto que nosso propósito como crentes, isto é, como
igreja, é falar de Cristo em todos os lugares para que o nome de Deus seja
glorificado, vamos tratar hoje do fator tempo.
“Como ouvirão, SE NÃO HÁ quem pregue”- Rom 10:14c
Enquanto não haver pessoas pregando, não alcançaremos nosso propósito.
Uma das razões porque não temos mais pessoas engajadas nesse propósito é
porque faltam pessoas que entendam o tempo em que vivemos. Vejamos:
I Crônicas 12:32 - Quando Davi estava para assumir o trono, todo o seu poder militar
e o apoio do povo não foram suficientes. No meio dos nomes dos que vieram ajudar a
Davi, encontra-se um profundo comentário: A tribo de Issacar enviou 200 chefes ao
novo rei “entendidos na ciência dos tempos, para saberem o que Israel devia fazer”.
 A Habilidade de Davi (Um brilhante General) e o poder de centenas de milhares
de guerreiros treinados – precisavam da informação e orientação de homens
“entendidos na ciência dos tempos para saberem o que Israel devia fazer”.
 Num sentido nossa tarefa é a mesma de Israel – expandir o reino eterno de Deus na
terra. É nossa tarefa buscar esse reino (Mat 6:10). Jesus é o Rei, mas estamos
rodeados por uma cultura que não deseja reconhecer a sua soberania.
Para derrotar os inimigos de Deus e estabelecer o reino de Deus nas vidas das
pessoas – precisamos ver entre nós aqueles que vão se especializar e tornar-se
“entendidos nos tempos e saibam o que a igreja deva fazer”. Enquanto não
houver quem pregue, como alcançaremos nosso propósito?
Embora haja grande quantidade de crentes e muitas igrejas, precisamos
encontrar e alistar pessoas que entendam os tempos e saibam o que fazer.
Pensemos sobre os tempos modernos comparado com o início da igreja.
 No início, a igreja entendia claramente sua missão. A igreja é definida por sua
missão. E podemos dizer que vivemos num campo missionário. A igreja entendia que
sua missão era ir, cruzando o limite de suas fronteiras, e levar Cristo ao mundo.
 Hoje, e na verdade, desde que o mundo se tornou oficialmente cristão (época de
Constantino, Séc. IV) e o ambiente começou a servir a igreja - a missão da igreja
tornou-se um empreendimento afastado, algo praticado em terras distantes.
 O que aconteceu? Nós, a igreja, esperamos que os vizinhos venham até nós,
aprendam nossos hábitos, nossos modos e entrem em nossa subcultura.
Se há uma fronteira entre a igreja e o ambiente em que vivemos, então faz-se
necessário uma mudança em nosso entendimento da igreja e seu ministério.
 Precisamos sair do nosso lugar penetrar na cultura, aprender a maneira do povo
pensar, conhecer seu coração e dar um testemunho aceitável.
 Enquanto isso não acontece, apenas falamos para nós mesmos e exercemos cada
vez menos influência no mundo.
Para proteger o passado e o presente não podemos esquecer o futuro!
 “Porquanto há uma hora certa e também uma maneira cera de agir para cada
situação ...”Eclesiastes 8:6 E não sabemos o que há de acontecer, por isso precisamos
nos preparar. Se ficarmos apenas na defensiva cairemos numa armadilha mortal, pois
não avançaremos além das nossas fronteiras, como Cristo ordenou para ganharmos
almas no mundo. E ainda ficaremos voltados para nós mesmos com pouca ou
nenhuma visão para com nossos vizinhos perdidos.
 Tal como os filhos de Issacar, precisamos entender os tempos, precisamos olhar
para as pessoas do nosso tempo e amá-las, apesar do seu pecado.
 Precisamos expandir o reino de Deus, aqui, ali e por todo lugar. Precisamos viver
para fazer de Cristo, o rei.
QUAIS SÃO AS MUDANÇAS QUE OBSERVAMOS NO NOSSO TEMPO ?
Lista apresentada por David Fisher, em seu livro o pastor do Séc. 21 (Resumo)
1. INTERNACIONALIZAÇÃO (GLOBALIZAÇÃO) – Em um só instante,
descobrimos o que acontece em todo o mundo, e o que acontece em todo o mundo nos
afeta num instante. Isto traz uma implicação política e religiosa imensa. Pelo poder da
cruz, no entanto, Cristo derrubou os muros que separavam o Criador da criatura e os
humanos uns dos outros (Efésios 2:11-22 e Cl 3:11).
2. URBANIZAÇÃO – O mundo avança para as cidades. As implicações sociais,
políticas e religiosas são grandes. Lembre-se do poder das drogas, do álcool, da
violência e da decadência moral. A igreja primitiva não parecia intimidada pelo mal
coletivo dos grandes centros urbanos do mundo romano. Na verdade, a estratégia
missionária de Paulo era de alcançar as grandes cidades.
3. SECULARIZAÇÃO – A cultura moderna expulsou Deus de sua consciência.
Quanto mais secular a cultura se torna, maior a oportunidade para a Igreja demonstrar a
realidade de um Deus transcendente que decidiu viver entre nós, para nos transformar.
A fé cristã declara que Deus pode ser conhecido. O amor de Deus enche nossos
corações e dá forma aos nossos relacionamentos.
4. TECNOLOGIA – Hoje as máquinas são mais valorizadas do que as pessoas. No
entanto Deus ama o mundo, sabe nossos nomes e conta os fios de cabelo de nossas
cabeças. Quanto mais a tecnologia se apossa de nosso mundo, mais a Igreja deve
apresentar o caráter interpessoal e gracioso do Evangelho (João 1:14).
5. INDIVIDUALISMO – No ritmo em que as coisas vão, logo fundaremos a igreja
“Igreja Evangélica Cada Um Por Si e Deus Que Ajude”. A maioria das pessoas não
acreditam mais em líderes do governo ou em qualquer instituição pública. Não
respeitam os professores, nem aos próprios pais e muito menos pensam em igreja.
Todavia, precisamos levar a mensagem do evangelho declarando que a igreja é um
lugar onde as pessoas se importam umas com as outras, vivem umas para as outras e
partilham uma vida comum. Grande parte do que conheço sobre a fé cristã me foi
concedida mediante seres humanos que me ensinaram, me amaram, me desafiaram, me
encorajaram e me ajudaram a crescer.
6. MATERIALISMO / CONSUMISMO – Coisas materiais geram satisfação, pois
dão motivação, e quem acumula grande quantidade de bens materiais é um sucesso.
Vivemos numa corrida desordenada onde compramos coisas que não precisamos, com
dinheiro que não temos para agradar pessoas que, geralmente, nem gostamos. Julgamos
o valor das pessoas pelos sinais do sucesso material. - Uma senhora disse que um
dos problemas da sua igreja é que não tinha um número suficiente de membros com
formação superior. Ela queria dizer que eles trariam o prestígio e o dinheiro
necessários à sua tão humilde comunidade evangélica. Oh! Como precisamos ser
impulsionados pelos valores do evangelho.