Sunteți pe pagina 1din 6

Mosca-branca

Mosca-branca
A Mosca-branca se disseminou pelo planeta por meio da comercialização e do
transporte de plantas ornamentais realizada entre os países da Europa, Bacia do
Mediterrâneo, Ásia e Américas (Brown et al, 1995) e foi devido à facilidade de
adequação a regiões de climas tropical, subtropical e temperado que se transformou
também no vetor de mais de uma centena de viroses descritas em diferentes partes do
mundo.

A mosca-branca é uma das pragas mais conhecidas no mundo e está presente em


praticamente todas as regiões agrícolas. Tecnicamente não se trata de uma mosca, pois é
um hemíptero, mesma ordem dos pulgões e percevejos, e não díptero que é a ordem das
moscas comuns. Uma regra prática para não confundir é o número de asas: hemípteros
têm quatro asas enquanto que dípteros têm duas. Existem duas espécies bastante
conhecidas como pragas, Bemisia tabaci e Bemisia argentifolii. A segunda é conhecida
por ser mais destrutiva e resistente a certos inseticidas.

Conhecida no Brasil desde 1923, ressurgiu nos anos 1990 com elevados índices
populacionais, primeiro na região Sudeste e em seguida nas regiões Centro-Oeste, Sul e
Nordeste com grandes perdas à agricultura brasileira, atacando, inicialmente, plantas
ornamentais e depois difundiu-se rapidamente pelas demais culturas, o que levou muitos
pesquisadores à conclusão de que se tratava de um novo biótipo introduzido no país: a
B. tabaci biótipo “B”. Atualmente está presente em todos os estados brasileiros, com
prejuízos superiores a R$ 10 bilhões.

A mosca-branca é um inseto da ordem Hemiptera, subordem Sternorryncha e família


Aleyrodidae, com aproximadamente 126 gêneros e mais de 1.200 espécies, sendo
Bemisia tabaci a mais importante e amplamente distribuída. As evidências apontam que
Bemisia tabaci possa compor, atualmente, um complexo de espécies com cerca de 20
biótipos. Esses biótipos são populações com potenciais de elevar ao máximo suas
atividades e aperfeiçoar o poder de virulência mais rápido que a capacidade das plantas
hospedeiras de aprimorarem seus sistemas de defesa, levando, de certa maneira, a
pequenas mutações entre indivíduos, diferenciando-os e, frequentemente, isolando-os
geograficamente. Este “complexo mosca-branca”, segundo as pesquisas, adaptou-se à
alimentação em diferentes plantas, agrupando, atualmente, cerca de 700 espécies de
plantas hospedeiras, tanto anuais como perenes, atacando principalmente culturas
importantes como: soja, ervilha, feijão, algodão, tomate, batata, berinjela, pimenta,
fumo, repolho, couve, brócolis, melão, melancia, pepino, mamão, uva, roseira, entre
outras.

O adulto da mosca-branca mede de 0,8mm a 1,0mm de comprimento e possui quatro


asas membranosas recobertas por uma pulverulência branca. Tanto o adulto como as
ninfas possuem aparelho bucal do tipo “picador-sugador”. Os ovos têm formato de pera,
coloração amarela nos primeiros dias e marrom quando próximos à eclosão, e são
colocados na face inferior das folhas, ficando presos por um pedúnculo curto. A eclosão
das ninfas ocorre, em média, após seis dias.

As ninfas têm duração de 12 dias, dependendo das condições ambientais e da planta


hospedeira e logo após a eclosão se locomovem sobre as folhas, procurando um local
para se fixarem e iniciarem a sucção de seiva. Passam por quatro estágios, sendo o
último também chamado de pupa ou pseudopupa, que é caracterizado pelo aparecimento
de olhos (ocelos) vermelhos.

As colônias se estabelecem na face inferior das folhas, de preferência no baixeiro das


plantas. Em condições de temperaturas em torno de 25ºC completam o ciclo, de ovo a
adulto, em três a quatro semanas, em média. Somente o adulto é capaz de migrar até
novas plantas e, nos estádios imaturos, os indivíduos permanecem fixos à planta
hospedeira. Os adultos apresentam pouca desenvoltura para administrar seus voos, que
ocorrem de forma passiva através das correntes de ar. O vento e as condições locais para
a sobrevivência da prole determinam o voo desta praga.

A temperatura pode definir efetivamente o ciclo de vida desta praga, o que pode variar
de 15 dias a 24 dias, bem como a fertilidade, o desenvolvimento embrionário e a
longevidade do adulto. Assim sendo, quanto maior a temperatura, maior o número de
gerações da mosca-branca, podendo alcançar até 15 gerações por ano. Entretanto, a
precipitação pluviométrica contribui de forma negativa neste inseto, reduzindo suas
populações.

Os ataques da Mosca branca ocasionam muitos prejuízos às plantas cultivadas.


Começam no transplante da cultura e prosseguem no decorrer de seu desenvolvimento,
ocasionando em curto prazo redução acentuada da produtividade e em longo prazo
comprometendo de forma irreversível a sustentabilidade de muitos sistemas agrícolas
do país.

Os danos podem ser diretos, através de anomalias, ou desordens fitotóxicas,


caracterizadas pelo amarelecimento de folhas, ramos e frutos, causado pela injeção de
toxinas durante o processo de alimentação do inseto. Outro tipo de dano significativo é
acarretado pelo desenvolvimento de fumagina nas folhas, o que reduz a taxa
fotossintética das plantas, bem como a desuniformidade na maturação das colheitas e a
consequente redução da produção.

Contudo, o que mais causa preocupação é o dano indireto, causado pelo inseto como
vetor de várias viroses como os geminivírus, em especial do gênero Begomovirus
(Geminiviridae) na cultura do tomateiro.

Um dos grandes problemas para o controle da mosca-branca no sistema produtivo é a


pós-colheita de cultivos como da soja, do feijão e do tomate. Isso ocorre porque os
produtores não se desfazem dos restos culturais de forma correta, o que proporciona a
perpetuação e consequente multiplicação dos insetos, que migram para outras lavouras.

Essa praga também causa danos através da sucção direta; ao sugar a seiva das plantas,
com a introdução do estilete no tecido vegetal, os insetos (adultos e ninfas) provocam
alterações no desenvolvimento vegetativo e reprodutivo da planta, debilitando-a e
reduzindo a produtividade e qualidade dos frutos. Em casos de altas densidades
populacionais, podem ocorrer perdas de até 50% da produção. Infestações muito
intensas ocasionam murcha, queda de folhas e perda de frutos. Em tomate para
processamento industrial, ocorre o amadurecimento irregular dos frutos, provavelmente
causado por uma toxina injetada pelo inseto. Isso dificulta o reconhecimento do ponto
de colheita dos frutos e reduz a produção e a qualidade da pasta. Internamente os frutos
são esbranquiçados, com aspecto esponjoso, ou "isoporizados”.

O controle cultural consiste no emprego de práticas agrícolas. Estes Podem ser adotadas
de forma rotineira para criar um agro ecossistema menos favorável ao desenvolvimento
e à sobrevivência dos insetos. Alguns dos mais eficientes são:

Uso de barreiras vivas — O objetivo é impedir ou retardar a entrada de adultos da praga


na lavoura. As barreiras devem ser perpendiculares à direção predominante do vento e,
quando possível, rodear a lavoura. Podem ser usados sorgo forrageiro, milho ou outra
planta similar. Por ocasião do transplante do tomate, essas plantas devem estar com 1,0
m de altura. Se possível, deve-se utilizar para barreira plantas que possam ter outra
utilidade, como forrageiras, ou plantas para alimentação humana.

Quanto mais cedo ocorrer a infecção das plantas pelo vírus transmitido pela mosca
branca. Sendo o mais comum o giminivírus, mais danos serão observados, com
consequente redução na produção. Recomenda-se: produzir as mudas longe de campos
contaminados por vírus que podem ser transmitidos por este vetor. Também deve ser
feita a proteção da sementeira com plástico, tela ou tecido; proteger as mudas desde a
sementeira até os primeiros 30 dias após o transplante, com inseticidas registrados para
a cultura; aplicar inseticida nas mudas, antes do transplante; selecionar mudas sadias e
vigorosas para o transplante; e não transplantar antes dos 21 dias.

Uso de armadilhas — Sua finalidade é atrair e reduzir a população de adultos de mosca-


branca. Usam-se lonas, plásticos, potes de plástico, nylon ou etiquetas, de coloração
amarela (cor que atrai o inseto), untadas com óleo. As armadilhas devem ser colocadas
entre as plantas, na mesma altura das plantas do cultivo.

Manutenção da lavoura no limpo — É necessário eliminar as plantas daninhas


hospedeiras de viroses antes do plantio e nos primeiros dias do estabelecimento da
lavoura.

Eliminação de restos culturais — Restos de plantas não colhidas devem ser


incorporados ao solo, para impedir a formação de um nicho de sobrevivência para ovos,
ninfas e adultos de mosca-branca. É importante que os vizinhos da propriedade façam o
mesmo.
Plantio de cultivares resistentes — Quando é difícil combater o vetor, a resistência ao
vírus é a única opção para controlar o problema. Com tomate, em muitos países, estudos
têm mostrado bons resultados com o plantio de cultivares resistentes às viroses.

Atualmente vem sendo feito vários estudos com o objetivo de se encontrar novos ou
melhorar as já existentes formas de controle biológico para a mosca-branca. Muitos
predadores e parasitoides como insetos ou ácaros já estão sendo usados, e se mostrando
bastante eficientes.

No Brasil, o controle biológico pode ser utilizado mantendo e estimulando a


permanência de parasitoides e predadores no local e realizando liberações em grandes
quantidades (inundativas) de parasitoides (controle biológico aplicado) ou pulverizações
com fungos entomopatogênicos (Ex:Beauveria bassiana).

A pulverização de cristais protéicos da bactéria Bacillus thuringiensis também se mostra


bastante eficiente no controle biológico dessa praga.

Não é difícil encontrar no Brasil, para compra, formas de controle biológico para a
mesma, pois muitos agentes biológicos usados em outras pragas podem ser usados na
mosca branca.

Porém o interesse dos agricultores nesse método de controle ainda é baixo, pelo fato de
muitos desses agentes biológicos não resistirem aos agrotóxicos. Ou seja, seria muito
difícil fazer o uso de ambos.
Referencias
-Zuleide A. Ramiro. Manejo integrado da mosca-branca bemisia argentifolii. Instituto
Biológico, Centro Experimental Central do Instituto Biológico (CP 70, CEP 13001-970,
Campinas, SP, Brasil)

-BARBOSA, F.R.; SILVA, C.S.B. da; CARVALHO, G.K. de L. Uso de inseticidas


alternativos no controle de pragas agrícolas. Petrolina: EMBRAPA Semi-Árido.
2006. 47 p. (EMBRAPA Semi-Árido. Documentos, 191)

-MICHEREFF M. F.; GUIMARÃES J. A. Recomendações para o Controle de


Pragas em Hortas Urbanas. EMBRAPA.Circular Técnica 80, Brasília, DF
Novembro, 2009

-PENTEADO S R. “Defensivos Alternativos e Naturais”

-Cultivo de Tomate para Industrialização Embrapa Hortaliças Sistemas de Produção, 1 –


2ª Edição ISSN xxxx-xxxx Versão Eletrônica Dez./2006

S-ar putea să vă placă și