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e a reformulação do parágrafo
2267 no Catecismo da Igreja Católica
INTRODUÇÃO
Dupla questão :
A questão da pena de
morte em si mesma
A reformulação do
catecismo pelo papa
Francisco
A pena de morte
1. Breve Histórico
2. Legitimidade
3. Objeções
O antigo, antigo texto (1992)
2266 - Préserver le bien commun de la société peut exiger la mise hors
d’état de nuire de l’agresseur. A ce titre on a reconnu aux détenteurs
de l’autorité publique le droit et l’obligation de sévir par des peines
proportionnées, y compris la peine de mort. Pour des raisons
analogues, le droit de repousser par des armes les agresseurs de la
cité a été confié aux autorités légitimes.
2267 - L’enseignement traditionnel de l’Eglise s’est exprimé et
s’exprime toujours en tenant compte des conditions réelles du bien
commun et des moyens effectifs de préserver l’ordre public et la
sécurité des personnes. Dans la mesure où d’autres moyens que la
peine de mort et les opérations militaires suffisent à défendre les vies
humaines contre l’agresseur et à protéger la paix publique, ces
procédés non sanglants sont à préférer, parce que mieux
proportionnés et plus conformes à la fin voulue et à la dignité
humaine.
O antigo texto (1998)
2267. A doutrina tradicional da Igreja, desde que não haja a
mínima dúvida acerca da identidade e da responsabilidade do
culpado, não exclui o recurso à pena de morte, se for esta a única
solução possível para defender eficazmente vidas humanas de um
injusto agressor.
Contudo, se processos não sangrentos bastarem para defender
e proteger do agressor a segurança das pessoas, a autoridade deve
servir-se somente desses processos, porquanto correspondem melhor
às condições concretas do bem comum e são mais consentâneos com
a dignidade da pessoa humana.
Na verdade, nos nossos dias, devido às possibilidades de que
dispõem os Estados para reprimir eficazmente o crime, tornando
inofensivo quem o comete, sem com isso lhe retirar definitivamente a
possibilidade de se redimir, os casos em que se torna absolutamente
necessário suprimir o réu «são já muito raros, se não mesmo
praticamente inexistentes».
O novo texto (2018)
2267. Durante muito tempo, considerou-se o recurso à pena de
morte por parte da autoridade legítima, depois de um processo
regular, como uma resposta adequada à gravidade de alguns delitos e
um meio aceitável, ainda que extremo, para a tutela do bem comum.
Hoje vai-se tornando cada vez mais viva a consciência de que a
dignidade da pessoa não se perde, mesmo depois de ter cometido
crimes gravíssimos. Além disso, difundiu-se uma nova compreensão
do sentido das sanções penais por parte do Estado. Por fim, foram
desenvolvidos sistemas de detenção mais eficazes, que garantem a
indispensável defesa dos cidadãos sem, ao mesmo tempo, tirar
definitivamente ao réu a possibilidade de se redimir.
Por isso a Igreja ensina, à luz do Evangelho, que «a pena de
morte é inadmissível (non posse admitti quippe), porque atenta
contra a inviolabilidade e dignidade da pessoa», e empenha-se com
determinação a favor da sua abolição em todo o mundo.
De onde vem a moralidade de um ato
humano ? O que seria um ato inadmíssivel ?