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Português

Prof. Paulinho Kuririn


Português

Professor Paulinho Kuririn

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Português

INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS

Segundo o Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa, interpretar é determinar o significado


preciso de (texto, lei etc.), ou ainda: dar certo sentido a; entender; julgar. As questões de
interpretação de textos são elaboradas pelas bancas com a finalidade de reconhecer se o
candidato é um bom leitor. E o bom leitor é aquele que sabe identificar aquilo que o autor do
texto pretendeu transmitir. É preciso delinear o assunto principal (tema), o posicionamento do
autor (tese defendida), as possíveis causas e consequências, e demais elementos como ironia,
sarcasmo, polissemias e sentidos denotativos e conotativos.
As informações do texto podem ser apresentadas de forma implícita ou explícita.
•• Informações implícitas: são aquelas que não estão ditas diretamente. Elas se situam nas
entrelinhas do texto, de forma subentendida.
•• Informações explícitas: são aquelas registradas no próprio texto. São constatadas
facilmente pelo leitor de forma pressuposta.

Quatro mandamentos para uma Interpretação eficiente

•• Crie o hábito da leitura;


* leitura jornalística (tenha entonação)
* leitura crítica (qual é o assunto central? Do que se trata?)
* Fluxograma (ponto positivo/ negativo/ relação de ideias/ dependência);
•• Seja curioso, investigue as palavras que circulam em seu meio;
* expressões cotidianas * ditos populares
•• Faça exercícios que peçam para completar com palavras;
•• Faça exercícios de sinônimos e antônimos.

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A diferença entre Compreensão e Interpretação

Compreensão (Está no texto) > traz comando


•• De acordo com o texto...
•• O texto informa que...
•• No texto...
•• Segundo o texto...
•• O autor / narrador do texto diz / justifica...

Interpretação (Está por fora (além) do texto) > Sugere


•• Depreende- se / Infere-se / Conclui-se do texto que...
•• O texto permite deduzir que...
•• Qual a intenção do autor quando afirma que...
•• É possível subtender-se a partir do texto que ...
Ex.: Zambeli estava andando alegre. (Está no fragmento)
Deduz-se que ele está? ______________

´´Bizu`` da aprovação
Quando uma alternativa tiver as seguintes expressões: todos, nunca, sempre, jamais,
infelizmente, bom, ruim... provavelmente ela estará errada!
Uso de aposto sempre tem alguma relevância!
Cuidado com o indicador nasal (~) e terminação (m)!

Denotação e Conotação

A denotação é a extensão do conceito, o conjunto de objetos do qual esse conceito é o


atributo, em contraste com a conotação, que é a compreensão do conceito, ou seja, o conjunto
de traços que a ele pertencem. Em Semântica, a denotação aparece como significação básica,
independente do contexto, e a conotação como significação contextual, isto é, como conjunto
de associações que a palavra desperta em várias direções. A denotação é, portanto, primária
em relação à conotação, que abrange representações secundárias evocadas por uma palavra.
Enquanto a denotação, sendo objetiva, é válida para todos os falantes, a conotação, como

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conjunto de valores subjetivos ligados a um termo, varia segundo os falantes. Ex.: em – “casa
é casa” – o primeiro ‘casa’ é denotativo, mas o segundo é conotativo, tem uma nota a mais (a
apreciação).

ELEMENTOS DA COMUNICAÇÃO

Todo ato comunicativo, para que se realize, supõe necessariamente a presença de seis
elementos: emissor, receptor, referente, canal, código e mensagem.
1. EMISSOR ou CODIFICADOR é aquele que envia uma mensagem, transformando
pensamentos ou emoções em Código. É aquele que fala, sendo representado pela primeira
pessoa verbal (eu / nós).
2. RECEPTOR ou DECODIFICADOR é quem recebe a mensagem, criando uma imagem mental
quando chega até ele o significante, ou seja, é quem transforma o código em pensamento
ou emoções. É aquele com quem se fala, sendo representado pela segunda pessoal verbal
(tu/ vós) ou pelos pronomes de tratamento iniciados pela palavra “vossa” (Vossa Excelência,
Vossa Majestade, etc.), ou pelo pronome de tratamento “você”.
3. REFERENTE é a coisa ou pessoa de que ou de quem se fala, sendo representado no discurso
pela 3ª pessoa verbal (ele, ela. Sua Excelência, Sua Majestade...).
4. CANAL ou VEICULO é o meio físico e psicológico (atenção que o receptor dispensa ao
emissor) que liga o emissor ao receptor.
5. CÓDIGO é conjunto de sinais (signos) aceitos de comum acordo tanto pelo emissor como
pelo receptor, conjunto esse que, se acionado, permite estabelecer-se um ato comunicativo.
6. MENSAGEM, FALA ou DISCURSO forma pela qual é emitida uma mensagem. A expressão
formadora do expressar.

FUNÇÕES DA LINGUAGEM

Todo emissor, no momento em que realiza um ato de fala ou de escrita, conscientemente ou


inconscientemente, atribui maior importância a um dos seis elementos da comunicação e, com
base nessa preferência, podemos distinguir seis funções da linguagem.

1. Função emotiva, expressiva ou de exteriorização psíquica


O emissor atribui maior valor a si mesmo, o que se manifesta no uso predominante de:
Exclamações:“Que maravilha!”
Interjeições: “Ai! Esqueci tudo em casa.”

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2. Função conativa ou apelativa
Predomina a preocupação do emissor com o receptor, o que se manifesta no predomínio de:
a) Vocativo:
“Vossa Senhoria não me deferiu o pedido”.
“Todo dia, você me repete a mesma ladainha.”
“Falou, bicho.”

3. Referencial
A função referencial está presente na maioria dos textos acessados em nosso dia a dia. Sua
principal característica é a informatividade.
Imperativos:
“Não julgues, para não seres julgado.”
“Pare, olhe e siga.”

4. Função fática
Predomina a atenção do emissor com o canal. O emissor demonstra querer reter a atenção do
receptor, ou desligá-la, ou mesmo testá-la.
a) Testando o Canal:
“ – Alô. Alô. Você está me ouvindo?”

5. Função metalinguística
É a linguagem voltada sobre si mesma, é a mensagem que tem como referente à própria
linguagem.
a) nossas próprias palavras

6. Função poética ou estética


A atenção do emissor se fixa fundamentalmente na busca de melhor elaboração da mensagem.

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Questões

LISTA DE EXERCÍCIOS

(CESGRANRIO – DNPM – 2012)


PARQUES EM CHAMAS
Saudados por ecologistas como arcas de Noé para o futuro, por serem repositórios de espécies
animais e vegetais em extinção acelerada noutras áreas do país, alguns dos 25 parques nacionais
do Brasil tiveram, na semana passada, a sua paisagem mutilada pelo fogo. A rigorosa estiagem
que acompanha o inverno no Centro-Sul ressecou a vegetação e abriu caminho para que as
chamas tragassem 6 dos 33 quilômetros quadrados do Parque Nacional da Tijuca, pegado à
cidade do Rio de Janeiro, e convertessem em carvão 10% dos 300 quilômetros quadrados do
Parque Nacional do Itatiaia, na divisa de Minas Gerais com o Estado Do Rio de Janeiro. Contido
pelos bombeiros já no fim de semana, na Tijuca, e abafado por uma providencial chuva no
Itatiaia, na quarta-feira, o fogo pipocou em outro extremo do país. Naquele dia , o incêndio
começou no Parque da Serra da Capivara, no sertão do Piauí, calcinado há seis anos pela seca,
e avançou pela caatinga, que esconde as pinturas rupestres inscritas na rocha, há pelo menos
31.500 anos, pelo homem brasileiro pré-histórico.

1. O autor justifica o fato de os ecologistas referirem-se aos parques nacionais como “arcas de
Noé para o futuro” da seguinte maneira:
a) Porque são áreas preservadas da caça e pesca indiscriminadas;
b) Porque ocupam espaços administrativamente delimitados pelo o Instituto Brasileiro de
Desenvolvimento Florestal;
c) Porque espécies animais e vegetais que estão se extinguindo em outras regiões têm
preservada sua sobrevivência nesses parques;
d) Porque há agentes florestais incumbidos de zelar pelos animais e vegetais dos parques;
e) Porque nesses parques colecionam-se casais de espécies animais e vegetais em extinção
noutras áreas.

2. A respeito dos incêndios referidos pelo autor, depreende-se do texto que:


a) Embora tivessem ameaçado espécies animais e vegetais raras, apresentaram um lado
positivo: aumentaram a produção de carvão;
b) Foram provocados pela rigorosa estiagem do inverno, no Centro-Sul, e pela seca prolongada
no sertão nordestino;
c) Não foram debelados por providenciais chuvas que eventualmente vieram a cair sobre os
parques;
d) Não foram combatidos com presteza e eficiência pelos bombeiros;
e) Destruíram parte da flora e fauna das reservas, desfigurando sua paisagem.

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3. Depreende-se que o autor do texto, em relação ao fato descrito, manifesta:
a) Descaso;
b) Hesitação;
c) Desesperança;
d) Pesar;
e) Indiferença;

4. Aponte a única conclusão que é estrita e licitamente dedutível do texto:


a) As chamas serviram para mostrar a precária situação dos parques brasileiros;
b) Devem ser tomadas providências para dotar os parques de meios para se protegerem dos
incêndios;
c) Devem ser desencadeadas campanhas para conscientizar a população de como evitar
incêndio nos parques;
d) Parte da culpa dos incêndios cabe às autoridades responsáveis pelas reservas e parques;
e) O incêndio no Parque da Serra da Capivara ameaçou valioso patrimônio histórico e
antropológico.

5. (CETRO – AUXILIAR DE ENFERMAGEM – 2015)


Assinale a alternativa em que os sinônimos dos dois vocábulos estejam trocados:
a) tráfego (trânsito) / tráfico (comércio ilícito)
b) vultoso (volumoso) / vultuoso (empolado)
c) comprimento (saudação) / cumprimento (extensão)
d) fuzil (arma) / fusível (interruptor de circuito)

6. (CETRO – TEC. ENFERMAGEM – 2015)


Assinale a alternativa em que o emprego dos sinônimos esteja trocado:
a) emigrar (deixar um país) / imigrar (entrar num país)
b) flagrante (evidente) / fragrante (perfumado)
c) imergir (mergulhar) / emergir (vir à tona)
d) retificar (confirmar) / ratificar (corrigir)

7. (CETRO – PROFESSOR – 2014)


Assinale a alternativa em que o termo sublinhado foi empregado em sentido denotativo.
a) “Nem tinham idéia de que aprenderiam por si mesmos, e que ele, mestre, não era a árvore
da sabedoria, mas apenas uma ponte que os levaria à sua copa frondosa”.
b) “Lembrou-se do cenário difícil da Julinha nas operações de multiplicar”.
c) “O resultado correto era um território que ela nem sempre conseguia atingir”.
d) “Notara suas limitações e construíra uma ponte especial para ele, mas o menino não
conseguira atravessá-la”.
e) “Ele permaneceria ali, pronto para levar uma nova classe até a outra margem”.

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(Fuvest – 2010)
Textos para as questões 8 e 9
I – O Romantismo, movimento literário do século XIX, apresenta, entreoutras características,
uma visão de mundo centrada no indivíduo. Seus heróis são personagens portadoras de
verdades, destemidas, de caráter exemplar e que realizam grandes missões.
II –

8. Em relação aos heróis literários, a personagem da tira


a) manifesta uma atitude oposta ao ideal do herói romântico.
b) representa um herói literário, disposto a enfrentar qualquer perigo.
c) admira a paisagem natural, exaltando a natureza bucólica.
d) demonstra sua decepção com a sociedade e busca refúgio na imaginação.
e) apresenta uma atitude angustiada e pessimista diante dos perigos.

9. Tendo por base somente o primeiro quadrinho da tira, assinale qual das afirmações a seguir
expressa corretamente um princípio geral correspondente a seu conteúdo:
a) Fazer o que não dá prazer pode ser útil.
b) Só se deve fazer o que dá prazer.
c) Deve-se fazer sempre o que se quiser.
d) É melhor não fazer nada, para não sofrer.
e) Não se deve fazer o que causa sofrimento.

Texto para as questões de 10 a 12


Na literatura, como na natureza, nada se ganha e nada se perde, tudo se transforma. Em
Shakespeare está tudo o que nós, escritores, continuamos a utilizar nos dias de hoje, apenas
embaralhamos as cartas e voltamos a dar.
Os sentimentos profundos que movem a humanidade – o amor, o ciúme, a paixão pelo poder,
as intrigas da corte –, a certeza de que as grandes histórias de amor continuam a ser as
impossíveis, etc. Ainda que depois de Shakespeare não tivesse surgido mais nada, o essencial
sobre a natureza humana já teria sido dito.
José Eduardo Agualusa. O Estado de S. Paulo, 23/04/2009. Adaptado.

10. Assinale a alternativa que apresenta a ideia central do texto.


a) A obra de Shakespeare não apresenta valores humanos atuais.
b) O essencial da natureza humana está representado em Shakespeare.

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c) As grandes paixões continuam sendo impossíveis.
d) A natureza imita os temas presentes na literatura.
e) Os temas sobre a natureza humana ainda não foram escritos.

11. Assinale a alternativa em que o termo ainda tem o mesmo sentido que em “Ainda que depois
de Shakespeare não tivesse surgido mais nada”.
a) Resta-lhe, ainda, um argumento para a sua defesa.
b) Este micro comprado há 3 anos, ainda hoje funciona bem.
c) Ainda estudando como tem estudado, não conseguirá passar de ano.
d) Tem dois filhos e, ainda, duas belas filhas.
e) De madrugada, a Lua ainda aparecia em toda a sua plenitude.

12. Na frase “Na literatura, como na natureza, nada seganha e nada se perde, tudo se transforma”,
o termo como expressa a ideia de
a) causa.
b) finalidade.
c) tempo.
d) comparação.
e) condição.

Texto para a questão 13


1
  — Fio, fais um zóio de boi lá fora pra nóis.O menino saiu do rancho com um baixeiro na
cabeça, e no terreiro, debaixo da chuva miúda e continuada, enfincou o calcanhar na lama,
rodou sobre ele o pé, riscando com o dedão uma circunferência no chão mole — outra e mais
outra. Três círculos entrelaçados, cujos centros formavam um triângulo equilátero.
  Isto era simpatia para fazer estiar. E o menino voltou:
  — Pronto, vó.
  — O rio já encheu mais? — perguntou ela.
  — Chi, tá um mar d'água! Qué vê, espia, — e apontou com o dedo para fora do rancho.
A velha foi até a porta e lançou a vista. Para todo lado havia água. Somente para o sul, para a
várzea, é que estava mais enxuto, pois o braço do rio aí era pequeno. A velha voltou para dentro,
arrastando-se pelo chão, feito um cachorro, cadela, aliás: era entrevada. Havia vinte anos
apanhara um "ar de estupor" e desde então nunca mais se valera das pernas, que murcharam
e se estorceram.
Bernardo Elis. Nhola dos anjos e a cheia do Curumbá. Os cem melhores contos brasileiros do século, 2000.

13. No fragmento transcrito, há expressões regionais ecoloquiais. Assinale a alternativa em que


esse tipo de expressão não ocorre.
a) Fio, fais um zóio de boi lá fora pra nóis.
b) Enfincou o calcanhar na lama.
c) Chi, tá um mar d'água!
1 Baixeiro. s.m. Manta que se coloca no lombo do cavalo, por baixo da sela.

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d) Qué vê, espia.


e) Isto era simpatia para fazer estiar.

14. “Quem não tem cão, caça com gato”. O sentido deste provérbio é:
a) Os cães são melhores do que os gatos, mas não temos cães.
b) Sem aquilo que queremos, procuramos algo semelhante.
c) Os animais são excelentes auxiliares na caça.
d) Algumas pessoas têm mais sorte do que outras.
e) Devemos sempre procurar melhorar na vida.

Texto para a questão 15


Eu não tinha este rosto de hoje,
assim calmo, assim triste, assim magro
nem estes olhos tão vazios,
nem o lábio amargo.
Eu não tinha estas mãos sem força,
tão paradas e frias e mortas;
eu não tinha este coração
que nem se mostra.
Eu não dei por esta mudança,
tão simples, tão certa, tão fácil:
- Em que espelho ficou perdida
a minha face?
        Cecília Meireles. Retrato. Obra Poética, 1987.

15. No poema, o eu-lírico


a) mostra-se surpreso diante da passagem do tempo.
b) revela uma amarga visão de desencanto com o mundo atual.
c) demonstra esperança diante da imagem refletida no espelho.
d) deseja que o tempo não passe e a mocidade retorne.
e) expressa os preconceitos existentes sobre a velhice.

16. Disseminou-se no Brasil, na época da escravidão, que tomar leite após comer manga poderia
causar envenenamento. Esse mito foi criado para que os escravos que se alimentavam com
as mangas das fazendas em que trabalhavam não roubassem o leite tirado das vacas. Essa
crendice foi passada pelos séculos, havendo, até hoje, quem nela acredite.
Jairo Postal. Tradição e tradução. Integração, n. 54, 2008.

Com base nesse texto, deve-se concluir que é uma importante tarefa da ciência:
a) Auxiliar no estabelecimento de crendices.
b) Reforçar as diferenças científicas entre raças.

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c) Contribuir para a divulgação científica dos mitos.
d) Combater crenças sem fundamento científico.
e) Criticar a escravidão e sua propagação.

(MP – CESPE – 2014)


VISITA
  Sobre a minha mesa, na redação do jornal, encontrei-o, numa tarde quente de verão. É um
inseto que parece um aeroplano de quatro asas translúcidas e gosta de sobrevoar os açudes,
os córregos e as poças de água. É um bicho do mato e não da cidade. Mas que fazia ali, sobre a
minha mesa, em pleno coração da metrópole?
  Parecia morto, mas notei que movia nervosamente as estranhas e minúsculas mandíbulas.
Estava morrendo de sede, talvez pudesse salvá-lo. Peguei-o pelas asas e levei-o até o banheiro.
Depois de acomodá-lo a um canto da pia, molhei a mão e deixei que a água pingasse sobre a
sua cabeça e suas asas. Permaneceu imóvel. É, não tem mais jeito — pensei comigo. Mas eis
que ele se estremece todo e move a boca molhada. A água tinha escorrido toda, era preciso
arranjar um meio de mantê-la ao seu alcance sem, contudo afogá-lo. A outra pia talvez desse
mais jeito. Transferi-o para lá, acomodei-o e voltei para a redação.
  Mas a memória tomara outro rumo. Lá na minha terra, nosso grupo de meninos chamava
esse bicho de macaquinho voador e era diversão nossa caçá-los, amarrá-los com uma linha
e deixá-los voar acima de nossa cabeça. Lembrava também do açude, na fazenda, onde eles
apareciam em formação de esquadrilha e pousavam na água escura. Mas que diabo fazia na
avenida Rio Branco esse macaquinho voador? Teria ele voado do Coroatá até aqui, só para me
encontrar? Seria ele uma estranha mensagem da natureza a este desertor?
  Voltei ao banheiro e em tempo de evitar que o servente o matasse. “Não faça isso com o
coitado!” “Coitado nada, esse bicho deve causar doença.” Tomei-o da mão do homem e o pus
de novo na pia. O homem ficou espantado e saiu, sem saber que laços de afeição e história me
ligavam àquele estranho ser. Ajeitei-o, dei-lhe água e voltei ao trabalho. Mas o tempo urgia,
textos, notícias, telefonemas, fui para casa sem me lembrar mais dele.
GULLAR, Ferreira. O menino e o arco-íris e outras crônicas. (Para gostar de ler, 31. São Paulo: Ática, 2001. p. 88-89)

17. A mudança na rotina do homem deu-se:


a) à chegada do inseto na redação do jornal.
b) ao intenso calor daquela tarde de verão.
c) à monotonia do trabalho no escritório.
d) à transferência de local onde estava o inseto.
e) devido ao cansaço do dia.

18. A presença do inseto na redação do jornal provocou no homem:


a) curiosidade científica.
b) sensação de medo.
c) medo de pegar uma doença.
d) lembranças da infância.
e) preocupação com o próximo.

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19. Com base na leitura do texto pode-se concluir que a questão central é :
a) a presença inesperada de um inseto do mato na cidade.
b) a saudade dos amigos de infância
c) a vida pacifica da grande cidade.
d) a preocupação com a proteção aos animais.
e) o cuidado que se deve ter com todos os insetos.

20. Assinale a sequência de conjunções que estabelecem, entre as orações de cada item, uma
correta relação de sentido:
1. Correu demais, _______ caiu. 2. Dormiu mal, _______ os sonhos não o deixaram em paz.
3. A matéria perece, _______ a alma é imortal. 4. Leu o livro, _______ é capaz de descrever as
personagens com detalhes. 5. Guarde seus pertences, _______ podem servir mais tarde.
a) porque, todavia, portanto, logo, entretanto
b) por isso, porque, mas, portanto, que
c) logo, porém, pois, porque, mas
d) por isso, porque, e, porém, mas
e) pois, porém, pois, porém, contudo

21. Em “Mas, infelizmente, transformou-se em templo para propagação de ódio e ‘humor’ banal a
todo custo para se ganhar meras ‘curtidas’.”, o conectivo “mas” expressa ideia de:
a) adição.
b) oposição.
c) intensidade.
d) condição.
e) concessão.

22. O sujeito da oração em: “Enquanto isso, na internet, em sites e redes sociais, torcedores
atacavam bravamente a equipe”, é:
a) torcedores.
b) internet.
c) equipe.
d) sites e redes sociais.
e) internet, sites e redes sociais.

23. Partindo do pressuposto de que um texto estrutura-se a partir de características gerais de um


determinado gênero, identifique os gêneros descritos a seguir:
I – Tem como principal característica transmitir a opinião de pessoas de destaque sobre algum
assunto de interesse. Algumas revistas têm uma seção dedicada a esse gênero;
II – Caracteriza-se por apresentar um trabalho voltado para o estudo da linguagem, fazendo-o
de maneira particular, refletindo o momento, a vida dos homens através de figuras que
possibilitam a criação de imagens;
III – Gênero que apresenta uma narrativa informal ligada à vida cotidiana. Apresenta certa dose
de lirismo e sua principal característica é a brevidade;

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IV – Linguagem linear e curta, envolve poucas personagens, que geralmente se movimentam
em torno de uma única ação, dada em um só espaço, eixo temático e conflito. Suas ações
encaminham-se diretamente para um desfecho;
V – Esse gênero é predominantemente utilizado em manuais de eletrodomésticos, jogos
eletrônicos, receitas, rótulos de produtos, entre outros.
São, respectivamente:
a) texto instrucional, crônica, carta, entrevista e carta argumentativa.
b) carta, bula de remédio, narração, prosa, crônica.
c) entrevista, poesia, crônica, conto, texto instrucional.
d) entrevista, poesia, conto, crônica, texto instrucional.
e) texto instrucional, crônica, entrevista, carta e carta argumentativa.

(FUNRIO – 2015)
Leia o texto para responder as questões de 24 a 28
Texto
Por que nunca entrei no Facebook
(Eugenio Bucci)

– Não, não estou no Facebook.


Quando a gente diz isso numa roda, num jantar ou num ponto de ônibus, a conversa silencia.
Olhares incrédulos saltam sobre nossa figura tímida, como luzes de otorrinolaringologistas do
futuro, tentando investigar nossas limitações ocultas. Analfabetismo digital? Conservadorismo?
Alguém arrisca um “em que planeta você vive?”. Outro sente pena e tenta ser simpático: “Até
minha avó está no Face, é tão friendly”. Aí, vem aquela voz categórica, que procura dar o sinal
definitivo dos tempos: “Minha filha já nem usa mais email. Com ela, é tudo pelo Facebook”. É
assim que os 46,3 milhões de brasileiros que mantêm um perfil pessoal na maior rede social
do planeta tratam os outros, os que estão de fora. Fazem ar de espanto. Fazem chiste, bullying,
assédio moral. E não obstante: Não, não estou no Facebook. E acho que tenho razão. Errados
estão os 845 milhões de viventes que, em todas as línguas, em todos os países,
puseram lá suas fotografias (tem gente sem camisa!) ao lado de seus depoimentos
confessionais. Viventes e morrentes, é bom saber. Há poucas semanas, o escritor Humberto
Werneck, em sua coluna dominical no jornal O Estado de São Paulo, registrou um dado um
tanto mórbido. Quando um sujeito morre – isso acontece –, o perfil do defunto fica lá, intacto.
O perfil do morto não entra em putrefação, nem vai para debaixo da tela. Os outros usuários,
estes vivos, mas desavisados, podem “curtir” até cansar. O perfil não se mexe nem sai de cena.
Não há coveiros digitais no tempo real. De todo modo, como não frequento isso que Werneck
chamou de “cemitério virtual”, não posso saber como é. Apenas presumo que deva ser aflitivo.
Também por isso, ali não entro nem morto. A fonte da minha resistência, contudo, não está
nessa situação terrível, não da morte em vida, mas da vida em morte a que a grande rede pode
nos sentenciar. Também não está nas fotos de gente sem camisa. A evasão de intimidades em
que estamos submersos é a regra totalitária. Até mesmo a fé – algo ainda mais íntimo que
o sexo – ganhou estatuto de espetáculo nas telas eletrônicas, e a transcendência do espírito
se converteu em explicitude obscena. Entre o lúbrico e o religioso, não é o festival abrasivo

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nauseante de intimidades que me mantém distante. Não é também a frivolidade. O que mais
me afasta desse tipo de rede social é o comércio. Nada contra as feiras livres, que, em qualquer
lugar, em qualquer tempo, concentram as mais autênticas vibrações da cultura (a melhor porta
de entrada para o viajante que quer conhecer uma cidade é a feira livre). Agora, o comércio no
Facebook é outra história. Ele é ainda mais funéreo que a presença dos clientes mortos que
não pagam nem arredam pé. Ali, a mercadoria é o freguês, o que vai ficando cada dia mais
evidente, com denúncias crescentes sobre o uso de informações pessoais mercadejadas pelos
administradores do site. Ali dentro, as mais exibicionistas intimidades adquirem um sinistro
valor de troca para as mais intrincadas estratégias mercadológicas. Já no tempo do Orkut – no
qual também nunca pus os pés, ou os dedos, ou os dígitos – esse fantasma existia. Hoje, no
Facebook, o velho fantasma é corpóreo, material, indisfarçável em seu jogo desigual. O usuário
alimenta o usurário – com seu próprio trabalho, não remunerado. Clicando “curti” para lá e
para cá, o freguês fabrica alegremente o “database marketing” que o vende sem que ele saiba.
Estou fora. Muito obrigado.

24. No texto, o autor deixa claro que, para a sociedade, os não adeptos do Facebook são pessoas:
a) exibicionistas.
b) aflitas.
c) desavisadas.
d) intolerantes.
e) limitadas.

25. Bucci, ao analisar as diversas funções do Facebook, o define como:


a) cemitério virtual.
b) comércio ilegal.
c) instrumento de bullying.
d) grande rede.
e) feira livre.

(INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE GOIÁS – TÉCNICO INTEGRADO


AO ENSINO MÉDIO – 2014-2)

26. Leia o seguinte fragmento:


“A fonte da minha resistência, contudo, não está nessa situação terrível, não da morte em vida,
mas da vida em morte a que a grande rede pode nos sentenciar”.
O conectivo em destaque expressa ideia de
a) oposição
b) adição
c) negação
d) tempo
e) conclusão

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27. Considere o fragmento:
“A fonte da minha resistência, contudo, não está nessa situação terrível, não da morte em vida,
mas da vida em morte a que a grande rede pode nos sentenciar”.
A conjunção “mas” pode ser substituída, sem prejuízo
de sentido, por:
a) nem
b) conforme
c) senão
d) logo
e) pois

28. Em “Errados estão os 845 milhões de viventes”, o numeral indica:


a) sentença determinada.
b) ordem de sucessão.
c) multiplicação indeterminada.
d) quantidade determinada.
e) divisão quantitativa.

29. Transforme os períodos a seguir, conforme a estrutura exigente em um texto dissertativo


argumentativo (Em 3ª pessoa, linguagem denotativa, sem exagero na informação).
a) Pela capacidade de pensamento da população, observa-se a venda de ideias para as pessoas.
____________________________________________________________________________
b) A sociedade e o indivíduo é responsável pelos problemas do mundo infantil, observando que
os infantes são alvos fáceis.
____________________________________________________________________________
c) Sobre o sistema modal, pode-se analisar que o stress aumenta pela má engenharia das ruas.
____________________________________________________________________________
d) É triste ver o que o meio ambiente passa, fato esse observado pelo calor que vem
aumentando.
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e) Como disse Clarisse Lispector quem com ferro fere, com ferro será ferido.
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f) A fulgacidade da articulação difusora provem do cabal conhecimento.
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g) Com a mídia e a Educação poderemos mudar a situação da Educação pública.
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Técnicas de ´chute`

Grandes opções – Uma pequena omissão muitas vezes torna o item incorreto. Portanto, para
que uma assertiva seja totalmente verdadeira, muitas vezes vem com um tamanho bem maior
do que das outras letras. Assim, geralmente os itens grandes são corretos. Por outro lado, os
menores também costumam ser corretos.
Inclusiva – Quando preveem exceções ou usam palavras inclusivas, geralmente são corretas.
As palavras-chave para identificar essas questões são: a princípio, predominantemente,
fundamental, em geral, em regra, pode, etc.
Exclusivas – Quando a opção é muito forte, não deixando brechas para exceções, geralmente
são incorretas. As palavras-chave para identificar essas questões são: garante, nunca, sempre,
obrigatoriamente, não, totalmente, apenas, jamais, em hipótese alguma, em tempo algum, de
modo nenhum, só, somente, unicamente, exclusivamente, tão-só, tão-somente, etc.
‘Batata podre’ – O item quase todo é correto, mas há a inserção de um pedaço que o invalida
(geralmente ao final da frase).

ESCREVA AQUI AS PALAVRAS E EXPRESSÕES DESCONHECIDAS POR VOCÊ:


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GABARITO

Questão 1: Questão 8:
Alternativa c. Questão de compreensão. Alternativa a

Questão 2: Questão 9:
Alternativa e. Questão de interpretação. Alternativa a

Questão 3: Questão 10:


Alternativa d. Esta é uma questão de Alternativa b
interpretação. Veja, no primeiro parágrafo,
que o autor menciona “...ver paisagem
mutilada pelo fogo.” (mutilada = adjetivo = Questão 11:
juízo de valor)
Alternativa c

Questão 4:
Questão12:
Alternativa b. Esta é uma questão de
interpretação, já que pede uma conclusão Alternativa d
deduzida do texto.

Questão 13:
Questão 5:
Alternativa e
Alternativa c

Questão 14:
Questão 6:
Alternativa b
Alternativa d

Questão 15:
Questão 7:
Alternativa a
Alternativa d

Questão 16:
Alternativa d

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Questão 17: Questão 23:


Alternativa a Alternativa d

Questão 18: Questão 24:


Alternativa d Alternativa e

Questão 19: Questão 25:


Alternativa a Alternativa d

Questão 20: Questão 26:


Alternativa b Alternativa a

Questão 21: Questão 27:


Alternativa b Alternativa c

Questão 22: Questão28:


Alternativa a Alternativa d

29.
a) Pela capacidade de pensamento do indivíduo, observa-se a influência em ideias sobre
pessoas.
b) A sociedade tem parcela na responsabilidade dos problemas das crianças, observando que
elas são vulneráveis.
c) Sobre o sistema modal, pode-se analisar que o estresse aumenta pela má infraestrutura das
ruas.
d) É lamentável a situação do meio ambiente, fato esse observado pelo agravamento da
destruição da camada de ozônio.
e) Questão "pega" sem fundamento.
f) Questão "pega" sem fundamento.
g) Com a mídia auxiliando a Educação pode-se mudar a situação da Escolaridade pública.

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