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RICARDO BERTOL
Mestrando em Tecnologia Pós-Colheita, FEAGRI/UNICAMP, Campinas, SP, BR
Introdução
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Tabela 1 - Umidade de grãos em equilíbrio com diferentes níveis de
umidade relativa à temperatura de 25oC.
Umidade 15 30 45 60 75 90 100
relativa (%)
Cevada 6,0 8,4 10,0 12,1 14,4 18,5 26,8
Milho 6,4 8,4 10,5 12,9 14,8 19,1 23,9
Milho-pipoca 6,8 8,5 9,8 12,2 13,6 18,3 23,0
Aveia 5,7 8,0 9,6 11,8 13,8 18,9 24,1
Centeio 7,0 8,7 10,5 12,2 14,8 14,8 26,7
Sorgo 6,4 8,6 10,5 12,0 15,2 18,8 21,9
Trigo 6,6 8,5 10,0 11,5 14,1 19,3 26,6
Linho 4,4 5,6 6,3 7,9 10,0 15,2 21,4
Amendoim 2,6 4,2 5,6 7,2 9,8 13,0 -
Soja 4,3 6,5 7,4 9,3 13,1 18,8 -
Feijão 5,6 7,7 9,2 11,1 14,5 - -
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Métodos de Secagem
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perfurado (sementes); ocorre por camadas, em virtude da formação da zona de
secagem, correspondente a região onde se efetiva o intercâmbio de água do grão
para o ar. Anteriormente a zona de secagem tem-se grãos secos e alta temperatura
e, posteriormente, grãos úmidos e baixa temperatura.
Secagem de fluxo contínuo - consiste em submeter os grãos a uma corrente
de ar, enquanto elas fluem continuamente através do secador. A secagem de fluxo
contínuo, leva em conta o fluxo de ar em relação ao fluxo do produto, e os
secadores podem ser classificados em quatro grupos principais.
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eficiência energética. Este tipo de secador ainda não é muito utilizado no mercado
nacional.
Silos Secadores
São projetados para sistemas com baixa capacidade de secagem, tendo
como características: Os grãos localizados na entrada do ar secam primeiro e quase
sempre atingem a temperatura do ar de secagem, e os grãos localizados na saída
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permanecem mais frios e úmidos, permitindo assim um gradiente de umidade entre
a entrada e a saída do ar, sendo necessário a mistura dos grãos após a secagem.
Entretanto os silos secadores com secagem no seu topo usam altas
temperaturas de secagem, podendo ser considerados como unidade de média
capacidade de secagem, neste tipo de secador os grãos são secados em bateladas
ou continuamente, com altura de camada variando de 0,3 até 1,2 m, com fluxo de ar
variando de 5 até 10 m3.min-1.ton-1 e temperatura variando de 50 até 80 oC.
A baixa taxa de secagem contribui para melhor qualidade do produto. Outra
particularidade deste sistema é que ao término da secagem de toda a safra o silo
secador poderá ser utilizado para armazenar a produção.
Seca Aeração:
O processo de seca aeração pode melhorar a eficiência dos secadores
através da redução do consumo de energia, aumento da capacidade de secagem
com redução do tempo de secagem. Esta técnica consiste na realização da
secagem dos produtos até uma umidade na faixa de 16 a 18%, em seguida o
produto é transferido para um silo armazenador, equipado com sistema de aeração,
onde será finalizado, após um período de repouso de 4 a 6 horas, o processo de
secagem com utilização do ar não aquecido.
Considerações Finais.
RICARDO BERTOL
Mestrando em Tecnologia Pós-Colheita, Faculdade de Engenharia Agrícola –
FEAGRI Universidade Estadual de Campinas - UNICAMP, Campinas, SP, BR
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BIAGI, J. D.; BERTOL, R.; CARNEIRO, M. C., Secagem de Grãos para Unidades
Centrais de Armazenamento. Organizado por: Irineu Lorini; Lincoln Hiroshi Miike;
Vildes Maria Scussel. Armazenagem de Grãos. 1 ed., Campinas: Instituto Bio
Geneziz (IBG), v. 1, p. 289-308, 2002.
BROOKER, D.B; BAKKER-ARKEMA, F.W. & HALL, C.W. Drying and Storage of
Grains and oilseeds. Westport, The Avi Publishing Company, Inc., 1992.
HALL, C.W. Drying and Storage of Agricultural Crops. Westport, The Avi Publishing
Company, Inc., 1980.
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LIMA, G. J. M. M. de. Qualidade nutricional do milho: situação atual e perspectivas.
In: Simpósio sobre manejo e nutrição de aves e suínos. Colégio Brasileiro de
Nutrição Animal, Campinas – SP, p. 153 – 173. 2000.
LOWER, O. J.; BRIDGES, T. C.; BUCKLIN, R. A., On-Farm Drying and Storage
Systems. American Society of Agricultural Engineers – ASAE, 1994.