m

A . S p i r k i n - O * Yájof

FILOSOFIA

EDITORIAL DE CENCIAS SOCIALES. LA HABANA. 1985

L a presente edición h a sido tomada de
del m a t e r i a l i s m o dialéctico e histórico,
Ciencias Sociales, 1977, realizada a p a r t i r
ción de E . Glazatova, E d i t o r i a l Progreso,
Diseño:: E m i l i o Lamí García
(§) S o b r e l a presente edición
E d i t o r i a l de C i e n c i a s Sociales, 1985
E s t i m a d o lector, le estaremos m u y agradecidos s i nos
hace llegar s u opinión, p o r escrito, a c e r c a de este libro
y de nuestras ediciones.
E d i t o r i a l de C i e n c i a s Sociales, calle 14, no. 4104, Playa,
C i u d a d de L a H a b a n a , C u b a .
Fundamentos
E d i t o r i a l de
de l a traduc- MATERIALISMO DIALÉCTICO
Moscú, 1972.
CAPITULO I
LA FILOSOFIA D E L MARXISMO
E S E L M A T E R I A L I S M O DIALÉCTICO
ACERCA DE LA IMPORTANCIA
DE LA FILOSOFIA
E l h e c h o d e q u e l a filosofía s u r g i e r a e n l a
r e m o t a antigüedad, m u c h o a n t e s q u e o t r a s c i e n -
c i a s —física, química, biología, geología—, d e -
m u e s t r a q u el o sh o m b r e s l a necesitan. Pero, a
diferencia d e estas ciencias y d e m u c h a s otras,
l a i m p o r t a n c i a d e l a filosofía y s u p a p e l e n l a
sociedad n o s o nt a n ostensibles. N o obstante,
nuestras acciones, e nocasiones hasta nuestros
p e n s a m i e n t o s más recónditos, t o d a n u e s t r a v i d a
transcurre bajo l a influencia d e determinadas
i d e a s filosóficas, d e d e t e r m i n a d a concepción d e l
mundo.
P e n s e m o s e np r e g u n t a s q u e s u e l e n s u r g i r a n t e
cada u n o d enosotros. Digamos, preguntas rela-
t i v a s a l a política d e u n o s u o t r o s E s t a d o s , p a r -
tidos y grupos sociales. O preguntas acerca d e l
origen d elos planetas, las estrellas, d el a T i e r r a
y d e c u a n t o e nella existe. L a s respuestas a estas
interrogantes dependen e n gran medida d e l a
concepción d e l m u n d o y d e l a interpretación
correspondiente d e l o sacontecimientos q u e se
p r o d u c e n alrededor d e n o s o t r o s . P o r ello, dis-
1
tintas personas enfocan d em o d o diferente estos evitar los errores y las soluciones subjetivistas." 2

problemas, y este enfoque depende d e s u con- P o r consiguiente, necesitamos opiniones gene-

cepción d e l m u n d o . rales d e lm u n d o n o para conocer pasivamente
los acontecimientos que t i e n e n lugar, sino p a r a
Entiéndase por CONCEPCION DEL MUNDO influir activamente sobre ellos. E l constructor
el conjunto de opiniones acerca de la vida, del del nuevo m u n d o necesita conocimientos para
mundo en su totalidad, de tales o cuales fenó- influir e nf o r m a activa sobre l avida y transfor-
menos y acontecimientos. m a r l a . E s t o , s i n e m b a r g o , n o b a s t a . L a química
R e s u l t a q u e n e c e s i t a m o s u n a concepción y u n a p u e d e enseñarnos a o b t e n e r n u e v a s s u s t a n c i a s ;
interpretación d e l m u n d o c o r r e c t a s c o n más f r e - p e r o e s i n d i f e r e n t e a l a cuestión d e cómo s i r v e n
cuencia d e l aque a veces creemos. Y n o puede éstas a l o s h o m b r e s . L o s i m p e r i a l i s t a s n o r t e a m e -
s e r d e o t r a m a n e r a . L e n i n escribió: " H a c e f a l t a r i c a n o s , p o r e j e m p l o , u t i l i z a n s u s t a n c i a s tóxi-
u n a concepción d e l m u n d o b i e n p e n s a d a y f i r m e cas p a r a d e s t r u i r s e m b r a d o s e n V i e t N a m d e l
para que e lsocialismo d o m i n e los acontecimien- Sur. P o d e m o s decir c o n seguridad q u el a s per-
tos, y n o sean l o s a c o n t e c i m i e n t o s l o s q u e l e s o n a s d e i d e a s democráticas n o p u e d e n o b r a r d e
d o m i n e n a él." 1 e s t e m o d o . Aquí s e d e j a n s e n t i r l a s c o n v i c c i o n e s
de los racistas; d elos i m p e r i a l i s t a s , a los cuales
Si una persona no quiere ser un observador no l e scuesta n a d a m a t a r y e x t e r m i n a r al o s
pasivo, sino un luchador activo en la gran batalla "indígenas".
por la transformación del mundo, comprende
L a ciencia nos proporciona conocimientos. L a
que debe, tener su personalidad, una posición
concepción m a r x i s t a d e l m u n d o y l a s i d e a s m a r -
firme en la vida y convicciones firmes expresa-
xistas contribuyen a que los conocimientos sean
das en la concepción avanzada del mundo, cien- a p r o v e c h a d o s e nb i e n d e l o sh o m b r e s y d e l o s
tífica. E s t a concepción d e l m u n d o l a p r o p o r c i o n a t r a b a j a d o r e s . Sólo l a u n i d a d d e l o s c o n o c i m i e n -
l a filosofía m a r x i s t a - l e n i n i s t a . tos y l a s profundas convicciones ideológicas
" N u e s t r o p a r t i d o e se lp a r t i d o del c o m u n i s m o m a r x i s t a s c o n d u c e n a l a formación d e u n a c o n -
científico — s e d i c e e n e l i n f o r m e d e l C C a l X X I V cepción íntegra d e l m u n d o , q u e desempeña u n
C o n g r e s o d e l P C U S — . S e guía f i r m e m e n t e p o r papel i n m e n s o e nn u e s t r a v i d a .
l a c i e n c i a m a r x i s t a - l e n i n i s t a , l a más a v a n z a d a y E l h e c h o q u e s e n a r r a a continuación-no p u e -
revolucionaria d enuestro tiempo, y s e esfuerza de r e s u l t a r i n d i f e r e n t e a n i n g u n a p e r s o n a por-
p o r d e s a r r o l l a r l a . L a explicación teórica d e l o s que demuestra evidentemente l aimportancia d e
fenómenos d e l a v i d a s o c i a l y d e s u s t e n d e n c i a s las convicciones f i r m e s : M u z a D z h a l i l , conoci-
p r i n c i p a l e s p e r m i t e a lp a r t i d o p r e v e r e l c u r s o d e d o p o e t a tártaro, p e r s o n a d e Valentía l e g e n d a r i a ,
l o s p r o c e s o s s o c i a l e s , t r a z a r u n a línea c e r t e r a ,
2 D o c u m e n t o s del X X I V Congreso del P C U S , ed. e n
1
V. I . L e n i n : O b r a s c o m p l e t a s , ed. en ruso, t. 10, p. 45. ruso. p. 101, 1971.

2- 3
héroe d e l a G r a n G u e r r a P a t r i a d e 1 9 4 1 - 1 9 4 5 ,
sabiduría, a l a c i e n c i a . P e r o e n t o n c e s c a b e p r e -
ejecutado p o rl o s verdugos hitlerianos, estuvo
guntar: s i cualquier ciencia proporciona cono-
r e c l u i d o u n t i e m p o e n u n a cárcel d e Berlín. C o n
c i m i e n t o s , ¿esto s i g n i f i c a q u e p o d a m o s calificar
él s e e n c o n t r a b a e n l a c e l d a u n a p e r s o n a q u e
d e filosofía c u a l q u i e r c i e n c i a ?
p o s t e r i o r m e n t e f u e s um e j o r a m i g o . E r a e l gue-
r r i l l e r o b e l g a André T i m m e r m a n s , q u i e n c o n s e r - E s cierto q u e cualquier ciencia proporciona
v ó l a última poesía d e M u z a Dzhalíl q u e h a l l e - c o n o c i m i e n t o s , p e r o e l carácter d e l o s m i s m o s
g a d o a n o s o t r o s . E n u n p r i n c i p i o , según r e c u e r d a es d i s t i n t o . C a d a , u n a d e las c i e n c i a s n o s d a c o -
T i m m e r m a n s , a m b o s s e m i r a b a n c o n recelo, n o c i m i e n t o s sólo d e d e t e r m i n a d o s c a m p o s d e l a
desconfiaban e l uno d e lotro. Pero cuando las r e a l i d a d : l a astronomía, a c e r c a d e l m o v i m i e n t o
personas tienen convicciones afines — d i c e T i m -
d e l o s c u e r p o s c e l e s t e s ; l a biología, a c e r c a d e
m e r m a n s — s e e n t i e n d e n n o sólo c o n m e d i a s
las plantas, los animales, e lh o m b r e ; l a historia,
p a l a b r a s , s i n o , además, i n t u i t i v a m e n t e . " D e e s t e
de l o s a c o n t e c i m i e n t o s p r o d u c i d o s e n l a socie-
m o d o comprendí q u e D z h a l i l e s t a b a p r o f u n d a -
dad h u m a n a . Estas ciencias n opueden propor-
m e n t e c o n v e n c i d o d e l a v i c t o r i a d e l Ejército s o -
cionarnos conocimientos acerca d e toda l a na-
viético, q u e e r a u n p a t r i o t a i n d o b l e g a b l e . " ¡Sí,
turaleza, d e lm u n d o e n s u totalidad.
las convicciones son u n a gran fuerza espiritual!
L a s convicciones s o n e nefecto e la l m a d e l a per-
U s t e d p u e d e p r e g u n t a r : ¿acaso e s t a s c i e n c i a s
sona. P o r eso precisamente e snecesario que ani-
en s u c o n j u n t o n opueden b r i n d a r conocimien-
d e n e n e l a l m a ~ y l a c o n c i e n c i a . L e n i n criticó a
tos sobre e lm u n d o e nsu totalidad? Pero e l pro-
l a s p e r s o n a s q u e "tenían c o n v i c c i o n e s n o más
blema consiste precisamente e n q u e l o s cono-
allá d e l a p u n t a d e l a l e n g u a " . 3

c i m i e n t o s acerca d e lm u n d o e ns u t o t a l i d a d n o
Por consiguiente, la significación de la concep- s o n u n a s u m a mecánica d e c o n o c i m i e n t o s q u e
ción del mundo consiste en que proporciona f a c i l i t a n l a s c i e n c i a s p a r t i c u l a r e s . L a filosofía,
convicciones firmes necesarias para luchar por aprovechando l o s datos d e l a sciencias concre-
la transformación del mundo y la liberación de tas, plantea y resuelve p r o b l e m a s generales q u e
los trabajadores de la miseria y la explotación. n o p u e d e r e s o l v e r c a d a u n a d eestas ciencias p o r
separado, n ie ns uc o n j u n t o . D em a n e r a que l a
A h o r a n o e s difícil c o m p r e n d e r l a i m p o r t a n c i a existencia d e l a s ciencias particulares n o hace
d e l a filosofía, p o r c u a n t o e s l a b a s e d e l a c o n - q u e l a filosofía s e a " s u p e r f l u a " , c o m o " a f i r m a n
cepción d e l m u n d o . a l g u n o s filósofos b u r g u e s e s modernos.
L a p a l a b r a "filosofía" e s d e o r i g e n g r i e g o : pitil-
L a física, l a mecánica, l a biología y o t r a s c i e n -
los, a m o r , y sophia, sabiduría, c i e n c i a . T r a d u c i -
cias e s t u d i a n las l l a m a d a s leyes particulares, e s
da d e l g r i e g o , "filosofía" s i g n i f i c a a m o r a l a
d e c i r , a q u e l l a s q u e r i g e n l a evolución d e u n a p a r -
3
V . I . L e n i n : O b r a s c o m p l e t a s , ed. e n ruso, t. 16, p. 65.
t e d e t e r m i n a d a d e fenómenos * d e l a n a t u r a l e z a .
L a filosofía, e n c a m b i o , e s t u d i a l a s l e y e s más g e -
4
5
nerales, e s decir, l a s leyes e nv i r t u d d e las cua-
l e s s e d e s a r r o l l a n o c i e r t a p a r t e d e l o s fenóme-
n o s , s i n o t o d o s l o s fenómenos e x i s t e n t e s e n l a
naturaleza, l asociedad y e lpensamiento. P o r eso
precisamente ayuda a l o shombres a formarse
u n a concepción d e l m u n d o y u n c r i t e r i o s o b r e
la realidad circundante. P u e d e decirse que l af i -
losofía e s l a b a s e d e l a concepción d e l m u n d o .
P e r o ¿por qué d i s t i n t a s p e r s o n a s t i e n e n u n a o p i -
nión t a n disímil s o b r e e l m u n d o ?
PARTIDISMO DE LA FILOSOFIA
V e a m o s algo q u etiene s u sentido e nl a vida,
s e t r a t a d e l p r o b l e m a d e qué e s l a f e l i c i d a d . N o
e s difícil c o n v e n c e r s e d e q u e l o s h o m b r e s d e l a
sociedad socialista y d e l a burguesa compren-
d e n d e m a n e r a d i f e r e n t e e s t a cuestión. E n e l
m u n d o burgués, d o n d e c o n f r e c u e n c i a t o d o p u e -
de comprarse y venderse p o r dinero, l a felicidad
e s , a n t e todo¿ l a r i q u e z a . M u c h a s p e r s o n a s : v e n
en esto e lsentido d el avida. E s t o precisamente
c o n s t i t u y e l a s raíces d e l a filosofía pequeñóbür-
g u e s a d e l a pequeña f e l i c i d a d . E l h o m b r e d e l a
s o c i e d a d s o c i a l i s t a , e n c a m b i o , r e c h a z a e s t a fi-
losofía m e z q u i n a . P a r a él, l a f e l i c i d a d s u p r e m a
c o n s i s t e e n s e n t i r q u ee s n e c e s a r i o a l a colecti-
v i d a d , a l ap a t r i a , a l o s h o m b r e s q u e c r e a n c o n
sus propias m a n o s u n a sociedad nueva, progre-
sista. E n u n a d esus p r i m e r a s o b r a s C a r l o s M a r x
d i j o : " L a e x p e r i e n c i a e n c u m b r a c o m o l a más f e *
S 7
liz a l ap e r s o n a q u e h a d a d o f e l i c i d a d a l m a y o r
número d e i n d i v i d u o s . " *
Nos h e m o s convencido, pues, que hay d o s en-
f o q u e s d e l p r o b l e m a d e qué e s l a f e l i c i d a d . H a y
dos concepciones d e lm u n d o : l aburguesa y l a
p r o l e t a r i a . Aquí s e e n f r e n t a n d o s o p i n i o n e s f i l o -
sóficas d i a m e t r a l m e n t e o p u e s t a s .
S i u n a s o c i e d a d está d i v i d i d a e n c l a s e s h o s -
t i l e s , n o h a y n i p u e d e h a b e r u n a concepción g e -
n e r a l d e l m u n d o , única. U n a c l a s e t i e n e u n a fi-
losofía, o t r a , u n a filosofía d i s t i n t a . Y e s fácil
comprenderlo. E l proletariado, los trabajadores,
y l a burguesía, l o s e x p l o t a d o r e s , v i v e n u n a v i d a
d i s t i n t a y t i e n e n u n a posición d i f e r e n t e e n l a s o -
ciedad. E n f o c a n d e distinta m a n e r a l o s aconte-
cimientos q u ese producen e ne l m u n d o y l o s
c o m p r e n d e n a s um o d o . D eesto s e deduce q u e
t i e n e n u n a concepción d e l m u n d o y u n a f i l o s o -
fía disímiles. E l p r o l e t a r i a d o t i e n e u n a filosofía,
y l a burguesía o t r a . N o h a y filosofía " n e u t r a l " ,
e s d e c i r , u n a filosofía q u e n o esté a l s e r v i c i o d e
d e t e r m i n a d a clase.
D e l o d i c h o p o d e m o s s a c a r u n a conclusión
m u y i m p o r t a n t e , a l a q u e L e n i n concedía m u -
c h a i m p o r t a n c i a : l a filosofía t i e n e s i e m p r e e s -
píritu d e p a r t i d o . E s t o q u i e r e d e c i r q u e d e f i e n -
d e l o s i n t e r e s e s d e c l a s e , d e p a r t i d o . N o e s neu»
t r a l , n im u c h o m e n o s , e n l al u c h a d e las clases
y d e ideologías q u e s e l i b r a e n e l m u n d o . P o r
e s o e n l a filosofía d e c a d a época histórica h u b o
siempre partidos y tendencias que l u c h a r o n en-
t r e sí. E s t o s p a r t i d o s y t e n d e n c i a s s o n él mate-
rialismo y él idealismo.
« C . M a r x y F . E n g e l s : Primeras obras, ed. en ruso,
p. 5, Gosjpolitizdat, 1956.

EL MATERIALISMO Y E L IDEALISMO
A n t e s d e e x p l i c a r qué s o n e l m a t e r i a l i s m o y
e l i d e a l i s m o , h a y q u e señalar q u e e s t o s c o n c e p -
tos a veces n o s e e m p l e a n d e l t o d o bien. P o r
ejemplo, h a yquien cree q u ee l idealismo debe
s u n o m b r e a l a palabra " i d e a l " , y q u e e l idea-
lista e s l ap e r s o n a q u e s i r v e d e s i n t e r e s a d a m e n t e
a u n a causa, a u n a idea. N o e sm e n o s d i f u n d i d a
también l a opinión d e q u e s e d e n o m i n a m a t e -
r i a l i s t a a l a p e r s o n a q u e sólo s e p r e o c u p a d e l a s
ventajas personales y d e s u sintereses materia-
l e s . P e r o ésta e s u n a interpretación seudocientí-
f i c a , i n c o r r e c t a , d e l m a t e r i a l i s m o . Están e n l a
m i s m a medida equivocados quienes consideran
que e l idealismo es u n derivado d e l a palabra
"ideal".
L a interpretación d e l m a t e r i a l i s m o sólo c o m o
afán d e s a t i s f a c e r s u s i n t e r e s e s m a t e r i a l e s n o e s
o t r a c o s a q u e l a tergiversación v u l g a r d e l m a t e -
rialismo, aprovechada tanto p o r los anticomu-
n i s t a s d e l p a s a d o c o m o p o r l o s d e n u e s t r o s días.
H a c e u n o s c i e n años, E n g e l s , e n s u o b r a Lud-
wig Feuerbach y el fin de la filosofía clásica
alemana, ridiculizó a u n burgués q u e entendía
p o r l o m a t e r i a l l a glotonería, l a s b o r r a c h e r a s , l a
l u j u r i a , l o s p l a c e r e s c a r n a l e s , l a ambición, l a
a v i d e z , l a a v a r i c i a , l a c o d i c i a , e l afán d e l a s g a -
n a n c i a s y l a s m a q u i n a c i o n e s bursátiles, e n u n a
p a l a b r a , t o d o s l o s v i c i o s s u c i o s a l o s q u e él m i s -
m o s e entregaba solapadamente. E ne s e bur-
gués, d i c e E n g e l s , e l i d e a l i s m o s i g n i f i c a l a f e e n
un " m u n d o mejor" e nvirtud d e l a cual grita
a n t e l o s demás, p e r o e n e l q u e e m p i e z a a c r e e r
t a l v e z sólo c u a n d o , después d e u n a b o r r a c h e r a ,
8
tiene d o l o r d ecabeza o c u a n d o h aq u e b r a d o ; e n
u n a palabra, c u a n d o tiene q u esufrir l a s conse-
cuencias inevitables d e l o s excesos "materialis-
tas" vulgares.
C u a l q u i e r p e r s o n a s i nprejuicios p u e d e con-
vencerse d e q u e e n l a sociedad socialista se
c o n c e d e m u c h a i m p o r t a n c i a a l a creación d e l o s
bienes materiales para e lpueblo y q u el o s ciu-
d a d a n o s d e l o s países s o c i a l i s t a s c r e e n e n l a
fuerza d e l a s ideas y l o s i n s p i r a n ideales s u -
blimes.
Para comprender e lverdadero sentido d e los
conceptos d e"materialismo" e "idealismo" hay
q u e t e n e r e n c u e n t a q u e e x i s t e n fenómenos d e
dos tipos: materiales e ideales o espirituales.
U n a p i e d r a , u n árbol, u n ¡rayo d e l u z s o n fenó-
menos materiales; l o s pensamientos, l o s senti-
m i e n t o s y l o s d e s e o s , e s p i r i t u a l e s . ¿Qué c o n c a -
tenación e x i s t e e n t r e e l l o s ? L o s fenómenos m a -
teriales existentes e n l a vida son llamados tam-
bién ser. P o r e s o e l p r o b l e m a s u e l e p l a n t e a r s e
así: ¿qué e s l o p r i m a r i o , l o i n i c i a l : l a n a t u r a -
l e z a , e l s e r , l a m a t e r i a , o e l espíritu, l a razón, l a
conciencia? E n ocasiones, este p r o b l e m a s e
p l a n t e a d e u n m o d o a l g o d i s t i n t o : ¿es e l espíri-
t u , l aconciencia l o q u e e n g e n d r a a l a n a t u r a l e -
za, a l ser, a l a m a t e r i a , o , p o re l c o n t r a r i o , s o n
la naturaleza, l am a t e r i a , e l s e rl o s q u e engen-
d r a n a l espíritu, a l a c o n c i e n c i a ? E s t a p r e g u n t a
e s e l gran problema cardinal de toda la filosofía.
L o s d i s t i n t o s filósofos d a n r e s p u e s t a d i f e r e n -
t e a l p r o b l e m a c a r d i n a l d e l a filosofía.
Unos reconocen q u el amateria es l o prima-
r i o , l o i n i c i a l , q u e e l l a d a o r i g e n a l espíritu, a
l a c o n c i e n c i a . E s t o s filósofos s o n d e n o m i n a d o s
• ' • ' • •-'
9
materialistas, p o r q u e p a r t e n d e q u el a m a t e r i a senté q u e l o s u b j e t i v o e s a q u e l l o q u e e s i n m a -
es l a base d et o d o l oexistente. O t r o s r e c o n o c e n nente a l a persona dada, a l h o m b r e (sujeto).
q u e l a c o n c i e n c i a , e l espíritu, e s l o p r i m a r i o , y Berkeley negaba de hecho el mundo exterior
la m a t e r i a , l anaturaleza, l o secundario, y deri- y consideraba que existía realmente sólo él su-
v a d o . L a c o n c i e n c i a , e n s u opinión, p r e c e d e a l a jeto, su conciencia. Sólo cuando el hombre
materia, y l anaturaleza f u e engendrada p o r u n —afirmaba Berkeley— percibe directamente los
p r i n c i p i o e s p i r i t u a l . A e s t o s filósofos s e l e s d e - objetos —los ve, oye, palpa—, éstos existen. Si
n o m i n a idealistas: ellos consideran q u el a base no los percibe, entonces no los hay. El mundo,
de todo l o existente e s l aidea, e s decir, e l pen- en su opinión, existe en la conciencia, en las sen-
s a m i e n t o , e l espíritu. T a l e s s o n l o s d o s c a m p o s saciones del sujeto. Según B e r k e l e y , e l m u n d o
e n q u e s e h a n d i v i d i d o l o s filósofos: e l c a m p o lo e n g e n d r a e l s u j e t o , e l h o m b r e . L ac i e n c i a re-
de l o s m a t e r i a l i s t a s y e l c a m p o d el o s i d e a l i s t a s , futa tanto e l idealismo objetivo c o m o e l subje-
que s econtraponen a l olargo d e toda l ahisto- tivo.
ria d e l a filosofía. H e m o s v i s t o , p u e s , q u e los filósofos, según
En el idealismo se distinguen el idealismo ob- como resuelven el problema cardinal de la filo-
jetivo y el idealismo subjetivo. F u e Platón ( 4 2 7 - sofía, se dividen en materialistas e idealistas.
3 4 7 a . n . e . ) , filósofo d e l a a n t i g u a G r e c i a , q u i e n A l o l a r g o d e t o d a l a h i s t o r i a d e l a filosofía,
sentó l a s b a s e s d e l a filosofía d e l idealismo ob- el m a t e r i a l i s m o y e l idealismo libran u n a lucha
jetivo. P a r a c o m p r e n d e r porqué s e l l a m a así, h a y i r r e c o n c i l i a b l e e n t r e sí, q u e s e m a n i f i e s t a e n l a
q u e t e n e r e n c u e n t a q u e e l" o b j e t o " , e n general, solución d e t o d o s l o s p r o b l e m a s r a d i c a l e s . T o -
es a q u e l l o q u e existe f u e r a d e l n o m b r e , i n d e p e n - m e m o s , a título d e e j e m p l o , s u a c t i t u d a n t e l a
d i e n t e m e n t e d es u conciencia, a q u e l l o q u e e s ob- ciencia. E lm a t e r i a l i s m o concibe e l m u n d o t a l
jeto d es uactividad. E lmaterialismo considera c o m o es. P o r eso e lm a t e r i a l i s m o s ea p o y a s i e m -
q u e e l m u n d o e x i s t e o b j e t i v a m e n t e ; q u e éste e s p r e e n l a c i e n c i a . S e e s t a b l a c e l a unión d e l a
una realidad objetiva. E ncambio, e l idealismo ciencia y e l materialismo. E l idealismo, p o r e l
o b j e t i v o a f i r m a q u e e s l aidea l aq u e existe o b - contrario, d e f o r m a e l m u n d o . E n esto l a ciencia,
jetivamente. E lm u n d o es producto d ee s a idea además d e q u e n o p u e d e s e r v i r l e d e a p o y o ,
e x i s t e n t e n o s e s a b e dónde. E s t o s p e n s a m i e n t o s muestra, p o re l contrario, toda s uinconsisten-
f u n d a m e n t a l e s d e Platón l o s r e p i t i e r o n s u s n u - cia. E l idealismo e s hostil a l aciencia. N o h a y
m e r o s o s seguidores: los representantes del idea- n i p u e d e h a b e r u n a unión v e r d a d e r a d e l a c i e n -
l i s m o o b j e t i v o . E l más célebre d e e l l o s f u e e l c i a y e l i d e a l i s m o . E s más, e l i d e a l i s m o t e r g i -
filósofo alemán H e g e l ( 1 7 7 0 - 1 8 3 1 ) . versa frecuentemente e interpreta m a l impor-
t a n t e s d e s c u b r i m i e n t o s científicos.
L o s a d e p t o s d e l idealismo subjetivo, cuyo fun-
d a d o r f u e e l o b i s p o inglés B e r k e l e y ( 1 6 8 5 - 1 7 5 3 ) , T o m e m o s algunos problemas d e l a vida so-
r a z o n a n d eu n a m a n e r a distinta. P a r a c o m p r e n - cial. S e sabe q u e l a sociedad explotadora se
d e r l a e s e n c i a d e e s t a filosofía h a y q u e t e n e r p r e - c o m p o n e d e c l a s e s e n e m i g a s . ¿Cuál e s l a a c t i t u d

10 11
de los materialistas y d elos idealistas ante estas
clases? A p r i m e r a vista puede parecer q u e l o s
i d e a l i s t a s e s c r i b e n o b r a s filosóficas q u e d i s t a n
m u c h o d e l al u c h a d e l o sp a r t i d o s y l a s clases.
P e r o e n r e a l i d a d n o e s así. E s c r i b e n o b r a s d e
filosofía q u e , p o r r e g l a g e n e r a l , e x p r e s a n l o s i n -
tereses d e l a scapas conservadoras y reacciona-
rias d e l a sociedad, obras q u ee n este aspecto
sirven d emedio d esojuzgamiento espiritual d e
l o s t r a b a j a d o r e s . Platón, p o r e j e m p l o , j u s t i f i c a -
b a l a e s c l a v i t u d . H e g e l , a l a monarquía p r u s i a -
n a . M u c h o s i d e a l i s t a s contemporáneos j u s t i f i c a n
y d e f i e n d e n p o r t o d o s l o s m e d i o s e l régimen b u r -
gués c a d u c o ; a l g u n o s d e e l l o s s e sitúan i n c l u s o
en l av a n g u a r d i a d e l a n t i c o m u n i s m o .
L o s s i s t e m a s filosóficos s e d i s t i n g u e n e n t r e sí
también r e s p e c t o a l método d e e s t u d i o d e l a r e a -
lidad.
LA DIALÉCTICA Y LA METAFÍSICA
E l método d e e s t u d i o d e l o s fenómenos d e l a
r e a l i d a d desempeña u n i n m e n s o p a p e l . P r u e b a
d e e l l o e s l a p r o p i a p a l a b r a "método", d e l g r i e -
g o methos, q u e s i g n i f i c a m e t a , y odos, vía. E l
c o n c e p t o d e "método" n o s i g n i f i c a o t r a c o s a q u e
el enfoque, l o s procedimientos, c o nl o s q u e s e
estudia e l m u n d o y se obtienen conocimientos
para transformarlo; l o q u edepende mucho,
c o m o e s n a t u r a l , d e l método e l e g i d o . E l filósofo
inglés Bacón, m a t e r i a l i s t a d e l s i g l o x v i l , c o m p a -
ró m u y a c e r t a d a m e n t e l a teoría c o r r e c t a c o n e l
12
farol que a l u m b r a e lc a m i n o a lviajero. Compa-
ró a l s a b i o n o p e r t r e c h a d o c o n u n método c o -
rrecto c o ne l viajero q u ecamina a tientas e n
la oscuridad.
C a d a c i e n c i a t i e n e s u s métodos d e e s t u d i o d e
l a r e a l i d a d . P o r e j e m p l o , l a composición quími-
c a d e l a s e s t r e l l a s más l e j a n a s s e e s t u d i a c o n e l
método d e análisis e s p e c t r a l . E n l a sociología y
l a c i e n c i a económica s e e m p l e a c o n f r e c u e n c i a
e l l l a m a d o método s e l e c t i v o , q u e c o n s i s t e e n q u e
e l i n v e s t i g a d o r n o h a c e u n a investigación g l o b a l
d e t o d o s l o s fenómenos q u e d e b e n e s t u d i a r s e ,
s i n o sólo d e a l g u n o s , o b t e n i e n d o , s i n e m b a r g o ,
índices g e n e r a l i z a d o r e s q u e c a r a c t e r i z a n c o n s u -
ficiente exactitud todo e l c o n j u n t o d e hechos.
E l método s e l e c t i v o e s , e n c o n s e c u e n c i a , u n a
ayuda inapreciable para e l investigador cuando
e s difícil o i n c l u s o i m p o s i b l e e s t u d i a r t o d o e l
conjunto d e hechos.
C o m o v e m o s , u n o u o t r o método d e e s t u d i o
n o s eestablece a r b i t r a r i a m e n t e ,sino que depen- v
d e d e l o b j e t o d e e s t u d i o . Así, e n c o r r e s p o n d e n -
c i a c o n e l o b j e t o está e l método d e s u e s t u d i o .
¿Cómo d e b e s e r , p u e s , e ! método filosófico g e -
neral d e estudio d el arealidad? Evidentemente
tiene q u e corresponder a l objeto, es decir, a l
m u n d o q u en o s r o d e a c o m o u n t o d o . E s t o sig-
n i f i c a q u e n o d e b e s e r u n método d e u n a c i e n -
c i a c u a l q u i e r a , s i n o u n método p r e c i s a m e n t e f i -
losófico: t i e n e q u e e l a b o r a r u n e n f o q u e g e n e r a l
a c e r t a d o d e l a n a t u r a l e z a . Además, e l método
filosófico t i e n e q u e c o r r e s p o n d e r a l a n a t u r a -
leza. E s t o s i g n i f i c a l o s i g u i e n t e : s il an a t u r a l e z a
se e n c u e n t r a e nm o v i m i e n t o , c a m b i o y d e s a r r o -
l l o c o n t i n u o s , e l método filosófico t i e n e q u e
e x p r e s a r también e s t a i d e a g e n e r a l d e l d e s a r r o -
13
l i o . E s e método e s l a dialéctica materialista ela- veamos o t r o aspecto, n om e n o s i m p o r t a n t e , d e
borada por M a r x y Engels. Ella f o r m a y contiene l a dialéctica: ésta c o n c i b e e l m u n d o c o m o u n
los requisitos generales, q u e e s preciso tener t o d o , u n t o d o íntegro y e s t u d i a l a s c o n e x i o n e s
m u y e nc u e n t a s i q u e r e m o s q u ee l e n f o q u e d e l d e l o s o b j e t o s y l o s fenómenos, s e p a r a l a s e s e n -
e s t u d i o d e l o s fenómenos s e a c o r r e c t o y c o r r e s - ciales d elas n o esenciales, las f u n d a m e n t a l e s d e
ponda a l a propia naturaleza, a l a propia las secundarias o casuales. E n c u a n t o a l a m e t a -
realidad. física, ésta c o n c i b e d e m o d o s i m p l i s t a l o s n e x o s
e x i s t e n t e s e n e lm u n d o : l o sc o n s i d e r a c o m o p u -
E l método dialéctico c o n s i d e r a l o s fenómenos r a m e n t e exteriores o casuales; y sobre esta base
p r o d u c i d o s e ne l m u n d o e n m o v i m i e n t o , e n d e - es i m p o s i b l e c o m p r e n d e r l ae s e n c i a , l a r e g u l a r i -
s a r r o l l o y e nc a m b i o s constantes. S e l e contra- d a d d e l o s fenómenos q u e s e p r o d u c e n e n e l
p o n e e l método metafísico q u e p a r t e d e q u e e l mundo.
m u n d o es algo invariable, estancado, dado d e
una vez y para siempre. D e l o d i c h o s e d e s p r e n d e q u e l a DIALÉCTI-
CA es la ciencia de las leyes generales del mo-
A l g u n o s filósofos d e l a antigüedad y a c o m - vimiento y ~del desarrollo de la naturaleza, la so-
prendían q u e e l m u n d o s e e n c u e n t r a e n m o v i - ciedad y el pensamiento humanos, la ciencia de
miento, e ndesarrollo y e ncambio eterno. Entre la concatenación universal de todos los fenóme-
e l l o s f i g u r a e l e m i n e n t e filósofo g r i e g o Herácli- nos existentes en el mundo. P o r e s o , p r e c i s a m e n -
t o (cerca d e 540-480 a.n.e.), a l q u e pertenecen t e , l a dialéctica e s c o n t r a r i a a t o d a metafísica.
las p a l a b r a s q u es e h a nh e c h o proverbiales:
"todo fluye, todo cambia". E l m u n d o n o perma-
nece inmutable, sino que s edesarrolla continua-
mente. E s imposible entrar dos veces e ne l mis-
m o río, y a q u e f l u y e n s i e m p r e a g u a s n u e v a s , ¿QUÉ E S E L MATERIALISMO DIALÉCTICO?
escribió e l filósofo. Equiparó e l m u n d o a l t o -
r r e n t e d e l río q u e fluye e t e r n a m e n t e . ¡Magnífi-
c a comparación! A l i g u a l q u e fluyen y s e m u e - L a t e s i s d e q u e el materialismo y la dialéctica
v e n e t e r n a m e n t e l a s a g u a s d e l o s ríos, s e m u e v e n en la filosofía marxista guardan íntima relación
e t e r n a m e n t e l o s fenómenos q u e s e p r o d u c e n e n y constituyen una unidad indestructible e sl a
e l m u n d o . N o e s c a s u a l q u e l o s clásicos d e l c l a v e q u e p e r m i t e c o m p r e n d e r qué e s e l m a t e -
marxismo-leninismo apreciaran mucho estas r i a l i s m o dialéctico. P o r e s o p r e c i s a m e n t e l a fi-
i d e a s d e Heráclito. losofía d e l m a r x i s m o s e d e n o m i n a materialismo
H e m o s e x a m i n a d o u n o d e l o s a s p e c t o s más dialéctico. E s t o s i g n i f i c a q u e l a filosofía m a r x i s -
i m p o r t a n t e s y e s e n c i a l e s d e l método dialéctico: t a , además d e b r i n d a r n o s u n a teoría a c e r t a d a e
su exigencia invariable d e considerar e l m u n d o i n t e r p r e t a r j c o m p r e n d e r b i e n l o s fenómenos
en movimiento y desarrollo constantes. A h o r a que tienen lugar e ne l m u n d o , nos pertrecha con

14 15
 CAPÍTULO I I
u n método, u n e n f o q u e c o r r e c t o d e l o s fenóme-
n o s d e l a n a t u r a l e z a . S u teoría y método c o n s t i -
t u y e n u n t o d o único e i n d i v i s i b l e .
A d i f e r e n c i a d e l a s demás c i e n c i a s q u e e s t u -
d i a n l a s l e y e s p a r t i c u l a r e s , el objeto de estudio
de la filosofía marxista-leninista son las leyes
más generales que rigen todos los campos de la
realidad: la naturaleza, la sociedad y el pensa-
miento. T r a t a r e m o s c o n más d e t a l l e s o b r e e l l o s
SURGIMIENTO Y DESARROLLO
e n l o s capítulos c o r r e s p o n d i e n t e s d e e s t e l i b r o .
DE LA FILOSOFIA D E L MARXISMO
Pero l a sleyes d e l arealidad n o s o n e l objeto
único d e l a filosofía. L a filosofía r e s u e l v e t a m -
bién l o s p r o b l e m a s d e cómo éstas s e e s t u d i a n y L a filosofía m a r x i s t a h a p r o d u c i d o u n a r e v o -
se c o n o c e n . lución r a d i c a l e n l a c i e n c i a . P a r a c o m p r e n d e r l a
e s e n c i a d e e s t a revolución h a y q u e t e n e r p r e s e n -
Así, p u e s , la FILOSOFÍA- MARXISTA es la t e q u e e i m a r x i s m o , c o m o l o señaló más d e u n a
ciencia que estudia las leyes más generales del v e z I ^ e n i n ( 1 8 7 0 - 1 9 2 4 ) , n o surgió a l m a r g e n d e l
desarrollo de la naturaleza, la sociedad y él pen- p e n s a m i e n t o filosófico u n i v e r s a l . Heredó t o d o l o
samiento, y de los procedimientos del conoci- m e j o r q u e había e n l a filosofía p r e c e d e n t e y l o s
miento y la transformación revolucionaria del logros d e o t r a s ciencias sociales. E l m a r x i s m o
mundo. e s e l r e s u l t a d o lógico d e l d e s a r r o l l o d e l a v i d a
social, l a sciencias naturales y e l pensamiento
filosófico. E l s u r g i m i e n t o d e l a filosofía d e l
m a r x i s m o s e debió a l a s c o n d i c i o n e s económico-
sociales y t u v o d e t e r m i n a d a s p r e m i s a s naturales
y filosóficas.

CONDICIONES ECONÓMICO-SOCIALES

E l m a r x i s m o surgió e n l a década d e l 4 0 d e l
s i g l o x r x ; ün período c u a n d o e n l a p a l e s t r a h i s -
tórica había a p a r e c i d o u n a n u e v a c l a s e r e v o l u -

17
16
c i o n a r i a : e l p r o l e t a r i a d o , e l c u a l nació, n a t u r a l -
m e n t e , a n t e s , p e r o q u e e n l o s años 4 0 comenzó
a manifestarse como u n a poderosa fuerza revo-
lucionaria, demandando imperiosamente sus de-
rechos. Prueba d e ello s o nl a sacciones revolu-
cionarias d e lproletariado que e n aquel entonces
tuvieron lugar e n Inglaterra, F r a n c i a y Ale-
mania.
E l g r a n mérito d e M a r x ( 1 8 1 8 - 1 8 8 3 ) y E n g e l s
(1820-1895) consiste e n q u ea r m a r o n a l p r o l e t a -
riado c o n u n a teoría r e v o l u c i o n a r i a n u e v a , s o -
cialista. E l m a r x i s m o , p o r consiguiente, nace
gracias a d e t e r m i n a d a s condiciones sociales; c o n
el desenvolvimiento d e l capitalismo s e desarro-
llaba e l m o v i m i e n t o revolucionario d e l proleta-
riado q u e n e c e s i t a b a v i t a l m e n t e u n a teoría r e -
volucionaria. L a propia vida d e l o s hombres
planteó e l p r o b l e m a d e l a creación d e e s t a
teoría.
PREMISAS CIENTIFICO-NATURALES
L a s c i e n c i a s n a t u r a l e s imponían también l a
n e c e s i d a d d e c r e a r u n a n u e v a concepción d e l
m u n d o . E ldesarrollo d e l a ciencia e ne l siglo
x i x contradecía c a d a v e z más l a opinión metafí-
s i c a , según l a c u a l e l m u n d o s e e n c o n t r a b a e n u n
e s t a d o i n m u t a b l e , inmóvil. L a concepción d e l
m u n d o como u n todo concatenado, surgido a
c o n s e c u e n c i a d e l d e s a r r o l l o histórico, progresó
p a r t i c u l a r m e n t e gracias a tres grandes descubri-
mientos científicos. Así e l g r a n n a t u r a l i s t a inglés
18
C a r l o s D a r w i n demostró q u e l a s e s p e c i e s d e a n i -
males y plantas conocidas a c t u a l m e n t e n o fue-
ron siempre como lasvemos ahora, sino como
e l r e s u l t a d o d e u n a l a r g a evolución. P o s t e r i o r -
m e n t e s e descubrió q u e t o d o s l o s a n i m a l e s y o r -
g a n i s m o s v e g e t a l e s s e c o m p o n e n d e minúsculas
células e n l a s q u e s e o p e r a n p r o c e s o s v i t a l e s
complicadísimos. C o n e l l o s e sentó l a b a s e d e
u n a interpretación a c e r t a d a d e l a evolución d e
l o s o r g a n i s m o s . S e descubrió también l a l e y d e
l a conservación y transformación d e l a energía
y s e estableció q u e e l m o v i m i e n t o n o p u e d e s u r -
gir d e l anada, a li g u a l q u en op u e d e desapare-
cer s i n dejar huellas. Las T o r m a s d e m o v i m i e n -
to s e t r a n s f o r m a n u n a s e notras. D eeste m o d o
quedó d e m o s t r a d o q u e l a m a t e r i a e n m o v i m i e n -
to es eterna y constante. Fue u n a gran victoria
d e l a teoría dialéctica d e l d e s a r r o l l o .
Así, p u e s , e l d e s a r r o l l o d e l a c i e n c i a , p a r t i c u -
larmente l o stres grandes descubrimientos d e
las ciencias naturales — e ld e l a l e y d e l a con-
servación y transformación d e l a energía, l a d o c -
trina d el ae s t r u c t u r a celular d el o s organismos
y e l d e l a teoría d e l a evolución d e D a r w i n —
acondicionaron l a spremisas científico-natura-
l e s p a r a e l t r i u n f o d e u n a n u e v a concepción d e l
m u n d o , dialéctico-materialista, d e b i d a a M a r x y
Engels.
PREMISAS TEÓRICAS
L a d o c t r i n a d e M a r x h i z o s u y o también t o d o
l o m e j o r q u e había s i d o c r e a d o p o r e l p e n s a -
m i e n t o filosófico a v a n z a d o .
19

L a f u e n t e teórica d e l a filosofía d e l m a r x i s m o
f u e l a filosofía clásica a l e m a n a d e l s i g l o x i x ,
a n t e t o d o , l ad e H e g e l y l ad e F e u e r b a c h (1804-
1872).
H e g e l creó e l s i s t e m a d e l i d e a l i s m o o b j e t i v o .
Consideraba q u el abase d e l anaturaleza y l a
s o c i e d a d e r a l a i d e a a b s o l u t a , e l espíritu u n i v e r -
s a l . F u e u n a d o c t r i n a errónea, i d e a l i s t a . A p e s a r
d e e s t o , e n l a filosofía d e H e g e l había i d e a s m u y
valiosas. E s ,a n t e t o d o , s ud o c t r i n a d e l m o v i -
m i e n t o y d e s a r r o l l o e t e r n o s d e l espíritu u n i v e r -
s a l , s u f a m o s a dialéctica, q u e t a n t o a p r e c i a r o n
M a r x y E n g e l s . E s a dialéctica f u e p r e c i s a m e n t e
a q u e l g r a n o r a c i o n a l q u eellos aprovecharon
tras h a b e r l o e l a b o r a d o a d e c u a d a m e n t e . P o r cier-
t o , H e g e l n o s u p o c r e a r u n método v e r d a d e r a -
m e n t e científico p o r c o n s i d e r a r q u e c o n a r r e g l o
a l a s l e y e s d e l a dialéctica s e d e s a r r o l l a b a n e l
espíritu u n i v e r s a l y l o s c o n c e p t o s y categorías
filosóficos, y n o l a n a t u r a l e z a y l a s o c i e d a d . N o
f u e l a dialéctica d e l a n a t u r a l e z a , s i n o l a d e
los conceptos, que s e creaba e ne l " p e n s a m i e n -
t o p u r o " . F u e u n a dialéctica i d e a l i s t a , p e r o c o n t e -
nía e l g r a n o r a c i o n a l : l a d o c t r i n a d e l d e s a r r o l l o .
F e u e r b a c h criticó e l i d e a l i s m o d e H e g e l . E l
p u n t o d e p a r t i d a d e l a filosofía d e F e u e r b a c h
es l a n a t u r a l e z a c o m o b a s e d e t o d o l o e x i s t e n t e .
L a naturaleza engendra a lh o m b r e y s u concien-
c i a . E l m u n d o m a t e r i a l e s también l a única b a s e
d e l a c i e n c i a . L a filosofía s e p a r a d a d e l a n a t u -
r a l e z a e s v a n a y c a r e n t e d e s e n t i d o , decía e l
filósofo. E l m a t e r i a l i s m o c o n s t i t u y e l a médula
d e l a filosofía d e F e u e r b a c h q u e M a r x y E n g e l s
a p r o v e c h a r o n después d e h a b e r l o e l a b o r a d o s u s -
tancialmente.
P u e s , ¿qué e s e n c i a l m e n t e n u e v o aportaron
M a r x y E n g e l s a l a filosofía, e n comparación c o n
20
t o d o s l o s s i s t e m a s filosóficos p r e c e d e n t e s ? P o r
c u a n t o e l m a t e r i a l i s m o y l a dialéctica c o n s t i t u -
y e n e l f u n d a m e n t o d e l a filosofía m a r x i s t a , ¿qué
es l oq u e l a d i s t i n g u e d e l m a t e r i a l i s m o y l a d i a -
léctica d e l p a s a d o ? Sólo r e s p o n d i e n d o correcta-
m e n t e a estas preguntas esposible ver l o n u e v o
q u e c a r a c t e r i z a e l m a t e r i a l i s m o y l a dialéctica
d e l a filosofía m a r x i s t a , e s d e c i r , s u c o n t e n i d o
fundamental. Empecemos p o re l materialismo.
E l m a t e r i a l i s m o nació h a c e m u c h o t i e m p o ,
más d e t r e s m i l e n i o s atrás. L a h i s t o r i a c o n o c e
a materialistas t a n eminentes d e lpasado como
Demócrito ( G r e c i a a n t i g u a ) , H o l b a c h ( F r a n c i a ) ,
Chernyshevski (Rusia) y a muchos otros. S i n
embargo, e lmaterialismo premarxista era limi-
tado e n algunos aspectos. E n p r i m e r lugar, e l
m a t e r i a l i s m o p r e m a r x i s t a e r a mecanicista. E n
o t r o s términos, e x p l i c a b a t o d o s l o s fenómenos
de l ar e a l i d a d c o n a y u d a d e l a s leyes d e l a me-
cánica. L o s r e p r e s e n t a n t e s d e l m a t e r i a l i s m o p r e -
marxista consideraban hasta a l hombre como
u n a máquina c o r r i e n t e . E n s e g u n d o l u g a r , e r a
u n m a t e r i a l i s m o metafísico, a l q u e l e e r a a j e n a
l a dialéctica, d o c t r i n a d e l d e s a r r o l l o . Además,
los materialistas del pasado explicaban d e m o d o
m a t e r i a l i s t a sólo l a n a t u r a l e z a , l o s fenómenos
de l av i d a social l o s explicaban d e m o d o idea-
lista. Consideraban que l a h i s t o r i a s e desarrolla
sólo a b a s e d e c a u s a s y f u e n t e s i d e a l e s . N o veían
f u e n t e s m a t e r i a l e s d e l a evolución d e l a h i s t o r i a
h u m a n a . O t r a deficiencia d e lm a t e r i a l i s m o pre-
m a r x i s t a consistía e n q u e tenía carácter c o n t e m -
plativo, e s decir, inerte, pasivo. E s t o significa
q u e l o s filósofos n o comprendían e l p a p e l d e l a
práctica s o c i a l . S e l i m i t a b a n a c o n t e m p l a r e l
m u n d o , e n e lm e j o r d elos casos l o explicaban,
21
p e r o n o veían p r o c e d i m i e n t o s p a r a t r a n s f o r m a r -
l o e n e l c u r s o d e l a práctica r e v o l u c i o n a r i a .
Se v eentonces que e lm a t e r i a l i s m o d e l a filo-
sofía m a r x i s t a s e d i s t i n g u e c u a l i t a t i v a y s u s t a n -
sujeto con vida propia, es e l demiurgo d e l o real,
y éste l a s i m p l e f o r m a e x t e r n a e n q u e t o m a
c u e r p o . P a r a mí, l o i d e a l n o e s , p o r e l c o n t r a r i o ,
más q u e l o m a t e r i a l t r a d u c i d o y t r a s p u e s t o a l a
cabeza del h o m b r e . " 1

cialmente del materialismo precedente. E s natu-

r a l , p o r q u e a n t e s había materialismo metafísico R e s u m a m o s l o d i c h o : La expresión más im-
c o n t o d a s s u s l i m i t a c i o n e s y p u n t o s débiles: portante de la revolución que el marxismo operó
M a r x y E n g e l s c r e a r o n e l materialismo dialéc- en la filosofía consiste en que se logró una
tico, q u e e s e l r e s u l t a d o y l a síntesis d e l d e - unidad orgánica del materialismo y la dialéctica,
s a r r o l l o d e l aciencia y l av i d a social. unidad desconocida por la filosofía anterior. La
filosofía marxista se distingue radicalmente de
O t r o t a n t o p u e d e d e c i r s e d e l a dialéctica. L a todos los sistemas filosóficos precedentes tam-
dialéctica d e M a r x s e d i s t i n g u e r a d i c a l m e n t e d e
bién por su naturaleza de clase. E s la filosofía
l a d e H e g e l . E l q u i d d e l a cuestión c o n s i s t e e n
del proletariado, una clase nueva, revolucionaria.
q u e M a r x y E n g e l s c r e a r o n l a dialéctica mate-
E l p r o l e t a r i a d o s e distinguía r a d i c a l m e n t e d e l a s
rialista a d i f e r e n c i a d e l a dialéctica idealista d e
H e g e l , M a r x y E n g e l s enseñaron q u e e n l a p r o - c l a s e s q u e l e precedían, i n c l u s o d e l a s p r o g r e -
p i a n a t u r a l e z a r i g e l a dialéctica. También l a h i s - s i s t a s . L a filosofía d e aquél también s e d i s t i n g u e
t o r i a r e c o r r e e l c a m i n o d e l d e s a r r o l l o dialéctico. r a d i c a l m e n t e d e t o d o s l o s s i s t e m a s filosóficos
E l p e n s a m i e n t o h u m a n o e s t u d i a , diríase q u e f o - precedentes, incluso d e l o s progresistas.
tografía, l a dialéctica d e l d e s a r r o l l o d e l a n a t u - E l s u r g i m i e n t o d e l m a r x i s m o significó también
raleza y l asociedad. Hegel, e ncambio, l o concibe q u e s e p r o d u j e r a u n a g r a n revolución e n l a s
t o d o a l revés: e l p e n s a m i e n t o s e d e s a r r o l l a p o r opiniones acerca d e l ahistoria. M a r x y Engels
sí m i s m o , i n d e p e n d i e n t e y c o n t r a r i a m e n t e a l a explicaban d e m o d o materialista l ahistoria d e
n a t u r a l e z a . M a r x tenía razón c u a n d o escribió l a h u m a n i d a d y c r e a r o n u n a d o c t r i n a filosófica
q u e e n H e g e l l a dialéctica e s t a b a d e c a b e z a y n u e v a : e l m a t e r i a l i s m o histórico.
había q u e p o n e r l a d e p i e p a r a d e s c u b r i r b a j o
l a e n v o l t u r a mística e l g r a n o r a c i o n a l q u e c o n - M a r x y Engels plantearon posteriormente nue-
tenía aquélla. Y así f u e : e l m a r x i s m o p u s o d e v a s t a r e a s a l a filosofía: s u filosofía está l l a m a d a
p i e l a dialéctica d e H e g e l . P e r o e s t o s i g n i f i c a q u e a s e r e l i n s t r u m e n t o d e transformación d e l m u n -
l a dialéctica m a r x i s t a e s c o m p l e t a m e n t e c o n t r a - d o . Uno de los rasgos peculiares de la filosofía
r i a a l a dialéctica d e H e g e l . " M i método dialéc- marxista es su carácter revolucionario. Este
t i c o —escribió M a r x — n o sólo e s f u n d a m e n t a l - r a s g o c a r a c t e r i z a también l a revolución q u e e l
m e n t e d i s t i n t o d e l método d e H e g e l , s i n o q u e m a r x i s m o realizó e n l a filosofía.
e s , e n t o d o y p o r t o d o , l a antítesis d e él. P a r a
H e g e l , e l p r o c e s o d e l p e n s a m i e n t o , a l q u e él i C . M a r x : E l capital, t. 1, p. X I X - X X , E d i t o r i a l de
convierte incluso, bajo e l n o m b r e d e idea, e n Ciencias Sociales, I n s t i t u t o C u b a n o del L i b r o , 19T3.

23
22
 La filosofía marxista enseña a intervenir acti-
vamente en la vida, a cambiarla, a transformarla. La dificultad era agravada por e lhecho d e q u e
M a r x expresó e s t a i d e a c o m o s i g u e : " L o s filóso- después d e l a m u e r t e d e M a r x y E n g e l s , l o s r e v i -
f o s n o h a n h e c h o más q u e interpretar d e diver- sionistas d ea l g u n o s p a r t i d o s o b r e r o s d e E u r o p a
sos m o d o s e lm u n d o , p e r o d e l oq u e s e t r a t a e s o l v i d a r o n e l espíritu r e v o l u c i o n a r i o d e l m a r x i s -
de transformarlo."* m o . L e n i n enarboló e n a l t o l a b a n d e r a d e l
E l carácter c o m b a t i v o y r e v o l u c i o n a r i o e s u n m a r x i s m o y l a llevó a través d e t o d a s l a s t e m -
r a s g o importantísimo d e l a filosofía m a r x i s t a . pestades y revoluciones hacia l a gran victoria.
E s t e e s , a n t e t o d o , u n a guía p a r a l a acción, u n L e n i n n o sólo salvaguardó e l m a r x i s m o , s i n o
a r m a d e combate d e lproletariado y d e todos q u e desarrolló s u s t e s i s f u n d a m e n t a l e s . N o p o -
los trabajadores. Los trabajadores, pertrechados día s e r d e o t r a m a n e r a . L e n i n vivía e n u n a época
c o n l a teoría r e v o l u c i o n a r i a , s e c o n v i e r t e n e n l u - histórica n u e v a , l a época d e l i m p e r i a l i s m o . C o n
c h a d o r e s intrépidos p o r l a realización d e l o s arreglo a l a s m o d i f i c a c i o n e s q u es e p r o d u j e r o n
ideales m a r x i s t a s y ,e nconsecuencia, d e los idea- en l avida d el a sociedad e n aquel entonces, era
les d e t o d a l a h u m a n i d a d p r o g r e s i s t a . P o r eso, necesario desarrollar l o splanteamientos funda-
desde e l surgimiento d e lm a r x i s m o l a historia mentales d e lmarxismo, conservando e nl a pu-
planteó u n a t a r e a importantísima: unir la teoría r e z a l o p r i n c i p a l , l o f u n d a m e n t a l : s u espíritu
socialista marxista con el movimiento proletario, r e v o l u c i o n a r i o . L e n i n cumplió b r i l l a n t e m e n t e
unir el arma espiritual, teórica, con la fuerza e s t a t a r e a . Creó u n a g r a n d o c t r i n a : el leninismo,
material, la cual puede utilizar esta arma: con que es el marxismo de la época del imperialismo
el proletariado, con el pueblo. y las revoluciones proletarias, de la transición
del capitalismo al socialismo y de la construc-
ción del comunismo.
E n n u e s t r a época n o h a y y n o p u e d e h a b e r
EL DESARROLLO DE LA FILOSOFÍA m a r x i s m o s i n l o g r a n d e y l o n u e v o q u e a éste
MARXISTA POR LENIN aportó L e n i n . P o r e s o c u a l q u i e r i n t e n t o d e d e s -
lindar y contraponer e lmarxismo a l leninismo
(a e s o precisamente s e dedican a h o r a m u c h o s
filósofos b u r g u e s e s y r e v i s i o n i s t a s ) p e r s i g u e u n
V l a d i m i r I l i c h L e n i n entregó t o d a s u v i d a a
sólo o b j e t i v o ' : d e s v i a r a l a s m a s a s d e l a teoría
l a histórica c a u s a d e l a unión d e l a teoría s o c i a -
lista con e l m o v i m i e n t o proletario. Los primeros más r e v o l u c i o n a r i a d e l a época contemporánea.
p a s o s q u e d i o L e n i n c o m o g r a n teórico y r e v o - L o s m a r x i s t a s d a n u n a réplica m e r i t o r i a a e s t o s
lucionario fueron dedicados a unir e l m a r x i s m o intentos.
c o n e l m o v i m i e n t o o b r e r o . N o f u e u n a t a r e a fácil. L a actividad de L e n i n en el campo de la filo-
sofía constituye toda una etapa, una época en el
2
C . M a r x y F . E n g e l s : O b r a s escogidas, en dos lomos, desarrollo del p e n s a m i e n t o filosófico. E n e l a s -
t. 2, p. 403, E d i t o r i a l Progreso, Moscú. p e c t o cronológico e s t a e t a p a a b a r c a e l período
que m e d i a desde finales del siglo x r x hasta nues-
24
25
 t r o s días. ¿Qué d e n u e v o aportó L e n i n a l a f i l o -
sofía m a r x i s t a ?
A n t e t o d o , L e n i n enriqueció s u s t a n c i a l m e n t e
e l m a t e r i a l i s m o dialéctico. A f i n a l e s d e l s i g l o x i x
y comienzos del xx, l a ciencia hizo u n a serie d e
nuevos descubrimientos d e l o s q u e trataremos
c o n más d e t a l l e e n e l capítulo s i g u i e n t e . A b a s e
d e e s t o s d e s c u b r i m i e n t o s , L e n i n , además d e d e -
fender e l m a r x i s m o contra l o s ataques d e l o s
i d e a l i s t a s , desarrolló l o s capítulos básicos d e l a
filosofía m a r x i s t a : l a d o c t r i n a d e l a m a t e r i a y
l a teoría d e l c o n o c i m i e n t o , y elaboró a f o n d o
l a s l e y e s y l a s categorías d e l a dialéctica.
L e n i n d i o u ng r a n a p o r t e a l d e s a r r o l l o d e l
m a t e r i a l i s m o histórico. T u v o q u e p r e c i s a r l a s
t e s i s más i m p o r t a n t e s d e l m a r x i s m o c o n a r r e g l o
a l a n u e v a época histórica. Así, Lenin creó una
nueva teoría de la revolución socialista, que fue
la estrella polar para l o strabajadores d e R u s i a
e n s u l u c h a p o r l a transformación r e v o l u c i o n a -
r i a d e l m u n d o y l a construcción d e l s o c i a l i s m o .
E s t a teoría e s u n a guía p a r a l a acción d e l p r o l e -
tariado y para s u vanguardia: los partidos comu-
n i s t a s y o b r e r o s d e lm u n d o e n t e r o .
L e n i n enriqueció l a doctrina marxista de la
lucha de clases, definió l a s c l a s e s ; desarrolló l a
doctrina d e M a r x s o b r e l a dictadura del proleta-
riado y l a defendió c o n t r a l o s a t a q u e s d e l o s
r e v i s i o n i s t a s ; creó u n a n u e v a teoría d e l E s t a d o
socialista, descubriendo l o sSoviets c o m o nueva
forma d e l a dictadura d e lproletariado. Lenin
es u n g r a n e j e m p l o d e l a a c t i t u d c r e a d o r a res-
p e c t o d e l a teoría; d i o e j e m p l o s i n s u p e r a b l e s d e
l a solución teórica y práctica d e n u m e r o s o s p r o -
blemas cardinales d e l desarrollo d e l a revolu-
ción s o c i a l i s t a y l a construcción d e l a n u e v a
26
sociedad. S u s ideas, proyectos e indicaciones
e j e r c e n también e n n u e s t r o s días u n a i n f l u e n c i a
i n a p r e c i a b l e s o b r e n u e s t r a v i d a s o c i a l , política
y económica. E n e l i n f o r m e d e l C C d e l X X I V
Congreso del P C U S s edice: " E l l e n i n i s m o , c o m o
doctrina i n m o r t a l y e nconstante desarrollo, h a
s i d o , e s y seguirá s i e n d o e l n o r t e d e l a v i d a
ideológica d e l p a r t i d o , l a b a s e d e t o d a s u a c t i -
vidad revolucionaria transformadora. E l partido
u t i l i z a l a h e r e n c i a ideológica d e L e n i n , c o n s i d e -
r a n d o c o m o u n a t a r e a importantísima r e s o l v e r ,
guiándose p o r l a s i d e a s y l a metodología l e n i -
n i s t a s , l o s p r o b l e m a s a c t u a l e s d e l a edificación
comunista."*
Después d e L e n i n , l a filosofía d e l m a r x i s m o
l a h a n d e s a r r o l l a d o y d e s a r r o l l a n s u s compañe-
r o s d e l u c h a y discípulos: l a s r e l e v a n t e s p e r s o -
n a l i d a d e s d e l P a r t i d o C o m u n i s t a de l a Unión
Soviética y l o s p a r t i d o s c o m u n i s t a s y o b r e r o s
h e r m a n o s . S u s o b r a s teóricas, i n f o r m e s e i n t e r -
venciones e n l o scongresos d e lpartido y l o s
plenos del C Cdesarrollan e l marxismo-leninismo
en l a s nuevas condiciones d e l a lucha p o r e l
comunismo.
CARACTER CREADOR DEL MARXISMO
LENINISMO
De l o expuesto anteriormente se desprende
q u e l a teoría m a r x i s t a está e n c o n t i n u o d e s a r r o -
llo. E s t o significa q u ee l m a r x i s m o - l e n i n i s m o e s
» D o c u m e n t o s del X X I V Congreso del P C U S . ed. en
ruso, p. 102. 1971.
27
 incompatible c o n cualquiera d e las manifesta
«iones d e l d o g m a t i s m o . E l d o g m a t i s m o t r a t a d e
s i t u a r l o s fenómenos d e l a v i d a e n e s q u e m a s
m u e r t o s . C o n ello t r a b a l ai n i c i a t i v a creadora y
el pensamiento revolucionario. E l m a r x i s m o -
leninismo, e n cambio, exige u n enfoque creador
de l a realidad.
L a filosofía m a r x i s t a - l e n i n i s t a t i e n e carácter
c r e a d o r . Y e s n a t u r a l q u e así s e a . L a metafísica,
que niega todo desarrollo, engendra inminente-
m e n t e e l d o g m a t i s m o . L a dialéctica m a t e r i a l i s -
ta, e ncambio, concibe e l m u n d o e n m o v i m i e n t o ,
mutación y d e s a r r o l l o e t e r n o s ; n o r e c o n o c e , p o r
consiguiente, dogmas "eternos", "invariables".
L a dialéctica m a t e r i a l i s t a d a o r i g e n a l espíritu
d e innovación v e r d a d e r a . P o r c u a n t o l a dialéc-
t i c a , según expresión metafórica d e L e n i n , e s e l
a l m a revolucionaria del m a r x i s m o , por tanto s u
e s e n c i a t i e n e carácter c r e a d o r y e s i n c o m p a t i b l e
c o n c u a l q u i e r manifestación d e d o g m a t i s m o .
L a dialéctica m a r x i s t a e s i n c o m p a t i b l e t a m -
bién c o n c u a l q u i e r manifestación d e l r e v i s i o n i s -
m o , q u e s e d e d i c a a r e v i s a r l a s t e s i s básicas d e l
m a r x i s m o - l e n i n i s m o . E s t a e s l a razón d e l p o r qué
la lucha irreconciliable c o n t r a e l revisionismo,
el d o g m a t i s m o y e lsectarismo, contra cualquier
desviación d e l m a r x i s m o - l e n i n i s m o , e s condición
indispensable del robustecimiento ulterior d e l a
u n i d a d d e lm o v i m i e n t o c o m u n i s t a i n t e r n a c i o n a l
y e lf o r t a l e c i m i e n t o del c a m p o socialista.
28
CAPITULO I I I
LA MATERIA Y FORMAS
DE S U E X I S T E N C I A
¿QUÉ E S LA MATERIA?
L a v i d a , y l a práctica c o t i d i a n a , n o s c o n v e n c e n
de que e lm u n d o existe o b j e t i v a m e n t e c o n inde-
pendencia d e l h o m b r e , d e s uconciencia, d e sus
s e n s a c i o n e s y d e s e o s . L a c i e n c i a también d e -
m u e s t r a q u e l a T i e r r a surgió m u c h o a n t e s d e
que apareciera e lh o m b r e y los organismos vivos
e n g e n e r a l , e s d e c i r , q u e existía i n d e p e n d i e n t e -
m e n t e d e e l l o s . P o r e s o L e n i n decía q u e l a p e r -
sona q u en ohaya estado e n u nmanicomio o
n o haya aprendido d e l o sidealistas subjetivos,
n o dudará n u n c a q u e e l m u n d o e x i s t e o b j e t i v a -
mente. L a objetividad d e l m u n d o , es decir, s u
ser f u e r a e independiente d e l a conciencia d e l
hombre, significa que es material. E s t a palabra
n o t i e n e ningún o t r o s e n t i d o .
Así, p u e s , nuestra vida cotidiana, la práctica,
la actividad laboral, productiva, nos convencen
de que el mundo existe objetivamente, de que
es material. E l r e c o n o c i m i e n t o d e q u e e l m u n d o
es m a t e r i a l y e x i s t e f u e r a e i n d e p e n d i e n t e m e n t e
d e l a c o n c i e n c i a e s u n r a s g o característico d e
l a teoría m a t e r i a l i s t a . E s t a t e s i s científica f u n -
29
 d a m e n t a l constituye l abase d e l ad o c t r i n a leni-
nista sobre l amateria.
N o s r o d e a n u n sinfín d e o b j e t o s y fenó-
m e n o s . L a s p i e d r a s y l o s árboles, l o s g r a n i t o s
•de a r e n a y e l s o l , l o s d e s i e r t o s , l o s m a r e s y l o s
océanos, l a s e s t r e l l a s y l o s p l a n e t a s , l o s a n i m a l e s
y muchísimas o t r a s c o s a s . Y t o d o e s t o l o d e n o -
m i n a m o s c o n u n a p a l a b r a : materia. T a l e s p a l a -
bras s e llaman conceptos.
H a y c o n c e p t o s más a m p l i o s y m e n o s a m p l i o s .
P o r ejemplo, l a" m e s a " y l a "cosa": e l segundo
c o n c e p t o e s , n a t u r a l m e n t e , más a m p l i o . E x a m i -
n e m o s a h o r a l a cuestión d e s i h a y c o n c e p t o s m u y
a m p l i o s o , c o m o suele decirse, e x t r e m a d a m e n t e
a m p l i o s . Sí, l o s h a y . S i u n c o n c e p t o a b a r c a t o d o s
l o s o b j e t o s y fenómenos, d e s d e u n g r a n i t o d e
a r e n a h a s t a e l c e r e b r o h u m a n o , t a l c o n c e p t o será
extremadamente amplio.
U n c o n c e p t o así e s e l d e m a t e r i a . R e s u l t a q u e
" m a t e r i a " e s también c o n c e p t o , a l i g u a l q u e
"flor", "cosa", pero u n concepto m u y amplio.
Se distingue d elos conceptos corrientes porque
expresa l o srasgos esenciales y c o m u n e s n o d e
u n grupo cualquiera d e objetos, sino d e todos
i o s o b j e t o s y d e t o d o s l o s fenómenos q u e t i e n e n
lugar e n e l m u n d o : d e todo cuanto nos rodea.
Los conceptos e x t r e m a d a m e n t e amplios son es-
t u d i a d o s p o r l a filosofía y s o n l l a m a d o s también
categorías filosóficas. La materia es asimismo
una categoría filosófica.
¿Cuáles s o n , p u e s , l a s p r o p i e d a d e s c o m u n e s y
esenciales, l o srasgos parecidos, q u es o n i n m a -
nentes a todas las cosas? A n t e todo, todas ellas
s o n materiales, existen o b j e t i v a m e n t e , e s decir,
fuera e independientemente d el aconciencia del
h o m b r e . E s t o e s l o q u e c o n s t i t u y e s u b a s e común.
30
P e r o ésta n o e s u n a p r o p i e d a d común única
de todos l o sobjetos que existen e ne l m u n d o .
Poseen igualmente otra propiedad importante.
Cuando, por ejemplo, nos lavamos con agua tibia,
sentimos calor. C u a n d o m i r a m o s e ne l bosque
l o s árboles, p e r c i b i m o s , v e m o s , d i s t i n t o s c o l o -
res: e l color blanco d e l t r o n c o d e l abedul, e l
c o l o r v e r d e d e l a s h o j a s . R e s u l t a q u e los obje-
tos que existen independientemente de nosotros,
poseen la propiedad de actuar sobre nuestros
órganos de los sentidos y provocar las sensacio-
nes correspondientes.
Ahora, c u a n d o h e m o s puesto e nclaro las pro-
p i e d a d e s más c o m u n e s d e t o d o s l o s o b j e t o s y
fenómenos, p o d e m o s y a d e f i n i r e l c o n c e p t o d e
m a t e r i a . E n s u o b r a Materialismo y empiriocri-
ticismo, L e n i n dice: " L am a t e r i a e s u n a cate-
goría filosófica q u e s i r v e p a r a d e s i g n a r l a r e a -
lidad objetiva, q u ees dada a l hombre e n s u s
sensaciones (...) M a t e r i a es l o que, obrando
s o b r e n u e s t r o s órganos d e l o s s e n t i d o s , p r o d u c e
l a sensación; m a t e r i a e s l a r e a l i d a d o b j e t i v a , q u e
n o s e s d a d a e n l a sensación... " Así, x
MATERIA
es todo cuanto nos rodea, cuanto existe objetiva-
mente: todo el infinito mundo material exterior,
q u e , a c t u a n d o s o b r e n u e s t r o s órganos d e l o s
sentidos, provoca sensaciones.
H a y que tener e ncuenta que n os edebe iden-
tificar l a m a t e r i a c o n l a sustancia, pese aq u e
t r a d u c i d a d e l latín, l a p a l a b r a m a t e r i a s i g n i f i c a
textualmente "substancia". Algunos materialistas
entendían l a m a t e r i a c o m o u n " m a t e r i a l " b i e n
determinado, del cual constan todos los objetos.
1
V. I . Lenin: O b r a s completas, ed. en ruso, t. 18,
pp. 131 y 149.
31

Demócrito, p o r e j e m p l o , c o n s i d e r a b a que los
átomos e r a n l a b a s e d e l a m a t e r i a .
L a c i e n c i a d e l o s s i g l o s x v n y XVIII c o n s i d e -
r a b a q u e l o s átomos e r a n i n d i v i s i b l e s , n o s u s c e p -
t i b l e s d e desintegración, y e t e r n o s . Q u e e r a n l o s
"últimos l a d r i l l i t o s " d e l u n i v e r s o , c i e r t o m a t e -
r i a l d e construcción c o n e l q u e e s t a b a h e c h o t o d o
e l m u n d o . E s t a opinión dominó también e n e l
siglo x i x . P e r o a finales d e lsiglo pasado, e n l a
ciencia se hicieron descubrimientos q u e pusie-
ron e ntela d e juicio e l acierto d e tal interpre-
tación d e l a c a u s a p r i m a r i a d e l a m a t e r i a .
E n l a s postrimerías d e l s i g l o x i x quedó e s t a -
b l e c i d o f i r m e m e n t e q u e había q u e r e c h a z a r e l
c r i t e r i o d e l a n o desintegración d e l átomo: e l
átomo e s d e s i n t e g r a b l e . S e desintegró, y c o n e l l o
se d i o a l t r a s t e c o n m u c h a s v i e j a s o p i n i o n e s .
S e h i c i e r o n también o t r o s d e s c u b r i m i e n t o s
c o m p r o b a t o r i o s d e lfracaso d e l a sviejas opi-
niones acerca d e l am a t e r i a y sus propiedades.
P o r e j e m p l o , a p a r t i r d e l a época d e N e w t o n ,
l o s científicos c o n s i d e r a b a n q u e l a m a s a d e l
cuerpo e nm o v i m i e n t o y e n reposo es constante,
invariable. S i n embargo, las investigaciones pos-
t e r i o r e s d e m o s t r a r o n q u e l a m a s a d e l electrón
no es constante, sino que cambia e n d e p e n d e n -
c i a d e l a v e l o c i d a d d e l m o v i m i e n t o . Comenzó,
según d i j o L e n i n , l a revolución e n l a s c i e n c i a s
naturales.
L o s filósofos i d e a l i s t a s b u r g u e s e s n o d e j a r o n
de a p r o v e c h a r estos d e s c u b r i m i e n t o s d elas cien-
c i a s n a t u r a l e s . E s t o s filósofos, q u e pretendían
e x p l i c a r d i c h o s d a t o s científicos, r a z o n a b a n más
o m e n o s así: c o m o e l átomo e r a c o n s i d e r a d p
32
b a s e d e l a m a t e r i a , y resultó q u e e r a d i v i s i b l e
— d e s i n t e g r a b l e — , s e d e s p l o m a b a n , según e l l o s ,
los c i m i e n t o s d e l edificio del m a t e r i a l i s m o y s u
núcleo: l a m a t e r i a . E m p e z a r o n a a f i r m a r q u e l a
" m a t e r i a " h a d e s a p a r e c i d o . L e n i n refutó d e
m o d o convincente semejantes aseveraciones.
L e n i n demostró q u e d e b e c o n s i d e r a r s e m a t e -
r i a n o sólo a q u e l l o q u e e s s u s t a n c i a l ( l a l u z , p o r
e j e m p l o , e s u n a f o r m a n o s u s t a n c i a l d e l a exis-
tencia d e l am a t e r i a ) , q u e era m a t e r i a n o sola-
m e n t e e l átomo, s i n o también e l electrón y o t r a s
partículas " e l e m e n t a l e s " c o n o c i d a s p o r l a física
moderna. E n u n a palabra, los nuevos datos obte-
n i d o s p o rl a ciencia n o e v i d e n c i a b a n , n i m u c h o
m e n o s , q u e l a " m a t e r i a había d e s a p a r e c i d o " .
Estos datos p e r m i t i e r o n , sencillamente, descu-
b r i r n u e v a s clases y nuevas f o r m a s d e existencia
de l am a t e r i a desconocidas p o r e lm a t e r i a l i s m o
del pasado. A finales d e lsiglo x i x y comienzos
del x x se o b t u v i e r o n nuevos conocimientos.
A n t e s n o s e sabía q u e existían l o s e l e c t r o n e s , l o s
p r o t o n e s , e l núcleo atómico, y a h o r a s e s a b e .
Todos estos datos d e m u e s t r a n que h a n cambiado
nuestras opiniones acerca del cuadro del m u n d o
presentado p o r l a s ciencias naturales y d e l a
estructura de l amateria.
L a ciencia m o d e r n a h aobtenido m u c h o s d a -
tos nuevos d e l a e s t r u c t u r a d e l a m a t e r i a .S i
en l o salbores d e l o sdescubrimientos se cono-
cían e l electrón, e l protón y n a d a más, a h o r a
s e h a n d e s c u b i e r t o más d e 3 0 partículas " e l e -
m e n t a l e s " . T o d a s e l l a s s o n m a t e r i a l e s . ¡Quién
p u e d e d u d a r l o c u a n d o s u acción s e m a n i f i e s t a ,
p o r e j e m p l o , e n u n a c e n t r a l electroatómica y e n
muchas otras obras d e l o s hombres! D e esta
m a n e r a , es material no sólo el átomo, sino tam-
33
 bien el electrón y las demás partículas. E l m a t e -
rialismo, pues, n o h a sido "refutado".
C o m o v e m o s , no se debe confundir el concepto
filosófico de materia y el problema del cuadro
del mundo presentado por las ciencias natura-
les. N u e s t r a s o p i n i o n e s d e l a e s t r u c t u r a , d e l e s -
t a d o y d e l a s p r o p i e d a d e s d e t i p o s específicos
de m a t e r i a — e l cuadro d e l m u n d o presentado
por l a s ciencias n a t u r a l e s — c a m b i a n continua-
m e n t e , y a q u e l o s científicos c o n o c e n c a d a v e z
más a f o n d o e l m u n d o y s u e s t r u c t u r a . R e s u l t a
que nuevos descubrimientos han rebatido l o s
viejos conocimientos sobre e l cuadro del m u n d o
presentado p o r l a s ciencias naturales y n o e l
c o n c e p t o filosófico d e m a t e r i a q u e n o a f e c t a a
la e s t r u c t u r a del m u n d o , sino a s u existencia ob-
jetiva. Y p o r m u c h o que cambien nuestras opi-
niones sobre ese cuadro d e lm u n d o , n o pueden
evidenciar que l am a t e r i a h a desaparecido. L e n i n
d i j o q u e desaparecía e l límite h a s t a d o n d e s e
conocía l a m a t e r i a . L a m a t e r i a l i d a d d e l m u n d o ,
la m a t e r i a c o m o realidad objetiva s even confir-
m a d a s u n a v e z más.
D e este m o d o , n o debe c o n f u n d i r s e e l m a t e -
r i a l i s m o metafísico y e l m a t e r i a l i s m o dialéctico.
P a r a e l m a t e r i a l i s m o metafísico l a m a t e r i a s o n
l o s átomos i n m u t a b l e s e i n d i v i s i b l e s . E l m a t e -
r i a l i s m o dialéctico p a r t e d e q u e l a m a t e r i a n o
s e d e b e r e d u c i r n i a l "último l a d r i l l i t o " , e l áto-
m o , n i a ninguna propiedad "eterna" e n general.
La materia n o posee u n a propiedad, sino u n
sinfín d e p r o p i e d a d e s : s o n v a r i a d o s l o s o b j e t o s
e x i s t e n t e s e n e l m u n d o , s o n v a r i a d a s también s u s
propiedades. E s t o fue c o n f i r m a d o p o r los descu-
b r i m i e n t o s científicos. P o r e s o L e n i n escribió:
" L a física m o d e r n a p a r e . Está d a n d o a l u z e l
34
m a t e r i a l i s m o dialéctico." S e a n c u a l e s f u e r e n l a s
"partículas" n u e v a s q u e d e s c u b r i e r a l a c i e n c i a
(las d e s c u b r e c o n s t a n t e m e n t e ) esto n o puede
refutar e l m a t e r i a l i s m o , p o r c u a n t o estas par-
tículas s o n m a t e r i a l e s , e x i s t e n también o b j e t i v a -
m e n t e , c o nindependencia d e lh o m b r e y l a h u -
manidad.
P e r o ¿por qué l o s i d e a l i s t a s s e p r o n u n c i a n c o n
tanto celo contra e lconcepto d e materia?
E n t o r n o a lconcepto d e m a t e r i a s e h a enta-
b l a d o u n a e n c a r n i z a d a l u c h a ideológica. E s t o s e
explica p o r e l hecho d e q u e l a m a t e r i a e s l a
base, e lf u n d a m e n t o del m a t e r i a l i s m o . E l o b i s p o
inglés d e l s i g l o x v i n G e o r g e B e r k e l e y , u n o d e
l o s f u n d a d o r e s d e l i d e a l i s m o s u b j e t i v o , señalan-
d o q u e t o d a s l a s " d o c t r i n a s d e s h o n e s t a s " tenían
p o r b a s e l a teoría d e l a e x i s t e n c i a a b s o l u t a d e
l a m a t e r i a , escribió: " T o d o s s u s m o n s t r u o s o s
sistemas seencuentran e n u n a dependencia tan
evidente y necesaria d e ella, q $ e e n cuanto se
retire esta piedra d e toque, todo e l edificio, hasta
los cimientos, debe desplomarse indefectiblemen-
te." Resumiendo, e l autor dice q u e"todos l o s
2
amigos d e l conocimiento d e l m u n d o y l a reli-
gión t i e n e n q u e d e s e a r q u e e l m a t e r i a l i s m o s e a
rebatido".
E s t a s p a l a b r a s d e B e r k e l e y s o n a l g o así c o m o
l a e s t r e l l a p o l a r p a r a l o s filósofos i d e a l i s t a s m o -
dernos burgueses, l o s cuales siguen utilizando
semejantes manifestaciones e nl a lucha contra
e l m a t e r i a l i s m o . P e r o s u argumentación e s i n -
consistente, y e s refutada p o rl a ciencia; cada
u n o d e cuyos descubrimientos es u n a nueva con-
2
. G . Berkeley: T r a t a d o s o b r e los p r i n c i p i o s del conoci-
m i e n t o h u m a n o , ed. e n ruso, p. 129.
35

firmación d e l m a t e r i a l i s m o y d e s u d o c t r i n a d e
la eternidad y l aindestructibilidad d el a materia.
P e r o l a tesis d e q u e l am a t e r i a e s e t e r n a sus-
c i t a c o n f r e c u e n c i a e s t a p r e g u n t a : "¿cómo p u e d e
s e r q u e l a m a t e r i a h a y a e x i s t i d o s i e m p r e ? ¿Aca-
so n o debiera haberse o r i g i n a d o a l g u n a v e z ? "
E s t a i n t e r r o g a n t e n o t i e n e q u e extrañarnos. D u -
rante s uvida, e l h o m b r e v e q u ecualquier cosa
t i e n e p r i n c i p i o y f i n . Ésta surgió a l g u n a v e z . P o r
e s o f o r m u l a n l a p r e g u n t a : ¿quién creó l a m a -
teria? L aciencia responde: ella h aexistido siem-
pre, eternamente.
¿Qué e s l o q u e p r u e b a esta importantísima
conclusión?
L a p r u e b a n muchísimos h e c h o s . T o m e m o s p o r
e j e m p l o l a ley de la conservación del peso y la
sustancia.
E l g r a n s a b i o r u s o M i j a i l Lomonósov llegó a
l a conclusión d e q u e e n l a n a t u r a l e z a n i u n
solo cuerpo o elemento puede desaparecer n i
s u r g i r d e l a n a d a , y formuló e s ^ t o s p e n s a m i e n t o s
e n l a c o n o c i d a l e y d e l a conservación d e l a m a -
teria. D eesta l e ys edesprende que e n l a natura-
leza n o surge n a d a d e l a n a d a n i desaparece
n u n c a s i n d e j a r h u e l l a . S i e s así, l a m a t e r i a , l a
n a t u r a l e z a , h ae x i s t i d o s i e m p r e . P o r q u e s i a d m i -
t i o s q u eh u b o u n t i e m p o e n q u ee n e l m u n d o
n o había n a d a , e s d e c i r , n o había m a t e r i a , ésta
n o tenía d e dónde s u r g i r . P e r o e l h e c h o d e q u e
la m a t e r i a existe, significa q u eh aexistido siem-
p r e y existirá s i e m p r e . E s e t e r n a e i n m o r t a l . P o r
e s o n o p u d o n u n c a s e r c r e a d a : . ¡no p u e d e s e r
c r e a d o a q u e l l o q u e n o p u e d e s e r d e s t r u i d o ! Así,
p u e s , l a m a t e r i a n o surgió n u n c a , existió s i e m -
pre. E s eterna.
36
UNIDAD DE LA MATERIA
Y DEL MOVIMIENTO
A veces s e a f i r m a : supongamos que l a m a t e r i a
haya existido eternamente, pero entonces e l ma-
t e r i a l i s m o n o podrá e x p l i c a r m u c h a s c o s a s , p o r
e j e m p l o , ¿de dónde surgió e l m o v i m i e n t o d e l a
materia? I m a g i n e m o s c o m o suele decirse e n tales
c a s o s , u n a época i n f i n i t a m e n t e r e m o t a , c i t a n d o
e n v e z d e l u n i v e r s o v e r d a d e r o existía l a m a t e r i a
a m o r f a e inmóvil, e s t a d o e n e l q u e permanecía
u n t i e m p o i n f i n i t a m e n t e l a r g o . P e r o llegó e l m o -
m e n t o c u a n d o l a m a t e r i a tenía q u e s a l i r d e l
estado e nq u e s e e n c o n t r a b a . S i h a s t a entonces
l a m a t e r i a permanecía e n u n e s t a d o estático,
¿por qué d e p r o n t o s e p u s o e n m o v i m i e n t o ?
E n l a propia materia, responden l o s idealistas
y clericales, n oh a yn i n g u n a base i n t e r n a p a r a
e s a s t r a n s f o r m a c i o n e s : p o r e l l o , debía e x i s t i r
una fuerza superior, externa y ajena a l a natura-
leza, q u e h i c i e r a q u e e s am a t e r i a i n e r t e a b a n d o -
nara e lestado d eletargo e inmovilidad eternos.
P e r o ¿necesita r e a l m e n t e l a m a t e r i a u n a f u e r z a
s u p e r i o r q u e l e i m p r i m a e s e i m p u l s o ? ¿Es c i e r t o
que e l m o v i m i e n t o puede s e rcomunicado a l a
materia solamente desde fuera?
El razonamiento antes tratado tiene s u punto
d e p a r t i d a e n l a opinión d e q u e e l m o v i m i e n t o
es c a m b i o d e l u g a r , d e s p l a z a m i e n t o d e u n l u g a r
a o t r o . S ie l o b j e t o p e r m a n e c e e n u nl u g a r , n o
s e m u e v e . P o r e j e m p l o , u n a p i e d r a n o cambiará
d e e s t a d o h a s t a q u e a l g u i e n n o l a t i r e . P e r o ésta
e s u n a interpretación s u p e r f i c i a l , n o científica,
del m o v i m i e n t o . E n efecto, t o m e m o s u n a piedra
en reposo. Pero e nella h a y m o v i m i e n t o : s e tras-
37
l a d a n c o n t i n u a m e n t e l o s átomos, l a s moléculas,
los electrones, los protones, los cuales, c o m o s e
sabe, existen e ncualquier cuerpo. U n a casa t a m -
poco permanece inmóvil, s i n o q u e s e m u e v e
junto con l aTierra, alrededor d e lSol. Aunque
estemos sentados y n onos desplacemos a nin-
guna parte, e n nuestro organismo circula l a .
sangre y e nnuestro cuerpo seproducen compli-
c a d o s p r o c e s o s : n a c e n n u e v a s células y m u e r e n
y s e d e s t r u y e n l a s v i e j a s . E s t o también e s m o v i -
miento. C o m o vemos, e lmovimiento esu n pro-
b l e m a m u c h o más c o m p l e j o d e l o q u e s e c r e e
a veces.
E l h o m b r e v e q u e l a p i e d r a está inmóvil h a s t a
q u e n o l a t i r e n , e l automóvil p e r m a n e c e estático
hasta que e lchofer n o l oponga e nmarcha. L a
opinión d e q u e l a m a t e r i a p e r m a n e c i e r a e n e s -
t a d o inmóvil h a s t a q u e u n a " f u e r z a s u p e r i o r " , e l
espíritu, n o l e i m p r i m i e r a e l " p r i m e r i m p u l s o "
s e b a s a e n r a z o n a m i e n t o s más o m e n o s análogos.
H a c e u n o s d o s c i e n t o s años, c u a n d o l a c i e n c i a
estudiaba u n solo tipo d em o v i m i e n t o — l a tras-
lación d e l o s c u e r p o s — aún s e podía s u p o n e r
q u e u n c u e r p o c u a l q u i e r a está e n r e p o s o h a s t a
que u n a fuerza exterior l o saque d eese estado.
Este razonamiento fue aplicado a l a naturaleza.
P e r o c o n e l d e s a r r o l l o d e l a física, l a química y
l a biología s e reveló q u e e l m o v i m i e n t o t i e n e d i -
ferentes formas*
T o m e m o s , a título d e e j e m p l o , e l c a l o r . S e d e s -
cubrió q u e éste e s e l r e s u l t a d o d e l m o v i m i e n t o
d e u n i n m e n s o número d e moléculas, p o r e j e m -
plo, d e lagua. Gracias a ldesplazamiento d e l a s
moléculas, e l a g u a s e c a l i e n t a . P e r o n o e s u n
m o v i m i e n t o mecánico, s i n o a l g o n u e v o , más c o m -
p l i c a d o . L a c o r r i e n t e eléctrica e s e l m o v i m i e n t o
38
d e l o s e l e c t r o n e s , y l a reacción química — e l m o -
v i m i e n t o , l a unión d e l o s i o n e s — e s u n p r o c e s o
todavía más c o m p l i c a d o . E l o r g a n i s m o v i v o , s e -
gún h e m o s d i c h o , también está c o n t i n u a m e n t e
en m o v i m i e n t o . E n l asociedad h u m a n a s e ope-
r a n i n f i n i t a m e n t e p r o c e s o s : c a m b i a n regímenes
sociales y l o spropios h o m b r e s .
A h o r a n o p o d e m o s decir y a que e l m o v i m i e n -
t o s e a s i m p l e m e n t e l a traslación d e l o s c u e r p o s .
L a traslación d e l o s c u e r p o s e s sólo u n t i p o de
m o v i m i e n t o . P e r o n o s p r e g u n t a m o s , qué e s el
m o v i m i e n t o e n e l s e n t i d o filosófico y más común
de l a palabra. E s t o significa q u e t e n e m o s q u e
a c l a r a r qué e s l o p r i n c i p a l y más característico
de c u a l q u i e r t i p o d e m o v i m i e n t o . E l m o v i m i e n -
t o , escribió E n g e l s , " a b a r c a t o d o s l o s c a m b i o s
y procesos operados e ne lUniverso, empezando
p o r l a s i m p l e traslación v t e r m i n a n d o p o r e l
p e n s a m i e n t o " . R e s u l t a q u e e l MOVIMIENTO
8
es
cualquier cambio de los que se producen en los
objetos, y los fenómenos, es decir, en el mundo,
la materia. E s el cambio en general.
D e l o d i c h o s e d e s p r e n d e q u e en la naturaleza
existen tipos muy variados de movimiento. En
p r i m e r l u g a r , l a traslación d e l a s partículas de
la m a t e r i a o los cuerpos e n e l espacio, e s decir,
l a f o r m a mecánica d e l m o v i m i e n t o . E n s e g u n d o
l u g a r , l o s p r o c e s o s caloríficos, eléctricos, o la
f o r m a física d e l m o v i m i e n t o . E n t e r c e r l u g a r ,
l a s r e a c c i o n e s químicas, l a combinación de l o s
i o n e s , e s t o e s , l a f o r m a química d e l m o v i m i e n t o .
E n c u a r t o l u g a r , l o s c a m b i o s o p e r a d o s en los
o r g a n i s m o s v i v o s , o s e a , l a f o r m a biológica d e l
m o v i m i e n t o . En q u i n t o lugar, l a f o r m a social
• C . Marx y F . Engels: O b r a s , ed. en ruso. t. 20, p. 391.
39
 del m o v i m i e n t o , e s decir, l a s t r a n s f o r m a c i o n e s
q u e s e p r o d u c e n e n l av i d a social.
Ahora y a podemos responder a l a pregunta
f o r m u l a d a a n t e r i o r m e n t e : ¿podría permanecer
la materia e nu n estado e ne l que n o experimen-
taba cambio alguno? Claro q u e n o .Hasta e n
l a época r e m o t a e n q u e e n e l m u n d o n o había
aún h o m b r e s , n i a n i m a l e s , n i l a célula v i v a , s e
producían c a m b i o s e n l a m a t e r i a . E n e f e c t o , l o s
c u e r p o s s e c o m p o n e n d e átomos y moléculas, y
éstos s e m u e v e n c o n t i n u a m e n t e . P o r c o n s i g u i e n -
te, n o h u b o n u n c a n iu n solo cuerpo, estancado,
inmóvil, a b s o l u t a m e n t e . P o r o t r a p a r t e , s i e x i s -
tían átomos, moléculas, e l e c t r o n e s , debían p r o -
d u c i r s e n e c e s a r i a m e n t e r e a c c i o n e s químicas. R e -
s u l t a q u e existió a s i m i s m o l a f o r m a química d e
movimiento.
Así, p u e s , no ha habido nunca el estado en que
la materia existiera sin movimiento. P o r eso se
d i c e q u e e l MOVIMIENTO es una forma de exis-
tencia, una forina de ser de la materia. E l m o v i -
m i e n t o e s u n a p r o p i e d a d inseparable d el a m a t e -
r i a , o , c o m o s u e l e n d e c i r l o s filósofos, u n a t r i -
buto de l amateria. N o h a y materia sin movi-
m i e n t o ; l a m a t e r i a e x i s t e sólo e n m o v i m i e n t o .
¿Significa l o d i c h o q u e e l m a t e r i a l i s m o dialéc-
t i c o niegue e l reposo? N o ,n o significa eso. E l
r e p o s o e x i s t e e n l a n a t u r a l e z a . P e r o e s relativo.
E s t o q u i e r e d e c i r q u e n o h a y fenómeno e n q u e
t o d o esté e n r e p o s o , q u e n o s e p r o d u z c a ningún
movimiento. Esto h a sido demostrado anterior-
mente.
S i u n c u e r p o está e n r e p o s o , l o está e n r e l a -
ción c o n a l g o . P o r e j e m p l o , s i n o s desplazamos
e n algún vehículo, e s t a m o s e n r e p o s o c o n r e l a -
40
ción a l automóvil e n m o v i m i e n t o . P e r o éste n o
es e l r e p o s o a b s o l u t o , p o r q u e s e p r o d u c e n c a m -
bios incesantes e n nuestro cuerpo.
L a interpretación dialéctica d e l r e p o s o s e d i s -
t i n g u e r a d i c a l m e n t e d e l a interpretación m e t a -
física. Los metafísicos entienden el reposo como
falta de todo movimiento. E lm a t e r i a l i s m o dia-
léctico n o a c e p t a e s t a interpretación d e l r e p o s o .
E n l anaturaleza n o es e lreposo l oque tiene
i m p o r t a n c i a d e c i s i v a , a u n q u e éste e x i s t e r e l a t i -
vamente, sino e l movimiento, e l desarrollo, l o s
cambios. E lm o v i m i e n t o e s inherente a l a mate-
ria c o m o su propiedad radical e inseparable. Por
cuanto e l m o v i m i e n t o existe eternamente, n o
t i e n e s e n t i d o p l a n t e a r l a cuestión d e cómo r e c i -
bió l a m a t e r i a e s e m o v i m i e n t o . P o r e s o e s a b s u r -
d o p r e g u n t a r quién l e comunicó e l m o v i m i e n t o
a l a m a t e r i a , d a d o q u e e s i n s e p a r a b l e d e ésta y
es f o r m a d e s u e x i s t e n c i a .
H e m o s e x a m i n a d o e lp r o b l e m a del m o v i m i e n t o
c o m o f o r m a d e e x i s t e n c i a d e l a m a t e r i a . ¿En qué
otras formas existe l a m a t e r i a ?
EL ESPACIO Y E L TIEMPO
Para comprender e l sentido d e l espacio h a y
que tener presente que todos los objetos poseen
extensión, d e t e r m i n a d o tamaño, v o l u m e n , e s d e -
cir, tres dimensiones: latitud, l o n g i t u d y altura,
y o c u p a n u n l u g a r d e t e r m i n a d o . Además, están
situados d e cierto m o d o c o n respecto a otros:
más l e j o s o más c e r c a , más a l t o o más b a j o , más
41
a l a d e r e c h a o más a l a i z q u i e r d a . E s t o s i g n i -
fica q u e existen e n e l espacio y n o p u e d e n exis-
tir d e otro modo. N o h a yn ipuede haber n i
u n a s o l a partícula d e l a m a t e r i a ( d e s d e l o s p l a -
n e t a s h a s t a e l c e r e b r o o e l núcleo atómico) q u e
n o s e aespacial. Pero y asabemos q u etodos l o s
objetos del m u n d o constituyen aquello que suele
l l a m a r s e m a t e r i a . D e aquí s e d e s p r e n d e q u e la
materia no puede existir de otro modo que en
el espacio. P o r e s o e l ESPACIO se define como
forma de existencia de la materia.
T o d o s l o s fenómenos q u e s e p r o d u c e n e n e l
mundo, se encuentran, como hemos dicho, e n
transformación, m o v i m i e n t o y d e s a r r o l l o c o n t i -
n u o s . P e r o ¿cómo s e p r o d u c e n e s t a s t r a n s f o r m a -
ciones? Podemos mostrarlo con u n ejemplo m u y
sencillo. T o m e sus fotos a p a r t i r d e l a infancia
h a s t a e l día d e h o y . N o e s difícil n o t a r q u e l o s
años v i v i d o s d e j a n s u s h u e l l a s . M i r a n d o l a s f o t o
grafías s e p u e d e n a p r e c i a r t o d o s l o s c a m b i o s q u e
se h a n p r o d u c i d o e n e l t i e m p o . Y n o p u e d e s e r
de otra manera. Todo l oque h acambiado e n e l
organismo h u m a n o , todas las transformaciones
s e producían d e día e n día; así f u e d u r a n t e m e s e s
y años.
Además, e n e l m u n d o t o d o s l o s fenómenos s e
a l t e r a n c o n d e t e r m i n a d a sucesión: t r a s l a n o c h e
s i g u e e l día, a l c a p i t a l i s m o l e s u c e d e e l s o c i a l i s -
m o , e l c o m u n i s m o . U na c o n t e c i m i e n t o s e p r o -
d u c e a n t e s , o t r o más t a r d e . T o d o s e l l o s t i e n e n
d e t e r m i n a d a duración. L a alternación, l a s u c e -
sión d e l o s fenómenos y s u duración n o p u e d e n
t r a n s c u r r i r s i n o e n e lespacio. N i u n solo o b j e t o
o fenómeno e n e l m u n d o p u e d e p r o d u c i r s e f u e r a
del espacio.
42
Todo cuanto se opera en el mundo, se produce
en el tiempo. P o r e s o el TIEMPO es también una
forma de existencia de la materia. L e n i n e s c r i -
bió: " E n e l U n i v e r s o n o h a y más q u e m a t e r i a
e n m o v i m i e n t o , y l a m a t e r i a e nm o v i m i e n t o n o
p u e d e m o v e r s e d e o t r o m o d o q u ee n e l espacio
y e nel tiempo." 4
T o d o s l o s o b j e t o s y fenómenos d e l m u n d o q u e
nos rodean existen e n e lt i e m p o y e n e l espacio.
Los objetos n o pueden existir e n e l espacio,
sin existir e n e l tiempo. S i u nobjeto ocupa u n
lugar e ne l espacio, esto puede s e rbien ahora,
bien ayer, e n u n a palabra, e n"cierto t i e m p o " .
Cada objeto se encuentra tanto e n e l espacio
c o m o e n e l t i e m p o . U nh o r a r i o corriente d e tre-
n e s pueáe c o n v e n c e r n o s d e e s t o . U n t r e n s e h a l l a
en cierto lugar (espacio) a tal h o r a (tiempo)
Sencillamente n o podemos separar e l lugar e n
q u e s e e n c u e n t r a e l t r e n d e l t i e m p o e n q u e está
allí. "¿Dónde?" y "¿cuándo?" s o n d o s p r e g u n t a s
ligadas i n d i s o l u b l e m e n t e , q u e caracterizan e l
tiempo e nq u ese produce e l acontecimiento y
NÍU l u g a r e n e l e s p a c i o .
£fcí, p u e s , el tiempo y el espacio están ligados
indisolublemente. N o pueden separarse e l u n o
d e l o t r o . El espacio sin el tiempo no existe, como
tampoco existe el tiempo sin el espacio. P o r
cuanto l a m a t e r i a existe e ne l espacio y e n e l
tiempo, es imposible separar e l espacio y e l
t i e m p o n o sólo e l u n o d e l o t r o , s i n o también d e
la m a t e r i a .
Por l o dicho anteriormente hemos podido con-
v e n c e r n o s d e q u e el espacio y el tiempo existen
objetivamente. E l m u n d o existe fuera d e l h o m -
> V . I . L e n i n : O b r a s c o m p l e t a s , t. 18, p. 181.
43
bre; son objetivas a s i m i s m o las f o r m a s d e exis-
t e n c i a d e aquél.
L e n i n concedía m u c h a i m p o r t a n c i a a l a t e s i s
sobre l a existencia objetiva d e lespacio y e l
t i e m p o . E s t a tesis estaba o r i e n t a d a c o n t r a l a
opinión s u b j e t i v a i d e a l i s t a s o b r e e l e s p a c i o y e l
t i e m p o , opinión q u e p r o p u g n a r o n H u m e , filó-
s o f o inglés d e l s i g l o x v m , y K a n t , filósofo a l e -
mán d e l a s postrimerías d e l s i g l o x v i n y c o m i e n -
z o s d e l x i x . A m b o s partían d e q u e e l t i e m p o
y e l e s p a c i o carecían d e c o n t e n i d o o b j e t i v o .
L o s i d e a l i s t a s contemporáneos t r a t a n d e f a l s i -
f i c a r a l g u n o s d a t o s importantísimos d e l a s c i e n -
c i a s n a t u r a l e s , e n t r e e l l o s d e l a física, p a r a h a c e r
q u e r e n a z c a l a opinión i d e a l i s t a s u b j e t i v a a c e r c a
del espacio y d e l tiempo. Para conseguir este
f i n s e t e r g i v e r s a la teoría de la relatividad, uno
d e l o s d e s c u b r i m i e n t o s más i m p o r t a n t e s d e l s i -
glo x x .
Se sabe que N e w t o n consideraba que e l espa-
cio y e l t i e m p o existen aparte d e l a m a t e r i a e
independientemente d elos objetos materiales. E l
e s p a c i o e s u n a e s p e c i e d e e n o r m e cajón o d e
habitación i n f i n i t a , s i n p a r e d e s , t e c h o y p i s o ,
donde se pueden poner o extraer objetos. E l
m u n d o q u e n o s r o d e a , según él a p a r e c e " c o l o c a -
d o " e n e s e "cajón" o "habitación". D e aquí N e w -
t o n s a c a b a l a conclusión d e q u e e l e s p a c i o e s
absoluto, es decir, n o depende d e l a m a t e r i a .
L a s p r o p i e d a d e s geométricas d e l e s p a c i o , creía
N e w t o n , s o n iguales e ntodas las direcciones. E r a
l a opinión d e l m a t e r i a l i s t a metafísico.
L a teoría d e l a r e l a t i v i d a d d e E i n s t e i n h a d e -
m o s t r a d o q u e n o h a y e s p a c i o único e i n v a r i a b l e
newtoniano. Las propiedades del espacio s e m o -
44
difican e n dependencia d elas d e los objetos m a -
teriales. R e s u l t a , p o r ejemplo, q u ea l a u m e n t a r
la velocidad d e l m o v i m i e n t o d e u n cuerpo, s u
l o n g i t u d d i s m i n u y e . E ne l m u n d o n o h a y longi-
t u d única d e l o s c u e r p o s . I m a g i n e m o s q u e u n
t r e n p a s a a l a a l t u r a d e l andén d e u n a estación
f e r r o v i a r i a a u n a v e l o c i d a d próxima a l a d e l a
l u z . E s n a t u r a l c r e e r q u e l a l o n g i t u d d e l andén
medida por e lmaquinista d el a locomotora y l a
p e r s o n a q u e está e n e l andén e s i g u a l . S i n e m -
b a r g o , cálculos matemáticos e x a c t o s , p a r t i e n d o
d e l a teoría d e l a r e l a t i v i d a d , d e m u e s t r a n q u e
n o e s así.
L o s p a s a j e r o s d e l t r e n encontrarán q u e e l a n -
dén h a d i s m i n u i d o y l a s p e r s o n a s q u e están e n
e l andén descubrirán q u e , p o r e l c o n t r a r i o , s e
h a r e d u c i d o e l t r e n e n m o v i m i e n t o . P e r o ésta n o
e s u n a ilusión óptica, s i n o u n h e c h o objetivo.
El espacio es,pues, relativo.
O t r o t a n t o puede decirse d e l tiempo. C o n e l
a u m e n t o d e l avelocidad d e lm o v i m i e n t o d e u n
s i s t e m a m a t e r i a l , e l t i e m p o e n él t r a n s c u r r e más
l e n t a m e n t e . E l t i e m p o p a s a más l e n t o también
e n u n c a m p o d e gravitación m u y f u e r t e . S i e l
futuro cosmonauta volara a l espacio y se e n -
c o n t r a r a , d i g a m o s , c o n u n e s t r e l l a supercómpac-
t a , e l t i e m p o e n s u c o h e t e transcurriría m u c h o
más l e n t a m e n t e q u e e l q u e dejó e n l a T i e r r a .
N o es casual q u e e n t a l caso s e diga: q u e as u
r e g r e s o e s e c o s m o n a u t a vería a s o m b r a d o q u e
¡es m u c h o más j o v e n q u e s u h i j o !
L a teoría d e l a r e l a t i v i d a d d e E i n s t e i n h a d e -
m o s t r a d o q u e e l espacio y e l t i e m p o s o n abso-
lutos n oe ne l sentido newtoniano, n o porque
sean, a lparecer, i n m u t a b l e s , o iguales para todo
45
 el universo. N o . E lespacio y e l t i e m p o s o n a b -
s o l u t o s e n e l s e n t i d o filosófico: e n e l m u n d o
t o d o tiene espacio y t i e m p o , n oh a y n iu n solo
fenómeno q u e n o s e e n c u e n t r e e n e l t i e m p o y
e n e l e s p a c i o . P e r o e n e l s e n t i d o físico éstos s o n
relativos, y a q u e dependen d e l a s propiedades
de l a m a t e r i a e nm o v i m i e n t o . S e h a demostra-
d o q u e l a m a t e r i a , e l e s p a c i o y e l t i e m p o están
orgánicamente l i g a d o s e n t r e sí y n o s e l e s p u e -
de separar d e n i n g u n a m a n e r a e l u n o d e l otro.
Los idealistas modernos tratan d e tergiversar
l a teoría d e l a r e l a t i v i d a d . D i c e n : d a d o q u e e l
espacio y e l t i e m p o s o n relativos, n o existen ob-
j e t i v a m e n t e , s o n categorías s u b j e t i v a s . E s t o n o
es c i e r t o . L o s n u e v o s d e s c u b r i m i e n t o s n o h a n re-
f u t a d o l a interpretación m a t e r i a l i s t a d e l e s p a c i o
y e l tiempo, sino q u eresultaron rebatidos l o s
c o n c e p t o s metafísicos a n t e r i o r e s d e e s p a c i o y
tiempo. T o d o sistema d ecoordenadas, c o m o di-
c e n l o s físicos, t i e n e s u t i e m p o , u n t i e m p o r e l a -
t i v o . P e r o éste e x i s t e o b j e t i v a m e n t e . E l e s p a c i o
e x i s t e también o b j e t i v a m e n t e .
INFINIDAD Y UNIDAD DEL MUNDO
E l espacio es infinito, y e l tiempo es eterno.
E s t a conclusión e s c o n f i r m a d a p o r l a c i e n c i a
m o d e r n a , p a r t i c u l a r m e n t e p o r l a astronomía.
P o r e j e m p l o , l o s astrónomos h a n e s t a b l e c i d o
q u e a l g u n a s e s t r e l l a s están a u n a d i s t a n c i a d e
m i l m i l l o n e s y más años l u z d e n o s o t r o s . E s u n a
d i s t a n c i a difícil d e i m a g i n a r s e . P e r o l a c i e n c i a ,
a f i r m a q u e t a m p o c o e s e l límite.
46
C o n t e m p l e n d e noche e l cielo: aparece sem-
b r a d o d e estrellas. T o d o este sistema estelar a l
que pertenece e lS o l s el l a m a galaxia, d el a que
f o r m a n p a r t e u n o s 15 0 0 0 0 0 0 d e e s t r e l l a s . G a -
l a x i a s c o m o ésa h a y m i l l o n e s . L o s científicos h a n
logrado estudiarlo con ayuda d e l o smedios d e
observación más p o t e n t e s : t e l e s c o p i o s ópticos y
de r a d i o m u y grandes. Pero esto t a m p o c o e s e l
"fin del m u n d o " .
E n c o n s e c u e n c i a , e l Universo no tiene límite,
ni fin ni frontera. E lm u n d o es eterno y n o h a
t e n i d o ningún " c o m i e n z o " , n i t a m p o c o tendrá
fin. Debido a esto, n o existe n ipuede existir e l
m u n d o " d e l más allá" n o m a t e r i a l . P u e s t o q u e
s i n o h a y n a d a , además d e l a m a t e r i a , sólo p u e -
de h a b e r u nm u n d o , e l m u n d o m a t e r i a l . E s t o
s i g n i f i c a q u e l o s v a r i a d o s o b j e t o s y fenómenos
del m u n d o que nos rodea poseen u n a propiedad
que l o su n e : l amaterialidad. Gracias a esto e l
m u n d o c o n s t i t u y e u n t o d o único. P o r e s o , c o m o
enseña l a filosofía m a r x i s t a , el mundo es único.
E s t o n odebe interpretarse d e m a n e r a que exista
sólo e l m u n d o e n q u e v i v i m o s . E l g r a n s a b i o
i t a l i a n o G i o r d a n o B r u n o ( 1 5 4 8 - 1 6 0 0 ) demostró
que h a y m u c h o s m u n d o s . Pero todos ellos son
materiales. Y e n este sentido, todos ellos, e n s u
c o n j u n t o , c o n s t i t u y e n e l m u n d o m a t e r i a l único.
Además, l a u n i d a d d e l m u n d o s i g n i f i c a q u e t o -
d o s l o s o b j e t o s , fenómenos y p r o c e s o s están c o n -
c a t e n a d o s e n t r e sí d e m a n e r a q u e n o f o r m a n
u n a agrupación d e o b j e t o s a p a r t e , s i n o u n t o d o
m a t e r i a l único.
E l problema d e l aunidad d e lm u n d o ocupa
l a m e n t e d e l o s filósofos a l o l a r g o d e t o d a l a
h i s t o r i a d e l a filosofía. E s p e c i a l m e n t e d e l o s m a -
terialistas. Y es natural: s ie l m u n d o tiene por
47
 b a s e u n p r i n c i p i o m a t e r i a l , l o s filósofos m a t e -
rialistas trataron d eresponder a l apregunta d e
e n qué c o n s i s t e . Así s u r g i e r o n d i f e r e n t e s i d e a s
d e d i s t i n t o s filósofos s o b r e l a b a s e m a t e r i a l úni-
c a d e l m u n d o . T o d o s e l l o s defendían l a opinión
con arreglo a l a cual los objetos n oson sino di-
f e r e n t e s f o r m a s d e organización d e u n a s u s t a n -
c i a única ( e s d e c i r , b a s e ) : l a m a t e r i a . E l violín
está h e c h o d e m a d e r a ; l a e s t a t u a , d e p i e d r a ;
el h o m b r e , d e u n a base i g u a l m e n t e m a t e r i a l :
músculos, h u e s o s , s a n g r e , e t c . T o d o t i e n e e l m i s -
m o o r i g e n , l o sm i s m o s c o m p o n e n t e s , l a m i s m a
sustancia: l a naturaleza.
L o dicho significa q u e e ne lm u n d o n oh a y n i
u n s o l o fenómeno q u e n o s e a r e s u l t a d o d e l m o -
v i m i e n t o y del desarrollo d e l am a t e r i a . L a m a -
t e r i a l o a b a r c a t o d o , s u acción s e e x t i e n d e a t o d o
y n ohay n i puede haber nada excepto l a mate-
ria e nm o v i m i e n t o y e ndesarrollo. E s t o signi-
f i c a q u e sólo e x i s t e e l m u n d o m a t e r i a l . P o r e s o ,
p r e c i s a m e n t e , E n g e l s d i c e q u e la unidad del
mundo consiste en su materialidad. E n otros
términos, el mundo es único porque es material.
¿Cómo, p u e s , l a c i e n c i a y j u n t o c o n e l l a e l m a -
terialismo prueban l aunidad d e l m u n d o ?
La unidad d e lmundo es comprobada e n e l
c u r s o l a r g o y difícil d e l d e s a r r o l l o d e l a filosofía
y d elas ciencias naturales, responde Engels. E n
t i e m p o s a n t i g u o s , c u a n d o l o s h o m b r e s n o tenían
u n a noción científica d e l S o l , l o s p l a n e t a s , l a s
e s t r e l l a s , creían q u e e l " m u n d o c e l e s t e " ( e s t r e -
llas, e l Sol, l aL u n a ) s e distingue p o r c o m p l e t o
d e l m u n d o t e r r e n a l . Así surgió l a i d e a d e d o s
mundos. Pero, gradualmente, a medida q u e l a
ciencia progresaba, s e fue quitando e l velo d e l
48
m i s t e r i o y resultó q u e e l " c i e l o " e s t a n m a t e -
rial e n s ubase c o m o e lm u n d o e nque vivimos.
F u e Nicolás Copérnico ( 1 4 7 3 - 1 5 4 3 ) q u i e n a s e s -
tó e l p r i m e r g o l p e c o n t u n d e n t e a l a s i d e a s
místico-religiosas. Copérnico expresó l a i d e a d e
que l aT i e r r a n oera e lcentro del Universo, sino
u n o d et a n t o s planetas d en u e s t r o s i s t e m a solar.
Así s e estableció q u e n o s e debía o p o n e r l a T i e -
r r a a l " c i e l o " . Y q u e e n e l cielo n oh a y n a d a so-
brenatural.
E n e lsiglo x v i n e lg r a n sabio N e w t o n demos-
tró q u e l a s m i s m a s l e y e s d e l a mecánica e n v i r -
tud d e las cuales n u e s t r a T i e r r a s em u e v e alre-
dedor d e lSol, hacen q u e l a L u n a se m u e v a
a l r e d e d o r d e l a T i e r r a . L a l e y d e gravitación u n i -
versal evidencia que los cuerpos terrenales y ce-
lestes d e n u e s t r a galaxia, y d e todas l a s cons-
t e l a c i o n e s e s t e l a r e s , están e n l a z a d o s e n t r e sí
g r a c i a s a l o c u a l c o n s t i t u y e u n t o d o único: n u e s -
tro m u n d o , e l cosmos.
Los cuerpos celestes s e c o m p o n e n d e los mis-
m o s elementos que l aTierra. S eh a establecido
la u n i d a d completa d e los elementos f u n d a m e n -
tales q u eh a y e n l a T i e r r a y e n o t r o s cuerpos
d e l U n i v e r s o . E s t o s e d e s p r e n d e d e l análisis d e
los cuerpos que llegan a nosotros d elas p r o f u n -
d i d a d e s d e le s p a c i o u n i v e r s a l : l o s m e t e o r i t o s ,
cuyo componente fundamental es e l hierro, es
decir, u n e l e m e n t o m u y d i f u n d i d o e nl a T i e r r a .
E s t o p r u e b a q u eestos " r e p r e s e n t a n t e s d e l cie-
lo" n otienen nada inmaterial.
Así e l m u n d o p o rs u naturaleza e s m a t e r i a l .
Existe fuera d el aconciencia h u m a n a e indepen-
dientemente d e e l l a . P e r o ¿qué e s l a c o n c i e n c i a ?
Este problema requiere u n estudio especial.
49
 CAPITULO I V

LA CONCIENCIA, SU ORIGEN
Y ESENCIA

LA CONCIENCIA: PROPIEDAD DE LA
MATERIA ALTAMENTE ORGANIZADA

C o n c i e n c i a s o n l o sp e n s a m i e n t o s , l a s sensa-
ciones, l o sconceptos, l a voluntad. Todos ellos
en conjunto f o r m a n u n a capacidad m u y impor-
tante del hombre, l ad e comprender y asimilar
c o n s c i e n t e m e n t e t o d o l o q u e l e r o d e a . E s t o sig-
nifica q u e e l h o m b r e posee conciencia. Pero
¿cuál e s s u o r i g e n ?
Podemos decir con seguridad que n ohay pro-
b l e m a más c o m p l i c a d o q u e éste. E l fisiólogo
r u s o Iván Pávlov d i j o e n c i e r t a ocasión: l a d i -
ficultad consiste e n que e lcerebro tiene que es-
t u d i a r s e a sí m i s m o . E s l o m i s m o , añadían o t r o s ,
q u e u n náufrago t r a t a r a d e s a c a r s e d e l a g u a t i -
rándose él m i s m o d e l p e l o . S i l a observación d e
Pávlov e s v e r d a d e r a , p u e s p o n e d e m a n i f i e s t o
d e t e r m i n a d a s d i f i c u l t a d e s ; l o q u e s e h a añadido
a sus palabras n ocontiene verdad alguna, sino
q u e r e s a l t a l av a n i d a d d e l o si n t e n t o s d e cono-
cer l aesencia d e l aconciencia. Pero l a historia
de l a c i e n c i a d e m u e s t r a q u ea pesar d e q u e e l
p r o b l e m a e s c o m p l e j o y difícil, l a c i e n c i a l o h a
resuelto, aunque e l camino hacia l averdad haya
sido m u y complicado.

51
 Desde tiempos inmemoriales existe l a leyenda
d e q u e D i o s creó a l h o m b r e d e a r c i l l a , p o l v o
t e r r e n a l . D e e s t e p o l v o habría q u e d a d o u n a e s -
t a t u a m u e r t a s iD i o s n ol e h u b i e r a i n s u f l a d o e l
a l m a . Sólo después d e e s t o empezó a v i v i r , a
moverse, a pensar. L a fuente d el avida y e l pen-
s a m i e n t o —enseña l a religión— e s e l a l m a , e l
principio espiritual, que es" u n aliento d e Dios?
en e l hombre: sin e l alma, e l cuerpo n o puede
e x i s t i r , está m u e r t o .
Supuestamente, e l alma sin e l cuerpo puede
existir. S e establece e ne l h o m b r e a ln a c e r y l o
a b a n d o n a después d e s u m u e r t e . E l r e c o n o c i -
miento de l a"vida de ultratumba" es hasta l a
fecha l a base e nq u ese apoyan todas l a s reli-
giones.
Así nació e l c r i t e r i o i d e a l i s t a d e l a e s e n c i a d e
l a c o n c i e n c i a . E s t e p u n t o d e v i s t a tomó f o r m a s
diferentes, p e r o s up a r t i c u l a r i d a d s er e d u c e al o
siguiente: 1) l o espiritual ( l aconciencia) existe
antes d e l om a t e r i a l ; 2 ) puede existir s i n l o m a -
t e r i a l , e s d e c i r , n o d e p e n d e d e éste; 3 ) l o m a t e -
rial es perecedero y destructible, y l o ideal es
eterno e indestructible.
E l m a t e r i a l i s m o p a r t e d e u n a opinión d i a m e -
tralmente opuesta y se apoya e n l a s pruebas
irrefutables d e lhecho d e q u en oh a y n i puede
haber conciencia separada d e l a materia.
E n r e a l i d a d , s i n oh a y q u i e n sienta, t a m p o c o
h a y sensaciones; s i n oh a y q u i e n desee, e s decir,
el h o m b r e , n oh a y deseos. N o h a y v o l u n t a d s i n o
hay quien tenga q u e manifestarla. Fuera d e l
h o m b r e , n o hay voluntad, n isensaciones, n i de-
seos, n i o t r a s manifestaciones d e l a conciencia,
c o m o s o n l a síquica, e l p e n s a m i e n t o .
52
E s sabido q u e l anaturaleza, l a m a t e r i a , exis-
tía c u a n d o n o había h o m b r e c o n s u c o n c i e n c i a ,
y s u manifestación síquica. D e aquí s e d e d u c e
que l an a t u r a l e z a , l a m a t e r i a , e s l o p r i m a r i o , y
la conciencia, l o secundario.
L a naturaleza existía n o sólo a n t e s q u e l o s
hombres, sino antes q u el o s organismos vivos
en general, e nconsecuencia, independientemen-
te de la conciencia. L amateria es l o primario.
L a c o n c i e n c i a n o podía e x i s t i r a n t e s q u e l a n a -
t u r a l e z a . P o r l o t a n t o l a c o n c i e n c i a e s l o secun-
dario. E s t a e s u n a d e l a s p r u e b a s más i m p o r -
t a n t e s d e l a solución m a t e r i a l i s t a d e l p r o b l e m a
c a r d i n a l d e l a filosofía. S i n l a m a t e r i a n o h a y
n i p u e d e h a b e r c o n c i e n c i a . P e r o ¿toda m a t e r i a
piensa?
Basta con observar elm u n d o circundante para
responder que no, n otoda. N o piensa, por ejem-
plo, l a piedra, y toda l a naturaleza i n a n i m a d a
en general. Muchos organismos vivos tampoco
tienen indicios d e l a conciencia.
El pensamiento es propio d e lhombre. E l
h o m b r e piensa porque tiene cerebro desarrolla-
d o . P o r e s o s e d i c e q u e e l c e r e b r o e s e l órgano
que piensa. E l infinito m u n d o d e l a conciencia,
los sentimientos, e l p e n s a m i e n t o y l a v o l u n t a d
es e n e l h o m b r e p r o d u c t o d e l a a c t i v i d a d d e l ce-
rebro. E s t o significa q u e l a actividad espiritual
tiene c o m o base procesos materiales, que s e ope-
ran e ne l cerebro h u m a n o . L aciencia m o d e r n a
h a d e m o s t r a d o q u e n o h a y o t r o s órganos d e l
pensamiento.
Así, p u e s , l a CONCIENCIA no es producto de
cualquier materia, sino que la materia altamen-
te organizada, es producto de la actividad del
cerebro. La conciencia es una junción del cere-
bro, y como tal, no puede existir sin el cerebro,
53
que es su portador material. L a a c t i v i d a d síquica
tiene como base procesos materiales que s e pro-
d u c e n e n e l c e r e b r o h u m a n o , específicamente e n
la corteza d e sus hemisferios.
De esaf o r m a ponemos e nclaro que l a natu-
r a l e z a , l a m a t e r i a , existía c u a n d o aún n o había
c o n c i e n c i a . Ésta surgió más t a r d e . L a c o n c i e n -
cia d e lh o m b r e depende d e lestado d e s u orga-
n i s m o y d e s us i s t e m a n e r v i o s o . E l c e r e b r o e s
e l órgano d e l p e n s a m i e n t o : l a c o n c i e n c i a e s u n a
función d e l c e r e b r o .
E l p l a n t e a m i e n t o d e q u e e l c e r e b r o e s e l ór-
gano del pensamiento, y e lpensamiento, es una
función d e l c e r e b r o , r e q u i e r e c i e r t a precisión.
H a y que tener presente que e lcerebro n oe s l a
fuente y l a causa d e l pensamiento, d e l a con-
c i e n c i a , s i n o t a n sólo s u órgano. E s t o s i g n i f i c a
q u e l aconciencia n ol ad e t e r m i n a e lcerebro p o r
sí s o l o . E l c e r e b r o n o p u e d e e n g e n d r a r n i u n
s o l o p e n s a m i e n t o p o r "sí m i s m o " . L a f u e n t e d e
nuestros conocimientos es e lm u n d o circundan-
t e , l o s p r o c e s o s q u e s e o p e r a n e n él. E l c e r e b r o
refleja estos procesos y ,c o m o resultado, s e o b -
tienen conocimientos. P o r consiguiente, e l cere
b r o p o r sí m i s m o n o e n g e n d r a c o n o c i m i e n t o s ,
n o e s u n a c a u s a ; e s sólo e l órgano d e l p e n s a -
m i e n t o . E l p e n s a m i e n t o e s u n a función d e l c e -
r e b r o , e s d e c i r , u n fenómeno q u e d e p e n d e d e l
cerebro e ne lsentido d eque u n pensamiento e n
g e n e r a l p u e d e s u r g i r sólo c u a n d o s e t i e n e c e -
rebro.
Alexander Herzen, escritor revolucionario
r u s o , d i j o e n c i e r t a ocasión q u e l a afirmación
de que e lalma puede supuestamente existir sin
e l c u e r p o e s idéntica a l a afirmación d e q u e u n
g a t o n e g r o p u e d e s a l i r d e l a habitación quedán-
54
dose e l color n e g r o e n ella. E s t o n o p u e d e ser,
diría c u a l q u i e r a . D e l a m i s m a m a n e r a q u e l a g o -
l o n d r i n a n o p u e d e v o l a r s i n a l a s , así el a l m a n o
p u e d e e x i s t i r s i n e l c u e r p o . E l c u e r p o s e des-
c o m p o n e , y c o n él s e d e s c o m p o n e l a c o n c i e n c i a .
E s t o e v i d e n c i a c o n v i n c e n t e m e n t e q u e el h o m b r e
n o t i e n e ningún a l m a i n m a t e r i a l e s p e c i a l . E l
h o m b r e t i e n e c o n c i e n c i a , q u e e s el p r o d u c t o d e
u n órgano m a t e r i a l : e l c e r e b r o .
E n plena concordancia c o n l aciencia, e l m a -
t e r i a l i s m o dialéctico a f i r m a : " E s i m p o s i b l e s e -
p a r a r e l p e n s a m i e n t o d el am a t e r i a q u e p i e n s a " 1
".. . N u e s t r a c o n c i e n c i a y n u e s t r o p e n s a m i e n t o ,
por m u y trascendentes que parezcan, son e l pro-
d u c t o d e u n órgano m a t e r i a l , físico: e l c e r e b r o
( . . . ) , e l espíritu m i s m o n o e s más q u e e l p r o -
ducto supremo del amateria.""
A h o r a p o d e m o s d e m o s t r a r c o n más d e t a l l e l a
naturaleza, l a esencia d el a conciencia. P a r a e s o
e x a m i n e m o s ¿qué s o n l o s p e n s a m i e n t o s q u e s e
f o r m a n e nnuestro cerebro?
EL PENSAMIENTO, REFLEJO
DE LA REALIDAD
T o m e m o s cualquier idea, cualquier proposi-
ción, p o r e j e m p l o : " v e o d e l a n t e d e mí a r e n a
amarilla", " e l i m p e r i a l i s m o e senemigo d el ah u -
m a n i d a d " C l a r o está q u e l o q u e t e n e m o s e n
« C . Marx y F . Engels: O b r a s , ed. en ruso, t. 2, p. 143.
* C . Marx y F . Engels: O b r a s escogidas, en dos tomos,
t. 2, pp 370-371, E d i t o r i a l Progreso, Moscú.
55
nuestro cerebro n o esarena, sino l a idea d e ella,
e n o t r o s términos, t e n e m o s c o n c e p t o s d e o b j e -
t o s y fenómenos e x i s t e n t e s e n e l m u n d o . C a d a
idea c o n s t a d e estos conceptos. P o re j e m p l o , e n
l a proposición " e l i m p e r i a l i s m o e s e n e m i g o d e
l a h u m a n i d a d " l a i d e a está e x p r e s a d a c o n l o s
conceptos-palabras "imperialismo" y "enemigo
d e l a h u m a n i d a d " . ¿De dónde n o s v i e n e n e s t o s
conceptos? D el avida, d e l arealidad. L a arena
es r e a l m e n t e a m a r i l l a . Y e l i m p e r i a l i s m o e s e n
e f e c t o e n e m i g o d e l a h u m a n i d a d . Lo que existe
objetivamente son los objetos: sobre su base for-
mamos conceptos de ellos. L o p r i m e r o e s l a a r e -
na, y luego m i concepto d e ella. C o m o vemos,
los conceptos son lo secundario. P r i m e r o , l a rea-
l i d a d ; después, s u r e f l e j o , l a i d e a d e e l l a . P o r
e s o L e n i n denominó a l p e n s a m i e n t o r e f l e j o , c o -
p i a , fotografía, d e l a r e a l i d a d . E l p e n s a m i e n t o
r e p r o d u c e , r e p r e s e n t a , fotografía l a r e a l i d a d .
H a y q u etener e n c u e n t a q u el aidea n o e s l a
cosa m i s m a , e l o b j e t o m i s m o , s i n o l a i m a g e n
de l acosa, d e l objeto. C o n l ap a r t i c u l a r i d a d d e
que n oes u n a imagen material, sino ideal. N o
se p u e d e v e r , n i f o t o g r a f i a r ; e x i s t e e n e l c e r e b r o
c o m o u n a copia ideal d el a realidad. N os e debe
c o n f u n d i r l aidea c o nl am a t e r i a , n i identificar-
las. P o r este criterio, p r e c i s a m e n t e , E n g e l s y L e -
n i n c r i t i c a r o n a l o s l l a m a d o s filósofos m a t e r i a -
l i s t a s v u l g a r e s , q u e sostenían q u e e l c e r e b r o
s e g r e g a l a i d e a d e l a m i s m a m a n e r a , más o m e -
n o s , q u e e l hígado s e g r e g a l a b i l i s . L a i d e a , e n
s u opinión, e s l a secreción d e l c e r e b r o , e l c u a l
la produce y segrega d e lm i s m o m o d o q u e l a s
glándulas d e secreción i n t e r n a p r o d u c e n y s e -
gregan otras sustancias necesarias para l a acti-
v i d a d fisiológica d e l o r g a n i s m o . L o s filósofos
56
que e n t i e n d e n d eeste m o d o e lp e n s a m i e n t o son
d e n o m i n a d o s materialistas vulgares. S e les h a
d a d o este n o m b r e p o r q u e e n t i e n d e n e l pensa-
miento d e u n a manera ruda, vulgar, simplista.
T a l interpretación d e l p e n s a m i e n t o e s v u l g a r
porque identifica l a conciencia c o nl a materia.
Los idealistas tratan d e aprovechar l a impo-
tencia d e l o s m a t e r i a l i s t a s vulgares p a r a desa-
creditar e l materialismo e n general. P o r ejem-
p l o , l o s filósofos b u r g u e s e s contemporáneos
a f i r m a n c o nf r e c u e n c i a q u ee l m a t e r i a l i s m o r e -
c o n o c e s u p u e s t a m e n t e sólo l o m a t e r i a l y n i e g a
la existencia d e l aconciencia e s p i r i t u a l y l a v o -
l u n t a d h u m a n a . E n o t r o s términos, e s o s filóso-
fos identifican e l p u n t o d e vista m a t e r i a l i s t a
vulgar c o n l a doctrina marxista-leninista. Esta
interpretación d e l p r o b l e m a e s m u y e q u i v o c a d a .
E l m a t e r i a l i s m o dialéctico n o t i e n e n a d a d e c o -
mún c o n e l m a t e r i a l i s m o v u l g a r . S u i n t e r p r e t a -
ción d e l a e s e n c i a e i m p o r t a n c i a d e l a s i q u i s y
l a c o n c i e n c i a está o r i e n t a d a n o sólo c o n t r a l o s
i d e a l i s t a s , s i n o también c o n t r a l o s m a t e r i a l i s t a s
vulgares.
L e n i n criticó s e v e r a m e n t e a l o s m a t e r i a l i s t a s
vulgares por identificar l aconciencia con l a ma-
t e r i a . L e n i n demostró q u e l a c o n c i e n c i a n o e s
material, sino que es u n a copia, u n a imagen d e
la realidad. S i n embargo, e l cerebro n o refleja,
n o fotografía, l a r e a l i d a d c o m o u n a máquina d e
fotografiar corriente. E ne lcerebro del h o m b r e
la realidad se t r a n s f o r m a convenientemente e n
el sentido d eque n o s ee n c u e n t r a n e n ella cosas
u objetos m i s m o s , sino s u imagen ideal. M a r x
escribió r e s p e c t o a l a i d e a : " l o i d e a l n o e s más
que l omaterial, traducido y traspuesto a l a ca-
beza d e l hombre". 8
» C . Marx: E l capital, t. 1, p. X X , ed. cit.
57
 CARACTER SOCIAL DE LA CONCIENCIA
C u a n d o examinábamos l a solución m a t e r i a l i s -
t a d e l p r o b l e m a c a r d i n a l d e l a filosofía, r e c a l -
cábamos c o n t i n u a m e n t e q u e l a c i e n c i a , e n e s p e -
c i a l l a fisiología, c o r r o b o r a q u e l a m a t e r i a e s
lo p r i m a r i o y l aconciencia l o secundario. Pero
eso n o e ssuficiente, n im u c h o m e n o s , p a r a c o m -
prender l a esencia d e l a conciencia y d e l pen-
samiento humano.
Q u e e l c e r e b r o p i e n s a l o sabían y a l o s m a t e -
r i a l i s t a s a n t e s d e M a r x . Sabían también q u e l a
c o n c i e n c i a surgió c o m o u n p r o c e s o n a t u r a l y q u e
e n ella n oh a yn a d a s o b r e n a t u r a l . E s t o f u e u n
g r a n mérito d e l m a t e r i a l i s m o p r e m a r x i s t a . P e r o
e l m a r x i s m o h a i d o m u c h o más l e j o s . Demostró
que n o se p u e d e explicar n i e lorigen, n il a esen-
c i a d e l a c o n c i e n c i a h u m a n a sólo p o r c o n d i c i o -
n e s n a t u r a l e s y biológicas. E l m a r x i s m o d e m o s -
tró, p o r p r i m e r a v e z e n l a h i s t o r i a , q u e s e p u e d e
comprender l a esencia d e l a conciencia sólo
c u a n d o s e t o m a e n consideración q u e e l l a t i e n e
carácter s o c i a l . E s t o s i g n i f i c a q u e l a s r e g u l a r i -
dades sociales y l a v i d a d e l o s h o m b r e s e n l a
sociedad tienen importancia decisiva para e l
origen, e l desarrollo y l a existencia d e l a con-
ciencia. F u e r a d e l asociedad h u r n a n a n oh a y con-
ciencia h u m a n a . Esto constituye l o sustancial-
m e n t e n u e v o q u e e l m a r x i s m o aportó a l a s o l u -
ción d e l p r o b l e m a d e l p e n s a m i e n t o h u m a n o .
E m p e c e m o s a exponer este p r o b l e m a t o m a n -
d o c o m o e j e m p l o u nh e c h o m u y i n t e r e s a n t e . S e
conocen casos d e personas q u e h a n encontrado
58
e n e l b o s q u e a niños q u e " s e h a n c r i a d o " e n t r e
l a s f i e r a s . P e r o e l c a s o más trágico quizá f u e r a
el q u et u v o lugar e n 1920 e n l aI n d i a . S i n g h , e l
e n c a r g a d o d e u n o r f a n a t o , s e enteró e n c i e r t a
ocasión d e q u e e n u n c u b i l d e l o b o s vivían, j u n -
t o c o n l o s l o b e z n o s , u n o s s e r e s extraños. L o s
h a b i t a n t e s d ea q u e l paraje l o s l l a m a b a n "fantas-
m a s " . Resultó q u e e r a n d o s niñas. U n a tenía
sólo año y m e d i o , l a o t r a e r a a l g o m a y o r , tenía
o c h o años. L a s s a l v a r o n y f u e r o n a p a r a r a u n
orfanato donde se educaban junto c o n otros
niños.
L a s niñas f u e r o n u n v e r d a d e r o tormento,
p u e s a u n q u e l a s parió u n a m u j e r , e r a n auténti-
cas fierecillas. S o b r e t o d o e n l o sp r i m e r o s t i e m -
p o s . L a v i d a e n t r e l a s f i e r a s dejó s u h u e l l a n o
sólo e n s u c o n d u c t a , s i n o i n c l u s o e n l a e s t r u c -
tura d e s u cuerpo. E l m o d o vertical d e andar,
e s t e importantísimo r a s g o h u m a n o , l e s e r a d e s -
conocido. D e s usiquis huelgan l o s comentarios.
N o r e v e l a r o n ningún i n d i c i o d e l a c o n c i e n c i a n i
del pensar, n id e l a s e m o c i o n e s h u m a n a s . Lle-
v a b a n u n a v i d a típicamente c r e p u s c u l a r y n o c -
t u r n a . Dormían d e día, y a l c a e r l a n o c h e s e r e a -
nimaban mucho.
P a s a r o n l o s años. C o n m u c h a d i f i c u l t a d , p a u -
latinamente, f u e r o n recobrando rasgos h u m a n o s .
Pronunciaron l a s primeras palabras. Revelaron
l o s p r i m e r o s i n d i c i o s d e l a comprensión h u m a -
n a d e l o q u e ocurría e n s u d e r r e d o r . S e f o r m a -
ron l a s primeras concepciones elementales. L a s
" f i e r e c i l l a s " s e convertían e n niñas. P o r d e s g r a -
c i a , m u r i e r o n s i n l l e g a r a l a mayoría d e e d a d .
¿Qué e v i d e n c i a n e s t o s h e c h o s ? A n t e t o d o , l a
l l a m a d a teoría, d e l o r i g e n biológico-natural d e
59
 l a c o n c i e n c i a n o r e s i s t e n i n g u n a crítica. L o s m a - sociedad humana. E l t r a b a j o , p o r c o n s i g u i e n t e ,
terialistas premarxistas afirmaban que "el h o m - h a c r e a d o también e l c e r e b r o d e l h o m b r e , s u
b r e e s o b r a d e l a n a t u r a l e z a " . E s t a afirmación c o n c i e n c i a . P o r e s o M a r x d i j o q u e l a conciencia,
t i e n e s u médula r a c i o n a l , q u e m u e s t r a t o d a l a d e s d e e l p r i n c i p i o m i s m o , e s u n producto social
inconsistencia d e l a s aseveraciones idealistas y y seguirá siéndolo h a s t a q u e e x i s t a n e n g e n e r a l
teológicas, q u e m a n i f i e s t a n q u e l a c o n c i e n c i a los h o m b r e s . L a conciencia e s p r o d u c t o d e l a
tiene origen divino. Pero, c o ntodo, e l materia- v i d a d e l i n d i v i d u o e n l a s o c i e d a d . E s u n fenó-
l i s m o metafísico, q u e r e c a l c a sólo l a b a s e n a t u - m e n o s o c i a l . El período de la evolución y del de-
ral d e l a conciencia h u m a n a , tampoco tiene sarrollo del hombre y de su conciencia ha trans-
razón. L o s h e c h o s c i t a d o s p r u e b a n i r r e f u t a b l e - currido bajo-la influencia de las leyes sociales.
m e n t e q u eno, q u el a conciencia n oe s u n p r o -
d u c t o idéntico d e l a n a t u r a l e z a c o m o , d i g a m o s ,
los cabellos, las m a n o s , l a sangre, los ojos. P a r a
q u e l a c o n c i e n c i a a p a r e z c a y actúe, además d e
l a base natural y biológica —el cerebro, el sis- EL PENSAMIENTO Y E L LENGUAJE,
tema nervioso—, hacen falta condiciones socia- EL HABLA
les; la vida en la sociedad humana, en el medio
humano.
E n e s e período s u r g e también e l l e n g u a j e . E l
Además, l o s h e c h o s a d u c i d o s e v i d e n c i a n o t r a a s u n t o estriba e n q u e e n e lproceso del t r a b a j o ,
c o s a : l a c o n c i e n c i a h u m a n a t i e n e u n carácter s o - d e l a producción c o n j u n t a , l o s h o m b r e s s i e n t e n
cial. E s t o significa q u e ella n o surge aislada- l a n e c e s i d a d d e c o m u n i c a r s e e n t r e sí. E s t a n e -
m e n t e d e l avida h u m a n a social, d el a actividad c e s i d a d , d i c e E n g e l s , h a c r e a d o s u p r o p i o órga-
y las relaciones sociales d elos h o m b r e s . L a con- no: l a garganta rudimentaria d e lm o n o se f u e
c i e n c i a n o e s u n fenómeno a i s l a d o d e . u n c e r e - transformando lenta pero indefectiblemente, y
b r o h u m a n o y , m e n o s aún, d e u n a l m a h u m a n a . l o s órganos d e l a b o c a a p r e n d i e r o n p a u l a t i n a *
Sólo v i v i e n d o e n l a s o c i e d a d , e l niño s e f o r m a
mente a articular u n sonido inteligible tras otro.
como hombre, como individuo.
D e e s t e m o d o s u r g e e l h a b l a a r t i c u l a d a , el LEN-
Fuera de la colectividad humana no hay pen- GUAJE: el medio de intercambio de pensamien-
samiento humano. Este surge c o m o resultado tos, el medio de comunicación entre 4os hom-
de l avida d e los h o m b r e s e nl asociedad. E l pen- bres, la envoltura material del pensamiento.
s a m i e n t o p u e d e r e v e l a r s e sólo c u a n d o e l h o m -
La u n i d a d del lenguaje y del pensamiento di-
bre establece determinadas relaciones con otros
hombres durante l a actividad laboral, produc- mana d e l apropia naturaleza d e l pensamiento.
tiva, y sobre esla base conoce y refleja l a natu- Sólo revestido d e palabras, e l pensamiento s e
r a l e z a . El trabajo ha creado al Hombre, y a la hace real. Mientras se halla e n l a cabeza d e l

61
60
 h o m b r e , e l p e n s a m i e n t o está m u e r t o , e s i n a c c e -
sible p a r a o t r o s h o m b r e s . P o r eso M a r x d i j o que
el lenguaje e sl arealidad directa del pensamien-
t o . E s t o significa q u ee l p e n s a m i e n t o n o existe
de o t r o m o d o q u ee n l a e n v o l t u r a m a t e r i a l d e
la palabra. Incluso cuando n o expresamos nues-
t r o s p e n s a m i e n t o s o r a l m e n t e , s i n o sólo, c o m o
suele decirse, pensamos p a r a nuestros adentros,
también l o s r e v e s t i m o s d e e n v o l t u r a v e r b a l .
G r a c i a s a l l e n g u a j e , l o s p e n s a m i e n t o s n o sólo
s e f o r m a n , s i n o q u e también s e t r a s m i t e n a o t r o s
hombres. Y con ayuda d e l aescritura hasta se
t r a s m i t e n d e generación e n generación. U n p e n -
s a m i e n t o a b s t r a c t o p u e d e e x p r e s a r s e sólo p o r
medio d e las palabras.
D e s d e l a i n f a n c i a , la conciencia del hombre se
forma en base a las palabras y el lenguaje, p u e s -
t o q u e c o n s ua y u d a e x p r e s a m o s n u e s t r a s ideas.
E n este proceso surge p a u l a t i n a m e n t e algo q u e
e s p r o p i o sólo d e l h o m b r e : e l p e n s a m i e n t o s e
liga estrechamente c o ne l lenguaje. E s imposi-
ble separar l a conciencia, e lpensamiento h u m a -
n o , d e s u l e n g u a j e . Se establece una unidad in-
disoluble y orgánica del lenguaje con el pensa-
miento.
E n g e l s insistió e n q u e e l s u r g i m i e n t o d e l h a -
b l a a r t i c u l a d a contribuyó a q u e e l c e r e b r o d e l
m o n o sefuera convirtiendo gradualmente e n el
cerebro h u m a n o .
Así, p u e s , l a c o n c i e n c i a t i e n e carácter s o c i a l .
Esta circunstancia tiene importancia decisiva e n
l a solución d e u n o d e l o s p r o b l e m a s d e más a c -
t u a l i d a d e n l a ciencia m o d e r n a : e l d e l a s lla-
m a d a s máquinas " p e n s a n t e s " .
62
EL PENSAMIENTO Y LA MÁQUINA
H o y día e s d e t o d o s c o n o c i d o e l t r a b a j o d e
l a s máquinas " i n t e l i g e n t e s " q u e e j e c u t a n o p e r a -
ciones m u y complicadas: t r a d u c e n textos d e u n
idioma a otro, dirigen aviones, conducen trenes
y hasta juegan a l ajedrez. H a c e n algunas ope-
r a c i o n e s lógicas p r o p i a s d e l c e r e b r o h u m a n o .
"Saben" cuando hay que frenar u n tren, "recuer-
d a n " a l g u n a s o p e r a c i o n e s , e t c . Aquí f u n c i o n a e l
pensamiento h u m a n o revestido d e metal.
P o r e s o ¿es p o s i b l e i d e a r u n a máquina q u e
pudiese sustituir p o r completo e lcerebro h u m a -
no? N o , n o es posible; e l pensamiento n o se
r e d u c e sólo a d e t e r m i n a d a s o p e r a c i o n e s a u t o -
máticas: e s a n t e t o d o u n p r o d u c t o s o c i a l , u n
p r o d u c t o d el a v i d a d elos h o m b r e s e n l a socie-
dad. T o d o esto e s inaccesible e np r i n c i p i o p a r a
l a máquina.
Desde e l p u n t o d e vista d e l a s posibilidades
técnicas e s r e a l m e n t e i m p o s i b l e e s t a b l e c e r e l lí-
m i t e d e l p e r f e c c i o n a m i e n t o d e l a s máquinas c i -
bernéticas. E s m u y p o s i b l e q u e e n e l f u t u r o
p u e d a n r e s o l v e r m u c h o s p r o b l e m a s lógicos y
q u e r e a l m e n t e e s t o s e a c o m o l a lógica r e v e s t i d a
d e m e t a l . P e r o l a máquina e s " m e t a l m u e r t o " .
¿Por qué, p u e s , e l c e r e b r o h u m a n o e s s u p e r i o r
a c u a l q u i e r máquina? P o r q u e e s p r o d u c t o d e l a s
relaciones sociales. C o m o h e m o s visto, e l pen-
s a m i e n t o t i e n e también carácter s o c i a l . E l f u n -
cionamiento del cerebro es t a n complicado como
l o s o n e s t a s r e l a c i o n e s s o c i a l e s . Ningún " c e r e -
b r o electrónico" p u e d e " r e p r o d u c i r " e l m u n d o
e s p i r i t u a l i n t e r i o r d e l h o m b r e , n i s u carácter a c -
t i v o , e l v u e l o d e s u fantasía, e l sueño, l a c a p a -
63
cidad para tensar s u voluntad, e l complicado
m u n d o d e l arte.
L a máquina sólo p u e d e c u m p l i r a q u e l l a s f u n -
c i o n e s d e l h o m b r e q u e t i e n e n carácter automá-
tico. S e a n cuales f u e r e n l a sfunciones q u e c u m -
p l a n l o s d i s p o s i t i v o s cibernéticos p o r e l h o m b r e ,
serán s i e m p r e u n m e d i o q u e e l h o m b r e y l a s o -
ciedad aprovechan para resolver tareas d e pro-
ducción, c o g n o s c i t i v a s y o t r a s . L a máquina n o
p u e d e r a z o n a r , sólo p u e d e a y u d a r a l h o m b r e a
p e n s a r . E l mérito d e l a técnica cibernética c o n -
siste precisamente e n q u e alivia l a actividad
mental del hombre.
EL MATERIALISMO Y LA RIQUEZA
ESPIRITUAL DEL HOMBRE
E l p r o b l e m a consiste e n que e lm a r x i s m o nie-
g a e l c o n c e p t o místico — r e l i g i o s o — d e l a l m a .
Pero esto n o significa, n im u c h o m e n o s , q u e re-
c h a c e e n g e n e r a l e s t e c o n c e p t o . Más aún, n o s
e n o r g u l l e c e m o s d e q u ee l e n t u s i a s m o revolucio-
n a r i o d e l o s c o m u n i s t a s , a d m i r a d o más d e u n a
vez p o r e l m u n d o , n o s e ao t r a c o s a q u e u n a m a -
nifestación brillantísima d e l a f u e r z a y l a b e l l e -
z a d e l espíritu h u m a n o . E n e s t e s e n t i d o p r e c i -
s a m e n t e s e d i j e r o n d e G r i m a u , c o m u n i s t a eje-
c u t a d o p o r l o sfascistas, estas palabras: " H a
sido u n a persona c o na l m a d e gigante."
Hemos examinado algunos problemas funda-
m e n t a l e s d e l m a t e r i a l i s m o dialéctico. P a r a c o m -
p r e n d e r l o s más a f o n d o t e n e m o s q u e p o n e r e n
c l a r o l a e s e n c i a d e l a dialéctica m a t e r i a l i s t a
marxista. Esta sepone d emanifiesto e n las le-
y e s d e l a s categorías d e l a dialéctica, a c u y o e s -
tudio pasamos.

Los adversarios d e l o smaterialistas dicen: si

e l m a t e r i a l i s m o n i e g a e l a l m a ¿no negará c u a l i -
dades t a n i m p o r t a n t e s del h o m b r e c o m o los sen-
t i m i e n t o s , e l e n t u s i a s m o , l a pasión, e s d e c i r , l o
que llamamos riqueza espiritual d e l hombre?
A l g u n o s filósofos n e o t o m i s t a s b u r g u e s e s c o n t e m -
poráneos a f i r m a n , p o r e j e m p l o , a u e e l m a t e r i a -
lismo seniega a reconocer los valores espiritua-
l e s , p o r r e c o n o c e r únicamente l o s v a l o r e s m a t e -
r i a l e s . ¿Es así e n r e a l i d a d ? ¡Claro q u e n o ! E s
una calumnia a lmaterialismo. E lm a r x i s m o re-
chaza e l a l m a , e l p r i n c i p i o i n m a t e r i a l especial.
P e r o n o niega e lm u n d o i n t e r i o r y e s p i r i t u a l d e l
h o m b r e . E l m a t e r i a l i s m o t a m p o c o n i e g a l a s ri-
quezas d e l a l m a h u m a n a .

64 65
 CAPITULO V

L E Y E S Y CATEGORIAS
F U N D A M E N T A L E S D E L A DIALÉCTICA

DEFINICION DE LA LEY

¿Qué e s l e y ? S e l l a m a l e y a u n t i p o d e t e r m i -
n a d o d e vínculo e n t r e o b j e t o s y fenómenos d e l
mundo circundante.
P a r a c o m p r e n d e r d e qué t i p o d e vínculos s e
trata, pondremos u n ejemplo m u y sencillo. S i
s e t i r a u n a p i e d r a , caerá i n d e f e c t i b l e m e n t e s o -
b r e l a t i e r r a . L o m i s m o l e sucederá a l a f l e c h a
disparada con u n arco. E n t r e l a fuerza d e atrac-
ción t e r r e s t r e y u n o b j e t o t i r a d o o u n a f l e c h a
disparada s e establece, basada e ncausas deter-
m i n a d a s , u n a relación p e r m a n e n t e , i n d e s t r u c t i -
ble, y n ot e m p o r a l o casual. D e b i d o a esto, e n
e l c a s o d a d o n o t e n e m o s q u e v e r c o n fenómenos
que u n a s veces sobreviven y otras veces no, sino
c o n l o s q u e s e s u c e d e n necesariamente y no pue-
den por menos que suceder. U n o b j e t o t i r a d o h a -
cia a r r i b a vuelve sin falta a l atierra por efecto
d e l a gravitación u n i v e r s a l . E s t o s i g n i f i c a q u e
ahí t i e n e l u g a r u n o r d e n r i g u r o s o , l a c o n s e c u e n -
c i a y l a sistematización. C u a n d o e n n u e s t r a a c t i -
v i d a d práctica t r o p e z a m o s c o n fenómenos d e
e s t e t i p o , d e c i m o s : aquí existe una relación lógi-
ca, esencial, entre los fenómenos. Dicho sea en

67
otros términos, LEY es una relación entre obje-
tos y fenómenos originadas no por circunstan-
cias casuales exteriores, pasajeras, sino por la
naturaleza interna de los fenómenos concatena-
nos. L e y n o e s e l r e f l e j o d e t o d o s l o s vínculos,
sino solamente d e l o sfundamentales, decisivos
y n e c e s a r i o s . L o q u e l a l e y e x p r e s a , según h e m o s
visto e nl o sejemplos citados, debe revelarse y
surgir necesaria e inevitablemente.
C o n e s t o q u e d a a g o t a d a l a característica d e
l e y . U s t e d e s c o n o c e n s e g u r a m e n t e l a expresión:
" L a l e yn o tiene excepciones." Esta frase enun-
c i a l a e s e n c i a d e l a l e y : q u e ésta r i g e n o sólo
e n a l g u n o s fenómenos, s i n o e n t o d o s l o s fenó-
m e n o s d e u n a c l a s e d a d a . L a l e y d e Arquímedes,
p o r e j e m p l o , t r a t a d e l o q u e e s común p a r a
t o d o s l o s c u e r p o s s u m e r g i d o s e n c u a l q u i e r lí-
q u i d o . E n o t r o s términos, l a relación m e n c i o -
n a d a e n l a l e y d e Arquímedes ( e n t r e e l v o l u m e n
d e l c u e r p o y l a f u e r z a q u e d e s a l o j a ) t i e n e carác-
t e r g e n e r a l . E s t o e s característico d e c u a l q u i e r
l e y : l a l e y e x p r e s a l o común d e l o s fenómenos.
E n g e l s escribió q u e " l a f o r m a d e l a u n i v e r s a l i -
d a d e n l a n a t u r a l e z a e s l e y " . La ley nos propor-
1
ciona conocimientos acerca de lo más profundo
y universal.
C o m o q u i e r a q u e l o s o b j e t o s y fenómenos
e x i s t e n o b j e t i v a m e n t e , también e x i s t e n o b j e t i v a -
m e n t e l o s vínculos e n t r e e l l o s , e s d e c i r , l a s l e y e s
e n v i r t u d d e l a s c u a l e s s e d e s a r r o l l a n aquéllos.
P o r e s o , el rasgo más importante de cualquier
ley consiste en que tiene carácter objetivo. Esto
significa que l a s leyes d e ldesarrollo d e l a natu-
raleza y l a sociedad n o dependen d el a v o l u n t a d
1
C . Marx y F . Enuels: Obras, ed. en ruso, t. 20, p. 5^9.
68
y l a conciencia d e l o s hombres. Esto h a sido
c o m p r o b a d o p o r t o d a l a práctica d e l a h u m a -
n i d a d . Así, l a s l e y e s d e l a n a t u r a l e z a a c t u a r o n
m u c h o antes d e q u e surgiera l a sociedad h u -
mana. L o s hombres aparecieron e n l a Tierra
hace relativamente poco tiempo. Pero l a s leyes
que r i g e n e l m o v i m i e n t o d e n u e s t r o p l a n e t a exis-
ten desde q u e existe e l propio planeta. O t r o
t a n t o p u e d e d e c i r s e d e l a s demás l e y e s d e l a
naturaleza.
L a s l e y e s d e l d e s a r r o l l o s o c i a l t i e n e n también
carácter o b j e t i v o . L o s h o m b r e s n o p u e d e n n i
crear, n i d e s t r u i r , n i " m o d i f i c a r " l a sleyes a s u
arbitrio.
L o s filósofos i d e a l i s t a s t i e n e n o t r o c r i t e r i o a l
r e s p e c t o . N i e g a n e l carácter o b j e t i v o d e l a s l e y e s .
E l filósofo alemán K a n t a f i r m a b a q u e l a p r o p i a
n a t u r a l e z a n o conoce n i n g u n a ley. E nella t o d o
s e e n c u e n t r a e n e s t a d o d e c a o s . Y sólo l a razón
del h o m b r e pone o r d e n e n l anaturaleza. S i n o
e x i s t i e r a e l h o m b r e , n o habría l e y e s . L o s filóso-
f o s b u r g u e s e s contemporáneos r e p i t e n c a d a u n o
a s u m a n e r a e s t a i d e a . P e r o ¿es c i e r t a ?
E l s a l v a j e p r i m i t i v o n o tenía n i i d e a d e q u e
e n e l m u n d o h u b i e s e n leyeS. N o l a s buscaba.
E n c o n s e c u e n c i a , éstas n o l e e r a n " i n n a t a s " . Sólo
más t a r d e , c u a n d o b a s a d o s e n l a v i d a práctica
l o s h o m b r e s s e e n t e r a r o n d e q u e existían r e l a -
c i o n e s lógicas e n t r e l o s fenómenos, e m p e z a r o n
a buscarlas e nl arealidad y las encontraban. Re-
s u l t a q u e l a afirmación s o b r e e l carácter " i n -
n a t o " d e l a categoría d e l e y e s seudocientífica
y c o n t r a d i c e l a práctica, q u e p r u e b a e l carácter
objetivo d e l a s leyes d e l a naturaleza y l a so-
ciedad.
69
 D e e s t e m o d o , la ley expresa una concatena- tencia" de l o s trabajadores de conquistar la
ción universal necesaria, objetiva y relativamen- libertad.
te constante entre los fenómenos y objetos del L a e x p e r i e n c i a d e s i g l o s e v i d e n c i a q u e los
mundo existente. hombres no son impotentes ante las fuerzas de
P e . r o ¿por qué l o s i d e a l i s t a s n i e g a n l a e x i s t e n - la naturaleza, s i n o q u e s i e m p r e s a l e n v e n c e d o r e s
cia d e l a s leyes? de l a p u g n a c o n ellas: e l h o m b r e h a d o m i n a d o
la f u e r z a d e la g u a y l ah a h e c h o t r a b a j a r e n s u
Pues p o r q u e a p o y a n a l a sclases d o m i n a n t e s p r o v e c h o ; h a c e t i e m p o q u e aprendió a u t i l i z a r
e x p l o t a d o r a s q u e están i n t e r e s a d a s e n t e r g i v e r - la fuerza del v i e n t o p a r a accionar los m o l i n o s y
sar l averdad. A l o s imperialistas, p o r ejemplo, b a r c o s d e v e l a ; e l h o m b r e h a d o m i n a d o también
n o l e s e s ventajoso que las masas populares co- l a f u e r z a d e l v a p o r , l a e l e c t r i c i d a d y l a energía
nozcan l av e r d a d sobre las leyes del h u n d i m i e n t o atómica.
i n m i n e n t e d e lc a p i t a l i s m o . P o re s o l e t i e n e n
m i e d o a l a ciencia. Los h o m b r e s , e n consecuencia, n o s o n u n ins-
t r u m e n t o ciego e n m a n o s d eciertas fuerzas i m -
p l a c a b l e s . L o s h o m b r e s actúan c o n s c i e n t e m e n t e
sobre l anaturaleza, l ad o m i n a n y l ahacen servir
a sus intereses.
LOS HOMBRES ACTÜAN CON ARREGLO Resulta q u ee l hombre n oes u njuguete e n
A LAS LEYES m a n o s d e l a s l e y e s , s i n o e l dueño y señor d e l a
naturaleza. Pero l o shombres l a d o m i n a n n o
p o r q u e actúan c o m o l e s v e n g a e n g a n a , s i n o p o r -
E n o c a s i o n e s p u e d e oírse e s t e c r i t e r i o : d a d o que e ns u actividad aprovechan acertadamente
que las leyes d e l a naturaleza y l a sociedad son las leyes objetivas.
objetivas y n o sepueden cambiar, los hombres
Así, p u e s , el carácter objetivo de las leyes del
s o n i m p o t e n t e s ante ellas. E s t e criterio e s seu-
mundo que nos rodea no impide que los hom-
docientífico. E s p e r j u d i c i a l p a r a l o s h o m b r e s bres intervengan activamente en la vida/Por el
porque m a t a e n ellos toda actividad e iniciativa contrario, los hombres transforman diligente-
y e l d e s e o d e m e j o r a r s u situación. N o e s difícil mente la naturaleza y la sociedad. Pero para lo-
c o m p r e n d e r q u e l a "teoría" q u e p r e d i c a l a p a s i - grar el resultado apetecido hay que actuar en
vidad, l ainactividad, que niega t o d a l u c h a revo- consecuencia con las leyes objetivas. Pero si el
lucionaria, es m u y ventajosa p a r a las clases ex- hombre entra en contradicción con las leyes, le
plotadoras, p o r q u e m i n a e nl o s trabajadores l a espera un fracaso.
f e e n s u s f u e r z a s . P o r e s o e n l o s países c a p i t a -
listas a h o r a s e apoyan y se divulgan p o r todos T o d a l a h i s t o r i a d e l a c i e n c i a y l a técnica e s
los m e d i o s esas ideas sobre l a supuesta " i m p o - u n b r i l l a n t e t e s t i m o n i o d e l a utilización p o r l o s

70 71
h o m b r e s , e n s u a c t i v i d a d práctica, d e l a s l e y e s
d e s c u b i e r t a s p o r e l l o s . E n n u e s t r a época l a teoría
científica d e l m a r x i s m o - l e n i n i s m o s e h a c o n v e r -
tido e n u n a fuerza poderosa que ayuda a millo-
nes y millones d e h o m b r e s del planeta a trans-
f o r m a r e lviejo m u n d o sobre nuevos principios.
Todo enfoque arbitrario, en divorcio con la
realidad, de unos u otros fenómenos producidos
en el mundo, enfoque que se fundamenta en el
criterio de que el papel decisivo no lo desem-
peñan las leyes objetivas ni las condiciones eco-
nómicas, sino la voluntad de los hombres, se
denomina VOLUNTARISMO.
U n e j e m p l o típico s o n l a s a c c i o n e s d e l g r u p o
de M a o Tse-tung. E s t e grupo, s i n t o m a r e n con-
sideración e l c u r s o o b j e t i v o d e l d e s a r r o l l o d e l a
h i s t o r i a , n i l a n e c e s i d a d histórica, n i l a s l e y e s ,
pretende hacer retroceder e l carro d e la-histo-
ria. L o spropagandistas d e l a s"ideas d e M a o "
figuran entre l a spersonalidades que, haciendo
caso o m i s o d elas leyes, las causas, las condicio-
n e s económicas, c r e e n q u e p a r a l o g r a r e l o b j e -
t i v o p l a n t e a d o e s sólo s u f i c i e n t e l a v o l u n t a d d e l
" g r a n t i m o n e l " : s u decisión y s u t e n a c i d a d , q u e
l o v e n c e t o d o . P e r o éste e s u n c a m i n o d e a v e n -
turas y extremismos d e "izquierda" y n o u n
e n f o q u e científico d e l p r o b l e m a .
Tienen i m p o r t a n c i a particular l a s leyes q u e
establecen concatenaciones esenciales que carac-
t e r i z a n t o d o s l o s fenómenos t a n t o d e l a n a t u r a -
l e z a c o m o d e l a s o c i e d a d y también d e l p e n s a -
m i e n t o . E s t a s l e y e s s e d e n o m i n a n u n i v e r s a l e s "y
s o n e s t u d i a d a s p o r l a dialéctica m a r x i s t a . S e
t r a t a d e l a Ley de la transición de la cantidad a
la calidad, la Ley de la unidad y lucha de los
contrarios y la Ley de la negación'de la negación.
72
L E Y D EL A T R A N S F O R M A C I O N
DE L O SCAMBIOS CUANTITATIVOS
E N CUALITATIVOS
CUALIDAD, CANTIDAD Y MEDIDA
Basta c o n examinar e l m u n d o circundante
para convencerse d eque cualquier objeto — u n a
m e s a , u n t i n t e r o , u n árbol, u n a p e r s o n a , c u a l -
q u i e r o t r o o b j e t o — p o s e e indicios, aspectos, ras-
gos q u e l o d e t e r m i n a n y e x p r e s a n l o más i m p o r -
tante que caracteriza s u esencia.
¿Por qué d i g o q u e e s u n lápiz? P u e s p o r q u e
t e n g o d e l a n t e d e mí u n p a l i t o f i n o d e g r a f i t o
revestido d e madera, q u e puedo utilizar para
escribir o dibujar. C o n eso h edeterminado l a s
propiedades f u n d a m e n t a l e s d e este objeto, h e
revelado l o q u e l o hace c o m o tal, es decir, s u
cualidad.
CUALIDAD es el conjunto de todos los rasgos
esenciales, gracias a los cuáles se determina la
naturaleza de los objetos y fenómenos.
L o s o b j e t o s y fenómenos t i e n e n característi-
c a s n o sólo c u a l i t a t i v a s ; s i n o también c u a n -
t i t a t i v a s . N o e s difícil c o m p r e n d e r l o s i s e r e -
c u e r d a q u e además d e c u e s t i o n e s r e l a t i v a s a l a
c u a l i d a d d e l o s o b j e t o s (cómo s o n ) , s e t i e n e
que v e rsiempre con cuestiones d e s u cantidad
(cuántos s o n , cuál e s s u tamaño, v o l u m e n , e t c . ) .
Y n o e s d e extrañar, p o r q u e l o s fenómenos d e
l a n a t u r a l e z a , además d e d e t e r m i n a d o s r a s g o s
73
cualitativos, poseen determinados rasgos cuan-
titativos. Cada apartamento tiene s u metraje;
c a d a e l e m e n t o químico, s u p e s o atómico; c a d a
átomo, s u c a n t i d a d d e e l e c t r o n e s , etcétera.
L a característica c u a n t i t a t i v a d e l o s o b j e t o s y
fenómenos e s m u y v a r i a d a . P o r e s o s e e x p r e s a
d e l m o d o más d i f e r e n t e . P o r e j e m p l o , s i n o s
i n t e r e s a e l número d e máquinas q u e f u n c i o n a -
b a n t o d o s l o s días e n l a s o b r a s d e l a p r e s a d e
Asuán, p o d e m o s i n d i c a r l o c o n c i f r a s , 3 , 4 , 1 0 , e t c .
P e r o s i q u e r e m o s s a b e r cuánto a r r o z o c a c a h u e t e
s e h a o b t e n i d o e s t e año e n comparación c o n e l
anterior, p o d e m o s m o s t r a r l o e nt a n t o por ciento,
en toneladas u otras medidas.
CANTIDAD es lo que caracteriza a los objetos
y fenómenos por medio del número, la magni-
tud, el volumen, etcétera.
P a r a c o m p r e n d e r t o d o l o qué v a m o s a e x a m i -
n a r a continuación, h a y q u e p e n s a r e n l a s i - ,
-guíente cuestión: c u a n d o c a m b i a l a c u a l i d a d d e
U n o b j e t o , c a m b i a e l o b j e t o m i s m o . P e r o ¿el
cambio de l a cantidad origina e l cambio del
propio objeto? Veamos.
L a s p e r s o n a s q u e o b s e r v a b a n cómo s e r e p r e -
s a b a e l N i l o j u n t o a l a c i u d a d d e Asuán, p u e d e n
relatar l o siguiente: A lprincipio echaron a l agua
la p r i m e r a carga d e roca; p e r o l apresa n o es-
t a b a aún. N o e s t a b a t a m p o c o después d e l a n z a r
l a s e g u n d a y l a t e r c e r a c a r g a s . H e aquí q u e s e
arrojó a l río u n a c a n t i d a d t a l d e r o c a q u e y a
influyó s u s t a n c i a l m e n t e s o b r e l a c o r r i e n t e d e l
m i s m o . U n m o m e n t o más, y e l río quedó r e p r e -
s a d o . D e l a s r o c a s s u e l t a s s e formó u n a o b r a
técnica: u n a presa.
T4
V e a m o s qué f u e l o q u e sucedió aquí. M i e n t r a s
l o s c a m b i o s c u a n t i t a t i v o s s e producían d e n t r o
d e d e t e r m i n a d o s límites, n o influían e n l a f o r -
mación d e u n a c u a l i d a d n u e v a ( e n e l c a s o p r e -
sente, u n a presa). Pero cuando alcanzaron e l
límite n e c e s a r i o y u n a medida d e t e r m i n a d a , r e -
sultó q u e e s t o s c a m b i o s n o f u e r o n i n d i f e r e n t e s
p a r a e l p r o p i o proceso c o m o p u d i e r a h a b e r pa-
recido a lprincipio.
¿Qué e s , p u e s , m e d i d a ? T o d o s l o s o b j e t o s y
fenómenos p o s e e n d e t e r m i n a d a c u a l i d a d a l a
que n o l ecorresponde u n a cantidad cualquiera,
s e a c u a l s e a , s i n o más o m e n o s d e t e r m i n a d a .
C a d a átomo n o t i e n e u n a c a n t i d a d c u a l q u i e r a d e
electrones, sino u n a cantidad determinada, q u e
c o r r e s p o n d e a l a c u a l i d a d d e l m i s m o . E l átomo
d e hidrógeno t i e n e u n electrón; e l d e oxígeno,
o c h o e l e c t r o n e s ; e l d e nitrógeno, s i e t e , y e l d e
uranio, n o v e n t a y dos. E n los objetos s e observa
s i e m p r e l a m e d i d a . P o re s o s e dice: " O b s e r v a r
la m e d i d a e n t o d o . "
D e l o d i c h o s e d e s p r e n d e q u e MEDIDA es la
correspondencia y la unidad de los aspectos
cuantitativos y cualitativos de los objetos. Cada
objeto esmedida precisamente porque es siem-
pre u n a cualidad, a l a que corresponde u n a can-
tidad determinada. Esta correspondencia, l a
medida, n opuede s e r alterada, p o r q u e e n este
c a s o e lo b j e t o d e j a d es e r l o q u e es. L a c u a l i d a d
de u n objeto n opuede constituir u n a u n i d a d con
cualquier cantidad y ,viceversa, l acantidad d e l
m i s m o n opuede constituir u n a u n i d a d con cual-
quier cualidad. Ellas siempre se corresponden
e n m e d i d a d e t e r m i n a d a , sólo d e n t r o d e l o s lími-
tes d e s u m e d i d a .
75
 D e e s t o p u e d e s a c a r s e u n a conclusión m u y i m -
mación d e u n a n u e v a c u a l i d a d . E l a g u a s e h a
portante: s i e n los objetos se operan cambios
convertido e n vapor.
c u a n t i t a t i v o s , n o i n f l u y e n e n l a c u a l i d a d sólo
liasta cierto momento, mientras se producen La esencia de la ley de la transformación de
dentro de los límites de la medida. D e n t r o d e los cambios cuantitativos en cualitativos con-
e s t o s límites s e p u e d e d e c i r q u e e l o b j e t o siste en que los cambios cuantitativos, pequeños,
no reacciona a loscambios cuantitativos,q u e n o imperceptibles, al principio, acumulándose gra-
los n o t a . P e r o e nc u a n t o l a m e d i d a s ealtera, l o s dualmente, originan, en cierta etapa, cambios
cambios cuantitativos empiezan a dejarse sentir cualitativos, radicales, debido a lo cual la cuali-
c u e l e s t a d o c u a l i t a t i v o d e l o b j e t o ; La cantidad dad vieja desaparece y surge una cualidad nueva,
se convierte en cualidad. que origina, a su vez, nuevos cambios cuanti-
tativos.
P e r o ¿cómo s e o p e r a e\ p r o c e s o d e l a t r a n s -
formación d e l o s c a m b i o s c u a n t i t a t i v o s e n c u a -
TRANSFORMACIÓN DE LA CANTIDAD litativos?
EN CUALIDAD R e c o r d e m o s e l p r o c e s o d e ebullición, c u a n d o
e l a g u a s e t r a n s f o r m a rápidamente, d e p r o n t o ,
e n v a p o r . E ne s e caso c a m b i a e l estado cualita-
P o r l o se j e m p l o s citados se v eq u e l o s c a m b i o s t i v o d e l a g u a . O c u r r e más o m e n o s l o m i s m o
cuantitativos se a c u m u l a n imperceptible y gra- c u a n d o s e fríen h u e v o s . E n l a sartén l a m e z c l a
dualmente, s i nq u e a l principio afecten, a l pare- s e fríe i n e s p e r a d a m e n t e , diríase momentánea-
cer, l a n a t u r a l e z a c u a l i t a t i v a d e l o b j e t o . P e r o m e n t e , rápido.
llega e l m o m e n t o e nq u e l o s c a m b i o s c u a n t i t a -
O t r o tanto puede verse e n e l ejemplo d e l a u -
t i v o s , acumulándose, o r i g i n a n c a m b i o s e n l a
m e n t o d el a velocidad d e l m o v i m i e n t o , digamos,
cualidad del objeto.
de u n cohete. H a s t a cierto m o m e n t o este a u -
T o d o s s a b e m o s , n a t u r a l m e n t e , cómo h i e r v e e l m e n t o n o s e n o t a . P e r o h e aquí q u e l a v e l o c i d a d
a g u a . E n u n p r i n c i p i o e l a g u a sólo s e h a c a l e n - h a a u m e n t a d o h a s t a 8 km p o r s e g u n d o , a h o r a
tado. Luego l a t e m p e r a t u r a sube, digamos, hasta e l c o h e t e n o volverá a l a T i e r r a : s e c o n v i e r t e e n
50, 60, 7 0 grados. P e r o e l agua sigue siendo agua. satélite d e l a T i e r r a . B a j o l a i n f l u e n c i a d e l o s
Por cierto, los cambios seh a n operado y a . Pero cambios cuantitativos se producen importantes
no hasta t a lp u n t o q u e e l agua pierda s ucuali- c a m b i o s d e carácter c u a l i t a t i v o , q u e s o b r e v i e n e n
d a d y d e j e d e s e r a g u a . Así continúa h a s t a 9 9 e n u n m o m e n t o d e t e r m i n a d o . Este momento de
g r a d o s . P e r o h e aquí q u e l a t e m p e r a t u r a d e l la transición a una cualidad nueva se denomina
a g u a h a s u b i d o u n g r a d o más, y e l a g u a c o m i e n z a SALTO.
a h e r v i r rápidamente convirtiéndose e n v a p o r .
Los cambios cuantitativos h a noriginado l a f o r E n l an a t u r a l e z a y l a sociedad l a snuevas cua-
l i d a d e s s u r g e n s i e m p r e p o r m e d i o d e l s a l t o . Así,
76
77
p r e c i s a m e n t e , s e o p e r a l a transición d e l m u n d o
inorgánico a l orgánico. T o d a l a evolución d e l
r e i n o a n i m a l , es decir, e l desarrollo d e l o s ani-
males d e u n a especie para convertirse e n o t r a
d i s t i n t a , s e v e r i f i c a también p o r m e d i o d e u n
s a l t o . T r a n s f o r m a c i o n e s análogas t i e n e n l u g a r
también e n l a s o c i e d a d h u m a n a . E l p a s o d e l a
s o c i e d a d p r i m i t i v a a l a e s c l a v i s t a , d e ésta a
l a f e u d a l o l a transición d e l c a p i t a l i s m o a l s o -
cialismo se produce siempre p o rmedio d e u n
s a l t o , o l a interrupción d e l a c o n t i n u i d a d .
A l a p r e g u n t a d e cómo s e p r o d u c e l a t r a n s -
formación d e l o s c a m b i o s c u a n t i t a t i v o s e n c u a -
litativos, puede darse esta respuesta: mediante
un salto y d e ninguna otra manera.
DOS FORMAS DE DESARROLLO
De l o dicho anteriormente se desprende q u e
el p r o c e s o d e d e s a r r o l l o tiene d o s etapas, o s e a
se o p e r a e n d o s f o r m a s : c a m b i o s c u a n t i t a t i v o s
lentos e insignificantes, y cambios cualitativos
rápidos y r a d i c a l e s . L o s c a m b i o s c u a n t i t a t i v o s
l e n t o s s e p r o d u c e n s i e m p r e d e n t r o d e l o s lími-
tes d e l a m e d i d a vieja y d e l a c u a l i d a d vieja.
E n este sentido p u e d e n l l a m a r s e c a m b i o s evolu-
t i v o s . La EVOLUCIÓN es un desarrollo paula-
tino, lento, sin saltos bruscos ni transición a una
cualidad nueva.
Pero el DESARROLLO que supone un cambio
radical de lo viejo, un cambio cualitativo de las
78
relaciones sociales de las concepciones científi-
cas, del estado de la técnica, etc. se denomina
REVOLUCIONARIO.
INCONSISTENCIA DEL REFORMISMO
Y E L REVISIONISMO "DE DERECHA"
U n o s metafísicos a f i r m a n q u e e l d e s a r r o l l o s e
o p e r a sólo p o r vía e v o l u t i v a ^ s i n s a l t o a l g u n o n i
i n t e r r u p c i o n e s d e l ac o n t i n u i d a d . E ne l m u n d o ,
d i c e n e s o s metafísicos, sólo s e p r o d u c e n c a m b i o s
cuantitativos; e n l a naturaleza n o surge nada
c u a l i t a t i v a m e n t e n u e v o . Ésta e s l a opinión d e l o s
evolucionistas vulgares. S el l a m a n vulgares por-
q u e e n t i e n d e n l a evolución d e u n a m a n e r a b u r d a ,
vulgar, tergiversada.
E l criterio evolucionista vulgar se h a difun-
d i d o p a r t i c u l a r m e n t e e n l a explicación d e l a v i d a
s o c i a l , d o n d e , según l o s e v o l u c i o n i s t a s v u l g a r e s ,
sólo s e o p e r a n c a m b i o s p a u l a t i n o s , l e n t o s , e v o l u -
t i v o s , q u e n o a f e c t a n l a s b a s e s d e l o s regímenes
s o c i a l e s . E s t e c r i t e r i o metafísico e s a p r o v e c h a d o
p o r los reformistas —socialistas d e derecha, la-
b o r i s t a s ^ — p a r a d e f e n d e r e l régimen c a p i t a l i s t a .
Rechazan l a l u c h a revolucionaria d e l a clase
o b r e r a y t r a t a n d e sustituirla p o rl al u c h a p o r
r e f o r m a s p a r c i a l e s y pequeñas c o n c e s i o n e s q u e
n o afecten l a sbases d e l asociedad capitalista.
L e n i n denominó a l r e f o r m i s m o c o m o e l e n -
gaño burgués d e l o s o b r e r o s , p u e s t o q u e , u n a
v e z a p l i c a d a s e s a s r e f o r m a s , l a burguesía s i g u e
detentando e l poder.
79

L a s v i e j a s teorías r e f o r m i s t a s s e e m b e l l e c e n
s i e m p r e y s e p o n e n e n j u e g o c o m o n u e v o s des-
c u b r i m i e n t o s teóricos. H e aquí u n o d e e l l o s . S e
t r a t a d e l a l l a m a d a teoría d e l a " s o c i e d a d i n d u s -
t r i a l única". E n e l m u n d o contemporáneo l a i n -
dustria, particularmente l a gran industria, se
c o n v i e r t e e n l a f o r m a más característica d e l a
producción d e t o d o s l o s países d e s a r r o l l a d o s .
E s t o , e n opinión d e a l g u n o s filósofos b u r g u e s e s ,
conduce a que secree gradualmente, paso a paso,
u n n u e v o tipo d e sociedad, l a cual viene deter-
m i n a d a p o r l a i n d u s t r i a . L o s países s o c i a l i s t a s
dan, gradualmente, pasos hacia l a"sociedad in-
d u s t r i a l " . L o s países c a p i t a l i s t a s también a v a n -
z a n h a c i a ésta. E n c i e r t o p u n t o s e encontrarán
y surgirá u n a s o c i e d a d n u e v a . N o hará f a l t a n i
h a c e r l a revolución n i s u p r i m i r l a p r o p i e d a d
p r i v a d a c a p i t a l i s t a , t o d o s e arreglará p o r m e d i o
d e pequeñas r e f o r m a s y u n a "renovación" p a u -
latina d e lsistema capitalista.
L o dicho n o significa, sin embargo, q u e l o s
m a r x i s t a s estén e n c o n t r a d e t o d a s l a s r e f o r m a s .
H a y reformas d einmensa importancia revolucio-
naria. P o rejemplo, l a reforma agraria q u e so-
c a v a p o c o a p o c o l a s b a s e s d e l a explotación.
E s t a s r e f o r m a s a p l i c a d a s e n m u c h o s países l i b e -
r a d o s d e A s i a y A f r i c a s o n u n fenómeno m u y
progresivo, puesto que n o dejan intacto e l viejo
p o d e r d elos terratenientes, sino que l o socavan.
Los comunistas sepronuncian contra l a s refor-
m a s q u etienen p o r objetivo fortalecer e l capi-
t a l i s m o , y a q u e desvían a ías m a s a s p o p u l a r e s
de l al u c h a revolucionaria.
Los reformistas son metafísicos, porque en el
proceso del desarrollo social ven sólo un aspec-
to, el aspecto cuantitativo, evolutivo.
80
INCONSISTENCIA DEL REVISIONISMO
"DE IZQUIERDA"
N o m e n o s p e r j u d i c i a l y metafísico e s e l c r i -
t e r i o c o n t r a r i o p r o p i o d elos a n a r q u i s t a s y aven-
tureros " d e izquierda" e ngeneral, q u econ fre-
cuencia s o n llamados "sectarios d e izquierda".
U n e j e m p l o típico e s e l g r u p o d e M a o T s e - t u n g .
L o común p a r a e l l o s e s l a negación d e l p r o c e s o
e v o l u t i v o y r e c o n o c e r únicamente l o s " s a l t o s " ,
s i n n i n g u n a preparación, s i n l a acumulación
g r a d u a l d e f u e r z a s . L e n i n escribió q u e e l p r o -
d u c t o d i r e c t o d e l a concepción b u r g u e s a d e l
m u n d o y d es u i n f l u e n c i a " s o n , a l a vez, e l anar-
cosindicalismo y e lreformismo" que resuelven 2
u n i l a t e r a l m e n t e e l p r o b l e m a d e l a correlación d e
l a evolución v l a revolución e n e l p r o c e s o d e l
desarrollo.
Las acciones anarquistas, sectarias d e izquier-
da d e M a o Tse-tung son m u y perjudiciales, c o m o
se p u e d e a p r e c i a r e n e l e j e m p l o d e s u a f i r m a -
ción d e q u e s e p u e d e " c o n q u i s t a r " e l p o d e r
cuando incluso n o h a y para ello condiciones
adecuadas, o d eque las cuestiones cardinales d e
l a construcción s o c i a l i s t a p u e d e n r e s o l v e r s e c o n
e l método d e " g r a n d e s s a l t o s " y a t a q u e s d e c a -
ballería, s i n l a preparación n e c e s a r i a y cálculos
sensatos. E l v o l u n t a r i s m o es siempre nocivo. P o r
eso e l m a r x i s m o - l e n i n i s m o despliega u n a l u c h a
irreconciliable contra e l revisionismo d e derecha
y " d e izquierda".
2 V. I . L e n i n : O b r a s completas, ed. en ruso, t. 20, p. 66.
81

LA DIALÉCTICA SOBRE LA UNIDAD
DE LA EVOLUCIÓN Y LA REVOLUCIÓN
E n oposición a l a interpretación u n i l a t e r a l ,
metafísica, d e l p r o b l e m a q u e h a c e n e l r e f o r m i s -
m o d e derecha y e l anarquismo y sectarismo
" d e i z q u i e r d a " , e l m a t e r i a l i s m o dialéctico p a r t e
d e q u e entre el aspecto evolutivo y el revolucio-
nario del proceso de desarrollo hay un vínculo
profundo. " . . . L a vida real, l a h i s t o r i a real,
abarca a estas distintas tendencias, d e l m i s m o
m o d o q u el a vida y e l desarrollo d e l a natura-
l e z a c o m p r e n d e n t a n t o l a l e n t a evolución c o m o
los saltos bruscos, l a sinterrupciones d e conti-
n u i d a d " —escribió L e n i n .
3
La etapa d e cambios ininterrumpidos y pau-
l a t i n o s desempeñan u n g r a n p a p e l e n e l p r o c e s o
d e d e s a r r o l l o . P e r o ésta e n sí n o e s todavía e l
c a m b i o d e l a cualidad vieja. P a r a ello e s nece-
s a r i o d a r u n s a l t o , h a c e r u n a revolución q u e
cambie radicalmente l acualidad vieja.
De l o dicho sedesprende q u ee n l a actividad
práctica s e d e b e c o m b i n a r l a l a b o r p r e p a r a t o r i a ,
lenta y m i n u c i o s a , c o n l a st r a n s f o r m a c i o n e s r a -
dicales, cualitativas. L a s t r a n s f o r m a c i o n e s cua-
litativas h a y q u eprepararlas gradualmente, e n
e l p r o c e s o d e l t r a b a j o c o t i d i a n o d e organización.
" E l espíritu r e v o l u c i o n a r i o " , l a " a u d a c i a " y l a
"decisión" n o s u p o n e n q u e s e p u e d a , s i n p o n -
derar l a s circunstancias, emprender u n a aven-
t u r a s i n l a d e b i d a preparación. L a acción r e v o -
l u c i o n a r i a , c u a l q u i e r a q u e s e a s uf o r m a , tiene
q u e s e r p r e p a r a d a según e l período d e a c c i o n e s
3 Ibídem.
82
paulatinas, evolutivas, q u e aseguren u n a base
firme para l a victoria.
LEY D EL AUNIDAD Y LUCHA
DE L O S CONTRARIOS
ACERCA DE LAS CONTRADICCIONES
ADMISIBLES E INADMISIBLES
E n este apartado vamos a tratar d e l a s con-
t r a d i c c i o n e s . P e r o ¿de cuáles? Ésta e s l a p r i m e r a
pregunta q u e debemos aclarar. Porque d e l a s
c o n t r a d i c c i o n e s s e h a b l a e n l o s s e n t i d o s más
diversos.
¿Quién n o h a t e n i d o q u e r e b a t i r a l g u n a a f i r -
mación q u e l e h a y a p a r e c i d o d e s a c e r t a d a ? "Tú
te c o n t r a d i c e s " , dice u s t e d s ih a l o g r a d o encon-
t r a r u n a contradicción e n l o s r a z o n a m i e n t o s d e
su interlocutor. Esto significa q u eusted h a n o -
t a d o e n él u n a i n c o n s e c u e n c i a .
L a B i b l i a , p o r ejemplo, a l aq u e l o s creyentes
l l a m a n l i b r o " s a g r a d o " , está l l e n a d e i n c o n s e -
c u e n c i a s y c o n t r a d i c c i o n e s e s c a n d a l o s a s . Así, e n
el Evangelio' d e S a n Lucas, q u e f o r m a p a r t e d e
l a B i b l i a , s e a f i r m a q u e J e s u c r i s t o pasó s u i n -
fancia e n Galilea, y e l Evangelio d e S a n Juan
d i c e q u e e n Jerusalén. P e r o n o p u d o él v i v i r aquí
y allá a l m i s m o t i e m p o . U n o s e v a n g e l i o s s o s t i e -
n e n a continuación q u e Jesús f u e b a u t i z a d o p o r
San Juan Bautista, mientras q u e otros "testi-
m o n i a n " q u ee n aquel entonces S a n J u a n estaba
e n c a r c e l a d o y , p o r c o n s i g u i e n t e , n o podía b a u -
83

t i z a r a Jesús. E s t o también e s u n a c o n t r a d i c -
ción. L o s e v a n g e l i o s t i e n e n muchísimas c o n t r a -
dicciones.
i
N u e s t r o p e n s a m i e n t o e s a c e r t a d o sólo c u a n d o
está l i b r e d e c o n t r a d i c c i o n e s d e e s t e género. S i
digo a u n g r u p o d e a l u m n o s que estudian filo-
sofía: " t o d o s h a n a s i m i l a d o b i e n e l m a t e r i a l " ,
y diré, a l m i s m o t i e m p o , s o b r e e l m i s m o g r u p o
de e s t u d i a n t e s : " a l g u n o s h a n a s i m i l a d o m a l " , s e
m e p u e d e , c o n razón, r e p l i c a r : "¿cómo e s e s o
que usted dice cosas c o m p l e t a m e n t e distintas
de las m i s m a s personas y a u n m i s m o t i e m p o ?
Sólo p u e d e s e r j u s t a u n a opinión: l a p r i m e r a o
l a s e g u n d a " . Y tendrán razón. P o r q u e s e h a r e v e -
l a d o u n a contradicción e n m i s p a l a b r a s .
T a l e s c o n t r a d i c c i o n e s s e d e n o m i n a n lógico-
formales. L a s e s t u d i a l a lógica f o r m a l , c i e n c i a
del pensamiento correcto. E l pensamiento o ma-
nifestación q u e c o n t i e n e u n a contradicción e s
inconsecuente e incorrecto.
Tal es e l p r i m e r sentido que damos a l con-
c e p t o d e contradicción c u a n d o éstas a p a r e c e n
c o m o i n d i c i o d e u n a confusión e n n u e s t r o s p e n -
samientos. P o r eso p r e c i s a m e n t e s e l l a m a n con-
t r a d i c c i o n e s lógicas.
Antes d e referirnos a l segundo sentido que
t i e n e e l c o n c e p t o "contradicción", h a y q u e r e -
s o l v e r l a s i g u i e n t e cuestión: s o b r e l a b a s e d e q u e
n o d e b e h a b e r c o n t r a d i c c i o n e s lógicas, ¿puede
concluirse d eque en l a naturaleza y la sociedad
n o p u e d e h a b e r n i n g u n a contradicción e n g e n e -
ral? P a r a c o m p r e n d e r m e j o r e l sentido d e esta
p r e g u n t a , h a b l a r e m o s d e u n a conversación q u e
t u v o l u g a r e n u n círculo filosófico después d e
84
q u e e l d i s e r t a n t e había t r a t a d o d e l a i n a d m i s i b i -
l i d a d d e l a s c o n t r a d i c c i o n e s lógico-formales:
—¿Existen a s p e c t o s y t e n d e n c i a s c o n t r a d i c t o -
r i a s e n l o s o b j e t o s y fenómenos? —preguntó e l
d i s e r t a n t e d e l círculo a l o s a l u m n o s .
— C l a r o q u e n o —respondió u n o d e e l l o s . P u e s
acaba d e decir que n o puede haber ninguna
i contradicción.
— E n t o n c e s r e c u e r d e n , p o r e j e m p l o , cómo está
e s t r u c t u r a d o e l átomo. T i e n e partículas c o n c a r -
g a s p o s i t i v a s y , a l a v e z , partículas c o n c a r g a s
negativas. D eeste m o d o y o a f i r m o a l g o c o n t r a -
d i c t o r i o r e s p e c t o a l átomo: e n él h a y l o p o s i t i v o
y l o n e g a t i v o . Y e s t e e s u n h e c h o científico f i d e -
, digno. Pero ustedes pueden preguntar: anterior-
mente se refutaba l a propia posibilidad de l a
e x i s t e n c i a d e c o n t r a d i c c i o n e s lógico-formales,
p e r o a h o r a s e h a b l a d e l a contradicción c o m o
d e u n h e c h o f i d e d i g n o . ¿En qué, p u e s , c o n s i s t e
l a e s e n c i a d e l p r o b l e m a ? Examinémoslo más
detalladamente, que p o r ser m u y complicado n o
se p u e d e e x p l i c a r e n d o s p a l a b r a s :
H a c e m u c h o t i e m p o que la idea de las contra-
d i c c i o n e s o c u p a l a m e n t e d e l o s científicos. L o s
metafísicos, p o r e j e m p l o , p a r t i e n d o d e q u e n o
d e b e h a b e r c o n t r a d i c c i o n e s lógico-formales, a f i r -
maban que tampoco en la naturaleza debe haber
contradicción a l g u n a , n i p r o p i e d a d e s , n i a s p e c -
t o s o d e f i n i c i o n e s o p u e s t a s . Zenón, filósofo g r i e -
g o , q u e vivió e n e l s i g l o v a . n . e . a f i r m a b a y a q u e
u n a contradicción, encuéntrese d o n d e s e e n c u e n -
tre, e s algo n o verdadero, i m p o s i b l e y absurdo.
A l g u n o s filósofos b u r g u e s e s contemporáneos
a s u m e n l a m i s m a posición. P o r e j e m p l o , C . J u k ,
85
filósofo r e a c c i o n a r i o n o r t e a m e r i c a n o , s o s t i e n e ¿QUÉ SON "CONTRARIO"
que pueden sercontradictorios l o sjuicios, las Y "CONTRADICCIÓN"?
a f i r m a c i o n e s , Jas p r u e b a s , p e r o n o l o s o b j e t o s n i
l o s fenómenos.
A p e l e m o s a n u e s t r a práctica c o t i d i a n a . C u a l -
¿Es j u s t a e s t a opinión? ¿Es j u s t o c r e e r q u e q u i e r a s a b e e n qué s e n t i d o u s a m o s l a p a l a b r a
h a y sólo c o n t r a d i c c i o n e s lógicas, p o r l o q u e s e "contrario". S o n opuestos e l Polo Norte y e l
les debe rechazar y e v i t a r ? C u a n d o r e s p o n d a m o s P o l o S u r d e l g l o b o terráqueo, l a o r i l l a d e r e c h a
a e s t a s i n t e r r o g a n t e s , u s t e d e s verán q u e d e l a s y l aizquierda del camino, l a persona m a l a yl a
contradicciones s e h a b l a e nu ns e n t i d o c o m p l e - b u e n a . ¿Por qué, p u e s , c o n t r a p o n e m o s e s t o s f e -
tamente distinto. nómenos y a c o n t e c i m i e n t o s ? P o r q u e u n o d e e l l o s
e x c l u y e a l o t r o . Diríase q u e l o b u e n o está e l i m i -
E n e l e j e m p l o d e l átomo u s t e d e s y a h a n v i s t o
nado, excluido, del cuerpo d el om a l o ; e l N o r t e
que e n l o spropios objetos, e n l a naturaleza,
está e x c l u i d o d e l a composición d e l S u r ; l o i z -
hay contradicciones, aspectos contrarios. E x a m i -
q u i e r d o , d e l o d e r e c h o . C o m o s e v e , l o s CON-
nemos e l organismo d e lh o m b r e y d e lanimal,
TRARIOS son fenómenos, o sus aspectos, que se
e n e l l o s también s e o p e r a n simultáneamente d o s excluyen mutuamente.
p r o c e s o s c o n t r a r i o s : s u s células c r e c e n y , a l a
vez, m u e r e n . S i cesa u n o d e estos procesos, e l D a d o q u e los c o n t r a r i o s s eexcluyen e lu n o a l
o r g a n i s m o m u e r e . E j e m p l o s c o m o éste s e p u e - o t r o , podría p a r e c e r q u e e n t r e e l l o s n o h a y n a d a
den encontrar a cada paso. T r a t a r e m o s d e ellos e n común. C o n f r e c u e n c i a s e r a z o n a p r e c i s a m e n -
más d e u n a v e z . S o n c o n t r a d i c c i o n e s d e l a n a t u - t e así: l o b l a n c o n o e s l o n e g r o , e l S u r n o e s e l
raleza m i s m a . N osepueden evitar. N os o n con- N o r t e , s a l t a a l a v i s t a l o q u e está s o b r e l a s u p e r -
t r a d i c c i o n e s lógicas, s i n o l a s d e l a p r o p i a r e a l i - ficie. S i n e m b a r g o , s i s ep r o f u n d i z a e n este p r o -
dad, o , c o m o s eles suele l l a m a r , contradicciones b l e m a , n o será difícil c o m p r e n d e r q u e l o s c o n -
dialécticas. S o n e s t u d i a d a s p o r l a filosofía trarios existentes e n l a vida, e n e l m u n d o , n o
marxista, q u eh a f o r m u l a d o u n a d e s u s leyes están s e p a r a d o s e l u n o d e l o t r o p o r u n a m u r a l l a
más i m p o r t a n t e s , l a l e y d e l a u n i d a d y l u c h a c h i n a . Además, sólo s e l e s p u e d e c o m p r e n d e r e n
de contrarios. relación m u t u a . P o r e j e m p l o , l a acción y l a r e a c -
ción e n l a mecánica e x i s t e n también j u n t a s : c o n
Así, p u e s , hay contradicciones en el pensa- la m i s m a fuerza c o n que s ei m p u l s a u n a lancha,
miento, en las manifestaciones y las acciones, ésta i m p u l s a a s u v e z . N o h a y acción s i n r e a c -
que evidencian la inconsecuencia de nuestros ción. E n química, c o n t r a r i o s c o m o l a asociación
actos. Por lo común, se trata de evitarlas. Pero y l a disociación ( e s d e c i r , l a desintegración) d e
hay contradicciones de índole completamente l o s átomos s o n también i n s e p a r a b l e s .
distinta, contradicciones de la propia realidad,
de la naturaleza misma o, como suele decirse, E n t r e los contrarios concatenados surgen siem-
contradicciones dialécticas. p r e a l g u n a s r e l a c i o n e s . Choquen donde choquen

86
87
los contrarios, establézcanse donde se establez- L o s c o n t r a r i o s n o s e e n c u e n t r a n aquí u n o a l
can algunas relaciones entre ellos, allí surgen lado del otro, sino e nu n a unidad, se compene-
siempre contradicciones, porque chocan las ten- tran, constituyendo e nc o n j u n t o l oque s e deno-
dencias, las direcciones, las fuerzas contrarias. mina sociedad burguesa. P o reso n ose puede
Por eso CONTRADICCIÓN puede definirse como "suprimir" u nlado suyo, dejando e l otro. L o s
relación entre los contrarios. Los contrarios apa- laboristas, detentando e l poder e n Inglaterra,
recen como aspectos de la contradicción. h a n t r a t a d o y t r a t a n d e " l i b e r a r " a l país d e l o s
vicios del capitalismo. P e r o este i n t e n t o e s vano.
Y n oe s p a r a m e n o s : p a r a s u p r i m i r l o s "lados
m a l o s " d e lcapitalismo, e s decir, sus vicios, es
preciso s u p r i m i r e l propio capitalismo. N o hay
o t r o r e m e d i o . LA UNIDAD DE CONTRARIOS
UNIDAD DE CONTRARIOS consiste en que están concatenados entre sí y
constituyen juntos un proceso contradictorio
único. Los contrarios son condición de su exis-
Lo que hemos dicho anteriormente demuestra tencia mutua, o sea, un contrario existe sólo por-
q u e l o s c o n t r a r i o s están u n i d o s e n t r e sí; e s t e que existe el otro.
vínculo e s t a n e s t r e c h o e i n d e s t r u c t i b l e q u e
f u e r a d e él éstos n o p u e d e n e x i s t i r . A e s t e víncu- Con anterioridad hemos mencionado q u e los
l o l e l l a m a m o s unidad de contrarios. L o s meta- c o n t r a r i o s c h o c a n y l u c h a n e n t r e sí. E x a m i n e -
físicos n i e g a n e s t a u n i d a d , p o r q u e c o n s i d e r a n m o s e s t a cuestión c o n más d e t a l l e .
q u e c a d a c o n t r a r i o e x i s t e p o r sí s o l o . P e r o e n
r e a l i d a d n o e s así.
LUCHA DE CONTRARIOS,
Los socialistas d e derecha y l o s revisionistas FUENTE DEL DESARROLLO
m o d e r n o s o c u p a n p o s i c i o n e s metafísicas. D e c l a -
ran q u ee l capitalismo tiene lados "buenos" y
lados " m a l o s " . P a r a curarlo d e todo l o " m a l o " L a lucha entre los distintos contrarios obedece
p r o p o n e n desarrollar los lados " b u e n o s " y supe- a q u e están e n l a z a d o s e n t a e sí, c o n s t i t u y e n u n a
r a r l o s " m a l o s " , e n t o n c e s obtendríamos, según unidad y , a l a vez,se rechazan y se excluyen
ellos, l a sociedad d e l"bienestar general". E s t o m u t u a m e n t e . E neste caso, e l roce, e l c h o q u e y
r e c u e r d a l o s r a z o n a m i e n t o s d e q u i e n pretendía la l u c h a son inevitables. P o r consiguiente, donde
h a c e r q u e e n e l o r g a n i s m o h u m a n o sólo n a c i e r a n hay contrarios que constituyen u n a unidad hay
células n u e v a s y d e j a r a n d e m o r i r l a s v i e j a s . l u c h a e n t r e e l l o s . Por LUCHA DE CONTRARIOS
Pero d e lm i s m o m o d o q u en o s e l o g r a h a c e r l o debe entenderse la "aspiración" de cada uno de
e n e l o r g a n i s m o h u m a n o , así también e s i m p o - ellos de obtener importancia dominante en cierto
sible r e a l i z a r l o e nl a s o c i e d a d b u r g u e s a . proceso o cierto fenómeno.

88 89

H e m o s visto q u eexisten r e a l m e n t e l a u n i d a d
y l a l u c h a d e l o s c o n t r a r i o s . ¿Qué desempeña
el papel decisivo e n e l desarrollo? Hegel, p o r
ejemplo, afirmaba que l o principal e ne l desarro-
llo e sl a unidad, l a identidad d econtrarios. Este
postulado d eH e g e l t r a t a r o n d eaprovecharlo l o s
socialistas d e derecha y l o s revisionistas para
p r o b a r q u e e s p o s i b l e l a armonía s o c i a l , e s d e c i r ,
que es posible nivelar las contradicciones entre
las clases hostiles e nl a sociedad burguesa. E s t o s
intentos n o dieron losresultados apetecidos.
E n realidad n oes l au n i d a d d e contrarios, sino
s u l u c h a l o q u e desempeña e l p a p e l p r i n c i p a l .
E s t a lucha n ocesa n i p o r u n instante, e n ella
consiste e l sentido d e l a srelaciones m u t u a s d e
l o s c o n t r a r i o s . P o r c u a n t o s e e x c l u y e n recíproca-
m e n t e , l i b r a n e n t r e sí u n a l u c h a . P o r e s o , s i l a
unidad e identidad de contrarios es relativa, pro-
v i s i o n a l , p a s a j e r a , s u l u c h a , c o m o enseña L e n i n ,
"es absoluta, c o m o es absoluto e l desarrollo, e l
m o v i m i e n t o " . E s t o significa que l alucha de con-
4
trarios esfuente del desarrollo, del m o v i m i e n t o .
" E l desarrollo es l a lucha d e los contrarios", 5
escribió L e n i n .
Para comprenderlo, examinemos algunos ejem-
plos.
T o m e m o s l a e s f e r a d e l m u n d o orgánico. E n
e l l a s e v e m u y b i e n e l p a p e l d e l a contradicción
dialéctica c o m o f u e n t e d e l d e s a r r o l l o . T o d o s s a -
ben q u el o shijos se parecen a l o spadres. Pero
n o s o n s ucopia exacta. E n e s on o h a y standard,
n i u n i f o r m i d a d , n iestancamiento. E s t o obedece,
e n p r i m e r término, a q u e a l a p a r c o n l a l e y d e
i V. I . L e n i n : O b r a s completas, t. 29, p. 317.
6
Ibídem.
90
l a h e r e n c i a actúa s u c o n t r a r i o : l a l e y d e m u t a -
ción. E s t a última g a r a n t i z a l a " d i s i m i l i t u d " , l a
mutabilidad d e todos l o sindividuos y s u de-
sarrollo. L a herencia, a s u vez,fija esto e n l a
d e s c e n d e n c i a . D e n o s e r así, l o s c a m b i o s podrían
d e s a p a r e c e r . Así, e l p r o c e s o d e l a evolución d e l
m u n d o orgánico e s " e s p o l e a d o " p o r l a l u c h a
eterna d edos fuerzas contrarias: l a m u t a b i l i d a d
y l a h e r e n c i a . L a selección n a t u r a l actúa c o m o
resultado d el a lucha d e estos contrarios: l a m u -
t a b i l i d a d d a o r i g e n a n u e v o s r a s g o s útiles, m i e n -
tras q u el aherencia l o s a c u m u l a e nl a descen-
dencia; c o m o resultado nacen nuevas especies d e
s e r e s v i v o s . N o e s u n a f u e r z a e x t e r i o r , n i algún
dios, sino l a s contradicciones internas d e l a na-
turaleza, l a fuente, e lp r o m o t o r interno d e l pro-
c e s o d e d e s a r r o l l o d e l m u n d o orgánico.
C u a l q u i e r contradicción t i e n e , p o r así d e c i r l o ,
su historia q u e consiste e n e l surgimiento, e l
i n c r e m e n t o (agudización) y l a superación d e l a
contradicción. L a s c o n t r a d i c c i o n e s se rebasan
cuando, aumentando gradualmente, conducen a
que estos contrarios n o pueden y a existir e n
una unidad, y e l conflicto se dirime.
Cuando lascontradicciones, q u edesgarran a
l a s o c i e d a d b u r g u e s a , c o n d u c e n a l a revolución
socialista, esto significa q u eh a llegado l a h o r a
e n que tienen que ser superadas. A consecuencia
de l al u c h a d e c o n t r a r i o s y del eclipse d e las con-
tradicciones, l a sociedad s e eleva a u n a altura
superior: l asociedad vieja, l aburguesa, s e sus-
t i t u y e p o r u n a s o c i e d a d n u e v a , l a s o c i a l i s t a . La
lucha de los contrarios y su superación son la
fuente del desarrollo de la sociedad.
La esencia de la ley de la unidad y de la lucha
de los contrarios consiste en que a todos los
91
 objetos y procesos les son inherentes aspectos Ahora vamos a analizar e l problema d e l a
internos contradictorios que se hallan vinculados contradicción f u n d a m e n t a l d e l m u n d o c o n t e m -
y, a la vez, luchan permanentemente entre sí. poráneo. S e s a b e q u e e n él e x i s t e n v a r i o s g r u p o s
Esta lucha de contrarios es precisamente la de contradicciones: a ) entre l o s d o s sistemas
fuente interna, la fuerza motriz del desarrollo. mundiales: e lsocialista y e l capitalista; b ) entre
L e n i n denominó a e s t a l e y c o m o l a e s e n c i a , l a e l t r a b a j o y e l c a p i t a l ; c ) e n t r e l o s países q u e
médula, d e l a dialéctica. ¿Qué c o n t r a d i c c i o n e s se h a n l i b e r a d o d e l y u g o i m p e r i a l i s t a , l a s c o l o -
hay? n i a s q u e todavía l u c h a n p o r s u emancipación,
por u n a parte, y l o sEstados imperialistas,p o r
l a o t r a . ¿Cuál d e l a s c o n t r a d i c c i o n e s e s l a f u n -
damental? Para comprenderlo, recordaremos
CONTRADICCIÓN FUNDAMENTAL porqué h a c e v e i n t e o t r e i n t a años l o s i m p e r i a -
listas lograban aplastar c o ntanta crueldad l a i
l u c h a d e l o s p u e b l o s d e A s i a , A f r i c a y Américai
E m p e c e m o s p o r l o s i g u i e n t e . L a producción Latina por su independencia, mientras que a h o r a
capitalista moderna es u n organismo complica- s e h a c e c a d a v e z más p a t e n t e s u i m p o t e n c i a p a r a
d o . T o d a s s u s r a m a s están r e l a c i o n a d a s e n t r e sí. i m p e d i r q u e e s t o s p u e b l o s s e l i b e r e n d e l yugo»
P o r e s o l a producción t i e n e aquí, e n e s e n c i a , imperialista.
carácter s o c i a l . A l m i s m o t i e m p o l a s fábricas, N o s e necesitan estudios especiales para d e -
l a s m i n a s , t o d o s l o s m e d i o s d e producción s e mostrarlo, porque el imperialismo h adejado d e
encuentran e nm a n o s d e propietarios privados, s e r e l dueño y señor o m n i p o t e n t e d e l d e s t i n o d e l
l o s c a p i t a l i s t a s . T o d a s l a s mercancías c r e a d a s m u n d o . H a p a s a d o , p a r a n o v o l v e r jamás, e l
c o n l a s m a n o s d e l o s o b r e r o s también p e r t e n e - t i e m p o e n q u e L o n d r e s , París y W a s h i n g t o n i m -
c e n a l o s dueños d e e m p r e s a s . D e l o d i c h o s e ponían s u v o l u n t a d a l m u n d o e n t e r o . E l s i s t e m a
d e s p r e n d e q u e e l carácter s o c i a l dé l a p r o d u c - s o c i a l i s t a e x p r e s a s u opinión r o t u n d a y p r e s t i -
ción s e h a l l a e n contradicción c o n l a f o r m a p r i - giosa cada v e zq u es e juega e l destino d e l o s
vada d e propiedad, c o n l a f o r m a privada d e pueblos d e lm u n d o . Y e n cada oportunidad l o s
apropiación d e l t r a b a j o s o c i a l . M a r x denominó agresores imperialistas se ven precisados ar e -
e s t o contradicción fundamental del capitalismo. plegarse.
E s t a contradicción d e t e r m i n a l a s n u m e r o s a s c o n -
t r a d i c c i o n e s q u e c o r r o e n a l régimen c a p i t a l i s t a , Los partidos comunistas, analizando hechos
e n p r i i n e r l u g a r l a contradicción e n t r e e l t r a b a j o semejantes e ns u documento fundamental, apro-
y e l capital. bado p o r l a Conferencia Internacional d e l o s
Partidos C o m u n i s t a s y Obreros celebrado e nj u -
P o r l o d i c h o s e v e q u e se llama CONTRADIC- n i o d e 1 9 6 9 e n Moscú, h a n l l e g a d o a l a c o n c l u -
CIÓN FUNDAMENTAL la contradicción que de- sión d e q u e "el sistema socialista mundial es la
termina todas las demás contradicciones. fuerza decisiva en la lucha aniimperialista. T o -
 d a s l a s l u c h a s d e liberación n a c i o n a l c u e n t a n
con s u insustituible apoyo, sobre todo con e l d e
l a Unión Soviética". P e r o d e b i d o a q u e e l s i s -
6
t e m a socialista seopone a l sistema del imperia-
l i s m o , e s p r e c i s a m e n t e e s t a contradicción l a q u e
d e t e r m i n a e l d e s t i n o d e l m u n d o contemporáneo,
e l c u r s o básico d e l d e s a r r o l l o d e l a h u m a n i d a d .
D e ahí s u r g e e s t a conclusión i n c o n t r o v e r t i b l e :
la contradicción fundamental de la época con-
temporánea es la contradicción entre el sistema
socialista y el capitalista. L al u c h a d e l socialis-
m o m u n d i a l y e l imperialismo m u n d i a l consti-
t u y e e l c o n t e n i d o f u n d a m e n t a l d e n u e s t r a época,
e l c e n t r o d el a l u c h a d e clases a escala m u n d i a l .
P o r eso carecen d ef u n d a m e n t o las afirmacio-
nes del g r u p o d e M a o T s e - t u n g d eq u e l a contra-
dicción c e n t r a l d e n u e s t r a época e s l a c o n t r a d i c -
ción e n t r e e l i m p e r i a l i s m o y e l m o v i m i e n t o d e
liberación n a c i o n a l , y d e q u e e l s o c i a l i s m o e s
sólo l a " b a s e " , u n a f u e r z a a u x i l i a r , d e e s t e m o v i -
m i e n t o . E s t a afirmación n o e s o t r a c o s a q u e e l
i n t e n t o d e s e m b r a r l a cizaña e n t r e e l s o c i a l i s m o
y e l m o v i m i e n t o obrero, por u n lado, y e l movi-
m i e n t o d e liberación n a c i o n a l , p o r o t r o . P e r o
e s t e i n t e n t o está c o n d e n a d o d e antemano a l
fracaso.
Está c l a r o q u e e l m o v i m i e n t o d e liberación
n a c i o n a l d e l o s p u e b l o s d e A s i a , A f r i c a y América
L a t i n a desempeña u n i n m e n s o p a p e l e n l a l u c h a
c o n t r a el i m p e r i a l i s m o , pues l easesta golpes cada
v e z más c o n t u n d e n t e s . S i n e m b a r g o , c u a n d o s e
t r a t a d e l a contradicción f u n d a m e n t a l d e l m u n -
• Conferencia I n t e r n a c i o n a l de los P a r t i d o s Comunis-
tas y O b r e r o s , p. 18, Praga, 1969.
94
d o contemporáneo, n o s e d e b e o l v i d a r d e n i n -
g u n a m a n e r a q u e e l d e s a r r o l l o histórico d e l a
s o c i e d a d e s d e t e r m i n a d o e n n u e s t r a época p o r e l
sistema socialista m u n d i a l , l a s fuerzas q u el u -
chan contra e limperialismo por l a transforma-
ción s o c i a l i s t a d e l a s o c i e d a d . E s p r e c i s a m e n t e
en esta plaza d e a r m a s d o n d e s eh a l l a n concen-
t r a d a s l a s f u e r z a s d e c l a s e más o r g a n i z a d a s y ,
ante todo, las masas fundamentales d e l a clase
o b r e r a , l a c l a s e más a v a n z a d a d e l a s o c i e d a d
contemporánea, c l a s e q u e , según i n d i c a r o n n u e s -
tros maestros M a r x , Engels y Lenin, e se l sepul-
turero del capitalismo.
Además d e l a contradicción f u n d a m e n t a l , h a y
c o n t r a d i c c i o n e s internas y extemas, antagónicas
y no antagónicas, a c u y o e x a m e n pasamos.
CONTRADICCIONES INTERNAS
Y EXTERNAS
P u e d e oírse c o n f r e c u e n c i a e s t a expresión: l a
revolución n o s e r e a l i z a p o r m a n d a t o . P i e n s e n
b i e n e n s u sentido. S e t r a t a d e q u el a r e v o l u -
ción n o p u e d e r e a l i z a r s e s i n o s e c u e n t a c o n l a s
fuerzas y causas i n t e r n a s que l ap r o v o q u e n . L a
revolución s u r g e c o m o c o n s e c u e n c i a d e p r o f u n -
das contradicciones i n t e r n a s e internacionales
del capitalismo. E l proletario triunfante n o pue-
de i m p o n e r a o t r o p u e b l o n i n g u n a felicidad s i n
menoscabar s upropia victoria. L o s comunistas
están s i e m p r e e n c o n t r a d e l a "exportación d e l a
revolución".
95
 L e n i n s e pronunció s i e m p r e c o n t r a l a s f r a s e s
dé " i z q u i e r d a " d e l o s t r o t s k i s t a s q u e exigían \
" t r a s l a d a r " mecánicamente, e n n o m b r e d e l a r e - \
volución m u n d i a l , e l f u e g o r e v o l u c i o n a r i o a o t r o s \ P o r e j e m p l o , e l d e b i l i t a m i e n t o d e t o d o e l siste-
países. También s o n i n c o n s i s t e n t e s l o s i n t e n t o s
de l o st r o t s k i s t a s m o d e r n o s — e l g r u p o d e M a o ;
Tse-tung— de "acelerar" d e m o d o artificial l a
revolución p r o l e t a r i a m u n d i a l , l o c u a l e s u n a
concepción a n t i l e n i n i s t a d e l a "exportación d e
l a revolución" y l a i n j e r e n c i a e n l o s a s u n t o s i n - j
t e r n o s d e o t r o s países.
' L o sp a r t i d o s c o m u n i s t a s l u c h a n d e c i d i d a m e n - ¡ t e r r a , E s t a d o s U n i d o s , F r a n c i a y H o l a n d a .
t e también c o n t r a l a exportación i m p e r i a l i s t a d e
J a contrarrevolución. "Apoyándose e n s u p o t e n -
c i a l económico y m i l i t a r , e n c o n s t a n t e c r e c i m i e n -
to, e l sistema socialista m u n d i a l t r a b a a l impe-
rialismo, l i m i t a sus posibilidades d e e x p o r t a r l a
contrarrevolución", d e c l a r a r o n l o s c o m u n i s t a s e n
su foro internacional. T o d a l ah u m a n i d a d pro-
7
gresista h ae m p r e n d i d o l al u c h a c o n t r a e l impe-
r i a l i s m o n o r t e a m e r i c a n o , v e r d u g o d e l a s accio-
nes revolucionarias d elos pueblos.
L a s c a u s a s q u e c o n d u c e n a l a supresión d e l
c a p i t a l i s m o s e e n c u e n t r a n d e n t r o d e c a d a país
c a p i t a l i s t a , d o n d e l o s i n t e r e s e s d e u n puñado d e
m o n o p o l i o s s e h a l l a n e n contradicción i r r e c o n c i -
l i a b l e c o n l o s i n t e r e s e s d e t o d a l a nación.
E s t a s c o n t r a d i c c i o n e s s o n internas, porque
s u r g e n d e n t r o d e u n fenómeno, d e n t r o d e u n
p r o c e s o . A d i f e r e n c i a d e éstas, h a y c o n t r a d i c c i o -
n e s externas, e s d e c i r , e n t r e l o s fenómenos, e n t r e
l o s p r o c e s o s . El papel decisivo lo desempeñan
las contradicciones internas.
7
Ibídem, p. 19.
96
S i n e m b a r g o , e s t o n o s i g n i f i c a q u e l a dialéc-
tica niegue l ai m p o r t a n c i a d e las contradicciones
e x t e r n a s . D e e l l o e v i d e n c i a n h e c h o s históricos.
m a d e limperialismo, lascontradicciones entre
los E s t a d o s imperialistas, esdecir, las contradic-
ciones externas h a n facilitado, sin duda, l a lucha
d e l o s p u e b l o s d e l a s c o l o n i a s p o r s u liberación
d e l y u g o c o l o n i a l . P e r o e l p a p e l decisivo l o e j e r -
cieron las fuerzas i n t e r n a s , e s decir, las contra-
dicciones entre l a s amplias masas populares d e
e s t o s países y l a burguesía i m p e r i a l i s t a d e I n g l a -
Las CONTRADICCIONES INTERNAS son las
contradicciones que implica la propia base de
un objeto, de un fenómeno de un proceso. Las
?
CONTRADICCIONES EXTERNAS son las con-
tradicciones entre los diversos objetos, los di-
versos procesos y acontecimientos.
CONTRADICCIONES ANTAGÓNICAS
Y NO ANTAGÓNICAS
Además d e l a s c o n t r a d i c c i o n e s i n t e r n a s y e x -
t e r n a s h a y c o n t r a d i c c i o n e s antagónicas y no an-
tagónicas. P a r a c o m p r e n d e r s u s e n t i d o , i n s i s t i -
r e m o s e n u n p e n s a m i e n t o común y c o m p r e n s i b l e
p a r a t o d o s : u n a c o s a e s l a contjadicción e n d e
el capitalista y e l obrero, y o t r a cosa es l a con-
tradicción e n t r e d o s o b r e r o s q u e t i e n e n i n t e r e s e s
de clase c o m u n e s . E n e l p r i m e r caso, s e trata d e
c o n t r a d i c c i o n e s irreconciliables d e clase, e n e l
s e g u n d o , d e c o n t r a d i c c i o n e s e n t r e compañeros
97
 d e t r a b a j o . P o r e s o s u superación s e a f r o n t a d e
m o d o diferente: e ne l p r i m e r caso, e l derroca-
m i e n t o d e l v i e j o p o d e r , l a realización d e l a r e v o -
lución p r o l e t a r i a ; e n e l s e g u n d o c a s o , u n a crítica
y autocrítica f r a t e r n a l . E l p r i m e r t i p o d e c o n t r a -
d i c c i o n e s s e d e n o m i n a antagónico, e l s e g u n d o ,
no antagónico. L a s c o n t r a d i c c i o n e s antagónicas
tienen lugar donde se libra l a lucha entre los
intereses irreconciliables d e clase. E n l a socie-
d a d h u m a n a l a s c o n t r a d i c c i o n e s antagónicas,
aparecen como contracciones entre l a s fuerzas
sociales hostiles, l a s clases. E s t a s c o n t r a d i c c i o -
nes originan conflictos y choques entre los terra-
t e n i e n t e s y l o s c a m p e s i n o s , l a burguesía y e l p r o -
letariado, entre los pueblos d elas colonias yl o s
i m p e r i a l i s t a s . L a s o c i e d a d c a p i t a l i s t a está corroí-
d a p o r l a s c o n t r a d i c c i o n e s antagónicas.
U n profundo antagonismo separa a l o s Esta-
d o s i m p e r i a l i s t a s d e l o s países q u e h a n c o n q u i s -
tado recientemente l aindependencia nacional y
q u e l u c h a n p o r s u liberación. L o s p u e b l o s d e
África, A s i a , e l C e r c a n o O r i e n t e y l a América
L a t i n a n o q u i e r e n t o l e r a r más e l b a n d o l e r i s m o
i m p e r i a l i s t a y l u c h a n p o r s u liberación. E l a n t a -
gonismo entre e ltrabajo y e l capital, las contra-
dicciones e n t r e l o sp u e b l o s y los m o n o p o l i o s , e l
m i l i t a r i s m o creciente, e l d e s m o r o n a m i e n t o d e l
s i s t e m a c o l o n i a l , l a s c o n t r a d i c c i o n e s e n t r e l o s jó-
venes Estados nacionales y l a sviejas potencias
coloniales, y — l o p r i n c i p a l — u n i m p e t u o s o cre-
cimiento d e l socialismo mundial, socavan y
destruyen a l imperialismo y favorecen s u debili-
tamiento y h u n d i m i e n t o . T a l es e l cuadro ver-
d a d e r a m e n t e sombrío d e l a r e a l i d a d c a p i t a l i s t a
desgarrada p o rl a scontradicciones internas an-
tagónicas q u e c o n d u c e n a l a desaparición d e l
c a p i t a l i s m o c o m o s i s t e m a económico-social.
98
¿Cómo s e s u p e r a n , p u e s , l a s c o n t r a d i c c i o n e s
antagónicas? L a l e y g e n e r a l d e s u d e s a r r o l l o e s
s u c r e c i m i e n t o y agudización. E s t o o r i g i n a c o n -
flictos entre l o s aspectos y tendencias contra-
r i o s . P o r c o n s i g u i e n t e , las CONTRADICCIONES
ANTAGÓNICAS son contradicciones irreconci-
liables de las fuerzas, intereses, objetivos y opi-
niones hostiles que acarrean conflictos y cho-
ques; éstas se superan por medio de una lucha
aguda, la revolución social. E l a n t a g o n i s m o e s
i n s u p e r a b l e d e n t r o d e l o s límites d e l a s v i e j a s
relaciones sociales. P a r a s u p e r a r l o h a y q u e des-
t r u i r l a s p o r vía r e v o l u c i o n a r i a .
P e r o ¿significa e s t o q u e l a s f o r m a s y l o s mé-
t o d o s d e liquidación d e l a s c o n t r a d i c c i o n e s a n -
tagónicas s e a n s i e m p r e l o s m i s m o s ? N o . E l l o s
dependen d e las condiciones e n que s e superan
l a s c o n t r a d i c c i o n e s antagónicas. P o r e s o e n l a s
d i s t i n t a s c o n d i c i o n e s históricas e x i s t e n d i f e r e n -
t e s f o r m a s d e superación d e l a s c o n t r a d i c c i o n e s
antagónicas. A e s t o s e d e b e q u e n o t i e n e n razón
q u i e n e s sólo r e c o n o c e n u n a f o r m a d e l i q u i d a r
l a s c o n t r a d i c c i o n e s antagónicas: l o s c h o q u e s s a n -
g r i e n t o s c o m o p r e c o n i z a n l o s maoístas. E l p r o l e -
t a r i a d o n o h a r e c h a z a d o n i rechazará n u n c a l a s
f o r m a s pacíficas d e superación d e l a s c o n t r a d i c -
c i o n e s antagónicas, l o m i s m o q u e n o n i e g a t a m -
p o c o l a s f o r m a s n o pacíficas d e l u c h a c o n t r a e l
i m p e r i a l i s m o , s i e m p r e q u e lo impongan las
condiciones históricas. E s t o c o n s t i t u y e u n o d e
l o s p o s t u l a d o s importantísimos d e l m a r x i s m o
creador.
L a e x p e r i e n c i a d e l o s países q u e s e h a n l i b e -
r a d o d e l i m p e r i a l i s m o c o n f i r m a también qué
existen diferentes f o r m a s m e d i a n t e las cuales s e
p u e d e a c a b a r c o n l a s c o n t r a d i c c i o n e s antagóni-
99
 1
c a s . A l g u n o s d e e s t o s países, c o m o , p o r e j e m p l o , fuerzas irreconciliables y l o s intereses hostiles,
Argelia y otros, h a n conquistado l a independen- debido a que e n las condiciones d e l a sociedad
cia n a c i o n a l e n u n a prolongada l u c h a a r m a d a socialista h a y u n i d a d d e intereses d e todas l a s
c o n t r a l o s c o l o n i z a d o r e s . P e r o países c o m o , p o n - capas sociales.
g a m o s p o r caso, l a India, l a h a n logrado e n u n a Así, p u e s , v e m o s q u e l a f a l t a d e i n t e r e s e s y
l u c h a tenaz y p r o l o n g a d a d e las m a s a s , s i n accio- c o n t r a d i c c i o n e s antagónicas e n l a s o c i e d a d s o c i a -
nes a r m a d a s directas. lista n o significa q u ee nella n oh a y a n i n g u n a
contradicción e n g e n e r a l . E n e l s o c i a l i s m o h a y
Las CONTRADICCIONES NO ANTAGÓNICAS
c o n t r a d i c c i o n e s n o antagónicas q u e p u e d e n s u -
se distinguen de las antagónicas porque expre-
p e r a r s e c o n éxito d e n t r o d e l o s límites d e l régi-
san las contradicciones de las fuerzas y tenden-
m e n social existente.
cias sociales que tienen intereses vitales comu-
nes. T a l e s s o n , p o r e j e m p l o , l a s c o n t r a d i c c i o n e s E n l o s países e n vías d e d e s a r r o l l o , q u e s e h a n
entre l a clase obrera y e l campesinado, entre los l i b erado d e l colonialismo, todas las contradic-
elementos avanzados y atrasados d el a sociedad ciones sociales p u e d e n superarse acertadamente
socialista. sólo s i a b r a z a n l a s e n d a d e l d e s a r r o l l o n o c a p i -
talista.
E n lascondiciones d e l a scontradicciones n o
E n consecuencia, l a l e y d e l a u n i d a d y l al u -
antagónicas características d e l a s o c i e d a d s o c i a -
cha d e los contrarios revela l afuente interna del
l i s t a n o h a y t e n d e n c i a a l a agudización y a h o n -
' d e s a r r o l l o . P e r o ¿cómo s e o p e r a e s t e p r o c e s o d e
damiento d e lascontradicciones, a s u transfor-
d e s a r r o l l o ? ¿Sigue u n a línea r e c t a o e s u n p r o -
mación e n u n c o n t r a r i o h o s t i l . P o r e l c o n t r a r i o ,
c e s o más c o m p l i c a d o d e l a destrucción d e l o
a c o n s e c u e n c i a d e q u el a sdiferentes clases, p o r
viejo y e l surgimiento d e l o nuevo? V a m o s a
e j e m p l o , e l p r o l e t a r i a d o y e l c a m p e s i n a d o , están
responder a estas interrogantes.
unidos por intereses vitales cardinales, se revela
l a t e n d e n c i a a l a süavización, l a nivelación d e
l a s c o n t r a d i c c i o n e s . P o r e s o l o s métodos d e s u
superación s e d i s t i n g u e n d e l o s métodos d e s u -
peración d e l a s c o n t r a d i c c i o n e s antagónicas d e
la m i s m a m a n e r a q u es e diferencian estas con- L E Y D E L A NEGACIÓN
tradicciones, que n ose rebasan p o r m e d i o d e las D E L A NEGACIÓN
r e v o l u c i o n e s s o c i a l e s y políticas, s i n o p o r m e d i o
d e l a educación, l a crítica y autocrítica, así c o m o ¿QUÉ E S LA NEGACIÓN?
p o r o t r o s métodos q u e i m p l i c a l a situación c o n -
c r e t a d e l a construcción d e l s o c i a l i s m o y e l c o -
m u n i s m o . E n l a sociedad socialista l a s contra- Se sabe que e nl arealidad circundante se pro-
dicciones se descubren a s udebido tiempo. P o r d u c e n s i e m p r e fenómenos n a t u r a l e s c o m o e l e n -
eso n o s e t r a n s f o r m a n n u n c a e n choques d e v e j e c i m i e n t o , l a destrucción, l a m u e r t e . S e a c u a l

100 101
 f u e r e e l fenómeno d e l a n a t u r a l e z a q u e s e t o m e ,
éste t i e n e s u c o m i e n z o , e s d e c i r , h a s u r g i d o a l -
g u n a vez, s e d e s a r r o l l a , crece, c o b r a v i g o r , des-
pués e n v e j e c e , y f i n a l m e n t e s e e x t i n g u e . E n s u
o b r a Ludwig Feuerbach y el fin de la filosofía
clásica alemana, E n g e l s escribió q u e p a r a l a d i a -
léctica n o h a y n a d a e s t a b l e c i d o d e u n a v e z y p a r a
s i e m p r e , i n c o n d i c i o n a l , s a g r a d o . L a dialéctica v e
en todo y sobre todo e l s e l l o d e u n a negación
i n e v i t a b l e , d e desaparición, y n a d a p u e d e r e s i s -
tirlo, menos e lpropio proceso ininterrumpido d e
s u r g i m i e n t o y destrucción; p r o c e s o d e ascensión
infinita d el oinferior a l o superior.
E n e s t e s e n t i d o la esencia de la negación con-
siste en que en el mundo material se opera un
proceso continuo de renovación y de extinción
de los fenómenos viejos y de surgimiento de los
nuevos. La sustitución de lo viejo por lo nuevo
es la negación de aquél.
E n t o n c e s podría d e c i r s e q u e e l m u n d o , paso
a p a s o , t a r d e o t e m p r a n o , s e extinguirá. Pero
n o e s así.
NEGACIÓN DE LA NEGACIÓN
L o s n u e v o s fenómenos q u e s u r g e n e n l a n a t u -
r a l e z a y l a s o c i e d a d también r e c o r r e n s u c a m i n o
natural: con e l tiempo caducan, cediendo lugar
a l o s fenómenos y f u e r z a s más n u e v o s . S i a n t e s
a q u e l l >s fenómenos n e g a b a n l o v i e j o , a h o r a e l l o s
mismos . n negados por l ojoven, l onuevo, l o
102
v i g o r o s o : e s y a l a negación d e l a negación. C o m o
e n e l m u n d o h a y u n sinfín d e fenómenos, e l p r o -
c e s o d e negación s e o p e r a i n i n t e r r u m p i d a e i n -
finitamente, e s decir, c o n t i n u a m e n t e .
¿A qué c o n d u c e e s t o ? E s o p u e d e v e r s e e n e l
s i g u i e n t e e j e m p l o . E l p r o c e s o d e obtención d e
l a c o s e c h a c o m p r e n d e v a r i o s períodos: l a g e r m i -
nación d e l a s s e m i l l a s , s u c r e c i m i e n t o y m a d u -
ración. E n e l p r o c e s o d e germinación l o s g r a n o s
que se encuentran e n e l suelo dejan d e existir.
S e s o m e t e n a l a negación. E n s u l u g a r a p a r e c e n
p l a n t a s , t a l l o s , q u e s a l i e r o n d e ellos. P e r o des-
pués l a s p l a n t a s f l o r e c e n , s e f e c u n d a n y , p o r úl-
timo m a d u r a n . Entonces m u e r e y ae l tallo. E s
u n a s e g u n d a negación. Y t o d o e l p r o c e s o d e o b -
tención d e l a c o s e c h a e s l a negación d e l a n e g a -
ción.
E s i m p o r t a n t e señalar q u e aquí e l p r o c e s o d e
negación h a o r i g i n a d o n o sólo l a destrucción
d e l a s s e m i l l a s e n e l s u e l o , s i n o también l a apa-
rición d e n u e v o s g r a n o s , c o n l a p a r t i c u l a r i d a d
d e q u e s u número h a a u m e n t a d o d i e z , v e i n t e o
más v e c e s . E n e s t o c o n s i s t e l a e s e n c i a d e l a l e y
d e negación d e l a negación. ¿Qué h e m o s t e n i d o
al p r i n c i p i o , e ne l p u n t o d e p a r t i d a d e l proce- -
s o ? ¿Granos? ¿Qué t e n e m o s a l f i n a l ? ¿También
g r a n o s ? Diríase q u e e l p r o c e s o s e h a r e p e t i d o ,
e l "círculo" s e h a c e r r a d o . P e r o l a l e y d e n e g a -
ción d e l a negación m u e s t r a q u e ahí h a y d e -
sarrollo. Porque a lcomienzo del proceso hemos
tenido u n a cantidad determinada d esemillas, y
a l f i n a l d i s p o n e m o s d e u n a cosecha. C l a r o está
q u e n o e s u n a s i m p l e repetición.
E l comienzo (siembra d e semillas) y e l final
(recogida d el acosecha) del proceso e n n u e s t r o
e j e m p l o s o n d o s e t a p a s c u a l i t a t i v a m e n t e diíeren-
103
 tes d e l desarrollo: l a i n f e r i o r y l a s u p e r i o r . A
consecuencia d eeste desarollo e lproceso n o s e
halla estancado, sino q u eavanza d e l o inferior
a l o superior, d e l o simple a l o complicado.
La esencia de la ley de negación de la negación
consiste en que en el proceso de desarrollo cada
etapa más elevada niega, suprime, la anterior,
elevándola al mismo tiempo a una etapa nueva
y conservando todo el contenido positivo de su
desarrollo.
NEGACIÓN DIALÉCTICA. CRITICA DEL
NIHILISMO Y DEL ESCEPTICISMO
P o r l o d i c h o s e v e q u e n o t o d a negación e s
f u e n t e d e d e s a r r o l l o . H e aquí u n e j e m p l o s e n -
cillo del que y a h e m o s tratado e n parte: l a s se-
m i l l a s , e nvez d e s e m b r a r l a s , y c r e a r c o n d i c i o n e s
apropiadas para s udesarrollo y , con ello, some-
t e r l a s a l a negación dialéctica/ p u e d e n s e r d e s -
t r u i d a s . E s también u n a negación, p e r o n o
dialéctica. E l l a n o c o n s t i t u y e l a f u e n t e d e l d e -
s a r r o l l o . E s l a destrucción d e u n fenómeno, y
n a d a más. L e n i n denominó " v a n a " e s a negación.
T a l negación s e e n c u e n t r a c o n f r e c u e n c i a e n
la vida. P o rejemplo, hay personas q u el o nie-
gan todo, n oconsienten nada, n ocreen e n nada.
E s t a s p e r s o n a s s e l l a m a n nihilistas. Pero h a y
también p e r s o n a s q u e d u d a n d e t o d o , n o confían
e n n a d a . S e l e s d e n o m i n a escépticos. E l l a s t a m -
bién n i e g a n , p e r o s u negación e s p r e c i s a m e n t e
" v a n a " , escéptica. L e n i n e s t u v o s i e m p r e e n c o n -
t r a d e e s t a negación, q u e él denominó "estéril".
104 V
La negación es dialéctica sólo cuando es fuente
del desarrollo, cuando conserva, retiene, todo lo
positivo, sano, valioso. L a negación n o t i e n e q u e
s e r u n f i n e n sí. L a negación e n a r a s d e l a n e -
gación e s e l n i h i l i s m o . E l s e n t i d o d e l a negación»
dialéctica c o n s i s t e p r e c i s a m e n t e e n q u e m a r c a
l a superación d e l a e t a p a a n t e r i o r d e d e s a r r o l l o ,
y n o l a i g n o r a o r e c h a z a . L a negación, s i e s d i a -
léctica, c o n s e r v a , r e t i e n e t o d o l o p o s i t i v o q u e e s -
taba expresado e n ella.
L o s n i h i l i s t a s y l o s escépticos actúan d e u n a
manera completamente distinta. Esto puede ver-
se e n e l e j e m p l o d e l aa c t i t u d d e l a s p e r s o n a l i -
d a d e s b u r g u e s a s a n t e l o s países s o c i a l i s t a s . A l -
gunas d e ellas s e p r o n u n c i a r o n a b i e r t a m e n t e
c o n t r a l a Revolución d e O c t u b r e e n R u s i a . D e s -
pués, d u r a n t e m u c h o s años, n o reconocían l a
e x i s t e n c i a d e l P o d e r soviético. E n c u a n t o a l o s
escépticos, éstos h a n d u d a d o s i e m p r e d e l a c a -
pacidad d e l o strabajadores para crear u n a s o -
c i e d a d n u e v a . E l l o s d u d a n también d e l a p o s i -
b i l i d a d d e l o spueblos, q u es e h a n liberado del 1
yugo colonial, d e construir s uvida nueva.
C u a n d o l a Unión Soviética procedió a l a i n -
dustrialización d e l país, m u c h a s p e r s o n a l i d a d e s
d e l m u n d o c a p i t a l i s t a decían q u e e r a u n a u t o -
pía. P a s a r o n l o s años y l o s n i h i l i s t a s y escépticos»
s e c u b r i e r o n d e vergüenza. L a Unión Soviéticai
se h a c o n v e r t i d o e nu n a p o t e n c i a i n d u s t r i a l .
Los enemigos d e lmarxismo-leninismo pintan
a menudo a l o scomunistas como destructores
e incapaces d e crear. E s t o e s u n a mentira. L o s
c o m u n i s t a s h a n d e s t r u i d o e l régimen e x p l o t a d o r
o d i a d o p o r e lp u e b l o p a r a crear e lsocialismo- y
e l c o m u n i s m o , e l n u e v o régimen s o c i a l más j u s -
105
t o . L a negación e n l o s c o m u n i s t a s i m p l i c a s i e m -
p r e l a creación. L o s c o m u n i s t a s h a n e n t r a d o e n
la historia d e l a h u m a n i d a d c o m o l a fuerza
c r e a d o r a más g r a n d e , q u e t r a n s f o r m a y r e n u e v a
el m u n d o . L o sc o m u n i s t a s n i e g a n t o d o l o reac-
cionario, todo l o caduco, y aprovechan todo l o
valioso.
El Partido Comunista siempre h alibrado y
continúa l i b r a n d o l a l u c h a c o n t r a l a a c t i t u d d e s -
deñosa a n t e l a c u l t u r a u n i v e r s a l . L e n i n d e m o s -
tró q u e l a c u l t u r a p r o l e t a r i a n o s e c r e a d e l a
n a d a , s i n o q u e e s e l r e s u l t a d o lógico d e t o d o e l
desarrollo a n t e r i o r d e l ac u l t u r a . L ac u l t u r a s o -
cialista niega, destruye l a c u l t u r a burguesa, pero
lo hace conservando todo l o valioso q u e f u e
c r e a d o p o r ésta.
P o r e s o l a s acciones d e l g r u p o d e M a o Tse-
t u n g , q u e e n e l c u r s o d e l a "revolución c u l t u r a l "
trata dedestruir l aherencia cultural del pueblo
c h i n o y d e l o s demás p u e b l o s d e l m u n d o , s o n
antimarxistas, antileninistas.
CARACTER PROGRESIVO DEL DESARROLLO
D e l o d i c h o s e i n f i e r e q u e el desarrollo que
se realiza como resultado de la negación de la
negación tiene carácter progresivo.
E s t a conclusión a f e c t a t a n t o a l a evolución d e
la naturaleza c o m o a l ad el asociedad h u m a n a .
E n l a n a t u r a l e z a e s l a transición d e l o inorgá-
106
n i c o a u n a f a s e s u p e r i o r , l a orgánica, l a e v o l u -
ción d e l r e i n o a n i m a l d e s d e l o s p r i m e r o s s e r e s
v i v o s h a s t a l a aparición d e l h o m b r e . E n l a s o -
ciedad ese lc a m i n o recorrido desde l a sociedad
p r i m i t i v a h a s t a e l socialismo, l a p r i m e r a fase
d e l c o m u n i s m o . L o m i s m o o b s e r v a m o s también
en e l desarrollo d e l a ciencia. L o s conocimien-
t o s d e l m u n d o q u e poseía e l s a l v a j e n o p u e d e n
n i siquiera c o m p a r a r s e con l o sque p r o p o r c i o n a
la ciencia m o d e r n a a l h o m b r e .
Así, p u e s , v e m o s e n t o d a s p a r t e s l a m i s m a
t e n d e n c i a , l a m i s m a r e g u l a r i d a d : el desarrollo
tiene carácter progresivo, es decir, va de lo in-
ferior a lo superior, de lo simple a lo complejo.
En esto consiste la esencia de la ley de negación
de la negación.
L o dicho determina u nrasgo m u y importan-
t e d e l a concepción m a r x i s t a - l e n i n i s t a d e l m u n -
d o : su carácter optimista. E loptimismo es una
concepción filosófica q u e c o n s i d e r a q u e e l d e -
sarrollo d e l avida implica e l perfeccionamien-
to, u ndesenvolvimiento progresivo. E l optimis-
m o s e i n f i e r e d i r e c t a m e n t e d e l a interpretación
dialéctica d e l a negación. Y e s n a t u r a l : q u i e n
n o r e c o n o c e l a negación " v a n a " , q u i e n c o m p r e n -
d e q u e l a negación e s l a b a s e d e l d e s a r r o l l o , l l e -
gará i n m i n e n t e m e n t e a t e n e r u n a i d e a o p t i m i s t a
d e l a s c o s a s . T a l e s p r e c i s a m e n t e l a concepción
marxista del mundo.
L o s q u e s e guían p o r l a concepción i d e a l i s t a
y burguesa d e lm u n d o razonan de una manera
d i s t i n t a . E s t a concepción d e l m u n d o está s a t u -
rada d e p e s i m i s m o , e s decir, d e u n a idea s o m -
bría, t r i s t e , d e l a v i d a . A l v e r q u e e l m u n d o d e l
c a p i t a l i s m o s e d e s m o r o n a , a l g u n o s filósofos y
107
sociólogos b u r g u e s e s p r e s e n t a n e l o c a s o d e e s t e
s i s t e m a social c o m o crisis d e l as o c i e d a d h u m a -
n a e n g e n e r a l . H a b l a n d e u n a "catástrofe ató-
m i c a " , d e l " f i n d e l a civilización", e l " f i n d e l
m u n d o " , e t c . D e aquí s e d e s p r e n d e a qué o b e -
d e c e l a negación d e l p r o g r e s o , e s d e c i r , d e l d e -is
sarrollo progresivo d e l asociedad h u m a n a , tan
d e m o d a e n O c c i d e n t e . P e r o l a c i e n c i a y l a prác-
tica r e f u t a n estas a f i r m a c i o n e s pesimistas d e los
filósofos b u r g u e s e s y p r u e b a n q u e e l d e s a r r o l l o M
progresivo d el ah u m a n i d a d esu n a ley objetiva,
indestructible.
Entonces cabe preguntar l o siguiente. E s sa-
b i d o que e nl a sociedad vencen a veces las fuer-
zas reaccionarias, y l a s fuerzas progresistas r e -
t r o c e d e n . ¿Cómo c o m p r e n d e r e n t o n c e s l a t e s i s
de q u e e l d e s a r r o l l o p r o g r e s i v o e s u n rasgo c a -
racterístico d e l d e s a r r o l l o s o c i a l ?
E l m a r x i s m o - l e n i n i s m o , a l defender l a tesis
d e l carácter p r o g r e s i v o d e l d e s a r r o l l o , n o a f i r -
m a , n i m u c h o menos, q u ee l desenvolvimiento
histórico s i g u e s i e m p r e u n a línea r e c t a . E n l a
h i s t o r i a h a y también r e t r o c e s o s . E n d e t e r m i n a -
d o t i e m p o , e n u n o u o t r o país o i n c l u s o e n v a r i o s
países, p u e d e n v e n c e r l a s f u e r z a s r e a c c i o n a r i a s
y n o l a s p r o g r e s i s t a s , c o m o sucedió, p o r e j e m -
plo, e n 1933 e n l aA l e m a n i a fascista, o e n Grecia,
cuando l o s"coroneles negros" se apoderaron
del poder. Pero ciertos retrocesos como, p o r
ejemplo, l o scitados, n opueden alterar l a ten-
dencia general del desarrollo d el ahistoria, que
en s utotalidad se realiza progresivamente e n
u n a línea a s c e n d e n t e . L a v i c t o r i a d e l a s f u e r z a s
reaccionarias essiempre temporal. L o evidencia
el e j e m p l o d e l f a s c i s m o e nA l e m a n i a . L a victo-
108
ria d e las fuerzas progresistas d e l asociedad es
u n a l e yd e l d e s a r r o l l o social. E s p r e c i s a m e n t e
ella l a q u e d e t e r m i n a l a f a z ,l a t e n d e n c i a , d e l
progreso social, porque l onuevo, l o progresista,
es i n v e n c i b l e d e s d e e l p u n t o d e v i s t a d e l a t e n -
d e n c i a histórica d e d e s a r r o l l o . La victoria de lo
nuevo es lógica, obligatoria e inminente, del
mismo modo que al día le sucede imperiosa-
mente la noche.
• tu «
H e m o s e x a m i n a d o las leyes f u n d a m e n t a l e s d e
l a dialéctica m a r x i s t a P e r o s u e s e n c i a e s d e t e r -
r
minada p o r algunos conceptos suyos denomi-
n a d o s categorías. P a s a m o s a l análisis d e l a s
mismas.
CATEGORIAS FUNDAMENTALES
D E L A DIALÉCTICA M A R X I S T A
¿QUÉ SON CATEGORÍAS FILOSÓFICAS?
Se sabe que los h o m b r e s n opueden prescin-
d i r d e c o n c e p t o s g e n e r a l e s . L o s biólogos, p o r
ejemplo, estudian los organismos vivos compues-
t o s d e células. E l l o s t i e n e n q u e r e s o l v e r n e c e s a -
r i a m e n t e qué p r o p i e d a d e s p o s e e n t o d a s l a s célu-
l a s , qué h a y d e común e n t r e e l l a s . L o s biólogos,
en consecuencia, tienen q u ecrear u n concepto
científico g e n e r a l d e qué e s célula. E l c o n c e p t o
"célula" e s g e n e r a l p o r q u e e n él s e h a l l a c o n c e n -
t r a d o t o d o l o e s e n c i a l q u e c a r a c t e r i z a n o sólo
109

J a célula d e u n o r g a n i s m o v i v o d a d o , s i n o t a m -
bién t o d o s l o s o r g a n i s m o s q u e s e c o m p o n e n d e
células.
U n p a n o r a m a análogo p u e d e o b s e r v a r s e t a m -
bién e n física, q u e e s t u d i a n o sólo d i s t i n t o s t i -
p o s d e energías, s i n o q u e d e t e r m i n a qué e s e n e r -
gía e n g e n e r a l .
L o s conceptos q u e designan l o srasgos, l o s
vínculos y l o s a s p e c t o s más g e n e r a l e s d e l o s f e -
nómenos y l o s o b j e t o s s e l l a m a n CATEGORIAS.
C a d a c i e n c i a c r e a s u s c o n c e p t o s y s u s categorías.
P e r o ¿son s u f i c i e n t e s l a s categorías e s t a b l e c i -
das p o r las ciencias concretas? V a m o s a pensar.
Cada u n a d e ellas estudia conceptos generales
d e n t r o d e s u s p r o p i o s límites. P e r o y a s a b e m o s
q u e l o s o b j e t o s y l o s fenómenos d e l m u n d o p o -
s e e n p r o p i e d a d e s g e n e r a l e s . ¿Cuál d e l a s c i e n c i a s
f o r m u l a e s t o s c o n c e p t o s g e n e r a l e s ? L a física,
p o r e j e m p l o , n o p u e d e h a c e r l o : s e l i m i t a as u
esfera d e conocimientos. O t r o t a n t o puede de-
c i r s e d e l a química, l a biología y o t r a s c i e n c i a s .
L a s p r o p i e d a d e s más g e n e r a l e s d e l o s o b j e t o s
s o n r e f l e j a d a s e n categorías filosóficas c o m o l a
"materia", e l " m o v i m i e n t o " , e l "espacio", e l
"tiempo", l a"cualidad", l a"cantidad", l a "con-
tradicción" y o t r a s . Las CATEGORÍAS FILOSO-
FICAS son los conceptos más generales. P o r c o n -
siguiente, v e m o s q u en os e p u e d e l i m i t a r a l a s
categorías e l a b o r a d a s p o r l a física, l a química y
otras ciencias p a r t i c u l a r e s . E n e lproceso del co-
n o c i m i e n t o s e c r e a n categorías filosóficas p a r a
r e f l e j a r l a s p r o p i e d a d e s más g e n e r a l e s d e l o s
fenómenos d e l m u n d o e x i s t e n t e . P a s a m o s a h o r a
a l e x a m e n d e e s t a s categorías.
110
CAUSA Y EFECTO
¿QUÉ SON "CAUSA" Y "EFECTO"?
i
E n nuestra actividad tenemos q u e abordar
continuamente e l p r o b l e m a d e l a s causas d e
u n o s u o t r o s fenómenos. Desentrañar s u e s e n c i a
es u n o d e l o s p r o b l e m a s q u e n o s a y u d a a d e s c u -
b r i r l a n a t u r a l e z a i n t e r n a d e l o s fenómenos q u e
s e s u c e d e n a n u e s t r o a l r e d e d o r . P o r a l g o Demó-
c r i t o , filósofo d e l a a n t i g u a G r e c i a , escribió: " Y o
preferiría e n c o n t r a r l a v e r d a d e r a c a u s a a u n q u e
n o f u e r a más q u e d e u n fenómeno a s e r e l r e y
de P e r s i a . "
¿Qué s o n , p u e s , l a s categorías "causa" y
"efecto"?
Por experiencia se sabe q u e d e l a nada n o
s u r g e n a d a . C u a l q u i e r fenómeno t i e n e s u f u e n t e ,
o s e a , l o q u e l o o r i g i n a . E s e p r o m o t o r d e l fenó-
m e n o s e l l a m a " c a u s a " . La CAUSA es lo que crea,
produce, origina, otro fenómeno. El fenómeno
surgido por acción de la causa, se denomina
EFECTO o acción.
L a c a u s a s e d e b e d i s t i n g u i r d e l motivo. ¿Qué
es m o t i v o ? P a r a a c l a r a r l o , p o n g a m o s e l s i g u i e n -
t e h e c h o histórico: E s s a b i d o q u e h a c e u n o s
c i e n t o t r e i n t a años, e l cónsul francés s e p o r t a b a
tan insolentemente e nArgelia que e lrey d e ese
país, s i n p o d e r c o n t e n e r s e , tomó s u a b a n i c o y
c o n éste l e d i o e n l a m e j i l l a . E s t o , c o m o e s n a -
tural,'si bien n o corresponde a lprotecolo d e l a
111
diplomacia, n o era u n incidente tan grave como
para provocar u n a guerra. Pero l o s colonizado-
res franceses, q u e esperaban c o n impaciencia
que sepresentara e lcaso que pudiesen explotar
para enviar s u s tropas expedicionarias a ese
país y e s c l a v i z a r l o , a p r o v e c h a r o n e l i n c i d e n t e . D e
este m o d o , u na c o n t e c i m i e n t o insignificante e n
su esencia t u v o m u c h a trascendencia e n l a vida
d e l p u e b l o a r g e l i n o . P e r o t o d o s comprenderán
q u e f u e sólo e l m o t i v o . L a v e r d a d e r a c a u s a e s t r i -
baba e n otra cosa: e n q u e l o s colonizadores
f r a n c e s e s hacía y a t i e m p o q u e c o d i c i a b a n b i e -
nes ajenos y resolvieron apropiarse d eellos p o r
las a r m a s . S in o h u b i e r a sido p o r ese incidente,
habrían a p r o v e c h a d o c u a l q u i e r o t r o p r e t e x t o
p a r a a p o d e r a r s e d e l a "valiosísima p e r l a " c o m o
llamaban entonces a Argelia.
Después d e l o d i c h o n o costará t r a b a j o c o m -
p r e n d e r qué e s m o t i v o y e n qué d i f i e r e d e c a u -
s a . L a c a u s a s u s c i t a , o r i g i n a , c r e a u n fenómeno
d a d o . El MOTIVO es, en cambio, un caso, una
circunstancia que obra como fundamento o pre-
texto, que puede aprovecharse para determina-
das acciones. Sólo s o b r e l a s u p e r f i c i e d e l o s f e -
nómenos p a r e c e q u e e l m o t i v o actúa c o m o l a
v e r d a d e r a causa d elos a c o n t e c i m i e n t o s . P e r o e n
r e a l i d a d está l e j o s d e s e r así. Más aún, e l m o -
tivo seconvierte con frecuencia e n u n pretexto
con e l q u ese encubren lasverdaderas causas
de l o s acontecimientos q u e s e producen. Ordi-
nariamente hacen pasar e l motivo p o r l a causa
las personas a l a s q u e l e s conviene ocultar e l
estado real d e l a s cosas.
Las categorías filosóficas "causa" y "efecto"
reflejan la concatenación entre los fenómenos,
cuando un fenómeno denominado causa, origi-
112
na necesariamente otro' fenómeno denominado
efecto. Esta concatenación se llama CAUSAL o
relación entre la causa y el efecto.
RASGOS FUNDAMENTALES
DE LA CAUSALIDAD
C u a l q u i e r vínculo c a u s a l s e o r i g i n a p o r c o s a s
q u e e x i s t e n r e a l m e n t e . P o r e s o , un rasgo impor-
tantísimo de la relación entre la causa y el efec-
to es su carácter objetivo.
Los idealistas tienen u n p u n t o d e vista con-
t r a r i o . P a r t e n d e q u e e l h o m b r e c r e a l a categoría
de causalidad p a r a s u" c o m o d i d a d " , p a r a " a h o -
rrar e l pensamiento", para poner orden e n e l
" c a o s d e l o s fenómenos d e l a n a t u r a l e z a " . Así,
e l i d e a l i s t a s u b j e t i v o B e r k e l e y trató d e r e f u t a r
la p r o p i a idea d e l a causalidad. L o m i s m o , e n
esencia, i n t e n t a r o n hacer H u m e y K a n t . Los d o s
n e g a b a n l a e x i s t e n c i a objetiva d e l a causalidad.
¿Por qué, p u e s , l o s filósofos b u r g u e s e s a r r e -
meten c o n tanta furia contra e l principio ma-
t e r i a l i s t a d e l a c a u s a l i d a d ? P o r q u e d e éste s e
d e s p r e n d e n c o n c l u s i o n e s científicas y ateístas. S i
en e l m u n d o todo es originado p o rcausas na-
turales, l afuerza s u p r e m a n o m a t e r i a l n o tiene
n a d a qué h a c e r e n él: t o d o l o q u e s u c e d e n o s e
produce p o r l av o l u n t a d d eu n a fuerza n o mate-
rial, sino p o rcausas naturales.
¿Por qué n o t i e n e n razón l o s i d e a l i s t a s q u e
n i e g a n e l carácter o b j e t i v o d e l a c a u s a l i d a d ? E s -
t u d i e m o s c o n más d e t a l l e s u r a z o n a m i e n t o p a r a
113
convencernos d e q u e efectivamente n o tienen
razón.
L o s idealistas f u n d a m e n t a n s up o s t u l a d o acer-
c a d e l carácter s u b j e t i v o d e l a c a u s a l i d a d c o n
r a z o n a m i e n t o s c o m o éste: " l a v e l a a r d i e n d o q u e -
m a cada vez q u el atocamos". Pero d e esto n o
s e i n f i e r e , según l o s i d e a l i s t a s , q u e e n a d e l a n t e
provoque necesariamente quemaduras; u n m i -
llón d e v e c e s h a s i d o así, p e r o millón y u n a
veces puede s e r d e u n a m a n e r a c o m p l e t a m e n t e
d i s t i n t a . E lh e c h o d e q u e l a q u e m a d u r a s e a p r o -
v o c a d a h a s t a a h o r a p o r l a v e l a a r d i e n d o n o sig-
n i f i c a q u e ésta s e a l a c a u s a d e aquélla. E s t o s d o s
fenómenos — l a v e l a a r d i e n d o y l a q u e m a d u r a —
existen supuestamente l au n a a l lado d el a otra,
p e r o d e aquí n o s e d e b e d e d u c i r q u e e n t r e e l l a s
h a y a vinculación c a u s a l .
Tales razonamientos n o s o n correctos y h e
aquí p o r qué: j u z g a m o s a c e r c a d e l a s c a u s a s n o
sólo e n b a s e a l a s o b s e r v a c i o n e s . L a s e s t u d i a m o s
fundamentándonos e n l a e x p e r i e n c i a y l a prác-
t i c a , q u e r e v e l a n p e r s u a s i v a m e n t e porqué y e n
v i r t u d d e qué, p o r e j e m p l o , e l f u e g o q u e m a n e -
cesariamente.
Otro rasgo de la causalidad consiste en que
tiene carácter universal; la ley de la causalidad
es una ley universal del mundo material. Esto
s i g n i f i c a q u e n o h a y n i u n s o l o fenómeno q u e
n o s e s o m e t a a ésta l e y , q u e s e o r i g i n e e n c o n t r a
de ella o que n otenga s u fuente m a t e r i a l corres-
pondiente. P o rexperiencia p r o p i a sabemos q u e
la l e yd e l acausalidad n o tiene excepciones. S i
h a sucedido algo, h a pasado algo, h a y q u e bus-
c a r s u c a u s a ; s i n ésta n o s u r g e n a d a e n e l m u n -
do. P o ralgo e l p u e b l o dice: " N o h a y h u m o s i n
fuego."
114
E n l a v i d a práctica b u s c a m o s s i e m p r e l a s c a u -
sas d e l o s a c o n t e c i m i e n t o s p r o d u c i d o s .
L a p r o p i a esencia d e l a s relaciones causales
l l e v a implícito o t r o r a s g o s u y o : Va causa tiene
carácter activo. N o e s difícil c o m p r e n d e r e n b a s e
a l o dicho anteriormente l osiguiente: c o m o quie-
r a q u e l a c a u s a origina e l efecto, aparece, e n
consecuencia, c o m o u n principio activo, operan-
te. P e r o esto n osignifica q u e e l efecto s e a p a -
sivo y n o participe d e ninguna m a n e r a e n e l
p r o c e s o d e d e s a r r o l l o d a d o . S i l a energía s o l a r ,
e l c a l o r , actúan s o b r e u n t r o z o m o j a d o d e l i e n -
zo, se o b t i e n e u n solo r e s u l t a d o : e llienzo s e seca.
S i e s t a energía actúa s o b r e l a c e r a , e l r e s u l t a d o
e s d i s t i n t o : ésta s e f u n d e . P e r o s i l a energía s o -
l a r actúa s o b r e u n a p l a n t a , s e o b t i e n e u n t e r c e r
resultado: bajo s uinfluencia t r a n s c u r r e n proce-
sos q u et i e n e n i m p o r t a n c i a vital p a r a l a p l a n t a .
Así q u e l a c a u s a s u s c i t a u n a acción d e t e r m i n a -
d a , u n e f e c t o , sólo e n relación c o n o t r o s o b j e -
t o s y fenómenos. P o r e s o h a b l a m o s d e l a v i n c u -
lación c a u s a l , d e l a relación c a u s a l .
Así, p u e s , la relación causal o la causalidad
tiene carácter objetivo universal y activo.
INTERACCIÓN DE LA CAUSA Y E L EFECTO
E n t r e l a causa y e l efecto se establece u n a
interacción. ¿En qué c o n s i s t e ? V e a m o s e s t o e n
u n e j e m p l o . L a m a t e r i a , e l ser, o r i g i n a l a con-
c i e n c i a , p e r o ésta i n f l u y e , a s u v e z , s o b r e e l s e r ,
ante e lcual mantiene u n a actitud activa; d e eso
115
h e m o s t r a t a d o e n e l capítulo I V . S o n e j e m p l o s
d e l a interacción d e l a c a u s a y e l e f e c t o . E n c o n -
s e c u e n c i a , la interacción implica una dependen-
cia recíproca de la causa y el efecto, su influen-
cia mutua.
¿Acaso l o d i c h o s i g n i f i c a q u e l a c a u s a y e l
efecto s e c o n d i c i o n a n m u t u a m e n t e e ni g u a l m e -
d i d a ? N o , n a t u r a l m e n t e , p o r q u e e n l a relación d e
la causa y e l efecto e l papel decisivo l o desem-
peña s i e m p r e l a p r i m e r a . E s p r e c i s a m e n t e l a
c a u s a l a q u e d e t e r m i n a l a relación e n t r e l a c a u -
s a y e l e f e c t o d a d o _ desempeñando e s t e último
;
u n papel importante, pero con todo secundario.
Es m u y necesario comprenderlo. N o carece d e
i m p o r t a n c i a e l p r o b l e m a d e qué s e d e b e c o n s i -
d e r a r c o m o l a c a u s a e n l a relación d a d a e n t r e
l a c a u s a y e l e f e c t o , y qué e s l o q u e d e b e c o n s i -
derarse efecto, d e l a m i s m a m a n e r a q u e a l a
c i e n c i a n o l e e s i n d i f e r e n t e l a cuestión d e s i e s
la m a t e r i a l aque determina l aconciencia o vi-
ceversa. S i n embargo, esto n o significa t a m p o c o
q u e s e p u e d a desdeñar l a i n f l u e n c i a d e l e f e c t o
sobre l a causa.
Cada causa o efecto n o deben conceptuarse
a i s l a d a m e n t e , s i n o e n relación c o n l o s fenóme-
nos q u el o sh a n originado o que h a n sido ori-
ginados p o r ellos. E n t o n c e s u nm i s m o proceso
u o b j e t o e s simultáneamente l a c a u s a y e l e f e c -
t o . E n relación c o n e l fenómeno q u e l o h a p r o -
v o c a d o e s l a c a u s a . P e r o c o n r e s p e c t o a l fenó-
m e n o que l oh aengendrado e sy a efecto. D e ser
entendidos d e esta m a n e r a , l acausa y e l efecto
n o s o n y a polos separados, c o n t r a r i o s . S o n esla-
bones d e l acomplicada cadena d eobjetos yfe-
nómenos q u e actúan u n o s s o b r e o t r o s . P o r
ejemplo, l a s escuelas s o nnecesarias p a r a ins-
116
truir a l a gente, hacer cultos a l o s h o m b r e s ,
m i e n t r a s q u e l a c o r r e s p o n d i e n t e instrucción d e
la p e r s o n a l e p e r m i t e s e r m a e s t r o d e l o s a n a l f a -
b e t o s . Aquí s e p o n e d e m a n i f i e s t o d e m o d o grá-
f i c o l a interacción, l a d e p e n d e n c i a m u t u a d e l a
c a u s a y e l e f e c t o , s u i n f l u e n c i a recíproca.
Además d e l o d i c h o a n t e r i o r m e n t e , e l c o n c e p -
t o d e interacción t i e n e o t r o s e n t i d o , e l c u a l p u e -
de verse e n e lsiguiente e j e m p l o . E la r a d o l a b r a
m e j o r e lc a m p o q u e l aazada; u n t e r r e n o m e j o r
l a b r a d o r i n d e c o s e c h a s más a b u n d a n t e s ; r e c o -
g i e n d o c o s e c h a s más a b u n d a n t e s , l o s c a m p e s i -
n o s t i e n e n más víveres, y aSÍ s u c e s i v a m e n t e . D e
aquí s e i n f i e r e q u e e l c a m p o b i e n l a b r a d o a p a -
rece e n n u e s t r o ejemplo c o m o efecto e n rela-
ción c o n e l a r a d o , p e r o c o m o c a u s a c o n r e s p e c -
t o a l a c o s e c h a más a b u n d a n t e y ésta, a s u v e z ,
c o m o causa del bienestar del pueblo. Surge u n a
verdadera cadena d e relaciones entre l a causa
y e l efecto.
Así, p u e s , h a b l a n d o c o n p a l a b r a s d e E n g e l s ,
en el mundo existe una interacción universal:
consiste en que la causa y el efecto cambian con-
tinuamente de lugar; lo que aquí o ahora es la
causa, se convierte allí o entonces en efecto y
viceversa.
E n esta complicada cadena d e relaciones en-
tre las causas y los efectos tiene m u c h a i m p o r -
tancia separar las causas principales, f u n d a m e n -
t a l e s . P o r e j e m p l o , e l análisis d e l a c a u s a d e l
malestar entre l o s negros q u eviven e n l o s
ghettos d e E s t a d o s U n i d o s e v i d e n c i a q u e s u c a u -
s a más i m p o r t a n t e e s l a discriminación r a c i a l :
l a s h o r r i b l e s c o n d i c i o n e s d e v i d a , malísimas v i -
viendas, e lultraje a l adignidad h u m a n a , e l de-
117

s e m p l e o m a s i v o , h e aquí l o q u e c o l m a l a p a c i e n -
cia d e l o snegros q u ese dan cuenta d e q u e e s
i m p o s i b l e t o l e r a r p o r m a s t i e m p o e s a situación,
cuando cualquier racista puede quitarle l a vida
a u n a p e r s o n a sólo p o r q u e ésta t i e n e l a p i e l
negra.
La doctrina marxista-leninista d e l a causalidad
tiene s u m a importancia para refutar supersticio-
n e s d e t o d o género.
Sólo c u a n d o l a p e r s o n a c o m p r e n d e l a s c a u s a s
v e r d a d e r a s y n o i m a g i n a r i a s d e l o s fenómenos
deja d es e r presa del m i e d o y , e n consecuencia,
de las supersticiones. V e a m o s e lsiguiente ejem-
p l o : e n s u t i e m p o , l o s v i a j e r o s q u e recorrían
África a f i r m a b a n q u e veían " e n e l c i e l o " j a r d i -
n e s paradisíacos d e i n m e n s a s d i m e n s i o n e s . A
v e c e s c o n t a b a n q u e e n e l c i e l o s e veía u n b a r c o
aéreo c o n m a r i n e r o s f a n t a s m a s . L u e g o t o d o d e -
saparecía ¿Qué podía s e r ? M i e n t r a s s e d e s c o n o -
cía l a c a u s a , s e hacían m u c h a s c o n j e t u r a s . P e r o
p o s t e r i o r m e n t e l o s científicos a d i v i n a r o n l a s
c a u s a s d e e s o s fenómenos t a n insólitos. R e s u l t a
q u e e n l o s países cálidos, c u a n d o h a c e b u e n
t i e m p o y n o h a y v i e n t o , e l a i r e s e h a c e más d e n -
so f o r m a n d o u n a especie d e gigantesco espejo.
E n ese "espejo" se reflejan l o sobjetos q u e
se e n c u e n t r a n e n l a t i e r r a o e n l o s m a r e s : l o s
j a r d i n e s , l o s b a r c o s , e t c . P o r e s o , l o q u e veían
l o s v i a j e r o s n o e r a n j a r d i n e s paradisíacos s i n o
e l r e f l e j o d e l o s j a r d i n e s q u e había r e a l m e n t e
e n l a t i e r r a , y n o u n b a r c o aéreo, s i n o e l r e f l e j o
d e u n b a r c o q u e n a v e g a b a e n e l m a r . Bastó c o n
e n c o n t r a r l a s c a u s a s d e e s o s fenómenos p a r a
que desapareciera e l miedo supersticioso ante
ellos.
118
Así e l c o n o c i m i e n t o d e l a s c a u s a s l i b e r a d e l a s
supersticiones.
NECESIDAD Y CASUALIDAD
¿QUÉ SON "NECESIDAD" Y "CASUALIDAD"?
E m p e c e m o s a e x p o n e r e s t a cuestión c o n e l s i -
guiente e j e m p l o . E nn o v i e m b r e d e 1918, b a j o l a
i n f l u e n c i a d e l a Revolución d e O c t u b r e d e R u s i a ,
e n A l e m a n i a s e p r o d u j o l a revolución. P e r o a
c o n s e c u e n c i a d e l a traición d e l o s social-demó-
c r a t a s sufrió u n a d e r r o t a . C o n e s t e m o t i v o , e l
1 5 d e e n e r o d e 1 9 1 9 e n e l periódico Die Rote
Fahne apareció u n artículo d e C a r l o s L i e b k n e c h t ,
líder d e l o s o b r e r o s a l e m a n e s . Dirigiéndose a l o s
p a r t i c i p a n t e s e n l a revolución, éste apuntó:
"¡Ánimo! N o h e m o s r e t r o c e d i d o , n o e s t a m o s
d e r r o t a d o s . Y s iellos n o s e n c a d e n a n , n o i m p o r -
t a , ' , ¡somos y s e r e m o s ! L a v i c t o r i a será n u e s t r a
(...). Q u e d e m o s c o n v i d a o n o , c u a n d o s e logre
e l o b j e t i v o , n u e s t r o p r o g r a m a vivirá, dominará
e n e l m u n d o d e l a h u m a n i d a d e m a n c i p a d a ¡Cues-
t e l o q u e c u e s t e ! " E s t a s f o g o s a s líneas d e l d i r i -
g e n t e dé l o s o b r e r o s a l e m a n e s e x p r e s a n c l a r a -
mente l aidea d e l anecesidad, l a inevitabilidad
de l a v i c t o r i a d e l s o c i a l i s m o y e l c o m u n i s m o :
"íCueste l o q u e c u e s t e ! "
P i e n s e n ¿en qué s e a p o y a e s t a s e g u r i d a d q u e
infunde tanto miedo a los adversarios del comu-
n i s m o ? E n e l c o n o c i m i e n t o d e l a s leyes. Noso-
t r o s n o d u d a m o s d e q u e l a n o c h e durará v a r i a s
119
h o r a s y l u e g o saldrá e l s o l y llegará l a mañana.
T a m p o c o h a y p o r qué d u d a r d e q u e , s e a c u a l
f u e r e e l t i e m p o d e l a s h e l a d a s i n v e r n a l e s , llegará
l a p r i m a v e r a , época d e l a renovación d e l a n a -
t u r a l e z a . E s t a s e g u r i d a d s e a p o y a e n l a práctica,
en l aexperiencia multisecular, e n e l conocimien-
t o d elas leyes d el an a t u r a l e z a y e n l a sociedad.
L a sucesión d e l día y l a n o c h e s e d e b e a l a r o t a -
ción d e l a T i e r r a a l r e d e d o r d e s u e j e ; l a d e l a s
e s t a c i o n e s d e l año, a l m o v i m i e n t o d e l a T i e r r a
alrededor d e lSol; y l avictoria'del c o m u n i s m o ,
a l a s c o n t r a d i c c i o n e s i n t e r n a s q u e c o r r o e n e l ré-
gimen capitalista y l o conducen a s u desapari-
ción i n m i n e n t e y a l s u r g i m i e n t o d e l régimen
s o c i a l i s t a . E l s o c i a l i s m o sustituirá i n e v i t a b l e -
mente e ntodas partes a lcapitalismo. T a l es l a
ley objetiva d e l desarrollo social. E l imperialis-
m o n o está e n c o n d i c i o n e s d e d e t e n e r e l i r r e s i s -
tible proceso liberador.
L a categoría filosófica d e l a n e c e s i d a d s i r v e
p a r a d e s i g n a r e s t a interrelación c o n s t a n t e d e
l o s fenómenos. NECESIDAD no es lo que existe,
pero que puede existir, sino lo que debe ser
obligatoriamente, puesto que está provocado
por causas y vínculos profundos y por eso
parte de la propia naturaleza del fenómeno,
en su esencia.
C o m o e n e l m u n d o t o d o e s n e c e s a r i o , ¿exis-
t e n c a s u a l i d a d e s ? C o n v i e n e e m p e z a r también
por u n ejemplo.
U n h o m b r e sufrió u n a c c i d e n t e automovilísti-
c o : u n c a s o a b s u r d o truncó s u v i d a ¿Por qué l l a -
m a m o s c a s u a l e s e s o s fenómenos?
C o m p a r e n este a c o n t e c i m i e n t o c o nl o s trata-
dos a n t e r i o r m e n t e q u e h e m o s l l a m a d o necesa-
r i o s , S i s e t r a t a d e u n fenómeno n e c e s a r i o , éste
h a sido p r e p a r a d o y o r i g i n a d o p o rt o d o e l cur-
120
so interior d e l desarrollo, y p o re s o h a tenido
que surgir forzosamente (recuerden: "cueste l o
q u e c u e s t e " ) , p o r e lc o n t r a r i o , s is e t r a t a d e los
fenómenos c a u s a l e s , h a b l a m o s d e éstos c o m o d e
algo singular, pasajero, n o inevitable, n i m u c h o
menos.
U n acontecimiento casual puede ocurrir, pero
p u e d e n o o c u r r i r . ¿Acaso l a v i d a d e l a p e r s o n a
implicaba inevitablemente l a m u e r t e e nu n ac-
c i d e n t e d e automóvil? C l a r o q u e n o . T a l e s s u c e -
sos n o p u e d e n l l a m a r s e necesarios. S o n casua-
lidades. T o d o e l curso interior del desarrollo d e
l o s fenómenos d a d o s n o conducía a l o q u e s u -
cedió, a l o q u e pasó.
E n o c t u b r e d e 1 9 5 7 , c u a n d o e l país d e l o s S o -
v i e t s , p o r p r i m e r a v e z e n l a h i s t o r i a , abrió e l
c a m i n o a l espacio, lanzando u n sputnik, algunos
propagandistas burgueses d e Occidente afirma-
b a n q u e e r a e l r e s u l t a d o d e u n éxito único y c a -
s u a l . P e r o ¿es así e n r e a l i d a d ? C l a r o q u e n o .
E s t e éxito f u e p o s i b l e g r a c i a s a l a s r e a l i z a c i o n e s
d e l régimen s o c i a l i s t a , y g r a c i a s a l a atención
q u e e l P a r t i d o C o m u n i s t a y e l G o b i e r n o sovié-
tico h a n prestado siempre y siguen prestando
a- l a c i e n c i a .
E l vuelo d e lsputnik evidencia l am a d u r e z d e
l a técnica y l a s g r a n d e s r e a l i z a c i o n e s d e l a c i e n -
c i a soviética, e n r a m a s t a n d e c i s i v a s c o m o l a s
matemáticas, l a física, l a química y l a m e t a l u r -
g i a . ¿Qué c a s u a l i d a d e s ésa? U n a c o n t e c i m i e n t o
casual estal p o r q u e r o dimana del a naturaleza
del proceso dado. Pero e l sputnik es e l resulta-
d o d e g r a n d e s l o g r o s d e l país d e l o s S o v i e t s ,
Por consiguiente, para responder a l a pregun-
t a d e s i e s c a s u a l o n e c e s a r i o u n o u o t r o fenó-
m e n o , h a y q u e p o n e r e n c l a r o qué c a u s a s l o h a n
o r i g i n a d o : ¿internas o e x t e r n a s ? ;
121
 ¿Es c a s u a l o n e c e s a r i o , p o r e j e m p l o , q u e u n
huerto d efrutales dado perezca a causa del h u -
racán? C l a r o está q u e e l huracán t i e n e s u s c a u -
s a s . P e r o ¿conducían n e c e s a r i a m e n t e éstas a q u e
p e r e c i e r a e l h u e r t o ? N o , y h e aquí porqué: e l
huracán n o c o m i e n z a s i n c a u s a s . P e r o p a r a u n
h u e r t o f r u t a l dado e r a n c a u s a s externas, pasaje-
ras, q u e n o d i m a n a b a n d e las condiciones esen-
ciales d e l d e s a r r o l l o d e l h u e r t o . P o r ello este
a c o n t e c i m i e n t o e s c a s u a l . L a pérdida d e l a c o s e -
cha d e frutos n ofue necesaria, n i m u c h o menos.
L a acción d e l huracán c o n relación a l h u e r t o
dado es casual.
De l o dicho anteriormente s e desprende q u e
la casualidad y l anecesidad s o n contrarias u n a
d e l a o t r a . P e r o ¿puede d e aquí c o n c l u i r s e q u e
la casualidad y l anecesidad n o tengan nada d e
común e n t r e sí?
¿QUÉ HAY DE CÚMÜN ENTRE LA
NECESIDAD Y LA CASUALIDAD?
L o s metafísicos r a z o n a n más o m e n o s así: l o
que es necesario, n o puede s e rcasual, y l o q u e
e s c a s u a l , n o p u e d e s e r n e c e s a r i o . Además, d i -
ríase q u e e l s e n t i d o común s u g i e r e l a m i s m a
conclusión. P e r o ¿es así e n r e a l i d a d ?
N o . E n l a v i d a , e n l a r e a l i d a d , entre la casuali-
dad y la necesidad hay mucho de común; ellas
están estrechamente unidas entre sí. N o s e p u e -
den separar u n a d e otra. E s t o puede verse e n
el siguiente ejemplo.
122
E n s u t i e m p o , recorrió e l m u n d o e n t e r o l a n o -
t i c i a d e q u e d e s d e u n avión n o r t e a m e r i c a n o e n
llamas cayeron d epronto bombas termonuclea-
r e s s o b r e e l t e r r i t o r i o d e España. C o m o r e s u l t a -
do d e u n a supuesta casualidad, l o s campesinos
y l o s p e s c a d o r e s d e l s u r d e España s u f r i e r o n u n a
d e s g r a c i a i r r e p a r a b l e . P e r o s i s e a n a l i z a más a
f o n d o e s t e h e c h o , s e podrá o b s e r v a r q u e s e t r a -
t a más q u e d e u n s i m p l e a c c i d e n t e . L o s v u e l o s
q u e r e a l i z a n día y n o c h e l o s a v i o n e s n o r t e a m e -
ricanos con armas nucleares a bordo crean con-
diciones e nl a sq u es o n inevitables l a s desgra-
cias d e este tipo. Y n o e s casual, n im u c h o m e -
n o s , q u e éstas s e r e p i t a n c o n t a n t a f r e c u e n c i a .
Los portadores d e l am u e r t e nuclear amenazan
ineludiblemente a l o s hombres.
Tras u n a casualidad hay que saber v e r siem-
p r e u n a necesidad, l ar e g u l a r i d a d q u e o r i g i n a a
aquélla. E n l a n a t u r a l e z a y l a s o c i e d a d n o h a y
fenómenos c a s u a l e s q u e n o t e n g a n s u p u n t o d e
o r i g e n e n u n o u o t r o p r o c e s o n e c e s a r i o , lógico,
y e n las causas q u e l oh a n engendrado. P o r e s o
E n g e l s d i c e q u e l a CASUALIDAD es forma de
manifestación y complemento de la necesidad.
L a tendencia p r i n c i p a l del desarrollo e s deter-
m i n a d a p o r l anecesidad. L acasualidad, e n cam-
b i o , e n c a d a p r o c e s o s i n g u l a r añade a l a n e c e s i -
d a d v a r i o s r a s g o s , q u e s o n p e c u l i a r i d a d e s únicas
e n s u género, o r i g i n a n d o c o n e s o l a f o r m a e n q u e
ésta s e m a n i f i e s t a . L a c i e n c i a p r e s t a atención
p r i n c i p a l a l a revelación d e l a n e c e s i d a d , d e l a
r e g u l a r i d a d d e l o s fenómenos e n d e s a r r o l l o , p r e -
c i s a m e n t e p o r q u e está l l a m a d a a r e v e l a r l a t e n -
dencia d e lauge d e los m i s m o s . : ¿*
123
 L a c i e n c i a n o p u e d e c o n t e n t a r s e sólo c o n d e s -
c u b r i m i e n t o s c a s u a l e s . L o s científicos t i e n e n q u e
realizar investigaciones d e m a n e r a q u en o de-
p e n d a n d e u n a c a s u a l i d a d , s i n o q u e o b t e n g a n se-
guro l o sresultados apetecidos, p a r a n o actuar
a tientas sino con conocimiento d e causa.
C u a l q u i e r geólogo s a b e q u e l o s científicos n o
habrían p o d i d o h a c e r m u c h o s d e s c u b r i m i e n t o s
s i h u b i e r a n r e a l i z a d o a l a z a r l a prospección g e o -
lógica. P a r a q u e l a prospección geológica d e f r u -
tos es necesario estudiar las leyes d el a estruc-
tura d e l acorteza terrestre y guiarse p o r ellas
e n l a a c t i v i d a d práctica. E n t o n c e s n o d e p e n d e -
remos d e u n a "casualidad feliz" y , d e seguro,
o b t e n d r e m o s éxitos.
Muchas casualidades favorecen a l h o m b r e ,
pero h a y casualidades que implican dolor y su-
f r i m i e n t o s : l o s vientos secos, l a s i n u n d a c i o n e s
y o t r o s cataclismos. A b a s e d e l e s t u d i o d el a ne-
cesidad y l aregularidad, l aciencia trata d e l i -
m i t a r l a acción d e e s t o s c a t a c l i s m o s .
LUCHA CONTRA LAS CASUALIDADES
INDESEABLES
"Pero ¿será posible esto? Pues l a casualidad
es una categoría objetiva. ¿Cómo se puede limi-
tar l a acción de aquello que no depende del
hombre?", replican a veces. Efectivamente, no
se logra siempre, n i mucho menos, suprimir las
casualidades, pero se puede y se* debe suprimir
124
su efecto indeseable. P o r el momento es imposi-
ble, por ejemplo, eliminar las casualidades vincu-
ladas con los caprichos del tiempo que pue-
den provocar l a pérdida de l a cosecha o incluso
la destrucción de los sembrados. Pero sí se pue-
de limitar l a acción de las casualidades inde-
seables, partiendo de que esta acción depende
de las condiciones en que ésta se manifiesta. Por
eso es necesario crear las condiciones en las que
la acción funesta de las casualidades se reduzca
al mínimo o se excluya por completo.
E n s u actividad práctica, el Partido Comunis-
ta y el Gobierno soviéticos se esfuerzan por lo-
grar que ninguna casualidad nos tome despre-
venidos. E s t o incumbe tanto a la vida interior
del país como a s u situación en el ámbito inter-
nacional. E l Gobierno soviético h a advertido en
más de u n a oportunidad que en virtud de un
caso absurdo, como por ejemplo, el fallo del
equipo del mando de u n avión que lleve a bordo
bombas H o l a alteración síquica del aviador
que maneje el timón, puede provocarse una con-
flagración mundial. No puede permitirse que el
problema de l a paz o l a guerra lo decida una
casualidad ciega. H a y que propiciar condiciones
en l a s que una guerra termonuclear sea excluida
por necesidad, s i n que pueda originarse nunca
por ninguna casualidad. E l tratado sobre l a no
proliferación de armas nucleares es .un paso im-
portante dado en este sentido. Por eso los pue-
blos del mundo lo saludan con toda sinceridad.
Por consiguiente el hombre" no es impotente
ante la acción de tas casualidades indeseables.
Está en condiciones de paralizar o reducir al
mínimo su fuerza destructora.
 POSIBILIDAD Y REALIDAD tas burgueses. Todos tienen "iguales probabili-
d a d e s " d e s e r r i c o s . P e r o ¡qué d i s t a n t e e s e s t o
• >--!?.; * <.:r'fííT>' feV-i'. •á' --;y-'íV|<M
; ;
i ,</ .*»*''i,fJ de l av e r d a d ! L a e x p e r i e n c i a d e m u c h a s genera-
••-'viíí»'.»!.i «5 ' - • ' -• liVí' -: 4y lí -'O .'i •>-"••• ciones d e m u e s t r a q u e l o sm u l t i m i l l o n a r i o s m u l -
tiplican s u scapitales, y l o s pobres s u m i s e r i a .
¿QUÉ-SON "POSIBILIDAD" Y "REALIDAD"? Las leyes d e l a realidad capitalista conducen
precisamente a esto, n o h a y o t r o resultado.
B a s t a c o n v e r l o q u e p a s a e n Sudáfrica, d o n d e
E n l a a c t i v i d a d práctica t e n e m o s q u e r e s o l v e r e l n e g r o n o t i e n e ningún d e r e c h o n i p o s i b i l i d a -
e n r e i t e r a d a s o c a s i o n e s l a cuestión d e s i e s p o s i - des d ev i v i r u n a v i d a h u m a n a , p a r a c o n v e n c e r s e
b l e l l e v a r a l a práctica u n a u o t r a i d e a , o b j e t o de q u e l atesis d e l o sp r o p a g a n d i s t a s burgueses
o sueño. E n e s t o s c a s o s l l a m a m o s p o s i b l e l o q u e s o b r e l a s " p o s i b i l i d a d e s i g u a l e s " e n e l "paraíso
puede realizarse q cumplirse. capitalista" e sfalsa. <
Después d e q u e e l g r a n científico soviético A n a l i c e m o s a h o r a o t r o e j e m p l o . ¿Hay p o s i b i -
T s i o l k o v s k i fundó l a teoría s o b r e l a s n a v e s cós- lidades para que se realicen distintos milagros?
m i c a s y d e q u es e i d e a r o n m o t o r e s coheteriles,
M i l a g r o e s u n fenómeno q u e c o n t r a d i c e l a s l e y e s
existía y a l a p o s i b i l i d a d d e v o l a r a l a L u n a . P e r o
de l anaturaleza y e sinexplicable p o r ellas. Pero
c u a n d o p o r p r i m e r a v e z u n c o h e t e soviético a l u -
nizó s u a v e m e n t e e n e l satélite d e l a T i e r r a , e s t o y a s a b e m o s q u e e n e l m u n d o rio h a y n i p u e d e
significó q u e l a , p o s i b i l i d a d d e v o l a r a l a L u n a h a b e r n i u n s o l o fenómeno o a c o n t e c i m i e n t o
sé hacía r e a l i d a d a n t e n u e s t r o s o j o s . que h a y a surgido e nc o n t r a d el a s leyes d e l a
naturaleza y d el a sociedad. Resulta q u e creer
POSIBILIDAD es lo que todavía no se ha rea-
lizado, lo que no existe aún, pero que tiene todos en l aposibilidad d e milagros significa creer e n
los fundamentos para ser real y efectivo. REA- lo imposible.
LIDAD, en\ cambio, es lo que se ha realizado ya, Así, p u e s , p o s i b i l i d a d e s sólo a q u e l l o q u e
lo que existe en la práctica, realmente, y ha sido corresponde a l a s leyes d e l anaturaleza yl a
engendrado por leyes objetivas, por una necesi- s o c i e d a d , L a r e a l i d a d c o r r e s p o n d e también a l a s
dad natural. ' leyes d e l an a t u r a l e z a y l a sociedad.' P e r o u n a
E l p r o b l e m a d e l ap o s i b i l i d a d y l a r e a l i d a d y o t r a s o n categorías o b j e t i v a s p o r q u e r e f l e j a n
n o puede interpretarse aisladamente d el o q u e l a s p r o p i e d a d e s d e l o s o b j e t o s y fenómenos q u e
h a y e n l a v i d a . Lo que puede ser y lo que no existen fuera e independientemente d e nuestra
puede ser no es determinado por tos deseos de conciencia.
los hombres, sino por las leyes, las condiciones Sin e m b a r g o , n o d e b e c o n f u n d i r s e p o s i b i l i d a d
y las causas que hay en la vida. E x a m i n e m o s con realidad. L oq u ee sposible e s posibilidad
e s t e e j e m p l o : E s t a d o s L údos e s u n país d e " p o - sólo p o r q u e n o s e h a r e a l i z a d o aún. E l e s t u -
sibilidades iguales", aseguran sus propagandis-
d i a n t e d e m e d i c i n a sólo t i e n e p o r e l m o m e n t o
126
127
l a p o s i b i l i d a d d e s e r médico. P e r o s i c o n e s t a t u a r c o n r a p i d e z , decisión, p o r q u e " l a d e m o r a
base decide que n o tiene l a necesidad d e perfec- equivale a l a m u e r t e " . E s t o significa q u e e n
c i o n a r s u s c o n o c i m i e n t o s y s u s hábitos prácti- R u s i a había c o n d i c i o n e s o b j e t i v a s p a r a q u e e l
c o s , n o será n u n c a u n médico d e v e r d a d . T o m a r proletariado t o m a r a e l poder, q u e todo depen-
lo posible p o r l oreal significa c o m e t e r u n g r a n día d e l a c a p a c i d a d d e a p r o v e c h a r l a s , d e l a o r g a -
e r r o r . ¿Qué e s n e c e s a r i o , p u e s , p a r a q u e l a p o s i - nización d e l a e m p r e s a , d e l a preparación c o m -
bilidad se realice, s e a realidad? bativa d e l o sbolcheviques y e l pueblo.
E n l ahistoria se conocen casos e nque l a inde-
cisión y l o s e r r o r e s c o m e t i d o s e n l a revolución
o r i g i n a r o n s ufracaso, t a l e sl a experiencia d e l a
C o m u n a d e París.
TRANSFORMACIÓN DE LA POSIBILIDAD
L e n i n escribió q u e e s p o c o l a n z a r c o n s i g n a s
EN REALIDAD
acertadas y plantear con conocimiento d e causa
l a s t a r e a s ; e s , además, n e c e s a r i o q u e l a s m a s a s
estén p r e p a r a d a s p a r a l u c h a r p o r l a realización
Y a s a b e m o s q u e sólo c u a n d o m a d u r a n l a s
de s u s tareas, o r g a n i z a r a l a s m a s a s p a r a q u e
condiciones correspondientes surge u n a u otra
trabajen c o ne l f i n d e hacerlas realidad. Esto
posibilidad. Pero cuando l a s condiciones h a n
m a d u r a d o ¿son s u f i c i e n t e s p o r sí m i s m a s p a r a s i g n i f i c a c r e a r n o sólo c o n d i c i o n e s objetivas,
que l a posibilidad seconvierta e n realidad? N o . s i n o también s u b j e t i v a s p a r a r e a l i z a r l a s p o s i -
E n l avida social t o d o depende d e l o s h o m b r e s , b i l i d a d e s . L a p o s i b i l i d a d d e l a construcción d e
q u e e n s ua c t i v i d a d t i e n e n q u e t r a n s f o r m a r l a l a s o c i e d a d c o m u n i s t a e n l a Unión Soviética s e
posibilidad e n realidad. hace realidad gracias a l trabajo cotidiano d e l
p u e b l o soviético y s u v a n g u a r d i a : e l P a r t i d o C o -
Para que en el desarrollq social la posibilidad munista.
se transforme en realidad son necesarias, en
primer lugar, condiciones objetivas y, en segun-
do lugar, la actividad de los hombres que crean
las condiciones subjetivas correspondientes. Esa CONTENIDO Y FORMA
a c t i v i d a d e s u n factor subjetivo. Cuando han
m a d u r a d o las condiciones p a r a acciones necesa- ¿QUÉ SON "CONTENIDO" Y "FORMA"?
rias y decididas, hay que hacer todos los esfuer-
zos posibles p a r a que l aposibilidad s e c o n v i e r t a
e n r e a l i d a d . Quién n o r e c u e r d a l a s a r d i e n t e s p a - C u a l q u i e r o b j e t o , fenómeno o p r o c e s o t i e n e
l a b r a s q u e L e n i n d i j o e n vísperas d e l a G r a n s u s peculiaridades y rasgos esenciales específicos.
Revolución S o c i a l i s t a d e O c t u b r e , q u e n o s e Su conjunto integra el contenido de un objeto
podía e s p e r a r n i u n m i n u t o , q u e había q u e a c - dado.

128 129
 L a transición d e l c a p i t a l i s m o a l s o c i a l i s m o ,
i n i c i a d a p o r l a G r a n Revolución S o c i a l i s t a d e
Octubre, constituye e l contenido fundamental
d e n u e s t r a época. P o r c o n s i g u i e n t e , e s t o e s p r e -
c i s a m e n t e l o q u e d e t e r m i n a l a e s e n c i a , e l carác-
ter d e l aetapa actual d e l ahistoria universal.
S i t o m a m o s u n a o b r a , s u c o n t e n i d o será e l
t e m a f u n d a m e n t a l q u e revela l a esencia d e l a s
relaciones sociales expresadas e n ella.
P e r o ¿puede e x i s t i r e l c o n t e n i d o p o r sí s o l o ?
V a m o s a pensarlo.
I m a g i n e m o s q u ee n u n solar tenemos todas
las piezas necesarias, todo e l"contenido" d e l a
c a s a q u e s e c o n s t r u y e . P e r o ¿podemos d e c i r q u e
t e n e m o s a n t e n o s o t r o s u n a Casa? N a t u r a l m e n t e
q u e n o podemos» T e n d r e m o s u n a c a s a sólo c u a n -
d o t o d a s l a s p i e z a s estén m o n t a d a s y s e l e s d e
una forma determinada.
E l contenido debe tener forma. S i n u n a f o r m a
correspondiente, n o h a yn i puede haber conte-
n i d o . C u a l q u i e r o b j e t o o fenómeno t i e n e , d e e s t a
m a n e r a , n o sólo c o n t e n i d o s i n o también f o r m a .
FORMA es la organización interior, la estructura
del contenido que posibilita su existencia.
L a f o r m a y e l contenido existen e n unidad.
E n c u a l q u i e r o b j e t o ó p r o c e s o están s i e m p r e e s -
t r e c h a m e n t e u n i d o s e n t r e sí. C a b e p r e g u n t a r
¿qué p a p e l desempeña c a d a u n a d e e s t a s c a t e g o -
rías? ¿Qué e s l o p r i n c i p a l o d e t e r m i n a n t e e n e s t a
unidad?
N o r e s u l t a difícil c o n v e n c e r s e d e q u e l a f o r m a
d e c u a l q u i e r o b j e t o o fenómeno d e p e n d e d e s u
contenido. E s t o puede verse e ne lsiguiente ejem-
plo: l a snuevas tareas d e l desarrollo d el a agri-
130
c u l t u r a e n v a r i o s países l i b e r a d o s s e r e s u e l v e n
p o r m e d i o d e lá creación d e d i s t i n t a s f o r m a s d e
cooperativas campesinas: asociaciones d e ayuda
mutua, cooperativas d esuministro y venta, etc.
U n a u o t r a f o r m a d e cooperación d e b e c o r r e s -
p o n d e r a l a s c o n d i c i o n e s o b j e t i v a s d e c a d a país
c o n c r e t o . E l o l v i d o d e e s t e r e q u i s i t o d e l a dialéc-
tica materialista origina fallas y frustraciones.'
Cuando e l grupo d eM a oTse-tung, sin t o m a r
e n consideración e l c o n t e n i d o — e l n i v e l d e d e -
s a r r o l l o d e l a producción a g r o p e c u a r i a - — i m -
plantó l a c o m u n a c o m o u n a f o r m a d e o r g a n i z a -
ción, h i z o c o n e l l o p e l i g r a r n o sólo e l a b a s t e c i -
m i e n t o d e l país, s i n o también l a p r o p i a e s e n c i a
de l a s relaciones socialistas. ¡
E l papel d e t e r m i n a n t e d e lcontenido d i m a n a
del siguiente hecho. S a b e m o s q u el a f o r m a s e
establece e ndependencia d e l a estructura y l a
posición recíproca d e l o s e l e m e n t o s . E s t a unión,
la integridad d elos elementos es e l contenido.
Puede decirse q u ea lnacer e lcontenido origina
l a f o r m a c o r r e s p o n d i e n t e s i n l a c u a l él e s i n c o n -
c e b i b l e . P o r e s o , FORMA no es algo exterior res-
pecto al contenido, sino que aparece como un
aspecto del contenido, porque es su estructura
interior.
P o r l o d i c h o , s e p u e d e v e r q u e la forma de-
pende del oficio de los objetos, fenómenos, pro-
cesos, de su contenido, que desempeña el papel,
decisivo. .........
P e r o ¿cómo e n t e n d e r q u e l a f o r m a f r e n a e l
contenido s i h e m o s dicho q u es e establece e n
d e p e n d e n c i a d e l c o n t e n i d o y c o n s t i t u y e c o n éste
una unidad?
 CONTRADICCIÓN ENTRE LA FORMA
Y E L CONTENIDO
N o e s difícil c o m p r e n d e r l a contradicción
entre l a f o r m a y e l contenido s i se tiene e n
cuenta que cualquier cosa s edesarrolla. P o r eso
el contenido n oqueda estancado n u n c a e n u n
cierto nivel, sino que s edesarrolla. L af o r m a se
d e s a r r o l l a también, p e r o e s más e s t a b l e , m e n o s
móvil; q u e d a r e z a g a d a r e s p e c t o d e s u c o n t e n i d o .
La forma y e lcontenido son contrarios. Cuando
este c o n t r a r i o s e desarrolla p a r a convertirse e n
u n a contradicción e n t r e l a f o r m a y e l c o n t e n i d o ,
e s t a contradicción t i e n e q u e s e r s u p e r a d a .
U n a n u e v a invención t i e n e a l p r i n c i p i o f o r m a
v i e j a . Así, e l p r i m e r automóvil f u e u n a c o p i a
e x a c t a d e l a c a r r o z a . L a p r i m e r a máquina d e
c o s e r tenía " m a n o s mecánicas". P e r o l l e g a l a
hora e nque l af o r m a vieja se convierte e n u n
freno q u eimpide e l desarrollo d e l a s nuevas
c u a l i d a d e s d e l a máquina, d e sü n u e v o c o n t e -
n i d o . L a v i e j a f o r m a d e l automóvil n o permitía
aumentar l avelocidad d e s um o v i m i e n t o hasta
q u e n o l e d i e r a n a l automóvil u n a f o r m a a e r o -
dinámica.
E n l a v i d a s o c i a l n o s e n f r e n t a m o s también
c o n l a n e c e s i d a d d e s u p e r a r l a contradicción q u e
surge entre l af o r m a y e l contenido. Por ejem-
p l o , l a f o r m a d e dirección a través d e l o s j e f e s
de las t r i b u s y d elas f a m i l i a s n u m e r o s a s e n al-
g u n o s países i n d e p e n d i e n t e s d e A f r i c a e n c o n -
tradicción c o n l a s t a r e a s d e l a construcción d e
l a n u e v a v i d a . E s t o exigió q u e e s t a f o r m a d e d i -
rección f u e r a s u s t i t u i d a p o r o t r a d i s t i n t a : p o r
representantes d e lgobierno, l o sp a r t i d o s y l o s
órganos e l e g i b l e s e n l a s l o c a l i d a d e s .
132
¿Por qué p r o c e d i m i e n t o s e d i r i m e n , p u e s , l o s
conflictos entre l a f o r m a y e l contenido? E n
d i s t i n t a s e s f e r a s d e l a v i d a , éstos s e d i r i m e n p o r
d i s t i n t o s p r o c e d i m i e n t o s pacíficos y n o pacífi-
cos, e n c o r r e s p o n d e n c i a c o n l a s condiciones y
l a época.
E n l a scondiciones d e l a sociedad socialista
estas contradicciones s es u p r i m e n p o r m e d i o d e
l a transformación g r a d u a l d e l a s f o r m a s v i e j a s
realizadas por iniciativa del Partido y e l Estado.
Así s e s u p r i m e l a contradicción e n t r e l a v i e j a
f o r m a y e ln u e v o contenido, e nbase a u n a com-
prensión a c e r t a d a d e l a relación m u t u a e n t r e
ellos.
H a y que tener presente que en la vida no siem-
pre se entiende bien e l papel d e l a forma; es
p a r t i c u l a r m e n t e n o c i v a l a exageración e x c e s i v a
d e s u p a p e l . E s t o c o n d u c e a l formalismo.
E l formalismo se manifiesta con frecuencia e n
el arte, cuando e l artista tras l af o r m a n ov e e l
contenido. Por ejemplo, algunos artistas pintan
cuadros q u e carecen d e contenido. D a n e n e l
l i e n z o u n a s p i n c e l a d a s c o n f u s a s y caóticas, y
e l c u a d r o está l i s t o . E s e l l l a m a d o a r t e a b s t r a c t o ,
que e se l f o r m a l i s m o e x t r e m o e ne larte. E l ver-
d a d e r o a r t e e x i g e q u e l a e l e v a d a f o r m a artística
corresponda p o r completo a lp r o f u n d o conteni-
do d el a obra.
E l f o r m a l i s m o s e m a n i f i e s t a n o sólo e n e l a r t e ,
s i n o también e n e l e n f o q u e d e l o s a s u n t o s y e n
el t r a t o d elas personas. E l f o r m a l i s m o e s siem-
pre perjudicial. E l f o r m a l i s t a n o v ea l a persona
v i v a , n i s u s n e c e s i d a d e s y d e m a n d a s . E n l a prác-
t i c a , e l f o r m a l i s t a e s l o m i s m o q u e e l burócrata,
133
 que tras los papeles n ov e e la s u n t o palpitante.
CAPITULO V I
P o r eso e snecesario c o m b a t i r e l f o r m a l i s m o .
Así, h e m o s e x a m i n a d o l a s l e y e s y categorías
f u n d a m e n t a l e s d e l a dialéctica m a t e r i a l i s t a . P o r
l o q u e r e s p e c t a a l a s categorías d e e s e n c i a y
fenómeno c o n v i e n e a n a l i z a r l a s e n relación c o n
l a teoría d e l c o n o c i m i e n t o . A h o r a c a b e p r e g u n - TEORIA D E L CONOCIMIENTO
t a r : ¿de qué m o d o c o n o c e l a c i e n c i a e s t a s r e l a - D E L M A T E R I A L I S M O DIALÉCTICO
ciones, leyes y l a esencia? D e esto t r a t a r e m o s
a continuación.
ESENCIA Y FENÓMENO
, . * , 5;

L a c i e n c i a y l a práctica n o s c o n v e n c e n d e q u e
los objetos y los procesos que se operan e n e l
m u n d o t i e n e n d o s a s p e c t o s : interior, oculto d e
n o s o t r o s , y exterior, a c c e s i b l e p a r a n u e s t r a p e r -
cepción. C u a n d o c o n o c e m o s l a s c o s a s c o n a y u d a
d e n u e s t r o s órganos d e l o s s e n t i d o s , p e r c i b i m o s
a l p r i n c i p i o sólo a l g u n o s fenómenos a i s l a d o s d e
l o s o b j e t o s d a d o s , sólo l a relación e x t e r n a e n t r e
e l l o s . Así c o n o c e m o s l o q u e está s o b r e l a s u p e r -
f i c i e d e l o s o b j e t o s , l o q u e r e s a l t a más, c o n o c e -
m o s sólo e l vínculo e x t e r i o r d e l o s fenómenos.
E n o t r o s términos, a n t e n o s o t r o s l o p r i m e r o q u e
a p a r e c e e s e l m u n d o d e l o s fenómenos.
P e r o t a n t o l a c i e n c i a c o m o l a práctica h u m a n a
en su totalidad n opueden limitarse a l a simple
percepción y descripción d e fenómenos, h e c h o s
y acontecimientos singulares, sino que. tienen
p o r objeto descubrir leyes esenciales, estables,
d e l o s fenómenos, i n s t i t u i r s u d e p e n d e n c i a c a u -
s a l y s u concatenación interna. L a s l e y e s d e l a
naturaleza y l a sociedad n oseperciben directa-
m e n t e , n o c o i n c i d e n c o n l o s fenómenos. R e v e l a r
e l d e s a r r o l l o lógico d e l o s p r o c e s o s s i g n i f i c a c o -
nocer s un a t u r a l e z a interior, e s decir, calar e n
134
135
 a q u e l l o q u e u n e a l o s d i s t i n t o s fenómenos, o s e a ,
l o q u e c o n s t i t u y e s u médula.
L a expresión " c a l a r e n l a e s e n c i a " n o s i g n i f i c a
otra cosa q u e l a necesidad d e comprender l a
base d elos objetos, l aregularidad d elos proce-
s o s , e l vínculo orgánico i n t e r n o e n t r e l o s fenó-
m e n o s , d e s c u b r i r l o común, l o más caracterís-
t i c o d e u n a c l a s e d a d a d e fenómenos, l a s l e y e s
d e s u d e s a r r o l l o . Así, p u e s , ESENCIA es la ex-
presión de la concatenación interna del mundo
objetivo, es la base de la diversidad de los fenó-
menos. FENÓMENO, en cambio, es la revelación
de la esencia, es la forma externa de su manifes-
tación. P o r e s o l a e s e n c i a n o e s a l g o e x i s t e n t e
a n t e s d e l o s fenómenos e i n d e p e n d i e n t e m e n t e d e
e l l o s . E s e n c i a y fenómeno r e f l e j a n d i s t i n t o s a s -
pectos d e u n a m i s m a realidad: esencia refleja
los aspectos internos y fundamentales d e u n a
r e a l i d a d , y fenómenos, s u s a s p e c t o s e x t e r n o s y
directos.
L a tarea d e l aciencia consiste e n conocer l a
e s e n c i a p o r m e d i o d e l e s t u d i o d e l o s fenómenos.
T o m e m o s , p o r e j e m p l o , l a explotación d e l a c l a s e
o b r e r a b a j o e l c a p i t a l i s m o . Está o c u l t a , e n m a s -
c a r a d a . S o b r e l a s u p e r f i c i e d e l o s fenómenos, l a s
relaciones entre e l obrero y e l capitalista apa-
recen c o m o relaciones d e propietarios d e mer-
cancías l i b r e s e i g u a l e s e n d e r e c h o s . P u e d e p a r e -
cer incluso que entre e l obrero y e l capitalista
s e r e a l i z a u n a transacción c o r r i e n t e d e c o m p r a -
venta, consistente e nque e lobrero trabaja y e l
capitalista r e m u n e r a totalmente s u trabajo.
Sólo e l g e n i o d e M a r x p u s o a l d e s n u d o l a e s e n -
c i a d e l a explotación, l a b a s e d e l a s r e l a c i o n e s
m u t u a s e n t r e e l p r o l e t a r i o y e l burgués. El capi-
tal, d e M a r x , e s u n magnífico e j e m p l o d e l a p e -
136
netración e n l a profundísima e s e n c i a d e l modo
de producción c a p i t a l i s t a .
M a r x demostró q u e e l c a p i t a l i s t a n o p a g a t o d o
e l t r a b a j o d e l o b r e r o a s a l a r i a d o , s i n o sólo u n a
p a r t e d e él. L a p a r t e n o p a g a d a d e l t r a b a j o c o n s -
t i t u y e l a plusvalía q u e s e a p r o p i a él c a p i t a l i s t a .
E l c a p i t a l i s t a e x p l o t a a l o b r e r o . E s t a e s l a razón
de q u e e n l asociedad capitalista l am i s e r i a d e
las m a s a s p o p u l a r e s , e lh a m b r e y e lp a r o f o r z o s o
c o e x i s t a n c o n l a r i q u e z a y e l l u j o p a r a l o s pará-
sitos capitalistas.
E n l av i d a social, l a esencia d e l o s aconteci-
mientos s etergiversa con frecuencia premedita-
d a m e n t e y e s e n m a s c a r a d a p o rl a s f u e r z a s c a -
ducas y reaccionarias.
Por ejemplo, l o s imperialistas ofrecen s u
" a y u d a " a l o s países l i b e r a d o s d e l y u g o c o l o n i a l .
P e r o s op r e t e x t o d el a a y u d a t r a t a n d e s o j u z g a r
económicamente a l o s países e n vías d e d e s a r r o -
llo con e l fin d e hacer renacer e l colonialismo
e n u n a f o r m a distinta. L aesencia d e l imperia-
lismo se tergiversa conscientemente: aparece
c o n l a máscara d e " a m i g o " d e l o s p u e b l o s , s o b r e
t o d o d e l o s d e l o s países q u e " e m e r g e n " . E l aná-
l i s i s científico p e r m i t e s i e m p r e r e v e l a r - y e s t u -
diar l averdadera esencia d e los acontecimientos
que s esuceden a nuestro alrededor.
CRITICA DEL, AGNOSTICISMO
N o o b s t a n t e , h a y filósofos q u e n i e g a n l a p o s i -
bilidad d ec o n o c e r e l m u n d o , a f i r m a n d o q u e los
137
fenómenos q u e n o s r o d e a n q u e d a n s i n r e v e l a r ,
sin ser comprendidos, p o r l o tanto, que e l m u n -
d o e s m c o g n o s c i b l e . E s t o s filósofos s e d e n o m i -
n a n agnósticos. L o s r e p r e s e n t a n t e s más célebres
1 c i m i e n t o s . E s t e afán d e s a b e r , d e c o n o c e r l a
del agnosticismo fueron H u m e y Kant. Por ejem-
plo K a n t a f i r m a b a que los objetos existentes en'
e l m u n d o s e h a l l a n o c u l t o s d e n o s o t r o s , diríase
q u e están e n c e r r a d o s e n u n cascarón y e s i m p o -
sible conocer s u contenido interior. Los l l a m a b a
" o b j e t o s e n sí" y a f i r m a b a q u e n o s es a c c e s i b l e
1 c o n s c i e n t e s d e e s t o . P e r o l a c i e n c i a y l a práctica
s o l a m e n t e s u f o r m a e x t e r i o r . L a filosofía b u r -
g u e s a contemporánea h a c e u n a a m p l i a p r o p a -
ganda del agnosticismo.
¿A qué s e d e b e n s e m e j a n t e s a f i r m a c i o n e s ? - s i s t e e n l a práctica, p r e c i s a m e n t e , e n e l e x p e r i -
" E l conocimiento es luz", dice desde hace
t i e m p o e lpueblo; pero l aluz n ol egusta a todo
e l m u n d o , y e s fácil c o m p r e n d e r l o . A l u m b r a r e l
m u n d o c o n u n a p o d e r o s a razón h u m a n a s i g n i f i -
c a v e r m u c h a s c o s a s e n él, c o n o c e r m u c h o d e él,
s a b e r h a c e r m u c h a s c o s a s c o n él. E s t o e s p r e c i -
s a m e n t e l o qué i n f u n d e m i e d o a t o d a c l a s e d e
sembradores d etinieblas, a los opresores d e los
pueblos, porque e l hombre emancipado d e l a
e s c l a v i t u d sociopolítica y d e c u a l q u i e r o t r a e s -
c l a v i t u d , convirtiéndose e n dueño y señor, c o n s -
t r u y e s u v i d a , guiándose p o r l o s c o n o c i m i e n t o s .
N o e s casual q u e l o spueblos q u es e h a n sacu-
dido del yugo d e l colonialismo, q u eh a n des-
1
L e n i n defMóy esta tendencia en la filosofía como
sigue: " L a palabra agnóstico —escribió— viene del
griego: á significa en griego n o ; gnósis significa c o -
n o c i m i e n t o . E l agnóstico dice: Y o no sé s i existe
u n a realidad objetiva cuyo reflejo, cuya imagen, es
dada por nuestras sensaciones y declaro imposible
conocer e s t o : ; . " (V. I . Lenin:* O b r a s completas,
ed. en ruso, t. 18, p. 129). - l o d e c i d e l a práctica. En el proceso del
138
terrado a l o s opresores franceses, ingleses,
norteamericanos y otros, emprendieron de inme-
d i a t o l a alfabetización m a s i v a , a n s i o s o s d e c o n o -
verdad, e sl oque a t e m o r i z a a las clases reaccio-
narias; los imperialistas y los opresores. Los ag-
nósticos, q u e n i e g a n l a p o s i b i l i d a d d e c o n o c e r e l
m u n d o , defienden d e hecho l o s intereses d e
aquéllos, i n d e p e n d i e n t e m e n t e d e q u e estén o n o
rechazan sus infundios.
E n s u o b r a Ludwig Feuerbach y el fin de la
filosofía clásica alemana, E n g e l s escribió q u e l a
refutación más d e c i d i d a d e l a g n o s t i c i s m o c o n -
¡ mentó y l a i n d u s t r i a . S i p o d e m o s d e m o s t r a r e l
a c i e r t o d e n u e s t r a comprensión dé u n fenómeno
de l an a t u r a l e z a c o n p r o d u c i r l o , c o n crearlo, esto
significa, ante todo, que nuestros conocimientos
s o n a c e r t a d o s . E l i m p e r c e p t i b l e " o b j e t o e n sí"
d e K a n t r e s u l t a i m p u g n a d o . L a c i e n c i a y l a prác-
I t i c a r e v e l a n e s t o s " o b j e t o s e n sí". A n t e s , a l g u -
nas sustancias, p o r ejemplo l a s vitaminas, se
extraían sólo,de p l a n t a s y e r a n " c o s a s e n sí" s i n -
gulares; pero ahora, cuando l a s produce e n
a b u n d a n c i a l a i n d u s t r i a d e p r o d u c t o s químicos,
l a " c o s a e n sí" s e n a c o n v e r t i d o e n u n a " c o s a
p a r a n o s o t r o s " , e s decir, h a sido revelada y l a
h e m o s conocido. S i s e .tiene presente q u e l a
ciencia h a descubierto millones d e combinacio-
n e s orgánicas c o m o ésta, e l l o s i g n i f i c a q u e m i -
l l o n e s d e " c o s a s e n sí" h a n s i d o r e v e l a d a s , c o n o -
cidas. C o m o v e m o s , e l agnosticismo pone d e
manifiesto s ucompleta inconsistencia.
E l p r o b l e m a d e s i e s p o s i b l e c o n o c e r él m u n d o
trabajo,
139
én la actividad productiva, él hombre penetra la práctica, d e l a v i d a y , v i c e v e r s a , l a v i d a , l a prác-
esencia del mundo circundante y lo conoce. tica, precisan d e las conclusiones q u e o b t e n e m o s
¿Cómo s e o p e r a , p u e s , e l p r o c e s o d e l c o n o c i - de estos hechos. E s t a s conclusiones s o n necesa-
miento del m u n d o ? rias p a r a m e j o r a r , digamos, l a actividad d e l a
cooperativa q u e h e m o s estudiado, elevar e l ren-
d i m i e n t o d e l o s c u l t i v o s agrícolas, etcétera.
El proceso del conocimiento consta del cono-
cimiento sensorial y el lógico, que se realiza en
ETAPAS DEL CONOCIMIENTO base a la práctica. " D e l a contemplación v i v a a l
p e n s a m i e n t o a b s t r a c t o y de éste a la práctica
—escribió L e n i n — , t a l e s e l c a m i n o dialéctico
Imaginemos que nos h a n mandado a estudiar d e l c o n o c i m i e n t o d e la verdad, d e l c o n o c i m i e n t o
l a a c t i v i d a d d e u n a c o o p e r a t i v a agrícola. ¿Cómo de l a realidad objetiva." 2

comenzaremos e l estudio? Recogiendo, nati'ral-

m e n t e , d a t o s : e l d e l número d e t r a b a j a d o r e s , e l
d e máquinas y d e cómo e l l a s f u n c i o n a n , qué
c o s e c h a s e h a o b t e n i d o , e t c . Conociéndolos p u e -
den obtenerse conclusiones determinadas d e l a
vida y l aactividad d e l a cooperativa.
Así p r o c e d e m o s e n c u a l q u i e r a s u n t o . T o d o s
los que sededican a l descubrimiento y e l cono-
c i m i e n t o d e l a s l e y e s d e l a n a t u r a l e z a , al prin-
cipio acumulan hechos. E s t o s e c o n s i g u e h a c i e n -
do experimentos, y a realizando simples observa-
c i o n e s p e r o s i e m p r e p o r m e d i o d e l o s órganos
d e l o s s e n t i d o s . Ésta es la primera etapa de la
cognición: él conocimiento sensorial o la con-
templación viva.
Acumulada u n a cantidad suficiente de hechos,
nuestro entendimiento l o s analiza, compara,
confronta y llega a determinadas conclusiones.
E s la segunda etapa de la cognición: él conoci-
miento lógico o el pensamiento abstracto. Pero .
tanto l aprimera etapa d e lconocimiento como
la segunda s e realizan e nbase a l a actividad
práctica. T o m a m o s h e c h o s p a r a s u análisis d e l a
E n l a práctica médica s e presentó e l s i g u i e n t e
caso:
E n c i e r t a ocasión, e n u n a clínica ingresó u n a
p a c i e n t e q u e tenía p a r a l i z a d o s t o d o s l o s órga-
n o s d e l o s s e n t i d o s : l a v i s t a , e l oído, e l o l f a t o ,
e l g u s t o . Sólo e n l a p i e l d e u n a d e l a s m a n o s
había s e n s i b i l i d a d . Ésta e r a * e l único c a n a l a
través d e l c u a l l a e n f e r m a recibía c o n o c i m i e n -
t o s d e l m u n d o . P e r o ¡qué i n s u f i c i e n t e s e r a n ! L a
m u j e r estuvo casi todo e l t i e m p o desvanecida.
¿Qué e s l o q u e e v i d e n c i a e s t e h e c h o ? E v i d e n c i a
q u e l o s órganos d e l o s s e n t i d o s s o n l o s c a n a l e s
a través d e l o s c u a l e s l l e g a n a l c e r e b r o l o s c o n o -
cimientos acerca d e lm u n d o q u en o s rodea; l a
acción d e l m u n d o e x t e r i o r s o b r e e l l o s p r o v o c a
s e n s a c i o n e s . Sólo g r a c i a s a l a s s e n s a c i o n e s p o d e -
m o s conocer e lm u n d o circundante.
E n c a s o d e pérdida d e u n o d e l o s s e n t i d o s , e l
ser h u m a n o puede compensarlo parcialmente
* V . I . L e n i n : O b r a s completas, e d . e n ruso, t. 29,
pp. 152-153. Ü

140 V 141
c o n o t r o s . P e r o s il ap e r s o n a carece d et o d o s l o s
órganos d e l o s s e n t i d o s n o p u e d e e s t u d i a r l a
r e a l i d a d . S i m p l e m e n t e n o sabrá n a d a d e l m u n d o
que nos rodea.
¿Qué e s , p u e s , l a sensación?
. Cada u n o d e nosotros sabe q u ea lcaer agua
tibia sobre nuestra m a n o sentimos calor. C u a n d o
m i r a m o s u nobjeto rojo, percibimos e l corres-
pondiente color. L amanzana, con todas sus pro-
piedades, existe objetivamente, independiente-
m e n t e d e n o s o t r o s ; p e r o c u a n d o actúa s o b r e
n u e s t r o s órganos d e l o s s e n t i d o s , p r o v o c a l a s
correspondientes sensaciones: color, olor, gusto,
e t c . E n c o n s e c u e n c i a , SENSACIÓN es el resul-
tado de la acción de los objetos del mundo exte-
rior sobre nuestros órganos de los sentidos. P o r
eso, p r e c i s a m e n t e , n o s p r o p o r c i o n a u n conoci-
m i e n t o verdadero, acertado, d e lm u n d o q u e n o s
rodea.
P e r o ¿con qué p u e d e p r o b a r s e q u e l a s s e n s a -
ciones nos p r o p o r c i o n a n u nc o n o c i m i e n t o acer-
tado d e lm u n d o ? L op r u e b a , a n t e todo, n u e s t r a
práctica. S i l a s s e n s a c i o n e s e n s u t o t a l i d a d n o s
proporcionaran conocimientos desacertados, e l
h o m b r e n o podría prácticamente u t i l i z a r l o s o b -
jetos d e lm u n d o exterior; e n este caso, l a s sus-
tancias p o r ejemplo, q u e l a s sensaciones d e l
h o m b r e l e s u g i e r e n s e r útiles p a r a s u o r g a n i s m o
p u e d e n r e s u l t a r n o c i v a s p a r a él y v i c e v e r s a .
N u e s t r o o j o , p o r e j e m p l o , diríase q u e " f o t o -
grafía" e l o b j e t o q u e m i r a m o s . S i éste s e m u e v e ,
en l aretina del ojo aparece l aimagen del.objeto
e n m o v i m i e n t o . S i e l o b j e t o p e r m a n e c e estático,
entonces aparece l aimagen del objeto e n reposo.
E n este caso, e lo j orefleja, copia, l oq u e o c u r r e
142
e n e l m u n d o . D e e s t e m o d o actúan t o d o s l o s ór-
ganos d e l o ssentidos. R e s u l t a , pues, q u e l o s
agnósticos n o t i e n e n razón a l a f i r m a r q u e n o s e
p u e d e f i a r e n l o s órganos d e l o s s e n t i d o s .
P e r o p o rm u y g r a n d e q u es e a l a i m p o r t a n c i a
d e l a s s e n s a c i o n e s , n o sólo s e p u e d e c o n o c e r e l
m u n d o p o r m e d i o dé éstas. E l s e r h u m a n o c o n
a y u d a d e l p e n s a m i e n t o v a más l e j o s q u e l a s
sensaciones. E s t o significa q u e ,confiando e n
ellas y u t i l i z a n d o s u sindicaciones, e l entendi-
m i e n t o h u m a n o p e n e t r a allí d o n d e n o p u e d e n
p e n e t r a r l a s sensaciones.
•'-itr- ;•• ti, ••;•!.-aíi.ac--> oai¿'«a«. .<uJ'i;;itaf:?.n©q te •
Con ayuda del pensamiento el hombre saca
conclusiones sobre la esencia, los vínculos inter-
nos, es decir, sobre las leyes del desarrollo de los
fenómenos. S i l a s s e n s a c i o n e s r e l a c i o n a n d i r e c -
t a m e n t e a lh o m b r e c o nl a s cosas existentes, e l
pensamiento refleja e l m u n d o exterior indirec-
tamente. E s t o s i g n i f i c a q u e l a s c o n c l u s i o n e s ló-
gicas s e o b t i e n e n e n base a datos indirectos.
P a r a saber, digamos, s ip u e d e ó n oe l h o m b r e ,
s i n qué s u v i d a c o r r a r i e s g o a l g u n o , v o l a r e n
u n a nave espacial, p r i m e r o s e hicieron experi-
m e n t o s c o n a n i m a l e s . Basándose e n l o s d a t o s
r e c i b i d o s l o s científicos soviéticos l l e g a r o n a l a
conclusión d e q u e e l h o m b r e p u e d e v o l a r a l e s -
p a c i o . L a s hazañas r e a l i z a d a s p o r l o s p r i m e r o s
cosmonautas l oconfirmaron plenamente.
Así, p u e s , necesitamos hechos para sacar con-
clusiones. L o s h e c h o s s o n e l oxígeno d e l cientí-
fico. Generalmente, los hechos s o n dados p o r las
sensaciones. E l pensamiento l o ssintetiza. D e
este m o d o s e obtiene u n a d e t e r m i n a d a conclu-
sión lógica. Q u e n o s l a p r o p o r c i o n a e l p e n s a -
miento. •
143
 Con e l concurso d e lpensamiento l o s hechos
se s i n t e t i z a n p a r a sacar l a s c o r r e s p o n d i e n t e s
c o n c l u s i o n e s ; s i n o f u e r a así, tendríamos u n a
aglomeración d e h e c h o s s u e l t o s . E n s u f o r m a
generalizada los hechos proporcionan u n conoci-
m i e n t o p r o f u n d o d e las causas, d e l a sregulari-
d a d e s d e l o s fenómenos q u e n o s r o d e a n , y p e r -
m i t e n c o n o c e r l a e s e n c i a d e l o s fenómenos. E s t o
se consigue gracias a q u e n u e s t r o p e n s a m i e n t o
s e p a r a d e l o s fenómenos, q u e s o n o b j e t o d e c o -
n o c i m i e n t o , sólo s u s a s p e c t o s intrínsecos. Éste
e s u n r a s g o característico d e l p e n s a m i e n t o . P o r
e s o e l p e n s a m i e n t o lógico c o n t i e n e e n f o r m a
c o n c e n t r a d a sólo l o intrínseco.
Así, p u e s , l o s s e n t i d o s p r o p o r c i o n a n a l e n t e n -
dimiento datos y hechos correspondientes. Basa-
do e nl o s cuales e l entendimiento hace deduc-
ciones y generalizaciones. S i n l o s sentidos n o
hay funcionamiento d e l cerebro y d e l entendi-
miento; sin l aactividad reguladora d e l cerebro
n o h a y c o n o c i m i e n t o s e n s o r i a l . El conocimiento
sensorial y racional constituyen, de este modo,
dos etapas de un proceso único e ^indestructible
del conocimiento que se opera en base a la prác-
tica. No s e d e b e n s e p a r a r u n a d e o t r a . P e r o e n
l a h i s t o r i a d e l a filosofía s e h a i n t e n t a d o h a c e r l o
r e i t e r a d a m e n t e . U n o s filósofos sostenían q u e e l
h o m b r e c o n o c e e l m u n d o sólo p o r m e d i o d e l a
razón y e s o l e s valió e l n o m b r e d e racionalistas.
E l r a c i o n a l i s m o s e c o n t r a p o n e a l l l a m a d o sen-
sualismo ó empirismo (de l a palabra latina
sensus, s e n t i m i e n t o , y l a p a l a b r a g r i e g a empiria,
e x p e r i e n c i a ) . L o s filósofos e m p i r i s t a s o s e n s u a -
listas consideran, por e l contrario, que los h o m -
bres obtienen todos los conocimientos con ayuda
d e l o s órganos d e l o s s e n t i d o s , l a e x p e r i e n c i a
144
s e n s o r i a l , y q u e l a razón n o p r o p o r c i o n a nada
n u e v o e n comparación c o n l o s s e n t i d o s .
Sin embargo, tanto los racionalistas como l o s
empíricos r e s u e l v e n u n i l a t e r a l m e n t e l o s p r o b l e -
m a s r e f e r e n t e s a l p a p e l d e l a razón y d e l o s s e n -
tidos e n e l p r o c e s o d e lc o n o c i m i e n t o . N o s e
puede exagerar e loficio d e n i n g u n a d elas etapas
del conocimiento, negando e l papel d e l a otra.
E n e lproceso del conocimiento, e l conocimiento
sensorial y e lracional s o n igualmente i m p o r t a n -
tes y n o p u e d e n e x i s t i r e lu n o s i n e l o t r o .
PAPEL DE LA PRÁCTICA
EN E L CONOCIMIENTO
E l p r i n c i p i o d e l a s o c i e d a d h u m a n a f u e el
trabajo, la actividad práctica. E n l a práctica d e
l a v i d a d i a r i a e l h o m b r e aprendió t o d o l o q u e
necesitaba p a r a salir a i r o s o d e l ap u g n a c o n l a
naturaleza.
L a e x p e r i e n c i a d i a r i a también n o s c o n v e n c e
d e s e l l o . E l h o m b r e n a c e s i n t e n e r ningún c o n o -
cimiento. Los adquiere a medida que se enfrenta
c o n l o s fenómenos q u e s e p r o d u c e n a s u a l r e -
d e d o r e n e l p r o c e s o d e l a práctica. C u a n d o e l
niño t i e n d e s u s m a n i t a s a l f u e g o p a r a c o g e r l o ,
n o c o n o c e aún l a s p r o p i e d a d e s d e éste; p e r o
p a s a c i e r t o t i e m p o y e l niño, c o n o c i d a s e s t a s
p r o p i e d a d e s e n l a práctica, n o h a c e y a i n t e n t o s
de acercarse a lfuego. D eesta f o r m a h a a d q u i -
rido determinado conocimiento.
145
 P e r o esto n o significa, n a t u r a l m e n t e , q u e l a
práctica c o m p r e n d a únicamente l a e x p e r i e n c i a
p e r s o n a l d e l o s s e r e s húmanos. D e e s t o p e c a b a ,
dicho s e a d epaso, e lm a t e r i a l i s m o premarxista,
q u e entendía l a práctica sólo c o m o l a e x p e r i e n -
cia del individuo. E lm u n d o , como preconizaba
este m a t e r i a l i s m o , consta d e " R o b i n s o n e s " ais-
lados, separados Unos d e otros, y forzados' por
e l l o a c o n p e e r s o l o s e l m u n d o , únicamente c o n
s u s p r o p i a s f u e r z a s . E n r e a l i d a d n o e s así; e n
n u e s t r a a c t i v i d a d u t i l i z a m o s n o sólo n u e s t r a p r o -
p i a e x p e r i e n c i a , s i n o también l a d e l o s demás
h o m b r e s , e s decir, l aexperiencia social d e t o d a
la humanidad. Por e s oe lm a r x i s m o trata d e l a
práctica s o c i a l : ésta comprende toda la activi-
dad de los hombres, en cuyo curso ellos actúan
sobre el mundo material y lo transforman: la
actividad productiva, la lucha de clases, el ex-
perimento científico, etcétera.
E l hecho d eque todos los conocimientos pro-
v e n g a n , e n d e f i n i t i v a , d e l a práctica s o c i a l d e
l a h u m a n i d a d , e v i d e n c i a l a i m p o r t a n c i a q u e ésta
1 v e r t a r e a s prácticas, h a c e n u e v a s síntesis. Y e s t o
t i e n e e n e lp r o c e s o del c o n o c i m i e n t o . E s t o s e v e
m u y b i e n e n los datos d ela h i s t o r i a d ela ciencia.
¿Cómo, p o r e j e m p l o , nació l a geometría?
D e s d e l a antigüedad, l o s h o m b r e s , l a b r a n d o l a
tierra, construyendo viviendas, h a n sentido siem-
pre l a necesidad d em e d i r parcelas d e diferente
tamaño y f o r m a . R e v e l a r o n p o c o a p o c o q u e h a y
c i e r t o s métodos d e medición a p r o p i a d o s para
c u a l q u i e r p a r c e l a , s i ésta t i e n e u n a f o r m a d e t e r -
m i n a d a : u n triángulo, u n t r a p e c i o , e t c . Así n a c e
c u a l q u i e r c i e n c i a , c o m o síntesis d e l a práctica.
E n e l m u n d o s e p r o d u c e n d e t e r m i n a d o s fenóme-
n o s y a c o n t e c i m i e n t o s , s u e s t u d i o y s u síntesis
p o s t e r i o r d a n c o m o r e s u l t a d o u n a teoría, u n a
146
c i e n c i a . Así, p u e s , el conocimiento científico y la
teoría nacen de la práctica, que es la base del
conocimiento.
¿Lo d i c h o a n t e r i o r m e n t e n o s i g n i f i c a q u e e l
h o m b r e sea u n ser p a s i v o , i n e r t e , q u e d e j a cie-
g a m e n t e q u e e l m u n d o e x t e r i o r actúe s o b r e él?
Claro que no. E n efecto, los materialistas meta-
físicos a n t e r i o r e s a M a r x entendían u n i l a t e r a l -
m e n t e l a práctica sólo c o m o acción d e l m u n d o
e x t e r i o r s o b r e e l h o m b r e . Marx, en cambio, en-
tendía la práctica de un modo mucho más pro-
fundo: como acción del mundo exterior sobre él
hombre y también como uña acción de éste sobre
aquél.
La práctica no es solamente la base, sino tam-
bién la fuerza motriz del conocimiento. Sí, d i g a -
m o s , l a v i d a p l a n t e a a n t e l o s agrónomos l a t a r e a
de encontrar u n procedimiento m e j o r d e laboreo
d e l a s t i e r r a s , e s t a t a r e a , p l a n t e a d a p o r l a prác-
t i c a , c o n s t i t u y e u n g r a n estímulo p a r a e l d e s a r r o -
l l o d e l a c i e n c i a agronómica. L a c i e n c i a , a l r e s o l -
la enriquece, l a i m p u l s a . E n este sentido precisa-
m e n t e L e n i n d i c e q u e l a práctica e s más i m p o r -
t a n t e q u e é l c o n o c i m i e n t o teórico; e l p u n t o d e
v i s t a d e l a v i d a , d e l a práctica, enseña L e n i n ,
debe ser e lp u n t o d ev i s t a p r i m e r o y f u n d a m e n -
t a l d e l a teoría d e l c o n o c i m i e n t o .
E n t o n c e s c a b e p r e g u n t a r ¿no s e m i n i m i z a c o n
e l l o l a i m p o r t a n c i a d e l a teoría y d e l a c i e n c i a
en l a actividad productiva o revolucionaria d e
los h o m b r e s ? L o srevisionistas, e n e m i g o s d e l
marxismo-leninismo, tratan d edemostrar que los
marxistas-leninistas, a lhablar d el a i m p o r t a n c i a
p r i m o r d i a l ; d e l a práctica p a r a l a cognición, n i e -
g a n s u p u e s t a m e n t e e l p a p e l d e l a teoría. A c u s a n
147
a l o s marxistas d e "practicismo estrecho", es
d e c i r , d e "desdeñar" l a teoría. P e r o e s m e n t i r a .
Los partidos marxista-leninistas h a n concedido
siempre, y siguen concediendo, gran importan-
c i a a l a teoría. L e n i n enseñó q u e l a teoría a l u m -
b r a e l c a m i n o a l a práctica.
C o m o v e m o s , e l r e c o n o c i m i e n t o "únicamente"
d e l a i m p o r t a n c i a d e l a práctica o "únicamente"
d e l a teoría e s a j e n o a l a dialéctica m a t e r i a l i s t a .
E n t r e l a teoría y l a práctica e x i s t e u n a u n i d a d
dialéctica. E s i m p o s i b l e s e p a r a r l a s l a u n a d e l a
o t r a . L a teoría n a c e d e l a práctica; p e r o a l m i s m o
t i e m p o s i r v e a ésta, l a e n r i q u e c e . S i n práctica
n o p u e d e h a b e r teoría. P e r o s i n l a teoría r e -
v o l u c i o n a r i a n o p u e d e h a b e r t a m p o c o práctica
r e v o l u c i o n a r i a . S i n l a práctica, l a teoría está
m u e r t a . E n e s t e c a s o , l o s p o s t u l a d o s teóricos
permanecen como carga m u e r t a . Pero sin u n a
teoría científica l a práctica está c i e g a , c a r e c e d e
perspectiva, s i n ella e si m p o s i b l e d i r i g i r u n a e m -
p r e s a , u n a c o o p e r a t i v a , u n país e n s u t o t a l i d a d .
Por consiguiente la unidad indestructible de
la teoría y la práctica es una conclusión impor-
tantísima de la teoría marxista del conocimiento.
P e r o ¿cómo c o n v e n c e r s e d e q u e l o s c o n o c i -
mientos obtenidos e ne l proceso del conocimien-
t o s o n verídicos? E s t a cuestión e x i g e , u n e s t u d i o
especial.
¿QUÉ E S "VERDAD"?
P o r l avida diaria sabemos que l l a m a m o s ver-
d a d e r o e lj u i c i o q u e n o h a sido i n v e n t a d o , s i n o
148
que corresponde a algo real, existente e nl a pro-
pia vida. Todo cuanto corresponde a l a realidad
es v e r d a d e r o . L a v e r d a d e s c o n t r a r i a a l a equi-
vocación. N u e s t r o s j u i c i o s s o n f a l s o s s i e n e l l o s
se a f i r m a a q u e l l o q u e n o existe e n l a v i d a r e a l .
E l marxismo-leninismo, e nconsonancia con l a
práctica d e l a h u m a n i d a d , p a r t e d e q u e l a v e r d a d
es u n r e f l e j o f i e l d e l a r e a l i d a d . S i n u e s t r o s
c o n o c i m i e n t o s están e n c o r r e s p o n d e n c i a c o n e l
m u n d o objetivo, s o nverdaderos. E n este sen-
t i d o , l a filosofía m a r x i s t a t r a t a d e l a v e r d a d o b -
jetiva.
E n s u o b r a Materialismo y empiriocriticismo,
L e n i n l l a m a VERDAD OBJETIVA aun contenido
de representaciones humanas que no depende del
sujeto, es decir, no depende ni del hombre ni de
la humanidad.
¿Cómo s e d e b e e n t e n d e r e s t o ?
Sin e l hombre n oh a yverdad; pero l o q u e
c o n s t i t u y e e l c o n t e n i d o d e ésta n o d e p e n d e d e l
h o m b r e . L averdad se t o m a del m u n d o que rodea
al h o m b r e . N o s o n i o s deseos d e l o s h o m b r e s
los q u ed e t e r m i n a n l averacidad d e l o s juicios,
l a s o p i n i o n e s , s i n o l a c o r r e s p o n d e n c i a d e éstos
c o n l ar e a l i d a d objetiva, c o n l oq u e existe e n e l
m u n d o independientemente del hombre. Por e s o
p r e c i s a m e n t e L e n i n d i c e q u e ta verdad objetiva
no depende del hombre ni de la humanidad. En
otros términos, no depende de la arbitrariedad
de los hombres. El hombre no crea ta verdad,
sino que la refleja con arreglo a lo que existe
en la realidad objetiva.
¿Qué e s , p u e s , l o q u e g a r a n t i z a a l o s h o m b r e s
la v e r a c i d a d d esus c o n o c i m i e n t o s , l a c o r r e s p o n -
dencia d elos m i s m o s con l a realidad? E n Otros
 I
términos, ¿cuál e s e l criterio» l a m e d i d a d e l a
verdad d e nuestros conocimientos? Este crite-
r i o e s l a práctica social. L a a c t i v i d a d práctica
d e l o s h o m b r e s e s e l único p r o c e d i m i e n t o a c e r -
t a d o d e comprobación d e l a v e r a c i d a d o l a f a l -
s e d a d d e n u e s t r o s j u i c i o s , teorías, r e p r e s e n t a c i o -
n e s , M a r x escribió: " E s e n l a práctica d o n d e e l
h o m b r e tiene que d e m o s t r a r l a verdad, e s decir,
l a r e a l i d a d y e l poderío, l a t e r r e n a l i d a d d e s u
pensamiento." 3
Si nuestros conocimientos, que hemos recibido
como resultado d e lestudio d e l arealidad, s o n
c o n f i r m a d o s p o r l a práctica, e s t o q u i e r e d e c i r
que s o n verdaderos, fidedignos, y n o tenemos
m o t i v o p a r a d u d a r d eellos. Y viceversa, las teo-
rías y l o s j u i c i o s q u e n o h a n r e s i s t i d o l a p r u e b a
d e l a v i d a , l a práctica, s o n teorías y o p i n i o n e s
falsas. P o r m u c h o q u el o slaboristas y l o s revi-
s i o n i s t a s d e t o d a índole a f i r m a r a n d u r a n t e m u -
c h o s d e c e n i o s q u e e s p o s i b l e , s i n u n a revolución
proletaria, t r a n s f o r m a r " g r a d u a l m e n t e " l a socie-
dad burguesa e n socialista, no; h a n logrado n i
lograrán prácticamente r e a l i z a r l o : ésta teoría e s
f a l s a . L a s teorías f a l s a s s o n i n c a p a c e s d e r e s i s t i r
l a p r u e b a d e l t i e m p o . L a práctica e s s i e m p r e l a
p i e d r a d e t o q u e d e c u a l q u i e r teoría.
Así, p u e s , c o r r e s p o n d e a j a r e a l i d a d l o q u e h a
s i d o c o n f i r m a d o e n ía práctica y , e n v i r t u d d e
ello, puede llevarse a cabo,
A h o r a t e n e m o s q u e e x a m i n a r l a cuestión d e
v
cómo* c o n o c e m o s l a v e r d a d o b j e t i v a : d e súbito
i n t e g r a l m e n t e , o p o r p a r t e s . E s t e p r o b l e m a güar-
3
C.¡ Marx y F . E n g e l s : O b r a s escogidas, en dos tomos,
t. 2, p. 401, E d i t o r i a l Progreso, Moscú. ti
150
d a relación c o n e l d e l a correlación d e l a v e r d a d
absoluta y l arelativa. Cada persona estudia l a
naturaleza c o na y u d a d e l o s m e d i o s accesibles
a él p r o p o r c i o n a d o s p o r l a s o c i e d a d .
H u b o u nt i e m p o e nq u e l o s sabios n o dispo-
nían n i s i q u i e r a d e l a s i m p l e b a l a n z a n i d e l
termómetro, s i n h a b l a r y a d e l m i c r o s c o p i o , t e -
l e s c o p i o , e t c . Ésto, c o m o e s n a t u r a l , l i m i t a b a l a s
p o s i b i l i d a d e s d e l a cognición d e l m u n d o . A h o r a
l a c i e n c i a está p e r t r e c h a d a c o n a p a r a t o s m u y
c o m p l e j o s , p e r o ¿Cabe d u d a a c a s o d e q u e e n e l
f u t u r o l o s a p a r a t o s s e a n todavía más p e r f e c t o s
y que los h o m b r e s puedarf*conocer m u c h o m e j o r
la naturaleza? P o r consiguiente, n opuede tra-
tarse d e conocimientos "acabados", "exhausti-
vos". L o sconocimientos son o r d i n a r i a m e n t e rer
lativos, n o exactos.
C a d a teoría científica, c u a l q u i e r v e r d a d , l l e v a
e l s e l l o d e l a limitación histórica; p o r e s o l o s
conocimientos d e l o shombres son relativos e n
c a d a período histórico.
Entonces cabe preguntar: s i n o h a y conoci-
m i e n t o s c o m p l e t o s , a c a b a d o s , s it o d o s ellos s o n
r e l a t i v o s , ¿existe la verdad absoluta, e s decir,
u n a verdad perfecta, completa, exhaustiva?
A l g u n o s filósofos r e s p o n d e n a e s t a i n t e r r o -
gante c o m o sigue: p o r cuanto que e n e l proceso
d e l a cognición sólo o b t e n e m o s c o n o c i m i e n t o s
que con frecuencia caducan e incluso se refutan,
esto significa q u en o h a y n i n g u n a v e r d a d abso-
luta, q u e solamente existen verdades relativas.
E n nuestros conocimientos todo e s pasajero,
t o d o fluye, n o h a yn a d a p e r m a n e n t e . T o d o e s
r e l a t i v o , d i c e n e s t o s filósofos. P o r e s o h a n r e c i -
b i d o e l n o m b r e d e relativistas.
151
 H a y filósofos q u e r a z o n a n d e u n a m a n e r a d i -
ferente: l a sverdades q u ecaducan, q u e deben
ser precisadas y requieren u nestudio comple-
m e n t a r i o , n os o n v e r d a d e s . L a s v e r d a d e s " v e r d a -
deras" n ocaducan, son eternas, dadas d e u n a
v e z y p a r a s i e m p r e . T e n e m o s q u e v e r sólo c o n
las verdades absolutas y acabadas, verdades e n
última i n s t a n c i a , d i c e n . L o s ñlósofos q u e p i e n -
s a n d e e s t e m o d o s o n dogmáticos: p a r a e l l o s
las verdades son dogmas, e s decir, postulados
eternos, invariables, dados d e u n a v e zy p a r a
s i e m p r e . P e r o t a n t o l o srelativistas c o m o l o s
dogmáticos r e s u e l v e n éste p r o b l e m a u n i l a t e r a l y
metafísicamente.
N o puede hablarse d ela verdad absoluta c o m o
de u n conocimiento acabado d e t o d a l a natura-
l e z a . E n e f e c t o , ¿acaso p u e d e a d m i t i r s e q u e e n
u n m o m e n t o determinado l ah u m a n i d a d d o m i n e
todo l o existente, termine d e estudiar e l uni-
verso, y e neste sentido conozca l av e r d a d abso-
l u t a ? L o s h o m b r e s n o podrán n u n c a c o m p r e n d e r
el m u n d o "hasta e l f i n " , porque l a naturaleza
e s i n f i n i t a , está e n c o n s t a n t e d e s a r r o l l o . P o r e s o ,
p r e c i s a m e n t e , e s a b s u r d o p o n e r límites a l c o n o -
cimiento humano.
E n t o n c e s ¿qué h a c e r c o n l a v e r d a d a b s o l u t a ,
es decir, c o n l o s c o n o c i m i e n t o s a c a b a d o s , eter-
n o s , a b s o l u t o s ? ¿Son i n a c c e s i b l e s p a r a l o s h o m -
bres?
S i estos conocimientos seentienden d e m o d o
metafísico, c o m o v e r d a d e s e t e r n a s , después d e l
c o n o c i m i e n t o d e l a s c u a l e s c e s a l a cognición,
entonces n o h a yefectivamente tales verdades
" a c a b a d a s " . P e r o d e e n f o c a r ésta cuestión d e s d e
l a posición dialéctico-materialista, l a única a c e r -
152
tada, entonces es necesario reconocer q u e l a
verdad absoluta existe y e s cognoscible.
E l proceso del c o n o c i m i e n t o d ela verdad abso-
l u t a s e o p e r a acumulándose v e r d a d e s r e l a t i v a s .
E l desarrollo d e lconocimiento consiste e n q u e
e s t a s v e r d a d e s r e l a t i v a s , acumulándose, a p r o x i -
man gradualmente a l hombre a l conocimiento
d e t o d a l a n a t u r a l e z a , d e s u s fenómenos y l e y e s .
D e l m i s m o m o d o q u e un todo se forma de sus
partes, así también la verdad absoluta se com-
pone de verdades relativas en el proceso infinito
del desarrollo del conocimiento.
E s t a interpretación d e l a v e r d a d a b s o l u t a
— c o m o s u m a d e verdades relativas e ne l pro-
c e s o d e s u d e s a r r o l l o — está o r i e n t a d a c o n t r a l a
separación metafísica d e l a v e r d a d a b s o l u t a y
l a r e l a t i v a e n t r e sí. D i c h a interpretación e v i d e n -
cia q u e entre l a verdad absoluta- y l a relativa
n o h a y límite i n f r a n q u e a b l e . D o m i n a n d o e n e l
proceso del c o n o c i m i e n t o las verdades relativas,
o b t e n e m o s con ello l o s g r a n i t o s i n a p r e c i a b l e s
de v e r d a d absoluta. " L a v i d a h asurgido d e l a
m a t e r i a inorgánica", " e l c e r e b r o e s e l órgano d e l
p e n s a m i e n t o " , " l o s c u e r p o s c o n s t a n d e átomos",
t o d a s e s t a s a f i r m a c i o n e s y o t r a s d e e s t a índole
son irrefutables, y a h a n sido demostradas p o r
l a c i e n c i a y l a práctica. S o n g r a n i t o s r e a l e s d e
v e r d a d a b s o l u t a . P e r o ¿significa e s t o q u e l o s
p o s t u l a d o s d a d o s s e a n " v e r d a d e s e n s u última
i n s t a n c i a " ? N o . És errónea l a opinión d e q u e l a
v e r d a d a b s o l u t a n odepende d e las condiciones
históricas, d e q u e n o d e b e s e r p r e c i s a d a y c o m -
plementada, d e q u enada se l e puede agregar
ni q u i t a r , y d e q u en o l e afecta e l desarrollo
p o s t e r i o r d e l a c i e n c i a y l a técnica. E n r e a l i d a d
esa v e r d a d n o existe, buscarla e s u n - t r a b a j o
153
infructuoso. L o dicho significa q u e cualquier P o r e s o el marxismo creador exige que siempre
verdad relativa contiene granitos de verdad ab- se tomen en consideración las condiciones con-
soluta. / cretas, la situación histórica en que transcurre
nuestra actividad. En esto consiste la esencia
T o d o d e s c u b r i m i e n t o científico, t o d a v e r d a d del enfoque histórico concreto de los fenómenos
científica, c a d a l e y , e s l a u n i d a d d e l a v e r d a d r e - de la realidad. T a l e s s o n l o s r e q u i s i t o s d e l a t e o -
lativa y l a absoluta. ría d e l c o n o c i m i e n t o p r o p u g n a d a p o r e l m a t e -
r i a l i s m o dialéctico.
R e s u l t a q u e n o c o n o c e m o s d e súbito l a v e r d a d
o b j e t i v a , s i n o p o c o a p o c o , por medio del conoci-
miento de las verdades relativas. La suma de
verdades relativas en su desarrollo nos propor-
ciona un conocimiento completo, profundo, ab-
soluto, tanto de la naturaleza en su totalidad
como de tal o cual aspecto de la realidad obje-
tiva en particular.
E l m a t e r i a l i s m o dialéctico enseña q u e la ver-
dad es siempre concreta.

L a v e r d a d concreta e s u n a v e r d a d e nl a q u e
s e r e f l e j a con acierto la esencia de determinados
fenómenos y de aquellas condiciones en las que
ellos se desarrollan. E n oposición a e s t o , e n u n a
v e r d a d a b s t r a c t a n o s e t o m a n e n consideración
l a situación c o n c r e t a , l a s c o n d i c i o n e s e n q u e l o s
fenómenos s e d e s a r r o l l a n . Así p r o c e d e n l o s d o g -
máticos. P o r e j e m p l o , n o s e p u e d e r e s p o n d e r d e
m o d o a b s t r a c t o a l a i n t e r r o g a n t e d e * cuáles d e b e n
s e r l o s métodos d e l u c h a p o r l a p a z y l a d e m o -
cracia. Respuestas acertadas a preguntas d e esta
índole sólo p u e d e n d a r s e c u a n d o s e i n d i c a n l a s
condiciones concretas e nlasq u ese desarrolla
esta lucha. H a y que tener en cuenta las condicio-
n e s i m p e r a n t e s e n l o s países y a l i b e r a d o s d e l
yugo del capitalismo a diferencia d elas condicio-
n e s ; d e i o s países q u e , están todavía l u c h a n d o p o r
s u liberación, etcétera.

154
 CAPITULO V I I

MATERIALISMO HISTÓRICO

¿QUÉ E S E L M A T E R I A L I S M O
HISTÓRICO?

ESENCIA DEL MATERIALISMO HISTÓRICO

¿Cómo s e h a n t r a m a d o y u r d i d o l o s h i l o s f u n -
damentales q u ehan formado e l complicado y
a b i g a r r a d o tejido d e l av i d a social? E nl a n a t u -
raleza tiene lugar u ngrandioso juego d e l a s
fuerzas materiales ciegas. E n ella t o d o es espon-
táneo. E s t o a f e c t a n o sólo a l o s c u e r p o s c e l e s -
t e s , s i n o también a l o s r e i n o s v e g e t a l y a n i m a l .
La historia d e l a humanidad se distingue d e
la naturaleza, ante todo, porque l a p r i m e r a
la hacen l o sh o m b r e s , y l a segunda e n general
no l ahace nadie.
E n sus acciones, l o s h o m b r e s p a r t e n d e s u s
necesidades y motivos, persiguen determinados
f i n e s y s e r i g e n p o r c i e r t a s i d e a s : actúan c o n s -
cientemente. Los actos d elos individuos se fun-
den para f o r m a r u ntorrente d e acciones d e
m a s a s , c l a s e s y p a r t i d o s . E n e l c u r s o de* l a v i d a
social nacen y l u c h a n ideas progresistas y reac-
cionarias, avanzadas y caducas, acertadas y
f a l s a s ; s e e n f r e n t a n u n sinfín d e o b j e t i v o s e i n t e -
reses individuales y clasistas, nacionales e i n -
t e r e s t a t a l e s ; s e a g i t a e l piélago d e p a s i o n e s h u -
manas sublimes y viles, nobles y repugnantes;

157

oulle e ltorrente d esentimientos contradictorios
d e a m o r y o d i o , d eb i e n y m a l .
¿Puede h a b e r e n e s t a sucesión d e a c o n t e c i -
m i e n t o s s u e l t o s algún o r d e n y t e n d e n c i a o l a
v i d a social e s u ncaos inaccesible p a r a n u e s t r o
e n t e n d i m i e n t o ? L av i d a m u l t i s e c u l a r d e l a h u m a -
nidad y l a ciencia h a n demostrado q u e e n e l
l a b e r i n t o d el ah i s t o r i a existe e l h i l o d e A r i a d n a :
la regularidad social.
A l a s p r e g u n t a s d e qué e s s o c i e d a d h u m a n a ,
cuáles s o n l a s l e y e s d e s u d e s a r r o l l o , cómo s e
c o n o c e n y s e u t i l i z a n e n l a a c t i v i d a d práctica d e
l o s h o m b r e s , d a r e s p u e s t a l a filosofía m a r x i s t a -
l e n i n i s t a , más c o n c r e t a m e n t e l a p a r t e d e e l l a
q u e e s t u d i a l a teoría g e n e r a l y e l método d e
conocimiento d e l a sociedad c o m o u n sistema
íntegro e n s U s u r g i m i e n t o y d e s a r r o l l o histórico:
e s t a p a r t e filosófica e s e l materialismo histórico.
Del mismo modo q u elas numerosas ramas
de las Ciencias Naturales estudian l a naturaleza,
s u s variadísimos o b j e t o s , p r o c e s o s y r e l a c i o n e s ,
así también m u c h a s c i e n c i a s s o c i a l e s • — e c o n o -
mía política, d e r e c h o , h i s t o r i a , etnografía, l i n -
güística y o t r a s — e s t u d i a n l a s o c i e d a d h u m a n a .
C a d a c i e n c i a s o c i a l e s t u d i a sólo u n a s p e c t o o
urta esfera determinada d e l avida social. Aun-
q u e las ciencias sociales e ns u c o n j u n t o abarcan
todos l o s aspectos d e l a vida social, l a simple
sünia d e c o n o c i m i e n t o s o b t e n i d o s n o o f r e c e u n a
i d e a d e l a s o c i e d a d c o m o u n s i s t e m a íntegro e n
t o d a lá interacción d e l o s p r o c e s o s q u e l o c o n s -
t i t u y e n . Én l a s o c i e d a d , a l a p a r y e n u n i d a d c o n
l a acción d e l a s l e y e s específicas d e l d e s a r r o l l o
d e l a economía, e l E s t a d o , e l D e r e c h o , e l i d i o m a ,
e t c . , r i g e n l a s l e y e s más g e n e r a l e s d e l d e s e n v o l -
v i m i e n t o d e l asociedad e ns u c o n j u n t o . N i n g u n a
ciencia social p a r t i c u l a r estudia estas leyes. P e r o
sin conocer dichas leyes generales, q u e enlazan
t o d o e l o r g a n i s m o s o c i a l e n u n c o n j u n t o único
y vivo, es imposible comprender l a s interrela-
ciones entre l o s distintos aspectos d e l a vida
d e l a s o c i e d a d , e l l u g a r d e t a l o c u a l fenómeno
en e lsistema d eu n todo. .
P a r a q u e l a i d e a s e a más c l a r a imagínese a l a
s o c i e d a d c o m o u n e n o r m e árbol f r o n d o s o . C a d a
c i e n c i a s o c i a l e s t u d i a u n a p a r t e d e él: l a s raíces,
l a s r a m a s , l a s h o j a s , e l t r o n c o , y así s u c e s i v a -
mente. E s imposible comprender las regularida-
d e s d e l c r e c i m i e n t o d e l árbol, s i n h a b e r e s t u -
diado s u s partes. L a vida d e cada parte d e l
árbol d e p e n d e d e l e s t a d o d e l árbol e n s u t o t a -
lidad, p o r eso tiene m u c h a i m p o r t a n c i a conocer
l a s l e y e s g e n e r a l e s d e l d e s a r r o l l o d e l árbol. O t r o
tanto puede decirse d e lestudio d e l a sociedad:
es n e c e s a r i o v e r l a u n i d a d d e s u d i v e r s i d a d .
E n l a s o c i e d a d h a y fenómenos m a t e r i a l e s e
ideales, ser social y. conciencia social. E n t r e ellos
e x i s t e d e t e r m i n a d o vínculo y relación, c u y o e s t u -
d i o desempeña u n p a p e l importantísimo e n l a
explicación d e l a s f u e r z a s m o t r i c e s d e l d e s a r r o -
l l o d e l a sociedad. H a y q u edecir q u e n i n g u n a
ciencia social particular se dedica a u n estudio
e s p e c i a l d e lá relación d e l a c o n c i e n c i a s o c i a l
r e s p e c t o a l s e r s o c i a l . S i n u n a solución a c e r c a
d e l p r o b l e m a d e l a relación e n t r e l a c o n c i e n c i a
social y e l s e r social e s imposible elaborar u n
método científico d e c o n o c i m i e n t o - d e c u a l q u i e r
fenómeno s o c i a l , e s i m p o s i b l e e n c o n t r a r vías d e
l a transformación r e v o l u c i o n a r i a d e l a v i d a s o -
cial e nbeneficio d e l p u e b l o .
159
 Además, n i n g u n a c i e n c i a s o c i a l c o n c r e t a s e
d e d i c a a i n v e s t i g a r l a s categorías q u e r e f l e j a n
la e s t r u c t u r a general d e l av i d a d e l a sociedad,
su s u r g i m i e n t o y d e s a r r o l l o . N o h a yu n a sola
ciencia social concreta que seocupe del estudio
de l a especificidad d e l c o n o c i m i e n t o d e l o s f e -
nómenos s o c i a l e s . L o u n o y l o o t r o c o n s t i t u y e
e l o f i c i o d e l m a t e r i a l i s m o histórico.
T o d o e l c o n j u n t o d e ciencias sociales especia-
l e s n o r e v e l a l a s o c i e d a d c o m o u n s i s t e m a ín-
t e g r o . E s n e c e s a r i a u n a teoría g e n e r a l , u n méto-
d o d e cognición y transformación d e l a s o c i e d a d
e n s u d e s a r r o l l o histórico. E L MATERIALISMO
HISTÓRICO es la ciencia filosófica que estudia
la relación entre la conciencia social y el ser
social, las leyes más generales y las fuerzas mo-
trices del desenvolvimiento de la sociedad hu-
mana', es la teoría general y él método de cono-
cimiento científico y de transformación de la
sociedad.
L a interpretación científica d e l a h i s t o r i a d e
la sociedad m u e s t r a que e sinevitable l a sustitu-
ción d e l a formación c a p i t a l i s t a c o n l a s o c i a -
lista; infunde a l o strabajadores l a seguridad
en l avictoria definitiva d e s u gran causa; brinda
Ja p o s i b i l i d a d d e e s t u d i a r l o s fenómenos s o c i a -
l e s e n s u vínculo i n t e r n o ; v e r t r a s l o s fenómenos
s u e l t o s u n a p e r s p e c t i v a histórica l a r g a y p r e v e r
e l f u t u r o . E l m a t e r i a l i s m o histórico s i r v e d e mé-
t o d o d e elaboración d e u n a política, u n a e s t r a -
t e g i a y u n a táctica, f u n d a m e n t a d a s científica-
m e n t e , d e l a l u c h a d e clases, d e l a s acciones
revolucionarias d e l a clase obrera y d e s u par-
t i d o , d e l o s p l a n e s d e construcción d e l s o c i a l i s m o
y el comunismo.
160
M a r x y Engels son l o sfundadores d e l mate-
r i a l i s m o histórico. C r e a r o n e l m a t e r i a l i s m o h i s -
tórico, e n u n a u n i d a d i n d e s t r u c t i b l e c o n e l m a -
t e r i a l i s m o dialéctico, c o m o u n s i s t e m a íntegro
d e l a concepción científica d e l m u n d o , c o m o
método d e c o n o c i m i e n t o y transformación r e v o -
l u c i o n a r i a d e l a r e a l i d a d . L a solución d e e s t a
tarea h asido preparada p o rtodo e l desarrollo
a n t e r i o r d e lp e n s a m i e n t o social.
E l g r a n mérito d e M a r x y E n g e l s consistió e n
que d e s t e r r a r o n e l idealismo d el a ciencia social
y resolvieron, p o r p r i m e r a v e ze n l ahistoria,d e
m o d o m a t e r i a l i s t a , e l p r o b l e m a c a r d i n a l d el af i -
losofía a p l i c a d o a l a s o c i e d a d . L a b a s e d e l a
vida y e l desarrollo d e lh o m b r e y l a sociedad
e s e l t r a b a j o , l a producción d e v a l o r e s m a t e r i a -
les. E l t r a b a j o h i z o p e r s o n a s a n u e s t r o s a n t e p a -
s a d o s y e s l a condición d e c i s i v a d e l p r o g r e s o d e
la s o c i e d a d . R e v e l a n d o l a esencia d e l a i n t e r p r e -
tación n u e v a , m a t e r i a l i s t a , d e l a h i s t o r i a , E n g e l s
escribió: "Así c o m o D a r w i n descubrió l a l e y d e l
d e s a r r o l l o d e l a n a t u r a l e z a orgánica, M a r x d e s -
cubrió l a l e y d e l d e s a r r o l l o d e l a h i s t o r i a h u m a -
na: e l hecho, t a nsencillo pero oculto hasta
e n t o n c e s b a j o l a m a l e z a ideológica, d e q u e e l
h o m b r e necesita, e np r i m e r lugar, comer, beber,
tener u n techo y vestirse antes d e poder hacer
política, c i e n c i a , a r t e , religión, e t c . ; q u e , p o r
t a n t o , l a producción d e l o s m e d i o s d e v i d a i n m e -
diatos, materiales, y por consiguiente, l a corres-
p o n d i e n t e f a s e económica dé d e s a r r o l l o d e u n
p u e b l o o d e uña época e s l a b a s e a p a r t i r d e l a
c u a l s e h a n d e s a r r o l l a d o l a s i n s t i t u c i o n e s polí-
t i c a s , l a s c o n c e p c i o n e s jurídicas, l a s i d e a s artís-
ticas e incluso l a sideas religiosas d e l o s h o m -
bres y con arreglo a l a cual deben, p o r tanto,
161
e x p l i c a r s e , y n o a l revés c o m o h a s t a e n t o n c e s s e
había v e n i d o h a c i e n d o . " E l m a r x i s m o , a l p o n e r
1 de l aa c t i v i d a d d eu ni n d i v i d u o , s i n o d e l a s ac-
al descubierto l o a b s u r d o d elos j u i c i o s s o b r e l a
sociedad y l ahistoria d e s u desarrollo fuera e
independientemente d el a actividad d e l hombre,
h a d e m o s t r a d o q u e s o n l o sp r o p i o s h o m b r e s l o s
q u e h a c e n l a h i s t o r i a , q u e t r a s e l p r o c e s o histó-
r i c o n o h a y n i n g u n a f u e r z a s o b r e n a t u r a l . "La
Historia —escriben los fundadores del marxis-
m o — n o h a c e nada, ' n o p o s e e ninguna inmensa
riqueza', ' n o libra n i n g u n a clase d e luchas'.E l
que hace todo esto, e l q u e posee t o d o y lucha
p o r t o d o , e s más b i e n e l hombre, e l h o m b r e r e a l ,
v i v i e n t e ; n o e s , d i g a m o s , l a Historia quien uti-
l i z a a l h o m b r e c o m o m e d i o p a r a l a b o r a r p o r sus
fines — c o m o s i s etratara d eu n a persona apar-
t e — , p u e s l a Historia no es otra cosa que l a a c t i -
vidad d e l h o m b r e q u epersigue s u s objetivos."'
Al m i s m o tiempo, es imposible orientarse e n e l
complicado laberinto d e l a vida social, compren-
d e r l a s f u e r z a s m o t r i c e s y l a s vías d e l d e s a r r o l l o
social, s i s e t o m a u n i n d i v i d u o c o m o p u n t o d e
p a r t i d a d e lestudio. E nlas p e c u l i a r i d a d e s d ei n -
dividuos aislados es imposible encontrar l a clave
p a r a c o m p r e n d e r las peculiaridades d e l a socie-
d a d . E s t a última s e c o m p o n e , c o m o e s n a t u r a l ,
d e i n d i v i d u o s . P e r o ¿por qué e n uña f a s e d e l a
historia loshombres tienen unas relaciones so-
c i a l e s , y e n o t r a e t a p a , o t r a s d i s t i n t a s ? ¿Qué e s
l o q u e e x p l i c a e l c a m b i o d e l régimen s o c i a l , d e
l a e s t r u c t u r a política, d e l a s f o r m a s d e p r o p i e -
dad y hasta d e las d e matrimonio? Para com-
1
C . M a r x y F . E n g e l s : O b r a s escogidas, e n dos t o m o s ,
t . 2 , p . 165, e d . c i t . , Moscú.
2
C . M a r x y F . E n g e l s : O b r a s , e d . e n r u s o , t . 2 , p . 102.
162
prender e l curso d e l ahistoria n ohay que p a r t i r
c i o n e s d e l a s masas populares, d e l a s clases so-
ciales. H a s i d o y e s s i e m p r e e l p u e b l o q u i e n
trabaja. P o rtanto, l o sverdaderos creadores d e
la h i s t o r i a n os o n l a sfuerzas celestiales miste-
riosas, n il o szares, n i jefes m i l i t a r e s n i legisla-
dores, sino l a s masas populares.
E l m a r x i s m o h a d e m o s t r a d o q u e l a sociología
científica n o p u e d e i g n o r a r l a a c t i v i d a d c o n s -
ciente d e l o sh o m b r e s , q u ee s e l aspecto subje-
t i v o d e l p r o c e s o histórico. S i n e m b a r g o , l a c o n -
ciencia social y las instituciones d ecada sociedad
dada son e lreflejo d e s u existencia social y , ante
t o d o , d e l m o d o d e producción d o m i n a n t e e n e l l a .
C a d a n u e v a generación d e h o m b r e s , incorporán-
dose a l avida social, hereda e lsistema objetivo
2
d e r e l a c i o n e s d e producción y s o c i a l e s , q u e n o
d e p e n d e d e s u v o l u n t a d y q u e está c o n d i c i o n a d o
p o r e l n i v e l d edesarrollo d e las fuerzas produc-
tivas alcanzado anteriormente. Estas relaciones
f o r m a d a s s o ne l curso d e l a h i s t o r i a , determi-
n a n e l carácter y l a s c o n d i c i o n e s g e n e r a l e s d e
v i d a d e l a n u e v a generación d e h o m b r e s . .
Además, e l m a r x i s m o h a d e m o s t r a d o q u e , u n a
vez nacidas, las ideas sociales y las instituciones
políticas n u e v a s a d q u i e r e n r e l a t i v a i n d e p e n d e n -
c i a y desempeñan e l p a p e l d e u n a f u e r z a p o d e -
r o s a e n e l desarrollo d e l asociedad. L a s ideas,
al d o m i n a r a las masas y estimular l a actividad
de l o s h o m b r e s e nu n sentido d e t e r m i n a d o , s e
convierten e n fuerza material. .
E l m a r x i s m o , a lponer a ldescubierto l a depen-
dencia d e l a conciencia social respecto d e l a
e x i s t e n c i a s o c i a l , así c o m o l a n a t u r a l e z a d e l a i n -
163
teracción d e l o s f a c t o r e s o b j e t i v o s y s u b j e t i v o s
e n l a s o c i e d a d , reveló, p o r p r i m e r a v e z , e l p r i n -
c i p i o metodológico y p r o f u n d a m e n t e científico
d e l e s t u d i o i n t e g r a l d e l p r o c e s o histórico. P o r
primera vez l a historia f u e explicada como pro-
c e s o lógico o b j e t i v o d e d e s a r r o l l o , c o m o s u s t i t u -
ción n e c e s a r i a d e d i s t i n t a s f o r m a c i o n e s s o c i a l e s .
Lenin, a lcaracterizar l aesencia d e l a revolu-
ción q u e e l m a r x i s m o realizó e n l a s i d e a s s o b r e
l a s o c i e d a d , escribió: " A l c a o s y a l a a r b i t r a r i e -
dad, q u ehasta entonces i m p e r a b a n e nl a s con-
c e p c i o n e s r e l a t i v a s a l a h i s t o r i a y a l a política,
sucedió u n a teoría científica asombrosamente
c o m p l e t a y armónica, q u e m u e s t r a cómo d e u n
tipo d e vida social se desarrolla, e nv i r t u d d e l
c r e c i m i e n t o d e l a s f u e r z a s p r o d u c t i v a s , o t r a más
a l t a , cómo d e l f e u d a l i s m o , p o r e j e m p l o , n a c e e l
capitalismo." 3
M a r x y Engels, a l descubrir l a s leyes objeti-
vas d e ldesarrollo d e l a sociedad, crearon l a
teoría d e l c o m u n i s m o científico; d e m o s t r a r o n
q u e ^ 1 s o c i a l i s m o n o e s u n a invención, s i n o e l
r e s u l t a d o lógico d e l d e s a r r o l l o d e l a s o c i e d a d
capitalista, que e l desarrollo del capitalismo pre-
para s u propio hundimiento; pusieron e n claro
e l p a p e l histórico, d e i m p o r t a n c i a m u n d i a l , d e l
proletariado y d e m o s t r a r o n q u ee l c a m i n o al a
nueva sociedad pasa por e l derrocamiento revo-
lucionario del capitalismo.
L a interpretación m a t e r i a l i s t a d e l a h i s t o r i a
d i o o r i g e n a l a sociología científica. Elevó a l a
a l t u r a d e c i e n c i a l a economía política, l a h i s t o -
* V . I . L e n i n : Obras escogidas, e n tres tomos, t . 1,
p . 6 2 , Moscú, 1 9 6 6 .
164
r i a , e l d e r e c h o , l a ética y l a s demás d i s c i p l i n a s
que e s t u d i a n l av i d a d e l a sociedad.
J u n t o c o ne l d e s e n v o l v i m i e n t o d e l a sociedad
y l a acumulación d e n u e v o s c o n o c i m i e n t o s s o b r e
e l l a , s e d e s a r r o l l a también e l m a t e r i a l i s m o h i s -
tórico. L e n i n proporcionó magníficos e j e m p l o s
d e e s e d e s a r r o l l o d e l a sociología m a r x i s t a .
E l m a t e r i a l i s m o histórico f u e c r e a d o p o r M a r x
y E n g e l s e n l a época e n q u e e l c a p i t a l i s m o e s -
t a b a aún m u y v i g o r o s o . L e n i n sintetizó l o s n u e -
v o s fenómenos e n l a v i d a d e l a s o c i e d a d , formuló
las leyes f u n d a m e n t a l e s d e l c a p i t a l i s m o c u a n d o
e s t e último entró e n l a f a s e i m p e r i a l i s t a . L e n i n
elaboró l a cuestión d e l a interacción d e l a s f u e r -
z a s p r o d u c t i v a s y l a s r e l a c i o n e s d e producción
e n l a época d e l i m p e r i a l i s m o y e n e l período d e
l a construcción d e l s o c i a l i s m o , desarrolló l a t e o -
ría d e l a l u c h a d e c l a s e s y e s p e c i a l m e n t e l a
d o c t r i n a d e l a hegemonía d e l a c l a s e o b r e r a ,
la doctrina acerca d e lp a r t i d o c o m u n i s t a , l a es-
t r a t e g i a y l a táctica d e l a l u c h a d e c l a s e d e l p r o -
l e t a r i a d o . L e n i n elaboró, e n t o d o s s u s a s p e c t o s ,
l a teoría d e l a revolución s o c i a l i s t a y l a d i c t a -
d u r a d e l p r o l e t a r i a d o , reveló l a s vías d e l a c o n s -
trucción d e l s o c i a l i s m o y e l c o m u n i s m o y elaboró
los f u n d a m e n t o s d e l a ciencia d e l gobierno d e
la sociedad. ,
E n l a época contemporánea, l a época d e l a
transición d e l c a p i t a l i s m o a l s o c i a l i s m o , e l P a r -
t i d o C o m u n i s t a d e l a Unión Soviética y l o s
p a r t i d o s c o m u n i s t a s y o b r e r o s d e o t r o s países
desarrollan y perfeccionan continuamente l a so-
ciología m a r x i s t a - l e n i n i s t a . L o s d o c u m e n t o s d e
los congresos y l a sconferencias d e l o s partidos
c o m u n i s t a s y obreros recogen las peculiaridades
165
y l a s l e y e s más i m p o r t a n t e s , f u n d a m e n t a d a s
científicamente, d e l d e s a r r o l l o d e l a h u m a n i d a d
e n l a época m o d e r n a .
REGULARIDAD HISTÓRICA
L a h i s t o r i a u n i v e r s a l , según observación d e
Engels, es u n a gran poetisa, q u e n ocrea p o r
a r b i t r i o , s i n o p o r n e c e s i d a d , l o b e l l o , l o trágico,
y l o cómico. L a v i d a d e l a s o c i e d a d h u m a n a , l o
m i s m o q u el av i d a d e l a n a t u r a l e z a , n oe s u n a
aglomeración caótica d e a b s u r d o s , n o e s u n " e m -
brollo d e acontecimientos", sino u nsistema or-
denado, organizado, e ne l q u erigen determina-
das leyes del f u n c i o n a m i e n t o y e ldesarrollo. L a
historia, dice Lenin, " s e compone toda ella pre-
c i s a m e n t e d e l a sacciones d e l o s i n d i v i d u o s " .
Cada persona s e ocupa d e s u scosas, persigue
s u s o b j e t i v o s , e x p e r i m e n t a s u s alegrías y s u f r e
sus dolores, p e r o e ns u c o n j u n t o t o d o e n l a socie-
d a d s e m u e v e e n d e t e r m i n a d a dirección y c a d a
acto d el apersona obtiene sus motivos d e aquel
todo d e lque esparte. Pero esto n o significa, n i
m u c h o menos, que e nl ahistoria o c u r r a precisa-
mente aquello q u e desean y aspiran l o s indivi-
d u o s aislados. E n l a h i s t o r i a h ah a b i d o casos
cuando personas y pueblos aislados, buscando
y l u c h a n d o p o rl o suyo, e r a n a lm i s m o t i e m p o
u n a e s p e c i e d e i n s t r u m e n t o d e a l g o más s u b l i m e
y lejano, d el oq u e n i s i q u i e r a sospechaban. L a s
r e g u l a r i d a d e s históricas e n c o n t r a r o n , c o n s e c u e n -
t e m e n t e , s u fundamentación científica sólo e n
b a s e a l a sociología m a r x i s t a .
166
L o s p r i n c i p i o s d e l m a t e r i a l i s m o y l a dialéc-
tica, aplicados a l estudio d el a historia d el a so-
ciedad, p e r m i t i e r o n revelar l aesencia d e l a r e -
g u l a r i d a d s o c i a l : "Sólo r e d u c i e n d o l a s r e l a c i o n e s
s o c i a l e s a l a s d e producción, y e s t a s últimas a l
nivel d e l a sfuerzas productivas, s e h a logrado
una base f i r m e para representarse-el desarrollo
de l a s f o r m a c i o n e s sociales c o m o u n proceso
histórico-natural." L o histórico-natural
4
signifi-
ca lo lógico objetivo que se realiza a base de
la causalidad, no es arbitrario.
Lenin parte d e q u ee l estudio d e l a historia
d e l a s o c i e d a d n o p u e d e l i m i t a r s e sólo a l aná-
l i s i s d e l o s móviles i d e a l e s d e l a s a c c i o n e s h u -
m a n a s y sus aspiraciones conscientes. H a y q u e
revelar e nl o u n o y l o otro l anecesidad objetiva
q u e d e t e r m i n a l o s móviles d e l o s a c t o s d e l a s
p e r s o n a s . " D e l h e c h o d e q u e vivís, q u e tenéis
u n a a c t i v i d a d económica, q u e procreáis, q u e f a -
bricáis p r o d u c t o s , q u e l o s cambiáis, s e f o r m a
u n a cadena d e sucesos objetivamente necesaria,
una cadena d e desarrollos independientes d e
v u e s t r a c o n c i e n c i a social, q u e n o l a a b a r c a j a -
más e n s u t o t a l i d a d . " Así respondió L e n i n a
5
Bogdánov, q u e i d e n t i f i c a b a l a c o n c i e n c i a s o c i a l
con e l s e r social. F u e precisamente e l materia-
l i s m o histórico e l q u e e s t u v o e n c o n d i c i o n e s d e
revelar l a base objetiva d e l a actividad cons-
ciente d elos hombres. Los h o m b r e s m i s m o s ha-
c e n s u h i s t o r i a . P e r o ¿qué e s l o q u e d e t e r m i n a
l o s móviles d e l o s a c t o s d e l o s h o m b r e s y p r e -
c i s a m e n t e d e l a s m a s a s d e h o m b r e s ? ¿Cuáles s o n
l a s c o n d i c i o n e s _ i ) b j e t i v a s d e l a producción áe l a
4
V . I . L e n i n : Obras completas, eá. en r u s * , t. 1.
p. 138.
6
V . I . L e n i n : Obras completas, ed. e n rus©, t. 18,
p. 345.
167
vida material, q u ecrean l abase d e toda l a ac-
t i v i d a d histórica d e l o s h o m b r e s ? ¿Cuál e s l a
ley d e ldesarrollo d e estas condiciones? A estas
interrogantes d a respuesta e l m a t e r i a l i s m o his-
tórico, q u e reveló e l carácter c o n d i c i o n a l o b j e -
t i v o d elas ideas, las aspiraciones y los intereses
d e l o s h o m b r e s , y señaló c o n e l l o e l único c a -
m i n o acertado d eestudio d e l asociedad h u m a -
n a c o m o u n p r o c e s o único y lógico, c o n t o d a
s u d i v e r s i d a d y s u carácter c o n t r a d i c t o r i o .
L e n i n destacó q u e d e l m i s m o m o d o q u e D a r -
w i n d i o a l a biología u n a b a s e científica, e s t a -
bleciendo l am u t a b i l i d a d d e las especies y l a con-
t i n u i d a d e n t r e e l l a s , así también M a r x " . . . h a
d a d o p o r v e z p r i m e r a a l a sociología u n a b a s e
científica, a l f o r m a r e l c o n c e p t o d e l a f o r m a -
ción económico-social c o m o c o n j u n t o d e d e t e r -
m i n a d a s r e l a c i o n e s d e producción, a l a v e r i g u a r
q u e e l desarrollo d eestas formaciones constitu-
y e u n p r o c e s o histórico-natural" 6 das cada vez por nuevas generaciones
DIALÉCTICA DE LO OBJETIVO
Y LO SUBJETIVO EN LA HISTORIA
A l analizar l aactividad d e l a smasas popula-
res, d e las clases, los p a r t i d o s y del i n d i v i d u o e n
e l p r o c e s o histórico, L e n i n reveló l a dialéctica
d e l a correlación d e l f a c t o r o b j e t i v o y e l s u b j e -
t i v o e n e l desarrollo d e l asociedad. E ne l p l a n -
* V . I .Lenin: Obras completas, e d . e n ruso, t . 1 ,
p . 139,
168
t e a m i e n t o y l a solución d e e s t e p r o b l e m a c a r -
d i n a l d e l m a t e r i a l i s m o dialéctico l e p e r t e n e c e a
L e n i n u n mérito e s p e c i a l . " E l m a r x i s m o , s e d i -
f e r e n c i a d e t o d a s l a s demás teorías s o c i a l i s t a s
p o r l a magnífica unión d e u n a c o m p l e t a s e r e n i -
d a d científica e n e l análisis d e l a situación o b -
jetiva d elas cosas y d el a m a r c h a objetiva d e l a
evolución, c o n e l r e c o n o c i m i e n t o más d e c i d i d o
d e l a i m p o r t a n c i a d e l a energía r e v o l u c i o n a r i a ,
d e l a creación r e v o l u c i o n a r i a y d e l a i n i c i a t i v a
r e v o l u c i o n a r i a d e l a s m a s a s , así c o m o , n a t u r a l -
mente, d e l o s individuos, d e l o sgrupos, organi-
zaciones y partidos que saben hallar y establecer
relaciones c o ntales o cuales clases." 7
FACTOR OBJETIVO es, ante todo, la produc-
ción material, las relaciones de producción y
sociales, condicionadas por el nivel anterior de
desarrollo de las fuerzas productivas y hereda-
de hom-
bres. E s t a s r e l a c i o n e s n o d e p e n d e n d e l a v o l u n -
tad y l a conciencia d e estas generaciones; ellas
d e t e r m i n a n e l carácter y l a s c o n d i c i o n e s g e n e -
r a l e s d e v i d a d e l a n u e v a generación. F a c t o r o b -
j e t i v o n o e s u n a f u e r z a mecánica c i e g a , s i n o l a
actividad consciente d e l o s hambres. L o s acon-
t e c i m i e n t o s sociales, l a sr e v o l u c i o n e s , l o s des-
c u b r i m i e n t o s científicos y l o s i n v e n t o s técnicos
los realizan l o s i n d i v i d u o s , q u e e ns u actividad
se r i g e n p o rd e t e r m i n a d a s ideas, o b j e t i v o s y
s e n t i m i e n t o s ; p e r o e s t o s últimos d i m a n a n n e c e -
sariamente d e lm e d i o social dado, q u esirve d e
material, d e objeto, d el avida espiritual d e l i n -
dividuo y q u ese refleja e nsus "ideas y senti-
7 V . I .Lenin: Obras completas, e d .e n ruso, t . 16,
p p . 21-24.
169
mientes". L o s hombres hacen historia e n de-
8 elementos materiales d e l movimiento h a y q u e
p e n d e n c i a d e cómo l o s h a h e c h o a e l l o s lé r e a -
l i d a d histórica, qué t a r e a s l e s h a p l a n t e a d o l a
m a r c h a o b j e t i v a d e ld e s a r r o l l o d e las cosas, d e
qué m e d i o s d i s p o n e n p i a r a c u m p l i r e s t a s t a r e a s ,
püál e s l a correlación d e f u e r z a s o p u e s t a s , qué
relación g u a r d a s u a c t i v i d a d c o n l a s deiíiandas
o b j e t i v a s d e l d e s a r r o l l o histórico. Éñ uña p a l a -
bra, e l "mecanismo" subjetivo, ausente e n l a
acción d e l a s l e y e s d e lá n a t u r a l e z a , e s i m p r e s -
cindible a l c u m p l i r s e l a sleyes sociales.
L e n i n , a lr e f u t a r las opiniones idealistas sub-
j e t i v a s d e l o s p o p u l i s t a s , demostró qué lá n e c e -
s i d a d histórica d e l s u r g i m i e n t o , p o n g a m o s p o r
caso, d e lc a p i t a l i s m o , n o s i g n i f i c a q u e los h o m -
bres h a y a n actuado a ciegas. " L o s h o m b r e s , es-
t a n d o e ns u p l e n o j u i c i o y t e n i e n d o b u e n a m e -
m o r i a , construían e n t o n c e s e s c l u s a s y p r e s a s
m u y i n g e n i o s a s q u e hacían e n t r a r a l c a m p e s i n o
r e b e l d e e n e l c a u c e d e l a explotación c a p i t a l i s -
t a : e l l o s c r e a b a n c a n a l e s d e derivación* e x t r a o r -
d i n a r i a m e n t e i n g e n i o s o s , d e m e d i d a s políticas y
f i n a n c i e r a s , p o r l o s c u a l e s ( l o s c a n a l e s ) fluían
l a acumulación c a p i t a l i s t a y l a expropiación c a -
p i t a l i s t a , q u e n o sé d a b a n p o r s a t i s f e c h a s c o n l a
acción sólo d e l a s l e y e s económicas." 9 — d e c l a r a n l o s a d v e r s a r i o s d e l a sociología c i e n -
G o m o v e m o s , l a c o n c i e n c i a participa én e l
p r o c e s o o b j e t i v o d e lá h i s t o r i a . A l d e s c u b r i r l a
dialéctica d e l a s c o n d i c i o n e s o b j e t i v a s y d e l f a c -
t o r s u b j e t i v o , a p l i c a d o s a l a s t a r e a s d e lá d i r e c -
ción d e l m o v i m i e n t o o b r e r o , y a l d e s e n m a s -
c a r a r l a "teoría" d e l a e s p o n t a n e i d a d , L e n i n
escribió: " P a r a t e n e r r e a l m e n t e e n c u e n t a l o s
« V. I . Lenin: O b r a s completas, e d . éñ r u s o , t . 1,
p. 423.
* Ibídem, p. 416.
170
e n j u i c i a r l o s c o n c r i t e r i o crítico, h a y q u e s a b e r
señalar l o s p e l i g r o s y d e f e c t o s d e l m o v i m i e n t o
espontáneo, h a y q u e s a b e r e l e v a r l o espontáneo
h a s t a l o c o n s c i e n t e . P e r o d e c i r q u e l o s ideólogos
(o s e a ,l o sdirigentes conscientes) n o p u e d e n
desviar e l movimiento d e lcamino determinado
por l a interdependencia del medio y los elemen-
tos significa olvidar l averdad r u d i m e n t a r i a d e
q u e l a c o n c i e n c i a participa e nesta interdepen-
d e n c i a y e n e s t a determinación." 10
FACTORES SUBJETIVOS de la historia son
los hombres, su decisión revolucionaria, su vo-
luntad de luchar, la organización de esta lucha,
el entusiasmo, la conciencia y la experiencia de
sus participantes. T o d o e s t o desempeña u n i n -
m e n s o papel e n l a m a r c h a y e ldesenlace d e l o s
a c o n t e c i m i e n t o s históricos.
L o s e n e m i g o s ideológicos d e l m a r x i s m o t r a -
tan d e culpar a l o smarxistas d e contradiccio-
nes. Dicen: p o r u n lado los marxistas reconocen
e l carácter o b j e t i v o d e l a s l e y e s d e l d e s a r r o l l o
histórico, p e r o , p o r o t r o , o r g a n i z a n a l a s m a s a s
p a r a q u e l u c h e n p o r l a realización d e l a s t r a n s -
formaciones revolucionarias d e l a sociedad. S i
tífica— u n o s u o t r o s c a m b i o s históricos a d v i e -
n e n p o r necesidad objetiva, entonces n o h a y
porqué l e v a n t a r a l a g e n t e a l a l u c h a p o r s u
realización, p u e s e s t o s c a m b i o s s e producirán
p o r sí m i s m o s . C o n a r r e g l o a l a concepción d e
l a predeterminación a b s o l u t a , l a v o l u n t a d y e l
c o n o c i m i e n t o h u m a n o s n o desempeñan ningún
p a p e l y n o t i e n e n n i n g u n a i m p o r t a n c i a . ¡Para
qué i n m i s c u i r s e e n l a m a r c h a i m p l a c a b l e d e l o s
1 0
V. I . Lenin: O b r a s escogidas, en u n tomo, p. 41,
Moscú, 1969.
171
a c o n t e c i m i e n t o s : t o d o está p r e d e t e r m i n a d o , l a
a c t i v i d a d e s inútil! L e n i n , q u e p u s o a l d e s n u d o
la completa inconsistencia d e los a r g u m e n t o s d e
l o s críticos d e l m a r x i s m o c o m o d o c t r i n a d e l d e -
s a r r o l l o f a t a l d e l a s o c i e d a d h u m a n a , demostró
q u e e l l o s o c u p a b a n u n a posición m e r a m e n t e m e -
tafísica d e l a contraposición d e l a s p e c t o s u b j e -
t i v o d e l p r o c e s o histórico a s u a s p e c t o o b j e t i v o .
E l l o s n o t o m a n e n consideración q u e l a h i s t o r i a
la hacen los h o m b r e s que poseen v o l u n t a d y con-
c i e n c i a . L a teoría d e l m a r x i s m o - l e n i n i s m o n o
explica simplemente l a realidad social, sino q u e
tiende a transformarla. L a propia esencia d e l
m a r x i s m o - l e n i n i s m o l l e v a implícito e l r e c o n o c i -
m i e n t o d e l p a p e l a c t i v o y m u c h a s v e c e s decisivo
— e s p e c i a l m e n t e e n l a s épocas d e v i r a j e d e l d e -
s a r r o l l o histórico d e l a h u m a n i d a d — d e l f a c t o r
s u b j e t i v o . L o s críticos d e l m a r x i s m o - l e n i n i s m o
n o t o m a n e n consideración q u e e n t r e e l f a c t o r
objetivo y e l subjetivo h a y u n a interdependen-
cia constante: las condiciones objetivas del pro-
c e s o histórico, d e t e r m i n a n d o , > e n d e f i n i t i v a , e l
aspecto s u b j e t i v o d eeste proceso, c a m b i a n ellas
m i s m a s b a j o e l p u j a n t e i n f l u j o ^del f a c t o r s u b -
j e t i v o . Ésto c o r r e s p o n d e e n p l e n a m e d i d a a l o s
p r i n c i p i o s g e n e r a l e s d e l a solución l e n i n i s t a d e l
p r o b l e m a d e l a correlación d e l a m a t e r i a y l a
c o n c i e n c i a : l a c o n c i e n c i a n o sólo r e f l e j a e l m u n -
do, sino que l o crea, es decir, e lh o m b r e l o trans-
f o r m a c o n s u s a c c i o n e s prácticas. U n e j e m p l o
c o n v i n c e n t e d e e l l o s e s l a realización e n R u s i a ,
e n 1 9 1 7 , d e l a G r a n Revolución S o c i a l i s t a d e O c -
t u b r e y l a construcción d e l s o c i a l i s m o , q u e p r i -
m e r o s e planificaron y p r e p a r a r o n e ne l p l a n o
teórico, i d e a l , y l u e g o e n e l p l a n o práctico, r e a l .
. T o d a l a a c t i v i d a d t r a n s f o r m a d o r a práctica d e l
pueblo, l a sclases, l o sp a r t i d o s y l o s i n d i v i d u o s
172
c o n s t i t u y e u n a unión i n d e s t r u c t i b l e d e l o o b j e -
t i v o y l o s u b j e t i v o e n e l p r o c e s o histórico. S e
s a b e qué p a p e l t a n g r a n d e desempeñó e l ímpetu
revolucionario, e lentusiasmo revolucionario, d e
l a s m a s a s p o p u l a r e s , p o r e j e m p l o , e n e l período
d e l a G r a n Revolución S o c i a l i s t a d e O c t u b r e , e n
R u s i a , d u r a n t e l a g u e r r a c i v i l o e n l o s años d e
la G r a n G u e r r a P a t r i a d e 1941-1945. P o re s o L e -
n i n concedía e x t r a o r d i n a r i a i m p o r t a n c i a a l o s
f a c t o r e s s u b j e t i v o s : l a c o n c i e n c i a , l a orientación
a u n f i n determinado, e lentusiasmo, l a iniciati-
v a c r e a d o r a y l a organización d e l a s m a s a s e n
e l p r o c e s o d e a c c i o n e s históricas. L a s c o n d i c i o -
n e s históricas o b j e t i v a s p o r sí s o l a s n o a s e g u r a n
l a v i c t o r i a d e l a s f u e r z a s p r o g r e s i s t a s . También
e s i n s u f i c i e n t e l a s i m p l e comprensión d e l a i n e -
v i t a b i l i d a d d e esta v i c t o r i a . E s n e c e s a r i o e l fac-
tor subjetivo.
Lenin, a l analizar las regularidades d e l a re-
volución s o c i a l , llegó a l a conclusión d e q u e e l
factor subjetivo adquiere i m p o r t a n c i a decisiva
c u a n d o h a y premisas objetivas necesarias; indi-
có q u e podían s u r g i r c o n t r a d i c c i o n e s e n t r e l a s
condiciones objetivas y e l factor subjetivo. L a s
clases revolucionarias n o poseen siempre u n a
f u e r z a s u f i c i e n t e p a r a r e a l i z a r l a revolución
c u a n d o ésta h a m a d u r a d o p o r c o m p l e t o , d e b i d o
a l a s c o n d i c i o n e s d e l d e s a r r o l l o económico. L a
s o c i e d a d está e s t r u c t u r a d a d e u n m o d o n o m u y
i n t e l i g e n t e , n o m u y "cómodo" p a r a l o s g r u p o s
s o c i a l e s a v a n z a d o s . L a revolución p u e d e m a d u -
i rar cuando l o sluchadores revolucionarios n o
tienen fuerzas suficientes para realizarla, "en-
t o n c e s l a s o c i e d a d s e p u d r e , y e s t a putrefacción
dura e n ocasiones decenios enteros". 1 1
1 1
V . I . L e n i n : Obras completas, ed. en ruso, t. 11,
pp. 366-367.
173
 La historia de l ahumanidad sedesarrolla d e
m a n e r a que los factores objetivos d el a historia
s e m o d i f i c a n e n e l s e n t i d o d e l a intensificación
d e l f a c t o r s u b j e t i v o , haciéndolo c a d a v e z más
eficiente y orientado hacia u nf i n d e t e r m i n a d o .
E l papel d e lfactor subjetivo adquiere u n a i m -
portancia especialmente grande e n las condicio-
nes d e l socialismo, donde e l desarrollo planifi-
cado s e lleva a cabo e nl a scondiciones d e u n a
red "extraordinariamente compleja y delicada
d e n u e v a s r e l a c i o n e s d e organización, q u e a b a r -
q u e n l a producción y distribución p l a n i f i c a d a
de l o s productos necesarios para l a existencia
de decenas d em i l l o n e s d eh o m b r e s " . U n a con-
1 2
dición i n d i s p e n s a b l e d e u n a manifestación s e n -
sata d e l factor subjetivo e nl ahistoria consiste
e n que l o sh o m b r e s tienen q u et o m a r e n consi-
deración a l máximo l a s r e g u l a r i d a d e s o b j e t i v a s
del desarrollo d el a sociedad.
NECESIDAD Y LIBERTAD
La idea d e L e n i n d e l papel d e l factor subje-
t i v o está o r i e n t a d a c o n t r a e l m a t e r i a l i s m o v u l -
g a r e n l a sociología, q u e m i n i m i z a l a i m p o r t a n -
cia d e l a s ideas e n e l desenvolvimiento d e l a
s o c i e d a d h u m a n a y p r e d i c a l a teoría d e l a " e s -
p o n t a n e i d a d " , d e l a predeterminación automáti-
1 2
V. I . L e n i n : O b r a s escogidas, en tres tomos, t . 2 .
p. 688, Moscú, 1966.
174
c a d e l o s a c o n t e c i m i e n t o s s o c i a l e s . L e n i n rechazó
l a concepción d e l voluntarismo, e lp u n t o d e vis-
ta d e l a independencia d e l o s actos d e l o si n -
dividuos respecto d e l a s leyes objetivas: l a
l l a m a d a concepción d e " v o l u n t a d l i b r e " . Él d e -
mostró q u e l a l i b e r t a d a b s o l u t a d e l i n d i v i d u o e s
u n a q u i m e r a : es imposible vivir en una sociedad
y ser libre de ella. A l m i s m o t i e m p o criticó c o n
i g u a l s e v e r i d a d l a concepción d e l fatalismo, es
d e c i r , d e l a predeterminación f a t a l d e l o s a c t o s
de los i n d i v i d u o s p o r las fuerzas q u e n o depen-
d e n d e e l l o s . S i t o d o está p r e d e t e r m i n a d o , e n -
tonces e n e l m u n d o n o h a y n i culpables, n i
inocentes. L a s d o sconcepciones, v o l u n t a r i s m o
y f a t a l i s m o s o n metafísicas: e l l a s a b s o l u t i z a n
u n o d e l o saspectos d e l ac o n d u c t a d e los h o m -
bres y pierden d e vista e l o t r o aspecto. L a ver-
dad, e n cambio, consiste e ne l reconocimiento
d e l a unidad dialéctica d e l a l i b e r t a d y l a n e c e -
s i d a d . E l i n d i v i d u o n o está l i b r e e n s u d e s c o n o -
c i m i e n t o d e l a s l e y e s , c u a n d o p i e n s a y actúa c o n
arreglo a modelos e n condiciones nuevas. E l
h o m b r e está l i b r e e n s u s a c c i o n e s , cuando
éstas s e c o n f o r m a n c o n l a n e c e s i d a d o b j e t i v a d e
circunstancias concretas. L a necesidad aparece
c o m o libertad, siendo refractada por l a concien-
c i a d e l h o m b r e , c u a n d o l a n e c e s i d a d hecha c o n -
c i e n c i a e m p i e z a a desempeñar e l p a p e l d e f a c t o r
r e g u l a d o r d es uc o n d u c t a . " E l d e t e r m i n i s m o , l e -
jos d e suponer e lfatalismo, ofrece, p o r e l con-
t r a r i o , l a b a s e p a r a u n a actuación s e n s a t a . " 1 8
LIBERTAD es el conocimiento de las leyes ob-
jetivas y la capacidad para utilizarlas. Libertad
e s e l p r o d u c t o d e l d e s a r r o l l o histórico, e l r e s u l -
i» V. I . Lenin: O b r a s completas, ed. e n ruso, t. 1 ,
p. 440.
175
 desaparecerá a r r o l l a d o p o r e l c a r r o d e l a n e c e -
t a d o d e l a práctica histórico-universal d e l a s i d a d histórica. D e f e n d e r e l c a p i t a l i s m o e s t a n
Humanidad. Nosotros luchamos siempre p o r absurdo como declarar l a disconformidad con
conquistar l a libertad antes que l a necesidad, la m a r c h a i n e x o r a b l e del t i e m p o .
dándonos c u e n t a d e q u e n o l a c o n q u i s t a r e m o s
nunca hasta e l fin. S ie l fatalismo conduce a l
q u i e t i s m o , e l m a t e r i a l i s m o histórico l l a m a a a c -
t u a r j u n t o c o n l a clase p r o g r e s i s t a de J a socie-
dad. L e n i n indica que las clases sociales c o n s u
a c t i v i d a d práctica, p o r e j e m p l o , l a c l a s e o b r e r a
c o n s u l u c h a c o n t r a l a burguesía, e j e r c e n i n m e n -
s a i n f l u e n c i a e n l a creación d e l a p r o p i a n e c e s i -
d a d , d e n t r o d e l o s límites, c o m o e s n a t u r a l , d e
l a acción c o n j u n t a d e l a s l e y e s o b j e t i v a s . L e n i n
desenmascaró l a c o m p l e t a i n c o n s i s t e n c i a d e l a s
c o n c e p c i o n e s q u e m i n i m i z a n " l a interpretación
materialista d e l a historia porque hacen caso
o m i s o del papel activo, dirigente y orientador
q u e p u e d e n y d e b e n desempeñar e n l a h i s t o r i a
los partidos que tengan conciencia d e las con-
d i c i o n e s m a t e r i a l e s d e l a revolución y q u e s e
p o n g a n a l frente d e l a s clases avanzadas". 1 4

C o m o v e m o s , l a sociología m a r x i s t a - l e n i n i s t a e x -
c l u y e p o r c o m p l e t o t a n t o l a interpretación f a t a -
lista c o m o v o l u n t a r i s t ade l a historia, y m u e s t r a ,
al m i s m o t i e m p o , todo e labsurdo d e los inten-
t o s d e l o s sociólogos b u r g u e s e s d e c o n t r a p o n e r
a Lenin con Marx, como u n voluntarista a u n
f a t a l i s t a . T e n t a t i v a s d e e s t a índole d e m u e s t r a n
la incapacidad o la falta d edeseo de abordar d e
m o d o dialéctico e l p r o b l e m a d e l a r e g u l a r i d a d
social y l a actividad consciente d elos hombres,
c u y a solución f u e p o s i b l e sólo e n b a s e a l a i n -
terpretación m a t e r i a l i s t a d e l a h i s t o r i a , q u e h a
d e m o s t r a d o que tarde o t e m p r a n o el capitalismo

1 4
V. I . Lenin: O b r a s escogidas, en un tomo, p. 68,
Moscú, 1969.

176
 CAPITULO VIII

LA PRODUCCIÓN M A T E R I A L COMO
BASE D E LA VIDA Y E L DESARROLLO
DE LA SOCIEDAD

CONCEPTO DE PRODUCCIÓN MATERIAL

L a producción m a t e r i a l e s e l p r o c e s o d e i n -
teracción d e l a s o c i e d a d y l a n a t u r a l e z a , p o r
m e d i o del cual los h o m b r e s t r a n s f o r m a n los ob-
jetos d e l a naturaleza a sus necesidades. Este
p r o c e s o t i e n e s i e m p r e carácter s o c i a l : l a p r o -
ducción d e u n i n d i v i d u o a i s l a d o e s t a n a b s u r d a
c o m o l oese ldesarrollo d eu n i d i o m a sin h o m -
b r e s q u e v i v a n e n s o c i e d a d . L a producción d e
valores materiales e sl a fuente d e l surgimiento,
l a b a s e d e l a e x i s t e n c i a , y l a condición d e c i s i v a
del desarrollo d e l a sociedad.
De todas l a s ocupaciones a l a s q u e se h a n
dedicado y s e d e d i c a n e n t o d o s l o st i e m p o s l o s
h o m b r e s , l a producción m a t e r i a l e s l a p r i m e r i -
s i m a y l a más n e c e s a r i a ; e n e l l a s e i n v i e r t e l a
parte fundamental d e ltiempo activo d e l a so-
c i e d a d ; e l l a a t r a e a l a a p l a s t a n t e mayoría d e
los h o m b r e s . Y e s comprensible. P a r a vivir, l o s
hombres deben tener medios d e subsistencia y
para tenerlos deben trabajar. L a vida d e l a so-
ciedad es imposible sin e ltrabajo. E l individuo
no puede contentarse con l oque l ebrinda, pre-
p a r a d o ya, l an a t u r a l e z a . H a s t a e l a i r e h a y q u e

179

elaborarlo a veces, p o r q u e s e necesita calentar-
lo. Uniendo s utrabajo c o n l a sustancia d e l a
naturaleza, a p r o v e c h a n d o sus leyes, los h o m b r e s
fabrican objetos inexistentes e n l a naturaleza.
E l p r o c e s o d e producción a b a r c a t a n t o e l p r o -
c e s o d i r e c t o d e producción c o m o l a distribución,
e l c a m b i o y e l c o n s u m o . E l carácter d e l a p r o -
ducción d e t e r m i n a p o r c o m p l e t o l a e s t r u c t u r a d e
l a distribución. L a distribución a s u v e z , s u p o n e
e n p r i m e r término e l r e p a r t o d e p r o d u c t o s , p e r o
a n t e s d e q u e éstos s e d i s t r i b u y a n t i e n e l u g a r l a
distribución d e l o s m e d i o s d e producción y d e
los m i e m b r o s d e l a sociedad e n l o s distintos
t i p o s d e producción, s u subordinación a d e t e r -
m i n a d a s r e l a c i o n e s d e producción. L a p r o d u c -
ción también d e t e r m i n a , y d e e l l a d e p e n d e , e n t r e
otras ramas, e l consumo.
E n l asociedad s einteraccionan u n a m u l t i t u d
de fuerzas: m a t e r i a l e s e ideales, constantes y
variables, directas e indirectas. Todas l a s fuer-
z a s q u e actúan e n l a s o c i e d a d y s o b r e l a s o c i e -
dad condicionan e n conjunto s uvida y desarro-
llo. S i n embargo, e l papel d e estas fuerzas n o
e s idéntico. N o s e p u e d e c o n s i d e r a r l a v i d a d e
l a s o c i e d a d c o m o u n a e s p e c i e d e río e n c u y a
c o r r i e n t e t o d a s l a s g o t a s desempeñan u n p a p e l
determinado. E n t r e todas l a s fuerzas d e l a so-
ciedad hay u n a q u ees decisiva, que, e n defini-
t i v a , d e t e r m i n a a t o d a s l a s demás, i n c l u i d a s l a s
e s f e r a s más d e l i c a d a s d e l a v i d a e s p i r i t u a l . E s
u n a especie d em o t o r del m e c a n i s m o social, p r o -
pulsor des uautomovimiento. Este motor es l a
producción d e v a l o r e s m a t e r i a l e s , E s p r e c i s a -
m e n t e e l l a l a q u e desempeña e n l a v i d a d e l a
sociedad e l papel d e l afuerza q u ed aorigen a
t o d o s l o s demás fenómenos s o c i a l e s .
180
L a c a u s a d e l a transición d e u n régimen s o c i a l
a otro distinto s o nl a s contradicciones dentro
d e l a producción. L o s i n s t r u m e n t o s q u e l o s h o m -
b r e s u t i l i z a n e n e l p r o c e s o d e producción s e
modifican y j u n t o c o n esto s e modifican l o s
p r o p i o s h o m b r e s , s u s hábitos l a b o r a l e s , s u c o n -
c i e n c i a ; c a m b i a l a v i d a económica d e l a s o c i e -
dad; s o n otras las relaciones entre l o s indivi-
duos; se t r a n s f o r m a n l a s organizaciones, l a s
instituciones; c a m b i a n l a s ideas y l a s c o s t u m -
bres. ,
UNIDAD DE LA NATURALEZA
Y LA SOCIEDAD
E l h o m b r e vive e n l a Tierra dentro d e l o s
límites d e s u f i n a e n v o l t u r a : e l m e d i o geográ-
f i c o . E l m e d i o geográfico e s l a p a r t e d e l a n a t u -
raleza q u ese encuentra e n interdependencia
m u y estrecha con l asociedad y experimenta s u
i n f l u e n c i a . F o r m a n p a r t e d e l m e d i o geográfico
n o sólo e l río q u e g u a r d a u n a relación d i r e c t a
o indirecta c o nl aactividad h u m a n a , sino tam-
bién e l c a n a l ; n o sólo l a c o s t a , s i n o también
l o s d i q u e s ; n o sólo e l b o s q u e , s i n o también l a
franja forestal artificial, l om i s m o que l o s cam-
pos, l o spastizales, l o sp r a d o s , l a s ciudades y
t o d a s l a s demás p o b l a c i o n e s , l a s c o n d i c i o n e s
climatológicas y agrológicas, l o s m i n e r a l e s úti-
les, e l r e i n o vegetal y e l r e i n o a n i m a l .
L a vida h a surgido y s edesarrolla e ne l m e d i o
geográficos L a h i s t o r i a d e l a h u m a n i d a d e s l a
continuación d e l a h i s t o r i a d e l a T i e r r a ; s o n ,
según d i j o e l célebre e s c r i t o r r u s o H e r z e n , d o s
capítulos d e u n a n o v e l a , d o s f a s e s d e u n p r o -
ceso, m u y lejanas e nsus e x t r e m o s y extraordi-
nariamente cercanas e n la m i t a d . Lazos "de san-
g r e " n o s u n e n a l m e d i o geográfico, y f u e r a d e
éste n u e s t r a v i d a e s i m p o s i b l e ; l o s c o s m o n a u t a s ,
al abandonar por u n tiempo l a Tierra, llevan
consigo u n " p e d a z o " d evida terrenal. E n t r e los
principios n a t u r a l e s y sociales n o h a y separa-
ción, l o c u a l n o s i g n i f i c a n a t u r a l m e n t e , q u e
falte especificidad cualitativa. A pesar d e todas
sus diferencias c u a l i t a t i v a s , l as o c i e d a d n o deja
d e s e r p a r t e d e u n t o d o más e x t e n s o : l a n a t u r a -
l e z a . D e s d e l a época e n q u e l a s o c i e d a d apareció
en l a tierra s e operan tres clases d e procesos:
n a t u r a l e s d i r e c t o s , s o c i a l e s específicos, y o t r o s ,
diríase f u n d i d o s , e s d e c i r , q u e c o m b i n a n e n sí a
los u n o s y los otros.
L a dialéctica d e l a interacción d e l a n a t u r a -
leza y l a sociedad e s t a l q u e a m e d i d a q u e s e
desarrolla l a sociedad disminuye s u dependen-
cia directa de la naturaleza y a u m e n t a s u depen-
d e n c i a i n d i r e c t a . N o e s difícil comprenderlo:
conociendo e n u n g r a d o cada vez m a y o r las leyes
de l a naturaleza y t r a n s f o r m a n d o , sobre esta
base, la naturaleza* el h o m b r e i n c r e m e n t a s u do-
m i n i o sobre ella; a lm i s m o t i e m p o , l a sociedad,
en e l curso d e su desarrollo, establece u n con-
t a c t o c a d a v e z más a m p l i o y p r o f u n d o c o n l a
n a t u r a l e z a , i n c o r p o r a n d o a l a e s f e r a dé s u a c t i -
v i d a d u n número c a d a v e z m a y o r d e o b j e t o s y
procesos.
L a h u m a n i d a d , qué h a i n c l u i d o e n l a órbita
de su actividad a todo e lplaneta, h a salido y a
a l c o s m o s ; además, r e p r o d u c e e n l a t i e r r a n o
p o c o s p r o c e s o s cósmicos p o r s u e s e n c i a : o b t i e n e
182
t e m p e r a t u r a s i n f r a b a j a s y s u p e r a l t a s , e l vacío
(estado e n r a r e c i d o del gas p r o p i o del m e d i o i n -
t e r e s t e l a r ) , p r e p a r a e l e m e n t o s químicos t r a n s -
uránicos y o t r o s e l e m e n t o s a r t i f i c i a l e s (tecnecio,
p l u t o n i o ) , q u e h a y e n l a s e s t r e l l a s ; además f a -
b r i c a satélites a r t i f i c i a l e s d e l a T i e r r a , e s t a c i o -
n e s i n t e r p l a n e t a r i a s , n a v e s cósmicas. L a c i e n c i a
y l a técnica p r e p a r a n l a b a s e p a r a l a p e n e t r a -
ción s u c e s i v a d e l h o m b r e e n e l e s p a c i o .
Así, l a h i s t o r i a d e l a n a t u r a l e z a y l a d e l a s o -
c i e d a d , i n t e r a c c i o n a n d o e n t r e sí, d e p e n d e n l a
u n a d e l a o t r a , s e p e n e t r a n recíprocamente y
c o n s t i t u y e n u n a u n i d a d dinámica. U n e j e m p l o :
d u r a n t e l a s g u e r r a s m u n d i a l e s , c u a n d o se r e d u j o
b r u s c a m e n t e l a p e s c a e n e l Atlántico N o r t e ,
entre los peces d ei m p o r t a n c i a industrial empe-
zaron a propagarse enfermedades debidas al ha-
c i n a m i e n t o , reduciéndose m u c h o e l tamaño m e -
dio d e los ejemplares. E s t o demuestra que l a
s o c i e d a d desempeña u n p a p e l r e g u l a d o r e n l a
m a r c h a d e l o s p r o c e s o s biológicos e n e l m a r y
que l a naturaleza " s eha^adaptado" a l a vida
pacífica d e l a s o c i e d a d . '
L a h u m a n i d a d e s n o sólo l a m o r a d o r a , s i n o
también l a q u e t r a n s f o r m a e l g l o b o terráqueo y
la naturaleza. Desde e l m o m e n t o d e s u surgi-
m i e n t o l as o c i e d a d h u m a n a h a i d o m o d i f i c a n d o
la naturaleza circundante. C o n e l correr d e l
t i e m p o este proceso s e h a intensificado cada
v e z más. E n l a transformación d e l a n a t u r a l e z a
se h a i n v e r t i d o u n a c a n t i d a d i n m e n s a de t r a b a j o
h u m a n o y t o d o él, según D . P i s a r e v —demócrata
revolucionario r u s o — h a sido colocado e n l a
tierra c o m o e nu n a e n o r m e caja d e ahorro. E l
trabajo h u m a n o h a talado bosques, secado pan-
tanos, c o n s t r u i d o presas, fundado aldeas y ciu-
183
tlacles, tendido una tupida red de ferrocarriles
y carreteras en l o s c o n t i n e n t e s y ha h e c h o un
sinfín de otras cosas.
L a h u m a n i d a d c o n v i e r t e l a s riquezas d e la
naturaleza e nmedios d el a vida cultural e his-
tórica d e l a s o c i e d a d . Cuántos s i g l o s e l relám-
pago, a l i l u m i n a r las tinieblas d e l a noche, y
a c a r r e a n d o a veces destrucciones, h a a t e m o r i -
z a d o a l h o m b r e . Pero e l h o m b r e ha d o m i n a d o
y c o n t r o l a d o l a e l e c t r i c i d a d , poniéndola e n b e -
neficio d e l a sociedad, p a r a a l u m b r a r las calles
y l a s c a s a s , y a c c i o n a r l a s máquinas y l o s t r e n e s .
E l h o m b r e n o sólo h a d e s p l a z a d o n u m e r o s a s e s -
pecies d e a n i m a l e s y plantas a zonas c o n condi-
c i o n e s climatológicas d i s t i n t a s a l a s o r i g i n a l e s y
los h a modificado, sino que h a modificado t a m -
bién e l a s p e c t o e x t e r i o r y e l c l i m a de su l u g a r
de residencia. : A l añadir e s t e g a s , l o s h o m b r e s i n c r e m e n t a n l a
L a influencia d e l asociedad sobre l a n a t u r a -
l e z a a u m e n t a a m e d i d a q u e c r e c e l a producción
m a t e r i a l . Cada progreso sustancial d ela produc-
ción s o c i a l h a c e c a m b i a r e l carácter d e l a i n -
fluencia social sobre l anaturaleza. A l incremen-
t a r s e l a producción, s e a l t e r a n l a s n e c e s i d a d e s
s o c i a l e s y lá d e m a n d a d e r e c u r s o s m a t e r i a l e s
n a t u r a l e s ; c a m b i a no s o l a m e n t e l a i n t e n s i d a d d e
la i n f l u e n c i a social sobre l a n a t u r a l e z a , s i n o
también e l p r o g r e s o d e l a producción s o c i a l .
E l m e d i o geográfico s e m o d i f i c a c o n m a y o r
rapidez que l anaturaleza que n o experimenta
i n f l u e n c i a s o c i a l . Además, l o s c a m b i o s d e l m e d i o
geográfico d e p e n d e n d e l n i v e l d e d e s a r r o l l o d e
l a producción y d e l régimen s o c i a l . C a d a n u e v o
régimen s o c i a l t r a n s f o r m a e l m e d i o geográfico,
utilizando a l m i s m o t i e m p o los logros d e l a s
164
épocas a n t e r i o r e s y " t r a n s m i t i e n d o , a s u v e z ,
e l m e d i o geográfico a l a s n u e v a s g e n e r a c i o n e s .
Debido al incremento del grado d einfluencia d e
la sociedad sobre la naturaleza s eaceleran algu-
nos procesos naturales.
E l m e d i o geográfico s e d e s a r r o l l a rápidamen-
te, y e n p o c o s m i l e n i o s o siglos, y h a s t a dece-
nios, pueden producirse cambios m u y notables
e n éL P o r e j e m p l o l o s h o m b r e s r e m u e v e n e n u n
año u n a m a s a d e t i e r r a a l a r a r l o s c a m p o s , q u e
es t r e s v e c e s m a y o r q u e l a c a n t i d a d d e . t o d a s
l a s m a t e r i a s volcánicas a r r o j a d a s d e l a s e n t r a -
ñas d e l a T i e r r a e n e l m i s m o p l a z o . E n e l último
siglo, las empresas industriales h a n adicionado
a l a atmósfera u n o s t r e s c i e n t o s s e s e n t a m i l m i -
l l o n e s d e t o n e l a d a s d e g a s carbónico, l o q u e h a
a u m e n t a d o e n u n 1 3 % s u concentración m e d i a .
i n t e n s i d a d del c r e c i m i e n t o d e las p l a n t a s . E l gas
carbónico, a l r e t e n e r l a radiación s o l a r t r a n s f o r -
m a d a p o r l a T i e r r a , " h a c e más cálido" a l p l a n e -
t a . S e e s t i m a q u e l a c a n t i d a d d e g a s carbónico
y a l a n z a d o a d i c i o n a l m e n t e a l a atmósfera e s s u -
ficiente p a r a q u e el p r o m e d i o d es u t e m p e r a t u r a
se e l e v e u n g r a d o o g r a d o y m e d i o .
C u a n t o más s e d e s a r r o l l a l a s o c i e d a d , más
c a m b i a c o n s u t r a b a j o e l m e d i o geográfico c i r -
c u n d a n t e , a c u m u l a n d o e n éste n u e v a s p r o p i e d a -
d e s q u e l o a l e j a n , c a d a v e z más, d e s u e s t a d o
primitivo. Estas nuevas propiedades, creadas
por e l trabajo d e las generaciones anteriores,
p e r m i t e n a las nuevas generaciones i n c r e m e n t a r
l a producción d e l o s m e d i o s d e t r a b a j o y d e l o s
artículos d e u s o y c o n s u m o . S i a l m e d i o geográ-
fico a c t u a l s e l eq u i t a n sus p r o p i e d a d e s creadas
p o r e l t r a b a j o d em u c h a s generaciones, y s e l o
185
c o l o c a e n l a posición d e p a r t i d a d e l a h i s t o r i a
d e l a s o c i e d a d , l a s o c i e d a d m o d e r n a n o podría
existir.
L a i m p o r t a n c i a d e l m e d i o natural e nl a his-
toria es m u y grande, c o n l a particularidad de
que l a naturaleza nunca y e n ninguna parte
ejerce influencia igual sobre l a h u m a n i d a d . S u
acción e s d i s t i n t a : d i s t r i b u y e a l a h u m a n i d a d ,
según s e a l a p a r t e d e l g l o b o terráqueo q u e ésta
ocupe, u n a cantidad desigual d eluz, calor, agua,
precipitaciones, flora y fauna. L a historia h u -
m a n a o f r e c e m u l t i t u d d e e j e m p l o s d e cómo l a s
c o n d i c i o n e s d e l m e d i o geográfico y e l r e l i e v e d e
nuestro planeta h a n adelantado o retardado l a
evolución d e l a h u m a n i d a d . S i e n e l P o l o N o r t e ,
e n m e d i o d e las nieves perpetuas, e lh o m b r e h a
a r r a n c a d o a l a n a t u r a l e z a , fría e i n h o s p i t a l a r i a ,
los m e d i o s d esubsistencia a precio d e esfuerzos
s o b r e h u m a n o s , e n l o s trópicos, e s e r e i n o d e flo-
r e s , f r a g a n c i a s , vegetación s i e m p r e v e r d e y j u g o -
sos f r u t o s , l ae x u b e r a n c i a desenfrenada d el a na-
turaleza despilfarradora h aayudado a l hombre.
L a i n f l u e n c i a d e l m e d i o geográfico s o b r e l a
v i d a dé l a s o c i e d a d e s u n fenómeno histórico.
C u a n t o más n o s a d e n t r a m o s e n e l p a s a d o , v e m o s
q u e l a s f u e r z a s d e l a s o c i e d a d f u e r o n más débi-
les y m a y o r s u d e p e n d e n c i a d e l a n a t u r a l e z a .
PROBLEMAS DE LA POBLACION
Población e s e l c o n j u n t o d e i n d i v i d u o s q u e
h a b i t a n d e t e r m i n a d o s países y e l g l o b o terrá-
queo e n sUtotalidad. E l constante incremento
186
d e l a población c o n s t i t u y e u n a d e l a s c o n d i c i o -
nes naturales d e l av i d a y d e l desarrollo d e l a
s o c i e d a d , c u y a v i d a económica y e s p i r i t u a l s u -
p o n e l a e x i s t e n c i a d e u n mínimo d e t e r m i n a d o
de p o b l a d o r e s e n u n t e r r i t o r i o d a d o , e s d e c i r ,
u n a d e n s i d a d demográfica n e c e s a r i a . Sería erró-
n e o i m a g i n a r s e e l a u m e n t o d e l a población c o m o
u n p r o c e s o m e r a m e n t e biológico d e r e p r o d u c -
ción d e s e r e s h u m a n o s .
M a r x estableció q u e a c a d a m o d o d e p r o d u c -
ción histórico l e s o n p r o p i a s l e y e s d e c r e c i m i e n t o
de l a población e s p e c i a l e s , q u e t i e n e n carácter
histórico. E x i s t e u n a ligazón e s t r e c h a e n t r e e l
i n c r e m e n t o de l a producción y e l d e l a p o b l a -
ción: e n l a s o c i e d a d p r i m i t i v a , l a población c r e -
ció m u y l e n t a m e n t e y e l n i v e l d e m o r t a l i d a d f u e
elevado; e nl a sociedad esclavista, e l crecimiento
d e l a población f u e a l g o " m a y o r , s i e n d o aún más
considerable bajo e l feudalismo.
Bajo e l capitalismo, como resultado d e l f o -
m e n t o d e l a técnica, e l c r e c i m i e n t o d e l a p o b l a -
ción s e h a a c e l e r a d o n o t a b l e m e n t e . L o s éxitos
d e l a c i e n c i a h a n c o n t r i b u i d o a l a reducción d e
la m o r t a l i d a d , especialmente d e l a m o r t a l i d a d
i n f a n t i l ; s i n e m b a r g o , e l s i s t e m a burgués d e l a
producción n o está e n c o n d i c i o n e s d e u t i l i z a r
c o n e f i c a c i a a l a población a u m e n t a d a . L a l e y
d e l a población d e l a s o c i e d a d b u r g u e s a , d e s -
c u b i e r t a p o r M a r x , d i m a n a d elas peculiaridades
d e l a acumulación c a p i t a l i s t a , l a c u a l " p r o d u c e
c o n s t a n t e m e n t e , e n proporción a s u i n t e n s i d a d
y a s u extensión, una población obrera excesiva
para las necesidades medias de explotación del
capital, es decir, una población obrera rema-
nente o sobrante".1
i C Marx: Él capital, t. 1, p. 574. ed. clt.
187
 E n las condiciones d e l a sociedad burguesa,
una parte considerable d eobreros n o encuentra
aplicación a s u s f u e r z a s y f o r m a u n ejército d e
t r a b a j o d e r e s e r v a , e s d e c i r , u n ejército d e d e -
s e m p l e a d o s , a l q u e s e u n e n l o s pequeños p r o -
ductores arruinados. E n la fase del imperialismo,
l a superpoblación r e l a t i v a a u m e n t a muchísimo.
L a l e y d e l a población e n l a s o c i e d a d s o c i a l i s t a
s e c a r a c t e r i z a p o r u n a distribución r a c i o n a l d e l
t r a b a j o o r g a n i z a d o s o c i a l m e n t e ; d e l a población
y e l c r e c i m i e n t o d e l número d e h a b i t a n t e s .
L a dinámica d e l i n c r e m e n t o d e l a población
en su conjunto s e caracteriza por los siguientes
índices: h a c i a l o s c o m i e n z o s d e l a n u e v a e r a , l a
población d e l g l o b o e r a d e u n o s d o s c i e n t o s m i -
l l o n e s ; e n e l R e n a c i m i e n t o , llegó a q u i n i e n t o s
millones; a mediados del siglo x i x , a m i l millo-
n e s ; p a r a e l año 1 9 3 0 , a d o s m i l m i l l o n e s ; e n
1963 h a b i t a r o n l a T i e r r a tres m i l doscientos m i -
llones d e personas. E l crecimiento d el a pobla-
ción a t e m o r i z a a m u c h o s científicos b u r g u e s e s ;
a l g u n o s d e e l l o s p r o p a g a n i n t e n s a m e n t e l a teoría
de la "fertilidad decreciente del suelo", a f i r m a n -
do que las inversiones c o m p l e m e n t a r i a s d e tra-
bajo y capital en e lsuelo no pueden contribuir
al incremento progresivo d e l a fertilidad d e l
suelo, y que e l hecho d e que s e cultive u n a
s u p e r f i c i e l i m i t a d a d e t i e r r a e s u n obstáculo
infranqueable que no permite aumentar l a pro-
ducción d e víveres. D e ahí s e d e s p r e n d e l a c o n -
clusión d e q u e e l h a m b r e y o t r o s s u f r i m i e n t o s
d e l a h u m a n i d a d s e a n i n e v i t a b l e s , p o r q u e , según
e s o s científicos, s i r v e n d e m e d i o d e r e s t a b l e c i -
m i e n t o d e l e q u i l i b r i o e n t r e e l número d e h a b i -
tantes y las reservas d emedios d e subsistencia.
U n o d e l o s f u n d a d o r e s d e e s t a concepción e s
188
M a l t h u s ( 1 7 6 6 - 1 8 3 4 ) , e c o n o m i s t a y p a s t o r inglés,
q u e formuló, según s u s p a l a b r a s , l a " g r a n l e y
de l a n a t u r a l e z a " , c o n arreglo a la cual la pobla-
ción t i e n d e a a u m e n t a r - e n progresión geométri-
ca, p e r o las subsistencias, e n e l m e j o r d e l o s
c a s o s , sólo p u e d e n a u m e n t a r e n progresión a r i t -
mética; c o m o c o n s e c u e n c i a d e e s t o a d v i e n e l a
"superpoblación a b s o l u t a " . M a l t h u s c o n s i d e r a b a
que l apobreza y l am i s e r i a s o n e l r e s u l t a d o d e
l a procreación d e s e n f r e n a d a y declaró c o n c i n i s -
m o q u e l ap e r s o n a q u e h a v e n i d o a lm u n d o , y a
ocupado por otro, no tiene derecho a exigir nin-
g u n a alimentación s i s u s p a d r e s n o están e n
condiciones d e darle d e comer o s il a sociedad
n o p u e d e u t i l i z a r s u t r a b a j o ; e s a p e r s o n a está
d e más e n l a T i e r r a , y e n e l g r a n b a n q u e t e d e
la vida n oqueda lugar p a r a ella; l a naturaleza
l e o r d e n a q u e s e r e t i r e y n o tardará e n e j e c u t a r
su inexorable fallo. Los m a l t u s i a n o s modernos,
por ejemplo, W i l l i a m Vogt, a f i r m a n que hay
d e m a s i a d o s h o m b r e s e n comparación c o n s u s
recursos limitados, o s e aque l a sociedad s e
e n c u e n t r a e n l a m i s m a situación, a m a n e r a d e
ejemplo, d ela persona que lleva zapatos m u c h o
más pequeños q u e l o s q u e n e c e s i t a . E s l a h o r a
de c o m p r e n d e r l o , dicen l o s m a l t u s i a n o s , d e
d e j a r d e e c h a r l a c u l p a a l o s s i s t e m a s econó-
micos existentes.
S o b r e e s t a b a s e , l a s ideologías h o s t i l e s a l h u -
m a n i s m o a p r u e b a n t o d o s l o s fenómenos r e p u g -
nantes d e l avida social que originan l a reduc-
ción d e l a población: l a e l e v a d a m o r t a l i d a d i n -
fantil, las epidemias y , sobre todo, las guerras
sangrientas. T o d o esto son remedios " c u r a t i v o s "
q u e atenúan l a contradicción e n t r e e l i n c r e m e n t o
" e x c e s i v o " d e l a población y e l i n c r e m e n t o " i n -
s u f i c i e n t e " d e l a producción. L a invención d e l a
189
b o m b a atómica reanimó m u c h o a l o s m a l t u s i a -
nos. Ellos declaran sin. rodeos que e s necesario
d e c i d i r s e a a p l i c a r n u e v o s m e d i o s d e h a c e r la
g u e r r a q u e p u e d a n b a r r e r d el a f a zd e l a t i e r r a
a los seres h u m a n o s , los animales y las plantas
e n u n área d e c e n t e n a r e s d e kilómetros c u a d r a -
d o s . D e s d e s u p u n t o d e v i s t a , l a población d e l a
Tierra, cada v e z mayor, hace necesario utilizar
l a b o m b a atómica.
L a s i n v e s t i g a c i o n e s e s t r i c t a m e n t e científicas
y l a experiencia h a n d e m o s t r a d o q u el a tierra
posee u n a capacidad casi infinita p a r a a u m e n t a r
s u p r o d u c t i v i d a d e n c o n d i c i o n e s técnicas y s o -
ciales correspondientes. L a t i e r r a r i n d e s i e m p r e
al h o m b r e tanto cuantos medios y trabajo i n -
v i e r t e éste e n e l l a . E l e m p l e o d e f e r t i l i z a n t e s y
e l m e j o r a m i e n t o d e l o s métodos d e c u l t i v o d e l a
tierra contribuyen a lascenso constante del ren-
d i m i e n t o d e l o s c u l t i v o s agrícolas.
E l m u n d o e s u n a mesa preparada, e nl a q u e
hay lugar suficiente para todos sus habitantes.
A l a humanidad n ol e amenaza e l empobreci-
m i e n t o d e l o srecursos naturales, n il af a l t a d e
víveres y m a t e r i a s p r i m a s p a r a l a producción
d e artículos d e u s o y c o n s u m o . E n e s t e a s p e c t o ,
el auge d e l aa g r i c u l t u r a encierra e n o r m e s reser-
v a s . Según m u e s t r a n l o s éxitos d e l a geología y
de algunas o t r a s ciencias, e l subsuelo contiene
m u c h a s más r e s e r v a s d e m i n e r a l e s útiles d e lo
q u e s e s u p o n e . También h a y f u e n t e s d e m a t e r i a s
p r i m a s q u e l a h u m a n i d a d sólo h a e m p e z a d o a
a p r o v e c h a r . S e s u p o n e q u e e n el próximo siglo
l a población d e l g l o b o terráqueo a u m e n t e hasta
o c h o o d i e z m i l m i l l o n e s d e p e r s o n a s ; s i n em-
b a r g o , e s t o no d a f u n d a m e n t o s p a r a las conclu-
s i o n e s m a l t u s i a n a s . E l hambre es consecuencia
190
d e l a e x i s t e n c i a d e l régimen e x p l o t a d o r . L a n a -
t u r a l e z a " n o t i e n e l ac u l p a " d e eso. P e r o l a s u -
presión d e l h a m b r e y l a inanición p e r m a n e n t e s ,
a l a p a r c o n u n rápido a u m e n t o d e l a población,
provocará u n b r u s c o i n c r e m e n t o d e l a i n t e n s i d a d
de l a influencia m u t u a entre l a sociedad y l a
naturaleza.
FUERZAS PRODUCTIVAS Y RELACIONES
DE PRODUCCION
L a producción m a t e r i a l t i e n e d o s a s p e c t o s :
las fuerzas productivas y las relaciones d e pro-
ducción. E l p r o c e s o d e producción l o r e a l i z a n
los hombres, los trabajadores. Ellos precisamen-
t e c o n s t i t u y e n e l e l e m e n t o primerísimo y d e c i -
s i v o d e l a s f u e r z a s d e producción. P a r a r e a l i z a r
e l p r o c e s o d e producción e s n e c e s a r i o e l m a t e -
r i a l d e p a r t i d a , u n o b j e t o s o m e t i d o a elaboración
q u e s o n l a t i e r r a , l o s m i n e r a l e s útiles, l a m a d e r a
y otros materiales. Pero n ose puede transfor-
m a r l a n a t u r a l e z a c o n l a s m a n o s vacías. Lá p r o -
ducción d e b i e n e s m a t e r i a l e s , s i e n d o l a b a s e d e
la v i d a y e ldesarrollo d el asociedad, comienza
a n t e t o d o c o n l a fabricación y l a aplicación d e
los i n s t r u m e n t o s "de trabajo, q u e constituyen,
según M a r x , " e l s i s t e m a óseo y m u s c u l a r d e l a
producción". P a r a l a producción, s o b r e t o d o J a
m o d e r n a , s o n n e c e s a r i a s l a s máquinas, i n s t r u -
m e n t o s d e t r a b a j o . Los objetos creados por el
hombre con el fin de influir sobre él mundo exte-
rior y transformarlo en beneficio del hombre
y la sociedad se denominan INSTRUMENTOS
DE TRABAJO.
191
 Y a e n l a s primeras etapas d e s u existencia,
c u a n d o l o s h o m b r e s vivían f o r m a n d o rebaños,
n o podían p r e s c i n d i r d e i n s t r u m e n t o s d e t r a -
bajo r u d i m e n t a r i o s , p o rejemplo, d e lhacha d e
piedra. Con e l desarrollo d e l a humanidad, e l
papel d elos i n s t r u m e n t o s d et r a b a j o crece inde-
f e c t i b l e m e n t e . E n n u e s t r o s días e s i n c o n c e b i b l e
e l p r o c e s o d e l a producción s i n máquinas y m e -
canismos complicados accionados por l a fuerza
d e l v a p o r , l a e l e c t r i c i d a d o l a energía d e l átomo.
Además d e l o s i n s t r u m e n t o s d e t r a b a j o , s o n
n e c e s a r i o s p a r a l a producción e d i f i c i o s f a b r i l e s ,
a l m a c e n e s , energía y " e l s i s t e m a v a s c u l a r d e l a
producción": e l t r a n s p o r t e . T o d o e s t o , j u n t o c o n
l o s i n s t r u m e n t o s d e t r a b a j o , c o n s t i t u y e n los
medios de trabajo, l a técnica; y éstos, j u n t o c o n
l o s o b j e t o s d e t r a b a j o , f o r m a n los medios de
producción.
Las fuerzas productivas d e l a sociedad com-
p r e n d e n l a tecnología d e l a producción. E n c a s i
t o d a s l a s r a m a s d e l a producción m o d e r n a , l a
solución d e l a s t a r e a s técnicas d e t e r m i n a e n g r a n
m e d i d a e l carácter d e l o s i n s t r u m e n t o s d e t r a -
b a j o y t o d o e l p r o c e s o d e producción. E n l a
producción m o d e r n a c r e c e s i n c e s a r e l p a p e l d e
l a organización d e l a producción, d e l a s f o r m a s
y l o s métodos d e organización d e l t r a b a j o . E s t a s
f o r m a s d e organización s e p e r f e c c i o n a n más l e n -
tamente q u elos instrumentos d e trabajo y l a
tecnología, s i e n d o p o r e s o " p r o p e n s o s " a r e z a -
g a r s e d e l d e s a r r o l l o d e l a técnica. L a e s p e c i a l i -
zación, l a concentración y l a cooperación a e s -
cala d etoda la industria y d esus distintas ramas,
l a unificación y l a estandardización d e p r o d u c -
tos, i n s t r u m e n t o s d e t r a b a j o y p r o c e s o s tec-
nológicos, lá introducción d e l o s métodos d e
producción e n c a d e n a e n c a d a e m p r e s a , s e c o n -
192
v i e r t e n e n l o s a s p e c t o s , c a d a v e z más i m p o r t a n -
t e s , d e l a producción m a t e r i a l m o d e r n a . L a
producción d e p e n d e e n g r a n m e d i d a d e l a o r g a -
nización d e l s u m i n i s t r o d e m a t e r i a l e s y m a q u i -
n a r i a s . L a organización científica d e l a p r o d u c -
ción c o m p r e n d e l a s s i g u i e n t e s t e n d e n c i a s f u n d a -
m e n t a l e s : organización d e l t r a b a j o , utilización
r a c i o n a l d e l o s m e d i o s d e producción, dirección
y planificación d e l a producción. E n c o n s e c u e n -
c i a , l a organización d e l a producción y e l s u m i -
n i s t r o d e m a t e r i a l e s y m a q u i n a r i a p a r a ésta, ló
m i s m o q u e l a tecnología, s o n a s p e c t o s m u y i m -
portantes que caracterizan^las fuerzas producti-
v a s d e l a s o c i e d a d . L a e f i c a c i a d e l a producción
social es determinada e n gran m e d i d a p o r s u
estructura, p o r l a conveniencia d e las propor-
ciones existentes entre las distintas r a m a s d e l a
economía n a c i o n a l y e l carácter d e l a d i s t r i b u -
ción t e r r i t o r i a l d e l a s e m p r e s a s .
El conjunto, históricamente determinado, de
los MEDIOS DE PRODUCCIÓN, en primer tér-
mino de los instrumentos de trabajo, los proce-
dimientos tecnológicos de la producción y de
la organización social de la producción, consti-
tuyen la base material y técnica de la sociedad.
Este conjunto abarca l a parte material d e las
fuerzas productivas, e nl aque sehalla contenido
e l t r a b a j o pretérito, y s i n l a c u a l n o p u e d e r e a -
lizarse e ltrabajo vivo d elos h o m b r e s , renovado
a d i a r i o . U n a condición i n d i s p e n s a b l e d e l f u n -
c i o n a m i e n t o d e l a b a s e m a t e r i a l y técnica d e l a
s o c i e d a d e s s u ligazón i n d e s t r u c t i b l e c o n e l p r o -
pio productor d evalores materiales: e l hombre.
E n e l p r o c e s o d e l a producción e l p a p e l p r i n -
cipal n o corresponde, n a t u r a l m e n t e , a l o s ins-
trumentos d e trabajo, sino a l o shombres: s i n
i
193

éstos, l o s m e d i o s d e producción q u e d a n m u e r -
tos. C o m o dice M a r x , l a riqueza r e a l d el a socie-
dad n o se calcula p o rl a cantidad d e valores
materiales, sino p o r e ln i v e l d e l ac u l t u r a gene-
r a l y l a b o r a l d e los h o m b r e s , p o r e ln i v e l d e sus
conocimientos y p o rs u actividad creadora. E l
h o m b r e y s u t r a b a j o s o n l a r i q u e z a más v a l i o s a
q u e h a ye n l a tierra. P a r a q u e l o s m e d i o s d e
t r a b a j o e n t r e n e n e l p r o c e s o d e producción, e s
necesario hacer uso d el a fuerza d etrabajo, del
trabajo vivo del h o m b r e : c o m o suele decirse, n o
es e l m a r t i l l o q u i e n f o r j a e l h i e r r o , s i n o e l f o r -
jador.
Así p u e s , las FUERZAS PRODUCTIVAS de la
sociedad son los hombres poseedores de la expe-
riencia de la producción, hábitos de trabajo, que
producen bienes materiales, así como los medios
de producción, creados por la sociedad, y ante
todo, los instrumentos de trabajo.
D e l n i v e l d e desarrolló d e l a s f u e r z a s p r o d u c -
tivas d e l asociedad s ejuzga, ante todo, p o r e l
g r a d o d e perfección d e l a técnica, e n l a c u a l
la h u m a n i d a d h aa c u m u l a d o s u experiencia d e
m u c h o s siglos, p o r los p r o c e d i m i e n t o s d e trans-
formación d e l a n a t u r a l e z a y u n d e t e r m i n a d o
nivel d edesarrollo d el acultura intelectual.L a
técnica s o n l o s o b j e t o s y l o s p r o c e s o s q u e p o -
s e e n d e t e r m i n a d o s m e d i o s físicos y químicos y
a los que l asociedad h a encomendado u n oficio
específico y r e l a t i v a m e n t e e s t a b l e . E n l a f o r m a
y l a función d e l o s i n s t r u m e n t o s d e t r a b a j o e s -
tán p l a s m a d o s l o s p r o c e d i m i e n t o s —elaborados
históricamente y s i n t e t i z a d o s — , d e l a acción l a -
b o r a l de\ l o s h o m b r e s . A l g u n o s i n s t r u m e n t o s d e -
t e r m i n a n u n método d e s u e m p l e o y u n a f o r m a
d e acción s o b r e e l o b j e t o d e t r a b a j o : c o n e l a r c o
194
se l a n z a n flechas, con e lmartillo seclavan cla-
v o s , c o n l a r e d s e p e s c a , etcétera.
E l t r a b a j o i n v e r t i d o e n l a fabricación d e l o s
m e d i o s d e producción, d e s t i n a d o s a p r o d u c i r a r -
tículos c o n c r e t o s , s e d e n o m i n a t r a b a j o pretérito
o materializado. E l trabajo invertido directa-
m e n t e e n l a fabricación d e artículos d a d o s s e
d e n o m i n a trabajo vivo. E n las p r i m e r a s etapas
d e l a h i s t o r i a , e n l a producción predominó e l
trabajo vivo. Pero ahora, cuando e lh o m b r e uti-
l i z a c a d a v e z más i n s t r u m e n t o s d e t r a b a j o c o m -
plicados, e n l a s u m a total d e inversiones d e
t r a b a j o p o r u n i d a d d e producción s u e l e p r e d o -
m i n a r e l t r a b a j o m a t e r i a l i z a d o . L a reducción d e
la parte d e trabajo v i v o e ne l proceso d e pro-
ducción e s u n a t e n d e n c i a lógica d e l p r o c e s o
técnico, e l c u a l s e e x p r e s a e n l a transformación
d e l , p r o p i o c o n t e n i d o d e l t r a b a j o . L a acción d i -
r e c t a d e lh o m b r e e ne l o b j e t o d e t r a b a j o cede
c a d a v e z más l u g a r a l o s p r o c e s o s d e c o n t r o l d e l
f u n c i o n a m i e n t o d e l a s máquinas, d e s u a j u s t e y
regulación. A u m e n t a e l t i e m p o n e c e s a r i o para
r e a l i z a r o p e r a c i o n e s d e cálculo y s e r e d u c e , e n
proporción, e l t i e m p o d e ejecución d e l p r o c e s o
d i r e c t o d e producción. C o b r a n i m p o r t a n c i a c a d a
V e z m a y o r n o t a n t o l o s hábitos p r o d u c t i v o s y l a
"ingeniosidad" personal como e lsistema d e co-
n o c i m i e n t o s científicos. E l p r o g r e s o técnico s e
m a n i f i e s t a también e n q u e l a s a c c i o n e s c o l e c t i -
v a s s o n s u s t i t u i d a s c a d a v e z más p o r a c c i o n e s
i n d i v i d u a l e s . L a técnica, s i e n d o u n a f u e r z a m a -
t e r i a l i z a d a d e l o s c o n o c i m i e n t o s , desempeña u n
i n m e n s o papel e ne l desarrollo d e l aciencia y
s u f r e , a s u v e z , l a i n f l u e n c i a d e ésta. " H e m o s
conocido algo razonable sobre l a electricidad
sólo d e s d e q u e s e descubrió s u aplicación téc-
195
n i c a . " L a introducción d e l a c i e n c i a e n l a p r o -
2
ducción e s u n p r o c e s o s u m a m e n t e c o m p l e j o . E n
ocasiones, p a s a r o n siglos p a r a q u e u n conoci-
m i e n t o f u e r a p l a s m a d o e n l a técnica. E n l a a n t i -
güedad, p o r e j e m p l o , sabían q u e e l v a p o r p u e d e
trabajar; para ello f u e suficiente ver, p o r ejem-
p l o , cómo e l v a p o r l e v a n t a b a l a t a p a d e l a v a s i j a
e n l a q u e hervía a g u a . P e r o t u v i e r o n q u e p a s a r
unos d o s milenios para q u e se utilizara para
a c c i o n a r m e c a n i s m o s . L a práctica técnica d e l a
construcción y explotación d e l o s m o t o r e s d e
v a p o r c o n d u j o , a s uv e z , a l s u r g i m i e n t o d e l a
termodinámica.
Los descubrimientos y los adelantos d e la cien-
cia seutilizan y sep l a s m a n d eu n o u o t r o m o d o
e n l a s i n n o v a c i o n e s técnicas. L a s r e v o l u c i o n e s
técnicas t i e n e n , c o m o u n a d e l a s p r e m i s a s más
i m p o r t a n t e s , l o s d e s c u b r i m i e n t o s científicos y s u
e m p l e o e n l a producción e n f o r m a d e n u e v o s
materiales, n u e v o s instrumentos de trabajo,
n u e v a organización dé l a producción y n u e v a s
s o l u c i o n e s tecnológicas, así c o m o l a elevación
d e l n i v e l c u l t u r a l científico-técnico d e l p r o d u c t o r
directo d evalores materiales.
L a ciencia, a l descubrir los procedimientos d e
dirección d e l o s p r o c e s o s d e formación d e c u e r -
pos d eu n a e s t r u c t u r a d e t e r m i n a d a , p e r m i t e ob-
tener materiales c o npropiedades programadas
d e a n t e m a n o . P o r e j e m p l o , l a química p o n e h o y
a disposición d e l a producción m a t e r i a l e s d e s c o -
nocidos e nl a naturaleza, q u esuperan conside-
r a b l e m e n t e t o d o a q u e l l o q u ee l h o m b r e h a u t i -
l i z a d o d u r a n t e m i l e s d e años. Así, h a n l l e g a d o
2
C, Marx y F . Engels: Cartas escogidas, ed. e n ruso,
p. 469.
196
a l a técnica l o s s e m i c o n d u c t o r e s , e l c r i s t a l i r r o m -
pible, las resinas c o n las cuales sep u e d e n pegar
p a r t e s d e l o s p u e n t e s , así c o m o l o s d i a m a n t e s
a r t i f i c i a l e s . G r a c i a s a l o s éxitos d e l a c i e n c i a
h a n s u r g i d o fábricas automáticas d i r i g i d a s p o r
máquinas cibernéticas-r
L a ciencia se introduce invariablemente e n
t o d a s l a s r a m a s d e l a economía n a c i o n a l . A l
descubrir l o s secretos d e l o s procesos q u e s e
operan e ne l suelo, l a splantas y l o s animales,
l a c i e n c i a a y u d a a p e r f e c c i o n a r l a tecnología d e
l a producción a g r o p e c u a r i a . E n l a a c t u a l i d a d ,
i m p o r t a n t e s s o l u c i o n e s técnicas s u e l e n f u n d a -
m e n t a r s e e n i n v e s t i g a c i o n e s científicas. L a p r o -
ducción m o d e r n a , b a s a d a e n l o s r e s u l t a d o s d e
l o s d e s c u b r i m i e n t o s científicos, s e c o n v i e r t e a
u n a escala cada v e zm a y o r e n e l proceso a m -
p l i a d o d e l a s i n v e s t i g a c i o n e s científicas r e a l i z a -
das e n laboratorios.
L a s c i e n c i a s n a t u r a l e s (matemática, mecáni-
c a , física, química y o t r a s c i e n c i a s s o b r e l a n a -
turaleza) , y d e e n t r e l a s ciencias sociales, a n t e
t o d o , l a economía política y l a sociología c o n -
cretamente, son las que seconvierten e n p r i m e r
lugar e n fuerzas productivas, sobre todo e n l a s
condiciones d e lsocialismo, ayudando a utilizar
d e l m o d o más r a c i o n a l l o s r e c u r s o s m a t e r i a l e s
y h u m a n o s ; a e l e g i r l a s o r i e n t a c i o n e s óptimas
d e l d e s a r r o l l o d e l a producción y a p e r f e c c i o n a r
l a organización d e l t r a b a j o y l a dirección. T o d o
e s t o a c e l e r a e l i n c r e m e n t o d e l a economía n a c i o -
nal. Por consiguiente, la ciencia seconvierte cada
v e z más e n l a f u e r z a p r o d u c t i v a d i r e c t a , y l a
producción, e n l a aplicación tecnológica d e l a
c i e n c i a m o d e r n a . E l vínculo d i r e c t o d e l a c i e n c i a
c o n l a producción s e m a n t i e n e también a través
197
d e l o s h o m b r e s : l a c i e n c i a n o sólo s i n t e t i z a l a
experiencia d e los trabajadores, sino que l a en-
riquece constantemente. Dado e lnivel actual d e
d e s a r r o l l o d e l a técnica, l a capacitación d e l o s
t r a b a j a d o r e s sólo e s p o s i b l e a condición d e q u e
v a y a n d o m i n a n d o c o n o c i m i e n t o s científicos d e
n i v e l n e c e s a r i o . E l índice d e l n i v e l d e d e s a r r o l l o
de las fuerzas productivas d e l a sociedad e s l a
productividad del trabajo, m e d i d a por l a canti-
d a d d e producción c r e a d a e n u n a u n i d a d d e t e r -
minada d e tiempo.
L a productividad del trabajo depende del ni-
v e l d e d e s a r r o l l o d e l a técnica y l a c i e n c i a , d e
s u vínculo c o n l a producción, d e l a calificación
de los trabajadores y d e las condiciones natu-
rales. M i r a n d o las cosas con perspectiva, la cien-
cia tiene que descubrir las posibilidades para
dirigir las reacciones t e r m o n u c l e a r e s c o n e l ob-
j e t o d e a p r o v e c h a r c o n f i n e s pacíficos l a s f u e n t e s
i l i m i t a d a s d e energía n u c l e a r , i n f l u i r e n e l c l i m a ,
vencer las enfermedades y asegurar l a longevi-
dad a l h o m b r e , dirigir los procesos vitales d e
l o s o r g a n i s m o s , o b t e n e r u n sinfín d e m a t e r i a l e s
artificiales d e propiedades necesarias, i r d o m i -
n a n d o e l e s p a c i o cósmico y t e n d e r vías d e c o -
municación s e g u r a s e n e l u n i v e r s o . L a n u e v a
e r a e n e l d e s a r r o l l o d e l a técnica s e d e b e a l a s
r e a l i z a c i o n e s e n l a e s f e r a d e l a automática, a l a
electrónica y a l a s máquinas c a l c u l a d o r a s , q u e
d e t e r m i n a n la posibilidad d epasar a las f o r m a s
s u p e r i o r e s d e automatización — l a a u t o m a t i z a -
ción d e t a l l e r e s y fábricas e n t e r a s — y l a p o s i -
bilidad d e a u m e n t a r en varias veces, sobre esta
base, l ap r o d u c t i v i d a d del t r a b a j o .
E l p r o g r e s o técnico l l e v a implícitas c o n s e c u e n -
cias sociales, diferentes r a d i c a l m e n t e e n e l capi-
198
t a l i s m o y e n e l s o c i a l i s m o . L a automatización
en e lcapitalismo conduce al desempleo masivo,
exacerba las crisis. E n e l socialismo, el progreso
técnico c o n t r i b u y e a m e j o r a r l a s c o n d i c i o n e s d e
t r a b a j o , n i v e l a l o s límites e n t r e e l t r a b a j o m a -
nual y e l intelectual, y eleva e l nivel material,
c u l t u r a l y técnico d e l o s t r a b a j a d o r e s .
E l i n g r e s o técnico c o n s t i t u y e l a b a s e d e l d e -
s a r r o l l o d e las fuerzas productivas. P e r o este
p r o g r e s o n o i m p l i c a sólo e l d e s e n v o l v i m i e n t o d e
e s t a s últimas. A m e d i d a q u e c a m b i a e l carácter
del trabajo y e l h o m b r e v a conociendo mejor
la naturaleza, a m e d i d a que se desarrollan los
i n s t r u m e n t o s d etrabajo, c a m b i a e lpropio h o m -
bre, elemento p r i n c i p a l y decisivo d elas fuerzas
p r o d u c t i v a s d e l a s o c i e d a d . L a técnica e s e l r e -
s u l t a d o d e l t r a b a j o h u m a n o y , a l a vez, s u m e d i o ,
" l o s órganos p r o d u c t i v o s d e l h o m b r e s o c i a l . " *
C u a n t o m a y o r e s s o n l o s p e r f e c c i o n a m i e n t o s téc-
n i c o s r e a l i z a d o s p o r e l h o m b r e , t a n t o más p o -
t e n t e s s o n las f u e r z a s d e l a n a t u r a l e z a q u e so-
m e t e , y t a n t o más a u m e n t a n s u s c a p a c i d a d e s y
sus conocimientos.
C o n e l d e s a r r o l l o d e l a técnica, c r e c e n l a s d e -
m a n d a s d e l h o m b r e . L a producción m o d e r n a s e
c a r a c t e r i z a p o r u n a interacción a u m e n t a d a n o -
tablemente entre e l h o m b r e y e l objeto d e tra-
b a j o . E s t o s e e x p r e s a e n q u e l a producción s e
pertrecha con inmensa cantidad de mecanismos,
energía e i n s t r u m e n t o s q u e f u n c i o n a n c o m p d i s -
p o s i t i v o s d e información y m a n d o . F o r m a l m e n -
t e , l a c o n d u c t a lógica d e l a s máquinas automá-
ticas corresponde a l a actividad consciente del
h o m b r e . S i antes los i n s t r u m e n t o s d e trabajo
.- j?f .. r ' t ' -i ••'•#} ^írtrHCiq
« C . M a r x : E l capital, t. 1, p. 325, ed. cit.
199
venían a s e r c o m o l a continuación y r e f o r z a -
m i e n t o d e l a s m a n o s d e l h o m b r e , h o y día l o s
d i s p o s i t i v o s cibernéticos continúan e i n t e n s i f i -
can e l funcionamiento del cerebro h u m a n o . Al-
g u n a s o p e r a c i o n e s m e n t a l e s e j e c u t a d a s a n t e s ex-
clusivamente por e lhombre, h o y son realizadas
a e s c a l a c a d a v e z m a y o r p o r l a s máquinas. L a s
funciones laborales del h o m b r e se t r a n s f o r m a n
más y más, y s e c o n v i e r t e n e n f u n c i o n e s d e
creación, m a n d o y c o n t r o l . C o m o r e s u l t a d o , e l
h o m b r e s e a l e j a n o sólo d e l o b j e t o d e t r a b a j o ,
s i n o también d e l o s m e d i o s d e t r a b a j o . S e f o r m a
u n s i s t e m a único: " e l h o m b r e y l a máquina a u -
tomática", e n e l q u e e l h o m b r e desempeña e l
p a p e l d e s u j e t o d e t r a b a j o , y l a máquina a u t o -
mática e l d e i n s t r u m e n t o d e t r a b a j o . E l o b j e t i v o
del trabajo, s u sentido social y s u lugar e n e l
s i s t e m a general de v i d a de l a sociedad s o n deter-
m i n a d o s por e lh o m b r e y l a sociedad.
L a automatización d e l a producción p l a n t e a
n u e v a s t a r e a s d e l h o m b r e . L o q u e l a máquina
aporta con s ufuncionamiento a l a actividad
h u m a n a , c o n t r i b u y e a l a formación d e n u e v a s
c a p a c i d a d e s e n e l h o m b r e . E l c o n j u n t o d e ca-
pacidades que e l h o m b r e utiliza e ne l proceso
d e producción c o m p r e n d e también s u s f u e r z a s
físicas, q u e m o v i l i z a n s u s f a c u l t a d e s psíquicas;
el p e n s a m i e n t o y l a v o l u n t a d .
E l pensamiento del hombre, que se desarrolla
e n e l p r o c e s o d e l a producción, y s u s c o n o c i -
mientos, que seenriquecen continuamente, son,
a s u vez, u n c o m p o n e n t e m u y a c t i v o de las fuer-
z a s p r o d u c t i v a s . E l p r o g r e s o d e l a técnica s e
d e b e a l o s h o m b r e s . L a s i n v e n c i o n e s técnicas
plasman l au n i d a d del talento y l a experiencia
h u m a n o s . C u a n t o más s e d e s a r r o l l a l a p r o d u c -
200
ción m a t e r i a l , m a y o r p a p e l desempeña e n e l l a
la actividad m e n t a l . E l incremento d el a impor-
tancia d e l a esfera intelectual d e l a actividad
h u m a n a c o n t r i b u y e , a s u vez, a l a c e l e r a m i e n t o
d e l p r o g r e s o técnico, y e s u n f a c t o r i m p o r t a n t e
del a c r e c e n t a m i e n t o sucesivo d elas f u e r z a s p r o -
ductivas.
Este proceso objetivo h a sido interpretado d e
m o d o t e r g i v e r s a d o e n l a filosofía y l a sociología
b u r g u e s a s . E l p r o g r e s o técnico, a f i r m a n l o s filó-
s o f o s y sociólogos b u r g u e s e s , S e h a c o n v e r t i d o
e n u n f i n e n sí. Así, e l sociólogo burgués E l u l
s o s t i e n e q u e l a técnica c r e a d a p o r e l h o m b r e
e n e l p r o c e s o d e s u d e s a r r o l l o a d q u i e r e u n ca-
rácter i n d e p e n d i e n t e d e l h o m b r e y p r o g r e s a e n
v i r t u d d e s u s l e y e s autónomas. E s u n h e c h o i n -
d i s c u t i b l e q u e l a técnica, l o m i s m o q u e ías demás
esferas d ela v i d a social, tiene independencia re-
lativa e n su desarrollo. Pero n o esjusto afirmar
q u e e l l a n o d e p e n d e d e l h o m b r e y q u e éste e s
u n s e r v i d o r s u m i s o d e l a técnica. T a m p o c o e s
j u s t o e l p o s t u l a d o d e q u e l a técnica s e h a y a
c o n v e r t i d o e n u n o b j e t o d e "idolatría", d e q u e
el h o m b r e s e convierta definitivamente e n es-
clavo del m u n d o d e los objetos y d e que las
f u e r z a s técnicas d e l a civilización d o m i n e n a l
p r o p i o h o m b r e . Según opinión d e a l g u n o s filó-
s o f o s b u r g u e s e s , l a técnica, c o m o u n d e m o n i o
m a l i g n o , conducirá i n e v i t a b l e m e n t e a l a d e s a p a -
rición d e t o d a l a h u m a n i d a d ; diríase q u e e l
h o m b r e deja d e ejercer c o n t r o l sobre ella. E n
efecto, la h i s t o r i a h a conocido m u c h o s casos en
q u e l a técnica s e h a u t i l i z a d o e n p e r j u i c i o d e l o s
h o m b r e s . P e r o l a c a u s a d e e l l o n o estribó e n l a
técnica cómo t a l , s i n o e n e l régimen s o c i a l .

Los representantes d e l a tecnocracia (Burn-
ham, Elesco y otros) consideran que, dado que
en el desarrollo de l a sociedad el factor decisivo
e s l a técnica, l a c a p a d i r i g e n t e d e l a s o c i e d a d
d e b e n s e r l o s i n t e l e c t u a l e s técnicos q u e i n v e n t a n
máquinas y l a s d i r i g e n . C o n a r r e g l o a e s t a c o n -
cepción, l a i n t e l e c t u a l i d a d técnica c o n s t i t u y e e l
c e r e b r o d e l a nación y p r e c i s a m e n t e p o r e s o
tiene que subordinarse a ella e l "resto" d e l a
s o c i e d a d y e n sustitución d e l c a p i t a l i s m o a h o r a
viene u n a sociedad d e "directores", intelectua-
l e s técnicos. E l m a r x i s m o - l e n i n i s m o r e c h a z a l a s
i d e a s d e ¡los tecnócratas y l a s c o n s i d e r a r e a c -
cionarias y carentes d e consistencia. E l ca-
p i t a l i s m o n o será s u p r i m i d o p o r l a i n t e l e c t u a -
l i d a d técnica, s i n o p o r l a c l a s e o b r e r a e n l a
m a r c h a d e l a revolución s o c i a l .
C o m o vemos, las fuerzas productivas expresan
las relaciones materiales entre l asociedad y l a
n a t u r a l e z a . E l n i v e l d e s u d e s a r r o l l o e s e l índice
d e l g r a d o d e dominación d e l a h u m a n i d a d s o b r e
las f u e r z a s d e l an a t u r a l e z a . A s u vez, ese n i v e l
lo d e t e r m i n a n ante todo los i n s t r u m e n t o s de tra-
b a j o , l a c a n t i d a d d e energía, l a organización y l a
tecnología d e l p r o c e s o d e producción, e l d e s a r r o -
l l o d e l a c i e n c i a y e l g r a d o d e utilización d e l a s
realizaciones d e l a ciencia p o r los productores
directos d evalores m a t e r i a l e s .
E l e s t u d i o dé J a s f u e r z a s p r o d u c t i v a s e s sólo
u n a p a r t e d e l análisis d e l a e s e n c i a d e l a p r o -
ducción.
D e s d e u n principió l a producción e x i s t e c o m o
actividad c o n j u n t a d e los h o m b r e s orientada a
transformar l a naturaleza. Para producir, los
hombres entablan determinadas relaciones y
202
N
sólo p o r m e d i o d e e s t a s r e l a c i o n e s s o c i a l e s s e
e s t a b l e c e s u relación c o n l a n a t u r a l e z a y t i e n e
l u g a r l a producción. E n e l p r o c e s o d e l a p r o d u c -
ción, l o s h o m b r e s u t i l i z a n d e t e r m i n a d o s m e d i o s
d e producción. P r e c i s a m e n t e a través d e e l l o s ,
por m e d i o d e ellos, los h o m b r e s s e relacionan
n o sólo c o n l a n a t u r a l e z a , s i n o también e n t r e sí,
p o r q u e l o s m e d i o s d e producción s o n p r o p i e d a d
de alguien. E s e n t o r n o a esa propiedad donde
se f o r m a e l n u d o d e r e l a c i o n e s d e l o s h o m b r e s
e n t r e sí. L a s r e l a c i o n e s c o n r e s p e c t o a l o s m e d i o s
d e producción s o n e l e j e d e t o d o e l s i s t e m a d e
r e l a c i o n e s d e producción. E n d e p e n d e n c i a d i -
r e c t a d e l a relación d e l o s h o m b r e s r e s p e c t o a
l o s m e d i o s d e producción s e sitúa u n o u o t r o
g r u p o social e ne l t o r b e l l i n o general d e l a vida
s o c i a l : u n o d e e s t o s g r u p o s o c u p a l a posición
d o m i n a n t e , m i e n t r a s q u e o t r o s , u n a posición s u -
b o r d i n a d a ( s i e m p r e q u e se t r a t e de u n a s o c i e d a d
d e c l a s e s antagónicas). E s c o m p r e n s i b l e : u n o s
p o s e e n l o s m e d i o s d e producción, e n t a n t o q u e
o t r o s c a r e c e n d e ellos. E n d e p e n d e n c i a d e l ca-
rácter d e l a relación d e l o s h o m b r e s r e s p e c t o d e
l o s m e d i o s d e producción, l o s h o m b r e s e n l a s
sociedades explotadoras sedividen en diferentes
c l a s e s y c a p a s i n t e r m e d i a s e n t r e éstas, l o q u e
origina l a diversidad d e intereses y opiniones.
P o r c o n s i g u i e n t e , l a s r e l a c i o n e s económicas d e
l a s d i s t i n t a s c l a s e s y l o s demás g r u p o s s o c i a l e s
dé l a s o c i e d a d c o n s t i t u y e n u n a s p e c t o i m p o r t a n -
tísimo d e l a s r e l a c i o n e s d e producción.
U n elemento sustancial d e las relaciones d e
producción s o n l a s r e l a c i o n e s e n t r e l o s t r a b a j a -
d o r e s d e t o d a s l a s e s f e r a s d e l a producción, r e -
laciones formadas e ne l curso d e l ahistoria y
que adquirieron relativa independencia en base
203
a l a división s o c i a l d e l t r a b a j o qué s e llevó a lí
práctica e n u n a f a s e r e l a t i v a m e n t e t e m p r a n a
del desarrollo d e l asociedad h u m a n a , y que h a
i d o ahondándose d e b i d o a l i n c r e m e n t o d e l a
producción y s u diferenciación e n d i f e r e n t e s r a -
m a s r e l a c i o n a d a s c o n d e t e r m i n a d a profesión d e
l o s h o m b r e s . E n l a s s o c i e d a d e s d e c l a s e s antagó-
n i c a s l a división d e l t r a b a j o s e e x p r e s a e n l a
contraposición d e l a c i u d a d y e l c a m p o , así c o m o
e n l a contraposición d e l t r a b a j o i n t e l e c t u a l y e l
manual. Esto tuvo enorme importancia para e l
progreso d ela sociedad, y al m i s m o t i e m p o con-
secuencias funestas. Pocas personas pueden com-
p o n e r poesías, música, d e d i c a r s e a l a filosofía o
a l a ciencia cuando m u c h a s otras trabajan su-
d a n d o l a g o t a g o r d a . L a división d e l t r a b a j o
h a c e q u e n o sólo i n d i v i d u o s a i s l a d o s , s i n o t a m -
bién c l a s e s e n t e r a s d e s a r r o l l e n u n i l a t e r a l y l i m i -
t a d a m e n t e s u s f u e r z a s físicas y e s p i r i t u a l e s . E s t a
división h a o r i g i n a d o l o q u e M a r x llamó " i d i o -
t i s m o p r o f e s i o n a l " . L a s c i u d a d e s s u r g i d a s se c o n -
v i r t i e r o n e n c e n t r o s dé l a civilización. P e r o s u
a u g e s e debió a q u e s e a l i m e n t a r o n c o n i n m e n -
sas r i q u e z a s o b t e n i d a s c o m o r e s u l t a d o d e u n a
f e r o z explotación d e l a m a y o r p a r t e d e l a h u m a -
n i d a d q u e vivía e n e l c a m p o . B a j o e l c a p i t a l i s m o
e s t o continúa h a s t a n u e s t r o s días.
L a s r e l a c i o n e s d e producción n o sólo s u p o n e n
relaciones m u t u a s d e las clases contrapuestas o
d i s t i n t a s , ¡sino también r e l a c i o n e s m u t u a s d e l o s
r e p r e s e n t a n t e s d e u n a m i s m a c l a s e . Lá a c t i t u d
d e l c a p i t a l i s t a a n t e s u s congéneres d e c l a s e s o n
también r e l a c i o n e s d e producción, q u e s e e x p r e -
san, p o r ejemplo, e nl a competencia. Las rela-
c i o n e s d e l o s t r a b a j a d o r e s e n t r e sí, q u e s e e x p r e -
san e n l a solidaridad y l a ayuda mutua, son
204
también u n e j e m p l o d e las relaciones d e pro-
ducción.
L a s r e l a c i o n e s <ie producción s e e x p r e s a n
también e n l a s f o r m a s d e distribución d e l o s
productos del trabajo. E n la sociedad gentilicia,
e n l a q u e había economía n a t u r a l , l a distribución
d e l o s p r o d u c t o s d e l t r a b a j o tenía carácter i g u a -
l i t a r i o . E n l a s o c i e d a d d i v i d i d a e n c l a s e s antagó-
n i c a s , l a p a r t e d e l león d e l o s p r o d u c t o s d e l
t r a b a j o v a a l o s e x p l o t a d o r e s , destinándose u n a
p a r t e ínfima ( e n proporción) a l o s e x p l o t a d o s .
L a historia d ela h u m a n i d a d h a conocido dos
tipos fundamentales d e relaciones d e produc-
ción: n o antagónicas y antagónicas. L a s r e l a c i o -
n e s d e producción n o antagónicas s e b a s a n e n
l a colaboración y l a a y u d a m u t u a d e l o s h o m -
b r e s . L a s r e l a c i o n e s d e producción antagónicas
t i e n e n c o m o b a s e l a dominación y l a s u b o r d i n a -
ción. E s t o g u a r d a relación c o n e l carácter d e l a
p r o p i e d a d d e l o s m e d i o s d e producción. A b a s e
d e l a p r o p i e d a d s o c i a l s e f o r m a l a colaboración
y la ayuda m u t u a d elos hombres. Mientras que
l a p r o p i e d a d p r i v a d a e s l a f u e n t e d e l a escisión
de l a s o c i e d a d e n clases h o s t i l e s , e n t r e las cuales
r i g e e l p r i n c i p i o d e l a dominación y s u b o r d i n a -
ción. L a h i s t o r i a h a c o n o c i d o t r e s t i p o s d e p r o -
piedad privada: esclavista, feudal y capitalista,
y d o s t i p o s d e p r o p i e d a d s o c i a l : p r i m i t i v a y so-
cialista.
Por consiguiente, l a historia d e l a sociedad
h a conocido cinco tipos d e relaciones de produc-
ción, q u e h a n i d o sustituyéndose: p r i m i t i v a , e s -
clavista, feudal, capitalista y socialista. E n l a
sociedad p r i m i t i v a todos los m i e m b r o s del clan
a p t o s p a r a e l t r a b a j o obtenían e n común e l s u s -
t e n t o , l o consumían e n común, prestándose
205
ayuda m u t u a e n l a lucha c o n t r a las dificultades.
L o s m e d i o s d e producción pertenecían a t o d o e l
c l a n . L a p r o p i e d a d d e l o s m e d i o s d e producción
era colectiva. L o sh o m b r e s ocupaban u n a posi-
ción i g u a l e n l a producción s o c i a l .
E n l a ssociedades esclavista, feudal y capita-
lista s e f o r m a r o n relaciones c o m p l e t a m e n t e dis-
tintas entre los hombres. E r a n y son relaciones
d e dominación y subordinación. R e l a c i o n e s d e
e s t a índole o b e d e c e n a q u e l o s e x p l o t a d o r e s d o -
m i n a n l o s m e d i o s d e producción y l o s o p r i m i d o s
carecen d e ellos.
Al pasar a l socialismo, entre los m i e m b r o s d e
la sociedad seestablecen relaciones d e colabora-
ción y a y u d a m u t u a . E s t o s e d e b e a q u e e n l a
s o c i e d a d s o c i a l i s t a l o s m e d i o s d e producción s o n
propiedad d etodo e lpueblo: l apropiedad tiene
carácter s o c i a l . •>
Además d e l a s d o s f o r m a s básicas d e r e l a c i o -
n e s d e producción s u r g e n l a s l l a m a d a s f o r m a s
transitorias, que sedistinguen porque dentro d e
l o s límites d e u n régimen s o c i a l s e c o m b i n a n
r e l a c i o n e s económicas d e d i s t i r i t o t i p o . C a d a
formación s o c i a l p o s t e r i o r t i e n e , d u r a n t e c i e r t o
t i e m p o , l o s t i p o s d e r e l a c i o n e s económicas d e l a
formación s o c i a l a n t e r i o r .
Así, p u e s , l a s RELACIONES DE PRODUC-
CIÓN son las relaciones materiales existentes
independientemente de la conciencia y de la vo-
luntad de los hombres, que se forman entre ellos
en él proceso de producción de bienes materia-
les. L a s r e l a c i o n e s d e producción s o n l a s f u n d a -
mentales s i n las cuales son inconcebibles todas
l a s demás r e l a c i o n e s . Según M a r x , l a anatomía
d e l a s o c i e d a d d e b e b u s c a r s e e n s u economía.
206
C o m o v e m o s , l a producción t i e n e d o s a s p e c t o s
m u y importantes: l a s fuerzas productivas yl a s
r e l a c i o n e s d e producción, q u e c o n f o r m a n u n a
unidad indestructible. Las fuerzas productivas y
e l t i p o d e r e l a c i o n e s d e producción q u e l e s
corresponde constituyen en su unidad una forma
o u n p r o c e d i m i e n t o histórico c o n c r e t o d e p r o -
ducción m a t e r i a l . E s t e p r o c e d i m i e n t o d e t e r m i n a
también e l p r o c e s o d e producción e s p i r i t u a l ,
con l a particularidad d e que " s i l apropia pro-
ducción m a t e r i a l n o s e c o n s i d e r a e n s u f o r m a
histórica específica, e s i m p o s i b l e c o m p r e n d e r l a s
p e c u l i a r i d a d e s características d e l a producción
e s p i r i t u a l c o r r e s p o n d i e n t e a aquélla y l a i n t e r a c -
ción e n t r e e l l a s "
¿Cómo s e interacqíonan, p u e s , e n t r e sí l o s d o s
a s p e c t o s d e l m o d o d e producción y cuál e s e l
p a p e l d e e s t a interacción e n l a h i s t o r i a d e l a
sociedad?
INTERACCIÓN DE LAS FUERZAS
PRODUCTIVAS Y LAS RELACIONES
DE PRODUCCIÓN
Desde e l comienzo m i s m o d e s u surgimiento
las fuerzas productivas y las relaciones- de pro-
ducción e x i s t e n y s e d e s a r r o l l a n f o r m a n d o u n a
unidad indisoluble, como contenido y forma.
H e m o s dicho y a que los elementos.estructurales
d e l a s f u e r z a s p r o d u c t i v a s ( h o m b r e s c o n s u s há-
* C. Marx: Teoría de la plusvalía, ed. en ruso, í. 17
p. 261, 1955.
207

b i t o s l a b o r a l e s , técnicos y m e d i o s d e p r o d u c -
ción) s e c o m b i n a n e n t r e sí d e u n m o d o d e t e r -
m i n a d o p a r a f o r m a r ún p r o c e s o r e a l d e p r o d u c -
ción, e l c u a l c a r a c t e r i z a l a n a t u r a l e z a d e l a s
r e l a c i o n e s d e producción. " C u a l e s q u i e r a q u e
s e a n l a s f o r m a s s o c i a l e s d e l a producción, s u s
factores son siempre dos: los medios d e produc-
ción y l o s o b r e r o s . P e r o t a n t o u n o s c o m o o t r o s
son solamente, mientras se hallan separados,
f a c t o r e s p o t e n c i a l e s d e producción. P a r a p o d e r
producir realmente, tienen que combinarse. Sus
distintas combinaciones distinguen l a s diversas
épocas económicas d e l a e s t r u c t u r a s o c i a l . " 5
E l d e s a r r o l l o d e l a producción a f e c t a e n p r i -
m e r término l a e s f e r a d e l a s f u e r z a s p r o d u c t i -
v a s , q u e s o n e l e l e m e n t o más dinámico, q u e
cambia permanentemente, d e l a vida material
d e l a s o c i e d a d . ¿Por qué? P o r q u e c a d a día e l
h o m b r e tiene que comer, beber, vestirse, e n u n a
palabra, satisfacer s u sdemandas primordiales.
Para ello los bienes materiales tienen que reno-
varse continuamente. P o rcuanto l a s demandas
predominan, todo el tiempo tiene que efectuarse
n o l a reproducción s i m p l e , s i n o l a reproducción
ampliada. E ldesarrollo d elas fuerzas producti-
vas e s u nproceso complicado, e ne l q u es e i n -
teraccionan e influyen activamente los distintos
elementos, e l determinante d e l o s cuales es e l
desarrollo y e lperfeccionamiento d el o s instru-
mentos d etrabajo. C o n l aparticularidad d e que
e l p r o c e s o d e p e r f e c c i o n a m i e n t o s técnicos a d -
q u i e r e u n carácter r e l a t i v a m e n t e i n d e p e n d i e n t e ,
que s e expresa, entre otras cosas, e nque a l apa-
recer u n i n s t r u m e n t o nuevo, s e hace necesario
5
C . Marx: E l capital, t. 2, p. 38, ed. c i t .
206
c r e a r o t r o : l o s i n v e n t o s técnicos y s u aplicación
e n u n a r a m a d e l a producción o r i g i n a n u n a r e -
f o r m a e n o t r a s r a m a s . D e e s t e m o d o l a máquina
d e h i l a r d i o v i d a a l t e l a r , y así s u c e s i v a m e n t e .
E l c a m b i o d e l a sfuerzas p r o d u c t i v a s o r i g i n a
l a modificación d e l a s r e l a c i o n e s d e producción.
" P o r tanto, las fuerzas productivas s o n e l resul-
t a d o d e l a energía práctica d e l o s h o m b r e s , p e r o
e s t a m i s m a energía s e h a l l a d e t e r m i n a d a p o r l a s
condiciones e nq u el o shombres se encuentran
colocados, p o r las fuerzas productivas y a adqui-
ridas, p o rl af o r m a social anterior a ellos... " e
P e r o s i las fuerzas p r o d u c t i v a s d el a s o c i e d a d s e
modifican con rapidez, las formas d el a propie-
dad s o nm u y estables: pueden permanecer in-
m u t a b l e s d u r a n t e siglos ( l a feudal y l a capita-
lista), d u r a n t e m i l e n i o s ( l aesclavista) e incluso
centenares d em i l e n i o s (la p r i m i t i v a ) . D e n t r o d e
l o s límites d e e s t o s períodos l a s f u e r z a s p r o d u c -
t i v a s s u f r e n u n a modificación m u y s u s t a n c i a l .
E n consecuencia, l o sd o saspectos d e lm o d o d e
producción s e d e s a r r o l l a n d e m o d o desigual. ¿A
qué s e d e b e e s t o ? A q u e t o d o s l o s g r u p o s s o c i a -
l e s d e l a s o c i e d a d están v i t a l m e n t e i n t e r e s a d o s
de u n m o d o u o t r o e n e ldesarrollo d elas fuer-
zas p r o d u c t i v a s . P e r o e n c u a n t o a l desenvolvi-
m i e n t o d e l a s r e l a c i o n e s d e producción t o d o e s
distinto. Las clases d o m i n a n t e s s e esfuerzan p o r
c o n s e r v a r l a s r e l a c i o n e s d e producción e x i s t e n -
t e s , m i e n t r a s q u e l a s c l a s e s e x p l o t a d a s están i n -
teresadas e n m o d i f i c a r las relaciones d e produc-
ción c a d u c a s , r L a s f u e r z a s r e a c c i o n a r i a s d e l a
s o c i e d a d s a l v a g u a r d a n e l v i e j o régimen. T r a t a n
jj d e s a l v a r l a s r e l a c i o n e s d e producción q u e están
6
C. M a r x y F . E n g e l s : Obras escogidas, ed. cit., t . 2,
p. 4 4 3 .
209
a p u n t o d eextinguirse* Y las tuerzas progresis-
tas d e l asociedad r o m p e n l aresistencia d e las
f u e r z a s r e a c c i o n a r i a s p o r m e d i o d e l a revolución.
E l carácter d e s i g u a l d e l d e s a r r o l l o d e l a s f u e r -
z a s p r o d u c t i v a s y l a s r e l a c i o n e s d e producción
t i e n e s u límite. C u a n d o l a s r e l a c i o n e s d e p r o -
ducción q u e d a n r e z a g a d a s c o n r e s p e c t o a l a s
f u e r z a s p r o d u c t i v a s , s u r g e u n a contradicción,
q u e c o n e l t i e m p o s e acentúa y s e t r a d u c e e n
c o n f l i c t o . E n t o n c e s l a s r e l a c i o n e s d e producción
se c o n v i e r t e n e n u n f r e n o d e l d e s a r r o l l o d e l a s
f u e r z a s p r o d u c t i v a s . Así sucedió e n e l período
del ocaso d e l a sociedad primitiva, posterior-
m e n t e d el a esclavista, y luego d el a f e u d a l ; h o y
día s e h a d e c l a r a d o u n a g u d o c o n f l i c t o e n t r e e l
empuje, d e inmensa fuerza, d e l a sfuerzas pro-
ductivas d e l a sociedad burguesa y l a f o r m a
capitalista d e l a propiedad d e l o s medios d e
producción q u e h a c a d u c a d o .
E l c o n f l i c t o e n t r e l a s r e l a c i o n e s d e producción
caducas y l a s fuerzas productivas q u e se h a n
desarrollado se d i r i m e sustituyendo l a s relacio-
n e s d e producción c a d u c a s p o r o t r a s n u e v a s , q u e
correspondan a l nivel d e desarrollo d elas fuer-
z a s p r o d u c t i v a s . E n l a s s o c i e d a d e s antagónicas,
basadas e n l ap r o p i e d a d p r i v a d a , l a s relaciones
d e producción n o p u e d e n c o r r e s p o n d e r d u r a n -
te largo tiempo a l a s fuerzas productivas e n
constante desarrollo. L a correspondencia tiene
l u g a r sólo e n l a e t a p a i n c i a l d e l a e x i s t e n c i a d e
u n m o d o d e producción d a d o . L u e g o l a s r e l a c i o -
n e s d e producción e m p i e z a n o t r a v e z a q u e d a r -
r e z a g a d a s e n relación c o n e l d e s a r r o l l o d e l a s
t u e r z a s p r o d u c t i v a s . Ésto o r i g i n a , y a e n u n n i v e l
n u e v o , u n a contradicción e n t r e l a s n u e v a s f u e r -
zas p r o d u c t i v a s y l a s viejas relaciones d e p r o ^
210
ducción. E s t a contradicción s e t r a d u c e n u e v a -
m e n t e e nconflicto, y l ahistoria d a o t r o salto
en s u desarrollo.
Por tanto, entre los dos aspectos del m o d o d e
producción h a y u n vínculo lógico. Así, p a r a c o n -
v e r t i r l a s r e l a c i o n e s d e producción s o c i a l i s t a s
en comunistas, e s necesario elevar l a s fuerzas
productivas a u n p u n t o m u y alto, crear l a base
m a t e r i a l y técnica d e l c o m u n i s m o y f o r m a r a l
hombre nuevo, desarrollado e n todos l o s as-
pectos.
E n s u d e s a r r o l l o , l a s r e l a c i o n e s d e producción
son determinadas p o re lnivel d e desarrollo d e
las fuerzas productivas. E l desenvolvimiento d e
e s t a s últimas señala l a n e c e s i d a d histórica d e
m o d i f i c a r l a s r e l a c i o n e s d e producción a n t i c u a -
d a s . P a r a q u e l a producción p r o g r e s e c o n b u e n
éxito y , j u n t o c o n ésta, s e d e s e n v u e l v a t o d a l a
s o c i e d a d , l a s r e l a c i o n e s d e producción t i e n e n
que corresponder a lnivel d e desarrollo d e las
fuerzas productivas. C u a n d o s e tiene esta corres-
p o n d e n c i a , l a s r e l a c i o n e s d e producción c o n t r i -
buyen a ldesarrollo d e l a sfuerzas productivas;
p e r o c u a n d o d i c h a c o r r e s p o n d e n c i a s ea l t e r a , las
r e l a c i o n e s d e producción s e c o n v i e r t e n e n u n
freno que" obstaculiza e l desarrollo d e l a s fuer-
zas p r o d u c t i v a s . -
L a c o r r e s p o n d e n c i a d e l carácter d e l a s r e l a -
c i o n e s d e producción a l n i v e l d e d e s a r r o l l o d e
las fuerzas p r o d u c t i v a s e s u n a l e y objetiva.
¿Qué e s , p u e s , l o q u e d e t e r m i n a e l d e s a r r o l l o
d e l m o d o d e producción: l a c o r r e s p o n d e n c i a e n -
t r e l a s r e l a c i o n e s d e producción y l a s f u e r z a s
p r o d u c t i v a s o u n a contradicción, u n c o n f l i c t o
entre ellas? T a n t o l a u n ac o m o l a otra. L a
211

correspondencia determina e l desenvolvimiento
d e l a s o c i e d a d d e n t r o d e l o s límites d e u n m o d o
d e producción d a d o , h a s t a q u e l a s r e l a c i o n e s d e
producción desempeñan u n p a p e l progresivo.
P e r o , e n v i r t u d d e l a contradicción e x i s t e n t e s e
r e a l i z a l a transición d e u n m o d o d e producción
a otro distinto.
L a s r e l a c i o n e s d e producción, desarrollándo-
se c o m o c o n s e c u e n c i a d e l d e s e n v o l v i m i e n t o d e
las fuerzas p r o d u c t i v a s , ejercen, a s uvez, c o m o
ya se h a dicho, u n a influencia activa e ne l de-
sarrollo d e lasfuerzas productivas. L a interac-
ción e n t r e a m b o s s e l l e v a a c a b o según e l p r i n -
c i p i o d e l a correlación dialéctica d e l a f o r m a y
el c o n t e n i d o .
¿Cuál e s e l m e c a n i s m o d e t a l o c u a l i n f l u e n c i a
d e l a s r e l a c i o n e s d e producción e n l a s f u e r z a s
p r o d u c t i v a s ? S o n l o sh o m b r e s , m o v i d o s p o r d e -
terminados intereses, quienes desarrollan l a pro-
ducción. S i u n régimen s o c i a l d a d o e s t i m u l a a
los h o m b r e s p a r a que trabajen m e j o r , perfeccio-
1
nen l amaquinaria, organicen mejor l a produc-
ción, e l e v e n s u calificación y s u n i v e l c u l t u r a l
y técnico, e s t o s i g n i f i c a q u e d i c h o régimen c o n -
t r i b u y e a l desarrollo d elas fuerzas productivas.
P e r o s i e l régimen s o c i a l q u e s e t r a t e c o l o c a a
l o s t r a b a j a d o r e s e n u n a situación q u e l e s r e s t a
interés e n e l desarrolló d e l a producción, e s t o
quiere decir q u e frena e l desenvolvimiento d e
las fuerzas productivas.
" E n l a producción s o c i a l d e s u v i d a l o s h o m -
bres e n t a b l a n relaciones d e t e r m i n a d a s , necesa-
rias, n odependientes d e s uv o l u n t a d —relacio-
n e s d e producción— q u e c o r r e s p o n d e n a u n a
fase d e t e r m i n a d a d e l d e s a r r o l l o d e sus fuerzas
p r o d u c t i v a s m a t e r i a l e s (...) E n c i e r t a fase d e
212
su desarrollo las fuerzas productivas materiales
d e l a s o c i e d a d e n t r a n e n contradicción c o n l a s
r e l a c i o n e s d e producción e x i s t e n t e s o — l o q u e
e s sólo u n a expresión jurídica d e e s t a s últimas—
l a s r e l a c i o n e s d e p r o p i e d a d , e n c u y o s e n o aqué-
llas s eh a n desarrollado h a s t a a h o r a . D e f o r m a s
de desarrollo d e l a s fuerzas productivas estas
relaciones s ec o n v i e r t e n e nsus trabas. E n t o n c e s "
l l e g a l a época d e l a revolución s o c i a l . " 7
P o r t a n t o , l a dialéctica d e l a interacción d e l a s
fuerzas productivas y las relaciones d e produc-
ción e s u n f u n d a m e n t o o b j e t i v o q u e p e r m i t e l l e -
g a r a c o n c l u s i o n e s r e v o l u c i o n a r i a s e n l a teoría
l l a m a d a a i l u m i n a r e l c a m i n o a l a práctica r e v o -
l u c i o n a r i a d e l a transformación d e l a s o c i e d a d .
PRODUCCIÓN, C O N S U M O , D E M A N D A
E INTERESES
CONCEPTO DE DEMANDA E INTERÉS
D e m a n d a es l anecesidad d eu n individuo, u n -
grupo social o l a sociedad d e tener qpjetos y
condiciones necesarios para s u f u n c i o n a m i e n t o
n o r m a l y s u d e s a r r o l l o . L a b a s e d e l a formación
y satisfacción d e t o d a d e m a n d a e s e l t r a b a j o ,
q u e e s l a c o n s e c u e n c i a d e d i c h a satisfacción y
su premisa necesaria. Las demandas s e f o r m a n
b a j o l a i n f l u e n c i a d e l a educación, p o r m e d i o
d e l a incorporación d e l i n d i v i d u o a l a c u l t u r a
* C . Marx y F . E n g e l s : O b r a s , ed. e n ruso, t. 13, pp. 6-7.
213
c r e a d a p o r l a s o c i e d a d , y t i e n e n carácter c o n d i -
c i o n a d o ^ históricamente. L a s o c i e d a d t i e n e u n
sistema complicado y creciente d e demandas
q u e s e d i v i d e n e n sociales y personales. E n t r e
las d e m a n d a s sociales f i g u r a n , p o r ejemplo, l a
n e c e s i d a d d e o b j e t o s y m e d i o s d e producción,
d e f o n d o s d e acumulación y r e s e r v a s , d e m e d i o s
p a r a m a n t e n e r e l ejército, e l a p a r a t o a d m i n i s -
t r a t i v o , f o m e n t a r l a c i e n c i a , l a técnica, l a i n s -
trucción, e l a r t e , m e j o r a r l o s s e r v i c i o s médicos
a l a población, etcétera.
D e m a n d a s p e r s o n a l e s s o n aquéllas c u y a s a t i s -
facción c o n s t i t u y e u n a condición i n d i s p e n s a b l e
del desenvolvimiento y e l desarrollo del h o m b r e
c o m o s e rr a c i o n a l social. T a n t o l a s d e m a n d a s
personales c o m o sociales s edividen e n m a t e r i a -
les y espirituales. D e s d e e l p u n t o d e v i s t a his-
tórico l a s p r i m e r a s s o n i n i c i a l e s , y l a s s e g u n d a s ,
d e r i v a d a s , q u e h a n s u r g i d o más t a r d e y a b a s e
d e l a satisfacción d e l a s d e m a n d a s m a t e r i a l e s .
Las d e m a n d a s d e los h o m b r e s s o n sociales t a n t o
p o r l o s medios c o m o p o re l m o d o d e s u satis-
facción. L a s d e m a n d a s h u m a n a s s o n u n h e c h o
objetivo. E l conocimiento y u nregistro riguro-
s a m e n t e científico d e l a s d e m a n d a s s o c i a l e s y
p e r s o n a l e s , e l e s t u d i o d e qué e s l o q u e l o s h o m -
b r e s n e c e s i t a n r e a l m e n t e y d e cómo s a t i s f a c e r
m e j o r s u s d e m a n d a s e s u n a condición m u y i m -
p o r t a n t e d e u n a selección a c e r t a d a d e l a o r i e n -
tación d e l d e s a r r o l l o d e l a s d i s t i n t a s r a m a s d e
l a economía n a c i o n a l , l a c i e n c i a y l a c u l t u r a .
Las demandas, a lmanifestarse e nforma d e
motivos, constituyen e lresorte interno d e todas
las f o r m a s d e l aactividad d e l o s h o m b r e s . L a
necesidad d e comer, d e tener calor y vivienda
exige imperiosamente que los h o m b r e s ejerciten
214
c o n t i n u a m e n t e s u s músculos y s u c e r e b r o p a r a
p e r f e c c i o n a r l o s i n s t r u m e n t o s y l o s métodos d e
trabajo.
E n l av i d a d e l as o c i e d a d t o d o s e realiza m e -
diante l aactividad d e los hombres, los grupos
s o c i a l e s y l a s c l a s e s , q u e s e guían p o r d e t e r m i -
nadas d e m a n d a s que surgen e nbase a l a produc-
ción y s o n , a l a v e z , u n estímulo s u b j e t i v o d e l
d e s a r r o l l o d e ésta. A m e d i d a q u e d e t e r m i n a d o s
g r u p o s sociales, clases, p a r t i d o s o i n d i v i d u o s ad-
q u i e r e n c o n c i e n c i a d e l a s d e m a n d a s , éstas a d -
q u i e r e n carácter d e intereses. " L a s relaciones
económicas d e u n a s o c i e d a d d a d a s e m a n i f i e s -
tan, e np r i m e r lugar, c o m o intereses." L a exi- 8
g e n c i a d e b u s c a r l a explicación d e l a s c o r r i e n t e s
d e l p e n s a m i e n t o político-social y d e l a s i n s t i t u -
c i o n e s político-sociales e n l o s i n t e r e s e s m a t e r i a -
íes d e l a s d i s t i n t a s c l a s e s f u e l l a m a d a p o r L e n i n
c o m o u n o d e l o s p u n t o s básicos d e l m a r x i s m o . '
L o q u eh a o c u r r i d o y o c u r r e e n l av i d a d e l a
s o c i e d a d e s l a exteriorización d e u n o s u o t r o s
intereses q u e s o n u n a especie d eresorte del me-
c a n i s m o s o c i a l : e l interés d e t e r m i n a l a o r i e n t a -
ción y e l c o n t e n i d o d e l a s a c c i o n e s d e l o s i n d i v i -
duos, d e l a sclases sociales y d el asociedad e n
conjunto.
Los intereses f u n d a m e n t a l e s d el o sgrupos so-
c i a l e s , l a s c l a s e s y lá h u m a n i d a d s o n , a n t e t o d o ,
i n t e r e s e s m a t e r i a l e s , económicos, q u e d e t e r m i -
n a n , e n d e f i n i t i v a , l o s i n t e r e s e s políticos, jurí-
d i c o s , m o r a l e s , r e l i g i o s o s , estéticos, científicos.
* C. Marx y F . Engels: O b r a s escogidas, en dos tomos,
t . 1, p . 600.
9
V . I . L e n i n : O b r a s completas, e d . e n r u s o , t . 2,
pp. 507-508; Q£S ,«t
21S
 filosóficos y o t r o s . T o d o s e s t o s i n t e r e s e s s e c o n -
c e n t r a n y s e e x p r e s a n e n u n ideal social.
U n a condición i n d i s p e n s a b l e d e l a realización
p o r u n a c l a s e d a d a d e s u misión histórica c o n -
siste e nq u etenga conciencia d e sus intereses
c a r d i n a l e s e n f o r m a d e p r i n c i p i o s ideológicos y
e x i g e n c i a s programáticas f o r m u l a d o s p o r e l p a r -
t i d o político q u e r i g e e s t a c l a s e .
Los intereses s e distinguen sustancialmente
según l a i m p o r t a n c i a q u e t e n g a e n e l p r o c e s o
histórico: l o s i n t e r e s e s d e u n g r u p o s o c i a l y u n a
c l a s e están p o r e n c i m a d e l o s i n t e r e s e s i n d i v i d u a -
les, los intereses d el a h u m a n i d a d e n s u c o n j u n -
t o están p o r e n c i m a d e l o s d e c a d a u n a d e l a s
c l a s e s . L e n i n escribió q u e " . . . d e s d e e l p u n t o d e
vista d e las ideas f u n d a m e n t a l e s d e l m a r x i s m o ,
l o s i n t e r e s e s d e l d e s a r r o l l o s o c i a l están p o r e n -
c i m a d e los intereses del proletariado, l o s inte-
reses d e t o d o e l m o v i m i e n t o o b r e r o e ns u con-
j u n t o están p o r e n c i m a d e l o s i n t e r e s e s d e t a l
o cual capa d e obreros o d e tal o cual aspecto
d e l m o v i m i e n t o . . ." 10
L e n i n destacó q u e l a f o r m a s u p e r i o r d e m a n i -
festación d e l interés s o c i a l e s e l interés p o r d e -
sarrollar l a s fuerzas productivas, cuyo nivel
constituye e l criterio decisivo d e lprogreso his-
tórico d e l a h u m a n i d a d .
E l s e n t i d o histórico d e l s u r g i m i e n t o y e l d e -
s a r r o l l o d e l a producción c o n s i s t e e n s a t i s f a c e r
las d e m a n d a s sociales y personales. D e s d e e l m o -
mento d e l surgimiento d e l a sociedad h u m a n a
1 0
V. I . Lenin: O b r a s completas, ed. en ruso, t. 4,
p. 220.
Z16
ios h o m b r e s n oh a n dejado n u n c a d e p r o d u c i r
v a l o r e s m a t e r i a l e s . D e s d e e l p r i m e r día d e s u
aparición e n l a t i e r r a , e l h o m b r e t i e n e q u e c o n -
s u m i r c o n t i n u a m e n t e . S o n y a c a s i u n millón d e
años q u e l a s d e m a n d a s h u m a n a s n o h a n t e n i d o
aún n i u n s o l o "día l i b r e " . C a d a d e m a n d a s a t i s -
fecha h aengendrado otra nueva. Las nuevas de-
mandas h a n exigido nuevos productos y ,en con-
secuencia, nuevos i n s t r u m e n t o s d e trabajo para
p r o d u c i r l o s , y así s u c e s i v a m e n t e . L o s h o m b r e s
se d i s t i n g u e n d e l o s a n i m a l e s p o r q u e e l d e s a r r o -
llo d esus demandas e sinfinito. S ie l desarrollo
d e l a producción d a v i d a a n u e v a s d e m a n d a s y
modifica l a santeriores, l a sdemandas. e n de-
s a r r o l l o , a s u vez, e s t i m u l a n e l d e s e n v o l v i m i e n t o
d e l a producción.
L a producción y e l c o n s u m o s o n p r o c e s o s v i n -
c u l a d o s orgánicamente e n t r e sí, q u e n o e x i s t e n
el u n o s i n e l o t r o , c o n l ap a r t i c u l a r i d a d d e q u e
! a producción e s , a l m i s m o t i e m p o , e l c o n s u m o
de l a f u e r z a d e t r a b a j o , m a t e r i a p r i m a , i n s t r u -
mentos d e trabajo. Y e l consumo es l a repro-
ducción d e l a f u e r z a d e t r a b a j o t o m o a g e n t e
p r i n c i p a ] d e l a producción.
" C u a l q u i e r a q u es e a l a f o r m a social d e l p r o -
c e s o d e producción, éste t i e n e q u e s e r n e c e s a r i a -
m e n t e c o n t i n u o o r e c o r r e r periódica y r e p e t i d a -
m e n t e las m i s m a s fases. N i n g u n a sociedad pue-
de dejar d e c o n s u m i r , n i p u e d e t a m p o c o , p o r
tanto, dejar d eproducir. E n consecuencia, con-
s i d e r a d o e n s u cohesión c o n s t a n t e y e n e l f l u i r
c o n t i n u o d e s u renovación, t o d o p r o c e s o s o c i a l
d e producción e s , a l m i s m o t i e m p o , u n proceso
de reproducción."* 1
" C. Marx: £/ capital, t. 1, p. 412. ed. cit.
217
 E l proceso de reproducción supone l a diferen-
ciación del consumo en productivo, es decir,
todo cuanto participa en el proceso de produc-
ción en forma de medios de producción, y en
individual, es decir, los alimentos, l a ropa, el
calzado y otros bienes.
E n la interacción de l a producción y el consu-
mo lo primero es l a producción, que dio origen
al objeto de consumo, al modo de consumir y
desarrolla las demandas. L a s demandas del
hombre primitivo eran determinadas por el bajo
nivel de producción de aquella época: se daba
por satisfecho con u n pedazo de carne semicru-
da, una piel de fiera y u n a cueva. Con el
desarrollo de la producción se eleva el nivel de
vida. Surgen nuevas demandas. L o s antiguos
i griegos no podían y a contentarse con los ali-
mentos y. la vestimenta de los salvajes. S u v i -
vienda, ropa y alimentos eran distintos, aunque
muy diferentes en las distintas clases de l a so-
ciedad. E n las sociedades antagónicas el consu-
mo se distingue mucho en los diferentes grupos
sociales. E s t a diferencia cobra proporciones
monstruosas cuando unos pasan hambre y v i -
ven en tugurios, mientras otros nadan en l a
abundancia y se hartan.
E l problema de la interacción de l a produc-
ción y el consumo tiene importante significación
metodológica: no se pueden realizar transforma-
ciones en la sociedad, empezando por cambiar
el carácter del consumo; ante todo, hay que mo-
dificar el carácter de l a producción. Puede uno
indignarse todo cuanto quiera por l a injusticia
de la distribución de los bienes materiales en
las condiciones del capitalismo. Pero l a indig-
nación moral no da nada, como no dio nada a
218
l o s s o c i a l i s t a s utópicos q u e soñaron c o n u n a
distribución e q u i t a t i v a d e b i e n e s s o c i a l e s . E l
m a r x i s m o h a abordado este p r o b l e m a p o r o t r o
lado: f u n d a m e n t a l anecesidad d e transformar,
p r i m e r a m e n t e , e l m o d o d e producción. P a r t i e n -
do d e este principio, e l P a r t i d o C o m u n i s t a d e
l a Unión Soviética h a p l a n t e a d o a n t e e l p u e b l o
l a t a r e a d e c r e a r , e n p r i m e r término, l a b a s e m a -
t e r i a l y técnica d e l c o m u n i s m o , l o c u a l a s e g u r a -
rá u n n i v e l más e l e v a d o d e c o n s u m o .
FORMACIÓN ECONÓMICO-SOCIAL
Las fuerzas productivas y l a srelaciones d e
producción f o r m a n a l g o así c o m o u n a armazón
m a t e r i a l d e l asociedad, llena d erelaciones ideo-
lógicas e i d e a s , así c o m o d e i n s t i t u c i o n e s q u e
les c o r r e s p o n d e n . T o d o e s t o e n s uc o n j u n t o y
u n sinfín d e o t r a s r e l a c i o n e s s o c i a l e s f o r m a n u n
o r g a n i s m o s o c i a l dinámico. U n a s o c i e d a d d e t e r -
m i n a d a cualitativamente con todos los aspectos
— m o d o d e producción, r e l a c i o n e s f a m i l i a r e s , d e
convivencia, e l nivel d e desarrollo d e l a ciencia,
toda l asuperestructura— constituyen l a forma-
ción s o c i a l .
E n oposición a l o s sociólogos b u r g u e s e s , q u e
trataron d e l a sociedad e n general, M a r x pro-
pugnó u n e n f o q u e c o n c r e t o d e l a s o c i e d a d , c o l o -
c a n d o e n p r i m e r p l a n o l a categoría d e formación
social, e s decir, u n a sociedad " c o n u n determi-
n a d o g r a d o d e d e s a r r o l l o histórico, u n a s o c i e -
d a d d e carácter p e c u l i a r y d i s t i n t i v o " . 1 2
12
C. Marx y F . Engels: O b r a s escogidas, t. 1, p. 75.
219

S e s a b e d e antaño q u e e l género h u m a n o r e -
corre e n s udesarrollo distintas etapas, pero fue
e l m a r x i s m o q u i e n descubrió l a r e g u l a r i d a d d e
l a sustitución d e u n régimen s o c i a l p o r o t r o d i s -
tinto. " A l caos y a l a arbitrariedad, q u e hasta
entonces imperaban e nl a sconcepciones relati-
v a s a l a política, sucedió u n a teoría cientí-
f i c a a s o m b r o s a m e n t e c o m p l e t a y armónica, q u e
m u e s t r a cómo d e u n t i p o d e v i d a s o c i a l s e d e -
sarrolla, e nv i r t u d del c r e c i m i e n t o d elas fuerzas
p r o d u c t i v a s , o t r a más a l t a , cómo d e l f e u d a l i s -
m o , p o rejemplo, nace e l c a p i t a l i s m o . " 1 3
Las FORMACIONES SOCIALES son períodos
larguísimos en la historia de la sociedad, que se
caracterizan por un conjunto determinado cua-
litativamente, de relaciones económicas, sociales
e ideológicas, así como de vida espiritual, es
decir, de la sociedad en su conjunto en una fase
determinada de su desarrollo histórico. L a p r i -
m e r a formación s o c i a l f u e l a s o c i e d a d p r i m i t i v a ,
a l a q u e siguió l a formación e s c l a v i s t a , q u e a
s u v e z , cedió s u l u g a r a l f e u d a l i s m o , s u s t i t u i d o
después p o r e l c a p i t a l i s m o . L a formación s o c i a l
superior es e lc o m u n i s m o , cuya p r i m e r a fase es
el socialismo.
L e n i n refiriéndose a M a r x , señaló q u e : "Al
explicar exclusivamente p o rl a s relaciones d e
producción l a e s t r u c t u r a y e l d e s a r r o l l o d e l a
formación s o c i a l d a d a , M a r x , p e s e a e l l o , tomó
en cuenta siempre y e ntodas partes l a s super-
estructuras que c o r r e s p o n d e n a estas relaciones
d e producción, cubrió, d e c a r n e e l e s q u e l e t o e
1 3
V. I . L e n i n : O b r a s completas, ed. en ruso, t. 23,
p. 4 4 .
220
inyectó s a n g r e a e s t e o r g a n i s m o . " 1 4
Cada forma-
ción s o c i a l t i e n e l e y e s p e c u l i a r e s d e s u n a c i m i e n -
t o , f u n c i o n a m i e n t o y transición a sü f o r m a s u -
perior, r e c o r r i e n d o , e n sus a m p l i o s m a r c o s , dis-
tintas fases y etapas d e desarrollo.
Las importantes etapas d e l desarrollo d e l a s
f o r m a c i o n e s s o n épocas históricas q u e a b a r c a n
u n c o n j u n t o c o m p l e j o d e fenómenos s o c i a l e s c a -
racterísticos d e u n a f a s e d e t e r m i n a d a d e l d e -
s a r r o l l o d e l a formación s o c i a l e n cuestión. D e -
c i m o s , p o r e j e m p l o , l a época d e l c a p i t a l i s m o
a s c e n d e n t e , o l a época d e l i m p e r i a l i s m o , c o m o
período d e l c a p i t a l i s m o e n putrefacción. E l c o n -
c e p t o d e época s e u t i l i z a e n u n a m p l i o s e n t i d o
t e m p o r a l q u e abarca varias f o r m a c i o n e s socia-
les coexistentes. E n este sentido s e e m p l e a l a
expresión "época m o d e r n a " c o m o época d e h u n -
d i m i e n t o d e l c a p i t a l i s m o y ascensión d e l s o c i a -
l i s m o . H a d a d o c o m i e n z o a e s t a época l a G r a n
Revolución S o c i a l i s t a r e a l i z a d a e n O c t u b r e d e
1 9 1 7 e n R u s i a . C o m o v e m o s , e l c o n c e p t o d e épo-
c a histórica e s más c o n c r e t o e n comparación
c o n e l d e formación s o c i a l . E l c o n c e p t o d e época
e s u n a e t a p a s u c e s i v a e n e l p r o c e s o d e ascensión
de l o a b s t r a c t o a l o c o n c r e t o : d e u n a sociedad
a u n a formación y d e ésta a u n a época.
L e n i n , d e s e n m a s c a r a n d o a l o senemigos d e l
m a t e r i a l i s m o histórico, q u e p i n t a b a n a éste
c o m o u n e s q u e m a q u e dividía l a h i s t o r i a e n f r a g -
m e n t o s artificiales,» p u r o s , homogéneos, m o s -
tró e l carácter dialéctico d e l e n t r e l a z a m i e n t o d e
l o s e l e m e n t o s d e l a formación a n t e r i o r e n l a p o s -
t e r i o r . "No hay n i p u e d e h a b e r n i e n l a n a t u r a -
i* V. I . Lenin: O b r a s completas, ed. en ruso, t. 1 ,
pp. 138-139.
221
leza ni en la sociedad fenómenos 'puros', esto
precisamente enseña la dialéctica de Marx que
nos muestra que el propio concepto de pureza
es cierta estrechez y unilateralidad del conoci-
miento humano que no abarca a un objeto dado
hasta el fin en toda su complejidad. E n el mun-
do no hay ni puede haber capitalismo 'puro',
pero siempre hay mezclas ora de feudalismo, ora
de mezquindad, ora de alguna otra cosa."
Un enfoque histórico concreto del estudio de
la sociedad refuta los infundios de los sociólo-
gos burgueses de que los fenómenos sociales
sean, al parecer, individuales y singulares. E l
análisis de las relaciones sociales materiales
. .permitió observar en el acto la repetición
y la regularidad y sintetizar los regímenes de
los distintos países en un solo concepto funda-
mental de formación social". Este concepto de 16
formación social "hizo posible pasar de la des-
cripción de los fenómenos sociales (y de su
valoración desde el punto de vista ideal) a su
análisis estrictamente científico, que destaca,
pongamos por caso, qué es lo que diferencia a
un país capitalista de otro y estudia qué es lo
que tienen de común todos ellos".
Lo decisivo en la interpretación de la esencia
metodológica de la doctrina de las formaciones
sociales es el reconocimiento de la regularidad
objetiva de la sucesión de las formas de la vida
social en base al cambio de las condiciones ma-
1 5
V. I . L e n i n : Obras completas,
pp. 241-242.
1 6
V. I . L e n i n : Obras completas,
« Ibídem.
222
teriales, y las condiciones sociales que corres-
ponden a aquéllas, de su reproducción. "Ningu-
na formación socioeconómica —escribió Marx
perece antes de que se desarrollen todas las fuer-
zas productivas, a las que proporciona bastan-
te libertad, y las nuevas relaciones de producción
no surgen nunca antes de que maduren las
condiciones materiales de su existencia en las
15
entrañas de la sociedad v i e j a . " E n esto con-
18
siste la esencia de la interpretación dialéctico-
materialista de la historia universal.
L a categoría de formación social tiene impor-
tancia metodológica, ante ^todo para periodizar
l a historia de la humanidad y comprender la
tendencia objetiva y la regularidad objetiva del
desarrollo de la sociedad, por ejemplo, del capi-
talismo hacia la formación comunista. Cada for-
mación social posterior se distingue de la ante-
rior por un nivel más elevado de desarrollo de
la productividad del trabajo. L a doctrina de las
formaciones sociales permite comprender la
esencia del progreso histórico y desenmascarar
las concepciones burguesas reaccionarias, que
niegan el progreso de la sociedad y divulgan
17
toda clase de ideas pesimistas de la degradación,
el hundimiento inminente, en un futuro próxi-
mo de la humanidad, etcétera.
ed. en ruso, t. 26,
ed. en ruso, t. 1,
1 8
C . Marx y F . Engels: O b r a s , ed. en ruso, t. 13, p. 7.
223
 CAPÍTULO I X

LAS CLASES Y LA LUCHA D E CLASES

ESENCIA Y ORIGEN DE LAS CLASES

D e s d e q u e surgió l a formación e s c l a v i s t a h a s -
t a n u e s t r o s días l a s o c i e d a d c o n f o r m a n u t r i d o s
grupos d e hombres que se diferencian sustan-
c i a l m e n t e e n t r e sí. D e t o d o s e s t o s g r u p o s l o s
f u n d a m e n t a l e s s o n l o sesclavistas y l o s esclavos,
l o s señores f e u d a l e s y l o s c a m p e s i n o s , l o s c a p i -
talistas y l o s obreros. Estos se distinguen p o r
su m o d o d e ser y las condiciones d e vida, p o r
s u s i n t e r e s e s y o b j e t i v o s , p o r s u s i d e a s políticas
y l a fisonomía m o r a l , p o r l a v e s t i m e n t a y m a n e -
r a s éticas, p o r s u m o d o d e s e n t i r y p e n s a r : - e n
las chozas s e piensa d e u n m o d o d i s t i n t o q u e
en l o s palacios.
L a b a s e económica d e l a división d e l a s o c i e -
d a d e n c l a s e s antagónicas e s l a p r o p i e d a d p r i v a -
d a d e l o s m e d i o s d e producción. A e s o s e d e b e
que u n a s clases sean d o m i n a n t e s , m i e n t r a s q u e
otras, o p r i m i d a s , u n a s clases s o n e x p l o t a d o r a s
y o t r a s e x p l o t a d a s . E l carácter d e l a p r o p i e d a d
d e t e r m i n a también e l método d e l a obtención
de l o s ingresos y l a m a g n i t u d d e l o s m i s m o s .
L a situación económica d e l a s c l a s e s , h a l l a s u
expresión d i r e c t a e n t o d o e l c o n j u n t o d e c a r a c -

225

terísticas q u e a c a b a m o s d e e n u m e r a r . L a r e l a -
ción c o n r e s p e c t o a l o s m e d i o s d e producción
e s e l índice p a r t i d a d e las diferencias d e cla-
s e . T o d o s l o s demás índices s o n s u s d e r i v a d o s .
E s t e m o d o d e i n t e r p r e t a r l o s índices d e c i s i v o s
d e l a división d e l a s o c i e d a d e n c l a s e s e s i n c o m -
p a t i b l e c o n l a s c o n c e p c i o n e s seudocientíficas d e
l o s sociólogos b u r g u e s e s , e n t r e l o s c u a l e s s e h a
e x t e n d i d o m u c h o l a concepción d e e s t r a t i f i c a -
ción s o c i a l . "Estratificación" e s u n término g e o -
lógico q u e s i g n i f i c a disposición d e l o s e s t r a t o s
o c a p a s d e u n t e r r e n o . L o s a d e p t o s d e l a teoría
d e l a estratificación d e c l a r a n q u e e n l a a c t u a l i -
dad el concepto "clase" ha caducado y proponen
sustituirlo con e l concepto "estrato" (capa). E l
criterio por e l cual u n a persona puede figurar
en u n o u o t r o estrato es m u y confuso. Este cri-
t e r i o p u e d e s e r , d i g a m o s , l a ocupación. E n e s t e
caso, p o r e j e m p l o , e l presidente del consejo d e
dirección d e u n a s o c i e d a d anónima y l a m u j e r
d e l a l i m p i e z a d e e s t a institución t i e n e n q u e f i -
gurar en u n - m i s m o estrato, en e lde empleados
asalariados.
O t r o c r i t e r i o e s sicológico. E n e s t e c a s o , l a
ubicación d e c l a s e e s d e t e r m i n a d a , l a s más d e
l a s v e c e s , según c o m o l a e n t i e n d a t a l o c u a l p e r -
sona. L a s clases s e definen, d e esta suerte, d e
u n a m a n e r a s u m a m e n t e a r b i t r a r i a , ignorándose
o tergiversándose l a b a s e económica.
Según definición d e L e n i n , l a s c l a s e s s o n
"grandes grupos d ehombres que se diferencian
e n t r e sí p o r e l l u g a r q u e o c u p a n e n u n s i s t e m a
d e producción s o c i a l históricamente d e t e r m i n a -
do, p o r las relaciones e n que s ee n c u e n t r a n con
r e s p e c t o a l o s m e d i o s d e producción ( r e l a c i o n e s
que las leyes r e f r e n d a n y f o r m u l a n e n g r a n par-
226
t e ) , p o r e l p a p e l q u e desempeñan e n l a o r g a n i -
zación s o c i a l d e l t r a b a j o , y , c o n s i g u i e n t e m e n t e ,
p o r e l m o d o y l a proporción e n q u e p e r c i b e n l a
parte d e riqueza social d e que disponen". Ba- 1
sado en l a c o m u n i d a d d eintereses fundamenta-
l e s d e u n a c l a s e , y d e l a contraposición d e l o s
m i s m o s a los intereses d e las clases c o n t r a r i a s
e n e l c u r s o d e l a l u c h a d e clases, s e o p e r a u n
p r o c e s o d e consolidación d e l o s r e p r e s e n t a n t e s
d e u n a c l a s e d a d a e n e l qué también desempeña
u n papel esencial e l factor subjetivo: l a com-
prensión p o r l a c l a s e d a d a d e s u s i n t e r e s e s y
l a fundación p o r e l l a d e s u s o r g a n i z a c i o n e s d e
clase.
L a clase que y as e h a f o r m a d o , p e r o q u e n o
está todavía c o n s c i e n t e d e s u s i n t e r e s e s c a r d i -
n a l e s e s u n a c l a s e " e n sí". H a b i e n d o tomado
conciencia d e sus intereses y u n a vez organiza-
d a , e l l a s e c o n v i e r t e e n c l a s e " p a r a sí". E n e s t o
desempeña i n m e n s o p a p e l l a agrupación d e l o s
e l e m e n t o s más c o n s c i e n t e s d e u n a c l a s e e n o r -
ganizaciones de clase, e n t r e las cuales, desde que
nació e l c a p i t a l i s m o , l a s más i m p o r t a n t e s s o n
l o s p a r t i d o s políticos. L a s c l a s e s n o s o n e t e r n a s :
h a n n a c i d o p o r n e c e s i d a d histórica a raíz d e l
surgimiento del m o d o explotador d e l a produc-
ción; l a s c l a s e s c a m b i a n r e g u l a r m e n t e a l c a m -
b i a r e l m o d o d e producción y s e extinguirán p o r
n e c e s i d a d histórica e n l a s o c i e d a d c o m u n i s t a , e n
l a q u e imperará l a p r o p i e d a d d e t o d o e l p u e b l o .
E l o r i g e n d e las clases g u a r d a estrecha rela-
ción c o n l a aparición y e l d e s a r r o l l o d e l a d i v i -
sión s o c i a l d e l t r a b a j o . L a p r i m e r a y g r a n d i -
visión s o c i a l d e l t r a b a j o s e manifestó c u a n d o d e
1
V. I . Lenin: Obras completas, ed. en ruso, t. 39,
p. 15. --
227
la masa total de las tribus se separaron tribus
ganaderas. Esto condicionó' el surgimiento del
cambio entre los ganaderos y los agricultores,
lo que contribuyó al incremento de la riqueza
social y a la diferenciación clasista de los hom-
bres. L a segunda gran división social del traba-
jo se expresó cuando los artesanos se separaron
de los agricultores. Esto benefició en un grado
todavía mayor al desarrollo del cambio y acre-
centó la desigualdad económica de los hombres.
L a división subsiguiente del trabajo se mani-
festó cuando el trabajo intelectual fue separado
del manual, E l trabajo intelectual se convirtió
en monopolio de las clases dominantes que se
apoderaron de la gestión de la producción, con-
centraron en sus manos los asuntos del Estado,
1 riado en la sociedad burguesa. Estas son las
el ejercicio de cultos religiosos, la dedicación a
la ciencia, a las artes, la filosofía, etc., convir-
tiéndose el trabajo manual en un atributo de la
mayoría aplastante de los explotados, fndices
muy importantes de todas las sociedades clasis-
tas son la oposición entre el trabajo intelectual
y el manual, entre la ciudad y el campo. Tales
son las causas fundamentales del surgimiento
de las clases.
ESTRUCTURA CLASISTA DE LA SOCIEDAD
Las clases fundamentales son aquellas que
han sido originadas por un modo de producción
dado y son portadoras del mismo. Las clases
fundamentales de la sociedad esclavista fueron
los esclavos y los esclavistas, las de la sociedad
228
feudal, los señores feudales y los campesinos y y
las de la sociedad burguesa, los capitalistas y los
obreros. Por consiguiente, en la sociedad clasis-
ta las clases fundamentales son aquéllas en las
cuales una es la propietaria de los medios de
producción y detenta el poder y la otra no tiene
ni propiedad, ni poder y constituye la masa fun-
damental de los explotados. Las relaciones entre
estas clases son siempre hostiles, antagónicas y
expresan las formas fundamentales de explota-
ción y sojuzgamiento.
Históricamente la primera forma de explota-
ción fue la esclavitud, a la que siguieron la ser-
vidumbre bajo el feudalismo y el trabajo asala-
tres formas históricas de sojuzgamiento caracte-
rísticas de las tres formaciones sociales antagó-
nicas, que se distinguen entre sí por el carácter
de la explotación y la situación del productor
directo de bienes materiales en la sociedad.
Además de las clases fundamentales, en la so-
ciedad explotadora hay otras clases no funda-
mentales. Por ejemplo, en la antigüedad, a la
par de los ^esclavistas y los esclavos, había pe-
queños campesinos y artesanos. Muchos de ellos,
desplazados por el trabajo de los esclavos, se
arruinaban para convertirse en lumpemproleta-
rios de los "bajos fondos" de la sociedad: ban-
doleros, ladrones, mendigos, prostitutas, etcétera.
E l capitalismo no existe en forma " p u r a " en
ningún país. Por eso, además de las fundamen-
tales de la sociedad burguesa —los capitalistas
y el proletariado—, en l a sociedad capitalista hay
clases no fundamentales, por ejemplo, terrate-
nientes. Por cierto, en algunos países, el latifun-
dismo fue suprimido. E n otros, en cambio, Ale-
229
mania, por ejemplo, el sistema latifundista se
fue convirtiendo gradualmente en burguesía ca-
pitalista y la clase de los terratenientes en bur-
guesía agraria. É n los países menos desarrolla-
dos, concretamente en la Rusia zarista, donde
subsistían muchos vestigios del feudalismo, los
terratenientes continuaban existiendo como una
clase especial. Esta clase constituye actualmen-
te una fuerza importante en los países depen-
dientes. Las clases no fundamentales de la so-
ciedad capitalista son la pequeña burguesía,
sobre todo, el campesinado. -
Los pequeños propietarios como propietarios
privados son burgueses, pero como representan-
tes de las capas que viven de su propio trabajo
y son explotados por la gran burguesía son pro-
letarios. E s a posición dual de la pequeña bur-
guesía condiciona su posición vacilante en la lu-
cha de clases. Con el desarrollo del capitalismo,
el campesinado, los artesanos y otras capas pe-
queñoburguesas se diferencian, segregando de su
medio una élite capitalista, poco numerosa, y
una masa de proletarios, semiprolétarios y lum-
pemproletarios.
E n los países capitalistas desarrollados el
campesinado es explotado cada vez más por los
monopolios y los bancos. E l crecimiento del ca-
pitalismo monopolista de Estado hace que las
riquezas se concentren en manos de una élite de
la sociedad.
E n el último decenio la proporción de la bur-
guesía en los países capitalistas ha disminuido
notablemente, mientras que sus riquezas y po-
der han aumentado. Del medio de la burguesía
se ha separado una cúspide monopolista, cuyos
intereses son contrarios a los intereses no sólo
de los trabajadores, sino también de una parte
230
de la pequeña y media burguesía. Los campesi-
nos, artesanos, pequeños tenderos, etc., conti-
núan arruinándose y son cada vez más.despla-
zados, a consecuencia de lo cual se incrementa
el número de trabajadores asalariados. Los so-
ciólogos burgueses incluyen a los ingenieros, téc-
nicos y tenderos en una categoría especial, de-
nominándolos nueva "clase media". Entre tanto,
el desarrollo del capitalismo moderno convierte
cada vez más a estas capas en parte integrante
de la clase obrera. E n t r e los trabajadores asala-
riados crece la parte de los empleados, ingenie-
ros y técnicos.
CLASES SOCIALES Y PARTIDOS POLITICOS
Partido político es la vanguardia de una clase.
E l partido de una clase se relaciona con ésta
como la parte con el todo. Cada clase, que de-
fiende sus intereses, trata de afianzar "su poder.
Para esto funda su partido que salvaguarda sus
intereses y dirige su lucha de clases, particular-
mente la lucha por el poder, por el gobierno, a
nivel de Estado, de toda la sociedad.
E l surgimiento de los partidos políticos refle-
ja un alto grado de desarrollo de la lucha de
clases. " E n la sociedad basada en la división de
las clases la lucha entre las clases hostiles se
convierte inevitablemente, en cierta fase de su
desarrollo, en lucha política. L a lucha de los
partidos es la expresión más íntegra, completa
y acabada de la lucha política de las clases." 2
| y . I . L e n i n : Obras completas, e d . e n ruso, t. 12, p. 137.
231

L o s ideólogos d e l a burguesía t r a t a n d e p r e -
s e n t a r a s u s p a r t i d o s políticos c o m o p a r t i d o s
q u e están p o r e n c i m a d e l a s c l a s e s , c o m o p a r -
tidos d et o d o e lpueblo, l l a m a d o s a conciliar los
i n t e r e s e s d e l a s c l a s e s c o n t r a p u e s t a s . L o s soció-
logos burgueses afirman q u e l a pertenencia a
t a l o c u a l p a r t i d o n o t i e n e n i n g u n a relación c o n
u n a clase d e t e r m i n a d a y que los partidos tienen
carácter s o c i a l , f a m i l i a r , t r a d i c i o n a l o r e l i g i o s o .
P a r a f u n d a m e n t a r esta idea s e r e f i e r e n a l siste-
m a burgués p l u r i p a r t i d i s t a . P e r o c u a l q u i e r p e r -
s o n a v e r s a d a e n política c o m p r e n d e q u e e n t r e
los d o s partidos fundamentales, p o n g a m o s p o r
c a s o , d e E s t a d o s U n i d o s — e l demócrata y e l r e -
publicano— n o hay diferencia d e principios n o
p o r q u e ellos s e basen e nl a stradiciones religio-
s a s , c u l t u r a l e s , geográficas, f a m i l i a r e s y o t r a s
iguales, sino p o r q u e estos d o s partidos defien-
d e n , c o n s u ideología y política, l o s i n t e r e s e s d e
u n a m i s m a c l a s e d o m i n a n t e — l a burguesía—,
los intereses d e l capital m o n o p o l i s t a . E l siste-
m a bilateral enmascara l anaturaleza clasista del
E s t a d o burgués. Según a t i n a d a expresión d e
M a r x , l a burguesía n e c e s i t a e l s i s t e m a b i p a r t i -
dista p a r a que a lsoltar e lp o d e r con u n a m a n o ,
pueda cogerlo enseguida c o nl a otra. P o r algo
c i e r t o s m u l t i m i l l o n a r i o s d e p o s i t a n simultánea-
m e n t e cuantiosas s u m a s e nl a scajas d e a m b o s
partidos.
Los nombres d e muchos partidos burgueses
y pequeñoburgueses —demócrata, r e p u b l i c a n o ,
liberal, progresista, popular, campesino, etc.—
están l l a m a d o s a o c u l t a r s u n a t u r a l e z a c l a s i s t a .
232
E n l a R u s i a zarista los partidos terratenientes
y b u r g u e s e s s e encubrían c o n n o m b r e s democrá-
t i c o s : Unión d e l P u e b l o R u s o , P a r t i d o d e l o s
Nacionalistas, Partido d e l o sOctubristas, Parti-
d o d e l o s Demócratas C o n s t i t u c i o n a l i s t a s , e s t e
último l l a m a d o también P a r t i d o d e l a E m a n c i -
pación d e l P u e b l o . P e r o e l p u e b l o y l a h i s t o r i a
n o j u z g a n a los partidos p o r sus n o m b r e s y pa-
l a b r a s , s i n o p o r s u s h e c h o s . " Y así c o m o e n l a
vida privada se distingue entre l o que u n h o m -
b r e p i e n s a y d i c e d e sí m i s m o y l o q u e r e a l m e n -
t e e s y h a c e , e n l a s l u c h a s históricas h a y q u e
d i s t i n g u i r todavía más e n t r e l a s f r a s e s y l a s f i -
guraciones d e l o spartidos y s unaturaleza real
y sus intereses reales, entre l o que se i m a g i n a n
ser y l o que e n r e a l i d a d s o n . " 3
A diferencia d e l o sp a r t i d o s burgueses, l o s
partidos marxistas declaran francamente s u ca-
rácter c l a s i s t a : s o n p a r t i d o s d e l a c l a s e o b r e r a ,
representan l o s intereses d e todos l o s trabaja-
d o r e s , y s u s f i n e s c o r r e s p o n d e n ?. d e s a r r o l l o
}
social progresista.
E n e l c u r s o d e l a l u c h a d e clases e l proleta-
riado organiza los sindicatos, las cooperativas y
distintas organizaciones culturales. Estos surgen
p o r n e c e s i d a d histórica c o m o m e d i o s d e d e f e n -
sa d e l o s intereses d e l a clase o b r e r a . P e r o l a
f o r m a s u p e r i o r d e l a organización d e l p r o l e t a -
r i a d o e s s u p a r t i d o político.
El desarrollo d e l movimiento revolucionario
o b r e r o e n l o s países c a p i t a l i s t a s s e h a v e n i d o
acompañando p o r l a formación d e m u c h o s p a r -
tidos obreros q u eh a nexpresado d e m a n e r a
d i f e r e n t e l o s i n t e r e s e s d e l a l u c h a económica,
política e ideológica d e l p r o l e t a r i a d o . E s t o o b e -
8
C. Marx y F . Engels: O b r a s , ed. en ruso, t. 8, p. 145.
233
dece a q u ee n e l proceso d e d e s a r r o l l o d e l capi-
talismo l a clase o b r e r a e s engendrada constan-
t e m e n t e p o r r e p r e s e n t a n t e s d e o t r a s clases, p r i n -
c i p a l m e n t e d e l a pequeña burguesía d e l a c i u d a d
y e l c a m p o . Además, a c u e n t a d e l a s g a n a n c i a s
obtenidas p o rl o s monopolios, e l saqueo d e l a s
c o l o n i a s y l o s países d e p e n d i e n t e s , l a burguesía
imperialista soborna u n a parte del proletariado,
a s u élite, a c o n s e c u e n c i a d e l o c u a l s u r g e l a l l a -
mada aristocracia obrera. Esto constituye l a
base d e l a s corrientes y desviaciones e ne l m o -
vimiento obrero y e l caldo d e cultivo para e l
o p o r t u n i s m o e ns u s filas.
L o s p a r t i d o s socialdemócratas, q u e e n c a b e z a -
r o n e lm o v i m i e n t o obrero a finales d e lsiglo x i x
y c o m i e n z o s d e l xx, n o e s t a b a n e n c o n d i c i o n e s
de c o n d u c i r a l aclase o b r e r a a l asalto d e l capi-
talismo, porque los elementos oportunistas pa-
r a l i z a r o n l a energía c o m b a t i v a d e e s t o s p a r t i d o s
y a b r a z a r o n l a s e n d a d e l a traición a l p r o l e t a -
r i a d o y d e l a colaboración c o n l a burguesía.
L a m a r c h a d e l o s a c o n t e c i m i e n t o s históricos
planteó l a t a r e a d e c r e a r u n p a r t i d o d e n u e v o
t i p o . E l g r a n L e n i n fundó e s t e p a r t i d o c o m o
destacamento d e vanguardia d e l aclase obrera,
c o m o intérprete f i e l d e s u s i n t e r e s e s v i t a l e s y
s u v o l u n t a d r e v o l u c i o n a r i a . L e n i n enseñó q u e l a
c l a s e o b r e r a p u e d e o b t e n e r l a v i c t o r i a sólo b a j o
l a dirección d e l p a r t i d o m a r x i s t a . L e n i n , p r o -
b a n d o l a n e c e s i d a d histórica d e t e n e r e l p a r t i d o
d e l a c l a s e o b r e r a , escribió e n 1 9 0 2 : " . . . ¡Dadnos
u n a organización d e r e v o l u c i o n a r i o s y r e m o v e -
remos a Rusia e nsuscimientos!" E l partido 4 C o m o r e s u l t a d o d e l a v i c t o r i a d e l a revolución
d e n u e v o t i p o , f u n d a d o p o r L e n i n removió r e a l -
4
V . I . L e n i n : O b r a s escogidas, e n tres tomos, t. 1,
p. 223, Moscú, 1966.
234
m e n t e a l a R u s i a z a r i s t a , país a t r a s a d o e n e l
a s p e c t o económico y c u l t u r a l , convirtiéndola e n
u n E s t a d o s o c i a l i s t a , p o t e n t e y próspero.
E n u n a t e n a z l u c h a , q u e duró m u c h o s años,
c o n t r a t o d a calaña d e o p o r t u n i s t a s , L e n i n y l o s
b o l c h e v i q u e s , s a l v a g u a r d a n d o e l carácter p r o l e -
tario d e l partido fundado, n opermitieron q u e
en s useno s emezclaran grupos y corrientes pe-
queñoburgueses. P o r s u s f i n e s , q u e r e s p o n d e n
a l o s intereses cardinales d e todos l o s o p r i m i -
dos, e l P a r t i d o B o l c h e v i q u e desde e l c o m i e n z o
m i s m o d e sus actividades f u eu n p a r t i d o verda-
d e r a m e n t e p o p u l a r . B a j o s u dirección, l a c l a s e
o b r e r a , e n a l i a n z a c o n e l c a m p e s i n a d o , derrocó
a l z a r i s m o y realizó l a revolución democrática
burguesa e n R u s i a . E ne l proceso d e l desarrollo
s u c e s i v o d e l a revolución t o d o s l o s p a r t i d o s b u r -
g u e s e s y pequeñoburgueses s u f r i e r o n u n a b a n -
carrota r o t u n d a y quedaron aislados d e l a s
masas. S o l a m e n t e e l p a r t i d o d e los bolcheviques
resultó s e r e l único p a r t i d o e n R u s i a q u e s u p o
u n i r l a lucha d e lproletariado p o r e l socialismo,
el m o v i m i e n t o c a m p e s i n o p o rl a tierra, l a l u c h a
d e liberación n a c i o n a l d e l o s p u e b l o s o p r i m i d o s
de R u s i a y e lm o v i m i e n t o d et o d o e lpueblo p o r
l a p a z e n u n t o r r e n t e r e v o l u c i o n a r i o único, e n -
cauzándolo h a c i a ún o b j e t i v o común.' B a j o l a
dirección d e l p a r t i d o d e l o s b o l c h e v i q u e s , l a c l a -
se o b r e r a y e l c a m p e s i n a d o t r a b a j a d o r d e r r o -
x
c a r o n a l G o b i e r n o P r o v i s i o n a l burgués e i n s t a u -
r a r o n e l P o d e r soviético.
s o c i a l i s t a cambió r a d i c a l m e n t e l a situación d e l
p a r t i d o d e l o s b o l c h e v i q u e s , q u e s e convirtió e n
e l p a r t i d o d i r i g e n t e . E n e l período t r a n s i t o r i o
d e l c a p i t a l i s m o a l s o c i a l i s m o , b a j o l a dirección
235
de este p a r t i d o f u er e e s t r u c t u r a d a s o b r e p r i n c i -
p i o s s o c i a l i s t a s t o d a l a v i d a económica, política
y c u l t u r a l d e l país. A c o n s e c u e n c i a d e l a v i c t o r i a
d e l s o c i a l i s m o e n l a Unión Soviética s e p r o d u -
j e r o n c a m b i o s económicos r a d i c a l e s , s e f o r t a l e -
ció l a u n i d a d política, s o c i a l e ideológica d e l a
s o c i e d a d soviética y s e robusteció y amplió
l a b a s e s o c i a l d e l E s t a d o soviético. L a misión
histórica d e l a c l a s e o b r e r a — l a construcción
del c o m u n i s m o — se h aconvertido e n l a tarea
d e t o d o s l o s soviéticos. También s e transformó
la base social del P C U S , e lc u a l d ep a r t i d o d e l a
clase o b r e r a que era, se h a c o n v e r t i d o e n p a r t i d o
d e t o d o e l p u e b l o : s u política i n t e r i o r y e x t e -
rior responde a l o sintereses d e todo e l pueblo.
El PCUS es la vanguardia de combate del pue-
blo soviético, que agrupa sobre los principios de
voluntariedad a la parte avanzada, la más cons-
ciente de la clase obrera, el campesinado koljo-
siano y la intelectualidad de la Unión Soviética.
L a c o l o s a l f u e r z a c r e a d o r a d e l a política d e l
p a r t i d o c o m u n i s t a consiste e n q u ep a r t e d e l o s
intereses cardinales d e lpueblo, expresa l o s an-
helos y aspiraciones d e millones d e trabajado-
r e s , s e b a s a e n l a teoría d e l c o m u n i s m o cientí-
fico y l adoctrina d e l m a r x i s m o - l e n i n i s m o .
El Partido Comunista, fundado p o r e l gran
L e n i n , h a c o n d u c i d o a l o s p u e b l o s d e l a Unión
Soviética a l t r i u n f o d e l s o c i a l i s m o y h o y d i r i g e
l a construcción d e l c o m u n i s m o e n t o d o s s u s
f r e n t e s . E l período d e l a construcción d e l c o m u -
n i s m o e ntodos estos frentes s e caracteriza p o r
e l i n c r e m e n t o lógico d e l p a p e l y l a i m p o r t a n c i a
del P C U S c o m o fuerza dirigente y o r i e n t a d o r a d e
l a s o c i e d a d soviética. C u a n t o más g r a n d i o s a s s o n
l a s t a r e a s d e l a construcción d e l a n u e v a s o c i e -
d a d t a n t o más s e e l e v a e l p a p e l d e l p r i n c i p i o
organizador d e este proceso: e l P a r t i d o C o m u -
nista, q u e c o n s ua c t i v i d a d r e v o l u c i o n a r i a y sus
ideas revolucionarias ejerce poderosa influencia
en toda la m a r c h a d ela historia universal, siendo
u n a importantísima f u e r z a política d e l a a c t u a -
lidad.
E l P C U S hace todo l o necesario para forta-
l e c e r l a u n i d a d d e l o s países s o c i a l i s t a s y d e
todo e lm o v i m i e n t o c o m u n i s t a mundial; sus r e -
laciones c o n todos l o s partidos comunistas y
o b r e r o s h e r m a n o s t i e n e n u n carácter v e r d a d e -
r a m e n t e l e n i n i s t a . N u n c a , después d e l a m u e r t e
de L e n i n , h a sido t a n f u e r t e y capaz d e resolver
l a s t a r e a s prácticas y teóricas más c o m p l i c a d a s
como l oes ahora.
E n colaboración c o n o t r o s p a r t i d o s h e r m a n o s ,
h a h e c h o importantísimos d e s c u b r i m i e n t o s teó-
ricos, enunciando y elaborando nuevos postula-
dos relativos a cuestiones actuales d e l desarro-
l l o s o c i a l m u n d i a l contemporáneo. P o r p r i m e r a
vez e n l a h i s t o r i a d e l m a r x i s m o - l e n i n i s m o h a n
sido explicadas t a n concreta y exhaustivamente
las principales etapas d e l a l u c h a liberadora:
desde e lderrocamiento del yugo feudal colonial
y c a p i t a l i s t a h a s t a l a construcción d e l a s o c i e -
dad comunista; h a sido revelado e l contenido
d e l a época m o d e r n a ; e x p l o r a d a s l a s vías d e l a
revolución s o c i a l y l a c o n q u i s t a d e l a d i c t a d u r a
d e l p r o l e t a r i a d o ; d e t e r m i n a d a l a correlación d e
t a r e a s democráticas g e n e r a l e s y s o c i a l i s t a s d e l a
clase obrera; enriquecida l a doctrina leninista
sobre l aalianza d e las fuerzas d e lsocialismo y
e l m o v i m i e n t o d e liberación n a c i o n a l ; r e s u e l t o s
científicamente l o s p r o b l e m a s d e l a p a z y l a
guerra e n l a s condiciones actuales.
237
 L a síntesis s u p r e m a d e l p e n s a m i e n t o teórico
del Partido C o m u n i s t a e ne l estudio d e l a s r e -
gularidades y perspectivas d e l desarrollo d e l a
sociedad h a sido expresada e n e lnuevo Progra-
m a d e l P a r t i d o C o m u n i s t a d e l a Unión Sovié-
t i c a , a p r o b a d o unánimemente p o r t o d o e l p u e -
b l o soviético y e l m o v i m i e n t o c o m u n i s t a i n t e r -
nacional.
A l olargo de toda s uhistoria e l P C U S h a l i -
brado u n a lucha irreconciliable contra e l opor-
tunismo d e derecha e izquierda, e l trotskismo
y e lrevisionismo, eldogmatismo, e l sectarismo
y e l chovinismo e n todas s u s manifestaciones,
t a n t o d e n t r o d e l país c o m o e n e l ámbito i n t e r -
nacional. E nesta lucha p o rl o s m a g n o s princi-
pios d e l marxismo-leninismo, e l Partido C o m u -
n i s t a d e l a Unión Soviética s e h a t e m p l a d o y
fortalecido.
LA LUCHA DE CLASES, FUERZA MOTRIZ
DEL DESARROLLO DE LA SOCIEDAD
C o n e l s u r g i m i e n t o d elas clases y l o s antago-
n i s m o s sociales comienza l a l u c h a d e l a aplas-
t a n t e mayoría d e l a h u m a n i d a d c o n t r a l o s o p r e -
sores. L a resistencia q u e l o s trabajadores opo-
n e n a l y u g o y l a explotación e s u n a g r a n f u e r z a
motriz creadora d e l a historia. L a s sublevacio-
nes campesinas y las guerras socavaron los pila-
res feudales. L a h i s t o r i a d e l a sociedad capita-
lista e s l ah i s t o r i a d e u n a l u c h a s i n c u a r t e l d e l
p r o l e t a r i a d o c o n t r a l a burguesía. L a f e r o z e x p l p -
238
tación d e l o s países c o l o n i a l e s y d e p e n d i e n t e s
por p a r t e d elos i m p e r i a l i s t a s h ap r o v o c a d o u n a
p o t e n t e o l a d e m o v i m i e n t o s d e liberación n a -
cional.
E n l a m a r c h a d e l d e s a r r o l l o histórico d e l a
sociedad l al u c h a d eclases h a t o m a d o distintas
formas y grados d e intensidad. L o s hombres
t u v i e r o n c o n c i e n c i a d e esta l u c h a e ne l r e m o t o
p a s a d o . Y a l o s h i s t o r i a d o r e s d e l a Antigüedad
y l o s d e l a época d e l R e n a c i m i e n t o d e s c r i b i e r o n
b r i l l a n t e m e n t e hechos d e l a l u c h a d e clases. Y
es c o m p r e n s i b l e . E r a i m p o s i b l e p i n t a r l a v i d a
de l a sociedad S i n r e f l e j a r a q u e l l o q u e consti-
tuía e l a s p e c t o s u s t a n c i a l d e s u c o n t e n i d o . P e r o
sólo M a r x y E n g e l s d e s c u b r i e r o n e l carácter
lógico d e l a l u c h a d e c l a s e s . T o d a l a h i s t o r i a d e l
d e s a r r o l l o d e l a s s o c i e d a d e s antagónicas s e s o -
mete a esta regularidad. "Todas l a sluchas his-
tóricas, s e a q u e s e d e s a r r o l l e n e n e l t e r r e n o
político, s e a e n e l r e l i g i o s o , e n e l filosófico o e n
o t r o t e r r e n o ideológico c u a l q u i e r a , n o s o n , e n
r e a l i d a d , s i n o l a expresión más o m e n o s c l a r a
de luchas e n t r e clases sociales, y q u e l a existen-
c i a y también p o r t a n t o , l o s c h o q u e s d e e s t a s
c l a s e s están c o n d i c i o n a d o s , a s u v e z , p o r e l g r a d o
d e d e s a r r o l l o d e s u situación económica, p o r e l
carácter y e l m o d o d e s u producción y s u c a m -
b i o c o n d i c i o n a d o p o r ésta." E s t a l e y , según d i j o
5
Engels, tiene tanta i m p o r t a n c i a para l a ciencia
histórica, c o m o l a l e y d e l a transformación d e
i a energía p a r a l a s c i e n c i a s n a t u r a l e s .
L a f u e n t e d e l a l u c h a d e clases s o n l a s con-
t r a d i c c i o n e s antagónicas e x i s t e n t e s e n t r e . l o s e x -
» C . M a r x v F . E n g e l s : O b r a s escogidas, en dos tomos,
t. 1, p. 229.
239

p l o t a d o r e s y l o s e x p l o t a d o s . S u situación e n l a
s o c i e d a d y l a opresión q u e e x p e r i m e n t a n p o r
p a r t e de los opresores, e m p u j a n a las clases o p r i -
midas a l a lucha revolucionaria. L a lucha de
c l a s e s t i e n e l u g a r también e n l o s c a s o s e n q u e
u n a c l a s e n o está c o n s c i e n t e aún d e s u s i n t e r e -
s e s c a r d i n a l e s . E n e s t e c a s o t i e n e carácter e s -
pontáneo. C u a n d o u n a c l a s e t i e n e c o n c i e n c i a d e
sus intereses esenciales s u l u c h a s e hace cons-
ciente.
E n c a d a formación s o c i a l l a l u c h a d e c l a s e s
t i e n e s u e s p e c i f i c i d a d q u e r e s p o n d e a l carácter
d e l m o d o d e producción y a l a p e c u l i a r i d a d d e
l a e s t r u c t u r a c l a s i s t a d e l a s o c i e d a d . Así, e n l a
a n t i g u a R o m a l a l u c h a d e c l a s e s s e libró p r i n c i -
p a l m e n t e e n e l s e n o d e l a minoría p r i v i l e g i a d a ,
entre los ricos libres y los pobres libres. Pero
lá m a s a p r i n c i p a l d e l a población t r a b a j a d o r a ,
ante t o d o los esclavos, e r a n utilizados p o r las
partes que luchaban solamente como u n a fuerza
p a s i v a . C u a n d o e l régimen e s c l a v i s t a s e debilitó
y y a n oestaba e ncondiciones d e m a n t e n e r e n
absoluta obediencia a las colosales masas d e
e s c l a v o s , éstos e m p e z a r o n a s u b l e v a r s e . L a s u -
blevación más i m p o r t a n t e d e e s c l a v o s f u e l a d i -
rigida por Espartaco e nl a antigua R o m a . E n
varios casos j u n t o con los esclavos s e subleva-
r o n l a s c a p a s más p o b r e s d e l o s c i u d a d a n o s l i -
b r e s . P e r o l o s e s c l a v o s — e s a m a s a heterogénea
y m a l o r g a n i z a d a — n o p u d i e r o n obtener la vic-
toria. Ellos no eran portadores d eu n m o d o d e
producción más e l e v a d o y s u l u c h a e r a , e n l o
f u n d a m e n t a l , espontánea y perseguía f i n e s s u - ,
mámente l i m i t a d o s : l i b e r a r s e d e l a e s c l a v i t u d .
N o obstante, l alucha d e los esclavos socavaba
l o s p i l a r e s d e l a s o c i e d a d e s c l a v i s t a y contribuía
a s u caída.
240
E n l a sociedad f e u d a l l a l u c h a d e clases s e
elevó a u n n i v e l más a l t o . L o s c a m p e s i n o s y a
e r a n u n a m a s a más homogéneamente u n i d a
d e n t r o d e l o s límites d e l a c o m u n i d a d . L a i n -
tensificación d e l a explotación f e u d a l agudizó
muchísimo e l a n t a g o n i s m o d e c l a s e e n t r e l o s
campesinos y los feudales. Las sublevaciones po-
p u l a r e s espontáneas d e l a época f e u d a l , q u e
a b a r c a b a n a m p l i a s m a s a s c a m p e s i n a s y se d i s t i n -
guían p o r u n a g r a n a c e r b i d a d d e l a l u c h a , s e c o n -
vertían c o n f r e c u e n c i a e n p r o l o n g a d a s g u e r r a s
c a m p e s i n a s : así t e n e m o s l a J a c q u e r i e e n F r a n -
c i a y l a sublevación d e W a t t T a y l o r e n I n g l a -
terra, las sublevaciones husitas e nB o h e m i a , l a
guerra campesina en A l e m a n i a , las guerras cam-
p e s i n a s e n R u s i a , l a rebelión d e T a i p i n g e n C h i -
na, y m u c h a s otras. D u r a n t e las guerras campe-
s i n a s l o s m o t i n e s espontáneos s e convertían c a d a
v e z más e n u n m o v i m i e n t o c o n s c i e n t e y o r i e n -
t a d o a u n f i n . L a mayoría d e e s t a s g u e r r a s
t e r m i n a r o n e n d e r r o t a . L o s c a m p e s i n o s e r a n víc-
t i m a s d e s a n g r i e n t a venganza. P o r e j e m p l o , des-
pués d e f r a c a s a r l a g u e r r a c a m p e s i n a e n A l e m a -
n i a , s u j e f e Tomás M u n t z e r f u e e j e c u t a d o , l o s
vencedores a r r a n c a r o n los ojos a centenares d e
personas. E n pocas semanas e nlos combates y
c o m o resultado d e las represalias f u e r o n m u e r -
t o s más d e 1 0 0 0 0 0 c a m p e s i n o s . M a l c o n s u e l o
e r a n l a s a m a r g a s p a l a b r a s q u e s e repetían c o n
f r e c u e n c i a e n a q u e l e n t o n c e s : "¡Los señores n o
matarán a t o d o s l o s c a m p e s i n o s , p o r q u e * río t e n -
drán q u i e n t r a b a j e p a r a e l l o s ! " A l o s q u e q u e -
d a r o n c o n v i d a s e les i m p u s o u n a m u l t a perpe-
t u a . S o p r e t e x t o d e q u e querían- r e s a r c i r l a s
pérdidas, l o s c a b a l l e r o s y a b a t e s s a q u e a b a n s i n
contemplación l a s a l d e a s . E l país e s t a b a a r r u i -
nado y debilitado. Hileras d e ciegos, cogidos
-241
de l am a n o , s e a r r a s t r a b a n p o rl o s c a m i n o s . . .
Pero las severas lecciones d e l a h i s t o r i a n o fue-
ron infructuosas.
Las causas d e l aderrota sufrida p o re l cam-
p e s i n a d o consistían a n t e t o d o e n q u e f a l t a b a n
las premisas objetivas y subjetivas necesarias
p a r a l a liberación, e n l a desunión d e l o s c a m p e -
s i n o s y e n q u e f a l t a b a l a dirección p o r p a r t e d e l
proletariado. N o obstante, l a s sublevaciones
c a m p e s i n a s desempeñaron u n p a p e l p r o g r e s i s t a
e n e l d e s m o r o n a m i e n t o d e l régimen f e u d a l y l a
preparación d e s u h u n d i m i e n t o .
L a misión histórica d e l a c l a s e o b r e r a c o n s i s t e
e n s u p r i m i r e l c a p i t a l i s m o y l a explotación d e l
h o m b r e p o r e l h o m b r e y construir u n a sociedad
s i n clases, l a sociedad c o m u n i s t a . D e todas l a s
c l a s e s c o n t r a r i a s a l a burguesía, e l p r o l e t a r i a d o
e s l a c l a s e más c o n s c i e n t e . Está r e l a c i o n a d o c o n
l a g r a n producción, f o r m a a v a n z a d a d e l a e c o -
nomía s o c i a l . L a s c o n d i c i o n e s d e t r a b a j o e n l a s
g r a n d e s e m p r e s a s , e n q u es e c o n c e n t r a n i n m e n -
s a s m a s a s d e o b r e r o s , o r g a n i z a n a éstos y l o s
hacen disciplinados, educan e n ellos l asolidari-
d a d p r o l e t a r i a y l o s h a c e n l o s más c a p a c e s p a r a
las acciones conscientes activas. L o s obreros,
participando e n l a s huelgas se convencen p o r
e x p e r i e n c i a p r o p i a d e q u e l a cohesión y l a c a p a -
cidad d e acciones organizadas son u n a potente
a r m a d e l u c h a c o n t r a s ue n e m i g o d e clase.
A d i f e r e n c i a d e l a s clases o p r i m i d a s a n t e r i o -
res e l proletariado se distingue p o r u n a gran
c a p a c i d a d p a r a u n i r s e n o sólo a e s c a l a n a c i o n a l ,
s i n o también i n t e r n a c i o n a l : s u l u c h a a d q u i e r e
e n v e r g a d u r a u n i v e r s a l . D e todas l a s clases tra-
b a j a d o r a s e l p r o l e t a r i a d o e s l a c l a s e más o r g a -
nizada. S u s intereses d e clase coinciden c o n l o s
242
i n t e r e s e s d e t o d o s l o s t r a b a j a d o r e s empeñados
e n e m a n c i p a r s e d e l y u g o d e l a burguesía. E s t o
p o s i b i l i t a u n a a l i a n z a sólida d e l p r o l e t a r i a d o y
las a m p l i a s m a s a s t r a b a j a d o r a s . L a a l i a n z a revo-
lucionaria d elos obreros y los campesinos, dijo
L e n i n , e s l a garantía d e l a v i c t o r i a s o b r e e l c a p i -
t a l i s m o . L a c o n c i e n c i a y l a organización d e l p r o -
l e t a r i a d o l o s h a c e n l a c l a s e más r e v o l u c i o n a r i a .
E l c a m p e s i n a d o e s también e x p l o t a d o f e r o z m e n -
te. P e r o e lc a m p e s i n a d o p o s e e u n a p a r c e l a , y e n
su conciencia l u c h a n ideas d e trabajador y d e
pequeño p r o p i e t a r i o . L o s p r o l e t a r i o s , e n c a m b i o ,
no tienen nada, a n os e r s ufuerza d e trabajo.
E l l o s , según d i j o M a r x , n o t i e n e n n a d a q u e p e r -
d e r , s a l v o s u s c a d e n a s , p e r o adquirirán e l m u n -
do entero. E lproletariado lucha dirigido p o r el
Partido Comunista, q u e l o pertrecha c o n una
interpretación científica d e l o s i n t e r e s e s d e c l a s e
c a r d i n a l e s y l a s vías d e s u satisfacción. D e b i d o
a las condiciones mencionadas creadas p o r l a
m a r c h a d e l d e s a r r o l l o d e l c a p i t a l i s m o , sólo e l
proletariado, e nalianza c o ne l campesinado y
otras masas trabajadoras, puede c u m p l i r s u m i -
sión histórica d e s e p u l t u r e r o d e l c a p i t a l i s m o y
de c r e a d o r d e u n a s o c i e d a d n u e v a , l a s o c i e d a d
comunista.
FORMAS FUNDAMENTALES DE LA LUCHA
^ DE CLASES DEL PROLETARIADO
L a l u c h a d e clases s e m a n i f i e s t a d e d i s t i n t a s
f o r m a s : l a económica, l a política y l a ideológica.
La escala d e esta l u c h a depende, ante tpdo, d e l
243

n i v e l d e d e s a r r o l l o d e l a c l a s e e n cuestión. L a
f o r m a d el u c h a del proletariado, la p r i m e r a his-
tóricamente, y e n g r a n m e d i d a espontánea, f u e
l a l u c h a económica, e s d e c i r , l a l u c h a p o r l o s
intereses c o t i d i a n o s d e los t r a b a j a d o r e s : eleva-
ción d e l s a l a r i o , reducción d e l a j o r n a d a , m e j o -
res condiciones d et r a b a j o , etc. E s t a l u c h a tiene
m u c h a importancia»para e l p r o l e t a r i a d o , p o r q u e
alivia las necesidades diarias d e los obreros y
hace frente a la ofensiva d e los empresarios con-
tra l o sderechos vitales d e l o s trabajadores.
Cada o b r e r o c o m p r e n d e las exigencias que lle-
v a n implícitas s u s c o n d i c i o n e s d e t r a b a j o y d e
v i d a . P o r e s o l a l u c h a económica a b a r c a s i e m p r e
a las a m p l i a s masas d e los trabajadores y es
para ellos l a escuela p r i m a r i a d e l a lucha d e
clases, d e s p i e r t a s u a c t i v i d a d y c o n t r i b u y e a l
d e s a r r o l l o d e s u conciencia d e clase. P r e p a r a a
l o s o b r e r o s p a r a l u c h a r p o r o b j e t i v o s más a m -
p l i o s y f a v o r e c e s u educación r e v o l u c i o n a r i a .
E n l a m a r c h a d e l a l u c h a económica s e f o r m a n
las p r i m e r a s organizaciones obreras: los sindi-
c a t o s . L a cohesión y l a organización d e l p r o l e -
t a r i a d o e s u n a condición i m p o r t a n t e d e l éxito
d e s u l u c h a d e c l a s e s . E n a l g u n o s países c a p i t a -
l i s t a s , d o n d e e l p r o l e t a r i a d o está b i e n o r g a n i z a -
d o , l o g r a i m p o r t a n t e s éxitos e n l a l u c h a e c o -
nómica.
P e r o e s t a l u c h a económica, c o m o t a l , n o p u e d e
emancipar al proletariado: l a lucha por mejores
c o n d i c i o n e s d ev e n t a d el a f u e r z a d elos o b r e r o s
al capitalista n o puede s u p r i m i r las condiciones,
d e opresión.
L a f o r m a superior d e l alucha d eclases e s l a
l u c h a política p o r l o s i n t e r e s e s f u n d a m e n t a l e s
d e l p r o l e t a r i a d o . " L o s i n t e r e s e s "más e s e n c i a l e s ,
244
decisivos', d e las clases p u e d e n ser satisfechos
únicamente p o r t r a n s f o r m a c i o n e s políticas r a -
d i c a l e s e n g e n e r a l ; e n p a r t i c u l a r , e l interés e c o -
nómico f u n d a m e n t a l d e l p r o l e t a r i a d o p u e d e s e r
s a t i s f e c h o únicamente p o r m e d i o d e u n a r e v o -
lución política q u e s u s t i t u y a l a d i c t a d u r a d e l a
burguesía p o r l a d i c t a d u r a d e l p r o l e t a r i a d o . " *
L a l u c h a política e s u n a l u c h a d e t o d a l a c l a s e
de los proletarios c o n t r a l aclase d e los capita-
listas, que e s d e t e r m i n a d a p o r las relaciones
económicas d e l c a p i t a l i s m o , q u e c o n t r a p o n e n l a
clase d e l o s c a p i t a l i s t a s a l aclase o b r e r a e n s u
c o n j u n t o . E s t a contraposición s e m a n i f i e s t a d e
u n a m a n e r a aún más a c e n t u a d a e n l a e s f e r a p o -
lítica: l o s o b r e r o s , l u c h a n d o p o r l a mejoría d e
s u situación, c h o c a n c o n e l E s t a d o burgués, q u e
es el " c a p i t a l i s t a colectivo".
H a b l a n d o c o n rigor, cualquier l u c h a d e clases
e s u n a l u c h a política, p o r q u e e n e l l a d e s e m b o c a
t o d a u n a c l a s e . Así, p o r e j e m p l o , e l i n t e n t o d e
obligar por medio d ehuelgas a algunos capita-
l i s t a s d e u n a fábrica, o i n c l u s o d e u n a r a m a i n -
d u s t r i a l , a l i m i t a r l a j o r n a d a e s u n a l u c h a eco-
nómica. P e r o e l m o v i m i e n t o g e n e r a l d e l o s t r a -
b a j a d o r e s p o r l a adopción d e l a l e y d e l a j o r n a d a
d e o c h o h o r a s e s y a u n a l u c h a política. D e e s t e
m o d o , l o s m o v i m i e n t o s económicos s e c t o r i a l e s
de los obreros desembocan e nu n m o v i m i e n t o
político g l o b a l e s d e c i r , e n e l m o v i m i e n t o d e l a
clase que aspira a ver satisfechos sus intereses.
P o r u n a parte, estos m o v i m i e n t o s suponen cierta
organización p r e v i a , p o r o t r a , s o n e n i g u a l m e -
dida u n medio d e desarrollo d e esta organiza-
ción. M i e n t r a s e n e l c u r s o d e l a l u c h a económica
• V . I . L e n i n : O b r a s escogidas, en tres tomos, t . 1 ,
p . 156, Moscú, 1966.
245
 s u r g e n l a s p r i m e r a s f o r m a s d e l a organización
de clase del p r o l e t a r i a d o — l o s s i n d i c a t o s — , e n
e l p r o c e s o d e l a l u c h a política a p a r e c e l a f o r m a
s u p e r i o r d e l a organización d e c l a s e : e l p a r t i d o
político. L o p r i n c i p a l e n l a l u c h a d e l p r o l e t a -
riado consiste e n establecer y afianzar s u poder.
E s t a l u c h a p u e d e l i b r a r s e c o n éxito s i s e c u e n t a
con e l partido marxista. A l apar d e l a lucha
económica y política, u n a f o r m a d e l u c h a d e
clases del p r o l e t a r i a d o e s l a l u c h a ideológica.
E l objetivo d e esta f o r m a d e lucha consiste e n
liberar l a conciencia d e l a clase o b r e r a d e l a
ideología b u r g u e s a . E s t a l u c h a t i e n e p o r f i n i n -
c u l c a r l a ideología s o c i a l i s t a a l a c o n c i e n c i a d e l
proletariado y ayudarle a comprender sus inte-
r e s e s c a r d i n a l e s . B a j o l a dirección d e l p a r t i d o
revolucionario, l a clase o b r e r a defiende sus i n -
tereses d e clase y d e s a r r o l l a s uconciencia d e
c l a s e y l a comprensión d e q u e l o s i n t e r e s e s
d e t o d o s l o s o b r e r o s d e u n país d a d o s o n idénti-
cos, q u e t o d o s los o b r e r o s c o n s t i t u y e n u n a sola
c l a s e y q u e e l único m e d i o q u e p e r m i t e m e j o r a r
s u situación y l o g r a r l a liberación c o n s i s t e e n
l u c h a r c o n t r a l a clase d e los capitalistas. L a
l u c h a ideológica a d q u i e r e s a g a c i d a d e i m p o r t a n -
cia especiales e n las condiciones actuales. C u a n -
t a s más v i c t o r i a s o b t i e n e e l s i s t e m a m u n d i a l d e l
s o c i a l i s m o , t a n t o más p r o f u n d a s e h a c e l a c r i s i s
d e l c a p i t a l i s m o m u n d i a l , s e a g u d i z a más l a l u -
c h a d e c l a s e s y a u m e n t a más e l p a p e l d e l a s
i d e a s m a r x i s t a - l e n i n i s t a s e n l a cohesión y m o v i -
lización d e l a s m a s a s p a r a l u c h a r p o r e l c o m u -
nismo.
E n s u afán d e e n c u b r i r l a s c o n t r a d i c c i o n e s d e
c l a s e , l o s ideólogos d e l c a p i t a l i s m o m o d e r n o y
l o s r e f o r m i s t a s a p e l a n c o n f r e c u e n c i a a l a teoría
246
de l a m o v i l i d a d social. L o s p a r t i d a r i o s d e e s t a
teoría a f i r m a n q u e e n l a s o c i e d a d c a p i t a l i s t a l a s
capas sociales s o n s u m a m e n t e inestables. P o r
e s o e s m u y fácil p a s a r d e u n a c a p a a o t r a : e l
capitalista que se arruina se convierte e n pro-
l e t a r i o , y éste, a l r e c i b i r instrucción, s e c o n v i e r t e
e n i n t e l e c t u a l . E s t a s c a p a s móviles n o p u e d e n
t e n e r u n interés d e c l a s e e s t a b l e . D i c h a c o n c e p -
ción t i e n e p o r o b j e t o m o s t r a r q u e l a s d i f e r e n -
cias d e clase e n l a sociedad capitalista p i e r d e n
sus contornos precisos. S i n embargo, l a vida
enseña q u e b a j o e l c a p i t a l i s m o sólo l o g r a n " a s -
cender" algunos individuos; en cuanto a las a m -
plias m a s a s , esa m o v i l i d a d s eexpresa, e n l a m a -
yoría d e l o s c a s o s , e n s u a v a n c e h a c i a l a r u i n a .
L o s teóricos b u r g u e s e s y socialdemócratas s e
d e l e i t a n p r e d i c a n d o l a teoría d e l a d e n o m i n a d a
c l a s e m e d i a , teoría q u e p r e t e n d e d e m o s t r a r q u e
en l a sociedad capitalista m o d e r n a crece d e m a -
nera gigantesca l a "clase media", que absorbe
t a n t o a l a burguesía c o m o a l p r o l e t a r i a d o . P e r o
l a " c l a s e m e d i a " , c o m o g r u p o s o c i a l económica
y políticamente íntegro, q u e o c u p a u n l u g a r d e -
t e r m i n a d o e n e l s i s t e m a d e l a producción s o c i a l ,
no existe en general.
L o s teóricos socialdemócratas, e s p e c i a l m e n t e
de A l e m a n i a Occidental y A u s t r i a , h a c e n propa-
ganda d e la idea d elos l l a m a d o s socios sociales,
consistente en que en la sociedad capitalista m o -
derna los obreros y los empresarios n o aparecen
ya c o m o antagonistas, sino c o m o socios que tie-
nen que colaborar movidos por fines "comunes".
L a teoría d e " s o c i o s s o c i a l e s " s e h a c e e c o d e l a
doctrina d e las "relaciones h u m a n a s " . Los que
p r o p u g n a n e s t a concepción s o s t i e n e n q u e l a c o n -
dición p r i n c i p a l p a r a d i r i m i r l o s c o n f l i c t o s s o -
247
cíales r a d i c a e n e s t a b l e c e r u n " c l i m a sicológico"
n o r m a l e n las empresas. C o n este f i n s e predica
la necesidad d e tener "elementos acogedores"
e n l a producción. S e h a c e p r o p a g a n d a d e l a s m a -
nifestaciones externas d e benevolencia d e l o s
dueños y j e f e s c o n r e s p e c t o a l o s o b r e r o s : a p r e -
tones de m a n o s , felicitaciones d u r a n t e las fiestas
nacionales y familiares, visitas a las casas d e los
o b r e r o s , e t c . L o s a p o l o g i s t a s d e l a teoría d e l a s
"relaciones h u m a n a s " creen que este sistema d e
m e d i d a s descarta l al u c h a d e clases.
L a s i n v e n c i o n e s d e l o s ideólogos d e l c a p i t a l i s -
m o acerca d e l a inexistencia d e las clases y l a
lucha de clases e n la sociedad burguesa m o d e r n a
son propagadas por los reformistas y revisio-
nistas.
E n e l Programa del P C U S se hace u n a bri-
l l a n t e caracterización d e l a "evolución d e l a r e -
negación" d e l o s s o c i a l i s t a s d e d e r e c h a : " A n t e s
los socialistas d ederecha senegaban a llevar e l
r e c o n o c i m i e n t o d e l a l u c h a d e clases h a s t a l a
d i c t a d u r a d e l p r o l e t a r i a d o . H o y n i e g a n n o sólo
l a l u c h a d e c l a s e s , s i n o también'la p r o p i a e x i s -
t e n c i a d e l a s c l a s e s antagónicas e n l a s o c i e d a d
burguesa."
L a r e a l i d a d d e l m u n d o burgués contemporá-
n e o p a t e n t i z a q u e e n él s e acentúa c a d a v e z más
l a diferenciación c l a s i s t a d e l a s o c i e d a d , s e l i b r a
u n a encarnizada l u c h a d eclases y s e despliegan
acciones d e l a clase obrera e n defensa d e sus
i n t e r e s e s económicos y políticos. E l d e s a r r o l l o
d e l a l u c h a d e c l a s e s e n l o s d i s t i n t o s países c a p i -
t a l i s t a s t i e n e carácter d e s i g u a l . L a l u c h a d e
clases se agudiza, p o r e j e m p l o , e n F r a n c i a , Italia,
Japón, así c o m o e n E s t a d o s U n i d o s , d o n d e e n
248
1945-1960 e l p r o m e d i o a n u a l d e huelgas fue d e
4 139 y e l d e huelguistas, d e 2 413 0 0 0 (en los
años a n t e r i o r e s a l a S e g u n d a G u e r r a M u n d i a l
estas cifras f u e r o n inferiores e n casi e l doble).
L a s g r a n d i o s a s b a t a l l a s huelguísticas, q u e s e d e -
s a r r o l l a r o n e n Bélgica a f i n a l e s d e 1 9 6 0 y c o -
m i e n z o s d e 1961, d e m o s t r a r o n q u e l a disgre-
gación d e l s i s t e m a c o l o n i a l d e l i m p e r i a l i s m o
a g u d i z a i n e v i t a b l e m e n t e las c o n t r a d i c c i o n e s so-
c i a l e s e n l a s metrópolis.
L a transformación d e l c a p i t a l i s m o m o n o p o l i s -
ta e n capitalismo monopolista d e Estado v a
acompañada d e l a o f e n s i v a d e l o s g r a n d e s m o -
nopolios c o n t r a los intereses d e l aclase o b r e r a
y las masas trabajadoras e ntodos los frentes.
E n s u afán d e c o n s e r v a r s u p o d e r , l a oligarquía
f i n a n c i e r a , además d e l o s métodos d e a p l a s t a -
m i e n t o , u t i l i z a d i s t i n t o s m e d i o s d e engaño y
corrupción d e l a c l a s e o b r e r a y s u s o r g a n i z a -
ciones, p a r a escindir e l m o v i m i e n t o sindical a
escala n a c i o n a l e i n t e r n a c i o n a l . S o b o r n a a los
dirigentes d e los sindicatos, las cooperativas y
otras organizaciones, enriquece a l a aristocracia
o b r e r a , concediéndpleplazas l u c r a t i v a s e n l a i n -
d u s t r i a , e n l o s órganos m u n i c i p a l e s y e n e l a p a -
rato del Estado. Las leyes anticomunistas y anti-
o b r e r a s a d o p t a d a s e n E s t a d o s U n i d o s y España,
l a proscripción d e l p a r t i d o c o m u n i s t a e n G r e c i a ,
España, I n d o n e s i a y o t r o s países, l o s d e s p i d o s
en masa d elos comunistas y otros obreros pro-
g r e s i s t a s e n a l g u n o s países c a p i t a l i s t a s , l a c o n -
fección d e l i s t a s n e g r a s e n l a s e m p r e s a s , l a c o m -
probación d e l a " l e a l t a d " d e l o s e m p l e a d o s , l a s
r e p r e s a l i a s policíacas c o n t r a l a p r e n s a democrá-
tica, e l a p l a s t a m i e n t o d e las huelgas p o r m e d i o
de las a r m a s , t o d o e s t o s e h a c o n v e r t i d o e n
métodos p e r m a n e n t e s d e acción d e l o s gobiernos
d e l a burguesía i m p e r i a l i s t a .
H o y en e lm u n d o hay u n ambiente favorable
p a r a e l m o v i m i e n t o o b r e r o . L o s éxitos d e l a
Unión Soviética y d e t o d o e l s i s t e m a s o c i a l i s t a
m u n d i a l , l a profundización d e l a c r i s i s d e l c a p i -
talismo mundial, e lincremento d el a influencia
de los partidos c o m u n i s t a s e n las masas y l a
b a n c a r r o t a ideológica d e l r e f o r m i s m o h a n c a m -
biado sustancialmente las condiciones d e l a l u -
cha d eclases a favor d e los trabajadores.
L a l u c h a económica d e l p r o l e t a r i a d o e n l a s
c o n d i c i o n e s a c t u a l e s s e d i s t i n g u e n o sólo p o r
u n a t e n a c i d a d e s p e c i a l , s i n o también p o r q u e s e
r e l a c i o n a más q u e n u n c a c o n l a l u c h a política:
la l u c h a p o r l a paz, c o n t r a l a c a r r e r a a r m a m e n -
t i s t a , c o n t r a l a fascistización d e l o s países, p o r
la democracia, que constituyen parte de la lucha
p o r e l s o c i a l i s m o . L a s h u e l g a s d e carácter polí-
tico son ahora una importante a r m a del prole-
tariado.
L a clase obrera dirige su principal golpe con-
tra los monopolios capitalistas e n cuya liquida-
ción están v i t a l m e n t e i n t e r e s a d o s t o d o s l o s t r a -
b a j a d o r e s d e c u a l q u i e r país. E n l a l u c h a s e f o r j a
la alianza d e l aclase o b r e r a y todos los traba-
jadores. L a clase obrera aglutina al campesinado
— s u aliado f u n d a m e n t a l — e nl a lucha contra
los residuos feudales y la preponderancia d e los
m o n o p o l i o s . Los vastos sectores d e empleados,
así c o m o u n a g r a n p a r t e d e i n t e l e c t u a l e s r e d u -
c i d o s a l a situación d e p r o l e t a r i o s p o r e l c a p i t a -
l i s m o , se c o n v i e r t e n e n a l i a d o s de l a clase o b r e r a .
E n l o s países e n vías d e d e s a r r o l l o l a l u c h a
de clases s ec o m b i n a c o n l alucha p o r la e m a n -
250
cipación n a c i o n a l . E n l a l u c h a d e liberación
n a c i o n a l c o n t r a e li m p e r i a l i s m o , q u e p o r s u con-
t e n i d o s o c i a l e s u n a l u c h a democrática, l a s d i s -
t i n t a s c l a s e s p u e d e n a c t u a r c o m o u n f r e n t e úni-
c o . S i n e m b a r g o , l a posición d e d i f e r e n t e s c l a s e s
q u e p a r t i c i p a n e n e s t a l u c h a n® e s i g u a l . L a
c l a s e o b r e r a e s l a más c o n s e c u e n t e e n l a l u c h a
por e l c u m p l i m i e n t o d e las tareas d e l a revolu-
ción n a c i o n a l , antímperialista, democrática. S u s
aliados son el campesinado, interesado vitalmen-
t e e n l a supresión d e l o s r e s t o s d e l f e u d a l i s m o
y l a aplicación d e l a s r e f o r m a s a g r a r i a s , y o t r a s
f u e r z a s democráticas. , ,
L a burguesía n a c i o n a l d e l a s c o l o n i a s y l o s
países d e p e n d i e n t e s , n o v i n c u l a d a a l o s círculos
i m p e r i a l i s t a s , p u e d e también f o r m a r p a r t e d e l a
a l i a n z a democrática n a c i o n a l . E n v a r i o s países
l a burguesía h a e n c a b e z a d o e l m o v i m i e n t o d e l i -
beración n a c i o n a l y , l i b e r a n d o e l país, h a t o m a d o
el poder. E n las condiciones actuales, la burgue-
sía n a c i o n a l e n e s o s países c o n s e r v a l a c a p a c i d a d
^ d e luchar contra e l imperialismo y e l feudalis-
m o , y e n e s t e a s p e c t o desempeña u n p a p e l p r o -
g r e s i s t a . P e r o l a burguesía n a c i o n a l s e d i s t i n g u e
p o r q u e t i e n e carácter d u a l y está p r o p e n s a a
concillarse con e l imperialismo y e l feudalismo
en cualquier m o m e n t o . L a tendencia general del
i d e s a r r o l l o d e l a l u c h a d e c l a s e s e n l o s países q u e
luchan o han'conquistado y a l a independencia
nacional, consiste e n que, u n a vez c u m p l i d a s e n
lo f u n d a m e n t a l las tareas n a c i o n a l e s generales,
se p l a n t e a n d e m a n e r a p a r t i c u l a r m e n t e a g u d a
l a s t a r e a s s o c i a l e s , e n c u y a solución s e d e j a n
sentir las diferencias d e los intereses d e clase;
se a g u d i z a l a l u c h a d e c l a s e s . A m e d i d a q u e s e
acentúan l a s c o n t r a d i c c i o n e s s o c i a l e s , l a b u r g u e -
sía n a c i o n a l s e m u e s t r a c a d a v e z más p r o p e n s a

a c o n c i l l a r s e c o n l a reacción i n t e r n a y e l i m p e -
rialismo. Las masas populares entretanto, se con-
vencen d eque e lmejor camino para liquidar e l
atraso secular y m e j o r a r las condiciones d e vida
es e l c a m i n o d e l d e s a r r o l l o n oc a p i t a l i s t a . " L o s
o b j e t i v o s d el a clase o b r e r a y los p a r t i d o s c o m u -
n i s t a s e n e l m o v i m i e n t o d e liberación n a c i o n a l
— d i c e l a C a r t a a b i e r t a d e l Comité C e n t r a l d e l
P a r t i d o C o m u n i s t a d e la Unión Soviética— con-
s i s t e e n c u m p l i r h a s t a e l f i n a l l a s t a r e a s d e la
revoluc'ón democrática antimperialista, e n de-
sarrollar y afianzar e l frente nacional, basado
e n l a a l i a n z a c o n e l c a m p e s i n a d o y l a burguesía
n a c i o n a l d e t e n d e n c i a patriótica, e n p r e p a r a r l a s
condiciones para formar u n Estado d e democra-
c i a n a c i o n a l y e m p r e n d e r l a vía n o c a p i t a l i s t a
de desarrollo." 7
El movimiento revolucionario obrero interna-
c i o n a l , r e p r e s e n t a d o a h o r a p o re l s i s t e m a m u n -
dial d e lsocialismo y l o spartidos comunistas y
• o b r e r o s d e l o s países c a p i t a l i s t a s , así c o m o p o r
«el m o v i m i e n t o d e liberación n a c i o n a l d e l o s p u e -
b l o s d e A s i a , A f r i c a , y América L a t i n a , c o n s t i t u -
yen una extraordinaria fuerza d e l a actualidad.
E n l aConferencia Internacional d e l o s Parti-
dos C o m u n i s t a s y O b r e r o s ( j u n i o d e 1969) s e
recalcó q u e b a j o l a b a n d e r a d e l l e n i n i s m o e l
movimiento revolucionario h aalcanzado e n l a
mayoría d e l o s países u n a n u e v a a l t u r a , s e h a n
f o r m a d o y robustecido los partidos comunistas;
el m o v i m i e n t o comunista internacional se h a
*• .• ••.h o • . •'• ñ.¡-' • *ÍX> ;.»..: .• ' $ ¿ Ü .:; ^ y u . ' - ' r-r.:
7
Carta abierta del Comité Central del P a r t i d o C o m u -
nista de la Unión Soviética a todas las organizacio-
nes del partido, a todos los c o m u n i s t a s de la Unión
Soviética, ed. en ruso, Gospolitizdat, p. 52, Moscú,
1963.
252
c o n v e r t i d o e n l a f u e r z a política más i n f l u y e n t e
y v e r d a d e r a m e n t e u n i v e r s a l d e n u e s t r a época.
U n a d e las condiciones principales d e las victo-
rias s u c e s i v a s d e l m o v i m i e n t o d e liberación n a - ,
c i o n a l e s s u a l i a n z a f i r m e y l a colaboración c o n
l o s países d e l s i s t e m a m u n d i a l d e l s o c i a l i s m o ,
c o m o fuerza p r i n c i p a l e nl a l u c h a c o n t r a e l i m -
perialismo, y su alianza firme con e l movimiento
o b r e r o d e l o s países c a p i t a l i s t a s . E n l a s c o n d i -
ciones actuales l a lucha d el aclase obrera inter-
nacional contra e lcapitalismo y e lyugo extran-
j e r o p u e d e o b t e n e r éxitos sólo s i s e c o n s e r v a
la paz. E l p r o b l e m a f u n d a m e n t a l d e l a a c t u a l i d a d
e s e l d e l a g u e r r a y^ l a p a z . L a e s e n c i a d e l a línea
general del m o v i m i e n t o comunista internacional
en l a etapa a c t u a l consiste e n l u c h a r p o r l a paz,
la democracia, l a independencia n a c i o n a l y e l
socialismo.
E l desarrollo cada vez mayor d e l alucha d e
c l a s e s e n e l m u n d o c a p i t a l i s t a contemporáneo
evidencia i r r e f u t a b l e m e n t e l ajusteza d e l a doc-
trina marxista-leninista: l a l u c h a d e l a s clases
es l a f u e r z a m o t r i z d e l a h i s t o r i a e n t o d a s l a s
f o r m a c i o n e s explotadoras. L a l u c h a d e clases
a l c a n z a s u m a y o r a u g e e i n t e n s i d a d e n e l período
de l a sr e v o l u c i o n e s sociales.
1
253
 CAPÍTULO X

LA REVOLUCIÓN SOCIAL

NATURALEZA DE LA REVOLUCIÓN SOCIAL

E n l a h i s t o r i a d e l a s o c i e d a d h a y períodos d e
d e s a r r o l l o p a u l a t i n o y períodos d e t r a n s f o r m a -
c i o n e s r a d i c a l e s r e v o l u c i o n a r i a s d e t o d o e l régi-
m e n s o c i a l . Llámase revolución s o c i a l la trans-
formación radical del régimen social, por medio
de la cual se realiza la transición de una forma-
ción social a otra. P r e c e d e n a l a s r e v o l u c i o n e s
períodos más o m e n o s l a r g o s d e d e s a r r o l l o s o -
c i a l . Así, e n l a h i s t o r i a d e E u r o p a , a n t e s d e l a s
r e v o l u c i o n e s b u r g u e s a s , s e operó u n p r o c e s o d e
sustitución d e l a s dinastías r e a l e s , s e l i b r a b a n
guerras, s e d a b a n golpes palaciegos, l o s princi-
p a d o s y señores f e u d a l e s p e l e a b a n c o n t i n u a m e n -
t e e n t r e sí, hacían l a s p a c e s p a r a v o l v e r a p e -
learse y o t r a v e z hacer las paces. T o d o esto s e
hacía c o n el fin d e a p o d e r a r s e de t i e r r a s , s a -
quear u n palacio vecino, hurtar ganado, ven-
garse del h o n o r u l t r a j a d o , etc. P e r o t o d o s estos
s u c e s o s n o c a m b i a b a n l a e s e n c i a d e l régimen
feudal. A u n q u e estallaban a veces sublevaciones
campesinas, l a sclases d o m i n a n t e s , a p r o v e c h a n -
do l a desorganización de l o s m i s m o s , l a s a p l a s -
taban con crueldad.

255
 P e r o llegó l a época d e g r a n d e s conmociones
s o c i a l e s . E n e l período q u e m e d i a e n t r e e l s i -
g l o x v i y e l X V I I I e l régimen s o c i a l d e l o s p r i n -
c i p a l e s países e u r o p e o s experimentó c a m b i o s
radicales: e l f e u d a l i s m o f u es u s t i t u i d o p o r e l
capitalismo.
L o s ideólogos d e l a burguesía a s c e n d e n t e f u n -
d a m e n t a r o n científicamente e l d e r e c h o d e l p u e -
b l o a h a c e r l a revolución. L o s t r i b u n o s d e l a
Revolución F r a n c e s a d e f i n a l e s d e l s i g l o X V I I I
—Robespierre, Marat y Saint Just— pronuncia-
r o n fogosos discursos e n defensa d e este dere-
c h o . A n t e s a u n , J e a n M e s l i e r , célebre demócrata
r e v o l u c i o n a r i o y c o m u n i s t a utópico, l l a m a n d o a l
p u e b l o a h a c e r l a revolución, escribió: " . . . t r a -
ten d e unirse todos (...) para sacudirse p o r
e n t e r o d e l y u g o d e l a tiránica dominación d e s u s
príncipes y d e s u s r e y e s ; d e r r o q u e n p o r d o q u i e r
estos tronos d e injusticia y d e impiedad, r o m p a n
todas estas cabezas coronadas, c o n f u n d a n e l o r -
g u l l o y l a s o b e r b i a d e t o d o s l o st i r a n o s s u y o s y
n o p e r m i t a n jamás q u e r e i n e n s o b r e u s t e d e s " . 1
T h o m a s Jefferson afirmaba q u e todos l o s h o m -
bres h a n sido creados iguales, que los gobiernos
se i n s t i t u y e n p a r a a s e g u r a r l o s d e r e c h o s inalie-
nables d elos h o m b r e s a l a vida, l a libertad y e l
a n h e l o d e f e l i c i d a d . Exclamó i r a c u n d o q u e c u a n -
do u n a f o r m a dada d e poder se hace funesta
p a r a q u e s e r e a l i c e n e s t o s o b j e t i v o s , l a creación
d e n u e v a f o r m a d e p o d e r , además d e s e r u n
d e r e c h o d e l p u e b l o , e s s u obligación, p a r a g a -
rantizarse l a seguridad y l a felicidad. " E ld e -
sarrollo universal d e l a l u m b r e r a d e l a ciencia
—-escribió J e f f e r s o n — h a r e v e l a d o y a a t o d o s
1
Jean Meslier: Le testament, t. I I I , pp. 377-378, Ams-
terdam, 1864.
256
la v e r d a d indiscutible d e q u e l a s masas d e l a
h u m a n i d a d n oh a n n a c i d o c o n sillas e n sus es-
paldas para que u n o s pocos privilegiados, espo-
leándoles, l a s g o b i e r n e n p o r m e d i o d e l a l e y y
a merced de Dios..."
¡Magníficas p a l a b r a s d e l n o t a b l e ideólogo d e
l a j o v e n república n o r t e a m e r i c a n a ! E l l a s f u n d a -
mentan e l derecho inalienable d e l pueblo a l a
revolución. L o s ideólogos d e l a burguesía a s -
cendente m i r a b a n adelante, llamando a hacer l a
revolución c o n t r a e l régimen f e u d a l p u t r e f a c t o .
A l l l e g a r l a burguesía a l p o d e r y a g u d i z a r s e l a
l u c h a d e c l a s e s , l a s o p i n i o n e s d e l o s ideólogos
burgueses sobre e lderecho del pueblo a l a revo-
lución c a m b i a r o n r a d i c a l m e n t e , a d q u i r i e n d o c a -
rácter r e a c c i o n a r i o . L o s ideólogos d e l a b u r g u e -
sía a g o n i z a n t e h a n v u e l t o l a s e s p a l d a s a l f u t u r o .
A h o r a c o n s i d e r a n q u e l a revolución e s u n fenó-
m e n o a n o r m a l , u n a c a s u a l i d a d , etc., y n i e g a n l a
l e g i t i m i d a d d e las revoluciones sociales, p o r q u e
están l l a m a d a s a d e r r o c a r e l p o d e r d e l a s c l a s e s
de l a sociedad cuyos intereses defienden estos
ideólogos.
Las revoluciones sociales s o n u n a necesidad
histórica, q u e r a d i c a e n l a v i d a económica d e l a
sociedad. L afuente d e l a srevoluciones sociales
es e l c o n f l i c t o e n t r e l a s n u e v a s f u e r z a s p r o d u c -
t i v a s y l a s v i e j a s r e l a c i o n e s d e producción y l a
tarea consiste e n d i r i m i r este conflicto. D e este
m o d o l a revolución n o e s l a "alteración" d e l a
m a r c h a " n o r m a l " d e ldesarrollo d e l a sociedad,
como sostienen l o s enemigos del marxismo-
leninismo, sino u n a f o r m a necesaria del proceso
del desenvolvimiento d e l asociedad clasista.
Las revoluciones n o sehacen por e l deseo d e
los i n d i v i d u o s , grupos, clases, s i n o q u e s e reali-
257
z a n c u a n d o p a r a s u realización h a n madurad»
las condiciones objetivas correspondientes. L e
n e c e s i d a d o b j e t i v a d e l a revolución e n l a s o c i e -
d a d d i v i d i d a e n c l a s e s está c o n d i c i o n a d a p o r e l
hecho d e q u e l a s viejas relaciones d e produc-
ción s o n d e f e n d i d a s p o r l a s c l a s e s d o m i n a n t e s
por medio d e todo u nsistema d e instituciones
políticas, jurídicas y o t r a s , a n t e t o d o p o r m e d i o
del E s t a d o y e lDerecho. P a r a e l i m i n a r estos obs-
táculos e s n e c e s a r i o q u e a l a s v i e j a s f u e r z a s s e
les o p o n g a n fuerzas sociales nuevas. C o m o quie-
r a que l aclase reaccionaria conserva las viejas
r e l a c i o n e s d e producción c o n a y u d a d e l p o d e r
del E s t a d o , l a clase progresista, p a r a s u p r i m i r
l a s v i e j a s r e l a c i o n e s d e producción y a f i a n z a r
otras nuevas, l op r i m e r o que tiene que hacer es
c o n q u i s t a r e l p o d e r político. L a p r o f u n d i d a d d e
los procesos d e l desarrollo d e l a sfuerzas pro-
ductivas provoca, e ndefinitiva, u n a tempestad,
la cual, c o nl a s olas d e l m o v i m i e n t o popular,
e c h a a p i q u e l a v i e j a n a v e d e l p o d e r político
y eleva a nuevas fuerzas sociales. R e s u l t a q u e
l a cuestión d e s i vencerán o n o l a s r e l a c i o n e s
d e producción n u e v a s d e p e n d e , e n f i n d e c u e n -
t a s , d e s i l a c l a s e r e v o l u c i o n a r i a conquistará o
n o e l p o d e r e s t a t a l . P o r e s o , elproblema de la
toma del poder estatal es el problema fundamen-
tal de cualquier revolucién.
E l paso del p o d e r d em a n o s d e l a clase reac-
c i o n a r i a a m a n o s d el a clase progresista s e rea-
liza p o r m e d i o d e u n a e n c o n a d a l u c h a d e clases,
q u e c o nfrecuencia desemboca e ng u e r r a civil.
P e r o l a revolución n o t i e n e q u e p r o v o c a r n e c e -
s a r i a m e n t e l a g u e r r a c i v i l . L a revolución e s l a
f o r m a s u p e r i o r d el a l u c h a d e clases.
258
Las revoluciones tienen radical importancia
e n e l desarrollo d e l a sociedad: a l reflejar e l
c u a d r o r e a l d e l al u c h a d eclases, h a c i e n d o a v a n -
z a r d e g o l p e a l asociedad, d e s c u b r e n e l s e n t i d o
v e r d a d e r o d e d i f e r e n t e s teorías s o c i a l e s y a y u -
d a n a l o s h o m b r e s a d e f i n i r c o n precisión s u
l u g a r e n l a r e a l i d a d histórica. Sólo l a revolución
p u e d e a c a b a r c o n e l régimen s o c i a l r e a c c i o n a r i o
y a f i a n z a r e l régimen p r o g r e s i s t a . E s p r e c i s a -
m e n t e l a revolución q u e p e r m i t e s u p e r a r l a s c o n -
t r a d i c c i o n e s económicas y d e c l a s e , q u e h a n i d o
m a d u r a n d o e n l o s períodos d e l d e s a r r o l l o pací-
fico d el a sociedad. C o n e l ^ e m p u j e d elas r e v o l u -
c i o n e s s e s u p r i m e n l o s obstáculos q u e f r e n a n e l
p r o g r e s o económico, político y c u l t u r a l . L a s c o n -
mociones e n l a vida d e l a sociedad ponen a l
d e s n u d o e l r e v e r s o , p o c o a t r a y e n t e , d e l régimen
caduco. A I v e r este reverso, e l pueblo s e pone
a p e n s a r más p r o f u n d a m e n t e y e m p i e z a a h a c e r
c o n c l u s i o n e s políticas. E s t o c o n s t i t u y e u n i m -
p o r t a n t e estímulo p a r a e l d e s a r r o l l o d e l a c o n -
c i e n c i a política d e l p u e b l o . E l p u e b l o , d u r a n t e
i m lapso d e tiempo, relativamente breve, pone
a l d e s n u d o y s u p r i m e p o r vía práctica l a s c o n -
tradicciones existentes e nl avida d e l a sociedad,
q u e s e h a n i d o a c u m u l a n d o quizás d u r a n t e s i -
g l o s . E n l o s períodos d e l a s r e v o l u c i o n e s s e
d e s p i e r t a c o m o n u n c a l a energía c r e a d o r a d e l a s
m a s a s p o p u l a r e s . E n e l c u r s o d e l a revolución
social, los h o m b r e s q u e l al l e v a n a c a b o s e t e m -
plan, renuevan y enriquecen espiritualmente. Si,
según d i j o M a r x , a l t r a n s f o r m a r l a n a t u r a l e z a
l o s h o m b r e s t r a n s f o r m a n también s u p r o p i a n a -
turaleza, esto e s aplicable e n u n grado a u n
m a y o r a l o s h o m b r e s q u e c a m b i a n e l carácter
de s u srelaciones sociales. S i n revolucionarios
n o h a y revolución. P e r o l a revolución, a s u v e z ,
259
 engendra y perfecciona a l o s revolucionarios.
L o s h o m b r e s e n c u e n t r a n e n sí f u e r z a s y c a p a c i -
dades d elas que n i siquiera sospechaban.
C o m o resultado d e todo esto se acelera enor-
m e m e n t e e l p r o c e s o ue d e s a r r o l l o d e l a s o c i e d a d .
P o r e s o M a r x llamó a l a s r e v o l v c i o n e s l o c o m o -
toras d e l a historia. L a s revoluciones s o n u n
fenómeno g r a n d i o s o , h o r r i p i l a n t e p a r a u n o s , y
d e s e a b l e p a r a o t r o s . E l s e n t i d o histórico d e l a s
revoluciones sociales n o consiste e n ellas m i s -
m a s c o m o tales, sino e nsus consecuencias, e n
lo que traen.
Situación r e v o l u c i o n a r i a e s e l c o n j u n t o d e c o n -
diciones objetivas, independientes de l avoluntad
de los g r u p o s sociales, los p a r t i d o s y las clases,
q u e e x p r e s a l a c r i s i s económica y política d e l
régimen s o c i a l d e q u e s e t r a t e y q u e h a c e c o m -
p l e t a m e n t e p o s i b l e u n a revolución s o c i a l . L e n i n
enseña q u e e n u n a situación r e v o l u c i o n a r i a s o n
característicos l o s s i g u i e n t e s r a s g o s :
1) L a i m p o s i b i l i d a d p a r a l a s c l a s e s d o m i n a n -
t e s d e m a n t e n e r i n m u t a b l e s u dominación: t a l
o cual crisis d e "alto nivel", u n a crisis e n l a
política d e l a c l a s e d o m i n a n t e , q u e o r i g i n a u n a
grieta p o rl a q u e i r r u m p e n e l descontento y l a
indignación d e l a s c l a s e s o p r i m i d a s . P a r a q u e
e s t a l l e l a revolución n o s u e l e b a s t a r q u e " l o s
de abajo n oq u i e r a n " continuar viviendo c o m o
h a s t a e n t o n c e s , s i n o q u e h a c e f a l t a además q u e
"los d earriba n opuedan" seguir viviendo c o m o
h a s t a e n t o n c e s . 2 ) U n a agravación, s u p e r i o r a l a
habitual, d el a miseria y d elos sufrimientos d e
l a s c l a s e s o p r i m i d a s . 3 ) U n a intensificación c o n -
siderable, p o r estas causas, d e l a actividad d e
las masas, que e n t i e m p o d e"paz" s edejan ex-
260
p o l i a r t r a n q u i l a m e n t e ; p e r o q u e e n épocas t u r -
bulentas son empujadas, tanto por toda l a situa-
ción d e c r i s i s , como por los mismos de arriba,
a u n a acción histórica i n d e p e n d i e n t e .
S i n e s t o s c a m b i o s o b j e t i v o s , n o sólo i n d e p e n -
dientes d e l av o l u n t a d d e los distintos grupos y
p a r t i d o s , s i n o también d e l a v o l u n t a d d e l a s d i f e -
r e n t e s c l a s e s , l a revolución e s , p o r r e g l a g e n s -
ral, imposible. 2
S i n situación r e v o l u c i o n a r i a , l a revolución e s
i m p o s i b l e . P e r o n o t o d a situación r e v o l u c i o n a r i a
d e s e m b o c a e n revolución. T . a o r i g i n a sólo l a s i -
tuación e n l a c u a l a l a s c o n d i c i o n e s o b j e t i v a s s e
s u m a e l f a c t o r s u b j e t i v o . E n s u análisis d e l a s
r e g u l a r i d a d e s d e l a revolución, L e n i n llegó a l a
conclusión d e q u e c u a n d o e x i s t e n t o d a s l a s p r e -
misas objetivas necesarias, e l factor subjetivo
a p a r e c e c o m o f u e r z a d e c i s i v a . L e n i n concedía
muchísima i m p o r t a n c i a a l o s a s p e c t o s d e l f a c t o r
subjetivo c o m o fuerzas morales d e l a s clases
r e v o l u c i o n a r i a s , l a comprensión d e l o s o b j e t i v o s
y l a s t a r e a s d e l a revolución p o r l a s c l a s e s q u e
l u c h a n . C o m o v e m o s , l a revolución s u r g e c u a n d o
a l a scausas objetivas s e adicionan l a disposi-
ción y l a c a p a c i d a d d e l a c l a s e r e v o l u c i o n a r i a d e
realizar acciones revolucionarias masivas, l o su-
ficientemente fuertes como para derrocar e l
v i e j o régimen q u e , c o m o indicó L e n i n , jamás
"caerá" s i n o l e " h a c e n c a e r " . L a decisión d e l a
clase o b r e r a y s u f i r m e v o l u n t a d d e hacer rea-
lidad s u consigna "antes m o r i r q u e capitular'"
s o n , según d i j o L e n i n , n o sólo f a c t o r e s históri-
c o s , s i n o también d e c i s i v o s .
2 V . I . L e n i n : O b r a s , 5* ed. en ruso, t. 26, pp. 218-219.
261
 CARACTER Y FUERZAS MOTRICES
DE LA REVOLUCION
L a s r e v o l u c i o n e s s e d i s t i n g u e n p o r s u carác-
t e r y s u s f u e r z a s m o t r i c e s . E l carácter d e l a
revolución d e p e n d e d e l a c l a s e q u e s u b a a l p o d e r
y s e c o n v i e r t a e n l a f u e r z a política d o m i n a n t e
e n l a s o e i e d a d y e n l a s r e l a c i o n e s d e producción
que s e establezcan a consecuencia d e l a revo-
lución. ,
L a s f u e r z a s m o t r i c e s d e l a revolución s o n l a s
clases sociales q u el a l l e v a n a c a b o , l u c h a n c o n -
t r a l a s v i e j a s c l a s e s reaccionarías y a b r e n e l
c a m i n o para e l desarrollo d enuevas relaciones
d e producción más p r o g r e s i s t a s . U n a d e l a s
c l a s e s q u e h a c e l a revolución e s d i r i g e n t e , q u e
l l e v a t r a s sí a t o d a s l a s o t r a s c l a s e s y g r u p o s
sociales q u ep a r t i c i p a n e n ella. L a sfuerzas m o -
t r i c e s d e l a revolución y l a c l a s e q u e l a d i r i g e
d e p e n d e n , a n t e t o d o , d e l carácter d e l a r e v o l u -
ción y también d e l a s c o n d i c i o n e s históricas c o n -
c r e t a s e n q u e ésta s e r e a l i z a , así c o m o d e l a
correlación d e f u e r z a s s o c i a l e s e n e l período d e
que se trate.
L a época d e l a s r e v o l u c i o n e s b u r g u e s a s e s e l
período d e l d e s a r r o l l o d e l a s o c i e d a d e n q u e s e
h u n d e e lfeudalismo y s eafianza e l capitalismo.
C o m o r e s u l t a d o d e l a revolución b u r g u e s a , e l
p o d e r , d e l E s t a d o p a s a d e l o s señores f e u d a l e s ,
l o s t e r r a t e n i e n t e s y l a n o b l e z a a l a burguesía o
a u n a coalición d e b u r g u e s e s y t e r r a t e n i e n t e s .
" L a revolución b u r g u e s a tenía u n a s o l a misión:
barrer, arrojar, r o m p e r todas l a sataduras d e l a
sociedad anterior. A l c u m p l i r esta tarea, toda
262
revolución b u r g u e s a c u m p l e c o n t o d o l e q u e d e
ella s e exige: intensificar e l desarrollo d e l capi-
talismo." 8
L a revolución b u r g u e s a e s t a l l a a c o n s e c u e n c i a
del conflicto irreconciliable entre l a s nuevas
f u e r z a s p r o d u c t i v a s , más d e s a r r o l l a d a s , y l a s r e -
l a c i o n e s d e producción f e u d a l e s y d e s e r v i d u m -
bre caducas, q u eseh a n convertido e n e l freno
que i m p i d e e l desarrollo d e l a sociedad. Este
c o n f l i c t o , surgid© e n l a b a s e económica, s e c o n -
vierte e n contradicciones acentuadas entre l a
burguesía n a c i e n t e y l a c l a s e d e l o s t e r r a t e n i e n -
tes a g o n i z a n t e . C o m o q u i e r a q u e l a s r e l a c i o n e s
d e producción c a p i t a l i s t a s s u r g e n e n e l s e n o d e l
f e u d a l i s m o , e l o b j e t i v o p r i n c i p a l d e l a revolución
burguesa es l aconquista del poder p o rl a bur-
guesía.
E n l a revolución b u r g u e s a , a l a p a r c o n e l
campesinado, t o m a n p a r t e l a s clases relaciona-
d a s c o n l a economía c a p i t a l i s t a n a c i e n t e : l a b u r -
guesía, l a pequeña burguesía d e l a c i u d a d y e l
proletariado naciente. L afuerza dirigente d e l a
revolución b u r g u e s a e s l a burguesía, q u e agrupó
al c a m p e s i n a d o , los artesanos, e lp r o l e t a r i a d o d e
l a c i u d a d y conquistó, c o n s u a y u d a , e l p o d e r .
Entre l a srevoluciones burguesas se distin-
g u e n s o b r e t o d o l a s r e v o l u c i o n e s democrático-
burguesas. L a especificidad d e las revoluciones
d e e s t e género c o n s i s t e , según d i j o L e n i n , e n q u e
e n e l l a s " l a m a s a d e l p u e b l o , l a mayoría d e éste,
l a s 'más b a j a s c a p a s ' s o c i a l e s , a p l a s t a d a s p o r e l
y u g o y l a explotación, levantáronse p o r p r o p i a
iniciativa, e s t a m p a r o n e n todo e l curso d e l a
8
V. I . L e n i n : O b r a s escogidas, en tres tomos, t. 2,
p. 615, Moscú, 1966.
263

revolución e l s e l l o d e sus r e i v i n d i c a c i o n e s , d e sus
intentos d econstruir a s u m o d o u n a nueva so-
c i e d a d e n l u g a r d e l a s o c i e d a d v i e j a q u e querían
destruir". 4
L a s r e v o l u c i o n e s b u r g u e s a s s o n u n fenómeno
históricamente n e c e s a r i o y p r o g r e s i s t a . E l l a s h a n
abierto u namplio horizonte para e l desarrollo
de l a s fuerzas productivas d e l a sociedad. E l
capitalismo, habiendo desarrollado d em o d o gi-
gantesco l a sfuerzas productivas d el a sociedad,
s e convirtió p o s t e r i o r m e n t e e n u n g r a n obstácu-
lo e n e lcamino del progreso social. E l conflicto
surgido entre l a sfuerzas productivas y l a s rela-
c i o n e s d e producción, q u e s e acentúa c o n t i n u a -
m e n t e , planteó c o n t o d a i n t e n s i d a d a n t e l a h u -
m a n i d a d l a tarea d er o m p e r l a e n v o l t u r a capita-
lista q u e frenaba e l desenvolvimiento natural
de l a sociedad, l i b e r a r l a s fuerzas p r o d u c t i v a s
creadas c o nl a sm a n o s d e l p u e b l o y a p r o v e c h a r
s u desarrollo, n oobstaculizado p o r nada, e n bien
de toda l a sociedad.
• •
REVOLUCION SOCIALISTA,
TIPO SUPERIOR DE REVOLUCIÓN
L a revolución s o c i a l i s t a —transformación d e l
m u n d o sobre l o s principios d e l triunfo d e l o s
i n t e r e s e s c o m u n e s d e l p u e b l o — e s e l único m e -
dio q u e tienen l o s trabajadores para liberarse
d e l a explotación y e l y u g o n a c i o n a l d e l p a r o
'•* V . I . L e n i n : O b r a s escogidas, e n t r e s t o m o s , t . 2,
p . 327, Moscú, 1966.
264
forzoso y l amiseria. S u sfuerzas motrices s o n
las m a s a s trabajadoras explotadas, c o n l a clase
o b r e r a a l frente, clase cuyos intereses se funden
c o n l o s i n t e r e s e s d e l a a p l a s t a n t e mayoría d e l a
sociedad.
L a revolución s o c i a l i s t a e s t o d a u n a época d e
supresión d e l c a p i t a l i s m o y a f i a n z a m i e n t o d e l
s o c i a l i s m o e n l o s t e r r e n o s político, económico
y c u l t u r a l . " L a revolución s o c i a l i s t a n o e s u n
s o l o acto, n iu n a sola b a t a l l a e n u n solo fren-
t e , s i n o t o d a u n a época d e a g u d o s c o n f l i c t o s
de clase, u n a serie larga d e batallas e n todos
los frentes, es decir, e n todos l o s problemas
d e l a economía y l a política." E n u n s e n t i d o
5
más r e s t r i n g i d o e s u n a c o n q u i s t a d i r e c t a d e l
p o d e r p o r e l p r o l e t a r i a d o , u n a revolución p o -
lítica, q u e t i e n e i n m e n s a i m p o r t a n c i a , p e r o c o n
l a q u e q u e d a a g o t a d a l a revolución s o c i a l i s t a :
e s sólo s u c o m i e n z o , s u p u n t o d e p a r t i d a .
L a revolución s o c i a l i s t a s e d i f e r e n c i a d e m o d o
radical d e todas l a s revoluciones sociales ante-
r i o r e s . E l l a p r o d u c e l o s c a m b i o s más p r o f u n d o s
e n l a v i d a d el o spueblos. L a srevoluciones ante-
r i o r e s s e l i m i t a r o n a c a m b i a r e l p o d e r político,
a ponerlo e n correspondencia c o n las nuevas
r e l a c i o n e s económicas y a s u r g i d a s , p e r o n o c u m -
p l i e r o n l a s t a r e a s d e l a creación d e n u e v a s r e l a -
c i o n e s económicas. P o r e s o , l a s r e v o l u c i o n e s
anteriores s ecaracterizan p r i n c i p a l m e n t e p o r s u
a s p e c t o d e s t r u c t o r . L a revolución s o c i a l i s t a s e
caracteriza, a n t e todo, p o r s u sprincipios crea-
d o r e s : s u misión s u p r e m a c o n s i s t e e n e s t a b l e c e r
la f o r m a social d el a propiedad y d elas relacio-
* V. I . Lenin: Obras completas, ed. en ruso, t. 22,
p. 133.
265
n e s d e producción s o c i a l i s t a s . T o d a s l a s r e v o l u -
c i o n e s p r e c e d e n t e s sólo s u s t i t u y e r o n u n a f o r m a
de p r o p i e d a d p r i v a d a p o ro t r a distinta, u n a
f o r m a d es o j u z g a m i e n t o d e los t r a b a j a d o r e s p o r
otra diferente, pero n o se plantearon l a tarea
d e s u p r i m i r l a explotación e n g e n e r a l . L a r e v o -
lución s o c i a l i s t a está o r i e n t a d a c o n t r a t o d a e x -
plotación d e l h o m b r e p o r e l h o m b r e , c o n t r a t o -
das l a sf o r m a s d e propiedad privada d e l o s
m e d i o s d e producción.
A diferencia d e l a srevoluciones anteriores,
q u e sólo a t r a j e r o n p o r c i e r t o t i e m p o a l a s m a s a s
p o p u l a r e s , l a revolución s o c i a l i s t a u n e f i r m e -
m e n t e y p o rlargo t i e m p o e n t o r n o a l a clase
o b r e r a a las a m p l i a s capas d etrabajadores y las
f u e r z a s democráticas p a r a l u c h a r p o r e l s o c i a -
lismo.
L a cuestión f u n d a m e n t a l d e l a revolución s o -
c i a l i s t a e s l a c o n q u i s t a d e l p o d e r político p o r
el proletariado y s ua f i a n z a m i e n t o y desarrollo
sucesivos. E l p r o b l e m a d el a t o m a del p o d e r del
E s t a d o e s e l p r o b l e m a básico d e l a revolución,
porque sin e l dominio d e l o s resortes d e l go-
bierno del Estado esimposible realizar u n a revo-
lución económica o e n c a u z a r p o r u n d e r r o t e r o
nuevo toda l a vida d el a sociedad.
L o s f u n d a m e n t o s d e l a teoría d e l a revolución
socialista fueron elaborados por M a r x y Engels,
que descubrieron l a scontradicciones irreconci-
l i a b l e s e n t r e l a burguesía y l a c l a s e o b r e r a y
l l e g a r o n a l a conclusión d e q u e l a acentuación
de estas contradicciones debe c o n d u c i r a l a
revolución s o c i a l i s t a . E n l a época e n q u e M a r x
y E n g e l s e l a b o r a r o n l a teoría d e l a revolución
socialista, e lcapitalismo estaba e n l a fase d e s u
266
f l o r e c i m i e n t o . E r a l a época d e l c a p i t a l i s m o a s -
c e n d e n t e , q u e s e d e s a r r o l l a b a d e u n m o d o más
o m e n o s igual/Partiendo d eesto, M a r x y Engels
s u p u s i e r o n q u e l a revolución s o c i a l i s t a s e r e a U -
¿aría simultáneamente e n t o d o s l o s países c i v i -
lizados, es decir, p o rl o menos, e n Inglaterra,
Estados Unidos, Francia y Alemania.*
L e n i n , s i n t e t i z a n d o l a experiencia d e l desen-
v o l v i m i e n t o económico y político d e l a f a s e y a
i m p e r i a l i s t a d e desarrollo d e lcapitalismo, mos-
tró q u e b a j o e l i m p e r i a l i s m o l o s países c a p i t a -
listas s e desarrollan d eu n m o d o desigual: unos
países, a n t e s a t r a s a d o s , a l c a n z a b a n y s e a d e l a n -
t a b a n e n e l a s p e c t o económico a l o s a v a n z a d o s .
Se altera e l equilibrio internacional d e fuerzas,
surgen conflictos, se libran guerras p o re l re-
parto d e lm u n d o . E l capitalismo se desarrolla
de u n m o d o e x t r e m a d a m e n t e desigual e nlos dis-
t i n t o s países. P o r e s o e l s o c i a l i s m o n o p u e d e
v e n c e r a l m i s m o t i e m p o e n t o d o s l o s países. Éste
vencerá p r i m e r o e n u n o o v a r i o s países.
REVOLUCIÓN SOCIALISTA COMO PROCESO
REVOLUCIONARIO MUNDIAL
L a revolución s o c i a l i s t a n o e s u n fenómeno
estrictamente nacional; es u nproceso mundial,
i n t e r n a c i o n a l . E l t r i u n f o d e l a revolución s o c i a -
l i s t a e n u n s o l o país e s l a p r e m i s a y l a b a s e d e l
desenvolvimiento d e l a revolución s o c i a l i s t a
• C . Marx y F . Engels: O b r a s , ed. en ruso. t. 4, p. 334.
267
c o m o m o v i m i e n t o m u n d i a l d e liberación. E s t o
n o s i g n i f i c a , n i m u c h o m e n o s , q u e l a revolución
s o c i a l i s t a , a l c o n q u i s t a r l a v i c t o r i a d e u n país,
s e e x p o r t e l u e g o a o t r o s países. L a s r e v o l u c i o n e s
n o s e i m p o n e n e n general a los pueblos; ellas
m a d u r a n e n e l s e n o d e l país d e q u e s e t r a t a
debido, ante todo, a las contradicciones internas.
A n t e s , e l único f a c t o r q u e revolucionó a l a s
masas populares eran los vicios y las contradic-
c i o n e s d e l m u n d o burgués. A h o r a s e s u m a a e s t e
f a c t o r e l e j e m p l o d e l o s países s o c i a l i s t a s , e l
i n c r e m e n t o d e s u p o t e n c i a económica y política.
C u a n d o l a revolución s o c i a l i s t a s e realizó sólo
e n R u s i a , l o s ideólogos d e l a burguesía a f i r m a -
r o n q u e e r a u n caso excepcional, q u e n o se repe-
tiría. P e r o p a s a r o n u n o s p o c o s d e c e n i o s y l a s
revoluciones socialistas a n u n c i a r o n e l nacimien-
t o d e l m u n d o n u e v o e n l o s países d e E u r o p a y
Asia. Entonces s e oyeron voces a f i r m a n d o que
e n e l h e m i s f e r i o o c c i d e n t a l e s t o n o sucedería.
Pero l o sacontecimientos producidos e n C u b a
h a n hecho rodar por tierra estos vaticinios. E n
l a a c t u a l i d a d , l a revolución s o c i a l i s t a s e a b r e
p a s o c o m o f o r m a d e manifestación d e u n a r e g u -
l a r i d a d histórica importantísima, c o m o u n m e d i o
necesario d en a c i m i e n t o d eu n m u n d o n u e v o .
E l i m p e r i a l i s m o e s u n a e s p e c i e d e pirámide
gigantesca; s u base s o n los pueblos sojuzgados
d e l m u n d o , y s u c i m a , u n pequeño g r u p o d e
potencias imperialistas. L o spueblos d e Asia,
África, América L a t i n a y Oceanía, a p l a s t a d o s
p o r u n e n o r m e p e s o d e explotación, e s t u v i e r o n
m u c h o t i e m p o d e s u n i d o s políticamente e i n e r -
mes e n todos los aspectos ante sus opresores.
L a m o n s t r u o s a explotación d e l a s c o l o n i a s y
l o s países d e p e n d i e n t e s p o r p a r t e d e l o s E s t a d o s
268
i m p e r i a l i s t a s h a p r o v o c a d o l a l u c h a d e liberación
d e l o s p u e b l o s s u b y u g a d o s c o n t r a s u s opresores»
por l aindependencia nacional.
Si e l imperialismo aplasta l a independencia*
nacional y l a libertad d e los pueblos, e l surgi-
m i e n t o del socialismo h a m a r c a d o el advenimien-
t o d e l a e r a d e l a emancipación d e l o s países
coloniales y dependientes. U n a potente ola d e
r e v o l u c i o n e s d e liberación n a c i o n a l b a r r e e l s i s -
t e m a c o l o n i a l . Sólo e n l o s años s u b s i g u i e n t e s a
la S e g u n d a G u e r r a M u n d i a l e l m o v i m i e n t o d e
liberación n a c i o n a l " h a h e c h o c a e r l o s regímenes
c o l o n i a l e s e n l a a p l a s t a n t e mayoría d e l o s países
s o j u z g a d o s p o r l o s i m p e r i a l i s t a s . L a geografía
política d e n u e s t r o p l a n e t a h a s u f r i d o g r a n d e s
c a m b i o s e n e s e t i e m p o : h a n a p a r e c i d o más d e
50 nuevos Estados nacionales. E n e l flujo del
m o v i m i e n t o d e liberación n a c i o n a l , q u e s e h a
extendido a tres continentes y h a arrastrado m u -
chas decenas d e pueblos, se forja e l destino d e
casi l a m i t a d d e l a h u m a n i d a d .
¿Cuál e s , p u e s , l a e s e n c i a s o c i a l y l a s t a r e a *
f u n d a m e n t a l e s d e l a revolución d e liberación
nacional?
E l c o n t e n i d o económico y político d e l a s r e v o -
l u c i o n e s d e liberación n a c i o n a l c o n s i s t e n o sólo
e n l i q u i d a r e l y u g o c o l o n i a l , s i n o también e n
p o n e r e n práctica t r a n s f o r m a c i o n e s a g r a r i a s r a -
d i c a l e s c o n l a participación d e t o d o e l c a m p e s i -
n a d o y e n b e n e f i c i o d e éste, e n c r e a r l a i n d u s t r i a
nacional, democratizar la vida social, consolidar
l a i n d e p e n d e n c i a política y a p l i c a r u n a política
e x t e r i o r pacífica. L a s r e v o l u c i o n e s d e liberación
nacional e nl aetapa a c t u a l d e s u desarrollo n o
culminan con l aconquista de l a independencia
269
política y l a fundación d e l E s t a d o n a c i o n a l . S e
desarrollan e n todos los aspectos, alcanzando e l
n i v e l d e l u c h a p o r l a emancipación económica
d e l i m p e r i a l i s m o , p o r s u p r i m i r s u c o n t r o l eco-
nómico, y sólo s o b r e e s t a b a s e a l c a n z a n i n d e -
p e n d e n c i a política v e r d a d e r a .
U n rasgo m u y i m p o r t a n t e d e las actuales re-
v o l u c i o n e s d e liberación n a c i o n a l e s l a c r e c i e n t e
unidad d e los pueblos oprimidos, l a compren-
sión p o r e l l o s d e l a c o m u n i d a d d e s u s i n t e r e s e s
y e l 5 S t a b l e c i m i e n t o d e e s t r e c h o s vínculos e n t r e
los m i s m o s . E l m o v i m i e n t o d e solidaridad afro-
asiática, e l m o v i m i e n t o p o r l a u n i d a d a f r i c a n a
y árabe, l a a y u d a d e l o s E s t a d o s i n d e p e n d i e n t e s
d e África a o t r o s p u e b l o s , q u e todavía n o s e h a n
liberado del yugo del colonialismo, l a aspira-
ción a c o o r d i n a r l a política económica d e l o s
países e m a n c i p a d o s , e t c . , e v i d e n c i a n q u e l a l u c h a
de c a d a p u e b l o p o r separado c o n s t i t u y e u n esla-
bón d e l a c a d e n a única d e l a revolución d e l i b e -
ración n a c i o n a l o r i e n t a d a c o n t r a t o d o e l s i s t e m a
del imperialismo.
E l m o v i m i e n t o d e liberación n a c i o n a l d e n u e s -
t r a época s e d i s t i n g u e p o r s u aspiración a l o s
ideales del socialismo. Las ideas del socialismo
a r r a i g a n e n l a m e n t e y e l corazón d e l o s p u e b l o s
o p r i m i d o s y e s t a m p a n su sello e n la l u c h a liber-
t a d o r a . E s s i g n i f i c a t i v o q u e d e 3 6 países i n d e -
p e n d i e n t e s a f r i c a n o s , más d e 1 0 h a y a n d e c l a r a d o
que e l socialismo es su doctrina estatal oficial.
N o obstante, esto n o significa que el m o v i m i e n t o
d e liberación n a c i o n a l s e a , p o r s u carácter p r o -
letario, socialista.
L a s c o l o n i a s y l o s países d e p e n d i e n t e s p u e d e n
l u c h a r c o n éxito p o r S u liberación sólo e n unión
270
con e l sistema m u n d i a l del socialismo, con el
movimiento obrero internacional.
E l carácter y c o n t e n i d o d e l p r o c e s o r e v o l u c i o -
n a r i o m u n d i a l e n l a época contemporánea s o n
d e t e r m i n a d o s p o r l a fusión, e n u n a f u e r z a única
de l u c h a c o n t r a e li m p e r i a l i s m o , d e los p u e b l o s
que construyen e l socialismo y e l c o m u n i s m o ,
el m o v i m i e n t o r e v o l u c i o n a r i o d e l a clase o b r e r a
d e l o s países c a p i t a l i s t a s y l a l u c h a d e liberación
nacional de los pueblos o p r i m i d o s . E n esta alian-
za d e l o s p u e b l o s y l a s f u e r z a s r e v o l u c i o n a r i a s
que l u c h a n c o n t r a e li m p e r i a l i s m o e l p a p e l deci-
s i v o l o desempeñan l a c l a s e o b r e r a i n t e r n a c i o n a l
y l a o b r a p r i n c i p a l d e ésta: e l s i s t e m a m u n d i a l
del socialismo.
E n las condiciones actuales, e l socialismo s e
g a n a e l corazón y l a m e n t e d e l o s p u e b l o s d e l
m u n d o n o sólo g r a c i a s a s u s i d e a s y p r i n c i p i o s ,
sino, ante todo, m e r c e d a sus grandes y acerta-
das o b r a s , s u e j e m p l o v i v o , y s u f u e r z a e s direc-
t a m e n t e p r o p o r c i o n a l a l o s éxitos q u e o b t i e n e
e n l a creación económica y c u l t u r a l .
Así, p u e s , l a s r e g u l a r i d a d e s f u n d a m e n t a l e s d e l
d e s m o r o n a m i e n t o del s i s t e m a c o l o n i a l e n s u eta-
p a c u l m i n a n t e s o n : l a t e n d e n c i a d e l o s países,
sojuzgados antes p o r el i m p e r i a l i s m o , a conquis-
t a r l a c o m p l e t a i n d e p e n d e n c i a política y econó-
mica, l atendencia a establecer distintas f o r m a s
de u n i d a d d e l o s p u e b l o s i n c r e m e n t a n d o s u s
vínculos c o n e l s i s t e m a m u n d i a l d e l s o c i a l i s m o ,
c o m o l a única vía r e a l d e l a supresión d e l a
preponderancia imperialista, la tendencia d e los
países e m a n c i p a d o s a e m p r e n d e r l a s e n d a d e l
desarrollo n o capitalista, porque e nlas condi-
c i o n e s d e l a época m o d e r n a e s i m p o s i b l e p r o -
gresar, s i n a v a n z a r h a c i a e l s o c i a l i s m o .
271

L a s r e v o l u c i o n e s d e liberación n a c i o n a l están
llamadas p o rl ahistoria a desbrozar e l camino
a l s o c i a l i s m o ; están o r i e n t a d a s c o n t r a e l i m p e -
rialismo. L e n i n sostenía q u e " e n l a s b a t a l l a s
d e c i s i v a s v e n i d e r a s d e l a revolución m u n d i a l ,
e l m o v i m i e n t o d e l a mayoría d e l a población d e l
g l o b o terráqueo, o r i e n t a d o e n u n p r i n c i p i o a l a
liberación n a c i o n a l s e volverá c o n t r a e l c a p i t a -
lismo y elimperialismo". 7
VÍA DE DESARROLLO NO CAPITALISTA
Los pueblos liberados ingresan e ne l extenso
ámbito d e l a creación histórica. C o n q u i s t a d a l a
i n d e p e n d e n c i a política, p a r a m u c h o s p u e b l o s s e
plantea l atarea d e elegir e l c a m i n o d e s u ulte-
rior desarrollo. M e d i t a n con toda seriedad sobre
qué l e s p u e d e d a r l a e x p e r i e n c i a d e l o s países
q u e s e l e s h a n a d e l a n t a d o e n e l- d e s a r r o l l o eco-
nómico.
L a esencia d e este p r o b l e m a consiste e n l osi-
g u i e n t e : ¿deben,todos l o s p u e b l o s p a s a r p o r l a
fase c a p i t a l i s t a d e d e s a r r o l l o antes d e abrazar
la s e n d a d e l s o c i a l i s m o ?
¿Qué p u e d e p r o p o r c i o n a r e l c a p i t a l i s m o a l o s
pueblos?
El capitalismo es el camino de sufrimientos
d e l p u e b l o . N o p u e d e a s e g u r a r u n d e s a r r o l l o rá-
p i d o d e l a economía n i l a liquidación d e l a m i
7
V. T. Lenin: O b r a s c o m p l e t a s , ed. en ruso, t. 44, p. 38^
272
seria. S udesarrollo d u r a n t e siglos h a i m p l i c a d o
s i e m p r e l a acentuación d e l a d e s i g u a l d a d s o c i a l .
E l c a p i t a l i s m o n o está e n c o n d i c i o n e s d e p r o p o r -
cionar trabajo a todos l o shombres. B a j o e l ca-
pitalismo poca gente puede gozar d e l o s bienes
de l a c u l t u r a .
¿Y qué e s l o q u e h a d a d o e l s o c i a l i s m o a l o s
pueblos?
E l socialismo supone l a libertad y felicidad
p a r a l o spueblos. C o m o l oh a d e m o s t r a d o i a ex-
p e r i e n c i a d e l a Unión Soviética, e l s o c i a l i s m o
a s e g u r a u n rápido a u g e d e l a economía; l a R u -
s i a z a r i s t a , u n país agrícola a t r a s a d o e n e l p a s a -
do, s e h aconvertido e npocos decenios e n u n
E s t a d o industrial d ep r i m e r orden, c o n l a parti-
cularidad d e q u e nadie l e h a prestado nunca
ayuda, sino, p o re lcontrario, l e h a n molestado
y f r e n a d o s u d e s a r r o l l o económico.
El socialismo barre de l afaz d e l a tierra l a
explotación d e l h o m b r e p o r e l h o m b r e y o t o r g a
a t o d o s l o s h o m b r e s d e r e c h o s políticos i g u a l e s .
E l s o c i a l i s m o ofrece a los h o m b r e s l an o b l e p o -
sibilidad d etrabajar para e lbien d e toda l a so-
ciedad y ,c o nello, e n b i e n suyo.
L o s d o c u m e n t o s programáticos d e l m o v i m i e n -
to c o m u n i s t a i n t e r n a c i o n a l h a nenunciado u n
p o s t u l a d o teórico m u y i m p o r t a n t e s o b r e l a p o -
sibilidad d el o sEstados y los pueblos atrasados
c o n r e s p e c t o a l o s países d e s a r r o l l a d o s e n e l a s -
p e c t o socioeconómico, d e e m p r e n d e r e l c a m i n o
n o c a p i t a l i s t a d e d e s a r r o l l o . E s t a cuestión e s
p a r t e i n t e g r a n t e d e u n p r o b l e m a más g e n e r a l d e
l a s vías y p r o c e d i m i e n t o s d e i n f l u e n c i a d e l o s
m o d o s p r o g r e s i s t a s d e producción s o c i a l e n l o s
p u e b l o s a t r a s a d o s e n s u d e s a r r o l l o socioeconó-
mico.
273
 E l d e s a r r o l l o n o c a p i t a l i s t a d e l o s países l i b e -
r a d o s , además d e s e r f a c t i b l e , e s n e c e s a r i o : l o
d a d d e l a burguesía l o c a l , d e l a pequeña p r o d u c -
i m p o n e i m p e r i o s a m e n t e l a lógica o b j e t i v a d e l a
ción, l a artesanía y e l pequeño c o m e r c i o . E n
vida. L a existencia d e l sistema d e l socialismo,
e s t o s países, a u n q u e l e n t a m e n t e , s e d e s a r r o l l a
s u a y u d a económica y s u a p o y o m o r a l f a c i l i t a n
la i n d u s t r i a , g r a c i a s a l o c u a l a u m e n t a l a c l a s e
a l o s países a t r a s a d o s e n e l a s p e c t o económico
obrera, superando e l crecimiento d e l a burgue-
la p o s i b i l i d a d d e d a ru ngigantesco s a l t o e n s u
sía n a c i o n a l . S e t r a t a d e u n a c i r c u n s t a n c i a m u y
d e s e n v o l v i m i e n t o , e v i t a r l a f a s e d ed e s a r r o l l o ca-
i m p o r t a n t e e n l a distribución d e l a s f u e r z a s d e
pitalista, t a n d o l o r o s a p a r a l o spueblos. Pero
c l a s e e n l o s países q u e e m e r g e n , q u e s e d i s t i n -
e s t a p o s i b i l i d a d p u e d e s e r r e a l n o automática-
g u e d e l a distribución d e d i c h a s f u e r z a s e n l o s
mente, sino como resultado d e l alucha de las
países c a p i t a l i s t a s d e s a r r o l l a d o s . P a r a e l a b o r a r
fuer/as progresistas d e l a sociedad contra l a s
u n a e s t r a t e g i a y u n a táctica a c e r t a d a s d e l m o v i -
f u e r z a s d e l a reacción i n t e r i o r y e x t e r i o r . L a vía
miento comunista internacional tiene m u c h a im-
n o c a p i t a l i s t a d e d e s a r r o l l o e s p o s i b l e únicamen-
p o r t a n c i a t o m a r e n consideración e s t e r a s g o e s -
t e s i s e c u e n t a c o n c o n d i c i o n e s políticas c o r r e s -
pecífico. E l d e s a r r o l l o d e l a c l a s e o b r e r a q u e
p o n d i e n t e s , q u e g u a r d e n e s t r e c h a relación c o n
a v e n t a j a e l c r e c i m i e n t o d e l a burguesía n a c i o n a l
l a institución d e E s t a d o d e d e m o c r a c i a n a c i o n a l .
ejercerá i n d u d a b l e m e n t e g r a n i n f l u e n c i a n o sólo
Eñ e l P r o g r a m a d e l P C U S s e d a u n a caracterís-
s o b r e e l d e s t i n o d e e s t o s países, s i n o también
tica general d e lE s t a d o d e democracia nacional,
sobre l a sperspectivas d e l desenvolvimiento so-
el c u a l s e define c o m o E s t a d o n a c i o n a l indepen-
cial d e t o d a l a h u m a n i d a d .
diente y soberano, que defiende consecuentemen-
t e l a i n d e p e n d e n c i a política y l u c h a c o n t r a e l
imperialismo y sus bloques militares, contra las
n u e v a s f o r m a s d e l c o l o n i a l i s m o y l a penetración
del capital i m p e r i a l i s t a . E l E s t a d o d e democra-
VIA PACIFICA Y NO PACIFICA
cia nacional asegura a l pueblo a m p l i o s derechos
r DE LA REVOLUCION
democráticos y l a participación d e t o d a s l a s c l a -
s e s y c a p a s d e l a población e n l a determinación
d e l a política d e l E s t a d o . B r i n d a l a p o s i b i l i d a d
E n l a historia d e l a h u m a n i d a d han tenido
y a s e g u r a l a realización d e l a s t r a n s f o r m a c i o n e s
Uígar m u c h a s c o l i s i o n e s políticas m u y a g u d a s
sociales e nbeneficio d e l o s t r a b a j a d o r e s .
v revoluciones sangrientas. Estadistas, gobier-
L a a p l a s t a n t e mayoría d e l o s h a b i t a n t e s d e l o s nos y partidos h a n sido derrocados, y "otros s u
países a t r a s a d o s e n s u d e s a r r o l l o económico s o n b i e r o n . H e c h o s históricos d e lá v i o l e n c i a h a n
los campesinos, q u e generalmente viven e n l a s e n g e n d r a d o l a ilusión d e q u e l a v i o l e n c i a p o l i
condiciones d e l a agricultura comunal. Muchos t i c a e s u n a e s p e c i e d e p a l a n c a d e Arquímedes
d e e l l o s l l e v a n u n a economía n a t u r a l . E l c a p i t a l con cuya ayuda l o sacontecimientos d e l a vida
extranjero h a restringido l a esfera d e l a activi- s o c i a l p u e d e n v o l v e r s e e n l a dirección q u e s e
q u i e r a . Sucedió qué l a s c l a s e s a v a n z a d a s d e l a
274
275

s o c i e d a d , e x p r e s a n d o espontánea o c o n s c i e n t e -
m e n t e las tendencias objetivas del desarrollo d e
l a h u m a n i d a d , s e veían f o r z a d a s a r e c u r r i r c a d a
v e z a l a violencia revolucionaria para desbrozar
las obstrucciones d e l ah i s t o r i a d e f o r m a s anti-
cuadas d e l avida y abrir e l camino a l a s fuer-
zas nuevas, progresistas. " L a fuerza e s l a coma-
drona d e toda sociedad vieja q u elleva e n s u s
entrañas o t r a n u e v a . " 8
Las clases revolucionarias h a n recurrido a l o s
m e d i o s d e violencia debido a l a f u r i o s a resis-
tencia d e las clases agonizantes d e l a sociedad:
" C u a n t a s m e n o s probabilidades tiene l aclase o
l a c a p a s o c i a l d a d a d e d e f e n d e r s u dominación,
t a n t o más p r o p e n s a está a r e c u r r i r a m e d i d a s
terroristas." S iu n pueblo realiza acciones crue-
9 la necesidad d e a p l i c a r f o r m a s e x t r e m a s d e
l e s , éstas o b e d e c e n a l y u g o m u c h o más c r u e l q u e
h a s u f r i d o d u r a n t e siglos y sigue sufriendo. L a
violencia revolucionaria esl arespuesta a l a vio-
l e n c i a d e l a reacción. L a v i o l e n c i a e n f o r m a d e
insurrección a r m a d a o g u e r r a c i v i l s e r e l a c i o n a
inevitablemente c o ntorrentes d e sangre h u m a -
na, l am u e r t e masiva d e personas, l a s destruc-
ciones d e valores materiales y espirituales. T o d o
e l l o p o r sí s o l o és i n c o m p a t i b l e c o n l o s m a g n o s
i d e a l e s d e l a concepción c o m u n i s t a d e l m u n d o ,
l a más h u m a n a e n t o d a l a h i s t o r i a d e l a h u m a -
n i d a d . L e n i n recalcó q u e "... . e n n u e s t r o i d e a l n o
hay lugar para l a violencia sobre l o s indivi-
duos". 1 0
Este ideal corresponde a l a tendencia
o b j e t i v a d e l p r o c e s o histórico: e l d e s a r r o l l o d e
l a s o c i e d a d " l l e v a a l a supresión d e l a d o m i n a -
* C . M a r x : E l capital, t. 1, p. 602, ed. cit.
9
J . Pfejánov: O b r a s , ed. e n ruso, t. I V , p. 63.
1 0
V . I . L e n i n : O b r a s completas, ed. en ruso, t. 30,
p. 122.
276
ción v i o l e n t a d e u n a p a r t e d e l a s o c i e d a d sobre
otra". 1 1
El marxismo-leninismo, a l expresar l a tenden-
cia o b j e t i v a d e l a h i s t o r i a , q u elleva a l a e r r a -
dicación c o m p l e t a d e l a v i o l e n c i a d e l h o m b r e
sobre e l h o m b r e , h apropugnado desde s u co-
m i e n z o l a i d e a h u m a n a d e l a revolución pacífica
c o m o f o r m a d e s e a b l e d e l a transformación d e
la s o c i e d a d .
L e n i n escribió: " L a c l a s e o b r e r a h u b i e r a p r e -
ferido, indudablemente, t o m a r e l poder e n s u s
m a n o s pacíficamente", l o q u e p u e d e s u c e d e r a
12
condición d e q u e p r e d o m i n e n l a s f u e r z a s r e v o -
lucionarias, q u eparalicen l a resistencia d e l a s
clases d o m i n a n t e s y liberen a l proletariado d e
lucha.
L e n i n desenmascaró c o n t o d o r i g o r l a s t e o -
rías a v e n t u r e r a s d e l "estímulo d e l a r e v o l u -
ción" e n o t r o s países. E l m a r x i s m o , escribió
L e n i n , ".. . s i e m p r e h a , n e g a d o l a p o s i b i l i d a d d e
estimular' l a srevoluciones, q u e se desarrollan
a m e d i d a q u e l a s c o n t r a d i c c i o n e s dé c l a s e , q u e
engendran l a s revoluciones, se v a n haciendo
más a g u d a s " . * 1
L a f o r m a p r e d i l e c t a d e acusación d e l m a r x i s -
m o - l e n i n i s m o a q u e r e c u r r e n l o s ideólogos b u r -
g u e s e s c o n s i s t e e n q u e a c u s a n a éste d e p r o -
pensión a l a v i o l e n c i a . Al h a c e r l o r e c a l c a n la
u Ibídem.
V V . I . L e n i n : O b r a s c o m p l e t a s , e d . e n ruso, t . 4,
p. 2 6 4 .
i» V . I . L e n i n : O b r a s escogidas, e n tres tomos, t . 2.
p. 5 9 5 , Moscú. 1966.
277
 incompatibilidad d elos ideales h u m a n o s del co-
m u n i s m o c o nl o s medios " v i l e s " d e s u realiza-
ción. T r a t a n d e d a r l e c c i o n e s a l o s c o m u n i s t a s ,
diciendo q u ee l f i n justifica l o s medios, salvo
aquéllos q u e m i n a n e l p r o p i o f i n , o c u l t a n d o e l
hecho d e q u etoda l avida d e l asociedad bur-
g u e s a e s v i o l e n c i a ; u n a d e l a s f o r m a s más a b o -
m i n a b l e s d e s u manifestación e s e l f a s c i s m o .
E n d e p e n d e n c i a d e l a s c o n d i c i o n e s históricas
c o n c r e t a s y , a n t e t o d o , d e l a organización y l a
conciencia d e l aclase obrera y sus aliados, d e l
g r a d o d e r e s i s t e n c i a d e l a s c l a s e s reaccionarías,
j a revolución s o c i a l i s t a p u e d e s e r pacífica o no
pacífica. E n l a s c o n d i c i o n e s a c t u a l e s l a c l a s e
o b r e r a d e v a r i o s países c a p i t a l i s t a s e n c a b e z a d a
por s u destacamento d e vanguardia, tiene p o -
sibilidad, sobre l abase d e lfrente o b r e r o y p o -
p u l a r y o t r a s f o r m a s p o s i b l e s d e conciliación y
cooperación política d e l o s d i s t i n t o s p a r t i d o s y
organizaciones sociales, d e a g l u t i n a r a l a m a y o -
ría d e l p u e b l o , c o n q u i s t a r e l p o d e r político, s i n
la guerra civil y asegurar e l paso d e l o s m e -
d i o s d e producción f u n d a m e n t a l e s a m a n o s
del pueblo.
L a p o s i b i l i d a d d e l d e s a r r o l l o pacífico d e l a r e -
volución s o c i a l i s t a n o s i g n i f i c a q u e l a c l a s e o b r e -
ra y sus aliados tengan que r e n u n c i a r a las for-
m a s n o pacíficas d e l a transición a l s o c i a l i s m o .
L e n i n escribió q u e l a s c l a s e s d o m i n a n t e s e x p l o -
t a d o r a s podían r e c u r r i r a l a v i o l e n c i a e n r e l a -
ción c o n e l p u e b l o y o p o n e r r e s i s t e n c i a a l o s
t r a b a j a d o r e s . E nestos casos, d i j o L e n i n , l a cla-
s e o b r e r a s e v e o b l i g a d a a e m p r e n d e r l a vía n o
pacífica p a r a c o n q u i s t a r e l p o d e r . E l m o v i m i e n -
t o c o m u n i s t a internacional tiene q u e .estar pre-
278
parado siempre para cambiar lasformas d elu-
c h a e n d e p e n d e n c i a d e l a s c o n d i c i o n e s históricas
concretas. P e r o cualesquiera que sean las f o r m a s
d e transición d e u n régimen s o c i a l a o t r o d i s t i n -
t o , e s t a transición s u p o n e u n a revolución: tarde
o t e m p r a n o l o s trabajadores d e l a s sociedades
antagónicas, tendrán q u e c a m b i a r l a ilusión d e
las relaciones d e p r o p i e d a d p r i v a d a p o r e l ideal
d e l c o m u n i s m o , q u e p u e d e l o g r a r s e práctica-
mente.
LA REVOLUCIÓN Y LA GUERRA
L a g u e r r a e s l a continuación d e l a política p o r
m e d i o s v i o l e n t o s : es lucha armada. A l a p a r c o n
la l u c h a a r m a d a , q u e d e t e r m i n a e l c u r s o d e l a
g u e r r a , actúan o t r a s f u e r z a s d e l u c h a : l a f o r m a
ideológica, l a diplomática y l a económica. D u -
rante l aguerra s eutilizan todas lasformas d e
l u c h a e n b e n e f i c i o d e l a consecución d e l o s b i e -
n e s políticos.
E l m a r x i s m o - l e n i n i s m o , r e c h a z a n d o las a f i r m a
c i o n e s d e l o s sociólogos b u r g u e s e s d e q u e l a s
guerras s o n eternas y , e l resultado d elas pasio-
nes q u e s e enardecen e n e l h o m b r e , p a r t e d e q u e
l a g u e r r a n o e s u n fenómeno biológico, s i n o s o -
ciopolítico, c u y a s c a u s a s e s t r i b a n e n l a v i d a
económica d e l a s o c i e d a d y e l s i s t e m a d e r e l a -
ciones sociales. L ag u e r r a e s u n p r o d u c t o d e l a
h i s t o r i a d e b i d o a l a aparición d e l a s o c i e d a d d i -
v i d i d a e n clases. A n t e s d e q u e s u r g i e r a n las cla-
ses t u v i e r o n l u g a r e s c a r a m u z a s a r m a d a s e n t r e
279
•7? 7
 las tribus sin que se hiciesen guerras en el sen-
tido estricto de l a palabra. L a s guerras desapa-
recerán cuando desaparezca la sociedad dividi-
da en clases antagónicas.
Al analizarse y definirse l a guerra, el problema
fundamental tiene que ser el del carácter de cla-
se de l a guerra de que se trate y de las clases
que la libren, en aras de qué objetivos, qué cla-
ses la h a n preparado y dirigido. " L a guerra es
la continuación de l a política por otros medios.
Toda guerra está inseparablemente unida a l ré-
gimen político del que surge. L a misma política
que h a seguido una determinada potencia, una
determinada clase dentro de esa potencia duran-
te u n largo período antes de l a guerra, es con-
tinuada por esa misma clase, de modo fatal e
inevitable, durante la guerra, variando únicamen-
te las formas de acción." 14
¿Es funesta .o beneficiosa l a guerra en gene-
r a l ? E s imposible dar respuesta a esta pregunta
abstracta. E s necesario saber de qué guerra se
trata. L a historia h a conocido guerras de rapiña,
injustas, que, siendo la continuación de la polí-
tica de las clases reaccionarias, afianzaron el
'yugo de clase y nacional. Pero la historia h a co-
nocido también guerras justas, es decir, progre-
sistas, liberadoras, que liberaron a los pueblos
tanto del yugo extranjero como del sojuzgamien-
to clasista. E s t a s guerras fueron la continuación
de la política de las clases progresistas, que se
vieron forzadas a responder con l a fuerza a la
fuerza. E l papel histórico de las unas y las otras-
és diametralmente opuesto.
M V . I . L e n i n : O b r a s c o m p l e t a s , e d . e n r u s o , t . 32,
j¡: 7 9 .
280
Son justas las guerras que tienen por objeti-
vo liberar a los pueblos oprimidos de sus opre-
sores (guerras civiles), emancipar a los pueblos
del yugo nacional, luchar contra el sojuzgamien-
to extranjero y defender las conquistas de la re-
volución. L a s guerras de liberación se harán
mientras exista el imperialismo y el colonialis-
mo. S o n guerras revolucionarias. Estas guerras
no sólo son admisibles, sino también inevitables,
porque los colonizadores no proporcionarán de-
buen grado l a independencia a los pueblos-
E l problema de l a guerra y la paz es el pro-
blema fundamental de nuestra época. L a idea de
que reine l a paz en la tierra es una idea general
de miles de millones de hombres. L a s masas po-
pulares h a n odiado siempre las guerras. A lo
largo de l a historia universal los hombres h a n
creído que las guerras no tendrán fin y sólo h a n
podido soñar con l a paz entre los pueblos. L a
guerra, según Kant, es el estado bestial de los
pueblos; el estado humano es la paz, l a coexis-
tencia pacífica. S i en los tiempos de Kant; e l
ideal de una paz eterna era una utopía, en nues-
tra época, cuando existe u n poderoso sistema-
socialista, l a paz es una demanda de l a historia
Los fundadores del marxismo-leninismo, sobre
la base de l a consideración, en todos sus aspec-
tos, de las leyes objetivas del desarrollo de l a
sociedad, previeron científicamente que llegaría
inevitablemente el período en que los Estados
socialistas y los capitalistas coexistirán y que la
unión de l a clase obrera de los distintos países
haría, en definitiva, que las guerras entre los
pueblos fueran imposibles.
Lenin, analizando los resultados de l a Prime-
ra. Guerra Mundial, señaló que ésta había sido
281
 u n a r u p t u r a completa c o n l a sadquisiciones d e
l a civilización y l a c u l t u r a m o d e r n a y q u e e l l a
podía c o n t r i b u i r y contribuiría i n e v i t a b l e m e n t e
a que s evieran m i n a d a s las propias condiciones
de l a existencia d el asociedad h u m a n a . Porque,
por primera v e ze n l a historia, l a s conquistas
más p o d e r o s a s d e l a técnica s e a p l i c a b a n a u n a
escala t a n grande, d e u nm o d o t a n destructor
y c o n t a n t a energía p a r a e l e x t e r m i n i o m a s i v o
d e m i l l o n e s d e v i d a s h u m a n a s . L e n i n previo q u e
llegaría l a época c u a n d o l a g u e r r a sería t a n d e s -
t r u c t o r a q u e sería i m p o s i b l e e n g e n e r a l . E n c a -
l i d a d d e a l t e r n a t i v a , L e n i n propugnó e l p r i n c i -
p i o d e l a c o e x i s t e n c i a pacífica d e l o s E s t a d o s
c o n d i f e r e n t e régimen s o c i a l .
E l 8 d e n o v i e m b r e d e 1 9 1 7 L e n i n anunció e s t e
v i r a j e e n e l d e s a r r o l l o d e l a política m u n d i a l a
.todos l o s pueblos d e l a tierra. " R e c h a z a m o s t o -
d a s l a s cláusulas d e b a n d i d a j e y d e v i o l e n c i a ,
p e r o a c e p t a r e m o s c o n satisfacción y n o p o d e -
m o s r e c h a z a r l a s cláusulas q u e e s t a b l e z c a n r e -
l a c i o n e s d e b u e n a v e c i n d a d y a c u e r d o s econó-
micos." 1 5
L e n i n partía d e l a p r o f u n d a convicción
del triunfo i n m i n e n t e d e lsocialismo e ne l m u n -
do entero. Pero, debido a l desarrollo desigual
d e l capitalismo, este t r i u n f o n opuede lograrse
simultáneamente e n t o d o s l o s países. P o r e s o
L e n i n llegó a l a conclusión d e q u e d u r a n t e u n
período histórico d e t e r m i n a d o , c u a n d o a l a p a r
c o n l o s E s t a d o s s o c i a l i s t a s existirían E s t a d o s c a -
p i t a l i s t a s , l a c o e x i s t e n c i a pacífica e n t r e e l l o s s e -
ría i n e v i t a b l e .
1 6
V. I . L e n i n : O b r a s escogidas, en tres tomos, t. 2,
p. 491, Moscú, ÍJ70.
282
Los postulados leninistas referentes a l a s
c u e s t i o n e s d e l a g u e r r a , l a p a z y l a revolución,
que hacen u n balance d el a inmensa experiencia
de l al u c h a d e l aclase obrera, constituyenh o y
l a b a s e d e l a política d e l m o v i m i e n t o c o m u n i s t a
m u n d i a l y d el o sacuerdos, tomados e n conjun-
to, p o rl o s p a r t i d o s h e r m a n o s . L aclase o b r e r a ,
apoyándose e n l o s d o c u m e n t o s d e l a s c o n f e r e n -
cias internacionales d e l o sp a r t i d o s c o m u n i s t a s f
y o b r e r o s d e l o s años 1 9 5 7 , 1 9 6 0 y . 1 9 6 9 y e n a r -
b o l a n d o m u y a l t o l ab a n d e r a d e l a paz, a g r u p a
bajo ella a l a s amplias masas d e l pueblo.
L a c o e x i s t e n c i a pacífica e n t r e e l s i s t e m a s o c i a -
lista y e l capitalista supone: renuncia a l a
g u e r r a c o m o m e d i o d e solución d e l a s c u e s t i o n e s
en litigio entre l o sEstados; igualdad de de-
r e c h o s , comprensión m u t u a , c o n f i a n z a e n t r e l o s
Estados y respecto d e sus intereses m u t u o s ; n o
i n g e r e n c i a e n l o s a s u n t o s i n t e r n o s d e o t r o s paí-
ses, r e c o n o c i m i e n t o a c a d a p u e b l o d e l d e r e c h o
a r e s o l v e r p o r sí m i s m o l o s p r o b l e m a s d e s u r e s -
p e c t i v o país; r e s p e t o e s t r i c t o d e l a soberanía y
l a i n t e g r i d a d t e r r i t o r i a l d e t o d o s l o s paíseS'; d e -
s a r r o l l o d e l a colaboración económica y c u l t u r a l
e n b a s e a l ac o m p l e t a i g u a l d a d y v e n t a j a m u t u a .
U n medio necesario q u e puede asegurar l a
c o e x i s t e n c i a pacífica e n l a s c o n d i c i o n e s a c t u a l e s
es e l d e s a r m e g e n e r a l y c o m p l e t o b a j o u n r i g u -
r o s o c o n t r o l i n t e r n a c i o n a l e n e lq u einsiste con-
s e c u e n t e m e n t e l a Unión Soviética, q u e h a r e d u -
cido reiterada y unilateralmente sus fuerzas ar-
madas y d i s m i n u i d o l a sinversiones e ne l arma-
m e n t o . L a c o e x i s t e n c i a pacífica* q u e h a a b i e r t o
el c a m i n o d e ldesarme general y completo bajo
e l c o n t r o l i n t e r n a c i o n a l , permitiría l i b e r a r c o l o -
sales recursos m a t e r i a l e s y h u m a n o s c o n o b j e t o
283

de elevar e l bienestar d e los p u e b l o s y acelerar
su progreso.
E l s i s t e m a s o c i a l i s t a e s e l c e n t r o d e atracción
de todas las fuerzas a m a n t e s d e l a paz. L a po-
lítica d e p a z e s a p o y a d a p o r m u c h o s países n o
socialistas y , ante todo, por los liberados d e l
y u g o c o l o n i a l . A u m e n t a e l número d e E s t a d o s
que n of o r m a n parte d e los bloques militares;
s o n países n e u t r a l e s . E n e l m u n d o c r e c e e l nú-
m e r o d e p a r t i d a r i o s d e l a p a z e n t r e l o s más d i s -
t i n t o s g r u p o s s o c i a l e s . L o s círculos a g r e s i v o s ,
que tratan d e desencadenar u n a guerra, se ven
o b l i g a d o s a t o m a r e n consideración q u e t o d a l a
humanidad progresista lucha contra l a guerra,
s e d e s a r r o l l a c a d a v e z más e l m o v i m i e n t o d e l o s
p a r t i d a r i o s d e l a p a z y q u e l o s países s o c i a l i s t a s
d i s p o n e n d e u n a técnica m i l i t a r m o d e r n a p a r a
c o n t r a r r e s t a r l a agresión; y c o n l a técnica m o -
d e r n a l a g u e r r a sería p e l i g r o s a n o sólo p a r a l o s
países q u e serían a g r e d i d o s , s i n o también p a r a
los Estados agresores.
L a m o n s t r u o s i d a d d e las destrucciones posi
b l e s c o n s t i t u y e u n p o t e n t e estímulo d e l a i n c o r
poración d e l a s m a s a s p o p u l a r e s d e t o d o s l o s
países a l a l u c h a p o r l a p a z .
El P C U S , sintetizando todos estos hechos y
partiendo d e los principios h u m a n o s del c o m u
n i s m o , h a h e c h o l a deducción d e q u e , a u n q u e
la n a t u r a l e z a d e l i m p e r i a l i s m o n oh a c a m b i a d o
y n o h a sido e l i m i n a d o e lpeligro del s u r g i m i e n
to d e l a guerra, e nlas actuales condiciones las
fuerzas d e l apaz, cuyo b a l u a r t e principal es l a
potente c o m u n i d a d d e los Estados socialistas,
pueden, con esfuerzos mancomunados, conjurar
una nueva guerra mundial.

Las a r m a s nucleares y los cohetes, creados a

m e d i a d o s d e n u e s t r o siglo, h a n c a m b i a d o l a
i d e a q u e a n t e s s e tenía d e l a g u e r r a . L a s b o m -
b a s atómicas y d e hidrógeno s o n a r m a s d e e n o r -
m e fuerza destructora. Baste decir que la explo-
sión d e u n a p o t e n t e b o m b a t e r m o n u c l e a r s u p e r a
l a f u e r z a d e explosión d e t o d o e l m a t e r i a l d e
guerra utilizado e n todas las contiendas ante-
riores, incluidas la P r i m e r a y la Segunda G u e r r a
Mundiales.
• -TiríB i • V ¿'I' .•• -i:1
Os>f" - #*? >' /\ ...
? ; :
, .ir-
La g u e r r a l l e g a a s e r n o sólo e x t r a o r d i n a r i a -
mente destructora, sino simplemente absurda:
¡a -quién l e h a c e f a l t a d o m i n a r u n a t i e r r a d e v a s -
tada y desierta!
285
284
 CAPITULO X I

LA ORGANIZACIÓN POLÍTICA
D E LA SOCIEDAD

EL ESTADO, INSTRUMENTO DEL PODER

POLITICO

E n toda sociedad dividida en clases surgen

inevitablemente relaciones políticas, se institu-
yen y funcionan organizaciones políticas y se
forman ideas y teorías políticas. ¿Qué es, pues,
política? E s , ante todo, determinadas relaciones
entre las clases y las naciones dentro de los lí-
mites de un Estado dado (política interior) y
entre los Estados (política exterior). "Política
es la participación en los asuntos del Estado, la
orientación del Estado, la determinación de las
formas, las tareas y el contenido de la actividad
del E s t a d o . "
1

No toda relación entre las clases es política

Cuando,, por ejemplo, un capitalista contrata a
un obrero y lo explota, esto no constituye re-
lación política, sino económica. Pero cuando los
obreros luchan contra el capitalismo como sis-
tema, realizan una acción política. ¿Qué signifi-
ca "política"? Significa que la clase obrera no
puede luchar por su liberación económica sin

• Recopilación leninista, ed. en ruso, t. X X I , p. 14,

Moscú, 1933.

2)87
lograr influir e n todo e l sistema del gobierno
d e l E s t a d o y e n l a elaboración d e l o s a c t o s l e -
gislativo, es decir, s i ntratar d e obtener liber-
t a d e s políticas.
F o r m a n p a r t e d e l a e s f e r a d e l a política p r o
b l e m a s d e l s i s t e m a e s t a t a l , e l g o b i e r n o d e l país,
relaciones e n t r e l a sclases, relaciones c o n o t r o s
países, l u c h a d e l o s p a r t i d o s d e n t r o d e l país, e t c .
E l p r o b l e m a f u n d a m e n t a l d e l a a c t i v i d a d políti-
ca ese ld el a conquista, e lm a n t e n i m i e n t o y uti-
lización d e l p o d e r d e l E s t a d o . C u a l q u i e r p r o b l e -
m a a d q u i e r e carácter político, s i s u solución
afecta d e u n m o d o u o t r o esta esfera d e l a ac-
t i v i d a d d e l E s t a d o . L a política d e l o s E s t a d o s ,
l a s c l a s e s y l o s p a r t i d o s está c o n d i c i o n a d a p o r
los intereses q u ed i m a n a n d e l a esencia d e l a s
c l a s e s y l a correlación d e f u e r z a s d e c l a s e e n e l
país d e q u e s e t r a t e y e n e l m u n d o .
L a política r e f l e j a l o s i n t e r e s e s económicos
esenciales d el aclase gobernante del E s t a d o , de-
fendidos conscientemente por todo elsistema de
l a organización política d e l a s o c i e d a d . E n o t r o s
términos, política es el tipo de actividad que per-
sigue los objetivos y cumple las tareas que lle-
van implícita la defensa de los intereses de cla-
se; son métodos y medios con cuya ayuda se
logran estos objetivos y se realizan las tareas
señaladas.
P e r o ¿qué e s organización política dé l a s o -
c i e d a d ? E s todo él mecanismo por cuyo medio
se ejerce el poder político en una sociedad dada.
E l E s t a d o y l o s p a r t i d o s políticos, l o s s i n d i c a -
tos y Otras organizaciones sociales, n u m e r o s a s
s o c i e d a d e s q u e p e r s i g u e n f i n e s políticos, e t c . ,
todo esto n oesotra cosa que partes integrantes
288
fundamentales de u n mecanismo ramificado y
bien ajustado.
E n l a política l o más e s e n c i a l e s l a o r g a n i z a -
ción d e l p o d e r d e l E s t a d o : e l E s t a d o está l l a m a -
d o a p r o t e g e r y defender los intereses d e " l a cla-
s e más p o d e r o s a , d e l a c l a s e económicamente
d o m i n a n t e , q u e , c o n a y u d a d e él, s e c o n v i e r t e
también e n l a c l a s e políticamente d o m i n a n t e " . 8
Los intereses y l a actividad del Estado son inte-
reses y actividad d eu n a clase d e t e r m i n a d a , p o r
e j e m p l o , d e l a burguesía e n l a s o c i e d a d c a p i t a -
lista o d e l aclase obrera y e l campesinado e n
la sociedad socialista.
L a s raíces más p r o f u n d a s t a n t o d e l a política
interior como d el aexterior del Estado son de-
t e r m i n a d a s p o r l a s r e l a c i o n e s económicas, e x i s -
t e n t e s e n él e n t r e l a s c l a s e s . E l c a m b i o y e l d e -
s a r r o l l o d e l c o n t e n i d o d e l a v i d a política d e l a
s o c i e d a d y d e l o s métodos d e aplicación d e l a
política c o r r e s p o n d i e n t e y d e l a s i n s t i t u c i o n e s
políticas s e p r o d u c e n b a s a d a s e n l a t r a n s f o r m a -
ción d e l régimen económico d e l a s o c i e d a d .
L o s i n t e r e s e s económicos c a r d i n a l e s d e d e t e r -
m i n a d a c l a s e s e e x p r e s a n d e l a m a n e r a más
a c e n t u a d a , c o n s c i e n t e y c o m p l e t a e n l a política
de esta clase,y, ante todo, e nl a d e s u partido
d i r i g e n t e y s u E s t a d o . E n e s t e s e n t i d o , política
e s , según definición d e L e n i n , la expresión con-
centrada de la economía.
P e r o i n v e r s a m e n t e l a política e j e r c e , a s u v e z ,
e n o r m e influencia e n e l desarrollo d e l a econo-
mía. M i e n t r a s q u e l o s c a m b i o s d i a r i o s s e s u e l e n
Ja jí.y.< '»>.. -i- •*#k v • ~>H»3«?5q OH " . •',
* C . M a r x y F . E n g e l s : O b r a s escogidas, t . 2, p . 3 1 8 .
289

p r o d u c i r e n l a economía b a j o l a i n f l u e n c i a d i -
recta d e las fuerzas p r o d u c t i v a s e n desarrollo,
l a s t r a n s f o r m a c i o n e s r a d i c a l e s d e t o d o e l régi-
m e n económico d e l a s o c i e d a d , q u e s e p r o d u c e n
a base del desenvolvimiento d e las fuerzas p r o
ductivas, se realizan bajo l a influencia directa
d e l a política, aprovechándose e l p o d e r político
p a r a t r a n s f o r m a r l a s r e l a c i o n e s económicas. Así,
e n l a revolución s o c i a l i s t a , e l v i r a j e político s u e -
l e a n t e c e d e r a l económico. D e e s t a s u e r t e , l a p o -
lítica e s u n p o t e n t e i n s t r u m e n t o d e l a c o n s t r u c -
ción d e u n a n u e v a economía.
E l E s t a d o ocupa e n todo e lsistema d el a or-
ganización política d e l a s o c i e d a d u n l u g a r p a r -
ticularmente importante, e n e l cual, como l o s
r a y o s d e l u z e n e l f o c o d e u n l e n t e , se c o n c e n t r a n
l o s i n t e r e s e s más c a n d e n t e s d e l a s c l a s e s s o c i a -
l e s . E n relación c o n e s t e p r o b l e m a s e h a n
e x p u e s t o muchísimos p u n t o s d e v i s t a . U n o s , s e -
gún d i c e L e n i n , c o n s i d e r a b a n q u e e l E s t a d o e s
a l g o d i v i n o , s o b r e n a t u r a l , q u e éste, c o m o c i e r t a
f u e r z a mística, c o m o u n a c a r g a p e s a d a , a p l a s t a
la v o l u n t a d d e los ciudadanos. Otros considera-
ban e l E s t a d o c o m o fuente d e todos los males
h u m a n o s ; l o s t e r c e r o s , c o m o expresión d e l a v o -
luntad del pueblo. H u b o quienes estimaban que
e l E s t a d o e s c i e r t a organización d e l a " p r o -
tección d e l o r d e n " l l a m a d a , i g u a l q u e e l s e r e n o ,
a cuidar d e l a tranquilidad d e sus ciudadanos.
"Cuando una persona camina tranquilamente
de noche p o r l a calle, n o s e l e o c u r r e pensar
q u e podría s e r d e o t r o m o d o , p o r q u e e s a c o s -
tumbre d e tener seguridad es su segunda natu-
raleza, y n opensamos e nque esa seguridad e s
sólo e l r e s u l t a d o d e i n s t i t u c i o n e s e s p e c i a l e s . L a s
290
relaciones en e lseno del Estado — c o m o nos l o
imaginamos generalmente— son mantenidas por
la f u e r z a , p e r o e l m a n t e n i m i e n t o r e a l e s e l sen
üdo f u n d a m e n t a l d e l o r d e n q u e p o s e e t o d o e l
m u n d o . " * A l g u n o s exigían u n E s t a d o y u n p o d e r
fuertes, otros, u n a democracia "absoluta". H u b o
q u i e n creyó q u e e l p o d e r e s t a n t o m e j o r c u a n t o
m e n o r es.
Con toda l a variedad d e opiniones sobre el
E s t a d o , n i n g u n a d e e l l a s ha d a d o r e s p u e s t a
científica a l p r o b l e m a d e la correlación d e l ré-
g i m e n económico y e l E s t a c o , n i a la n a t u r a l e z a
de clase del m i s m o , n i a l d elas leyes d es u s u r
güiliento y d e s a r r o l l o , n i d e s u s f u n c i o n e s y
misión.
M a r x y E n g e l s , f u n d a d o r e s d e l a teoría d e l
c o m u n i s m o científico, f u e r o n l o s p r i m e r o s e n
c r e a r u n a teoría científica d e l E s t a d o . L e n i n d e -
sarrolló l a d o c t r i n a m a r x i s t a d e l E s t a d o , a d a p
tándola a l a s n u e v a s c o n d i c i o n e s históricas, y
elaboró a f o n d o y e n t o d o s s u s a s p e c t o s l o s p r o -
b l e m a s c a r d i n a l e s d e l a teoría d e l E s t a d o : s u
esencia de clase, s u o r i g e n y desarrollo, sus tipos
y formas, sus principios d e l aactividad y fun-
c i o n e s . Después d e M a r x y E n g e l s , L e n i n m o s
tro q u e e l p o d e r político e s u n a v i o l e n c i a o r g a -
nizada d e u n a clase sobre otra, y e l E s t a d o es
el aparato d e esta violencia. E l Estado es una
máquina d e s t i n a d a a m a n t e n e r l a dominación
de u n a clase sobre l a otra.
E l E s t a d o e s u n d e r i v a d o d e l s i s t e m a econó
m i c o d e l a s o c i e d a d y desempeña, a l a v e z , u n
i n m e n s o papel e ne l desarrollo d e l a sociedad
1
G . Hegel: Filosofía del derecho, ed. en ruso, p. 277
 E l Estado no ha existido siempre. E s e lresul-
t a d o d e l d e s a r r o l l o histórico. E n l a s o c i e d a d
p r i m i t i v a n o había p r o p i e d a d p r i v a d a , n i c l a s e s .
P o r c o n s i g u i e n t e , n o había n e c e s i d a d d e q u e
e x i s t i e r a u n a institución e s p e c i a l d e l p o d e r , s e -
parada del pueblo. Las funciones sociales del Es-
t a d o l a s ejercían t o d a s l a s p e r s o n a s a d u l t a s . E n -
cabezaban los clanes y las t r i b u s los ancianos
elegidos p o r todos sus m i e m b r o s . L a a u t o r i d a d
de los ancianos y los jefes d elas t r i b u s s e m a n -
tenía s o b r e s u s c u a l i d a d e s p e r s o n a l e s : s u g r a n
e x p e r i e n c i a , a u d a c i a , sabiduría, e t c . Después
surgió l a p r o p i e d a d p r i v a d a . L a d e s i g u a l d a d
económica provocó l a escisión d e l a s o c i e d a d
e n clases hostiles. A h o r a y a e r a i m p o s i b l e resol-
v e r e n común l o s a s u n t o s d e l a s o c i e d a d ; l a s d i s -
t i n t a s c l a s e s tenían i n t e r e s e s c o n t r a r i o s . L a m i -
noría d o m i n a n t e económicamente necesitó u n
m e c a n i s m o d e coerción. H i z o f a l t a u n a i n s t i t u -
ción q u e p e r p e t u a s e n o sólo l a división i n i c i a l
d e l a s o c i e d a d e n c l a s e s , s i n o también e l d e r e c h o
d e l a c l a s e p o s e e d o r a a e x p l o t a r a l o s desposeí-
d o s y l a dominación d e l a p r i m e r a s o b r e l a s e -
g u n d a . E s t a institución apareció: f u e c r e a d o e l
E s t a d o . E l E s t a d o " e s más b i e n u n p r o d u c t o d e
la sociedad que llega a u n grado d e desarrollo
d e t e r m i n a d o ; e s l a confesión d e q u e e s a s o c i e -
dad se h a enredado en u n a irremediable contra-
dicción c o n s i g o m i s m a y está d i v i d i d a p o r a n -
tagonismos irreconciliables, q u e es impotente
para conjurar. Pero a f i n d eque en estos anta-
g o n i s m o s l a s c l a s e s c o n i n t e r e s e s económicos
e n p u g n a n o s e d e v o r e n a sí m i s m a s y n o c o n -
s u m a n a l a s o c i e d a d e n u n a l u c h a estéril, s e h a c e
necesario u n poder situado aparentemente por
e n c i m a d e lá s o c i e d a d y l l a m a d o a a m o r t i g u a r
e l c h o q u e , a m a n t e n e r l o e n l o s límites d e l ' o r -
292
den'. Y ese p o d e r n a c i d o d e l a sociedad, p e r o
q u e s e p o n e p o r e n c i m a d eella y s e divorcia d e
e l l a más y más, e s e l E s t a d o " . *
L a subordinación económica d e l o s t r a b a j a -
d o r e s está a s e g u r a d a , a n t e t o d o p o r l a p r o p i e d a d
de l a clase d o m i n a n t e d e los m e d i o s d e pro-
ducción. P e r o l a d e p e n d e n c i a económica p o r s i
sola e s insuficiente para que e lproceso d e pro-
ducción b a s a d o e n l a explotación, p u e d a r e a l i
¿arse d u r a n t e u n período p r o l o n g a d o . E l p u e b l o
o p r i m i d o c o n s t i t u y e s i e m p r e l a mayoría a p l a s
t a n t e d e l o s m i e m b r o s d e c u a l q u i e r nación, m i e n
t r a s q u e l o s o p r e s o r e s s o n u n a minoría i n s i g n i -
f i c a n t e . P a r a q u e e s t a minoría p u e d a m a n t e n e r
sojuzgados a centenares d e miles o millones d e
trabajadores, e s necesario u n i n s t r u m e n t o pode-
roso d e poder. E l Estado es producto y m a n i
festación d e l carácter i r r e c o n c i l i a b l e d e l a s c o n
t r a d i c c i o n e s d e c l a s e . E l E s t a d o s u r g e allí d o n d e
las c o n t r a d i c c i o n e s d e clase n o p u e d e n ser c o n
ciliadas objetivamente. S i n o h u b i e r a espada
q u e c a s t i g a s e , s e desplomaría t o d a l a c l a s e e x -
plotadora.
El Estado, c o m o i n s t r u m e n t o del*poder políti
co, t i e n e v a r i o s r a s g o s característicos.
E l E s t a d o e s u n sistema d einstituciones crea
d a s p o r l a c l a s e d o m i n a n t e : t o d o u n ejército d e
empleados, oficinistas, legisladores, juristas, m i -
n i s t r o s , j u e c e s , policías, m i l i t a r e s , e t c . , l l a m a d o
a p r o t e g e r y d e f e n d e r l a dominación d e l a m i -
noría e x p l o t a d o r a . T o d a e s t a m u l t i t u d está s i -
t u a d a , d e a c u e r d o a u n a jerarquía c o m p l i c a d a ,
en u n sistema determinado, reflejando, como u n
4
C . Marx y F . Engels: O b r a s escogidas, t. 2, p. 317
293
espejo, l a estructura social d e u n a sociedad
d a d a . Así, e n l a s o c i e d a d c a p i t a l i s t a , l a b u r g u e -
sía, d o m i n a n d o e n l a producción, o c u p a p u e s -
t o s d e m a n d o también e n e l E s t a d o . B a j o e l
feudalismo, los terratenientes dominaban tanto
e n l a producción c o m o e n e l E s t a d o : p o r e j e m -
plo, e n l a R u s i a prerrevolucionaria e l z a rera e l
t e r r a t e n i e n t e más g r a n d e .
U n rasgo esencial d e l Estado consiste e n q u e
el p u e b l o s e h a l l a s e p a r a d o d e l a p a r a t o d e l p o -
der. E l E s t a d o "... h a sido s i e m p r e u n a p a r a t o
destacado d el a sociedad y f o r m a d o por u n gru-
p o d e p e r s o n a s q u e s e o c u p a n únicamente, o c a s i
únicamente, o p r i n c i p a l m e n t e , d e g o b e r n a r . L o s
h o m b r e s s e dividen e ngobernados y especialis-
tas e n gobernar que s eelevan sobre l a sociedad
y a l o sq u es e d a e l n o m b r e d e g o b e r n a n t e s , d e
r e p r e s e n t a n t e s d e lE s t a d o . E s t e a p a r a t o , este
g r u p o d e h o m b r e s q u e g o b i e r n a n a l o s demás,
s e a p o d e r a s i e m p r e d e c i e r t a máquina d e c o e r -
ción, d e u n a f u e r z a física; l o m i s m o d a q u e e s t a
violencia sobre l o sh o m b r e s s e exprese e n e l
g a r r o t e p r i m i t i v o o e n u n t i p o d e a r m a más
p e r f e c t a e n l a época d e l a e s c l a v i t u d o e n e l
a r m a d e fuego, o , f i n a l m e n t e , e nl a sa r m a s m o -
d e r n a s q u e e n e l s i g l o xx h a n l l e g a d o a s e r raa
r a v i l l a s técnicas". 5
L a esencia d e lE s t a d o se m a n i f i e s t a e n s u s
f u n c i o n e s f u n d a m e n t a l e s : la i n t e r i o r y l a e x t e -
rior. L a principal d e ellas e s l a i n t e r i o r : ella
d e t e r m i n a t o d a l a a c t i v i d a d r e l a t i v a a l a política
exterior del Estado. L a función interior del E s
tado refleja l a naturaleza d e clase d e l E s t a d o y
r
' V . I .Lenin: Obras escogidas, e n tres tomos, t. 3
p. 268.
294
s e h a l l a p l a s m a d a e n s u política i n t e r i o r . P a r a
l o s E s t a d o s e x p l o t a d o r e s l a función más i m p o r -
tante es l a d e reprimir a l o s trabajadores. E l
Estado, e ne l verdadero sentido d e l a palabra,
es e l d o m i n i o s o b r e l a s m a s a s p o r p a r t e d e des-
tacamentos d ehombres armados, separados del
p u e b l o . E s t a función s e e j e r c e t a n t o p o r m e d i o
de u n a v i o l e n c i a n ov e l a d a c o m o c o na y u d a d e
l a i n f l u e n c i a e s p i r i t u a l , ideológica. C o n e s t e f i n
s e u t i l i z a n , e n p r i m e r término, l a i g l e s i a y l a
e s c u e l a . E n e l E s t a d o burgués m o d e r n o e l a p a
r a t o propagandístico — p r e n s a , r a d i o , c i n e , t e l e -
visión, t e a t r o y l i t e r a t u r a — s e e m p l e a , a s i m i s
m o , p a r a e j e r c e r i n f l u e n c i a ideológica s o b r e l o s
t rabajadores.
L a tarea principal d e lEstado consiste e n f o r
talecer y desarrollar l a s relaciones d e produc
ción s u r g i d a s , p o r l o q u e desempeña u n p a p e l
m u y i m p o r t a n t e e n l a v i d a económica d e l a s o
c i e d a d . Y a e n l a antigüedad e l E s t a d o düigió
l a construcción d e l o s s i s t e m a s d e r i e g o s , c a m i
n o s , c a n a l e s , o b r a s arquitectónicas, e t c . L a s d i s
tintas funciones y esferas d e l a actividad d e l
E s t a d o n o c o n s t i t u y e n u n a desmembración m e -
cánica d e l p o d e r d e l E s t a d o : éstas r e p r e s e n t a n
u n a división n e c e s a r i a , c o n s e r v a n d o s u u n i d a d
interna.
i
E l p o d e r d e l E s t a d o , ramificándose e n múl
t i p l e s tentáculos, s e e x t i e n d e a u n t e r r i t o r i o r i
g u r o s a m e n t e d e t e r m i n a d o a l q u e está l l a m a d o
a d e f e n d e r c o n t r a l a invasión e x t r a n j e r a .
L a función e x t e r i o r d e u n E s t a d o d a d o s e e x
p r e s a e n s u política e x t e r i o r y l a d i p l o m a c i a
E s t a función d e l E s t a d o d i m a n a d e l a i n t e r i o r ,
y e s s u continuación. i
295

U n rasgo m u y i m p o r t a n t e d e lEstado es s u
vínculo i n d e s t r u c t i b l e c o n e l D e r e c h o . N i n g u n a
sociedad es concebible sin e lcontrol social y e l
p o d e r c o e r c i t i v o . P e r o l a s f o r m a s d e coerción
son m u y distintas: es u n favor pedido con m u -
c h a cortesía, p e r o f i r m e m e n t e , y l a p e n a d e m u e r -
t e . E l E s t a d o s u p o n e t o d o u n s i s t e m a d e órga-
n o s c o e r c i t i v o s ; e l ejército, l a policía, l a fiscalía,
l o s t r i b u n a l e s y l a s cárceles. L a s r e l a c i o n e s f u n -
damentales entre l o sh o m b r e s e n l a s esferas
económicas, s o c i a l , política y o t r a s d e l a v i d a
social s o n elevadas p o r e l E s t a d o a l e y y decla-
radas n o r m a obligatoria d el a conducta. B a j o l a
amenaza d ecastigo los m i e m b r o s d el a sociedad
tienen prohibido cometer actos que contradigan
a l régimen s o c i a l d a d o y sólo s e l e s p e r m i t e n
actos q u e c o n c u e r d e n c o n l o sintereses d el a
clase d o m i n a n t e .
El derecho es la forma de regulación de la
conducta de los hombres, el conjunto de las nor-
mas de conducta, establecidas y sancionadas por
el Estado con el fin de mantener los órdenes eco-
nómico, social, político y otros existentes en una
sociedad dada; es la voluntad de la clase domi-
nante establecida como ley. E l D e r e c h o , c o m o
e l e m e n t o d e l a política y manifestación d e l a
voluntad d e lEstado, es sancionado y protegido
p o r e l E s t a d o : " . . . s i n o e s así, l a p a l a b r a ' v o -
l u n t a d ' —según d i j o L e n i n — e s u n e s t r e m e c i -
m i e n t o v a n o d e l a i r e p o r u n s o n i d o v a n o " . Más
6
adelante L e n i n dice: " E l Derecho n o e sn a d a sin
u n a p a r a t o c a p a z d e forzar a q u e s e o b s e r v e n
las n o r m a s del D e r e c h o . " y viceversa, e l E s t a d o ,
7
" V . I . Lenin: O b r a s completas, ed. en ruso, t. 32,
p. 340.
7
Ibídem, t. 33, p. 99.
296
a l c u m p l i r s u s f u n c i o n e s , s e a p o y a s o b r e l a s ñor
m a s jurídicas e s t a b l e c i d a s p o r él, n o r m a s q u e
tienen por objetivo prevenir y cortar los delitos,
es decir, las acciones s o c i a l m e n t e peligrosas, pre-
vistas p o rl a l e y .
E l D e r e c h o , a l i g u a l q u e e lE s t a d o , n o h a exis-
t i d o s i e m p r e . E n l a s o c i e d a d p r i m i t i v a , e l régi
m e n d e l a v i d a s o c i a l s e mantenía a f u e r z a d e
las c o s t u m b r e s , l a s t r a d i c i o n e s y l a a u t o r i d a d
m o r a l d elos ancianos d elos clanes o e l consejo
de l a s tribus, q u e r e p r e s e n t a b a n l o s intereses
comunes de todos l o smiembros d e l clan o l a
t r i b u . N o b i e n l a s o c i e d a d " s e dividió e n c l a s e s
y s u r g i e r o n intereses c o n t r a p u e s t o s , las c o s t u m
b r e s ño podían y a r e g u l a r l a c o n d u c t a d e l o s
h o m b r e s . E lc o n c e p t o d e l o m a l o y l o b u e n o ,
de l oj u s t o y l o i n j u s t o , s eh i z o d i f e r e n t e e n l a s
d i s t i n t a s c l a s e s . L a división d e l a s o c i e d a d e n
clases y e l s u r g i m i e n t o d e lE s t a d o e n g e n d r a r o n
n o r m a s d econducta h u m a n a forzadas y obliga
( o r i a s , e s d e c i r , jurídicas.
L a sociedad d i v i d i d a e n clases n op u e d e exis
t i r s i n u n a reglamentación jurídica d e l a s reía
ciones patrimoniales, familiares, conyugales y
otras. P o r e s o l aclase d o m i n a n t e trata d e d a r
a s u v o l u n t a d " u n a expresión g e n e r a l e n f o r m a
d e p o d e r e s t a t a l , e n f o r m a d e l e y . . ." E l E s t a
8
d o , p o r m e d i o d e l o s órganos c o r r e s p o n d i e n t e s
—adnujíistrativos, j u d i c i a l e s y o t r o s — f u e r z a a l
i n f r a c t o r a obedecer l a ley, y e n corresponden
c i a a l carácter d e l a infracción l e i m p o n e u n a
sanción a d m i n i s t r a t i v a , p a t r i m o n i a l o u n a p e n a
judicial.
• C . Marx y F . Engels: O b r a s , ed. en ruso, t. 3, p. 322
297
 TIPOS FUNDAMENTALES DE ESTADO
Y REGIMENES POLITICOS
L a s f o r m a s d e E s t a d o , según d i j o L e n i n , e r a n
m u y v a r i a d a s . E n l a época d e l a e s c l a v i t u d — e n
l o s países más a v a n z a d o s , c u l t o s y c i v i l i z a d o s ,
según e l c r i t e r i o q u e s e tenía d e e s t o e n a q u e l
e n t o n c e s — p o re j e m p l o , e nl a sa n t i g u a s Grecia
y R o m a , q u e s e b a s a b a n p o r e n t e r o e n l a escla-
vitud, h u b o distintas f o r m a s d e E s t a d o . Y a en-
t o n c e s surgió l a d i f e r e n c i a e n t r e l a monarquía
y l a república, e n t r e l a a r i s t o c r a c i a y l a d e m o -
c r a c i a . L a monarquía s e r e p r e s e n t a b a c o m o e l
p o d e r d e u n i n d i v i d u o ; l a república, c o m o a u s e n -
cia d e cualquier poder n o elegible; l a aristocra-
c i a , c o m o p o d e r d e u n a minoría r e l a t i v a m e n t e
pequeña; l a d e m o c r a c i a , c o m o p o d e r d e l p u e b l o
(la palabra "democracia", traducida d e l griego,
significa g o b i e r n o del p u e b l o ) . T o d a s estas dife-
r e n c i a s s u r g i e r o n e n l a época e s c l a v i s t a . A p e s a r
d e e s t a s d i f e r e n c i a s , e l E s t a d o d e l a época d e
la esclavitud fue u n E s t a d o esclavista, y a s e a in-
d i s t i n t a m e n t e , monárquico, r e p u b l i c a n o , a r i s t o -
crático o democrático.
L o s E s t a d o s s e d i s t i n g u e n según s e a l a c l a s e
s o c i a l a q u e s i r v a n y l a b a s e económica d e l a
sociedad d eu n Estado dado.
E l t i p o d eE s t a d o expresa s u esencia d e clase.
La historia h a conocido tres tipos fundamentales
i sión principal proteger l a propiedad privada con-
de E s t a d o explotador: e l esclavista, e l feudal y
í tra quienes no l a tenían. L a s leyes más severas
e l burgués.
E n l a s o c i e d a d p r i m i t i v a existió l a f o r m a d e -
mocrática d e g o b i e r n o : e l c o n s e j o d e a n c i a n o s
del clan o l atribu, l aasamblea popular, e l con-
298
sejo popular, etc. L a primera división de l a so-
ciedad en clases fue l a división en esclavistas y
esclavos. L o s ciudadanos libres se dividieron en
ricos y pobres.
Ante todo para mantener sumisos a los escla-
vos, y más tarde también a u n a parte considera-
ble de l a población trabajadora libre, hizo falta
un Estado esclavista. L o s Estados de l a época
de l a esclavitud, diferentes por s u forma, eran
iguales por s u esencia de clase. S e basaban en
la propiedad privada de los medios de produc-
ción y en l a explotación del trabajo de los escla-
vos. Cualquier Estado esclavista fue l a dictadura
de los esclavistas. L o s esclavos no participaban
en l a vida estatal de l a sociedad. E l l o s no tenían
derechos políticos n i jurídicos.
E n l a sociedad esclavista, el Derecho defendía
y consagraba abiertamente l a dominación y los
privilegios de l a aristocracia, l a explotación de
los esclavos y de los desposeídos de entre l a
población libre, así como l a falta de derecho de
los esclavos. L a ley que establecía l a pena por
asesinato, por ejemplo en Grecia y Roma, defen-
día solamente a los esclavistas. A los esclavos
se los podía matar impunemente. Sólo debido
a u n a encarnizada lucha contra los esclavistas
y únicamente en l a última fase del régjmen es-
clavista, en los documentos jurídicos empezó a
aparecer l a prohibición de matar a esclavos. E l
Derecho, a l igual que el Estado, tuvo como m i -
de la antigüedad estaban relacionadas precisa-
mente con l a protección de l a propiedad privada.
Al Estado esclavista le sucedió el Estado feu-
dal con s u aparato dé poder más numeroso y
299
c o m p l e j o , c o n u n número m a y o r d e cárceles, u n
ejército y u n a policía r e f o r z a d o s . N o e s difícil
c o m p r e n d e r l o : había a u m e n t a d o e l número d e
h a b i t a n t e s y s e habían c o m p l i c a d o l a s r e l a c i o n e s
socioeconómicas. E n l a p r i m e r a e t a p a d e l d e s -
arrollo del feudalismo, e l territorio d e los E s -
tados estaba dividido, p o rregla general, e n n u -
merosos principados, ducados y condados casi
i n d e p e n d i e n t e s . E lp o d e r del r e y o e lz a rs e fue
r e f o r z a n d o , debilitándose e l d e l o s príncipes, d u -
q u e s y c o n d e s . E s t o obedecía a l f o m e n t o d e l a
economía. L o s E s t a d o s d e l a época d e l f e u d a l i s -
m o e r a n d e u n m i s m o t i p o : la dictadura de los
señores feudales.
E l Estado feudal anexaba a loscampesinos a
la tierra d elosterratenientes y todo aquel q u e
n o quería t r a b a j a r p a r a éste e r a f e r o z m e n t e
c a s t i g a d o . E l D e r e c h o f e u d a l concedía a l t e r r a -
teniente l a posibilidad d evender o c o m p r a r tra-
b a j a d o r e s y e x i g i r q u e t r a b a j a r a n g r a t i s p a r a él.
Además, e l c a m p e s i n o n o tenía c a s i ningún d e -
recho; sin e lpermiso d e lterrateniente, e l cam-
p e s i n o n o podía c a s a r s e , n i a d q u i r i r b i e n e s , n i
comprar tierra.
E l s u r g i m i e n t o d e l E s t a d o burgués f u e u n g r a n
s a l t o histórico. E l E s t a d o burgués, q u e s u p o n e
l a dictadura de la burguesía e s u n t i p o d e E s -
t a d o n u e v o , m u c h o más p r o g r e s i s t a , e n c o m p a -
ración c o n e l f e u d a l . E l E s t a d o burgués está
r e l a c i o n a d o c o n l a supresión d e l o s e s t a m e n t o s ;
e l d e s a r r o l l o d e l m o d o c a p i t a l i s t a d e producción
r e c l a m a u n a c o m p e t e n c i a l i b r e y , e nv i r t u d d e
ello, l a igualdad d e l o s individuos ante l a l e y .
E l principio del aherencia del poder del Estado
se s u s t i t u y e b a j o e l c a p i t a l i s m o p o r e l d e elec-
ción p a r a a l t o s c a r g o s e s t a t a l e s . L a g r a n l i m i t a -
300
ción d e l o s d e r e c h o s políticos d e l a s c l a s e s o p r i -
midas e n e l feudalismo es sustituida e n l a s
condiciones del capitalismo por u n otorgamiento
f o r m a l d e d e r e c h o s jurídicos y l a participación
e n l a s e l e c c i o n e s d e l o s órganos d e p o d e r e s t a t a l .
L a burguesía, q u e a s p i r a b a a s u b i r a l p o d e r , e n
la lucha c o n t r a e ldespotismo y l a arbitrariedad
feudales, c o n t r a l aviolencia sobre e l i n d i v i d u o ,
proclamó l o s p r i n c i p i o s democráticos b u r g u e s e s
de l a libertad, l a igualdad y e l p o d e r del pueblo,
q u e s e a p o y a n e n l a soberanía d e éste. E n l a
ideología política e s t o s e expresó e n l a d e f e n s a
de l o s derechos d e l i n d i v i d u o , d e l o s derechos
del h o m b r e y e l ciudadano.
Las declaraciones y las constituciones burgue-
s a s defendían y protegían, a l m i s m o t i e m p o , l a
propiedad privada capitalista y l a desigualdad
económica.
E l E s t a d o burgués, a d i f e r e n c i a d e l f e u d a l , s e
c a r a c t e r i z a p o r l a centralización d e l p o d e r . E s e
E s t a d o r e p r e s e n t a , p o r d e c i r l o así, e l c e n t r o d e
l a telaraña d e l a v i d a n a c i o n a l , e n l a q u e s e r e -
fleja c u a l q u i e r colisión s u y a .
E l D e r e c h o burgués t i e n e p o r o b j e t i v o p r o t e -
ger l a p r o p i e d a d capitalista,- observar l a explota-
ción d e l t r a b a j o a s a l a r i a d o , b a s a d a e n aquélla,
y reprimir e lmovimiento revolucionario de los
t r a b a j a d o r e s . E l c a p i t a l i s m o proclamó l a i g u a l -
dad d e todos l o s h o m b r e s e nvirtud d e l a l e y
y ante l a ley, y l a libertad universal. Pero l a
"igualdad d e derechos", l a"libertad universal"
y o t r o s p o s t u l a d o s p r o c l a m a d o s eñ l a s c o n s t i t u -
ciones d e los Estados burgueses tienen de hecho
carácter f o r m a l y s i r v e n p a r a e n c u b r i r l a d i c -
t a d u r a d e l a burguesía. E l D e r e c h o burgués s o n
301
r e g l a s q u e a s e g u r a n a l o s círculos g o b e r n a n t e s
u n enriquecimiento, n oobstaculizado por nada,
a c o s t a d e l t r a b a j o d e m i l l o n e s d e desposeídos.
P o r o t r a p a r t e , l a h u m a n i d a d , según d i j o L e -
n i n , a v a n z a b a h a c i a e l c a p i t a l i s m o , y únicamente
el capitalismo, gracias a l ac u l t u r a u r b a n a ,d i o
a l a clase o p r i m i d a d elos p r o l e t a r i o s l a posibi-
l i d a d d e t e n e r c o n c i e n c i a d e sí m i s m a y c r e a r e l
movimiento obrero internacional, l o s partidos
comunistas y obreros que dirigen d em o d o cons-
ciente l al u c h a d elas m a s a s . S i n e l p a r l a m e n t a -
r i s m o , s i n l a elegibilidad, este desarrollo d e l a
c l a s e o b r e r a sería i m p o s i b l e .
E l E s t a d o socialista e su n tipo d eE s t a d o his-
tórico n u e v o e n p r i n c i p i o . E s e l i n s t r u m e n t o d e
supresión d e l a explotación d e l h o m b r e p o r e l
h o m b r e y d e construcción d e l a s o c i e d a d c o m u -
n i s t a s i n clases; e n este E s t a d o ejercen e l p o d e r
la clase o b r e r a y todos l o s trabajadores, y e n
consecuencia e l Derecho socialista se distingue
d e m o d o r a d i c a l d e l D e r e c h o burgués. E l E s t a d o
s o c i a l i s t a , q u e e s e l E s t a d o más democrático e n
la historia d e l ah u m a n i d a d , expresa l a v o l u n t a d
d e l p u e b l o , r e g u l a l a s r e l a c i o n e s económicas y
otras relaciones sociales, protege e lo r d e n socia-
lista, establece los derechos y las obligaciones d e
los ciudadanos y altos funcionarios y protege l a
propiedad personal y l a social. " E l respeto a l
derecho y a l a l e y— s e dice e ne l I n f o r m e d e l
CC a l X X I V Congreso del P C U S — deben conver-
t i r s e e n convicción p e r s o n a l d e c a d a u n o . C o n
m a y o r razón l o d i c h o s e r e f i e r e a l a a c t i v i d a d
d e l a s p e r s o n a s q u e o c u p a n c a r g o s oficíales.
C u a l q u i e r i n t e n t o d eapartarse d el a ley o sosla-
yarla, independientemente' d e los motivos que se
aduzcan, n o puede ser tolerado. T a m p o c o puede
302
t o l e r a r s e l a violación d e l o s d e r e c h o s d e l i n d i v i -
d u o y e lm e n o s c a b o d el a d i g n i d a d d el o s c i u d a -
danos. Para nosotros, comunistas, partidarios
d e l o s i d e a l e s más h u m a n o s , e s o e s c o s a d e p r i n -
c i p i o . " E l D e r e c h o soviético e s ^ u n D e r e c h o c o n -
9
secuente y h u m a n o . Pero d eello hablaremos a
continuación.
H e m o s examinado e n f o r m a sucinta los tipos
fundamentales d e Estado. Pero l ahistoria h a
c o n o c i d o también t i p o s transitónos d e E s t a d o ,
que tienen u n a e s t r u c t u r a d e clase complicada!
S e h a n d a d o c a s o s e n q u e e l E s t a d o s e fundó
b a s a d o e n l a a l i a n z a d e d o s c l a s e s : l a burguesía
y los t e r r a t e n i e n t e s ( p o r e j e m p l o , A l e m a n i a des-
pués d e l a revolución d e 1 8 4 8 ) . A l E s t a d o s o c i a -
lista l eprecede con frecuencia e lsurgimiento del
E s t a d o democrático popular o e l E s t a d o d e de-
mocracia nacional L e n i n admitió l a p o s i b i l i d a d
d e l a institución d e l E s t a d o p o p u l a r , aún n o s o -
c i a l i s t a e n u n país c o n u n b a j o n i v e l d e d e s a r r o -
l l o d e l C a p i t a l i s m o , c u a n d o d i j o q u e e n tales ca-
sos n os e t r a t a d e l ad i c t a d u r a d e u n a clase, s i n o
de dos: los obreros y los campesinos (con e l pa-
pel dirigente d e l a clase o b r e r a ) . L a v i d a h a
d e m o s t r a d o q u e L e n i n tenía razón.
E l p r o c e s o histórico a p o r t a n u e v o s e l e m e n t o s
a l a teoría. m a r x i s t a - l e n i n i s t a d e l E s t a d o . Así,
c o m o resultado d e las revoluciones que s e h a n
d e s a r r o l l a d o e n a l g u n o s países d e E u r o p a y A s i a ,
durante l aSegunda G u e r r a M u n d i a l y e n los pri-
m e r o s años d e l a p o s g u e r r a surgió u n a n u e v a
f o r m a d eEstado socialista: e lEstado d e demo-
cracia popular. U n a d e las variedades del poder
r e v o l u c i o n a r i o democrático d e l a s c l a s e s r e v o l u -
* Véase K o m m u n i s t , N o . 5, p. 64, 1971.
303
cionarias con e l papel dirigente d el aclase obre-
r a . E l E s t a d o d e d e m o c r a c i a p o p u l a r suprimió
l a dominación d e l c a p i t a l m o n o p o l i s t a , d e m o c r a -
tizó l a v i d a s o c i a l , aplicó u n a r e f o r m a a g r a r i a
según e l p r i n c i p i o : " l a t i e r r a p e r t e n e c e a q u i e n e s
l a c u l t i v a n " y nacionalizó l a s p o s i c i o n e s c l a v e e n
l a producción, l a i n d u s t r i a , e l t r a n s p o r t e y e l
s i s t e m a d e f i n a n z a s . E s t e E s t a d o creó u n a p a -
rato estatal nuevo.
E n l o s países q u e n o h a n r e c o r r i d o l a f a s e c a -
pitalista d e desarrollo, y q u eh a n abrazado l a
senda i n d e p e n d i e n t e d e d e s e n v o l v i m i e n t o des-
pués d e s u liberación, e l t i p o d e E s t a d o más
p r o b a b l e será e l E s t a d o d e d e m o c r a c i a n a c i o n a l ,
. t a d o s e e n t i e n d e , a n t e t o d o , formas de gobierno.
c u y a característica s e h a d a d o r e i t e r a d a m e n t e
e n l a sconferencias internacionales d e represen-
tantes d e l o spartidos comunistas y obreros, y
e n e l P r o g r a m a d e l P C U S . E n l a época m o d e r n a
se o f r e c e n a m p l i a s p e r s p e c t i v a s p a r a m u c h o s
países q u e a v a n z a n h a c i a l a formación d e l E s -
t a d o soberano d e democracia nacional, es decir,
del Estado q u e defienda consecuentemente s u
i n d e p e n d e n c i a política y económica y l u c h e c o n -
t r a e l i m p e r i a l i s m o , l o s b l o q u e s m i l i t a r e s d e éste,
y c o n t r a las bases m i l i t a r e s e n s ut e r r i t o r i o ; E s -
tado q u e luche contra las nuevas formas d e l
c o l o n i a l i s m o y l a penetración d e l c a p i t a l i m p e -
r i a l i s t a ; E s t a d o q u e r e c h a c e l o s métodos díctate^
ríales y despóticos d e g o b i e r n o ; E s t a d o q u e a s e -
gure a l pueblo amplios derechos y libertades
democráticas ( l i b e r t a d d e p a l a b r a , d e p r e n s a ,
reunión, manifestación, d e c r e a r p a r t i d o s polí-
ticos y organizaciones sociales); l a posibilidad
d e l u c h a r p o r l a aplicación d e l a r e f o r m a a g r a r i a
y l a satisfacción d e o t r a s r e i v i n d i c a c i o n e s d e l a
e s f e r a d e l a s t r a n s f o r m a c i o n e s democráticas y
304
s o c i a l e s , l a participación e n l a determinación d e
l a política d e l E s t a d o . L a formación y c o n s o l i -
dación d e l o s E s t a d o s d e d e m o c r a c i a n a c i o n a l
a s e g u r a n a e s t o s países l a p o s i b i l i d a d d e d e s -
arrollarse c o n rapidez p o r e lc a m i n o del progre-
s o s o c i a l , desempeñar u n p a p e l a c t i v o e n l a l u c h a
d e l o s p u e b l o s p o r l a p a z , c o n t r a l a política
agresiva d e lc a m p o imperialista, p o ru n a liqui-
dación c o m p l e t a d e l y u g o c o l o n i a l .
Analizados l o spostulados leninistas sobre l o s
tipos fundamentales y transitorios d e Estado,
quisiéramos p a s a r a l análisis d e l a s formas de
Estado y regímenes políticos. Por forma d e Es-
E s t a s últimas s e d i s t i n g u e n según s e e j e r z a e l
p o d e r s u p r e m o : p o r u n i n d i v i d u o o p o r u n órga-
n o o f i c i a l e l e g i b l e . C o n relación a e s t o , s e d i s -
t i n g u e n f o r m a s monárquicas y republicanas de
g o b i e r n o . L a monarquía e s e l p o d e r a b s o l u t o
o l i m i t a d o d e u n i n d i v i d u o (rey, zar, empera-
d o r ) , q u e suele heredarse: e n este caso e l naci-
m i e n t o d e h e r e d e r o s d e t e r m i n a q u i e n será e l
gobernador. P o rejemplo, l aRusia zarista e r a
u n a monarquía a b s o l u t a : e l z a r p r o m u l g a b a l e -
yes, n o m b r a b a oficinistas y l o s c o n t r o l a b a .
L a república e s e l p o d e r e j e r c i d o p o r l o s órga-
nos oficiales elegibles. L ah i s t o r i a h a conocido
d i s t i n t o s t i p o s d e monarquía y república.
La f o r m a d eEstado n o queda agotada por l a
forma d e gobierno. A lhablar d e l af o r m a d e
E s t a d o h a y q u e t e n e r e nc u e n t a n osolo l a f o r m a
d e g o b i e r n o , s i n o también e l régimen político,
q u e p u e d e s e r democrático o antidemocrático,
e s d e c i r , l o s métodos d e dirección d e l a s o c i e d a d
por e l Estado. U n a m i s m a f o r m a d e gobierno
305
p u e d e e j e r c e r s e p o r d i s t i n t o s métodos: l a b u r g u e -
sía, p o r e j e m p l o , p u e d e e j e r c e r s u p o d e r p o r l o s
métodos democráticos del parlamentarismo o
p o r l o s métodos antidemocráticos del fascismo:
p o r l a d i c t a d u r a t e r r o r i s t a d e l a s f u e r z a s más
reaccionarias del capital m o n o p o l i s t a , e s decir,
e l t o t a l i t a r i s m o e n s u f o r m a más d e s c a r a d a : e l
aparato del poder estatal, que h a alcanzado pro-
p o r c i o n e s e n o r m e s , r e p r e s e n t a , u n a pirámide e n
c u y a c i m a está e l g o b e r n a d o r a b s o l u t o .
L a d e m o c r a c i a e s e l método d e e j e r c i c i o d e l
poder estatal que reconoce e l principio d e l a
subordinación d e l a minoría a l a mayoría. L a
d e m o c r a c i a significa q u e las decisiones se t o m e n
p o r l a mayoría, e x i g i e n d o a l m i s m o t i e m p o q u e
s e r e s p e t e n l o s d e r e c h o s d e l a minoría.
L a d e m o c r a c i a , c o m o método d e g o b i e r n o e s -
tatal d ela sociedad, tiene u n a larga historia, la
c u a l está r e l a c i o n a d a e s t r e c h a m e n t e c o n t o d o e l
s i s t e m a d e l a organización política d e l a s o c i e -
d a d , c o n l a política.
L a historia conoce d elos m o d o s t a n distintos
de ejercicio d e l ad i c t a d u r a d e clase d e n t r o d e
l o s límites d e u n m i s m o t i p o d e E s t a d o .
L e n i n señaló q u e l a s o c i e d a d e s c l a v i s t a c o n o -
cía y a d i s t i n t a s f o r m a s d e g o b i e r n o : monarquía
c o m o p o d e r a b s o l u t o ; república c o m o p o d e r e l e -
g i b l e ; d e m o c r a c i a c o m o p o d e r d e l a mayoría. S i n
embargo, pese a estas diferencias, e l E s t a d o d e
l a época d e l a e s c l a v i t u d f u e e s c l a v i s t a .
U n c u a d r o análogo o f r e c e l a s o c i e d a d f e u d a l .
L a f o r m a más e x t e n d i d a d e l E s t a d o f e u d a l e s
l a monarquía. P e r o e n e s t a época d e l f e u d a l i s -
m o h u b o también repúblicas - c i u d a d e s i n d e -
306
*•
p e n d i e n t e s — l i b e r a d a s d e l p o d e r d e l o s señores
f e u d a l e s y g o b e r n a d a s p o r órganos e l e g i b l e s .
Al m i s m o tiempo, los distintos tipos d e Esta-
d o e x p l o t a d o s tenían f o r m a s p a r e c i d a s d e g o -
b i e r n o , p o r e j e m p l o , u n a república t a n t o e n l a
formación e s c l a v i s t a c o m o e n l a c a p i t a l i s t a .
ESENCIA DE LA DEMOCRACIA BURGUESA
A l h a b l a r d e l a d e m o c r a c i a , l o s ideólogos b u r -
gueses, especulan c o n frecuencia c o n este con-
c e p t o , a f i r m a n d o q u e allí d o n d e e x i s t e l a d e m o -
cracia, e lE s t a d o deja de ser esclavista y expresa
l o s i n t e r e s e s d e t o d a l a s o c i e d a d . ¿Es así e n r e a -
lidad?
•
E n l a época d e l a s r e v o l u c i o n e s b u r g u e s a s ,
c u a n d o l a burguesía a s p i r a b a a l a dominación,
propugnaba consignas nobles sobre l a libertad,
la igualdad y l a fraternidad. E n u n principio,
e l E s t a d o burgués f u e r e a l m e n t e p r o g r e s i s t a :
contribuyó a l a formación d e l a s r e l a c i o n e s d e
producción a v a n z a d a s . P e r o i n c l u s o e n l o s a l b o -
r e s d e l a época c a p i t a l i s t a , e n e l período d e s u
m a y o r d e m o c r a c i a , e l E s t a d o burgués n o f u e d e -
m o c r a c i a p a r a t o d o s . F u e d e m o c r a c i a sólo p a r a
l a burguesía, y d i c t a d u r a c o n r e s p e c t o a l a s c l a -
s e s o p r i m i d a s . L e n i n señaló q u e "lá d i c t a d u r a n o
s i g n i f i c a n e c e s a r i a m e n t e supresión d e l a d e m o -
cracia p a r a la clase que la ejerce sobre las otras
c l a s e s , p e r o sí s i g n i f i c a n e c e s a r i a m e n t e l a s u -
-307
presión ( o u n a restricción esencialísima q u e e s
también u n a d e l a s f o r m a s d e supresión) d e l a
d e m o c r a c i a p a r a l a clase s o b r e l ac u a l o c o n t r a
la cual s e ejerce l a dictadura". 1 0
E l carácter r e s t r i n g i d o d e l a d e m o c r a c i a b u r -
guesa se manifiesta d e u n m o d o particularmente
a c e n t u a d o e n l a época d e l i m p e r i a l i s m o .
Lenin puso a ldesnudo los cambios produci-
d o s e n l a s u p e r e s t r u c t u r a jurídica d e l E s t a d o
que estuvieron relacionados c o nl a transforma-
ción d e l c a p i t a l i s m o p r e m o n o p o l i s t a e n i m p e r i a -
l i s m o . L e n i n mostró q u e l a concentración d e l a
dominación económica e n m a n o s d e l o s m o n o -
p o l i s t a s s u s c i t a e n e l l o s e l afán d e c o n q u i s t a r
e l p o d e r político y d e s u p e d i t a r e l a p a r a t o d e l
Estado a sus intereses y voluntad. " N ohay Es-
t a d o , i n c l u s o e l más democrático, c u y a C o n s t i -
tución n o o f r e z c a algún e s c a p e o r e s e r v a q u e
p e r m i t a a l a burguesía l a n z a r l a s t r o p a s c o n t r a
l o s o b r e r o s , d e c l a r a r e l e s t a d o d e g u e r r a , etc.,
' e n c a s o d e alteración d e l o r d e n ' , e n r e a l i d a d ,
e n c a s o d e q u el aclase e x p l o t a d a ' a l t e r e ' s u si-
tuación d e e s c l a v a e i n t e n t e h a c e r a l g o q u e n o
sea propio d e esclavos." 1 1
D e b i d o a l a acentuación d e t o d a s l a s c o n t r a -
dicciones d e lcapitalismo e n s ufase imperialis-
ta y a ldesarrollo d e lmovimiento obrero y d e
liberación n a c i o n a l e l E s t a d o burgués h a d a d o
u n g r a n v i r a j e h a c i a l a reacción. P o r a l g o L e n i n
dijo: " L a democracia corresponde a l a libre
c o m p e t e n c i a . L a política r e a c c i o n a r i a c o r r e s p o n -
1 0
V. I . L e n i n : O b r a s escogidas, e n tres tomos, t. 3,
p. 68, Moscú, 1970.
V. I . L e n i n : O b r a s escogidas, e n tres tomos, t. 3,
p. 76, Moscú, 1970.
308
de a l monopolio." 1 2
S i antes, con toda l arestric-
ción d e l a d e m o c r a c i a b u r g u e s a , e l . E s t a d o c o n -
tribuyó a l p r o g r e s o d e l a s o c i e d a d , h o y s e h a
c o n v e r t i d o e n u n obstáculo e n e l c a m i n o d e l
p r o g r e s o : l a a n c i a n a burguesía h a c e t i e m p o q u e
renunció a l o s i d e a l e s democráticos d e s u j u -
ventud.
E l i m p e r i a l i s m o , indicó L e n i n , e s r e a c c i o n a -
r i o e n t o d o s l o sfrentes, y a n t e t o d o e n e l f r e n t e
e s t a t a l , político.
L a evolución p o s t e r i o r d e l o s E s t a d o s b u r g u e -
s e s confirmó p l e n a m e n t e l a j u s t e z a d e l o s p o s -
tulados de Lenin,
Las constituciones d e los Estados burgueses
declaran n o pocas libertades y derechos para to-
dos l o s c i u d a d a n o s : s u f r a g i o u n i v e r s a l , eleccio-
nes libres, libertad d e palabra, d e prensa, e t c .
P e r o s o n sólo b e l l a s p a l a b r a s q u e o c u l t a n l a r e a -
lidad.
L a democracia burguesa aparece d i s m i n u i d a
f también e n s u a s p e c t o p u r a m e n t e f o r m a l . L a s
C o n s t i t u c i o n e s b u r g u e s a s p a r t e n a b i e r t a o táci-
t a m e n t e d e l a desigualdad e n los derechos d e las
naciones y razas y r e f r e n d a n esta desigualdad.
E n algunos casos se h a establecido u n elevado
censo d e edad y p a t r i m o n i a l p a r a poder elegir.
¿De qué p o d e r p o p u l a r v e r d a d e r o p u e d e t r a t a r -
s e s i e l p u e b l o sólo p u e d e v o t a r e n l a s e l e c c i o -
nes o d u r a n t e l o s referendums, pero q u ee n l a
práctica n o a d m i n i s t r a l a r i q u e z a s o c i a l n i p a r -
t i c i p a d e u n m o d o d i r e c t o y decisivo e n l a ges-
tión d e l a economía? L e n i n escribió: " D e c i -
i d i r u n a v e z c a d a c i e r t o número d e años qué
*2 V. I . Lenin: O b r a s completas, ed. en ruso, t. 30,
p. 93.
m i e m b r o s d el aclase d o m i n a n t e h a n d e o p r i m i r
y a p l a s t a r a l p u e b l o e n e l p a r l a m e n t o : h e aquí
la verdadera esencia d e lp a r l a m e n t a r i s m o bur-
gués, n o sólo e n l a s monarquías c o n s t i t u c i o n a -
l e s p a r l a m e n t a r i a s , s i n o e n l a s repúblicas más
democráticas . " 1S
¿A qué s e r e d u c e l a l i b e r t a d p a r a u n d e s e m -
p l e a d o q u e l l e v a u n a mísera e x i s t e n c i a y p a r a
los ancianos carentes d e medios d e subsisten-
c i a ? ¿Qué i g u a l d a d p u e d e h a b e r e n t r e e l r i c o y
el pobre, entre e l saciado y e l h a m b r i e n t o ? L a
l i b e r t a d b u r g u e s a e s a c c e s i b l e sólo p a r a l a s p e r -
s o n a s q u e v i v e n c o n h o l g u r a ; e s u n engaño p o r
medio d e l cual se l e d a a l a dependencia l a
forma d elibertad. "Democracia para u n a mino-
ría i n s i g n i f i c a n t e , d e m o c r a c i a p a r a l o s r i c o s :
ésta e s l a d e m o c r a c i a d e l a s o c i e d a d c a p i t a l i s -
ta", 1 4
estas palabras d e L e n i n s u e n a n c o m o s i
las dijera hoy.
L o s trabajadores c o n s t i t u y e n l a parte aplas-
t a n t e d e e l e c t o r e s . P e r o ¿están r e p r e s e n t a d o s e n
e l p a r l a m e n t o ? E s t a d o s U n i d o s c u e n t a c o n más
d e 5 1 0 0 0 0 0 0 d e o b r e r o s , e m p l e a d o s y pequeños
granjeros. Pero e n e l Congreso n oh a y n i u n
s o l o o b r e r o , n i u n s o l o pequeño g r a n j e r o . P o r
e s o L e n i n escribió q u e " l a f u e r z a d e l c a p i t a l l o
es t o d o , l aB o l s a l o e st o d o , m i e n t r a s q u e e l par-
l a m e n t o y l a selecciones s o n m a r i o n e t a s , pele-
les..." 1 8
C u a l q u i e r E s t a d o , i n c l u i d o e l burgués, c u m -
p l e además e l p a p e l económico. E s t e p a p e l h a
1 8
V . I . L e n i n : O b r a s escogidas, e n tres tomos, t. 2,
p. 329, Moscú, 1970.
w Ibídem, p. 362.
«• V . I . L e n i n : O b r a s escogidas, e n tres tomos, t. 3,
p. 374, Moscú, 1970.
310
a u m e n t a d o e n l a época d e l i m p e r i a l i s m o , c u a n d o
el capitalismo monopolista s eh aconvertido e n
el capitalismo monopolista d e Estado, q u e s e
c a r a c t e r i z a p o r l a fusión d e l a p a r a t o d e l E s t a d o
c o n l a s e n t i d a d e s económicas i m p e r i a l i s t a s . E l
E s t a d o p o s e e u n g r a n número d e e m p r e s a s ( e n
Estados Unidos hasta e l3 0 % ) , d e ferrocarriles,
B a n c o s , m e d i o s d e comunicación. E l E s t a d o b u r -
gués t r a t a d e p l a n i f i c a r y p r o n o s t i c a r e l f o m e n t o
d e l a economía. E s t o d a s u s f r u t o s : a l g u n o s
países c a p i t a l i s t a s d e s a r r o l l a d o s h a n a l c a n z a d o
un r i t m o relativamente elevado d e incremento
d e l a producción. L a n a t u r a l e z a d e l c a p i t a l i s m o
m o n o p o l i s t a d e E s t a d o c o n s i s t e , según L e n i n ,
en q u e e lcapital monopolista utiliza activamen-
t e e l a p a r a t o burgués d e l E s t a d o p a r a o b t e n e r
g a n a n c i a s máximas y c o n s o l i d a r s u dominación
política y económica. E s t a i d e a d e L e n i n e s
d e e x t r a o r d i n a r i a a c t u a l i d a d e n n u e s t r a época;
c u a n d o l o s ideólogos d e l a burguesía y l o s r e f o r -
m i s t a s t r a t a n d e p r e s e n t a r e l h e c h o d e l a fusión
de l o sm o n o p o l i o s c o n e l E s t a d o c o m o E s t a d o
q u e está p o r e n c i m a d e l a s c l a s e s , c o m o E s t a d o
del "bienestar general". S i n embargo, e l capital
monopolista, habiendo concentrado e ns u s m a -
n o s l a p a r t e f u n d a m e n t a l d e l a producción s o -
cial, n o c o m p a r t e n idesea c o m p a r t i r c o n nadie
e l p o d e r político. H a e s t a b l e c i d o s u . d i c t a d u r a
q u e s e a p o y a e n e l ejército y l a policía c o m o
medios d e m a n t e n i m i e n t o d e lestado real d e
cosas.
Los apologistas d e l capitalismo se esfuerzan
en demostrar que e l E s t a d o burgués e s e l v e r d a -
dero triunfo d e l o s i d e a l e s democráticos d e l a
h u m a n i d a d , e se l " m u n d o l i b r e " . ¿Qué t i e n e n e n
31Í
c u e n t a e l l o s ? ¿Será a España o a P o r t u g a l * d o n -
d e aún d o m i n a n l a s d i c t a d u r a s f a s c i s t a s ?
E n l a sociedad burguesa se propaga celosa-
m e n t e l a l e y e n d a s o b r e e l E s t a d o c o m o intér-
prete y defensor d e l o sintereses d e todos l o s
ciudadanos, i n d i s t i n t a m e n t e d e l a clase a q u e
p e r t e n e z c a n . A l g u n o s ideólogos d e l a s o c i a l d e -
mocracia d ederecha hacen suya y propalan esta
falsa doctrina. E lSecretario General d e l PCUS,
L e o n i d Brézhnev, señaló e n s u i n f o r m e a l X X I V
C o n g r e s o d e l p a r t i d o : " L o s soviéticos t i e n e n s u
p r o p i a d e m o c r a c i a , l a d e m o c r a c i a socialista, tie-
nen sus propios principios y sus tradiciones e n
el desarrollo d e esta democracia. N o existe l i -
bertad e n abstracto, c o m o tampoco existe de-
mocracia e nabstracto. Estos conceptos son con-
c e p t o s d e c l a s e . Así planteó l a cuestión V . I . L e -
n i n y así l o p l a n t e a h o y n u e s t r o p a r t i d o . N o s o -
t r o s v e m o s e ls e n t i d o y e lc o n t e n i d o d e l a d e m o -
c r a c i a s o c i a l i s t a e n l a participación d e m a s a s
c a d a v e z más a m p l i a s e n l a administración d e l
país y d e l o s a s u n t o s d e l a s o c i e d a d . " 1 6
Lenin, revelando l a completa inconsistencia
de las aseveraciones reformistas d eque las ten-
dencias monopolistas d e Estado c o n f i r m a n l a
transformación pacífica d e l c a p i t a l i s m o e n s o -
cialismo por medio d e lEstado como "reconci-
l i a d o r " d e l a s c l a s e s , mostró e l c a m i n o q u e s i g u e
e l p r o c e s o d e l a supeditación d e l a p a r a t o b u r -
gués d e l E s t a d o a l o s m o n o p o l i o s , p r o c e s o d e
l a destrucción d e l a l e g a l i d a d b u r g u e s a , así
c o m o los medios que s e e m p l e a n p a r a este f i n .
* Actualmente e n Portugal se están operando cambios
democráticos. ( N . del E . ) ; 1 7
i« Véase K o m m u n i s t , no. 5, p. 65, 1971.
312
Al caracterizar a l ademocracia burguesa, L e -
n i n recalcó l a s g r a d a c i o n e s c u a l i t a t i v a s d e l a
d e m o c r a c i a e n l o s d i s t i n t o s países, e n c o r r e s -
p o n d e n c i a c o n l a s p e c u l i a r i d a d e s d e l régimen
político. " B u e n o sería e l m a r x i s t a q u e e n l a
época d e l a revolución democrática d e j a r a e s c a -
par esta diferencia entre l o s grados d e demo-
c r a c i a y e n t r e e l d i f e r e n t e carácter d e t a l o c u a l
f o r m a del m i s m o . " 1 7
E l imperialismo como sistema es incompati-
ble con l a democracia verdadera para los traba-
jadores. S i n embargo, esto n osignifica q u e l a
l u c h a p o r l a satisfacción d e l a s r e i v i n d i c a c i o n e s
democráticas e n l a época d e l i m p e r i a l i s m o c a -
rezca d e base.
LUCHA POR LA DEMOCRACIA DENTRO
DE LOS LIMITES DEL RÉGIMEN BURGUÉS
E l capitalismo e ngeneral y e l imperialismo
en particular, dijo Lenin, convierten a l a demo-
c r a c i a e n u n a ilusión; a l m i s m o t i e m p o , e l c a p i -
t a l i s m o e n g e n d r a a s p i r a c i o n e s democráticas e n
l a s m a s a s , c r e a i n s t i t u c i o n e s democráticas, a c e n -
túa e l a n t a g o n i s m o e n t r e e l i m p e r i a l i s m o , q u e
niega a l ademocracia, y las masas que tienden
a l a d e m o c r a c i a . Sería u n e r r o r m u y g r a n d e
pensar que l a lucha por l ademocracia es capaz
d e d e s v i a r a l p r o l e t a r i a d o d e l a . revolución s o -
c i a l i s t a o empañar a ésta. N i n g u n a d e m o c r a c i a
V . 1. L e n i n : O b r a s escogidas, en tres tomos, t. 1,
p. 507, Moscú, 1966. ._
313
d e l m u n d o podrá s u p r i m i r l a l u c h a d e c l a s e s n i
la omnipotencia d e l dinero. L a importancia y
la utilidad d ela democracia n o consisten, n i m u -
cho menos, e n esto. L a trascendencia d el a
m i s m a estriba e n q u e hace amplia, franca y
consciente l al u c h a d e clases. P o r eso, e l prole-
t a r i a d o , c o n s t i t u y e n d o l av a n g u a r d i a d e l a l u c h a
p o r l a d e m o c r a c i a y dirigiéndola, n o d e b e o l v i -
dar n ipor u n instante las nuevas contradiccio-
n e s q u e entraña l a d e m o c r a c i a b u r g u e s a , n i l a s
nuevas luchas que l eesperan. L ademocracia n o
s u p r i m e e l y u g o d e clase, s i n o q u e hace q u e
l a l u c h a d e c l a s e s s e a más a b i e r t a y a g u d a . E l
régimen democrático burgués e s u n o d e l o s regí-
m e n e s b u r g u e s e s , e l régimen burgués más p u r o
y perfecto, donde a l apar con l alibertad y u n a
l u c h a d e c l a s e s a m p l i a y c o n s c i e n t e h a y u n máxi-
m o d e astucia, subterfugios, ardides, influencia
"ideológica" d e l a burguesía s o b r e l o s e s c l a v o s
a s a l a r i a d o s c o n e l fin d e a p a r t a r l o s d e l a l u c h a
contra l aesclavitud asalariada.
U n a d elas f o r m a s ilustrativas d el a democra-
cia socialista ese l paso a l ademocracia verda-
dera p a r a todos l o strabajadores, a saber, a l
c o n t r o l p o p u l a r d e l a actividad d e la p a r a t o d e l
E s t a d o . U n a condición importantísima d e u n a
d e m o c r a c i a v e r d a d e r a e s l a concentración e n
m a n o s d e l p u e b l o n o sólo d e l p o d e r . político,
sino d e todas las riquezas fundamentales d e l a
sociedad. Desde e lprincipio m i s m o l a democra-
c i a s o c i a l i s t a n o h a c e hincapié e n l a p r o c l a m a -
ción jurídica f o r m a l d e l o s d e r e c h o s y l a s l i b e r -
t a d e s , s i n o e n e l e j e r c i c i o práctico d e l o s m i s m o s .
Por eso los. trabajadores n o dudan n i vacilan
c u a n d o s e l e s p r e s e n t a l a a l t e r n a t i v a d e p o r cuál
democracia optar: l a socialista o l a burguesa-
314
Están p o r l a d e m o c r a c i a s o c i a l i s t a . P e r o c u a n d o
la vida obliga a elegir entre las f o r m a s extremas
dé l a reacción, p o r e j e m p l o , e n t r e l a d i c t a d u r a
de los "coroneles n e g r o s " e nGrecia* y l a demo-
cracia burguesa, resulta p o r su peso que es pre-
f e r i b l e e s t a última. ¿Por qué? P o r q u e l a d e m o -
c r a c i a b u r g u e s a p r o p i c i a l a s c o n d i c i o n e s más
f a v o r a b l e s , d e e n t r e las posibles e nl a s o c i e d a d
burguesa, p a r a l al u c h a d e l a clase obrera c o n t r a
e l c a p i t a l i s m o y p o r s u emancipación.
L e n i n calificó l a s f o r m a s d e g o b i e r n o d e n t r o
d e l E s t a d o burgués d e s d e e l p u n t o d e v i s t a d e
l o s i n t e r e s e s d e l p r o l e t a r i a d o . Él c o n s i d e r a q u e
d e l a s f o r m a s políticas p o s i b l e s d e g o b i e r n o
d e n t r o d e l a e s t r u c t u r a política b u r g u e s a d e l a
s o c i e d a d l a m e j o r e s l a república democrática:
las condiciones d el a democracia burguesa brin-
d a n a l o s t r a b a j a d o r e s p o s i b i l i d a d e s m u c h o más
amplias para organizar l a sfuerzas e nl a lucha
p o r l a s t r a n s f o r m a c i o n e s sociales. A l m i s m o
t i e m p o , l ademocracia burguesa, p o r s u esencia,
está o r i e n t a d a a a p a r t a r a l o s t r a b a j a d o r e s d e l
gobierno d e lEstado. E nl a scondiciones d e l a
democracia burguesa n o pueden satisfacerse e n
p l e n a m e d i d a l a s r e i v i n d i c a c i o n e s democráticas
más e s e n c i a l e s d e l o s t r a b a j a d o r e s : t r a b a j o g a -
rantizado, igualdad d e derechos p a r a las m u j e -
res, r e f o r m a ' a g r a r i a , igualdad d e derechos p a r a
las distintas naciones, establecimiento d e u n
sistema electoral justo.
E n l alucha por l ademocracia los comunistas
h a n s i d o y s o n u n a f u e r z a política c o n s e c u e n t e ,
organizada y orientada a u n fin. Los comunistas
* N o debe olvidarse que actualmente s e están ope-
r a n d o e n G r e c i a cambios democráticos. ( N . del E . )
315
l u c h a n s i e m p r e y d e l m o d o más c o n s e c u e n t e p o r
l a restricción d e l p o d e r económico y político d e
l o s m o n o p o l i o s , l a satisfacción d e l a s r e i v i n d i c a -
ciones candentes d elos trabajadores, l a amplia-
ción d e l o s d e r e c h o s d e l o s s i n d i c a t o s , l a p r o -
tección d e l a d e m o c r a c i a y l o s i n t e r e s e s n a c i o n a -
l e s , e l c e s e d e l a agresión i m p e r i a l i s t a , e l d e -
sarme general y completo. Los comunistas se
esfuerzan por u n i r a todos los obreros; a los
q u e p e r t e n e c e n a l o s p a r t i d o s socialdemócratas,
pequeñoburgueses, y a l o s q u e n o p e r t e n e c e n a
ningún p a r t i d o , a l o s m i e m b r o s d e l o s s i n d i c a -
tos y a los trabajadores n o afiliados a estas
organizaciones. L o scomunistas parten d e l a
p r o f u n d a convicción d e q u e e n n u e s t r a época s e
tiene l aposibilidad real d e frenar las fuerzas
d e l a reacción y l a agresión, e v i t a r e l d e s e n c a d e -
n a m i e n t o d eu n a nueva guerra m u n d i a l y alcan-
z a r n u e v o s éxitos e n l a l u c h a p o r e l t r i u n f o d e l
s o c i a l i s m o y l a p a z . L a consecución d e e s t o s o b -
jetivos depende e n g r a n m e d i d a d el a u n i d a d d e
todas l a sfuerzas revolucionarias d e nuestros
t i e m p o s , d ela actividad d ecada u n a d eellas e n
s u sector d el u c h a s a n t i m p e r i a l i s t a s . L a b a t a l l a
p o r l a unión d e t o d a s l a s f u e r z a s s o c i a l e s q u e
l u c h a n p o r l a democracia, la libertad de los pue-
b l o s , l a p a z y e l s o c i a l i s m o e s l a única línea e s -
tratégica j u s t a d e l m o v i m i e n t o o b r e r o i n t e r n a -
cional.
E n las condiciones actuales, los trabajadores,
con los partidos comunistas a lfrente, luchan
t e s o n e r a m e n t e p o r l a democratización d e t o d a
la vida social. L a lucha p o r l ademocracia es l a
lucha p o r e lr e f o r z a m i e n t o del papel real d e los
t r a b a j a d o r e s e n l a v i d a s o c i a l y política, p o r
crear condiciones favorables para l a actividad
de todas las fuerzas progresistas, con l a parti-
316
cularidad de que ahora la lucha por la demo-
cracia se ha entrelazado de un modo muy estre-
cho con la lucha por e l socialismo. L a c l a s e
obrera de muchos países, en la nueva situación
histórica, puede aún antes de que sea derrocado
el capitalismo, imponer a la burguesía la apli-
cación de medidas que, rebasando los límites de
las reformas ordinarias, tengan una trascenden-
cia muy importante tanto para la clase obrera
como para la mayoría de la nación. L a lucha
democrática general contra los monopolios no
aleja la revolución socialista, sino que la aproxi-
ma. L a lucha por la democracia es parte inte-
grante de la lucha por el socialismo. E l aisla-
miento de los grupos monopolistas, la aplicación
de importantes reformas democráticas facilita-
rían el paso a una etapa más elevada de la lucha
por el poder del pueblo.
Debido al desarrollo del capitalismo monopo-
lista de Estado y el reforzamiento de la prepon-
derancia de los monopolios en las esferas eco-
nómicas, "política y cultural se ha ensanchado
l a base objetiva de la cohesión de todas las
c a p a s n o monopolistas de la población para
f o r m a r una alianza única. L o s últimos años se
c a r a c t e r i z a n por numerosas acciones antimono-
pblistas d e l c a m p e s i n a d o , l o s e m p l e a d o s d e l a s
i n s t i t u c i p n e s d e l Estado y l o s i n t e l e c t u a l e s . L a
l u c h a p o r l a d e m o c r a c i a e s u n a condición i m -
p r e s c i n d i b l e p a r a l a unión d e l a s a m p l i a s m a s a s
y p a r a s u m a r c h a a l a revolución s o c i a l i s t a ' .
E n e l p l a n o histórico, e l i m p e r i a l i s m o está
c o n d e n a d o a h u n d i r s e , s u s p o s i c i o n e s están m i -
nadas irremediablemente. S el e contrapone l a
p o t e n t e c o m u n i d a d d e l o s países s o c i a l i s t a s , e l
m o v i m i e n t o d e liberación n a c i o n a l , q u e h a a l c a n -
317
z a d o g r a n d i o s o s éxitos, l a c l a s e o b r e r a d e l o s
países c a p i t a l i s t a s d e s a r r o l l a d o s , q u e h a a u m e n -
t a d o numéricamente, y l o s a m p l i o s m o v i m i e n t o s
democráticos. E l d e s a r r o l l o d e l o s países b u r -
g u e s e s e n l a época m o d e r n a c o n f i r m a l a c a r a c -
terística l e n i n i s t a d e l c a p i t a l i s m o m o n o p o l i s t a
c o m o víspera d e l a revolución s o c i a l i s t a .
" L a crisis general del capitalismo — s e dice en
l a resolución d e l X X I V C o n g r e s o d e l P C U S —
continúa agravándose. E l d e s a r r o l l o m o n o p o l i s t a
d e E s t a d o c o n d u c e a l a agudización d e t o d a s l a s
contradicciones del c a p i t a l i s m o y a lascenso d e
la luchaantimperialista." 1 8
L a b a s e filosófica d e l m o v i m i e n t o c o m u n i s t a
m u n d i a l e s e l m a t e r i a l i s m o dialéctico e histórico.
L a f i d e l i d a d a s u s p r i n c i p i o s e s u n a condición
indispensable d e l a u n i d a d d e este m o v i m i e n t o ;
l a r e n u n c i a a e s t o s p r i n c i p i o s y s u revisión p u e -
den quebrantar la u n i d a d del m o v i m i e n t o c o m u -
nista. E l deber internacional d elos comunistas
consiste en salvaguardar, llevar consecuentemen-
t e a l a práctica y d e s a r r o l l a r d e m o d o creador
l o s p r i n c i p i o s d e l a concepción m a r x i s t a - l e n i n i s t a
del m u n d o .
D e l m i s m o m o d o q u e e lr o b l e gigante p e n e t r a
profundamente e nl a tierra con sus * poderosas
raíces, así también l a filosofía m a r x i s t a t i e n e
s u s sólidas raíces e n l a c i e n c i a , e n c o n s t a n t e
d e s a r r o l l o , e n l a práctica s o c i a l y e n l a v i d a d e l
pueblo trabajador, cuyos intereses y aspiracio-
n e s r e f l e j a . L a ideología c o m u n i s t a e s l a i d e o l o -
gía más h u m a n a . S u s i d e a l e s s o n l a afirmación
de las relaciones verdaderamente h u m a n a s entre
1 8
Véase K o m m u n i s t , no. 6, p. 6, 1971.
318
l o s h o m b r e s y p u e b l o s , l a afirmación d e l a p a z
y l a f e l i c i d a d e n l a t i e r r a . P o r e s o , l a ideología
c o m u n i s t a gana la lucha por la m e n t e y el cora-
zón d e l o s h o m b r e s , c o s a q u e r e c o n o c e n p o r l o
demás, i n c l u s o m u c h o s ideólogos b u r g u e s e s , e n
los q u e s e despierta l aa l a r m a n t e conciencia d e
la superioridad d e lsocialismo y l a vitalidad
d e s u b a s e ideológico-teórica.
Para asegurar e l progreso d e l a h u m a n i d a d
es m u y i m p o r t a n t e q u e e n n u e s t r o p l a n e t a s e
entronice l apaz sin guerras n i armas. M i e n t r a s
bajo e l capitalismo e l desarrollo d e l a produc-
ción a p a r e c e c o m o u n f i n e n sí, y e l i n d i v i d u o
sólo c o m o m e d i o d e consecución d e e s t e f i n , l a
c o n s i g n a del c o m u n i s m o es: " t o d o e n a r a s del
hombre, para e lbien del hombre". E l comunis-
m o c u m p l e u n a misión histórica, l i b e r a n d o a
todos los h o m b r e s de la desigualdad social, de to-'
d a s l a s f o r m a s d e opresión y explotación, d e l o s
h o r r o r e s d e l a guerra, consolidando l a paz, e l
trabajo, l a libertad, l aigualdad, l a fraternidad
y l a dicha d e todos los pueblos. E l desarrollo
del individuo, que se caracteriza por s u gran
r i q u e z a e s p i r i t u a l , u n e l e v a d o n i v e l m o r a l y fí-
s i c o , s u a c t i t u d a n t e e l t r a b a j o c o m o primerísima
n e c e s i d a d v i t a l , c o m o creación q u e l e p r o p o r -
c i o n a p l a c e r , s o n índices s u m a r i o s , e s e n c i a l e s d e l
nivel del proceso social. L avictoria del c o m u -
n i s m o significa e ltriunfo del progreso social d e
tipo superior, y por m u y grandes que sean los
obstáculos q u e s e e n c u e n t r e n e n e l c a m i n o d e l
p r o g r e s o histórico, l a h u m a n i d a d r e a l i z a s u o b r a
y avanza. v -
N u e s t r o siglo, complicado y lleno d e agudas
colisiones, e s u n siglo e n que s eh a n empezado
a c u m p l i r l o s sueños más recónditos d e l a h u -
319
maní d a d p r o g r e s i s t a ; e s t o s sueños s e h a c e n r e a -
l i d a d t a n t o e n e lt e r r e n o d el a v i d a social c o m o
e n l a e s f e r a d e l a dominación d e l a s f u e r z a s d e
la naturaleza y e n l a ciencia. L a h u m a n i d a d
tiene motivos para enorgullecerse y bases para
sentirse m u y optimista. E l marxismo-leninismo
brinda l aseguridad f u n d a m e n t a d a del progreso
histórico y d e q u e s o n r e a l e s l a s p o s i b i l i d a d e s
de t r a n s f o r m a r radicalmente l a sociedad, ase-
g u r a e l d e s a r r o l l o armónico d e l a h u m a n i d a d
y su avance hacia l a abundancia, l a libertad y
la prosperidad.
INDICE
E l g r a n t o r r e n t e d e l a h i s t o r i a n o podrá n u n c a
l o g r a r , e n s u f l u i r , l a culminación d e f i n i t i v a e n MATERIALISMO DIALÉCTICO
u n e s t a d o i d e a l a b s o l u t o . L a h u m a n i d a d n o dirá
jamás: " j B a s t a , n o a v a n z a m o s m á s ! " Capítulo I L a filosofía d e l m a r x i s m o e s e l
Cada etapa precedente no es simplemente u n m a t e r i a l i s m o dialéctico 1
peldaño q u e s i r v a d e p a s o a l f u t u r o : e s t a e t a p a A c e r c a d e l a i m p o r t a n c i a d e l a filosofía . . 1
es imprescindible, ella tiene s u i m p o r t a n c i a i n -
d e p e n d i e n t e y justificación p a r a l a época y l a s P a r t i d i s m o d e l a filosofía 6
condiciones a las que debe s u origen. Pero cada E l materialismo y e lidealismo 8
e t a p a d e l ah i s t o r i a s e v e p r i v a d a d e esta j u s t i -
ficación a n t e l a s c o n d i c i o n e s y r e q u i s i t o s n u e v o s , L a dialéctica y l a metafísica 12
más e l e v a d o s . Y así h a s t a l o i n f i n i t o . ¿Qué e s e l m a t e r i a l i s m o dialéctico? 15

Capítulo I I S u r g i m i e n t o y d e s a r r o l l o d e l a
filosofía d e l ' m a r x i s m o 1?
Condiciones económico-sociales 17
Premisas científico-naturales 18
Premisas teóricas 19
E l d e s a r r o l l o d e l a filosofía m a r x i s t a p o r
Lenin 2 4
Carácter c r e a d o r d e l m a r x i s m o l e n i n i s m o . 2 7
320
 Inconsistencia d e lrevisionismo " d e iz-
Capítulo I I I L amateria y formas de s u
quierda" 8 1
existencia 29
L a dialéctica s o b r e l a u n i d a d d e l a e v o l u -
¿Qué e s l a m a t e r i a ? .'. 29
ción y l a revolución 82
U n i d a d d e l a m a t e r i a y d e l m o v i m i e n t o .. 37
L e y d el a u n i d a d y l u c h a d e los c o n t r a r i o s 83
E l espacio y e ltiempo 4 1
Acerca d elas contradicciones admisibles
Infinidad y unidad del m u n d o , 4 6 e inadmisibles 83

Capítulo I V L a c o n c i e n c i a , s uorigen y ¿Qué s o n " c o n t r a r i o " y "contradicción" 87

esencia 5 1 Unidad d econtrarios 88
L a conciencia: propiedad d el a materia al- L u c h a d econtrarios, fuente del desarro-
tamente organizada 5 1 llo 89

E l p e n s a m i e n t o , reflejo d el a r e a l i d a d 55 Contradicción f u n d a m e n t a l 9 2

Carácter s o c i a l d e l a c o n c i e n c i a 58 Contradicciones internas y externas .. .. 9 5

E l p e n s a m i e n t o y el lenguaje, el h a b l a .... 61 C o n t r a d i c c i o n e s antagónicas y n o antagó-
nicas - 97
E l p e n s a m i e n t o y l a máquina 63
L e y d e l a negación d e l a negación 101
E l materialismo y la riqueza espiritual del
hombre 64 ¿Qué e s negación? . 101
Negación d e l a negación 102
Capítulo V L e y e s y categorías f u n d a m e n t a -
l e s d e l a dialéctica 67 Negación dialéctica, crítica d e l n i h i l i s m o
y del escepticismo 104
Definición d e l e y 67
Carácter p r o g r e s i v o d e l d e s a r r o l l o . . . . . . 1 0 6
L o s h o m b r e s actúan c o n a r r e g l o a l a s l e y e s 70
L e y d e l a transformación d e l o s c a m b i o s Categorías f u n d a m e n t a l e s d e l a dialéctica
cuantitativos en cualitativos ............. 73 marxista 109

Cualidad, cantidad y medida 73 ¿Qué s o n categorías filosóficas? 109

Transformación d e l a c a n t i d a d e n c u a l i - Causa y efecto 111

d e l CÍ * ' • . • • • • • • • • • • a • • • • • •;• • • • • "76 ¿Qué s o n " c a u s a " y " e f e c t o " ? . . . . . . . . . . . 111
Dos formas d e desarrollo 78 Rasgos fundamentales de la causalidad . 113
Inconsistencia del r e f o r m i s m o y e l revisio-
Interacción de l a causa y el efecto . . . . . . 115
nismo "de derecha" 79

•
Necesidad y casualidad 119 Necesidad y libertad 174

¿Qué s o n " n e c e s i d a d " y "casualidad"? .. 1 1 9

Capítulo V I I I L a producción m a t e r i a l c o m o
¿Qué h a y d e común e n t r e l a n e c e s i d a d y base de l a v i d a y el d e s a r r o l l o de la sociedad 1 7 9
la casualidad? .. 122 Concepto d e producción m a t e r i a l 179
L u c h a c o n t r a las casualidades indeseables 124 U n i d a d de la n a t u r a l e z a y la sociedad 181
Posibilidad y realidad 126 Problemas d e l a población 186
¿Qué s o n " p o s i b i l i d a d " y " r e a l i d a d " ? . . 1 2 6 Fuerzas p r o d u c t i v a s y relaciones de produc-
Transformación d e l a p o s i b i l i d a d e n r e a - ción 191
lidad . 128
Interacción d e l a s f u e r z a s p r o d u c t i v a s y l a s
Contenido y forma 129 r e l a c i o n e s d e producción 207
¿Qué s o n " c o n t e n i d o " y " f o r m a " ? 129 Producción, c o n s u m o , d e m a n d a e i n t e r e s e s 2 1 3
Contradicción e n t r e l a f o r m a y e l c o n t e - Concepto d e d e m a n d a e interés 213
nido 132
Formación económico-social 219
Capítulo V I Teoría d e l c o n o c i m i e n t o del
m a t e r i a l i s m o dialéctico 135 Capítulo I X L a s clases y la l u c h a d eclases 2 2 5
E s e n c i a y fenómeno 135 E s e n c i a y o r i g e n d elas clases 225
Crítica d e l a g n o s t i c i s m o 137 E s t r u c t u r a clasista d ela sociedad 228
Etapas del conocimiento 140 C l a s e s s o c i a l e s y p a r t i d o s políticos 231
P a p e l d e l a práctica e n e l c o n o c i m i e n t o .. 145
L a l u c h a d e clases, f u e r z a m o t r i z del de-
¿Qué e s " v e r d a d " ? .. 148 sarrollo d e l asociedad 238

MATERIALISMO HISTÓRICO F o r m a s f u n d a m e n t a l e s de la l u c h a de clases

del proletariado 243
Capítulo V I I ¿Qué e s e l m a t e r i a l i s m o h i s -
tórico? 157 Capítulo X L a revolución s o c i a l 255
E s e n c i a d e l m a t e r i a l i s m o histórico . . . . . . . 1 5 7 N a t u r a l e z a d e l a revolución s o c i a l 255
R e g u l a r i d a d histórica ;. 1 6 6 Carácter y f u e r z a s m o t r i c e s d e l a revolución 2 6 2
Dialéctica d e l o o b j e t i v o y l o s u b j e t i v o eñ Revolución s o c i a l i s t a , t i p o s u p e r i o r d e r e -
la historia ............................... , 168 volución 264
Revolución s o c i a l i s t a c o m o p r o c e s o revolu-
cionario mundial 267
Vía d e d e s a r r o l l o n o c a p i t a l i s t a 2 7 2
Vía pacífica y n o pacífica d e l a revolución 2 7 5
L a revolución y l a g u e r r a 279

Capítulo X I L a organización política d e l a

sociedad 287
E l E s t a d o , i n s t r u m e n t o d e l p o d e r * político 2 8 7
T i p o s f u n d a m e n t a l e s d e E s t a d o y regímenes
políticos . 298
Esencia d el ademocracia burguesa 307
L u c h a p o r l a d e m o c r a c i a d e n t r o d e l o s lími- E s t e libro ha sido procesado en el Combinado
Poligráfico "Alfredo López" del Ministerio
t e s d e l régimen burgués 313 de C u l t u r a , terminado e n el mes de noviembre
de 1985. AÑO D E L T E R C E R C O N G R E S O .
Ciudad de L a Habana.
06-07