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Teoria electromagnética para propagação em fibras ópticas

1. Teoria electromagnética para propagação em fibras


ópticas

Quando a luz se propaga na fibra, esta viaja como em um guia de onda de


simetria cilíndrica. Como todo fenômeno eletromagnético, campos ópticos de
propagação em fibras são governados pelas equações de Maxwell. Desta
maneira, o campo óptico guiado em uma fibra é descrito pela solução da
equação de onda.

Neste capitulo as equações de Maxwell serão apresentadas para o caso de


uma fibra óptica com perfil de índice degrau, como também, serão descritos os
modos que podem ser guiados neste tipo de fibra.

1.1. Equações de Maxwell


Como todos os fenômenos eletromagnéticos, a propagação de campos ópticos
em fibras é governada pelas equações de Maxwell. Para um meio não condutor
sem cargas livres, essas equações apresentam-se da seguinte maneira:

(Lei de Faraday) (1)

(Lei de Ampere) ( 2)

(Lei de Gauss para campos elétricos) (3)

(Lei de Gauss para campos magnéticos) (4)

sendo os vetores de campos elétrico e magnético, respectivamente;


as correspondentes densidades de fluxo. Nas equações de Maxwell,
acima escritas, supõe-se que o meio é dielétrico, isotrópico e linear, sem
correntes nem cargas livres. Os quatro vectores de campo estão relacionados
por:

(5)

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onde ε é a permitividade dielétrica e µ é a permeabilidade magnética. De


relembrar que no vazio.

; ;

Fazendo o rotacional da equação (1) e (2) e substituindo e teremos:

(6)

(7)

A partir das equações de Maxwell pode-se derivar uma relação definindo a


propagação das ondas do campo electromagnético, que se designam por
equações de onda. Usando a identidade vectorial:

.
e recorrendo a equação (6) e (7) teremos as equações da onda:

(8)

(9)

1.2. Equações de guia de onda


A propagação de uma onda electromagnética harmónica de frequência angular
num meio linear sem fontes de parâmetros é governada
pelas equações de onda de Helmoltz.

( 10 )

( 11 )

Onde representam os fasores do campo elétrico e magnético da onda.

Considere-se a propagação de ondas deste tipo em uma fibra óptica que é um


guia de onda cilíndrico, isto é, um guia cuja secção transversal não varia com a
distância longitudinal (direcção do eixo dos z). Apenas serão considerados
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guias sem perdas, isto é, guias preenchidos por um material de parâmetros


, sem perdas, e podendo estar limitados por um condutor perfeito
.

FIGURA 1-Sistemas de coordenadas cilindra usada para analisar a propagação ondas


eletromagnéticas na fibra óptica.

Por causa da simetria destes guias, o sistema de coordenadas mais apropriado


para os estudar é o sistema de coordenadas cilíndricas .Admitindo que
o guia tem comprimento infinito, é necessário considerar apenas as ondas que
se propagam no sentido positivo do eixo dos z, o que permite escrever:

( 12 )

( 13 )

Quando estas equações ( 14 ) e ( 15 )são substituídas nas equações de onda


de Maxwell, nos temos as seguintes equações da equação (1):

( 16 )

( 17 )

( 18 )

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e da equação (2):

( 19 )

( 20 )

( 21 )

Onde .Estas equações de onda


não são independentes e, portanto, não é necessário resolver estas seis
equações para determinar . Efectivamente, os campos Eléctrico e
magnético de uma onda estão relacionados pelas equações de Maxwell:

Fica também claro que todas as componentes de campo variam com de


acordo com a expressão ,isto é:

;
Portanto:

( 22 )

É possível manipular as seis equações para se poder determinar as


componentes transversais dos campos a partir das componentes longitudinais
e .

Considerando a fibra óptica cilíndrica e o sistema de coordenadas polares da


figura, verifica-se que a solução básica da equação de onda é uma sinusóide,
sendo a mais importante a onda plana uniforme que apresenta uma
dependência funcional dada pelas expressões das equações ( 23), ( 24), ( 25),
( 26 ) e ( 27 )

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( 28 )

( 29 )

( 30 )

( 31 )

Onde:
Substituindo as equações x e y em t obtemos as equações da onda em
coordenadas cilíndricas;

( 32 )

( 33 )

Se as condições fronteira não conduzirem ao acoplamento entre as


componentes do campo eletromagnético, soluções de modos podem ser
obtidas para as quais

Os modos são apresentados pelas letras , onde são


autovalores da equação de onda.O subíndice determina o número de
alterações do campo ao longo da circunferência (perímetro do núcleo) e –o
número de alterações do campo ao longo do diâmetro. Na fibra óptica podem
propagar-se só dois tipos de ondas:

a) Simétricas que têm só uma componente longitudinal (ao


longo do eixo );
b) Assimétricas ou híbridas que têm duas componentes
longitudinais.

Se na onda então a onda é designada por , se na onda


então a onda é designada por . Comparando a teoria ondulatória com a

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teoria geométrica vale notar que os modos simétricos correspondem aos raios
meridianos e os modos assimétricos – aos raios inclinados.

Os raios meridianos interceptam o eixo óptico da fibra, têm a trajectória na


forma de ziguezague e estão localizados no plano que passa através do eixo
da fibra. Os raios inclinados nunca passam através do eixo da fibra, propagam-
se pela trajectória espiral e sua projecção na secção transversal representa um
polígono (fibra óptica de duplo índice de refracção) ou uma elipse (fibra óptica
de índice de refracção gradual).

Quando os modos são designados por transversos elétricos,


abreviando-se para modos . Quando os modos designam-se por
transversos magnéticos, ou recorrendo a siglas, modos

Modos híbridos existem se . Designam-se neste caso por


modos dependendo de , respectivamente, terem a maior
contribuição para o campo transverso.

A notação é usada para modos propagantes linearmente polarizados. No


caso de fibras ópticas, estão presentes modos híbridos, o que torna a sua
análise bastante mais complexa do que no caso em que apenas existam
modos ou .

1.3. Equação de onda para fibras de índice em degrau


Aplicando separação de variáveis nas equações (24) e (25) é possível obter
todas as soluções para a equação de onda. As soluções das duas
componentes independentes são encontradas em termos de quatro constantes
que podem ser determinadas pelas condições de contorno. Então, usando o
método de separação de variáveis, a solução da equação (24) é a seguinte:

( 34 )

Como já pressuposto

( 35 )

Supondo que a periódica em :

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( 36 )

Substituindo na equação (26) e usando a equação (24) Obtém-se:

( 37 )

De notar que a dependência em é periódica devido à simetria cilíndrica da


fibra, o que se traduz no facto de a componente deve ser a mesma quando
varia de .
De referir que uma equação idêntica a (29) pode ser obtida para . A
equação (29) é uma equação diferencial conhecida, tendo como solução a
função de Bessel.
Na derivação, assume-se uma fibra “step-index”, com núcleo homogéneo de
índice de refracção e raio , o qual é rodeado por uma bainha de dimensão
infinita e índice de refracção . A razão de a bainha ser infinita resulta de os
modos guiados no núcleo terem um decaimento exponencial fora do mesmo,
devendo ser desprezáveis na fronteira externa da bainha - na prática, a bainha
tem uma espessura suficiente para o campo dos modos guiados ser
desprezável na fronteira da mesma.

As expressões de no núcleo são:


( 38 )

( 39 )

As expressões de na bainha são:


( 40 )

( 41 )
onde são constantes arbitrarias.
representam as funções de Bessel do 1º género de ordem ν , com

( 42 )

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representam as funções de Bessel modificadas do 2º género de ordem


ν ,com

( 43 )

De reparar que, do gráfico (Figura 2), as funções de Bessel são


funções oscilatórias gradualmente amortecidas com respeito a Pode-se
também notar que o campo é finito para , sendo representado pela
função de Bessel de ordem zero. Todavia, o campo anula-se quando .
Assim, as soluções na bainha são funções de Bessel modificadas . Estas
funções decaem exponencialmente com como pode ser observado na parte
inferior da figura 2.

Os valores de possíveis que representam soluções de modos guiados são:

( 44 )

FIGURA 2-(a) Variação das funções de Bessel para , em função de .(b)


Funções de Bessel modificada em função de para

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A condição acima para os valores de resulta de duas condições de corte:

1. Da definição da função de Bessel modificada:


mas como se

então .
2. Deriva da função :dentro do núcleo o parâmetro deve ser real
para que seja real, o que implica que .

A quantidade de modos guiados depende do diâmetro do núcleo em


comparação com o comprimento de onda e dos índices de refração do núcleo e
da casca. Utilizam-se estes valores no cálculo do número da fibra, conhecido
como diâmetro normalizado. Seu valor depende da geometria da fibra, da
variação do índice de refração do núcleo e do comprimento de onda da luz
aplicada. Para o modelo com índice em degrau tendo núcleo com raio é
obtido por:

( 45 )

Outro valor importante é a constante de propagação normalizada b, uma


relação entre o fator de propagação e o número . Entre outros fatos, seu valor
definirá o comprimento de onda de corte de cada modo guiado. Costuma-se
definir o parâmetro auxiliar:
( 46 )

Comparando seu valor com

( 47 )

A constante de propagação normalizada será identificada como,

( 48 )

que relaciona o fator de fase com os índices de refração de núcleo e casca. O


termo tem comportamento de um índice de refração equivalente para a

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onda guiada. Quando seu valor for igual a ,deixa de haver as


condições de confinamento do feixe óptico no núcleo, ocorrendo a irradiação
do modo correspondente para a casca. Portanto, acontece o corte quando
e descreve sua relação com o número para as diferentes distribuições
do campo. Este relacionamento está ilustrado na Figura 1
A maior parte das fibras utilizadas em comunicações ópticas possui pequena
diferença entre os índices de refração do núcleo e da casca. Usualmente, esta
diferença é inferior a . Assim, embora haja condições de confinamento do
feixe óptico no núcleo, segundo as distribuições de campo descritas, com
deslocamento na direção longitudinal, existem componentes de campo com
razoáveis amplitudes na região da casca, com decaimento na direção radial.
Como consequência, as diferenças entre as distribuições de campo dos modos
híbridos é muito pequena, indicando que diversas características dos modos
são muito próximas. Resultam em superposições das soluções exatas
da equação de onda em modos linearmente polarizados, denominados modos
fracamente guiados . Identificam-se como modos e na Tabela 2.1 têm-se as
suas correspondências com as distribuições exatas dos quais são formados,
descritos pelas funções de Bessel e de Hankel,

Tabela 1- Correspondência entre os modos linearmente polarizados e os modos exatos dos


quais eles são formados

Quando o número , referido ao centro do núcleo, for muito maior que


valor correspondente à primeira raiz da função de Bessel de primeira espécie
de ordem zero, a quantidade de modos confinados é:

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( 49 )

onde g é um parâmetro associado à variação radial do índice de refração do


núcleo. Se os índices de núcleo e casca forem constantes, caso da fibra com
índice em degrau, tem-se e, portanto:

( 50 )

Neste caso, muitos modos propagam-se pelo núcleo e tem-se a fibra


multimodo. Quando , apenas o modo híbrido (ou seu
equivalente linearmente polarizado ) é guiado, caracterizando a fibra
monomodo

FIGURA 3- Relação entre a constante de propagação normalizada b como função do diâmetro


normalizado V para os modos LP.

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