A educação física e sua importância no contexto atual

ARTIGO DE REVISÃO

A EDUCAÇÃO FÍSICA E SUA IMPORTÂNCIA NO CONTEXTO ATUAL

PHYSICAL EDUCATION AND ITS IMPORTANCE IN THE CURRENT CONTEXT

José Cláudio de Sousa Wanderley Monteiro

Professor da Rede pública, graduado em Educação Física (UFPB), especialista em Educação Física
Escolar (FIP)
E-mail: jclaudiowanderley@hotmail.com

Resumo: Na atualidade, vive-se numa sociedade onde nas áreas urbanas os

espaços para a prática de atividade física são bastante reduzidos, a corrida pela
sobrevivência é acirradíssima e soma-se a isso a poluição, violência entre outros.
Esse contexto contribui fortemente para um estilo de vida estressante, de má
alimentação e sedentarismo, resultando num grande número de doenças entre as
quais as mortes por infarto. Por outro lado, deve-se registrar que o número de
obesos tem crescido em todas as faixas etárias, inclusive em crianças na idade
escolar, com a Organização Mundial de Saúde considerando a obesidade como
um problema de saúde de proporções mundial. No Brasil, vários estudos
mostram que na população adulta, o percentual é de 10% de obesos, o que é um
número considerável. A atividade física é de fundamental importância no
combate à obesidade. Com a prática de exercícios físicos regulares, em parceria
com uma restrição calórica não tão acentuada, pode se minimizar a perda de
massa corporal magra, revertendo a queda no metabolismo basal. Entretanto, 128
indivíduos fisicamente ativos têm um risco reduzido em desenvolver doenças
cardiovasculares, acidente vascular cerebral, diabetes mellitus, depressão,
osteoporose. Em resumo, a atividade física regular, além de estimular o gasto
energético, tem um importante papel na força muscular, capacidade aeróbica,
agilidade e coordenação corporal e funcionamento metabólico (densidade óssea,
nível de insulina). O objetivo do presente trabalho foi mostrar a importância que
a educação física vem assumindo no contexto atual, constituindo-se num
importante instrumento de promoção da melhoria da qualidade de vida.

Palavras-chave: Educação Física. Contexto Atual. Contribuições.

Abstract: Nowadays, we live in a society where, in urban areas, today's spaces

are living in a society where, in urban areas, the spaces for practicing physical
activity are quite small, the race for survival is very extreme and adds to this.
Pollution, violence and others. This context strongly contributes to a stressful
lifestyle, poor diet and sedentary lifestyle, resulting in a large number of diseases
including heart attack deaths. On the other hand, it should be noted that the
number of obese people has increased in all age groups, including children of
school age, with the World Health Organization considering obesity as a health
problem of global proportions. In Brazil, several studies show that in the adult
population, the percentage is 10% of obese, which is a considerable number.
Physical activity is of fundamental importance in the fight against obesity. With
the practice of regular physical exercises, in partnership with a not so severe
caloric restriction, the loss of lean body mass can be minimized, reversing the fall
in the basal metabolism. However, physically active individuals have a reduced
risk of developing cardiovascular disease, stroke, diabetes mellitus, depression,

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osteoporosis. In summary, regular physical activity, besides stimulating energy

expenditure, has an important role in muscle strength, aerobic capacity, agility
and body coordination and metabolic functioning (bone density, insulin level).
The objective of the present study was to show the importance that physical
education has been assuming in the current context, constituting an important
instrument to promote the improvement of the quality of life.

Keywords: Physical Education. Current Context. Contributions.

1 INTRODUÇÃO A ligação entre saúde e atividade física se

Embora ainda tímida e obscura para
muitos educadores, a interface Educação Física
e Saúde vem ganhando um espaço cada vez
mais amplo no contexto escolar. Hoje, cada vez,
mais, a sociedade toma consciência do grande
número de problemas de saúde, relacionado à
atividade física, seja por falta dessa prática ou
por excessos cometidos durante esta.
No Brasil, os profissionais de Educação
Física enfrentam a falta de trabalhos e estudos
voltados para a sua área. E esta falta de
informações, de certa forma, tem caracterizado
a prática desenvolvida durante as aulas de
Educação Física.
Nesse sentido, expressam os PCN, que “a
mera informação tem se mostrado insuficiente
para a alteração ou construção
comportamentos favoráveis à proteção e
de
promoção da saúde do educando” (BRASIL,
1998, p. 32).
No entanto, cabe a Educação Física
Escolar a responsabilidade de uma forma
específica com alguns aspectos relativos aos
“conhecimentos, procedimentos conceituais e
atitudinais características da cultura corporal
de movimento” (BRASIL, 1998, p. 33).
Por outro lado, a mídia expõe que a saúde
está relacionada com atividade física. Apesar de
grande parte da população brasileira ainda não
priorizar a atividade física, determinados
setores da sociedade já se mostram conscientes
e convictos de que tal prática é essencial à
promoção da saúde do ser humano.
O presente artigo tem por objeto mostrar
como a educação física se apresenta na
atualidade e qual a importância que esta
desfruta.
2 REVISÃO DE LITERATURA
2.1 A INTER-RELAÇÃO ENTRE EDUCAÇÃO
FÍSICA E SAÚDE
faz presente desde os gregos, evidenciando
diversos enfoques, como o higiênico, o militar, o
terapêutico, estético, etc. entretanto, o conceito
do termo saúde é bastante amplo e não cabe
aqui delimitá-lo ou defini-lo. No entanto, não se
pode deixar de associá-lo a fatores de influência
e determinação, como o meio ambiente,
aspectos biológicos, níveis socioeconômicos,
culturais, afetivos e psicológicos (DARIDO et.
Al., 2006).
Segundo os Parâmetros Curriculares
Nacionais (BRASIL, 1998, p. 31), “a relação
entre Educação Física e Saúde são imediatas e
automáticas ao considerar-se a proximidade
dos objetos de conhecimentos envolvidos e
relevantes em ambas as abordagens”.
É notável, portanto, a influência de
aspectos históricos e da mídia quando se
vincula saúde e atividade física. Contudo, é
129
função do professor de educação física construir
junto aos educandos uma visão crítica do
cenário atual.
Na concepção de Sales (2008), a saúde e a
atividade física precisam ser vistas como base
em uma dimensão mais ampla. No entanto,
nessa interface, não se pode desconsiderar que
fatores sociais, culturais e históricos, fomentam
associação entre educação física e saúde.
Na atualidade, vive-se numa sociedade
onde nas áreas urbanas os espaços para a
prática de atividade física são bastante
reduzidos, a corrida pela sobrevivência é
acirradíssima e soma-se a isso a poluição,
violência entre outros.
Esse contexto contribui fortemente para
um estilo de vida estressante, de má
alimentação e sedentarismo, resultando num
grande número de doenças entre as quais as
mortes por infarto. O reflexo nas escolas é claro,
a educação física vai perdendo espaço como na
redução da sua carga horária, alunos dos cursos
noturnos dispensados e supervalorização do
cognitivo em detrimento do afetivo e do motor,
“hoje o que manda é a capacidade cognitiva e a

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condição de domínios motores mínimos é levado ao consumo de produtos para prática

(apertar botões)” (CONFEF, 2005, p. 21).
Neste sentido, o professor de educação
física pode e deve construir no ambiente
educacional uma reflexão sobre a importância
da mesma nos diversos aspectos da formação
do cidadão, da promoção da saúde e qualidade
de vida, da complementação das ações
profiláticas como as ações curativas e de
reabilitação, onde as mesmas não podem existir
isoladamente, justificando a inserção do tema
nas escolas.
Logo, conhecer o corpo e seus limites,
analisar criticamente o que a mídia impõe sobre
o que venha a ser atividade física e saúde,
conscientizar-se sobre a importância da
atividade física e aprender com informações
que levem a uma prática de maneira adequada,
autônoma e consciente, formam alguns dos
objetivos da educação física escolar para a
formação do educando (BRACT, 1999).
Dentro desse contexto, muitos são os
temas que podem ser trabalhados relacionando
atividade física e saúde. Na sociedade atual,
caracterizada pelo culto ao corpo, o ser humano
de atividade física, a utilizar aparelhos
ginásticos que prometem modelar o corpo do
dia para a noite, além de seguir dietas
mirabolantes e milagrosas (BASTOS et al.,
2003).
Diante disto, faz-se necessário um olhar
crítico sobre esse contexto da educação física, se
não, a escola estará apenas reproduzindo
cidadãos vulneráveis às armadilhas da
sociedade de consumo. Assim sendo, faz-se
necessário compreender que o corpo tem um
limite, assim como a mente. Na busca de
realizar sonhos as pessoas esquecem desses
limites e os riscos com a perda da qualidade de
vida são enormes, entrando em ação o estado de
ativação do organismo diante de uma exigência
física ou psicológica, definida pelos
profissionais de saúde como stress.
2.2 EDUCAÇÃO FÍSICA E MODISMO
Os modismos sempre acompanham a
educação física e em particular a atividade
física, é o que mostra o Quadro 1.

Quadro 1. A Educação Física e o modismo

Ginástica 1950
Símbolo Charles Atlas 130
Objetivo Criar músculos
Método Treinamento militar
Resultado Especialização para desenvolver força muscular. Não visava outros
benefícios

Academia 1980
Símbolo Schwarzenegger
Objetivo Ter músculos desenvolvidos e bem torneados
Método Musculação e aeróbica
Resultado O excesso de carga contínua maltratando músculos e articulações

Corrida 1990
Símbolo Kenneth Cooper
Objetivo Melhorar o desempenho cardiocirculatório
Método Corridas diárias e longas
Resultado Beneficiava o coração, mas causava danos musculares e ortopédicos
constantes

Caminhada 1999
Objetivo Combater o sedentarismo com uma prática acessível a um maior número
de pessoas
Método Caminhada de 30 minutos 3 vezes por semana
Resultado Torna as pessoas mais saudáveis

Fonte: a partir de Darido et. al (2006, p. 36),

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Para a população em geral, o modelo de como tabagismo, pressão arterial, obesidade e

atividade física a ser seguido não é o mesmo alcoolismo.
utilizado pelos atletas. Devendo-se, priorizar, O sedentarismo, além de aumentar a
uma prática voltada para um estilo de vida morbidade e a mortalidade, tem cada vez mais
saudável. A atividade física regular e bem onerado os gastos do Sistema de Saúde Pública,
orientada, sem exageros, é o caminho que no Brasil, onde cerca de 70% dos gastos são
parece atender ao praticante não atleta. destinados aos custos com doenças originadas
A atividade física e saúde devem ser pelo sedentarismo e pela obesidade
concebidas pela Educação Física Escolar como (DOMINGUES FILHO, 2004).
um problema relevante e complexo onde o
professor precisa intervir, construindo junto Figura 1 - Aspectos da obesidade
com seus educandos uma análise crítica dessa proveniente do sedentarismo
concepção.
Informa Nahas (2006) que segundo os
nutricionistas, o segredo para sentir-se bem é se
alimentar corretamente. A grande incidência de
adolescentes e jovens obesos com dificuldades
oriundas da falta de movimento, alimentação
incorreta, possibilidades de complicações
cardiovasculares e com reduzidas
oportunidades de movimento, servem de alerta.

2.3 TRÊS DIMENSÕES COM RELAÇÃO À

SAÚDE
2.3.1 Sedentarismo

O sedentário é algo que se produz em

quem não realiza atividade física extra no dia-a-
dia, o que num adulto corresponde a um gasto
131
energético abaixo de 2500 kcal (calorias) por
semana (SABA, 2008).
Longe de ser um privilégio da classe mais
privilegiada, que ostenta a inatividade, o
sedentarismo foi eleito pela Organização
Mundial de Saúde (OMS), como um problema
de saúde pública responsável pelo aumento do
risco de morte com maior prevalência no Brasil,
superando, em alguns estados, outros fatores Fonte: Santos et al (2005).

Segundo Domingues Filho (2004), o
Brasil possui 70% de sua população, vivendo de
forma sedentária, com os outros 30%
praticando exercícios físicos total ou
parcialmente.
A preocupação com o sedentarismo
não é nenhuma novidade, apenas tem sido
destacado os índices em ralação aos malefícios
da modernidade. Deve-se registrar ainda que
desde a antiguidade, os pensadores gregos já
discutiam a necessidade da atividade física para
o corpo.
Portanto, nas aulas de educação física,
trabalhar o tema sedentarismo é algo essencial
para a área, justificando assim, essa nova visão
entre saúde e a necessidade da atividade física
no cotidiano do educando e por toda sua
existência.
2.3.2 Esteroides anabólicos
O modismo das academias de
musculação deram origem ao culto ao corpo
musculoso e forte atingindo desde os
adolescentes aos adultos. Onde, esse acesso
desordenado criou a expectativa do forte a
qualquer custo e acelerado.

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Figura 2 - Anabolizantes nas olimpíadas de Seul (1988): o caso Ben Johnson

Fonte: Santos et al (2005).

Sem conhecimento prévio do que venha a
ser um programa correto de exercício físico, no
caso a musculação, jovens e adultos lançaram-
se numa busca a qualquer preço pelo corpo
musculoso. Porém esbarrados no tempo
necessário e nos limites genéticos, na falta de
professores capacitados em muitas academias,
esse público virou alvo fácil para os vendedores
dos esteroides anabólicos.

Figura 3 - Daiane dos Santos: Um exemplo para os ginastas 132

Fonte: Santos et al (2005).

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Segundo Saba (2008), essas substâncias
são ingeridas ou injetadas por um número cada
vez maior de jovens, quase sempre com fins de
efeitos estéticos, chegando a causar um efeito
externo impressionante nas primeiras semanas
de uso associada a um treinamento regular de
musculação, levando o adolescente ou jovem a
acreditar que sua imagem corporal é algo a ser
destacado no meio social e na escola.
O resultado diante do espelho é um
deslumbramento total dessa “forma perfeita”
que por fora, oculta algo muito perigoso. Como
esses efeitos nocivos demoram a aparecer,
torna-se bastante difícil para os professores de
educação física convencer os adeptos dessa
prática a não utilizarem essas substâncias.
Por isso, faz-se necessário um trabalho de
orientação desde cedo nas escolas a respeito do
uso indevido de esteroides anabólicos e dos
limites genéticos que cada um tem. É preciso
conhecer os males causados ao corpo e sua
interferência no funcionamento do mesmo,
como também problemas comportamentais.
Segundo Darido et al. (2006, p.43) os
principais efeitos colaterais de quem faz uso dos
esteroides anabólicos são:
[...] aumento das chances de infarto, atrofia
dos testículos, elevação dos níveis de
colesterol e de gordura no sangue, problemas
nos rins e no fígado, câncer de fígado e de
mama, pressão arterial alta, inibição do
crescimento (no adolescente, pode ocorrer
maturação esquelética prematura e puberdade
acelerada) aumento da oleosidade da pele,
aumento de cravos e espinhas; aumento de
pelos na mulher e voz grossa e ainda
diminuição do tamanho das mamas; no
homem o aumento das mamas, dor para
urinar, impotência, infertilidade, além das
oscilações no humor com impulsos para a
violência decorrente do aumento da
agressividade.
Não existe no Brasil uma estimativa do
número de usuários dessas drogas,
principalmente por causa do mercado informal
dos mesmos. Como o combate à venda é
precário, a melhor arma contra os esteroides
anabólicos é a informação, principalmente nas
escolas com os professores de educação física,
que são os mais procurados para esclarecer
dúvidas a respeito dos efeitos dos esteroides,
ajudando os adolescentes e jovens a
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construírem um padrão estético de forma
saudável e consciente.
2.3.3 Obesidade
Segundo Saba (2008), obesidade é o
sobrepeso multiplicado. É o excesso do excesso
de gordura corporal. O obeso é uma pessoa cujo
peso ultrapassa em muito o gordo.
A obesidade torna a pessoa mais
vulnerável a problemas de saúde tais como
doenças cardiovasculares, renais, diabetes,
ortopédicas e outras, sendo a probabilidade
quatro vezes mais na mulher e duas vezes no
homem obeso em relação a pessoas com peso
normal.
Para Sousa e Virtuoso Júnior (2005), a
obesidade é uma condição caracterizada por
uma elevada relação entre a massa de tecido
adiposo e a massa total do corpo, comparada
essa relação com a que se observa no homem
considerado normal.
A obesidade é descrita como doença por
várias razões, entre as quais, se incluem o fato
de pacientes obesos apresentarem média de
sobrevida inferior a dos indivíduos não obesos.
Tais pessoas, por apresentarem excesso de
tecido adiposo, estão sujeito à alta incidência de
distúrbios cardiovasculares e de diabetes
mellitus.
133
A diferença entre uma pessoa obesa e uma
gorda é determinada pelo cálculo do IMC
(Índice de massa corpórea): IMC=m(kg)/h2(m).
Acrescenta ainda segundo Saba (2008, p.
41) que:
Se o resultado for menos que 25, a pessoa
possui peso normal. Entre 25,1 e 29,9 a pessoa
pode ser considerada pesada (ou gorda). Se o
resultado estiver em 30 e 39,9, a pessoa é
considerada obesa. Acima de 40, a pessoa é
considerada um obeso de risco, muito mais
susceptível as doenças características do peso
em excesso. Há exceções, homens com grande
massa muscular podem alcançar um peso de
obeso sem que sejam obesos. Neste caso, uma
avaliação mais precisa se faz pela medição da
composição corporal.
O número de obesos tem crescido em
todas as faixas etárias, inclusive em crianças na
idade escolar, com a Organização Mundial de
Saúde (OMS) considerando a obesidade como
um problema de saúde de proporções mundial.
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No Brasil, estudos do IBGE constataram que na obesos, o que é um número considerável.

população adulta, o percentual é de 10% de

FIGURA 4 – O oposto: vítimas da obesidade

134
Fonte: Santos et al (2005).

Além dos fatores biológicos (genéticos) e
psicológicos que influenciam a obesidade temos
o principal deles que é a alimentação e a falta de
exercícios físicos, a criação de hábitos
alimentares saudáveis e prática de atividades
físicas orientadas e conscientes que passa
despercebida ou muito pouco trabalhada nas
escolas, em especial nas aulas de educação
física.
Portanto, cabe ao professor de educação
física, criar junto ao educando uma visão
consciente da necessidade de hábitos que levem
a uma melhor qualidade de vida para o
adolescente (fase em que dietas “mirabolantes”
A importância das informações e
conceitos relacionados à aptidão física e saúde,
como também a abordagem e ensino de
conceitos e princípios teóricos se bem
orientados levam o educando a adoção de
hábitos saudáveis de atividade física ao longo de
toda sua vida.
são experimentadas) e para o futuro cidadão. E
nessa fase que mais somos questionados sobre
os exercícios para perder peso e a boa
orientação pode fazer a diferença.
2.3.4 Outros tópicos a trabalhar: problemas
ortopédicos e posturais
Além dos três tópicos já citados, temos
outros tantos que pode perfeitamente serem
incluídos nas aulas de Educação Física:
osteoporose, diabetes, stress, problemas
ortopédicos e posturais, entre outros.
Darido et al (2006, p. 111), afirmam que:
Nessa abordagem para além de saber
fazer (dimensão procedimental), existe
uma indicação de que a Educação Física
na Escola se preocupe também com a
dimensão conceitual (saber sobre saúde e

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qualidade de vida), e ter uma atitude
favorável à prática regular do exercício
(dimensão atitudinal). Há uma ampliação
das dimensões dos conteúdos, embora
haja uma restrição do que se deve
aprender na escola, relacionando mais aos
aspectos relacionados à saúde.
Portanto, há como proposta, a sugestão da
redefinição dos programas de educação física
nas escolas voltados também para a promoção
da saúde, consolidando assim, um estilo de vida
mais ativo.
Expressam os PCN, que os modismos e o
consumismo exacerbados levam o educando e a
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS
A atividade física é de fundamental
importância no combate à obesidade. Com a
prática de exercícios físicos regulares, em
parceria com uma restrição calórica não tão
acentuada, pode se minimizar a perda de massa
corporal magra, revertendo a queda no
metabolismo basal.
Após a análise do material bibliográfico
selecionado para fundamentar a presente
pesquisa, percebeu-se que indivíduos
fisicamente ativos têm um risco reduzido em
desenvolver doenças cardiovasculares, acidente
vascular cerebral, diabetes mellitus, depressão,
osteoporose.
A atividade física regular, além de
estimular o gasto energético, tem um
importante papel na força muscular, capacidade
aeróbica, agilidade e coordenação corporal e
funcionamento metabólico (densidade óssea,
nível de insulina).
No entanto, apesar dos seus benefícios
para a saúde e qualidade de vida, a adesão à
prática de atividade física regular encontra
barreiras tanto de estrutura física, como
econômica e comportamental. Atualmente, o
aumento da prática de exercícios de maneira
regular, não está relacionado apenas ao hábito e
aspectos sociais, mas também a disponibilidade
de locais públicos (escolas, praças, parques) e
privados (escolas, clubes, academias) para
prática de exercícios.
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população em geral a seguir padrões que a
mídia divulga com relação à atividade física, em
detrimento do saber científico e cultural. No
entanto, “é responsabilidade da educação física
escolar diversificar, desmistificar,
contextualizar e, principalmente, relativizar
valores e conceitos da cultura corporal de
movimento” (BRASIL, 1998, p. 37).
Nessa visão, ficam claras as necessidades
da associação de habilidades motoras esportivas
e técnicas a uma visão crítica do contexto social
do educando, quanto aos conteúdos da
educação física na escola, tornando-o mais
flexível e menos vulnerável no mundo moderno.
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