"Eleição" deriva do latim "electio", palavra formada por "ex", que significa "fora", e
"legere", que tem o sentido tanto de “ler” como de “escolher um fruto”.
Eleger um representante político é mesmo como selecionar um fruto do pé. Primeiro, identificamos de que ramo ele provém, as características do seu tronco ideológico e a constituição de suas raízes. É nessa seleção criteriosa que encontramos seu brilho particular, a harmonia das suas formas, sua firmeza, integridade e substância. Ou, por outro lado, descobrimos que em sua constituição prevalecem opacidades, deformações, sinais de imaturidade ou podridão. As semelhanças não vão muito além. Afinal, diferentemente dos vegetais, os maus políticos já vêm estragados antes mesmo da frutificação nas árvores partidárias. E, depois de selecionados, eles é que devoram o povo.