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OAB 2ª FASE
LEI DE DROGAS
PROF. ARNALDO
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Por outro lado, o agente que traz consigo pequena quantidade de droga, sendo
primário e sem qualquer antecedente, permite a conclusão de se tratar de mero usuário.
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Vale lembrar, ainda, que é tipo misto alternativo, ou seja, o agente pode praticar
uma ou mais condutas, respondendo por um só delito.
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V) CONSUMAÇÃO E TENTATIVA
I - importa, exporta, remete, produz, fabrica, adquire, vende, expõe à venda, oferece,
fornece, tem em depósito, transporta, traz consigo ou guarda, ainda que gratuitamente,
sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar, matéria-
prima, insumo ou produto químico destinado à preparação de drogas
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a) semear: que se consubstancia pelo ato de espalhar as sementes pela terra, ou fazer
sementeira para determinada cultura. Nesta hipótese, o crime será instantâneo, consumando-se
com o tão-só ato de lançar as sementes à terra.
b) cultivar: que tem o significado de fazer na terra os trabalhos necessários para a tornar fértil
e para que as plantas semeadas se desenvolvam.
c) Fazer colheita: tem o significado de retirar do solo a planta. Já aqui, o crime será instantâneo,
tornando-se, portanto, perfeito com o simples ato de colher a planta.
III - utiliza local ou bem de qualquer natureza de que tem a propriedade, posse,
administração, guarda ou vigilância, ou consente que outrem dele se utilize, ainda que
gratuitamente, sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou
regulamentar, para o tráfico ilícito de drogas.
A segunda conduta diz respeito a consentir (autorizar, permitir) que outra pessoa utilize o local
ou bem, aproveitando-o, ainda que gratuitamente, (sem contraprestação) para o tráfico ilícito de
drogas.
b) atuar sem objetivo de lucro (não é viável alcançar qualquer tipo de vantagem
ou benefício).
Para Nucci, o tipo penal inédito teve por finalidade abrandar a punição daquele
que fornece substância entorpecente a um amigo, em qualquer lugar onde pretendam utilizar a
droga em conjunto. Fazendo-o em caráter eventual e sem fim de lucro aplica-se a figura privilegiada.
Evita-se, assim, a condenação por tráfico ilícito de drogas, cuja mínima passa a ser
de cinco anos de reclusão.
Portanto, aquele que cometer o delito previsto no art. 33, caput ou § 1º, se for
primário e tiver bons antecedentes (sujeito que não ostenta condenações definitivas anteriores),
não se dedicando às atividades criminosas, nem integrando organização criminosa, pode valer-se de
pena mais branda.
OBS: O TRÁFICO PRIVILEGIADO (ARTIGO 33, §4°) NÃO É CRIME HEDIONDO PARA O
SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL (JULGAMENTO DO HC 118.533). O STJ ACOMPANHOU
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Se, por exemplo, o fornecimento gratuito de drogas (art. 33) é tráfico, logicamente,
o mesmo fornecimento de maquinismo e outros utensílios utilizados para obter drogas é, também,
crime equiparado a hediondo.
B) CONSUMAÇÃO
O crime aqui descrito é formal, não se exigindo, pois, para sua consumação, a
ulterior produção ou fabricação ou alteração da droga. Aliás, em ocorrendo uma destas hipóteses,
estaremos diante do crime descrito no “caput” do art. 33.
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A lei anterior previa como causa de aumento, no inciso I do art. 18, o “tráfico com
o exterior”. A nova lei é mais ampla, ao referir fatos que evidenciam a transnacionalidade do delito,
seja porque a expressão “transnacionalidade” é mais abrangente do que o mero “tráfico com o
exterior”, seja porque não se exige a configuração de tráfico com o exterior, bastando, apenas, que
se evidenciam elementos de que o crime é transnacional.
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d) o crime tiver sido praticado com violência, grave ameaça, emprego de arma de fogo, ou qualquer
processo de intimidação difusa ou coletiva;
f) sua prática envolver ou visar a atingir criança ou adolescente ou a quem tenha, por qualquer
motivo, diminuída ou suprimida a capacidade de entendimento e determinação;
Não cabe mais sursis (o STF chegou a reconhecer a possibilidade de sursis para o
delito de tráfico, em que o agente foi condenado à pena de dois anos de reclusão –HC 84414).
Não cabe mais indulto. A CF havia vedado a concessão de anistia e graça aos
crimes de tráfico e hediondos (art. 5º, XLIII), mas não o indulto, cuja proibição só surgiu com a Lei
8072/90, que acrescentou esta restrição.
Em que pese vedação expressa no artigo 44, o STF tem considerado a possibilidade
de concessão da liberdade provisória a agente acusado de tráfico ilícito de entorpecentes, desde
que ausentes os requisitos autorizadores da prisão preventiva.
Segundo da lei, não cabe substituição por pena restritiva de direitos. Ocorre,
contudo, que, recentemente, o STF declarou, ainda que de forma incidente, a inconstitucionalidade
da vedação da substituição da pena privativa de liberdade em restritiva de direitos aos condenados
por crime de tráfico ilícito de entorpecentes.
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RESOLUÇÃO Nº 5, DE 2012.
Suspende, nos termos do art. 52, inciso X, da Constituição Federal, a execução de parte do
§ 4º do art. 33 da Lei nº 11.343, de 23 de agosto de 2006.
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Nos termos do artigo 53, II, da Lei 11.343/2006, a não atuação policial na
prisão imediata em flagrante depende de autorização judicial e manifestação do MP. Essa
autorização judicial está condicionada ao conhecimento do itinerário provável e à identificação dos
agentes do delito ou de colaboradores.
De acordo com o artigo 53, II, da Lei de Drogas, a não atuação imediata
da autoridade policial exige autorização judicial e manifestação do MP. Sem essa autorização
judicial na Lei de Drogas ou comunicação ao juiz competente prevista na Lei 12.850/2013, a prisão
será ilegal, devendo ser relaxada.
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(...) Para o julgamento dos crimes previstos na Lei n.º 11.343/06 há rito
próprio, no qual o interrogatório inaugura a audiência de instrução e
julgamento (art. 57). Desse modo, a previsão de que a oitiva do réu ocorra
após a inquirição das testemunhas, conforme disciplina o art. 400 do
Código de Processo Penal, não se aplica ao caso, em razão da regra da
especialidade (art. 394, § 2º, segunda parte, do Código de Processo Penal).
(...)
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PRÁTICO-PROFISSIONAL
No dia 25 de janeiro de 2015, Roniquito Vieira foi flagrado portando 05 gramas de maconha.
Ao consultar os registros policiais, a autoridade policial verificou que não havia nenhum
procedimento policial ainda instaurado contra Roniquito. Não obstante isso, deu início à
lavratura do auto de prisão em flagrante pela prática do delito de tráfico ilícito de entorpecentes,
previsto no artigo 33 da Lei nº 11.343/2006. Ao longo do procedimento policial, Roniquito
negou ser traficante, acrescentando que a droga se destinava a consumo pessoal, uma vez
que é dependente químico, já tendo sido, inclusive, internado para tratamento, o que foi
confirmado por Joaquim e Manuel, responsáveis pela Clínica de Tratamento. Após o
encerramento do procedimento policial, o Ministério Público ofereceu denúncia contra
Roniquito, imputando-lhe a prática do delito do artigo 33 da Lei nº 11.343/2006. O Magistrado
determinou a notificação de Roniquito. Com base somente nas informações de que dispõe e
nas que podem ser inferidas pelo caso concreto acima, na qualidade de advogado de Roniquito,
redija a peça cabível, exclusiva de advogado, invocando todos os argumentos em favor de seu
constituinte. (valor: 5,0)
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PRÁTICO-PROFISSIONAL
No dia 25 de janeiro de 2015, Roniquito Vieira foi flagrado portando 05 gramas de maconha.
Ao consultar os registros policiais, a autoridade policial verificou que não havia nenhum
procedimento policial ainda instaurado contra Roniquito. Não obstante isso, deu início à
lavratura do auto de prisão em flagrante pela prática do delito de tráfico ilícito de entorpecentes,
previsto no artigo 33 da Lei nº 11.343/2006. Ao longo do procedimento policial, Roniquito
negou ser traficante, acrescentando que a droga se destinava a consumo pessoal, uma vez
que é dependente químico, já tendo sido, inclusive, internado para tratamento, o que foi
confirmado por Joaquim e Manuel, responsáveis pela Clínica de Tratamento. Após o
encerramento do procedimento policial, o Ministério Público ofereceu denúncia contra
Roniquito, imputando-lhe a prática do delito do artigo 33 da Lei nº 11.343/2006. O Magistrado
determinou a notificação de Roniquito. Com base somente nas informações de que dispõe e
nas que podem ser inferidas pelo caso concreto acima, na qualidade de advogado de Roniquito,
redija a peça cabível, exclusiva de advogado, invocando todos os argumentos em favor de seu
constituinte. (valor: 5,0)
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