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DHBB 5357 SERRA, DÁGER

MEIRELES, M. História; MENESES, R. Dic; PEIXO- Ag. O Globo


TO, A. Getúlio; POPPINO, R. Federal; VELHO
SOBRINHO, J. Dic.

SERRA, DÁGER
► dep. fed. CE 1959-1963.

Dáger Sousa Serra nasceu em Fortaleza no


dia 24 de maio de 1913, filho de João Barbo-
sa Serra e Maria Áurea de Sousa Ferreira.
Candidatou-se, no pleito de outubro de
1954, a uma vaga na Câmara dos Deputados
pela legenda do Partido Social Democrático
(PSD), mas não conseguiu se eleger. No pleito
seguinte, em outubro de 1958, obteve uma su-
plência de deputado federal pelo Ceará na le-
genda das Oposições Coligadas, constituída
pelo PSD, o Partido Trabalhista Brasileiro (PTB)
e o Partido de Representação Popular (PRP).
Exerceu o mandato entre 1961 e 1962. No plei-
to de 1962, foi novamente eleito suplente de
deputado federal, na legenda do PTB, não che-
gando entretanto a exercer o mandato.
Com a extinção dos partidos pelo Ato Ins-
titucional n°- 2 (27/10/1965) e a posterior ins- José Serra, ministro da Saúde. Brasília, 28 de maio de 1999.
tauração do bipartidarismo, filiou-se ao Movi-
mento Democrático Brasileiro (MDB), partido crônica de Carlos Castelo Branco de agosto de cionário" em marcha, desejado pelos grupos
de oposição ao regime militar instalado no país 1963, Serra foi convocado para participar do estrangeiros, pelos "gorilas militares e civis",
em abril de 1964, em cuja legenda concorreu congresso das esquerdas que se realizaria em pelos latifundiários, comerciantes
às eleições de novembro de 1966. Ficando Recife, com o objetivo de tentar unificar as inescrupu-losos etc. O "golpe" estaria sendo
novamente na suplência, ainda dessa vez não táticas de ação dos variados grupos da esquer- articulado, segundo o manifesto, por meio da
assumiu o mandato. da brasileira da época. Participou nesse mes- evocação de sentimentos religiosos — como
mo mês, a convite do presidente da República a Marcha da Família com Deus pela Liberdade
FONTES: CÂM. DEP. Anais; CÂM. DEP. Deputa-
João Goulart, do comício realizado na —; da exploração da crise disciplinar na
dos brasileiros. Repertório (1946-1967); CÂM.
Cine-lândia, no Rio de Janeiro, em Marinha; da associação dos governadores
DEP. Súmulas; TRIB. SUP. ELEIT. Dados (4, 6 e 8). homenagem à memória de Getúlio Vargas, Carlos Lacerda (GB), Ademar de Barros (SP),
onde se declarou contra a solicitação do lido Meneghet-ti (RS), Nei Braga (PR) e José
SERRA, JOSÉ
estado de sítio pelo presidente e contra a Magalhães Pinto (MG); e da união da maioria
intervenção nos estados da Guanabara e de parlamentar, composta pelo Partido Social
► pres. UNE 1963-1964; const. 1987-1988; dep.
São Paulo, que conspiravam contra o Democrático (PSD) e pela União
fed. SP 1987-1995; min. Plan.l 995-1996; sen. governo. Democrática Nacional (UDN), em torno do
SP 1996-1997; min. Saúde 1998-. Ainda pouco depois de ter assumido a presi- impeachment do presidente João Goulart. O
dência da UNE, foi convocado para depor em manifesto conclamava o povo a se manter
José Serra nasceu em São Paulo no dia 19 uma comissão parlamentar de inquérito (CPI) organizado à espera da palavra de ordem de
de março de 1942, filho de Francisco Serra e criada para apurar as denúncias de subversão e seus líderes e concluía que "golpe é senha do
de Serafina Chirico Serra. corrupção na UNE. Segundo afirmação feita levante popular pelas reformas" e "senha de
Ingressou no curso de engenharia civil da em 1980, durante as 12 horas em que foi inter- greve geral".
Escola Politécnica de São Paulo, formando-se rogado não se chegou a nenhuma base séria Após o movimento político-militar, a UNE
em 1964, e foi eleito presidente da União que sustentasse as acusações contra essa enti- foi posta na ilegalidade, sua sede, situada à
Estadual dos Estudantes (UEE) de São Paulo. dade. Foi orador no comício convocado pela praia do Flamengo, no Rio de Janeiro, incen-
Nessa época era membro da Ação Popular Confederação Geral dos Trabalhadores (CGT), diada e seus dirigentes perseguidos. José Ser-
(AP), organização política de âmbito nacional realizado no dia 13 de março de 1964 na Cen- ra deixou o país em julho de 1964,
fundada durante um congresso promovido tral do Brasil, no Rio de Janeiro. exilando-se inicialmente na França, onde
pela Juventude Universitária Católica (JUC), Sua gestão coincidiu com um dos períodos ingressou no curso de planificação e
em Belo Horizonte, em junho de 1962. Inte- mais agitados da história do país em termos desenvolvimento econômico do Institut
grada basicamente por membros da JUC e da políticos e sociais, ao qual somou-se uma sé- International de Recher-ches et de Formation
Juventude Estudantil Católica (JEC), a AP ti- ria crise econômica. A UNE teve intensa atua- en vue du Développe-ment Harmonize,
nha por objetivo formar quadros que pudes- ção na época, defendendo a ampliação das Economie et Humanisme, concluído em
sem "participar de uma transformação radical liberdades democráticas, a proteção dos inte- 1965.
da estrutura brasileira em sua passagem do resses nacionais — como o fortalecimento da No ano seguinte, transferiu-se para o Chile,
capitalismo para o socialismo". Petrobras, a reforma universitária e a demo- onde trabalhou como pesquisador e professor
Em julho de 1963, durante o XXVI Congres- cratização do ensino, com grande participa- da Comissão Econômica para a América Latina
so Nacional dos Estudantes, foi eleito presi- ção na campanha nacional de alfabetização (CEPAL) da Organização das Nações Unidas
dente da União Nacional dos Estudantes de adultos —, a autodeterminação dos povos (ONU). Paralelamente, fez o curso de planifi-
(UNE) e assumiu o cargo no mês seguinte, em e uma política externa independente para o cação de desenvolvimento econômico (espe-
substituição a Vinícius Caldeira Brant, sendo Brasil. As vésperas do movimento cialidade planificação industrial), encerrado
o último presidente da entidade em um regi- político-militar de 31 de março de 1964, a ainda em 1966, e o curso oferecido pelo Pro-
me de legalidade democrática. Segundo uma entidade emitiu um manifesto ao povo grama de Estudos Econômicos para Graduados
brasileiro em forma de panfleto, denunciando Latino-Americanos (Escolatina), na Universi-
o "golpe rea- dade do Chile, concluído em 1968. Nesse mes-
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Chico Caruso democracia, praticá-la, sem diálogos do pas- e acompanharia os resultados dos projetos so-
sado a prometer a revogação do que está re- ciais, então dispersos por diversos órgãos. A
vogado pela vida". Em depoimento prestado execução das ações ficaria a cargo dos ministé-
em 1980, avaliando a estratégia da UNE na rios e dos governos estaduais e municipais.
década de 1960, levantou resumidamente dois Contudo, por motivo de doença, Tancredo
erros em que teria incorrido a direção da en- Neves não chegou a ser empossado na presidên-
tidade naquele período. Um deles teria sido cia, vindo a falecer em 21 de abril de 1985. Seu
um forte "cupulismo" em muitos de seus seto- substituto foi o vice José Sarney, que já exercia
res e o outro um irrealismo que superestima- interinamente o cargo desde 15 de março.
va "as possibilidades de promover, a curto José Serra retornou ao governo paulista,
prazo, mudanças profundas no sistema concluído o trabalho da Copag. Cogitado para
eco-nômico-social brasileiro". ser o titular do Ministério da Fazenda após a
Em 1982, com a candidatura de Franco saída de Francisco Dornelles em agosto de
Montoro ao governo de São Paulo, agora na 1985, foi entretanto preterido pelo empresário
legenda do Partido do Movimento Democráti- paulista Dílson Funaro. Em abril de 1987, seu
co Brasileiro (PMDB), coordenou o grupo que nome voltou a ser pensado pelo governo, em
elaborou o programa de governo da agremia- substituição a Funaro, sendo novamente prete
ção. Vitorioso no pleito, Montoro, empossado rido, dessa vez por Luís Carlos Bresser Pereira.
no cargo em março de 1983, convidou Serra Decidido a disputar um mandato de depu-
para assumir a Secretaria de Planejamento. tado à Assembléia Nacional Constituinte na
Nesse ano, assistiu à reunião do Fundo Mo- legenda do PMDB de São Paulo, afastou-se
netário Internacional (FMI) nos Estados Uni- novamente da pasta em 13 de fevereiro de
José Serra.
dos. No ano seguinte foi a Paris renegociar a 1986. Quinze dias depois, o presidente José
dívida da Companhia Energética de São Paulo Sarney anunciou a implantação de um pro
mo ano foi professor e pesquisador do Instituto (CESP) com credores franceses. Tendo recebi- grama de estabilização econômica para com
de Economia da Universidade do Chile. Ainda do as finanças estaduais em estado de grave bater a inflação, que ultrapassara, naquele
nessa instituição foi professor titular da cadeira endividamento, Serra imprimiu à sua gestão mês, o índice de 250% ao ano. O Plano Cru
de estruturas e modelos de desenvolvimento uma política de austeridade, com o adiamento zado, como o programa ficou conhecido, con
da América Latina (1969-1970 e 1972-1973). de projetos e corte de despesas. Não deixou, sistiu na criação de um novo padrão monetá
Em 1972 obteve o grau de mestre em ciência porém, de dar prosseguimento a grandes obras rio — o cruzado — em substituição
econômica por essa universidade. estaduais, como o metrô na capital e a hidrovia ao
Em virtude do golpe militar que derrubou o Tietê-Paraná. Essa experiência administrativa cruzeiro, na estabilização cambial e no conge
presidente socialista Salvador Allende em se- lhe rendeu a imagem de técnico centralizador: lamento de preços e salários. Serra pediu ao
tembro de 1973, José Serra —já casado com não abriu mão de indicar os diretores financei- eleitorado apoio às reformas econômico-finan-
Sílvia Mônica Allende Serra, ros de todas as empresas do estado. ceiras, destacando que elas estavam sendo
primeira-bailari-na do Bale Nacional do Chile Durante a sucessão do presidente João Batista executadas sob regime democrático, ao con
e psicóloga, com quem teria um casal de Figueiredo (1979-1985), Serra licenciou-se em trário das promovidas pelo governo Castelo
filhos — radicou-se nos Estados Unidos, dezembro de 1984 para participar da cam- Branco (1964-1967), implementadas
dando continuidade à sua vida acadêmica. panha de Tancredo Neves, candidato da Alian- pelo
Doutorou-se em economia pela ça Democrática, formada pelo PMDB e a Frente ministro Roberto Campos em um contexto
Universidade de Cornell, onde estudou de Liberal, dissidência do Partido Democrático autoritário. Durante a campanha, foi acusado
1974 a 1976, e lecionou no Instituto de Social (PDS), agremiação governista. Foi esco- por companheiros do próprio partido de usar
Estudos Avançados da Universidade de lhido para coordenar a equipe de economistas a máquina administrativa paulista e recursos
Prin-ceton, entre 1976 e 1978. encarregados de elaborar o programa econô- do Tesouro estadual para conquistar apoio de
Regressando ao Brasil em 1978, candida- mico do candidato, integrada por Celso Furta- prefeitos à sua candidatura, em detrimento dos
tou-se a deputado federal na legenda do Mo- do, Hélio Beltrão, Luciano Coutinho, Sebastião correligionários. Realizado o pleito em novem
vimento Democrático Brasileiro (MDB), parti- Marcos Vital, Sérgio Quintela e Sérgio de Frei- bro, foi o quarto mais votado no estado, com
do de oposição ao regime militar, mas sua tas. A indicação provocou reações de elemen- cerca de 160 mil votos.
candidatura foi impugnada sob a alegação de tos conservadores da Frente Liberal, mas a cri- Empossado em 1- de fevereiro de 1987,
que seus direitos políticos continuavam sus- se foi contornada por meio da transformação quando tiveram início os trabalhos da Consti-
pensos. Nesse mesmo ano, tornou-se profes- da equipe em comissão parítária — Comissão tuinte, Serra integrou a Comissão do Sistema
sor da Faculdade de Economia da Universida- do Plano de Ação do Governo (Copag) —, o Tributário, Orçamento e Finanças, da qual foi
de Estadual de Campinas (Unicamp), em São que descentralizou o poder decisório. relator, e a Comissão de Sistematização, em
Paulo, atividade que desempenhou até 1983. Com a vitória de Tancredo Neves em 15 de que atuou até 1988. Foi ainda suplente da
Ainda em 1978 Serra coordenou a campanha janeiro de 1985, a Copag intensificou suas ati- Subcomissão dos Estados, da Comissão da
de Fernando Henrique Cardoso, seu compa- vidades, entregando o relatório final ao presi- Organização do Estado. Presente a mais de
nheiro de exílio no Chile, ao Senado, na legen- dente eleito na véspera do carnaval. O progra- dois terços das votações gerais, não acompa-
da do MDB de São Paulo. A vaga, porém, foi ma econômico tinha como eixo a renegociação nhou integralmente a orientação oficial do
conquistada por André Franco Montoro, fican- da dívida externa a partir de 1986 em termos PMDB: para ele, o partido atuava de maneira
do Fernando Henrique com a suplência. A cam- que, simultaneamente, respeitassem os acor- descoordenada, o que o enfraquecia e torna-
panha aproximou Serra ainda mais do grupo de dos firmados com os credores e o FMI e permi- va presa fácil das iniciativas dos grupos de
intelectuais que começava a ascender no cená- tissem ao país um crescimento econômico mí- esquerda dentro do Congresso.
rio político paulista, entre eles o próprio Fer- nimo e a manutenção de um volume de Nas principais votações da Constituinte,
nando Henrique, Luís Carlos Bresser Pereira e reservas cambiais suficiente para enfrentar manifestou-se a favor da instituição do man-
André Franco Montoro Filho. eventuais dificuldades externas. Propunha-se, dado de segurança coletivo, da unicidade sin-
Em maio de 1979 abriu o XXXI Congresso também, uma estratégia de ação imediata con- dical, da proibição do comércio de sangue e
da UNE em Salvador, reorganizada após 11 tra a fome e o desemprego, com a criação do da desapropriação das propriedades rurais
anos de inatividade. Em seu discurso, enfati- Grupo de Coordenação Geral que, ligado à Pre- improdutivas. As principais propostas contra
zou a necessidade de se reconhecer um novo sidência da República, autorizaria as despesas as quais votou foram: pena de morte, estabi-
momento na história do país e de se "viver a lidade no emprego, acréscimo de 50% à re-
muneração de hora extra no trabalho, jorna-
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da semanal de 40 horas, presidencialismo, sões dessa comissão levaram ao envolvimen- mica do governo Itamar Franco, que deveria
nacionalização do subsolo, estatização do sis- to do presidente e foi pedido o seu ser mantida por Fernando Henrique. Serra
tema financeiro, limite de 12% ao ano para os impeach-ment. A Câmara dos Deputados surgiria, assim, como um ministro de expres-
juros reais, mandato de cinco anos para o aprovou a admissibilidade do afastamento do siva densidade política, comprometido com
presidente José Sarney e criação de um fundo presidente na sessão do dia 29 de setembro, projetos de desenvolvimento e em condições
de apoio à reforma agrária. Obteve, entre os com voto favorável de Serra, e o processo foi de atuar como um contrapeso à equipe eco-
constituintes, o mais alto índice de aprovação encaminhado ao Senado. Em 2 de outubro, nômica. Fernando Henrique, porém, optou por
de emendas: 130 em 208 apresentadas. Collor transferiu o cargo, em caráter interino, Pedro Malan, garantindo a manutenção do
Serra participou, em junho de 1988, da ao vice-presidente Itamar Franco, que propôs grupo responsável pelo Plano Real. A decisão
fundação do Partido da Social Democracia aos líderes partidários que organizavam um desencadeou articulações para fazer de Serra
Brasileira (PSDB), agremiação constituída novo governo o nome de Serra para o ministro do Planejamento, bem-sucedidas em
basicamente por políticos egressos do PMDB Ministério da Fazenda. Todavia, a pasta foi meados de dezembro de 1994.
e cuja comissão executiva presidiu dessa data entregue a Gustavo Krause. No dia 29 de
até 1991. Após a promulgação da nova Cons- dezembro, pouco antes da votação pela
tituição, em 5 de outubro de 1988, quando a Câmara Alta, o presidente afastado No MINISTÉRIO DO PLANEJAMENTO
Câmara dos Deputados retornou às suas fun- apresentou sua renúncia. Com a aprovação
ções ordinárias, licenciou-se para concorrer à do impeachment pelo Senado, Itamar Franco A indicação de Serra para o Ministério do
sucessão do prefeito de São Paulo, Jânio Qua- foi efetivado na chefia do Executivo Planejamento despertou rumores em relação
dros. A eleição, realizada em novembro, foi brasileiro. à unidade da equipe econômica do novo go-
vencida por Luísa Erundina, candidata do Serra apoiou o Plano Real, programa de es- verno. A imprensa noticiou insistentemente
Partido dos Trabalhadores (PT), ficando Serra tabilização econômica implantado que o grupo formado em torno de Pedro Ma-
em quarto lugar. gradativa-mente a partir do último ano do lan, futuro ministro da Fazenda, considerava
De volta ao exercício do mandato de depu- governo de Itamar. Anunciado em 28 de Serra centralizador em excesso e temia que
tado federal, atuou de 1989 a 1990 como fevereiro de 1994 pelo ministro da Fazenda, seu estilo se impusesse ao comando executivo
vice-presidente da Comissão de Finanças da Fernando Henrique Cardoso, com a do Plano Real. Os boatos repercutiam, ainda,
Câmara dos Deputados e como membro da introdução da URV (unidade referencial de críticas que Serra, anteriormente, fizera ao
Comissão Mista de Orçamento do Congresso valor), a execução do plano teve plano, em particular no tocante às políticas
Nacional. Ainda em 1990, integrou na Câma- prosseguimento em 1- de julho, quando en- cambial e de importação.
ra a comissão especial sobre a instituição da trou em vigor a nova moeda brasileira — o Licenciado no Senado, onde foi substituído
pena de morte e no ano seguinte, quando real. Serra manifestou confiança no êxito da por Paulo Piva, seu suplente, e empossado no
exerceu a função de líder de seu partido na ação antiinflacionária do governo, mas man- ministério em janeiro de 1995, Serra anunciou
casa, a Comissão de Finanças e Tributação. teve algumas reservas quanto à sua execução, a agenda de medidas que o governo negociaria
Em outubro de 1990, após campanha eleito- advertindo para a necessidade de reformas, com o Congresso Nacional com o objetivo de
ral em que foi um dos candidatos que recebe- como a do sistema tributário, para manter a estabelecer condições institucionais para o in-
ram apoio preferencial da Federação Brasileira inflação em patamares baixos e a economia gresso do país em uma nova fase de desenvol-
dos Bancos (Febraban), Serra foi reeleito depu- em crescimento. vimento, que se caracterizaria pela redução do
tado federal por São Paulo, com cerca de 340 Candidato ao Senado por São Paulo nas papel do Estado e abertura da economia ao
mil votos que lhe valeram a maior votação no eleições de outubro de 1994, Serra apresen- mercado externo. Entre as medidas, destaca-
estado. Empossado em fevereiro de 1991, em tou-se ao eleitorado como socialdemocrata, vam-se a criação de uma legislação
novembro apresentou na Câmara um projeto voltou a defender uma nova revisão constitu- anti-dumpíng para proteger os fabricantes
propondo a antecipação das eleições para a le- cional, a ser realizada em regime de urgência. nacionais da concorrência externa desleal; a
gislatura que deveria realizar a revisão da Cons- Seria uma revisão de amplo espectro, mas que regulamentação da exploração dos serviços
tituição, prevista para depois de 5 de outubro destacaria, desde o início, a reforma do siste- públicos por empresas privadas; a adaptação
de 1993, data em que a Carta de 1988 comple- ma tributário, com a criação do imposto úni- do sistema tributário às condições de uma eco-
taria cinco anos de existência. A proposta visava co federal, destinado a eliminar distorções nomia aberta e competitiva; a redistribuição de
impedir que o processo revisional se estendesse existentes no funcionamento da economia encargos entre União, estados e municípios e
a 1994, ano de eleições gerais no país para es- nacional. Propôs, também, reformas no siste- maior controle sobre os bancos estaduais.
colha do presidente da República, governado- ma político: adoção do voto distrital para elei- Entretanto, a prioridade imediata de sua
res, 2/3 do Senado, deputados federais e esta- ção de deputados; medidas de fortalecimento gestão seria a revisão do orçamento anual, com
duais. O calendário foi, porém, mantido, dos partidos, inclusive a coibição da existên- o objetivo de reduzir despesas desvinculadas
iniciando-se os trabalhos de revisão constitucio- cia de "legendas de aluguel"; correção das de receita prevista. Os recursos para áreas
nal em l9 de fevereiro de 1994. distorções na representação dos estados na prioritárias, como o combate à miséria e à
Escolhido em 1991 líder do PSDB na Câ- Câmara dos Deputados; fim do voto obrigató- fome, seriam mantidos. O anúncio dessa dis-
mara dos Deputados, Serra recebeu, nesse ano, rio e do cargo de vice-presidente. posição provocou, naturalmente, fortes reações
convite do presidente Fernando Collor para Eleito com ampla margem de votos sobre o no Congresso, visto que parlamentares, mui-
assumir o Ministério da Fazenda, mas recu- segundo colocado, Romeu Tuma, do Partido tos dos quais integrantes do bloco de apoio ao
sou o cargo, que foi entregue a Marcílio Mar- Liberal (PL), Serra logo anunciou que defen- governo federal, consideraram politicamente
ques Moreira. deria a venda da Companhia Vale do Rio Doce inábil cortar emendas já tidas como aprova-
Ainda em 1991, começaram a circular ru- (CVRD), maior empresa mineradora do mun- das. O presidente da Comissão Mista do Orça-
mores, cada vez mais insistentes, sobre possí- do, e do setor elétrico nacional, depois que o mento, deputado Humberto Souto (PFL-MG),
veis atos de corrupção no governo Collor. A Congresso aprovasse uma lei de concessão de classificou Serra de exibicionista e lembrou que
situação atingiu o clímax em maio de 1992, serviços públicos que permitisse a participa- o governo, para aprovar a reforma constitucio-
quando a revista Veja publicou uma entrevista ção de capitais estrangeiros. Antes mesmo de nal que pretendia executar, precisaria dos
de Pedro Collor, irmão do presidente, na tomar posse, contudo, seu nome passou a ser votos desses mesmos parlamentares cujas
qual denunciava a existência de um esquema citado como o escolhido pelo presidente eleito emendas estava rejeitando. O próprio minis-
de corrupção sob o comando de Paulo César Fernando Henrique Cardoso para o Ministério tro teria cortadas dez emendas por ele apre-
Farias, o PC, ex-tesoureiro da campanha pre- da Fazenda. Já os empresários de São Paulo sentadas quando deputado federal.
sidencial. Essa denúncia levou o Congresso a o preferiam na pasta da Indústria e Poucos dias depois, porém, Serra anunciou
instalar uma CPI no mês seguinte. As conclu- Comércio, por entenderem que a indústria cortes no orçamento fiscal e da seguridade que
brasileira estava sendo punida pelo programa
de estabilização aplicado pela equipe econô-
SERRA, JOSÉ 5360 DHBB

afetaram duramente as áreas sociais, cuja pre- A necessidade de preservar as condições de constituía o seu maior reduto eleitoral. Para
servação garantira em sua posse: saúde, educa- funcionamento do Plano Real conduziram Ser- substituí-lo no ministério foi nomeado Antô-
ção, transporte, bem-estar social e integração ra a empenhar-se pela prorrogação, até 1999, nio Kandir.
regional. Em seguida, foram vetadas todas as do Fundo Social de Emergência (FSE), que Realizado o primeiro turno da eleição em
emendas ao Orçamento da União propostas por deveria extinguir-se no fim de 1995. Criado em 3 de outubro de 1996, Serra foi o terceiro
parlamentares, sendo mantidas apenas as que fevereiro de 1994 — de acordo com entendi- colocado, atrás de Celso Pitta e Luísa
tinham financiamento internacional com mentos realizados com o FMI durante o gover- Erun-dina (PT). No segundo turno, o
cláu-su/a cie contrapartida do governo federal. no rtamar Franco, quando Fernando Henrique candidato do PPB sagrou-se vencedor.
Ainda no primeiro mês c/e governo, Serra Cardoso era ministro da Fazenda —, o FSE tbi Serra foi convidado e/n c/ezem&ro para as-
participou de um seminário com parlamenta- concebido de maneira a constituir-se de 20% sumir o Ministério da Saúde, vago com a de-
res do PMDB para discutir propostas de mu- da arrecadação de impostos das aplicações pre- missão de Adib Jatene, mas preferiu retornar
danças na Constituição. Falando sobre o capí- vistas pela Constituição e permitir que o gover- ao Senado. Ainda em dezembro, integrou a
tulo da ordem econômica, informou que o no usasse para outros fins verbas que deveriam delegação brasileira à conferência da Organi-
objetivo do governo era atrair investimentos ser aplicadas obrigatoriamente em setores so- zação Mundial do Comércio (OMC), em
privados, nacionais e estrangeiros, para áreas ciais, como a saúde e a educação. O FSE foi Cin-gapura. Nessa reunião, foram tomadas
em que o governo era deficiente e apresentou utilizado, desde o governo Itamar Franco, para decisões estratégicas sobre a liberalização
oito itens para discussão: fim da diferença cobrir gastos com a máquina administrativa e do comércio internacional. O Brasil, contudo,
entre empresa brasileira de capital nacional e em setembro de 1995 sua arrecadação foi su- firmou posição em defesa de proteções
empresa brasileira de capital estrangeiro; per- perior a dois bilhões de reais. alfandegárias para a indústria informática
missão da participação de empresas estrangei- A proposta do governo encontrou resistência nacional. De volta ao Senado, integrou a CPI
ras na geração e distribuição de energia elé- no Congresso por parte do PFL, cujos diri- criada em novembro de 1996 para apurar
trica; eliminação das restrições à participação gentes alegaram que estados e municípios ti- denúncias de emissão irregular de
de empresas estrangeiras no setor de minera- nham perdas de receita em decorrência do precatórios — títulos públicos destinados a
ção; previsão de falência e concordata de cálculo do FSE. Encarregado de contornar as arrecadar recursos para pagamento de
empresa estatais; "flexibilização" do monopó- resistências de parlamentares, Serra argumen- dívidas judiciais — por governos estaduais e
lio estatal do petróleo, por meio da aceitação tou que o governo precisava do fundo até pela Prefeitura de São Paulo. A CPI dos
de contratos de risco para pesquisa e lavra e que se concluíssem as reformas administra- Precatórios, como ficou conhecida, votou e
do estabelecimento de joint ventures com tiva, tributária e da previdência, que garan- aprovou em 22 de julho de 1997 — após um
empresas privadas estrangeiras e nacionais tiriam o equilíbrio das contas públicas. Ne- acordo entre o relator, senador Roberto
para refino; supressão do monopólio da gou a existência de perdas estaduais e Requião (PMDB-PR), e os membros da CPI
Pe-trobras na área de transporte de sustentou que o fundo era um mecanismo que alterou a versão inicial do documento —
combustíveis; eliminação do controle estatal de "desengessamento de recursos", sem o qual o seu relatório final, com as conclusões das
das prestações de serviços das o governo precisaria cortar mais quatro bi- investigações apresentadas em termos que
telecomunicações (telefonia, telegrafia e lhões de reais do Orçamento da União de 1996. amenizaram as acusações contra o
transmissão de dados); eliminação da reserva Apenas em junho de 1997, o Congresso apro- governador de Pernambuco, Miguel Arrais
de mercado para empresas nacionais na varia a prorrogação pedida, mas por 18 meses (PSB), o ex-prefeito de São Paulo, Paulo
navegação de cabotagem e fim do direito de e alterando o nome do FSE, que passaria a Maluf (PPB), o ex-governador paulista Luís
exclusividade dos governos estaduais sobre a chamar-se Fundo de Estabilização Fiscal (FEF) Antônio Fleury Filho (PMDB) e o
distribuição do gás canalizado. Essas medidas e continuaria a cumprir o papel de evitar que governador de Santa Catarina, Paulo Afonso.
foram complementadas, em março, com outras, certas despesas fossem contabilizadas nos Em 13 de agosto, contudo, a Comissão de
adotadas em conjunto com o ministro da gastos do governo. Constituição e Justiça (CCJ) do Senado
Fazenda, Pedro Malan, e destinadas a reduzir os Aberta a sucessão do prefeito Paulo Maluf, decidiu por unanimidade anular a sessão de
gastos públicos, equilibrar as contas do governo do Partido Progressista Brasileiro (PPB), em julho e considerar válida a primeira versão
e incentivar os investimentos privados. O São Paulo, teve, em inícios de dezembro de do relatório da CPI, em que eram citados os
"pacote antiinércia", como o definiu Serra, 1995, sua candidatura lançada pelo ministro políticos e instituições financeiras
compreendia a regulamentação, por meio de das Comunicações, Sérgio Mota, que, na oca- responsáveis pela compra e venda irregular
medidas provisórias e decretos presidenciais, de sião, asseverou que seu nome sairia vitorioso de títulos públicos. Os trabalhos da CPI ter-
um elenco de 47 medidas fiscais já em de qualquer eleição para cargo executivo no minaram formalmente no dia 19 seguinte,
andamento e autorização ao Banco Nacional do estado. Serra, contudo, negou incisivamente ficando o Ministério Público encarregado de
Desenvolvimento Econômico e Social a possibilidade de candidatar-se. tratar das acusações e das provas constantes
(BNDES) para iniciar os estudos necessários à Faltando apenas um mês para o fim do pra- do processo.
privatização da Companhia Vale do Rio Doce. zo de desincompatibilização, o próprio presi-
No entanto, embora fosse o porta-voz do dente Fernando Henrique opinou que a vitó-
governo para o anúncio das mais importantes ria de Serra na disputa seria certa e que sua No MINISTÉRIO DA SAÚDE
medidas no setor econômico, Serra não deixou recusa a aceitar a candidatura era um erro
de ser visto como divergente em relação a ques- político. Alegando que tinha a intenção de Presidente da Comissão de Assuntos Econô-
tões como as políticas de valorização cambial e concorrer ao governo de São Paulo, Serra micos do Senado desde março de 1997, Serra
de abertura comercial como recurso para abai- manteve sua posição. Também o governador foi, depois de cogitado em várias ocasiões para
xar preços internos. Por isso, quando o governo, paulista, Mário Covas, pressionou-o a candi- retornar ao governo, convidado em março do
em fins de março, elevou a alíquota de importa- datar-se. Serra deu sinais de que hesitava, mas ano seguinte para substituir Carlos Albuquer-
ção para dezenas de produtos e desvalorizou o quando em maio o PFL, detentor de 13 minu- que na pasta da Saúde, no quadro de uma re-
real, essa atitude foi entendida como um sinal tos diários no horário eleitoral gratuito na forma ministerial empreendida pelo presidente
do fortalecimento de Serra no comando do Pla- televisão, decidiu que apoiaria o candidato Fernando Henrique Cardoso. Segundo divul-
no Real, em contraposição ao ministro Pedro Celso Pitta, do PPB, anunciou que descartava gou então a imprensa, sua primeira reação ao
Malan, defensor da política original de estímulo definitivamente a possibilidade de concorrer. convite foi de hesitação, dada a dificuldade de
às importações. A divergência teve desdobra- Em fins de maio, porém, aceitou a candidatu- administrar um setor carente de recursos finan-
mentos na discussão do sistema de importação ra, explicando que se sentia atraído pelo de- ceiros, que o próprio presidente já chamara de
de automóveis, que foi limitada em junho pelo safio de administrar uma cidade tão expressi- "um pesadelo", além de emperrado pelo
estabelecimento de cotas, conforme propunha va em termos de população e orçamento e que clien-telismo. Empossado em 31 de março de
o Ministério do Planejamento. 1998, foi novamente substituído no Senado por
Paulo
DHBB 5361 SERRANO, MARISA

Piva. Uma das primeiras medidas que tomou, SERRANO, MARISA Em 1993, participou do Painel sobre For-
visando combater a malversação de recursos na ► dep. fed. MS 1995-. mação de Professoras para zero a seis anos,
área, foi a criação de um endereço eletrônico na na Universidade de Brasília (UnB), no Distrito
Internet para que os hospitais públicos divulgas- Marisa Joaquina Monteiro Serrano nas- Federal, da mesa-redonda A Educação no
sem os preços dos remédios adquiridos, permi- ceu em Bela Vista (MS), então estado do Mato Brasil Hoje, em Paulínia (SP) e foi convidada
tindo que os administradores comparassem as Grosso, no dia 21 de junho de 1947, filha de especial da Reunião de Avaliação da United
cotações dos produtos. Fernando Serrano Guimarães e de Zilda Mon- Nations International Children's Fund (Fundo
Como ministro, precisou cuidar da reformu- teiro Serrano. Internacional da Infância — UNICEF), em
lação da regulamentação dos planos e segu- Em 1965, ingressou no curso de letras da Fortaleza (CE). Também foi palestrante na
ros de saúde, em consonância com a lei apro- Faculdade Dom Aquino de Filosofia, Ciências e Semana de Pedagogia — Experiência como
vada pelo Congresso Nacional em maio Letras, em Campo Grande, então pertencente Educadora de Mato Grosso do Sul e no
anterior. As novas regras, divulgadas na pri- ao estado mato-grossense e atual capital do 6-Encontro de Educação Pré-Escolar, ambos
meira semana de novembro de 1998, preten- Mato Grosso do Sul, diplomando-se em 1968. em Campo Grande. Neste mesmo ano
diam amenizar problemas criados pela priva- Durante o ano de 1973 exerceu o cargo de pro- integrou a Conferência Magna no X
tização desses serviços no país, facultando aos fessora da Universidade Estadual desta cidade. Congresso Nacional de Educação Infantil, da
milhões de usuários de planos e seguros de Iniciou-se na política como vereadora da Ali- OMEP-BR e OMEP-PR, em Curitiba (PR) e
saúde contratos mais transparentes e cober- ança Renovadora Nacional (Arena), eleita no participou de palestras para professores e
turas mais amplas. pleito de novembro de 1976. Assumiu o man- especialistas em educação realizadas em
Publicou, entre outras, as seguintes obras: dato na Câmara Municipal de Campo Grande Dourados (MS).
0 milagre econômico brasileiro (1972), En- em janeiro do ano seguinte, na qual presidiu a Ainda em 1993, assumiu o cargo de direto-
sayos críticos sobre ei desarrollo latinoamerica- Comissão de Educação. Em outubro de 1977 ra-presidente do Conselho Técnico Pedagógi-
no (1973), América Latina: ensaios de interpre foi sancionada a lei que dividiu em dois o esta- co da OMEP e tornou-se conselheira do Con-
tação econômica (1976), Políticas econômicas do do Mato Grosso. A partir de janeiro de selho de Administração do SENAR-MS. Foi
setoriais (1979, com Mário L. Possas), Brasil 1979, foi criado o estado de Mato Grosso do também palestrante no I Seminário Regional
sem milagres (1986), O novo município: con Sul, com Campo Grande como capital e um de Educação Infantil — Pré-Escolar e Quatro
tribuição às leis orgânicas municipais (1989), governador nomeado. Em 1978, iniciou o cur- Primeiras Séries, em Ituiutaba (MG), no 1°
Análise econômica do novo plano de estabiliza so de pedagogia na Faculdade Dom Aquino de Encontro de Representantes Sindicais — Filo-
ção (1991), Reforma política no Brasil: parla Filosofia, Ciências e Letras, nesta cidade. sofia do Projeto LDB e no 49 Encontro de Es-
mentarismo x presidencialismo (1993), Orça Com a extinção do bipartidarismo em 29 tudantes de Magistério, ambos em Campo
mento no Brasil: as raízes da crise (1994). de novembro de 1979 e a conseqüente refor- Grande, no 3e Encontro de Estudantes de
Além de colaborar freqüentemente com re mulação partidária, filiou-se ao Partido Demo- Magistério sobre LDB, em Dourados, sobre
vistas da área de economia, escreveu vários crático Social (PDS). Ainda em 1980, licen- Formação de Educadores para Educação In-
capítulos de livros, entre os quais Além da es ciou-se do mandato parlamentar para assumir fantil, na Paranaíba (MS) e do 1 - Encontro de
tagnação: uma discussão sobre o estilo de de a Secretaria de Educação de Mato Grosso do Magistério sobre os Fins da Educação, em
senvolvimento recente do Brasil (com Maria da Sul, no governo de Pedro Pedrossian. No Jardim (MS).
Conceição Tavares, 1970), Distribuição de ren mesmo ano concluiu o curso de pedagogia. Deixou o PST em 1993 para filiar-se ao
da: leitura crítica de um artigo de Fishlow, em Ao deixar a Secretaria de Educação em Partido do Movimento Democrático Brasileiro
Ricardo Tolipan e Arthur Carlos Tinelli (orgs.). 1982, presidiu no ano seguinte a Organização (PMDB). Por esta legenda elegeu-se deputada
A controvérsia sobre distribuição de renda e Mundial de Ensino Público (OMEP). Nomeada federal por Mato Grosso do Sul no pleito de
desenvolvimento (1978), Three mistaken the- delegada do Ministério da Educação em 1985, outubro de 1994, com 40 mil votos, tendo
ses regarding the connection between indus- exerceu o cargo até 1990. Ainda em 1985, tor- como base eleitoral a cidade de Campo
trialization and authoritarian regimes, em Da- nou-se membro do conselho regional do Servi- Grande. Assumiu a cadeira na Câmara dos
vid Collier (ed.). The new autíjoritarianism in ço Nacional do Comércio (Senac) — Mato Deputados em fevereiro do ano seguinte,
Latin America (1979), Ciclos e mudanças es Grosso do Sul e do conselho diretor da Univer- onde integrou a da Comissão de Educação,
truturais na economia brasileira do pós-guerra, sidade Federal de Mato Grosso do Sul. Cultura e Desporto. Em 1994, proferiu a
em Luís Gonzaga Belluzzo e R. Coutinho Em 1986 saiu do PDS e ingressou no Parti- palestra de abertura do 7- Encontro de Edu-
(eds.), e Desenvolvimento capitalista no Brasil: do da Frente Liberal (PFL), tornando-se mem- cação Infantil, em Dourados, participou do
ensaios sobre a crise (1981). bro da executiva regional do partido. Perma- 2- Encontro Municipal do Plano Decenal e o
neceu nesta agremiação até 1989, quando Compromisso da Sociedade com a Educação,
Renato Lemos entrou para o Partido Social Trabalhista (PST). na Universidade Católica Dom Bosco, em
atualização No pleito de outubro de 1990, disputou pelo Campo Grande e fez conferências em 24
PST uma vaga na Câmara dos Deputados, não municípios do estado do Mato Grosso do Sul
FONTES: Boletim D/AP (8/96); CÂM. DEP. De- obtendo votos suficientes para eleger-se. para professores da rede municipal e esta-
putados brasileiros. Repertório (1991 -1995); CAS- Em 1991 participou como conferencista do dual sobre o tema "novos rumos da educa-
TELO BRANCO, C. Introdução; DULLES, J. simpósio "Educação — o Desafio do Ano ção no país".
Un-rest; Encic. Brit. bras. (1997, 1998 e 1999, 2000", no Senado Federal, em Brasília; do Durante a votação das emendas constitucio-
livro do ano); Estado de S. Paulo (3/1 1 e 1 8/1 IX Congresso Brasileiro de Educação nais enviadas ao Congresso Nacional pelo
2/94, 3/1,7/3, 11/6, 9/9 e 30/10/95); Folha Pré-Es-colar, da OMEP, em Florianópolis; e governo federal, acompanhou a orientação da
de S. Paulo (25/9, 7 e 10/12/94,6, do Seminário da Associação dos base parlamentar governista, votando a favor
20e27/l,29/ 5 e 13/6 e 8/12/95, 29/5, Diplomados da Escola Superior de Guerra da abolição do monopólio estatal na explora-
4/6, 25/9 e 12/ 12/96, 22/1/97); Globo (ADESG), no Mato Grosso do Sul. ção do petróleo. Também foi favorável à aber-
(27/2, 27/1 1 e 14/ 12/94, 2, 20 e 24/1, Marisa Serrano exerceu novamente o cargo tura da navegação de cabotagem às embarca-
24/8, 22/9 e 18/10/95, 4/5/96); /sto£(21/l de delegada do Ministério da Educação de ções estrangeiras e ao término de todas as
1/90); Jornal do Brasil(30/ 5/79, 14, 21 e 1991 a 1992 e neste mesmo ano foi nomeada diferenças jurídicas entre as empresas de ca-
25/12/94, 31 /3, 22/9, 9 e 12/ diretora-presidente do Instituto de Apoio ao pital nacional e as de outros países, e à cria-
1 2/95); POERNER, A. Poder; SENADO. Sena Desenvolvimento Sócio-Educacional de Mato ção do Fundo Social de Emergência (FSE).
dores. Dados biográficos (1995); Veja (27/9/ Grosso do Sul. Entre 1992 e 1993 realizou o Manifestou-se contra a abolição do monopó-
78, 24/10, 5 e 12/12/84,27/2/85, 19/3/86, curso Currículo e Formação de Professores lio estatal nas telecomunicações e o fim do
M/3/97, 11 e 25/3, 22/7, 26/8, 9/9, 28/10 para Creches e Pré-Escolas, em São Paulo (SP). monopólio dos governos estaduais na distri-
e 11/11/98). buição do gás canalizado.

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