Documente Academic
Documente Profesional
Documente Cultură
METAS
PJANEJAMENTO
Para responder a essas perguntas, vamos recorrer ao que a pedagoga argentina Delia
Lerner chama de modalidades organizativas do ensino.
Atividades permanentes
Sequências didáticas
Projetos didáticos
São projetos que se organizam tendo como objetivo a entrega de um produto final, que é
a característica que os definem. De maneira geral, assumem uma perspectiva
interdisciplinar.
Atividades independentes
Atividades permanentes
As atividades permanentes têm como principais objetivos: i) a construção de
determinados hábitos entre os alunos; e ii) a familiarização dos alunos com
determinados conteúdo.
Sequências didáticas
A ordem das ações, no âmbito das sequências didáticas é dada pela crescente
complexidade e dificuldade dos conhecimentos e conteúdos que mobilizam. Essa
progressão é a chave para a construção dos conhecimentos, e a organização gradual do
trabalho é sua característica fundamental.
Projetos didáticos
Não devem ser confundidos com projetos institucionais, visto que estes envolvem a
escola como um todo.
Atividades independentes
As características das próprias sequências didáticas, que exigem do professor uma fina
organização do tempo de ensino e um amplo domínio do conhecimento a ser trabalhado
e das atividades que podem ser utilizadas para sua efetivação, o que faz com que as
sequências sejam uma modalidade complexa e completa da organização do trabalho
pedagógico.
O histórico do Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa (Pnaic), que
apresentava as sequências didáticas como sugestão de trabalho para o professor
alfabetizador, dando a elas destaque no âmbito das formações do programa.
Já vimos que as sequências didáticas podem ser definidas como conjuntos de atividades
ligadas entre si e articuladas em uma sequência ordenada ao longo do tempo. A ordem
das ações é definida por um crescente de complexidade em relação aos conteúdos
trabalhados, e cada etapa da sequência é pré-requisito para as etapas seguintes.
Clique no ícone
PARA LEMBRAR
PARA LEMBRAR
Caso não se lembre da definição das sequências didáticas e sua comparação com outras
modalidades organizativas do ensino, volte ao tópico 1 deste módulo.
Currículo da rede
Sequências Didáticas
Referencialidade
Ordenação
A sequência apresenta etapas, organizadas segundo uma ordem própria: das atividades e
conteúdos de menor complexidade para aqueles de maior complexidade.
Objetividade
Coerência
Deve haver coerência entre os objetivos a serem atingidos pelas sequências (os
conhecimentos e as habilidades a serem desenvolvidos pelos alunos) e sua proposta
metodológica (as atividades e ações destinadas a esse desenvolvimento).
Flexibilidade
Universalidade
Um dos grandes problemas que podem afetar a efetividade de uma sequência didática é
o excesso de conteúdos.
O que faz uma sequência didática ser complexa não é a quantidade de conteúdos, tarefas
e atividades com os quais trabalha, mas o grau de dificuldade deles. Poucos conteúdos
complexos podem exigir tanto tempo para a execução de uma sequência quanto muitos
conteúdos menos complexos.
Preveja a sequência como parte do seu plano de ensino – isso significa considerar que outras
ações estão previstas para o ano letivo e que elas precisam estar em relação de
complementaridade com a sequência.
Realize um diagnóstico inicial sobre o que os alunos sabem e quais dificuldades apresentam
acerca do conteúdo – tal sondagem é fundamental para prever, desde o início, eventuais ajustes
na sequência proposta, além de identificar pontos de maior necessidade de aprendizagem da
turma; essa sondagem pode se dar sob a forma de uma avaliação diagnóstica, por exemplo.
Defina os objetivos a serem alcançados por meio da sequência – a definição dos objetivos é
crucial para uma sequência didática, visto que influencia todas as outras decisões (do tempo
gasto para sua execução aos recursos didáticos e materiais a serem utilizados); os objetivos
precisam ser claros, coerentes entre si, e sua definição pode se dar a partir do que se espera que
os alunos aprendam ao fim da sequência (conhecimentos e habilidades).
Selecione os conteúdos a serem trabalhados pela sequência didática – a rigor, não existem
conteúdos próprios para o trabalho com as sequências, o que significa dizer que qualquer
conteúdo pode integrar uma sequência didática; contudo, se a sequência é uma novidade para
a turma, selecione conteúdos que possam ser mais facilmente organizados em uma ordem
crescente de complexidade.
Estabeleça cada uma das etapas da sequência – com base na ordenação, característica das
sequências didáticas, organize os conhecimentos em ordem crescente de complexidade.
Defina os recursos didáticos e materiais utilizados em cada fase e em cada aula – essa escolha
será influenciada pelos conteúdos trabalhados pela sequência, pela duração temporal e pelas
características da turma (informação obtida com a sondagem inicial); sua definição deve ser
específica para cada aula.
Elabore os planos de cada uma das aulas que comporão a sequência didática – a sequência
não é o último nível de especificação do planejamento pedagógico; além dela, é preciso planejar
todas as aulas que fazem parte da sequência.
Depois de apresentada a situação, é realizada uma produção inicial, que funciona como
uma etapa de sondagem. Cada um dos módulos representa uma etapa para a realização
da sequência. Por fim, a produção final funciona como a etapa de avaliação.
O objetivo geral deste tópico é refletir sobre como as atividades realizadas em sala de aula estão
relacionadas com as habilidades que devem ser desenvolvidas pelos estudantes de acordo com
a BNCC e que são avaliadas no programa Mais Alfabetização.
A seguir, você encontrará duas formas diferentes para a organização das atividades em
sala de aula. Em Matemática, a lógica de organização foi a seguinte: com base nos
resultados da avaliação, a matriz de referência é utilizada como suporte para a
proposição de atividades que estimulam o desenvolvimento de habilidades que ela prevê
e que estão, também, contempladas na BNCC. Para Língua Portuguesa, são propostas
cinco atividades independentes, que se estruturam em torno da organização da sala de
aula para o estímulo à leitura e à escrita dos alunos. Esses dois casos são exemplos das
inúmeras maneiras através das quais as atividades independentes podem se organizar.
Clique no ícone
PARA LEMBRAR
PARA LEMBRAR
Uma matriz de referência para a avaliação não determina o que deve ser ensinado em
sala de aula, mas apresenta um recorte do que define cada currículo. Ou seja, a matriz
de uma avaliação especifica o que será avaliado, tendo em vista as operações mentais
desenvolvidas pelos estudantes em relação aos conteúdos escolares. Esses conteúdos
são definidos pelo currículo, o qual prevê uma gama maior de conhecimentos e
conteúdos aos quais os estudantes deverão ter o acesso garantido. Portanto, a matriz de
referência não pode ser confundida com o currículo, mas deve estar alinhada com o que
ele propõe e, com isso, orientar a avaliação para um diagnóstico mais preciso sobre o
desenvolvimento e a aprendizagem dos estudantes. A proposição das práticas
pedagógicas desenvolvidas deve levar em consideração tudo o que propõe o currículo.
O que se pretende, ao sugerir atividades com base na matriz de referência do programa
Mais Alfabetização, é enriquecer o trabalho realizado em sala de aula, ampliando as
estratégias que podem ser utilizadas para favorecer o desenvolvimento daqueles
conhecimentos essenciais previstos para os estudantes nessa etapa de escolaridade.
Clique no ícone
IMPORTANTE
IMPORTANTE
Sabemos que o seu planejamento anual já está em execução, bem como os planos de
aula oriundos desse planejamento. E não queremos que você os abandone, mas que
tenha acesso a mais sugestões de atividades que possam servir de referência para você
no desenvolvimento da sua prática pedagógica.
Como opção didática, e com base nos objetivos para este módulo, na última parte desse
itinerário são apresentadas sugestões de atividades, de acordo com as habilidades
avaliadas pela matriz de referência do Programa Mais Alfabetização e a relação dessas
habilidades com a Base Nacional Comum Curricular. Em um segundo momento, é
sugerido que você, professor, e cada assistente, proponham atividades que deverão ser
realizadas em sala de aula.