Documente Academic
Documente Profesional
Documente Cultură
www.ResumosConcursos.com
Resumão: Direito Administrativo – por Alexandre José Granzotto
Direito Administrativo
Assunto:
RESUMÃO DE DIREITO
ADMINISTRATIVO
AUDITOR FISCAL DO MINISTÉRIO DO TRABALHO E EMPREGO / 2006
Autor:
2
www.ResumosConcursos.com
Resumão: Direito Administrativo – por Alexandre José Granzotto
RESUMÃO
DIREITO ADMINISTRATIVO
ÍNDICE
1. Conceito e fontes do Direito Administrativo.
2. Regime jurídico administrativo.
3. A Administração Pública: Conceito. Poderes e deveres do administrador público.
Uso e abuso do poder. Organização administrativa brasileira: princípios, espécies,
formas e características. Centralização e descentralização da atividade
administrativa do Estado. Concentração e Desconcentração. Administração
Pública Direta e Indireta, Autarquias, Fundações Públicas, Empresas Públicas,
Sociedades de economia mista. Entidades paraestatais. Organizações Sociais.
Contratos de Gestão.
4. Poderes Administrativos: poder vinculado, poder discricionário, poder hierárquico,
poder disciplinar, poder regulamentar e poder de polícia.
5. Atos Administrativos: fatos da Administração Pública, atos da Administração
Pública e fatos administrativos. Conceito, formação, elementos, atributos e
classificação. Mérito do ato administrativo. Discricionariedade. Ato administrativo
inexistente. Atos administrativos nulos e anuláveis. Teoria dos motivos
determinantes. Revogação, anulação e convalidação do ato administrativo.
6. Serviços Públicos: conceitos: classificação; regulamentação; controle; permissão;
concessão e autorização.
7. Regime Jurídico dos Servidores Públicos Civis da União: provimento e vacância de
cargos públicos, remoção, redistribuição, direitos e vantagens, licenças e
afastamentos e seguridade social do servidor (Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de
1990, atualizada).
8. Responsabilidade civil do Estado. Ação de Indenização. Ação Regressiva.
9. Controle da Administração Pública: Conceito. Tipos e Formas de Controle. Controle
Interno e Externo. Controle Prévio, Concomitante e Posterior. Controle
Parlamentar. Controle pelos Tribunais de Contas. Controle Jurisdicional. Meios de
Controle Jurisdicional.
10. Processo Administrativo Federal (Lei nº 9.784, de 29 de janeiro de 1999).
11. Polícia Federal: Competências.
12. Ministério Público do Trabalho – atribuições e competências.
3
www.ResumosConcursos.com
Resumão: Direito Administrativo – por Alexandre José Granzotto
DIREITO ADMINISTRATIVO
4
www.ResumosConcursos.com
Resumão: Direito Administrativo – por Alexandre José Granzotto
Também o Direito Municipal se inspira no Direito Administrativo, pois que, sendo o mais
recente fruto do Direito Público Interno, ao lado do Direito Ambiental, não prescinde, na
solução dos problemas comunais, da invocação dos princípios genéricos do Direito
Administrativo.
FONTES:
5
www.ResumosConcursos.com
Resumão: Direito Administrativo – por Alexandre José Granzotto
6
www.ResumosConcursos.com
Resumão: Direito Administrativo – por Alexandre José Granzotto
- cogitationis poenam nemo patitur (ninguém deve ser punido por seus
pensamentos);
- narra mihi factum dabo tibi jus (diz-me o fato e te darei o direito).
Princípio pelo qual ninguém é obrigado a citar os dispositivos legais nos
quais ampara sua pretensão, pois se presume que o juiz os conheça;
7
www.ResumosConcursos.com
Resumão: Direito Administrativo – por Alexandre José Granzotto
8
www.ResumosConcursos.com
Resumão: Direito Administrativo – por Alexandre José Granzotto
Î Assim o que há, portanto, não é a separação de Poderes com divisão absoluta
de funções, mas, sim, distribuição de três funções estatais precípuas entre
órgãos independentes, mas harmônicos e coordenados no seu funcionamento,
mesmo porque o podes estatal é uno e indivisível.
9
www.ResumosConcursos.com
Resumão: Direito Administrativo – por Alexandre José Granzotto
10
www.ResumosConcursos.com
Resumão: Direito Administrativo – por Alexandre José Granzotto
3. A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
3.1. CONCEITOS
ESTADO Î é uma ordenação que tem por fim específico e essencial a regulamentação
global das relações sociais entre os membros de uma dada população
sobre um dado território; constitui-se de um poder soberano de um povo
situado num território com certas finalidades; a constituição organiza esses
elementos.
FORMAS DE ESTADO
11
www.ResumosConcursos.com
Resumão: Direito Administrativo – por Alexandre José Granzotto
FORMAS DE GOVERNO
REGIMES DE GOVERNO
12
www.ResumosConcursos.com
Resumão: Direito Administrativo – por Alexandre José Granzotto
SISTEMA BRASILEIRO:
• praticar atos tão somente de execução – estes atos são denominados atos
administrativos; quem pratica estes atos são os órgãos e seus agentes, que
são sempre públicos;
13
www.ResumosConcursos.com
Resumão: Direito Administrativo – por Alexandre José Granzotto
DEVERES
14
www.ResumosConcursos.com
Resumão: Direito Administrativo – por Alexandre José Granzotto
Î O poder da autoridade pública tem limites e forma legal de utilização, não podendo
ser desvirtuado para o arbítrio e o favoritismo, numa afronta aos princípios
constitucionais que regem a Administração Pública. “O poder deve ser usado
sem abuso, segundo as normas legais, de acordo com a moralidade e as
exigências do interesse público”.
Î O uso do poder é lícito; o abuso, sempre ilícito. Daí porque todo ato abusivo é nulo,
por excesso ou desvio do poder. São formas de abuso de poder: o excesso de
poder, o desvio de finalidade e a omissão.
15
www.ResumosConcursos.com
Resumão: Direito Administrativo – por Alexandre José Granzotto
16
www.ResumosConcursos.com
Resumão: Direito Administrativo – por Alexandre José Granzotto
L I M P E
PRINCÍPIO DA LEGALIDADE ( L )Î segundo ele, todos os atos da Administração
têm que estar em conformidade com os
princípios legais.
Î Este princípio observa não só as leis, mas também os regulamentos que contém as
normas administrativas contidas em grande parte do texto Constitucional. Quando
a Administração Pública se afasta destes comandos, pratica atos ilegais,
produzindo, por conseqüência, atos nulos e respondendo por sanções por ela
impostas (Poder Disciplinar). Os servidores, ao praticarem estes atos, podem até
ser demitidos.
17
www.ResumosConcursos.com
Resumão: Direito Administrativo – por Alexandre José Granzotto
Î Por exemplo, comete ATO IMORAL o Prefeito Municipal que empregar a sua
verba de representação em negócios alheios à sua condição de
Administrador Público, pois, É SABIDO QUE O ADMINISTRADOR PÚBLICO
TEM QUE SER HONESTO, TEM QUE TER PROBIDADE E, QUE TODO ATO
ADMINISTRATIVO, ALÉM DE SER LEGAL, TEM QUE SER MORAL, sob pena
de sua nulidade.
18
www.ResumosConcursos.com
Resumão: Direito Administrativo – por Alexandre José Granzotto
nos casos de segurança nacional: seja ela de origem militar, econômica, cultural etc..
Nestas situações, os atos não são tornados
públicos. Por exemplo, os órgãos de espionagem
não fazem publicidade de seus atos;
nos casos dos atos internos da Adm.Pública: nestes, por não haver interesse da
coletividade, não há razão para
serem públicos.
Î Por outro lado, a Publicidade, ao mesmo tempo que inicia os atos, também
possibilita àqueles que deles tomam conhecimento, de utilizarem os
REMÉDIOS CONSTITUCIONAIS contra eles. Assim, com base em diversos
incisos do art. 5° da CF, o interessado poderá se utilizar:
• do Direito de Petição;
• do Mandado de Segurança (remédio heróico contra atos ilegais
envoltos de abuso de poder);
• da Ação Popular;
• Habeas Data;
• Habeas Corpus.
19
www.ResumosConcursos.com
Resumão: Direito Administrativo – por Alexandre José Granzotto
PRINCÍPIO DA FINALIDADE
É relacionado com a impessoalidade relativa à Administração, este princípio orienta que
as normas administrativas tem que ter SEMPRE como OBJETIVO o INTERESSE
PÚBLICO.
PRESUNÇÃO DE LEGITIMIDADE
Os atos da Administração presumem-se legítimos, até prova em contrário (presunção
relativa ou juris tantum – ou seja, pode ser destruída por prova contrária.)
20
www.ResumosConcursos.com
Resumão: Direito Administrativo – por Alexandre José Granzotto
FINALIDADE
Toda atuação do administrador se destina a atender o interesse público e garantir a
observância das finalidades institucionais por parte das entidades da Administração
Indireta. A finalidade pública objetivada pela lei é a única que deve ser perseguida pelo
administrador.
A Lei, ao atribuir competência ao Administrador, tem uma finalidade pública específica. O
administrador, praticando o ato fora dos fins, expressa ou implicitamente contidos na
norma, pratica DESVIO DE FINALIDADE.
AUTOTUTELA
A Administração tem o dever de zelar pela legalidade e eficiência dos seus próprios atos.
É por isso que se reconhece à Administração o poder e dever de anular ou declarar a
nulidade dos seus próprios atos praticados com infração à Lei.
• A Administração não precisa ser provocada ou recorrer ao Judiciário para
reconhecer a nulidade dos seus próprios atos;
• A Administração pode revogar os atos administrativos que não mais atendam às
finalidades públicas – sejam inoportunos, sejam inconvenientes – embora legais.
• Em suma, a autotutela se justifica para garantir à Administração: a defesa da
legalidade e eficiência dos seus atos; nada mais é que um autocontrole;
RAZOABILIDADE
Os poderes concedidos à Administração devem ser exercidos na medida necessária ao
atendimento do interesse coletivo, sem exageros.
Î Exige proporcionalidade entre os meios de que se utilize a Administração e os fins que ela
tem que alcançar. Agir com lógica, razão, ponderação. Atos discricionários.
21
www.ResumosConcursos.com
Resumão: Direito Administrativo – por Alexandre José Granzotto
22
www.ResumosConcursos.com
Resumão: Direito Administrativo – por Alexandre José Granzotto
3.4.2. ÓRGÃOS
• Cargos = são os lugares criados por lei. São reservados aos agentes.
23
www.ResumosConcursos.com
Resumão: Direito Administrativo – por Alexandre José Granzotto
2. QUANTO À ESTRUTURA Î
3.4.3. AGENTES
24
www.ResumosConcursos.com
Resumão: Direito Administrativo – por Alexandre José Granzotto
• Cargo é o lugar, criado por lei, ao qual corresponde uma função e é provido por
um agente. O cargo, sendo lugar, é lotado no órgão.
• respondem por simples culpa ou dolo pelos atos ilícitos civis, penais
ou administrativos que praticarem;
25
www.ResumosConcursos.com
Resumão: Direito Administrativo – por Alexandre José Granzotto
Obs.: Órgãos são simples repartições interiores da pessoa do Estado, e, por isso, dele
não se distinguem. São meros feixes de atribuições - não têm responsabilidade
jurídica própria – toda a sua atuação é imputada às pessoas a que pertencem.
São divisões da Pessoa Jurídica.
26
www.ResumosConcursos.com
Resumão: Direito Administrativo – por Alexandre José Granzotto
• Pode, inclusive, a execução do serviço ser transferida para entidades que não
estejam integradas à Administração Pública, como: Concessionárias de
Serviços Públicos e Permissionárias.
• Outorga - quando o Estado cria uma entidade e a ela transfere, por lei,
determinado serviço público ou de utilidade pública; só pode ser retirado
ou modificado por lei;
OUTORGA DELEGAÇÃO
27
www.ResumosConcursos.com
Resumão: Direito Administrativo – por Alexandre José Granzotto
Î Movido por tais motivações o Estado acaba por transferir seguidamente, a outras
pessoas jurídicas a execução de muitos serviços públicos objetivando basicamente a
celeridade e eficiência destes. Estas pessoas jurídicas que irão titularizar interesses
coletivos das mais variadas ordens, podem regular-se por princípios de Direito privado ou
público, podendo ou não ter prerrogativas especiais. Tudo isto a depender da
necessidade pública do serviço que irão desempenhar.
Execução Direta: é a realizada por pessoa jurídica de Direito Público (União, Estado,
Município, Distrito Federal), isto é, através de órgão integrantes de
sua própria estrutura, marcado pela linha de subordinação dos
inferiores com os mais graduados ou, descentralizadamente, através
de suas autarquias (pessoas jurídicas de Direito Público, arrolados
pelo Decreto Lei 200/67 na Administração Indireta); é a forma de
execução adotada para as atividades essenciais (serviços Públicos
em sentido estrito) do Estado. No caso de execução por autarquias,
temos aquilo que denominamos tecnicamente de execução direta
descentralizada.
• Direta: Centralizada: U, E, M. DF
Descentralizadamente: autarquias
Empresas Públicas
Sociedade de Economia Mista
28
www.ResumosConcursos.com
Resumão: Direito Administrativo – por Alexandre José Granzotto
Entidade Estatal Î
29
www.ResumosConcursos.com
Resumão: Direito Administrativo – por Alexandre José Granzotto
3.7.1. Autarquias Æ
30
www.ResumosConcursos.com
Resumão: Direito Administrativo – por Alexandre José Granzotto
31
www.ResumosConcursos.com
Resumão: Direito Administrativo – por Alexandre José Granzotto
PJ de Direito Privado, sem fins lucrativos, instituídas por iniciativa de particulares, para
desempenhar serviços sociais não exclusivos do Estado, com incentivo e fiscalização do
Poder Público, mediante vínculo jurídico instituído por meio de contrato de gestão.
32
www.ResumosConcursos.com
Resumão: Direito Administrativo – por Alexandre José Granzotto
Tabela simplificada
PJ Direito Administração
ENTIDADE Função & Características Funcionários Exemplos
Criação p/ Gestão
- Integra a estrutura constitucional do
Estado, com Poder Político e PJ D Público Adm. Direta União,
ENTIDADE Administrativo;
Estatutários Estados, DF
ESTATAL - tem autonomia política, financeira e e
administrativa; Constituição Centralizada
Municípios
- apenas a UNIÃO tem SOBERANIA;
- atividades típicas da Administração; Banco
- imunidade de impostos; Central,
- sem subordinação hierárquica; PJ D Público Adm. Indireta Estatutários DER, INSS,
- orçamento, patrimônio e receitas
AUTARQUIA próprios;
Imprensa
- submetem-se à supervisão do Lei Específica Descentralizada (podem ser CLT) Oficial do
Ministério competente – controle Estado,
finalístico; SEMAE, etc
- atividades atípicas da Administração
- executa serviços sem fins lucrativos;
- sem subordinação hierárquica;
PJ D Público Adm. Indireta Estatutários
FUNDAÇÕES - imunidade de impostos; FEBEM,
- orçamento, patrimônio e receitas
PÚBLICAS próprios; USP, UNB
Autorização Descentralizada (podem ser CLT)
- submetem-se à supervisão do
Ministério competente – controle
finalístico;
- prestação de serviços industriais ou
atividades econômicas de interesse
do Estado, ou consideradas como Sempre CLT
convenientes à coletividade; PJ D Privado Adm. Indireta
EMPRESA
- vinculadas e não subordinadas aos
Correios
PÚBLICA respectivos Ministérios; Nunca CEF
Autorização Descentralizada
- sem privilégios administrativos ou estatutários
processuais;
- pagam tributos
- exploração de atividade econômica
na forma de S/A (sempre);
- destinadas a atividades de utilidade Sempre CLT
SOCIEDADE pública, mas de natureza técnica, PJ D Privado Adm. Indireta
Banco do
ECONOMIA industrial ou econômica;
- Capital Estatal (50%+ 1 das ações) Nunca Brasil
MISTA Autorização Descentralizada
- vinculadas e não subordinadas aos estatutários
respectivos Ministérios;
- pagam tributos
- criadas para prestar serviços de
interesse social ou de utilidade
pública; Sempre CLT SESC,
SERVIÇOS - vinculadas e não subordinadas aos PJ D Privado Adm. Indireta SENAI,
SOCIAIS respectivos Ministérios; Descentralizada SESI,
AUTÔNOMOS - geridos conforme seus estatutos;
Nunca SENAC,
Autorização
- podem arrecadar contribuições estatutários SEST
parafiscais (através do INSS);
- utilizam-se de verbas públicas;
33
www.ResumosConcursos.com
Resumão: Direito Administrativo – por Alexandre José Granzotto
34
www.ResumosConcursos.com
Resumão: Direito Administrativo – por Alexandre José Granzotto
Î São fixadas metas a serem alcançadas pela organização social que receberá, em
contrapartida, uma série de benefícios do Estado como verbas orçamentárias e
servidores públicos trabalhando em suas atividades, mas sendo pagos pelos cofres
públicos.
35
www.ResumosConcursos.com
Resumão: Direito Administrativo – por Alexandre José Granzotto
4. PODERES ADMINISTRATIVOS
Segmentos Î
• Necessidade Æ o Poder de policia só deve ser adotado para evitar ameaças reais
ou prováveis de pertubações ao interesse público;
36
www.ResumosConcursos.com
Resumão: Direito Administrativo – por Alexandre José Granzotto
• Atividade Negativa Æ Tendo em vista o fato de não pretender uma atuação dos
particulares e sim sua abstenção, são lhes impostas obrigações de não fazer.
Poderes
Características Básicas
Administrativos
Î poder para a prática de determinado ato, estipulando todos os
Vinculado requisitos e elementos necessários à sua validade.
37
www.ResumosConcursos.com
Resumão: Direito Administrativo – por Alexandre José Granzotto
5. ATOS ADMINISTRATIVOS
5.1. CONCEITO
Validade e Eficácia
Eficácia- disponível para produzir efeitos próprios, típicos (não dependem de termo,
condição).
Efeitos -
- Efeitos típicos - os que decorrem do conteúdo do ato.
38
www.ResumosConcursos.com
Resumão: Direito Administrativo – por Alexandre José Granzotto
- Efeitos atípicos:
5.2. FORMAÇÃO
5.3. ELEMENTOS
39
www.ResumosConcursos.com
Resumão: Direito Administrativo – por Alexandre José Granzotto
FORMA: é a maneira regrada (escrita em lei) de como o ato deve ser praticado; É o
revestimento externo do ato; é VINCULADO.
40
www.ResumosConcursos.com
Resumão: Direito Administrativo – por Alexandre José Granzotto
5.4. ATRIBUTOS ( P I A )
41
www.ResumosConcursos.com
Resumão: Direito Administrativo – por Alexandre José Granzotto
5.5. CLASSIFICAÇÃO
Î De modo geral, os atos administrativos podem ser classificados, quanto aos seus
destinatários, em gerais e individuais; quanto ao seu alcance, em internos e
externos; quanto ao seu objeto, em atos de império, de gestão e de expediente; e
quanto ao seu regramento, em atos vinculados e atos discricionários, segundo
divisão do Prof. Hely Lopes Meirelles.
Quanto
aos ATOS Exemplos
Edital;
Î destinam-se a uma parcela grande de
sujeitos indeterminados e todos aqueles
Destinatários
42
www.ResumosConcursos.com
Resumão: Direito Administrativo – por Alexandre José Granzotto
43
www.ResumosConcursos.com
Resumão: Direito Administrativo – por Alexandre José Granzotto
Atos Punitivos: atos com que a Administração visa a punir e reprimir as infrações
administrativas ou a conduta irregular dos administrados ou de
servidores. É a APLICAÇÃO do Poder de Policia e Poder
Disciplinar. Ex.: Multa; Interdição de atividades; Destruição de
coisas; Afastamento de cargo ou função.
5.7. DISCRICIONARIEDADE
44
www.ResumosConcursos.com
Resumão: Direito Administrativo – por Alexandre José Granzotto
TIPOS DE DISCRICIONARIEDADE:
Exemplos:
Î é aquele ato que não possui um dos quatro requisitos de existência (competência,
vontade, objeto e forma). São os atos que contêm um comando criminoso (Ex.:
alguém que mandasse torturar um preso).
45
www.ResumosConcursos.com
Resumão: Direito Administrativo – por Alexandre José Granzotto
Atos Nulos: são aqueles que atingem gravemente a lei ( Ex.: prática de um ato por
uma pessoa jurídica incompetente).
Ato Anulável: representa uma violação mais branda à norma (Ex.: um ato que era
de competência do Ministro e foi praticado por Secretário Geral.
Houve violação, mas não tão grave porque foi praticado dentro do
mesmo órgão).
46
www.ResumosConcursos.com
Resumão: Direito Administrativo – por Alexandre José Granzotto
47
www.ResumosConcursos.com
Resumão: Direito Administrativo – por Alexandre José Granzotto
6. SERVIÇOS PÚBLICOS
6.1. CONCEITOS
Características Æ
48
www.ResumosConcursos.com
Resumão: Direito Administrativo – por Alexandre José Granzotto
49
www.ResumosConcursos.com
Resumão: Direito Administrativo – por Alexandre José Granzotto
Serviços Gerais ou “uti universi” Æ são aqueles que a Administração presta sem ter
usuários determinados, para atender à
coletividade no seu todo. Ex.: polícia, iluminação
pública, calçamento. Daí por que, normalmente,
os serviços uti universi devem ser mantidos por
imposto (tributo geral), e não por taxa ou tarifa,
que é remuneração mensurável e proporcional ao
uso individual do serviço.
50
www.ResumosConcursos.com
Resumão: Direito Administrativo – por Alexandre José Granzotto
Î Poder de Polícia é a atividade estatal que, por meio de lei, condiciona e limita o
exercício da liberdade e da propriedade dos administrados, a fim de compatibilizá-
los com o bem-estar social.
Competências e TitularidadesÆ
51
www.ResumosConcursos.com
Resumão: Direito Administrativo – por Alexandre José Granzotto
Podem ser:
• Privativos Æ
DA UNIÃO -
• defesa nacional;
• a polícia marítima, aérea e de fronteiras;
• a emissão de moeda;
• o serviço postal;
• os serviços de telecomunicações em geral;
• de energia elétrica;
• de navegação aérea, aeroespacial e de infra-estrutura portuária;
• os de transporte interestadual e internacional;
• de instalação e produção de energia nuclear; e
• a defesa contra calamidades públicas.
DOS ESTADOS –
• distribuição de gás canalizado;
DOS MUNICÍPIOS –
• o transporte coletivo;
• a obrigação de manter programas de educação pré-escolar e de ensino
fundamental;
• os serviços de atendimento à saúde da população;
• o ordenamento territorial e o controle do uso, parcelamento e ocupação do solo
urbano;
• a proteção ao patrimônio histórico-cultural local.
• Comuns
Æ serviços de saúde pública (SUS); promoção de programas de construção de
moradia; proteção do meio ambiente;
• Usuários Æ
Æ o direito fundamental do usuário é o recebimento do serviço;
Æ os serviços uti singuli podem ser exigidos judicialmente pelo interessado que
esteja na área de sua prestação e atenda as exigências regulamentares para sua
obtenção;
52
www.ResumosConcursos.com
Resumão: Direito Administrativo – por Alexandre José Granzotto
53
www.ResumosConcursos.com
Resumão: Direito Administrativo – por Alexandre José Granzotto
LICITAÇÃO Æ
CONTRATO DE CONCESSÃO Æ
EXTINÇÃO DA CONCESSÃO Æ
54
www.ResumosConcursos.com
Resumão: Direito Administrativo – por Alexandre José Granzotto
55
www.ResumosConcursos.com
Resumão: Direito Administrativo – por Alexandre José Granzotto
ACESSIBILIDADE Î
CONDIÇÕES DE INGRESSO Î
PORTADORES DE DEFICIÊNCIAS Î
56
www.ResumosConcursos.com
Resumão: Direito Administrativo – por Alexandre José Granzotto
• Promoção
• Readaptação
• Reversão
• Aproveitamento
• Reintegração
• Recondução
57
www.ResumosConcursos.com
Resumão: Direito Administrativo – por Alexandre José Granzotto
Inconstitucionais Î
EXONERAÇÃO DE OFÍCIO:
58
www.ResumosConcursos.com
Resumão: Direito Administrativo – por Alexandre José Granzotto
3. Quando o servidor que já tomou posse no cargo público, não entra em exercício no
prazo estabelecido na lei.
7.2. REMOÇÃO
59
www.ResumosConcursos.com
Resumão: Direito Administrativo – por Alexandre José Granzotto
7.3. REDISTRIBUIÇÃO
7.4. SUBSTITUIÇÃO
60
www.ResumosConcursos.com
Resumão: Direito Administrativo – por Alexandre José Granzotto
61
www.ResumosConcursos.com
Resumão: Direito Administrativo – por Alexandre José Granzotto
SISTEMA REMUNERATÓRIO
• É VEDADA:
62
www.ResumosConcursos.com
Resumão: Direito Administrativo – por Alexandre José Granzotto
I - indenizações;
II - gratificações;
III - adicionais.
I - ajuda de custo;
II - diárias;
III - transporte.
63
www.ResumosConcursos.com
Resumão: Direito Administrativo – por Alexandre José Granzotto
III. DOS ADICIONAIS Î De acordo com a Lei 8112/90, os servidores ainda terão
garantidos os seguintes adicionais:
64
www.ResumosConcursos.com
Resumão: Direito Administrativo – por Alexandre José Granzotto
65
www.ResumosConcursos.com
Resumão: Direito Administrativo – por Alexandre José Granzotto
FÉRIAS
Î O servidor fará jus a trinta dias de férias, que podem ser acumuladas, até o máximo
de dois períodos, no caso de necessidade do serviço, ressalvadas as hipóteses em
que haja legislação específica.
LICENÇAS
AFASTAMENTOS
66
www.ResumosConcursos.com
Resumão: Direito Administrativo – por Alexandre José Granzotto
CONCESSÕES
67
www.ResumosConcursos.com
Resumão: Direito Administrativo – por Alexandre José Granzotto
DO TEMPO DE SERVIÇO
I- férias;
II - exercício de cargo em comissão ou equivalente, em órgão ou entidade dos
Poderes da União, dos Estados, Municípios e Distrito Federal;
III - exercício de cargo ou função de governo ou administração, em qualquer
parte do território nacional, por nomeação do Presidente da República;
IV - participação em programa de treinamento regularmente instituído, conforme
dispuser o regulamento;
V- desempenho de mandato eletivo federal, estadual, municipal ou do Distrito
Federal, exceto para promoção por merecimento;
VI - júri e outros serviços obrigatórios por lei;
VII - missão ou estudo no exterior, quando autorizado o afastamento, conforme
dispuser o regulamento;
VIII - licença:
a) à gestante, à adotante e à paternidade;
b) para tratamento da própria saúde, até o limite de vinte e quatro
meses, cumulativo ao longo do tempo de serviço público prestado à
União, em cargo de provimento efetivo;
c) para o desempenho de mandato classista, exceto para efeito de
promoção por merecimento;
d) por motivo de acidente em serviço ou doença profissional;
e) para capacitação, conforme dispuser o regulamento
f) por convocação para o serviço militar;
IX - deslocamento para a nova sede de que trata o art. 18;
X- participação em competição desportiva nacional ou convocação para
integrar representação desportiva nacional, no País ou no exterior, conforme
disposto em lei específica;
XI - afastamento para servir em organismo internacional de que o Brasil participe
ou com o qual coopere.
68
www.ResumosConcursos.com
Resumão: Direito Administrativo – por Alexandre José Granzotto
DO DIREITO DE PETIÇÃO
Î É assegurado ao servidor o direito de requerer aos Poderes Públicos, em defesa
de direito ou interesse legítimo.
REGIME DISCIPLINAR
69
www.ResumosConcursos.com
Resumão: Direito Administrativo – por Alexandre José Granzotto
70
www.ResumosConcursos.com
Resumão: Direito Administrativo – por Alexandre José Granzotto
APOSENTADORIA Î
Modalidades de Aposentadoria Î
71
www.ResumosConcursos.com
Resumão: Direito Administrativo – por Alexandre José Granzotto
Proventos
Proporcionais ao
Proventos integrais
tempo de
contribuição
Tempo de
IDADE IDADE
contribuição
HOMEM 60 35 65
MULHER 55 30 60
• Professores de educação Infantil, ensino fundamental e ensino médio, para
efeito de pedido de aposentadoria, devem reduzir em 5 anos os limites da
tabela acima.
Proventos da Aposentadoria:
1. totalidade da remuneração;
2. não poderão exceder a remuneração dos servidores ativos;
3. vedada a percepção de mais de uma aposentadoria estatutária, salvo as
decorrentes de cargos acumuláveis na atividade;
4. vedada a percepção de aposentadoria c/ remuneração de cargo, ressalvados
os cargos acumuláveis, em comissão e eletivos, salvo anterior emenda, por
concurso público;
5. revisão na mesma data e na mesma proporção (sempre que modificar a
remuneração dos servidores em atividade);
6. extensão de quaisquer vantagens ou benefícios posteriormente concedidos,
inclusive quando decorrentes de transformação ou reclassificação do cargo;
7. não poderão exceder o limite do teto remuneratório;
AUXÍLIO NATALIDADE Î
72
www.ResumosConcursos.com
Resumão: Direito Administrativo – por Alexandre José Granzotto
• Na hipótese de parto múltiplo, o valor será acrescido de 50% (cinqüenta por cento),
por nascituro.
SALÁRIO-FAMÍLIA Î
Î O salário-família não está sujeito a qualquer tributo, nem servirá de base para
qualquer contribuição, inclusive para a Previdência Social.
73
www.ResumosConcursos.com
Resumão: Direito Administrativo – por Alexandre José Granzotto
PENSÕES Î
• é igual ao valor dos proventos ou ao valor dos proventos a que teria direito o
servidor em atividade;
• revisão na mesma data e na mesma proporção (sempre que modificar a
remuneração dos servidores em atividade);
• extensão de quaisquer vantagens ou benefícios posteriormente concedidos,
inclusive quando decorrentes de transformação ou reclassificação do cargo;
ESTABILIDADE Î
74
www.ResumosConcursos.com
Resumão: Direito Administrativo – por Alexandre José Granzotto
• O estável não pode ser exonerado, a não ser a pedido. Para ser
demitido se exige processo administrativo onde se assegure ampla
defesa, ou por sentença transitado em julgado.
75
www.ResumosConcursos.com
Resumão: Direito Administrativo – por Alexandre José Granzotto
RESPONSABILIDADE CIVIL:
Teorias Explicativas
Teoria do Risco Integral: a teoria do risco integral é aquela que não admite as
causas excludentes da responsabilidade do Estado,
ou seja, INDEPENDE DA EXISTÊNCIA DE CULPA ou
mesmo de dolo do lesado.
76
www.ResumosConcursos.com
Resumão: Direito Administrativo – por Alexandre José Granzotto
Atos Judiciais:
1. o Estado indenizará o condenado por erro judiciário, assim como o que ficar
preso além do tempo fixado na sentença;
77
www.ResumosConcursos.com
Resumão: Direito Administrativo – por Alexandre José Granzotto
II - A reparação do dano:
78
www.ResumosConcursos.com
Resumão: Direito Administrativo – por Alexandre José Granzotto
79
www.ResumosConcursos.com
Resumão: Direito Administrativo – por Alexandre José Granzotto
80
www.ResumosConcursos.com
Resumão: Direito Administrativo – por Alexandre José Granzotto
CONTROLE ADMINISTRATIVO
81
www.ResumosConcursos.com
Resumão: Direito Administrativo – por Alexandre José Granzotto
• Cumpre observar, por fim, o que se deve entender por coisa julgada
administrativa que, na verdade, não tem o alcance da coisa julgada judicial,
tratando-se apenas de urna preclusão de efeitos internos visto que o ato
administrativo não deixa de ser um simples ato de decisão, sem força
conclusiva, como o ato jurisdicional do Poder Judiciário.
• Por outro lado, a Administração Pública, para registro de seus atos, controle da
conduta de seus agentes e solução de controvérsias dos administrados, utiliza-
se de diversos procedimentos que recebem a denominação comum do
processo administrativo. Mas, inicialmente há que se distinguir os dois
conceitos:
82
www.ResumosConcursos.com
Resumão: Direito Administrativo – por Alexandre José Granzotto
Assim, o processo pode realizar-se por diferentes procedimentos, embora haja inúmeros
procedimentos administrativos que não constituem um processo, propriamente dito, como
as licitações e os concursos.. O caracteriza um processo mesmo é o ordenamento de
atos para a solução de um contraditório; e o que tipifica o procedimento de um processo é
o modo específico do ordenamento desses atos.
legalidade objetiva: no qual só pode ser instaurado com base na lei e para
preservação dela, a
83
www.ResumosConcursos.com
Resumão: Direito Administrativo – por Alexandre José Granzotto
84
www.ResumosConcursos.com
Resumão: Direito Administrativo – por Alexandre José Granzotto
85
www.ResumosConcursos.com
Resumão: Direito Administrativo – por Alexandre José Granzotto
Î para assegurar o
conhecimento de informações
relativas à pessoa do
impetrante, constante de
registro ou banco de dados de Î a propositura da ação é
entidades governamentais ou de gratuita;
HABEAS DATA caráter público; Î é uma ação
Î serve também para personalíssima
retificação de dados, quando
NÃO se prefira fazê-lo por
processo sigiloso, judicial ou
administrativo.
Î Legitimidade para
impetrar MS Coletivo:
Organização Sindical,
Î instrumento que visa entidade de classe ou
proteger direito líquido e certo associa legalmente
de uma coletividade, quando o constituída a pelo menos 1
MANDADO DE SEGURANÇA responsável pela ilegalidade ou ano, assim como partidos
COLETIVO abuso de poder for autoridade políticos com representação
pública ou agente de pessoa no Congresso Nacional.
jurídica no exercício de
Î OBJETIVO: defesa do
atribuições do Poder Público.
interesse dos seus membros
ou associados.
86
www.ResumosConcursos.com
Resumão: Direito Administrativo – por Alexandre José Granzotto
CONTROLE DA ADMINISTRAÇÃO
TIPOS DE CONTROLE
87
www.ResumosConcursos.com
Resumão: Direito Administrativo – por Alexandre José Granzotto
CONTROLE ADMINISTRATIVO
Meios de Controle
88
www.ResumosConcursos.com
Resumão: Direito Administrativo – por Alexandre José Granzotto
Recursos hierárquicos: são aqueles pedidos que as partes dirigem à instância superior,
propiciando o reexame do ato inferior sob todos seus aspectos; podem ter efeito
devolutivo ou suspensivo; possui prazos fatais e peremptórios.
Princípios:
a) Legalidade objetiva: exige que o processo administrativo seja instaurado com
base e para a preservação da lei; baseia-se numa norma legal específica;
b) Oficialidade: atribui a movimentação do processo à Administração, ainda que
provocado por particular, uma vez iniciado; o Poder Público o impulsiona até a
decisão final;
c) Informalismo: dispensa ritos sacramentais e formas rígidas, principalmente para
os atos a cargo do particular; bastam as formalidades necessárias à obtenção da
certeza jurídica;
d) Verdade material: autoriza a Administração a valer-se de qualquer prova de que a
autoridade processante ou julgadora tenha conhecimento, desde que a faça
trasladar para o processo;
e) Garantia de defesa: entende-se não só a observância do rito adequado como a
cientificação do processo ao interessado, a oportunidade para contestar a
acusação, produzir prova de seu direito, acompanhar os atos de instrução e
utilizar-se dos recursos cabíveis.
89
www.ResumosConcursos.com
Resumão: Direito Administrativo – por Alexandre José Granzotto
MODALIDADES:
Processo de Outorga: é todo aquele que se pleiteia algum direito ou situação individual
perante a Administração; normalmente tem rito especial, mas não contraditório, salvo
quando há oposição de terceiros ou impugnação da própria Administração.
90
www.ResumosConcursos.com
Resumão: Direito Administrativo – por Alexandre José Granzotto
CONTROLE LEGISLATIVO
91
www.ResumosConcursos.com
Resumão: Direito Administrativo – por Alexandre José Granzotto
CONTROLE DO JUDICIÁRIO
- atos políticos: são os que, praticados por agentes do Governo, no uso de sua
competência constitucional, se fundam na ampla liberdade de apreciação da conveniência
ou oportunidade de sua realização, sem se aterem a critérios jurídicos preestabelecidos;
seu discricionarismo é a conseqüência das restrições para o controle judicial.
- atos legislativos: a lei, propriamente dita, não ficam sujeitos a anulação judicial pelos
meios processuais comuns, e sim pela via especial da Ação direta de
Inconstitucionalidade, tanto para a lei em tese como para os demais atos normativos.
92
www.ResumosConcursos.com
Resumão: Direito Administrativo – por Alexandre José Granzotto
- ação civil pública: ampara os direitos difusos e coletivos, não se presta para direitos
individuais, nem se destina à reparação de prejuízos; (Lei 7347/85; CF art. 129, III)
- medida cautelar: feito pelo argüente de inconstitucionalidade, será julgado pelo STF;
exige os pressupostos das cautelares comuns; a liminar suspende a execução da lei, mas
não o que se aperfeiçoou durante sua vigência; produz efeitos ex nunc.
93
www.ResumosConcursos.com
Resumão: Direito Administrativo – por Alexandre José Granzotto
CONTROLE JURISDICIONAL
Execução do Julgado: por quantia certa, seus bens não se sujeitam a penhora nem a
arresto, mas pode haver seqüestro da importância devida se não for atendida a requisição
do Judiciário competente na ordem dos precatórios expedidos. (CF, art. 100; CPC, arts.
730 e 731)
Execução Fiscal: regida pela Lei 6830/80, agilizou o processo, mas com vantagens para
a Fazenda Pública, desigualando as partes.
Obs: deve ser visto mais profundamente.
Prescrição: é a perda da ação pelo transcurso do prazo para seu ajuizamento ou pelo
abandono da causa durante o processo; das ações pessoais contra a Fazenda Pública e
suas autarquias é de 5 anos, somente interrompidas uma vez; das ações reais tem sido
considerada pelos Tribunais a comum de 10 e 15 anos; contra o particular é comum a lei
civil ou comercial, conforme o caso.
Seqüestro e Perdimento de Bens: em favor da Fazenda Pública são admitidos pela CF,
para aqueles que causarem dano ao erário ou se enriquecerem de forma ilicitamente no
exercício de cargo, função ou emprego na Administração direta ou indireta. (Lei 8429/92)
94
www.ResumosConcursos.com
Resumão: Direito Administrativo – por Alexandre José Granzotto
CAPÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 1º Esta Lei estabelece normas básicas sobre o processo administrativo no âmbito da
Administração Federal direta e indireta, visando, em especial, à proteção dos direitos dos
administrados e ao melhor cumprimento dos fins da Administração.
§ 1º Os preceitos desta Lei também se aplicam aos órgãos dos Poderes Legislativo e
Judiciário da União, quando no desempenho de função administrativa.
§ 2º Para os fins desta Lei, consideram-se:
I - órgão - a unidade de atuação integrante da estrutura da Administração direta e da
estrutura da administração indireta;
II - entidade - a unidade de atuação dotada de personalidade jurídica;
III - autoridade - o servidor ou agente público dotado de poder de decisão.
95
www.ResumosConcursos.com
Resumão: Direito Administrativo – por Alexandre José Granzotto
CAPÍTULO II
DOS DIREITOS DOS ADMINISTRADOS
CAPÍTULO III
DOS DEVERES DO ADMINISTRADO
CAPÍTULO IV
DO INÍCIO DO PROCESSO
Art. 6º O requerimento inicial do interessado, salvo casos em que for admitida solicitação
oral, deve ser formulado por escrito e conter os seguintes dados:
I - órgão ou autoridade administrativa a que se dirige;
II - identificação do interessado ou de quem o represente;
III - domicílio do requerente ou local para recebimento de comunicações;
IV - formulação do pedido, com exposição dos fatos e de seus fundamentos;
V - data e assinatura do requerente ou de seu representante.
Parágrafo único. É vedada à Administração a recusa imotivada de recebimento de
documentos, devendo o servidor orientar o interessado quanto ao suprimento de
eventuais falhas.
96
www.ResumosConcursos.com
Resumão: Direito Administrativo – por Alexandre José Granzotto
CAPÍTULO V
DOS INTERESSADOS
Art. 10. São capazes, para fins de processo administrativo, os maiores de dezoito anos,
ressalvada previsão especial em ato normativo próprio.
CAPÍTULO VI
DA COMPETÊNCIA
Art. 11. A competência é irrenunciável e se exerce pelos órgãos administrativos a que foi
atribuída como própria, salvo os casos de delegação e avocação legalmente admitidos.
Art. 12. Um órgão administrativo e seu titular poderão, se não houver impedimento legal,
delegar parte da sua competência a outros órgãos ou titulares, ainda que estes não lhe
sejam hierarquicamente subordinados, quando for conveniente, em razão de
circunstâncias de índole técnica, social, econômica, jurídica ou territorial.
Parágrafo único. O disposto no caput deste artigo aplica-se à delegação de
competência dos órgãos colegiados aos respectivos presidentes.
Art. 14. O ato de delegação e sua revogação deverão ser publicados no meio oficial.
§ 1º O ato de delegação especificará as matérias e poderes transferidos, os limites da
atuação do delegado, a duração e os objetivos da delegação e o recurso cabível,
podendo conter ressalva de exercício da atribuição delegada.
§ 2º O ato de delegação é revogável a qualquer tempo pela autoridade delegante.
97
www.ResumosConcursos.com
Resumão: Direito Administrativo – por Alexandre José Granzotto
Art. 15. Será permitida, em caráter excepcional e por motivos relevantes devidamente
justificados, a avocação temporária de competência atribuída a órgão hierarquicamente
inferior.
Art. 17. Inexistindo competência legal específica, o processo administrativo deverá ser
iniciado perante a autoridade de menor grau hierárquico para decidir.
CAPÍTULO VII
DOS IMPEDIMENTOS E DA SUSPEIÇÃO
Art. 19. A autoridade ou servidor que incorrer em impedimento deve comunicar o fato à
autoridade competente, abstendo-se de atuar.
Parágrafo único. A omissão do dever de comunicar o impedimento constitui falta grave,
para efeitos disciplinares.
Art. 20. Pode ser argüida a suspeição de autoridade ou servidor que tenha amizade
íntima ou inimizade notória com algum dos interessados ou com os respectivos cônjuges,
companheiros, parentes e afins até o terceiro grau.
Art. 21. O indeferimento de alegação de suspeição poderá ser objeto de recurso, sem
efeito suspensivo.
CAPÍTULO VIII
DA FORMA, TEMPO E LUGAR DOS ATOS DO PROCESSO
Art. 22. Os atos do processo administrativo não dependem de forma determinada senão
quando a lei expressamente a exigir.
§ 1º Os atos do processo devem ser produzidos por escrito, em vernáculo, com a data
e o local de sua realização e a assinatura da autoridade responsável.
§ 2º Salvo imposição legal, o reconhecimento de firma somente será exigido quando
houver dúvida de autenticidade.
98
www.ResumosConcursos.com
Resumão: Direito Administrativo – por Alexandre José Granzotto
Art. 23. Os atos do processo devem realizar-se em dias úteis, no horário normal de
funcionamento da repartição na qual tramitar o processo.
Parágrafo único. Serão concluídos depois do horário normal os atos já iniciados, cujo
adiamento prejudique o curso regular do procedimento ou cause dano ao interessado ou
à Administração.
CAPÍTULO IX
DA COMUNICAÇÃO DOS ATOS
Art. 26. O órgão competente perante o qual tramita o processo administrativo determinará
a intimação do interessado para ciência de decisão ou a efetivação de diligências.
§ 1º A intimação deverá conter:
I - identifição do intimado e nome do órgão ou entidade administrativa;
II - finalidade da intimação;
III - data, hora e local em que deve comparecer;
IV - se o intimado deve comparecer pessoalmente, ou fazer-se representar;
V - informação da continuidade do processo independentemente do seu
comparecimento;
VI - indicação dos fatos e fundamentos legais pertinentes.
§ 2º A intimação observará a antecedência mínima de três dias úteis quanto à data de
comparecimento.
§ 3º A intimação pode ser efetuada por ciência no processo, por via postal com aviso
de recebimento, por telegrama ou outro meio que assegure a certeza da ciência do
interessado.
§ 4º No caso de interessados indeterminados, desconhecidos ou com domicílio
indefinido, a intimação deve ser efetuada por meio de publicação oficial.
§ 5º As intimações serão nulas quando feitas sem observância das prescrições legais,
mas o comparecimento do administrado supre sua falta ou irregularidade.
99
www.ResumosConcursos.com
Resumão: Direito Administrativo – por Alexandre José Granzotto
Art. 28. Devem ser objeto de intimação os atos do processo que resultem para o
interessado em imposição de deveres, ônus, sanções ou restrição ao exercício de direitos
e atividades e os atos de outra natureza, de seu interesse.
CAPÍTULO X
DA INSTRUÇÃO
Art. 30. São inadmissíveis no processo administrativo as provas obtidas por meios ilícitos.
Art. 31. Quando a matéria do processo envolver assunto de interesse geral, o órgão
competente poderá, mediante despacho motivado, abrir período de consulta pública para
manifestação de terceiros, antes da decisão do pedido, se não houver prejuízo para a
parte interessada.
§ 1º A abertura da consulta pública será objeto de divulgação pelos meios oficiais, a fim
de que pessoas físicas ou jurídicas possam examinar os autos, fixando-se prazo para
oferecimento de alegações escritas.
§ 2º O comparecimento à consulta pública não confere, por si, a condição de
interessado do processo, mas confere o direito de obter da Administração resposta
fundamentada, que poderá ser comum a todas as alegações substancialmente iguais.
Art. 36. Cabe ao interessado a prova dos fatos que tenha alegado, sem prejuízo do dever
atribuído ao órgão competente para a instrução e do disposto no art. 37 desta Lei.
100
www.ResumosConcursos.com
Resumão: Direito Administrativo – por Alexandre José Granzotto
Art. 37. Quando o interessado declarar que fatos e dados estão registrados em
documentos existentes na própria Administração responsável pelo processo ou em outro
órgão administrativo, o órgão competente para a instrução proverá, de ofício, à obtenção
dos documentos ou das respectivas cópias.
Art. 38. O interessado poderá, na fase instrutória e antes da tomada da decisão, juntar
documentos e pareceres, requerer diligências e perícias, bem como aduzir alegações
referentes à matéria objeto do processo.
§ 1º Os elementos probatórios deverão ser considerados na motivação do relatório e da
decisão.
§ 2º Somente poderão ser recusadas, mediante decisão fundamentada, as provas
propostas pelos interessados quando sejam ilícitas, impertinentes, desnecessárias ou
protelatórias.
Art. 42. Quando deva ser obrigatoriamente ouvido um órgão consultivo, o parecer deverá
ser emitido no prazo máximo de quinze dias, salvo norma especial ou comprovada
necessidade de maior prazo.
§ 1º Se um parecer obrigatório e vinculante deixar de ser emitido no prazo fixado, o
processo não terá seguimento até a respectiva apresentação, responsabilizando-se quem
der causa ao atraso.
§ 2º Se um parecer obrigatório e não vinculante deixar de ser emitido no prazo fixado, o
processo poderá ter prosseguimento e ser decidido com sua dispensa, sem prejuízo da
responsabilidade de quem se omitiu no atendimento.
Art. 43. Quando por disposição de ato normativo devam ser previamente obtidos laudos
técnicos de órgãos administrativos e estes não cumprirem o encargo no prazo assinalado,
o órgão responsável pela instrução deverá solicitar laudo técnico de outro órgão dotado
de qualificação e capacidade técnica equivalentes.
101
www.ResumosConcursos.com
Resumão: Direito Administrativo – por Alexandre José Granzotto
Art. 46. Os interessados têm direito à vista do processo e a obter certidões ou cópias
reprográficas dos dados e documentos que o integram, ressalvados os dados e
documentos de terceiros protegidos por sigilo ou pelo direito à privacidade, à honra e à
imagem.
Art. 47. O órgão de instrução que não for competente para emitir a decisão final elaborará
relatório indicando o pedido inicial, o conteúdo das fases do procedimento e formulará
proposta de decisão, objetivamente justificada, encaminhando o processo à autoridade
competente.
CAPÍTULO XI
DO DEVER DE DECIDIR
Art. 48. A Administração tem o dever de explicitamente emitir decisão nos processos
administrativos e sobre solicitações ou reclamações, em matéria de sua competência.
CAPÍTULO XII
DA MOTIVAÇÃO
Art. 50. Os atos administrativos deverão ser motivados, com indicação dos fatos e dos
fundamentos jurídicos, quando:
I - neguem, limitem ou afetem direitos ou interesses;
II - imponham ou agravem deveres, encargos ou sanções;
III - decidam processos administrativos de concurso ou seleção pública;
IV - dispensem ou declarem a inexigibilidade de processo licitatório;
V - decidam recursos administrativos;
VI - decorram de reexame de ofício;
VII - deixem de aplicar jurisprudência firmada sobre a questão ou discrepem de
pareceres, laudos, propostas e relatórios oficiais;
VIII - importem anulação, revogação, suspensão ou convalidação de ato administrativo.
§ 1º A motivação deve ser explícita, clara e congruente, podendo consistir em
declaração de concordância com fundamentos de anteriores pareceres, informações,
decisões ou propostas, que, neste caso, serão parte integrante do ato.
§ 2º Na solução de vários assuntos da mesma natureza, pode ser utilizado meio
mecânico que reproduza os fundamentos das decisões, desde que não prejudique direito
ou garantia dos interessados.
§ 3º A motivação das decisões de órgãos colegiados e comissões ou de decisões orais
constará da respectiva ata ou de termo escrito.
102
www.ResumosConcursos.com
Resumão: Direito Administrativo – por Alexandre José Granzotto
CAPÍTULO XIII
DA DESISTÊNCIA E OUTROS CASOS DE EXTINÇÃO DO PROCESSO
Art. 52. O órgão competente poderá declarar extinto o processo quando exaurida sua
finalidade ou o objeto da decisão se tornar impossível, inútil ou prejudicado por fato
superveniente.
CAPÍTULO XIV
DA ANULAÇÃO, REVOGAÇÃO E CONVALIDAÇÃO
Art. 53. A Administração deve anular seus próprios atos, quando eivados de vício de
legalidade, e pode revogá-los por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os
direitos adquiridos.
Art. 55. Em decisão na qual se evidencie não acarretarem lesão ao interesse público nem
prejuízo a terceiros, os atos que apresentarem defeitos sanáveis poderão ser
convalidados pela própria Administração.
CAPÍTULO XV
DO RECURSO ADMINISTRATIVO E DA REVISÃO
Art. 56. Das decisões administrativas cabe recurso, em face de razões de legalidade e de
mérito.
§ 1º O recurso será dirigido à autoridade que proferiu a decisão, a qual, se não a
reconsiderar no prazo de cinco dias, o encaminhará à autoridade superior.
§ 2º Salvo exigência legal, a interposição de recurso administrativo independe de
caução.
Art. 57. O recurso administrativo tramitará no máximo por três instâncias administrativas,
salvo disposição legal diversa.
103
www.ResumosConcursos.com
Resumão: Direito Administrativo – por Alexandre José Granzotto
Art. 59. Salvo disposição legal específica, é de dez dias o prazo para interposição de
recurso administrativo, contado a partir da ciência ou divulgação oficial da decisão
recorrida.
§ 1º Quando a lei não fixar prazo diferente, o recurso administrativo deverá ser decidido
no prazo máximo de trinta dias, a partir do recebimento dos autos pelo órgão competente.
§ 2º O prazo mencionado no parágrafo anterior poderá ser prorrogado por igual
período, ante justificativa explícita.
Art. 60. O recurso interpõe-se por meio de requerimento no qual o recorrente deverá
expor os fundamentos do pedido de reexame, podendo juntar os documentos que julgar
convenientes.
Art. 61. Salvo disposição legal em contrário, o recurso não tem efeito suspensivo.
Parágrafo único. Havendo justo receio de prejuízo de difícil ou incerta reparação
decorrente da execução, a autoridade recorrida ou a imediatamente superior poderá, de
ofício ou a pedido, dar efeito suspensivo ao recurso.
Art. 62. Interposto o recurso, o órgão competente para dele conhecer deverá intimar os
demais interessados para que, no prazo de cinco dias úteis, apresentem alegações.
Art. 64. O órgão competente para decidir o recurso poderá confirmar, modificar, anular ou
revogar, total ou parcialmente, a decisão recorrida, se a matéria for de sua competência.
Parágrafo único. Se da aplicação do disposto neste artigo puder decorrer gravame à
situação do recorrente, este deverá ser cientificado para que formule suas alegações
antes da decisão.
Art. 65. Os processos administrativos de que resultem sanções poderão ser revistos, a
qualquer tempo, a pedido ou de ofício, quando surgirem fatos novos ou circunstâncias
relevantes suscetíveis de justificar a inadequação da sanção aplicada.
Parágrafo único. Da revisão do processo não poderá resultar agravamento da sanção.
104
www.ResumosConcursos.com
Resumão: Direito Administrativo – por Alexandre José Granzotto
CAPÍTULO XVI
DOS PRAZOS
Art. 66. Os prazos começam a correr a partir da data da cientificação oficial, excluindo-se
da contagem o dia do começo e incluindo-se o do vencimento.
§ 1º Considera-se prorrogado o prazo até o primeiro dia útil seguinte se o vencimento
cair em dia em que não houver expediente ou este for encerrado antes da hora normal.
§ 2º Os prazos expressos em dias contam-se de modo contínuo.
§ 3º Os prazos fixados em meses ou anos contam-se de data a data. Se no mês do
vencimento não houver o dia equivalente àquele do início do prazo, tem-se como termo o
último dia do mês.
Art. 67. Salvo motivo de força maior devidamente comprovado, os prazos processuais
não se suspendem.
CAPÍTULO XVII
DAS SANÇÕES
Art. 68. As sanções, a serem aplicadas por autoridade competente, terão natureza
pecuniária ou consistirão em obrigação de fazer ou de não fazer, assegurado sempre o
direito de defesa.
CAPÍTULO XVIII
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS
Art. 69. Os processos administrativos específicos continuarão a reger-se por lei própria,
aplicando-se-lhes apenas subsidiariamente os preceitos desta Lei.
Paulo Paiva
105
www.ResumosConcursos.com
Resumão: Direito Administrativo – por Alexandre José Granzotto
106
www.ResumosConcursos.com
Resumão: Direito Administrativo – por Alexandre José Granzotto
ESTRUTURA REGIMENTAL
CAPÍTULO I
DA NATUREZA E COMPETÊNCIA
======================== F I M =========================
107