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brotam as Imagens e
as letras se apagam …
Escola Escola
Oficinas de
Secundária Secundária
Formação
Azambuja Cartaxo
2013 / 2014
OFICINAS DE FORMAÇÃO
PROJETO ESCOLA INCLUSIVA
Esta é uma síntese dos trabalhos das duas turmas que participaram nas
Judite Frazão
Diretora do Centro de Formação Lezíria-Oeste
(Associação de Escolas dos Concelhos de Azambuja, Cartaxo e Rio Maior)
Índice
Bibliográficas ............................................................................................................... 37
Webgrafia .................................................................................................................... 38
Nota Introdutória
Dificuldade é o que
surge logo que se fala de
Dislexia, mas há que
conhecer o outro lado e a
título de exemplo, surgem-
nos alguns nomes que nos
são familiares pela
criatividade, espírito
empreendedor, inteligência
prática e persistência em
alcançar o que alguns recusaram ser possível – ALBERT EINSTEIN, HANS
CHRISTIAN ANDERSEN, LEONARDO DA VINCI, MOZART, JULIO VERNE, PABLO
PICASSO, AGATHA CHRISTIE, STEVEN SPEILBERG, TOM CRUISE, BILL GATES -
entre tantos outros.
Dons é o que vemos claramente quando olhamos para as Vidas destes
homens e mulheres que deixaram uma marca única ou se fizeram notar pela
diferença em relação aos seus pares.
“Ironicamente, a mudança na perceção que pode ocorrer na dislexia é
exatamente o mecanismo que os disléxicos utilizam para reconhecer objetos
na vida real e eventos no seu envolvimento. E fazem-no melhor do que outras
crianças da mesma idade, muito antes de começarem a aprender a ler” (Cruz,
2000). De facto, estas crianças podem manifestar muitas outras características,
tais como:
Elevada consciência do seu envolvimento
São mais curiosas do que a maioria das outras crianças
São altamente intuitivas e perspicazes
Pensam principalmente através de imagens e não de palavras
Pensam e percebem de um modo multidimensional, pois usam todos os
sentidos com muita acuidade
Podem controlar pensamentos, usando-os como realidade
Têm uma imaginação viva
É claro que ter dislexia não torna génios todos os disléxicos mas é
importante para a autoestima de todos eles, saber que as suas mentes
funcionam de maneira diferente e que podem fazer coisas que a maioria dos
comuns mortais, terão dificuldade ao longo da vida.
Por esta razão, torna-se fulcral uma mudança na perspetiva e análise
destas situações, mudança essa que para existir, exige como primeiro passo
um conhecimento preciso do que é “ter dislexia”.
As reflexões e orientações que se seguem destinam-se a docentes, pais
e outros interessados que procuram saber mais e a melhor forma de ajudar
positivamente os alunos com dislexia.
Ercília Castanheira
(Formadora)
1. Ser Disléxico
DISGRAFIA - Perturbação na
componente motora do ato de
escrever, provocando compressão e
cansaço muscular, que por sua vez
são responsáveis por uma caligrafia Disortografia -conjunto de erros da
deficiente, com letras pouco escrita que afetam a palavra mas
diferenciadas, mal elaboradas e mal não o seu traçado ou grafia. É a
proporcionadas, substituições e incapacidade de estruturar
alterações nas linhas de base. gramaticalmente a linguagem,
podendo manifestar-se no
desconhecimento ou negligência das
regras gramaticais, confusão nos
artículos e pequenas palavras, e
Discalculia - dificuldades na leitura, escrita e
troca de plurais, falta de acentos ou
compreensão de números ou símbolos, compreensão de
erros de ortografia em palavras
conceitos e regras matemáticas, memorização de factos ou
correntes ou na correspondência
conceitos ou no raciocínio abstrato. Podem ainda estar
incorreta entre o som e o símbolo
associadas dificuldades em aprender a ver as horas ou lidar
escrito, (omissões, adições,
com o dinheiro, memorizar as tabuadas, os meses e dias da
substituições, etc.)
semana e ler dados de uma tabela ou consultar horários.
Reduzida autoestima
Autoculpabilização
Défice de atenção
Podemos
suspeitar da presença
da dislexia desde cedo,
principalmente no início
da escolaridade básica,
quando a leitura e escrita são formalmente apresentadas à criança.
Um diagnóstico mais preciso é feito a partir do 2º ano, após dois anos de
aprendizagem da leitura. Mas havendo sinais de dificuldades nas áreas de
linguagem, um atendimento adequado deve ser iniciado logo no Pré-escolar.
O que é
ensinar?
O que é
aprender?
Na hora de dar uma explicação oral, usar uma linguagem direta, clara e
objetiva e verificar se o aluno entendeu e reteve a informação.
A execução de uma tarefa escrita pode levar mais tempo, por apresentar
dificuldade quanto à coordenação, orientação e mapeamento espacial e
dificuldades na gestão do tempo, entre outras razões.
O docente deve estar atento na hora da leitura, porque estes alunos inibem-
se ao ler em voz alta, perante a turma, dado os possíveis erros que
cometem.
Quadro resumo – Erros na Leitura (Adaptado de Lopes, 2001, 129 e Rocha, 2004, 48)
Realizar mapas mentais, é uma das estratégias que ajudará estes alunos a
relacionar novos conceitos com os conhecimentos já adquiridos e a
organizarem a matéria em estudo. Podem ser utilizados em todas as
disciplinas e desta forma reúnem a informação mais relevante de cada
matéria a estudar. (Mapas mentais de Toni Bouzan).
Os textos A e B que se seguem, são documentos autênticos escritos por uma aluna do
10º ano de escolaridade, referenciada com dislexia.
- 16. Confusões: confunde palavras com fonemas que admitem dupla grafia: “fes”
(fez), “atráz” (atrás), “virar para traz” (virar para trás) – revela dificuldades na
consciência fonológica e gráfica e de contexto.
- 17. Confusões: confunde situações de palavras com fonemas que admitem duas
grafias em função das vogais – “cheguar” (chegar).
- 24. Não aplica casos especiais como s/ss/ç: “interecante” (interessante) - revela
dificuldades na consciência fonológica e gráfica.
a) linguístico percetivas quando inverte (9), omite (3), substitui fonemas/grafemas (14)
ou tem dificuldades na consciência fonológica;
a) Na oralidade:
b) Na escrita:
Um exemplo de ficha de
ortografia corretiva
preconceito/perconceito
pretendente/pertendente
Esta foi uma estratégia simples, usada numa turma especial, composta por
alunos entre os 12 e os 18 anos que coloca ao docente algumas preocupações de
motivação e interesse, pelo que a reeducação se espera uma tarefa difícil, senão
impossível.
8. Dislexia – E agora?
http://www.youtube.com/watch?v=6rxSS46Fwk4
9. Fontes de Consulta
Bibliográficas
Além dos documentos fornecidos no decurso das sessões presenciais e via Moodle pela
formadora, foram utilizadas as seguintes obras:
Correia, Luís (1999). “Alunos com NEE nas Classes Regulares”. 1- Coleção Educação
Especial. Porto: Porto Editora.
Correia, J. A. (2003). A Construção Politico-Cognitiva da exclusão social no campo
Educativo. In Rodrigues, D. (org.) (2003). Perspetivas sobre Inclusão. Da Educação à
Sociedade. Porto: Porto Editora.
Castanheira, Ercília Textos e materiais de Apoio.2013/2014
Correia, L. (2005). “A Escola Contemporânea, os Recursos e a Inclusão de Alunos com
Necessidades Educativas Especiais. Atas do Encontro Internacional Educação”.
Correia, L. M. (2008). “Inclusão e Necessidades Educativas Especiais” - Um guia para
educadores e professores (2ª edição, revista e ampliada). Porto: Porto Editora.
Costa, M.E. (2003). Gestão de Conflitos na Escola. Lisboa: Universidade Aberta
Leitão, F. R. (2010). Valores Educativos, Cooperação e Inclusão. Salamanca: Luso-
Española de Ediciones.
Dicionário Geral das Ciências Humanas, (dir. THINES, G. e LEMPEREUR, Agnés),
Lisboa, Edições 70, [1984].
Lilian j. Meyer Riveros, Fabrício da Silva Soares, Elizabeth Munzlinger, “Sistema
especialista: uma base para o pré-diagnóstico da dislexia “
Lobo Antunes, Nuno, Mal-entendidos, Lisboa, Verso de Kapa, 6.ª edição, 2012 (1.ª edição:
2009).
Tavares, José e Alarcão, Isabel, Psicologia do Desenvolvimento e da Aprendizagem,
Coimbra, Livraria Almedina, 1985.
Webgrafia
http://unesdoc.unesco.org/images/0013/001393/139394por.pdf
http://www.drealg.min-edu.pt/upload/docs/dsapoe_ee_cif_cj_manual.pdf
http://www.europarl.europa.eu/meetdocs/committees/empl/20011023/451792PT.pdf
http://www.european-agency.org/publications/flyers/lisbon-declaration-young-peoples-
views-on-inclusive-education
http://www.dyslexia-reading-well.com/assistive-technology-for-dyslexia.html
http://www.ige.min-
edu.pt/upload/AEE_2008_DRLVT/AEE_08_Agr_Jose_Relvas_R.pdf
10. Anexos
http://recursosdislex.blogspot.pt/
Construção Fonológica
Colaboração na edição
Pedro Oliveira (Engenheiro informático)