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13/01/2019 XX Congresso de Ciências da Comunicação na Região Centro-Oeste

 
INSCRIÇÃO:  00279
 
CATEGORIA:  CA
 
MODALIDADE:  CA01
 
TÍTULO:  A Origem da Noiva Cadáver
 
 Mônyky Kélly da Silva Barcelos (Universidade Federal de Goiás); Bruna
Toledo de Melo (Universidade Federal de Goiás); Thaynara Cardoso de Souza
AUTORES: (Universidade Federal de Goiás); Wadna da Silva Coelho (Universidade Federal
de Goiás); Matheus Fonseca Bolentine (Universidade Federal de Goiás); Lara
Lima Satler (Universidade Federal de Goiás)
 
PALAVRAS-  Tim Burton, expressionismo alemão, sequência, narrativa complexa, curta-
CHAVE: metragem
 
RESUMO
A Origem da Noiva Cadáver é um projeto experimental desenvolvido durante a disciplina de Teoria
da Imagem II. Trata-se de um curta-metragem cuja narrativa conta a origem da noiva cadáver,
personagem de uma obra originalmente do diretor Tim Burton, que foi nossa referência principal
para criação deste projeto. Conta ainda com referências como o Expressionismo Alemão, o Sistema
de Cores utilizado por Burton durante o filme e de obras do Autor Edgar Allan Poe, como O Corvo
e O Gato. E ainda com inspiração na Narrativa Complexa, principalmente a presente nas obras do
diretor Alejandro González Iñárritu para como desenvolver a narrativa.
 
INTRODUÇÃO
Tendo como inspiração e referência dois grandes diretores do cinema, Tim Burton e Alejandro
González Iñárritu, buscamos reproduzir os efeitos de suas obras e inspirações dentro de uma
narrativa audiovisual. Para a criação do curta, nos apropriamos das referências estéticas do
Expressionismo Alemão que Tim Burton utiliza na sua obra e as narrativas de terror de Edgar Allan
Poe e também sua sistematização de cores dentro da obra. A narrativa não-linear, recheada de pistas
e suspense foi inspirada nas obras de Iñárritu, mais especificamente Biufiful (2010) , em que a
primeira cena ou conjunto de sequências abrangem o final do filme. Este projeto experimental trata-
se de um curta metragem, com uma narrativa não-linear, fazendo o uso do nível da sequência na
montagem das cenas na pós-produção.
 
OBJETIVO
Após os estudos realizados na matéria de Teoria da Imagem 2, tivemos como objetivos principais: -
Criar um curta-metragem que trabalhasse a narrativa complexa; -Fazer uso do nível da sequência e
que trabalhasse referências adquiridas ao longo da disciplina de Teoria da Imagem II; -Referenciar o
curta na estética de Alejandro González Iñárritu, premiado cineasta, argumentista e produtor de
cinema mexicano e Timothy "Tim" Willian Burton, cineasta norte-americano, usando de
características e aspectos utilizados por eles em suas obras.
 
JUSTIFICATIVA
O grupo desde o começo da disciplina se identificou com a narrativa complexa, principalmente nas
obras de Iñárritu, nas quais ele trabalha principalmente o nível da sequência e as múltiplas
narrativas. Esse foi nosso ponto de partida, aliamos a esse desejo inicial de desenvolver uma
narrativa complexa que trabalhasse o nível da sequência com outras referências do cinema como
Tim Burton, e o seu sistema de cores. Um dos textos trabalhados em sala, faz uma análise semiótica
da obra “A Noiva Cadáver” (Tim Burton, 2005), o trecho mais instigante da análise diz: As cores
surgem, portanto, como um dos principais cúmplices narrativos de Burton. Carregadas de forte
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expressividade, os efeitos que promovem nos indivíduos são diretos e espontâneos, além de
essencialmente visuais, o que potencializa o processo de identificação do espectador com os
personagens e elimina a necessidade de explicar certas coisas por meio das palavras – que nem
sempre conseguem alcançar o âmago das sensações. (ABREU; ANDRADE, 2016, p.7) Após
discussões e análises, o grupo decidiu utilizar como principal referência e base para a construção de
nossa narrativa a mesma obra analisada em sala. Outra inspiração extremamente importante é o
expressionismo alemão do qual tentamos resgatar o jogo de sombras e expressões, este já sendo
uma das referências do trabalho do diretor citado anteriormente. Além do cinema procuramos
inspirações na literatura, em específico nas obras do autor Edgar Allan Poe e em especial nos seus
contos: O Gato Preto (1843) e O Corvo (1845). Reunindo todos esses elementos buscamos uni-los a
nossa própria narrativa, de forma a criar algo compreensível e relevante para o meio audiovisual.
 
MÉTODOS E TÉCNICAS UTILIZADOS
Utilizamos como referência o método de uma produção audiovisual industrial (RODRIGUES,
2007): primeiro fizemos o roteiro, decupamos o roteiro em roteiro técnico, decidimos sobre a arte, a
fotografia e o som. Na pré-produção parte da equipe elaborou o roteiro, durante o processo de
gravação fizemos pequenas alterações, que consideramos pertinentes. Após isso, um storyboard foi
montado, contendo a planificação e movimentos de câmera, essa etapa foi extremamente necessária,
pois o rosto do nosso antagonista não poderia aparecer em hipótese alguma e foi o que nos guiou no
processo de gravação, embora esses planos também tenham sofrido pequenas alterações em função
da locação. Planos detalhes, tomada sobre ombros e a ocultação do rosto do antagonista, foram
elementos utilizados para criação de suspense durante a narrativa. Na obra original de Burton, a
história de amor frustrada da noiva cadáver é contada através de um jogo de luz na parede, na cena
do assassinato da nossa personagem. Nesta versão, nos referenciamos neste estilo, que faz link com
o expressionismo alemão, utilizando jogos de luz e sombra na parede, captando o ápice do ato de
crueldade do antagonista. Tal recurso artístico trouxe maior realidade para a cena, juntamente com a
ilusão de ótica, pois pelas sombras a faca ultrapassa o corpo da personagem, embora o efeito seja
ocasionado apenas pelo posicionamento distintos dos elementos faca-corpo. Optamos por fazer um
filme mudo pelo prazo curto que tínhamos, nossos personagens não tinham tempo para decorar as
falas, nosso tempo de gravação estava reduzido e uso de microfone poderia nos atrasar, além de
termos em consenso que os elementos narrativos e os planos contariam por si só a história, tornando
as falas elementos dispensáveis. Na produção, todas as cenas foram gravadas por uma câmera
fotográfica semiprofissional Nikon D3200 com duas lentes, uma 18-55mm e outra fixa 50mm. Para
a gravação a câmera foi utilizada na mão durante quase todo o processo fazendo o uso de tripé em
cenas de planos mais abertos e também para simular uma grua, na cena onde a noiva aparece
deitada na floresta, contando com os três níveis de movimento de câmera e com enquadramentos
variados. Todos os personagens do elenco faziam parte do grupo do trabalho, pela disponibilidade
de horário e por se encaixarem no perfil dos personagens que pensamos. A gravação foi feita em
apenas uma tarde, tendo como parte da locação: a sala de equipamentos fotográficos e o estúdio de
audiovisual do Comunica Estúdio Escola, a lanchonete Reúne e o Bosque, todos os espaços dentro
da UFG, principalmente por se tratar de uma produção de baixo orçamento. Na pós-produção o
software utilizado para edição foi o Adobe Premiere Pro. Foi utilizado o efeito “Noite Americana”
nas cenas gravadas na floresta, sendo que a maioria das mesmas foram captadas propositalmente
com pouca entrada de luz para intensificar o efeito e assim ele pudesse ser produzido mais
facilmente no momento da edição. Também foi utilizado o corretor de luz ProCamp para reduzir a
saturação, diminuir o brilho e o contraste das imagens; e o RGB Curves para aumentar o tom azul e
diminuir todos os outros. Foram utilizados também cortes rápidos e efeitos de som para produção de
sustos e Easter Eggs durante a narrativa. Todas as cenas foram sonorizadas na pós-produção,
mantendo apenas um áudio original, que é o grito da noiva que aparece no final, enquanto ela corre
na floresta, tirando essa exceção, os passos na floresta, o barulho da TV, os ruídos da porta e noiva
sendo arrastada no chão, todos eles foram colocados na pós-produção. Além disso, mesclamos
barulhos de corvos, correntes, uma mulher chorando e um agressor como elemento de reforço na
geração de suspense e apreensão do espectador.
 
DESCRIÇÃO DO PRODUTO OU PROCESSO
Foi necessária toda uma pré-produção para a execução do projeto: a presença de uma figurinista foi
essencial, pois precisamos conseguir montar da melhor forma possível um traje de noiva; de igual
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modo uma maquiadora/ cabeleireira foi indispensável, pois uma de nossas intenções era que a
maquiagem remetesse as características do Expressionismo Alemão e consequentemente a obra de
Tim Burton, além das cenas dela como noiva e no seu dia a dia também que precisaram de
maquiagem. Foi preciso ainda a produção de sangue falso para ser usado nas cenas após o
assassinato, este foi produzido com mel, achocolatado em pó, ketchup e anilina vermelha. Além
desses elementos, foram utilizados objetos de cena como: joias, fotografias, sapato e trocas de
roupas para os atores. Foi solicitado o estúdio do Comunica Estúdio Escola para a gravação
simulando um salão de preparação de noivas e onde o assassinato foi gravado, pois era necessário
de equipamentos de luzes posicionados para realizar a cena inspirada no Expressionismo Alemão,
onde a noiva é assassinada. Foram utilizados ainda um LED para simular uma TV, e todas as demais
gravações foram feitas externas, com uma cena gravada em uma lanchonete do campus (Reúne) e
uma área aberta. As cenas restantes foram gravadas na floresta perto a FAV (Faculdade de Artes
Visuais), e todo o curta foi gravado durante o dia no período entre 12:30h e 17:30h. O software
utilizado para edição foi o Adobe Premiere Pro. Foi feita a seleção das tomadas na ilha de edição e a
partir daí começou o processo de montar as cenas e, por fim, a sequência. O próximo passo foi a
produção do efeito “Noite Americana” nas cenas gravadas na floresta. A maioria das cenas foram
gravadas propositalmente com pouca entrada de luz para intensificar o efeito. Na edição foi
utilizado o ProCamp, reduzindo a saturação, diminuindo o brilho e o contraste das imagens e o RGB
Curves, aumentando o tom azul e diminuindo todos os outros. Na sonorização foi utilizada a trilha
do próprio filme A Noiva Cadáver, dirigido por Tim Burton, em que o personagem Victor e a
falecida fazem um dueto no piano. Nas cenas da floresta foi adicionado por cima dessa mesma
música um solo de piano de suspense, mesclando as canções instrumentais com barulhos de passos
nas folhas e trilhas desconfortáveis como o choro de uma vítima e a voz de seu agressor. Utilizou-se
de cortes rápidos e efeitos de som para produção de sustos e Easter Eggs (são referências
“escondidas” durante uma obra, com o intuito de escandalizar, gerar humor ou introduzir alguma
assinatura do diretor ou da franquia) durante a narrativa. Sendo um dos Easter Eggs o poema O
Corvo, de Edgar Allan Poe, recitado durante a cena que o casal assiste a TV. O curta é
completamente sem falas e a cena do assassinato é mostrado através de uma sombra, como no
Expressionismo Alemão, uma das referências de Burton, além de Edgar Allan Poe. Na paleta de
cores recorremos ao cinza, para trazer a ideia do sombrio, do luto e da melancolia e o azul escuro,
cores também utilizadas pelo diretor.
 
CONSIDERAÇÕES
A execução do projeto nos mostrou que é possível sim tirar do papel suas ideias e produzi-las,
mesmo com um orçamento reduzido. E que ao longo da disciplina podemos desenvolver projetos
interessantes e relevantes para o nosso aprendizado e carreira. E ainda o quanto o repertório
influencia no trabalho de um criador de conteúdo audiovisual, agregando novas possibilidades e
diferentes visões, antes não imaginadas. Finalizar esse trabalho, portanto, nos abre novas
possibilidades do que fazer adiante e com certeza contribuiu para o aumento do nosso apreço por
audiovisual.
 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁICAS
ABREU, T. C.; ANDRADE A. L. M. O Uso da Cor no Cinema de Animação de Tim Burton.
Revista Anagrama: Revista Científica Interdisciplinar da Graduação, Ano 1, 2016. Disponível em :
< https://www.revistas.usp.br/anagrama/article/view/108967/107440 > Acesso em: 20/11/2017.

A NOIVA CADÁVER. Direção: Tim Burton, Mike Johnson. Produção: Tim Burton, Allison
Abbate. DVD 1 (77 min.). 2005.

BIUTIFUL. Direção: Alejandro González Iñárritu. Produção: Alejandro González Iñárritu, Jon
Kilik, Fernando Bovaira. 1 filme (147min), 35mm. Distribuidor: Focus Features International. 2010.

GIUNTINI, Mauro. Alejandro González Iñárritu e a renovação do cinema. In: Revista Z Cultural,
ano XI, 2016. Disponível em:< http://revistazcultural.pacc.ufrj.br/alejandro-gonzalez-inarritu-e-
arenovacao-do-cinema/ > Acesso em: 20/11/2017.

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CRUZ, Gustavo. IT: A Coisa - Como Fazer Um Filme de Terror. Disponível em: <
https://www.youtube.com/watch?v=mDVPSf65X2A&feature=youtu.be > Acesso em: 20/11/2017.

O Corvo - POE, Edgar Allan. Disponível em: Acesso em: 27/04/2018.

POE, E. A.; O gato preto. Disponível em: <


http://www.gargantadaserpente.com/coral/contos/apoe_gatop.shtml > Acesso em: 20/11/2017.
Revista Prosa Verso e Arte. O corvo – Edgar Allan Poe (tradução Fernando Pessoa). Disponível em:
< http://www.revistaprosaversoearte.com/o-corvo-edgar-allan-poe-traducao-fernando-pessoa/ >
Acesso em: 20/11/2017.

O Uso da Cor no Cinema de Animação de Tim Burton - ABREU, Tami de Castro; ANDRADE, Ana
Lúcia M.– Revista Anagrama (2016) Disponível em:<
https://www.revistas.usp.br/anagrama/article/view/108967 > Acesso em: 20/11/2017.

RODRIGUES, Chris. O cinema e a produção. Rio de Janeiro: Lamparina, 2007.

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