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GOKAI
OS CINCO
PRINCÍPIOS DO REIKI
Shoufuku no hihoo (o método secreto que convida à felicidade)
Manbyo no ley-yaku (a medicina espiritual para todos os distúrbios da mente e do
corpo)
Asa yuu gassho shite kokoro ni nenji, kuchi ni tonaeyo (De manhã e à noite, sente-
se em posição gasho e repita estas palavras em voz alta, para seu coração)
Shin shin kaizen, Usui Reiki Ryoho (Tratamento do corpo e da alma, Usui Reiki
Ryoho)
(Os Cinco Princípios do Reiki talhados em pedra que compõe o memorial ao Mestre
Usui em Tóquio, no Japão).
Usui Sensei adotou estes princípios ao perceber que os mesmos mendigos que
ele havia curado retornavam ao estado de doença e miséria, foi então que verificou a
necessidade de uma cura interior, por isso nos brindou com esse método secreto para
alcançar a felicidade e curar todas as doenças da mente e do corpo. Eles são baseados
nos princípios estabelecidos pelo Imperador Meiji.(1869 – 1912), quando o Japão passou
por uma fase de grande progresso e transformação. Estes princípios visam o nosso
desenvolvimento espiritual. Foram desenvolvidos com o objetivo de ligar e sincronizar
com a Fonte Universal do Amor, Luz e Harmonia.
Entender os mecanismos que nos deixam zangados pode ajudar a termos mais
controle sobre a ira. São diversos os fatores que podem nos causar irritação, mas de
uma maneira geral isso ocorre porque interpretamos que alguém não agiu de acordo
com as nossas expectativas, necessidades e desejos. Isto significa que não aprendemos
a lidar com contrariedades, que ainda não amadurecemos ou estamos infantilizando.
Então, precisamos fazer um trabalho interno para corrigir isto, nem sempre conseguimos
isto sozinhos, às vezes é necessário buscarmos ajuda externa, uma psicoterapia, pois os
núcleos neuróticos relacionados a estas emoções podem ser muito profundos.
Lamentável é que a maioria das pessoas acha desnecessário fazer terapia para
“pequenas coisas”, só buscam ajuda quando estão na pior. Se soubessem o quanto a
terapia faz bem, teriam a terapia como parte essencial de suas vidas.
Auxilia-nos nessa mudança quando refletimos sobre a humildade ou o excesso de
orgulho; quando entendemos que o outro não é como gostaríamos que fosse, quando
aceitamos o outro como ele é, com suas crenças, valores e atitudes pessoais. Cada um
tem um tempo e um ritmo pessoal, cada um tem seus gostos pessoais, cada um tem
suas crenças e devemos respeitar. O fato de não aceitarmos a lerdeza do outro, as
atitudes do outro, as formas do outro fazer algo, não é problema do outro, mas um
problema interior, de si mesmo, da falta de flexibilidade, paciência, humildade ou
amorosidade.
Mas, na verdade, não são os outros que nos irritam, somos nós que
deixamos o outro nos irritar. A ofensa vinda a partir de alguém só tem efeito se
acolhermos a ofensa, é como quando alguém dá um apelido maldoso, este só “pega” se
nós demonstrarmos desagrado.
Quando sentimos que alguém ou algo nos irrita, devemos refletir sobre o que está
acontecendo dentro de nós. Por que o outro ou aquilo acionou em nós o “botão da
irritação”? Que coisa em nós permite que isso aconteça?
De acordo com a visão Junguiana, de forma simples, podemos dizer que nada é
por acaso, há uma sincronicidade causal e não casual, tudo o que nos ocorre foi atraído
pela nossa psiquê, para um aprendizado, para um amadurecimento. Assim, atraímos
para nossas vidas os eventos e pessoas que acionam nossos “botões”, que fazem
aflorar as nossas falhas, as neuroses, os defeitos. Então, devemos tomar consciência de
que o problema não está no outro, mas em nós. Se a atitude do outro nos irrita, devemos
analisar o que em nós se irritou com a atitude do outro. Se algo nos irrita, devemos
analisar em vez de irritar-se simplesmente. Devemos nos tornar donos de nós
mesmos e não escravos das emoções ou pensamentos negativos.
Contar até dez é uma receita popular que funciona: se aprendemos a retardar os
acessos de ira, elas se tornam mais amenas e menos frequentes. Nosso cérebro
funciona assim: quanto mais impulsos trafegam por uma trilha neural, mais ela se
desenvolve, e, por outro lado, quanto menos estímulos, mais ela se enfraquece. É como
uma trilha na mata, quanto mais gente passa por ela, mais ela se alarga, quanto menos
gente passa, mais ela se reduz. Desta forma, se evitamos nos enraivecer, com o tempo
menos irritáveis vamos nos tornando.
Como o próprio nome diz, preocupação é o ato de pré ocupar-se com algo que
ainda não está acontecendo e provavelmente jamais vai acontecer. De acordo com
pesquisas estatísticas, a maioria das preocupações não acontece, então, é inútil
preocupar-se.
Boa parte das preocupações vem da insegurança ou falta de auto estima, que
devem ser tratadas apropriadamente. A insegurança pode ter origem em programações
mentais ou traumas pretéritos. Indivíduos que sofreram bullyng, rejeição e frequentes
humilhações podem tornar-se inseguros e muito preocupados com o que os outros
pensam, falta-lhes a auto estima, falta amar-se e valorizar-se.
“Em tudo dai graças, porque esta é a vontade de Deus em Cristo Jesus para
convosco.” (1 Tessalonicenses 5:18).
O nosso trabalho diário deve ser realizado com Amor e Gratidão, só assim
conseguimos trabalhar arduamente e de forma saudável.
Etimologicamente, gentil vem do latim gentīlis, que significa 'da mesma família ou
raça, do mesmo povo ou nação' indicando que devemos tratar os outros com igualdade
e fraternidade como se fossem do nosso próprio sangue, como se fossem parte de nós
mesmo.
Quando entendemos que somos todos um só, fica fácil ser gentil. Cada um de
nós é um pedacinho do outro, e cada outro é um pedaço de nós. A aparente
separatividade é apenas uma ilusão. Estamos todos e tudo interconectados, mesmo que
estejamos a milhares de quilômetros.
O Mestre dos Mestres nos deixou um único Mandamento: “Ama a Deus sobre
todas as coisas e ao próximo como a ti mesmo.” E ainda, “Amai-vos uns aos outros
como eu vos amei.” Então, sejamos cordiais com nossos irmãos, tratemos a todos como
gostaríamos de ser tratados, tratemos a todos com amorosidade e respeito.
Kojji Narimatsu