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Revisão:
1) Turbinas de Ação:
Estágios tipo Pressão (Rateau):
- 1º Estágio: arco de expansores (queda de pressão e
aumento de velocidade) seguido de roda de palhetas móveis
(queda de velocidade e giro do eixo).
- Demais estágios: anel de expansores (queda de pressão e
aumento de velocidade) seguido de roda de palhetas
móveis (queda de velocidade e giro do eixo).
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Revisão:
1) Turbinas de Ação:
Estágios tipo Velocidade (Curtis):
- Estágio único: arco de expansores (queda de toda pressão e
aumento de velocidade) seguido por duas rodas de palhetas
móveis (queda de velocidade e giro do eixo). Entre estas
duas rodas há um anel de palhetas fixas (palhetas guias, não
há queda de pressão).
- Arco de expansores (rodas fixas) sempre convergentes
(seção assimétrica).
- Rodas de palhetas móveis sempre seção constante.
- Anel de palhetas fixas sempre com seção constante.
- Aplicação: estágio único de turbinas de pequena potência e
1º estágio para turbinas de grande potência.
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Revisão:
2) Turbinas de Reação:
Estágios tipo reação (Parsons):
- São sempre estágios intermediários: anel de expansores
(queda de pressão e aumento de velocidade) seguido de
roda de palhetas móveis (queda de velocidade, queda de
pressão e giro do eixo).
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Ementa
1) Introdução;
2) Termodinâmica Básica;
3) O ciclo Rankine;
4) Princípio de funcionamento;
5) Classificação;
6) Tipos construtivos usuais;
7) Turbinas usadas em refinarias;
8) Detalhes construtivos;
9) Materiais e processos de fabricação;
10) Descritivo dos sistemas;
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Detalhes construtivos – Elementos básicos gerais
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Turbina de uso geral típica, com único estágio (tipo velocidade)
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Turbina de uso especial, de ação, com extração automática
e construção tipo disco e diafragma
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Turbina de uso especial, de reação, com extração não
controlada, construção tipo tambor rotativo
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8) Detalhes construtivos
Elementos básico gerais:
- Carcaça: envoltório, normalmente bipartido.
- Mancais: suportam os esforços resultantes das forças do fluxo de
vapor e a força peso do conjunto.
- Rotor: elemento rotativo da turbina, em qual são fixadas as rodas de
palhetas móveis.
- Estator: elemento fixo da turbina, onde são fixados os expansores.
- Sistema de comando de válvulas: regulam a velocidade e potência
da turbina.
- Acoplamento: promovem a conexão da turbina e a máquina acionada.
- Juntas de labirinto (selagem): promovem a vedação, para evitar
fugas de vapor entre o rotor e as partes fixas do diafragma.
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8) Detalhes construtivos
a) Componentes básicos de um estágio:
a.1)Expansores:
Podem ser convergentes ou divergentes:
Convergentes: P2 > 0,55. P1
Convergentes-divergentes: P2 < 0,55. P1
Os expansores podem constituir um:
- Bocal;
- Arco de expansores;
- Anel de expansores;
- Anel de palhetas fixas.
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8) Detalhes construtivos
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8) Detalhes construtivos
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8) Detalhes construtivos
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8) Detalhes construtivos
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8) Detalhes construtivos
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8) Detalhes construtivos
a.2)Palhetas móveis:
Em estágios de ação, são encaixadas em rebaixos usinados na
periferia das rodas (também chamados de discos), que por sua vez
são montadas em um eixo único, constituindo o chamado conjunto
rotativo (rotor).
Em estágios de reação, são encaixadas em rebaixos usinados na
periferia de um tambor rotativo (rotor).
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8) Detalhes construtivos
Grupos de palhetas vizinhas, de uma mesma roda, têm as
extremidades unidas por um cinta metálica, chamada também de aro
de consolidação, e tem seguinte finalidade:
- aumentar a rigidez do conjunto, diminuindo a tendência à vibração
das palhetas;
- ajudar a manter o fluxo do vapor no interior das palhetas,
diminuindo as fugas de vapor.
As palhetas são fixadas no aro de consolidação pela espiga, e
presos ao disco do rotor pelo malhete. São, ao contrário das
palhetas fixas, removíveis.
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8) Detalhes construtivos
Os aros de consolidação são usados nos estágios de média e alta
pressão envolvendo de 6 a 8 palhetas em cada seção. No estágios
de baixa pressão, o aro de consolidação é substituído por um arame
amortecedor, que liga a palhetas, não por suas extremidades, mas
em uma posição intermediária mais próxima á extremidade do que a
base das palhetas.
Isso ocorre porque a altura das palhetas nos últimos estágio é
significativa, devido ao grande volume específico, que cresce
durante a expansão, já que nestes estágios a baixa pressão é
reinante, tornando o volume específico elevado.
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8) Detalhes construtivos
Palhetas móveis:
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8) Detalhes construtivos
Palhetas móveis:
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8) Detalhes construtivos
Foto de uma seção de palhetas:
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8) Detalhes construtivos
b) Conjunto Rotativo:
b.1)Turbinas de ação:
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8) Detalhes construtivos
Conjunto Rotativo, turbinas de ação:
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8) Detalhes construtivos
Para máquinas de alta rotação, esta construção de discos montados
por interferência nos eixos não é satisfatória, porque a força
centrífuga desenvolvida pode prejudicar esta fixação.
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8) Detalhes construtivos
Conjunto Rotativo com discos integrais ao eixo:
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8) Detalhes construtivos
b.2)Turbinas de reação:
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8) Detalhes construtivos
c) Carcaça:
A carcaça suporta;
- diafragmas e expansores (em turbinas de ação);
- aneis de palhetas fixas (em turbinas de reação);
- mancais;
- válvulas de controle de admissão e extração de vapor;
- válvulas de desarme rápido;
- outras partes estacionárias.
A carcaça possui suporte horizontais com direção da linha de centro
do eixo, e suporte no lado de admissão, que possui flexibilidade
axial, permitindo dilatação térmica da carcaça no sentido axial.
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8) Detalhes construtivos
Em turbinas de baixa potência (> 100 hp), a carcaça pode ter
partição vertical. Na maioria, no entanto, a partição é horizontal, na
altura do eixo. Isto permite uma melhor manutenção da máquina,
pois permite acesso aos seus componentes internos, através da
remoção de sua metade superior (chamada também de tampa da
carcaça), sendo que a metade inferior permanece. Em turbinas de
grande porte, multi-estágios, a carcaça é usualmente dividida em
duas seções: carcaça de alta pressão, mais robusta, e carcaça de
baixa pressão, mais leve.
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8) Detalhes construtivos
Carcaça:
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8) Detalhes construtivos
Carcaça:
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8) Detalhes construtivos
d) Válvulas de controle de admissão:
d.1)Função:
A potência desenvolvida pela turbina deve, em condições estáveis
de operação, ser igual a potência solicitada pelo equipamento
acionado (carga acionada). Como a turbina opera em condições
estáveis de admissão e descarga de vapor, as variações de potência
solicitadas pelo equipamento acionado devem ser atendidas por
meio do controle de vazão admitido de vapor.
Isto é feito automaticamente pelas válvulas de controle de admissão
de vapor, sob o comando de um dispositivo chamado governador,
que está ligado ao eixo da turbina, e sente as flutuações de potência
do equipamento acionado.
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8) Detalhes construtivos
d.2)Funcionamento:
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8) Detalhes construtivos
Há dois tipos de construção das válvulas de controle de admissão:
- Construção “multi-valve”;
- Construção “single-valve”.
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8) Detalhes construtivos
d.3)Construção multi-valve:
O controle de admissão de vapor é feito através de várias válvulas,
em paralelo, cada uma alimentando um grupo de expansores. A
abertura das válvulas é sequencial, e é em função do aumento da
carga.
Esta abertura sequencial permite melhor eficiência, pois permite que
os expansores trabalhem com vazões de vapor próximos à vazão de
projeto destes.
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8) Detalhes construtivos
São também conhecidas como válvulas parcializadoras, devido a
sua função, e quase sempre usadas em turbinas de uso especial
(média e alta potência).
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8) Detalhes construtivos
Válvulas de controle de admissão, construção multi-valve,
com acionamento por eixos de cames:
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8) Detalhes construtivos
Válvulas de controle de admissão, construção multi-valve,
com hastes de comprimento variável:
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8) Detalhes construtivos
d.4)Construção single-valve:
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8) Detalhes construtivos
Para melhorar a eficiência destas turbinas, são colocadas válvulas
parcializadoras manuais, que podem fechar grupo de expansores.
Assim, quando a turbina está trabalhando em baixa carga, o
operador poderá manualmente fechar uma ou mais destas válvulas,
tirando de operação consequentemente um ou mais grupo de
expansores.
Estas válvulas são conhecidas também como válvulas de
sobrecarga.
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8) Detalhes construtivos
Válvulas de controle de admissão, construção single-valve:
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8) Detalhes construtivos
Válvulas de controle de admissão, construção single-valve,
acionada diretamente pelo governador e válvulas
parcializadoras manuais:
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8) Detalhes construtivos
e) Válvulas de controle de extração:
e.1)Função:
Normalmente as turbinas de centrais termelétricas e de casa de
forças de refinarias possuem extrações intermediárias.
A pressão de vapor extraída é influenciada pelas condições de carga
da turbina, pois a pressão varia ao longo da turbina.
Para centrais termelétricas com ciclo regenerativo, em que a
extração de vapor é usada para pré-aquecimento e desaeração da
água, a flutuação da pressão é aceitável. Este tipo de extração é
chamada de extração não controlada.
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8) Detalhes construtivos
Para casas de força de refinarias, a extração de vapor é usada não
somente para pré-aquecimento e desaeração da água, mas
principalmente para uso no processo das unidades.
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8) Detalhes construtivos
e.2)Funcionamento:
Estas válvulas são controladas pela pressão do vapor extraído,
através do controlador de pressão de extração. Um aumento na
pressão de extração fará com que o controlador comande uma
abertura da válvula de extração, permitindo um fluxo maior para a
descarga da turbina e menor para a extração, que restabelecerá a
pressão no nível controlado. Caso ocorra diminuição da pressão de
extração, o controlador comandará um fechamento da válvula, para
restabelecer a pressão.
Este tipo de extração é chamada de extração controlada.
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8) Detalhes construtivos
Válvulas de controle de extração, tipo grade, para baixa pressão:
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8) Detalhes construtivos
f) Válvulas de bloqueio automático:
f.1) Função:
Colocada em série com a válvula de controle de admissão de vapor,
tem a função de parar a turbina a vapor, através do fechamento
rápido desta, cortando totalmente a admissão de vapor para a
turbina. Esta válvula também é chamada de válvula de fechamento
rápido ou válvula de “trip”.
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8) Detalhes construtivos
f.2) Funcionamento:
Turbinas de uso geral (pequenas potências): válvulas com
acionamento mecânico, que funcionam da seguinte maneira: são
mantidas totalmente abertas durante a operação da turbina, contra a
ação de uma mola, sendo mantidas assim através de um conjunto de
alavancas externas, o gatilho e alavanca de “trip”. O gatilho de “trip”
pode ser acionado por um dispositivo de desarme por
sobrevelocidade ou manualmente pelo operador. O seu
acionamento libera a alavanca de “trip”, que, sob ação da mola,
fechará a válvula de bloqueio automático, cortando a admissão de
vapor e parando a turbina.
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8) Detalhes construtivos
Válvulas de bloqueio automático de uma turbina de uso geral:
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8) Detalhes construtivos
O dispositivo de desarme por sobrevelocidade consiste num pino
excêntrico (pino de “trip”), mantido no seu alojamento, no eixo da
turbina, pela força de uma mola, que contraria a força centrífuga. Esta
força tende a expulsar o pino do seu alojamento, e aumenta a medida
que a rotação da turbina aumenta.
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8) Detalhes construtivos
O dispositivo de desarme por sobrevelocidade protege a turbina,
impedindo que ela opere em rotações superiores a velocidade de
“trip”, onde as tensões resultantes da força centrífuga poderiam ser
perigosas para resistência mecânica do conjunto rotativo da turbina.
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8) Detalhes construtivos
Turbinas de uso especial (médias e grandes potências): neste tipo
de turbina, tanto as válvulas de bloqueio automático, bem como as
válvulas de controle de admissão, exigem forças elevadas. Por isto, não
podem ser acionadas simplesmente por uma transmissão mecânica,
exigindo um acionamento hidráulico.
Nestes casos, as válvulas de bloqueio automático, além da função de
bloqueio de vapor, tem a função de controlar a vazão reduzida de vapor
necessária para aquecimento da máquina em baixa rotação. Por isso,
devem permitir uma variação contínua em sua abertura, desde a posição
de desarme (totalmente fechada), até a posição de operação (totalmente
aberta).
Estas válvulas, uma vez acionadas e parada a turbina, devem ser
rearmadas manualmente.
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8) Detalhes construtivos
Válvulas de bloqueio automático de uma turbina de uso especial:
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8) Detalhes construtivos
Válvulas de bloqueio automático e controle de admissão:
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8) Detalhes construtivos
g) Mancais
g.1)Mancais radiais:
Tem a função de suportar a componente radial da resultante de
todos os esforços atuantes sobre o conjunto rotativo. Em turbinas de
fluxo axial (grande maioria), esta componente se resumo ao peso
próprio do conjunto rotativo.
São responsáveis também por manter folgas radiais entre o conjunto
rotativo e as partes estacionárias.
Normalmente o conjunto rotativo é suportado por dois mancais
radiais, um em cada ponta do eixo, ficando todas a rodas de
palhetas entre ambos.
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8) Detalhes construtivos
São na grande maioria mancais de deslizamento, constituídos por
casquilhos revestidos com metal patente, com lubrificação forçada
(injeção de óleo sobre pressão), o que melhora sua refrigeração e
ajuda a manter o filme de óleo entre o eixo e o casquilho.
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8) Detalhes construtivos
Mancais radiais:
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8) Detalhes construtivos
g.2)Mancais de escora:
Tem a função de resistir ao empuxo axial atuante sobre o conjunto
rotativo e é responsável pelo posicionamento axial do mesmo, em
relação às partes estacionárias, mantendo assim as folgas axiais.
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8) Detalhes construtivos
Em turbinas de uso especial (e turbinas de uso geral tipo reação),
mesmo as de ação (onde o empuxo axial é menor), usa-se sempre
mancais de deslizamento, com lubrificação forçada. A construção
mais usada é o mancal tipo Kingsbury, que consiste em dois
conjuntos de pastilhas oscilantes, revestidas de metal patente, que
se apóiam um em cada lado de uma peça solidária ao eixo, o colar
de escora.
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8) Detalhes construtivos
Mancal de escora tipo Kingsbury:
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8) Detalhes construtivos
Mancal de escora de uma turbina a vapor:
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8) Detalhes construtivos
h) Selagem
h.1)Função:
Entre o conjunto rotativo e a carcaça, deve existir uma folga, pois o
contato entre eles é obviamente inadmissível. No entanto, por essas
folgas, pode ocorrer vazamentos de vapor ou entrada de ar (se a
pressão do vapor for maior ou menor que a pressão atmosférica
respectivamente). Para evitar isso, usa-se uma vedação na folga,
chamada de selagem.
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8) Detalhes construtivos
h.2)Selagem de turbinas de uso geral:
Em geral a selagem é feita nas duas pontas do eixo que saem da
máquina, atravessando a carcaça. Como normalmente são de
contrapressão, haverá tendência de fuga de vapor.
Normalmente a selagem é feita por anéis de carvão, que são
pressionados em torno do eixo por molas que os envolve
externamente. Como há uma folga muito pequena e um movimento
relativo entre o eixo e os anéis de carvão, além do desgaste causado
pelo vapor que incide nos anéis, a substituição destes deve ser
periódica. Apesar disso, são largamente utilizados neste tipo de
aplicação por sua simplicidade construtiva.
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8) Detalhes construtivos
Selagem por anéis de carvão:
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8) Detalhes construtivos
h.3)Selagem de turbinas de uso especial:
Nestas turbinas, há selagem interna e externa.
Selagem externa: é a existente nos locais onde o eixo sai do interior
da máquina, atravessando a carcaça.
Selagem interna: é a existente no interior da máquina.
- Em turbinas de ação, a selagem interna é feita nos locais onde o
eixo atravessa os diversos diafragmas, pois a queda de pressão
ocorre toda nos expansores.
- Em turbinas de reação, a selagem interna é feita tanto nas
extremidades das palhetas móveis, como das fixas, pois a queda de
pressão ocorre tanto nas rodas de palhetas fixas como das móveis.
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8) Detalhes construtivos
Como a a eficiência, confiabilidade operacional e tempo de
campanhas são mais importantes que o custo inicial neste tipo de
máquina, a selagem é feita por meio de labirintos.
Nas máquinas de condensação, ocorrerá tendência de entrada de ar
na descarga, e portanto a selagem é importante para que o vácuo
seja mantido.
Para isso, é feita uma injeção de vapor (com pressão ligeiramente
maior que a atmosférica), de modo a garantir que o ar não entre.
Esta injeção de vapor é proveniente da selagem de alta pressão, em
que o pequeno vazamento de vapor é aproveitado.
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8) Detalhes construtivos
Selagem por labirintos:
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8) Detalhes construtivos
Selagem por labirintos:
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8) Detalhes construtivos
Selagem de turbinas de uso especial (selagem de alta e baixa
pressão):
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8) Detalhes construtivos
O controle da pressão injeção de vapor (que deve ser ligeiramente
superior à pressão atmosférica) é feita usualmente por um sistema
automático, que ajusta automaticamente a pressão de selagem,
tanto em operação normal como na partida (em que ocorre vácuo
também na selagem de admissão).
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8) Detalhes construtivos
Funcionamento do sistema de selagem automático:
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8) Detalhes construtivos
Se o vazamento de vapor pela selagem de alta for excessivo para o
consumo da selagem de baixa, a válvula de controle (4) irá se abrir
gradualmente, dirigindo este excesso de vapor para o estágio de
baixa pressão da turbina, onde será aproveitado para realizar
trabalho.
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Ementa
1) Introdução;
2) Termodinâmica Básica;
3) O ciclo Rankine;
4) Princípio de funcionamento;
5) Classificação;
6) Tipos construtivos usuais;
7) Turbinas usadas em refinarias;
8) Detalhes construtivos;
9) Materiais e processos de fabricação;
10) Descritivo dos sistemas;
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9) Materiais e processos de fabricação
a) Considerações:
Em uma turbina, há uma grande variedade de componentes, cada
um trabalhando em condições de operação diferente.
Para cada componente, o material escolhido deve ser o mais
adequado, levando em conta a vida útil que o material permite obter
para o componente e seu custo.
Os materiais mais críticos são os dos componentes que estão em
contato com vapor de admissão, principalmente nas máquinas que
trabalham com vapor de alta pressão e temperatura. Ainda, em
turbinas de condensação, os últimos estágios são também críticos,
por receberem vapor úmido, que pode causar erosão nas palhetas.
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9) Materiais e processos de fabricação
b) Carcaça:
b.1) Carcaça de alta pressão:
É sempre uma peça fundida.
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9) Materiais e processos de fabricação
Em condições moderadas de pressão e temperatura, a carcaça pode
ser em aço carbono fundido. A medida que a condição fica mais
severa, o material pode mudar para um aço de baixa liga fundido, um
aço inoxidável ferrítico fundido ou, em condições extremas, um aço
inoxidável austenítico fundido.
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9) Materiais e processos de fabricação
b.2) Carcaça de baixa pressão:
Por receber vapor em condições menos severas, é confeccionada
em ferro fundido. Em condições um pouco mais elevadas, pode ser
em aço carbono fundido.
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9) Materiais e processos de fabricação
c) Conjunto rotativo:
c.1) Conjunto rotativo com discos montados por interferência:
O eixo pode ser usinado a partir de uma barra de aço carbono
laminada, para condições moderadas, ou a partir de barras de aço
liga laminada ou forjada, para condições mais severas.
Os discos podem ser usinados a partir de chapas de aço carbono
laminadas, para condições moderadas, ou a partir de peças de aço
liga forjadas, para condições mais elevadas.
É necessário o balanceamento dinâmico do conjunto rotativo.
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9) Materiais e processos de fabricação
c.2) Conjunto rotativo integral:
Utilizados para máquinas de alta rotação, o conjunto rotativo integral
pode ser normalmente obtido por usinagem a partir de uma peça
única, forjada de aço liga.
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9) Materiais e processos de fabricação
d) Palhetas:
O projeto de uma palheta de uma turbina a vapor deve considerar:
- performance termodinâmica;
- resistência mecânica na temperatura de trabalho;
- comportamento em relação á vibração;
- resistência a erosão.
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9) Materiais e processos de fabricação
São geralmente feitas em aço inoxidável ferrítico com 12% Cr, pois
esse material apresenta boa resistência mecânica em temperaturas
altas, boa capacidade de amortecimento de vibrações e boa
resistência a erosão.
Palhetas de baixa altura (estágios iniciais) são normalmente
fabricadas por usinagem a partir de barras laminadas. Palhetas de
grandes dimensões (últimos estágios de turbinas de condensação de
alta potência) são usualmente obtidas por forjamento.
Em turbinas submetidas a condições severas e de alta potência,
pode-se usar um conjunto rotativo integral completo usinado por
eletroerosão, a partir de uma peça forjada única.
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9) Materiais e processos de fabricação
e) Expansores:
Em uma turbina de ação, os expansores podem estar colocados num
arco de expansores (1º estágio ou estágio único) ou num anel de
expansores (demais estágios).
Arco de expansores: podem ser fabricados a partir de uma peça
única na qual são usinados os expansores. Esta construção é muito
usada para turbinas pequenas de estágio único.
Em máquina multi-estágio, o arco de expansores (1º estágio) é
obtido pela usinagem individual dos expansores, a partir de blocos
de aço inoxidável ferrítico com 12% de Cr. Os expansores são então
encaixados e soldados no arco de expansores.
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9) Materiais e processos de fabricação
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9) Materiais e processos de fabricação
Anel de expansores: constituem os estágios intermediários de
turbinas de ação, e ficam colocados sobre o diafragma (peça circular
bipartida, encaixada na carcaça da turbina).
Os diafragmas dos estágios intermediários, onde a pressão é mais
elevada, são usualmente de construção soldada. Já os diafragmas
das seções finais, onde a pressão é menor, são normalmente
fundidos. Em ambos, os expansores são normalmente de aço
inoxidável ferrítico com 12% de Cr.
As partes estruturais, internas e externas, são de aço carbono nos
diafragmas soldados e de aço carbono ou ferro fundido nos
diafragmas fundidos.
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9) Materiais e processos de fabricação
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9) Materiais e processos de fabricação
Diafragma fundido.
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9) Materiais e processos de fabricação
f) Selagem:
Nas selagens externas de uma turbina a vapor ocorre uma
condensação contínua de vapor. Para resistir à corrosão nestas
condições, todos os componentes de selagem, como labirintos,
espaçadores dos anéis de carvão, molas, devem ser de materiais
resistentes à corrosão, como o aço inoxidável, monel, inconel.
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9) Materiais e processos de fabricação
g) Mancais:
g.1) Mancais radiais:
Os casquilhos dos mancais radiais podem ser de aço, bronze ou
ferro fundido, porém sempre revestidos internamente por uma
camada de metal patente.
Os moentes do eixo (região de trabalho dos mancais radiais) devem
ser usinados de forma a apresentar um ótimo acabamento
superficial, pois qualquer irregularidade pode prejudicar a formação
da cunha de óleo, que é essencial ao bom funcionamento do mancal.
As vezes essa região recebe uma deposição eletrolítica de Cr
(“Cromo duro”), que permite um ótimo acabamento superficial e
excelente resistência ao desgaste.
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9) Materiais e processos de fabricação
g.2) Mancais de escora:
As pastilhas do mancal de escora são revestidas de metal patente.
O colar de escora sobre o qual se apoiam as pastilhas, pode ser
integral com o eixo ou uma peça independente fixada na ponta do
eixo.
No primeiro caso, obviamente será do mesmo material do eixo. No
segundo caso o colar de escora poderá ser de material diferente, ou
receber tratamento térmico, visando aumentar sua dureza superficial.
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9) Materiais e processos de fabricação
h) Parafusos da carcaça:
Os parafusos da carcaça de alta pressão, de turbinas que operam
em condições severas, trabalham submetidos a esforços elevados, o
que pode causar problema de fluência.
Por esta razão, este parafusos são fabricados em aço liga de alta
resistência à fluência.
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9) Materiais e processos de fabricação
i) Válvulas de controle:
Para evitar a erosão de seu plugue ou sede, o que poderia prejudicar
suas características de controle, ou corrosão de sua haste, guias e
buchas de vedação, o que poderia causar seu emperramento, as
válvulas de controle de admissão de vapor tem plugue, sede, haste,
guias e buchas de vedação fabricadas em material resistente à
corrosão e erosão, geralmente um aço inoxidável ferrítico.
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9) Materiais e processos de fabricação
j) Especificações de material:
Em uma turbina a vapor, como o fluido de trabalho é sempre o
mesmo (água tratada), a especificação de material adequada para
cada componente não depende da agressividade (corrosão e
erosão) maior ou menor do fluido, como em bombas ou
compressores, mas somente de suas condições de trabalho (pressão
e temperatura) e da confiabilidade desejada (máquina de uso geral
ou especial).
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