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Guia Prático
Capacitação para a
Internacionalização
de Doçaria
Conventual
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GUIA PRÁTICO DE INTERNACIONALIZAÇÃO
ÍNDICE
DOÇARIA CONVENTUAL
Caracterização Geral....................................................................................................5
Caracterização do Comércio Internacional................................................7
Caracterização dos Mercados Prioritários.................................................10
Alemanha.........................................................................................................10
Áustria................................................................................................................18
França.................................................................................................................25
Luxemburgo...................................................................................................32
Suíça.....................................................................................................................39
Processo de Exportação............................................................................................47
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DOÇARIA
CONVENTUAL
Introdução
Neste guia prático sobre a doçaria conventual apresentamos uma caracterização
geral da categoria de produto, e sintetizamos dados relativos ao comércio
internacional e trocas comerciais com Portugal. Com toda a pesquisa informativa,
identificamos algumas das entidades relevantes em Portugal para esta categoria.
Foi realizada uma caracterização dos mercados que foram definidos como
prioritários para a internacionalização da categoria de produto, descrevendo os
subsetores de interesse e sinalizando os principais regulamentos e barreiras
aduaneiras para a categoria de produto.
Como o processo de exportação é uma das partes mais importantes da
internacionalização e da sua estratégia, apresentamos dados gerais sobre os
processos de exportação e os tipos de exportação, alargando o tema até às
formalidades de importação/exportação, chegando aos transportes de mercadoria
e aos documentos acessórios a este transporte.
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GUIA PRÁTICO DE INTERNACIONALIZAÇÃO
1 Caracterização Geral
A doçaria conventual resulta de receitas criadas e aperfeiçoadas nos conventos, onde a mestria das
freiras aliou o açúcar proveniente das colónias portuguesas a uma quantidade excedentária de gemas
de ovos. Na Região Centro estavam localizadas diversas ordens religiosas femininas, tendo daí resultado
uma gama alargada de doces conventuais (Tabela 1). Tradicionalmente, estes doces eram produzidos e
comercializados nas pastelarias locais, estando muitas vezes circunscritos à zona geográfica de origem.
Atualmente existe uma maior distribuição destes produtos, sendo possível encontrá-los por todo o
território nacional.
Fonte: Websites da Direção-Geral de Agricultura e Desenvolvimento Rural, da Câmara Municipal de Abrantes e do Roteiro
Gastronómico de Portugal (acedidos em fevereiro de 2017)
Nota: Nesta ficha apresentam-se dados quantitativos de caraterização geral e do comércio internacional
iguais aos dados apresentados no guia do subsetor de bolachas e biscoitos uma vez que a doçaria
conventual está inserida na subclasse da CAE Rev.3 e na NC do subsetor dos produtos de pastelaria.
Na Região Centro existiam, em 2014, 1.946 empresas ligadas ao subsetor dos produtos de pastelaria
(que inclui os segmentos bolachas e biscoitos e doçaria conventual), representando cerca de 30,7%
do total de empresas deste subsetor a nível nacional (Tabela 2). O VAB resultante da fabricação de
produtos de pastelaria, na Região, ascendia nesse ano a 153,7 milhões de euros (cerca de 27,0% do
total nacional) e o volume de negócios gerado por este subsetor, a nível regional, fixava-se nos 421,6
milhões de euros (correspondendo a um peso de 25,6% do volume de negócios total).
Tabela 2. Caracterização do subsetor dos produtos de pastelaria em Portugal e na Região Centro em 2014
Região País
Número de empresas 1.946 6.340
350,0
296,2 Importações
284,5 294,6 290,2
300,0 Exportações
comercial (milhões euros)
250,0
183,2 187,8
200,0 169,0 176,4
150,0
100,0
50,0
0,0
2012 2013 2014 2015
-50,0
-115,5 -118,2 -107,0 -108,4
-100,0
-150,0
Anos
b) Preço
No período em análise observam-se tendências distintas no que respeita ao preço médio por kg
importado e exportado no subsetor nacional dos produtos de pastelaria. Enquanto que no caso dos
produtos exportados se assiste a alguma variação, tendo o preço médio registado os mesmos valores
em 2012 e 2015 (2,0 euros por kg), é visível uma tendência de crescimento do lado das importações,
com o preço médio a ascender aos 2,1 euros por kg em 2015, registando um incremento de 10,5%
face a 2012 (Figura 2).
Figura 2. Evolução do preço médio por kg importado e exportado no subsetor dos produtos de pastelaria em Portugal, entre
2012 e 2015.
2,2
Importações
2,,1 2,,1
2,1 Exportações
Preço médio por kg (euros)
2,1 2,1
2,0 2,0
2,0
1,9 1,9
1,9
1,8
Anos 2012 2013 2014 2015
Figura 3. Principais mercados de destino das exportações portuguesas do subsetor dos produtos de pastelaria em 2015.
3 Entidades Relevantes
Como entidades relevantes ligadas à produção de bolachas e biscoitos sinalizam-se:
Tabela 3. Evolução da balança comercial de bens de Portugal com a Alemanha entre 2012 e 2015
Variação Variação
2012 2013 2014 2015
2012|2015 2014|2015
Exportações
(milhões de euros)
5.595,9 5.508,7 5.621,3 5.883,1 5,1% 4,7%
Importações
(milhões de euros)
6.391,3 6.487,7 7.276,5 7.767,7 21,5% 6,8%
Saldos
(milhões de euros)
-795,4 -979,0 -1.655,2 -1.884,6 - -
No âmbito do setor agroalimentar, os principais produtos exportados por Portugal em 2015 para o
mercado alemão encontram-se explicitados na Tabela 4. Destacam-se as bebidas, líquidos alcoólicos e
vinagres, e as frutas, categorias que apresentaram os maiores volumes de exportação para o mercado
alemão (48,1 e 34,9 milhões de euros, respetivamente). Sinalizam-se ainda as gorduras e óleos animais
ou vegetais, categoria que registou a maior taxa de crescimento no período 2012-2015 (301,0%).
Tabela 4. Principais exportações portuguesas para o mercado alemão em 2015
Tabela 5. Principais produtos do subsetor das bolachas, biscoitos e bolos importados pela Alemanha em 2015.
Um conjunto de diferentes países fornece produtos deste subsetor à Alemanha, com maior destaque
para os Países Baixos, a Polónia, a Itália, a França e a Bélgica (Tabela 6). Destaca-se a proximidade
geográfica dos fornecedores refletindo talvez a similitude de gostos e a familiaridade dos seus produtos.
Portugal ocupava o 16º lugar na lista de principais mercados de origem em 2015, com um volume de
negócios de 9,8 milhões de euros e um decréscimo de 6,1% face a valores de 2012.
Tabela 6. Principais mercados de origem das importações alemãs de bolachas, biscoitos e bolos em 2015.
f) Feiras de Referência
Figura 6. Feiras de referência na Alemanha
ANUGA
Uma das maiores feiras
de alimentação e bebidas BIOFACH
mundial - Cologne Exposição de alimentos e bebidas
Outubro 2017 orgânicos - Nuremberg,
ISM Fevereiro 2018
feira internacional de doces
e snacks - Cologne
Janeiro 2018
16
Variação Variação
2012 2013 2014 2015
2012|2015 2014|2015
Exportações
(milhões de euros)
256,9 257,0 269,0 283,1 10,2% 5,2%
Importações
(milhões de euros)
276,3 271,8 290,0 301,6 9,2% 4,0%
Saldos
(milhões de euros)
-19,3 -14,8 -21,0 -18,5 - -
No âmbito do setor agroalimentar, os principais produtos exportados por Portugal para o mercado
austríaco em 2015 apresentam-se explicitados na Tabela 9. Destacam-se as preparações de carnes
(onde se incluem os enchidos), de peixes ou de crustáceos, e as bebidas, líquidos alcoólicos e vinagres,
categorias que apresentaram os maiores volumes de exportação para o mercado austríaco (3,2 e
2,0 milhões de euros, respetivamente). Sinalizam-se ainda as gorduras e óleos animais ou vegetais,
categoria que registou uma taxa de crescimento significativa no período 2012-2015 (17.526,6%).
Tabela 9. Principais exportações portuguesas para o mercado austríaco em 2015.
Tabela 10. Principais produtos do subsetor das bolachas, biscoitos e bolos importados pela Áustria em 2015.
Em 2015, o principal fornecedor internacional do subsetor de bolachas, biscoitos e bolos austríaco era
a Alemanha (Tabela 11). Este facto está relacionado com o domínio de várias empresas alemãs no
retalho austríaco. As exportações de Portugal em 2015 representaram um volume pouco significativo;
no entanto, o crescimento verificado face a 2012 (672,6%) mostra elevado potencial para o aumento
das exportações portuguesas para este mercado..
Tabela 11. Principais mercados de origem das importações austríacas de bolachas, biscoitos e bolos em 2015
f) Feiras de Referência
Figura 7. Feiras de referência na Áustria
Variação Variação
2012 2013 2014 2015
2012|2015 2014|2015
Exportações
(milhões de euros)
5.351,3 5.496,8 5.658,6 6.031,7 12,7% 6,6%
Importações
(milhões de euros)
5.351,3 5.496,8 4.180,8 4.459,2 20,1% 6,7%
Saldos
(milhões de euros)
1.639,4 1.662,0 1.477,8 1.572,5 - -
Coeficiente
Cobertura
144,2% 143,3% 135,3% 135,3% - -
No âmbito do setor agroalimentar, os principais produtos exportados por Portugal para o mercado
francês em 2015 encontram-se explicitados na Tabela 14. Destacam-se, com volumes de exportação
superiores a 60 milhões de euros, as bebidas, líquidos alcoólicos e vinagres, e as frutas. Sinaliza-se
ainda o mel natural, categoria que registou uma taxa de crescimento significativa no período 2012-
2015 (1.588,9%).
Tabela 14. Principais exportações portuguesas para o mercado francês em 2015.
Grande parte das importações francesas de bolachas, biscoitos e bolos são provenientes de países
fronteiriços como a Alemanha, a Bélgica e a Itália. Em 2015, o volume de importações proveniente
destes 3 países correspondeu a 61,2% do total das importações francesas neste subsetor. Portugal
ocupava o 11º lugar na lista de principais mercados de origem das importações francesas de bolachas,
biscoitos e bolos, com um volume de exportações de 19,9 milhões de euros em 2015 – decréscimo de
16,5% face a 2012 (Tabela 16).
Tabela 16. Principais mercados de origem das importações francesas de bolachas, biscoitos e bolos em 2015.
f) Feiras de Referência
Figura 8. Feiras de referência na França.
FEIRA SIAL
Feira dirigida ao mercado global da
indústria alimentar e de bebidas – Paris,
Nord Villepinte
Outubro 2018;
31
GUIA PRÁTICO DE INTERNACIONALIZAÇÃO
Salienta-se ainda que alguns produtos como é o caso das bebidas alcoólicas ou do tabaco estão sujeitos
ao pagamento de Impostos Especiais de Consumo.
De entre a legislação comunitária, destaquem-se os aspetos que dizem respeito à rotulagem de produtos
alimentares e que obrigam à inclusão de elementos como a denominação comercial e a origem do
produto.
No caso da França, todos estes elementos devem ser apresentados em língua francesa e em local bem
visível na embalagem, de fácil leitura.
Variação Variação
2012 2013 2014 2015
2012|2015 2014|2015
Exportações
(milhões de euros)
60,1 67,6 72,4 85,9 42,9% 18,6%
Importações
(milhões de euros)
80,2 80,2 109,8 117,0 45,9% 6,6%
Saldos
(milhões de euros)
-20,0 -12,6 -37,4 -31,1 - -
No âmbito do setor agroalimentar, os principais produtos exportados por Portugal para o mercado
luxemburguês em 2015 apresentam-se explicitados na Tabela 19. Destacam-se as bebidas, líquidos
alcoólicos e vinagres, os peixes e crustáceos, e as preparações de carnes, de peixes ou de crustáceos
categorias que apresentaram os maiores volumes de exportação para o Luxemburgo no ano em questão
(15,7, 4,3 e 3,4 milhões de euros, respetivamente).
Tabela 19. Principais exportações portuguesas para o mercado luxemburguês em 2015.
Tabela 20. Principais produtos do subsetor das bolachas, biscoitos e doçaria conventual importados pelo Luxemburgo em
2015.
f) Feiras de Referência
Figura 9. Feiras de referência no Luxemburgo
Variação Variação
2012 2013 2014 2015
2012|2015 2014|2015
Exportações
(milhões de euros)
400,9 419,1 429,3 194,6 14,4% 6,8%
Importações
(milhões de euros)
334,2 280,4 265,7 264,0 -21,0% -0,6%
Saldos
(milhões de euros)
66,6 138,7 163,6 194,6 - -
Em 2015, os principais produtos portugueses exportados para a Suíça eram os produtos alimentares
(12,6%), as máquinas e aparelhos (11,4%) e os veículos e material de transporte (8,9%). Do lado das
importações, os produtos que encabeçavam a lista eram os químicos (66,5%), as máquinas e aparelhos
(13,4%) e os instrumentos de ótica e precisão (8,5%) (AICEP Portugal Global, 2016e).
No âmbito do setor agroalimentar, os principais produtos exportados por Portugal para o mercado suíço
apresentam-se explicitados na Tabela 24.
Tabela 24. Principais exportações portuguesas para o mercado suíço em 2015.
Tabela 25. Principais produtos do subsetor das bolachas, biscoitos e bolos importados pela Suíça em 2015
Em 2015, grande parte das importações suíças de bolachas, biscoitos e bolos eram provenientes de
países fronteiriços como a Alemanha, a Itália e a França (Tabela 26). Neste ano, o volume de importações
destes 3 países correspondeu a 40,2% do total neste subsetor. Portugal ocupava o 13º lugar na lista de
principais mercados de origem das importações suíças de bolachas, biscoitos e bolos, com um volume
de exportações para este país de 2,3 milhões de euros em 2015 - redução de 36,0% face a 2012
(Tabela 26).
Tabela 26. Principais mercados de origem das importações suíças de bolachas, biscoitos e bolos em 2015.
f) Feiras de Referência
Figura 10. Feiras de referência na Suíça
OLMA
Exposição de produtos agrícolas,
alimentares e vinhos – St. Gallen
Outubro 2017;
45
GUIA PRÁTICO DE INTERNACIONALIZAÇÃO
Para que as mercadorias possam beneficiar destes regimes preferenciais, aquando da sua exportação
para a Suíça, é necessário comprovar a origem comunitária das mesmas através da apresentação do
certificado de circulação de mercadorias, emitido pelas alfândegas do país de origem.
No caso da exportação frequente de mercadorias para a Suíça, deverá ser requerido o estatuto de
“exportador autorizado”.
Apesar de apresentar requisitos legais extremamente semelhantes aos da UE em termos de
especificações técnicas e regras de qualidade (nomeadamente alimentar), nem sempre a legislação
suíça está de acordo com a comunitária. Neste sentido, é conveniente um contacto prévio com o cliente/
importador para obtenção de esclarecimentos quanto às especificações desejadas e permitidas para
os produtos.
A pauta aduaneira suíça é semelhante à da UE, sendo o valor aduaneiro calculado através do valor CIF
no país de importação das mercadorias, imputando aos importadores a responsabilidade do pagamento
do transporte de mercadorias, bem como do seguro do mesmo. Para além dos direitos aduaneiros, as
importações estão sujeitas ao pagamento de IVA, existindo para tal taxas diferenciadas:
Convidamo-lo a ler com atenção, porque o sucesso da sua abordagem depende do cumprimento de
muitas das recomendações que se seguem, para evitar as respostas-tipo mais frequentes, mesmo
depois de insistência:
Elaboração própria
Na Suíça um executivo não vai perder tempo com gestos de cortesia, e se o seu e-mail não é solicitado,
ele não vai ser respondido. O suíço não tolera o improviso, nem a curiosidade e, quer situações e
explicações bem claras. Mas o decisor suíço valoriza possíveis recomendações de parceiros externos,
como antigos colegas de trabalho ou até de faculdade. Este decisor é avesso ao risco e para isso ele
compra seguro.
As falhas em processos ou fornecimentos não são perdoáveis, e para isso tem que haver máxima
concentração para não cometer erros, por mais pequenos que sejam.
Fonte: Site Portugal Global - Aicep (acedido em julho de 2017)
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GUIA PRÁTICO DE INTERNACIONALIZAÇÃO
5 Processo de Exportação
Neste ponto decidimos realizar uma abordagem aos tipos de exportação existentes, com uma explicação
do que é cada tipo de exportação e algumas formas de como se podem fazer estes tipos de exportação.
Como o processo de exportação é um longo caminho e passa por outras vertentes, apresentamos uma
descrição dos tipos de transporte e os documentos aderentes.
a) A Exportação Indireta
A exportação indireta é tida como uma opção mais viável para empresas PMEs que não estão dotadas de
tantos recursos para a sua internacionalização. Este processo envolve a venda dos produtos destinados
a exportação, a outra empresa nacional – Trading - sendo esta a exportadora destes para os mercados
externos. Caso seja realizada continuadamente, esta é vista como uma boa forma para aumentar o
volume de negócios de uma empresa de forma consistente. (Viana & Hortinha, 2009, p229).
Este tipo de exportação apresenta vantagens presentes nos custos reduzidos de processo de exportação,
no entanto, o processo é mais demorado e condiciona a empresa no que diz respeito ao conhecimento
do mercado externo. (Horizonte para Internacionalizar: Guia para PME, 2013).
A exportação indireta é uma das principais e mais usadas formas de exportação mundial. Este tipo
de empresas (trading) representam uma grande fatia das transações comerciais no mundo, e são
consideradas como uma grande ajuda para a entrada em novos mercados internacionais. (Viana &
Hortinha, 2009, p. 232).
As organizações cooperativas são também um bom veículo de exportação indireta. Estas promovem
atividades de exportação em benefício de vários produtores.
As principais vantagens desta forma de exportação são a facilidade de penetração inicial, menores
custos de investimento e o risco muito inferior a qualquer outro tipo de exportação. Mas o controlo é
inferior e as informações sobre os mercados são poucas, assim estas são as desvantagens deste tipo
de exportação. (Horizonte para Internacionalizar: Guia para PME, 2013).
b) A Exportação Direta
A Exportação direta é um processo em que a empresa é responsável por todo o procedimento, e neste
caso, é necessário um conhecimento pormenorizado dos seus mercados alvo. Este é um processo
que leva algum tempo e em que a empresa não pode esperar resultados imediatos. Neste formato de
exportação as empresas têm que estar cientes dos custos associados uma vez que são mais elevados
do que os da exportação indireta. No entanto, uma empresa pode conjugar os dois tipos de exportação,
guardando os mercados prioritários para a exportação direta e assim assumir maior controlo de todo o
negócio.
Como todo o processo é controlado pela empresa, existem várias estratégias possíveis de
internacionalização. Uma delas, pode passar pela contratação de um representante internacional,
residente ou não residente. Desta forma, é possível um maior envolvimento com os clientes internacionais
e é indicado para países de cultura de alto contexto, como os países da América Latina. Outro método
muito comum de exportação direta, é a efetivação de negócios internacionais com distribuidores e agentes
localizados no país de destino. Considera-se que esta é uma excelente alternativa para que as empresas
domésticas consigam fazer chegar os seus produtos a vários pontos de venda, tendo preocupações
negociais apenas com uma entidade. Estes podem ser agentes, retalhistas, concessionários ou trading.
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c) Formalidades de Exportação
Através de consulta na Livraria Digital do site da AICEP Portugal Global, bem como de sites relacionados
com os mercados externos, é possível aceder a informação sistematizada e detalhada sobre os regimes
de importação em vigor nos mercados selecionados.
Deve ainda consultar, na web, o site ‘’Market Acess database’’, da responsabilidade da comissão europeia,
onde pode encontrar informação sobre a política comercial de países terceiros, barreiras ao comércio, e
outras informações importantes que irá necessitar.
Aconselhamos sempre as empresas consultarem o seu cliente no mercado alvo, e para além disso, o
site ‘’Exporter’s Guide: Import Formalities’’ onde podem encontrar informação relativa a documentos e
formalidades para a importação.
*A Marcação CE é um símbolo de comercialização livre no Espaço Económico Europeu (mercado interno) que, com a declaração
do fabricante, dá a presunção de que o produto cumpre os requisitos das Diretivas Europeias aplicáveis.
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GUIA PRÁTICO DE INTERNACIONALIZAÇÃO
Transporte Marítimo
Transporte Aéreo
“Air Way Bill”, “Carta de Porte Aéreo” ou “Carta de Porte” – Este documento é a prova do contrato de
transporte aéreo entre a empresa exportadora e a companhia aérea. O emissor do documento é a
companhia aérea, a favor da empresa, ou um agente de carga IATA autorizado.
Por vezes, as empresas utilizam também o ‘’manifesto de carga’’ em transportes aéreos e marítimos. Este
documento contém informações sobre a transportadora, nacionalidade do avião ou barco e informações
sobre o destino e origem da mercadoria. Este documento é obrigatório para despacho aduaneiro de
entrada e saída de aviões e barcos.
Transporte Ferroviário
Transporte Rodoviário
Transporte Multimodal
Para transporte multimodal existe uma Convenção de Transporte Multimodal (“United Nations
Convention on International Multimodal Transport of Goods”), de 24 de maio de 1980, que objetiva
uma responsabilidade única para todo o ciclo do transporte. A finalidade é utilizar um só documento em
todos os modos de transporte. Ainda não está em vigor a nível internacional pois necessita de várias
aceitações e precauções. Desta forma, utilizam-se ainda as regras distintas de cada tipo de transporte,
tanto a nível de documentos necessários bem como a nível de responsabilidade de transporte.
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