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SEGURANÇA DO DOENTE
COMISSÃO DE SEGURANÇA DO DOENTE
ÍNDICE
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COMISSÃO DE SEGURANÇA DO DOENTE
A incorreta identificação dos doentes é uma das principais causas de erro na prestação
de cuidados de saúde, sendo um dos objetivos estratégicos mencionados no Plano
Nacional para a Segurança dos Doentes 2015-2020 assegurar a identificação inequívoca
dos doentes.
O Plano Nacional para a Segurança dos Doentes salienta que a identificação incorreta
pode resultar em dano, com menor ou maior gravidade para o doente, pela troca de
tratamentos invasivos e potencialmente perigosos como por exemplo troca de
medicação ou de procedimentos médicos.
A Organização Mundial de Saúde defende que existem intervenções e estratégias
capazes de reduzir significativamente o risco de identificação incorreta dos utentes, e
no âmbito da Aliança Mundial para a segurança dos doentes, apresentou um conjunto
de recomendações que serviram de base na orientação dos vários países para a
elaboração de normas de identificação inequívoca dos doentes utilizadores das
instituições de saúde.
A nível nacional, e com o contributo das iniciativas dos diferentes países, a Direção Geral
de Saúde elaborou a Orientação nº 018/2011 referente aos mecanismos e
procedimentos de identificação inequívoca dos doentes em instituições, documento no
qual nos baseamos, adaptando as recomendações ao contexto específico pré-
hospitalar, tendo como objetivos:
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apresentadas pretendem ser um apoio para as boas práticas e devem ser adotadas
como procedimentos padronizados.
Considera-se queda como sendo o deslocamento não intencional do corpo para um nível
inferior à posição inicial, provocado por circunstâncias multifatoriais, resultando ou não
em dano.
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10. Sempre que for usado o plano duro, o cinto inferior da maca deve passar por
uma das fendas laterais inferiores do plano, de forma a evitar o seu
deslizamento durante o transporte e continuar a permitir a sua lateralização se
necessário.
12. Manobrar a maca com o doente sempre a 2 elementos (no mínimo), mantendo
comunicação verbal e visual.
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15. Intensificar a atenção a doentes que estão sob o efeito de medicação suscetível
de provocar alterações do estado de consciência e a doentes com alteração do
estado de consciência/comportamento.
Quando surge uma queda é fulcral proceder-se à observação e à colheita de dados das
circunstâncias que envolvem o acidente, devendo-se realizar uma anamnese e um
exame físico específico do doente, efetuando uma análise detalhada que contribua para
adequar as intervenções e medidas preventivas. Dada a sua multicausalidade, a
abordagem das quedas deve incluir as circunstâncias da queda, o exame físico e a
avaliação dos perigos/riscos ambientais.
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Grau III – Lesões que claramente necessitam de observação ou intervenção médica, tais
como: fratura, perda de consciência ou alteração do estado físico ou mental.
Monitorizar o doente.
4 – COMUNICAÇÃO E INFORMAÇÃO
Tendo por base as diretrizes internacionais atuais, onde o foco incide na promoção da
segurança do doente, a comunicação entre profissionais de saúde em que se transmite
a informação clinica do doente e se transfere a responsabilidade do cuidado para o outro
profissional de saúde, encontra-se identificada como um processo de risco elevado.
Neste sentido a uniformização deste processo de transferência de informação minimiza
a variabilidade e favorece a eficácia da comunicação.
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Importa também notar que, se uma comunicação pouco eficaz pode conduzir a
problemas graves de segurança, a melhoraria deste processo tem resultados positivos a
vários níveis. Destacam-se a melhoria do percurso da informação a transmitir, da
eficácia das práticas de saúde, o aumento do bem-estar de profissionais, doentes e
famílias e a redução do tempo de internamento. Ou seja, melhorar a comunicação
encoraja a cooperação, potencia o trabalho de equipa e ajuda à prevenção de erros. Em
última análise, melhorar a comunicação pode conduzir a uma melhoria global da
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− Omissão de dados;
− Interrupções e ruídos;
− Falta de condições físicas ou de privacidade;
− Grande quantidade de informação;
− Falta de objetividade;
− Tempo limitado;
− Nova ocorrência.
Esta mensagem deve cumprir alguns requisitos para que seja compreendida pelas duas
partes e cumpra os objetivos da informação a transmitir.
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Aconselha-se que a mensagem seja curta e objetiva pelo que se deve transmitir apenas
as alterações avaliadas, as intervenções realizadas e o resultado das mesmas com vista
à estabilização do doente. Sempre que no decorrer destas intervenções surjam
complicações devem ser transmitidas servindo como alerta para próximas intervenções
a efetuar no doente.
A história clinica anterior do doente relevante para a situação deve ser transmitida para
que possa ser contextualizada na ocorrência. A colheita desta informação pode ser feita
através do recurso a documentos de internamentos ou episódios de urgência anteriores,
de informação do médico de família e/ou referida pelo próprio doente ou família.
− Medicação instituída;
− Posicionamento;
− Retirada de capacete;
− Mobilização do doente.
A cinemática do trauma deve ser sempre referida pois revela dados acerca das lesões
visíveis ou permite suspeitar de lesões ocultas e pode ser o motivo para acionamento
da Via Verde Trauma.
A passagem do doente entre profissionais é uma das principias orientações no que diz
respeito á qualidade da prestação de cuidados. No entanto é também uma das que
detém maior potencial para conduzir ao erro colocando em causa a segurança do
doente. Por essa razão, a Comissão de Segurança do Doente abordou esta temática
lançando estas orientações que visam a diminuição da ineficiência associada à
comunicação.
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Deliberações e Legislação
O INEM com base na legislação em vigor emana Deliberações que visam a proteção dos
seus profissionais no exercício das suas funções e a proteção e/ou esclarecimento dos
utentes dos serviços que tem ao seu dispor.
Não se pretende uma transcrição completa de cada uma, mas sim referir o que de
importante deliberam. Relacionadas com a SD expomos 3 deliberações:
• DELIBERAÇÃO Nº14/2011
• DELIBERAÇÃO Nº4/2012
• DELIBERAÇÃO Nº25/2012 A
Esta deliberação tem como fundamento a Lei nº 33/2009 de Julho onde é reconhecido
a todo o cidadão admitido num serviço de urgência de um hospital do SNS, o direito de
ser acompanhado por uma pessoa por si indicada. O INEM entendeu estender esta lei
ao transporte dos doentes em ambulâncias de socorro zelando pela necessidade de
aumentar o acesso à informação, tomada de decisão e capacidade de participação
sempre enquadrado numa perspetiva de humanização.
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Considerando que o INEM tem de lidar com situações de incapacidade, quer no adulto
quer de menores, que podem colocar problemas delicados, e que nem sempre é fácil, à
luz do sistema jurídico português, saber em que condição pode o consentimento real
ser substituído pelo consentimento presumido, o INEM deliberou:
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O relatório “To err is human: building a safer health care system” estimou que nos
Estados Unidos da América, cerca de 100 mil pessoas morriam em hospitais, a cada ano,
vítimas de erros na prestação de cuidados de saúde. Destas, 7000 estão relacionadas
com o erro medicamentoso.
Também a Organização Mundial de Saúde estima que entre 8 a 10% dos doentes
internados em Unidades de Cuidados Intensivos e cerca de 13% dos doentes em
ambulatório são vítimas de incidentes relacionados com o uso de medicação.
CONCEITOS
Efeito secundário:
Reação adversa:
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Erro medicamentoso:
- Medicamentos com aspeto semelhante e/ou com nome ortográfico e/ou fonético
semelhante
Prescrição
Monitorização
Fornecimento
/ vigilância
Administração
Prescrição:
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• Pode criar erro que ao longo das várias etapas pode ser detetado, perpetuado ou
ampliado.
o Conhecimentos errados
o Inadequação
o Doente errado
o “Sound alike”
o Prescrição dúbia
Fornecimento:
Administração
1. Doente;
2. Medicação;
3. Via;
4. Dose;
5. Hora.
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• Dosagem errada
• Ausência de registo
• Erros de cálculo
• Via errada
• Doente errado
• Hora errada
• Omissão
Monitorização/Vigilância
• Efeito terapêutico
• Efeito secundário
• Reações adversas
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RECONCILIAÇÃO TERAPÊUTICA
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