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CREDENCIADA JUNTO AO MEC PELA

PORTARIA Nº 1.004 DO DIA 17/08/2017

MATERIAL DIDÁTICO

ORIGEM E ESTUDO DA MOTRICIDADE


HUMANA

0800 283 8380


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SUMÁRIO
UNIDADE 1 – INTRODUÇÃO ..................................................................................... 4
UNIDADE 2 – DA CONCEPÇÃO À MATURIDADE – BREVE DIÁLOGO COM A
PSICOMOTRICIDADE ................................................................................................ 6
UNIDADE 3 – A INFLUÊNCIA MATERNA NO PERÍODO PRÉ-NATAL.................. 20
3.1 O QUE É HERDADO E ADQUIRIDO NA MOTRICIDADE HUMANA .................................... 22
3.2 FATORES QUE PODEM OCORRER NA GRAVIDEZ E PREJUDICAR O NOVO SER.............. 24
UNIDADE 4 – O DESENVOLVIMENTO PERINATAL .............................................. 26
4.1 DESENVOLVIMENTO NEURAL DO EMBRIÃO E DO FETO ............................................. 26
4.2 O PROCESSO DE MIELINIZAÇÃO DOS NERVOS NO EMBRIÃO, NO FETO E NA CRIANÇA .. 27
4.3 A ESTRUTURA ÓSSEA NO EMBRIÃO, NO FETO E NA CRIANÇA .................................... 29
4.4 A ESTRUTURA MUSCULAR DO EMBRIÃO, DO FETO E DA CRIANÇA .............................. 30
4.5 ÁPICES DE CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO PRÉ-NATAL, SEGUNDO GALLAHUE E
OZMUN .................................................................................................................... 31
4.6 ANAMNESE COGNITIVO-AFETIVA PARA ANALISAR A POSSÍVEL INFLUÊNCIA POSITIVA OU
NEGATIVA DAS VARIÁVEIS DO MEIO AMBIENTE SOBRE O PROCESSO DE CRESCIMENTO,

MATURIDADE E DESENVOLVIMENTO DO SER HUMANO ENQUANTO HABITA O ÚTERO

MATERNO ................................................................................................................ 32
UNIDADE 5 - A PRIMEIRA APRENDIZAGEM DA CRIANÇA ................................. 36
5.1 A PREPARAÇÃO INTRAUTERINA PARA A MOTRICIDADE PÓS-PARTO ........................... 36
5.2 DISTÚRBIOS PSICOMOTRIZES MAIS COMUNS SEGUNDO HAIM GRÜNSPUN (2000) ...... 39
UNIDADE 6 – AS INFLUÊNCIAS BIO-FISIOLÓGICAS, NEUROLÓGICAS E
PSICOLÓGICAS DA MOTRICIDADE HUMANA E ALGUMAS ABORDAGENS
TEÓRICAS DA PSICMOTRICIDADE ....................................................................... 56
6.1 O SISTEMA DE MOVIMENTOS QUE INTERVÉM NA PSICOMOTRICIDADE DA CRIANÇA ..... 60
6.2 ATIVIDADE OSTEO-MUSCULAR NA MOTRICIDADE INFANTIL ....................................... 62
6.3 OUTROS ESTÁGIOS QUE MARCAM O CRESCIMENTO, A MATURIDADE E O
DESENVOLVIMENTO PSICOMOTRIZ DAS CRIANÇAS ENQUANTO ACONTECE SUA EVOLUÇÃO

ONTOGÊNICA E PSICOSSOCIAL ................................................................................... 63

6.4 FATORES QUE INFLUENCIAM NA “PSICOMOTRICIDADE” DAS CRIANÇAS ...................... 64


6.5 ALGUMAS ABORDAGENS TEÓRICAS DA PSICOMOTRICIDADE .................................... 66
6.5.1 Abordagem biologicista ............................................................................. 66
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direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada seja por meios
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6.5.2 Abordagem sociologista ............................................................................ 66


6.5.3 Abordagem biossocial ............................................................................... 66
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 68

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UNIDADE 1 – INTRODUÇÃO
Conhecer em amplitude, profundidade e dominar o campo de conhecimentos
teóricos e práticos proporcionado pela Psicomotricidade é determinante para a
aprendizagem das crianças.
Assim, neste momento do curso em especial temos como objetivo fornecer
um arcabouço teórico para que entendam a evolução e o desenvolvimento do ser
humano levando-os a conhecer melhor seus alunos para que possam contribuir com
o desenvolvimento saudável dos mesmos, uma vez que é na medida em que
crescem e amadurecem que se desenvolvem do ponto de vista ontogênico e
psicossocial.
Segundo Tarrau (2007), aprofundando-se mais dentro da esfera de atuação
da psicomotricidade, poderão materializar um processo instrutivo muito mais
eficiente e eficaz, ao explorar adequadamente o movimento, que constitui a pedra
angular da psicomotricidade.
Os estudos e pesquisas das últimas décadas têm nos mostrado que o
desenvolvimento motor da criança está intimamente relacionado com as suas
dificuldades de aprendizagem, daí a importância do aprofundamento dessa parte
teórica e de bases biológicas.
Gomes (1998) apresenta estudos onde as causas das dificuldades de alguns
alunos decorrem muitas vezes de dificuldades relacionadas ao desenvolvimento
cognitivo e psicomotor, podendo ser decorrentes do trabalho do professor em sala
de aula e Le Boulch (1982, p. 16) enfatiza a necessidade da educação psicomotora
baseada no movimento, pois acredita ser esta preventiva, assegurando que muitos
dos problemas de alunos, detectados posteriormente e tratados pela reeducação,
não ocorreriam se a escola desse atenção à educação psicomotora, juntamente com
a leitura, a escrita e a aritmética.
Assmann (1995, p. 101) coloca que corporeidade e motricidade são
linguagens de uma só fala porque “a motricidade é o vetor da identidade corporal”,
assim, corpo e movimento humano são muito mais que um ato mecânico de
deslocamento no espaço, um está para o outro através da história revelada na
análise dos movimentos que o homem realiza através do tempo (CARIONI, 2007).

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Ao longo desta apostila, veremos as influências da mãe no período pré-


natal; o desenvolvimento perinatal e a primeira aprendizagem da criança assim
como analisaremos as influências biológicas, fisiológicas, neurológicas e
psicológicas na motricidade humana.
Esperamos que apreciem o material e busquem nas referências anotadas ao
final da apostila subsídios para sanar possíveis lacunas que venham surgir ao longo
dos estudos.
Ressaltamos que embora a escrita acadêmica tenha como premissa ser
científica, baseada em normas e padrões da academia, fugiremos um pouco às
regras para nos aproximarmos de vocês e para que os temas abordados cheguem
de maneira clara e objetiva, mas não menos científicos. Em segundo lugar,
deixamos claro que este módulo é uma compilação das ideias de vários autores,
incluindo aqueles que consideramos clássicos, não se tratando, portanto, de uma
redação original.

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UNIDADE 2 – DA CONCEPÇÃO À MATURIDADE – BREVE


DIÁLOGO COM A PSICOMOTRICIDADE
Em linhas gerais, dando uma breve ilustração do que veremos neste tópico,
temos que desde a concepção, começa o processo de crescimento, maturidade e
desenvolvimento do ser humano (ontogenia), através dos três saltos qualitativos que
acontecem dentro do berço materno: a fase zigótica, a fase embrionária e a fase
fetal; continuando após o parto com os quatro períodos ou faixas etárias mais
significativas dentro do crescimento, a maturidade e o desenvolvimento ontogênico e
psicossocial de todo ser humano: o período neonatal (de 0 a 3 meses), o período
lactente (de 3 meses e um dia aos 12 meses), o período da primeira infância (de 12
meses e um dia até os 36 meses) e o período pré-escolar (de 3 anos e um dia até os
6 anos).
Dentro destes quatro períodos de desenvolvimento, o ser humano internaliza
conhecimentos altamente significativos para a vida e vai estruturando e
desenvolvendo um sistema de habilidades, imprescindíveis para a “exteriorização”
dos cinco fenômenos-chave que representam o processo de crescimento,
maturidade e desenvolvimento psicomotriz:
Aprender a se movimentar para obter e alcançar, por si só, um fim
determinado;
Aprender a falar para se comunicar autonomamente com os “outros”,
começando a exercitar os processos de decodificação e codificação
linguística;
Aprender a ler para independentemente internalizar as mensagens que
enriquecerão seu conhecimento e seu saber;
Aprender a escrever (demonstrando o domínio dos símbolos linguísticos),
para poder criar e enviar mensagens comunicativas através da linguagem
escrita;
Aprender a calcular para começar a manipular e explorar a linguagem dos
números dentro das exigências perceptivas e lógicas do espaço e do tempo.
O núcleo central da Psicomotricidade é o movimento, e o ser humano é o
principal elemento da natureza onde se inter-relacionam o movimento biológico,
fisiológico, psicológico e social.
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A Dialética é a ciência que ressalta o papel das contradições como fontes do


desenvolvimento. Se a criança não começasse a agir e/ou reagir (umas vezes
sozinha, estimulada por alguma coisa que lhe chama a sua atenção; outras,
estimulada por outras crianças ou pelos próprios adultos que ficam à sua volta,
eliminando assim a contradição entre o desconhecido e o conhecido do ponto de
vista motriz), ficaria passivamente deitada toda sua vida, e o processo de
crescimento, maturidade e desenvolvimento ontogênico (que é bio-neuro-fisiológico)
e o psicossocial (que é eminentemente afetivo, cognitivo, motivacional e volitivo),
ambos em inter-relação dialética, jamais aconteceriam de forma efetiva (TARRAU,
2007).
A Dialética concebe uma concatenação histórica em cada um dos
fenômenos que estruturam a realidade. Para a dialética, tudo se dá a partir dos fatos
mais simples aos mais complexos e todo o novo e superior começa, aparece, se
estrutura a partir do “bom” que “todo o velho possui”. É por isso que o movimento da
criança, o qual constitui sua primeira aprendizagem, começa a partir da realização
das mudanças de posição mais simples, no próprio berço, até se sentar
autonomamente, engatinhar, levantar-se, andar, etc.; exteriorizando assim as
manifestações de sua independência.
O caminho da Psicopedagogia passa necessariamente por algumas análises
preliminares como o desenvolvimento ontogênico1 humano e como os saltos
qualitativos vão acontecendo na medida em que o ser humano cresce, matura e se
desenvolve.
É imprescindível começar o estudo a partir da essência do desenvolvimento
ontogenético humano porque a aprendizagem, em qualquer uma de suas
manifestações, está sustentada nas peculiaridades bio-fisiológicas do sistema
nervoso da pessoa que aprende.
O desenvolvimento ontogênico de todo ser humano começa dentro do útero
materno e, depois de executada a concepção, este novo ser que se cria, passa por
três momentos-chaves em seu período evolutivo: a fase do zigoto (a mais simples),
mas de notada importância, porque ela é a que abre o caminho onto-evolutivo de
todo ser humano; a fase do embrião (superior ao zigoto), onde aparecem as três

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Ontogênico vem de ontogenia que é uma série de transformações sofridas pelo indivíduo desde a
fecundação do ovo até o ser perfeito.
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capas ou estruturas bio-fisiológicas: a endoderme (a mais interna), a mesoderme (a


capa média) e a ectoderme (a capa externa), a partir das quais se estruturam todos
os órgãos e sistemas do corpo humano. Após esta última fase, aparece a fetal, na
qual todo ser humano em evolução intra-uterina adota a estrutura morfológica e
fisiológica típica da espécie (TARRAU, 2007).
As células embrionárias se diferenciam em três grandes grupos:
1º. As células somáticas que darão origem a todos os órgãos e sistemas que
estruturam o corpo (com exceção do sistema reprodutor e do sistema
nervoso), especializando-se posteriormente para formar cada uma das partes
específicas do total: músculos, ossos, tendões, ligamentos; artérias, veias,
vasos capilares, coração; pulmões, brônquios, bronquíolos, traquéia, fossas
nasais; rins, ureteres, bexiga, uretra; fígado, vesícula; pâncreas; suprarrenais;
estômago, intestinos, anus, boca, dentes, pele, unhas. As células somáticas
possuem “funções especiais” que garantem e asseguram a materialização de
todo o processo metabólico do organismo.
2º. As células nervosas, as quais estruturarão toda a massa encefálica com
seus órgãos mais significativos: cérebro, cerebelo, corpo caloso, bulbo,
medula, nervos cranianos, nervos periféricos, analisadores ou órgãos dos
sentidos.
3º. As células sexuais, as quais terão a responsabilidade de determinar o
gênero sexual de cada ser humano e garantir a perpetuação da espécie
humana, após o processo de crescimento, maturidade e desenvolvimento
genital e hormonal.

A última fase que atravessa o ser humano dentro do útero materno é a fase
fetal. Esta fase é posterior ao embrião. Na fase embrionária, já nos convertemos
biológica e fisiologicamente num verdadeiro ser humano, portador de todos os
órgãos e sistemas responsáveis por manter a vida após o parto; porém, obtemos a
verdadeira morfologia (forma) humana, típica de nossa espécie, apenas na fase
fetal.
O desenvolvimento ontogênico intra-uterino (bio-fisio-neuro-cortical-motriz) é
marcado por três momentos-chaves deste processo: o germinal ou zigótico (da

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concepção até a 2ª semana – de forma geral), o embrionário (da 2ª semana até a 8ª


ou 12ª aproximadamente) e o fetal (até o nascimento). Esses momentos são
direcionados pelo princípio reitor que organiza bio-fisio-neuro-corticalmente o novo
ser, o qual continua seu desafio pela vida; pelos princípios céfalo-caudal e próximo-
distal, assegurando-se, desta forma, a formação do eixo central a partir da região
cefálica, o qual se estende até a região caudal. Isso torna o recém-nascido humano
dependente quase absoluto de suas mães, pelo fato de que a maturidade de nossas
extremidades, e, em especial, das inferiores, é a última que acontece (TARRAU,
2007).
Esta maturidade acontece mais intensamente depois do nascimento, devido
ao fato de que o cerebelo, um órgão importante na motricidade, completa sua
maturidade após o parto, especificamente dentro do primeiro ano de vida da criança.
Neste processo de crescimento, maturidade e desenvolvimento intrauterino,
a evolução fetal e a herança paterna e materna não bastam para garantir um
desenvolvimento positivo. Existem outros fatores que podem impedir uma evolução
intrauterina eficaz e eficiente, restringidos todos eles basicamente aos processos
metabólicos da mãe, que é a encarregada de oxigenar, de nutrir e de fazer possível
a eliminação das sustâncias tóxicas do filho que se desenvolve na suas entranhas,
onde as características estruturais e bioquímicas da placenta são determinantes,
porque é esta a que serve de intermediária entre o metabolismo materno e o
metabolismo do novo ser intrauterino que cresce, matura e se desenvolve.
Entre estes e outros fenômenos ou variáveis que influenciam este processo,
está a nutrição materna, a qual deverá seguir os cânones ortodoxos que
caracterizam a dieta balanceada: proteínas, vitaminas, minerais, açúcares
(preferencialmente açúcares naturais das próprias frutas) e as gorduras saudáveis,
que possuem o colesterol bom, mas dentro das proporções também adequadas.
Outro fenômeno que possui uma influência altamente significativa é o uso de
substâncias tóxicas pela mãe, como a nicotina, o álcool, e/ou outras dependências
químicas destruidoras da vida, enquanto durar todo o processo da gravidez e o
processo de amamentação da criança depois que esta nasce.

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Outra variável que influencia e muito é o controle sistemático da saúde da


mãe, materializado através das visitas marcadas com o obstetra durante o processo
de gravidez.
Todos estes fenômenos ou variáveis, se não são bem controlados e
desenvolvidos, podem afetar e comprometer o desenvolvimento ontogênico
(biológico, fisiológico, neurológico, cortical, motriz e sexual) do novo ser que se
forma e continua desafiando o meio para viver.
No útero materno, tem-se que ter em conta muitos fatos que vão influenciar
na estrutura orgânica, bioquímica, neuro-cortical e fisiológica da futura criança. Por
exemplo: até a posição que adota o feto no útero materno influencia, porque está
provado que a pressão que recebe o feto nas extremidades dos ossos influencia
sobre sua ossificação, o que serve como um argumento a mais para ressaltar a
importância do processo evolutivo que acontece nos seres humanos enquanto
moramos no “berço materno”.
Se todos estes fenômenos biológicos, fisiológicos, nervosos, corticais e
motrizes acontecem dentro das exigências vitais correspondentes (enquanto durar o
processo da gravidez), estarão criadas as condições intrauterinas necessárias para
que o novo ser, que está se desenvolvendo, possa nascer sem nenhum problema
somático, neuro-fisiológico ou sexual, que possa influenciar seu futuro
desenvolvimento psicossocial (TARRAU, 2007).
Mas está faltando um fato que é portador de uma responsabilidade
altamente significativa na influência positiva do desenvolvimento neuro-cortico-
psicossocial futuro da criança que luta e enfrenta o desafio para nascer: o parto.
Se o parto é natural e acontece em seu tempo terminal normal (nem antes,
nem depois), estarão criadas as condições satisfatórias para que a criança possa ter
um processo de crescimento, maturidade e desenvolvimento bio-fisio-psicossocial
satisfatório e sua psicomotricidade poderá se desenvolver no tempo requerido e da
forma adequada.
As contrações uterinas finais, típicas de um parto natural, que são
extremamente agudas (de forma geral) e geralmente aparecem depois da ruptura
dos âmnios, assim como a saída apertada do feto através da abertura pélvica da
mãe, são variáveis determinantes que repercutem satisfatoriamente sobre a saúde

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da criança, pois contribuem para a limpeza de seu trato respiratório, onde podem
existir substâncias tóxicas contidas no líquido amniótico (produto do próprio
metabolismo do feto), que, no útero materno, entra e sai dos pulmões do feto,
preparando os músculos respiratórios para a sua função principal futura: a ventilação
pulmonar, que também é determinante no processo de crescimento, maturidade e
desenvolvimento psicomotriz da criança.
Após o parto, a evolução ontogênica de toda criança continua produto do
crescimento, a maturidade e o desenvolvimento bio-fisiológico dela. Por volta dos 4,
5 ou 6 anos, acontece um fato que anuncia que este desenvolvimento está
acontecendo adequadamente: as crianças começam a mudar a sua dentição de leite
e a trocar a mesma pelos dentes permanentes que a acompanharão por toda a sua
vida (sempre e quando tenha uma adequada assepsia bucal e não seja afetada por
um acidente ortodôntico). Este fato demonstra que o processo de crescimento,
maturidade e desenvolvimento, do ponto de vista bio-fisiológico e, também,
ontogênico, está acontecendo em plena forma.
Por volta dos 11, 12, 13 ou 14 anos (na maioria dos casos), acontece um
dos fenômenos mais significativos dentro do desenvolvimento ontogênico: a
aparição dos caracteres sexuais secundários de cada sexo e, o mais importante
deste fenômeno, a aparição dos caracteres sexuais primários, onde o homem
começa a ejacular e a mulher a ovular; tornando-se ambos aptos (mas ainda
imaturos) para a reprodução. Este fato é extremamente importante porque, a partir
desse momento, os seres humanos púberes ou adolescentes, já adquirem uma
soma muito similar ao soma típico dos seres humanos adultos, embora ainda não
esteja terminado seu desenvolvimento ontogênico (TARRAU, 2007).
Os novos e extraordinários aportes que a cibernética, e, em especial, a
neurociência, tem colocado à disposição dos especialistas e entendidos: o ultra-som,
a tomografia computadorizada e a ressonância magnética (basicamente), sabe-se
cientificamente que, nos primeiros cinco anos de vida do ser humano, o cérebro
(principal órgão do psiquismo) alcança 95% de seu volume (o que demonstra um
processo de crescimento e desenvolvimento altamente significativo dentro dos
primeiros cinco anos de vida) e os restantes 5% demoram 30 anos a mais para
chegar a seu completo volume e a sua adequada maturidade. Por esta razão, a

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aprendizagem formal da psicomotricidade e todas as suas exigências deverá


acontecer dentro dos primeiros 6 anos de idade de uma criança, porque é nesse
período que o sistema nervoso possui melhores possibilidades para trabalhar,
devido ao grau de crescimento, maturidade e desenvolvimento que ele tem
alcançado.
Pesquisas demonstram que até os 35 anos a pessoa está dentro de um
período ainda jovem do ponto de vista cerebral, somático e sexual. Esta categoria
evolutiva (juventude) está determinada basicamente pelo processo de maturidade;
então, enquanto exista um órgão em processo de maturidade, a pessoa é jovem bio-
fisiologicamente. Consequentemente, tudo o que seja feito em matéria de
aprendizagem dentro da juventude é desenvolvido com menos dificuldades, sempre
e quando existam bem estruturados os sistemas cognitivos, emocionais e
motivacionais na pessoa que está querendo aprender. Por isso, enquanto a pessoa
está atravessando a caminhada de seus primeiros 35 anos de vida, todos os
processos psico-motrizes que ela manifeste deverão ter muito mais qualidade que
os processos psico-motrizes materializados por uma pessoa maior de 35 anos
(TARRAU, 2007).
Entretanto, essa não é uma afirmação fatalista, porque a prática demonstra
que, quando um ser humano (não importa a idade que possua este) se sente bem
estimulado, está dentro de um ambiente comunicativo e ativo que influencia
positivamente seus processos motivacionais e incentivadores, influenciará também
positivamente a qualidade de sua aprendizagem, seja qual for a índole desta.
Em tudo o que se relaciona ao movimento sincronizado e coordenado (que é
uma das bases da psicomotricidade), pode-se ter certeza de que a pessoa sempre
que se sentir bem estimulada aprenderá com muito mais facilidade e rapidez. Antes
dos 35 anos, aprende-se facilmente devido à influência do processo de maturidade
do cérebro, que está quase em seu ponto culminante, mas a qualidade da
aprendizagem está muito mais fundamentada nos interesses e nas motivações
manifestados na pessoa que esteja aprendendo do que em aspectos puramente bio-
fisiológicos.
É possível, portanto, apreciar a qualidade motriz tanto antes como depois
dos 35 anos. Uma grande parte dos bons esportistas, bailarinos, músicos, pintores,

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desenhistas, escultores, etc., muitas vezes, se tornam “grandes” após essa idade, o
que comprova que isto não é uma contradição, isto é uma verdade que demonstra e
defende como o mundo afetivo e motivacional dos seres humanos tem influência na
estrutura cognitiva.
Essas análises permitem considerar que o desenvolvimento ontogênico
(analisado através de uma concepção mais reflexiva do conceito), ocorre até o
término do processo de maturidade de nosso cérebro, o qual constitui o regente
principal e a usina básica onde atuam 100 bilhões de neurônios (mais ou menos).
Esses neurônios estão inter-relacionados através de mais de 100 trilhões de
circuitos que permitem estruturar, desenvolver e manifestar as peculiaridades dos
processos psíquicos que caracterizam as peculiaridades da cognição, da
afetividade, da motivação e da vontade da personalidade, mas essa maturidade
cerebral não está concluída até os 35 anos de idade (como bem já mencionado).
Pode-se considerar, então, que o desenvolvimento ontogênico deve ser
concebido até que o cérebro humano alcance sua maioridade, quer dizer, até que
ele se torne maduro, manifestando-se aqui o décimo salto qualitativo, através dos
quais podemos analisar perfeitamente bem as características de todo o processo
ontogênico que acontece em todo ser humano, a partir de que o espermatozóide
mais forte, resistente, potente e ágil, se encontra com o óvulo; processo que vai
acontecendo com e através do movimento; e que prepara o caminho da motricidade
do ser humano, a qual constitui a sua primeira aprendizagem. Sem motricidade não
existe aprendizagem, porque toda aprendizagem se materializa através do fazer.
Os outros saltos qualitativos que caracterizam o desenvolvimento ontogênico
do ser humano são:
1º. A concepção-fertilização do óvulo pelo espermatozóide, que é possível
com e através do movimento;
2º. A aparição do zigoto, que é possível com e através do movimento;
3º. O surgimento do embrião a partir dos aportes novos e superiores do
zigoto; o que é possível com e através do movimento;
4º. A presença do feto, a partir dos aportes novos e superiores do embrião;
fato que também é possível com e através do movimento;
5º. O acontecimento do parto; que é possível com e através do movimento;

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6º. O acontecimento de a criança ajoelhar-se e o fato de começar a


engatinhar, o que marca a primeira manifestação de independência autônoma dela;
o que é possível com e através do movimento;
7º. O fato de a criança sozinha ficar de pé equilibradamente e começar a dar
os seus primeiros passos até que se consolide o processo de andar; que também é
possível com e através do movimento;
8º. A manifestação da mudança dos dentes de leite pelos dentes
permanentes; que é possível com e através do movimento;
9º. A manifestação da puberdade ou aparição dos caracteres sexuais
secundários e primários; o que é possível com e através do movimento;

E depois dos 35 anos, o que acontece? Depois dos 35 anos, o ser humano
está dentro de seu período de fertilização ótima, no que se refere à matéria de
aprendizagem especializada, mas este período de fertilização ótima é influenciado
por dois fenômenos psicossociais:
1º. A existência de verdadeiros interesses cognitivos;
2º. A materialização de sólidos processos afetivo-motivacionais direcionados
para o processo de aprendizagem, basicamente, quando se tratar da
aprendizagem de operações e ações motrizes, porque este tipo de
aprendizagem requer esforços fisiológicos e psíquicos; mas, para ser preciso,
não existe idade que resista ao interesse para o aprendizado.

As ideias de Tarrau (2007) construídas ao longo do texto até o momento nos


levam a afirmar que, quando o ser humano possui um processo de crescimento,
maturidade e desenvolvimento ontogênico satisfatório, estão criadas as condições
bio-neuro-fisiológicas para aprender com mais eficiência e eficácia, sempre e
quando os interesses cognitivos e a motivação afetiva sejam satisfatórios, estejam
bem estruturados na consciência da criança, do adolescente, do jovem, do adulto,
da pessoa idosa; mas quando, no processo ontogênico do ser humano, se
apresentam deficiências ou falhas genéticas, ou quando acontece um problema
neuro-fisiológico após o nascimento de um ser humano, se a pessoa afetada possui
interesses cognitivos bem definidos, fazendo um pouco mais de esforços, o

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processo de aprendizagem poderá ser desenvolvido satisfatoriamente em


correspondência com a incidência das magnitudes das falhas genéticas ou dos
problemas neuro-fisiológicos que se apresentarem em ditos seres humanos após o
parto.
Se toda pessoa que verdadeiramente esteja interessada em aprender pode
ter este privilégio, é necessário que a sociedade assegure que a pessoa cresça,
mature e se desenvolva, contribuindo assim com o processo de crescimento,
maturidade e desenvolvimento que também a sociedade necessita, demonstrando-
se assim a verdadeira inter-relação dialética entre a sociedade e o ser humano.
Tarrau (2007) bem nos lembra que a aprendizagem de todo ser humano
começa com e através do movimento. O fenômeno da motricidade é determinante
para todas as outras aprendizagens que o ser humano precisa para satisfazer as
suas necessidades e interesses cognitivos, afetivos, motivacionais e volitivos, que o
tornam único dentro de suas relações interpessoais.
De acordo com as concepções psicomotrizes mais generalizadas que
estruturam este campo de atuação, infere-se que o ser humano primeiramente
aprende a se movimentar, depois aprende a falar, após, a ler, a escrever, a calcular
matematicamente, etc.; basicamente dentro da “época crítica para a aprendizagem”:
os primeiros seis anos de vida; após, este ser humano, através da comunicação e
das atividades que desempenha e desenvolve, vai fazendo crescer, maturar e
desenvolver todas estas aprendizagens e, por meio de sua inter-relação com os
demais, vai transformando o quantitativo em qualitativo, dando origem, assim, a
“verdadeiros saltos de qualidades”, que servem de base para começar outro período
novo e superior de crescimento, maturidade e desenvolvimento, em inter-relação
dialética, onde sempre, o “bom do velho” servirá de “embrião” que permitirá “brotar”
outras “qualidades novas e superiores”; continuando assim, este processo, até que o
ser humano se sinta emocionado, sensibilizado, motivado e incentivado para
aprender.
Pode-se dizer que, sem a aprendizagem motriz, ninguém aprende a falar,
porque para poder emitir sons articulados, que possam ser decodificados por
qualquer outro ser humano, os nervos periféricos e cranianos têm de trabalhar
sensorial e motrizmente para ativar os músculos, as articulações e os ligamentos

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músculo-articulatórios, as cordas vogais, os músculos que intervém na ventilação


pulmonar e os músculos faciais para expressar qualquer uma manifestação
emocional (mímica) necessária para emitir uma linguagem verdadeiramente
comunicativa e expressiva, etc. (TARRAU, 2007).
Sem a aprendizagem motriz ninguém aprende a ler satisfatoriamente,
porque, para ler, é necessário estruturar e desenvolver a percepção temporal (uma
letra antes ou depois da outra, para integrar as sílabas; uma sílaba antes ou depois
da outra, para integrar as palavras; uma palavra antes ou depois da outra para
integrar as frases); do mesmo modo, necessita da percepção espacial (as letras têm
uma parte superior e uma inferior; as linhas têm um princípio e um final; os
parágrafos têm um começo e um ponto final). Também é imprescindível a influência
da lateralidade: as letras, os símbolos têm uma parte direita e outra esquerda; uma
parte superior (acima) e outra inferior (abaixo); sempre o movimento dos olhos no
sentido decodificador se realiza da esquerda para a direita e depois retorna ao
começo da seguinte linha. Sem uma adequada orientação espaço-temporal,
ninguém poderá aprender a ler com a fluidez adequada.
Sem a aprendizagem motriz, ninguém aprenderá a escrever
satisfatoriamente porque as letras têm suas qualidades singulares que as podem
tornar parecidas e, às vezes, diferentes; por isso, quando a criança não tem uma
adequada orientação temporal e espacial, reforçada pela percepção óculo-manual,
não adotará a posição ortodoxa para pegar o lápis, para colocar o caderno, para
adotar a posição adequada do corpo ao olhar para o caderno; não garantirá a
coordenação motriz aceitável para poder seguir a linha adequadamente, assim como
para poder escrever a forma adequada de cada símbolo alfabético ou matemático
(TARRAU, 2007).
Sem a aprendizagem motriz, ninguém aprenderá a calcular e reconhecer as
figuras geométricas, porque a matemática nada mais é que a “leitura” e a “escrita”
dos números, mas estes têm que ser bem calculados e processados (de acordo com
a problemática que eles estejam representando); e este processo de cálculo sempre
se dará dentro de um espaço lógico determinado, onde o conteúdo terá relação com
a forma e a forma com o conteúdo. É por isso que a geometria é imprescindível:
toda letra, todo número, todo objeto, toda coisa, tem uma forma determinada pelo

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fato de que existem as figuras geométricas, depois que o ser humano começou a
observar e a explorar estas figuras na Natureza.
O ser humano, após começar a se inter-relacionar com o espaço e com o
tempo (não importa a faixa-etária na qual se encontra), utiliza um denominador
comum nesta inter-relação: o movimento, que é a pedra angular da motricidade e,
esta, não é mais que o movimento sincronizado, coordenado, direcionado a um fim
determinado pela influência do cérebro (processador neurofisiológico de toda a
informação), que, em forma de estímulo, chega até os analisadores e, estes,
fazendo trabalhar o receptor específico de cada um deles, transformam essa energia
(física: no olho / retina; no ouvido / cóclea, nas mãos basicamente, diferentes
corpúsculos para: a temperatura, a pressão, o peso) ou (química: na língua / papilas
gustativas; no nariz / pituitária amarela) em “energia nervosa” (sensações), a qual
chega até a zona cortical específica que cada um deles possui no córtex cerebral,
ativando as mesmas, para que estas processem as informações sensoriais e as
integrem, materializando-se assim, o processo perceptivo, o qual permite elaborar as
mensagens perceptivas que deverão chegar até a parte ou partes do corpo
(músculos-articulações) que necessitam agir ou reagir assegurando-se a resposta
motriz requerida, a qual permitirá cumprir o objetivo determinado que possui ao
movimento como fonte básica; então, quando isto acontece, nós podemos pensar
imediatamente numa área imprescindível para a vida do ser humano em
desenvolvimento: a psicomotricidade.
A maioria destas informações perceptivas fica fixada e/ou retida nas áreas
corticais típicas da memória (Hipocampo e/ou a Amídala Cortical), constituindo a
fonte cortical onde o pensamento entra para inter-relacionar as informações
mnemônicas requeridas cada vez que a pessoa tem necessidade de elaborar uma
ideia (TARRAU, 2007).
Essa ideia elaborada, produto do trabalho do pensamento explorado,
geralmente é construída através das três operações lógicas mais gerais, a análise, a
comparação e a síntese, as quais podem ser materializadas através do pensamento
operativo (manipulando objetos para resolver a problemática que tenha que ser
resolvida); também pode ser elaborada por meio do pensamento perceptivo ou
visual em imagens, inter-relacionando imagens visuais (basicamente) para resolver a

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problemática; ou através do pensamento abstrato ou reflexivo, onde a pessoa


resolve a problemática pensando abstratamente. Resumindo: sem utilizar operações
externas nem fazer uso de imagens visuais, explorando as operações lógicas a nível
mental e só depois, após ter bem solucionada a problemática a nível mental, é que a
coloca na prática.
O pensamento construído até o momento nos permite concluir que tudo
começa com o movimento externo, e, na medida em que uma criança começa a se
movimentar autonomamente, tendo como orientadores básicos os movimentos, as
operações, as ações que percebe e que observa em outras crianças, ou em seus
próprios familiares, ou em seus professores, o que permite ir estruturando no seu
córtex cerebral as imagens dos movimentos, das operações e das ações e depois,
ao tratar de exteriorizar estas, geralmente comete “erros” (movimentos a menos)
e/ou movimentos desnecessários (a mais); mas, através do ensaio e do erro (a
exercitação); começa a aperfeiçoar as suas imagens “ideo-motrizes” o que, por sua
vez, vai assegurando o aperfeiçoamento do sistema de movimentos, operações e
ações que ele exterioriza; enfrentando-se assim, à satisfação do cumprimento de
determinados objetivos motrizes o que vai criando um ambiente emocional
satisfatório dentro do campo afetivo da criança, o que faz possível que ela se motive
por continuar a sua aprendizagem psicomotriz (TARRAU, 2007).
É certo que a aprendizagem psicomotriz que exterioriza uma criança
aparece acompanhada do selo de sua individualidade; por este fato, o adulto
responsável ou encarregado de orientar sua educação (sempre e quando tenha um
domínio adequado) deve atentar-se para os três fenômenos-chaves da
psicomotricidade: a estabilidade, a manipulação e a locomoção. O sistema de
habilidades que eles três por separado exigem poderá perfeitamente emitir um juízo
valorativo referente ao comportamento do processo de crescimento, maturidade e
desenvolvimento da dita criança e assim poder afirmar:
A evolução psicomotriz desta criança é precoce;
A evolução psicomotriz desta criança é normal;
A evolução psicomotriz desta criança está atrasada.

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Mas, para poder chegar a emitir esses três juízos categóricos anteriores, o
adulto responsável necessita instruir-se bem dentro do campo da psicomotricidade.

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UNIDADE 3 – A INFLUÊNCIA MATERNA NO PERÍODO PRÉ-


NATAL
Vimos introdutoriamente que a dialética influencia na psicomotricidade e
precisamos falar dessas leis, mesmo que rapidamente para construirmos a questão
da influência materna no período pré-natal.
São três as leis da dialética relacionadas a este assunto:
1º. Lei da negação. É a lei “valorizadora do velho”. Toda qualidade nova e
superior que aparece num elemento da realidade (pessoa, coisa, objeto)
sempre parte, surge, aparece a partir das qualidades boas que esse elemento
possui e que já se tem tornado velhas; porém, todo o novo, nega o velho, mas
ele existe porque partiu do potencial positivo que o velho possui. Uma
criança, não pode correr se antes não aprendeu a andar; o correr é superior
ao andar.
2º. Lei da unidade e a luta dos contrários. Esta é a lei que valoriza as
contradições como fontes ou motores impulsores do processo de
crescimento, maturidade e desenvolvimento. Para que um fenômeno cresça,
mature e se desenvolva, é necessário que exista uma contradição dialética
entre a existência de alguma coisa que ele possui, a qual serve de base para
a procura de alguma outra coisa que existe, e que ele não possui ainda e,
para tratar de obter a mesma, é necessário lutar (agir ou reagir), tratando de
obter aquela qualidade que ainda não se tem alcançado (vencendo a
contradição), é que acontece o processo de crescimento, maturidade e
desenvolvimento. A criança cresce, matura e se desenvolve quando se dá a
“luta” entre os conhecimentos que ela tem e os desconhecimentos que ela
tem de eliminar. Os contrários constituem uma unidade (não se podem
separar), mas necessitam lutar entre si para que o desenvolvimento se
manifeste.
3º. Lei das mudanças quantitativas em qualitativas e vice-versa. Todo
fenômeno da realidade cresce quantitativamente em peso, estatura, área e
elementos. Produto da influência da atividade, este crescimento, na medida
em que acontece, vai criando as condições para que apareça a maturidade.
Esta maturidade faz com que o fenômeno que a manifesta se torne apto a
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mostrar uma nova e superior qualidade que antes não existia e, quando essa
nova e superior qualidade é materializada na prática, se materializa o
desenvolvimento. Depois, todo o ciclo se repete: cresce, matura.

Os sistemas de métodos, procedimentos e meios ou recursos didáticos


utilizados pelo professor ou pelo psicomotricista para desenvolver qualquer atividade
psicomotriz, para a estabilidade corporal, para a manipulação ou para a locomoção,
devem levar em conta a essência das leis da Dialética que sempre estão presentes
no processo de ensino-aprendizagem.
A estimulação adequada da criança deve partir do diagnóstico psicomotriz
da criança para comprovar se existe ou não inter-relação ou compatibilidade entre o
resultado psicomotriz (nível de desenvolvimento psicomotor apresentado) e a idade
cronológica (nível de desenvolvimento psicomotor esperado para a idade) dela.
Nesse contexto, a motricidade pode ser entendida como sistema de
movimentos, operações e ações neuro-musculares, direcionadas pela psique, para
cumprir um objetivo motriz. Ela envolve aspectos sociais, psicológicos, biológicos,
físicos e químicos, conforme descrito no esquema abaixo:
Comunicação: mímica, gestual, oral, escrita;
Atividades: brincadeira, jogos, ginástica, lazer, recreação, esporte, estudo,
Sociais
trabalho, etc.

Cognição: Sensação, percepção, memória, pensamento, linguagem, imaginação.


Afetividade: Emoções, sentimentos, afetos.
Estimulação: Motivação, incentivo, interesses, necessidades.
Vontade: Autocontrole, autorregulação, decisão, persistência...
Psicológicos
Temperamento: Dinamismo, passividade, melancolia, cólera...
Caráter: Convicções, atitudes...
Capacidades: Para falar, para desenhar, para pintar, para ler, para escrever, para
dançar, para calcular, etc.

Crescimento, maturidade, desenvolvimento, respiração, circulação, digestão,


Biológicos
nutrição, excreção, secreção, condução nervosa, etc.

Oxidação (água mais um metal).


Químicos Combustão: (calor, mais um objeto comburente, mais um combustível).
Metabolismo; respiração, digestão, nutrição, excreção, etc.

Calor (dilatação, evaporação).


Físicos
Frio (congelação).
Translação, rotação, velocidade, força, etc.

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3.1 O que é herdado e adquirido na motricidade humana


Existem aproximadamente 150.000 genes agrupados em 46 cromossomos
(23 pares) dentro do núcleo de toda célula humana, e a probabilidade de os mesmos
pais transmitirem o mesmo grupo de cromossomos para mais de um filho é de: 1 em
200.000 trilhões. É por isso que a genética é uma ciência extremamente
interessante. Tudo isto está provado pelas inovações computadorizadas atuais
pertencentes à Neurociência: basicamente a tomografia computadorizada e a
ressonância magnética.
Alguns problemas herdados podem influenciar no desenvolvimento da
criança. Existem problemas neuro-fisiológicos do feto que incidem na transmissão
da informação nervosa e malformações fenotípicas (na estrutura corporal) do feto,
tanto na cabeça, como no rosto, no tronco, nas extremidades, na coluna, nos dedos,
etc.
É possível ocorrerem também alterações na proteína do embrião, o que
incide no DNA (ácido desoxirribonucléico) alterado no zigoto. Estas variáveis
anteriores podem incidir em:
• Mutações genéticas nos pais, adquiridas através da herança de seus
genitores e/ou progenitores, ou pela influência de variáveis do meio, tais
como: aquisição de doenças sexuais devido à promiscuidade tanto da mãe
como do pai; dependência química dos pais, fundamentalmente da mãe;
doenças sofridas pela mãe durante a gravidez; mães expostas
indiscriminadamente a raios “X” na sua gravidez; parto mal manipulados e/ou
acontecidos fora de tempo (basicamente quando é retardado, o que ocasiona
a cianose – falta de oxigênio - na criança, comprometendo gravemente ao
Sistema Nervoso) e pais idosos em primeiras concepções após dos 35 anos.
• Problemas genéticos herdados dos progenitores: avós, bisavós, tataravôs,
etc. (até a sétima geração anterior) que foram adquiridos através de doenças
sexuais sofridas por estes, ou por dependências químicas destes, ou por
doenças transmitidas por vírus, ou ainda por mutações genéticas que passam
através dos genes do pai ou da mãe.

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A junção de dois genes dominantes sempre produz a morte (intra-uterina ou


após o parto). A junção de determinada combinação de genes recessivos com
dominantes pode ocasionar anormalidades somáticas e psicológicas na criança.
Além disso, a junção de dois genes recessivos ocasiona a morte da criança dentro
do período da primeira infância: do nascimento até por volta dos 3 anos.
Pesquisas realizadas através do microscópio eletrônico, da tomografia
computarizada e da ressonância magnética têm mostrado a influência genética na
estatura; a espessura dos lábios; a textura e a cor do cabelo; o formato e o tamanho
do nariz; a junção do lóbulo da orelha ou o tamanho desta; o formato, a cor e o
comprimento dos cílios dos olhos. Os genes controlam características bio-físicas ou
morfológicas do zigoto-embrão-feto.
Portanto, os genes dominantes são determinantes no mapa genético; os
genes recessivos são influentes, mas não determinantes no mapa genético, mas
ambos, pai e mãe são influenciadores do novo ser.
Resumindo:
1º. O movimento é um fenômeno geral que está presente em todos os
elementos que estruturam a realidade objetiva e existem cinco tipos: o físico, o
químico, o biológico, o psicológico e o social. O ser humano é o único ser da criação
em que se inter-relacionam estes cinco tipos de movimentos.
2º. Na genética do todo novo ser que se cria a partir da fecundação do óvulo
pelo espermatozóide, influenciam as características genéticas dos progenitores
(avós, bisavós, tataravôs, etc.) e a dos genitores (pais).
3º. O meio é uma variável que também influencia nas características do
novo ser que se forma, cresce, matura e se desenvolve dentro do útero materno e,
basicamente as variáveis relacionadas com a futura mãe são determinantes:
doenças adquiridas dentro do período da gravidez, anemia, dependência química,
exposição aos raios “X” indiscriminadamente, etc.
4º. O DNA de cada célula humana possui 46 cromossomos, os quais contêm
o projeto genético.
5º. Os genes dos cromossomos podem ser dominantes e recessivos, e
determinadas combinações entre eles podem causar anormalidades ou a morte do
novo ser que se está desenvolvendo.

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6º. Uns genes produzem a proteína para formar as células e outros estão
responsabilizados e especializados em diferenciar e integrar as ditas células para
formar todos os órgãos e sistemas funcionais do corpo.
7º. O material genético transmitido pela mãe e pelo pai determina a estrutura
física e muito do funcionamento celular do novo ser que se está formando, mas o
grau em que a criança atinge o desenvolvimento máximo destas características
herdadas é determinado pela influência do ambiente (meio) no qual a criança se
desenvolve.
8º. Os genes influenciam na motricidade humana.
9º. A Dialética é a ciência do movimento, das contradições, das mudanças e
da concatenação histórica dos fenômenos, onde tudo se dá do simples ao complexo;
do menos evoluído ao mais evoluído, em inter-relação; marcando o caminho da
psicomotricidade.

3.2 Fatores que podem ocorrer na gravidez e prejudicar o novo ser


A manipulação inadequada do parto ou a demora deste depois que o âmnios
estouram (basicamente), o que produz a cianose (falta de oxigênio no feto),
compromete fortemente a estrutura do sistema nervoso da criança.
As condições do feto e da gravidez também podem ser influenciadas pela
idade dos pais:
• Se o pai é menor que 17 anos, os espermatozóides estão imaturos ainda e
isto constitui um fator de risco para que se produzam mutações genéticas no
feto;
• Se a mãe é menor que 18 anos, o útero materno dela não alcançou o grau de
maturidade e desenvolvimento fisiológico adequado, o que pode incidir sobre
o desenvolvimento do feto;
• Se tanto o pai como a mãe estão acima dos 35 anos também existem
probabilidades para a aparição de mutações genéticas que possam incidir
sobre a estrutura somática e/ou nervosa do feto;
• Problemas do fator Rh sanguíneo também podem prejudicar o bebê;
• Má posição do feto dentro do útero;
• Deficiências de hormônios;

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• Exposições indiscriminadas aos raios “X”, fundamentalmente dentro das fases


zigótica e embrionária (nos primeiros três meses da gravidez);
• Infecções ou doenças durante a gravidez como: gripes, varíola, febre tifóide,
rubéola, varicela, sarampo, gonorréia, sífilis, anemia, etc;
• O tipo de alimentação da mãe: baixa em proteína animal (carnes magras de
boi, por exemplo); sem comer peixes e/ou frutos do mar; sem a ingestão de
vegetais como: ora-pro-nóbis, espinafre, folhas verdes escuras, etc.; sem
comer frutas naturais basicamente; sem tomar leite ou comer queijo; etc.;
• A dependência química da mãe: nicotina, álcool, etc;
• Uma gravidez indesejada, onde a mãe pode ter lutado quimicamente contra o
zigoto ou o embrião para tratar de interromper sua vida;
• A despreocupação do pai pela saúde biológica e psicológica da mãe durante
a gravidez.

A anamnese é um método auxiliar muito valorizado para qualquer pesquisa


ou indagação científica que tenha a ver com o “estudo de caso” e pode contribuir
com o melhor conhecimento ou o melhor controle das variáveis do meio que
influenciam ou incidem sobre o processo de crescimento, maturidade e
desenvolvimento do zigoto, do embrião e do feto enquanto acontece a evolução
ontogênica do novo ser humano no útero materno; variáveis que podem influenciar
ou incidir sobre a psicomotricidade de uma criança no futuro (TARRUS, 2007).

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UNIDADE 4 – O DESENVOLVIMENTO PERINATAL


Cada feto humano estruturado possui cerca de 26 trilhões de células multi-
diferenciadas, inter-relacionadas e integradas: as células sexuais encarregadas de
transmitir as informações genéticas típicas dos gêneros da espécie humana:
feminino e masculino; as células nervosas que se especializarão em processar e
transmitir as informações bio-elétricas para as partes do corpo que têm que agir e/ou
reagir; as células somáticas que garantirão a estrutura orgânica, morfológica e
fisiológica típica do corpo humano (sua forma, seu tamanho, sua cor e as funções
típicas de cada órgão e de cada sistema).
Na medida em que vai acontecendo a divisão celular no embrião, vão se
formando suas três capas: uma interna, uma média e uma externa, onde as células
se diferenciam para realizar a sua função genética mais significativa: garantir a
formação de células diferentes que darão lugar a órgãos e sistemas completamente
diferentes estrutural e fisiologicamente.
Tudo isto tem lugar na medida em que o novo ser humano atravessa as
fases de crescimento, maturidade e desenvolvimento. A fase embrionária possui
mais força e significação; nesta fase, os genes localizados no DNA cromossomial
cumprem a sua função mais significativa: planejar e supervisar os processos de
multiplicação, replicação, diferenciação e especialização celular; isto deve acontecer
entre a 2ª e a 10ª semana da gravidez. A multiplicação celular ocorre devido à
influência do DNA, com ajuda (provável) do RNA que fica na mitocôndria.

4.1 Desenvolvimento neural do embrião e do feto


Entre o 5º e o 6º mês da gravidez, acontece no cérebro a “revolução do
crescimento”, produzindo 250.000 neurônios por minuto, embora a produção de
neurônios não pare como anteriormente se pensava. Existem duas zonas
encarregadas da neurogênese: a primeira situada abaixo dos ventrículos (um bolsão
de líquido no meio do cérebro que produz neurônios relacionados aos sentidos); o
segundo é o hipocampo que produz neurônios relacionados à memória. Os
cientistas acreditam que existem outras zonas especializadas em produzir os outros
tipos de neurônio.

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Do tubo neural, primeiramente se forma o cérebro, o cerebelo e a medula


espinhal, demonstrando assim a influência do princípio reitor do desenvolvimento
humano: o princípio “céfalo caudal” (o processo de crescimento, maturidade e
desenvolvimento tem lugar da cabeça aos pés) e “próximo distal” (o processo de
crescimento, maturidade e desenvolvimento tem lugar da parte central do corpo para
as partes externas dele).
A partir da parte ventral do gânglio espinhal se formam os “neuroblastos
motrizes”, a partir dos quais se formam os axônios dos nervos motrizes,
encarregados depois de transmitir (as respostas motrizes processadas nas zonas
corticais específicas de cada analisador ativado) até a parte do corpo que deverá
agir ou reagir, para garantir uma operação ou uma ação motriz determinada.
Do gânglio piramidal, se desenvolve o gânglio espinhal, o qual contém os
“neuro-blastos sensoriais”, localizados na parte dorsal do “tubo neural” através dos
quais, depois recebem as informações sensoriais processadas pelos receptores dos
analisadores ativados.
Antes do fechamento do sulco neural, começa a formar a “crista neural” que
depois se transforma no gânglio piramidal. Este sulco continua aprofundando-se até
que suas dobras se encontram dorsalmente, formando-se assim, o “tubo neural”. Na
linha dorsal média do embrião, se forma um sulco.
O sistema nervoso se forma a partir das células ectodérmicas do embrião,
ou seja, a partir da capa mais externa deste.

4.2 O processo de mielinização dos nervos no embrião, no feto e na criança


O processo de mielinização se faz mais efetivo e completo nas crianças (o
“arco” percorrido e tempo que é gasto no “processo sensorial”); começando pela
atividade transformadora dos receptores ativados até chegar à informação nervosa,
à zona cortical estimulada, onde tem lugar o processo perceptivo; onde é elaborada
a resposta motriz, que chega até a parte do corpo que tem que agir ou reagir,
materializando-se deste jeito o ato reflexo. Quanto melhor a mielinização dos nervos,
menor tempo do processo e a qualidade da resposta.
Geralmente, dentro dos primeiros nove meses de vida extrauterina, acontece
o processo de mielinização das crianças. Assim, o grau de maturidade do Sistema

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Nervoso de uma criança pode ser analisado tomando como parâmetro-chave à


culminação do seu processo de mielinização.
O processo de mielinização começa dentro do útero materno e é induzido
fundamentalmente pelas estimulações que o feto recebe devido às contrações do
útero; mas também pela influência de determinados exercícios que a mãe potencial
faz nas atividades do dia-a-dia e muito mais positivamente através da “ginástica
materna” que a futura mamãe possa fazer. Este processo termina depois do
nascimento da criança, devido aos movimentos e esforços motrizes que esta
começa a realizar ao tratar de mudar de posição no berço; quando começa a puxar
as grades do berço, tratando de ficar sentado; quando fica de joelho no berço;
quando começa a engatinhar, etc.
O processo de mielinização começa por volta dos 6 meses de gravidez e
termina mais ou menos por volta dos 6 anos. A mielina é uma couraça que reveste
ou protege os nervos da hiper-intensidade estimulativa e também exerce a função
de bainha isolante, a qual assegura que os axônios possam conduzir os sinais sem
obstáculos até a zona cortical que cada um deles possui no córtex cerebral. Assim
são interpretadas as informações sensoriais procedentes dos receptores de cada
analisador ativado. A bainha de mielina permite também conduzir com mais
segurança e rapidez a resposta motriz elaborada na zona cortical estimulada até os
músculos, tendões e articulações do corpo que terão que agir ou reagir para garantir
uma resposta motriz satisfatória. A mielina é determinante para fazer as sinapses, as
quais são determinadas pelos neurotransmissores e, quanto maior números de
sinapses, maiores as possibilidades para a criança aprender.
O processo de mielinização dos nervos no embrião, no feto e na criança é
influenciado pela saúde, alimentação e ambiente psicossocial positivo da mãe
durante a gravidez e pela hereditariedade positiva da mãe e do pai.
Existem neurotransmissores bioelétricos e bioquímicos, mas os mais ativos
e os mais importantes são os bioquímicos. Como função geral ele tem que garantir a
transmissão sináptica rápida em todas as junções neuro-musculares e como funções
específicas podemos citar a produção de neurotransmissores especiais para que o
Sistema Nervoso possa cumprir a sua função reguladora do corpo e da mente.

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Se esta estrutura organizacional embrionária acontece sem nenhuma


mudança genética contrária ao mapa genético humano, então estão criadas as
condições anatômicas (biológicas), funcionais (fisiológicas e bioquímicas) e
neurológicas para que os neurotransmissores possam ser gerados.
O ácido glutâmico é o principal neurotransmissor estimulante do Sistema
Nervoso Central, sua ativação aumenta o poder ativo de todos os outros
neurotransmissores que permitem a materialização da atividade nervosa. Ele deve:
Garantir a produção e a quantidade requerida de GABA (ácido gama-
aminobutírico), que é o principal neurotransmissor inibidor do Sistema
Nervoso Central e está presente em quase todas as regiões do cérebro,
envolvendo-se com as manifestações de ansiedade. Tem sua importância
acentuada devido ao fato de que sua falta pode causar convulsões.
Garantir a produção e a quantidade requerida de serotonina, a qual regula o
humor, a atividade sexual, o apetite, o ritmo cardíaco, a temperatura corporal,
a sensibilidade à dor; também influencia sobre as atividades motrizes e sobre
as atividades cognitivas.

4.3 A estrutura óssea no embrião, no feto e na criança


Os ossos são formados por uma cobertura externa (o periósteo), por uma
cavidade central onde está a medula óssea, por uma camada de células nas
extremidades deles, denominada epífise, a qual está encarregada de garantir o
processo de crescimento dos ossos (quanto mais estimuladas sejam as epífises
ósseas dos fetos dentro do útero materno devido às massagens feitas na barriga da
mãe, especificamente nos pontos das articulações do feto, mais produtivo será o
processo de crescimento fetal).
Também na adolescência dos seres humanos, acontece um aceleramento
do crescimento, devido ao fato de que a hipófise cerebral começa a secretar em
maior quantidade os hormônios sexuais e a diminuir a produção de hormônio do
crescimento. Os ossos têm também uma cobertura de cartilagem sobre suas
extremidades, que serve como ponto de apoio dos tendões para garantir a
segurança nas articulações.

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30

Determinadas células do tecido conjuntivo se especializam e formam os


osteoblastos, a partir dos quais se formam os ossos. A partir do tecido conjuntivo, se
formam células pré-cartilaginosas das quais se forma a cartilagem. Uma
determinada combinação da actina com a miosina forma os fibroblastos, a partir dos
quais se forma o tecido conjuntivo. A partir dos somitos surgem os mioblastos, a
partir dos quais se formam as células dos músculos, as quais estão compostas de
actina e miosina. No processo de crescimento, maturidade e desenvolvimento
embrionário, em ambos os lados da medula espinhal e, a partir das células
mesodérmicas, da capa média do embrião, aparecem os somitos.
Desse modo, se forma a estrutura óssea do embrião, do feto e da criança,
sempre valendo lembrar que influenciam no processo: saúde, alimentação e
ambiente psicossocial positivo da mãe durante a gravidez; hereditariedade positiva
da mãe e do pai.

4.4 A estrutura muscular do embrião, do feto e da criança


A diversificação na força contrativa da massa muscular é medida através da
unidade motriz, que não é mais que a ativação do músculo pelo neurônio motriz. Por
esta razão, a força da contração muscular é determinada pela frequência e o
número de unidades motrizes atuando. Em torno dos 12-13-14 anos, acontece um
incremento muito mais pronunciado na espessura da fibra muscular que perdura até
os 25 anos.
Entre o primeiro e o sétimo ano de vida da criança, a espessura da fibra
muscular quase aumenta o dobro dela, devido à motricidade da criança e ao tipo de
alimentação regular que ela tenha.
O tecido conjuntivo é determinante da estrutura muscular porque atua como
uma couraça contra a qual a força de contração do músculo é dirigida. Os feixes
finais dos músculos são formados por tecido conjuntivo e recebem o nome de
epimísio. O tecido conjuntivo que envolve a cada fibra muscular é chamado de
endomísio e o que as separa é chamado de perimísio.
As fibras menores estão associadas aos movimentos finos e as maiores aos
movimentos brutos ou grossos.

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31

Uma massa muscular é composta de numerosas fibras musculares, as quais


estão separadas por tecido conjuntivo. Dentro destas fibras existem: as estriadas,
encarregadas de desempenhar as funções voluntárias na motricidade e as lisas, que
desempenham as funções involuntárias que asseguram o desempenho das funções
vitais do organismo.
Mais uma vez temos que a estrutura muscular do embrião, do feto e da
criança relaciona-se com a saúde, alimentação e ambiente psicossocial positivo da
mãe durante a gravidez assim como com a hereditariedade positiva da mãe e do pai.

4.5 Ápices de crescimento e desenvolvimento pré-natal, segundo Gallahue e


Ozmun
IDADE COMPRIMENT PESO EVENTOS PRINCIPAIS QUE MARCAM O
O DESENVOLVIMENTO
9 meses 47 a 53cm 2,7 a Contrações uterinas, trabalho de pré-parto e
3,6kg parto.
8 meses 42 a 47cm 1,8 a Período ativo, depósitos de gordura distribuídos.
2,7kg
7 meses 38 a 42cm 0,9 a Rápido ganho de peso, depósito de tecido
1,8kg adiposo.
6 meses 33 a 38cm 0,45 a Olhos abrem, o cérebro já está estruturalmente
0,9kg completo, mas funcionalmente imaturo.
5 meses 20 a 33cm 228g Atinge metade da altura que terá ao nascer;
órgãos internos completos; pelos sobre o corpo
todo.
4 meses 15 a 20 cm 171g Período de rápido crescimento, os primeiros
movimentos reflexivos são sentidos pela mãe,
início da formação óssea.
3 meses 7,6cm 86g Diferenciação sexual perfeita; funcionamento de
estômago e rins; pálpebras fechadas.
2 meses 4cm 57g Período de rápido crescimento começa a tomar
forma humana; fraca atividade reflexiva.
1 mês 6,4mm 29g Formação da endoderme, mesoderme e
ectoderme do embrião; crescimento organizado e
diferenciado.
2 semanas 1,3mm 1,5g Implantação no útero.

1 semana 0,25mm 1g Período germinal, período de rápida diferenciação


celular.
Fertilização 1 célula 0,8g Herança genética determinada.

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4.6 Anamnese cognitivo-afetiva para analisar a possível influência positiva ou


negativa das variáveis do meio ambiente sobre o processo de crescimento,
maturidade e desenvolvimento do ser humano enquanto habita o útero
materno
Segundo as orientações de Tarrau (2007), analise bem a essência dos itens
que são apresentados a seguir e sublinhe todos aqueles que têm a ver com o
processo da gravidez da criança que se esteja analisando.
Naqueles itens onde existem determinadas sequências para sublinhar; será
necessário sublinhar todas as que correspondam com o caso. Ex: O item # 3 se
refere a: Gravidez com problemas gástricos: de 0 a 3 meses – de 3 a 6 meses – de
6 a 9 meses; então: Se a mãe da criança que se esteja analisando teve problemas
gástricos toda a gravidez então tem que ser sublinhadas as três opções; no caso de
que só for uma, então só terá de sublinhar a correspondente. Lembre-se de que
você só tem que sublinhar os itens que tem a ver com seu caso.

1- Gravidez indesejada.

2- Gravidez fora do tempo previsto: antes do tempo ou depois do tempo.

3- Gravidez com problemas gástricos:


a- Queimação ou acidez: de 0 a 3 meses – de 3 a 6 meses – de 6 a 9 meses.
b- Vômitos: de 0 a 3 meses – de 3 a 6 meses – de 6 a 9 meses.
c- Más digestões: de 0 a 3 meses – de 3 a 6 meses – de 6 a 9 meses.
d- Diarréias: de 0 a 3 meses – de 3 a 6 meses – de 6 a 9 meses.

4- Gravidez com anemia prolongada: de 0 a 3 meses – de 3 a 6 meses – de 6 a 9


meses.

5- Gravidez com infecções de ouvido ou de garganta: de 0 a 3 meses – de 3 a 6


meses – de 6 a 9 meses.

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6- Gravidez afetada por enfermidades como: gripe, sarampo, rubéola, catapora,


caxumba, diabetes, pressão alta, outras.
7- Gravidez com costumes dependentes:
a- Cigarro: de 0 a 3 meses - de 3 a 6 meses - de 6 a 9 meses.
b- Álcool: de 0 a 3 meses - de 3 a 6 meses - de 6 a 9 meses.
c- Outros: de 0 a 3 meses - de 3 a 6 meses - de 6 a 9 meses.

8- Gravidez com uma alimentação:


a- Sem comer peixes: de 0 a 3 meses – de 3 a 6 meses – de 6 a 9 meses.
b- Sem comer carne de carneiro: de 0 a 3 meses – de 3 a 6 meses – de 6 a 9
meses.
c- Sem comer carne de boi ou vaca: de 0 a 3 meses – de 3 a 6 meses – de 6 a 9
meses.
d- Sem comer carne de galinha ou de frango: de 0 a 3 meses – de 3 a 6 meses – de
6 a 9 meses.
e- Sem comer fígado (alternadamente com outras carnes): de 0 a 3 meses – de 3 a
6 meses – de 6 a 9 meses.
f- Sem comer ovo (de vez em vez): de 0 a 3 meses – de 3 a 6 meses – de 6 a 9
meses.
g- Sem comer queijo, manteiga (de vez em vez): de 0 a 3 meses – de 3 a 6 meses –
de 6 a 9 meses.
h- Sem alimentar-se com leite: de 0 a 3 meses – de 3 a 6 meses – de 6 a 9 meses.
i- Sem comer os seguintes legumes (regular e/ou alternadamente): cenoura, batata,
inhame, beterraba.
j- Sem comer os seguintes cereais (regular e/ou alternadamente): lentilha, ervilha,
feijão, soja, aveia.
k- Sem comer os seguintes temperos (regular e/ou alternadamente): alho, cebola,
pimentão, urucum.
l- Sem comer as seguintes verduras (regular e/ou alternadamente): ora-pro-nóbis,
espinafre, agrião, repolho, tomate, couve, alface, acelga.
m- Sem comer as seguintes frutas ou sem tomar seus sucos (regular e/ou
alternadamente): acerola, laranja, goiaba, abacaxi, mamão, banana.

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n- Comendo pão e/ou biscoitos comuns (não integrais): de 0 a 3 meses – de 3 a 6


meses – de 6 a 9 meses.
o- Bebendo refrigerantes (comuns ou light): de 0 a 3 meses – de 3 a 6 meses – de 6
a 9 meses.
9- Gravidez com um ambiente emocional com confusões:
a- Agressão corporal por qualquer um familiar.
b- Agressão linguística por qualquer um familiar.
c- Agressões entre outros familiares na volta da pessoa grávida.
d- Confusões (por droga, alcoolismo, ciúmes, etc. na volta da pessoa
grávida).

10- Parto com dificuldades: cesariana–fórceps– manipulações prolongadas.


Resposta: O índice de probabilidades de influência negativa sobre o zigoto, o
embrião ou o feto tanto no período pré-natal como o puerinatal (no parto) que podem
repercutir na motricidade ou na aprendizagem da criança é o seguinte:
a. Se existir entre 90 e 100 respostas sublinhadas, o índice de probabilidades de
influência negativa é extremamente altíssimo.
b. Se existir entre 80 e 89 respostas sublinhadas, o índice de probabilidades de
influência negativa é altíssimo.
c. Se existir entre 70 e 79 respostas sublinhadas, o índice de probabilidades de
influência negativa é muito alto.
d. Se existir entre 60 e 69 respostas sublinhadas, o índice de probabilidades de
influência negativa é alto.
e. Se existir entre 50 e 59 respostas sublinhadas, o índice de probabilidades de
influência negativa é médio alto.
f. Se existir entre 40 e 49 respostas sublinhadas, o índice de probabilidades de
influência negativa é baixo (sempre e quando as respostas sublinhadas não
abrangerem os itens 4, 5, 6 e 7), se abrangem estes itens, já existe incidência
negativa.
g. Se existir entre 30 e 39 respostas sublinhadas, o índice de probabilidades de
influência negativa é muito baixo (sempre e quando as respostas sublinhadas

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não abrangerem os itens 4, 5, 6 e 7), se abrangem estes itens, já existe incidência


negativa.
h. Se existir entre 20 e 29 respostas sublinhadas, o índice de probabilidades de
influência negativa é baixíssimo (sempre e quando as respostas sublinhadas não
abrangerem os itens 4, 5, 6 e 7), se abrangem estes itens, já existe incidência
negativa.
i. Se existir entre 10 e 19 respostas sublinhadas, o índice de probabilidades de
influência negativa é extremamente baixo (sempre e quando as respostas
sublinhadas não abrangerem os itens 4, 5, 6 e 7), se abrangem estes itens, já
existe incidência negativa.
j. Se existir entre 0 e 09 respostas sublinhadas, o índice de probabilidades de
influência negativa é extremamente insignificante (sempre e quando as respostas
sublinhadas não abrangerem os itens 4, 5, 6 e 7); se abrangem estes itens, já
existe incidência negativa.

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UNIDADE 5 - A primeira aprendizagem da criança

5.1 A preparação intrauterina para a motricidade pós-parto


Os reflexos incondicionados são indicadores de um desenvolvimento
nervoso apto para o condicionamento futuro da psicomotricidade. Os principais
reflexos são:
a) O reflexo de sucção - ante um estímulo na volta da boca (nas bochechas) do
recém-nascido, a criança tende a fechar os lábios e movimentar seu rosto na
busca do mamilo.
b) O reflexo palpebral: ante um estímulo visual forte, o recém-nascido tende a
fechar seus olhos rapidamente, do mesmo jeito que um estímulo doloroso
afetaria o globo ocular.
c) O reflexo de orientação ou de “moro”: ante um estímulo forte (principalmente
sonoro) ou de luz forte, se a criança está em posição “supina” (de barriga
para acima), tende a abrir rapidamente seus braços e pernas para afora e a
tirar sua cabeça para trás.
d) O reflexo de preensão: quando estimulada a palma da mão do recém-
nascido, ele tende a fechar a mesma.
e) O reflexo patelar: quando um recém-nascido é suspenso por suas axilas e
seus pés são colocados em contato com uma superfície plana e fria e o
adulto gera nele o movimento de percurso empurrando ele na frente enquanto
está suspenso por suas axilas, a criança alterna seus pés do mesmo jeito que
acontece no andar.
f) O reflexo de Babinski: ante um estímulo na sola do pé, o recém-nascido reage
com um movimento brusco dos dedos, abrindo os mesmos.

Existem algumas habilidades motrizes que são fundamentais, são


exigências básicas para os três fenômenos da psicomotricidade: a estabilidade, a
manipulação e a locomoção.

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São ações que influenciam a estabilidade:


Para as ações axiais: inclinar-se, alongar-se, girar, virar, balançar.
Para as posturas estáticas e dinâmicas: apoios invertidos, rolamento corporal,
iniciar, parar, esquivar-se, equilibrar-se.
São ações que influenciam para a manipulação:
Propulsivas: arremessar, impelir, atingir, rebater, quicar, rolar.
Absortivas: apanhar, driblar.
São ações que influenciam para a locomoção:
Gerais ou básicas: caminhar, correr, pular, saltar, ascender, descender,
elevar-se.
Combinadas: Galopar, deslizar, saltar obstáculos, escalar.
Existe ainda um grupo especial que se embasa nas anteriores, que
influenciam:
Para a prática de um esporte, em função das exigências físicas e técnicas
basicamente: futebol, beisebol, basquetebol, voleibol, handebol, atletismo,
natação, lutas, esportes de raquetes, esportes com aparelhos, ginástica, etc.
Para a dança e as atividades coreográficas.
Para o lazer.
Os dois quadros abaixo apresentam respectivamente: variáveis a serem levadas em
conta no desenvolvimento psicomotriz da criança, assunto que já foi apresentado em
detalhes em outro momento do curso, mas que precisa ser frisado sempre e
desenvolvimento neuro-motriz pós-natal, segundo Gesell.

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FENÔMENO: MATERIALIZAÇÃO DE SUA ESSÊNCIA:


ESQUEMA CORPORAL Identificar as partes do próprio corpo, explorando as
mesmas como “orientadores perceptivos”, para assim
ter maiores possibilidades de expressar-se por meio
dele.

LATERALIDADE Diferenciar conscientemente o “membro diretriz superior


e inferior”, com o qual se tem muita mais destreza ao
executar uma operação ou uma ação motriz
determinada quando se executa uma atividade
específica.

ORIENTAÇÃO ESPACIAL Saber localizar-se no espaço e situar as coisas umas


em relação às outras ou com o próprio corpo em si:
acima, embaixo, na frente, atrás, perto, longe, próximo,
distante, afora, adentro, direita, esquerda, etc.

ORIENTAÇÃO TEMPORAL Saber conscientizar os orientadores temporais: antes,


depois, ontem, hoje, amanhã, agora, de aqui a pouco,
imediatamente, rápido, lento, devagar, etc.

DESENHO E GRAFISMO Saber manifestar a motricidade fina e a percepção


óculo-manual.

O desenvolvimento neuro-motriz pós-natal segundo GESELL

SEMANAS: DESENVOLVIMENTO NEURO-MOTRIZ:

SEGUNDO ANO Anda e corre; articula palavras e frases curtas; começa a controlar
seus esfíncteres.

4 – 16 Adquire controle de seus 12 músculos óculo-motrizes.

16 – 28 Ganha o comando dos músculos que apóiam sua cabeça e movem


seus braços; procura alcançar coisas ou objetos.

28 – 40 Ganha o comando de seu tronco e suas mãos; senta-se; agarra;


transfere e manipula objetos devido à oposição do polegar e o
indicador (dedos em forma de pinça).

40 – 52 Estende o comando a suas pernas e pés; empurra e puxa


apoiando-se em seus pés; fica em pé ereto, com equilíbrio.

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5.2 Distúrbios psicomotrizes mais comuns segundo Haim Grünspun (2000)


Os sintomas mais característicos dos distúrbios psicomotrizes são:
Alterações no ritmo motriz;
Instabilidade de atenção (hiper-atividade);
Instabilidade do comportamento;
Desorientação no esquema corporal;
Desorientação espacial e temporal;
Problemas na lateralidade;
Manifestações de retardo na maturidade.

A instabilidade psicomotriz é o tipo de distúrbio mais complexo e causa uma


série de transtornos, mas o mais significativo é a manifestação da atividade
muscular contínua e incessante.
A debilidade psicomotora se caracteriza basicamente pela manifestação de
duas problemáticas:
1º. Paratonia – persistência de uma certa rigidez em duas ou nas quatro
extremidades corporais; esta por sua vez pode ser: lateral esquerda (mão e
pé esquerdo), lateral direita (mão e pé direito) superior (extremidades
superiores) e inferior (extremidades inferiores);
2º. Sincinesia – manifesta-se pela participação de músculos em movimentos nos
quais eles não são necessários: ao apertar um objeto numa de suas mãos a
outra também fará a mesma força.
A inibição psicomotriz é a manifestação constante da ansiedade, expressa
através das “sobrancelhas franzidas”, a “cabeça baixa” e fundamentalmente através
dos movimentos constantes das duas pernas e os dois pés quando estão sentados
ou por manipular-se determinadas partes do corpo: roer as unhas, enrolar-se o
cabelo num dedo, balançar-se para os lados quando fica em pé, etc.
A lateralidade cruzada acontece porque antes de o cerebelo das crianças
terminar sua maturação (após o primeiro ano de vida) ou até os 18 meses, percebe-
se nitidamente o “ambidestrismo” nelas; ou seja, ainda é quase impossível
determinar qual a “mão diretriz” e qual o “pé diretriz”; mas depois desta idade, então

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é possível pensar que a criança possui a “lateralidade cruzada”: pega as coisas com
a direita e chuta com o pé esquerdo ou vice-versa.
Por fim, a imperícia, é um distúrbio, não tem nada a ver com a inteligência
da criança; a essência dele está na impossibilidade da criança em manifestar uma
destreza manual.
Abaixo temos quadros que apresentam as habilidades básicas necessárias
para várias ações.
Habilidades básicas para a manipulação

As habilidades para arremessar:


Faixa etária Acontecimentos psicomotrizes.
5 a 6 anos Autocontrolam a ação horizontal do braço e a rotação do tronco
com muita mais efetividade; garantem mais efetividade no passo
ipsilateral e podem executar alguns passos alternados durante a
execução do arremesso.
4 a 5 anos São capazes de autocontrolar a horizontalidade do braço com o
qual fazem o arremesso; começam a autorregular a rotação do
tronco para garantir a efetividade do arremesso; começam a
autocontrolar o passo ipsilateral (letra “Y”) à frente, para
assegurar um melhor apoio que garante uma melhor efetividade
na ação.
3 a 4 anos Já podem autocontrolar a ação do arremessamento antero-
posterior do braço e do tronco; começam a ter autocontrole dos
pés na posição estacionária.
2 a 3 anos São capazes de manifestar alguma força no arremesso antero-
posterior.

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As habilidades para pegar:


Faixa etária Acontecimentos psicomotrizes
5 a 6 anos São capazes de segurar uma bola grande com aperto forte
colocando os cotovelos em frente de seu corpo; começa a
desaparecer o medo a pegar uma bola pequena.
4 a 5 anos Já começam a autocontrolar as operações e ações para pegar
uma bola menor, apertando-a fortemente, colocando os cotovelos
à frente do corpo; ainda não manifestam uma adequada
coordenação ao enfrentar uma bola pequena, devido ao medo
que origina a velocidade desta.
3 a 4 anos Ainda não possuem a habilidade adequadamente estereotipada,
mas são capazes de colocar seus braços em “concha”
paralelamente para tratar de pegar uma bola grande; o medo ao
novo enfrentamento vai desaparecendo, porque possuem mais
autossegurança.
2 a 3 anos Ainda não são capazes de estender os braços em paralelo para
executar as operações com efetividade devido ao medo que a
bola causa neles, fundamentalmente quando a bola é maior, mas
já começam a enfrentar esta realidade quando sentem um reforço
confiável.

As habilidades para quicar:


Faixa etária Acontecimentos psicomotrizes
5 a 6 anos São capazes de quicar uma bola maior com uma mão tendo
como linha diretriz à altura de seu corpo, dentro dos limites do
ombro e do abdome.
4 a 5 anos Podem quicar uma bola menor, fazendo um percurso mais
cumprido com menor quantidade de erros na coordenação; são
capazes de usar a ação manual de “perseguir” a bola
continuando o percurso com mais efetividade.

3 a 4 anos Podem quicar uma bola maior com ambas as mãos, mas num

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percurso não muito cumprido.


2 a 3 anos São capazes de quicar com uma mão uma bola menor.
Habilidades básicas para a locomoção

As habilidades para andar:


Faixa etária Acontecimentos psicomotrizes
5 a 6 anos Já podem ficar sobre a ponta dos pés por 10 segundos ou mais;
se equilibrar sobre um pé por 4 ou 6 segundos; o índice de
velocidade vai aumentando sobre a barra de equilíbrio.
4 a 5 anos Já possuem o andar bem estabilizado, pois autorregulam a
coordenação e o equilíbrio; estão capacitados para andar todo o
cumprimento da barra de equilíbrio sem cair-se; são capazes de
andar ao longo de uma linha circular, sem pisar fora.
3 a 4 anos Já possuem um andar bem coordenado; seguem o percurso de
uma linha sem pisar fora dela; são capazes de alternar os pés na
barra de equilíbrio quando fazem o percurso por ela.
2 a 3 anos Podem oscilar os pés; possuem um padrão de passo mais leve;
andam para trás com muita mais facilidade; andam na ponta dos
pés; são capazes de andar na barra de equilíbrio com um pé,
alternando com o outro que fica no chão.

As habilidades para correr:


Faixa etária Acontecimentos psicomotrizes
5 a 6 anos Já possuem autocontrole sobre a ação de “meia volta” com
parada; são capazes de usar o correr de modo eficaz em
brincadeiras e jogos de movimentos.
4 a 5 anos Manifestam mais autocontrole e mais força para suportar o peso
do corpo; ampliam o espaço do cumprimento entre ambos os pés
nas fases sem apoio (entre o salto e o pouso).
3 a 4 anos Podem correr mais suavemente, podendo-o fazer com a parte
dianteira destes, quer dizer, sobre os dedos dos pés.
2 a 3 anos Manifestam a ação espasmódie (alternada) a dos pés,

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coordenando o toque do chão com a sola do pé total


conjuntamente com a ação osciladora desta.

As habilidades para pular com um pé só; galopar; saltitar:


Faixa etária Acontecimentos psicomotrizes
5 a 6 anos Podem saltar com melhor forma por dez ou mais saltos sobre um
pé; saltam com coordenação com qualquer um dos pés; são
capazes de saltitar alternando os pés.
4 a 5 anos Saltam sobre um pé perfeitamente; dominam o ritmo do galope
(combinação da caminhada com um salto com o mesmo pé); são
capazes de alternar saltos num só pé.
3 a 4 anos São capazes de saltar consecutivamente para o alto com os dois
pés; podem galopar variando o ritmo da corrida.
2 a 3 anos Já manifestam o equilíbrio sobre um pé; saltam para o alto com
ambos os pés; pulam do chão com ambos os pés (verticalidade).

As habilidades para pular (saltar):


Faixa etária Acontecimentos psicomotrizes
5 a 6 anos Podem saltar com melhor forma por dez ou mais saltos sobre
um pé; saltam com coordenação com qualquer um dos pés; são
capazes de saltitar alternando os pés.
4 a 5 anos Saltam sobre um pé perfeitamente; dominam o ritmo do galope
(combinação da caminhada com um salto com o mesmo pé);
põem alterar saltos num só pé.
3 a 4 anos São capazes de saltar consecutivamente para o alto com os dois
pés; podem galopar variando o ritmo da corrida.
2 a 3 anos Já manifestam o equilíbrio sobre um pé; saltam para o alto com
ambos os pés; pulam do chão com ambos os pés (verticalidade).

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As habilidades para subir e descer:


Faixa etária Acontecimentos psicomotrizes
5 a 6 anos São capazes de subir e descer escadas (tipo bombeiros)
alternando ambos os pés, mas ainda (por autossegurança) em
determinados momentos marcam o tempo em alguns degraus.
4 a 5 anos Sobem perfeitamente escadas de chão eles sozinhos alternando
ambos os pés, mas para descer desse jeito ainda precisam de
apoio para garantir a estabilidade e a segurança; sobem
escadas (tipo bombeiros) alternando ambos os pés, mas para
descer geralmente marcam o tempo em cada degrau. (Ambos
os pés apoiados).
3 a 4 anos São capazes de subir escadas de chão sozinhos, alternando
ambos os pés e descer as mesmas colocando ambos os pés no
degrau posterior ou apoiando-se na parede ou no adulto; são
capazes de subir escadas (tipo bombeiros), marcando o tempo
para garantir mais estabilidade e segurança; se demoram mais
para descer por medo de altura.
2 a 3 anos São capazes de subir escadas de chão sozinhos, com apoio nas
paredes ou no corrimão, colocando geralmente ambos os pés
no degrau cada vez que alcançam o degrau posterior, para
assegurar mais estabilidade; marcam tempo; para descer,
geralmente, reclamam apoio do adulto por medo de altura.

As habilidades para chutar:


Faixa etária Acontecimentos psicomotrizes
5 a 6 anos Já fazem o lançamento completo para trás, inclinando-se para
frente do corpo; garantam um melhor contato do pé.
4 a 5 anos São capazes de ajustar-se à bola e de executar um maior
lançamento para trás e de complementar com efetividade.

3 a 4 anos Já fazem contato com a bola diretamente e em frente; são


capazes de fazer uma pequena retro-pulsão da perna diretriz
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para garantir mais efetividade.


2 a 3 anos São capazes de fazer contato com a bola durante o “andar”.
Caso esteja analisando uma criança, abaixo temos um quadro para
anamnese psicomotriz pós-parto, anamnese esta que permite controlar os principais
fatos que poderiam influenciar a psicomotricidade da criança em estudo.

Nº. Fenômeno: Em que momento aconteceu


ou como se manifestou?
01 Primeiro grito. a- Espontâneo.
b- Induzido.
02 Primeira sucção no mamilo. a- Pegou bem.
b- Custou trabalho.
c- Não pegou.
03 Processo do sono no primeiro mês. a- Sossegado.
b- Intranquilo.
c- Confundiu noite por dia.
04 Processo do sono no segundo mês. a- Sossegado.
b- Intranquilo.
c- Confundiu noite por dia.
05 Processo do sono no terceiro mês. a- Sossegado.
b- Intranquilo.
c- Confundiu noite por dia.
06 Processo do sono no quarto mês. a- Sossegado.
b- Intranquilo.
c- Confundiu noite por dia.
07 Processo do sono no quinto mês. a- Sossegado.
b- Intranquilo.
c- Confundiu noite por dia.
08 Processo do sono no sexto mês. a- Sossegado.
b- Intranquilo.
c- Confundiu noite por dia.
09 Quando levantou a cabecinha a estilo a- Antes do 2º mês.

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“tartaruga”? b- Entre o 2º e o 3º mês.


c- Entre o 3º e o 4º mês.
d- Entre o 4º e o 5º mês
e- Depois do 5º mês.
10 Quando começou a se virar de lado a- Antes do 3º mês
no berço? b- Entre o 3º e o 4º mês.
c- Entre o 4º e o 5º mês.
d- Entre o 5º e o 6º mês.
e- Após o 6º mês.
11 Quando começou a passar de a- Antes do 4º mês.
posição “prona” (barriga para abaixo) b- Entre o 4º e o 5º mês.
a “supina” (barriga para acima)? c- Entre o 5º e o 6º mês.
d- Entre o 6º e o 7º mês.
e- Após o 7º mês.
12 Quando começou a passar de a- Antes do 5º mês.
posição “supina” (barriga para acima) b- Entre o 5º e o 6º mês.
a “prona” (barriga para abaixo)? c- Entre o 6º e o 7º mês.
d- Após o 7º mês.
13 Quando começou a pegar e puxar as a- Antes do 5º mês.
“grades” do berço? b- Entre o 5º e o 6º mês.
c- Entre o 6º e o 7º mês.
d- Após o 7º mês.
14 Quando começou a sentar-se no a- Antes do 6º mês.
berço? b- Entre o 6º e o 7º mês.
c- Entre o 7º e o 8º mês.
d- Após o 8º mês.
15 Quando começou a pegar a “jarrinha”, a- Antes do 6º mês.
a “colher” sozinho(a) para levar a sua b- Entre o 6º e o 7º mês.
boca? c- Entre o 7º e o 8º mês.
d- Entre o 8º e o 9º mês.
e- Após o 9º mês.
16 Quando começou a “dar” um objeto a- Antes do 6º mês.

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para outra pessoa? b- Entre o 6º e o 7º mês.


c- Entre o 7º e o 8º mês.

d- Entre o 8º e o 9º mês.
e- Após o 9º mês.
17 Quando começou a “jogar” qualquer a- Antes do 7º mês.
objeto para alguém? b- Entre o 7º e o 8º mês.
c- Entre o 8º e o 9º mês.
d- Entre o 9º e o 10º mês.
e- Após o 10º mês.
18 Quando começou a engatinhar? a- Antes do 8º mês.
b- Entre o 8º e o 9º mês.
c- Entre o 9º e o 10º mês.
d- Entre o 10º e o 11º mês.
e- Após o 11º mês.
19 Quando começou a parar-se a- Antes do 9º mês.
sozinho(a)? b- Entre o 9º e o 10º mês.
c- Entre o 10º e o 11º mês.
d- Entre o 11º e o 12º mês.
e- Após o 12º mês.
20 Quando começou a ajoelhar-se e a a- Antes do 10º mês.
abaixar-se sem ajuda? b- Entre o 10º e o 11º mês.
c- Entre o 11º e o 12º mês.
d- Após o 12º mês.
21 Quando começou a ficar em pé; a a- Antes do 11º mês.
abaixar-se e a ficar em pé de novo, b- Entre o 11º e o 12º mês.
sem estar apoiado em nada? c- Entre o 12º e o 13º mês.
d- Após o 13º mês.
22 Quando começou a dar os primeiros a- Antes do 12º mês.
passos (sozinho-a-) sem apoiar-se em b- Entre o 12º e o 13º mês.
nada nem em ninguém? c- Entre o 13º e o 14º mês.
d- Após o 14º mês.

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23 Quando começou a andar com a- Antes do 13º mês.


segurança? b- Entre o 13º e o 14º mês.
c- Entre o 14º e o 15º mês.
d- Entre o 15º e o 16º mês.
e- Entre o 16º e o 17º mês.
f- Entre o 17º e o 18º mês.
d- Após o 18º mês.
24 Quando começou a pular? a- Antes do 14º mês.
b- Entre o 14º e o 15º mês.
c- Entre o 15º e o 16º mês.
d- Entre o 16º e o 17º mês.
e- Entre o 17º e o 18º mês.
f- Após o 18º mês.
25 Quando começou a correr? a- Antes do 17º mês.
d- Entre o 17º e o 18º mês.
c- Entre o 18º e o 19º mês.
d- Entre o 19º e o 20º mês.
e- Após o 20º mês.
26 Quando começou a subir rampas a- Antes do 18º mês.
sozinho? b- Entre o 18º e o 19º mês.
c- Entre o 19º e o 20º mês.
d- Entre o 21º e o 22º mês.
e- Após o 22º mês.
27 Quando começou a descer rampas a- Antes do 19º mês.
sozinho? b- Entre o 19º e o 20º mês.
c- Entre o 20º e o 21º mês.
d- Entre o 21º e o 22º mês.
e- Após o 22º mês.
28 Quando começou a subir escadas a- Antes do 19º mês.
(típicas dos prédios) sozinho(a)? b- Entre o 19º e o 20º mês.
c- Entre o 20º e o 21º mês.

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d- Entre o 21º e o 22º mês.


e- Após o 22º mês.
29 Quando começou a descer escadas a- Antes do 20º mês.
sozinho(a)? b- Entre o 21º e o 22º mês.
c- Entre o 22º e o 23º mês.
d- Entre o 23º e o 24º mês.
e- Após o 24º mês.
30 Quando começou a “gargarejar” pela a- Antes do 2º mês.
primeira vez? b- Entre o 2º e o 3º mês.
c- Entre o 3º e o 4º mês.
d- Entre o 4º e o 5º mês.
e- Entre o 5º e o 6º mês
f- Após o 6º mês.
31 Quando começou a “balbuciar” a- Antes do 7º mês.
(repetir sílabas seguidas: pa-pa-pa; b- Entre o 7º e o 8º mês.
ma-ma-ma) pela primeira vez? c- Entre o 8º e o 9º mês.
d- Após o 9º mês.
32 Quando começou a associar “nomes” a- Antes do 10º mês.
com pessoas ou objetos (sem falar b- Entre o 10º e o 11º mês.
ainda), mas reconhecendo as c- Entre o 11º e o 12º mês.
solicitudes e sinalizando d- Após o 12º mês.
adequadamente.
33 Quando começou a entender a “fala” a- Antes do 12º mês.
dos outros e a cumprir pequenas b- Entre o 12º e o 13º mês.
ordens (sem falar ainda)? c- Entre o 13º e o 14º mês.
d- Entre o 14º e o 15º mês.
e- Após o 15º mês.
34 Quando começou a falar as primeiras a- Antes do 16º mês.
palavras, utilizando-as logicamente. b- Entre o 16º e o 17º mês.
Ex: mamãe, papai, colo, água, etc.? c- Entre o 17º e o 18º mês.
d- Entre o 18º e o 19º mês.
e- Entre o 19º e o 20º mês.

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f- Após o 20º mês.


35 Quando começou a expressar a- Antes do 21º mês.
pequenas frases de três ou quatro b- Entre o 22 º e o 23º mês.
palavras? c- Entre o 23º e o 24º mês.
d- Após o 24º mês.

36 Quando começou a expressar “frases a- Antes do 24º mês.


curtas” (com mais de quatro b- Entre o 24 º e o 25º mês.
palavras), sintetizando as suas ideias c- Entre o 26º e o 27º mês.
de forma “accessível”? d- Entre o 27º e o 28º mês.
e- Após do 28º mês.
37 Quando começou a fazer pequenas a- Antes do 29º mês.
perguntas; demonstrando interesse b- Entre o 29º e o 30º mês.
por alguma coisa. Ex. Cadê mamãe? c- Entre o 31º e o 32º mês.
d- Entre o 32º e o 33º mês.
e- Entre o 34º e o 35º mês.
38 Quando começou a “aceitar” as a- Antes do 7º mês.
pessoas ou os adultos que mais b- Entre o 7º e o 8º mês.
gostava? c- Entre o 8º e o 9º mês.
d- Entre o 9º e o 10º mês.
e- Entre o 10º e o 11º mês.
f- Entre o 11º e o 12º mês
g- Após o12º mês.
39 Quando começou a “rejeitar” as a- Antes do 8º mês.
pessoas que não conhecia ou não b- Entre o 8º e o 9º mês.
gostava? c- Entre o 9º e o 10º mês.
d- Entre o 10º e o 11º mês.
e- Entre o 11º e o 12º mês
f- Após do12º mês.
40 Quando começou a brincar sozinho(a) a- Antes do 16º mês.
(na sua casa) com os brinquedos que b- Entre o 16º e o 17º mês.
tinha? c- Entre o 17º e o 18º mês.

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d- Entre o 18º e o 19º mês.


e- Entre o 19º e o 20º mês.
f- Após o 20º mês.
41 Quando começou a compartilhar seus a- Antes do 20º mês.
brinquedos com outras crianças na b- Entre o 20º e o 21º mês.
sua casa? c- Entre o 21º e o 22º mês.
d- Entre o 22º e o 23º mês.
e- Entre o 23º e o 24º mês.
f- Após o 24º mês.
42 Quando começou a se interessar a- Antes do 24º mês.
pelas “creches” ou “escolinhas” ou b- Entre o 24 º e o 25º mês.
assistir a elas? c- Entre o 26º e o 27º mês.
d- Entre o 27º e o 28º mês.
e- Após o 28º mês.
43 Se a criança assistiu à “creche” ou a a- Ao princípio chorava
“escolinha”: constantemente?
b- No primeiro mês chorava de
vez em vez?
c- Depois dos primeiros três
meses chorava de vez em vez?
d- Sempre que percebia que a
mãe ou o pai ia embora
chorava?
44 Quando começou a assistir à “creche” a- Se mantinha isolado sem
ou a “escolinha”. compartilhar com ninguém?
b- Compartilhava só com alguns
de seus colegas?
c- Compartilhava com todos os
seus colegas?
45 Quando começou a assistir à “creche” a- Participava ativamente em
ou a “escolinha”. todas as atividades?
b- Participava ativamente na

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52

maioria das atividades?


c- Participava ativamente só em
algumas atividades?
46 Quando começou a assistir à “creche” a- Gostava de todas as
ou a “escolinha”. professoras e funcionários?
b- Gostava da maioria das
professoras e funcionários?
c- Gostava de algumas das
professoras e funcionários?
d- Só gostava de sua
professora?
47 Como foi o processo do sono entre o a- Sossegado.
1º e o 2º ano de vida? b- Intranquilo.
c- Com pesadelos.
48 Como foi o processo do sono entre o a- Sossegado.
2º e o 3º ano de vida? b- Intranquilo.
c- Com pesadelos.
49 Como foi o processo do sono entre o a- Sossegado.
3º e o 4º ano de vida? b- Intranquilo.
c- Com pesadelos.
50 Como foi o processo do sono entre o a- Sossegado.
4º e o 5º ano de vida? b- Intranquilo.
c- Com pesadelos.
51 Como foi o processo do sono entre o a- Sossegado.
5º e o 6º ano de vida? b- Intranquilo.
c- Com pesadelos.
52 Perceberam alguma vez “reações”
diferentes as outras crianças nele(a)?
(Quando?).
53 Quais foram as reações diferentes
que vocês perceberam nele(a) que
fez pensar num desajuste?

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53

54 Com que familiares convive a


criança?
55 Com qual de seus familiares primários
(pais, avos, irmãos, tios) se familiariza
melhor?
56 A criança gosta de brincar na casa?

52 A criança gosta de brincar na rua?

57 Onde é que a criança gosta mais de


brincar?
58 A criança chora muito na sua casa?

59 Quando a criança chora, demora


muito para parar de chorar?

60 Quais as causas principais que fazem


que a criança chore?

Questões gerais.
61 Profissão dos pais:

Composição familiar:
2

Lugar de residência (urbana) (rural):


3
Os pais ou tutores: Visitam a escola
4 da criança periodicamente?

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54

Para criar esta anamnese “pós-parto”, que permite constatar variáveis


relacionadas com o processo de crescimento, maturidade e desenvolvimento
psicomotriz das crianças, levou-se em conta os orientadores avaliativos de Denver e
de Puroue, e de Gesell; assim como a análise pormenorizada do conteúdo que
Helen M. Eckert tem trabalhado nas suas pesquisas de campo especificamente
quando se refere ao desenvolvimento psicomotriz das crianças compreendidas entre
2 e 7 anos.
Ao fazer uma análise exaustiva do “período etário” em que foram
exteriorizadas as habilidades motrizes correspondentes aos fatos psicomotrizes que
se apresentam em todo o corpo da anamnese, assim como da forma em que estes
se materializaram, vocês poderão deduzir o comportamento da inter-relação entre o
trabalho do Sistema Nervoso, do Sistema Osteo-muscular e de alguns fenômenos
psíquicos que obrigatoriamente acompanham e permitem que o “ato motriz” seja
materializado (TARRUS, 2007).
Também poderão realizar uma análise simples, mas concreta, do
comportamento do “arco” e do “ato reflexo” que constituem as “premissas neuro-
fisiológicas básicas” de toda resposta motriz no ser humano; por esta razão, será
possível deduzir também, as peculiaridades do percurso senso-perceptivo desde
que começa, com a “recepção da estimulação” pelos analisadores ativados.
A condução sensorial da energia nervosa obtida pelo trabalho dos
analisadores até a zona ou as zonas corticais ativadas; a interpretação das
mensagens sensoriais pelas zonas corticais que estejam trabalhando
perceptivamente com a elaboração da resposta motriz por estas zonas corticais
ativadas; o envio da mensagem motriz através do nervo eferente ou centrípeto até a
“zona articular-muscular” que terá que agir e/ou reagir para que a pessoa estimulada
possa cumprir sua “tarefa psicomotriz” específica e necessária.

Estes sete campos que a anamnese abrange são:


Do item 1 até o 8 coletam-se dados que têm a ver com as
características e peculiaridades do Sistema Nervoso
da criança;
Do item 9 até o 29 coletam-se dados que têm a ver com as

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peculiaridades da motricidade mesmo;


Do item 30 até o 37 coletam-se dados que têm a ver com as
características e peculiaridades do processo da
linguagem;
Do item 38 até o 46 coletam-se dados que têm a ver com as
características e peculiaridades da socialização da
criança dentro das duas esferas mais importantes de
este fenômeno psicossocial: a família e a escola;
Do item 47 até o 51 coletam-se dados que têm a ver com as
características e peculiaridades do processo do sono
como principal fonte para a recuperação do Sistema
Nervoso;
Do item 52 até o 60 coletam-se dados que têm a ver com variáveis
específicas da esfera afetivo-motivacional da criança;
Do item 61 até o 64 coletam-se dados que tem a ver com questões gerais
que poderiam servir de bases para fazer uma análise
mais concreta e efetiva.
Todas as variáveis têm a ver com o processo de crescimento, maturidade e
desenvolvimento neuro-psico-motriz, aparecendo uma alternativa que permite
deduzir a precocidade da criança, determinada pelo indicador temporal “antes” e
outra que admite a dedução de um atraso ou um retardo evolutivo, determinada pelo
indicador temporal “após”; entre ambos indicadores existem determinados intervalos.
Aqueles que fiquem mais perto do “antes” indicam um processo evolutivo
mais satisfatório e, ao contrário, aqueles que ficarem mais próximos do “após”
indicam um processo de desenvolvimento mais problemático.

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UNIDADE 6 – AS INFLUÊNCIAS bio-fisiológicas,


neurológicas e psicológicas DA motricidade humana E
ALGUMAS ABORDAGENS TEÓRICAS DA
PSICMOTRICIDADE

O desenvolvimento do movimento como vimos começa na fase intrauterina,


vai do contato sexual, a ação do espermatozóide sobre o óvulo, por assim dizer, a
fusão dos núcleos. Começa então a multiplicação celular (formação do zigoto), que
desce para o útero. Em seguida, acontece a implantação do zigoto na placenta
(transformação do zigoto em embrião, surgindo as três capas celulares que originam
as partes somáticas, nervosas e sexuais do ser humano). Por último, o embrião se
transforma em feto que continua seu processo de crescimento, maturidade e
desenvolvimento até que acontece o parto.
Sendo assim, os primeiros alicerces que irão influenciar a psicomotricidade,
levando ou não ao desenvolvimento ideal da criança são de base bio-fisiológica,
descritas abaixo:
Em primeiro lugar, é importante a herança genética: uma hereditabilidade
adequada dos progenitores dos pais da criança: avôs, bisavôs, tataravôs, etc.; uma
hereditariedade adequada dos pais da criança.
A existência de uma compatibilidade afetiva positiva entre os pais da criança
é muito importante para o seu desenvolvimento psicomotor. Do mesmo modo, o
desenvolvimento de uma gravidez sem o padecimento de doenças
comprometedoras como: varicela, sarampo, rubéola, dengue, etc.; porque as
mesmas geralmente incidem sobre o Sistema Nervoso e osteo-muscular.
É preciso garantir uma dieta balanceada da mãe durante o processo da
gravidez para assegurar que o novo ser humano possa contar com todos os
nutrientes que ele necessita para crescer, maturar e desenvolver-se, sendo também
fundamental a atenção médica sistemática da mãe durante a gravidez.
O ambiente psico-afetivo positivo em torno da mãe, durante a gravidez, é
importante para garantir que os processos nervosos do sistema simpático e do
parassimpático desta tenham lugar satisfatoriamente, para assim controlar e regular
o seu metabolismo, garantindo que possa passar o oxigênio e os nutrientes
requeridos, para o novo ser humano, assim como jogar fora as substâncias tóxicas
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ou de desfecho deste, enquanto durar o processo ontogênico intra-uterino na


medida em que acontece a transformação de zigoto a embrião e de embrião a feto.
Deve-se levar também em conta o acontecimento de um parto natural e no
tempo exigido (nem antes nem depois) para garantir o processo de crescimento,
maturidade e desenvolvimento do feto, assegurando-se assim as condições ideais
para que o Sistema Nervoso Central (basicamente) se estruture, cresça, mature e se
desenvolva satisfatoriamente. Por fim, é imprescindível a preservação da saúde da
criança, assegurando regularmente a presença nas consultas marcadas com os
especialistas infantis.
Se as variáveis genético-ambientais que influenciaram a criança foram
positivas, estarão criadas as condições para que se dê a multiplicação e o
crescimento dos neurônios, bem como o início do processo de mielinização, o que
deverá começar a partir dos 6 meses da gravidez. Este processo de mielinização
deverá terminar na volta dos 6 anos da criança. O processo de mielinização é
determinante para fazer as sinapses (inter-relação entre o axônio de um neurônio
anterior com os dendritos do corpo de um neurônio posterior). Mas, para garantir as
sinapses, é imprescindível a presença dos neurotransmissores básicos: as
endorfinas, as encefalinas, a dopamina comum, a dopamina mesolímbica a
dopamina mesocortical, as serotoninas, o GABA (ácido gama-aminobutírico), o ácido
glutâmico, etc.
Para garantir que o processo de mielinização da criança continue
desenvolvendo-se satisfatoriamente, será necessário que esta possua uma dieta
adequada (no primeiro ano de vida, preferentemente com o leite materno), mas a
mãe deverá comer (de vez em quando) gema de ovos, para garantir a síntese dos
aminoácidos da “colina”, que são determinantes para a estrutura e o
desenvolvimento do Sistema Nervoso Central da criança.
Após o primeiro ano de vida, será necessário que a alimentação das
crianças garanta o consumo das proteínas-chaves e, dentro destas, basicamente a
“colina” (presente na gema de ovo), para assim contribuir com a maturidade do
Sistema Nervoso, o que garanta, por sua vez, a produção dos neurotransmissores
químicos: endorfinas, ancefalinas, a dopamina comum, a dopamina mesolímbica, a
dopamina mesocortical, a serotonina, o GABA (ácido gama-aminobutírico), o ácido

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glutámico, etc.; que são imprescindíveis para assegurar a condução dos impulsos
nervosos através dos nervos sensoriais (aferentes) (para a zona cortical ativada) e
os motrizes (eferentes) (da zona cortical ativada para os músculos e articulações
que tem que agir e reagir).
Para garantir que o processo de mielinização se materialize
adequadamente, é necessário que a criança durma rigorosamente, pelo menos, 8
horas diárias, basicamente entre o segundo ano de vida e os seis anos. Anterior a
este período o processo do sono deverá ser muito mais duradouro. Para que o
processo de mielinização continue de uma forma satisfatória após o primeiro ano de
vida da criança, é imprescindível que esta participe de “brincadeiras de movimentos
sistemáticos” para manter-se ativa a maior parte do tempo de vigília. É necessário
também que a criança seja bem estimulada, com estímulos que possuam a
intensidade e a atração adequadas, porque é assim que se garantirá que possa ser
possível a formação de novas sinapses que é um fato determinante para assegurar
o desenvolvimento do Sistema Nervoso.
Se a gravidez não foi incidida por variáveis genéticas negativas, foi
desenvolvida dentro de um ambiente psico-afetivo positivo e dentro de um ambiente
bioquímico satisfatório, estarão seguras as condições para que o processo de
crescimento, maturidade e desenvolvimento do zigoto, do embrião e do feto seja
satisfatório.
Do mesmo modo, se os passos intrauterinos (ontogênicos) da evolução da
nova criatura foram positivos e, aconteceu um parto natural, existirão muitas
possibilidades para o desenvolvimento satisfatório do Sistema Nervoso da criança.
Se o Sistema Nervoso da criança se estruturou e se desenvolveu
satisfatoriamente, então estarão criadas as condições para que o “psiquismo” desta
criança se estruture, cresça, mature e se desenvolva também satisfatoriamente,
sempre e quando seja assegurado o processo estimulador ideal para isto.
Sendo assim, estarão asseguradas as condições para que a criança possa
perceber (conhecer a realidade objetiva através dos olhos, dos ouvidos, do corpo, do
nariz, da boca); possa também deixar fixadas e retidas na sua memória as imagens
dos conhecimentos perceptivos que chegam a seu córtex através da atividade dos
analisadores; possa inter-relacionar (através da ação do pensamento) essas

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imagens fixadas e retidas na memória para elaborar as ideias que permitam dar
solução às problemáticas que se lhe apresentarem, ou possam expressar através da
linguagem, as mensagens que são necessárias para garantir a comunicação entre
elas e os adultos ou a comunicação entre elas entre si.
Também, será possível que as crianças manifestem seu nível de criatividade
típico da fantasia infantil; poderão criar e manifestar as suas expressividades
emocionais; poderão criar e manifestar o processo autocontrolador e autorregulador
de seus interesses e de seus impulsos, através de sua vontade. Mas, o mais
significativo está sintetizado na expressão corporal que as crianças poderão
manifestar através dos gestos, das mímicas, das operações e das ações motrizes,
que expressarão ao realizar as operações e ações típicas das brincadeiras, dos
jogos, do esporte, do lazer, da recreação, da fala, da leitura, da escrita dos cálculos
matemáticos... Sempre e quando o sistema de estimulação que tenha atuado sobre
ela tenha sido o ideal, para assim contribuir com sua percepção do espaço, do
tempo e do movimento, de sua percepção óculo-manual e óculo-pedal, de sua
lateralidade, de sua coordenação, de seu equilíbrio; de sua orientação espacial, etc.;
daí, a importância extraordinária das características das atividades em que as
crianças participam.
Para um bom desenvolvimento psicomotor, a atividade sensório-perceptiva é
fundamental. Para uma adequada sensório-percepção é importante:
Que o Sistema Nervoso Central e o Sistema Nervoso Periférico estejam
aptos; que o cerebelo apresente adequado grau de maturidade, que o
estímulo ativador se apresente com a devida intensidade, que a atividade
sensorial exteroceptiva funcione adequadamente.
O trabalho do receptor do analisador ativado pela energia física ou química
recebida, para transformá-la em energia nervosa, garantindo-se a criação dos
“códigos sensoriais”.
Transmissão ou condução dos “códigos sensoriais” através do nervo aferente,
sensitivo ou centrípeto até a zona cortical do analisador ativado.
Trabalho da zona ou das zonas corticais ativadas.
Interpretação dos códigos sensoriais que chegaram até a zona cortical
ativada.

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Elaboração da resposta motriz necessária de acordo com a estimulação


sensorial recebida.
Transmissão da resposta motriz até a parte do corpo que tem que reagir para
fazer possível a materialização dos “movimentos necessários”:
1º. Ativação do tônus dos músculos agônicos (para contrair-se) e
antagônicos (para relaxar-se) que têm que reagir;
2º. Ativação dos tendões que deverão trabalhar;
3º. Ativação das superfícies articulares que têm que reagir para
começar o processo de lubrificação;
4º. Ativação dos analisadores proprioceptivos.
• Trabalho dos analisadores proprioceptivos: o vestibular, para garantir o
equilíbrio entre a cabeça, o tronco e as extremidades; e o coordenativo para
garantir a coordenação e, também, a estabilidade, a manipulação e a
locomoção.
• Trabalho dos analisadores interoceptivos:
1º. Ativação do centro respiratório para garantir a mobilidade pulmonar necessária (>
ou < volume de ar).
2º. Ativação do centro cardiovascular para garantir a circulação sanguínea
necessária.
3º. Ativação das suprarrenais para garantir a adrenalina ou a noradrenalina
necessária para agir ou reagir.

6.1 O sistema de movimentos que intervém na psicomotricidade da criança


A atuação adequada do sistema de movimentos requer que o Sistema
Nervoso esteja apto para agir e reagir, assim como o sistema ósteo-muscular
(manifestando o tônus muscular e a ação dos músculos agônicos e antagônicos).
Os movimentos podem ser classificados como: reflexos (incondicionados,
condicionados, automáticos) e voluntários.

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Os movimentos reflexos podem ser subdivididos em:


Inatos ou incondicionados (os que provam que o arco reflexo medular está
trabalhando bem) – de sucção, de preensão, o plantar ou de Babinsky, o
patelar, o palpebral, o pupilar, o de orientação ou de Moro.
Adquiridos ou condicionados – qualquer estímulo afim (físico: para os olhos,
os ouvidos e o corpo -tato-; químico: para o nariz e a boca), que atue sobre o
receptor de seu analisador; abrirá o caminho sensorial que garantirá a criação
de uma resposta perceptivo-motriz determinada, a qual será conduzida para a
parte de corpo que terá que agir; mas se intencionalmente, se faz chegar um
estímulo afim a um analisador determinado e, imediatamente se apresenta
outro estímulo não afim (que nada tem a ver com o receptor estimulado) e
este processo se repete várias vezes, chegará o momento em que o indivíduo
estimulado (animal ou pessoa), quando sente a ação daquele estímulo não
afim, reagirá com a resposta típica que se origina através do estímulo afim),
devido a seu condicionamento. É o caso típico do reflexo pavloviano,
experimentado com cachorros: o cachorro com fome, se lhe é apresentada
comida e este começa a salivar (estímulo e resposta afins); se lhe é
apresentada a comida e imediatamente se lhe estimula com o som de uma
campainha e este fato se repete várias vezes, chegará um momento em que
ao apresentar-lhe o som da campainha o cachorro salivará devido a seu
“condicionamento”.
Movimentos automáticos: Na medida em que a criança repete
sistematicamente as operações e ações de qualquer atividade que execute,
no seu córtex cerebral, vão se refletindo sequencialmente as imagens ideo-
motrizes correspondentes à atividade executada, garantindo-se assim a
estereotipia dos movimentos, das operações e das ações no córtex cerebral
(especificamente, nas áreas da percepção e da memória). Por esse fato, a
criança poderá perfeitamente depois de automatizada a atividade, executar as
operações e ações da atividade e, ao mesmo tempo, responder determinadas
perguntas que lhe forem feitas, porque as respostas destas são elaboradas
pela ação do pensamento e da linguagem em interação enquanto as da
atividade motriz são processadas pela percepção e pela memória.

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Os movimentos voluntários são aqueles executados através da atividade da


vontade, em que se materializa o autocontrole e a autorregulação das operações e
ações, em correspondência com as problemáticas que se apresentarem ou dos fins
específicos que a criança esteja querendo abranger; acelerando, retardando ou
modificando as operações e ações da atividade.

6.2 Atividade osteo-muscular na motricidade infantil


Para que a atividade ósteo-muscular na motricidade funcione
adequadamente, é necessário que o Sistema Nervoso Central e o Sistema Nervoso
Periférico estejam aptos, que o cerebelo apresente adequado grau de maturidade,
que o estímulo ativador se apresente com a devida intensidade e que a atividade
sensorial exteroceptiva funcione adequadamente.
A atividade osteo-muscular-articulatória na motricidade da criança envolve:
ação dos músculos agônicos com a contração necessária;
ação dos músculos antagônicos com o relaxamento necessário;
lubrificação necessária nas articulações ativadas e ação dos tendões ativados
para garantir, a força, a resistência, a flexibilidade ou a elasticidade muscular
necessária.
É importante a exploração das capacidades físicas condicionais: a força, a
resistência e a velocidade necessárias, bem como a exploração das capacidades
físicas coordenativas: a contractilidade, a flexibilidade, a elasticidade, a coordenação
óculo-manual e a óculo-pedal requeridas.
Para uma boa atividade ósteo-muscular, é necessário que as ações motoras
se materializem em:
a) Operações da orientação espacial – esquerda, direita, acima, abaixo, na
frente, atrás, reto, curvo, ondulado, inclinado, zigue-zague, longe, perto,
comprido, curto, largo, estreito, grande, pequeno, cheio, vazio, dentro, fora,
acima, embaixo, etc.;
b) Operações da orientação temporal – antes, durante, depois, rápido, devagar,
etc;

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c) Habilidades típicas da estabilidade – girar, virar, flexionar, contrair, associar


planos musculares, dissociar planos musculares;
d) Habilidades típicas da manipulação: pegar, alcançar, puxar, empurrar, colorir,
rasgar, amassar, recortar, desenhar, escrever, ler, bater, rebater, arremessar,
quicar, etc.;
e) Habilidades típicas da locomoção: virar-se no berço, sentar-se no berço,
engatinhar, parar-se, andar, pular, saltitar, correr, chutar, etc.

6.3 Outros estágios que marcam o crescimento, a maturidade e o


desenvolvimento psicomotriz das crianças enquanto acontece sua evolução
ontogênica e psicossocial

ESTÁGIOS: CARACTERÍSTICAS:
Inter-relacionador: Seu pensamento e a sua linguagem evoluem graças ao “período das
De 4 a 6 anos. interrogações”: através do “porquê” as crianças vão ampliando o
conhecimento de seu “mundo circundante” e isto influencia a
percepção, a memória, o pensamento, a imaginação, as emoções, os
sentimentos e, sobretudo, os interesses cognitivos.
Personalístico: As crianças se reconhecem como uma “pessoa” a mais dentro de seu
De 3 a 4 anos. mundo interativo.
Começam a estruturar a sua “personalidade” através da manifestação
de seu “eu sozinho”.
Começam a desenvolver os “jogos ou brincadeiras de papéis”, onde
“imitam” as funções ou papeis sociais, inter-atuando.
Projetivo: Começam a explorar seu pensamento perceptivo ou visual em imagens
De 2 a 3 anos. e a desenvolver sua “linguagem ativa”, expressando ideias muito mais
lógicas e compreensíveis.
Começam a manifestar os “jogos ou brincadeiras de imitação”, imitando
os “padrões genéricos”.
Sensório-motriz: Pelo analisador olfativo, começam a aceitar ou rejeitar determinados
(De 1 a 2 anos). alimentos.
Pelo gustativo, diferenciam os quatro sabores típicos: doce, salgado,
ácido e amargo; rejeitando o último.
Pelo analisador visual, reconhecem o rosto das pessoas que satisfazem

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suas necessidades básicas; assim como aquelas imagens do meio


circundante, relacionadas com seus interesses.
Pelo auditivo, reconhecem o ton de voz do adulto que o “acalanta” e o
som dos animais típicos e dos objetos típicos.
Pelo tátil, começam a manifestar as operações de “pegar”, “puxar” e
“empurrar”.
Começam a estruturar sua “linguagem passiva”: compreendem e
cumprem ordens, mais ainda não se expressam amplamente.
Tônico ou Aparição do “complexo de animação”: Reconhecimento da imagem do
emocional: adulto que satisfaz suas necessidades, comunicativas, afetivas e
(De 6 meses a 1 materiais, reagindo com sorrisos e os movimentos corporais típicos da
ano). “aceitação” (abrindo suas extremidades inferiores e superiores
expressando sua satisfação emocional comunicativa).
Impulsivo: Típico Reações desordenadas; começam a levantar sua cabecinha (tipo
do recém-nascido. tartaruga); começam a tratar de virar-se no berço até que logram os
(Do nascimento estados de “pronação” e de “supinação”; começam a manifestar suas
até os 6 meses). primeiras manifestações emocionais positivas: “sorrisos”.
Pelo analisador olfativo começam a identificar o “cheiro” da mãe
basicamente.

6.4 Fatores que influenciam na “psicomotricidade” das crianças


Vários fatores externos influenciam no desenvolvimento da psicomotricidade.
Entre eles podemos destacar:
Fatores genéticos – uma hereditariedade positiva (a genética dos pais) influencia
sobre a psiqué e a motricidade da criança, do mesmo modo que a genética dos
avós, bisavós, tataravôs, etc.
Fatores neuro-psicológicos:
- Cognitivos:
A estrutura adequada da zona cortical temporal-parietal esquerda (Wernike e
Broca) para garantir a compreensão e a expressão linguística para evitar as
manifestações da dislexia.
A estrutura adequada da zona cortical frontal superior, para garantir o
desenvolvimento do pensamento operativo, o perceptivo em imagens e o
abstrato.
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A estrutura adequada das zonas corticais do Hipocampo e da Amígdala


Cortical, para garantir o processo de fixação, retenção e reprodução das
imagens ideo-motrizes.
A estrutura adequada dos analisadores internos chaves: o coordenativo e do
equilíbrio influencia sobre a proprioceptividade corporal geral.
A estrutura adequada dos analisadores externos: visual, auditivo e tátil,
influencia sobre a percepção da forma, do tamanho, da cor, da distância, do
som, do barulho, da superfície, da temperatura, etc.

Afetivos:
A estrutura adequada do Sistema Límbico para garantir o desenvolvimento de
emoções, sentimentos, interesses, motivos e incentivos necessários.

Fatores ambientais:
A nutrição: a proteína animal (peixes, ovos, frangos, carnes vermelhas
magras), a proteína vegetal (ora-pro-nóbis); a gordura vegetal (colesterol
bom), etc.; são determinantes para o crescimento, a maturidade e o
desenvolvimento do Sistema Nervoso da criança.
A saúde: a inter-relação adequada entre o Sistema Límbico do cérebro, o
diencéfalo trabalhando bem captando os estímulos vivenciais e enviando
estas informações emocionais até as suprarrenais para que estas liberem a
adrenalina ou a noradrenalina necessária para garantir a tenacidade
adequada dos movimentos.

Fatores sociais: Os reforços dos familiares à aprendizagem das crianças que


entram às escolinhas e a preocupação instrutivo-educativa dos familiares das
crianças antes que estas entrarem às escolinhas, familiarizando-as com este
ambiente.

Fatores educacionais: uma adequada estimulação psicomotriz por parte dos


educadores (TARRAU, 2007).

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6.5 Algumas abordagens teóricas da psicomotricidade


As principais abordagens teóricas da psicomotricidade são: biologicista,
sociologista e biossocial.

6.5.1 Abordagem biologicista


Os teóricos da abordagem biologicista admitem como determinante para a
psicomotricidade o papel do crescimento, maturidade e desenvolvimento neuro-
cortical da criança e concebem e valorizam a execução das atividades como
influentes; mas não determinantes.
A maioria destes teóricos ressalta amplamente o papel da lesão e da
etiologia orgânica dos distúrbios, especialmente da disfunção cerebral nas
deficiências psicomotrizes das crianças; ou seja, a maioria deles acredita que os
problemas psicomotrizes das crianças se devem a problemas do Sistema Nervoso
destas.

6.5.2 Abordagem sociologista


Nesta abordagem, os teóricos admitem como determinante para a
psicomotricidade da criança o sistema de atividades motrizes que está executa
sistematicamente, e como influente às características neuro-corticais delas.
Estes teóricos ressaltam o papel das deficiências educacionais como as
causas principais que incidem nos problemas psicomotrizes das crianças.

6.5.3 Abordagem biossocial


Admitem como determinantes, o papel do crescimento, a maturidade e o
desenvolvimento neuro-cortical (intrauterino) e, após o parto até a faixa etária pré-
escolar (até os 6 anos de idade).
A partir dos 7 anos da criança, eles ressaltam a influência das atividades na
garantia da estabilidade (inter-relação motriz entre a cabeça, o tronco e as
extremidades superiores e inferiores e as articulações comprometidas); na garantia
da manipulação (inter-relação motriz entre o ombro, o braço, o antebraço, a mão e
os dedos em conjunto com as articulações comprometidas) e, na garantia da
locomoção (inter-relação motriz entre o quadril, a coxa, a perna, o pé e os dedos

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deste, assim como as articulações comprometidas). Referem-se também ao papel


do cerebelo como principal órgão da motricidade.

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REFERÊNCIAS
REFERÊNCIAS BÁSICAS:

CALAIS-GERMAIN, Blandine. Anatomia para o movimento, volume 1. Introdução


àsanálise das técnicas corporais. São Paulo: Manole, 2002.
GALLAHUE, David L. OZMUN, John C. Compreendendo o desenvolvimento
motor: bebês, crianças, adolescentes e adultos. São Paulo: Phorte Editora, 2003.
MARTIN, John H. Neuroanatomia: Texto e Atlas. 2 ed. Porto Alegre: Artes Médicas,
2002.
TARRAU, Tirso Orlando Pérez. Teoria da psicomotricidade: uma reflexão
dialética. Ipatinga: Instituto Prominas, 2007.

REFERÊNCIAS COMPLEMENTARES:

CARRAHER, Terezinha N. Aprender pensando: contribuições da psicologia


cognitiva para a educação. 14 ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2000.
CATANIA, A. Charles. Aprendizagem: comportamento, linguagem e cognição. 4 ed.
Porto Alegre: Armed, 1999.
COELHO, Maria Tereza. Problemas de aprendizagem. São Paulo: Ática, 1992.
COLL, César; PALÁCIOS, Jesús. (orgs) Desenvolvimento psicológico e
educação. Porto Alegre: Artes Médicas, 1996.
ECKERT, Helen M. Desenvolvimento Motor. 3 ed. São Paulo: Manole, 1993.
FONSECA, Victor. Psicomotricidade. 2 ed. São Paulo: Martins Fontes, 1988.
GROSSI, Esther P.; BORDIN, Jussara. (orgs.) Constructivismo pós-piagetiano:
um novo paradigma sobre aprendizagem. 9 ed., Petrópolis. Vozes, 2000.
GRUNSPUN, Haim. Distúrbios Psiquiátricos na Infância. São Paulo: Atheneu
editora, 2000.
HAL, Susan. Biomecânica Básica. Rio de Janeiro: Guanabara Koogam, 1991.
LE BOULCH, Jean. Desenvolvimento Psicomotor – do nascimento até os seis
anos. Porto Alegre: Artes Médicas, 1987.
PENNINGTON, F. Bruce. Diagnóstico de distúrbios de aprendizagem. São Paulo:
Pioneira, 1996.
SCHMIDT, Richard. A aprendizagem e performance motora: uma abordagem da
aprendizagem baseada no problema.2.ed. Porto Alegre: Artmed, 2001.
TOJAL, João Batista. Motricidade humana: o paradigma emergente. Campinas: Ed.
Da UNICAMP, 1994.
WEINECK, Jurgem. Biologia do Esporte. Barueri (SP): Editora Manole, 1991.

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