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Brasil
De acordo com a Fundação Nacional do Índio (FUNAI), a atual população
indígena do Brasil é de aproximadamente 818.000 indivíduos, representando
0,4% da população brasileira. Vivendo em aldeias somam 503.000 indígenas.
Há, contudo, estimativas de que existam 315 mil vivendo fora das terras
indígenas, inclusive em áreas urbanas.
A população indígena no País vem aumentando de forma contínua, a uma taxa
de crescimento de 3,5% ao ano. Esse número tende a crescer devido à
continuidade dos esforços de proteção dos índios brasileiros, queda dos
índices de mortalidade, em razão da melhora na prestação de serviços de
saúde, e de taxas de natalidade superiores à média nacional. Existem cerca
de 53 grupos ainda não contatados, além daqueles que esperam
reconhecimento de sua condição indígena junto ao órgão federal indigenista
FUNAI.
Cerca de 60% dos índios do Brasil vive na região designada como Amazônia
Legal, mas registra-se a presença de grupos indígenas em praticamente todas
as Unidades da Federação. Somente nos estados do Rio Grande do Norte,
Piauí e no Distrito Federal não registra-se a presença de grupos indígenas.
De acordo com a FUNAI os índios brasileiros estão divididos em três classes:
os isolados, considerados aqueles que “vivem em grupos desconhecidos ou
de que se possuem poucos e vagos informes através de contatos eventuais
com elementos da comunhão nacional”; os em via de integração, aqueles que
conservam parcialmente as condições de sua vida nativa, “mas aceitam
algumas práticas e modos de existência comuns aos demais setores da
comunhão nacional”; e os integrados, ou seja, os nativos incorporados à
comunhão social e “reconhecidos no pleno exercício dos direitos civis, ainda
que conservem usos, costumes e tradições características da sua cultura”.
Segundo a legislação brasileira, o nativo adquire a plena capacidade
civil quando estiver razoavelmente integrado à sociedade. Para que tal
aconteça, é necessário que tenha boa compreensão dos usos e costumes da
comunhão nacional, conheça a língua portuguesa e tenha a idade mínima de
vinte e um anos.
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proprietária
Indígenas são eleitos no Norte, Nordeste, Sudeste e Centro-
Oeste
Muito cacique para pouco índio. A tradicional expressão brasileira que
sugere excesso de autoridades para um reduzido número de
seguidores inverte-se na realidade vivenciada pelos índios na política
nacional.
Resta aos indígenas lutar pelas reservas, mas mesmo essa solução
está longe do ideal. O próprio conceito de reserva, centro do conflito
entre indígenas e agricultores, não atende às necessidades dos
povos. "Lutamos pela demarcação, mas a prioridade das
comunidades é a sustentabilidade. Não adianta a terra estar
demarcada e desassistida", diz o cacique Rafael Weere, liderança do
PDT. "Vivíamos como nômades e agora estamos ilhados. Os recursos
naturais diminuem e a população aumenta. O governo deveria nos
garantir alternativas", afirma.
Weere é neto de Mario Juruna, único índio deputado federal pelo
Brasil. Parlamentar durante a ditadura, Juruna defendia causas
populares, a principal, a volta da democracia. Filho da floresta, não
seria filhote da ditadura. Respaldado por Leonel Brizola, que o levou
ao Rio de Janeiro, instalando-o em Santa Teresa, elegeu-se pelo PDT
em 1982 com mais de trinta mil votos.
"Quando os governantes souberam que fui eleito declararam que o
povo não sabe votar porque havia eleito um exótico de tanga.
Respondi que vinha pra incomodar", disse Juruna em uma de suas
históricas subidas à tribuna da Câmara.
Atualizado em 21/09/2016
AUMENTAR LETRA DIMINUIR LETRA
“Os desafios enfrentados por muitos povos indígenas do Brasil são enormes. As
origens desses desafios incluem desde a histórica discriminação profundamente
enraizada de natureza estrutural, manifestada na atual negligência e negação dos
direitos dos povos indígenas, até os desdobramentos mais recentes associados às
mudanças no cenário político”, disse a relatora no documento. Acesse o relatório
clicando aqui.
“Após a visita, impressão geral é de que o Brasil possui uma série de disposições
constitucionais exemplares em relação aos direitos dos povos indígenas”, disse a
relatora no documento. “Entretanto, nos oito anos que se seguiram à visita de meu
predecessor, há uma inquietante ausência de avanços para a implementação das
recomendações e na solução de antigas questões de vital importância”, completou.
Segundo ela, no atual contexto político, as ameaças que esses povos enfrentam
podem ser exacerbadas, e a proteção de longa data de seus direitos pode estar
em risco.
A relatora fez algumas recomendações para tratar das questões mais prementes
que observou no país. Elas dizem respeito à necessidade de medidas urgentes
para enfrentar a violência e discriminação contra os povos indígenas e o
fortalecimento de instituições públicas como a Fundação Nacional do Índio
(FUNAI). A relatora recomendou ainda redobrar os esforços na demarcação e
proteção de terras e alocar recursos para melhorar o acesso à Justiça, entre outras
recomendações.
Tauli-Corpuz pediu ainda que o governo brasileiro adote medidas imediatas para
proteger a segurança de líderes indígenas, inclusive por meio de programas de
proteção fortalecidos e culturalmente adequados, e a conduzir investigações sobre
todos os ataques e assassinatos de povos indígenas e levar os responsáveis à
Justiça.
“Esses projetos não deveriam ser considerados se existe potencial para impactos
semelhantes ou se os povos indígenas afetados não manifestaram seu
consentimento livre prévio e informado após os estudos participativos de impactos
social, ambiental e de direitos humanos e as consultas de boa-fé.”
A relatora também encorajou o Banco Nacional de Desenvolvimento (BNDES) a
alinhar suas políticas com as de outras instituições financeiras internacionais, e a
desenvolver salvaguardas específicas voltadas a assegurar que não se financie
projetos que colocam um risco para os direitos dos povos indígenas.
Crise política
Durante sua visita em março, Tauli-Corpuz viajou a Brasília e aos estados do Mato
Grosso do Sul, Bahia e Pará, reunindo-se com representantes dos Três Poderes,
incluindo a FUNAI, o procurador-geral da República e os escritórios do Ministério
Público Federal na capital e nos estados, assim como organizações da sociedade
civil.
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“Se eu dissesse que Brasília é bonita veriam imediatamente que gostei
da cidade. Mas se digo que Brasília é a imagem de minha insônia
veem nisso uma acusação. Mas a minha insônia não é bonita nem
feia, minha insónia sou eu, é vivida, é o meu espanto. (...) Olho
Brasília como olho Roma: Brasília começou com uma simplificação
final de ruínas. A hera não cresceu.”
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Clarisse Lispector
Outros exemplos desse esforço são os Projetos Vãfy e 3° Grau Indígena. Estes
dois têm em comum a questão educacional. O primeiro projeto envolve a
FUNAI, Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul -
UNIJUÍ, Universidade de Passo Fundo – UPF, e visa a melhor atender à
comunidade indígena, garantindo ensino de qualidade e a valorização da
língua e costumes tradicionais.
Nos próximos anos, o projeto deverá formar 100 professores habilitados para o
magistério em educação para as primeiras séries do ensino fundamental. Esta
nova equipe irá atender a crescente demanda educacional das comunidades
indígenas da região. No estado do Rio Grande do Sul, por exemplo, existem 37
escolas indígenas de Ensino fundamental. O segundo projeto oferece Cursos
de Licenciatura Plena e tem como objetivo formar professores indígenas em
três áreas: Ciências Matemáticas e da Natureza, Ciências Sociais e Línguas
(Português e o idioma da etnia), artes e literatura. O Brasil conta hoje com
3.041 professores indígenas, que dão aulas em 1.666 escolas especiais.
A prestação dos serviços de saúde aos índios brasileiros por intermédio dos
Distritos Sanitários Especiais Indígenas, vinculados à Fundação Nacional de
Saúde (FUNASA), possibilitou aos povos indígenas e suas organizações
condições inéditas de acompanhamento e controle social no campo das
políticas públicas. Os 34 distritos existentes são organizados com base em
critérios socioculturais, geográficos e epidemológicos, observando-se a
situação e condições da população a ser atendida, o que inverte a lógica
tradicional de organização e prestação dos serviços do estado. A
representação na instância de decisão do distrito é paritária, estando
distribuída entre os índios do Brasil, os prestadores dos serviços e os
profissionais de saúde.
É por meio de todas essas ações que o Brasil busca uma relação de respeito
mútuo entre as suas diversas comunidades étnicas. Tais atitudes, ao lado de
políticas concretas que já vêm sendo adotadas nas áreas de demarcação de
terras, saúde e educação, representam ações efetivas para o reconhecimento
dos direitos de cidadania das pessoas e dos povos indígenas do País.
As Populações Indígenas do
Brasil
No caso da América lusa, a população ameríndia era de aproximadamente 5
milhões de indivíduos, espalhados pelo imenso território brasileiro e que, num
primeiro momento, não ofereceu grande resistência ao colonizador europeu.
Classificação
A primeira classificação dos indígenas foi feita pelos jesuítas, baseada na
língua e na localização. Os que habitavam o litoral (os tupis), foram chamados
de índios de língua geral e os que viviam no interior (tapuias), de índios de
língua travada. No século XIX, o estudioso alemão Karl von den Steinen,
apresentou a primeira classificação científica dos indígenas bra-sileiros,
dividindo-os em quatro grandes grupos básicos ou nações: tupis-guaranis, jês
ou tapuias, nuaruaques ou maipurés e caraíbas ou caribas e quatro grupos
menores: goitacás, panos, miranhas e guaicurus.
Outros exemplos desse esforço são os Projetos Vãfy e 3° Grau Indígena. Estes
dois têm em comum a questão educacional. O primeiro projeto envolve a
FUNAI, Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul -
UNIJUÍ, Universidade de Passo Fundo – UPF, e visa a melhor atender à
comunidade indígena, garantindo ensino de qualidade e a valorização da
língua e costumes tradicionais.
Nos próximos anos, o projeto deverá formar 100 professores habilitados para o
magistério em educação para as primeiras séries do ensino fundamental. Esta
nova equipe irá atender a crescente demanda educacional das comunidades
indígenas da região. No estado do Rio Grande do Sul, por exemplo, existem 37
escolas indígenas de Ensino fundamental. O segundo projeto oferece Cursos
de Licenciatura Plena e tem como objetivo formar professores indígenas em
três áreas: Ciências Matemáticas e da Natureza, Ciências Sociais e Línguas
(Português e o idioma da etnia), artes e literatura. O Brasil conta hoje com
3.041 professores indígenas, que dão aulas em 1.666 escolas especiais.
A prestação dos serviços de saúde aos índios brasileiros por intermédio dos
Distritos Sanitários Especiais Indígenas, vinculados à Fundação Nacional de
Saúde (FUNASA), possibilitou aos povos indígenas e suas organizações
condições inéditas de acompanhamento e controle social no campo das
políticas públicas. Os 34 distritos existentes são organizados com base em
critérios socioculturais, geográficos e epidemológicos, observando-se a
situação e condições da população a ser atendida, o que inverte a lógica
tradicional de organização e prestação dos serviços do estado. A
representação na instância de decisão do distrito é paritária, estando
distribuída entre os índios do Brasil, os prestadores dos serviços e os
profissionais de saúde.
É por meio de todas essas ações que o Brasil busca uma relação de respeito
mútuo entre as suas diversas comunidades étnicas. Tais atitudes, ao lado de
políticas concretas que já vêm sendo adotadas nas áreas de demarcação de
terras, saúde e educação, representam ações efetivas para o reconhecimento
dos direitos de cidadania das pessoas e dos povos indígenas do País.
Deslocamento compulsório da
população indígena
Neste trabalho, abordo o deslocamento compulsório, em 1987, de
aproximadamente um terço do total da população indígena Waimiri-Atroari para
outras partes da Reserva Indígena, em conseqüência da inundação de uma
grande extensão do seu território provocada pelo fechamento das comportas
da Usina Hidrelétrica de Balbina.
Toda a área inundada fazia parte do território dos Waimiri-Atroari até o início da
década de 1970, e cerca de 311 km2 da área inundada estão dentro do
território que foi demarcado para os Waimiri-Atroari depois do
desmembramento de 1981. Todos os afluentes dos rios Uatumã e Abonari
tornaram-se inabitáveis, com a putrefação da floresta submersa. Assim, o atual
PWAIFE oferece uma infra-estrutura assistencial subordinada ao fato
consumado da inundação de uma parte do território indígena e modificação
irreversível do ambiente. Eduardo Viveiros de Castro & Lúcia M.M. de Andrade
afirmam que estas “medidas paliativas e tardias, de caráter cosmético, tomadas
quando todas as decisões referentes à obra já foram efetuadas” são usadas
para criar “uma falsa idéia de `participação'” (1988:16).
Silva adverte para os perigos de uma “teoria oficial” criada por uma instituição
com dimensões e poderes empresariais como o PWAIFE. Revela que
argumentos baseados em critérios raciais como diferenças de estatura,
compleição física e tonalidade de pele, foram defendidos pelo próprio
supervisor do PWAIFE, como evidências da distinção entre “Waimiri” e
“Atroari”3, acrescentando que: “Esta hipótese não mereceria maiores atenções
aqui se não tivesse adquirido, como disse há pouco, o estatuto de uma `teoria
oficial'” .
Continuam Viveiros de Castro & Andrade: “Até abril de 1987 – faltando apenas
sete meses para o represamento do rio – não existia qualquer plano de
transferência dos grupos que terão as aldeias inundadas (Ibid. p.17)”. Apontam
alguns dos problemas do deslocamento dos grupos para o interior da reserva
indígena, já ocupado por outras aldeias, e as conseqüências políticas e
econômicas (Ibid. p.17), e ressaltam os “prejuízos que, repetimos, não são
indenizáveis em dinheiro ou programa de apoio” (Ibid. p.17). Torna-se evidente
que a indenização nos termos atuais, de um Programa assistencial de somente
25 anos de duração é absolutamente inadequada.
Reduzida ao seu ponto mais baixo em 1983, de 332 indivíduos – 164 homens e
168 mulheres, dos quais 216 tinham menos de 20 anos de idade, houve uma
rápida recuperação populacional nos anos seguintes (Silva, 1993:70). Um dos
fatores que favoreceu esta recuperação populacional é o grande número de
jovens, possivelmente uma conseqüência dos programas de vacinação
realizados entre as crianças durante o período da FAWA, a partir do início da
década de 1970. Além disso, como afirma McGrew, no caso de epidemias de
gripe, “Embora as crianças contraiam a doença com mais facilidade, os
adultos, sobretudo os enfermos e idosos, sofrem uma taxa de mortalidade mais
alta” (McGrew, 1985:150 apud. Cook & Lovell, 1991:223). Crosby frisa que uma
longa história de contato interétnico não conduz inevitavelmente à destruição
total dos índios, “mas sim, a uma depopulação abrupta, seguida por uma
recuperação populacional (…) quando aqueles índios com pouca imunidade
(…) já faleceram, e os sobreviventes mais resistentes passam a se reproduzir”
(1973:39).
A recuperação populacional muito rápida entre os Waimiri-Atroari, a partir de
1983, pode ser interpretada por vários fatores: a proporção alta de
sobreviventes jovens (116 do sexo feminino com menos de 20 anos de idade
em 1983); a doutrinação por um contingente extremamente alto de funcionários
índios da FUNAI, de grupos aculturados, durante o início da década de 1980,
da necessidade de recuperar a população de “índios”, dizimados pelos
“brancos”. Muitos dos funcionários índios da FUNAI constantemente exigiam
acesso sexual às mulheres Waimiri-Atroari sob o pretexto de serem “índios
também” em oposição aos “brancos”6, e assim “autorizados pela FUNAI” a ter
acesso . sexual às mulheres Waimiri-Atroari.
Cultura Indígena
O contato com o branco, desde o início da colonização, sempre foi prejudicial
ao índio e à cultura indígena em geral, pois funciona como elemento
destribalizador, provocando perda das terras e dos valores culturais. Com o
tempo, perdeu-se a imensa diversidade cultural que as tribos representavam
sem que chegassem a ser estudadas.
Por outro lado, adaptados ao seu meio ambiente, não possuindo defesas
contra as doenças da civilização, muitos sucumbiram pelas gripes, sarampo,
sífilis e outras doenças. Assim, dos milhões que aqui habitavam na época do
descobrimento do Brasil, somam hoje 350 mil.
Se não justifica, pelo menos o peso de nossa consciência se torna mais leve,
pois somos um povo que trás no sangue a herança das minorias ou indígena
ou negra.
Religião e Crenças
As crenças religiosas e superstições tinham um importante papel dentro da
cultura indígena. Fetichistas, os indígenas temiam ao mesmo tempo um bom
Deus – Tupã – e um espírito maligno, tenebroso, vingativo – Anhangá, ao sul e
Jurupari, ao norte. Algumas tribos pareciam evoluir para a astrolatria, embora
não possuíssem templos, e adoravam o Sol (Guaraci – mãe dos viventes) e a
Lua (Jaci – nossa mãe).
Tupã
O culto dos mortos era rudimentar. Algumas tribos incineravam seus mortos,
outras os devoravam, e a maioria, como não houvesse cemitérios, encerrava
seus cadáveres na posição de fetos, em grandes potes de barro (igaçabas),
encontrados suspensos tanto nos tetos de cabanas abandonadas como no
interior de sambaquis. Os mortos eram pranteados obedecendo-se a uma
hierarquia. O comum dos mortais era chorado apenas por sua família; o
guerreiro, conforme sua fama, poderia ser chorado pela taba ou pela tribo. No
caso de um guerreiro notável, seria pranteado por todo o grupo.
Pintura
Os índios pintam seu corpo, sua cerâmica e seus tecidos com um estilo que
podemos chamar “abstrato”. Observam a natureza mas não a desenham, mas
ao contrário do que se pensa, não devemos chamá-la de primitiva. Partem do
elemento natural para torná-lo geométrico.
Tecidos
Alguns índios, como os Vaurá, plantam algodão e fazem vários enfeites, como
os usados em seus pentes. Usam uma tinta preta extraída do suco de jenipapo.
Canoas
O indígena usa o leito dos rios ou o mar para transportar com rapidez,
navegando em canoas ou em jangadas. As canoas maiores são construídas de
troncos de árvores rijas e chamam-se igaras, igaratés ou igaraçus. As canoas
ligeiras –ubás – eram feitas de grossas cascas vegetais, e movidas a remo de
palheta redonda ou oval ou ainda a vela. As jangadas, pequenas e velozes,
constituíam-se de vários paus amarrados uns aos outros por fibras vegetais.
Cerâmica
No contato manual com a terra, o homem descobriu o barro como forma de
expressão. A confecção de cerâmica é muito antiga e surgiu ainda no período
Neolítico, espalhando-se, aos poucos, pelas diversas regiões da Terra.
Música
São amantes da música, que praticam em festas de plantação e de colheita,
nos ritos da puberdade e nas cerimônias de guerra e religiosas. Os
instrumentos musicais são: toró (flauta de taquara), boré (flauta de osso), o
mimbi (buzina) e o uaí (tambor de pele e de madeira).
Podemos comparar o homem indígena com o homem pré-histórico, pelo fato
de eles terem sua própria maneira de viver, de construir seu próprio mundo,
assim como o homem pré-histórico o índio constrói seus próprios adereços e
etc.
Eles também não tem obrigação de se casar, podem ter varias mulheres ao
mesmo tempo (em algumas aldeias), criam suas próprias tintas para fazer suas
pinturas tanto no corpo como em suas roupas, fazem suas próprias roupas,
panelas, armas e etc.
Yanomamis
Como exemplo de cultura indígena, convém ressaltar a dos Yanomami,
considerados um dos grupos indígenas mais primitivos da América do Sul.