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19 A 22 DE MAIO DE 1998

DIREITO AGRÁRIO E
DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
PRIMEIRA EDIÇÃO, 1999

Editado por
UMAU - União Mundial dos Agraristas Universitários
Escritório Regional Rio Grande do Sul
R. Dr. Barros cassal, 693 / 203- Porto Alegre
Rio Grande do Sul - Brasil

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DEDICATÓRIA
AOS COORDENADORES GERAIS DOS 4 CONGRESSOS
ANTERIORES DA UMAU REALIZADOS NA ITÁLIA,
1990; COSTA RICA, 1992; FRANÇA, 1994;
TUNÍSIA, 1996:
ANTONIO CARROZZA - PISA
RICARDO ZELEDÓN ZELEDÓN - SAN JOSÉ
LOUIS LOVERLLEC - NANTES
MOHAMED RIDHA BEN HAMMED - TÚNIS
MENSAGEM
PREFÁCIO

o período de 19 a 22 de maio de 1998 realizou-se em Porto Alegre, Brasil,

N o V Congresso Mundial de Direito Agrário da União Mundial dos Agraristas


Universitários –UMAU – sob a iniciativa da Coordenadoria Estadual do
Rio Grande do Sul da Associação Brasileira de Direito Agrário – ABDA –
em Parceria Acadêmica com a Faculdade de Direito da Universidade Fe-
deral do Rio Grande do Sul – UFRGS – que enquadrou este evento dentro
das comemorações dos 100 anos da criação desta tradicional e histórica
entidade de ensino Jurídico.
O Congresso teve a expressiva presença de 275 participantes, representan-
tes estes de 32 países.
No dia 19 de maio, data da abertura do Congresso, a solenidade contou
com a presença de Vicente Bogo, Vice-Governador, representando o Go-
verno do Estado do Rio Grande do Sul, de Raul Pont, Prefeito Municipal
de Porto Alegre, do Prof. Eduardo Carrion, Diretor da Faculdade de Direi-
to da UFRGS, de Güinther Staub, Secretário de Turismo do Estado, do
Prof. Louis Lorvellec, Presidente da UMAU, Prof. Alfredo Massart, Secre-
tário Geral da UMAU, Maria Célia dos Reis e Altir de Souza Maia, respec-
tivamente Presidente e Vice-Presidente da ABDA, representantes da Reito-
ria da UFRGS, da Ordem dos Advogados do Brasil - OAB/RS, do Tribunal
de Justiça, do Vereador Reginaldo Pujol, representando a Câmara Muni-
cipal de Porto Alegre, da Vereadora Clênia Maranhão, representante da
Federação das Mulheres Gaúchas , integrante da Comissão Coordenadora
e de Darcy Zibetti, Coordenador Estadual da ABDA e Coordenador Geral
do V Congresso Mundial.
Histórico – desde meu ingresso na UMAU, no Encontro Mundial de Direito
Agrário realizado em Goiânia, em 1991 e primeira participação no II Con-
gresso mundial de Direito Agrário de Costa Rica, em 1992 (homenagem
dos 500 anos do descobrimento da América) sempre se constituiu num so-
nho conquistar um Congresso da UMAU para Porto Alegre.
A oportunidade surgiu em Tunis, em 1996, durante o IV Congresso Mundi-
al, quando Ricardo Zeledón Zeledón e Pietro Romano Orlando, oferece-
ram ao Brasil, à minha pessoa e a Altir de Souza Maia, a oportunidade de
levar a efeito o Congresso seguinte.
No retorno ao País cada um trataria dessa possibilidade: Altir de Souza
Maia em Minas Gerais e eu, no Rio Grande do Sul.
De minha parte, procurei a recém criada Fundação Porto Alegre Convention
&
8 Visitors Bureau na pessoa de – Moacir Gomes Pereira.
Fui orientado pelo Prof. Manuel André da Rocha a procurar o Gabinete do Vice –
Governador do Estado. Em reunião realizada com a Chefia de Gabinete na pessoa
de Martin Barbosa, houve aprovação da idéia e indicação do assessor jurídico Dr.
Celso Geiger para colaborar. A primeira providência foi obter e encaminhar uma
carta do governador Antônio Britto ao Pres. da UMAU Louis Lorvellec, oferecendo
Porto Alegre como sede do V Congresso Mundial e solicitando a designação de uma
Comissão da UMAU para que visitasse o Rio Grande do Sul para verificar as condi-
ções e potencialidades. Da mesma forma foi obtida carta do diretor da faculdade de
Direito da UFRGS, Eduardo Carrion que foi enviada ao Pres. da UMAU, reforçando
o pedido do Governo Estadual. Foi procurado o então Presidente da Associação
Brasileira de Direito Agrário, Raimundo Laranjeira que me enviou um fax apoiando
a idéia de realizar este Congresso em porto Alegre.
Convidado para participar do Congresso Iberoamericano de Direito Agrário reali-
zado em Almería em abril de 1997, levamos cópias das cartas oficiais e do fax do
Presidente da ABDA e contatamos com os dirigentes da UMAU presentes ao evento
no sentido de que houvesse uma definição oficial da UMAU em favor da sede em
Porto Alegre.
Como surgiu outro país candidato, o Canadá, ficou combinado que a decisão final
sairia por ocasião, do I Congresso Americano de Direito Agrário de Costa Rica em
maio do mesmo ano de 1997.
No mesmo mês de maio de 1997, antes do evento de Costa Rica, fui convidado a
participar de um evento agrarista sobre o Mercosul em Santa Fé, Argentina, coorde-
nado por Francisco Gilleta.
Sentindo apoio em Santa Fé, fui ao Congresso de Costa Rica.
Os dirigentes da UMAU em Costa Rica fizeram várias reuniões a respeito e entrevis-
taram os representantes dos dois países candidatos, Brasil e Canadá.
Face à minha convicção e até obstinação ficou decidido que a UMAU enviaria a
Porto Alegre uma Comissão composta por Ricardo Zeledón Zeledón, Pietro Romano
Orlando e Enrique Guerra Daneri. No retorno a Porto Alegre voltei a procurar o
Gabinete do Vice – Governador Vicente Bogo.
Em tempo recorde foi obtido um Decreto do Governador do Estado declarando a
comitiva da UMAU como Hóspedes Oficiais do Governo do Estado e cujo Decreto
foi publicado no Diário Oficial do Estado na data limite estabelecida pela UMAU.
A cópia do Decreto Governamental foi imediatamente enviada ao Pres. Louis Lorvellec
e aos membros da Comissão.
Através da Fundação “Convention Bureau” foi promovida uma licitação para a
escolha da Empresa Organizadora do Evento, recaindo sua escolha em Andreia Brum
9

Eventos Ltda. que de imediato começou a trabalhar na preparação dos trabalhos


para a recepção da Comitiva da UMAU que chegaria no final do mês de junho, em
Porto Alegre.
Durante este período ficou decidido que a realização do Congresso no Brasil, em
Porto Alegre seria feita pela Associação Brasileira de Direito Agrário – ABDA - por
ser uma entidade de âmbito nacional.
À Comitiva da UMAU somaram-se a participação de Maria Célia dos Reis e Altir de
Souza Maia, respectivamente Presidente e Vice – Presidente da ABDA.
Durante o período de quase uma semana em que as comitivas da UMAU e da ABDA
estiveram em Porto Alegre foram feitas visitas ao Gabinete do Vice – Governador do
Estado, às Secretarias de Estado, ao Tribunal de Justiça, à Assembléia Legislativa, à
Prefeitura Municipal de Porto Alegre, FARSUL, RBS, UFRGS, PUC/RS, FIERGS,
bem como a hotéis, que propiciassem condições para realização do Evento.
Ao mesmo tempo foram realizadas diversas reuniões de trabalho donde resultou o
desenvolvimento do tema central Direito Agrário e Desenvolvimento Sustentável em
três subtemas:
1- O Impacto do Desenvolvimento Sustentável e o Direito Agrário;
2- A Agricultura e Ambiente: a Influência do Desenvolvimento Sustentável e
os Institutos de Direito Agrário;
3- O Desenvolvimento Sustentável e a Globalização: a Dimensão do Comér-
cio e o Mercado dos Produtos Agrícolas.
A idéia deste tema central, todavia, provocou várias sugestões de alteração e
complementação, abrangendo também o Cooperativismo no sentido de propiciar
caminhos e facilitar a angariação de apoio ao Evento, bem como a indicação de
outros enfoques para maior abrangência do temário. Desta forma tivemos ainda os
seguintes Enfoques Indicativos :
A.1. O Trabalho Agrário;
A.2. A Mulher na Agricultura;
A.3. As Novas Tendências dos Direitos das Associações e Cooperativas Agrí-
colas.
B.Conferências das Nações Unidas: Eco/Rio/92, Estocolmo, Pequim, Cairo,
Copenhagem, Viena, Roma.
Definido o temário e constatando que Porto Alegre tinha todas as condições para
promover um grande evento, a Comissão enviou carta-fax ao Pres. da UMAU, Louis
Lorvellec.
Com o apoio de intermediação da Fundação Convention & Visitors Bureau, e espe-
cialmente com o apoio do Vice – Governador, Vicente Bogo, da Secretaria de Assun-
tos Internacionais e da Secretaria de Turismo do Estado do Rio Grande do Sul, a
10
11

COMISSÃO ORGANIZADORA
COORDENAÇÃO EM PORTO ALEGRE
Abda/RS
Darcy Zibetti – Coord. Geral Luiz Carlos Levenzon – Pres.
e Coord. Est. Abda/ Oab/RS
RS Afonso Motta – Oab/RS
Luiz Fernando Alfama – Abda/ Adilar Da Cunha – Pres.
RS Ocergs
Catarina Barbosa Nabinger – Heitor Schuch – Pres. Fetag
Ver. Clênia Maranhão
COMISSÃO DE APOIO GOVERNAMENTAL RS – Pres.
Fmg
Celso L. F. Gaiger – Gab. Desenv./
Pedro Paulo Pheula – Iargs
Vice-Governador Nestor Hein – Assuntos
Farsul
Florence C. da Rosa – Sec. Felizberto LuisiInternacionais
– Sind.
Maria Regina
Advogados M. Cysneiros –
COMISSÃO CIENTÍFICA
Proc. Geral
Sérgio Borja – Fac. Direito/ Moacir
Giulianade Martins
Araújo Lima
Costa– Fac.
UFRGS Direito
Pessato –PUCRS
SETUR/RS
Domingos da Silveira – Fac.
Direito/UFRGS
COORDENAÇÃO Maurício
NACIONAL Batista Berni – Fac.
Maria Célia dos Reis – Altir de Souza Maia – Vice-
Direito/
Presidente ABDA Presidente ABDA UNISINOS
Sebastião Azevedo – ABDA
Brasília
ENTIDADES QUE PRESTARAM APOIO
Hélio Novoa – ABDA Brasília
1 Governo do Estado do Rio Grande 11 Ministério do Meio Ambiente e
do Sul; Recursos Hídricos e Instituto
2 Gabinete do Vice-Governador Barsileiro de Meio Ambiente;
Vicente Bogo; 12 Departamento Nacional de
3 Secretaria do Desenvolvimento e Cooperativismo – DENACOOP, do
dos Assuntos Internacionais do Ministério da Agricultura e
RS; Abastecimento;
4 Secretaria de Estado do Turismo 13 Associação Brasileira de Direito
do RS; Agrário – ABDA;
5 Secretaria de Agricultura e 14 Assembléia Legislativa do RS;
Abastecimento do RS; 15 Tribunal de Justiça do RS;
6 Prefeitura Municipal de Porto 16 Ordem dos Advogados do Brasil –
Alegre; Seção do Rio Grande do Sul –
7 Câmara Municipal de Porto OAB/RS – IARGS – AJURIS – AMATRA
Alegre; – AGENTRA – AMP;
8 Empresa Portoalegrense de 17 Federação da Agricultura do Rio
Turismo – EPATUR; Grande do Sul – FARSUL;
9 Faculdade de Direito da 18 Federação dos Trabalhadores na
Universidade Federal do Rio Agricultura do Rio Grande do Sul
Grande do Sul – UFRGS; – FETAG/RS;
10 Ministério Extraordinário da 19 Organização Central das
Política Fundiária e Instituto Cooperativas do Rio Grande do
Nacional de Colonização e Sul – OCERGS;
Reforma Agrária – INCRA; 20 Cooperativa Santa Clara de
Carlos Barbosa;
21 Cooperativa Piá de Nova
Petrópolis;
22 Cooperativa Vinícola Aurora Ltda
de Bento Gonçalves ;
SUMÁRIO

Inauguração Oficial

Discurso de Abertura - Darcy Zibetti ............... 21


Discurso de Abertura - Eduardo Carrion ............. 25
Discurso de Abertura - Maria Célia dos Reis ........ 27
Discurso de Abertura - Vicente Joaquim Bogo ........ 29
Discurso de Abertura - Günter Staub ................ 33
Discurso Acadêmico - Ricardo Zeledón Zeledón ....... 35

Parte 1
Impacto do Desenvolvimento Sustentável e o Di-
reito Agrário

La Protection des Ressources Naturelles en Tunisie


Mohamed Ridha Ben Hammed ........................... 53
Derecho Agrario y Desarrollo Sostenido: La
Convención Sobre Biodiversidad
Eduardo A. Pigretti ................................ 59
Sustainable Agriculture and the Legal Protection of
Wildlife in the United Kingdom
Christopher P. Rodgers ............................. 69
The Role of Law in Promoting Sustainable
Agriculture: Reflections on Ten Years of Experience
in the United States
Neil Hamilton ...................................... 85
Direito Agrário e Ambiental
Gursen de Miranda .................................. 93
El Robustecimiento del Derecho Agrario
José Santos Ditto .................................
101
The structure of agricultural environmental law in
the Netherlands - Towards sustainable livestock?
Willem Bruil; Herman Walda ........................
111
SUMÁRIO

A Ecologia Profunda como Precondição para o Desen-


volvimento Sustentável e o Direito Agrário
Maria Célia dos Reis ..............................
133
Derecho Agrario y Ambiente (Aspectos Evolutivos)
Enrique Guerra Daneri .............................
135

Parte 2
Agricultura e Ambiente: A Influência do Desen-
volvimento Sustentável e os Institutos de Di-
reito Agrário

Aspects Juridiques de l’Agriculture Durable


Marc Heyerick .....................................
143
Using the Common Agricultural Policy to Implement
Sustainable Agriculture in Wales
Lynda M Warren ....................................
163
El Impacto del Desarrollo Sostenible en el Derecho
Agrario Costarricense
Jorge Cabrera Medaglia; Enrique Ulate Chacón ......
173
Etica, Economia de Mercado y Medio Ambiente
Aronette Diaz; Ivo Priamo Alvarenga ...............
201
El Desarrollo Sostenible y la Globalizacion en la
Dimensión del Comercio de los Productos Agrícolas
Consuelo López de Chacón ..........................
209
Aboriginal Rights and Sustainable Development in
Canada
Jane Matthews Glenn; Anne C. Drost ................
217
Regularização Fundiária e Zoneamento: Instrumentos
do Direito Agrário para o Desenvolvimento Sustentá-
vel em Mato Grosso
Rodrigo Justus de Brito ...........................
229
SUMÁRIO

The State and Agriculture in Australia: The Role of


Trusts in Family Life
Malcolm Voyce .....................................
247
Desarrollo Sustentable, Conservación del Medio Am-
biente y Empresa Agrícola
Rosalba Alessi ....................................
273
Agricultura y Ambiente. La Influencia del
Desarrollo Sustentable y los Institutos de Derecho
Agrario
Fernando Pedro Brebbia ............................
291
Atualidade eo Direito Agrário – A Visão Jus-
agrarista do Direito de Propriedade
Moacir Costa de Araújo Lima .......................
301
The Nature of the Farm
Jim Chen ..........................................
305
O Impacto do Desenvolvimento Sustentavel e o Direi-
to Agrario
Francisco I. Giletta ..............................
335
O Desenvolvimento Sustentável e a Função Social da
Propriedade Rural no Brasil
Domingos Sávio Dresch da Silveira .................
347
El Trabajo Agrario
Rafael Inciarte Bracho ............................
353
As Inovações na Agricultura e a Legislação
Agrária Vigente
Augusto Ribeiro Garcia ............................
357
El Invernadero y el Medio Ambiente en Explotaciones
SUMÁRIO

Familiares Agrarias Almerienses


Jose Damian Tellez de Peralta .....................
367
A Ação Civil Pública e a Tutela do Meio Ambiente
Agrário
Olavo Acyr de Lima Rocha ..........................
387
O Direito Agrário na Amazônia e o Desenvolvimento
Sustentável
Antônio José de Mattos Neto .......................
401
Ambiente, Sostenibilidad, Derecho Agrario
Aldo Pedro Casella ................................
419
Las Cooperativas Agrarias como Instrumentos de
Desarrollo Sostenido
Juan José Sanz Jarque .............................
427
Una Forma de Poseer en Beneficio de Todos
Eduardo Chacon Mora ...............................
433
La Protección Social de los Trabajadores Agrícolas
en España
Cristóbal Guerrero Martín .........................
443
Aspectos Jurídicos y Conotaciones Ambientales de
los Institutos del Derecho Agrario en el Marco del
Desarrollo Sustentable
Ana Maria Maud ....................................
457
El Derecho Agrario como Fuente de Interpretación de
los Derechos Humanos
Héctor Sánchez Arguello, Mélida Sánchez Herdocia ..
471
El Impacto del Ambiente en la Competencia de la
Jurisdiccion Agraria: Justicia Agroambiental en
Costa Rica
Ruth Alpízar Rodríguez ............................
481
O Pagamento Indevido dos Juros Compensatórios nas
Desapropriações por Interesse Social para Fins de
SUMÁRIO

Reforma Agrária
Zélia Luiza Pierdoná ..............................
493
Os Agricultores Sem-terra como Sujeitos do Direito
ao Desenvolvimento Sustentável
Jacques Távora Alfonsin ...........................
495
La mejora del Mundo Rural a traves de una Agricultu-
ra mas adaptada al Medio Ambiente
Desamparados Llombart Bosch .......................
509

Parte 3
O Desenvolvimento Sustentável e a Globalização:
A Dimensão do Comércio e o Mercado dos Produtos
Agrícolas

El Derecho Argentino Frente a la Necesidad de una


Agricultura Sustentable de Alta Producción
Nancy Lidia Malanos ...............................
527
Les Groupements et Sociétés Agricoles et la
Diversification: Difficultés et perspectives
Isabelle Couturier ................................
539
Desarrollo Sustentable y Globalizacion: La Dimension
del Comercio y De Los Mercados de Productos Agrarios
(Un Enfoque Desde el Mercosur)
Rosario Silva Gilli ...............................
551
El Impacto del Desarrollo Sustentable y el Derecho
Agrario
Rodolfo Veloz Bañuelos ............................
561
Insercion del Asociacionismo Agrario en los Mercados
Comunes
María Adriana Victoria; Hugo Emil Silva ...........
567
Economia de Escala, Custos e Direito Agrário
Sérgio Borja ......................................
581
Agricultura y Medio Ambiente: El impacto de los
residuos en el entorno
Ramón Herrera Campos. .............................
601
INAUGURAÇÃO OFICIAL
Darcy Zibetti
COORDENADOR GERAL DO CONGRESSO

DISCURSO DE ABERTURA

De dois em dois anos a UMAU- União Mundial dos Agraristas Universitários pro-
move num determinado País de diferente continente, um Congresso Mundial com o
objetivo de difundir o Direito Agrário e congregar novos adeptos. O primeiro ocor-
reu em Pisa, na Itália, o segundo em Costa Rica, o terceiro na França e o quarto na
Tunísia, o quinto foi conquistado pelo Brasil. É este que se inicia em Porto Alegre.
Esse Congresso se deve ao apoio a nossa iniciativa pelo Governo do Estado do Rio
Grande do Sul, em especial, pelo Gabinete do Vice-Governador, Fundação Porto
Alegre Convention & Visitors Bureau à qual se integra a Secretaria de Estado do
Turismo e a Empresa Porto Alegrense de Turismo da Prefeitura Municipal, Universi-
dades, e outras empresas do setor primário, secundário e terciário, permitindo dessa
forma que Porto Alegre se contituisse durante essa semana em Capital Mundial de
Direito Agrário.
Sendo uma entidade de âmbito nacional, coube à Associação Brasileira de Direito
Agrário – ABDA - a responsabilidade de sua realização. A Coordenação Estadual
da ABDA buscou a Parceria Acadêmica com a Faculdade de Direito da Universida-
de Federal do Rio Grande do Sul que enquadrou este conclave dentro das comemo-
rações dos 100 anos de sua fundação. Procurou também a integração com outras
entidades de apoio a Ordem dos Advogados do Brasil/RS que tem a Comissão da
Terra, FARSUL – FETAG – OCERGS – IARGS e outras. Fundamental foi, além do
Governo do Estado, que declarou este evento de interesse público através do Decre-
to n.º 38.247, 18/02/98 (D.O 18/02/98), o apoio do INCRA – Instituto Nacional de
Colonização e Reforma Agrária – e do DENACOOP – Departamento Nacional de
Cooperativismo do Ministério da Agricultura e Abastecimento.
Cabe lembrar a participação do Tribunal de Justiça, Assembléia Legislativa e Câ-
mara Municipal de Vereadores.
Não é por acaso que este V Congresso Mundial, se realiza em Porto Alegre, Rio
Grande do Sul. O primeiro agrarista brasileiro Joaquim Luis Osório foi do Rio Grande
do Sul. Aqui foram realizados Cursos, Seminários como o Ibero-Americano e 1.º
Seminário Nacional, em Cruz Alta – donde saiu a Carta de Cruz Alta; Jornadas –
Ítalo – Brasileiras; o 1.º Congresso Interamericano de Direito Agrário. O fato é que
DISCURSO DO COORDENADOR GERAL DO CONGRESSO

este
22 Congresso Mundial representa o coroamento de todo um trabalho e esforço
para dinamizar esta matéria agrária, também objeto, do Fórum Nacional de Agri-
cultura aqui lançado como instrumento de uma Política Agrária para todo País, de
dimensões continentais. Espera-se que a Carta de Recomendações que nesse Con-
gresso será aprovada represente um novo passo e um novo marco para a
institucionalização do Direito Agrário no mundo dentro da nova visão do Direito
Agrário e Desenvolvimento Sustentável que certamente será tema de discussões e
debates no próximo século e milênio.
Na verdade, o âmbito de atuação do Direito Agrário é o espaço rural, vale dizer, fora
da zona urbana. Todas as situações Jurídico-agrárias dentro da teoria de agribusiness,
antes, dentro e fora da fronteira são objeto específico desse ramo da Ciência Jurídi-
ca.
Todavia, fenômenos do efeito estufa, problemas com a camada de ozônio da atmosfe-
ra, o El Niño, os tornados, a manifestação de degelo nos pólos, o desmatamento, a
degradação do solo, a poluição das águas e da atmosfera, quebra dos ecossistemas,
a questão da biotecnologia, problemas com agrotóxicos e etc., obrigam a que os
Agraristas se preocupem com os problemas globais, eis que, afetam, diretamente
questões de matéria agrária, a atividade rural, da produção, produtividade e quali-
dade provindos da terra.
Essa é a questão? Qual a solução?
Evidentemente que essa situação desperta o sentimento jurídico, fonte psicológica do
Direito, de que fala Von Ihering no seu livro “A Luta Pelo Direito”.
E o agrarista, como pensador, está mais preocupado e engajado nesta luta como
ninguém, eis que, o que está em jogo é a vida do planeta Terra – patrimônio da
Humanidade – e, consequentemente a vida humana, sua qualidade de vida tendo em
vista que o bom alimento é o melhor remédio.
A amplitude do temário deste V Congresso Mundial propiciou a que os Agraristas
Universitários trouxessem no bojo de sua colaboração, idéias, sugestões, experiên-
cias nacionais e explicações científicas em consonância com os temas das Conferên-
cias das Nações Unidas, destacando-se entre outras, a Eco/Rio/92 e Kioto que espe-
ram aprovação dos Governos e dos Estados que resistem à sua aprovação.
Os Agraristas, como pensadores imaginam um Estado-Ideal, onde não haja fome,
miséria, desemprego e poluição.
Os Agraristas querem contribuir com formas jurídicas, para que haja, no processo
em curso, a globalização não só econômica, mas também social, e ecológica, tendo
por fundamento a teoria do desenvolvimento sustentável e da solidariedade.
Mais do que nunca se faz presente a doutrina do consagrado mestre da Faculdade de
Direito da UFRGS, Prof. Armando Câmara que do alto de sua cátedra pontificava:
“dar a cada um o que é seu, sim, porém tendo em vista o bem comum”.
DISCURSO DO COORDENADOR GERAL DO CONGRESSO 23

Lei da Natureza e Direito Natural

Há um desafio para a ciência e a tecnologia. As universidades e as instituições


públicas e privadas estão sendo convocadas para promover a descoberta constante
da Lei da Natureza e no seu espírito implementar soluções em atendimento ao Direi-
to Natural levando em conta Giambattista Vico, que declara ser natural ao homem
ter o direito, como regulador da vida dos povos e evoluindo mediante um crescente
recurso à idéia de justiça, inseparável da realização da responsabilidade.
O princípio da imputação do Direito Positivo, deve seguir os ditames do Direito
Natural representado pelos Direitos Humanos e da Lei da Natureza, eis que, a ela se
aplica o princípio da causalidade, cuja sanção, não é carcerária, ou monetária mas
sua reposição, a correção da causa.
A idéia de formação de uma “Consciência Jurídica” de que fala Carlos Galves,
aluno laureado da Faculdade Centenária e Parceria Acadêmica deste V Congresso
Eduardo Carrion
DIRETOR DA FACULDADE DE DIREITO DA UFRGS

DISCURSO DE ABERTURA

Demais autoridades aqui presentes.


Congressistas.
Senhoras e Senhores.

Realiza-se em Porto Alegre o Vº Congresso Mundial de Direito Agrário, em promo-


ção da União Mundial de Agraristas Universitários (UMAU), realização da Associ-
ação Brasileira de Direito Agrário (ABDA) e parceria acadêmica da Faculdade de
Direito da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, com o apoio dos governos
federal, estadual e municipal e de inúmeras entidades e associações da sociedade
civil. Tendo como tema principal Direito Agrário e Desenvolvimento Sustentável, o
congresso soma os esforços e a competência de dezenas de especialistas e estudiosos
estrangeiros e brasileiros.
Pela primeira vez, ocorre o congresso no Brasil. A iniciativa revela-se oportuna face
à importância da questão agrária num país como o nosso.
Importância essa admitida pela Constituição brasileira de 1988 que está a comemo-
rar seus dez anos de existência. De forma inovadora, ela reserva capítulo próprio:
Da Política Agrícola e Fundiária e da Reforma Agrária a esta problemática. Além
disso, esboça-se, no estatuto constitucional, a idéia de uma justiça agrária, a reve-
lar uma aguçada preocupação com a solução dos litígios agrários. Demais, a Cons-
tituição de 1988 equiparou, em matéria de direitos sociais, o trabalhador urbano e o
rural.
Disciplina incorporada no currículo da Faculdade de Direito da Universidade Fe-
deral do Rio Grande do Sul já há muitos anos, o direito agrário ou, na preferência de
alguns, o direito rural, em via de afirmar cada vez mais sua autonomia científica, é,
conforme já se disse, “um direito tendente a preparar a ordem futura”. Esta perspec-
tiva fica manifesta na definição do tema central e dos subtemas do congresso, a idéia
de desenvolvimento sustentável permeando todos os debates.
O fato da escolha da Faculdade de Direito da Universidade Federal do Rio Grande
DISCURSO DO DIRETOR DA FACULDADE DE DIREITO DA UFRGS

do
26 Sul, uma das mais tradicionais Faculdades de Direito do país, como parceira
acadêmica constitui um reconhecimento da alta qualificação da Universidade públi-
ca brasileira.
A Faculdade de Direito da Universidade Federal do Rio Grande do Sul tem desen-
volvido, ao lado de suas atividades de ensino e de pesquisa, inúmeras iniciativas no
âmbito da extensão universitária, como sua colaboração na realização do Vº Con-
gresso Mundial de Direito Agrário. Esta participação vem engrandecer a comemo-
ração do centenário da instituição, a efetivar-se no ano 2000, sob responsabilidade
da atual gestão..
Nossos agradecimentos assim à União Mundial dos Agraristas Universitários
(UMAU), na pessoa de seu presidente, o Professor Louis Lorvellec, e à Associação
Brasileira de Direito Agrário (ABDA), na pessoa de sua presidente, Dra. Maria
Célia dos Reis. Um agradecimento e uma homenagem especial ao Dr. Darcy Zibetti,
Coordenador Geral do evento. Sem ele, provavelmente, seguramente, não estaría-
mos hoje todos aqui.
27

Maria Célia dos Reis


PRESIDENTE DA ABDA - ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE DIREITO AGRÁRIO

DISCURSO DE ABERTURA

Cabe à Associação Brasileira de Direito Agrário, através de sua Presidente, a honra


de abrir os trabalhos do certame, bem como formular augúrios do mais pleno êxito,
o que ora faço, imbuída de enorme alegria e de imensa responsabilidade.
Desejando as mais calorosas boas vindas, saúdo cada um dos jusagraristas que vie-
ram de além-fronteiras para dignificar o presente conclave e trazer a preciosidade
de suas reflexões e ensinamentos. Que sua presença entre nós seja calorosa e fecun-
da em termos de crescimento jurídico-agrário.
Àqueles outros que se agasalham à sombra do mesmo pendão verde-amarelo, quero
igualmente exprimir todo o carinho e o entusiasmo neste momento de acolhida e os
conclamo a dar o melhor de si mesmos no ouvir, refletir, trocar idéias, formular e
reformular princípios e conceitos que serão lançados na leira fértil de nosso mundo
contemporâneo para que produzam resultados práticos e necessários ao nosso país.
Na verdade, desde que graduados em Direito, escolhemos o Direito Agrário como
campo de especialização, conquistando graus acadêmicos de especialistas, mestres
ou doutores, assumimos diante de nós mesmos e dos concidadãos do país e do orbe
a responsabilidade de ser a consciência crítica do mundo sobre uma realidade tão
antiga quanto o planeta: a terra. E fica-me sempre a interrogação sobre se já nos
demos conta desta responsabilidade.
Peço-lhes vênia, senhores, para em breves pinceladas, delinear o painel desta disci-
plina que, há poucas décadas, emergiu como ramo específico do saber jurídico,
embora tenha por objeto um tema tão essencial à vida e à sobrevivência de nossa
espécie e de todas as demais.
Desde alguns séculos antes da presente era, com a criação da “pólis”, deu-se a
contagem regressiva do tempo em que a sociedade abandonaria o campo, o “ager”.
Com a evolução do próprio homem, a tomada de consciência de si mesmo e de suas
potencialidades, ele foi criando um novo universo de temas, de produção, de merca-
do em idéias, em tecnologia, em bens de consumo, aparentemente auto-suficiente,
distante do campo e perdendo cada vez mais a consciência de seu papel capital na
DISCURSO DA PRESIDENTE DA ABDA

produção
28 de alimentos e na preservação do ambiente.
O jusagrarista é, no meio dessa nova Babel de um mundo globalizado, a consciência
crítica da comunidade universal dos valores deste mesmo campo para a sobrevivên-
cia da humanidade.
Eis o motivo mais importante que nos arrastou dos mais diversos quadrantes do orbe
e nos congraçou neste V Congresso Mundial de Direito Agrário, em realização nesta
cidade tão rica de valores como é Porto Alegre.
É nossa função municiar a humanidade com os recursos necessários para que ela
não venha a fechar sobre si mesma a porta da sobrevivência.
O Campo, na verdade, prossegue, com ou sem a sofisticação da tecnologia, como a
fonte de suprimentos para a vida, a ciência, a tecnologia.
Deixo aqui expresso, antes de concluir, um agradecimento sincero a todas as entida-
des que ofereceram seu apoio para que o presente evento se tornasse realidade e
29

Vicente Joaquim Bogo


VICE-GOVERNADOR DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

DISCURSO DE ABERTURA

Senhores Congressistas:
Aos senhores e senhoras, que participam deste Vº Congresso Mundial de Direito
Agrário as boas vindas do Governo do Estado do Rio Grande do Sul, os votos de
pleno sucesso para os trabalhos deste Congresso e uma feliz estada no Brasil e neste
Estado.
No início de 1997, o Dr. Zibetti, como associado da UMAU e representante no Esta-
do da Associação Brasileira do Direito Agrário procurou o Gabinete da Vice-
Governadoria do Estado do Rio Grande do Sul, solicitando apoio à realização do Vº
Congresso Mundial de Direito Agrário em 1998 nesta Capital; ainda, sob a influên-
cia do Congresso da UMAU realizado na Tunísia em 1996, via com entusiasmo a
possibilidade de organizar um evento desta natureza no Sul do Brasil.
Como Vice-Governador acolhi a sugestão, encaminhando-a ao Exmo. Sr. Governa-
dor do Estado que, oficialmente, comunicou ao Prof. Louis Lorvellec, DD. Presiden-
te da UMAU, o interesse e alegria na realização do Vº Congresso em Porto Alegre.
O Rio Grande do Sul é um Estado de tradição agrícola pastoril, baseando grande
parte de sua economia sobre a produção primária; o significado do Estado em rela-
ção à atividade agro-pastoril se reflete na periódica designação de homens do Rio
Grande para o cargo de Ministro da Agricultura, como acontece com o atual Minis-
tro, ausente deste conclave por participar em Paris de solenidade que confere ao Rio
Grande do Sul o certificado de Zona Livre de Aftosa.
De outra parte conta com 15 universidades e 30 outras instituições de ensino superi-
or, com 26 Faculdades de Direito, muitas delas com cursos de Direito Agrário.
Entendeu o Governo do Estado que este contexto viabilizava à União Mundial de
Agraristas de Direito Agrário as condições para , com a coresponsabilidade de ou-
tras instituições ligadas ao direito, a realização de um evento de porte internacional.
O Governo do Estado, dentro dos limites de suas possibilidades procurou dar, tam-
bém, a sua contribuição, não só declarando hóspedes oficiais os representantes da
UMAU que aqui estiveram em junho do ano passado para conhecer esta capital e
DISCURSO DO VICE-GOVERNADOR DO ESTADO

30
avaliar as condições oferecidas, como agora, declarando hóspedes oficiais os mem-
bros da direção da UMAU; ao par disso designou servidores do Estado como cola-
boradores da Comissão Organizadora.
Creio que mais importante que estas considerações sobre a origem e caminhada
rumo a este acontecimento é a temática que aqui será apresentada, não só por sua
atualidade como porque representa as balisas pela qual a humanidade deve seguir
em seu desenvolvimento.
Direito Agrário e Desenvolvimento Sustentável é a nova exigência deste fim de milê-
nio; o homem que violentou a natureza, que esgotou muitos de seus mananciais de
riquezas, começa a tomar consciência e a levar esta nova consciência aos governos,
aos parlamentos, ao debate eleitoral para criar novos instrumentos jurídicos, novos
mecanismos legais que assegurem aos povos e nações produzir alimentos, produzir
riqueza, sem destruir a natureza, sem comprometer o futuro, sem oferecer prejuízo
irreparável ao próprio homem, avançando no desenvolvimento com bem-estar, com
preservação do ambiente, com mais sanidade para futuras gerações.
O Brasil, certamente é um dos poucos países que firma, na sua constituição o com-
promisso com o meio ambiente, com a proteção ecológica.
Com o Exmo. Sr. Governador do Estado, tive eu a ventura de participar da Assem-
bléia Nacional Constituinte de 1988, contribuindo para a elaboração do texto cons-
titucional, assegurando no seu art. 225 que “Todos têm direito ao meio ambiente
ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia quali-
dade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e
preservá-lo para as presentes e futuras gerações”.
Para este fim, ao par das normas protetoras da fauna e flora, se impõe a educação
ambiental em todos os níveis de ensino.
Ao conceituar a função social da propriedade, a Constituição do Brasil impõe com
um dos requisitos fundamentais “a utilização adequada dos recursos naturais dispo-
níveis e preservação do meio ambiente” (art. 186, II)
Nesta mesma linha a nova Constituição do Estado do Rio Grande do Sul que dispõe
em capítulo especial sobre o meio ambiente, ampliando, no âmbito do Estado, as
muitas formas de proteção e preservação do meio ambiente.
Também, inovadora a legislação que dispõe sobre a proteção ambiental e, especial-
mente, as leis que conceituam e punem os crimes e infrações ao meio ambiente.
Evidente que, pela extensão do país, por sua enorme diversidade e formas de cultura
o processo de defesa ambiental enfrenta um longo caminho; os inúmeros focos de
fogo ocorridos, recentemente, no Estado de Roraima, no norte do País, cujos clarões
estarreceram o mundo, é resultado de uma praxe antiga e arraigada de queima da
mata e cerrado para a preparação das áreas de pastagem e lavoura.
DISCURSO DO VICE-GOVERNADOR DO ESTADO 31

A exploração da madeira por grandes empresas transnacionais ainda continua a


destruir a floresta, com a derrubada de árvores nobres, aproveitando da falta ou
dificuldade de fiscalização em áreas de grande extensão.
Os garimpos de ouro provocam a erosão e poluem as águas, embora tal atividade,
conforme a constituição (art. 174§3º) esteja subordinada à proteção do meio ambi-
ente.
Levantei algumas poucas questões que desafiam a capacidade de agir do governo e
sociedade para reafirmar a complexidade do problema e o longo percurso na salva-
guarda da natureza de suas riquezas.
No nosso próprio meio, aqui no Estado, a monocultura de grãos levou ao empobre-
cimento do solo e ao uso indiscriminado de defensivos agrícolas, cujo comércio e
distribuição foi apresentado através de grande publicidade por grandes empresas;
paulativamente, o agricultor vem mudando suas formas de cultivo, diminuindo o
uso de agrotóxicos, obtendo, ainda, maior índice de produtividade. Aliás, somos o
Estado líder na legislação ambiental, notadamente a de controle de defensivos agrí-
colas e desmatamento.
Trago o testemunho de anos de atividade que desenvolvi como orientador sindical,
como formador de quadros para os sindicatos dos trabalhadores rurais, entidade
que se faz presente em quase todos os 467 municípios gaúchos; somo a este trabalho
sindical, o tempo de Vice-Prefeito de município de características agrícolas, de
predomínio da pequena e média propriedade na região noroeste do Estado.
Inúmeros os projetos, diversas as ações desenvolvidas pelo Estado e País na busca
de assegurar uma nova forma de desenvolvimento agrário, que preserve a natureza
e o equilíbrio ambiental.
Tenho certeza que as dezenas de teses e trabalhos apresentados enriquecerão esta
parceria de conhecimento, aprofundando a nossa consciência e a consciência da
sociedade para os desafios do desenvolvimento agrário sustentável.
Embora este seja o tema central deste conclave, todavia outros sub-temas têm rele-
vante importância, merecendo cada um, um debate especial.
Evidente que a agricultura já vem sofrendo, há várias décadas, das conseqüências
da globalização, de vez que os preços de seus produtos são fixados na bolsa de
Chicago; que o controle do mercado mundial de grãos está nas mãos de umas pou-
cas empresas.
Há que se atentar, também, para uma questão mais global relativa aos interesses
supranacionais de grupos econômicos interessados na extração dos recursos natu-
rais, na comercialização de insumos agrícolas e no patenteamento e transformação
genética das espécies animais e vegetais.
Hoje, falar de desenvolvimento sustentável e direito agrário implica numa atitude
política capaz de conciliar a soberania e independência das nações e a subsistência
das populações, resguardado o ordenamento jurídico que dê estabilidade às rela-
ções sociais e assegure o máximo de produção de justiça.
Muitos outros enfoques mereciam alguma referência, como o trabalho agrário, a
mulher na agricultura e as novas tendências das associações e cooperativas agríco-
DISCURSO DO VICE-GOVERNADOR DO ESTADO

32
33

Günter Staub
SECRETÁRIO DE ESTADO DO TURISMO

DISCURSO DE ABERTURA

Sr. Lui Loverlec, Sr. Vicente Bogo, Vice Governador do Estado. Sr. Prefeito Raul
Ponte, Sra. Maria Célia dos Reis, Presidente da Associação Brasileira, demais mem-
bros da mesa, senhoras e senhores. É para nós do Rio Grande do Sul, motivo de
extremo orgulho e satisfação, receber esse Congresso Mundial de Direito Agrário,
porque aqui nós temos cerca de 500 mil propriedades rurais aqui nesse Estado, dos
quais 36% com até 10 hectares, 50% com 10 a 50 hectares, 6,16 com a 50 a 100
hectares, 5,47 com 100 a 500 hectares. 0,98 com 500 a 1000 hectares e 0,66% com
mais de 100 hectares. E o Estado primeiro colocado no Brasil em produção de lã,
primeiro produtor de grãos do Brasil, primeiro produtor de uva e vinho no Brasil e
representa 20% da produr,8o do soja no Brasil, 44,5% da produção do arroz, 13,5%
do milho, 26% de trigo, 54 de uva, 38% de mar,a, 50% de fumo, 20% de cebola, 35%
de alho, alem de uma serie de outras atividades agrícolas nas quais o Rio Grande do
Sul se destaca a nível nacional e a nível internacional, e é também um grande expor-
tador de grãos. E por isso que nós do Rio Grande do Sul, nesta ação conjunta de
entidades das universidades e do Governo do Estado e da Prefeitura de Porto Ale-
gre, nos sentimos muito orgulhosos e muito honrados em estar sediando esse V Con-
gresso. Nós na Secretaria de Turismo, secundando o que a Presidente Maria Célia
dos Reis falou, o que o Sr. Lui Loverlec tampem falou, nós temos trabalhado no
desenvolvimento do turismo rural onde temos um projeto importante a nível de Bra-
sil, nos temos trabalhado muito com varias modalidades de ecoturismo, de turismo
esportivo ligado a natureza. Eu acredito, embora não seja advogado, que essas ati-
vidades, sem duvida nenhuma vão ocupar cada vez mais a atenção do Direito Agrá-
rio porque ele se realiza fundamentalmente no campo e junto a natureza, dentro
evidentemente de preocupações com preservação ambiental e assim por diante. De
modo que eu quero agradecer a parceria que estamos tendo de varias organizações,
quero agradecer o empenho e cumprimentar pelo trabalho o Presidente desse Even-
to Sr. Darcy Zibetti, do Convention Bureau, da Prefeitura de Porto Alegre, das Uni-
versidades e quero dar as boas vindas aos representantes da Albânia, da Argentina,
da Austrália, da Bélgica, do Canada, da Costa Rica, Cuba, Equador, El Salvador,
Espanha, França, Itália, Marrocos, México, Holanda, Nicarágua, Panamá, Paraguai,
Polônia, Romênia, Rússia, Eslovênia, Tanzânia, Tunísia, Ucrânia, Inglaterra, Uru-
DISCURSO DO SECRETÁRIO DO TURISMO

guai, Estados Unidos e Venezuela que se deslocaram de tão longe para debater estas
questões do Direito Agrário. E nos entendemos e gostaríamos de desejar a todos não
34
só boas vindas como boa estadia e que gostem da nossa Cidade, que gostem do
nosso Estado, do nosso povo, que nos temos a felicidade de trata-los bem e que não
haja nenhum deslize de nossa parte, do ponto de vista de atendimento aos senhores
e as senhoras que também são turistas. Nos esperamos que corra tudo bem, mas
também nos desejamos, finalmente, que o mundo do Direito, o mundo da justiça saia
engrandecido deste encontro porque cada vez mais nós assistimos o mundo cheio de
desigualdades, o mundo com muito violência, o mundo com muita injustiça e nos
precisamos que cada vez mais o Direito e a Justiça trabalhem para que as pessoas
possam conviver com mais fraternidade, com mais amor, e proporcionar a todos os
seus semelhantes mais igualdade e melhores condições de vida. Sucesso no V Con-
gresso Mundial de Direito Agrário, parabéns aos organizadores e nos esperamos e
desejamos a todos os presentes uma boa estadia e trabalhos muito produtivos e
muito profícuos. Muito obrigado.
35

Ricardo Zeledón Zeledón


VICE-PRESIDENTE DA UMAU

DISCURSO ACADÊMICO

Discurso académico al V° Congreso Mundial de Derecho Agrario, bajo el


tema “Derecho agrario y Desarrollo sostenible”, organizado por la Unión Mun-
dial de Agraristas Universitarios en Porto Alegre, del 19 al 22 de mayo de 1998.

1. El desarrollo sostenible funda un nuevo y profundo movimiento destinado


a facilitar el progreso acelerado de la Humanidad. Impacta toda la Cultura Jurídi-
ca. Permite el renacimiento del Derecho agrario. Es la evolución de la disciplina
hacia el mañana.
Porque el desarrollo sostenible es un movimiento concebido por la Humanidad
para enfrentar los retos del nuevo milenio. Está destinado a permitir el progreso de
las diversas concepciones acrisoladas durante el Siglo XX. Es la aparición,
indiscutiblemente original, de un mega derecho humano muy particular. Resulta de
unir el derecho al desarrollo con el derecho al ambiente. Conforma la síntesis más
absoluta de la solidaridad porque aglutina y fusiona dos derechos humanos de la
tercera generación. Se le define como una estrategia de desarrollo cuya columna
vertebral es el ambiente.
Tanto el ambiente como el desarrollo nacen separadamente como derechos
humanos de la tercera generación en diversa reuniones de Naciones Unidas. El
derecho a un ambiente sano y ecológicamente equilibrado fue planteado por primera
vez en Estocolmo, en 1972, y evolucionó posteriormente con la adopción de la Carta
de la Naturaleza, de Nueva York, en 1982. Por su parte el derecho al desarrollo se
consagra en la mismo seno de la Asamblea General de Naciones Unidas en 1986.
Pero esa génesis programática, adquiere una fisonomía propia con el Informe
Bruntland, en 1987, cuando por primera vez se plantea el tema del desarrollo
sostenible.
El Informe Bruntland sirvió de base para la Cumbre de Rio de 1992. Ahí los
documentos aprobados se dirigen a considerar al ambiente como estrategia para el
desarrollo, es decir nace el desarrollo sostenible. Ello deriva de los principios del
conjunto de la Declaración de Principios de la Cumbre, la Agenda XXI, la Convención
sobre el Cambio Climático, y la Declaración de los Bosques.
Posteriormente el tema ha venido progresando conceptualmente en las diver-
DISCURSO ACADÊMICO DO VICE-PRESIDENTE DA UMAU

sas
36 cumbres de Naciones Unidas. Ahí el desarrollo sostenible está presente y se
reitera. Primero fue la Cumbre de Viena, sobre Derechos Humanos, en 1993, luego
se sucedieron las de El Cairo, de Población, en 1994, la de Beijing, referida a la
Mujer, en 1995, la de Copenhagen, de Desarrollo Social, en 1995, la de Roma, sobre
Seguridad Alimentaria, en 1996, y finalmente la de Kyoto, de Cambio Climático, en
1997.
En todos esos documentos promulgados por las cumbres de Naciones Unidas
hay referencias al contenido del Derecho agrario. La evolución de los conceptos
solo podrá apreciarse en su conjunto pero el impacto en la disciplina ya ha comenzado
a percibirse.
Naturalmente también hay corrientes adversas. Principalmente se ubican en
el área del comercio. Porque se ha pretendido restarle protagonismo al desarrollo
sostenible en cuanto pudiera constituir un obstáculo para la libre competencia y el
desarrollo comercial.
Dentro de estas complejas influencias, referidas al ambiente, al desarrollo y
al comercio, deberá definirse el Derecho agrario al pasar el umbral hacia el nuevo
siglo y el nuevo milenio. Solo en la justa comprensión de su historia y su futuro
podrá evolucionar.

2. El desarrollo sostenible es un concepto absolutamente nuevo. Por ello


aún hoy tiene adversarios y sufre la incomprensión. Incluso algunos agraristas se
han opuesto a los temas del ambiente y el desarrollo. En unos casos por temor a su
degradación e incluso a la eventual desaparición. En otros porque no ha habido
tiempo para poder prever la forma vertiginosa como se está escribiendo la Historia.
Las objeciones del Derecho agrario derivan de su propio dilema en esta
encrucijada histórica. La falta de una solución nítida a los emergentes problemas se
transforma en una réplica, negación u oposición a los cambios. Pero el ambiente y
el desarrollo parecen avanzar seguros frente a las críticas y condenas.

3. Las objeciones de la disciplina agrarista al ambiente no se encuentra en


toda su larga historia. Corresponde a los últimos años. Principalmente en la oscura
década de los años ’80.
En un principio la doctrina se mostraba muy segura. Estaba asentada en una
sólida base de teoría general. Los temas del ambiente y los consumidores no parecían
peligrosos.
Pero al filo de la década de los años ’80 la aparición de las tesis ecologistas
en el horizonte de la Cultura generan los primeros replanteamientos.
En Argentina surgió una corriente proponiendo nuevos criterios para el
Derecho agrario. Su más ilustre cultor fue Pigretti.
En esa época las tesis ambientalistas comenzaban a tener un cierto impacto
en el mundo. A la declaración de Estocolmo, de 1972, se sumaba ahora la Carta de
la Naturaleza, de 1982, y así se formulaban nuevos conceptos.
DISCURSO ACADÊMICO DO VICE-PRESIDENTE DA UMAU 37

La preeminencia ambiental significaba también peligro para la estabilidad


del agrario. Surgieron los temores. Y comenzaron a plantearse las objeciones.
Derivaban de falsos problemas.
El primero fue la posible pérdida del contenido de la disciplina. Evidente-
mente los diversos institutos comenzaban a recibir los influjos de la variable ambiental.
Unos nacen, otros se transforman, también algunos desaparecen. Todos se tiñen de
verde.
La falta de solución a este problema genera un evidente temor. Deriva del
posible abandono de la sede agraria de muchos institutos. Un cierto tipo de
desmembración. Una pérdida. Migración hacia el sector ambiental.
El segundo problema parece ser un cierto resquebrajamiento de la doctrina.
Estos falsos problemas percibían un sisma. Se generó un cierto terror. Se
pronosticó el cataclismo. Entonces surgió la defensa. En el fondo tenía signo
antiambientalista.

4. En el mismo tiempo también surgían otros ataques al Derecho agrario.


Parecían venir del frente del desarrollo. Se trataba de un tema aparentemente mere-
cedor de todo el apoyo de la ciencia jurídica. Se le debía promover y estimular. Pero
no fue así. El tema del desarrollo generó grandes polémicas y tomas de posición.
Las objeciones comenzaron cuando se dio el tránsito de figuras jurídicas típi-
ca del patrimonio de la reforma agraria hacia el desarrollo agrario. La disminución
patrimonial se identificó con un saqueo. Surgen los adversarios. Inicialmente son
unos pocos pero luego el movimiento crece. Principalmente ello acontece cuando se
llega a encontrar tras la fachada de desarrollo a un proceso ideológico bien
estructurado. Se calificó como economicista y deshumanizado cuya misión era des-
truir todo lo social. Esto generó una actitud beligerante dentro de la disciplina
porque era atentar contra su propia alma.
En América Latina encuentra los más férreos oponentes. Porque en este
hemisferio el agrario surge como respuesta, o solución, a la injusticia social en el
campo. Se funda en una corriente romántica, idealista y política. Pero una corriente
también poco profunda en el campo jurídico. En la década de los años ’60 su visión
llegó a identificar al Derecho agrario con la reforma agraria. Algunos soñaron con
un proceso social reivindicatorio, profundo, ampliamente revolucionario.
En las décadas de los años ’70 y ’80 el dilema estaba en el abandono del
Derecho agrario de todo lo social. Era aceptar la eventualidad de dirigirse por los
senderos de la economía ciega y fría abandonando las exigencias de la Sociedad.
Ello aconteció al entrar en crisis los procesos de reforma agraria. La
solidaridad social comenzaba a ceder frente a múltiples factores. Comenzó a difundirse
un profundo pesimismo. Al avanzar la década de 1980 todo fue peor. La crisis se
generalizó y emergieron respuestas contrastantes a las planteadas por lo agrario.
Aún hoy se acusa a los procesos sociales de haber generalizado el drama económico,
la crisis del Estado y la ingobernabilidad.
DISCURSO ACADÊMICO DO VICE-PRESIDENTE DA UMAU

38 Se vivía un período de restauración. Del romanticismo primigenio se pasó a


la depresión. Se acusó la malévola acción de la economía por imponer respuestas
globales a través de la ley. La prevalencia de lo económico sobre lo social presentaba
efectos impredecibles en los países subdesarrollados. En los pobres se percibía la
catástrofe de sus poblaciones por el desempleo y el hambre.
La agricultura debía regirse por las reglas generales del capitalismo. En los
mismos términos del comercio y la industria. Debía sujetarse a las reglas de la libre
competencia. El fomento de la producción a través de incentivos se calificó como
privilegio. Los empresarios agrícolas debían competir, dentro y fuera de sus países,
sin ninguna ventaja.
Estas nuevas orientaciones económicas conllevan a un desequilibrio social
pero también causan resultados complejos en toda la Sociedad.
Las objeciones de la disciplina agrarista a ese tipo de desarrollo han sido
frontales. Pero también ha generado el abandono de muchos juristas de sus filas.

5. El desarrollo sostenible se presenta como una opción al Derecho agrario


para superar todas las objeciones formuladas al ambiente y al desarrollo. Es una
concepción humanista fundada en criterios axiológicos de alto contenido social. Se
trata de una filosofía cuyo fin es lograr el bienestar de la Humanidad en el tiempo.
En el centro se ubica al Ser Humano. Para lograr el desarrollo debe conservarse y
protegerse el ambiente porque es la única forma de garantizar la sobrevivencia del
Planeta. Este tipo de desarrollo solo podrá alcanzarse a través de una visión holística.
Necesariamente deberán estar incorporados todos los segmentos de la Sociedad y
actuar en armonía. Los pobres y los ricos deben interactuar concertadamente. Por-
que los ricos no podrán continuar sobreviviendo a costas de los pobres ni de sus
recursos naturales.
El desarrollo entró en un nuevo proceso histórico cuando se vio fortalecido
axiológicamente al entrar en contacto con el ambiente. Primeramente al retornar a
su concepción axiológica se ubicó en la cúspide del sistema jurídico. Ahí recuperó
su prestigio. En el nuevo período se desligó de quienes lo utilizaron con otros fines
y se demuestra socialmente útil. No solo para lo económico. Porque antes había
ocurrido todo lo contrario. Si el desarrollo asumió un signo ideológico, si constituyó
una corriente económica llamada a seguir una orientación específica, si detrás de su
nombre escondió pobreza, si sirvió a grupos pequeños o estratégicamente bien
escogidos, ese no era el sentido de desarrollo pensado. Creció al variar su contenido
a través de los valores y manifestarse como derecho fundamental. Y en segundo
lugar adquirió gran profundidad cuando se unió al ambiente. Es la fusión de dos
super derechos humanos. Constituyen la máxima expresión de la solidaridad. Juntos
se confunden en el derecho sostenible. Se trata de reivindicar lo social a través del
desarrollo económico en armonía con la Naturaleza.
Para determinar su orientación filosófica conviene incursionar en los docu-
mentos de Río.
DISCURSO ACADÊMICO DO VICE-PRESIDENTE DA UMAU 39

Una primera diferencia es sobre el carácter de los acuerdos de Rio. En térmi-


nos absolutos la Conferencia no fue exclusivamente sobre medio ambiente. Fue so-
bre desarrollo. Lo ambiental se convierte en su columna vertebral. Por su medio se
propone cambiar los estilos y políticas sectoriales y económicas para garantizar la
salvación e integridad del Planeta y garantizar la sobrevivencia de las nuevas
generaciones. Este nuevo tipo de desarrollo fundado en el ambiente solo podrá
lograrse a través de un mayor énfasis en el contenido social y en una equidad global
dentro del proceso.
La Agenda XXI es concebida para preparar al mundo a los desafíos del pró-
ximo Siglo. Se debe lograr con el consenso mundial y un compromiso político.
La Agenda XXI se encuentra dividida en cuatro secciones. Por su orden son
Dimensiones económicas y sociales, Los recursos para el desarrollo, Fortalecimiento
del papel de los grupos principales, y Medios de ejecución. Es en la primera donde
se pueden ubicar los temas referidos al desarrollo en el Derecho agrario, en relación
con el capítulo 32 sobre el fortalecimiento del papel de los agricultores.
Empero las referencias anteriores son eminentemente axiológicas teniendo su
centro específico en el capítulo 14 denominado «Fomento de la agricultura y del
desarrollo rural sostenible». Porque es en éste donde se ubican los principales
argumentos referidos a la problemática del Derecho agrario. Sobre todo en cuanto
a las transformaciones sociales y los procesos de desarrollo sostenible vinculados a
ellos.
La conferencia tenía clara la necesidad de fortalecer el papel de los agricul-
tores dentro del proceso de desarrollo sostenible porque la agricultura constituye la
actividad central de la población mundial.
Los principales instrumentos propuestos por el desarrollo sostenible son la
reforma de la política agrícola y la reforma agraria, la participación de la población,
la diversificación de los ingresos, la conservación de la tierra y una mejor gestión de
los insumos.
Se trata de una nueva dimensión del Derecho agrario porque amplía los hori-
zontes, lanza un mensaje de grandes transformaciones, y estructura las bases para la
construcción de la agricultura del próximo Siglo.
Uno de los temas más interesantes para el Derecho agrario se refiere a la
política de mejoramiento de la producción agrícola y los sistemas de cultivo. Se
plantea dentro del Capítulo 14 de la Agenda XXI.
Se refiere a la intensificación de la producción agrícola con el objeto de
alcanzar dos metas. Por una parte atender la demanda de productos básicos para
asegurar la seguridad alimentaria. Se pretende garantizar el mercado y a su vez
lograr una mejora importante del derecho de la población a recibir suficientes ali-
mentos correspondientes a sus hábitos culturales. La otra meta sería concebir una
agricultura sostenible, plurifuncional, ubicada territorialmente en las áreas aptas
para la producción y no en la extensión a tierras marginales o la invasión de
ecosistemas frágiles. Porque el uso de insumos para mejorar la productividad au-
menta las tensiones ambientales y las fluctuaciones del mercado.
DISCURSO ACADÊMICO DO VICE-PRESIDENTE DA UMAU

40 Se ha subrayado toda esta nueva concepción holística para comprender la


posible solución a los problemas de la agricultura del próximo Siglo. Pero se debe
llegar a dos exigencias de la Agenda XXI donde la participación del agrarista puede
ser importante.
En primer lugar en todos los Estados deberán impulsarse políticas destinadas
a influir positivamente en las formas de propiedad, posesión, y en general de
distribución de la tierra. El objetivo es concebir nuevas estructuras productivas,
evitar las escasas dimensiones y la fragmentación antieconómica.
En segundo lugar los gobiernos deberán revisar su legislación con el objeto
de reformular una política de desarrollo agrario sostenible.
Entonces parecen emerger las viejas aspiraciones. Pero ahora sobre la base
de exigencias distintas.
Conviene recordar el problema de la metamorfosis de los institutos. La
reformulación obliga a concebirlos ahora bajo criterios de desarrollo sostenible.
Se deben estructurar fórmulas agrarias versátiles para adaptarse a los cambios.
En fin de los retos conviene salir victorioso. El secreto está en la capacidad para
proyectarse al futuro.

6. Con el desarrollo sostenible también nace la formulación de una nueva


agricultura. Está llamada a representar la dimensión ambiental del Derecho agrario.
Es la agricultura orgánica, agricultura biológica o quizá mejor agricultura sostenible.
Su fin es ejercitarse en armonía con la Naturaleza. No puede ser contaminada ni
contaminante. Deberá respetar el ciclo biológico. Los bienes destinados a la
alimentación deben contribuir a mejorar la salud y a prolongar la vida de los consu-
midores.

7. El aspecto multifuncional de la agricultura debe responder a un


mejoramiento de la producción agrícola y de los criterios de cultivo. La diversificación
se convierte en el mecanismo más importante para cumplir con el este fin. A tal
efecto deben reducirse al mínimo los riesgos ambientales y ecológicos. Este es el
concepto de productividad sostenible.

8. Pero la cruzada para la protección del ambiente enfrenta también se-


rias dificultades. Emergen intereses contrastantes muy poderosos. Incluso parecería
imposible adoptar estas nuevas posiciones. Las más compleja son las del mundo del
comercio. Los criterios de libre competencia ofrecen una visión adversa. La Uruguay
Round del GATT no intentó enfrentar el problema. Y en el proceso de transformación
del GATT hacia la OMC, Organización Mundial del Comercio, se encuentran obstá-
culos similares. Por esa razón se ha presionado, posiblemente sin ninguna posibilidad
cierta, una Green Round. Es el esfuerzo por formular un nuevo equilibrio entre
comercio y ambiente.
DISCURSO ACADÊMICO DO VICE-PRESIDENTE DA UMAU 41

9. Contrastando con la férrea posesión del GATT se encuentra una


respuesta alternativa de la integración y los mercados. Por una parte el Acuerdo de
Libre Comercio entre Estados Unidos, México y Canadá introdujo la variable
ambiental desde 1989. En otro ámbito, pero orientado para cumplir el mismo fin, se
encuentra el Tratado de Maastrich de 1992. En éste se concibe una política ambiental
comunitaria. Y resulta importante la respuesta porque se trata de dos zonas de gran
influencia política y económica. Sin embargo surge el interrogante si ésta regla
servirá también para proteger los países subdesarrollados, o si se utilizará en contra
de ellos, comprendido los pobres de América Latina, Asia y África.
Verdaderamente después de la Uruguay Round también se encuentra otros
documentos importantes producidos por la OMC. Por su medio quizá será posible
abrir esa actitud cerrada. Se debe recordar el Acuerdo sobre la agricultura, el
referido a las reglas fito y zoosanitarias y los acuerdos relativos a la propiedad
intelectual.
El problema parecería insuperable. Pero no es cierto. Más bien es el extre-
mo del péndulo regresando. Y antes o después, mucho más antes y no después, habrá
otro equilibrio. Depende también del nuevo equilibrio internacional. La agricultu-
ra y el ambiente tienen un gran futuro juntos. Los últimos documentos del concierto
de las Naciones lo demuestran. Para citar solamente algunos se debe recordar el
Acuerdo de Basilea, el Protocolo de Montreal, la filosofía del Acuerdo sobre diversidad
biológica y el Acuerdo Marco sobre el Cambio climático. Son todos límites a los
grandes poderes comerciales.
Sólo para citar un último ejemplo conviene poner en evidencia la importancia
de la revolución de la biotecnología de la tercera generación. La agricultura del
futuro para alimentar a la población mundial tendrá a su disposición técnicas de
ingeniería genética. En este campo se han difundido los criterios sobre bioseguridad
para proteger al mundo alimentario. Hoy existe un Protocolo sobre bioseguridad
referido al Acuerdo sobre diversidad biológica. La pregunta es si ésta revolución
agrícola será patrimonio de la Humanidad o sólo de quienes hoy dirigen los merca-
dos. El conjunto agricultura, ambiente y consumidores lo deberán decidir. Esto es
absolutamente claro!

10. Al llegarse al fin de la última década del Siglo XX se descubre un esfuerzo


de la Humanidad por delinear la arquitectura política del futuro inmediato sobre la
base de lo social.
La conclusión de la guerra fría debe conducir al fortalecimiento indiscutible
del rol del Hombre como eje fundamental de la Sociedad. No de lo económico. Ello
significa impulsar todos los esfuerzos en preservar la especie humana, en un mundo
sostenible y mejor, sobre principios de solidaridad y justicia social. Se inicia un
proceso de globalización donde se reivindica lo social. En este sentido un Derecho
DISCURSO ACADÊMICO DO VICE-PRESIDENTE DA UMAU

agrario
42 fundado en el desarrollo sostenible parece constituir un eje de acción
indiscutible.

11. Las pruebas de la globalización de lo social se encuentra en la evolución


conceptual articulada por el conjunto de Cumbres organizadas por Naciones Unidas
sobre diversos temas. En ellas siempre está presente el planteamiento del desarrollo
sostenible. Se determina la centralidad del Ser Humano en todo tipo de preocupación
política y se señalan líneas específicas para el ámbito agrario.

A) La primera prueba de la línea estructurada internacionalmente por el


concierto de las Naciones, con visos de continuidad y profundidad, es la de Viena
sobre derechos humanos. Se celebró en 1993.
La conferencia de Viena engloba las nuevas orientaciones dentro del univer-
so de la protección de los derechos humanos y las libertades fundamentales. Reconoce
para todos su carácter de universales, indivisibles, interdependientes, relacionados
entre sí. Y reafirma la necesidad de lograr el respeto universal para contribuir a la
estabilidad y el bienestar necesario para el logro la amistad entre las naciones, para
mejorar su paz y seguridad, y lograr el desarrollo económico y social conforme a la
Carta de las Naciones Unidas.
La entrada en escena del desarrollo es fundamental. Ahora va a constituir el
centro entre la democracia y el respeto de los derechos humanos y las libertades
fundamentales. Estos tres polos son concebidos como conceptos interdependientes
llamados a reforzarse mutuamente. Por eso, en un tesis de solidaridad, la Conferen-
cia llama a la Comunidad Internacional a apoyar a los países menos adelantados
para lograr su transición hacia la democracia y el desarrollo económico.
En la Declaración y el Programa de Acción de Viena se confirma la necesidad
de vincular equitativamente al desarrollo con la protección del medio ambiente para
las actuales y futuras generaciones.
B) La Conferencia Internacional sobre Población y Desarrollo establece
bases firmes para la globalización de lo social. Se celebró en El Cairo en 1994.
Reitera el derecho al desarrollo como un derecho fundamental e inalineable.
Como la persona humana es el sujeto central del desarrollo lo califica como parte
integrante de los derechos fundamentales. Su ejercicio debe satisfacer equitativamente
las necesidades ambientales, de desarrollo y demográficas de las generaciones pre-
sentes y futuras.
El desarrollo sostenible implica viabilidad a largo plazo de la producción y el
consumo. Esa viabilidad contempla las actividades económicas de la industria,
energía, agricultura, silvicultura, pesca, turismo e infraestructura. Porque los re-
cursos deben ser utilizados racional y ecológicamente. A tal efecto deben reducirse
al mínimo los desperdicios.
En la Conferencia de El Cairo se reconoce el fracaso de la antigua concepción
de desarrollo orientada únicamente hacia lo económico. Porque ese tipo tradicional
solo sirvió para aumentar las diferencias y desigualdad entre los países pobres y
DISCURSO ACADÊMICO DO VICE-PRESIDENTE DA UMAU 43

ricos tanto económica como socialmente. En la nueva concepción del desarrollo


sostenible deben respaldarse políticas macroeconómicas para permitir un medio
ambiente económico internacional.

C) La Cuarta Conferencia Mundial sobre la Mujer se inspira en una visión


humanista. Se celebró en Beijing en 1995 en el cincuentenario de la fundación de
Naciones Unidas.
En la nueva visión la mujer cumple un rol importante en la agricultura y el
desarrollo sostenible. Es un agente coadyuvante. Con la Conferencia de Beijing se
avanza para buscar su beneficio en el desarrollo social, económico, más justo y
sostenible, para realizarse como persona.
La Cumbre de Beijing fue consciente de los perjuicios sufridos por la mujer
de las zonas rurales. Ahí se afecta directamente su vida. Porque no se previene la
degradación del medio ambiente y la economía de los países en desarrollo o pobres
altera su bienestar. Principalmente por los efectos de las sequías, desertificación,
deforestación, desastres naturales, desechos tóxicos y el uso de productos químicos
inadecuados.
A tal efecto en Beijing se previó la necesidad de impulsar y aprobar reformas
legislativas y administrativas para garantizar esas medidas de los gobiernos pero
principalmente para darle otro sentido a los derechos de propiedad, posesión, y
herencia, porque su concepción actual afecta los derechos fundamentales de las
mujeres.
En el tema referido al rol de la mujer en la economía también se encuentran
muchos elementos de su papel protagónico en la agricultura. Esto incluye tanto el
aspecto productivo como el laboral. Y en ambos casos la actividad agraria va desde
la producción de alimentos hasta su inserción en el mercado y la relación con los
consumidores.
Naturalmente el desarrollo sostenible es tratado también en la plataforma de
acción de la Conferencia de Beijing. Constituye la culminación de las tesis de los
otros capítulos sobre la pobreza y la economía. Específicamente se encuentra en el
aparte sobre «la mujer y el medio ambiente».

D) La Cumbre mundial sobre alimentación fue organizada por la FAO


para consagrar el derecho de toda persona al acceso a alimentos sanos y nutritivos
en consonancia con el derecho a la alimentación apropiada y con el derecho funda-
mental de toda persona a no padecer hambre. Se celebró en Roma en 1996. Tuvo
como resultado la Declaración sobre Seguridad Alimentaria Mundial y el Plan de
Acción sobre la Alimentación.
En la Declaración se consagró la voluntad política de erradicar el hambre en
todos los países con el objeto de reducir a la mitad el número de personas desnutri-
das para el año 2015. Porque los problemas de hambre e inseguridad alimentaria
tienen dimensiones mundiales. Más de 800 millones de personas sufren ese flagelo.
La solución solo puede cumplirse garantizando un entorno político, social y económico
DISCURSO ACADÊMICO DO VICE-PRESIDENTE DA UMAU

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54 MOHAMED RIDHA BEN HAMMED

l’érosion des sols menace directement 3 millions d’hectares des 5 cultivables.

2. De nombreuses menaces planent également sur les forêts tunisiennes

Les Forêts tunisiennes sont déjà peu étendues puisqu’elles ne couvrent que 5%
du territoire national. Ces forêts de sucroît, présentent un déséquilibre au niveau de
leur couverture végétale favorisant l’érosion et la désertification. La population
forestière qui représente 23% de la population rurale du pays, vit essentiellement de
l’élevage. Cette activité est source d’inconvénients majeurs notamment :
Le surpaturâge et la limitation de la régénération par le piétinement du sol et la
destruction des jeunes plantes.

3. De nombreuses menaces planent également sur les ressources hydrauliques

La Tunisie reçoit en moyenne 33 milliards de m3 d’eau par an. Une bonne


partie de cette eau se perd dans la nature:
-24 Milliards de m3 s’évaporent
- 4,5 Milliards m3 se jettent dans la mer
- Avec des ressources potentielle de 4,5 milliards de m3 dont 3,9 milliards sont
mobilisables, seul 3 Milliards de m3 sont en définitive exploitées.
Estimée à 1,9 Milliards de m3 en 1990, la demande annuelle de l’eau doit
atteindre 3,165 Milliard de m3 à l’horizon 2000.
Une demande élevée de l’agriculture et une augmentation rapide de la
consommation domestique., impliquent deux types de risques:
* Risque de pénurie d’eau en l’absence d’une rationnalisation de la
consommation.
* Risque de pollution en raison de l’industrialisation.
Ainsi les dangers qui menacent les ressources naturelles en Tunisie sont réels.
Plusieurs mesures ont été adoptées pour parer à ces dangers.
Jusqu’à la fin des année 1980, il existait un nombre assez important de textes
législatifs et règlementaires ayant un rapport direct avec la protection des ressources
naturelles. Mais ce droit ne protège en raison de son inéfficacité, que faiblement les
ressources naturelles.
A partir de 1990, une politique publique de protection des ressources naturelles
a commencé à s’esquisser:
- Plusieurs législations ont été modifiées.
- De nouveaux organes de protection des ressources naturelles ont vu le jour.
Ces nouveaux mécanismes de protection sont destinées à pallier les insuffisances
du dispositif juridique classique en vigueur depuis longtemps. Ainsi la protection des
ressources naturelles se fait aujourd’hui en Tunisie par le recours à des mécanismes
de protection à la fois classique et nouveau.
- Une protection classique
- Une protection renovée
I- Une protection classique :
56 MOHAMED RIDHA BEN HAMMED

B/ Le répression:
Les sanctions contre les ressources naturelles peuvent être prononcées par
l’administration (sanctions adminstratives) ainsi que par le juge (sanctions pénales)
.
- Les sanctions administratives peuvent rëvétir deux formes:
* les sanctions courantes
* Les sanctions exceptionnelles
L’emprisonnement, contrairement à l’amende ne constitue jamais la seule
sanction. Il est représenté soit comme alternative avec l’amende, soit comme cumulable
avec elle. Ce système répressif reste inefficace en raison de son caractère peu dissuasif.
L’expérience a en effet, démontré, que les juges recourent rarement pour ne pas
dire jamais à sanctionner par une peine d’emprisonnement les infractions à la nature
et se contentent de prononcer des amendes. Il est vrai cependant que ce n’est pas la
sévérité de la sanction qui permettra la sauvegarde des ressources naturelles. Ceci a
amené les pouvoirs publics à revoir et rèpenser le système de protection par sa
rénovation..
Les sanctions courantes sont :
- Le retrait d’autorisation
- La saisie qui est notamment pratiquée en matière de protection des forêts.
Les sanctions exceptionnelles sont notamment en matière de domaine public
hydraulique, la démolition immédiate de l’ouvrage et le paiement des frais de réparation
en cas d’exécution d’un ouvrage sans autorisation préalable. Cette sanction ne peut
être prononcée qu’en cas d’urgence et notamment si le maintien de l’ouvrage menace
la tranquilité et la salubrité publique.

2- Les sanctions pénales:


Les sanctions pénales sont les amendes et parfois l’emprisonnement. Pratiquées
de façon alternative ou cumulée l’amende est la sanction préférée du législateur en
matière d’infraction causée aux ressources naturelles. Le juge peut également prononcer
des peines complèmentaires.
II- Une protection rénovée :
Parallèlement à la protection classique assurée par un certain nombre de
mécanismes juridique, une nouvelle approche a été entreprise à la fin de la dernière
décennie avec comme ambition la création d’un dispositif permettant d’appréhender
la question des ressources naturelles d’une façon globale et multidimensionnelle. A
cet effet, une véritable politique de protection a été mise en oeuvre . Ses axes
principales ont été d’une part l’élaboration de programmes de protection des ressources
naturelles et d’autre part, l’adoption de mesures d’incitation à la protection des
ressources naturelles d’autre part.
A/ l’élaboration de programmes de protection des ressources naturelles:
Les objectifs de la politique tunisienne en matière de protection de la nature sont:
-la lutte contre la dégradation des terres fertiles
- la conservation des eaux
- la protection de la flore (forêts et végétaux)
58 MOHAMED RIDHA BEN HAMMED

Ces mesures peuvent prendre la forme :


- de contributions en espèce
- ou de réalisations de travaux aux frais de l’Etat sur les terres de propriétaires
privés voire de la fourniture gratuite de plantes ou de matériel.
Cet encouragement peut être accordé pour :
- La réalisation de travaux neufs
- L’achèvement ou l’extension de travaux déjà entrepris.
-Ou pour l’entretien d’ouvrages appartenant aux propriétaires ou exploitants
agricoles, mais également aux associations de conservation des eaux et du sol.
L’Etat peut également réaliser à ses frais un ensemble d’action de conservation
des eaux et du sol tant sur le domaine public qu’à l’intérieur des propriétés privées.
Parallèlement à ces incitations aux travaux de conservation du sol les autorités
ont mis en place un système de compétition entre différents acteurs dont les plus
méritants sont appelés à être primés. Les récompenses prennent parfois la forme
symbolique, d’une médaille, à d’autre occasion , l’action est recompensée par une
somme d’argent assez substantielle.
- Prix en faveur du reboisement
- Prix pour la protection de sols
- Prix pour la contribution à la protection de la faune et de la flore sauvage.
Les recours à des allègements d’imposition dans le but d’inciter les agents
économiques à agir dans un sens donné fait aujourd’hui partie intégrante de la stratégie
consistant à protéger les actions de développement et de préservation des ressources
naturelles, grâce à la mise en oeuvre de mesures fiscales particulières, entrant dans le
cadre de ce qu’il est convenu d’appeler les dépenses fiscales.
La sauvegarde de ressources naturelles a toujours été considérée en Tunisie
comme l’une des conditions essentielles d’un développement durable. Ainsi les
pouvoirs publics ont depuis l’indépendance déployé d’énormes efforts pour conserver
les ressources naturelles et limiter les dégats qui leurs sont causes.
Cet effort a été particulièrement renforcé en 1990 par la mise en oeuvre d’un
ambitieux programme décennal de sauvegarde des ressources naturelles. Ce
programme qui s’insére dans le cadre de l’Agenda 21 du développement durable a
permis de réaliser dans une large mesure les objectifs de la politique publique dans ce
domaine. D’ailleurs l’action menée en Tunisie en matière de conservation et
d’aménagement des sols a été reconnue par le programme des Nations Unies pour
l’Environnement (PNUE) comme modèle :
« La stratégie de la Tunisie souligne le rapport des Nations Unies a vocation à
servir, le cas échéant, d’exemple aux pays les plus menacés par la destification
notamment les pays africains ».
Mais l’effort dans le domaine de la protection de la nature devrait, en depit des
résultats positifs enregistrés, être poursuivi . La création de la commission nationale
pour le développement durable le 11 octobre 1993, en Tunisie qui répond à une exigence
internationale apparue lors de la Conférence de Rio de Janeiro en 1992 appelant à
instaurer des politiques et des structures pour la réalisation d’un développement durable
répond à ce voeu et traduit largement cette volonté.
60 EDUARDO A. PIGRETTI

biodiversidad exige de la comunidad mundial un privilegio em favor de los que poseen


el know how del conocimiento genético de las especies; ii) la limitación de los derechos
de los individuos y la consecuente restricción en favor de entidades dedicadas a la
biodiversidad y de laboratorios de especialidades medicinales, únicos, de hecho y de
derechos que pueden apropiarse de las condicionnes de los elementos naturales (sean
vegetales o animales); iii) una aplicación exagerada del derecho de propiedad intelec-
tual, con el objeto de impedir la utilización durante los períodos de protección, de
todas las modificaciones que puedan lograrse en las especies vivas. Esta noción puede
ser exagerada hasta el límite de patentarse toda la naturaleza; iv) el establecimiento
de un sistema de acuerdo como obligatorio entre el Estado, las instituciones científi-
cas de biodiversidad y los laboratorios medicinales, mediante el cual se establezca un
régimen de regalías conforme con el cual se devolvería a los anteriores propietarios
de los elementos naturales un royalty que el convenio no establece y que en los casos
cocretos que se conocen no superan el 2% de los valores que se obtenngan com la
comercialización de los productos derivados de las especies.
Como puede apreciarse el efecto inmediato de la convención es desposeer al
conjunto de los seres humanos de los derechos que le conferían la anterior situación
denominada de “res nullius”. Esa órbita de libertad em la que se vivía fue sustituída
por um mecanismo comercializador que presume respetar las soberanías del Estado
suprimiendo derechos particulares.
La modificación de la situaciónn jurídica fue tan trascendente que se pretende
respetar los derechos que las poblaciones indígenas tienen por su uso inmemorial de
ciertas utilizaciones de los elementos naturales.
Este es en nuestro criterio el punto que ayuda a demostrar la supresión que se
efectúa a los que no son indígenas del aprovechamiento de la naturaleza.
A los indígenas se les exige que ellos también firmen convenios para resolver el
aprovechamiento que ellos han venido ejerciendodesde tiempo inmemorial sobre esas
especies. Es una suerte de derecho adquirido que se reconoce a grupos sistemáticamente
olvidados a quienes les costará enormemente ponerse en condiciones de negociar con
el objeto de percibir una magra regalía original del 2% que deberá repartir entre el
Estado, los entes de investigación nacionales y sus propias inndemnizaciones.

Aspectos políticos.
Lo curioso de esta regulación internacional es que los Estados Unidos de
Norteamérica no la han suscripto.
Las razones por las cuales no lo han hecho, a estar las diversas voces que se han
alzado en contra de esta convención, es que la misma se há convertido en un enorme
cepo que permite a los EE.UU. una búsqueda intensiva dentro de su territorio de los
elementos que pueden ser objeto de utilización medicional o de outro tipo. Como se
sabe diversos vegetales pueden contener las mismas sustancias que se buscan pese a
ser diversa presentación botánica. El efecto que produce el convenio hace los elemen-
tos de todo el mundo concurran a las entidades científicas del mundo desarrolo, todo
dentro del convenio, mientras que los propios elementos estadounidenses se quedan
62 EDUARDO A. PIGRETTI

en los países capitalistas se respetaba convariantes los derechos intelectuales que


surgían de determinadas investigaciones científicas, dentro de un proceso que se
estimaba razonable y con una evolución histórica que llegó a premitir en los EE.UU.
primero y en el resto de algunos países después, que algunas investigaciones sobre
elementos naturales puedan registrarse.
Una segunda teoría que correspondía a los países de la órbita socialista sostenía
la inexistencia del sistema de propiedad intelectual. Un tercer régimen tenía un mo-
delo mixto que permitía el registro de las ideas pero no tanto.
La CDB establece una modalidad no internacional sino supranacional de la
propiedad intelectual a emplearse en el caso de investigaciones sobre elementos
nacionales, lo que modifica totalmente el esquema tripartito que existiró en el mundo
y del cual resultaba una suerte de equilibrio inestable que respetaba los legítimos
derechos de propiedad de los creadores, sin las exageraciones que el CDB ha
establecido. Puede decirse que en Río hubo una suerte de desesperación por patentarlo
todo y comerciar la naturaleza en forma integral.

iv) Los acuerdos


La obligatoriedad de utilizar acuerdos entre quienes participan de investigaciones
está descripta de un modo incompleto pero forzoso en la CDB. Ello vuelve particular-
mente injusto el sistema adoptado, lo que se advierte en particular cuando de la regalía
práctica establecida se refiere.
También el tratamiento de los indígenas no es aceptable. Cualquier otro grupo
humano que no tenga esa condición debe poder utilizar con total amplitud los ele-
mentos naturales de los que há sido desposeída la humanidad.
Esperamos que más voces se alcen para corregir los procedimientos que se han
dispuesto mediante leyes de los estados nacionales, primeros y más sensibles afectados
por el tardío reconocimiento de sus soberanías.
La conversión del concepto de “res nullius” en patrimonio comúnn pasa a ser
un grave problema futuro.

La Cuestión en el Derechos Romano


Empezaremos por citar las Intitutas de gayo en el texto con que inicia la
axposición de sus tesis, cuando dice: “Todos los pueblos, los cuales están regidos por
leyes y por costumbres, siguen en parte un derechos que les es próprio, en parte un
derecho que es común a todos hombres. En efecto, el derecho que cada pueblo se há
dado a sí mismo le es próprio y se llama “derecho civil” (ius ciuile), es decir, el
derecho próprio de la ciudad (ciuitas), mientras que aquel derecho que la razón natu-
ral (naturalis ratio) establece entre todos los hombres y es observado por igual por
todos los pueblos es llamado “derecho de gentes”(ius gentium), es decir el derecho
usado por todas las naciones ( omnes gentes). Es por eso que el pueblo Romano está
regido en parte por su próprio derecho y en parte por un derecho común a todos los
hombres”.
El pensamiento que dejamos expuesto pone de resalto una verdad de nuestro
64 EDUARDO A. PIGRETTI

forma de adoptar soluciones prácticas por parte de los romanos.


Existe por ello la posibilidad de desarrollar variar nociones conceptuales. Una
primera se refiere a los bienes que corresponden a todos, como los ya citados del agua
y del aire, entre otros. Se trata de los “res communes omnium”.
Otra noción se vincula a uma idea política y jurídica: es el reconocimiento del
dominio originario del estado sobre los bienes que como el suelo y los aprovechamientos
minerales, a partir del dominio eminente del poder pueden concederse a los particu-
lares o permitir su apropiación. Esta noción corresponde a la norma de Gayo ya cita-
da que da superioridad a la autoridad ( el Emperador) sobre los mismos a los fines de
su adjudicación para explotación.
De este concepto recién expresado parte el concepto derivado de “ res mullius”
que como ya se há dicho permite formasde ocupación y accesión deiversas que pare-
cem inndependizarse de los dos criterios antes expuesto, en sus alcances prácticos.
Durante la Edad Media se mantuva este criterio de las cosas bajo un dominio
eminente, sin distinguirse expresamente el primer criterio de las res commines omnium,
que se daba por tácito.
Esta idea se subsumía en el nombre dominium utile, tradición que recoge Francis
De Zulueta, en su obra the Institutes of Gaius, Oxford, Clarendon Press, 1963.
Le correspondía al señor del fundo el ejercicio de tales facultades, durante algún
período del medioevo. Caso contrario las facultades se mantenían en poder de la
autoridad superior del estado, por lo general el rey u outra entidad semejante.
Estas tradiciones influyeron en el derecho civil en lo que se refiere en los perío-
dos republicanos más recientes a las denominadas tierras sin dueños, las que se
encargaron a la titularidad fiscal del estado. En el derecho minero perfeccionaron
estos criterios sistemas de adjudicación minera que con tanta pasión fueron discuti-
dos en la Asamblea General Francesa al tiempo de la revolución. Igual pasión se puso
de manifiesto al discutirse en 1810 la ley de minas en el Consejo de Estado Francés,
en oportunidad de lo cual Napoleón Bonaparte partió primero de una combinación de
la teoría de la accesión con en cierto regalismo para evolucionar hacia el final de esa
discusión hacia la noción del dominio eminente originario del estado como tutor de la
riqueza pública subterránea. Con esa noción como punto de salida estableció la ficción
jurídica de que podrían existir dos propiedades en un mismo lugar: una propiedad
subterránea que se constituía con los yacimientos y otra propiedad distinta la del
superficiario que era simplemente, una denominación novedosa dada al propietario
de la tierra.
Con tal punto de vista Napoleón que deseaba aprovechar las sustancias metáli-
cas para la constucción de sus armas, consiguió definitivamente dar vuelta el concepto
de lo accesorio y lo principal del Derecho Romano. A partir de Napoleón, entonces, lo
principal es la mina y lo accesorio es el suelo, en contra de las mejores tradiciones
romanas ya citadas.

Evolución del concepto desde 1945


En este título analizamos el concepto de patrimonio común en su evolución
66 EDUARDO A. PIGRETTI
Christopher P. Rodgers
UNIVERSDITY OF WALES, UK

SUSTAINABLE AGRICULTURE AND THE LEGAL PROTECTION OF


WILDLIFE IN THE UNITED KINGDOM

The Brundtland report defined sustainable development as “development which


meets the needs of today whilst not affecting the ability of future generations to meet
their own needs”2 . The protection of biodiversity is integral to the concept of “strong”
sustainability3 . Biodiversity is a critical environmental resource, and its protection
must be an integral aim of policy making if sustainability is to be promoted. This
applies to land use and agricultural policy, as much as to transport policy or (say )
energy policy. The intensification of agriculture in the UK in the post war years has
resulted in the damage and loss of many wildlife habitats. Agricultural policy in the
post war years was driven by the need to maximise production and increase efficiency,
and the constraints of environmental concern were rarely introduced into a well
organised and very influential agricultural policy community. Following the adoption
of the Biodiversity Convention at the 1992 Rio Earth Summit, the government has
been committed, at least nominally, to the concept of sustainability in farming.
Sustainable Development : the UK Strategy 4 commits the UK government to the
policy need to protect the environmental media of water, air and soil, and to “minimise
the consumption of non renewable and other resources” arising from intensive
agricultural production and industrial farming methods. The protection of biodiversity
is integral to this new policy agenda.
The introduction of legal controls to protect wildlife habitats from degradation
raises a number of difficult issues. Where does the law draw the balance between the
property rights of farmers (on the one hand) and the wider public interest in nature
conservation (on the other)? How are the requirements of sustainability to be balanced
against the need to promote efficient and cost effective agricultural production? And
on what basis should farmers be paid for environmental management of their land :
SUSTAINABLE AGRICULTURE AND THE LEGAL PROTECTION OF
WILDLIFE IN THE UNITED KINGDOM 71

the high point in a policy of “protectionism” towards wildlife and wildlife habitats
which has characterised British policy since 1945 i.e. a policy approach which seeks
to restrict the role of the law to that of protecting existing habitats and landscape
features.
In the 1990s, the policy agenda has moved more towards trying to foster pro-
active conservation measures which seek to enhance and (if necessary) recreate habitat
and countryside landscape features. This has been dictated in part by the fact that the
existing legal framework does not deliver the degree of protection required for wildlife
sites. This paper will focus on two issues where reform may improve the protection of
wildlife sites:
· The use of management agreements with farmers to provide for environmental
management of SSSI land. To what extent can the law be reformed to encourage the
greater use of positive agreements, moving away from the “protectionist” model towards
the greater use of incentive payments for enhancement and recreation of fragile
ecosystems and habitats?
· What changes are required in the existing legal framework to facilitate a change
to the more widespread use of positive land management contracts for the protection
of wildlife habitat?

Management Agreements in SSSIs

The current law governing the availability and negotiation of formal management
agreements is contained in several statutes, principally the National Parks and Access
to the Countryside Act 1949, the Countryside Act 1968 and Part II of the Wildlife and
Countryside Act 1981 (as amended). The SSSI designation for the site will notify the
landowner of those potentially damaging operations which might damage the
conservation interest of the site. The notification of the site imposes a statutory
consultation under section 28 of the 1981 Act if a landowner or farmer wishes to
carry out a notified potentially damaging operation. It is a criminal offence to carry
out any of the specified operations without the consent of English Nature or the
Countryside Council for Wales. The carrying out of a potentially damaging operation
will be lawful, however, if carried out under the terms of a management agreement,
or where four months have elapsed following notice of his intention to carry out the
operation having been given by the landowner (section 28(5) ibid.). The “waiting
period” following notification of one’s intention to carry out an operation is intended
to enable the Council to negotiate a management agreement with the owner to protect
the site. It will be appreciated that the Council’s role, as envisaged by this statutory
process, is largely reactive. If a landowner notifies his intention to carry out a potentially
damaging operation, in accordance with section 28(5) ibid., the Council have to deci-
de whether to give consent to the operation because it will not damage the site, to
offer a management agreement, or to risk damage to the site by allowing it to proceed.
Where a management agreement is offered, the calculation of payments to the
landowner for the restrictions placed upon his land use is provided for in the Financial
SUSTAINABLE AGRICULTURE AND THE LEGAL PROTECTION OF
WILDLIFE IN THE UNITED KINGDOM 73

guidance as to the detailed prescriptions to be included in positive agreements, nor


the payment regimes to be adopted. As we have seen, the primary legislation in this
area - the Wildlife and Countryside Act 1981 - is concerned with “negative” agreements
placing restrictions on otherwise damaging operations , and the current Financial
Guidelines issued under the 1981 Act give minimal guidance as to the terms or payment
regimes to be adopted for positive agreements. Neither do they provide any basis for
the settlement of disputes as to payments under positive agreements, should they
arise. The current Financial Guidelines do make provision for discretionary positive
requirements/payments to be imposed by management agreements, but only obliquely8 .
Given the strong thrust of public policy towards adopting pro-active conservation
measures, with payment of incentives for providing environmental services and
enhancement of the environment, the existing Financial Guidelines are of little or no
relevance to the majority of management agreements currently being offered and
concluded between the Councils and private landowners in SSSIs.
A fundamental issue concerns the relationship of positive management
agreements with the statutory mechanisms for consultation, and management
agreement payments, under the Wildlife and Countryside Act 1981. The formal s.28
procedure (involving the service by the landowner/farmer of notice of intention to
carry out a PDO) is rarely invoked in the current economic climate. In practice there
will often be verbal notification of a farmer’s intention to carry out the operations,
followed by negotiation and compromise between him and the Council. Changes in
the agricultural grant regime during the 1990s, and the withdrawal of EC Development
grants for improvements, mean that there is little financial incentive to propose
improvement works of the sort which would infringe most SSSI notifications, and
trigger the section 28 procedure. The relevance of the statutory procedure is strongly
dependent upon economic considerations and the availability of grant aid for capital
works programmes. Research carried out by the University of Wales9 found that, of
those farmers interviewed who had management agreements, only 18% had used the
procedure in section 28, and had served notice of their intention to carry out potentially
damaging operations prior to concluding an agreement. By contrast 68% had concluded
agreements after an informal approach from English Nature or the Countryside Council
for Wales. A further 14% had entered into negotiation for an agreement for other
reasons (e.g. because their landlord required them to do so as a condition of the
tenancy agreement).
Although the s.28 procedure is rarely invoked at the present time, its continued
availability as a last resort for the owner/occupier of land affected by a SSSI notification
has implications where a positive management agreement has been offered and
concluded. In particular, can the statutory procedure be invoked by a landowner seeking
additional compensation if he has already signed a positive management agreement
for the site (albeit one which includes no compensatory payments under the Financial
Guidelines)? There is some uncertainty as to the continued applicability of the s.28
procedure, once a positive agreement for a Site has been concluded, and the possibility
of the PDO notification provisions in the 1981 Act being invoked where a positive
SUSTAINABLE AGRICULTURE AND THE LEGAL PROTECTION OF
WILDLIFE IN THE UNITED KINGDOM 75

Implementing the European Union Habitats and Species Directive

Management Agreements also have an important role to play in the strategy for
implementing the European Union’s Habitats and Species Directive11 in the United
Kingdom. The Conservation (Natural Habitats & c) Regulations 1994 make provision
for the legal protection of “European Sites”12 , a term which includes both wildlife
sites designated as “special areas of conservation” under the Habitats Directive itself,
and “special protection areas” already designated under the European Union’s Wild
Birds Directive. Both will form part of the Natura 2000 programme of protected
wildlife sites under the Europe-wide conservation scheme instituted by the Habitats
Directive. Member States are required to contribute13 to a European ecological network
of special areas of conservation - Natura 2000 - by designating “European Sites” in
accordance with criteria set out in article 4 and Annexes 1 and 2 to the Directive.
Candidate sites are to be identified by reference to their importance in hosting natural
habitat types listed in Annex 1,or habitats of the species listed in Annex 2 to the
Directive. Each member state is required to contribute to the creation of the Natura
2000 network in proportion to the representation within its territory of the natural
habitats and habitats of species specified in the Directive. When selecting sites for
designation the overall objective of the Directive and Natura 2000 must be the guiding
criterion viz. “to enable the natural habitat types and the species habitats concerned to
be maintained or,where appropriate restored at a favourable conservation status in
their natural range”14 .
In the United Kingdom, all European Sites will already have been notified as
SSSIs under the Wildlife and Countryside Act 1981. A list of candidate sites was sent
to the European Commission in 1995. Once the list of sites to be designated has been
agreed with the Commission, the Secretary of State is under an obligation to designate
the site as an Special Area of Conservation (“SAC”) as soon as possible, and within
six years at most.15 The chosen approach to implementation of the Directive has been
to designate existing SSSI sites, and to apply additional controls on land use and
development by
(i). amending the procedures for agricultural operations in the 1981 Act,and
(ii). imposing tighter planning controls on development within European Sites.
Whether these measures fully implement the requirements of the Directive has
been questioned16 .
Article 6.2 of the Directive requires member states to “take appropriate steps to
avoid, in the special areas of conservation, the deterioration of natural habitats and
the habitats of species as well as disturbance of the species for which the areas have
been designated,in so far as such disturbance could be significant in relation to the
objectives of the Directive”. Further, any plan or project not necessary to the
management of the site must be subjected to an environmental assessment of its
implications for the conservation objectives of the site designation. A project can only
be allowed to proceed if the competent national authorities have ascertained that it
will not adversely affect the integrity of the site concerned,or if there are “imperative
SUSTAINABLE AGRICULTURE AND THE LEGAL PROTECTION OF
WILDLIFE IN THE UNITED KINGDOM 77

assessment of the implications of the PDO for the site in view of the sites conservation
objectives. They can only consent to the operation after having ascertained that the
operation will not adversely affect the integrity of the site23 .
· The owner or occupier of the land can require a reference to the Secretary of
State in two situations - within two months of receiving the Council’s notice of refusal
of consent to the operation ( i.e. if he wishes to challenge the decision), or within
three months of an application being made if no notice of decision has been received
within that time. The Secretary of State can direct the Council to consent if (i). he is
satisfied that there is no alternative solution, and (ii). the plan or project must be
carried out for “imperative reasons of overriding public interest”. Where the site does
not host a priority habitat or species type, the public interest consideration dictating
consent can include reasons of an economic or social nature. Where, however, the site
hosts a priority habitat or species type, the overriding reasons of public interest justifying
consent are restricted to reasons relating to public health, public safety or “beneficial
consequences of primary importance to the environment”24 . If a damaging operation
is allowed on appeal to the Secretary of State he is under a duty to ensure that
compensatory measures are taken to ensure the overall coherence of the Natura 2000
programme. The scope of this duty is not specified, but it could, clearly, encompass
designating an alternative site with similar habitat characteristics to replace that whose
conservation status has been compromised as a consequence of the consent.

(b) Special Nature Conservation Orders


If the Council believe a notified operation is likely to be carried out which will
damage the conservation interest of the site, they can ask the Secretary of State to
make a Special Nature Conservation Order. Once an Order has been made, the legal
prohibition on carrying out notified operations becomes indefinite. Operations covered
by the site notification can then only be carried out lawfully with the Council’s, or
under the terms of a management agreement.25 This is to be compared with the regi-
me for “ordinary” SSSIs , where a twelve month ban on prohibited operations is
imposed if a Nature Conservation Order is made under section 29 of the 1981 Act. It
remains a defence,however, if an operation is carried out with planning consent or is
an “emergency” operation 26 . Compensation is payable by the Council if the value of
the owner’s interest in the land affected is diminished by virtue of the making of a
Special Nature Conservation Order.

(c) Bylaws
The 1994 Regulations confer power on English Nature and the Countryside
Council for Wales to make bylaws for the protection of a European Site27 . Bylaws
may prohibit or restrict entry onto the site by persons, vehicles, boats or animals (e.g.
pets),and may prohibit or restrict the killing or disturbance of any creature or its
eggs,or interference with the vegetation , soil or any other objects within the site. The
dumping of rubbish and lighting of fires can also be prohibited. These restrictions
can also be applied, by bylaw, to an area adjoining or surrounding the site if this
SUSTAINABLE AGRICULTURE AND THE LEGAL PROTECTION OF
WILDLIFE IN THE UNITED KINGDOM 79

being imposed on farmers in European Sites, they do nothing to provide a suitable


legal framework in which the use of positive management agreements can be fostered.
The chief problem is that positive agreements are purely voluntary, and it may be
difficult to secure the participation of the uncooperative landowner. It may therefore
be desirable to introduce new “fall back” powers to enable the Councils to enforce the
required level of conservation management if this proved necessary in a minority of
cases where a farmer refused to voluntarily enter a management agreement to protect
the site. The options for doing so are considered below.

Notice of Potentially Damaging Operations - a Reactive Procedure

The 1994 Regulations follow the 1981 Act in allowing for the service of notice
of intention to carry out a damaging operation by a landowner in a Special Area of
Conservation, and allowing four months for the negotiation of an agreement31 . The
ban on notified operations being carried out becomes absolute (without time limit) if
the Secretary of State makes a Special Nature Conservation order under reg.22 of the
1994 Regulations. At present, when faced with a landowners intention to undertake a
notified damaging operation, the Councils undertake a risk assessment and cost/benefit
analysis of the farmers proposal, and only refuse consent (and consequently negotiate
an agreement) where serious damage to a site is, in their view, likely to occur. This
involves assessing the seriousness of the owner’s intent, as well as the nature of the
works proposed and the conservation value of the site. Within an SAC, however, the
Councils will not have the same latitude of approach. They will be unable to consent
to damage, as they have a statutory duty to ensure the Site’s maintenance at the
conservation level required by the Directive.
The use of the statutory consultation procedure by farmers also has financial
implications for the Councils in implementing the Directive. It is arguable that the
existing Financial Guidelines are inappropriate for securing proper conservation
management of European Sites. If landowners within designated European wildlife
sites invoke the consultation provisions, the Councils will be constrained to offer
management agreements based on the restrictive model provided for in the current
Financial Guidelines - and this type of agreement may not guarantee the required
level of conservation and protection for priority habitats or species on the site (see
below). If arbitration is invoked to settle the terms of the agreement, the Council can
withdraw the offer if the arbitrator’s award is higher than the payment initially offered32 .
There is, however, a question whether in so doing they may be open to a claim for
damages. Furthermore, the Councils’ latitude for negotiation, following notification
of his intention to carry out a damaging operation by a landowner, may be
circumscribed due to the overriding need to achieve protection of such sites at the
conservation status required by the Directive.
Management agreements on the restrictive, or “negative”, model - under the
1994 Regulations and Financial Guidelines - cannot deliver conservation management
of the level required:
SUSTAINABLE AGRICULTURE AND THE LEGAL PROTECTION OF
WILDLIFE IN THE UNITED KINGDOM 81
SUSTAINABLE AGRICULTURE AND THE LEGAL PROTECTION OF
WILDLIFE IN THE UNITED KINGDOM 83

16 See for instance S.Ball, Reforming the Law of Habitat Protection, Ch.4 in (Rodgers Ed) Nature Conservation
and Countryside Law (University of Wales Press,1996).
17 See arts 6.3 and 6.4 of the Directive op.cit.
18 Planning Policy Guidance Note 9 Nature Conservation, 1994.
19 SI 1994/2716.
20 reg. 18, SI 1994/2716.
21 Note the interpretation of the parallel wording in s.28 Wildlife and Countryside Act 1981 by the House of
Lords in Southern Water v. Nature Conservancy Council [1992] 3 All.ER 48. An “occupier” was there
defined to be someone with a stable and longstanding relationship with the land ie. in a factual (not legal)
sense.
22 reg. 20(40,(5) ibid.
23 reg. 20 (1),(2) ibid.
24 reg. 24(5),(6) ibid.
25 reg. 23(2) ibid.
26 reg. 23 (4) ibid. ie.if it is carried out with “reasonable excuse”.
27 reg. 28 ibid.
28 reg. 28(4) ibid.
29 reg. 16 Conservation etc. regulations 1994,SI 1994/2716.
30 the rule in Tulk v.Moxhay(1848) 2 Ph 774.
31 reg.19 (1) and (2) Conservation etc. Regulations 1994, SI 1994/2716.
32 Section 50(3)(b) Wildlife and Countryside Act 1981.
33 Reg. 26(6) Conservation etc. Regulations 1994, SI 1994/2716.
34 see reg. 26 ibid.
35 For a consideration of this problem in the context of ESA policy see Environmentally Sensitive Areas and
86 NEIL HAMILTON

• Reaping What We Have Sown: Public Policy Consequences of Agricultural


Industrialization and the Legal Implications of a Changing Production System, 45
Drake Law Review 289 (1997)
• Agriculture and the Environment: How Producers Should Respond, 1 Drake
Journal of Agricultural Law 141(Winter 1996)
• Tending the Seeds: The Emergence of a New Agriculture in the U.S. 1 Drake
Journal of Agricultural Law 7 (1996)
• Essay: Agriculture Without Farmers?: Is Industrialization Restructuring
American Food Production and Threatening the Future of Sustainable Agriculture,
14 Northern Illinois University Law Review 613 (Fall 1994).
• The Role of Law in Promoting Sustainable Agriculture, 1 J. of Sust. Ag. 111
(Fall 1990)
• Sustainable Agriculture: The Role of the Attorney, 20 Environmental Law
Rep. 10021 (Jan. 1990)
• Adjusting Farm Tenancy Practices to Support Sustainable Agriculture, 12 J.
of Agri. Taxation and Law 226 (Fall 1990)
• Book Review: Exploring the Roots of Sustainable Agriculture, 1 J. of Sust. Ag.
107 (1990).

I speak to you today from that experience, with the goal of sharing reflections
on the important role law and policy will play in promoting the development of truly
sustainable agricultural systems. In my opinion sustainable agriculture is one of the
most important developments in American agriculture in the last half century. It has
the potential to be a unifying concept which can provide the basis for addressing both
environmental and social needs of agriculture in countries throughout the world. For
that reason I commend the organizers of this Congress on selecting the issue of
Sustainable Development as a theme for our consideration.. It will be impossible for
any nation or the world to progress far on the path toward sustainable development, if
it does not examine agriculture. Sustainability must start from the ground up and
agriculture is the place to begin. If food production systems and our relation to the
natural resources we use to raise food are not grounded on the principles of sustainability
our future is in doubt.

A. Defining the principles of sustainable agriculture

The first and perhaps most important step in promoting sustainable agriculture
is to develop a common, understandable definition of the term. By doing so, the goals
and objectives sought to be furthered by research and education efforts, as well as by
law and policy, will become clearer. In the U.S experience the process of defining
sustainable agriculture was a long and sometimes acrimonious process. This is due
in part to the fact many people and institutions in agriculture originally viewed
promotion of “sustainability” as a threat to their positions or markets. These fears
over what sustainability might mean have largely melted away and have been replaced
88 NEIL HAMILTON

control. In that regard the impact of public policies such as conservation compliance
and efforts to fund sustainable agricultural research such as the Leopold Center have
had an impact. In my home state of Iowa the results from sustainable agriculture
research on issues such as how to reduce water pollution from the overuse of nitrogen
fertilizer use are clear. For example, the average rates of nitrogen fertilizer used per
acre in Iowa have dropped significantly in recent years without lowering yields. The
effect is that Iowa farmers are saving millions of dollars in reduced fertilizer costs
while reducing the potential for excess nitrates to enter water supplies. One other
effect is that if the environmental problems which bring attention to agriculture subside,
such as concerns for water pollution, then there should be less need to enact regulatory
approaches which might increase the costs and restrict the freedom of choice available
to farmers.

By merging economics and environmental stewardship, sustainable agriculture


holds great potential for the U.S. and other nations. It may offer a way to reduce
tensions between the environmental community and the farm sector, and it can help
preserve consumer confidence in the quality of our food. It may provide a basis for
justifying continued and even increased public funding of agricultural programs, such
as expanded efforts to control water pollution and conserve soil. If farmers adopt
practices to protect the environment, the negative environmental effects creating public
pressure to regulate agriculture may decline. Law and policy will play an important
role in helping any nation develop and promote sustainable agricultural systems.
Identifying the legal tools and programs which will give life to sustainable practices
is one important challenge. Equally important are efforts to identify the legal and
institutional barriers, such as farm tenancy practices or agricultural lending attitudes,
which might promote practices which negatively impact the environment and hamper
the development of sustainable systems.

C. Lessons to Be Drawn from the U.S. Experience with Sustainable Agriculture

Perhaps the most important insights which can be drawn from the U.S. experience
are ideas on how to most effectively develop and promote sustainable agriculture
principles. These lessons include:

1. the importance of developing commonly understood and accepted definitions


of what is meant by “sustainable” agriculture. The role of definitions is essential not
just in helping clarify the goals to be promoted and in gaining support for the efforts,
but also in trying to develop mechanisms to measure the effectiveness of any programs
adopted.

2. recognizing that the communities affected by “sustainable” agriculture are


much broader than just the farming sector. Many groups and institutions have an
interest in and influence over agricultural policy. The research and education sector,
90 NEIL HAMILTON

of the key challenges in developing a more sustainable agriculture is for agricultural


lawyers and policy makers to identify and work to reduce the impact these legal and
institutional barriers may present.

5. including within promotion of sustainable agriculture consideration for soci-


al and human needs. While most work in sustainable agriculture has been agronomic,
it is important to recognize the important link between the economic and social structure
of agriculture and developing sustainable agricultural systems. For any agricultural
production system to be sustainable it can not just deal with soil and water or price
and income, but the system must also consider the farmers, their families, and the
rural communities which make up the cultural structure of an agrarian system. If an
agricultural system is to thrive there have to be people in the equation because the
people are the actors to whom the knowledge and advice of the research community is
directed. It is the farmers and their families who care about preserving the quality of
the land they farm and who want to build an economically viable operation through
which to accumulate wealth and acquire the financial resources necessary to live. It
is the people in an agricultural system who act as the transfer agents for knowledge
and wisdom across generations. For these reasons most definitions of “sustainable
agriculture” include references to either people or the social structure of agriculture.
The Iowa definition of “sustainable agriculture” refers to “social viability” and “
appropriate use;” both clear mandates to include a structural component in discussions
of sustainability. However, for many reasons university and public research efforts
find it difficult to address these cultural components. Perhaps the most significant
obstacle to including questions of structure and social policy in sustainable agriculture
research is that it is impossible to address the issue without encountering difficult
“political” issues which are controversial in the agricultural community.

6. accepting the need for evolution and flexibility in public programs promoting
sustainable agriculture. One of the central lessons of recent years in the U.S. is a
recognition that as the public acceptance of the importance of promoting sustainable
agriculture grows, the publicly funded programs designed to do so will evolve. Much
of the effort in the U.S. to limit the impact of agriculture on the environment involves
paying farmers to promote soil conservation and limit water pollution. Programs
such as the popular Conservation Reserve Program (CRP) which uses 10 year contracts
to retire erodible land from production and the Wetland Reserve Program (WRP)
which buys permanent conservation easements from farmers who restore wetlands on
formerly drained fields are good examples of how sustainable agriculture is being
promoted at the farm level. While these programs may not be specifically promoted
as “sustainable agriculture” the direct effect of the efforts clearly is to improve farming
practices and protect environmental resources. Over the last 10 years the CRP program
has evolved to become more focused on environmental protection. The WRP was
first developed in 1990 as a way to achieve more permanent restoration of valuable
wetlands. It represents the first nationwide effort by the federal government to use
92 NEIL HAMILTON
94 GURSEN DE MIRANDA

especial, tem características e finalidades próprias, sustentados pela sua concepção


eminentemente social, que reflete em seus princípios fundamentais.
Alguns princípios do D.a., por sua vez, tem seus equivalentes em ordenamento
jurídico de diversos países. Por certo, cada qual dotado de feição própria, dada a
realidade agrária dessemelhante, pois, de acordo com suas peculiaridades. Em alguns
casos, é bem verdade, podem evidenciar características mais genéricas, peculiares de
uma teoria geral de Direito Agrário. São princípios imutáveis e invariáveis que, na
expressão de Cícero, deveriam valer tanto em Roma como em Atenas.
Com efeito, os princípios fundamentais do D.a., certamente, poderão ser me-
lhor entendidos através de uma visão histórica (2).
Em estudo histórico e comparado do D.a. fica evidente a constante preocupação
dos governantes de distintos povos em produzir alimentos, para suprir a necessidade
vital do homem. Com o objetivo de produzir alimentos para abastecer as cidades e
alimentar o povo, os governantes adotavam diversas medidas, com os mais variados
institutos jurídicos, visando a conservação dos recursos naturais renováveis e procu-
ravam organizar o sistema fundiário, entregando terra para quem a fizesse produzir;
para que houvesse produção sempre maior e sem interrupção.
Hammurabi, Moisés, César, D. Afonso V, e todos outros governantes, de todos
os povos, de todas as raças e de todos os continentes, tinham e têm como objetivo
principal, a produção de alimento para o povo.
Nesse passo, já é possível afirmar, sem o menor receio que, historicamente, o
principio fundamental universal do D.a. é a produtividade. Princípio este que, no
contexto agrário, exige a conservação dos recursos naturais renováveis e a organiza-
ção do sistema fundiário.

O D.a. possui, assim, historicamente, três princípios fundamentais:


produtividade;
conservação dos recursos naturais renováveis
organização do sistema fundiário

Atualmente estes princípios devem estar sob o entendimento da função social


da terra que envolve, orienta e dá a característica a todos os demais princípios e
institutos do D.a.
A terra, necessidade básica para a espécie humana, no morar, no trabalhar e no
produzir, como objeto primeiro do D.a., deve, assim, cumprir com sua função social.
Bem, dada a pertinência com o tema, permito-me, agora, aprofundar um pouco
mais, a exposição sobre o princípio da conservação dos recursos naturais renováveis.

CONSERVAÇÃO DOS RECURSOS NATURAIS RENOVÁVEIS


De maneira geral, pode-se dizer que conservar é impedir que se acabe ou se
deteriore, mantendo-se suas qualidades, enquanto que, preservar é resguardar algo
para o futuro, impedindo sua danificação.
96 GURSEN DE MIRANDA

propriedade, da concepção originária de um Duguit (5), no caso do D.a., é uma im-


propriedade técnica no jusagrarismo, pois, caracteriza apenas parte de um estudo
central da disciplina que é a função social da terra.
A função social da terra, ao invés de função social da propriedade, deve ser vista
e analisada como um dos princípios abrangidos pela concepçãp eminentemente social
do D.a. Aliás, o mestre Paulo Torminn Borges (6) assevera de forma bastante clara
que “não é apenas a propriedade rural que tem uma função social a cumprir; mas, se
falamos em Direito Agrário, é estritamente da função social da terra que trataremos”.
Função social da terra, pode-se afirmar, constitui o principio central do D.a., do
qual a função social da propriedade é um subtema, bem como todo e qualquer princí-
pio (como abordamos anteriormente), ou instituto que tenha por objeto a terra, ou o
trabalho na terra, o trabalho agrário. Pode-se dizer, assim, da função social da posse,
da função social da propriedade, da função social da empresa agrária; da função soci-
al dos contratos agrários; enfim, todo e qualquer atividade que se realize sobre a terra
(entendendo-se o trabalho agrário) deve ter e cumprir com a função social.
É que a terra, como bem de produção e um recurso natural esgotável, deve
satisfazer a sociedade. Aquele que trabalha a terra como posseiro, como proprietário,
como arrendatário, como parceiro sem-terra, como empregado rural, em suma, todo e
qualquer homem do campo deve fazer a terra produzir, visando sua satisfação social,
de sua família, da sociedade, preservando a terra para a presente e futuras gerações.
Portanto, todo o trabalho que se realize sobre a terra deve ter, também, uma finalidade
social.
Função social da terra no sentido da necessidade de produção de alimentos para
a sociedade presente e a sua conservação para as gerações futuras. Com efeito, no
trabalho agrário (em qualquer atividade), observando-se as normas do D.a., no cum-
primento da função social da terra, haverá, sempre, o desenvolvimento sustentável.
A visão social da terra é acentuada, sobremaneira, pelo ato de a mesma ser uma
necessidade natural ao ser humano, numa concepção agrário-geográfica, como base
do viver, do trabalhar e do produzir.
Por outro lado, sabe-se que no D.a. o fundamento maior do direito à terra é o
trabalho. É o trabalho agrário que dá a função social a terra. Daí, poder-se afirmar
que a terra pertence a quem a trabalha, a quem a faz produzir, a quem a amanha. É o
entendimento mediante o qual, a todo o trabalhador do campo assiste o direito de
permanecer na terra que a cultiva, ou seja, o homem adquire o direito de viver sobre
um pedaço de terra, independentemente de qualquer formalidade.
Da mesma forma, a simples detenção da terra pelo poder econômico de seu
proprietário não presente, não encontra respaldo em lei agrarista, uma vez que, não
estará cumprindo com sua função social.
Não sem razão o saudoso professor Fernando Pereira Sodero (7), ao analisar o
caso brasileiro da função social da terra tenha mostrado que “era preciso deixar claro
que a terra deveria pertencer a quem a trabalha, a quem a fecunda, a quem dela retira
seu sustento de forma profissional, fica, certo, pois, que o trabalho é o elemento que
deverá caracterizar e fundamentar o direito de propriedade – princípio este conside-
98 GURSEN DE MIRANDA

relação à natureza, certamente, não haveria motivo para gritos ecológicos que ecoam
por todo o planeta.
Usar de todos os meios para que haja desenvolvimento com a conservação dos
naturais, de forma consciente, equilibrada e sem demagogias, para o hoje e o amanhã,
é dever de todos.
Desenvolvimento para as presentes e futuras gerações, chamado de desenvolvi-
mento sustentável.
O tema já está positivado, no Brasil, conforme estabelecem as disposições do
artigo 225, da Constituição Federal, verbis:
“Art. 225. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem
de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder
Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras
gerações.” (grifos do Conferencista)
Abstraindo a sempre citada e consagrada, mas, equivocada expressão “meio
ambiente”, palavras que dizem a mesma coisa, a norma constitucional brasileira re-
flete com clareza e objetividade o entendimento do tema.
Esta concepção, agora, difere, acentuadamente, dos antigos planejamentos eco-
nômicos com visão apenas na geração presente, para usufruir o desenvolvimento pla-
nejado.
O desenvolvimento sustentável não prioriza o progresso setorizado, em regiões
definidas, por tempo certo e determinado, o que se busca é a globalização do desen-
volvimento permanente, e que seja eterno (enquanto dure, diria o Poetinha).
Os recursos naturais e as criações do homem devem permanecer de geração
para geração.

II. ATIVIDADE AGRÁRIA COMO TRABALHO AGRÁRIO

Nesse tópico pretende-se exemplificar alguns fatos mais evidentes e pertinentes


à questão agrária de repercussão ambiental, pela relevante razão de ser a conservação
dos recursos naturais renováveis um dos princípios fundamentais do Direito Agrário.
Deve-se entender, a priori, que tudo irá depender da política agrária adotada por
determinado Estado. A ação destinada ao âmbito agrário, reformista ou
desenvolvimentista, com o propósito, ou não, de se buscar um desenvolvimento sus-
tentável.
É que o trabalho agrário, no campo, configura-se no exercício de uma atividade
agrária, especialmente a atividade de produção. A atividade agrária de produção en-
volve a agricultura (temporária e permanente), a pecuária (grande e médio porte), a
hortifrutigranjearia (com a pecuária de pequeno porte), a silvicultura (reflorestamen-
to) e o extrativismo agrário (vegetal e animal).
Precedida na necessária atividade agrária de experimentação e pesquisa, onde
deve-se elaborar o necessário zoneamento agro-econômico-ecológico, a atividade agrá-
ria de produção, por certo, na utilização dos recursos naturais renováveis, causa séri-
os impactos ao ambiente, o que impõe, para a sua conservação, para o melhor apro-
100 GURSEN DE MIRANDA
102 JOSÉ SANTOS DITTO

aún no se ha logrado establecer el límite de su campo de acción, competencia o


agrariedad. Esto ha permitido aseverar a muchos, que está en dudas su existencia, o
que a secas, esta rama del Derecho no existe.
Investigar siempre las ciencias jurídicas de carácter social, aunque se estimen
con sólidas bases que hacen su vivencia, no es censurable, mas bien es encomiable.
Pero lo que si resulta riesgoso es que al reinvestigar principios, orígenes o bases
fundamentales sobre las que se apoya una ciencia, se diga a priori enfáticamente que
ellas son endébles o falsas, porque en ese momento, se está negando su existencia y
dejándose en el vacio y sin reemplazo todo el camino andado.
En los estudios iniciales de esta ciencia, se arribaron a acertadas conclusiones.
Pero los múltiples acontecimientos que con gran velocidad se vienen suscitando en la
humanidad, cambian o transforman no solo institutos jurídicos de las ramas del
Derecho, sino del mismo tronco o Derecho en General. Esto no es sinónimo de que el
Derecho y sus ramas desaparecen, sino que las circunstancias exigen actualización de
sus normas, de donde seguramente nacerán nuevas ramas jurídicas, nuevos institutos,
o podrá demostrarse la necesidad de reformar lo vigente. En la actualidad, se sigue en
esta tarea investigativa planteada por Carrozza, utilizándose el siguiente procedimiento:
primero, abordar el criterio de la agrariedad, luego, el estudio de los institutos para
llegarse a objeto, método, fuentes e interpretación, y finalmente arribar a los principios
generales.
Antonino Vivanco, señalaba que para que la política agraria logre sus propósi-
tos requiere del “auxilio del derecho” , razón por lo que la ciencia del derecho, trate
de hallar sus principios básicos en los fines de la política agraria. Vivanco, consideró
también “imprescindible mostrar cuales son los principios propios del Derecho Agrario,
ya que sólo por medio de ellos puede fundarse la autonomía de esta rama jurídi-
ca.”(1). Mencionó principios generales, a los que les entregó validez universal, pero
reconociendo que en ciertos casos no se encontraría su aplicación permanente y
simultánea.
Tradicionalmente el estudio del Derecho Agrario, se lo ha realizado, partiendo
del análisis del trabajo que intencionalmente realiza el hombre sobre la tierra, de
donde nacen vínculos, que se refieren a relaciones de carácter jurídico, social,
económico y técnico, para luego de estas relaciones, surgir los institutos o instituciones
jurídicas agrarias, como son : usufructo, arrendamiento, aparcería, procedimiento,
fomento y seguridad, capacidad jurídica, sujetos, objetos, expropiación, reversión,
etc. y, finalmente con el compendio de estos institutos se ha logrado determinar el
contenido de esta rama del Derecho. No está demás repetir, que el derecho es intangible,
es uno solo, que no se pulveriza al dividirse en ramas para responder a las necesidades
de ordenamiento de la sociedad. Es verdad, que para su funcionamiento esas ramas
utilizan institutos o instituciones que pertenecen al Derecho en general, pero al ser
tomadas por alguna de ellas se convierten en institutos propios de la misma. Además
de estos institutos del Derecho en general, el Derecho Agrario requiere para su sus-
tento real, de nuevos institutos que afloren de su especialidad y funciones. Con la
aplicación del método inicial, asomaron principios generales. Fueron ellos producto
104 JOSÉ SANTOS DITTO

logre a la brevedad posible legalizar la tenencia de la tierra.


Por lo expuesto, los múltiples principios generales nacionales, pueden permitir,
mediante consenso e identidad, la necesaria selección de los principios generales que
tomarán carácter universal.
Aplicando esta deducción, la conservación de los recursos naturales
renovables, se constituye en un principio universal, que fluye de la naturaleza. Estos
recursos han sido, son y serán necesarios para la producción agropecuaria. Tienen
valor total e imperativo para la alimentación del hombre. Su protección toma el carácter
de imperecedera.
Con el método anterior, o con cualquier método investigativo, siempre aflorará
su vigencia. Hoy, el mundo se conmociona por la destrucción del medio ambiente, y
políticas de toda índole apuntan a su protección y reconstrucción. En el ámbito agrario,
la conservación de los recursos naturales arriban a un primer plano y recobran
actualidad alojándoselos en la conformación del Derecho Ambiental. Es un impacto
para todos, la fuerte y necesaria relación agroambiental.
El incremento racional de la producción, es otro principio universal, porque
la obligación de los sectores públicos y privados, siempre será de entregar todo el
apoyo necesario, para que aumente no sólo la producción, sino la productividad.
La distribución equitativa de la riqueza o bienestar social rural, es otro
principio que llega a la universalidad , porque está unido a los principios filosóficos
de la razón, de la justicia y del humanitarísmo.
A este principio, no solo hay que respetarlo mientras exista el universo, sino
defenderlo.
Los tres principios universales expresados, a veces de diversas maneras, pero
sin perder su identidad o contenido, aparecen con el nacimiento de esta disciplina y
no perderán actualidad,
El sistema de investigación de instituto por instituto agrario, para el
descubrimiento de nuevos principios, de ninguna manera se sentirá entorpecida por
los ya enunciados desde hace muchos años. Extenso es el ámbito de investigación en
estos momentos de tanto cambio vertiginoso en el mundo. Pietro Romano Orlando,
quien denomina a este nuevo sistema de investigación , “el nuevo orden científico”,
es acertado al decir, que con este método hay que profundizar en el análisis de “las
principales causas endémicas del subdesarrollo de algunas regiones”. Entre estas causas
menciona “la insuficiencia alimentaria, la inadecuada utilización de los recursos
naturales renovables, el incremento demográfico contrariamente proporcional a la
producción agrícola, la inestabilidad del clima y la constante degradación del medio
ambiente natural...” (4)
Por último, regresando a la afirmación de que se necesita identificar los principios
generales de esta disciplina, para alegar su existencia, ella pierde solidez y se convierte
en tema de discusión, con la opinión de Ricardo Zeledón Zeledón, quien sostiene
que condicionar la existencia de los principios generales del Derecho Agrario, “para
identificar internamente la disciplina y diferenciarla de las demás, es un falso proble-
ma” porque “esa obligación no le ha sido impuesta a ninguna otra rama jurídica”.
106 JOSÉ SANTOS DITTO

y la distribución equitativa del producto de esa actividad, para fijar derroteros que
coadyuven al combate mundial contra la pobreza.
El estudio científico, confirma las relaciones de esta rama del Derecho con
otras ciencias y con otras ramas del Derecho y las descubre con nuevas. En la protección
del medio ambiente, defendiendo los derechos humanos en general y en particular
sobre la tierra y su contorno, con el objeto de impulsar una mejor y mayor producción
agropecuaria, que genere nuevos ingresos económicos. Tanto interés ha despertado
este estudio, que para facilitar su conocimiento, se habla mundialmente del derecho
agroambiental y del derecho agroalimentario. En la comercialización ágil y oportu-
na de los productos agropecuarios, vigilando la elaboración de convenios
internacionales en los mercados comunes, que conduzcan al beneficio justo de las
partes contratantes; y en la solidaridad humana, en todo sentido, ratificando su
estrecha relación con el derecho Constitucional.
En el estudio orientador , resaltan dos principios generales elementales , la
conservación de los recursos naturales renovables y la distribución equitativa de
la riqueza. Organismos nacionales e internacionales, en incontables reuniones de
todo género, vienen denunciando el gravísimo peligro que se vive, por la forma
incontrolada y voraz de destruir tierra, agua, flora, fauna y atmósfera en desmedro de
todos; y, la degradación del derecho a la vida que ha llegado a lo infrahumano,
demostrándose con cifras precisas e irrebatibles, la distancia cada vez mayor entre la
riqueza y la pobreza, debido a la injusta distribución de la riqueza y a la desacertada
política económica.
En América Latina, la pobreza sigue creciendo. Según estadísticas del Banco
Interamericano de Desarrollo, el pasado año de 1.997, el 10 % de latinoamericanos
mas ricos tuvieron una renta 84 veces mayor que el 10 % mas pobres. 200 millones de
personas viven en la pobreza en América Latina, según la Comisión Económica para
América Latina y el Caribe - CEPAL -. El desempleo es señalado como causa princi-
pal de la pobreza.
Siempre se había venido denunciando la opresión , es decir, la manera despiadada
de explotación. Pero indícase que esta ha disminuido, porque le ha ganado espacio la
exclusión.
Las élites financieras, ya no requieren de mano de obra como antes, porque han
reajustado el trabajo en pocas piezas, considerándose a los empobrecidos fuera del
mercado, “al margen, sobrantes, excluidos”. La exclusión se retrata en el desempleo.
Indícase, que en los paises que integran “El grupo de los 7” , el número de desempleados
pasó entre 1.979 y 1.994, de 13 a 24 millones, sin tener en cuenta a los 4 millones que
ya dejaron de buscar trabajo y a los 15 millones de condenados a aceptar empleos de
medio tiempo. Entre 1.994 y 1.996, la situación empeoró y el proceso continúa en
incontenible ascenso. (8)
Esta situación, nos obliga a los participantes de este congreso mundial, a conti-
nuar con mayor esfuerzo en la investigación del Derecho Agrario. Dice Ricardo
Zeledón Zeledón, que el agrarista como científico “ es un agente de expansión de la
estructura, función, contenido y filosofía de los institutos, jerarquizándolos y
108 JOSÉ SANTOS DITTO
110 JOSÉ SANTOS DITTO

Notas
1 Antonino C. Vivanco .- “Teoría de Derecho Agrario”, Tomo I.-Publicado por Ediciones Librería Jurídica.-
La Plata, Argentina, 1967. Página 199
2 Juan José Sanz Jarque. “Derecho Agrario. General, Autonómico y comunitario”.- Volumen I . publicado
por el Instituto Editorial REUS , S.A., Madrid- España, 1.985.- Pg. 51
3 AlbertoBallarín Marcial.“Derecho Agrario”, publicado por Editorial Revista de Derecho rivado, Madrid-
España, 1.965.-Pg.219
4 Pietro RomanoOrlando.Memorias del IICongreso de la UMAU “Las grandes tendencias del Derecho
Agrario Moderno”.Publicado por Editorial Gayalan Centroamericana S.A..- en 1.994. San José - Costa Rica
- Página 456
5 Ricardo Zeledón Zeledón - Memorias del II Congreso de la UMAU, ya citado .- Publicado en 1.994,
página 38 y 39
6 Alfredo Massart - “Síntesis de Derecho Agrario”, Segunda edición.- Publicada por Editorial Sapiencia,
San José-Costa Rica, 1993. Página 175
7 Ricardo Zeledón Zeledón - Memorias del II Congreso de la UMAU, ya citado.- Publicado en 1.994, páginas
43,44 y 45
8 “Agenda Latinoamericana 98”.Publicada por Editorial Lascasi ana, Managua- Nicaragua .- Páginas 16 y
19
9 Ricardo Zeledón Zeledón - Memorias del II Congreso de la UMAU , ya citado .- Página 46
10 Ramón Vicente Casanova.Revista Derecho y Reforma Agraria N.-28.-Impresa en Talleres Gráficos
Universitarios.Mérida Venezuela - 1.997, Venezuela - Páginas 17 y 18
11 Consejo Pontificio Justicia y Paz .“Para una mejor distribución de la tierra, el reto de la Reforma Agraria”.-
Publicado en L´Ossevatore Romano N.- 7, de 13 de Febrero de 1.998.- Pags. 11 17
12 Carrera -Citado por Juan Sanz Jarque, en su obra “Derecho Agrario.-General,Autonómico y Comunitario”
ya citada. Pag. 39
WILLEM BRUIL; HERMAN WALDA

areas
112 where there are relatively few animals (such as Zeeland, Groningen and
Flevoland) the physical integration of new large farms (or blocking the creation of
these farms) is a great problem. That specially pig farming has an animal health
problem became clear in 1997, when a major epidemic of swine-plague occurred. The
spread of this very contagious disease now seems under control, but this has, and will,
cost a lot of money, both to farmers and to the government. Finally, animal welfare is
a difficult issue in modern, very intensive farming. Society and governments are
exerting increasing pressure to improve the keeping of animals. Up to now, this has
not changed consumers’ behaviour, but that may happen in future. Anyway, this issue
has been an important reason for the government to institute a major reconstruction
of pig farming, by way of the Restructuring of Pig Farming Act (Wet herstructurering
varkenshouderij).
In this paper we will present a general overview of the legal aspects of agriculture
and the environment. We realise that this is a very complicated matter, which might
not be very interesting to detail for other than Dutch people. We assume, however,
that all over the world the problems of livestock farming may be similar to the Dutch
situation, if not on a national scale then at least on a regional scale. If this assumption
is correct – or will be in future - then the legislators will have to decide which aspects
of the problem should be regulated. In the Dutch case the government could not make
a choice and this has created an enormous overkill of rules. Whether or not all these
regulations are considered effective depends on one’s point of view.

2. Regulatory objects
The legislators have tried to regulate the manure problem. The objects of these
rules are illustrated by this picture of a farm. The animal is probably a pig that produces
a big pile of manure. The regulatory objects correspond partly to the direct
environmental effects of livestock breeding mentioned above, e.g. B (soil), C (ammonia)
and D (stench). Other objects of regulation have only an indirect relation to the
environment, e.g. production of manure (A), mineral balance (E) and number of
animals (E). If we wanted to make another distinction then it could be said that
regulations sometimes concern production variables (manure, animals, balance),
sometimes an activity (the use of manure on the soil) and sometimes buildings (stench,
emission, deposition).
We will go into these sets of regulations separately in the next paragraphs.

3. The production of manure


3.1 General
At first the manure problem was tackled at the very source: excess production of
manure. The Fertilisers Act has tried to limit this production. There are three rules. It
is forbidden to:
- increase the production of manure (art. 14);
- relocate production (art. 15);
- produce manure by another kind of animal (art. 14).
WILLEM BRUIL; HERMAN WALDA

will
114 not change the reference quantity. The reference quantity will remain the same,
even though the manure is not actually produced.
d. Manure records
According to article 6 and according to the Besluit mestbank en mestboekhouding
(Stb 1987, 170) producers of animal manure are obliged to keep records of animal
manure. These records contain data on the numbers of animals of each species, area
of agricultural land and quantities of manure. The Minister provides forms for these
records. The records are not only the basis for fixing the allowed production of
manure, but also for the payment of a surplus levy and for assessing whether manure
is being used correctly.
3.3 Transfer of manure production
a. General
The Fertilisers Act of 1 January 1994 prohibited the relocation of production of
manure to another farm or to another part of the same farm (article 15) i.e. the reference
quantity could not be transferred. Nor was it possible to purchase a farm and unite it
with the original farm in order to combine reference quantities. As a result, the structure
of livestock-farming was frozen. Since the Wet verplaatsing mestproductie (Manure
Production Relocation Act) came into force on 1 January 1994, manure production
may be relocated provided certain conditions are met.
b. Manure Production Relocation Act
This Act was designed to create possibilities to adapt the structure of livestock-
farming to new circumstances. The legislators believed that environmental demands
required the healthy structure of the farming industry. This Act introduced a new
notion is introduced: the manure-production right. This manure-production right is
divided into transferable and non-transferable rights.
c. From reference quantities to manure-production rights
Since 1 January 1994 a new form of registration has been in place, on the basis
of:
- the land belonging to a farm;
- the reference quantities per group of animals and in total;
- the production location of the farm.
Using this data Bureau Heffingen (Assessment Office) has calculated individu-
al manure-production rights. These rights are divided into:
- soil-based (basic) manure-production rights
- non-transferable non-soil-based manure-production rights (per group of
animals)
- transferable non-soil-based manure-production rights (per group of animals).
The total manure-production rights are equal to the individual reference
quantities.
The basic manure-production right is 125 kgs of phosphate per hectare per year.
This right is not divided into production rights per group of animals.
The non-soil-based manure-production rights are equal to the former reference
quantities minus the basic rights. The non-soil-based manure-production rights are
WILLEM BRUIL; HERMAN WALDA

Relocation
116 Act (Wet verplaatsing mestproductie), only the following types of transfer
are relevant: transfer of ownership; establishing, transferring or nullifying commercial
rights of use as well as completion or termination of tenancy agreements concluded
for the statutory period and approved by the Grondkamer (Land Control Board). In
cases of enlargement and reduction of farmland within the same calendar year, the
regulations for extension or reduction of manure production rights are applied to the
net increase/decrease.
g. Prohibition of change
The Fertilisers Act does not allow manure production by one group of animals
to be changed to manure production by another group of animals. The non-land-
based manure-production rights are attached to a group of animals. The Act does not
allow production of manure by other groups of animals to change to manure production
by pigs and chickens. That is because there is excessive manure of pigs and chickens.
The land-based rights can be used for manure production by any group of animals.
3.5 Conclusion / summary
Manure production is tied to a lot of very difficult regulations. In the first place
the allowed quota of manure depends on the historical situation. In principle manure-
production rights can be calculated on the basis of 1986. However, that is not simple.
In practice most farmers take the view that the tasks of registration and checks of the
Assessment Office are carried out in the right way. Nevertheless, the opinion of the
Office is not decisive. The awarding of a manure production right by the office is not
legally binding. Therefore the opinion of the Office can be contested. Article 14c was
added to the Fertilisers Act on 1 January 1995, stipulating that the Minister can
endorse manure-production rights.

4. The use of manure


4.1 General
The above shows that a farm perfectly legally can produce manure in excess of
the potential manure usage of that farm. Manure is generally spread on agricultural
land. When quantities are large there may be serious environmental consequences for
the soil: phosphate saturation, the endangerment of surface and ground water,
contamination by heavy metals. The use of manure is therefore subject to strict controls.
The formal statutory basis for this is the Wet Bodembescherming, i.e. the Soil Protection
Act. The practical regulations are laid down in the Decree on the Use of Manure.
These regulations are of two types:
- rules on the quantity of manure that may be mixed with the soil (limits of use)
- rules on how manure may be used (spreading specifications)
4.2 The use of manure in the soil
a. Limits of use
The regulations limiting use have been introduced in stages: they have been
gradually tightened since 1987. The unit of measurement is — as with production —
kilograms of phosphate per hectare per year. The aim is to arrive at a balanced situation,
i.e. the same amount of manure added to the soil as is abstracted by crops. Different
WILLEM BRUIL; HERMAN WALDA

Bulletin
118 of Acts and Decrees.
The rules are as follows;
- in the demarcated areas no manure may be spread on arable land, maize fields
or uncultivated land from September to January inclusive.
- no spreading is allowed on pasture from September to January inclusive
- emissions must be kept to a minimum
- no spreading may take place when the ground is snow-covered.
Article 8c also contains a precision guideline: manure must be spread as evenly
as possible.

5. Rules for agricultural establishments


5.1 General
The Environmental Protection Act approaches the issue from a different angle.
Under this Act, those establishments indicated by the Development and Permits Decree
need an environmental permit. Livestock farms are classed under category 8 of appendix
1 to this decree. Some categories do not require a permit, but have to comply with
general rules. Neither this system of environmental protection nor the permit problem
in itself (procedures, legal protection, etc.) will be dealt with here. Only regulations
that apply particularly to livestock farmers will be discussed. These differ to such an
extent that a special law has been enacted: the Ammonia and Livestock Farmers
(Interim) Act.
The Environment Protection Act was not directed especially at manure. It was
aimed generally at establishments ‘that might give rise to adverse consequences for
the environment’. But the presence of manure is one of the factors that create these
adverse consequences for the environment: the emission of ammonia by livestock
farms is partly responsible for acidification.
It must be stressed yet again that regulations in this branch of manure policy
have nothing to do, legally speaking, with the regulations on production, use and
surpluses. These form a separate set of regulations: attunement is left to the agricultural
enterprises.
5.2 General regulations
General regulations apply to the following categories (which thus do not require
a permit):
- dairy farms: the Dairy Farms Environment Protection Decree (Stb 1991, 324).
According to this decree a dairy farm is an establishment which is exclusively or
principally designed for the keeping of dairy cows, insofar as:
- no more that 50 pig-manure units are kept (excluding no more than six lambing
ewes)
- no more than 50 goats are kept
- no animals are kept for their fur
- no more than 50 doe-rabbits are kept
- no more than 100 dairy cows are kept
- no (large) storage tanks for liquid manure are present.
WILLEM BRUIL; HERMAN WALDA

in
120the form of ammonia deposition which may derive from the farm. The object of the
Act is not so much to reduce ammonia emissions as to bring the number of permits to
the prerequisite standstill.
b. Livestock farms
By livestock farm is meant an establishment which is designed for the rearing,
breeding, fattening, trading and shipment of livestock. This includes not only factory
farms, but also beef cattle farms (insofar as they do not come under the GAO) and
mixed farms.
c. Criterion
The determinant for eligibility for a permit is the deposition (expressed in Mol)
of a farm in an acidification-prone area. The areas that are acidification-prone are
defined in the Ammonia and Livestock Farms Regulation.
Main points:
· Acidification-prone areas are woods, wildlife areas and landscape features which
are located on land that is prone to acidification and:
a. cover more than 5 hectares, or
b. have been designated a conservation area by virtue of the Nature Conservation
Act, or
c. are owned or managed by the Forestry Commission or a private land
management agency (see appendix 3), or
d. have been designated by a valid zoning plan as woodland, wildlife areas or
landscape features that merits conservation in connection with their ecological value;
a local bylaw may specify that these areas are not acidification-prone, or
e. have been defined as acidification-prone in a local bylaw.
· Not acidification-prone are woodland, wildlife areas and landscape
features, which:
a. were created or defined after 1 May 1988, or
b. a covenant is attached to, containing arrangements for upkeep and
management.
· To calculate the ammonia emission of a farm, the number of animal places is
multiplied by the emission factors for the relevant livestock categories and
accommodation systems; these factors can be found in appendix 4, distance factors
are given in appendix 5.
d. Interim Act — contents
The Interim Act distinguishes between farms with an adequate permit and those
without. New farms may not create depositions of more than 15 Mol.
Farms which already possessed a permit based on the Nuisance Act have retained
that permit and the deposition that it specifies. If that deposition is less than 15 Mol,
it may be increased to that level. That is allowed anyway, even in the case of farms
which do not have an (adequate) permit.
Farms without a permit or with an inadequate one and which were set up before
1987 can be legalised. The deposition limit for farms without a permit will be set at
the same level as the ammonia deposition produced by the farm at a certain time in
WILLEM BRUIL; HERMAN WALDA

the
122Fertilisers Act and the Manure Production Relocation Act. On the basis of these
Acts any farm can only produce a fixed amount of manure. This puts, of course, a
ceiling on the number of animals that can be kept (see above).
The new regulatory system is mostly provided by the so-called manure records:
every farmer is obliged to keep records of the animals he has had, the land that he has
used, and the amount of manure he has transferred elsewhere. Every transaction must
be accounted for and is controlled by a public body. If, in a given year, the production
of manure is too high, the farmer risks sanctions, such as penalties and fines.
The new system of mineral management, which became effective in 1998,
provides a more individual approach to each farm. The basic idea of the new Manure
Act is to control the farm’s input and output of phosphate and nitrogen by means of a
regulatory tax. There has to be a certain balance between input and output of minerals,
accepting a very limited loss of minerals into the environment. These so-called loss
rates have been the subject of intense discussion recently.
Extensive enterprises - less than 2.5 cows per hectare - will not be included in
the mineral management system until the year 2002. By then every farm - including
arable farms - will come under the new system.
There are two systems for mineral management: the ‘fixed system’ and the
‘refined’ system. The farmer can choose which system he wants to comply with. The
tax is charged on the so-called taxable quantity of phosphate and nitrogen. This tax
is regulatory; that means the object of the government is not to gain money from the
system, but to ensure that the rules of the mineral management are kept. High tax
rates have therefore been set.
In the ‘fixed system’ the taxable quantity is calculated as follows:
taxable amount =
+ the supplied manure
the quantity of animal manure transported to the farm is fixed on the basis of
weight and volume by way of criteria expressed in kg. phosphate and nitrogen, differing
according to the form of manure, animal category and farm system. These forfeit
criteria are laid down in the Act in long lists of numbers. The quantity of non-animal
manure (chemical fertiliser etc.) is established on the basis of real content of phosphate
and nitrogen. These rates must be provided by the supplier.
+ the produced manure
the quantity of phosphate and nitrogen is fixed on the basis of average stock
during the year. Forfeit criteria are fixed per animal species. The result is a long list of
numbers.
+/- the manure in stock
the quantities can be reduced by the amount of manure in stock at the end of the
year and raised by the amount that is in stock at the beginning of the year. This item
is optional: the Act provides for the possibility of a ministerial regulation.
-/- the upgraded manure
Ministerial regulation can introduce a reduction for manure that is upgraded to
certain forms.
WILLEM BRUIL; HERMAN WALDA

of
124the year and raised by the amount that is in stock at the beginning of the year. This
item is optional: the Act provides for the possibility of a ministerial regulation.
-/- the upgraded manure
Ministerial regulation can introduce a reduction for manure that is upgraded to
certain forms.
-/- the output minerals
These are also categorised in the Fertilisers Act:
· animal manure (real values)
· exported bulk feed (fixed values)
· animals (fixed values)
· animal products; for cheese, butter, milk, eggs and wool values for phosphate
and nitrogen are fixed (in grams per kg product)
· other farm products (fruit, vegetables, grain, etc.). The values are set at 65 kg
of phosphate and 165 kg of nitrogen per hectare. The export of these products must be
proven by the farmer.
· bulk feed for animals from elsewhere that graze on the farmland (fixed values);
the manure of these animals does not count.
-/- the acceptable loss rates
see above
-/- ammonia correction
see above

The problems of enforcing the new mineral management system were extensively
discussed during the preparation of the Act. In fact the regulatory tax can only be
considered as an enforcement instrument on the basis of vast administrative obligations
of the farmers. Every move they make - where minerals are involved - must be
documented and proven. The enforcement costs will be high on the side of the farmers
as well as on the side of the government. Whether there will be a certain balance
between the costs and the benefits of the system seems disputable to say the least. The
gain in steering power by the government seems adequate. The benefits to the farmer
will largely depend on their ability to influence the mineral balance by adapting farm
procedures and production methods. This ability will be limited by the almost univer-
sal ‘forfeit’ character of the systems.
Not all problems that were discussed when preparing the new system have been
solved. The farmers fear high taxes - due to the manure surplus - on the one hand, and
a reduction in soil fertility owing to the low loss rates that they can afford on the
other. Therefore about 25 ‘test farms’ have been designated. These farms are
experimenting with the mineral system in advance of the official introduction of the
mineral management system this year. The results of these farms may lead to changes
in the legislation.

7. Number of animals - pigs


7.1 Introduction
WILLEM BRUIL; HERMAN WALDA

reduce
126 phosphate production by 14,000,000 kilograms.
The first reduction will be less than 10%, if farmers keep their breeding-sows in
groups. This facility also exists if the pigs are allowed to range free, if the farmer
practices biodynamic production methods or possesses an environmentally state-of-
the-art sty. The reduction of 10% will not be enforced if pigs are kept according to the
land-based and not the non-land-based manure-production right.
The second reduction in 2000 will be 10% instead of 15% if farmers manage to
feed their pigs in such a way that the manure contains less phosphate.
Of course manure-production rights will cut down to the amount of the part the
pig rights are derived from.
The pig right consists of so called pig units. A porker corresponds to one pig
unit, and a breeding sow corresponds to approx. 2.5 pig units.
7.3 Transfer of pig rights
In order to reduce pig manure production transfer of pig rights will be subject to
a heavy discount. A transfer of pig rights in 1998 will be cut by 40%, a transfer in
1999 by 60% and a transfer in later years by 25%. A seller of pig rights in 1998 and
1999 will be compensated by the government. It is not allowed to transfer pig rights
from a concentration area to a non-concentration area, or from one concentration
area to another concentration area. There is an exception if the pig right is transferred
from a concentration area to a non-concentration area, provided that the buying farm
does not have non-land-based manure production rights. Furthermore, the maximum
that can be transferred is 15 pig rights per hectare of land of the buyer’s farm. This
regulation aims to prevent an increasing concentration of pigs in a non-concentration
area.
The buyer of more pig rights than needed to compensate for the 10% reduction
is also obliged to meet immediately the demands of housing the pigs according to the
latest standards of animal health and animal welfare. Other farmers had to meet these
demands in 1996.

8. Other regulations
So far we have only mentioned the manure regulations themselves, but related
legislation may also contain rules that apply to manure.
Firstly, there is the spatial planning prescribed by the Town and Country Planning
Act. Not so much thought should be given to regional schemes and structure plans. In
any case these are not directed at ordinary citizens. But the content of these higher-
level plans will ultimately percolate through to zoning plans, which are of significance.
That was probably also the idea behind the government’s introduction of a structure
plan for pig farming through the Restructuring Act. It is not yet clear what this structure
plan will mean to the regionalisation of pig rights (no relocation to ‘clean’ areas) or
to the often severe restrictions which are already part of zoning plans. Zoning plans
distinguish between soil-based and non-soil-based agricultural enterprises. The
intention is naturally to exclude non-soil-based enterprises. Zoning plans also prescribe
the physical separation of functions in accordance with the odour guidelines, for
WILLEM BRUIL; HERMAN WALDA

128
WILLEM BRUIL; HERMAN WALDA

130
WILLEM BRUIL; HERMAN WALDA

132
Maria Célia dos Reis
PRESIDENTE DA ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE DIREITO AGRÁRIO - BRASIL

A ECOLOGIA PROFUNDA COMO PRECONDIÇÃO PARA O


DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL E O DIREITO AGRÁRIO

Nesta breve participação, pretendo, primeiramente, conceituar Ecologia Pro-


funda e, em seguida, servir-me do pensamento de Miguel Reale, jusfilósofo brasileiro
de grande nomeada, para situar em sua conceituação o desenvolvimento sustentável
no contexto do Direito Agrário e concluir com referências à Constituição da Repúbli-
ca Federativa Brasileira e à Lei 9.605/98.
Tenho para mim que o Movimento da Ecologia Profunda é um chamado, um
grito de alerta para que o homem atual adentre seu interior, procurando reconceituar-
se diante de si mesmo e do mundo que o rodeia, a fim de que adquira a certeza de que
sem essa nova visão - de si próprio e do contexto em que vive - não haverá condições
de sobrevivência dele nem do meio ambiente. Será a morte de tudo.
Como ponto de partida teórico, valho-me da obra de Miguel Reale, O Direito
como Experiência, de que destaco a extraordinária lucidez do jusfilósofo ao resumir
sua concepção do Direito como “Ciência histórico-cultural-compreensivo-normativa”.
Trata-se de uma realidade natural do Direito e assim guarda em seu âmbito o
Direito Agrário, ao qual, por sua vez, caberia toda a análise epistemológica e noética
relativa à Ciência do Direito como tal.
O Direito Agrário é, portanto, um ramo do conhecimento científico, vez que
possui objeto próprio, distinto dos demais, e uma metodologia de estudo também
própria. É histórico no sentido de tratar como seu objeto, os fatos do contexto agrário
que realmente ocorrem na ordem das coisas, ou seja, os fatos alusivos à natureza do
campo. É cultural no sentido de acrescentar à natureza as elaborações do espírito
humano, as sínteses mentais, levando em conta o significado dos fatos da natureza e
seus respectivos valores para o homem. Tais valores, que representam uma constru-
ção esmerada do pensamento do jurista brasileiro, não se configuram em meras atri-
134 MARIA CÉLIA DOS REIS

buições de interesse subjetivo e individual, mas na percepção de uma vinculação dos


mesmos fatos da natureza com o interesse dos indivíduos como membros de uma
comunidade, sem menosprezo ao interesse do próprio indivíduo.
Quanto ao ângulo da compreensão, o propósito é diferenciar a natureza desse
conhecimento, que não é meramente explicativo como são os conhecimentos das ci-
ências da natureza, porquanto além de ser um conhecimento acerca da natureza é
também, concomitantemente, um conhecimento a ser elaborado pelo espírito humano
em função de detectar seus valores com o fito precípuo de elaborar a norma. Eis por
que o Direito - e dentro dele o Direito Agrário - é também de natureza normativa,
pois pretende detectar na natureza elaborada pelo espírito os valores que precisam ser
evidenciados e propostos pelo sistema jurídico como realidades a serem observadas
igualmente por toda a sociedade, a fim de que seja alcançado o bem comum.
Nada de se pensar em posições apoditicamente determinadas para sempre. A
natureza exterior, a natureza do homem, a percepção dos valores, encontram-se em
processo de perene elaboração e é sempre passível de uma visão mais plena e mais
próxima do ideal. Por conseguinte, não há que se falar em definitivo e aí está a beleza
do processo e o constante desafio para a mente do pensador jusfilósofo. A meta é o
próprio ser humano, em contínuo e cada vez maior processo de conhecimento e bem
assim a própria natureza de que é parte integrante.
A Ecologia Profunda pretende ser um passo além de mero “ambientalismo su-
perficial”, que se ocupa do controle e da administração mais eficientes do meio ambi-
ente natural em benefício do homem. Ela propõe uma redefinição do próprio homem
e da natureza de que se constitui parte integrante. Para ela, é preciso buscar uma visão
maior da natureza do homem e da natureza da própria natureza, ou seja, da essência
da própria natureza.
Nas normas brasileiras, figuram dois exemplos do que até aqui foi dito. Penso
que o artigo 225 da Constituição Federal, ao referir-se ao uso do meio ambiente eco-
logicamente equilibrado como bem de uso comum do povo e como bem essencial à
sadia qualidade de vida, é um grito em direção à Ecologia Profunda. Também na Lei
9.605/98, vamos encontrar, na visão do jurista Licínio Leal Barbosa, um estatuto
ousadamente chamado de Lei da Natureza, cujos capítulos, em número de oito, con-
templam os crimes e as penas correspondentes, o modo de aplicá-las, a apreensão dos
produtos e instrumentos das infrações, o processo e o procedimento. Esta recente lei
espelharia bem mais uma concepção de ambientalismo mais periférico.
Finalmente, creio que quanto mais o Direito Agrário imbuir-se das propostas da
Ecologia Profunda, mais se constituirá em fator do desenvolvimento sustentável.
136 ENRIQUE GUERRA DANERI

En esta oportunidad, nos interesa compartir ciertas inquietudes y reflexiones


acerca de las repercusiones que el fenómeno ecológico está provocando en el derecho
agrario. Se trata a nuestro juicio de cambios trascendentes, que unidos al fenómeno
de la globalización económica y tecnológica, vienen marcando de modo cada vez
más veloz y profundo, el paso del derecho agrario clásico, al derecho agrario moder-
no.

2. El primero de los aspectos a resaltar, es que el estado deficitario de la


Naturaleza, y fenómenos como la intensidad de la vida urbana moderna; los nuevos
horizontes que abren la investigación y la tecnología, han venido a ampliar y diversi-
ficar el tipo de interés por el espacio rural.
Así por ejemplo, de manera tradicional, el medio rural y la tierra han golpeado
a la agricultura con sus problemas estructurales y de postergación humana, causante
en algunos casos de tensiones y resistencias, que colocaron durante buen tiempo a
institutos como la reforma agraria en centro de atención y estudio. En otros casos de
menor trascendencia social, el medio rural sólo interesó jurídicamente vinculado a
problemas de vecindad tal cual sucedió en el general en la región rioplatense
(ruralismo)2 .
Pero en un caso u otro, debe rescatarse que para el derecho agrario tradicional,
la nota predominante se encontró siempre en la naturaleza puramente agrícola del
espacio rural y el cúmulo de problemas sociales que le son imputables desde tal punto
de vista.
Sin embargo, desde hace ya un tiempo el crecimiento alarmante de las
preocupaciones universales en sentido ecológico, parecen ir privando al medio rural
de su estimación exclusivamente agraria, dando paso a una valoración ambiental de
los recursos de la Naturaleza. Por un lado, esto está provocando la inquietud de otras
disciplinas (sea las ya conocidas como otras nuevas que empiezan a formarse) que se
sienten atraídas por la proyección interdisciplinaria del problema; por otro lado y de
modo fundamental tiene por resultado el colocar al territorio rural por sí mismo, (y de
manera independiente a su función productiva agrícola tradicional), como bien objeto
de tutela jurídica. Incluso aumentan los ejemplos en el mundo, de sumisión misma de
la producción agropecuaria3 .
Tal vez sea oportuno aclarar que esto no significa que en el pasado, el derecho
agrario haya desatendido o ignorado los asuntos relativos a la conservación de la
Naturaleza. Muy por el contrario -y como queda ya dicho- ha sido siempre el más
antiguo y auténtico precursor de estas preocupaciones en materia jurídica.
Lo que queremos significar, es que para la materia agraria clásica, tanto los
asuntos ecológicos como los sociales, no eran apreciados como problemas autónomos,
sino que fueron evaluados como asuntos atribuibles y asociados al trabajo agrario,
verdadero centro multifasético y motivo directo de la compleja problemática agrarística.
El valor puramente ecológico del espacio rural, o sea aislado de toda conexión
propia de la producción directa, es un fenómeno relativamente reciente, que en el
menor de los casos, está ocupando ya, un sitial periférico del sistema positivo de la
138 ENRIQUE GUERRA DANERI

actividad productiva agrícola y los recursos naturales, puede encontrarse en la llamada


«agricultura biológica»6 , en la cual se abandona todo empleo de elementos químicos
y agentes contaminantes para la obtención de productos puramente naturales. Ello
obviamente viene incentivado desde el consumo, que exige una determinada calidad
«natural» de los bienes, especialmente alimentarios, pero que incide desde el punto
de vista ambiental en el sistema de su producción agrícola.
Estos sucesos tienen una serie de implicancias que inciden de modo muy
gravitante en la regulación jurídica de la actividad agraria. En primer término, varía
la política de incentivos y por ende los instrumentos legislativos de promoción y
sanción de la agricultura moderna, impulsando la adopción de nuevas técnicas que
sean compatibles con la preservación de los recursos.
Así en materia de conservación de suelos, se propugnaba por ejemplo en Uruguay
(Ley No.13667 de 18-6-68) por la socialización del problema del uso adecuado y
conservativo de los suelos, con soluciones de ámbito regional y de tipo o corte
institucional.
Pues bien, ello sólo ocasionó una burocratización del problema que resultó in-
consistente para encaminar adecuadamente la solución7 . Más modernamente y con-
forme la ley No.15.239 se ha buscado en cambio, la individualización de los agentes
y protagonistas que constituyen directos responsables del fenómeno erosivo, centrando
de modo fundamental en el productor, el peso del deber del empleo de técnicas
adecuadas y aplicándole directamente los mecanismos de incentivo o sanción, sin
perjuicio de lo que corresponda a otros agentes, como el Estado o al común de los
habitantes en cuanto les sea imputable (art.2).
El factor técnico, como fuente material de la norma agraria, ha debido adaptarse
en el sentido apuntado; o sea actuar de modo de privilegiar no sólo la producción,
sino la conservación, adquiriendo una trascendencia jurídica antes desusada. Institu-
tos como el contrato de arrendamiento rural o la aparcería predial, han experimenta-
do importantes sucesos relativos a las causales de rescisión a partir de este fenómeno.
En el Uruguay, el cumplimiento de «las normas técnicas básicas» en el manejo y
conservación de los suelos previstos en la respectiva ley de Conservación de Suelos y
Aguas (No.15.239), se constituye en una obligación a texto expreso, a través de la
cual se mide el comportamiento como buen padre de familia que corresponde al
arrendatario, bajo causal especial de rescisión contractual (art.6 de ley No. 16.223).
Otro ejemplo más claro aún, lo constituye tal vez, las transformaciones experimenta-
das por los diversos ante-proyectos de ley en materia de riego agrario, que precedieron
a la norma recientemente aprobada en nuestro país. Desde el ante-proyecto original
en el cual se prefería la producción sin mayor reparo en la preservación del recurso y
el ambiente, hasta el actual aprobado recientemente, que procura el debido equilibrio,
pero con clara tendencia conservacionista, se aprecia una evolución conceptual desta-
cada, que actúa de marco interpretativo acerca de su aplicación.
En definitiva el ejercicio de la actividad agraria ya no es libre, sino técnica y
jurídicamente reglada, en el sentido de someter los sistemas productivos a métodos
compatibles con la conservación del ambiente y la Naturaleza.
140 ENRIQUE GUERRA DANERI

Notas
1 Neste sentido, una referencia específica acerca del enfoque que a cada disciplina le corresponde en materia
ambiental, puede verse en Gelsi Bidart, A. en «Derecho Agrario y Ambiente»,Ed.F.C.U. Montevideo, 1994,
pág.21 y sigts.Dice este autor:»Todo el Derecho se ha visto conmocionado por el impacto ambiental, sea en
cuanto a sus reglamentaciones generales, como un nuevo tema de estudio y de ordenación, sea en cuanto a la
modificación del enfoque de ciertos temas tradicionales.»
2 Para estos aspectos, véase Guerra, Enrique -Derecho Agrario- Montevideo.1996, pág.139 y sigts.
3 En Uruguay por ejemplo, la ley No.16466 y su Decreto reglamentario en materia de Impacto Ambiental,
imponen la Autorización Ambiental Previa, para la implantación de ciertos cultivos y para «los planes de
manejo de las áreas naturales que hubieren sido declaradas protegidas».
4 Por su trascendencia, los asuntos vinculados a la biotecnología constituyen -a nuestro criterio- una temática de
máxima prioridad del derecho agrario moderno.
5 Para un estudio más profundo de este fenómeno, véase Guerra, Enrique, «La Actividad Agraria» en «La
Justicia Uruguaya», Tomo 86, Año 1982.
6 Para ésto véase entre otros, el interesante trabajo de Victoria, María -»Regulación Jurídica de la Agricultura
Biológica» en R. Argentina de Der. Agrario y Comparado, Año 2, No.3, pág.35 i sgts.
7 Para un informe de estos asuntos, véase Guerra,Enrique, «La protection des terres agricoles en Uruguay»
trabajo presentado en el Coloquio «La protection des terres agricoles et de l`eau. Vers un droit a l`autosuffisance
alimentaire» celebrado en la Fac. de Derecho de El Cairo. Egipto,en marzo de 1989, Pub.en «Bulletin CEDEJ,
No.26, pág.131 y sigts.
8Para un mayor desarrollo de estas ideas, véase Guerra, Enrique, Derecho Agrario, T.1, pág.157 y sigts.
9 Para un estudio más profundo, Gelsi Bidart, A. «Derecho Agrario y Ambiente» Ed. F.C.U. Mont.1994
144 MARC HEYERICK

PREMIERE PARTIE - LE CONTEXTE INTERNATIONAL ET EUROPEEN

I. L’action des organisations internationales et Européennes.

A la Conférence des Nations Unies sur l’environnement et le développement


(CNUED) qui s’est tenue à Rio de Janeiro en juin 1992, 170 pays ont officiellement
approuvé le concept général de développement durable comme principe directeur
central pour intégrer les préoccupations d’environnement dans les politiques
gouvernementales, et adopté un plan d’action visant à assurer le développement durable
au cours du XXIème sciècle.
A côté des activités de secours de la FAO, l’Organisation des Nations Unies
pour l’alimentation et l’agriculture, il y a lieu de citer les activités du FIDA, le Fonds
international de développement agricole, créé en 1977 pour aider les pays en voie de
développement à lutter contre la pauvreté rurale et à mieux nourrir leur population.
En Europe l’Organisation de coopération et de développement économiques
vise;
· à réaliser la plus forte expansion de l’économie et de l’emploi et une progression
du niveau de vie dans les pays membres, tout en maintenant la stabilité financière, et
à contribuer ainsi au développement de l’économie mondiale;
· à contribuer à une saine expansion économique dans les pays membres , ainsi
que les pays non membres, en voie de développement économique;
· à contribuer à l’expansion du commerce mondial sur une base multilatérale et
non discriminatoire conformément aux obligations internationales.
Avec l’acroissement de la population mondiale, la demande mondiale d’aliments
et de fibres produits par des exploitations agricoles des pays de l’OCDE augmentera.
Que cette demande puisse continuer à être remplie sans endommager de façon
irréversible l’environnement physique dont l’agriculture dépend, et qui est lui-même
modelé par les activités agricoles, dépendra en partie des politiques agricoles et des
politiques environnementales adoptées par les gouvernements. L’O.C.D.E. joue en ce
domaine un rôle prépondérant1 .
Dans le domaine de l’environnement rural le Conseil de l’Europe à Strasbourg
joue un rôle très important. Ainsi l’Assemblée Parlementaire a pris de nombreuses
résolutions relatives entre autres aux défis globaux auxquels est confrontée
l’agriculture2 et aux disponibilités alimentaires dans le monde3 . Par ailleurs, le Centre
Européen d’Intérêt Rural et Environnemental (C.E.I.R.E.) qui regroupe les O.N.G.
dans le domaine rural auprès du Conseil de l’Europe, a oeuvré ces dernières années
pour la réalisation de la Charte Européenne de l’Espace rural et pour la Convention
Européenne du Paysage.
Parmi les nombreuses organisations Européennes que se sont engagées dans la
voie du développement rural intégré et durable, citons le Mouvement Européen de la
Ruralité avec comme objectifs:
· promouvoir une politique intégrée de développement rural sachant mobiliser
et conjuguer tous les intérêts sectoriels;
146 MARC HEYERICK

hague, 1995), l’Habitat (Istanbul, 1996).


L’Union veille à ce que l’Organisation Mondiale du Commerce assure
l’articulation entre les normes sociales et le commerce, sur la base des conventions
correspondantes de l’OIT sur le travail forcé, le travail des enfants et toutes les formes
de discrimination sur les lieux de travail , la liberté d’association et le droit à la
négociation collective. Tout traité ou accord commercial de coopération , dont l’Union
est partie prenante, doit prévoir des clauses sociales et environnementales positives et
initiatives et de respect des droits humains et démocratiques5 .

2. La Déclaration de Cork

Déjà dans la Déclaration de Cork de novembre 1996 le programme pour le


développement rural dans l’Union Européenne était annoncé en dix points:
· Le développement rural durable doit être élevé au rang de priorité de l’Union
européenne et doit devenir le principe fondamental qui sous-tend toute politique rurale,
dès maintenant et après l’élargissement.
· La politique du développement rural doit être multidisciplinaire dans sa
conception et multisectorielle dans son application, en privilégiant l’approche
territoriale.
· L’appui à la diversification des activités économiques et sociales doit se
concentrer sur un ensemble de moyens de nature à favoriser des initiatives capables
de se développer par elles-mêmes émanant du secteur privé et des communautés rurales.
· Les politiques devraient promouvoir un développement rural de nature à assurer
durablement la qualité et les aménités des paysages ruraux de l’Europe.
· La diversité des zones rurales de l’Union implique que la politique de
développement rural respecte le principe de subsidiarité.
· La politique de développement rural, en particulier dans son volet agricole,
doit faire l’objet d’une simplification radicale quant à sa réglementation.
· La mise en oeuvre des programmes de développement rural doit se fonder sur
des procédures cohérentes et transparentes, sous la forme d’un programme unique de
développement rural par région, et d’un instrument unique pour le développement
rural durable.
· Il faut encourager l’affectation des ressources financières locales à des projets
locaux de développement rural.
· La capacité de gestion et l’efficacité des autorités régionales et locales, de
même que celles des groupes issus des communautés locales, doivent être améliorées
en leur fournissant, lorsque cela est nécessaire, l’assistance technique, la formation,
de meilleurs outils de communication, le partenariat.
· Le suivi, l’évaluation et l’analyse des résultats devront être renforcés pour
assurer la transparence des procédures, pour garantir le bon usage des crédits publics,
pour stimuler la recherche et l’innovation et pour permettre un débât public en toute
connaissance de cause.
148 MARC HEYERICK

· sans faire une différenciation entre fulltime et parttime farmers


· entre les gens dépendant de l’agriculture et ceux qui ont une activité en dehors
de l’agriculture.
Le but de la politique de développement rural doit être de stabiliser la population
dans les zones rurales, d’augmenter les places de travail et ainsi la prospérité de la
population, d’améliorer l’attractivité et la qualité de vie dans ces zones, en tant que
potentiel de développement de plus précieux et le plus décisif pour ces zones, de
stabiliser les services dans les zones rurales y inclues les infrastructures en tant que
préalable pour tout évolution durable.

4. Agenda 2000, des perspectives nouvelles

Le 16 juillet 1997, le Président de la Commission européenne Jacques Santer, a


présenté aux parlementaires européens la communication “Agenda 2000” qui aborde
trois thèmes majeurs : le renforcement des politiques de l’Union, le futur élargissement,
ainsi que le nouveau cadre financier pour la période 2000-2006. Ces propositions, qui
ont souvent servi de cadre de référence aux débats du colloque LEADER de novembre,
auront un impact important sur la future politique européenne de développement
rural. La Communication de la Commission “Agenda 2000” ouvre de nouvelles
perspectives pour la politique européenne de développement rural, principalement
autour de trois thèmes: la réaffirmation de la priorité politique de la cohésion
économique et sociale, l’approfondissement de la réforme de la Politique agricole
commune amorcée en 1992 et l’élargissement de l’Union.
Une politique rurale pour toutes les régions d’Europe.
En matière agricole, la Commission propose d’approfondir et d’étendre la réforme
de 1992, en substituant davantage des aides directes aux mesures de soutien de prix et
en accompagnant ce processus d’une politique rurale cohérente. Les réformes seront
engagées ou poursuivies dans la plupart des organisations européennes de marché
(grandes cultures, viande bovine, lait, huile d’olive et vin) dans un souci de renforcer
la compétitivité de l’agriculture communautaire, le respect et la protection de
l’environnement ainsi que la sécurité du consommateur.
C’est une politique rurale renforcée et renouvelée que la commission propose,
avec une importance accrue accordée aux instruments agro-environnementaux destinée
à contribuer au développement durable des zones rurales.
· les mesures d’accompagnement actuellement financées par le FEOGA-section
Garantie, complétées par le régime des régions défavorisées, seront appliquées
horizontalement et mises en oeuvre de manière décentralisée;
· l’approche actuelle des programmes de développement intégré sera maintenue
dans les régions éligibles au titre de l’Objectif 1;
· dans les zones rurales éligibles au nouvel Objectif 2, les mesures (ex-Objectifs
5a et 5b) seront financées par le FEOGA- section Garantie en tant que mesures
d’accompagnement. Ces mesures interviendront, à côté de celles financées par le
FEDER, le FSE, et éventuellement l’IFOP dans le même programme, au niveau de la
150 MARC HEYERICK

· le développement d’activités économiques ainsi que le maintien et la création


d’emplois permettant d’assurer une meilleure exploitation du potentiel existant;
· l’amélioration des conditions de travail et de vie;
· le maintien et la promotion de méthodes d’exploitation à faibles consommations
intermédiaires dans les régions défavorisées;
· la préservation et la promotion d’une agriculture durable à haute valeur
naturelle, respectueuse des exigences environnementales;
· la suppression des inégalités et la promotion de l’égalité des chances pour les
hommes et les femmes, grâce, notamment, au soutien de projets lancés et mis en
oeuvre par des femmes.
5.2. Zones défavorisées.
Un soutien est accordé aux régions défavorisées afin de contribuer aux objectifs
suivants:
· assurer l’exploitation continue des superficies agricoles de manière à contribuer
au maintien d’une communauté rurale viable;
· préserver l’espace naturel;
· maintenir et promouvoir des modes d’exploitations durables;
· assurer le respect des exigences environnementales.
Les agriculteurs des zones défavorisées peuvent se voir accorder des indemnités
compensatoires.
Ces indemnités sont accordées par hectare aux agriculteurs qui:
· exploitent une surface agricole minimale à définir;
· s’engagent à poursuivre leur activité agricole dans une zone défavorisée pendant
au moins cinq ans à compter du premier versement d’une indemnité compensatoire,
et
· recourent à des pratiques culturales compatibles avec les exigences de la
protection de l’environnement et de la préservation de l’espace naturel, notamment à
celles de l’agriculture durable, ces pratiques devant être définies ultérieurement pour
les différentes zones.
Les indemnités compensatoires sont fixées à un niveau:
· qui est suffisant pour contribuer efficacement à la compensation des handicaps
existants et
· qui évite les surcompensations.
La compensation peut, le cas échéant, tenir compte des coûts et des pertes de
revenu supportés par les exploitants découlant du respect de leurs obligations au titre
de la législation relative à la protection de l’environnement.
5.3. Mesures agri-environnementales.
Un soutien est accordé aux méthodes de production agricoles conçues pour
protéger l’environnement et préserver l’espace naturel (agri-environnement), afin de
contribuer à la réalisation des objectifs communautaires en matière d’agriculture et
d’environnement.
Ce soutien est destiné à encourager:
· des formes d’exploitation des terres agricoles prenant en compte la protection
152 MARC HEYERICK

du patrimoine rural;
· la diversification des activités en vue de créer des activités multiples ou des
revenus complémentaires;
· la gestion des ressources en eau destinées à l’agriculture;
· le développement et l’amélioration des infrastructures rurales;
· l’encouragement des activités touristiques et artisanales;
· la préservation de l’environnement et la gestion des zones rurales;
· la reconstitution du potentiel de production agricole endommagé par des
catastrophes naturelles et la mise en place des instruments de prévention appropriés;
· l’ingénierie financière.

5.6 Programmation.
Les plans de développement rural couvrent une période de sept ans commençant
le 1er janvier 2000.
Les plans de développement rural comportent :
· la description quantifiée de la situation actuelle montrant les disparités, les
lacunes et le potentiel de développement, les ressources financières mobilisées et les
principaux résultats des actions entreprises au cours de la période de programmation
précédente en tenant compte des résultats d’évaluation disponibles;
· la description de la stratégie proposée, ses objectifs quantifiés et les priorités
retenues en matière de développement rural ainsi que la zone géographique couverte;
· une appréciation préalable de l’impact attendu au plan économique,
environnemental et social, y compris en matière d’emploi;
· un tableau financier général indicatif résumant les ressources nationales et
communautaires mobilisées pour chacune des priorités de développement rural retenues
dans le cadre du plan;
· description des mesures envisagées pour mettre en oeuvre les plans, nottament
des régimes d’aide, y compris les éléments nécessaires à l’appréciation des règles de
concurrence;
· le cas échéant, des informations sur les besoins en termes d’études, de projets
de démonstration, d’actions de formation et d’assistance techniques liées à la
préparation, à la mise en oeuvre ou à l’adaptation des mesures concernées;
· la désignation des autorités compétentes et des organismes responsables;
· les dispositions prises en vue d’assurer une mise en oeuvre efficace et adéquate,
y compris en matière de suivi et d’évaluation, ainsi que la définition des indicateurs
quantifiés servant à l’évaluation, les arrangements relatifs aux contrôles, aux sanctions
et aux mesures de publicité;
· les résultats des consultations et des mesures prises pour associer les autorités
et les organismes compétents ainsi que le partenaires socio-économiques aux niveaux
appropriés.
Dans leurs plans, les États membres :
· prévoient des mesures agri-environnementales sur la totalité de leurs territoires
154 MARC HEYERICK

que la notion d’espace rural n’a plus lieu d’être.


A partir de cette reconnaissance, la plupart des pays possèdent des instruments
juridiques de protection de cet espace”.8

II. Elements de Protection et de Restauration de l’Espace Rural9

La Belgique étant un état fédéral il y a lieu de noter que le régime juridique de


l’espace rural appartient aux législateurs régionaux. Nous ferons donc la distinction
entre les mesures légales prises en Région wallonne et en Région flamande.
A. Région wallonne
1. Plan d’environnement pour le développement durable
L’adoption du décret du 21 avril 1994 relatif à la planification en matière
d’environnement dans le cadre du développement durable a doté la Région wallonne
d’un instrument de planification environnementale en vue de l’intégration de l’objectif
du développement durable dans tous les domaines ressortant des compétences de la
Région.
Les objectifs du décret sont ambitieux:
Article 1: La planification en matière d’environnement vise:
1°- la préservation des ressources naturelles et des écosystèmes;
2°- la prévention et l’atténuation des nuisances à l’environnement
provoquées par les activités humaines;
3°- la prise en compte à l’échelle de la Région de la dimension de
développement durable;

Article 2: La planification en matière d’environnement comporte:


1°- l’élaboration annuelle du rapport sur l’état de l’environnement wallon;
2° - l’élaboration quinquennale du plan d’environnement pour le
développement durable;
3°- l’élaboration de programmes sectoriels.

Le décret prévoit ainsi que:


Article 8:
«Le gouvernement établit un plan d’environnement pour le développement
durable qui détermine les lignes directrices à suivre à moyen et à long terme, lors de
la prise de décisions par le gouvernement, l’administration régionale, les entreprises
pararégionales, les personnes privées chargées d’une mission des services publics
et, dans les matières d’intérêt régional, les provinces, communes et associations de
communes».

Article 9:
«Le plan se base notamment sur les rapports sur l’état de l’environnement
wallon réalisés en exécution de la section 2 et sur les notes établies par le Conseil
wallon de l’environnement pour le développement durable, ainsi que sur les
156 MARC HEYERICK

2. Face aux pressions extérieures, le milieu rural, dans les zones susceptibles
d’accueillir de nouvelles activités, se doit d’être géré avec parcimonie, et en acceptant
des affectations compatibles avec les activités agricole et sylvicole, en concertation
avec les divers secteurs intéressés.
3. La diversité du milieu rural doit être protégée.
La banalisation de l’usage qui en est fait doit être bannie. C’est pourquoi les
transformations qu’immanquablement il subira doivent intégrer et rendre possibles
toutes les affectations potentielles sans toutefois en privilégier aucune.
4. Les nouvelles affectations (telles que P.M.E., tourisme doux, services,... )
doivent être traitées et organisées de telle sorte qu’elles se fassent sans impact
significatif sur l’environnement et qu’elles garantissent le caractère de ruralité».
C’est en conformité avec ces enjeux et objectifs que le plan pour le
développement durable prévoit cinq actions:
1. Adapter la législation sur le remembrement.
2. Renforcer la politique de développement rural et sa dimension de
développement durable.
3. Entamer au niveau du pouvoir régional en s’appuyant sur la mission de l’Office
wallon de développement rural une nouvelle politique foncière qui aura pour objectif:
· de pallier la dégradation de la structure du milieu rural,
· de le gérer avec parcimonie,
· de donner à la Région les moyens d’agir sur son sol,
· de préserver la diversité du foncier, notamment quand il présente un intérêt du
point de vue écologique.
4. Agir sur le plan de secteur pour que des mesures soient prises pour sauvegarder
un espace agricole suffisant et pour que les zones à définir tiennent compte de façon
significative de la composante rurale du territoire wallon.
5. Maintenir et si nécessaire améliorer les moyens de communication en milieu
rural en améliorant le service des transports en commun et en maintenant les chemins
de campagne, voiries agricoles et forestières, les chemins vicinaux, en vue de maintenir
les circulations locales mais aussi de favoriser les activités de loisirs et tourisme
doux.

2. Arrêté du Gouvernement wallon du 8 décembre 1994 relatif à l’octroi de


subventions agri-environnementales en vue de promouvoir des méthodes de la
production agricole compatibles avec les exigences de la protection de
l’environnement et de l’entretien de l’espace rural (M.B., 8 mars 1995).

Par cet arrêté la Région octroie des subventions agri-environnementales aux


exploitants agricoles qui s’engagent à mettre en oeuvre une ou plusieurs des méthodes
de production suivantes sur un minimum de 0,5 ha et aux conditions fixées.
Il s’agit des mesures suivantes:
1° fauches tardives et diversification des semis en prairies temporaires;
2° installation de tourbières de conservation et bandes de prairies extensives;
158 MARC HEYERICK
160 MARC HEYERICK
164 LYNDA M WARREN

has been a significant fall in total income from farming over the last two years which
has seemed particularly dramatic because it followed a rise in real terms of 81%
between 1990 and 1995.6 The Annual Farm Business Survey conducted by the
Welsh Office in 1998 showed a slump of 24.7% in dairy farms; 41.2% in lowland
farms with cattle and sheep; and 40.6% for cattle and sheep farms in Less Favoured
Areas (which cover 80% of the land in Wales). The comparable figure for the EU as
a whole is 3.1%.7

A European Policy for Sustainable Agriculture?

As a result of changes introduced by the Maastricht Treaty, sustainable


development is now one of the basic objectives of the European Union and should,
therefore, be integral to all EU policies. The drive for its inclusion came from the
environmental interests within the Union and it is noteworthy in this respect that the
Commission’s Fifth Action Programme for the Environment was entitled Towards
Sustainability.8 In terms of the history of the Common Market, however, sustainability
is a relatively new concept and one that is yet to be fully explored and understood.
Agricultural policy, on the other hand, dates back to the original agreements leading
to the signing of the Treaty of Rome in 1957 by the six founding Member States of
what was then the EEC. In the 40 years since then, both Europe and agriculture have
changed enormously. European policy has attempted to adapt to the changes, albeit
rather slowly, with a number of new initiatives and reforms of which the most notable
for our purposes were the McSharry Reforms of 1992. The European Union is currently
considering proposals from the European Commission for further reforms which have
the main objectives of preparing the Union for the liberalisation of the world agricultural
market that will arise under the World Trade Organisation’s programme of change
and adapting it for the changes arising from the accession of eastern bloc countries to
the EU. Making European agriculture more environmentally friendly is almost
regarded as a secondary benefit and one wonders whether there would have been any
proposed changes without these more pressing needs.

The 1992 Reforms to CAP

The reforms introduced by McSharry when he was the Agriculture Commissioner


were primarily designed to address the problem of excessive surpluses but included
an element of environmental improvement as well. This took the form of a Council
Regulation on agricultural production methods compatible with the requirements of
the protection of the environment and the maintenance of the countryside (‘The Agri-
environment Regulation’)9 which was one of the accompanying measures to the
reform of CAP. Its broad aim is to protect and enhance the environment, maintain
the countryside, contribute to EU environmental policy as well as providing a source
of income for farmers. Although not termed as such, it could be described as a tool
for making agriculture more sustainable. Specific measures outlined in Article 2
166 LYNDA M WARREN

Before going on to consider the proposals for further reforms, it is usef ul to


look in a little more detail at one of the more successful schemes run under Regulation
2078/92. Tir Cymen is an experimental farmland management scheme set up by the
Countryside Council for Wales17 in 1992 at the request of the Secretary of State for
Wales using powers under the Wildlife and Countryside Act 1981 s 40. It became
part of the Welsh zonal programme for implementing the Regulation the following
year.
Tir Cymen is a whole farm scheme, providing three levels of payment to farmers
for positive environmental management. Farmers accepted onto the scheme are paid
an annual payment for the whole farm conditional on their following a code of
environmental good practice. Annual management payments are also made for
managing particular habitats and farmers may also be eligible for payments for certain
capital works. Funding for annual payments comes from EAGGF18 funds over a 10
year period. Designated land covers about 9% of Wales in three pilot areas. The
distinguishing features of the scheme are its whole farm approach and its attempt to
integrate environmental benefit with economic and community development in the
local area.
Tir Cymen is widely regarded as one of the more successful agri-environmental
schemes19 and has been used as a model in the negotiations for a more ambitious
scheme to cover the whole of Wales. A socio-economic evaluation20 of Tir Cymen
showed that farm incomes and farming performance were both improved despite the
reduction in farming intensity and that there were spin-offs in the form of generating
and maintaining employment in the local community. All this was in addition to a
substantial increase in environmental work carried out on farms in the scheme.

An All Wales Agri-Environment Scheme (AWAES)

Tir Cymen was always regarded by the Countryside Council for Wales as an
experiment to test its ideas for integrating environmental objectives into farming
practice. Such was its success that, in 1997, the Government decided to introduce a
scheme to cover the whole of Wales, the object of which will be to protect and enhance
the landscape, wildlife habitats and historic features of the Welsh countryside.21
The Countryside Council for Wales has made a proposal to run the AWAES based on
its experience of running Tir Cymen. As envisaged by the Countryside Council for
Wales, AWAES will be a voluntary whole farm scheme designed to deliver a range of
conservation benefits and contribute to the UK Biodiversity Action Plan. It will
provide an integrated service delivered as a one-stop shop so that farmers will deal
with a single field officer based at a local office. It is proposed that agreements will
run for 10 years and will include elements for the farm as a whole; mandatory
management requirements for specific habitats; options for restoration and
enhancement of habitats; and a conservation plan to include capital works associated
with the management requirements, i.e. it will be very like Tir Cymen. The intention
168 LYNDA M WARREN

rural development policy which will become the second pillar of CAP and not just an
add-on. The Commission also identified the need to deal with the various inequalities
and abuses that harm the image of CAP and have proposed a ceiling on the amount of
direct aid a farmer can receive.
The Commission has put forward a European Model For Agriculture which,
inter alia, would require production methods which are sound and environmentally
friendly yet able to supply the public with the products it wants; would provide diverse
forms of agriculture which would maintain the visual amenity of the countryside and
help maintain vibrant rural communities; would provide a simpler, more
understandable agricultural policy with clear lines of demarcation between centralised
and decentralised responsibilities; and, finally, an agricultural policy that makes it
clear that the expenditure involved is justified by the services delivered.
In March 1998, the Commission adopted its legislative proposals to give effect
to the Agenda 2000 policy proposals. These included proposals for agricultural
regulations and regulations on the Structural and Cohesion Funds. The proposed
new agricultural regulations include revised regulations for the common market
organisations for cereals, arable crops, beef and milk; a horizontal regulation to provide
for cross-compliance with environmental conditions; a revision of the EAGGF
Financing Regulation (729/70) and a new regulation covering rural development
measures to be financed by EAGGF which is intended to provide an integrated approach
to the development of the countryside. It brings together all the measures related to
rural development which were funded by EAGGF and is claimed to involve a radical
simplification allowing for greater flexibility and subsidiarity. Less Favoured Areas
attract particular attention in recognition of the need for better integration of
environmental goals. It is intended to transform the scheme into an instrument to
maintain and promote low-input farming systems.
Support for these measures will be from a new framework of funds. In essence
the agri-environment measures will be funded from both Guarantee and Guidance
sections of EAGGF but the extent to which Guarantee funds may be applied will be
widened to cover all rural areas in the EU outside Objective 1 (under-developed areas)
. The present system of seven priority objectives will be simplified to three. Across
the whole of the EU, including Objective 1 regions that are not part of the structural
fund programme, a number of measures will be co-financed through EAGGF
Guarantee. These include agri-environmental measures and afforestation measures
which were similarly funded under the 1992 reforms. In addition, compensation for
farmers in Less Favoured Areas will be transferred from EAGGF Guidance to
Guarantee. All other measures relating to rural development will be financed under
EAGGF Guidance in zones qualifying for the new structural fund Objective 1;
elsewhere it will be Guarantee funds.
Agenda 2000 has been scrutinised extensively and it is likely that the legislative
proposals based on it will also be subject to detailed analysis. The House of Commons
Agriculture Committee24 described the proposals in Agenda 2000 as a ‘curious
mixture’ radical in some respects and cautious in others and concludes that the
170 LYNDA M WARREN

Notas

1 Professor of Environmental Law, University of Wales Aberystwyth, UK.


2 World Commission on Environment and Development (1987) Our Common Future.
3 For further discussion see European Commission (1997) Options for a Sustainable Europe. Policy
Recommendations from the General Consultative Forum on the Environment, Box 9 and para. 83.
4 This study is supported in part by a grant from the UK Economic and Social Research Council and by the
Learned Society Fund of the University of Wales Aberystwyth. The author is grateful to colleagues within the
Countryside Council for Wales and the Ministry of Agriculture for the opportunity to discuss some of the
issues covered.
5 See the debate on Agriculture (Wales) at HC Debs [304] 14 January 1998 col. 264 ff.
6 The average net income for dairy farms fell by 19% in 1996/97 and by 35%. Average incomes on cattle and
sheep farms in Less Favoured Areas fell by 40% in 1996/97 having remained unchanged in the previous year
174 JORGE CABRERA MEDAGLIA; ENRIQUE ULATE CHACÓN

etiquetado ecológico; Incentivos forestales y aprovechamiento forestal (Servicios


Ambientales); Venta de aire; Evaluaciones de Impacto Ambiental para actividades
agrícolas; Internalización de costos ambientales en actividades agrarias (desechos de
café, actividad porcícola y avícola); Incentivos agropecuarios en el Plan Nacional de
Política Ambiental; Uso del suelo y crédito.
7. Alternativas que ofrece el Derecho Agrario y Ambiental al productor agrario
costarricense para alcanzar el desarrollo sostenible (económico, social y ambiental),
como derecho fundamental.

Introducción.

El Derecho Agrario Costarricense ha sufrido una profunda transformación como


consecuencia del nuevo modelo de desarrollo sostenible.1 Su sistema normativo se
ha enriquecido ya no solo con los derechos económicos y sociales, sino también por
el impacto y confluencia de los Derechos Humanos de la tercera generación, especial-
mente por el derecho al desarrollo y al medio ambiente sano y ecológicamente equili-
brado.
A nivel Constitucional, sus reformas plantean nuevos principios y valores, vin-
culando el Derecho Agrario con los Derechos humanos de la tercera generación,
también plasmados en gran cantidad de Convenios Internacionales y Regionales rati-
ficados por el país. En ello la Jurisprudencia Constitucional cumplió un papel
importantísimo al reconocer el desarrollo sostenible como modelo para Costa Rica,
antes de que se produjera la reforma de los artículos 50 y 46.
Su evolución normativa (en el ámbito constitucional, internacional, regional),
incide fundamentalmente en la consolidación de la nueva legislación agroambiental,
encaminada a establecer criterios para alcanzar una agricultura sostenible.
En el plano científico, los agraristas (RICARDO ZELEDON, ENRIQUE
ULATE) y ambientalistas (JORGE CABRERA, RAFAEL BALLAR, ROXANA
SALAZAR) costarricenses replantean, el objeto de la disciplina orientada a consoli-
dar un nuevo Derecho Agroambiental, con nuevas dimensiones (ZELEDON).
En el ámbito de la Justicia Agraria y Agroambiental, las respuestas de los
Tribunales especializados y de la Jurisprudencia se orienta en forma cada vez más
clara a tutelar actividades agrarias productivas, sostenibles, integrando la dimensión
económica y social con la ecológica. Se otorga un tratamiento distinto a los nuevos
conflictos agroambientales.
La reconstrucción teórica y práctica de los nuevos y complejo institutos
agroambientales es un hecho. Institutos como la empresa agroambiental, la posesión
ecológica, la función ecológica de la propiedad forestal, los contratos agroambientales,
las servidumbres ecológicas, la agricultura orgánica, los servicios ambientales, entre
otros, se convierten en instrumentos jurídicos para lograr un verdadero desarrollo
agrario sostenible.
El impacto es aún mayor a nivel legal e institucional. Dentro del sector público
agrario y agroambiental, las instituciones vinculadas con la toma de decisiones, las
176 JORGE CABRERA MEDAGLIA; ENRIQUE ULATE CHACÓN

establece una protección especial a los derechos del consumidor, a través de una
actividad económica que garantice la obtención de productos que no afecten la salud,
el ambiente, la seguridad y los intereses económicos del Ser Humano5 .

Jurisprudencia constitucional

La Sala Constitucional reconoció el “derecho a un ambiente sano y


ecológicamente equilibrado” como un derecho fundamental, antes de haberse opera-
do la reforma constitucional al artículo 50. Estaba dentro de la Constitución Material,
y con una interpretación sistemátiva, material y evolutiva de los artículos 6, 11, 69 y
89, comienza a darle respuestas distintas a la contraposición entre intereses privados
e intereses difusos, dentro de las exigencias de la Sociedad costarricense.
En efecto, la Sala estableció como cánones de orden constitucional la protección,
preservación y explotación racional de los recursos forestales, principios derivados de
los artículos 89, 6 y 69 de la Constitución Política (Sentencia N° 2233 de las 9 horas
y 36 minutos del 28 de mayo de 1993).
También reconoció la presencia de intereses difusos para legitimar la acción en
aras de proteger el ambiente, cuando se deba reaccionar frente a actos u omisiones
ilegítimos; ello porque, precisamente, la violación más frecuente al medio ambiente
se produce por la inercia de las autoridades públicas en realizar los actos necesarios
para protegerlo.6
La Sala resaltó la necesidad de una toma de conciencia a nivel gubernamental
de la importancia del ambiente para la salud humana. La vida humana es concebida
como el fundamento, la condición necesaria y determinante de la existencia de la
persona. Igualmente resaltó la importancia de la salud animal. Todo ello dentro de la
economía nacional, regional y mundial, por medio de la conservación de la naturaleza
y de la vida misma en su más amplia acepción7
En uno de sus últimos, referido a una consulta de Constitucionalidad de la
Asamblea Legislativa para modificar el artículo 50 de la Carta Magna se dijo: “No
obstante, como se desprende de lo anterior, esta Sala ha establecido que el derecho a
un ambiente sano y ecológicamente equilibrado es un derecho fundamental, como tal
ya consagrado y garantizado por el Derecho de la Constitución, no considera inútil
ni, mucho menos, objetable que se reconozca de manera expresa y claramente indivi-
dualizado, como se hace en el Proyecto consultado fallos. 8
De esa forma, la Jurisprudencia Constitucional fue delineando las bases para
incorporar el concepto de Desarrollo Sostenible como modelo, para reorientar en su
justo equilibrio todas aquellas actividades productivas, entre la actividad agraria, que
atentaban contra el ambiente y ponían en peligro el equilibrio ecológico.
Resulta de suma trascendencia, citar algunos fallos de la Sala Constitucional,
reconociendo como modelo de la sociedad costarricense el Desarrollo Sostenible:
En la creación de Areas Protegidas ha reconocido la importancia de éstas para
el Desarrollo Sostenible, estableciendo la vinculación entre “ambiente” y “desarrollo”,
limitando la actividad productiva al aprovechamiento sostenible de los recursos:
178 JORGE CABRERA MEDAGLIA; ENRIQUE ULATE CHACÓN

2. La nueva dimensión ambiental del Derecho Agrario y su influencia en la


doctrina costarricense. Los nuevos institutos ecológicos o “ambientales”, en la doctrina
nacional, como antecedente de la dimensión “ambiental”. El objeto y razón de ser del
Derecho Agroambiental. Los contratos ambientales, las servidumbres ecológicas y la
propiedad forestal.
Hoy la mayoría de agraristas del mundo, preocupados por la tutela a los derechos
de la tercera generación, han empezado a estudiar la influencia de la dimensión
ambiental sobre el Derecho Agrario. Con ello se pretende replantear el objeto de la
disciplina.
Muchos han desarrollado o, al menos, perfilado los orígenes de un derecho
agroambiental o agrario-ambiental.12 Ello ocurre con mayor intencidad en los paí-
ses Latinoamericanos, donde se muestra una mayor sencibilidad hacia los temas
agroambientales, y con menor intensidad en los países Europeos.
Costa Rica no ha sido la excepción. El gran maestro, Ricardo Zeledón, plantea
el tema de la dimensión ambiental del Derecho Agrario con gran profundidad cientí-
fica.13 Con el ambiente, el derecho agrario se fortalece en su concepción
“agroambiental”: “Porque junto al ciclo biológico, a las actividades empresariales,
se deben desarrollar actividades de conservación de los recursos naturales. Así la
actividad agroambiental se proyecta en muchos campos nuevos del mundo económico.”
“La existencia de un Derecho Agrario-ambiental tiene su fundamento en el
desarrollo que han venido sufriendo recientemente tanto el Derecho agrario como el
ambiental. Pero la principal causa de que podamos acuñar dicho término está precisa-
mente en que ambas ramas del Derecho tienen una serie de principios, de bienes
jurídicos de interés común que obliga a tratar de analizarlos con detenimiento.”14
Efectivamente, el criterio biológico base de la definición científica del Derecho
Agrario, debe vincularse con el equilibrio ecológico. Nuestro ordenamiento jurídico
permite delinear principios para perfilar ese derecho agroambiental y convertirlo en
un instrumento de la agricultura sostenible.
El Dr. Ricardo Zeledón, refiriéndose a la dimensión ambiental del Derecho
Agrario, expresa lo siguiente:
“La sensibilidad universal hacia la Naturaleza, la tutela del ambiente, el
surgimiento del derecho a un ambiente sano y ecológicamente equilibrado como
derecho fundamental, impactan al derecho agrario.
La repercusión lógicamente es positiva. Implica un fortalecimiento conceptual
y axiológico. Porque lo ambiental siempre ha sido inquietud profunda del agrarista.
La agricultura está en función de la Naturaleza. La teoría agrobiológica y la teoría de
la agrariedad son una prueba irrefutable. La tierra, el agua, el aire, constituyen ele-
mentos indispensables para el cultivo y la cría de vegetales y animales.
El agrarista en defensa del ambiente y la agricultura, desde siempre, denunció
la agricultura contaminada y contaminante. Condenó el abuso de contaminar.
Simpatizó con el requerimiento de los consumidores a productos agrícolas naturales,
sanos, biológicamente puros.
Urge delimitar las áreas para ejercer la actividad empresarial agraria y señalar
180 JORGE CABRERA MEDAGLIA; ENRIQUE ULATE CHACÓN

entonces, en fincas particulares, algunos corredores biológicos, áreas destinadas a


bosque natural o habitads necesarios para la conservación de especies animales con
hábitos migratorios, servidumbres de abrevadero, ya no pensadas en relación con la
crianza de semovientes, sino con otras especies de animales que requieren agua, ali-
mento o abrigo en determinadas zonas de una finca de dominio privado, y otra gran
variedad de hipótesis, conforme sean las necesidades de protección y la creatividad de
los abogados.” 19
A nivel institucional, como se ha indicado, se abrió la posibilidad de abrir regis-
tros para la protección del ambiente. A través de CEDARENA, se han creado
servidumbres ecológicas con la idea de abrir espacios protegidos entre inmuebles,
corredores biológicos que permitan el trasiego de especies y un cergo de protección a
la migración constante.20 Pero las servidumbres ecológicas, tampoco se podrían
asimilar a las servidumbres agrarias. Estas últimas tienen como finalidad incrementar
la productividad del fundo, están en función del ejercicio de la actividad de empresa
agraria pues le otorgan ventajas económicas al fundo dominante para el mejor
aprovechamento de los recursos y facilitan el ejercicio de las actividades agrarias: las
típicas son la servidumbre de paso para sacar productos agrarios y la servidumbre de
acueducto para contar con el agua indipensable para el desarrollo de la actividad.
La propiedad forestal, se manifiesta como un tipo de propiedad ecológica. Se
trata de un régimen de propiedad limitada, inconfundible con la propiedad agraria
forestal. En la empresa y la propiedad agraria forestal se pretende la explotación del
bosque a través de una actividad silvicultural, en donde el hombre participa del ciclo
biológico y dirige el crecimiento de las especies maderables, asumiendo los riesgos
propios de la naturaleza.
En la propiedad forestal básicamente se busca evitar que los terrenos de aptitud
forestal o cubiertos de bosques sean sometidos a explotación por parte del hombre, o
bien, se busca la regeneración natural para su protección. Para ello se ha creado y
regulado todo un régimen entorno a la propiedad forestal.21
Los anteriores planteamientos doctrinales, ha llevado a replantear no solo la
modernización de la justicia en el ámbito agrario y ambiental, sino que también genera
una rica jurisprudencia donde se perfila el desarrollo del Derecho agroambiental a
través de institutos.
3. La modernización de la jurisdicción agraria. La nueva competencia agro-
ambiental,para alcanzar el desarrollo sostenible. La importancia de la función ecoló-
gica en los criterios de competencia específica. Los nuevos institutos agro-ambientales,
como instrumentos del derecho agrario y el desarrollo sostenible. El papel de la
Jurisprudencia agraria: La función ecológica de la propiedad agraria, la posesión
ecológica, la empresa agroambiental, los contratos agroambientales.
En el Primer Congreso Americano de Derecho Agrario (celebrado en Costa
Rica del 19 al 23 de mayo de 1997), se planteó la necesidad de modernizar la justicia
agraria y ambiental. La conclusión más importante del evento estableció que: “La
Jurisdicción Agrria y Ambiental, especializada, se constituye en el instrumento fun-
damental, para lograr en América la protección adecuada de los recursos naturales y
182 JORGE CABRERA MEDAGLIA; ENRIQUE ULATE CHACÓN

limitada, y en caso de creación de una Zona Protectora no es necesaria la indemnización,


pues el propietario puede continuar con el ejercicio de una actividad agroforestal,
conservando y protegiendo el recurso boscoso.
En la sentencia No. 51 de las 15 horas 15 minutos del 25 de mayo de 1995, la
Sala desarrolló nuevamente el tema de la propiedad forestal, y aplicó al caso concreto
el instituto de la posesión ecológica. Se trató de un conflicto de mejor derecho de
posesión, en una área declarada como Reserva Forestal. Se dijo:
“La falta de entrega de una parcela no es motivo suficente para pretender el
mejor derecho de posesión. Lo más importante hubiera sido la conservacion del
recurso forestal....se exigió una posesión agraria efectiva e incluso la demostración de
actos posesorios encaminados a la conservación del bosque. Este aspecto no fue
demostrado por el recurrente, al contrario se convirtieron terrenos de aptitud forestal
en potreros.... Es decir, a pesar de la limitación existente con fines de conservación
los poseedores siguieron explotando el bosque. Evidentemente, los trabajos realiza-
dos no tendían al ejercicio de una posesión forestal conforme a la naturaleza del bien.
Al contrario deforestaban paa sembrar. Hcieron caso omiso a las limitaciones y
siguieron destruyendo el bosque. Sus actos posesorios son, en consecuencia, contrarios
a la función ecológica de conservación de los recursos naturales para mantener el
equilibrio de los ecosistemas en la Reserva Forestal de la Cordillera Volcánica de
Guanacaste”.35
En otras sentencias 36 la Sala desarrolló el tema de la responsabilidad objetiva
por quemas que afectan las actividades agrarias y los recursos naturales. El problema
debe enfrentarse -afirma la Sala- no solo en el ámbito agrario sino también ecológico
en cuanto a la protección de los recursos naturales. Los incendios contaminan el
medio ambiente, destruyen los habitads y ecosistemas. El desarrollo de los principios
generales del Derecho Agrario y del Derecho ambiental, entonces, deben orientarse
hacia la preservación de la naturaleza para permitir el desarrollo sustentable, aún
cuando no exista suficiente legislación encargada de resolver tan grave problema.
En fallos más recientes, el Tribunal Superior Agrario ha planteado los nuevos
institutos agro-ambientales para la solución de casos concretos37 , vinculando la em-
presa agro-ambiental, con los contratos como forma de ejercer la posesión ecológica y
así cumplir la función ambiental de la propiedad forestal:
“Pero el elemento más importante que califica la “función Ecológica” en la
propiedad agraria de la actora lo es la existencia de un contrato
agroambiental...mediante el cual se busca propiciar un plan de manejo forestal en
base a la regeneración natural...Mientras la actora ha demostrado el ejercicio de actos
posesorios tendientes a cumplir la función ecológica del fundo en conflicto, el deman-
dado al contrario ha propiciado poner en peligro la actividad de conservación del
bosque”(Voto No. 154 de las 9:20 horas del 4 de abril de 1997).
“Una de las formas mediante las cuales puede desplegarse la posesión ecológica
es mediante la contratación agroambiental. Se trata de un instituto nuevo, cuyo perfil
debe observarse bajo los principios del Derecho Agrario y Ambiental...Entendemos
por empresa agroambiental aquella dedicada a la producción agraria sostenible,
184 JORGE CABRERA MEDAGLIA; ENRIQUE ULATE CHACÓN

de bienes servicios de sus ecosistemas naturales forestales. Económicamente, se pre-


tende incorporar al Sistema de Cuentas Nacionales la variable ambiental. Socialmen-
te, se busca promover la participación de las comunidades locales y las poblaciones
indígenas, los empresarios, las asociaciones gremiales, las ONG, y en especial los
habitantes de las zonas forestales, en la planificación y ejecución de proyectos especí-
ficos.
Paralelamente se han creado el Consejo Centroamericano de Bosques (CCB) y
el Consejo Centroamericano de Areas Protegidas (CCAP), lo cual facilita la
planificación y ejecución de proyectos, dandole importancia fundamental a la
participación ciudadana.
Unido a estos instrumentos internacionales ambientales y a la creación de un
conjunto importante de instancias regionales encargadas de darles cumplimiento, se
han firmado importantes documentos que expresan el compromiso de los
centroamericanos con el desarrollo sostenible.
Especialmente es de interés la Alianza Centroamericana para el Desarrollo
Sostenible ( ALIDES) y la Declaración Conjunta de Cooperación entre los Estados
Unidos y los países de la Alianza, conocido como CONCAUSA.
A la par de esta intensa labor en el campo del desarrollo sostenible, diversos
instrumentos regionales generales sobre la integración han retomado la necesidad de
la armonización de la normativa ambiental, siendo uno de los aspectos más relevan-
tes el régimen del acceso a los recursos genéticos y bioquímicos.
Como antecedentes jurídicos de este movimiento de armonización legal, tenemos
el Convenio Centroamericano para la Protección del Ambiente ( 1989), constitutivo
de la Comisión Centroamericana de Ambiente y Desarrollo ( CCAD), que
específicamente establece la obligación de los Estados Signatarios de “ Auspiciar la
compatibilidad de los grandes lineamientos de las legislaciones nacionales con las
estrategias para el desarrollo sostenible de la región”.38
La CCAD se convierte en un organismo especializado en materia de medio
ambiente y desarrollo. A través del convenio se pretenden establecer mecanismos
regionales de cooperación, para la utIlización racional de los recursos naturales, el
control de la contaminación y el restablecimiento del equilibrio ecológico. Se propi-
cia el respeto del medio ambiente dentro del desarrollo sostenible, como modelo para
lograr una paz duradera en la región. Además, los Estados se compromenten a
UNIFORMAR la legislación nacional con las estrategias para el desarrollo sostenible.
El Protocolo de Tegucigalpa ( 1992), que modifica y rediseña el Sistema de
Integración de Centroamérica (SICA), establece como sus propósitos “ Establecer
acciones concertadas dirigidas a la preservación del medio ambiente por medio del
respeto y armonía con la naturaleza, asegurando el equilibrado desarrollo y explotación
racional de los recursos naturales del áreas, con miras al establecimiento de un nuevo
orden ecológico en la región”
Por su parte, la reforma al sector económico de la integración, por medio del
Protocolo de Guatemala que modifica el Sistema de Integración Económica
Centroamericano ( SIECA), estipula claramente que “ En el campo de los recursos
186 JORGE CABRERA MEDAGLIA; ENRIQUE ULATE CHACÓN

prometer las opciones de las generaciones futuras.”(artículo 2 inciso c). La Ley regu-
la las actividades (públicas o privadas), en las conductas y relaciones que surgan en el
aprovechamiento y la conservación ambiental. Como ingrediente fundamental, la Ley
prevee la participación ciudadana en la toma de decisiones y acciones para proteger y
mejorar el ambiente. Para garantizar lo anterior, se crean los Consejos Regionales
Ambientales (artículos 7 y 8).
-Ley de Protección de la Vida Silvestre: No. 7317 del 21 de octubre de 1992. La
cual establece regulaciones amplias sobre la vida silvestre, y se declara de dominio
público como recurso forestal renovable (patrimonio nacional). Se declara de interés
público la producción, manejo, extracción, comercialización, industrialización y uso
del material genético de la flora y la fauna silvestre, sus partes, productos o
subproductos. Se dictan normas específicas sobre la reproducción de especies silves-
tres con fines comerciales, tales como zoocriaderos o viveros lo que, indudablemente,
repercute en el ejercicio de actividades agrarias.
-Ley Forestal, No. 7575 del 13 de febrero de 1996. Nace como una respuesta a la
necesidad de encontrar una armonía entre el desarrollo agrario y el equilibrio ecoló-
gico, es decir, una sostenibilidad de la actividad forestal y la conservación de los
recursos forestales. También contempla el aspecto social pues pretende generar empleo
e ingrementar el nivel de vida de la población rural, mediante su incorporación a
actividades silviculturales (artículo 1).
Las Leyes forestales que le precedieron no tenían una visión sostenible de la
utilización de los recursos forestales, pues tutelaban más la producción y a través del
otorgamiento de permisos y planes de manejo, se permitió el cambio de uso de los
terrenos de vocación forestal y la destrucción de miles de hectáreas de bosque.
La nueva ley forestal pone, en primer lugar la conservación y prohíbe el cambio
de uso de los suelos con vocación forestal. Tiene un arraigado interés público, incor-
porando “el principio de uso adecuado y sostenible de los recursos naturales”,
prohibiendo la corta o aprovechamiento de los bosques en áreas protegidas, propiedad
del Estado.
El Estado está facultado, a través del MINAE a crear areas silvestres protegidas
en terrenos de dominio privado, las cuales quedan afectadas en forma inmediata, cuando
se desmuestre que el terreno es imprescindible para conservar la diversidad biológica o
los recursos hídricos, afectación que queda inscrita en el Registro Público (artículo 2).
Para lograr una efectiva participación de la Sociedad civil, dentro de los Consejos
Regionales ambientales, se integran las políticas del sector forestal, pues para ello se
organiza todo el país en regiones forestales (Administración Forestal del Estado).
-Ley de Protección Fitosanitaria, No. 7664 del 8 de abril de 1997. Tiene como
objetivos proteger la actividad agraria de cultivo de vegetales de los perjuicios causa-
dos por plagas; evitando que amenacen la seguridad alimentaria y la actividad
económica de producción agrícola. Se busca el manejo integrado de plags dentro del
marco del desarrollo sostenible, incorporando nuevas técnicas agrícolas productivas
que permitan un memor control de plagas, sin deterioro del ambiente. También se
pretende un mejor uso y manejo de sustancias químicas y biológicas para oproteger la
188 JORGE CABRERA MEDAGLIA; ENRIQUE ULATE CHACÓN

Energía y Minas, en Ministerio de Ambiente y Energía (MINAE). Este nuevo siste-


ma de gestión institucional se basa en tres postulados fundamentales: la
descentralización, la desconcentración y la democratización39 . Se crean Areas de
Conservación que cubren geográficamente todo el territorio nacional. El propósito
fundamental es administrar y promover el uso sostenible de los Recurso Naturales
acorde con el desarrollo económico y social del país con alta participación de la sociedad
civil.
La nueva Ley de Biodiversidad consolida el Sistema Nacional de Areas de
Conservación, con personería jurídica propia, como un sistema de gestión y
coordinación institucional, desconcentrado y participativo, con el fin de integrar
competencias en materia forestal, vida silvestre, áreas protegidas. Se trata de
implementar políticas, planificar y ejecutar procesos dirigidos a losgrar la sostenibilidad
en el manejo de los recursos naturales.
En su estructura organizativa, el SINAC, está conformado por cinco órganos:
El Consejo Nacional de Areas de Conservación, la Secretaría Ejecutiva, las estructuras
administrativas de las Areas de Conservación y los Consejos Locales.
Un 25% del territorio nacional está bajo declaratoria de categoría de manejo, lo
cual ha permitido salvaguardar los recursos naturales existentes. En especial, se ha
protegido la gran diversidad biológica del país. Actualmente existen 6 categorías de
manejo: Parque Nacional, Reserva Biológica, Refugio Nacional de Vida Silvestre,
Reserva Forestal, Zona Protectora y Humedal. Entre ellas, se destaca la Reserva de la
Biosfera “La Amistad”, reconocida internacionalmente, el Parque Nacional Palo Ver-
de y el Refugio de Vida Silvestre Caño Negro, como Humedales de importancia inter-
nacional.
El SINAC busca consolidar su organización, a través de las distintas regiones
que comprende cada Area de Conservación. Actualmente el país está distribuído en
11 áreas, entendidas éstas como una unidad territorial, regida bajo una misma estrategia
de desarrollo y administración, donde se interrelacionan tanto actividades privadas
como estatales, en el manejo y conservación de los recursos naturales. Se busca con
ello alcanzar soluciones de desarrollo sostenible con la Sociedad Civil.
La autorización y competencia se delega hacia las regiones y se le otorga una
amplia participación a la comunidad en la toma de decisiones, brindando calidad y
eficiencia en el servicio que se presta a diferentes usuarios. Para ello se toma en
consideración la organización político-administrativa del país, para que pueda lograrse
una real participación de la sociedad civil en la elaboración de proyectos y ejecución
de los mismos.
La integración de la Sociedad Civil en los proyectos de desarrollo sostenible
impulsados por el SINAC, se da en dos niveles:
Uno, en todos aquellos procesos de planificación en los cuales participa
activamente durante la confección de los distitnos documentos técnicos; el segundo,
en el Consejo Nacional Ambiental y los Consejos Ambientales Regionales (creados
por la Ley Orgáncia del Ambiente), como espacios políticos establecidos para analizar,
aprobar y dar seguimiento a todos aquellos aspectos relacionados con los diferentes
190 JORGE CABRERA MEDAGLIA; ENRIQUE ULATE CHACÓN

Sostenible. Con la participación de la comunidad se ha hecho del área una fuente de


vida y desarrollo, es un sector productivo más, y se busca el uso socio-económico
sostenible de los recursos. Actualmente tiene varios proyectos, entre ellos: Un convenio
con la MERCK III para la búsqueda de nuevos fármacos, a través de muestras gené-
ticas; prospección química con insectos; la búsqueda de encimas para procesos
industriales; la domesticación de plantas para la producción de nematicidas naturales,
biodegradables, lo cual podría general alternativas de producción entre los agriculto-
res de la zona; implementación conjunta para la venta de aire; contratación y venta de
servicios ambientales (valor de insectos, agua, aislamiento de viveros, biodigestores o
procesdadores naturales) a empresas agroambientales vecinas del área (con
certificación ambiental o sello verde).
- CONVENIO INBIO-MINAE.
La Estrategia Costarricense para el Desarrollo Sostenible, es el punto de partida
para el Instituto Nacional de Biodiversidad42 . Surge con la idea de garantizar y
servir de apoyo en la conservación de las Areas Protegidas, dandose prioridad a su
rica biodiversidad, y lograr su cultivo en una forma silvestre.
Indudablemente, los contratos de bioprospección, y el inventario sobre
biodiversidad prometen en un futuro alcanzar formas de actividades agricolas
sostenibles, a través del control biológico para disminuir el uso de químicos en la
producción agricola, y generar nuevas alternativas (zoocriaderos, manejo de
plantaciones nativas aledañas a las áreas de conservación). La Estrategia se plantea
en tres aspectos: SALVAR muestras representativas en el país, en coordinación con el
SINAC; CONOCER el inventario de biodiversidad que existe; y USARLO en forma
sostenible, para lograr el desarrollo económico. Se busca establecer un Jardín de
Biodiversidad, para dirigir a las comunidades educación formal e informal, a través
de educación biológica, agricultura orgánica, eco y agroturismo, para lograr aumen-
tar los ingresos de los grupos sociales. Se han realizado consultas comunales para
establecer las necesidades de cada sector, y establecer un orden de prioridades.
El impacto de la Biodiversidad en el proceso de desarrollo económico y social
del agro, es un elemento prometedor a largo plazo, pues solo con la investicación y el
conocimiento puede contribuir en el futuro a mejorar el ejercicio de actividades
productivas compatibles con el ambiente.

- Prospección y biodiversidad, y su influencia en la agricultura


El Minae y el INBIO a realizado importantes convenios para la obtención de
recursos biológicos y genéticos que ayuden al desarrollo sostenible.43 Las relaciones
contractuales formales (con industrias farmacéuticas como la MERCK), entre las
fuentes de biodiversidad, los intermediarios y los usuarios finales deben regir todo el
proceso de bioprospección, tanto en el muestreo, elaboración y llegada del producto
final al mercado. Debe ser un mecanismo para alcanzar las metas económico, sociales
y ambientales del desarrollo.
El Instituto de Biodiversidad alienta al usuario comercial a considerar a Costa
Rica como su primera opción para la producción agrícola de materias primas o, como
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19 PARIS, Hernando, op. cit., p. 133.


20 SABORIO, Mario. “La protección Registral de la Conservación”, En: Memorias del I Congreso Nacional
de Derecho Ambiental, op.cit., pag. 208.
21 Sala Primera de la Corte, Sentencia No. 189 de 1991
22 C.A.D.A. “Justicia Agraria y Ambiental en América”. Memorias del Primer Congreso del Comité Americano
de Derecho Agrario; Editorial Guayacán, 1998, 617-618 p.
23 Proyecto de Ley de Jurisdicción Agraria y Agroambiental, Exp. No. 12.244, Dictamen afirmativo de mayoría,
Asamblea Legislativa, 17 de noviembre de 1997.
24 Al respecto véase las siguientes conferencias: Zeledón (Ricardo) “La modernización de la Justicia agraria
y ambiental”, páginas 39-74; Ulate Chacón (Enrique). “Una nueva etapa en la Evolución del Proceso Agrario
Latinoamericano”, páginas 115 a 145. En: Memorias del Primer Congreso del Comité Americano de Derecho
Agrario, op. cit.
25 C.A.D.A. “Justicia Agraria y Ambiental en América”. Memorias del Primer Congreso del Comité Americano
de Derecho Agrario; Editorial Guayacán, 1998, 618 p.
26 CABRERA, Jorge. “La Competencia agraria en materia ambiental: Notas para una discusión”. En: Acta
Académica, mayo, 1996.
27 Al respecto puede consultarse mi obra Jurisprudencia de Derecho Agrario y Ambiental, San José, Editorial
U.S.J., 2a. de., 1997.
28 Zeledón Zeledón (Ricardo). “El principio de la responsabilidad ambiental en el derecho agrario”. En: El
renacimiento del Derecho Agrario, Cap. VII, op. cit., páginas 111 a 132.
29 MEZA LAZARUS (Alvaro). “La oralidad en el Proceso agrario y ambiental”. En Memorias del Congreso
Americano de Derecho Agrario, op. cit., páginas 325 a 330.
30 ALVAREZ DESANTI (Arnoldo). “Principios generales sobre la conciliación en el proceso agrario y
ambiental”. op. cit., páginas 361 a 370.
31 ULATE CHACON, (Enrique). “Ideas para la resolución alternativa de conflictos en materia agraria”. En:
Antolotía de Derecho Agrario, San José, Editorial USJ, 1997, páginas 564-774.
32 Entre muchas, pueden verse Tribunal Superior Agrario, las sentencias, No.117 de las 15 horas 5 minutos del
7 de febrero de 1997, No. 122 de las 9 horas 10 minutos del 5 de marzo de 1997,146 de las 9 horas 30
minutos del 20 de marzo de 1997, y No. 193 de las 14 hors 40 minutos del 23 de abril de 1997.
33 ZELEDON ZELEDON, Ricardo. “Los principios generales en el Derecho Agrario”. En: Memorias del II
Congreso Mundial de Derecho Agrario, San José, Editorial Guayacán, 1994. páginas 27-46.
34 Sala Primera de la Corte, Sentencia No. 189 de las 14 horas veinte minutos del 30 de octubre de 1991
35 Sala Primera de la Corte, No. 51 de las 15 horas 15 minutos del 25 de mayo de 1995
36 Sala Primera de la Corte, No. 112 de las quince horas cuarenta minutos del 11 de octubre de 1995 y la No.
113 de las quince horas cincuenta minutos del mismo día.
37 Entre otras, véase los siguientes fallos dictados por el Tribunal Superior Agrario, en su competencia
agroambiental:
-No. 12 de las 9:10 horas del 17 de enero de 1997 (Reivindicación en un área protegida, donde los demandados
en lugar de proteger el recurso forestal, procedieron a quemar para sembrar).
-No. 77 de las 9:10 horas del 12 de febrero de 1997 (Conflicto de mejor derecho de posesión en una Reserva
Forestal, en donde el actor ejerce su posesión con un contrato agro-ambiental para proteger el bosque),
-No. 154 de las 9:20 horas del 4 de abril de 1997 (La actora es una empresa agroambiental, y cumple la función
ecológica de la propiedad, a través de un contrato con la Fundecor);
-No. 721 de las 11:40 horas del 7 de noviembre de 1997 (Conflicto de mejor derecho de posesión en una
Reserva Forestal de Golfo Dulce, no se demuestra la posesión “ecológica”, calificada antes de la creación del
área silvestre protegida, por lo que se niega a ambas partes del derecho);
-No. 113 de las 14:50 horas del 20 de febrero de 1998 (se otorga el Derecho de propiedad en un área protegida,
porque se demostró la posesión decenal anterior y la protección del recurso forestal);
-No. 147 de las 15:15 horas del 27 de febrero de 1998 (Se ampara –indirectamente- la posesión “ecológica”
ejercida por una Ong, en un terreno adquirido para conformar un corredor biológico, frente a un conjunto de
poseedores en precario que pretenden derechos de posesión).
38 Por Ley No. 7226, del 2 de abril de 1991, se aprueba el Convenio constitutivo de la Comisión Centroamericana
de Ambiente y Desarrollo (CCAD), suscrito en San José el 12 de diciembre de 1989 dentro de la Cumbre
Centroamericana celebrada en San Isidro de Coronado, Costa Rica. Se trató del Convenio Centroamericano
202 ARONETTE DIAZ; IVO PRIAMO ALVARENGA

esenciales y abundantes, para convertirla en realidad. Eso en Europa. En El Salvador


creó abundantes ideales, programas y luchas; pero efímeras o muy limitadas prácticas
de democracia. Por lo general la democracia se quedó a nivel de intenciones, de
declaraciones, incluso constitucionales; siendo negada, a menudo, en los hechos. Hasta
hoy, en años recientes, estamos viviendo experiencias democráticas que, dicho sea de
paso, se están llenando de peligrosos vicios internos.
Económicamente, en Europa el liberalismo desató fuerzas productivas de una
entidad como jamás se había visto en su historia, ni siquiera en épocas y lugares
donde tuvieron gran desarrollo las libertades políticas, como en Grecia y Roma
antiguas; o en las ciudades- repúblicas italianas de la Baja Edad Media y el
Renacimiento. Pero el poderoso desarrollo económico logrado, benefició a pocos rela-
tivamente y sumió a muchos en una espantosa miseria. No obstante, el liberalismo
económico por sí mismo o por la acción de sus antagonistas ideológicos, moderados o
radicales, corrigió muchos de sus errores y excesos.
El intervencionismo surgió precisamente como una respuesta a los defectos del
liberalismo, sobre todo a su incapacidad de llevar bienestar a la generalidad. Y su
acción fue de inmensos beneficios. Las sociedades europeo- occidentales lograron
niveles de libertad y prosperidad, como jamás se los había soñado la humanidad. El
intervencionismo fue propulsado por partidos de corte liberal, pero sobre todo por
social demócratas y social cristianos. Grandes pensadores de todas las tendencias,
abogaron por el intervencionismo, aunque no lo llamaran así. En su tiempo, fueron
impresionantes las conclusiones de Eric Fromm en “El Miedo a la Libertad”.
En Europa, el intervencionismo se agotó como modelo. Había corregido las
desviaciones del liberalismo económico clásico, no menoscabando sino, al contrario,
potenciando , sus energías productivas. Pero cayó a su vez en desviaciones propias,
cuyo mayor pecado fue, precisamente, comenzar a entrabar la creatividad, el ímpetu
del individualismo liberal, mediante una injerencia del Estado excesiva, con frecuencia
abusiva y corrupta.
En El Salvador, el modelo intervencionista también trajo enormes ventajas. En
un primer momento, disciplinó la política monetaria e intentó canalizar recursos hacia
sectores productivos descuidados, al mismo tiempo que quiso enfrentar la problemá-
tica social. Luego, sobre todo de los años cincuenta en adelante, fue pródigo en crear
instituciones y políticas orientadas a fomentar la producción, así como a paliar los
males (incluyendo los conflictos) sociales.
Al igual que en Europa, el intervencionismo cayó en excesos y errores. Por
añadidura su agotamiento como modelo coincidió con una serie de calamidades
económicas que asolaron a toda América Latina, causando en ella lo que se llamó “la
década pérdida”, porque en diez años la Región no progresó sino, al contrario,
retrocedió económica y socialmente. Tales desgracias, fueron exacerbadas en nuestro
país por lo albores, y luego el desarrollo pleno, del conflicto bélico. En El Salvador,
como en Europa, al intervencionismo lo sucedió el neoliberalismo.
El socialismo en su versión reformista moderada, que tanto influyó en la
realización de la justicia y la libertad en Europa, no cuajó entre nosotros. Los parti-
204 ARONETTE DIAZ; IVO PRIAMO ALVARENGA

reconocido, cierre de los espacios políticos; así como por las tremendas desigualda-
des en la distribución de los bienes y los ingresos, particularmente en el sector agrario.
Ello condujo, insistimos, a un renacer neoliberal de la doctrina, de la política estatal
y, naturalmente, de los efectos sobre la población.
En estos momentos, no aceptar el neoliberalismo como la inspiración y la práctica
del Estado y las fuerzas económicas, sería quedar desfasado; dar la imagen de soledad
y extravío, que en tiempos del intervencionismo triunfante y rampante, daban quienes
defendían un liberalismo a ultranza.
Lo único que se puede (y se debe) hacer ante un neoliberalismo victorioso y
ufano, es prevenirse contra sus extremismos y, en la medida de lo posible, evitar que
los mismos predominen en la práctica. El peor de esos extremismos es la deificación
del mercado, del ánimo de lucro y de la absoluta libertad económica.
La más humana, y por cierto la más exitosa, teoría y práctica de la economía de
mercado, es la llamada economía social de mercado que, como sabemos, ha tenido su
mejor elaboración doctrinaria y sus mejores resultados en la República Federal de
Alemania.
Una institución de ese país que ha desarrollado una labor benemérita en El
Salvador, es la Fundación Konrad Adenauer, la cual ha promovido, precisamente,
junto con los principios e ideales de la democracia, los ideales y principios de la
economía social de mercado.
Uno de sus institutos de investigaciones, llamado Centro Interdisciplinario de
Estudios sobre el Desarrollo Latinoamericano, C I E D L A, con sede en Buenos
Aires, publicó en 1990 y 1992, un volumen llamado “El medio ambiente en la economía
social de mercado”, recopilación de artículos de varios autores alemanes, expertos en
la materia, que tratan el tema desde diversos puntos de vista y en relación a la
experiencia de su país.
Hay allí , una serie de ideas que debieran ser como un credo para quien desee
enfrentar los problemas del medio ambiente, en el marco de la economía de mercado.
Rock, en ese volumen, después de recordar que “eco” es la casa, el hogar, la
Patria, señala que si la “eco-logía” investiga las estructuras nerviosas de la unidad
doméstica “tierra”, la “eco-nomía” establece las leyes (del griego: nomos) de esa
misma (“ oikos” ) casa. El “eco-nomista” sabe administrar la casa, es decir comprender
la ley (nomos) de la casa, y ordenarla de tal modo que sus habitantes no sólo tengan
hoy, sino también mañana y pasado mañana, un pasar y un ingreso. Elemento impor-
tante de la economía es el ahorro; éste define en gran medida la (buena) administración
y en consecuencia, el manejo austero, prudente, de los recursos (agua, aire, paisaje),
que requieren una protección especial y una “economía” específica.
El logos (en el sentido griego de esencia o principio) tiene precedencia sobre el
nomos afirma Rock; simplemente porque si la casa pierde su esencia, ya no han casa
que administrar. Pero aclara que entre ecología y economía, no hay hostilidad. Los
recursos ecológicos son factores de producción, que a la economía le conviene admi-
nistrar correctamente. Una economía bien entendida y bien operada es “ecófila”; fa-
vorece el medio ecológico, cuida la naturaleza; como mínimo, es compatible con el
206 ARONETTE DIAZ; IVO PRIAMO ALVARENGA
208 ARONETTE DIAZ; IVO PRIAMO ALVARENGA
210 CONSUELO LÓPEZ DE CHACÓN

satisfaga sus necesidades programas sociales que permiten un desenvolvimiento de


la población en un facilísimo desmedido, negación al hábito del trabajo lo cual incide
en la pérdida de valores, del autoestima, del esfuerzo de superación; bien dice Gimenez
Landinez que: “el hombre tiene más hambre de trabajo que de pan, porque el trabajo
contribuye a su formación como persona, por esto la delincuencia y la miseria van de
la mano”.
• La agroindustria juega un rol cada vez más prominente en la comercialización
de la agricultura, lo cual conlleva a que los agricultores de subsistencia deban lograr
sobrevivir a pesar de la presión competitiva mundial, en el entendido de que no existe
una concepción de “agricultura ampliada”, donde ésta es entendida como un proceso
dinámico en el que los conceptos de interacción y mutua dependencia interna son
cada vez más amplios, es decir, que los productores primarios participen en la cadena
de producción no como simple proveedores de materia prima.

El segundo tipo de fuerzas que considera el autor citado son las fuerzas de
mercado, en este aspecto enfatiza que los mercados nacionales e internacionales tienden
a converger a través de la globalización del mercado, lo cual se refleja tanto en la
oferta como en la demanda:
a) La Demanda: Los consumidores envían señales al gastar sus recursos (fuerzas
básicas que orientan las demanda, lo que a su vez es condicionado por otros factores
como:
• Reducción del crecimiento demográfico.
• Crecimiento progresivo de los niveles de ingreso. Formas de distribución.
• Transformación de la distribución y comercialización.
• Con la globalización las preferencias del consumidor se cambian a favor de la
entrega rápida, acceso a productos frescos fuera de estación y un alto nivel de
diversificación. Para esto se requiere de una distribución de alimentos y sistemas de
entrega altamente sofisticados.
• Nuevas formas de usos de los productos agrícolas.
b) La Oferta: El crecimiento de la productividad, en este aspecto el autor llama
la atención sobre que:
• En la actualidad la agricultura se basa más en la gestión y en las tecnologías
fundadas en el conocimiento.
• Plantea desafíos para desarrollar sus capacidades de investigación (ingeniería
genética y la biotecnología).
• La infraestructura rural continua siendo una necesidad crítica; ¿quién va a
cubrir los costos de irrigación, manejo de aguas, caminos rurales, comunicaciones y
electricidad necesaria para que las inversiones se viertan hacia los sectores rurales?
• Los temas ambientales y de sostenibilidad rigen nuevas capacidades
institucionales para monitorear las tendencias y hacer las normas existentes.

El último tipo son las Fuerzas Políticas, entre las cuales menciona:
a) Presiones políticas que incluyen diferentes niveles de ingreso entre las áreas
rurales y urbanas y la ausencia de filtración del crecimiento hacia los sectores pobres.
212 CONSUELO LÓPEZ DE CHACÓN

riesgos potenciales para el abastecimiento, obligan a los países a asumir iniciativas


encaminadas a promover y resguardar la competencia leal y a alentar los procesos de
integración y desarrollo de acuerdos complementarios y establecer niveles mínimos
de producción nacional para hacer frente a las eventualidades planteadas.

Nuevos Retos:
La suscripción del acuerdo del Marrakech (OMC) nos está llevando a pasar
desde políticas intervencionistas hacia políticas menos distorcionantes de los merca-
dos. La capacidad de respuesta frente a estas reformas dependerá de los elementos
fundamentales:
• Referido a la capacidad institucional, especialmente publica, para diseñar nuevas
políticas en los ámbitos comerciales, así como para la modernización y reconvención
de los productores agropecuarios.
• Se vincula directamente con la disponibilidad de recursos fiscales para apoyar
los esfuerzos de reconvención y modernización, especialmente de los pequeños
productores a través de ayudas no distorcionantes, como lo son aquellas desconectada
de la producción y los precios. En este sentido, es necesario advertir que como país
nuestra capacidad fiscal es inferior a la de los países desarrollados. Esto con la finalidad
de que nuestra agricultura sea competitiva en los mercados internacionales.

1. Competitividad: Para ser competitivo en los mercados internacionales se


requieren de grandes esfuerzos, que significan transitar de situaciones desde las ventajas
comparativas, intensivas en la explotación de recursos naturales, hacia el desarrollo
de ventajas competitivas que requieren de una visión de largo plazo, que permiten
generar una plataforma institucional que articule factores políticos, económicos y
empresariales para construirlas.
La competitividad, es la capacidad de un país, de reorganizar un proceso
productivo con participación eficiente en el contexto internacional de las relaciones
económicas y comerciales. El desarrollo de la competitividad implica:
• Invertir en el hombre y la mujer para mejorar los niveles de conocimiento y de
información técnicos gerenciales que favorezcan el desarrollo nacional. La dinámica
de la competitividad se construye sobre la base de un “sistema” (capacidad empresa-
rial, innovación científica y tecnológica, formación de recursos humanos,
infraestructura física y de comunicación, procesos de distribución, políticas
gubernamentales, organización institucional, marco jurídico y otros). Carlos Alonso
IICA Venezuela.
En este sentido, es importante señalar la necesidad de crear una organización,
que en el concepto de Peter Drucker, es un grupo humano compuesto de especialista
que trabajan juntos en una tarea común. Y el autor se pregunta: ¿Porqué razón todavía
las pasan por alto en las ciencias sociales y en la economía?, ¿Qué es precisamente
una organización?, ¿Cómo funciona?, entonces afirma: La función de una organización
es hacer productivo los conocimientos.
Las organizaciones han llegado a ocupar una posición central en todos los pa-
214 CONSUELO LÓPEZ DE CHACÓN

Un avance importante en este sentido es la superación del enfoque productivista


de la agricultura hacia una visión ampliada y de cadenas productivas (anteriormente
comentada) que de manera ágil y dinámica transmita los mensajes hacia los productores
permitiendo generar mejores productos y un mayor valor agregado en el medio rural.
Si queremos una competitividad agropecuaria, evidentemente no podemos estar
de espalda con el Ministerio de Obras Públicas y Transporte o sus afines, no podemos
estar ajenos a lo que acontece con los puertos, no podemos estar desconectados del
sistema de comunicaciones la rapidez con que se movilice multimodalmente el siste-
ma de transporte, es importante los acuerdos que se realicen con el sector financiero.
Tenemos que plantear lo que hemos denominado un Proyecto - País si queremos ser
competitivos, el Proyecto no es responsabilidad de tal o cual sector; realmente la
responsabilidad es amplia y compartida desde el punto de vista multisectorial así
como de distintas instancias y agentes conexos, es decir, es una responsabilidad de
todos, es una responsabilidad de la Nación.
Para concluir debemos volver a rescatar lo que señala el autor, que para sobrevivir
comercialmente en forma adecuada tenemos que desarrollar las Ventajas Competiti-
vas, porque vamos a tener que vivir en este mundo de enfrentamientos agrocomerciales
donde como paradigma tenemos que buscar la eficiencia en toda su amplitud. Estamos
embarcados en esta situación de competencia y es en esas turbulentas aguas donde
vamos a tener que movernos; las turbulencias podrán ser marejadas comerciales y
mercantiles, que de alguna manera nos pueden ahogar, o, pueden desahogarnos, en la
medida que seamos o no competitivos como País, como Sector, como Empresa y como
Agente del área.

2. Desarrollo Sostenible:
Después de haber hecho algunas reflexiones, sobre la globalización y apertura
de mercado abordaremos estos temas en la dimensión del comercio de los productos
agrícolas.
El prof. Manuel Felipe Garaicoechea del Postgrado de la Universidad Central
de Venezuela, señala que la dimensión y posibilidades futuras del desarrollo y la
calidad del nivel de vida dependen hoy más que nunca de una adecuada interrelación
entre medio ambiente, apertura externa y crecimiento económico. En épocas pasadas
tal interrelación no era plenamente reconocida y mucho menos evaluada, al predomi-
nar en relación con el medio ambiente, una actitud de “explotación sin límites” de la
naturaleza y sus recursos, bien fuese por una supuesta inagotabilidad de los mismos o
por la menor trascendencia de los efectos de contaminación susceptibles, en gran
parte, de reabsorción y eliminación a través de procesos naturales.
El autor destaca que en la obra (La Humanidad en la Encrucijada, 1974, se
plantea un enfoque que reconoce la “Diversidad Mundial Regional” y la necesidad de
diseñar, en consecuencia, caminos de desarrollo especifico por cada región dentro de
una visión de equilibrio global que reduzca la brecha entre el hombre y la naturaleza,
entre norte y Sur, entre ricos y pobres (M. Mesorovic, E. Pestel: 1975).
Garaicoechea considera que la idea básica en el enfoque entrópico es proteger el
216 CONSUELO LÓPEZ DE CHACÓN
218 JANE MATTHEWS GLENN, ANNE C. DROST

the Chief Justice of Canada recognized at the end of his judgment in Delgamuukw,
“Let us face it, we are all here to stay.”5 It is rather an attempt to balance - or more
accurately, to redress the balance of - the often conflicting claims of aboriginals and
the “newcomers”.6 In this process of balancing, priority is to be given to aboriginal
rights. This priority flows, first, from the general principle that constitutional protection
of rights must be given a liberal and generous interpretation and, second, from the
fact that the Crown is in a fiduciary relationship with the aboriginal peoples and
cannot breach that bond of trust.7
We will consider the relation between aboriginal rights and sustainable
development in light of Delgamuukw decision, looking first to the requirements for
aboriginal rights (I) and then to the limits to these rights (II).

I. REQUIREMENTS FOR ABORIGINAL RIGHTS

What sorts of aboriginal rights are protected under section 35 of the Constitution?
The cases suggest two general sets of requirements for recognition, one relating to
timing and the other to content.

1) Temporal requirements
The constitutional protection of aboriginal rights is limited to those pre-coloni-
al8 customs and practices that have continued in a more-or-less uninterrupted fashion
up to the present day. These temporal requirements of pre-existence, continuance
and present existence reflect the fact that the purpose of the constitutional provision
is to acknowledge and protect those traditional or ancestral practices and customs
that remain important today.9
Protection is thus not available for customs and practices that developed after
the coming of Europeans; nor is it available for pre-colonial activities that were later
abandoned or the practice of which was significantly changed since the European
arrival. Moreover, it is also not available for aboriginal rights that were validly
extinguished prior to 1982. The courts have now made it clear that pre-1982
jurisdiction to effect extinguishment rested either with the British colonial authorities
in the pre-Confederation period or with the federal government subsequently, 10 and
that the intention to extinguish had to be “clear and plain”11 (although not necessarily
express).
While the burden of proving extinguishment rests with the Crown, that of proving
the historical quality of the right (i.e. its continued existence since pre-colonial times)
rests with the claimants of the benefit of the right.12 One of the contributions of
Delgamuukw is to temper the usual strict rules concerning the admissibility of evidence
to admit proof by way of oral history, including legends, songs, dances and symbols
(masks, totems, blankets, etc.). An example is an “adaawk” (a sacred story of the
Gitksan people) about the destruction of a native village by a supernatural grizzly
bear, which was told at trial in support of the claim to a historical connection to the
220 JANE MATTHEWS GLENN, ANNE C. DROST

culture of the claimants is subsumed by the requirements of occupancy”.18 The Chief


Justice explained this difference as follows:
Although this [being of central significance to their distinctive culture] remains
a crucial part of the test for aboriginal rights, given the occupancy requirement
in the test for aboriginal title, I cannot imagine a situation where this requirement
would actually serve to limit or preclude a title claim. The requirement existed
for rights short of title because it is necessary to distinguish between those
practices which were central to the culture of claimants and those which were
more incidental. However, in the case of title, it would seem clear that any land
that was occupied pre-sovereignty, and which the parties have maintained a
substantial connection with since then, is sufficiently important to be of central
significance to the culture of the claimants. As a result, I do not think it necessary
to include explicitly this element as part of the test for aboriginal title.19

The second observation is that in both cases, the rights are sui generis, in that
they are communal rather than individual and inalienable except to the Crown.
However, title rights are more flexible than non-title rights, and recognition of this
flexibility is another contribution of Delgamuukw. Non-title rights can perhaps be
described as “frozen”, in the sense that their present-day exercise is limited to the
purpose20 for which they were exercised in pre-colonial times - so that, for example,
whether or not an aboriginal people had historically bartered or sold the fish caught
or had simply fished for sustenance is critical to the recognition of a present-day
aboriginal right to fish commercially.21 Title rights, on the other hand, are not so
limited, as Delgamuukw makes clear:
[A]boriginal title encompasses the right to exclusive use and occupation of the
land for a variety of purposes, which need not be aspects of those aboriginal
practices, customs and traditions which are integral to distinctive aboriginal
cultures.22

Aboriginal title rights are thus not frozen, and change of use and the
commercialization of the products of the land is permitted. However, Delgamuukw
also makes clear that aboriginal title is not equivalent to full ownership, and is subject
to limits.

II. LIMITS TO ABORIGINAL RIGHTS

What are the limits to aboriginal rights? Delgamuukw suggests the existence of
two different sorts of limits, those that are internal (or implied) and those that are
external (or express).

1) Internal limits
Although Chief Justice Lamer recognized in Delgamuukw that aboriginal land
can be put to non-traditional uses, he emphasized that this is subject to an inherent, or
222 JANE MATTHEWS GLENN, ANNE C. DROST

The onus of proving a prima facie infringement lies on the individual or group
challenging the State action; the onus of proving justification lies on the State. Like
the aboriginal rights themselves, the justification of infringement varies with the
nature of the activity and the characteristics of the aboriginal group practising it.33
The requirements for justification are two-fold.
The first is that the infringement of the aboriginal right must be in furtherance
of a legislative objective that is “compelling and substantial”.34 This is assessed in
light of the dual purpose - recognition and reconciliation35 - of the constitutional
protection provided in s. 35(1).
In the context of the objectives which can be said to be compelling and substantial
under the first branch of the Sparrow justification test, the import of these
purposes is that the objectives which can be said to be compelling and substantial
will be those directed at either the recognition of the prior occupation of North
America by aboriginal peoples or - and at the level of justification it is this
purpose which may well be most relevant - at the reconciliation of aboriginal
prior occupation with the assertion of the sovereignty of the Crown.
... Aboriginal rights are a necessary part of the reconciliation of aboriginal
societies with the broader political community of which they are part; limits
placed on those rights are, where the objectives furthered by those limits are of
sufficient importance to the broader community as a whole, equally a necessary
part of that reconciliation.36

In the case of fishing rights, conservation of resources is obviously a compelling


and substantial objective; other possible examples are pursuit of economic and regio-
nal fairness, recognition of the historical participation of non-aboriginals in the
fishery,37 and even promotion of sports fishing in parts of the country where this is
economically important.38 As for aboriginal title, Lamer C.J.C. in Delgamuukw sets
out an expansive list of legislative objectives that could justify an infringement.
In my opinion, the development of agriculture, forestry, mining, and hydroelectric
power, the general economic development of the interior of British Columbia,
protection of the environment or endangered species, the building of
infrastructure and the settlement of foreign populations to support those aims,
are the kinds of objectives that are consistent with this purpose [reconciliation
of aboriginal rights with Crown sovereignty] and, in principle, can justify the
infringement of aboriginal title.39

This suggests that in the case of aboriginal title, objectives related to development
play a more central role than those related to conservation, and one might wonder
what remains of the concept of aboriginal title. This question is partially answered by
the second wing of the justification test.
The second requirement for justification is that the infringement of the aboriginal
right must be consistent with the special fiduciary relationship that exists between the
Crown and the aboriginal peoples. Aboriginal rights must thus be given priority,40
224 JANE MATTHEWS GLENN, ANNE C. DROST
226 JANE MATTHEWS GLENN, ANNE C. DROST

society and which mandates their special legal, and now constitutional, status.”
5 Ibid. at 273.
6 The expression is that of Delgam Uukw, Hereditary Chief of the Gitksan. See Gisday Wa & Delgam Uukw,
The Spirit of the Land: Opening Statement of the Gitksan and Wet’suwet’en Hereditary Chiefs in the
Supreme Court of British Columbia May 11, 1987 (Gabriola, B.C., 1989) at 7.
7 See generally Sparrow, supra note 2 at 407-409. See also Guerin v. Canada (1984), 131 D.L.R. (4th) 321
(S.C.C.).
8 In Delgamuukw, supra note 1 at 254-255, Lamer C.J.C. distinguishes between claims to aboriginal rights
falling short of title and aboriginal title itself (see infra note 16 and corresponding text), and makes it clear that
the appropriate pre-colonial period is different in the two cases. It is the period prior to first contact between
the Europeans and aboriginals in the case of rights falling short of title, and the period prior to the assertion of
sovereignty in the case of aboriginal title.
9 See e.g. Gladstone, supra note 2 at 662 (per Lamer C.J.C.): “In Van der Peet this was described as the
requirement of “continuity” - the requirement that a practice, tradition or custom which is integral to the
aboriginal community now be shown to have continuity with the practices, traditions or customs which existed
prior to contact” [emphasis added].
10 Delgamuukw, supra note 1 at 267-272.
11 Sparrow, supra note 2 at 401; Gladstone, supra note 2 at 663.
12 Most often a member or members of the aboriginal group itself, although in N.T.C. Smokehouse, supra note
2, the existence of an aboriginal right was claimed by a non-aboriginal corporation charged with dealing in
illegally caught fish.
13 Trial, supra note 1 at 264.
14 Ibid. at 267.
15 Van der Peet, supra note 2 at 310 (per Lamer C.J.C.). It must be “a central, significant or defining feature
of the distinctive culture” of the aboriginal society in question: Adams, supra note 2 at 671 (per Lamer
C.J.C.); see also Gladstone, supra note 2 at 660.
16 Delgamuukw, supra note 1 at 251-252.
17 See e.g. Adams, supra note 2 at 667.
18 Delgamuukw, supra note 1 at 253 (per Lamer C.J.C.).
19 Ibid. at 256-257.
20 However, the manner in which the right is exercised is not similarly frozen. See Sparrow and Van der Peet,
supra note 2.
21 See particularly Gladstone, supra note 2 (right to fish commercially); and N.T.C. Smokehouse and Van der
Peet, supra note 2 (right to fish for sustenance and for social and ceremonial purposes).
22 Supra note 1 at 243 (per Lamer C.J.C.).
23 Ibid. at 246.
24 Ibid. at 247 [emphasis added]. He continued with the following concrete examples: “For example, if
occupation is established with reference to the use of the land as a hunting ground, then the group that successfully
claims aboriginal title to that land may not use it in such a fashion as to destroy its value for such a use (e.g.,
by strip-mining it). Similarly, if a group claims a special bond with the land because of its ceremonial or
cultural significance, it may not use the land in such a way as to destroy that relationship (e.g., by developing
it in such a way that the bond is destroyed, perhaps by turning it into a parking lot).”
25 World Commission on Environment and Development, Our Common Future (Oxford: Oxford University
Press, 1987).
26 Rio Declaration on Environment and Development, Doc. A/Conf.151/5/Rev.1, UN Conference on
Environment and Development, 3-14 June 1992. See particularly Principle 3: “The right to development
must be fulfilled so as to equitably meet developmental and environmental needs of present and future
generations”.
27 Delgamuukw, supra note 1 at 247.
28 That is, for food, ceremonial and social purposes. See e.g. Sparrow, Van der Peet and N.T.C. Smokehouse,
supra note 2.
29 Hardin, “The Tragedy of the Commons” (1968) 162 Science 1243. The “Tragedy of the Commons” can
occur when a group of people have unrestrained access to a resource, in which case it is in the short term
interest of each member of the group to appropriate individually as much of the resource as possible, although
this will inevitably lead to the exhaustion of the resource and thus be contrary to the long term interest of the
228 JANE MATTHEWS GLENN, ANNE C. DROST

(1997), 153 D.L.R. (4th) 131 (N.B.Q.B.), rev’d (1998), 158 D.L.R. (4th) 231 (N.B.C.A.).
54 Delgamuukw, supra note 1 at 273.
55 See http://www.aaf.gov.bc.ca/aaf/treaty/nisgaa/nisga_agreement.html.
56 The Nisga’a people first sent a delegation to the provincial capital requesting a settlement of their land claims
in 1887; they petitioned the Imperial Privy Council in 1913; and were successful in the first of the modern
aboriginal rights cases (Calder v. Attorney-General of British Columbia, [1973] S.C.R. 313, 34 D.L.R. (3d)
145) before the Supreme Court of Canada.
57 The Preamble to the Agreement reads in part as follows: “Whereas Canadian Courts have stated that the
reconciliation between the prior presence of aboriginal peoples and the assertion of sovereignty by the Crown
230 RODRIGO JUSTUS DE BRITO

Grosso, baseada em grande parte na disponibilidade de recursos naturais não explo-


rados ou subaproveitados, indica um padrão fortemente apoiado no crescimento eco-
nômico desordenado, isto é, um crescimento rápido, sem planejamento e com fortes
impactos ambientais.
A incorporação do território mato-grossense à economia nacional seguiu a dire-
ção dos grandes eixos rodoviários, baseada nas atividades de mineração, extração de
madeira e agropecuária. Essa ocupação gerou a consolidação de antigas cidades do
sul-sudeste e o surgimento de novos núcleos urbanos, particularmente no centro-nor-
te, provocando fluxos migratórios internos e oriundos da região Sul do país.

2.1. Situação Fundiária

A posse da terra apresenta-se bastante concentrada, com 12,2% dos estabeleci-


mento localizados nos estratos de área superiores a 1.000 hectares, ocupando 76,8%
da área total, enquanto os estabelecimentos menores de 100 ha, que totalizam 71,2%
do total, ocupam apenas 8,7% da área total (segundo dados do INCRA – 1.997).

Tabela 5 - Categorias dos Estabelecimentos Rurais de Mato Grosso


Categoria de Produtores Rurais Em relação ao nº de Estabelecimentos (%) Em rel. à área do Estado (%)

Pequenos (até 100 ha) 71,20 8,7


Médios (de 100 a 1.000 ha) 16,60 14,5
Grandes (acima de 1.000 ha) 12,20 76,8
FONTE: INCRA/1997

Tabela 6 - Situação Fundiária de Mato Grosso


Tipo de Ocupação Área ocupada 1.000 km2 %
Propriedades Rurais 557,20 60,8
Reservas Indígenas 115,90 12,6
Ocupantes (Posseiros) 98,33 10,7
Áreas Públicas – Terras Devolutas 91,66 10,0
Áreas Protegidas (Reservas, Parques, Estações Ecológ., etc) 54,22 5,9
TOTAL DO ESTADO 906,90 100,0
FONTE: SEPLAN/SAAF - 1994

O principal problema que afeta tanto as populações tradicionais como os pe-


quenos, médios e grandes produtores, assim como a agroindústria, é a insegurança
jurídica nas transações imobiliárias no Estado, decorrente, em particular, de proble-
mas relativos à regularização da situação de domínio.

Em 1996, “a falta da discriminação das terras devolutas do Estado, a


inexistência de cartas geográficas precisas ..., a falta de preparo e atualização per-
manente de plantas cadastrais das terras tituladas e pertencentes a particulares ...,
232 RODRIGO JUSTUS DE BRITO

conferindo à Mato Grosso uma rica e extensa rede de drenagem e o papel de estado
produtor e exportador de água para as regiões vizinhas.
As atividades extrativistas (mineral, vegetal e animal) em grande escala, a ati-
vidade agropecuária extensiva, a colonização inadequada, os assentamentos sem pla-
nejamento e infra-estrutura, ocasionaram o inchamento das área urbanas, sendo hoje
os principais responsáveis pelo mal aproveitamento dos recursos naturais neste Esta-
do.
Destacam-se como principais problemas ambientais: a retirada e queima da
cobertura vegetal natural, a pesca predatória, a erosão dos solos, o assoreamento de
rios e lagos, e a contaminação das águas por agrotóxicos, metais pesados e resíduos
urbanos e industriais.

2.2.1 DESMATAMENTO
As florestas ocupavam, em 1980, cerca de 52% da superfície do Estado. A mai-
or parte delas localizava-se na Bacia Amazônica. Entretanto, importantes áreas flo-
restais, hoje extensivamente desmatadas, ocorriam na bacia superior do Rio Paraguai,
na região de Cáceres e na região de Rondonópolis. Nestas últimas áreas, a presença
de solos relativamente férteis tem constituído um fator decisivo no desmatamento de
florestas estacionais e ocupação concentrada e extensiva com a atividade agropecuária.
O Estado de Mato Grosso apresenta extensas áreas com grandes concentrações
de desmatamento. Segundo dados da Fundação Estadual do Meio Ambiente - FEMA,
até 1994 o Estado já havia perdido 20% da sua cobertura vegetal nativa, sendo que até
1992, 168.336,46 km² já haviam sido desmatados. Em 1993 houve um incremento do
desmatamento de 15.026 km² e em 1994 de 4.502.Km2, restando, atualmente, em
torno de 40% de cobertura florestal neste Estado.
Na região norte, acima do paralelo 13, as imagens de satélite de 1994 indicam
que as zonas menos alteradas estão localizadas na área abrangida pela Reserva Ecoló-
gica de Apiacás (100.000 ha) e nas áreas das Reservas Indígenas de Aripuanã
(2.580.000 ha) e Xingú (2.400.000ha).

2.2.2 QUEIMADAS
As queimadas estão intrinsecamente relacionadas com os desmatamentos. En-
tretanto, é preciso distinguir o uso do fogo nas roças de subsistência dos caboclos e
índios das queimadas para implantação dos grandes projetos agropecuários. Enquan-
to as pequenas roças de subsistência permitem uma regeneração da vegetação durante
os períodos de pouso do solo, as queimadas de milhares de hectares para a conversão
da vegetação em pastagens e monoculturas de grãos têm um caráter quase irreversível
quanto à regeneração das características primitivas da vegetação, além de causar gran-
des impactos ambientais que afetam o ciclo da água, os solos, o clima e a biodiversidade.
O Estado de Mato Grosso vem apresentando um dos mais altos índices de focos
de queimadas comparado com outros Estados. O sistema de monitoramento de quei-
madas implantado na FEMA registrou em agosto de 1995 (mês mais crítico) 32.748
focos de queimadas.
234 RODRIGO JUSTUS DE BRITO

abandono, facilitando-se o encapoeiramento das parcelas, as quais ficam assim sub-


metidas a um processo de reflorestamento secundário. A necessidade de produzir
alimentos de subsistência e algum tipo de renda imediata conduz os produtores à
necessidade de prosseguir com o desmatamento, favorecendo a conversão da floresta
em lavouras anuais, a coalescência de áreas desmatadas, a perda de diversidade bioló-
gica, a modificação do microclima local e do regime hídrico da paisagem.
Na região do médio norte e áreas de chapadões, pelas características da topo-
grafia e predominância da cobertura vegetal típica dos cerrados, grandes áreas foram
incorporadas ao processo produtivo com pastagens plantadas e cultura mecanizada
da soja (no período de 1980 a 1996 a cultura da soja teve sua área expandida de 70 mil
para 2 milhões de hectares). A tecnologia adotada na exploração da soja (mecaniza-
ção intensiva, falta de conservação do solo e uso de grandes quantidades de defensi-
vos agrícolas) tem ocasionado sérios problemas ambientais, cabendo destacar a ero-
são hídrica e a poluição e assoreamento dos mananciais. O fato de ser explorada na
forma de monocultura, em anos sucessivos e em extensas áreas contínuas, também
tem provocado a destruição da biodiversidade dos cerrados.
No Estado de Mato Grosso, a utilização dos agrotóxicos (herbicidas, insetici-
das e fitorreguladores) tem contribuído tanto para elevar a produtividade agrícola e
reduzir as perdas antes e depois da colheita, quanto para causar sérios problemas
ambientais. As pulverizações, vêm causando a contaminação das águas, com mortan-
dades de peixes já registradas em várias regiões do Estado. De acordo com dados
obtidos através do controle de comercialização das empresas fabricantes, anualmen-
te, utilizam-se na agricultura deste Estado aproximadamente oito milhões de litros (8
mil tons) de agrotóxicos por ano.
A utilização e destinação incorretas dos agrotóxicos e suas embalagens também
vêm causando contaminação dos recursos hídricos e do solo, uma vez que não existe
controle sobre o descarte de embalagens. Estima-se que anualmente um milhão de
embalagens são lançadas ao ambiente, jogadas em rios, enterradas ou lançadas à
beira de rodovias. Visando solucionar a questão foi editada a Lei Estadual 6.777 de
julho de 96, a qual regulamentou a obrigação dos fabricantes e comerciantes de
agrotóxicos de arcarem com a destinação final dos resíduos e embalagens de
agrotóxicos. Atualmente, estão, em fase de implantação, 04 postos de recebimento de
embalagens, em parceria realizada pelo Instituto de Defesa Agropecuária – INDEA,
FEMA, PRODEAGRO, fabricantes e comerciantes de agrotóxicos, prefeituras e asso-
ciações de produtores rurais. As embalagens serão prensadas e enviadas para
reciclagem.

2.2.6 MINERAÇÃO
A atividade mineradora também tem contribuido na modificação das micro-
redes de drenagem, através de processos violentos de assoreamento de córregos e rios.
A situação atual da exploração mineral encontra-se em franco declínio, face princi-
palmente à exaustão dos depósitos ditos garimpáveis, e a queda do preço do ouro nos
últimos 15 anos (±US$ 30,00/grama para ±US$ 10,00/grama
236 RODRIGO JUSTUS DE BRITO

ESTADO US$ 40,7 milhões (14,3%)


UNIÃO US$ 40,0 milhões (14,0%)
BIRD US$ 205,0 milhões (71,7%)
TOTAL US$ 285,7 milhões

A Cooperação Técnica do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvi-


mento – PNUD foi contratada para dar apoio ao Governo do Estado na
implementação das ações previstas no projeto, buscando fortalecer as ações do
projeto, através da capacitação de recursos humanos e fortalecimento institucional
dos órgãos executores.
O PRODEAGRO, atualmente, está dividido em 8 componentes :
3.2.1 COMPONENTE ZONEAMENTO SÓCIO-ECONÔMICO-ECOLÓ-
GICO - ZSEE
Executor: Secretaria de Estado de Planejamento e Coordenação Geral– SEPLAN
Apoio Técnico e Jurídico : Equipe Técnica do Programa das Nações Unidas
para o Desenvolvimento - PNUD
OBJETIVOS:
Ø Incorporar ao processo de desenvolvimento do Estado medidas de caráter
preventivo, redirecionamento corretivo, regulamentações e mecanismos de indução
capazes de promover atividades com sustentabilidade ambiental, considerando os di-
ferentes ecossistemas existentes no Estado de Mato Grosso.
Ø Subsidiar o planejamento estadual, visando um novo estilo de desenvolvi-
mento sustentável. A elaboração e a implementação deste instrumento técnico cientí-
fico deve ser entendida como parte de um processo de planejamento que implica em
um conjunto de atividades técnicas e ações político - institucionais.
Há que se destacar, que a necessidade da utilização do zoneamento como instru-
mento de ordenação territorial está relacionada com os investimentos de recursos
externos para a implementação de grandes projetos e programas no pais, dentre eles o
POLONOROESTE.

3.2.2 COMPONENTE: REGULARIZAÇÃO FUNDIÁRIA


Executor : Instituto de Terras de Mato Grosso – INTERMAT
Apoio Técnico e Jurídico: Equipe Técnica do Programa das Nações Unidas
para o Desenvolvimento - PNUD
As ações fundiárias do PRODEAGRO dirigir-se-ão a satisfazer os seguintes
objetivos:
Ø Assegurar a legitimação da posse da terra dos pequenos produtores rurais e a
regularização da situação fundiária do Estado;
Ø Promover o uso das terras com aptidão para a agricultura sustentável, garan-
tindo através de ações fundiárias e de política agrária que redistribuam a propriedade
ou o uso dessas terras em favor dos pequenos produtores e trabalhadores rurais;
Ø Promover assentamento de trabalhadores rurais em projetos que visem a
sustentabilidade sócio, econômico e ecológica.
238 RODRIGO JUSTUS DE BRITO

difusão de tecnologias de desenvolvimento agroambiental.

4. O desenvolvimento sustentável na Constituição Federal e o Zoneamento


como instrumento de planejamento agrário na legislação brasileira e de Mato
Grosso
4.1 O Desenvolvimento Sustentável na Constituição Federal de 1988
Apesar das inúmeras teses, definições e conceitos que tem surgido sobre o que
significa “Desenvolvimento Sustentável”, sob o ponto de vista agroambiental, en-
quadra-se, de forma bastante sintética, o conceito adotado pelo Conselho da FAO em
1988:
“É o manejo e conservação da base dos recursos naturais e a orientação da
alteração tecnológica e institucional, de tal maneira que se assegure a contínua
satisfação das necessidades humanas para as gerações presentes e futuras. Este
desenvolvimento viável (nos setores agrícola, florestal e pesqueiro) conserva a
terra, água e os recursos genéticos vegetais e animais, não degrada o meio ambi-
ente e é tecnicamente apropriado, economicamente viável e socialmente aceitá-
vel.”. (grifamos)
A Constituição Federal de 1988 estabelece no caput do art. 225 que “Todos têm
direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo
e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e á coletivida-
de o dever de defendê-lo e preserva-lo para as presentes e futuras gerações.”(o
grifo é nosso) consignando o desenvolvimento sustentável como princípio constituci-
onal da utilização dos recursos naturais existentes no ambiente.
A Constituição Federal de 1988 (art. 5.º, XXIII) condiciona ainda o direito de
propriedade ao cumprimento da função social. Nos termos do artigo 186 - Capítulo
III - DA POLÍTICA AGRÍCOLA E FUNDIÁRIA E DA REFORMA AGRÁRIA “A
função social é cumprida quando a propriedade rural atende, simultaneamente,
segundo critérios e graus de exigências estabelecidas em lei, aos seguintes requi-
sitos: I - aproveitamento racional e adequado; II- utilização adequada dos recur-
sos naturais disponíveis e preservação do meio ambiente; III- observância das
disposições que regulam as relações de trabalho; IV- exploração que favorece o
bem-estar dos proprietários e dos trabalhadores.”. Os critérios e graus de exigên-
cia foram, posteriormente, regulamentado pela Lei 8,629 de 25/02/93, a qual “dis-
põe sobre a regulamentação dos dispositivos constitucionais relativos à Reforma
Agrária.”.

4.2 O Zoneamento como instrumento de planejamento agrário na legisla-


ção brasileira e de Mato Grosso

4.2.1 Evolução conceitual dos termos aplicáveis ao Zoneamento


Etimologicamente, zoneamento significa “ato ou efeito de zonear; divisão ra-
cional de uma área urbana em setores reservados a certas atividades”. Zonear,
recebe, por sua vez, o sentido de “dividir por zonas específicas: zonear um país,
240 RODRIGO JUSTUS DE BRITO

o zoneamento como um de seus instrumentos (art. 9°).


A Lei de Política Agrícola (Lei 8.171, de 17/01/91), reconhece a diferença
existente entre áreas, definindo a “bacia hidrográfica como unidade básica de pla-
nejamento do uso.” Ao dedicar o Capítulo Vl ao meio ambiente e à conservação dos
recursos naturais, especificou objetivos e atribuições do Poder Público, dentre eles “a
realização de zoneamentos agroecológicos, visando o ordenamento da ocupação
espacial e o disciplinamento e a fiscalização do uso racional do solo, da água, da
fauna e da flora.”.
Dispõe ainda, seu artigo 19, lIl que o Poder Público deverá “realizar
zoneamentos agroecológicos que permitam estabelecer critérios para o
disciplinamento e o ordenamento da ocupação pelas diversas atividades produti-
vas, bem como para instalação de novas hidrelétricas”.
O art. 50 da mesma lei dispõe que “a concessão de crédito rural observará
os seguintes preceitos básicos: . . . § 3° A aprovação do crédito rural levará sem-
pre em conta o zoneamento agroecológico” .
Zoneamento Agroecológico, expressão também amplamente utilizada nos úl-
timos tempos, na opinião de Sánchez, pode ser esquematicamente entendido “como
uma organização ecológica - paisagística do espaço que visa o uso dos recursos
edáficos, biológicos e climáticos dos ecossistemas naturais e modificados pelo
homem. Baseia-se na caracterização de ofertas e restrições biofísicas e espaciais,
para orientar a ocupação, uso e manejo ambiental integrado do conjunto de re-
cursos naturais renováveis que consistem nas diferentes paisagens. O conceito de
Zoneamento Agroecológico pode ser assumido como um modelo de organização
espacial das atividades agrárias, florestais e de conservação dos sistemas natu-
rais, que visa à melhoria do relacionamento do homem com a natureza “.

4.2.3 Legislação Estadual de Mato Grosso


Constituição Matogrossense
A Constituição do Estado de Mato Grosso de 1989, dedica inúmeros artigos ao
zoneamento, de forma direta ou indireta.
No Capítulo relativo aos Recursos Naturais, dentro da Seção do Meio Ambien-
te, inicia por atribuir a todos “o direito ao meio ambiente ecologicamente equili-
brado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impon-
do-se ao Estado, aos Municípios e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-
lo para as presentes e futuras gerações.” (art.263), incumbindo ao Estado, dentre
outras obrigações: “XV - promover o zoneamento antrópico-ambiental do seu ter-
ritório, estabelecendo políticas consistentes e diferenciadas para a preservação
de ambientes naturais, paisagens notáveis, mananciais d’água, áreas de relevan-
te interesse ecológico no contexto estadual, do ponto de vista fisiográfico, ecológi-
co, hídrico e biológico”.
No Ato das Disposições Transitórias (art.14), o constituinte estadual cominou
prazo de 06 (seis) meses, a partir da promulgação da Carta, para que fossem iniciados
os trabalhos de elaboração do zoneamento antrópico-ambiental, cuja duração não
242 RODRIGO JUSTUS DE BRITO

de uso na escala 1:1.500.000.

Lei Complementar n.º 038/95 - Código Estadual do Meio Ambiente

A Lei Complementar n° 38, de 21 de novembro de 1995, que instituiu o Código


Estadual do Meio Ambiente, por sua vez estabeleceu princípios básicos para nortear
as ações dos órgãos estaduais do Estado de Mato Grosso na aplicação da legislação
ambiental.
No tocante ao zoneamento, o Código Ambiental dedicou a Seção II ao tema do
Zoneamento Ambiental, estabelecendo os mesmos padrões e requisitos relativos à
sustentabilidade ambiental das atividades a serem enquadradas no Zoneamento.
Atualmente, compete à FEMA, através da sua Diretoria Técnica, estabelecer
políticas para a implantação do zoneamento ambiental do Estado e desenvolver estu-
dos para o estabelecimento de normas e padrões para o planejamento e gestão ambiental
das bacias hidrográficas.
5. Projetos Piloto de Regularização Fundiária em Mato Grosso

5.1 Histórico
O INTERMAT - Instituto de Terras de Mato Grosso, órgão vinculado a Secreta-
ria de Agricultura e Assuntos Fundiários, é responsável pela execução da política
fundiária a nível estadual. Entretanto, face à complexa situação fundiária do Estado,
a falta de controle que o Estado possui sobre as reais condições da posse e domínio de
seu território, conforme visto no item 2, as instituições governamentais (INTERMAT,
SEPLAN, INCRA, Procuradoria Geral do Estado - PGE) e as entidades representati-
vas de distintos segmentos da sociedade mato-grossense, concluíram que era necessá-
rio uma ação emergencial visando a regularização fundiária e o desenvolvimento de
uma nova sistemática visando a obtenção de resultados efetivos dessas ações.
As ações de regularização fundiária estavam sendo desenvolvidas de forma pon-
tual, ou seja, resolvia-se o problema em áreas isoladas em vários municípios, deixan-
do o restante das áreas daqueles municípios sem a devida regularização. Devido a
dimensão do Estado de Mato Grosso, a distância é um dos fatores limitantes das ações
de regularização fundiária e torna esses trabalhos pontuais infrutíferos. O tempo ne-
cessário aos deslocamentos das equipes e os desembolsos financeiros e demais custos
que são acarretados ao Estado tem sido altíssimos, pois a maioria dos produtores, que
demandam esta atividade estatal, são de baixa renda, e, além de não poderem pagar
sequer as medições, estão, ao mesmo tempo, excluídos da obtenção de crédito rural,
pela falta de regularidade documental de suas ocupações.

5.2 Projetos Piloto de Regularização Fundiária de Jangada e Lambari


D’Oeste
Para assegurar essas ações de regularização fundiária, foram alocados recursos
do Programa de Desenvolvimento Agroambiental – PRODEAGRO, objetivando
implementar uma experiência, através de dois projetos piloto, objetivando desenvol-
244 RODRIGO JUSTUS DE BRITO
246 RODRIGO JUSTUS DE BRITO

Notas

1 Estado de Mato Grosso. “Diagnóstico da Estrutura Fundiária do Estado”. Palácio Paiaguás, Cuiabá, p.49,
mimeo.
248 MALCOLM VOYCE

Government then refers not only to the state but involves the everyday practices in
civil society and includes semi-private agencies like workhouses, asylums, prisons
and social welfare agencies. Government is not a matter of imposing laws on men
but rather disposing things through what I later describe as technologies of government
(McMullan 1998:98). In this sense the state is involved in the private sphere through
a multitude of agencies and techniques, some of which may only be associated loosely
with the origins of the state (Miller and Rose 1990:1).
In this paper I briefly outline the importance of classification of land (property/
estates/tenure) to examine in greater detail how the specific deployment of the capi-
tal/income division in trusts operated with other discourses to reinforce the
marginalisation of the role of women.
My purpose is to develop the concept of governance to show that the state does
not have a “unity”, “individuality” or “rigorous functionality” which controls the
population by directly enforceable edicts which are implemented in the provinces
(McNay 1994:118). Neither is the state controlled and tugged by the logic of class or
the mode of production (Watts 1993/4:107, Corrigan and Sayer 1985:7).
Rather I argue the state rules by a set of technologies which in the particular
context of this case, involve fundamental technical processes such as accountancy
practices and the distinctions inherent within law, such as the capital income
distinction.
I argue that our political system may be characterised as being based on liberalism.
I wish to show how liberal prejudices or problematizing are translated into action.
“Government is a problematizing activity in that it poses obligations of rulers in
terms of the problems they seek to address” (Rose and Miller 1992:181, emphasis
retained).
I note the programmatic aspects of government, have been called political
rationalities (Miller and Rose 1990:317). By its very nature political rationalities
are highly abstract and set out the objectives of government. Consistent with my
decentred view of the state I view these rationalities as also emanating or circulating
at a local level as a product of local power centres. Thus, unlike Rose and Miller I
include in my view of political rationalities dominant rural discourses or ideologies.
I accept that these rationalities may not necessarily be abstract but may be contradictory
or diffuse in nature.
Government also consists of technologies of government (Miller and Rose
1994:13). Technologies of government are widely diverse and include mundane as
well as sophisticated mechanisms. They include techniques of notation, computation
and calculation; procedures of examination and assessment; the invention of devices
such as surveys and presentational forms such as tables; the standardization of systems
for training and the inculcation of habits; the inauguration of professional specialisms
and vocabularies; building design and architectural forms (Miller and Rose 1990:8).
Importantly for my purposes I include in this list (as suggested Miller and Rose) legal
classifications and accountancy practices.
Thus I argue that liberalism has developed a series of categorical orderings or
250 MALCOLM VOYCE

1991) or that technology is constitutive (Miller 1994) or that it texturises social relations
(Ihde 1990:1). These notions do not deny the possibility that local factors may play a
role in creating a local difference. Thus, I am accepting that unintended consequences
may be as significant as intended consequences (Giddens 1984:293-7).
These technologies make it possible to document behaviour through the subjects
who are being governed to produce their own inscriptions. By the term “inscriptions”
I mean material and graphic representations such as accountancy reports, numbers,
tables etc (Robson 1992:685). Robson has shown, using the work of Latour (1987),
that inscriptions allow action at a distance because inscriptions are mobile, they have
stability and they allow combinability in that they allow new forms of knowledge to
be created (Robson 1992:697).
By this process, domains of the self become visible, their bodies legible. Thus
new domains of the self become problematised as space for governance. Inscriptions
can be compared and analysed. However, more importantly, when subjects are acted
upon and habits instilled, subject’s “progress” can be measured. Humans become
calculable, the individual is constituted as an effect and object of knowledge, and
their bodies are worked on to increase their economic or non-economic “productivity”
(Foucault 1977:192 and McWhorter 1989).
My task here is to show how discourses act in mutual alliance with technical
devices established by accountancy practices. This article accepts the link between
capitalism and accountancy, by transforming assets into abstracts values and by
expressing quantitatively the results of business activities, double-entry bookkeeping
clarified the aims of business and provided a rational basis on which capitalists could
choose the directions of their investments. Finally, it allowed the possible separation
of the business firm from its owners and hence the growth of the limited liability
company (Yamey (date), Sombert 1924).
I also build on some recent research on accounting which argues that accounting
practices may be regarded as social and institutional practices which are intrinsic to
and constitutive of social relations, rather than as being derivative or secondary. In
this research accountancy is seen not only as a technology capable of acting on
individuals and amounting to a social practice, but furthermore as a social practice
which can constitute and reconstitute the economic domain (Miller 1994:4 his stress,
see also Hopwood and Miller 1993).
As regards accountancy, three aspects are noted. Firstly, I will argue that
accounting techniques, through the administration of estates, shape widowhood by
the practice of widows receiving income rather than capital. Secondly, the spread of
accountancy practices saw the advent of an obligation to account through the
maintenance of records pertaining to resources. Thus, accounting records have
traditionally provided evidence of an accountor’s stewardship of the owners’ resources.
As I will note this is particularly relevant in the taxation and death duties context
(Carnegie 1994:16-17). Thirdly, whilst I do not expand on this point, it may be noted
that accounting practices assist pastoral communities by lubricating barter in isolated
settlements and thus assisting pastoral expansion (Carnegie 1994:20).
252 MALCOLM VOYCE

owner.8 ”

This fairly standard explanation of tenure, estates and successive interests for
my purposes needs to be supplemented by an explanation of trusts.
The essence of a trust is the notion that the trustee is the legal owner of property
and that the real or beneficial owner is the beneficiary. Thus the essential feature of
a trust is that the formal or “titular interest” in the property is vested in a nominee (or
trustee) whose duty it is to protect the beneficial enjoyment of the person or persons
who holds the beneficial interest under the trust (Gray 1993). Trusts were versatile
devices because it meant that the founder of the trust could play a range of tricks with
three particular aspects of property ownership: nominal title, benefit, and control
(Moffat, Bean and Dewar 1994:5).
Legal doctrine is not neutral in the sense that it has instrumental aspects. The
liberal idea of property makes a difference between legal subjects (persons) who are
equal before the law and objects which can be owned (things) and conceptualized as
being distinct from them. Subjects are equal but the distribution of assets is not
(Cotterrell 1987:22). In particular the founder or controller of the trust9 may interfere
with the trust at his will or that the trustee may control the property in his discretion.
While the trust property may float in suspension it is nevertheless controlled by those
who exercise power.
The trust device makes it clear who owns property. This is explicitly recognised
by law. In this way the trust enables the concentration and preservation of capital and
the power and security of those who have legal ownership (Cotterrell 1987:85).
Cotterrell argues that the legal doctrine of property is important not only for
what it expresses but also for its silences. In the trust realm the notion of property
avoids certain features of social life. Thus he argues the idea of private power is
banished. Thus the device of the trust initially developed to protect the property of
knights on crusades later made it possible for English law to recognise many forms of
property ownership without attracting the technical and ideological conflicts centred
on the doctrine of corporate personality in continental legal systems (Maitland 1936).
In essence the trust device and the subsequent development of the life estates enables
those who have control (the trustees) to exert private power or to use Hale’s term
“private government” (Duxbury 1990).
To illustrate the role of trusts I discuss several forms it took in rural societies,
viz the strict settlement in England in the nineteenth century, and recent usages of
trusts in rural Australia.

(b) Strict Settlements


Wealthy families in England developed over the centuries a particular form of
the trust device called the “strict settlement” to keep family property intact in the
hands of successive oldest sons. Its principal aim was to inhibit any disposal of
family estates by the heirs out of the family. The strict settlement has been simply
described as a complicated series of life estates which could be set up at any one time,
254 MALCOLM VOYCE

(c) Recent usages of trusts


The advantage of family trusts (whether they be inter vivos, testamentary trusts
or life estates) are usually seen to minimise tax. However, the other advantage is they
allow control to protect the estate against what may be seen as the extravagant claims
of widows/widowers or infant children. At the same time the estate is protected
against the possibility that “family property” may be disputed by the consequences of
divorce.
Most legal practitioners claim that family trusts are set up when relationships
are stable and the reason for setting up trusts is to save income taxation. Kennedy
argues “it is rare for a trust instrument to be designed for the purpose of defeating the
property provisions of the Family Law Act” (Kennedy 1996:125).
With increased pressure for profits and competition the law profession is ever
seeking new skills to sell. On top of the well known tax minimisation reasons, solicitors
advocate the use of trusts to help retain the “farm in the family” or “keep the business”
in the family or in effect to help retain the lion’s share of the property for the male.
Many practitioners understand that awarding a “fair” or at least reasonable share of
the farm or business to a female will ruin the chances of male continuity of the farm
or business.
The role of lawyers is not merely to sell a particular product. Legal products are
not neutral but have ideological consequences. Legal advice therefore “retails ideology”
and fits clients into a particular view of social life (Sugerman 1993:291). Thus farming
relationships or business families are moulded by the very technical apparatus lawyers
choose to sell.
Given the perception that life estates are problematic and with the rising rate of
divorce, solicitors have recently stressed the need for family trusts. Family trusts
have also become attractive as they may (in some states) be set up in the rural context
without the payment of stamp duty. Solicitors in Western Australia have become
especially aggressive in selling family trusts on the basis that it will ‘save’ the family
farm.
Normally it is the male in the family who consults the lawyer. Male lawyers
who make up the majority of lawyers in rural areas readily appreciate the needs of
male patriarchy and the fears of men in “losing their farms”. At the same time, women
in rural areas find it difficult in firstly, finding a women solicitor and, secondly, one
that does not make “value judgements about women based on their own personal
values” (Australian Law Reform Commission 1993).

4. THE ROLE OF LIFE ESTATES

(a) Introduction
The traditional approach is that the husband and wife in their wills create life
estates for the benefit of their respective survivor (often called “reciprocal will”). A
life estate in the estate planning context is usually created through a will.13 Thus the
256 MALCOLM VOYCE

adverse circumstances a surviving spouse may be awarded by a judge to receive all of


the life estate (de Groot 1993:64).
Thirdly, there is the problem to conclusively demarcate as to what constitutes
income and what constitutes capital. While this problem may be overcome with the
provision of a clause in the will to apportion capital and income, the problem of
family tension may remain.

(d) The Rights and Responsibilities of Co-owners


Under the rules of trusts as regards life estates, there are differing rights and
responsibilities for the co-owners or successive beneficiaries. A life tenant is entitled,
during the continuance of the life estate, to possession and enjoyment of the asset.
Upon the death of the life tenant the remainderman is entitled to the property. As the
duration of the life estate is uncertain, the law encourages the life tenant to cultivate
the land by giving the life tenant a right to emblements. Under the law on emblements
remainderman can enter the life estate after it has come to an end and reap the crops
the life tenant has sown. The rule on emblements only applies to crops which are
ready to harvest within twelve months. Emblements do not include the right to pick
fruit from trees (Butt 1996:140-141).
A life tenant is liable for voluntary waste.18 This amounts to some positive act
of injury to the property by diminishing its value for the person next in succession.
However, a tenant is not liable for permissive waste which involves passively allowing
the property to fall into disrepair. A tenant is not liable for permissive waste unless
the instrument creating a life tenancy imposes an obligation to repair (Butt 1996:144;
Rowland and Tamsitt 1994:209). The law of waste provides an inadequate basis for
the proposed adjustment of life tenants and remaindermen. Thus without a specific
clause to cover repair, a life tenant is not accountable if the house or farm falls into a
dilapidated condition or is left uncultivated (Butt 1997:144).
Where the life estate is money, the life tenant is entitled to the interest from the
money. Thus, should a life estate consist of annuities they should be apportioned
between capital and income.19
A considerable body of law exists concerning the obligation of the life tenant to
keep the land and buildings in reasonable repair (Butt 1996: Chapter 10; Ford and
Lee 1995 #11260). Well drafted wills thus contain details on who is responsible for
outgoings. It is a well established principle that the life tenant must maintain the
same value of stock of trade as the life tenant received (Jacobs 1997:537 and 541).
Moreover, all outgoings of a recurrent nature (such as rates and income taxes) which
relate broadly to the property and benefit the life tenant must be paid out of income,
while those outgoings which benefit the estate as a whole (such as investment advice)
must be borne by the capital (Moffat, Bean and Dewar 1994:373).
The widow/er may need a certain standard of living but may be saddled with
repair covenants. This may be highly unfair if a widow/er has extensive property to be
maintained. A separate fund may be established for this purpose on farms or businesses
where surviving spouses have maintenance obligations. It is also advisable for the
258 MALCOLM VOYCE

was given off or separated by a fixed source and became available for consumption
without depletion of the source (Strathen 1910).
This principle can be seen in Hassell v Perpetual Executors Trustees and Agency
Co Ltd (1952) 86 CLR 513. In this case a farmer left the income of his estate to his
wife for her lifetime, with the stipulation that on her death the capital was to go to
residuary legatees. The farmer died on 26 September 1950. Included in his estate
were a large number of sheep which were shorn shortly after his death. The wool was
sold for 20,095 pounds in November 1950. The court held that the whole sum was
income to which the life tenant was entitled.
The Full Court held at p 523-524:
The reason why the proceeds of wool shorn and lambs dropped are brought into
the accounts of a business as revenue items is to be found in the character in
which wool and the lambs come into existence as independent subjects of
property. They come into existence, by severance in the case of wool and by
birth in the case of lambs, as produce of the sheep from which they are derived,
and, like crops of grain and fruit, they belong to that class of produce which is
periodically detached and radically recurs: they are, by their very nature, a
profit.

This case illustrates that certain objects (here sheep or stock) are regarded as
capital and other objects (wool in this case) are income.
By contrast casual, sporadic or unexpected gains or gifts did not fit the concept
of income as they appeared to be the result of good luck. Lacking a continuing source
such as a farm business, they could not be expected to occur at regular intervals. A
provident man would therefore regard them differently than income, so consequently
they would not be available for ordinary consumption. Capital gains thus included all
unexpected receipts (Seltzer 1951:25).
The origin of the concept of the distinction between capital and income can be
traced back to the practice of entailing landed estates in eighteenth century England.
The courts in the eighteenth century had to decide the ramifications of this distinction.
These courts decided that the income of the estate belonged to the life tenant but that
the life tenant did not have a right to spend the capital. They took the view that the
capital was the land and the income was the annual harvest because the life tenant
could dispose of the annual harvest without affecting the physical existence of the
land (Flower 1974:85, Seltzer 1951).
Over the next two hundred years subsequent to the development of strict
settlement, different forms of wealth developed such as securities and bonds (Langbein
1988). The courts applied the same principles to these as they had to land. Thus the
factor to be maintained was the bond itself, not the money value. The rise and fall of
the bond in the market did not change the character of the bond. Under this view,
should the bond be sold (at perhaps a profit) the entire proceeds of the sale retained
the character of the original capital assets, as did any assets acquired with the money;
any increase in the value was capital. The life tenant had no right to it as the increase
260 MALCOLM VOYCE

services and implement accrual-based double entry accounting systems with an


emphasis on periodic production of profit and loss accounts and balance sheets.
Frequently, accountants successfully sold these services to pastoralists on the basis
that such services were needed for the determination and collection of death duties
(Carnegie 1995:13).
Thus by the 1870s it had become necessary for pastoralists to employ accountants
(Carnegie 1995:23) following the pressure of statutory requirements and the pressure
of banks.
The duties of trustees as regards life estates have been indicated. It is clear from
1900 that the accounting professions were involved in estate management and saw it
as a fruitful area of work. Accountants were also involved in deceased estates as they
were after the introduction of death duties required to produce valuations for probate
(Carnegie 1994:240). The necessity of valuing assets and liabilities to help collect
government revenue provided a convenient and reliable means for professional
accountants to implement double entry, accrual based accounting systems to replace
personalized ledgers previously kept by station owners (Carnegie 1994:241 and 268;
1993:210 and 216; Oehr 1899).

(i) Evidence of early accounting practices


In an article in the Public Accountant journal entitled The Accounts of Sheep
Stations Managed by Trustee in 1922, Hungerford argues it is impossible to be sure
that apportionment between capital and income is correct (Hungerford 1922:296).
In his article Hungerford details the various types of ledgers which farmers
utilized, such as cash books covering stores, petty cash, wages, shearing and paddock
holdings. He recommended that where the station is controlled by trustees that the
appropriate books be kept in the public accountants office (Hungerford 1922:280).
As regards stock valuations he states that these are done yearly as the information is
needed for tax purposes. In particular the article describes the accounts of stations
run by trustees. He argues that:
Where an Accountant’s services are most often called in is where the estate is
settled in trust for the tenant for life, with remainder to others. He should be
particularly on his guard in making up the accounts, against adjusting them
too much in favour of the tenant for life. The temptation to do so is very great.
The tenant for life is on the spot, and expresses himself vigorously if he conceives
himself injured, and his hostility might be injurious to an Accountant’s
professional success. On the other hand the remainderman is absent, perhaps
unascertained, and as the injury to him is comparatively remote he does not
trouble to enquire about it at once. Moreover, his silence is not acquiescence,
as it might be in the case of a tenant for life. He need not complain until he
comes into his kingdom.
Consequently an Accountant should make it a point of professional honour to
protect the remainderman. He should decide in his favour when there is a doubt.
In doing so he will only discharge his duty to his real employer - the Trustee. If
262 MALCOLM VOYCE

particular application of capital and income as regards the life tenant and remainderman
took a different perspective compared with accountants and economists. Furthermore
the income/capital division in rural Australia as my case analysis shows courts endorsed
a particular interpretation of this doctrine.

(j) The case law treatment of station properties


I have referred to the body of law that trustees should allocate receipts or payments
to either an income or capital account. The decision on how to allocate such funds
produced a considerable number of cases where trustees sought court rulings on how
an allocation should be made or where a beneficiary challenged an allocation made
(Ford and Lee 1997#11250).
How payments should be apportioned in station properties as between life tenant
and remainderman has been said to involve, in the words of the leading text, “special
considerations”. Such problems, argues Jacobs, arise from the buying and selling of
stock, natural increment and the unexpected problems of drought, fire and flood (Jacobs
1997:540). The particular problem in the ‘station cases’ is the propriety of the use of
profits (income) to buy further stock and the retention of natural increment of stock to
the detriment of the life tenants (Jacobs 1997:540; Rydge 1928:150).
Why a distinction should be drawn between pastoral cases and any other industry
is not adequately justified in the cases. Arguing against the existence of such a
dichotomy, Kitto argued in 1930 that there should be no distinction between pastoral
cases and any other industry. “The contention is unsound that the general rule does
not apply to pastoral industry in New South Wales as a drought is normal in this
State”. Secondly, Kitto argued a life tenant is not an insurer that there was no rule in
an ordinary trust that a loss should be replaced out of the income of the remaining
investments.25
From the literature available on rural accountancy26 as well as from the legal
cases on life estates, I suggest yearly (seasonal) or periodical valuations were made of
stock to show stock losses and increases. Receipts were apportioned between life
tenant and remainderman by the trustees, in some cases on an ad hoc basis with no
rigid rules of income and capital between life tenant and remainderman and in some
cases according to settled legal principles (Carnegie 1994:142, 147, 170, Hungerford
1922).
Information of apportionment practices indicates a tendency towards the
remainderman. This tendency might not necessarily indicate a bias towards the male
farming son who might be the remainderman as the trustee might also be considering
the interests of daughters who might also be remaindermen. I will later show courts
endorse this practice by the rule of “prudent management”. This approach, as
Hungerford suggested, worked well for the interests of the remainderman as the
property could be built up to increase the value of the remainderman interest
(Hungerford 1922).
It was only natural that this informal system, given family strife over estates, be
contested in the courts. I therefore examine the cases.
264 MALCOLM VOYCE

widow, and left the remainder to the son and daughter. The will directed the trustees
to carry on this business as a pastoralist and directed that the profits should be shared
during the wife’s lifetime to his wife and son in equal shares (less the son’s managing
expenses). After the death of the wife the farm was to be sold and the proceeds divided
in equal shares between his son and his daughter, Molly Hudson, equally.
By the time the testator’s widow died (11 years after the testator died) the sheep
numbered 4,346. During this period the life tenant went without income so the estate
might be built up. The trustees attempted to apportion the increase in sheep to corpus
so they would be inherited by the remainderman. Those who stood to receive the
widow’s interest argued that the increase in sheep was an unrealised profit which was
built up at the expense of the life tenant and accordingly should be available to the
widow’s estate. The remaindermen contended that the increase was capital and should
be given to them.
The trustee’s livestock trading account for each year between the death of the
testator and the death of the widow showed the stock in hand at the end of each year
and their value against the costs of the station to reveal book profits for every year.31
These accounts were prepared after the death of the widow. Molly Hudson claimed a
half-share of the increase of the livestock up to the widow’s death.
The High Court ruled that while these accounts had been compiled in this fashion,
the trustee must be taken to intend the profits to be ascertained according to the
relevant business activity. The court held it was thus open to the trustees to determine
the appropriate method of accounting relevant to station properties. The testator, as a
person conversant with the manner in which pastoral businesses were generally carried
on it, had to be taken to have intended that the trustees adopted the normal rural
practice.32 As there was nothing in the will to indicate to the testator how profits
should be ascertained, it must be taken that he assumed that the accounts would be
ascertained by the conventional method in the industry and what income should be
distributed at any time. Following this approach the court held that the increase of
sheep belonged to capital and there was no justification for a claim by the life tenant
for book profits. The consequence was that the proceeds of the increase of the sheep
went to the remainderman and not the life tenant.
The approach of the High Court sits oddly with the annual harvest theory and a
decision a year later by the High Court decided that surplus tin should be profit for the
life tenant (Kelly v Perpetual Trustees Ltd).33 Further in a important sense McBride v
Hudson dispenses with approval of any method of calculation referring the matter to
be resolved by the intention of the testator. The results of this approach is that the
court endorses the practice of farmers with its patriarchal implications. The
implications are that pastoral trustees may utilise their discretions here to use fully
the legal distinctions between life tenant and remainder to the advantage of the
remainderman. Should later decisions follow the McBride approach and regard, in
the absence of express provisions, stock increases as capital for the remaindermen,
this will decrease the living style of the life tenant.
Thus, where wills are drawn not sufficiently widely to give powers to the trustees
266 MALCOLM VOYCE
268 MALCOLM VOYCE
Notas
1 Denoon 1983 and 1995 interprets “settler capitalism” to describe a mode of production in settler societies in
the southern hemisphere during the nineteenth century to 1914.
2 I follow Rose and Miller (1992:180) here in adopting this term from Callon and Latour. See Callon 1986 and
Callon and Latour 1981.
3 I draw here on Alexander who argues that “categorical ordering”, developed in late nineteenth century thought,
created the process of deferring boundaries where specific categories within which substantive legal concepts
could operate (expand Alexander 1987:305-6)
4 For a review of the debate on capitalism and private property, see Rubin and Sugerman 1994.
5 See the change in census figures to disguise women’s work on farms (Deacon 1985), the cases from the
Industrial Wage Commission which saw the male as the breadwinner and the female as a dependant (Graycar
1990:84-91) and the treatment of war widows (Blackmore 1994:289-292).
6 Ideas of property based on the notion developed by William of Ocham who distinguished the difference
between the faculty “of using a thing” from the right to a thing. See Tierney 1988, Adams 1990, Coleman
1985 and McGrade 1980.
7 On Locke see Arblaster 1980:26.
8 Wik Peoples v Queensland (1996) 141 ALR at 156.
9 The controller of the trust is usually the trustee but in some forms of trusts settler’s may retain some control as
advisory trustees.
10 It is not my intention here outline in great detail the strict settlement. For references see references in Baker
1990:335-36 and Sugerman and Rubin 1984.
11 In later times trusts for sale because more popular as an alternative to strict settlements (Butt 1996:210).
12 See Atherton 1993:103-6 for a few isolated examples.
13 Butt 1996 says that in modern Australian property law, the life estate occurs predominantly as the creation of
a will (Butt 1996:133). Life estates may however be created inter vivos.
14 There are two varieties of life estate. The estate for the life of the grantee (‘an ordinary life estate’ and the
estate for the life of another (an estate ‘per autre vie’ (Butt 1996:133).
15 A life estate could determine on the happening of any specified event such as death of the life tenant, remarriage,
entering into a defacto relationship or the happening of some other event such as children turning 25 years. In
particular circumstances the life estate can be extinguished by an agreement between the life tenant and the
remainderman. See the rule in Saunders v Vautier.
16 The term estate denotes the right of seisin (possession) to the land. An estate is a ‘thing’ separate from the
land itself. This is possible because under feudal theory the tenant does not own the land, he holds it from his
lord but he does own the estate in the land.
17 Rowland and Tamsitt 1994:208, de Groot 1993:38 and Dickey 1990:120.
18 See Cartwright: Avis v Newman (1889) 41 Ch.D 532. A tenant is not liable for permissive waste. He/she
may accordingly allow the property to deteriorate and the court will have no jurisdiction to interfere or make
an order charging the cost of the repairs against capital (see Re De Teislsier’s Settled Estates [1893] 1 CLD
153, Poweys v Blagrave [1854] 69 ER 210. The trustees cannot interfere with the possession of a life tenant
merely because he or she fails to keep the property in repair unless he or she is committing voluntary waste,
that is the state of disrepair that arises from acts of commission by the life tenant, not acts of omission.
19 Ford and Lee argue such annuities should be apportioned according to the rule in Re Chesterfield’s Trusts
(1883) 24 ChD 643; see Ford and Lee 1995 #1120-1230.
20 A recent reformulation of the balancing of capital and income was discussed in Nestle v Westminster Bank P/
C. In this case, Hoffman J saw the approach of modern portfolio theory as being a desirable investment strategy
for trustees (Ford and Lee 1995: #10370:26; Dal Pont 1996).
21 See the precedent suggested in Rowland and Tamsitt 1994:288. An appropriately drawn clause will also
negative the rule in Howe v Lord Dartmouth that wasting reversionary or hazardous assets be converted.
22 For a discussion of the introduction of death duties and income tax in Australia see Smith 1993 and Carnegie
1994:43.
23 (1963) 107 CLR 604. For earlier cases see Thornley v Boyd (1925) 36 CLR 526 and Ritchie v Trustees
Executors and Agency Co Ltd (1951) 84 CLR 553.
24 See Lee for an outline of the debate within accounting circles which he identifies as two alternative capital
274 ROSALBA ALESSI

En resumidas cuentas, el encuentro de estos días representa la continuación


del debate que pusimos en marcha hace unos años y creo que nuestro V Congreso
contribuirá a un posible salto cualitativo en nuestra reflexión, que ya se encuentra
bastante avanzada.
2. Desarrollo sostenible y valores alternativos. La definición de desarrollo
sostenible que acabo de recordar, desde luego, se vincula inmediatamente al tema del
medio ambiente y de su conservación. Pero no sólo a eso. Cuando hablamos de
desarrollo “que satisface las necesidades del presente” sin perjudicar el futuro y las
necesidades de las generaciones futuras, en realidad pensamos en un desarrollo que,
si bien debe tener en cuenta las compatibilidades, diría yo tradicionales, con las reglas
del mercado, debe someterse, adaptarse, a nuevas compatibilidades, debe tener en
cuenta unos valores fundamentales, no sólo el medio ambiente, sino, más en general,
a la persona. Un desarrollo, en suma, que debe corregir algunos de sus presupuestos,
que debe establecer nuevas reglas para intentar conseguir estos objetivos y respetar
unos valores que, sin embargo, tradicionalmente han sido alternativos respecto a los
del crecimiento económico, de la acumulación, del provecho.
Aun deteniéndonos a examinar un aspecto específico, es decir el de la relación
entre desarrollo sostenible y conservación del medio ambiente, encontramos signifi-
cativas pruebas en este sentido.
Antes que nada, apenas merece la pena recordar que “medio ambiente” no es
solamente el agua, sino también el aire, la tierra, el paisaje en sus componentes ya
sean físicos o culturales ; “medio ambiente” es, por lo tanto, una expresión amplia,
que comprende más de una unidad, que se extiende hasta incluir elementos no
identificables en sentido material, que, sin embargo, contribuyen a formar, junto a los
elementos materiales y naturales, la identidad de un pueblo, de un lugar, de una
colectividad organizada en un territorio. El núcleo es, por lo tanto, la naturaleza,
pero también la gente, la persona humana en sus relaciones con el medio ambiente.
La legislación de esta última década , sobre todo la que ha solicitado la Unión
Europea, es bastante significativa en este sentido. Una política para el medio ambien-
te, para ser eficaz, debe tener en cuenta el medio ambiente como valor, el medio
ambiente como resultado de múltiples conjuntos de relaciones que éste es susceptible
de establecer con la persona.
Esto explica por qué no es posible pensar en un único y particular “sector” del
derecho que se ocupe del desarrollo sostenible o simplemente del medio ambiente.
Las políticas para el medio ambiente han manifestado una fuerte capacidad de
expansión: la intervención, en otras palabras, para ser eficaz, debe tener un carácter
transversal en el sentido de que la defensa del medio ambiente debe convertirse en
objetivo de la ley penal así como de la civil, del derecho agrario así como del derecho
industrial o del derecho marítimo.
Pero al mismo tiempo y más en general, como he dicho, acoger este “valor”
que llamamos medio ambiente, con sus fuertes vínculos con el valor de la persona,
significa empezar a razonar de manera distinta y, por lo tanto, empezar a tener en
cuenta la protección del medio ambiente y el respeto de la persona, como objetivos
276 ROSALBA ALESSI

en la que vivimos es la de la globalización y la de la integración. Todos los aspectos de


la vida sufren las consecuencias de ello, pero, los que nos interesan en este momento
son la economía y los intercambios comerciales.
Todos ustedes conocen bien la historia, pasada y reciente, de la Unión Europea.
La experiencia de la Comunidad Económica Europea y hoy de la Unión Europea es
del todo especial, en el sentido de que, sobre todo después del Tratado de Maastricht,
los Estados Europeos están realizando un proceso de considerable integración. Este
proceso dará un paso decisivo con la creación de la moneda única europea, a partir de
1999.
Sin embargo, los países latinoamericanos están viviendo un proceso bastante
parecido, el del Mercosur -, el Mercado Común del Sur, instituido con el Tratado de
Asunción del 26 de marzo de 1991, que vincula Brasil, Argentina, Paraguay y Uruguay,
y en el que participan, como países asociados, Bolivia y Chile.
Los sucesos recientes, y los que se pueden prever, siguen evidenciando una
cierta distancia entre la creación de la Unión Europea y la experiencia del Mercosur.
Sin embargo, desde que se ha abierto el camino para la creación del Mercado Común
entre los países del Mercosur, y después del Protocolo de Ouro Preto, esta distancia se
ha acortado y, en la experiencia de ustedes, se han actualizado unos problemas que ya,
en gran parte, hemos tenido que afrontar en Europa.
No considero necesario analizar ahora los problemas que los países
latinoamericanos y los europeos deben afrontar para completar, en sus recíprocos
continentes, el proceso de integración entre los estados y sus economías. Sin embargo
quiero subrayar el significado de estos procesos de integración y las consecuencias
que de ellos se derivan, refiriéndome especialmente a nuestro tema.
Ambas experiencias reposan, antes que nada, sobre un elemento que puede
parecer superfluo recordar: me refiero a la cada vez más fuerte internacionalización
de los intercambios que impone políticas de cooperación y acuerdos comerciales entre
los Países, especialmente cuando éstos están interesados en actuar en las mismas
áreas de mercado y, sobre todo, en presencia de un Mercado Común o, incluso, Único.
A causa de este dato de carácter general se producen consecuencias más específicas
en el campo jurídico. Los operadores económicos necesitan reglas comunes para la
organización de sus relaciones y, sobre todo, necesitan disciplinas parecidas en el
ámbito de los mercados nacionales en los que van a actuar. Cuanto más fuertes se
hacen las relaciones comerciales entre los Estados y sus empresarios, más se siente la
exigencia de procesos de acercamiento de las legislaciones; por otra parte, cuanto
más avanzada sea la elaboración de reglas uniformes o, por lo menos, la tendente
asimilación del derecho de los diferentes Países, más fáciles serán los intercambios y,
por lo tanto, el proceso de integración en el ámbito comercial.
La necesidad de hacer más fuertes y más competitivas las economías de los
Países de cada área en las relaciones internacionales empuja, por lo tanto, hacia la
creación de organizaciones Comunes de Mercado; en resumidas cuentas, se refuerza
la idea de la integración sobre una base regional y ella exige inmediatamente un
cambio también en el ámbito jurídico.
278 ROSALBA ALESSI

una intervención más enérgica, por lo menos dirigida a atenuar los desequilibrios
sociales entre las diferentes áreas europeas. De ahí que se dedique más atención a los
problemas de la formación y de la ocupación, de la igualdad de oportunidades entre
hombres y mujeres, a la cuestión de la protección del medio ambiente y de los bienes
culturales y, especialmente, a la defensa del consumidor. Recordemos la importancia
que ha tenido en Europa la elaboración de la disciplina de la defensa del consumidor
a propósito de los daños originados por los productos defectuosos, una disciplina que
ha sido acompañada por un conjunto más amplio y complejo de intervenciones en
materia de fabricación, de etiquetas, comercialización y propaganda de los productos
mismos, ya sea en general, ya sea en relación con su naturaleza o su destino: me
refiero a los productos para niños y en concreto a los juguetes o a las medicinas.
Todas estas intervenciones - que acabo de recordar brevemente - tienen un
elemento común : contribuyen todas a corregir las reglas de organización de la actividad
económica y el funcionamiento del mercado, exigiéndole al desarrollo económico que
busque y encuentre nuevas compatibilidades con otros valores : igualdad, protección
de categorías débiles, respeto al medio ambiente y a la salud de la persona. Un cambio
que se dirige al mercado pero también a sus operadores y, por tanto, a las empresas.
En definitiva, los procesos de integración no son, no pueden ser, diría yo casi
por su naturaleza, solamente procesos económicos. Recordemos que ya en el Tratado
de Roma de 1957, la finalidad de la realización del mercado común no es únicamente
la del desarrollo económico sino la del crecimiento social. Este objetivo se ha ido
fortaleciendo cada vez más, como testimonia la reforma llevada a cabo con el Tratado
de Maastricht. El bienestar de las pueblos está entre los objetivos principales del
Tratado de Asunción.
Por una parte, la reflexión sobre qué significa, desde el punto de vista jurídi-
co, “desarrollo sostenible” debe tener en cuenta la tendencia ya universal hacia la
formación de mercados regionales ; por otra parte, la búsqueda de un “desarrollo
sostenible”, como desarrollo compatible con los valores de la persona y del medio
ambiente, representa, lo podemos afirmar con certeza, el verdadero gran reto con el
que deben medirse los actuales procesos de integración regional. Finalmente, la
integración y la posibilidad de tomar grandes decisiones en el ámbito supranacional
puede ser una premisa importantísima y utilísima para empezar a pensar en un
desarrollo sostenible y poder realizarlo.
Esto hace que se acerquen nuestras diferentes experiencias. La integración
europea tiene desde luego una historia más antigua y compleja ; el Mercosur tiene
una historia más reciente y un recorrido parcialmente diferente. Creo, sin embargo,
que se está acercando mucho al modelo Europeo y que, es previsible, que la integración
de los Países latinoamericanos se desarrolle de manera muy parecida a la de los países
europeos. Me refiero tanto a los contenidos como al método. Recordemos la importancia
del Protocolo de Ouro Preto del 17 de diciembre de 1994 que ha contribuido a definir
cumplidamente la estructura institucional del Mercosur, según un modelo muy cercano
al europeo. Por otra parte, es suficiente recordar los trabajos del Comité Técnico de
Defensa del Consumidor de la Comisión de Comercio del Mercosur y el reglamento
280 ROSALBA ALESSI

las legislaciones. El proceso de armonización de los derechos europeos, como ustedes


ya saben , se cumple hoy sobre todo a través de la aplicación del artículo 100A del
Tratado de Maastricht, que permite al Consejo, tras la propuesta de la Comisión, y
previo parecer del Parlamento Europeo, la adopción, por mayoría cualificada y no por
unanimidad, de “medidas relativas al acercamiento de las disposiciones legislativas
reglamentarias y administrativas de los Países miembros que tienen como objeto la
instauración y el funcionamiento del mercado interno”. El instrumento principal sigue
siendo, por lo tanto, la adopción de directivas, que, como ustedes saben, deben ser
acogidas, en cuanto a los objetivos, por los Países miembros, como un acto interno,
legislativo o administrativo. Pero la reforma realizada por el Tratado de Maastricht,
con el mencionado art. 100A, no sólo ha hecho más rápido el procedimiento, sino que
ha librado el poder de adopción de las directivas de los ámbitos de intervención que le
corresponden a la Comunidad y que en cada momento se refieren a las materias y a
los sectores competentes. La armonización de las legislaciones, en todos los sectores
de disciplina de alguna manera implicados en la realización del Mercado Unico,
constituye por sí misma, tarea y poder, de las instituciones de la Comunidad.
Paralelamente, la armonización de las legislaciones es objetivo cada vez más
actual en la experiencia del Mercosur, como se subraya también en el Protocolo de
Ouro Preto. En este caso se trata de un camino que acaba de emprenderse; por el
contrario, en la Unión Europea esta intervención, en estos años, se ha vuelto mucho
más frecuente y eficaz. Los avances de la jurisprudencia del Tribunal de Justicia y,
por lo tanto, de los Tribunales internos han sido muy significativos antes que nada
porque han fortalecido la responsabilidad de los Países miembros en la recepción de
las directivas. Sin embargo, justo el protocolo de Ouro Preto demuestra que el
acercamiento de las legislaciones puede llegar a ser objetivo primario dentro del
Mercosur. Desde este punto de vista, creo que habrá que reforzar el papel de la Comisión
Parlamentaria Conjunta, no solamente porque ésta tiene que, según el párrafo 25 de
la sección 4, “coadyuvar en la armonización de las legislaciones”, sino porque este
organismo, por su naturaleza de organismo “representativo de los Parlamentos de los
Países miembros”, tendría que ser la sede de la comparación entre los distintos
ordenamientos que hay que acercar.
El segundo dato que queremos destacar es, pues, la importancia y el
crecimiento de la armonización entre los derechos, y por consiguiente, el creciente
acercamiento de los institutos y de las reglas jurídicas en los diferentes ordenamientos.
Este acercamiento, esta armonización, son una fase necesaria y esencial de un proceso
de integración, pero son, a la vez, premisas fundamentales para un cambio del mode-
lo de desarrollo. Un desarrollo respetuoso de los recursos naturales, del medio ambi-
ente y de la persona necesita nuevas reglas parecidas o incluso comunes que gobiernen
los procesos económicos y sociales, ya sea en el interior de cada Mercado regional, ya
sea en las relaciones existentes entre ellos.
3.2. El contexto externo a la empresa. Gobierno de los mercados integrados y
valores emergentes. Hasta ahora hemos hablado del cambio de las fuentes y del
acercamiento de las legislaciones, es decir de los cambios de la manera en la que
282 ROSALBA ALESSI

favorecer las concentraciones y la formación de posiciones dominantes. No es una


casualidad que una de las más constantes y decisivas intervenciones de la Comunidad
europea se haya dirigido y siga dirigiéndose a las llamadas políticas antitrust, desti-
nadas a un control constante del mercado y a contrastar la formación de acuerdos y
comportamientos que perjudiquen la competencia. En resumidas cuentas, la lex
mercatoria, en un mercado abierto y libre, sería la ley de los operadores más fuertes.
Aun manteniendo el punto de vista de los operadores comerciales y de las llamadas
razones de mercado - sin tener en cuenta por lo tanto ni intereses antagónicos, como
los de los consumidores, ni intervenciones públicas inspiradas por ejemplo en objeti-
vos de política social - no creo que las normas comunes de un mercado libre, integra-
do y eficiente, puedan ser las que se afirmen en el mercado mismo.
En suma, no es tan cierto que la generalización de las reglas procedentes de
la práctica de las relaciones comerciales sea la respuesta más segura para un buen
funcionamiento del mercado. Y, además, no podemos reducir los procesos de
integración al objetivo de “racionalizar el mercado”. Es justo éste el riesgo, que
determinaría por principio el abandono del objetivo del desarrollo sostenible.
Unión Europea y Mercosur nacen y se desarrollan, como he recordado repe-
tidas veces, con objetivos mucho más amplios y no tienden a realizar sólo una
integración de carácter económico. Si tenemos en cuenta estos objetivos, si pensamos
en el reto del desarrollo sostenible, comprendemos que el proceso de armonización o
de unificación, en definitiva, debe sustentarse en la elección de unos objetivos y en la
selección o el respeto de unos intereses; y, por eso, debe ser un proceso que respete la
libertad del mercado, y que sea, a la vez, “guiado”.
Desarrollo sostenible y desarrollo ecocompatible son objetivos que imponen
a los procesos de integración precisas elecciones de valor y por tanto requieren un
cambio de contenido en la disciplina jurídica. La armonización entre los derechos no
puede realizarse en el sentido de acercarlos a una general lex mercatoria, porque de
esa manera entraría en contraste con objetivos de desarrollo sostenible.
¿Podemos decir que Unión Europea y Mercosur han realizado o están reali-
zando estas elecciones ?
Yo creo que este camino es largo y difícil ; pero no creo que debamos ser
pesimistas.
Quisiera recordar que uno de los sectores en los que la Unión Europea ha
hecho el mayor esfuerzo de acercamiento de las legislaciones es el que atañe a la
protección de los consumidores. No me refiero solamente a la famosa Directiva sobre
la responsabilidad de los productores a propósito del perjuicio provocado por productos
defectuosos. Me refiero al naciente derecho europeo de los contratos que afecta espe-
cialmente y casi exclusivamente a los contratos estipulados con los consumidores (las
llamadas cláusulas abusivas, etc.) y, en general, a toda la disciplina de control y de
orientación de las actividades de producción de bienes y servicios, que tiende a regu-
lar su calidad. También en el ámbito del Mercosur existen ya unas reglas comunes,
por ejemplo en el área de la defensa fitosanitaria y en general de la calidad de los
productos, especialmente agrícolas ; los Estados miembros además están preparando
284 ROSALBA ALESSI

está en fase avanzada de elaboración en América Latina y que ha afectado antes que
nada a los productos agrícolas, como los productos alimenticios, en resumidas cuentas
representa el aspecto de un cambio más global en la disciplina del mercado y de las
empresas, que tiende a afectar a la manera misma de producir y de estar en el merca-
do. El consumidor, desde este punto de vista, es uno de los garantes del respeto de este
cambio.
4. Las consecuencias en la disciplina de la empresa : a) la responsabilidad
del empresario y especialmente del empresario agrícola. Todo esto, pues, solicita unos
cambios en la manera de actuar de la empresa. Veamos detalladamente la situación de
la empresa agrícola. El art. 2137 del código civil italiano afirma : “El empresario,
aunque ejerza su actividad empresarial en un fondo ajeno, está sometido a los deberes
establecidos por la ley... que conciernen el ejercicio de la agricultura”. Esta norma,
que vuelve a proponer para la empresa agrícola reglas y deberes previstos para el
empresario en general, obviamente ha adquirido un significado diferente después de
la entrada en vigor de la Constitución republicana. La intervención pública, en gene-
ral, a propósito de la iniciativa económica privada, queda confiada fundamentalmen-
te por el art. 41 de la Constitución a instrumentos de “orientación”, programas, in-
centivos, mientras que los “límites”, positivos y negativos, se justifican sólo para la
tutela de aquellos derechos fundamentales del segundo apartado.
En esta marco la actividad agrícola seguramente ha sido destinataria de nor-
mas que han previsto deberes, prohibiciones, controles, sobre todo de carácter sanitario,
pero según una línea de tendencia que ha afectado en general a toda la producción,
aunque no agrícola, en relación con sus características, su nivel de peligrosidad, su
destino (productos alimenticios, productos farmacéuticos, etc.).
El problema de la responsabilidad del empresario agrícola pareció evidenciarse
sobre todo cuando se hizo actual la búsqueda de instrumentos más eficaces de tutela
del consumidor, en el caso de perjuicios provocados por productos. La directiva de la
CEE n. 374 de 1985, como se sabe, ha previsto un nivel mínimo adecuado de tutela a
realizar dentro de cada Estado miembro y ha planteado el mecanismo de tutela según
la noción de “producto defectuoso”. Los Estados miembros tenían la libertad de elegir
si incluir o no “los productos agrícolas naturales y ... de la caza” entre aquellos para
los que se aplicaba ese régimen de responsabilidad ; y algunos de ellos, como Italia,
los han excluido. La distinción entre productos agrícolas no transformados y productos
sometidos a transformación o confección (incluidos en el régimen de responsabilidad),
volvía a proponer, en el art. 2 de nuestro d. P. R. n. 224 de 1988, una superada
contraposición entre modo de producción agrícola, por sí mismo seguro y respetuoso
de la salud, y el modo de producción industrial.
En realidad, la misma normativa europea inmediatamente ha corregido su
planteamiento y ha desmentido esta distinción, como demuestra ya la directiva de la
Seguridad de los productos, que no propone ninguna distinción entre los productos, y
como demuestra, sobre todo, la numerosa legislación en materia de confección,
embalaje, etc....
Podemos decir por lo tanto que la empresa agrícola participa plenamente del
286 ROSALBA ALESSI

un eficaz control y un eficaz régimen de responsabilidad, en defensa de un desarrollo


compatible.
5. Las consecuencias en la disciplina de la empresa : b) objeto y finalidad de
la actividad de la empresa agrícola. La perspectiva que he recordado, la que considera
la empresa responsable del respeto de algunas compatibilidades, es, por tanto, una
perspectiva general, que afecta a todas las empresas; sin embargo no es la única. La
línea de tendencia pertenece a una fase importante de la formación de un derecho
común de la integración, pero no podemos decir que se trate de una primera fase, a la
que se han añadido otras.
Una ulterior fase es, por ejemplo, la que tiende a fomentar, en el mercado, las
producciones compatibles con el medio ambiente. Pensemos por ejemplo en el
Reglamento n. 880 del Consejo del 23 de marzo de 1992, que instituye un sistema
comunitario de asignación de un sello de calidad ecológica, para productos que aseguren
un “elevado nivel de tutela del medio ambiente” y se basen en el uso de tecnologías
limpias, excluyendo, obviamente, los productos alimenticios y farmacéuticos.
Las fases sucesivas pueden ser descritas eficazmente considerando lo que
llamamos el paso de la defensa a la valoración del medio ambiente. El objetivo,
inicial, de la defensa, ha planteado el problema de la compatibilidad entre desarrollo
y medio ambiente y por lo tanto entre actividad productiva y medio ambiente,
expresándose, como hemos visto, a través de reglas de comportamiento y de
responsabilidad. En resumidas cuentas, se ha intentado establecer lo que la empresa
no debe hacer para que se respete al medio ambiente.
Sin embargo, la legislación europea ha progresado mucho: en cierto momento,
de hecho, se ha preguntado, en sentido positivo, qué puede hacer la empresa para respetar
y sobre todo valorar el medio ambiente. Y es evidente que este nuevo y más ambicioso
objetivo coloca la empresa agrícola en una posición particular y privilegiada.
El giro se ha cumplido, como sabemos, cuando Europa declaradamente ha
pasado a considerar al agricultor “guardián del medio ambiente”. El empresario agrí-
cola, como todos los demás empresarios, es responsable de la conservación del medio
ambiente, en el sentido de que debe producir sin contaminar, debe someterse a deberes
y límites. Pero, a diferencia de los demás, él actúa fundamentalmente en contacto con
el medio ambiente, organiza su actividad en contacto y a través de la explotación de
los recursos naturales y sobre todo en áreas rurales. Por lo tanto, de responsable del
respeto al medio ambiente, se convierte también en actor y protagonista de la
conservación y valoración de las áreas de valor ambiental.
La legislación europea, que puede ser considerada en esta nueva fase, es bas-
tante amplia y creo que es, en buena parte, bien conocida.
Sin embargo, tenemos que subrayar unos aspectos muy importantes para
comprender el sentido de lo que considero un verdadero giro.
Según una primera y superficial consideración, las intervenciones comunitarias
destinadas a promover un estrecho vínculo entre agricultura y medio ambiente
pertenecen al ámbito, más bien habitual, de las políticas de ayuda. Pensemos en el
reglamento n. 2078 del 30 de junio de 1992, relativo “a métodos de producción agrí-
288 ROSALBA ALESSI
290 ROSALBA ALESSI
FERNANDO PEDRO BREBBIA

292 Tampoco la doctrina ha dejado de señalar que el trabajo rural realizado en relación
de dependencia presenta características propias que lo diferencian claramente del
trabajo comercial o industrial, y estas diferencias, o “peculiaridades” como las llama
el español Bayón Chacón, explican que cada vez más se tienda a una legislación
diferenciada entre ambos. Ello se debe a la concentración del trabajo en talleres,
fabricas u oficinas bajo la dirección y vigilancia directa e inmediata del empleador o
por personal técnico, lo que contrasta con el trabajo rural realizado generalmente a
“cielo abierto”, en ambientes naturales, el campo, la llanura, las montañas, los bos-
ques, ríos y lagunas bajo la influencia y el rigor de acontecimientos climatéricos y de
las fuerzas naturales, lejos de centros poblados y del patrón o de capataces y por ellos
librados a la propia iniciativa del trabajador; el trabajo campesino es por lo demás
estacional ,intermitente y discontinuo por la periodicidad cíclica de las estaciones, y
fundamentalmente por imperio del ciclo biológico animal o vegetal que escapa a la
acción del hombre gobierna y domina la discontinuidad de las tareas provocando una
división natural del trabajo agrario en dos grandes categorías, modalidades que el
legislador no puede ignorar, según se trate de trabajos permanentes de la explotación
o bien de tareas cíclicas estacionales o accidentales, lo que impone reglas propias
para cada una de ellas. Esto hace pensar en la necesidad de una reglamentación
independiente que regule con arreglo a la realidad el funcionamiento de los institutos
tradicionales del derecho laboral, y como ha dicho Nápoli, cada tipo de contrato de
trabajo subordinado recoge la singularidad, la tipicidad y las notas características de
cada actividad laboral. Podría agregarse aun, que en lo que al trabajo rural respecta,
ha de tenerse en cuenta las diferencias notables que existen entre el contrato ortodoxo
reglado en la Argentina por el Regimen Nacional de Trabajo Agrario (R.N.T.A.) - ley
22.248 - pasando por los trabajos de cosechas, de zafra, hasta el polémico caso del
tambero que ha debido necesariamente ser reglado en normativas diferentes guardan-
do su individualidad.-
Las diferencias apuntadas ha tenido respuestas distintas tanto en el aspecto
doctrinario como en el legislativo, y debe apreciarse que ellas no son de ninguna
manera homogéneas, pues unos consideran que el trabajo rural no es más que una
especie del trabajo común que corresponde al ámbito natural del derecho del trabajo a
quién compete reglar toda relación de subordinación y dependencia, como lo sostienen
por ejemplo el jurista paraguayo Carlos Alberto González, el colombiano Vanin Tello,
o los venezolanos Ramón Duque Corredor y Alí José Venturini, entre otros . Por
nuestra parte hemos sostenido que el trabajo rural debe ser regulado por el derecho
agrario en cuanto en el está involucrada la organización de la empresa agraria y pasa
a ser un elemento de ella en tanto constituye “un contrato de empresa”, pues como lo
ha destacado hace tiempo Raúl Mugaburu el trabajo rural es un elemento esencial de
la explotación agropecuaria toda vez que la cuestión rural descansa en el concepto de
trabajo, y sin él decía, la legislación agraria no tendría razón de ser por cuanto la
tierra, por si misma, sin el trabajo rural carecería de todo interés para el legislador.
Por su parte Antonino Vivanco nos dice que el trabajo rural constituye un aspecto
fundamental de la actividad agraria y no es posible regular la producción sino fuera
FERNANDO PEDRO BREBBIA

se
294realiza mediante el contrato de trabajo típico.
Pero aparte de este dualismo legislativo y doctrinario existiría una tercera
posición que resulta en nuestra opinión absolutamente insostenible, no obstante
lo cual ha sido receptada en la “Convención sobre organización de trabajadores
rurales y su función en el desenvolvimiento social” por la Resolución Nº.141 de la
Organización Internacional del Trabajo que en su art.2 declara que “A los efectos
de esta Convención la expresión “trabajadores rurales” abraza a todas las personas
dedicadas en las regiones rurales a las tareas agrícolas o artesanales o en
ocupaciones similares o conexas, tanto se trate de asalariados . . . como las personas
que trabajen la tierra por cuenta propia, como arrendatarios, aparceros o pequeños
propietarios”, cuya principal fuente de renta sea la agricultura o que trabajen la
tierra por si mismas o con la ayuda de familiares, recurriendo ocasionalmente a
trabajadores.
No es necesario esgrimir demasiados argumentos para rechazar la inclusión en
la categoría jurídica de trabajadores rurales a aquellas personas que carecen de una
relación de subordinación y dependencia, como las mencionadas en la convención
antes citada que, por otra parte, tienen un vínculo contractual claramente no laboral,
y que en definitiva son empresarios o pequeños empresarios, los que a su vez
frecuentemente utilizan a personal asalariados comprendidos en las leyes laborales y
como tales son en rigor empleadores.
El trabajo rural ha sido regulado en la Argentina inicialmente en los viejos
códigos rurales provinciales, a partir del de la provincia de Buenos Aires sancionado
en 1865, y seguido posteriormente por las restantes provincias, y también en países
hermanos como en el Paraguay y en el Uruguay . En esos viejos códigos se definía al
“patrón rural” como aquel que contrata los servicios de una persona, en beneficio de
sus bienes rurales, y “al peón rural”, como el que los presta mediante cierto precio o
salario ( art.222 ) . Agregaba que el peón esta destinado o a desempeñar indistinta-
mente todos los trabajos generales, que la naturaleza del establecimiento exija o a
ejecutar algunos especiales, y más adelante se reglamentaba las modalidades del con-
trato, como por ejemplo, la clase y duración del trabajo, el salario o precio, el horario,
descanso, interrupción del trabajo etc., y ello es por cierto un mérito indiscutible de
estos antiguos textos.
Estos códigos rurales fueron anteriores a la sanción de la Constitución histórica
de 1853-60 y en tanto ella acordó al Congreso de la Nación la facultad exclusiva de
dictar la legislación de “fondo” contenida en los códigos civil o comercial, dejaron de
tener validez las normas relativas al contrato de trabajo rural a que hemos hecho
referencia.
Sancionada en los años 30’ la ley 11.729 que contenía normas reguladoras del
trabajo no comprendió más que la actividad comercial e industrial y por lo tanto se
excluyeron las actividades agrícolas y ganaderas, exclusión extensiva a los beneficios
derivados de la ley de accidentes del trabajo.
De este modo la legislación especifica del trabajo rural se concretó recien tiempo
después a través de la del denominado Estatuto del Peón de Campo (Decreto-Ley
FERNANDO PEDRO BREBBIA

296 La jurisprudencia ha tratado de armonizar ambos criterios y de este modo se ha


propuesto una solución ecléptica que consiste en examinar cada situación particular
sobre la base de que: 1) Las faenas deben realizarse indefectiblemente en medios
rurales; 2) Ellas deben ser permanentes, de naturaleza agrícola, ganadera o conexas,
y 3) Que la actividad principal no este regida por otro estatuto, exigencia esta última
que se explica ante la realidad jurídica y práctica argentina debido a la existencia de
otros estatutos , como por ejemplo el del “tambero mediero” que regla la explotación
del tambo en participación, o del “contratista de viñas y frutales”, ambos de difícil
caracterización pues tanto la doctrina como la jurisprudencia los han considerado a
veces de naturaleza asociativa, y en otras como una relación laboral atipica.
La ley vigente denominada “Regimen Nacional del Trabajo Agrario” (R.N.T.A.)
nos dice que “Habrá contrato de trabajo agrario cuando una persona física realizare
fuera del ámbito urbano, en relación de dependencia de otra persona, persiga esta o
no fines de lucro, tareas vinculadas principal o accesoriamente con la actividad agraria
en cualesquiera de sus especializaciones, tales como la agrícola, pecuaria, forestal,
avícola o apícola”, y agrega que “cuando existan dudas en razón del ámbito en que las
tareas se realizaren, se estará a la naturaleza de estas”. De esta definición legal
resulta que, salvo las excepciones contenidas en la ley, el trabajo debe ser realizado
fuera del ambito urbano, es decir en un medio rural, noción esta que por su difícil
caracterización ha sido complementada en la reglamentación que establece que se
considerará que se realizan fuera del ámbito urbano las tareas que se ejecutaren en un
medio que no contare con asentamiento edilicio intensivo, ni estuviere efectivamente
dividido en manzanas, solares o lotes destinados preferentemente a residencia y en el
que no se desarrollare en forma predominante actividades vinculadas a la industria,
el comercio, los servicios y la administración pública. Además la ley determina que
las tareas realizadas en el ámbito rural deben estar vinculadas con la actividad agraria
en cualesquiera de sus especializaciones, lo que significa que no basta el lugar donde
se realiza el trabajo, el campo, sino que debe atenderse también a la naturaleza de la
actividad .
Definido el contrato de trabajo agrario como unidad normativa independiente
del régimen laboral común, esto es como instituto del derecho agrario, destacamos
algunas de las disposiciones de la ley argentina que encuentran su fundamento en la
necesidad de mejorar las condiciones de vida de los trabajadores agrarios y de su
familia, afincándola en el campo con el objeto de paliar el continuo éxodo rural
estableciendo condiciones de vida digna y propendiendo a una mayor capacitación
del sector, buscando soluciones equitativas a los conflictos legales.
Se establece también una prelación normativa dando a los usos y costumbres el
valor que tienen como fuente formal del derecho tomando en cuenta las característi-
cas geográficas y las particularidades de cada una de las especialidades de la actividad
agraria.
Las distintas circunstancias que dan fisonomía propia a la vida en el agro se
traducen en una regulación especial de las jornadas y de las pausas en el trabajo y el
descanso semanal; se tienen en cuenta las condiciones mínimas a que deberán ajustarse
FERNANDO PEDRO BREBBIA

298
302 MOACIR COSTA DE ARAÚJO LIMA

Receber a vida decorreu de eventos dos quais não participamos, foi um presente,
algo que simplesmente aconteceu. Mantê-la é um ato de inteligência que deveremos
praticar. E se por muito tempo o homem pensou que nada precisaria ser feito nesse
sentido, que a Terra seria uma fonte inesgotável de recursos, que poderia, inclusive,
ser agredida violenta e indiscriminadamente, porque reagiria a essas agressões e man-
teria, como que milagrosamente, um ambiente adequado ao prosseguimento da vida,
já, a partir do final do século XVIII, especificamente em 1798, com a obra de Malthus,
começamos a nos preocupar com a possibilidade da produção de alimentos indispen-
sáveis ao prosseguimento da vida, em quantidade suficiente para atender à demanda
da crescente população.
Em 1980, Isaac Asimov, fazendo um cálculo sobre o crescimento demográfico,
que atingira seu ápice no terceiro quarto de nosso século, previu a superlotação de
uma Terra exaurida, em 2020, a continuar o aumento populacional incontrolado, a
índices progressivos, como na década de 70 e a não serem criados novos recursos na
produção de alimentos de maior qualidade.
Daí, não precisarmos dizer mais nada a respeito da importância do Direito Agrá-
rio. Ele é, dentro da Ciência Jurídica, aquele ramo que irá traçar as condições de
sobrevivência da humanidade, com qualidade de vida e capacidade de evolução
É, sem dúvida, uma ciência que faz a verdaeira interdisciplinaridade com ou-
tros ramos do conhecimento.
Nós conhecemos, e essa é a linguagem científica, a interdisciplinaridade fraca e
a interdisciplinaridade forte.
A fraca é a daquelas reuniões, muito comuns em cursos, colégios e universida-
des, em que especialistas de determinada área falam para especialistas de outra, sem
que qualquer relacionamente seja feito entre as respectivas áreas.
Também é o caso das reuniões de colégios, em que diferentes profissionais dis-
correm sobre distintos temas, sem que entre eles se estabeleçam conexões.
O outro extremo dessa pseudo-interdisciplinaridade encontra a
superespecialização.É a famosa pesquisa,- que infelizmente outorga títulos de mestrado
e doutorado,- em que alguém, de um grupo muito fechado,apresenta a quintessência
de algum detalhe, conhecido só dos iniciados, em linguagem hermética e desprovido
de repercussão fora da quase-seita que a chancela, validando-a como tese.
Aí, vale lembrar Bernard Shaw satirizando o mega-especialista:
“ O especialista é alguém que sabe cada vez mais sobre um terreno cada vez
menor, o que nos leva a crer que seu ideal de conhecimento é, um dia, chegar a saber
tudo sobre nada.
Cabe descrever agora a interdisciplinaridade forte. É aquela em que o conheci-
mento de uma área da ciência é mapeado na área de outra disciplina científica, sur-
gindo, dessa conjugação de conhecimentos, o progresso.
Os agraristas têm, hoje, a responsabilidade de buscarem um conhecimento am-
plo no terreno científico, para poderem orientar uma legislação adequada ao progres-
so, contemplando um desenvolvimento sustentável para toda a humanidade.
Nós muitas vezes falamos a respeito da necessidade da reformulação geral das
estruturas rurais; isso é a idéia de Reforma Agrária.
304 MOACIR COSTA DE ARAÚJO LIMA

objetividade sobre os problemas do homem.


Cabe a todos nós, tirar desse congresso conclusões que felicitem a formulação
de normas jurídicas capazes de regrar melhor um comportamento humano voltado
para um desenvolvimento integrado à manutenção da qualidade de vida.
Nesse sentido, as chamadas ciências sociais, mais adequadamente hermenêuticas,
enfrentam um desafio muito maior do que aquele com que se deparam as empírico-
formais.
Se nós verificarmos a atividade da Física, da Química e da Biologia, veremos
que seus cientistas descobriram leis que já existiam na natureza. Nenhum deles in-
ventou a célula ou o átomo e sua energia. Apenas descobriu-os, assenhoreou-se dos
mecanismos causais eficientes de seus comportamentos e passou a dominá-los, por-
que o conhecimento científico, numa busca de ideal cartesiano, é um “conhecer para
dominar.”
A Física conheceu e dominou os mecanismos atômicos.
A biologia descobriu o que já existia na natureza desde muito antes do surgimento
do homem e de qualquer manifestação inteligente. A partir daí, descobriu técnicas de
intervenção, na área da engenharia genética e da transgenia, capazes de melhorar
para o homem, o que a natureza desafiadoramente fabricou perfectível.
Consequentemente, o cientista das empírico-formais é um descobridor de leis
pré-existentes.
A Ciência Jurídica, as hermenêuticas, de um modo geral, têm um desafio muito
maior.
Não adianta procurar! Não vamos encontrar em nenhum nixo da natureza a lei
que melhor regula nosso comportamento social.
Também é pobreza mental a importação de modelos considerados eternos e per-
feitos e, por isso mesmo, imutáveis
A solução não se encontra na natureza. É um desafio à capacidade criativa.
Se foi gratificante, superior mesmo, um dia ter descoberto o átomo, se-lo-á ain-
da mais, sermos capazes de adotar princípios que possibilitem a todos aquela vida
feliz, que almejamos, com a certeza de um futuro melhor.
Eu tenho absoluta convicção de que, desta reunião e de outras, e de nosso olhar
constante sobre a evolução científica e as necessidades humanas, surgirão novas leis,
novos regramentos jurídicos que ,não desprezando o econômico, que seria utópica,
implementarão o social, fulcrando duplamente a alavanca com que pretendemos im-
pulsionar um desenvolvimento absolutamente sustentável.
Que essa esperança seja de todos nós; que possamos realizar esse ato de sonhar,
porque sonhar é bom e necessário à vida; mas que tenhamos inteligência para vislum-
brar, dentro do sonho, o possível, e dentro do possível as condições de sua efetivação.
Obrigado.
306 JIM CHEN

constitutional revolution. From the very beginning, Filburn has awed defenders of
state sovereignty. The meekest commentators demurred that the decision rested
“primarily upon a rather extended concept of competition.”8 More audacious critics
expressed “wonder as to the limits of [Congress’s] tremendous and constantly growing
power” to regulate interstate commerce.9 A half-century later, the myth of Filburn
reached full flower. United States v. Lopez10 described Filburn as “perhaps the most
far reaching example of Commerce Clause authority over intrastate activity.”11 So
much for Filburn’s own observation that that “Chief Justice Marshall described the
federal commerce power with a breadth never yet exceeded.”12 In our day, Garcia13
may represent the jurisprudential nadir for the states,14 but Filburn still rates as one
of the most significant points on the downward arc that began with NLRB v. Jones &
Laughlin Steel Corp.15
Law can turn even outrageous myth into history through a sufficiently persistent
pattern of citations. This path from dogma to doctrine has transfigured Filburn into
a major constitutional decision. Filburn stands for the proposition that “substantial
economic effect[s]” outweigh facile judicial distinctions between the “direct” and the
“indirect” in commerce clause cases.16 Critically, the case has added the “aggregation”
maneuver to constitutional law’s argumentative arsenal. Filburn lets Congress reach
any economic actor “trivial by itself” as long as his or her “contribution” to the national
economy, “taken together with that of many other” actors “similarly situated, is far
from trivial.”17 Filburn’s aggressive stand against willful judicial ignorance of actions
“trivial in themselves” influences even dormant commerce clause doctrine: the
“practical effect” of a state law “must be evaluated not only by considering the
consequences of the statute itself, but also by considering how the challenged statute
may interact with the legitimate regulatory regimes of the other States and what effect
would arise if not one, but many or every other State adopted similar legislation.” 18
In an age when the tenth amendment has been promoted from a “truism”19 to
a serious statutory and constitutional player,20 these legal truths are no longer held to
be self-evident. Among Filburn’s detractors, Richard Epstein minces no words; in
his mind, “[t]he decision cannot pass the `giggle test.’”21 For advocates of decentralized
government, Wickard v. Filburn is at best an immolation of the framers’ federalism,
at worst the paradigmatic instance of the toothless commerce clause jurisprudence
that prevailed between Jones & Laughlin and Lopez. In radical federalism’s jihad,
Filburn is the great Satan.
“Every holy war needs a few heretics, and this one is no exception.”22 Only an
agriculturally illiterate society could be bedazzled into believing the myth of Wickard
v. Filburn.23 By its own terms, Filburn was not a landmark case. The three-judge
district court that heard the case failed even to mention the commerce clause. 24 The
Supreme Court intimated that Filburn’s commerce clause question “would merit little
consideration in light of United States v. Darby.”25 One of the New Deal’s front-line
legal warriors agreed: “Wickard v. Filburn adds little to the Darby case insofar as the
pronouncement of affirmative guiding principles is concerned.”26 Darby and the
cases it spawned27 had all but gutted Schechter Poultry and Carter Coal’s shaky
distinction between commerce and manufacturing, mining, agriculture.28 Not even
308 JIM CHEN

1935 to 1938, Congress passed four major statutes that reinstated the invalidated
laws in all but name: a new Frazier-Lemke Farm Bankruptcy Act of 1935,55 the Soil
Conservation and Domestic Allotment Act of 1936,56 the Agricultural Marketing
Agreement Act of 1937,57 and the monumental Agricultural Adjustment Act of 1938.58
The soil conservation law evaded judicial review because “[n]o one could challenge
the value” or the constitutionality “of conservation.”59 By 1939, the three other statutes
had withstood constitutional challenges.60 A decision upholding a tobacco inspection
statute undoubtedly reinforced the Roosevelt administration’s growing sense of
invulnerability in agricultural regulation.61
Seen against this backdrop, Filburn hardly appears an agricultural milestone,
much less a constitutional one.62 Payments for planting “soil-conserving” crops
restored most of the acreage reduction and income support agenda of the invalidated
Agricultural Adjustment Act of 1933.63 Mulford v. Smith64 then upheld the Agricultural
Adjustment Act of 1938, 65 and other cases established Congress’s power to fix
commodity prices directly.66 United States v. Darby67 resolved most of the important
remaining commerce clause issues. To the extent it relitigated these cases, Filburn
seems more analogous to the contemporaneous and deservedly obscure Wrightwood
Dairy case,68 which forced the Court to revisit the Agricultural Marketing Agreement
Act when a federal appeals court “inexplicabl[y]” held “that intrastate milk competing
in the same market with interstate was not subject to the commerce power.”69
What distinguished Wickard v. Filburn was wheat.70 Ah, “wheat, the king of
all grains!”71 Earlier decisions on Congress’s power to regulate agriculture had
involved tobacco72 or milk.73 Wheat differed in two key respects. First, wheat has a
global reach that neither tobacco nor milk can match.74 One of merely a dozen or so
plant species that dominate the human diet, wheat is grown widely and shipped even
further.75 The outbreak of world war magnified the importance of the wheat market.
(As we shall see, though, the real problem in the years preceding Filburn was a wheat
surplus, not a shortage.) Second, unlike tobacco, milk, or cotton, wheat is as readily
used by its producer as it is sold to a processor. Because “[f]armers did not use raw
cotton or tobacco themselves,” they “brought nearly all to the tobacco warehouse or
the cotton gin for marketing.”76 As for milk, the dependency of dairy producers on
economically independent “handlers” has driven legal disputes as old as cooperative
marketing and as new as West Lynn.77 A clever regulator (or monopolist) can target
a single bottleneck by which to command these markets. Wheat’s exceptional mobility
and its versatility as a food crop and a feed grain led to a singularly instructive regulatory
conflict.
Proceeding from the grand to the particular, let us look first at the global
market for wheat between the World Wars. The immediate impetus for Filburn came
from the Department of Agriculture’s decision to impose wheat quotas for crop year
1941.78 As the Supreme Court recognized, however, “[t]he wheat industry ha[d]
been a problem industry for some years.79 The period immediately before World War
I, memorialized as the “parity” period in federal agricultural statutes,80 were American
farmers’ golden years. But the war that made the world safe for democracy made the
land perilous for agriculture.81 “The initial shock of war in 1914 . . . brought an
310 JIM CHEN

“[c]ommerce among the states in wheat.”106 This maneuver, reminiscent of Chief


Justice Hughes’s description of the breathtaking scale of the Jones and Laughlin Steel
Corporation,107 was a facile sleight of hand. Although other Supreme Court cases
have hinged on the perceived need to maintain uninhibited domestic trade in wheat, 108
Filburn did not turn on the “large and important” traffic in wheat between the sixteen
wheat-exporting states and their 32 wheat-importing counterparts.109 The real problem
was the “abnormally large supply of wheat” that throughout the 1930s had “caused
congestion in a number of markets; tied up railroad cars; and caused elevators in
some instances to turn away grains, and railroads to institute embargoes to prevent
further congestion.”110 Domestic wheat stocks reached an all-time high in 1940.111
In the halcyon days before World War I and the Great Depression, American farmers
might have unloaded the wheat abroad. But tariff barriers erected throughout the
1930s had sealed off many overseas markets. Foreign aid programs such as Lend-
Lease and general wartime increases in demand offered only modest and evanescent
relief.112
Filburn showed that the United States’ competitors and would-be customers
matched the American response to the wheat crisis:
Many countries, both importing and exporting, have sought to modify the impact
of the world market conditions on their own economy. Importing countries have
taken measures to stimulate production and self-sufficiency. The four large exporting
countries of Argentina, Australia, Canada, and the United States have all undertaken
various programs for the relief of growers. Such measures have been designed, in
part at least, to protect the domestic price received by producers. Such plans have
generally evolved towards control by the central government. [Footnote:] It is
interesting to note that all of these have federated systems of government, not of
course without important differences. In all of them, wheat regulation is by the national
government.113
This is Filburn’s forgotten footnote. To my knowledge, this passage linking the
federal wheat program to the economic and legal conditions that prevailed in 1941
has attracted the attention of exactly one commentator, who reads this passage as
supporting the proposition that a state ordinarily cannot “demand[] a price increase
for its products.”114 But Justice Jackson’s bombshell of a footnote communicates far
more about the political economy of federalism. One forgotten footnote is worth a
thousand commerce clause cases.

III. Spacious Skies (Where Your Manifest Destiny Lies)

Filburn’s forgotten footnote tells us as much about wheat as it does about


federalism. The roll call of leading exporters Ä Argentina, Australia, Canada, and
the United States Ä tells us that wheat was being cultivated and exported around the
world, suggesting that no country, much less a political subdivision, commanded any
degree of market power.115 Yet this roster is truly striking not for its diversity, but for
its similarity. Although three are predominantly Anglophone countries that derive
their legal systems from England,116 Argentina’s inclusion breaks any necessary link
312 JIM CHEN

generous price126 (as Argentina did) is immaterial. The crucial point, again, is
similarity: four wheat-exporting nations with diverse legal traditions nevertheless
developed practically identical agricultural policies in the interwar period.
It is easy enough to understand why plans to support wheat prices and wheat
farmers’ incomes “generally evolved towards control by the central government.”127
The existence of a global market for wheat but not milk explains why price and
income support in the dairy industry can be a state-law enterprise, while comparable
programs for wheat cannot. But the question remains why Argentina, Australia,
Canada, and the United States adopted wheat programs at all. The parallel adoption
of wheat support programs was primarily a function of domestic politics. The
simultaneous emergence of punitive tariffs and ruinous price and income support
programs around the world serves as a prime example of the prisoner’s dilemma.128
Farmers threatened by the destructive macroeconomic situation of the 1930s
successfully bargained vis-à-vis the disorganized mass of consumers for an expensive
support package.129 GATT being but a dim, distant vision past the immediate concerns
of a world at war, only national courts stood between each country’s agricultural
policy and the staggering collective loss in social welfare that would result from the
implementation of this special-interest legislation.
So why did the Supreme Court uphold the wheat program in Filburn? A
comparably discriminatory price support scheme adopted by an American state, based
as it would be on “customs duties [and] regulations” designed to exclude competitors,130
would flagrantly violate the dormant commerce clause. The tariffs at the heart of the
retaliatory trade policies of the 1930s and 1940s would have constituted “the
paradigmatic Commerce Clause violation”;131 the worldwide cry that “farmers . . .
must be protected against competition from without, lest they go upon the poor relief
lists or perish altogether,” spelled “a speedy end” to global “solidarity.”132 It bears
remembering that Chief Justice Rehnquist chided the West Lynn majority for striking
down a Massachusetts milk pricing order that was only slightly less transparently
protectionist than the scheme invalidated by “the ill-starred opinion in United States
v. Butler.”133
The answer, of course, is that the commerce clause as a grant of congressional
authority neither commits nor authorizes the Supreme Court to subject federal statutes
to a supervening norm of international free trade.134 Deferential review of federal
legislation under the commerce clause, the very doctrine for which Filburn has become
mythically famous, has no more bite than due process review of state economic
regulation. Filburn could no more have struck down the Agricultural Adjustment
Act of 1938 on commerce clause grounds than Nebbia v. New York135 could have
invalidated New York’s milk pricing statute on due process grounds. 136 However
much the theory of comparative advantage urges “that the peoples of the [world] must
sink or swim together, . . . that in the long run prosperity and salvation are in union
and not division,” the American Constitution is too “parochial in range” to reach
such global concerns.137
In short, although Filburn’s wheat problem demonstrated the maturity of
American federalism, it also exposed a yawning gap. In a more primitive federation,
314 JIM CHEN

would “reach[] virtually the entire supply” of these commodities,149 85 percent of the
corn produced in the Corn Belt during the 1930s moved in commerce in the guise of
cornfed livestock, poultry, or their milk or egg byproducts.150 A smaller but comparable
portion of the wheat crop was likewise converted into meat, milk, poultry, or eggs.
Consumption of wheat “on the farm where grown appear[ed] to vary in an amount
greater than 20 per cent of average production.”151 This cushion in on-farm wheat
consumption would defeat a simpler supply control strategy, for integrated farmers
could evade a marketing quota merely by redirecting wheat to the feeding bin.152
Congress thus decided to treat corn and wheat “alike with respect to the feeding of
poultry or livestock for market.”153
Filburn’s farm activities reflected the larger wheat market. Contrary to the
widespread myth that Roscoe Filburn converted his excess wheat into home-baked
loaves of bread,154 he either stored the wheat for seed in a future, perhaps more profitable
growing season or, more likely, converted wheat into milk, meat, poultry, and eggs.
This transformation of a field crop into refrigerated grocery staples requires nothing
more mysterious than the feeding of farm animals.155 The Filburn farm engaged in
an age-old practice of regulated firms:156 manipulating investments between a regulated
line of business (wheat) and nonregulated lines (meat, dairy, poultry, and eggs). The
Department of Agriculture responded in an equally time-honored fashion by treating
each wheat farmer’s total acreage in wheat as a workable surrogate for the “impossible
task” of “computing the actual quantity of wheat marketed by each farmer in the form
of wheat or meat.”157 Reliance on acreage limitations allowed the wheat program to
control prices and supply not only in the market for the regulated commodity, but also
the conditions in a derivative product market.158
What has come to be known as Filburn’s myth of “aggregation” was in fact the
whopping economic impact of many simultaneous, uncoordinated acts by a nation of
vertically integrated, diversified wheat producers. Just as there was no way in Currin
v. Wallace to separate tobacco destined for domestic versus international markets,159
and no way in the New Deal’s milk marketing cases to identify distinct intrastate and
interstate markets for milk,160 the on-farm versatility of wheat made it impossible to
to distinguish wheat consumed on the farm from wheat sold on the open market. The
only difference was that the tobacco warehouse in Currin seems more tangible than
the global wheat market in Filburn; a single warehouse is more obviously “the throat
where tobacco enters the stream of commerce.”161
To be sure, neither Filburn nor any other farmer acting alone exercised enough
power to affect the national market merely by deciding either to sell wheat or to
consume it by integrating wheat production with other on-farm activities. Filburn
had to take the market price as he found it; finding the price less than fully satisfactory,
he sought an alternative use for his wheat. Such “price taking” has been the farmer’s
lot in a world dominated by agribusiness purchasers.162 But Filburn’s seemingly
discrete act, multiplied across a large population of farmers, profoundly affected prices
and supplies in the larger market for wheat. “Untouched, unassailable, undefiled,
that mighty world-force, that nourisher of nations, wrapped in Nirvanic calm,
indifferent to the human swarm, gigantic, resistless, moved onward in its appointed
316 JIM CHEN

so, as an emblem of judicial deference to the superior expertise and accountability of


legislative decisionmakers, this aspect of the opinion “follow[s] the example of Pontius
Pilate, . . . for two thousand years . . . the condemnable paradigm of terminal leave
from judgment.”178
What then, after Filburn, is truth?179 You shall know the truth, and the truth
shall set you free.180 The agricultural statute upheld in Filburn accelerated the
destruction of the very type of farmer who lost this monumental case. Shortly after
Filburn, agricultural analysts were seriously asking the question that Coase had posed
to students of industrial organization: “Why is not all production carried on by one
big firm?”181 By 1957, Harvard economists invented a new word, agribusiness, to
describe “the sum total of all operations involved in the manufacture and distribution
of farm supplies; production operations on the far; and the storage, processing, and
distribution of farm commodities and items made from them.”182 Marginal farms
folded, average farm size mushroomed, and industry began performing “virtually all
[the] operations relating to growing, processing, storing, and merchandising food
and fiber” that had been “a function of the farm.” And so vertical integration on the
farm yielded to vertical integration of the farm.183 There is but a vowel’s difference
between the firm and the farm;184 the nature of the firm dictates the destiny of the
farm.185
In fairness to the regulators who devised the Agricultural Adjustment Act of
1938 and the Justices who upheld it, the demolition of the traditional farm economy
was probably inevitable. “Whatever the government did or did not do, it seemed
certain by the late 1940s and 1950s that the decline in the number of farms and
farmers was irreversible.”186 The social, economic, and technological changes wrought
by world war ordained as much. Full deployment of mechanical power, fertilizer, and
pesticides has sustained the flow of cheap grain since World War II.187 Abundant and
cheap, purchased feed has all but displaced home-grown grain and shifted a
correspondingly large proportion of the American livestock population from pastures
and the range to feedlots.188 In the half-century after the war, the farm population of
the United States fell from roughly twenty-five percent of the total to less than two
percent.189 But Filburn and the commodity programs it blessed surely hastened the
fading of the agrarian dream. The scholarly consensus is that federal intervention
has exacerbated the inequities of the modern agricultural economy.190 For a program
whose “major objectives have been to preserve or restore existing structures or
conditions,” the agricultural policy of the United States has failed even on its own
economically dubious terms.191 The intended beneficiaries of the New Deal have the
bitterest view of its agricultural legacy. The self-appointed advocates of small American
farmers have neither forgotten nor forgiven the federal government’s apparent
complicity in the rout; the agrarian left has uniformly condemned post-Depression
farm programs for accelerating the trend toward fewer, larger, more industrialized
farms.192 “Hell has no fury like a duped agrarian.”193
Comparing Filburn with United States v. Carolene Products,194 decided only
four years earlier, reveals the proper place of these agricultural cases in the
constitutional canon. Indeed, the most important lessons from each case can be reduced
318 JIM CHEN

to the forming of a [constitutional] convention”;205 the second led to a bloodbath and


constitutional reform of cataclysmic proportions. Filburn, for its part, foreshadowed
by its failure a new birth of economic freedom for the First World. By these measures,
the race to outbid other states for baseball teams and chopstick factories scarcely
warrants the hyperbolic label of “war.” Economic interdependence have made real
secession and real civil war utterly unthinkable.206
If history’s various economic wars Ä real, rhetorical, and otherwise Ä teach us
anything, it is the enduring value of free trade. The common market established by
the Constitution is one of the most important baselines in American law.207 Though
heavily laden with economic and political values worth protecting by constitutional
means,208 free trade too often is obscured by the obsession with state sovereignty that
is America’s national neurosis.209 State sovereignty and the traditional vision of
American federalism have their champions,210 but free trade has the greater claim to
being an underenforced, undervalued constitutional norm.211 The most effective
guarantor of free trade within the United States, the dormant commerce clause, rests
on the assumption that residual federal power over contrary local legislation should
be asserted even in the absence of congressional action.212 “[A] federal decision to
forgo regulation in a given area may imply an authoritative federal determination
that the area is best left unregulated.”213
The usual justification for centralized judicial review of local economic
legislation is horizontal; it seeks to guarantee equality among competitors without
regard to state citizenship and to force recalcitrant states to bestow their privileges
and immunities on residents and outsiders alike.214 International trade law often
reduces this concern to the shibboleth of “fairness” among competitors.215 American
constitutional law is no different; conventional dormant commerce clause jurisprudence
stresses legitimacy in separation of powers as its principal institutional concern and
horizontal equality as its principal normative goal. Critics fret about the weakness of
the doctrine’s constitutional basis,216 but the Court nevertheless persists in protecting
out-of-state competitors217 and the national market at large.218 Judicial intervention
is especially likely when a state is stupid enough to codify its discriminatory designs
in geographic terms, or too effective in exporting costs. The inconsistencies in the
cases have arguably resulted from the collision between institutional fears over this
doctrine’s weak constitutional pedigree and a normative preference for open markets.
To rationalize this jurisprudential morass, we can enlist Ronald Coase’s
comprehensive theory of firms, the market, and the law. On the sixtieth anniverary of
Coase’s first great breakthrough, let us base a more comprehensive economic theory
of federalism on The Nature of the Firm. Despite relative inattention from
constitutional scholars, Coase’s 1937 masterpiece is widely acknowledged as the
foundational work for modern theories of industrial organization. We constitutionalists
have missed an obvious but devastating analogy: federalism follows structures and
patterns akin to those of vertical integration and coordination by private firms.
Decisions to delegate and assume sovereign authority bear more than a passing
resemblance to the vertical mergers, price restraints, and territorial restrictions targeted
by antitrust law Ä the very interactions that shape the nature of the firm. What the
320 JIM CHEN

your bias.” One cannot miss the striking parallels to Derrick Bell’s bitter critique of
antidiscrimination law228 and to the Court’s later endorsement of Congress’s use of
its purse to evade constitutional limits on the enumerated powers of the federal
government.229
At first the Court ignored local governments’ efforts to project their regulatory
powers downstream. Even subcontractors, though formally one degree of privity
removed from a locality’s proprietary involvement, were considered “in a substantial
if informal sense” to be “working for the city.”230 The Court crafted the constitutional
equivalent of antitrust law’s safe harbor for intraenterprise conspiracies. 231 The
unexpected revival of the privileges and immunities clause marked the beginning of
the Court’s growing awareness of state and local governments’ power over certain
markets,232 and soon a plurality of Justices adopted a sharp distinction between a
state’s lawful efforts to limit its purchases or sales to its own residents and a state’s
unlawful efforts to impose downstream restraints on subsequent transactions. 233 By
the time the Court extended its first amendment restraints on political patronage to
cases involving independent contractors,234 the jurisprudential reversal seemed com-
plete. Even the transformation of the contracts clause from a limitation on regulation
to a limitation on legislative interference with public contracts appeared to reflect the
Justices’ growing appreciation of the pitfalls of “bargaining with the state.”235
In the end, the case law seems to have settled on a distinction between ordinarily
lawful subsidies and ordinarily unconstitutional efforts to discriminate through taxation
or regulation. This evidently stable legal position embodies an instinct well grounded
in public choice and the political economy of lawmaking. Because a subsidy or direct
“market participation” with the state’s own limited funds is transparent and can be
countered by the ordinary political process, courts are more willing to tolerate
discrimination in proprietary, or “vertically integrated,” acts of state than discrimination
via coercive taxation or regulation.236 Some “significant group of . . . citizens . . . can
be counted upon to use their votes to keep [government] from raising [any] tax
excessively.”237 The same cannot be said of less easily detected regulatory intrusions
into the marketplace. International economic law implicitly acknowledges the power
of political transparency by exempting “procurement by governmental agencies of
products purchased for governmental purposes” and “payment of subsidies exclusively
to domestic producers, including . . . subsidies effected through governmental
purchases” from GATT’s “national treatment” provisions.238 Similarly, in the context
of the Minneapolis Manifesto, American constitutional law should be prepared to
tolerate interjurisdictional competition for sports franchises and other businesses, but
only to the extent that the boondoggles are transparent and capable of being patrolled
by the political process.
Filtered through the lens of economic analysis, federalism has transcended its
traditional classification as a constitutional law subject. Even as public utility regulation
has been recognized and analyzed as a species of taxation,239 trade law, domestic or
international, is a species of taxation, and debates over central supremacy versus state
subsidiarity in federalism are thinly veiled debates over tax policy. Protectionist
schemes such as those illustrated by Carbone, West Lynn, and Filburn display local,
322 JIM CHEN

constitutional question called free trade. In a world filled with distinct but structurally
comparable federal systems, let us march toward a unified field theory of federalisms,
in the plural.247 The race to the bottom, interstate externalities, and the intractable
problems of public choice in the special-interest state have replaced separation of
powers as the principal institutional concerns animating federalism Ä anywhere,
anytime. What we call federalism lies at the heart of every vertical distribution of
governmental power, whether downward from the United States to its constituent
states and their political subdivisions, or upward from sovereign nations to the still
expanding framework of the World Trade Organization. The “experience” of other
federal systems “may . . . cast an empirical light on the consequences of different
Notas
solutions to a common legal problem,” especially “the problem of reconciling central
authority with the need to preserve the liberty-enhancing autonomy of a smaller
*Associate Professor of Law and Vance K. Opperman Research Scholar, University of Minnesota Law School
constituent governmental entity.”248 No system of domestic federalism can maintain
<chenx064@maroon.tc.umn.edu>. I thank Daniel A. Farber, Philip P. Frickey, Barry Friedman, Robert E.
itsHudec,
significance
and Walterin a worldforoftheir
Hellerstein falling
helpfulfrontiers.
suggestions and comments. Betsey Buckheit provided able
research assistance.
1 Deborah Jones Merritt, Commerce!, 94 MICH. L. REV. 674, 674 (1995) (setting these lyrics to the tune of
“Convoy”).
2 U.S. Term Limits, Inc. v. Thornton, 514 U.S. 779, 838 (1995) (Kennedy, J., concurring); see also United
States v. Lopez, 514 U.S. 549, 575 (1995) (Kennedy, J., concurring) (“[F]ederalism was the unique contribution
of the Framers to political science and political theory.”).
3 Cf. Missouri v. Holland, 252 U.S. 416, 434 (1918) (upholding an expansive view of the federal treaty power
in spite of “invisible radiation” emanating from the tenth amendment).
4 317 U.S. 111 (1942).
5 See generally IS THERE A CONSTITUTIONAL CANON? (Sanford Levinson & J.M. Balkin eds., forthcoming 1997).
6 Cf. JAMES BARR, THE SCOPE AND AUTHORITY OF THE BIBLE 1-17 (1980) (distinguishing the historical portions of
the Bible from passages that more properly belong to the realm of “myth and legend”); Philip P. Frickey,
Faithful Interpretation, 73 WASH. U. L.Q. 1085, 1092-93 (1995) (identifying similarities and differences
among religious, literary, and legal interpretation).
7 Cf. KAREN ARMSTRONG, A HISTORY OF GOD: THE 4,000-YEAR QUEST OF JUDAISM, CHRISTIANITY AND ISLAM 211
(1993) (tracing the English words myth, mysticism, and mystery to the same Greek root and describing all
three words as “rooted in an experience of darkness and silence”); JOHN MACQUARRIE, THINKING ABOUT GOD 34
(1957) (same).
8 Note, The Supreme Court of the United States During the October Term, 1942: Part I, 43 COLUM. L. REV.
837, 845 (1943).
9 John J. Trenam, Note, Commerce Power Since the Schechter Case, 31 GEO. L.J. 201, 202 (1946).
10 514 U.S. 549 (1995).
Id. at 560.
11 317 U.S. at 120 (citing Gibbons v. Ogden, 22 U.S. (9 Wheat.) 1, 194-95 (1824)).
12 Garcia v. San Antonio Metro. Transit Auth., 469 U.S. 528 (1985).
13 See, e.g., Larry Kramer, Understanding Federalism, 47 VAND. L. REV. 1485, 1486 (1994); William Van
Alstyne, The Second Death of Federalism, 83 MICH. L. REV. 1709, 1721 (1985).
14 301 U.S. 1 (1937); see Lopez, 514 U.S. at 556 (“Jones & Laughlin Steel, Darby, and Wickard ushered in an
era of Commerce Clause jurisprudence that greatly expanded the previously defined authority of Congress
under that Clause.”); Earl M. Maltz, The Impact of the Constitutional Revolution of 1937 on the Dormant
Commerce Clause Ä A Case Study in the Decline of State Autonomy, 19 HARV. J.L. & PUB. POL’Y 121, 129
(1995) (“In the wake of Jones & Laughlin and Wickard, it has become clear that . . . Congress has authority
to regulate virtually all private economic activity.”).
15 317 U.S. at 120 (“[Q]uestions of the power of Congress are not to be decided by reference to any formula
which would give controlling force to nomenclature such as `production’ and `indirect’ and foreclose
consideration of the actual effects of the activity in question upon interstate commerce.”); id. at 125 (noting
that even local, noncommercial activity “may still, whatever its nature, be reached by Congress if it exerts a
324 JIM CHEN

34 83 U.S. (16 Wall.) 36 (1873).


35 291 U.S. 502 (1934).
36 297 U.S. 1 (1934).
37 425 U.S. 273 (1976).
38 BOB WOODWARD & SCOTT ARMSTRONG, THE BRETHREN: INSIDE THE SUPREME COURT 419 (1979) (describing how
Chief Justice Burger insulted Justice Brennan by assigning him Sakraida, a dreary “patent dispute over a
water flush system designed to remove cow manure from the floor of dairy barns”).
39 304 U.S. at 153 n.4.
40 Id. at 153 n.3. See generally Aside, Don’t Cry over Filled Milk: The Neglected Footnote Three to Carolene
Products, 136 U. PA. L. REV. 1553 (1988).
41 See Wickard v. Filburn, 317 U.S. 111, 114-15 (1942).
42 See id. at 118-29.
43 Compare, e.g., JOHN STEINBECK, THE GRAPES OF WRATH (1939) (describing the westward migration of white
Okies during the Dust Bowl) with, e.g., TONI MORRISON, JAZZ (1992) (describing the northerly migration of
southern sharecroppers before the Dust Bowl).
44 See 4 U.S. DEP’T OF COMMERCE, BUREAU OF THE CENSUS, FIFTEENTH CENSUS OF THE UNITED STATES: 1930, at 12
(1932) (“The boll weevil was probably responsible for more changes in the number of farms, farm acreage,
and farm population [during the 1920s] than all other causes put together.”); Jim Chen, Of Agriculture’s First
Disobedience and Its Fruit, 48 VAND. L. REV. 1261, 1303 (1995); Jim Chen & Edward S. Adams, Feudalism
Unmodified: Discourses on Farms and Firms, 45 DRAKE L. REV. 361, 397-98 (1997).
45 See WILLIAM E. LEUCHTENBURG, FRANKLIN D. ROOSEVELT AND THE NEW DEAL, 1932-1940, at 23 (1963).
46 See GILBERT C. FITE, AMERICAN FARMERS: THE NEW MINORITY 53-54 (1981).
47 Cf. Chen, supra note ..., at 1316-19 (contrasting the northern and southern traditions in American agriculture);
Paul S. Taylor, Public Policy and the Shaping of Rural Society, 20 S.D. L. REV. 475, 476-80 (1975) (same).
48 See FRANK FREIDEL, FRANKLIN D. ROOSEVELT: THE TRIUMPH 342-50 (1956) (describing the formation of
Roosevelt’s agricultural policy during the 1932 campaign over a series of meetings with farm leaders at Hyde
Park).
49 See Agricultural Adjustment Act of 1933, Act of May 12, 1933, ch. 25, 48 Stat. 31 (codified as amended at
7 U.S.C. §§ 601-626 (1994)).
50 See Frazier-Lemke Farm Bankruptcy Act, Act of June 28, 1934, ch. 869, 48 Stat. 1289.
51 See United States v. Butler, 297 U.S. 1, 74-75 (1936) (invalidating the Agricultural Adjustment Act); Louisville
Joint Stock Land Bank v. Radford, 295 U.S. 555, 594-98 (1935) (invalidating the Farm Bankruptcy Act).
52 FRANKLIN D. ROOSEVELT, New Means to Rescue Agriculture Ä The Agricultural Adjustment Act, in 2 THE
PUBLIC PAPERS AND ADDRESSES OF FRANKLIN D. ROOSEVELT 74, 79 (1938); cf. Harold F. Breimyer, Agricultural
Philosophies and Policies in the New Deal, 68 MINN. L. REV. 333, 342-43 (1983) (describing the “instrumental”
role played by “the personality of Franklin D. Roosevelt” in the development of New Deal agricultural policy).
53 Gilbert C. Fite, Farmer Opinion and the Agricultural Adjustment Act, 1933, 48 MISS. VALLEY HIST. REV.
666 (1962) (quoting Rep. U.S. Guyer of Kansas).
54 Act of Aug. 28, 1935, ch. 792, 49 Stat. 942.
55 Act of Feb. 29, 1936, ch. 104, 49 Stat. 1148.
56 Act of June 3, 1937, ch. 296, 50 Stat. 246 (codified as amended at 7 U.S.C. §§ 601-624, 671-674 (1994)).
57 Act of Feb. 16, 1938, ch. 30, 52 Stat. 31 (codified as amended at 7 U.S.C. §§ 1281-1393 (1994)).
58 Breimyer, supra note ..., at 348; cf. Mayo v. United States, 319 U.S. 441, 446-48 (1943) (exempting fertilizer
distributed by federal agriculture officials from a Florida inspection law under the theory of intergovernmental
immunity).
59 See United States v. Rock Royal Co-op., Inc., 307 U.S. 533, 562-81 (1939) (upholding the Agricultural
Marketing Agreement Act); Mulford v. Smith, 307 U.S. 38, 47-51 (1939) (upholding the Agricultural
Adjustment Act of 1938); Wright v. Vinton Branch of the Mountain Trust Bank, 300 U.S. 440, 470 (1937)
(upholding the Farm Bankruptcy Act of 1935).
60 See Currin v. Wallace, 306 U.S. 1 (1939) (upholding the Tobacco Inspection Act, Act of Aug. 23, 1935, ch.
623, 49 Stat. 731).
61 But cf. Jim Chen, The Potable Constitution, 14 CONST. COMMENTARY (forthcoming 1997) (using cases involving
milk and liquor to outline the contours of American constitutional law).
62 See FITE, supra note ..., at 60; Breimyer, supra note ..., at 348-49 & n.65; Jim Chen, Get Green or Get Out:
326 JIM CHEN

90 See FITE, supra note ..., at 42-47 (describing the McNary-Haugen plan from its inception in the “parity”
movement, see generally PEEK & JOHNSON, supra note ..., to two vetoes by President Coolidge and its eventual
death upon the election of President Hoover).
91 Act of June 17, 1930, ch. 497, 46 Stat. 590 (codified as amended at 19 U.S.C. §§ 1202-1677k (1994)).
92 Richard N. Cooper, Trade Policy and Foreign Policy, in U.S. TRADE POLICIES IN A CHANGING WORLD ECONOMY
291, 291 (Robert M. Stern ed., 1987).
93 See Wickard v. Filburn, 317 U.S. 111, 125 (1942) (“Largely as a result of increased foreign production and
import restrictions, annual exports of wheat and flour from the United States during the ten-year period ending
in 1940 averaged less than 10 per cent of total production, while during the 1920s they averaged more than 25
per cent.”).
94 See U.S. DEP’T OF AGRIC., AGRICULTURAL STATISTICS 10, 20, 22 (1942) (noting a two-thirds decline in wheat
prices between 1929 and 1932 and additional price drops in 1938, 1940, and 1941); Stern, supra note ..., at
901 (same).
95 See supra text accompanying note ....
96 Stern, supra note ..., at 902.
97 See FITE, supra note ..., at 51-52.
98 See Filburn, 317 U.S. at 115-16.
99 See id. at 116 (noting that Congress had provided “for an increase in the loans on wheat to 85 per cent of
parity”).
100 See, e.g., St. Paul Fire & Marine Ins. Co. v. Commodity Credit Corp., 646 F.2d 1064, 1067 (5th Cir. 1981)
(explaining how nonrecourse loan rates set minimum commodity prices).
101 Filburn, 317 U.S. at 126.
102 See id. at 116. Virtually every price support mechanism is paired with some sort of supply control. See
J.W. Looney, The Changing Focus of Government Regulation of Agriculture in the United States, 44 MERCER
L. REV. 763, 787-88 (1993).
103 The Court undertook this task in contemporaneous controversies over broadcast licensing. See, e.g.,
Ashbacker Radio Corp. v. FCC, 326 U.S. 327 (1945); FCC v. National Broadcasting Co., 319 U.S. 239
(1943); FCC v. Sanders Bros. Radio Station, 309 U.S. 470 (1940). See generally Jim Chen, The Last
Picture Show (On the Twilight of Federal Mass Communications Regulation), 80 MINN. L. REV. 1415,
1431-40 (1995) (surveying this era’s broadcasting cases).
104 317 U.S. at 125.
105 See NLRB v. Jones & Laughlin Steel Corp., 301 U.S. 1, 25-28 (1937).
106 See, e.g., Chicago Board of Trade v. Olsen, 262 U.S. 1, 34-36 (1923); Lemke v. Farmers Grain Co., 258
U.S. 50, 53-54 (1922); Dahnke-Walker Milling Co. v. Bondurant, 257 U.S. 282, 290-91 (1922); Munn v.
Illinois, 94 U.S. 113, 131 (1877); cf. Stafford v. Wallace, 258 U.S. 495, 516 (1922) (describing “the various
stockyards of the country” “as great national public utilities” that dominated “the flow of commerce from the
ranges and farms of the West to the consumers in the East”).
107 317 U.S. at 125.
108 Id.
109 See Stern, supra note ..., at 901-02.
110 See U.S. DEP’T OF AGRIC., 1943 ANNUAL REPORT OF THE SECRETARY OF AGRICULTURE 136 (1944) (reporting
increases in demand for wheat as grain, as animal feed, and as a base for alcohol).
111 317 U.S. at 125-26 & n.27.
112 Charles H. Clarke, The Supreme Court Assault on the Constitutional Settlement of the New Deal: Garcia
and National League, 6 N. ILL. U. L. REV. 39, 39 (1986).
113 Market power, or the power to affect prices by manipulating supply, is virtually nil in a market populated by
many competitors. See, e.g., Cargill, Inc. v. Monfort of Colo., Inc., 479 U.S. 104, 119 (1986); Matsushita
Elec. Indus. Co. v. Zenith Radio Corp., 475 U.S. 574, 590 (1985); NCAA v. Board of Regents of the Univ. of
Okla., 468 U.S. 85, 112 (1984); Jefferson Parish Hosp. Dist. No. 2 v. Hyde, 466 U.S. 2, 16 (1984); Continental
T.V., Inc. v. GTE Sylvania, Inc., 433 U.S. 36, 52 (1977). See generally William Landes & Richard A.
Posner, Market Power in Antitrust Cases, 94 HARV. L. REV. 937 (1981).
114 See generally, e.g., EDWIN R. BLACK, DIVIDED LOYALTIES: CANADIAN CONCEPTS OF FEDERALISM (1975); L.F.
CRISP, AUSTRALIAN NATIONAL GOVERNMENT (4th ed. 1978); Martha A. Field, The Differing Federalisms of
Canada and the United States, 55 LAW & CONTEMP. PROBS. 107 (1992).
328 JIM CHEN

KENNETH W. DAM, THE RULES OF THE GAME: REFORM AND EVOLUTION IN THE INTERNATIONAL MONETARY SYSTEM
(1982); Gerald M. Meier, The Bretton Woods Agreement Ä 25 Years Later, 39 STAN. L. REV. 235 (1971);
Andreas F. Lowenfeld, Is There Law After Bretton Woods?, 50 U. CHI. L. REV. 380 (1983) (book review)
(reviewing DAM, supra).
141 See Agreement on Agriculture, opened for signature April 15, 1994, in Marrakesh Agreement Establishing
the World Trade Organization, done at Marrakesh, April 15, 1994, reprinted in WORLD TRADE ORGANIZATION,
THE RESULTS OF THE URUGUAY ROUND OF MULTILATERAL TRADE NEGOTIATIONS 5, 39 (GATT Secretariat 1995).
142 See generally TIMOTHY E. JOSLING, STEFAN TANGERMANN & T.K. WARLEY, AGRICULTURE IN THE GATT (1996);
Al J. Daniel, Agricultural Reform: The European Community, the Uruguay Round, and International Dispute
Resolution, 46 ARK. L. REV. 873 (1994); Jon G. Filipek, Agriculture in a World of Comparative Advantage:
The Prospects for Farm Trade Liberalization in the Uruguay Round of GATT Negotiations, 30 HARV. INT’L
L.J. 123 (1989); Jimmye S. Hillman, Agriculture in the Uruguay Round: A United States Perspective, 38
TULSA L.J. 761 (1993); Liane L. Heggy, Free Trade Meets U.S. Farm Policy: Life After the Uruguay Round,
25 LAW & POL’Y INT’L BUS. 1367 (1994); Jeffrey J. Steinle, Note, The Problem Child of World Trade: Reform
School for Agriculture, 4 MINN. J. GLOBAL TRADE 333 (1995).
143 Cf. PETER H. IRONS, THE NEW DEAL LAWYERS 293 (1982) (describing Filburn as “[t]he last of the New Deal
cases”).
144 Robert Tempest Masson & Philip M. Eisenstat, The Pricing Policies and Goals of Federal Milk Order
Regulations: Time for Reevaluation, 23 S.D. L. REV. 662, 663 (1978). See generally Jim Chen, The American
Ideology, 48 VAND. L. REV. 809, 860-62, 875 (1995) (outlining the distributive case against using higher food
prices to boost farmers’ incomes).
145 Wickard v. Filburn, 317 U.S. 111, 114 (1942).
146 See supra text accompanying notes ...-....
147 Stern, supra note ..., at 902.
148 See H.R. REP. NO. 75-1645, at 24 (1937); Stern, supra note ..., at 902.
149 Wickard v. Filburn, 317 U.S. 111, 127 (1942).
150 See J.B. Hutson, Acreage Allotments, Marketing Quotas, and Commodity Loans as Means of Agricultural
Adjustment, in U.S. DEP’T OF AGRIC., YEARBOOK OF AGRICULTURE, 1940: FARMERS IN A CHANGING WORLD 551,
555 (1940); Stern, supra note ..., at 903.
151 S. REP. NO. 76-1668, at 2 (1940), quoted in Stern, supra note ..., at 902.
152 See, e.g., National Paint & Coatings Ass’n v. City of Chicago, 45 F.3d 1124, 1130-31 (7th Cir.) (describing
Filburn as a case involving a “farmer’s consumption of bread baked from [his] own wheat”), cert. denied,
115 S. Ct. 2579 (1995); Village of Oconomowoc Lake v. Dayton Hudson Corp., 24 F.3d 962, 965 (7th Cir.)
(citing Filburn for the proposition “that wheat a farmer bakes into bread and eats at home is part of `interstate
commerce’”), cert. denied, 513 U.S. 930 (1994). See generally Merritt, supra note ..., at 748-49 & n.316
(debunking the myth that “Farmer Filburn was . . . an organic home baker who had decided to raise wheat for
a few loaves of bread”). Indeed, the image of Filburn as a true believer in home-baked bread boggles the
imagination. To consume the 239 excess bushels he harvested in July 1941, see Filburn, 317 U.S. at 114,
Filburn and his family would have had to consume nearly 48 one-pound loaves of bread each day for a year.
(This computation is based on the assumption that one bushel of wheat yields 73 one-pound loaves of bread.
See Kansas Wheathearts Educational Website <http://www.hpj.com/wsdocs/whearts/whearts.htm> (visited
Sept. 1, 1997)). In 1944, farmers fed twenty times more wheat to livestock than they ground into flour for
home use. See U.S. DEP’T OF AGRIC., FIELD AND SEED CROPS BY STATES, 1949-54, at 8 (1957) (Stat. Bull. No.
208) [hereinafter FIELD AND SEED CROP REPORT]. One gets the impression that the purveyors of Filburn’s myth
never actually read the Supreme Court’s opinion.
153 This act, and not the tilling of crop fields, may have been the first step in the development of agriculture.
See Constance Holden, Bringing Home the Bacon, 254 SCIENCE 1398 (1994).
154 See, e.g., Colorado Interstate Gas Co. v. FPC, 324 U.S. 581 (1945); Smith v. Illinois Bell Tel. Co., 282
U.S. 133 (1930); City of Houston v. Southwestern Bell Tel. Co., 259 U.S. 318 (1922); Southwestern Bell
Corp. v. FCC, 896 F.2d 1378 (D.C. Cir. 1990).
155 Stern, supra note ..., at 903.
156 Classic cases illustrating this regulatory technique include United States v. Southwestern Cable Co., 392
U.S. 157 (1968), and In re Montana-Dakota Utils. Co., 278 N.W.2d 189 (S.D. 1979). Ironically, another
office within the Department of Agriculture, the Federal Extension Service, was exhorting American farmers
330 JIM CHEN

date seed† feed† food† sold† on-farm %


1944 63,934 104,011 5,409 886,757 16.35%
1945 63,980 98,876 4,470 940,297 15.11%
1946 69,039 88,406 3,861 990,812 14.00%
1947 72,244 94,766 4,023 1,187,878 12.59%
1948 73,046 98,020 3,475 1,120,370 13.48%
1949 60,686 84,984 2,903 949,842 13.53%
1950 65,478 74,222 2,836 876,808 13.98%
1951 66,194 66,663 2,639 852,665 13.71%
1952 68,704 64,860 2,576 1,170,300 10.42%
1953 53,216 65,167 2,410 1,052,278 10.30%
1954 47,862 49,639 2,191 884,208 10.13%

See FIELD AND SEED CROP REPORT, supra note ..., at 8. Note that all figures marked with a “†” are expressed in
thousands of tons.
174 Exxon Corp. v. Governor of Maryland, 437 U.S. 117, 127 (1978); accord CTS Corp. v. Dynamics Corp.
of Am., 481 U.S. 69, 93-94 (1987).
175 Id.
176 MILNER S. BALL, THE WORD AND THE LAW 138 (1993).
177 See John 18:38.
178 See John 8:32.
179 Coase, supra note ..., at 394.
180 JOHN H. DAVIS & RAY A. GOLDBERG, A CONCEPT OF AGRIBUSINESS 2 (1957).
181 Id. at 1; see also id. at 4 (describing traditional agriculture “as more or less a self-contained industry,”
characterized by “typical farm famil[ies]” that “produced [their] own food, fuel, shelter, draft animals, feed,
tools, and implements and most of [their] clothing”).
182 See Chen & Adams, supra note ..., at 402 (equating concerns about “farm size” with concerns about “firm
size”).
183 Cf., e.g., Andrew P. Barkley, The Determinants of the Migration of Labor out of Agriculture in the United
States, 1940-84, 72 AM. J. AGRIC. ECON. 567, 571 (1990) (evaluating the impact of higher nonfarm wages on
exodus from farming); Yoav Kislev & Willis Peterson, Prices, Technology, and Farm Size, 90 J. POL. ECON.
578, 579 (1982) (noting that increasing urban incomes prompts farmers to exit and leaves a landscape of
fewer, larger farms).
184 FITE, supra note ..., at 123.
185 See DAVID GOODMAN & MICHAEL REDCLIFT, REFASHIONING NATURE: FOOD, ECOLOGY, AND CULTURE 109-10
(1991).
186 See id.; JAMES R. SIMPSON & DONALD E. FARRIS, THE WORLD’S BEEF BUSINESS 37, 51 (1982).
187 See Chen & Adams, supra note ..., at 381 & n.129; Neil D. Hamilton, Feeding Our Future: Six Philosophical
Issues Shaping Agricultural Law, 72 NEB. L. REV. 210, 218-20 (1993).
188 See generally Christopher R. Kelley, Rethinking the Equitites of Federal Farm Programs, 14 N. ILL. U. L.
REV. 659 (1994) (reviewing the economic and legal literature).
189 D. Gale Johnson, U.S. Agricultural Programs as Industrial Policy, in INDUSTRIAL POLICY FOR AGRICULTURE
IN THE GLOBAL ECONOMY 307, 308 (S.R. Johnson & S.A. Martin eds., 1993).
190 See, e.g., MARTY STRANGE, FAMILY FARMING: A NEW ECONOMIC VISION 131-34 (1988); INGOLF VOGELER, THE
MYTH OF THE FAMILY FARM: AGRIBUSINESS DOMINANCE OF U.S. AGRICULTURE 170-85 (1981). For a guide to the
arcane distinctions between left and right within the agricultural community, see generally Curtis E. Beus &
Riley E. Dunlap, Conventional Versus Alternative Agriculture: The Paradigmatic Roots of the Debate, 55
RURAL SOCIOL. 590 (1990).
191 Chen, supra note ..., at 846.
192 304 U.S. 144 (1938).
193 See id. at 153 n.4.
194 See, e.g., DANIEL A. FARBER & PHILIP P. FRICKEY, LAW AND PUBLIC CHOICE: A CRITICAL INTRODUCTION 12-37
(1991); Bruce A. Ackerman, Beyond Carolene Products, 98 HARV. L. REV. 713 (1985); Geoffrey P. Miller,
Public Choice at the Dawn of the Special Interest State: The Story of Butter and Margarine, 77 CAL. L. REV.
83 (1989); Geoffrey P. Miller, The True Story of Carolene Products, 1987 SUP. CT. REV. 397.
332 JIM CHEN

Sullivan, 325 U.S. 761, 773-74 (1945); cf. C&A Carbone, Inc. v. Town of Clarkstown, 511 U.S. 383, 407
(1994) (O’Connor, J., concurring in the judgment) (citing “the potential for conflicts” among the “many
jurisdictions [that] are contemplating or enacting flow control” as a reason for striking down a local flow
control ordinance (emphasis added)).
217 For merely one illustration of the interplay between these markets, see Oliver E. Williamson, Franchise
Bidding for Natural Monopolies Ä In General and with Respect to CATV, 7 BELL J. ECON. 73 (1976).
218 Wisconsin Dep’t of Indus., Labor & Human Relations v. Gould, 475 U.S. 282, 290 (1986).
219 See Michael Wells & Walter Hellerstein, The Governmental-Proprietary Distinction in Constitutional
Law, 66 VA. L. REV. 1073 (1980).
220 Gould, 475 U.S. at 290.
221 C&A Carbone, Inc. v. Town of Clarkstown, 511 U.S. 383, 394 (1994); see also New Energy Co. v.
Limbach, 486 U.S. 269, 278 (1988) (expressing a similar preference for public finance based on general
revenue taxes or municipal bonds).
222 See, e.g., STEPHEN BREYER, REGULATION AND ITS REFORM 181-83 (1982).
223 DENNIS MUELLER, PUBLIC CHOICE II, at 73 & n.13 (1979) (citing Coase, supra note ...). See generally
Gordon Tullock, Federalism: Problems of Scale, 6 PUB. CHOICE 19 (1969).
224 Hughes v. Alexandria Scrap Corp., 426 U.S. 794 (1976).
225 See Reeves, Inc. v. Stake, 447 U.S. 429 (1980).
226 See DERRICK E. BELL, FACES AT THE BOTTOM OF THE WELL: THE PERMANENCE OF RACISM 8-9 (1992).
227 See South Dakota v. Dole, 483 U.S. 203 (1987).
228 White v. Massachusetts Council of Construction Employers, Inc., 460 U.S. 204, 211 n.7 (1983).
229 See Copperweld Corp. v. Independence Tube Corp., 467 U.S. 752, 771 (1984); cf. Sunkist Growers, Inc.
v. Winckler & Smith Citrus Prods. Co., 370 U.S. 19, 29 (1962) (declining to give legal weight to “organizational
distinctions that are of de minimis meaning and effect”).
230 See United Bldg. & Constr. Trades Council v. City of Camden, 465 U.S. 208, 221 (1984) (holding that the
governmental “exercise of power to bias the employment decisions of private contractors and subcontractors
against out-of-state residents may be called to account under the Privileges and Immunities Clause,” even
though the same conduct would be immunized by the market-participant doctrine from dormant commerce
clause review).
231 See South-Central Timber Dev. Corp. v. Wunnicke, 467 U.S. 82, 98 (1984); cf. New England Power Co.
v. New Hampshire, 455 U.S. 331, 339 n.6 (1982) (describing a ban on electricity exports from a state as
“more than regulat[ion of] the use of a reesource [the state assertedly owns”).
232 See O’Hare Truck Serv., Inc. v. City of Northlake, 116 S. Ct. 2353 (1996); Board of County Comm’rs v.
Umbehr, 116 S. Ct. 2342 (1996).
233 Compare Exxon Corp. v. Eagerton, 462 U.S. 176 (1983) (upholding a state law regulating private contracts)
and Energy Reserves Group v. Kansas Power & Light, Inc., 459 U.S. 400 (1983) (same) with United States
Trust Co. v. New Jersey, 431 U.S. 1 (1977) (striking down a state’s attempt to repeal a covenant in a contract
between itself and holders of bonds issued by that state). See generally RICHARD A. EPSTEIN, BARGAINING WITH
THE STATE (1994).
234 See Dan T. Coenen, Untangling the Market-Participant Exemption to the Dormant Commerce Clause,
88 MICH. L. REV. 395, 479 (1989); Collins, supra note ..., at 103; Mark Gergen, The Selfish State and the
Market, 66 TEX. L. REV. 1098, 1138 (1988); Wells & Hellerstein, supra note ..., at 1129, 1131-33; cf. West
Lynn Creamery, Inc. v. Healy, 512 U.S. 186, 211-12 (1994) (Scalia, J., concurring in the judgment) (recognizing
this political limitation on state power but refusing to rely upon it in agreeing to invalidate a targeted subsidy
scheme).
235 Washington v. United States, 460 U.S. 536, 545 (1983); accord West Lynn Creamery, Inc. v. Healy, 512
U.S. 186, 200 (1994); South Carolina v. Baker, 485 U.S. 505, 525 n.15 (1988).
236 General Agreement on Tariffs and Trade, art. III.8, opened for signature Oct. 30, 1947, 61 Stat. A3,
T.I.A.S. No. 1700, 55 U.N.T.S. 187.
237 See Richard A. Posner, Taxation by Regulation, 2 BELL J. ECON. & MGMT. SCI. 22 (1971).
238 Jim Chen, Fugitives and Agrarians in a World Without Frontiers, 18 CARDOZO L. REV. 1031, 1046 (1996);
cf. ELI W. CLEMENS, ECONOMICS AND PUBLIC UTILITIES 526 (1950) (assigning the tile of “tax collectors par
excellence” to public utility companies).
239 Jim Chen, Diversity and Damnation, 43 UCLA L. REV. 1839, 1843 (1996).
240 Peter D. Enrich, Saving the States from Themselves: Commerce Clause Restraints on State Tax Incentives
336 FRANCISCO I. GILETTA

Profesores Eduardo PIGRETTI y Guillermo CANO que desde el D.Agrario y el


D.Minero fueron los primeros en Argentina y quizas en Latinoamericana al difundir
la Teoria de los Recursos Naturales y luego del D.Ambiental. Aclarando como dice
PIGRETTI que con el tiempo todo el Derecho sera Ambiental, como todo el Derecho
es social. .Posicion doctrinaria que comparto plenamente,no asi con relacion al
llamado Derecho de los Recursos Naturales. CARROZA Y ZELEDON asi lo
reconocieron. en el mejor texto de D.Agrario Latinoamericano(Teoria general e insti-
tutos de derecho agrario,Bs.As.,1990)

2) TERMINOLOGIA. Crecimiento economico, Desarrollo Sostenible o


Desarrollo Sustentable.
Pablo GUTMAN , en Teoria Economica y el Desarrollo Sustentable (Ciencias
Politicas y el Desarrollo Sustentable
Bs.As.,l993,pag.121),expresa: “numerosos autores limitan el uso de la expresion
“crecimiento economico” para el aumento en la produccion o riqueza materia,mientras
que reservan la expresion desarrollo economico para un proceso mas complejo donde
intervienen factores culturales,sociales y de equidad junto a los cambios materiales*.
Es decir que este termino solo expresa un “crecimiento economico” exclusivamente
material.
Cual es la expresion correcta: Desarrollo sostenible o Desarrollo sustentable?
Empecemos por decir que generalmente se utilizan como sinonimos pero en
verdad existe una distincion semantica entre los terminos “ sostenible” y “sustentable”.
Sostenible viene de sostener que significa mantener ,sufrir,tolerar , defender una
posicion y en especial “dar a uno lo necesario para su manutencion”, pareciera que
para America Latina seria mas apropiado esta expresion. Por su parte sustentable
expresa la idea que se “puede defender con razones”. y el Diccionario de la Real
Academia entre otras acepciones hace referencia a “conservar una cosa en su ser y su
estado” y aclaro que segun CANO en una reunion latinoamericana de la UICN
(Quitim ,marzo l990) se rechazo el uso de la palabra “sostenible” cuyas acepciones se
refieren a otras materias (ob.cit.pag.23). De todas maneras la polemica sigue.
Verifique en Internet y la expresion “desarrollo sostenible” tiene en la Web, con
el buscador Altavista 400.l75 documentos, mientras que “desarrollo sustentable”
registra 86.0l9 documentos. Encontramos asi la Reunion Cumbre del Periodismo
sobre Desarrollo Sustentable (23 y 24 noviembre en Punta del Este,Uruguay)... y la
Cumbre Hemisferica sobre Desarrollo Sostenible (Junio l996,La Paz, Bolivia)....Entre
tanto material encuentro el eclente trabajo de mi amigo el Ex-Presidente de la Corte
Centroamericana de Justicia Jorge Antonio GIAMMATTEI AVILES ( Fundamentos
Constituciones Centroamericanos del D.Ambiental y Agrario, Managua,junio l995)
y alli descubro un fallo de La Corte sobre la situacion juridica de la “Alianza para el
Desarrollo Sostenible” adoptada por los Presidentes de las Republicas de Costa Rica,
El Salvador,Guatemala,Honduras,Nicaragua,Panama y Belice.
De todas maneras la mayoria de los autores estan contestes en reconocer que el
termino “desarrollo sustentable” se empleo por primera vez en el informe Brundtland
y ratificado por la Conferencia de Estocolmo de 1972.
338 FRANCISCO I. GILETTA

rar la ecologia a las cuentas nacionales “(Andew STEER y Enst LUTZ, Medicion del
desarrollo ambientalmente sostenible, Finanzas y Desarrollo,dic.l993,pag.20)
Desde el punto de vista juridico señalo algunas conclusiones del excelente trabajo
de Jorge MARTINOLI :”1) Si el derecho,como ciencia,desconoce los reales compo-
nentes de la naturaleza humana -la razon,la ambicion,la iniciativa privada y el riesgo
de vivir- no desembocara en un “ordenamiento” justo,seguro y equitativo,ni hara
posible un desarrollo sustentable. 2) Este ultimo concepto -desarrollo sustentable- es
una aspiracion juridica aplicable a todos y cada uno los distintos Estados del
mundo,admitiendo todas las variables que los distinguen y por ende,capaz de dar una
formula internacional practica que solucione los conflictos ecologicos.”(Ciencias
politicas y Desarrollo Sustentable,Bs.As,l993,pag.84)
Desde la sociologia encontramos esta opinion con respecto a Latinoamerica y el
Caribe:” El modelo de desarrollo impuesto a nivel mundial repercute desfavorablemente
sobre nuestras sociedades y nuestro medio ambiente. El movimiento ambientalista ha
cumplido una valiosa funcion critica sobre el deterioro que el paradigma modernista
ocasiona” (Susana A.ALVAREZ, Aspectos Sociologicos del Desarrollo
Sustentable,ob.cit.pag.l49)
Vemos asi en esta apretada sintesis,impuesta por necesidades metodologicas,que
esta “vexata questio” necesita un tratamiento multi e interdisciplinario lo que dificul-
ta grandemente su interpretacion y nos lleva a la conclusion que para evaluar un
proyecto de desarrollo sostenible o un proyecto de ley propiciando ese desarrollo es
indispensable un trabajo en equipo con la intervencion de todas las partes interesadas.
Caso contrario se puede hacer filosofia del desarrollo sustentable. Y mas aun compar-
to los terminos de la profesora costarricense Ariette MUNOZ, cuando recientemente
nos dijo:”planeamos la colaboracion de saberes mas que interdisciplariamente,
transdiciplinariamente... esto significa que cada persona desde su disciplina se forta-
lece ampliando sus esquemas de analisis y de intervencion de la realidad a partir de
instrumentales conceptuales, analiticos y operativos,generados de manera conjunta
por diversas disciplinas... un ejemplo es el caso del agronomo que debe reconocer la
riqueza del tema que lo ocupa,incluyendo ahora a la gente y su cultura”(Desarrollo
Sustentable. De lo simple a lo complejo:un cambio de mentalidad; Cooperacion
Internacional,Univ.Nacional del Litoral,l998,pag.6)
b) DESARROLLO SUSTENTABLE EN LAS PRIORIDADES NORTE Y SUR.
Es distinto hablar de desarrollo sustentable en el Norte que en el Sur. Son
diversas las realidad y por lo tanto las prioridades son disimiles.
Esta no es solo mi humilde opinion. Varios autores estan contestes en la
afirmacion precedente. Cito entre otros a Pablo GUTMAN (ob.cit.pag.l29) cuando
expresa:” la literatura del Norte se concentra en la ultima parte de la definicion de
desarrollo sustentable,particularmente en los problemas de equidad intergeneracional,
refiriendo el desarrollo sustentable a la responsabidad de las generaciones actuales
para con las generaciones futuras”.
Como ya lo tengo dicho en las lras. Jornadas de Politica Agraria del Mercosur -
sin que ello sea una novedad- el gran drama de America Latina es la pobreza y alli
deben concentrarse toda la artilleria para solucionar ese flagelo,constituyendo el
340 FRANCISCO I. GILETTA

- l’uomo,la fauna e la flora;


- il suolo,l’acqua,l’aria, il clima e il paesaggio;
- l’interezione tra i fattori di cui al primo e secondo trattino;
- i beni materiali ed il patrimonio culturale.

Ahora bien,estimo debemos tratar especialmente el impacto ambiental que se


produce en las areas rurales por la misma actividad agraria, por el hombre .
En ese sentido no contamos en Argentina con un material bibliografico rico.
Personalmente hice referencia a este tema en el Congreso Internacional de Derecho
Rural y Derecho Ambiental “Dr.Guillermo Garbarini Islas”,Universidad del Museo
Social Argentino, Bs.As,l994, y en aquella oportunidad exprese con relacion a los
impactos ambientales en la propiedad agraria:
El hombre fente a la naturaleza tiene tres actitudes:l) DEGRADANTE es el que
incendia, el que mata animales, el que envenena el aire o el suelo... 2) RESPETO.
Recordamos la frase de Shakespeare:”el respeto es el eje del mundo”. Si no respetamos
“tambien “ la naturaleza,ella se hara respetar. Respetar los arboles,los pajaros,las
flores,el aire... y 3) AMOR. El patrono de la Ecologia, San Francisco de Asis,nos
habla del “hermano Sol y la hermana Luna”. Actitud de amor que es lo mas sublime
del hombre,lo que mas lo dignifica. Por supuesto que no a todos podemos pedirle
“amor por la naturaleza” pero si por lo menos “respeto por la naturaleza”.
Y continuando con nuestra tematica coincidimos con PIGRETTI
(D.Ambiental,Bs.As.,l993) “creemos mas conveniente insistir en la validez de las
instituciones agrarias tradicionales,para atacar el problema mundial de la proteccion
ambiental”
Brevemente nos referiremos ahora al impacto ecologico en el campo argentino:
* INCENDIOS: En un reciente informe del Ministerio de Agricultura y Ganaderia
de Cordoba, “mas del noventa por ciento de los incendios de la provincia son producidos
por el hombre y dañan miles de hectareas de buena madera,pastizales protectores y
tierras pastoreo” (La Voz del Interior,26 de junio de 1993).
* PLAGUICIDAS: Este es un tema muy controvertido y sobre el que hay mucho
que hablar y escribir. Solo diremos con la brillante ambientalista costaricense Roxana
SALAZAR CAMBRONERO (Legislacion y Ecologia,San Jose de Costa
Rica,l99l,pag.83) “un hecho claro es que a pesar de su uso,los plaguicidas no han
reducido las perdidas de la produccion agricola”... “estamos en presencia de negocios
multibillonarios”... “se estima que la industria quimica es una de las mas importan-
tes en el mundo industrial”.
En nuestro pais la Secretaria,Ganaderia y Pesca de la Nacion el l8 de julio de
l991 dio un listado de plaguicidas prohibidos total o parcialmente (p.ej.:arseniato de
plomo,san.veg.: prohibido totalmente; Etion, san.veg.:prohibido su uso en perales y
manzano, uso restringido).
* DEFORESTACION: Todos sabemos los daños al suelo y al ambiente que
provoca la deforestacion masiva. Los arboles le dan estabilidad al suelo, conservan su
fertilidad; si son eliminados la tierra se vuelve arrida y las sequias aparecen anunci-
ando la desertizacion .
342 FRANCISCO I. GILETTA

eso es lo que estamos buscando”. Sabias palabras del empresario suizo Stephan
SCHMIDHEINY,fundador del Consejo Empresarial para el Desarrollo Sustentable
A)ASPECTOS GEOPOLITICOS
La Rioja -como su homonina española- es una region semiarida que tiene
necesidad de agua para desarrollar el agro, pero con bellezas naturales excelentes.(
por ej.entre ellas Talampaya).
Esta ubicada en la region noroeste del territorio argentino con una superficie de
89.680 km cuadrados y altura sobre el nivel del mar de 498 m. ,con una temperatura
media anual de l9,30 C,humedad relativa media del 57% y precipitacion media anual
de 385 mm. y cuenta con una poblacion rural y urbana de 258.23l habitantes en el año
l997.
Junto a la inmensa llanura arenosa existen las sierras Jaguel,Famatima y Velasco,
con altura media superior a los 3.000 mts.
Solamente el 4% de su territorio se encuentra dedicado a la explotacion agraria
existiendo grandes posiblidades para su desarrollo como se esta haciendo en estos
ultimos años con el sistema de desgravacion impositiva que alienta la inversion
agropecuaria.
Existe un buen caudal de agua y hay en la provincia una amplia experiencia en
tecnologia de riego. El costo de una hectarea para uso agricola es de u$s l50 y el costo
de una estructura de riego es de u$s 3.000 la hectarea.
Principales actividades agrarias o agroindustriales:
l) Polo Vivinicola: que cuenta con una superficie cultivada de 8.300 has. con
una produccion anual (1995) de ll8.308 tons.,existe un varietal preponderante (torrontes
riojano),habiendose exportado en 1996 por u$s 1.200.000 siendo su destino la CE y
Brasil.
2)Polo Olivicola: que cuenta con una superficie cultivada de l2.000 has,
destacandose la superficie promovida por Ley 22.02l con 24.110 has.,con una
produccion anual pico de l2.000 tns. y una produccion potencial de 250.000 tons.,
variedad preponderante (arauco),habiendose exportado en l996 por u$s 22,4 millones
,siendo su destino CE,Japon,Brasil.
3)Actividad ganadera: cuenta la Provincia con abundante disponibilidad de
ganado de cria (230.000 bovinos),con buenas condiciones para la cria,optima situacion
fitosanitaria y experiencia de desarrollo en feed lot.
4)Curtiembre regional: Constituyendo la materia prima principal la de cueros
vacunos con una capacidad de produccion anual de l.600.000 cueros con un calculo
anual de exportaciones de u$s l00. millones.,con destino de la produccion al Sud
Este Asiatico.
A esta hermosa tierra de olivares muy bien le caben los versos de Machado:

Olivares coloridos
de una tarde anaranjada;
olivares rebruñidos
bajo la luna argentada!.
344 FRANCISCO I. GILETTA

de inversion que en cada caso aprueba la Autoridad de Aplicacion:


a) DIFERIMENTO DEL PAGO de las sumas que deban abonar en concepto de
impuesto a las ganancias,impuesto sobre los capitales,impuesto sobre el patrimonio
neto e impuesto al valor agregado-incluidos sus anticipos- correspondientes a ejercicios
con vencimiento general posterior a la fecha de la inversion....
El monto del impuesto a diferir sera igual al SETENTA Y CINCO POR CIENTO
(75%) de la aportacion directa de capital...
ARTICULO 12: (Hace referen cia a la presentaci[on previa del proyecto ante la
autoridad de aplicacion )....
ARTICULO l5.(establece la mora automatica ante el incumplimiento total o
parcial de las obligaciones asumidas)
Esta es en apretada sintesis un resumen de las principales normas tributarias
agrarias nacionales que establecen excenciones y diferimentos para llograr un desarrollo
agrario en la provincia de La Rioja.
Veamos ahora la legislacion provincial, La ley n* 6.l4l que otorga una serie de
beneficios impositivos para la promocion de actividades productivas, en nuestro
caso,agropecuarias.
Los beneficios consisten en la EXENCION IMPOSITIVA en los impuestos de
SELLOS,AUTOMOTORES E INGRESOS BRUTOS, ademas exencion de tasas y
contribuciones municipales..
Acogiendose a esta Ley se mantiene una estabilidad fiscal de l5 años para las
actividades agropecuarias.
c) EMPRENDIMIENTOS REALIZADOS.
De acuerdo a la informacion recogida en el Ministerio de Desarrollo de la
Produccion y Turismo de la Provincia de La Rioja el impactgo de la instrumentacion
de la ley 22.021 en el periodo 1980-1996 ha arrojado los siguientes resultados positi-
vos:
l) Actividades promovidas: olivo,jojoba,vid,ganaderia bovina, citricultura, nogal,
algarrobo, frutales, pistacho, datiles.
2) Inversion comprometida: $ 7l9.890.640
3) Empleos comprometidos: 3.3l9 puestos de trabajo (permantes y temporarios)
y 10.000 puestos indirectos.
4) La superficie comprometida es de 41.401 hectareas.

d) ANALIS DE RESULTADOS.
Como se observa por la variedad de actividades promovidas, que se adaptan
perfectamente a la climatologia de esta Provincia, sin producir ningun impacto am
biental negativo, el resultado es altamente positivo.
La inversion comprometida es muy importante, como la supeficie dedicada a
las actividades agrarias que evidentemente procuran un desarrollo sustentable a esta
Provincia poco poblada y con un escaso porcentaje de territorio dedicado a las
actividades agrarias.
Y ademas,algo fundamental, como es abrir nuevas fuentes de trabajo. Dar trabajo
en la pobreza rural es abrir una esperanza en un futuro mejor. La dignificacion de la
348 DOMINGOS SÁVIO DRESCH DA SILVEIRA

gerando inúmeros sub-produtos. O principal fruto dessa árvore venenosa é a violên-


cia e a impunidade no campo.
Segundo dados da comissão pastoral da terra, os quais não tem sofrido
impugnação por parte do governo, nos últimos 30 (trinta) anos, foram assassinados
em razão de conflitos possessórios 1.635 pessoas, incluindo trabalhadores rurais, pa-
dres e até mesmo advogados, dos quais não mais que uma dezena de casos foram
levados a julgamento e condenados. Lembre-se que os massacres de Corumbiara
(agosto de 1995) e Eldorado dos Carajás (abril de 1996), que somados resultaram na
morte de 29 (vinte e nove) camponeses, continuam impunes.
A impunidade, portanto, é ferida exposta que bem demonstra a situação de
barbárie e pré-modernidade que vive o meio rural brasileiro nesses tempos de pós-
modernidade e globalização.
Essas considerações relativas à realidade brasileira, aquela que encontramos
fora dessa confortável sala, são imprescindíveis para que possamos compreender a
importância do tema da função social da propriedade e das suas relações com o desen-
volvimento sustentável.

II. A Constituição Brasileira e a Função Social da Propriedade Rural.

A Constituição brasileira, que está a completar dez anos, tratou de forma avan-
çada o problema do desenvolvimento sustentável.
Refletindo os grandes efeitos gerados na legislação brasileira a partir da Confe-
rência de Helsinque (1972), nossa Constituição atribuiu grande destaque à temática
do meio ambiente consagrando-lhe um capítulo inteiro, bem como inúmeras menções
esparsas, sendo reconhecido como um dos textos constitucionais mais avançados em
matéria ambiental.
Não é demais lembrar o que diz o artigo 225 da Constituição: “Todos têm
direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e
essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao poder público e à coletividade
preservá-lo para as presentes e futuras gerações”.
Mas nossa Constituição não se contentou apenas com tal solene proclamação.
Foi mais longe e, no que diz especificamente com nosso tema, afirmou que o respeito
às regras do desenvolvimento sustentável é um dos requisitos que devem ser atendi-
dos pela propriedade rural para que se reconheça que a mesma cumpre sua função
social. Diz a Constituição:
“Artigo 186 – A função social é cumprida quando a propriedade rural atende,
simultaneamente, segundo critérios e graus de exigência estabelecidos em lei,
aos seguintes requisitos:
I – aproveitamento racional e adequado;
II – utilização adequada dos recursos naturais disponíveis e preservação do
meio ambiente;
III – observância das disposições que regulam as relações de trabalho;
IV – exploração que favoreça o bem-estar dos proprietários e dos trabalhado-
res”.
350 DOMINGOS SÁVIO DRESCH DA SILVEIRA

rece enquanto poder jurídico do titular.

IV. Efeitos do desrespeito à Função Social da Propriedade


Assim sendo, se a função social da propriedade é elemnto componente do con-
ceito jurídico de propriedade que consequências podem decorrer de seu
descumprimento.

A. Desapropriação
O mais comum é a perda da propriedade pela desapropriação.
No Brasil, em razão do artigo 184 da constituição Federal, a propriedade pro-
dutiva não pode ser objeto de desapropriação para fins de reforma agrária, cujo paga-
mento dá-se em títulos da dívida pública e não em dinheiro.
Contudo, esse dispositivo constitucional vem sendo erroneamente interpretado
e tem se entendido que, independentemente da forma como se obtém a produtividade,
há absoluta impossilidade de desapropriar a propriede produtiva.
Ora, tal interpretação, desconhece os efeitos decorrentes do descumprimento da
função social ambiental do imóvel rural, que é suficiente, por si só, para justificar a
desapropriação do imóvel.
Imaginemos a situação da propriedade rural que se torna produtiva graças à
devastação da floresta com a utilização de mão-de-obra infantil escravizada. Apesar
de preencher o elemento econômico da função social, essa propriedade não atende aos
requisitos ambientais (exigências do desenvolvimento sustentável) e sociais. Portan-
to, apesar de produtivia, não cumpre sua função social, sendo possível a sua desapro-
priação para fins de reforma agrária.
Em que pese não tenha o Supremo Tribunal Federal enfrentado diretamente o
tema, vale lembrar passagem de acórdão unânime7 do Plenário daquela Corte em que
se afirmou:
“A defesa da integridade do meio ambiente, quando venha este a constituir
objeto de atividade predatória, pode justificar reação estatal veiculadora de
medidas - como a desapropriação-sanção - que atinjam o próprio direito de
propriedade, pois o imóvel rural que não se ajuste, em seu processo de explora-
ção econômica, aos fins elencados no art. 186 da Constituição claramente
descumpre o princípio da função social inerente à propriedade, legitimando,
desse modo, nos termos do art. 184 c/c o art. 186-II, da Carta Política, a edição
de decreto presidencial consubstanciador de declaração expropriatória para fins
de reforma agrária” (grifos do original).

Percebe-se que a decisão concorda com a posição que nos parece mais adequada
com o sistema constitucional, ou seja, que a propriedade produtiva só estará incólume
à reforma agrária se respeitar, simultaneamente, os elementos ecológico e social
requisitos da função social da propriedade rural.

B. Perda dos interditos possessórios


Por outro lado, a propriedade rural que descumpre a função social perde o direi-
352 DOMINGOS SÁVIO DRESCH DA SILVEIRA

5 Diritto privato e processo economico. Nápoles, 1977, pp. 181-2


6 Introduzione alla problematica della ‘proprietà’. Camerino, 1970, p.71.
7 MS 22.164-0-SP (DJU, 17.11.1995), Relator Ministro Celso de Mello, publicado na íntegra na revista LEX
Jurisprudência do STF, vol. 208, pp. 251-269.
8 Textualmente, diz o referido autor: “(...)a propriedade dotada de função social, que não esteja a cumpri-la, já
não será mais objeto de proteção jurídica. Ou seja, já não haverá mais fundamento jurídico a atribuir direito
de propriedade ao titular do bem (propriedade) que não está a cumprir sua função social. Em outros termos,
já não há mais, nocaso, bem que possa, juridicamente, ser objeto de direito de propriedade (...)não há, na
hipótese de propriedade que não cumpre sua função social ‘propriedade’ desapropriável. Pois é evidente que
só se pode desapropriar a propriedade; onde ela não existe, não há o que desapropriar” (in: “A ordem econômica
na constituição de 1988 – interpretação e crítica”. SP, RT, 1990, p. 316).
354 RAFAEL INCIARTE BRACHO

1.) Multipartidismo. 2.) Economía de mercado. 3.) Apertura económica al exte-


rior. 4.) Libre circulación de capitales . 5.) Libertad de prensa. 6.) Poder judicial
independiente. 7.) Protección de inversiones extranjeras . 8.) Protección de la propiedad
intelectual . 9.) Equilibrio fiscal . (TACCETTI, VICTORIO, citado por Arraíz).
¿Puede hablarse o plantearse con posibilidades de éxito la protección social en
este proceso de globalización ?
Parece difícil pero son escollos a vencer si queremos estabilidad política y
social en estos países, y que parece ser estamos obligados a ir hacia una marcada
globalización o hacia procesos de integración. “El fenómeno de la globalización influye
en todos los espacios de organizaciones” (EL NACIONAL 30-3-98. “La segmentación
de funciones desaparece con la globalización” ).
¿Que va a ocurrir con el trabajo ? ¿Que va a ocurrir con el trabajo agrario?.
Recientemente he leído “El fin del trabajo” . Dice Jeremy Rifkin que “Durante
casi toda la era moderna el valor de la persona se ha medido por el rendimiento que
produce su trabajo. Ahora que progresivamente el valor del producto hecho por el
hombre tiende a ser mas insignificante e irrelevante, en un mundo cada vez más
automatizado se deberán explotar nuevas formas de definir el valor de las personas y
del espíritu humano”.
Me pregunto ante la afirmación del agudo pensador norteamericano citado: ¿Cuál
va a ser el destino del trabajo, principalmente del agrario? ¿Responderá la globalización
ésta preocupante pregunta? ¿Los procesos de integración hallaran respuestas? No
deberíamos perder de vista que el trabajo agrario sigue siendo en América Latina
fuente importante de empleo. ¿Podríamos imaginarnos si quiera una globalización
con alma que aborde la problemática planteada? .
Si la globalización tiene alma y no es por ende para erosionar aún más a los
pueblos con más violencia, terrorismo, polarización económica y reducción del esta-
do, generadores de desempleo, economía informal, deterioro de la familia y aumento
de la criminalidad (“La globalización conspira contra el Judaísmo”. EL NACIONAL
31-3-98. Primer Congreso Cultural Judeo Latinoamericano) tendrá que abordar el
trabajo agrario partiendo de sus condiciones actuales y mejorándolo, para poder
garantizar paz social en los países latinoamericanos.
Sobre el trabajo diremos, que el agrario ha sido relegado con respecto al trabajo
urbano.
La doctrina sobre el trabajo agrario es escasa.
Según Alfredo Herrera las características del trabajo Agrario guardan relación
con la naturaleza, el trabajo debe cumplirse en forma discontinua conforme con los
ciclos de la actividad, la proyección universal de la producción agraria , un mercado
limitado y requiere de una legislación especial .
Se entiende por trabajador rural el que presta servicios en fundo agrícola o en
pecuario en actividades que sólo puede cumplirse en medio rural (art.315 Ley Orgánica
del Trabajo de Venezuela).
El trabajo agrario o rural puede ser permanente , temporal y ocasional.
Permanente es el que se presta en el fundo por un tiempo prolongado por la
naturaleza de labor, siempre y cuando se haga para un solo patrón.
356 RAFAEL INCIARTE BRACHO

He visto buenas condiciones laborales rurales en varias haciendas que me ha


tocado visitar con ocasión de atender asuntos relacionados con el cargo de Juez Agrario
que me inviste. Dichas condiciones deberían ser copiadas por la mayoría de los
empresarios del campo venezolano y del mundo.
Hasta aquí nuestro aporte en esta materia “Trabajo Rural”. Creemos que en un
proceso de globalización e integración el trabajo rural no puede pasar desapercibido y
que se imponen mejores condiciones de gran contenido social y económico para el
beneficio y felicidad de nuestros pueblos, hoy sumidos en la falta de educación y la
pobreza. De la habilidad de sus gobernantes dependerá su destino.

Autores citados
1. ZELEDÓN, Ricardo.
2. UMAU.
3. SOARES, Aldo.
4. ARRAIZ LUCA, Rafael.
5. TACCETTI, Victorio.
6. Diario El Nacional.
7. RIFKIN, Jeremy.
8. CONGRESO JUDEO LATINOAMERICANO.
9. HERRERA, Alfredo.
10. JUAN XXIII.
11. SALAS, Oscar.
12. BARAHONA, Rodrigo.
13. ALVARADO, Alexander
358 AUGUSTO RIBEIRO GARCIA

mercado, que são livres enquanto as necessidades de consumo exigirem.


O direito, ao contrário, pauta-se pelas normas jurídicas, que dependem do
formalismo legislativo.
A economia não tem fronteiras para satisfazer as necessidades humanas. Ao
contrário, o direito está preso aos freios da ética e da moral. Os processos tecnológicos
já chegaram ao estágio da clonagem. Mas o paradigma esbarrou no direito e na moral
de todos os povos do mundo.
A lei diz que o jogo do bicho é contravenção. Mas essa prática contravencional
proporciona milhões de empregos aos brasileiros e movimenta milhões de reais por
dia numa economia informal.
O Código Penal diz que emitir cheque sem provisão de fundos é crime, mas
todos os meios de comunicação anunciam diariamente a venda a prestações com che-
ques pré-datados.
No caso da clonagem, estamos diante de um vazio legal. E nos dois últimos, uma
omissão legal. Embora a lei exista, ela não é cumprida.
Mas não precisamos chegar a estes extremos para mostrar o que se passa na área
do Direito Agrário. Mais especificamente no que tange aos contratos agrários, que é o
nosso tema. São práticas pautadas na omissão e no vazio legal que vão aos poucos se
consolidando como costumes. É o exercício da praxis. Isto é o que veremos a seguir.

1 - ARRENDAMENTO
Questões polêmicas - Prazos mínimos e fixação do preço:
conveniência das partes ou conflito de interesses?

1.1 - Prazos mínimos


Visando proteger o trabalhador rural e mantê-lo na terra, a lei nº 4.504, de 30 de
novembro de 1964 (Estatuto da Terra), em seu art. 93, inciso II, regulamentada nesse
item pelo decreto nº 59.566, de 14 de novembro de l966, estabeleceu prazos míni-
mos para os contratos agrários. Eles são de 3, 5, e 7 anos, dependendo do tipo de
cultura ou atividade a ser praticada no imóvel arrendado. Mas, na prática, essa obser-
vância sempre oscilou de acordo com os interesses das partes.
Quando essa situação se configura, é evidente que as partes estão ao desamparo
do que preceitua o art. 13, inciso II, letra “a”, do decreto nº 59.566/66. É um risco que
elas correm. Uma espécie de cumplicidade recíproca, mas que, em última alternativa,
satisfaz as duas partes contratantes.
Em tal situação, o mais comum é a existência de dois contratos. Um, formal-
mente perfeito, de acordo com a lei; e outro “de gaveta”, de acordo com o interesse
das partes e em desacordo com a lei.
Quando há uma ruptura dos interesses ou da conveniência das partes contratan-
tes, elas recorrem à Justiça, mas não se servem dos contratos de gaveta para embasar
o pedido. Embora raras essas circunstâncias, elas ocorrem. É o preço do risco.
Entretanto, nas culturas temporárias (de curto ciclo), as modernas técnicas agrí-
colas não recomendam o replantio do mesmo produto em muitas safras sucessivas no
360 AUGUSTO RIBEIRO GARCIA

Antes da vigência da lei 9.393/97 (nova Lei do ITR), o VTN era obtido pelo
lançamento da Receita Federal, que estava sempre defasado. Agora, ele é atribuído
pelo próprio contribuinte. É o valor de mercado, segundo determina o art. 8º, § 2º, da
nova lei.
Mas a nova lei tem também os seus defeitos. Isto porque o mercado de terras
pode oscilar muito de região para região e num mesmo ano. Ele nunca espelha a rea-
lidade. Os órgãos (INCRA e Receita Federal) envolvidos na sua apuração nem sempre
dispõem de dados cadastrais atualizados
O parâmetro de 15% do VTN para a área total do imóvel nem sempre se ajusta
à realidade do mercado. Numa economia com índices inflacionários elevados, como
os que o país viveu até há pouco, fixar o preço do arrendamento nesse patamar era
uma grande ilusão. O que se via em todo o país era a prática de percentuais sobre a
produção.
O pagamento em dinheiro até pode ocorrer, inclusive baseado no percentual
combinado. Mas a regra costumeira é o percentual puro e simples do produto cultiva-
do. É o império da praxis.
Estudioso dessa matéria, o juiz Irio Grolli, quando integrava o Colégio Recursal
do Oeste catarinense, tinha posição definida sobre esta matéria. Ele reconhecia plena
validade nos contratos agrários que fixavam o preço do arrendamento em percentual
do produto cultivado no imóvel arrendado. Grolli dizia que “não se pode tapar o sol
com a peneira”, num reconhecimento de que a prática virou costume.
A confusão existente sobre a fixação do preço do arrendamento tem parte de
seus motivos na própria lei regulamentadora do Estatuto da Terra. Isto porque o ex-
tenso texto do art. 19 do decreto 59.566 começa dizendo que “Nos contratos em que
o pagamento do preço do arrendamento deva ser realizado em frutos ou produtos
agrícolas,...”.
Essa brecha aberta talvez por um descuido redacional é que deve ter sido a
motivadora das confusões na elaboração de contratos até perfeitamente corretos, mas
fixando o preço em percentuais. De qualquer forma, a prática impera e já virou costu-
me.
Pelas razões mencionadas, sugere-se que pelo menos o texto regulamentar do
art. 95, XII, do Estatuto da Terra, seja renovado a fim de sanar essa incoerência da lei.
Pelas mesmas razões já mencionadas no item anterior, os contratos celebrados
em desacordo com a lei e que, porventura, venham a causar prejuízos a uma das par-
tes, podem ser denunciados. O que vai prevalecer é o que lei em vigor determina.
Abusos sempre são praticados, burlando a lei, principalmente pela parte mais
forte material e financeiramente. Há notícias de que os arrozeiros do Rio Grande do
Sul cobram um percentual elevado do arrendamento da terra aos arrendatários. Além
da terra nua, cobram mais dez por cento sobre a água fornecida na irrigação dos arro-
zais, mesmo que os arrendatários possuam todo o equipamento necessário (bombas,
motores, tubulação etc).

1-3 - Arrendamento de gado


Uma modalidade de arrendamento sui generis praticado ultimamente no Brasil
362 AUGUSTO RIBEIRO GARCIA

Assim sendo, dentro do raciocínio traçado pelo art. 1.251 do CC, pode-se impor
condições de uso do imóvel pelo comodatário. Mas sem qualquer contraprestação de
natureza pecuniária. Isso descaracterizaria o princípio da gratuidade.
A prática do legítimo comodato condicionado possibilita que a propriedade ru-
ral cumpra a sua função social. Eis alguns exemplos:
1- O proprietário de um pasto degradado celebra um contrato com o comodatário
para que este plante soja ou milho no local pelo prazo de três anos. A cessão da gleba
é feita graciosamente, com a condição de que ela seja devolvida toda semeada com
determinado tipo de capim, cuja semente poderá ser fornecida, ou não, pelo proprietá-
rio.
2- O comodatário recebe um pasto sujo para pôr o seu gado nele pelo prazo de
um ano, com a condição de devolvê-lo roçado, findo o prazo.
Nestes dois exemplos as condições impostas ao comodatário são aquelas decor-
rentes do uso normal da coisa dada em comodato. No primeiro caso, o cultivo da soja
ou do milho implica obrigatoriamente o preparo e os tratos normais do solo. Será feita
a sua correção e aplicado o adubo. Ao fazer esses “cuidados”, o comodatário conser-
vou a terra como se dele fora, nos termos do art. 1.251 do Código Civil. Só que na
última safra, na época oportuna, ele joga a semente do capim sobre o solo que já
estava preparado para a cultura ali praticada.
Os custos da semente do capim e da semeadura são insignificantes, em compa-
ração com o volume do capital movimentado com as safras que o comodatário colheu.
Portanto, a contraprestação, a rigor, não foi onerosa.
O mesmo ocorre com o pasto, do segundo exemplo. Para que o gado tenha uma
boa alimentação, o comodatário é obrigado a roçar (fazer a limpa). Ao fazer a entrega
ao proprietário, a condição estará cumprida e satisfeitas as duas partes.
Igualmente, não se pode falar em contraprestação onerosa, até mesmo pela in-
significância do custo de limpeza do pasto.
Depois que entrou em vigor a nova lei do ITR (Lei nº 9.393, de 19-12-97), au-
mentou muito o número de arrendamentos, parcerias e também o comodato condicio-
nado. Isso tem ocorrido nas propriedades com pastagens degradadas, principalmente
no Mato Grosso do Sul. Há informações inclusive de comodatos feitos com a condi-
ção de o comodatário ficar responsável apenas pelo pagamento do ITR
Pagamento de impostos e taxas de imóvel rural dado em comodato não caracte-
riza contraprestação onerosa.
Por tais motivos, há necessidade de que o comodato condicionado seja incorpo-
rado à legislação agrária(Estatuto da Terra), delimitando com muito rigor os limites e
parâmetros das condições a serem inseridas no contrato. Isto para se coibir possíveis
distorções e evitar que tudo se transforme em falsos comodatos.
A nossa sugestão é que as condições das contraprestações se limitem a despesas
de mero uso e conservação. Elas não poderiam ultrapassar determinados percentuais
do volume representado pelo efetivo exercício do comodato.
364 AUGUSTO RIBEIRO GARCIA

4 - PARCERIA ESCALONADA

A parceria escalonada ou por etapas também é uma inovação da moderna ativi-


dade agrícola. Ela é semelhante à integração, com a diferença de que na sua execução
não entra o elemento produto. Só entra o trabalho dos parceiros. Por isso é mais con-
siderada como uma terceirização de mão-de-obra, também com a diferença de que
nenhuma das partes contratantes paga pelos serviços prestados na parceria. Os servi-
ços são pagos com cotas de participação na produção final.
Esse tipo de parceria é desenvolvido com a utilização de serviços especializados
em larga escala. Cada especialista presta os serviços em diferentes etapas da produção
e por isso ele participa com determinado percentual proporcional aos serviços presta-
dos.
A parceria escalonada vai ser a modalidade de contrato agrário do futuro na
moderna economia agrícola. É a solução mais inteligente encontrada para enfrentar os
desafios da globalização. Pautado pela total racionalização do trabalho e dos custos,
seu mecanismo suprirá todos os entraves onerosos da cadeia produtiva.
Essa é uma inovação imposta pela globalização para satisfazer as necessidades
da moderna atividade rural. Ela é semelhante à integração, com a diferença de que na
sua execução não entra o elemento produto. Só entram o trabalho e os instrumentos
dos parceiros. Por isso é mais considerada uma terceirização de mão-de-obra, tam-
bém com a diferença de que nenhuma das partes contratantes paga nada pelos servi-
ços prestados na parceria. Os serviços são pagos com cotas de participação no resulta-
do final do empreendimento.
Esse tipo de parceria é desenvolvido com a utilização de serviços especializados
em larga escala. Cada especialista presta os seus serviços em diferentes etapas de
produção na cadeia produtiva. E por isso ele participa com determinado percentual
proporcional aos serviços prestados.
Assim como na integração, a parceria escalonada ainda precisa ser regulamenta-
da e inserida na legislação agrária. Pois hoje ela já representa uma grande fatia de
produção de cana-de-açúcar e outras culturas permanentes (de ciclo longo). Ela é tida
como a nova via por onde passará o desenvolvimento sustentável da moderna agricul-
tura.
As etapas - Numa cadeia produtiva, ela pode englobar a participação de vários
parceiros profissionais cumprindo tarefas diferentes em etapas sucessivas. Assim, por
exemplo, na pecuária leiteira, na ponta inicial está o dono do rebanho, descapitalizado
e sem pasto. Ele entra com o rebanho.
Em seguida, aparece o “granjeiro”, descapitalizado e sem gado. Ele entra com o
pasto e com as instalações (estábulos, ordenhadeiras, resfriadores etc.).
Na etapa seguinte está o industrial. Como dono do laticínio, ele se propõe a
industrializar o leite. Ele transforma a matéria-prima numa linha diversificada de
subprodutos, de acordo com o potencial do empreendimento e com as exigências do
mercado.
Dependendo da escala de produção, nessa cadeia entra também mais um parcei-
ro, na área industrial. Trata-se do fornecedor das embalagens, item de grande impor-
368 JOSE DAMIAN TELLEZ DE PERALTA

más limitados... es de necesidad ordenar para garantizar el hábitat adecuado de todos


y de cada uno de los hombres que constituimos y han de seguir constituyendo la
comunidad política». De ahí que no sea la tierra y la naturaleza en sí considerada la
que se convierte en sujeto beneficiario de la norma protectora sino el hombre en cuanto
sujeto a quien esa naturaleza sirve y como tal el principal interesado a su vez en que
esta naturaleza sea respetada y que la actividad agraria que sobre ella se desarrolle lo
sea en las mejores condiciones técnicas y de salubridad para el destinatario del producto.
Será asimismo el hombre el más interesado en que el espacio en que dicha actividad
agraria se desarrolla, el espacio rural, no resulte afectado por aquella, con objeto de
que el dueño y señor de la creación de ella siga disfrutando. Es el hombre que allí vive,
por otra parte, el agricultor, pieza vital para que ello se consiga3 . De ahí que se haya
podido llamar al agricultor guardián de la naturaleza, y es un ejemplo claro de la
interconexión entre el Derecho Agrario y el Medio Ambiente. Esta expresión se recogió
en la Conferencia celebrada en Estrasburgo del 9 al 12 de febrero de 1970 sobre
Conservación de la naturaleza. Su directriz número 19 señalaba que «la conferencia
urge a los Gobiernos a reconocer el papel vital de las poblaciones rurales en la
conservación del paisaje y del equilibrio de la naturaleza y asegurar que no se produzca
una despoblación del campo más allá del umbral crítico» 4 . A estas preocupaciones
responde el Plan de Higiene Rural de el Ayuntamiento de El Ejido, en el seno del
programa LIFE de la Comunidad Europea, objeto de otra comunicación, si bien en
esta caso no se da despoblación, sino crecimiento demográfico.
Un conjunto de invernaderos como los de las zona del Campo de Dalías o de
Níjar en la provincia de Almería cambia el paisaje, mar de plástico reverberando al
sol. Y eso, como primera impresión de quien lo ve por vez primera, es desde luego
muy llamativo, salta a la vista, y es evidente que hoy los problemas ecológicos han
sensibilizado la conciencia social. El jurista no puede ser indiferente a esta cuestión,
porque ya la carta de París firmada por 34 países miembros de la Conferencia sobre
Seguridad y Cooperación Europea, de 21 de Noviembre de 1990, incluía por primera
vez en la historia, dentro de los derechos fundamentales, junto a las libertades clásicas,
el uso eficiente de los recursos naturales y la preservación del medio. Medio natural,
ambiente y ecología son además de una inquietud, una cuestión ética, dada la
responsabilidad del hombre en la utilización de los recursos. El papa Juan Pablo II, ha
señalado la dimensión ecológica de la moral católica5 , puesto que la crisis ecológica
es problema moral, destacándose que la ecología adquiere una dimensión moral en su
origen más allá de consideraciones utilitarias.6 También Juan Pablo I había advertido
que la tentación de sustituir a Dios con la decisión autónoma que prescinde de las
leyes morales lleva al hombre moderno a arriesgarse a reducir la Tierra a un desierto7 .
Y ahí están los testimonios de San Francisco de Asís, hermanado a la naturaleza, o de
fray Luis de Granada y otros padres de la Iglesia.
Hay que evitar como dijo Miguel Delibes en su discurso de recepción el 25 de
Mayo de 1975 en la Real Academia Española que la naturaleza se convierta en el
chivo expiatorio del progreso8 . Por tanto hay conciencia generalizada del problema y
en esta última convocatoria del V Congreso Mundial de Derecho Rural, organizado
por L‘Unión Mondiale des Agraristes Universitaires, de Portoalegre, Brasil, de Mayo
370 JOSE DAMIAN TELLEZ DE PERALTA

de todo el conjunto regional. Incluso barreras más lejanas.


Luna Serrano12 destacaba en la Introducción a importante Ponencia sobre los
recursos renovables, y la tutela del medio ambiente, que no solo es una exigencia
jurídicamente relevante a nivel interno y comunitario, según se desprende de cuanto
establecen el art. 45 de la Constitución y los arts. 2, 3, 102 A y 130 R del tratado
constitutivo de la Comunidad Económica Europea tal como resultan redactados por el
Tratado de Maastrich, sino que entrañan también, desde el punto el punto de vista
socioeconómico, la necesidad apremiante de que, a nivel mundial, el desarrollo y el
crecimiento económicos tengan el carácter de sostenibles. Sostenibles para que el
medio ambiente no se deteriore de manera irreversible y de que la asignación de los
recursos naturales sea verdaderamente intertemporal, de modo que las generaciones
futuras puedan también disfrutrarlos. Es claro que toda esta problemática afecta de
una manera directa a la actividad económica agraria en cuanto ésta se desenvuelve en
el medio natural, y se aprovecha de los recursos naturales, como la tierra, el agua, o el
aire, e influye inmediatamente sobre los mismos. El desarrollo tecnológico y económico
tiene que armonizarse con el desarrollo sostenible. En el caso del invernadero, más
aún, en el caso del conjunto de invernaderos de la zona, la misma temperatura de ella
queda afectada. Por ello si el invernadero ha producido impactos económicos y sociales
positivos también los ha producido negativos.
La legislación andaluza ha sido diligente en este aspecto. Tanto en lo que respecta
a la sobreexplotación de los acuíferos de la zona, vg, mediante el Decreto 117/84, de
2 de mayo, de la Junta de Andalucía, por la que se regulaba el alumbramiento y captación
de recursos hidráulicos subterráneos del Campo de Dalías, obligando a solicitar
autorización para nuevos alumbramientos y modificación de los existentes,
suspendiendo la concesión de crédito oficial para la instalación de nuevos invernaderos,
como mediante similares prohibiciones en el Campo de Níjar, para la protección de
acuíferos. A pesar de ello, cada año se fueron haciendo nuevos invernaderos, cubriendo
de plástico el paisaje, y no parece que mucho menos de 1000 Has, por año, aproxima-
damente, aunque datos oficiales quieren cifrarla solo en cerca de quinientas hectáreas
anuales, - en realidad si eran de construcción clandestina, la cifra debe reducirse por
motivos de vigilancia y control contenido, además de que todo lo nuevamente invernado
lo es con riego por goteo, lo que supone una reconversión favorable respecto de otros
sistemas de riegos anteriores - con el aumento del rendimiento económico provincial
que ello supuso, pero también con la agudización de problemas de manipulación y
mantenimiento de recursos naturales, y no solo del agua, también de arena o tierra,
vg, al roturarse terrenos de erial desértico o no, desmontes, que influyen a su vez en
las aves o fauna, como conejos, zorros, etc. A veces la influencia es positiva en algún
aspecto, como cuando ha aflorado agua de la capa freática, en formación de charcones
que forman pequeños humedales que acojen especies diversas de aves acuáticas. Esto
último ha sido debido a que, incluso colonos del IRYDA, han vendido sus fincas,
literalmente la tierra de sus fincas, por capas horizontales, dejando así enclavados y
aislados, en talud brusco, invernaderos colindantes, en lo alto de las zonas no excavadas,
de difícil cultivo luego, por la fuerte influencia del viento que succiona hacia arriba las
mismas estructuras. Esta tierra excavada se ha proporcionado para suelos en otras
372 JOSE DAMIAN TELLEZ DE PERALTA

dispuesto en el párrafo anterior. Con lo que en realidad todo suelo que hoy, aun no
estando arbolado, se quiera dedicar a invernadero, se considera legalmente monte, y
prácticamente no cabe aumentar la superficie de invernaderos sin autorización admi-
nistrativa, para no incurrir en grave sanción económica y la accesoria derrucción de lo
construido. En resumen, se pretende que el monte o los terrenos forestales difícilmente
se puedan ordenar o proteger si no se parte de un concepto residual , imperante en la
legislación, que lo concibe como aquel espacio rural del que no se pueden obtener
rendimientos agrícolas. Y ello justifica el intento de definición por sus propias carac-
terísticas y valores, llevando la propuesta de monte a un concepto más abierto. Un
terreno pedregoso, desértico, es monte, no utilizable agrícolamente, aunque haya agua,
porque hay que roturarlo.
Como además desde la Ley del Suelo y Ordenación Urbana T.R. aprobado por el
Real Decreto Legislativo 1/1992 de 26 de Junio, se determina el carácter permanente
de ciertos espacios como suelo rústico, cuya vocación agraria no puede traicionarse
transformándolos en urbanos a voluntad de los propietarios, resulta haber cierta
contradicción legal que muchas veces deja perplejos a propietarios de suelo rústico
que construyen invernaderos y se ven expedientados administrativamente por la Junta
de Andalucía, que los considera montes, pese a que catastralmente figuran
agrícolamente como secanos o eriales. La clasificación de suelo rústico se ve amenazada
así por un doble frente: por la ley Forestal de Andalucía, y por la Ley del Suelo de
1992, que viene a determinar el carácter permanente de ciertos espacios como suelo
rústico, cuya vocación agraria no puede traicionarse transformándolos en urbanos.
Establecida la clasificacíón, negativamente, como suelo no urbanizable, en sus artí-
culos 12 y 13, se prohiben las parcelaciones urbanísticas (art. 16.2) y en principio no
se podrán realizar otras construcciones que las destinadas a explotaciones agrícolas
que guarden relación con la naturaleza, extensión y utilización de la finca (art. 16.3,
1º) y el suelo rústico no podrá ser destinado a fines distintos del agrícola, forestal,
ganadero y cinegético, y en general, de los vinculados a la utilización racional de los
recursos naturales, (art. 15). Preocupación mediomabiental que también se acoge en
los Reales Decretos dictados para la aplicación de normativa comunitaria sobre mejora
de la eficacia de las estructuras agrarias.13 Por ejemplo, en el Real Decreto 204/96, en
su art. 5. d) señala ser objeto de ayudas: La adaptación de las explotaciones con vistas
a reducir los costes de producción, ahorrar energía o agua, o la incorporación de nuevas
tecnologías...f),la protección y mejora del suelo, de la cubierta vegetal y del medio
ambiente.
También la ley Andaluza de Protección Ambiental, Ley 7/1994, de 18 de mayo
declara en su preámbulo que la fijación de objetivos para modificar la realidad ambiental
tiene un doble fin: en primer lugar el incremento de las garantías que la acción huma-
na debe fijar en relación al mantenimiento de un medio ambiente saludable y a la
calidad de la vida, y en segundo término, la configuración de un desarrollo sostenible
que permita asegurar la capacidad actual y futura de los recursos naturales y poner
éstos al servicio de la satisfacción de las necesidades de la sociedad. En defensa del
medio ambiente como bien colectivo, ésta Ley establece la responsabilidad que la
acción inadecuada de la iniciativa pública y privada o de los ciudadanos pueda conllevar
374 JOSE DAMIAN TELLEZ DE PERALTA

entiendo pertinente, a los efectos de este apartado, dar una visión globalizada de qué
alteraciones medioambientales produce el invernadero. Especialmente porque parece
conveniente que la construcción de los nuevos invernaderos en terrenos hasta ahora
vírgenes de cultivo, no deben estar en modo alguno sujeta al libre albedrío del titular
de los terrenos invernables, si damos al neologismo el sentido figurado preciso. Por-
que hay y ha habido profunda manipulación de recursos naturales, que han comenzado
por cambiar por completo el paisaje, y por tanto la flora y la fauna, y el propio entorno
humano y social, con el grave problema añadido de la intrusión marina en los acuíferos,
claramente sobreexplotados. Cultivos forzados, que si no se controlan adecuadamente,
pueden ser particularmente agresivos con el entorno, por exigentes aportaciones de
abonos químicos, productos fitosanitarios, que contaminan aguas subterráneas, con
especies vegetales que se pueden hacer resistentes a virus, ácaros, pulgones, bacterias,
o que puedan generar determinadas plagas, además de los inevitables residuos de
plantas ya muertas, plásticos, maderas, envases, etc. El mismo empleo de estiércol
comprado en otras zonas, puede contaminar el terreno con semillas incorporadas de
malas hierbas, hongos y parásitos, inficcionando también las aguas subterráneas.

RECURSOS NATURALES UTILIZADOS15

De modo que, tras estas pinceladas, vemos que los recursos naturales básicos
son solares, atmosféricos, geológicos, hidrogeológicos, biológicos y humanos.
1).- El sol es un recurso barato y necesario. El invernadero recibe el sol, -
insolación media anual de 2.958 horas, con humedad media relativa del 73,5 % - y
aumenta la temperatura de su interior, y eso favorece que el ciclo agrobiológico de las
plantas se acorte, porque alcanza antes de lo usual en cultivo al aire libre la tempera-
tura adecuada a su crecimiento y maduración. También se modifica la radiación solar,
la humedad relativa y el anhídrido carbónico del aire, se cortan los vientos, sobre todo
los fríos del norte. Se produce hortaliza fuera de temporada acortando o alargando su
ciclo vegetativo. La temperatura uniforme, elevada, influye en la germinación,
crecimiento, floración, cuajado y maduración del fruto.
Por tanto hay un cambio de clima en el invernadero, hay microclima respecto al
exterior. En pequeñas zonas puede producirse, en teoría, helada por inversión térmica,
que los técnicos distinguen por llegada de aire frío que puede congelar la planta, por
evaporación brusca del agua de las hojas que seca las plantas, o por irradiación infrarroja
de onda larga, cuando el calor almacenado durante el día se pierde por la noche, lo que
parece combatirse si hay baja humedad regando el suelo seco y llenando las canalillas
de agua e intentando que circule aire. Parece que si el plástico es térmico es menos
permeable a los rayos infrarrojos y mantiene mejor la temperatura. Cuanto más alto
sea el invernadero dispone de más cámara de aire para regular o uniformizar la tempe-
ratura nocturna.
La temperatura media anual es de 18,2º C, y como media de máximas 21,7 ºC y
media de mínima 14,7º C.. La temperatura, si es excesiva también puede matar la
planta, y entonces se recurre a ventilar el invernadero, regando y sombreando zonas
del mismo, lo que de por sí es fácil si se está cerca de un camino polvoriento, ya que el
376 JOSE DAMIAN TELLEZ DE PERALTA

Hm3 extraídos en el Campo de Dalías en 1987/88, algo más de 80 Hm3 era para
consumo agrícola. Partiendo de una serie de mediciones de la evatranspiración de los
distintos cultivos, en las condiciones imperantes en los invernaderos almerienses con
riego por goteo, se sabe que el ahorro de agua por goteo supera el 30 % del consumo
normal de otros sistemas para hortalizas, y con el goteo se llega al consumo neto de
4.000 m3 / Ha. y un consumo bruto de 5.900 m3 / Ha. y año. Contando la vega de
Adra, la estimación es de un consumo total agrícola de 90 Hm316 . Con el riego por
goteo también se fertiliza, ya que los abonos se disuelven en el agua, aportando nutri-
entes y oligoelementos que corrijan carencias, según cada especie vegetal. El riego
por goteo además de ahorrar agua, ahorra mano de obra e infraestructura, con menos
arena y menos tierra, y parece que menos malas hierbas. Hoy prácticamente todos los
invernaderos de la zona riegan por goteo, que además permite un riego automático en
muchos invernaderos. Puede a la larga aumentar las sales del suelo. La proximidad al
mar abre la posibilidad de extraer agua salada para su depuración y aplicación a los
cultivos si técnica y económicamente fuera viable, probándose su sostenibilidad
ambiental.
Casi cada agricultor tiene su balsa, pero se pierde agua por evaporación, con la
insolación tan fuerte, por filtraciones y escapes, etc, que deben paliarse cubriendo la
balsa, aunque sea con plástico, evitando que el agua se ensucie, críe algas, etc.
La alternativa del reciclaje de aguas urbanas, para reutilización de riegos, con
tratamiento terciario de depuración a los afluentes de la red de saneamiento, sobre
caro, puede perjudicar la imagen exterior de los productos procedentes del Campo de
Dalías. La tecnología deberá resolver el problema.
Se hace necesario hacer repoblaciones forestales en la vertiente Sur de Sierra de
Gádor para disminuir las escorrentías torrenciales desde las cabeceras de las ramblas,
- parece especialmente peligrosa la de Carcauz- lo que disminuiría la erosión, y hacer
pantanetas sucesivas o pequeñas presas, que favorezcan la infiltración y recarga de
acuíferos.
4).- Arena. Se extrae de las playas. A lo largo del litoral almeriense, según cálcu-
los se han extraído 20 millones de metros cúbicos, y hay que lavarla primero. A razón
de unos 800 a 1000 m3. por Ha. Ello influye en el propio litoral. Las zonas más
castigadas han sido la Playa de Balanegra- Balerma, Zona de Punta Entinas, Faro del
Sabinal- y Cerrillos sobre todo. En la Zona de «Los Alemanes» dentro del paraje
Natural se han explotado reservas de arena con un plan de regeneración de huecos que
segura la estabilidad de la línea de la costa, establecido por la AMA.
Sin perjuicio de que periódicamente (cada ocho o diez años) hay que reponer la
arena de invernaderos ya instalados. A medio plazo puede ser necesario reducir o
eliminar su uso en cultivos intensivos. Se habla de sustratos alternativos, inducidos
por problemas de infestación del suelo, que poco a poco se han introducido en la zona,
turba, sacos de arena, lana de roca, perlita, también en sacos, alguna espuma sintética,
de poliuretano. Ha de estudiarse rigurosamente para asegurar la sostenibilidad desde
el punto de vista ambiental, porque la lana de roca o la perlita generan residuos y
consumen grandes volúmenes de agua, y que si no es recirculada el agua lixiviada
pasa al suelo, con el consiguiente riesgo de contaminación de capas subyacentes.
378 JOSE DAMIAN TELLEZ DE PERALTA

grandes cantidades en la zona (nitratos potásico, cálcico, fosfatos, etc) en forma de


sales. De los fertilizantes usados, casi la mitad - 47,2 %- proceden de Almería, e l 39
% del resto de España y 14 % es de importación.
7).- Semillas. Casi toda - 86%- de importación, por dependencia tecnológica,
especialmente de Holanda, EEUU, Israel. Solo el 14% es de procedencia española.
Hay empresas distribuidoras extranjeras implantadas en la zona. Los agricultores
realizan su semillero o, cada vez más, contratan los servicios de un semillero, donde
llevan su semilla y recogen posteriormente el cepellón, los planteles. Entre otras ventajas
tiene que la planta recién nacida está debidamente cuidada y el titular del invernadero,
adelantando la plantación en semillero, entretanto ocupa su propio terreno con el an-
terior cultivo. Una hectárea necesita una media de 1,2 Kilos de semilla. Un Kilo de
semilla selecta puede costar más de un millón de pesetas19 . Los híbridos industriales
tienen más aceptación por su color, textura y presentación al consumidor.
8).- Productos fitosaniatrios (fungicidas, insecticidas, correctores de carencias,
mojantes, etc). El invernadero es proclive al desarrollo de parásitos(ácaros, bacterias,
moscas,, pulgones, hongos, etc). En 1990 el Gobierno de la Comunidad Autónoma
aprobó unas Directrices regionales del litoral de Andalucía, como marco de referencia
para el Desarrollo de las políticas sectoriales y el planeamiento urbanístico que se
efectúe en ese ámbito. Es estas directrices se encomienda a las Consejerías de Salud y
Servicios Sociales, Agricultura y Pesca y Agencia de Medio Ambiente (actual
Consejería) la aplicación de las medidas que resulen necesarias para controlar el uso
de plaguicidas, pesticidas, y abonos orgánicos o minerales en labores agrícolas que se
desarrollen en las zonas costeras. En particular se pondrán los medios necesarios para
evitar la contaminación de los acuíferos subterráneos (art. 14.9).
Los productos fitosanitarios para conseguir sanidad vegetal tienen un mercado
que está en manos de grandes multinacionales de productos químicos. La dependencia
del exterior es grande. Los precios del mercado varían con las calidades comerciales,
pero parecen insensibles al contenido químico de los productos. A veces no se respeta
el plazo de seguridad necesario para que la planta elimine el producto tóxico. Como
muchas veces se recolecta continuamente, el tratamiento fitosanitario a la parte aún
por recolectar puede ser inconveniente. Los agricultores hablan de ppm, partes por
millón, como límite máximo de residuo permitido. La proximidad de unos invernaderos
con otros, al no simultanear actividades puede facilitar el foco contaminante. La
investigación científica debe llevar a saber reducir y controlar la aplicación de pesticidas,
porque pueden afectar además a la comercialización.
9).- Plásticos o películas para cubiertas, tuberías de riego, bolsas, etc. El plástico
de las cubiertas del invernadero es polietileno de baja densidad, y exige cambio cada
pocas campañas, cada dos años es usual, incluso cada año. Hay tres variantes, normal,
de larga duración y térmico. Eso va a depender de sus características de color, grosor
(medido en galgas: si el normal es de 400 galgas, el de dos campañas es de 720 galgas,
y el térmico de 800 galgas), resistencia.... Se produce en la zona el 90 % del que se
necesita, con varias fábricas locales. La granza, o materia prima para la fabricación de
la película plástica es suministrada por las grandes empresas multinacioales del sector
petroquímico (Repsol química, etc).
380 JOSE DAMIAN TELLEZ DE PERALTA

secan. Ello obligaría a reducir la capacidad de la planta desaladora, que podría por
ósmosis inversa o cogeneración, bien del agua del mar o de los propios acuíferos
salinizados. Se dice que el coste del metro cúbico sería inferior a 45 pesetas, como
precio asumible por los regantes.
El interés de este tipo de proyectos es triple: solucionar un problema
medioambiental, (eliminando miles de toneladas de restos vegetales, que afean además
el campo almeriense, acabar con estos resíduos supone también terminar con un
caldo de cultivo de enfermedades y parásitos de la horticultura, y finalmente, usándolo
como combustible de la planta desaladora se contribuye a crear agua en la zona, que
es un factor limitante de la producción.
11).- El último y primero de los recursos naturales es el propio hombre. El
empresario agrícola tiene capacidad de decisión sobre los anteriores recursos. Pero
esa capacidad decisiva requiere antes ciertos estudios técnicos, preparación específi-
ca para estos cultivos, capacitación profesional, y análisis de pros y contras,
conocimientos de higiene y seguridad en su trabajo para evitar, vg, intoxicaciones en
el manejo de productos químicos, sea o por vía digestiva, respiratoria o cutánea, al
usar pulverizadores.
El hombre ha sido condicionado por el invernadero, en su trabajo, vg, siendo la
mano de obra más abundante desde Octubre a Marzo, y disminuyendo en Julio y
Agosto, de calor sofocante bajo el plástico. Pero este trabajo repercute en otros sectores,
con gran cantidad de mano de obra en alhóndigas, o cooperativas, en donde se ven
muchas mujeres clasificando, empaquetando, etc. e influyendo con ello en el aumento
del nivel de vida en toda clase de servicios, industrias, construcción de viviendas,
comercios, bajo paro, ocio, inmigración de mano de obra, crecimiento demográfico,
vías de comunicación, aumento del parque automovilístico, de la intensidad de
circulación, etc. Por tanto hay un crecimiento que en ocasiones ha sido incontrolado,
casi súbito.
Finalmente, deberíamos mencionar el territorio en su conjunto, y desde distintos
sectores competenciales se hacen llamamientos para la ordenación de esta enorme
actividad económica. Un uso y aprovechamiento del suelo tan intensivo como es la
agricultura de invernadero reclamaría una ordenación del territorio y un cuidado del
paisaje mismo, más estricto que en la actualidad, si se quiere compatibilizar con el
turismo, la estética y la habitabilidad más elemental23 . Todo ello debe llevar a minimizar
los residuos, de los que el suelo es receptor,, controlar el ahorro energético y de los
recursos, las industrias auxiliares, las industrias derivadas (transformación de productos
hortofrutícolas, reciclado de residuos orgánicos, reciclado de plásticos) la adaptación
e integración de la explotación agrícola al paisaje, el diseño de los invernaderos para
la recuperación de aguas pluviales, etc.
El tipo de invernadero del Campo de Dalías y del Campo de Níjar es similar:. sus
problemas también. En el resumen final veremos algún ejemplo de la incidencia ne-
gativa o positiva en la flora o fauna local.
Tras esta breve exposición de alteraciones y manipulación de los recursos por
esta técnica de fabricación o producción en masa de hortalizas vemos que sin embar-
go se ha producido en estos años una enorme riqueza económica en Almería. Su
382 JOSE DAMIAN TELLEZ DE PERALTA

cas respetuosas con el medio ambiente, tanto en lo que respecta a las prácticas de
cultivo, como a la gestión de los materiales usados, entendiendo por técnicas respetuosas
con el medio ambiente aquellas que permiten alcanzar los objetivos del Reglamento
(CEE) nº 2078/92, y en concreto los objetivos de fomentar la utilización de prácticas
agrarias que disminuyan los efectos contaminantes para la agricultura, fomentar la
extensificación de los cultivos, y fomentar una explotación de las tierras agrícolas
compatibles con la protección y la mejora del medio ambiente, del espacio natural, del
paisaje, de los recursos naturales de los suelos y de la diversidad genética. Hay por
tanto un programa comunitario de actuación en materia de medio ambiente y desarrollo
sostenible, que puede y debe afectar al invernadero.
Debe afectarle, en definitiva, para, entre otras cosas, conservar el agua del suelo
(se consigue, vg, con el enarenado), controlar procesos de salinización, sodificación o
toxicidad, y uso adecuado de fertilizantes y pesticidas. En materia de utilización efici-
ente del agua, debe reducirse su consumo, con sistemas de bajo consumo, como el
goteo, optimando dosis de riego, y evitando pérdidas innecesarias, controlando la
calidad del agua, mediante análisis, y reduciendo su contaminación. Para la
racionalización del uso de fertilizantes, además de reducir el consumo de fertilizantes
minerales, parece que será menos contaminante aportar enmiendas y abonos orgánicos
tradicionales, y residuos orgánicos compostados. Respecto a la utilización racional y
cuidadosa de los fitosanitarios, además de reducir su consumo, será necesario adoptar
sistemas de control o lucha integrada, combinando técnicas de control cultural, bioló-
gico y químico. Respecto a técnicas de aplicación que reduzcan el impacto ambiental,
habrán de utilizarse productos de baja toxicidad y peligrosidad, usar tratamientos
correctos (vg, dosis adecuadas) y sistemas alternativos al control de plagas y
enfermedades, sin necesidad de tener que recurrir al control químico de pesticidas,
incluso con control biológico, mediante utilización de seres vivos que reduzcan los
efectos perjudiciales de plagas, malas hierbas, o determinadas enfermedades de las
plantas cultivadas.
Para la gestión de los residuos generados por la actividad agraria, se deben eli-
minar las emisiones a la atmósfera, por ejemplo evitando la quema de residuos,
reutilizando residuos orgánicos, (enmiendas y abonos orgánicos, compostaje y
acolchado) minimizando efluentes líquidos y depurando aguas residuales. En los
embalajes, por ejemplo, sería conveniente la utilización de envases biodegradables, y
en los no biodegradables, buscar su reutilización mediante reciclado mecánico, o
aprovechamiento del plástico como combustible por su elevado poder calórico, y des-
de luego, tener vertidos controlados. Desde otro punto de vista se hace necesaria la
recarga de los acuíferos subterráneos, y evitar la interrupción de drenajes naturales.
Mas difícil es preservar el paisaje. Pero al menos tal vez debieran establecerse
pequeños bosquetes estratégicos que sobre aumentar la diversidad de la flora, pincelaran
las perspectivas estéticas regularmente, humanizando el paisaje.
También la manipulación y transformación de la producción agrícola debe usar
técnicas de bajo impacto ambiental, incrementando las condiciones de sanidad de los
alimentos y minimizando la producción de residuos. En suma, investigar y desarrollar.
Y sobre todo conservar.
384 JOSE DAMIAN TELLEZ DE PERALTA

«Maytenus senegalensis», biotipos cactoides como la chumberilla del lobo «cavallumna


europea», «centaurea morrocana» (el nombre es expresivo), insectos que la colonizaban
como la mariposa «taruceas teophastrus», o aves como la cogujada, terrera, sisón,
alcaraván u ortega, pequeños mamíferos como la musarañita, o especies como la culebra
bastarda o el lagarto ocelado. Sin embargo, ha aparecido un ave que antes no estaba
presente, la canastera, y en una zona de extracción abusiva de tierras, que se pantaniza
con aguas del mar, aparecen el porrón pardo y la malvasía, ave esta última que estaba
en Europa en grave peligro de extinción. En la explotación misma el agricultor utiliza
colmenas de abejas para polinizar la sandía y el melón, mejorando el cuajado de la
flor hembra por el polen que el insecto lleva desde la flor macho. Si no está fecundada
la flor muere. Normalmente las colmenas se alquilan a apicultores de la zona, y también
se utilizan colmenas de abejorros para el cuajado del tomate. Por tanto hay algún
aspecto ecológico y barato que destacar en estos cultivos.
6).- La prohibición de construcción de invernaderos en zonas protegidas, como
el Parque Natural de Cabo de Gata-Níjar produce, indirectamente, para la población
afectada, efectos de conservación de artesanías tradicionales (como jarapas, o cerámica)
pero que suponen solo el mantenimiento de un determinado status económico famili-
ar, difícilmente superable.
7).- Las directrices actuales van más por el perfeccionamiento técnico de las
instalaciones ya existentes que por la ampliación de áreas de invernadero. El agua es
elemento condicionante fundamental. La ponderación de intereses debe aquilatarse
para no impedir tampoco el desarrollo de la zona.
8).-Hasta ahora los Ayuntamientos de la zona, salvo El Ejido, no han utilizado
planeamiento al respecto respecto al suelo, o planes de ordenación específicos, sobre
construcción de invernaderos por laxitud evidente, y de ahí que con una simple solicitud
haya bastado para iniciar su construcción, al considerarse suelo no urbanizable o
urbanizable no programado, siendo así que la construcción dedicada a la explotación
agrícola se incorpora materialmente al suelo con carácter permanente. En la venta de
fincas invernadas la totalidad de la misma y sus elementos se liquida en el impuesto de
Transmisiones Patrimoniales como inmueble. De ahí que tal vez fuera conveniente
estudiar, para el futuro, y para determinadas zonas, la exigencia de la doble autorización,
urbanística y municipal. El suelo se ha considerado no urbanizable pero de interés
agrícola. Ahora parece que empieza a considerarse no urbanizable pero de interés
paisajísticamente protegido y forestal.
El futuro tal vez vaya por la exigencia de otras condiciones (disponibilidad de
agua, garantía de tratamiento de residuos, etc) y considerar no solo la construcción de
naves de envasado o manipulación, o polígonos para estas fábricas suministradoras de
materias primas y otros productos (plásticos, insecticidas...) sino considerar que la
misma instalación del invernadero es la de una auténtica nave industrial dedicada a la
producción forzada de alimentos en masa. Y tal vez no se permitirá en suelos hábiles
para cultivos tradicionales y alternativos. La degradación del suelo lleva al cultivo
hidropónico con sustratos de fibras, lana artificial, etc, en donde el suelo como tal no
existe.
9).- Es innegable que la explotación incontrolada o sobreexplotada de recursos
386 JOSE DAMIAN TELLEZ DE PERALTA

19 Monografía recursos naturales... AMA. antes citada. Pág. 57.


20 Fuente: M. Zamorano y E. Hontoria, Retema. Medio Ambiente, año X, Septiembre -Octubre de 1997. pág.
64.
21Fuente: Medio Ambiente en Andalucía. Informe 1996. Junta de Andalucía. Consejería de Medio Ambiente,
pág. 359.
22 Proyecto Oro Verde, presentado en la décimo tercera Expo- Agro almeriense, por la Junta Central de
Usduarios del Poniente y la Delegación Provincial de Medio ambiente. Prevé una inversión cercana a los
16.000 millones de pesetas. La planta precisaría 17.000 Kilovatios de potencia, con capacidad para generar
2.000 metros cúbicos por hora, a 42 pesetas por metro cúbico. Revista Poniente Horto- frutícola, Nº 425,
diciembre al 15 de Enero de 1998, pág. 45.
23 López- Galvéz J. y Naredo J.M. Sistemas de producción e incidencia ambiental del cultivo en suelo
enarenado y en sustratos. Colección Economía y naturaleza, Fundación Argentaria. Visor Distribuciones.
Madrid 1996.
388 OLAVO ACYR DE LIMA ROCHA

a prazo mais longo. O caçador, migratório por necessidade não podia acumular
utensílios que representariam um peso excessivo, mas o agricultor, com moradia
fixa a longo prazo, podia desenvolver e melhorar sua tecnologia, da cerâmica até a
metalurgia dos períodos do bronze e do ferro.
Até hoje, a luta continua entre estas duas mentalidades, verdadeiramente
opostas.
As primeiras tentativas de fazer agricultura devem, certamente, ter partido
da observação da natureza e do impulso de copiá-la fazendo-se por iniciativa
da mão humana aquilo que ocorria naturalmente no âmbito silvestre. As
sementes dos frutos de que se servia deixadas ao longo dos caminhos que
percorria no seu nomadismo de caçador iriam certamente germinar. Depois, os
vegetais começaram a nascer por lançadas as sementes à terra pela mão do
homem. E, provavelmente pela observação de que onde deixava os detritos de
sua alimentação ou se encontravam enterrados cadáveres, a vegetação afluia
com mair vigor, descobriu a forma de adubação orgânica.
No velho mundo o ato de plantar foi sendo facilitado pela invenção da
enxada e por disporem de animais de grande porte, o boi, o cavalo, o asno,
capazes de tração, surgiu o arado.
Em o novo mundo não havia animais domésticos de grande porte. Nas
Américas surgiu o pau de plantio com ponta alargada e achatada para abrir as
covas ao depois fechadas com o pé. Mas também aqui houve importante
desenvolvimento tecnológico visto que nos Andes, com escassez de terras de
pouca inclinação, sofrendo as de maior inclinação processo de erosão foi
introduzido desde tempos pré-históricos, a construção de terraços cuja forma
mais evoluída é representada por escadas de até dois metros de altura, protegi-
dos por muros de pedras grandes e enchidos com solo trazido muitas vezes de
longe. Para seu uso houve necessidade de trazer água também de longas
distâncias por canais de irrigação.1
Eis aí toda a faina, o engenho e a arte do homem planejador da atividade
agrária. E, porque não dizer, já envolvido pela idéia conservacionista.

2. A LEI AGRÁRIA E A PRESERVAÇÃO DA NATUREZA


Para tratar de meio ambiente agrário, é oportuno fazer uma referência inicial
à Lei Agrária Brasileira, o Estatuto da Terra, Lei n. 4.504, de 30 de Novembro de
1964. Nossa Lei Agrária dos tempos atuais, sobre ter cuidado das questões fundiárias
polarizadas pelo LATIFUNDIO-MINIFUNDIO não deixou à margem o Desen-
volvimento agrário tendo para tanto, seu legislador, trazido para seu texto todos
os sistemas, processos, meios e métodos, abraçando o que de mais atual os
estudos técnicos e científicos ofereciam, como contribuição para sua efetiva
promoção.
Daí porque, na Mensagem n. 33, de 26.10.64, ao encaminhar o Projeto de
Lei Agrária ao Congresso Nacional o Presidente Humberto de Alencar Castelo
Branco enfatizava, ao abordar a Reforma Agrária e o Desenvolvimento Rural:
390 OLAVO ACYR DE LIMA ROCHA

3. A PROTEÇÃO AMBIENTAL NAS CONSTITUIÇÕES E NAS LEIS


Do exposto podemos afirmar que a Lei Agrária no Brasil integrou aos seus
objetivos sócio-econômicos representados pelo acesso à terra dos trabalhadores
sem terra (justa distribuição da propriedade segundo o mandamento constitucio-
nal que a inspirou) e pela melhoria da produção e da produtividade também o
da conservação dos recursos naturais e do meio ambiente. Antecipou, neste
último aspecto, o que iriam dispor posteriormente de forma ampla e abrangente,
textos legais específicos como a Lei n. 4.771, de 15 de Setembro de 1965 —
Novo Código Florestal, que substituiu o antigo representado pelo Decreto n.
23.793, de 23 de Janeiro de 1934, bem como a Lei n. 5.197, de 3 de Janeiro de
1967, dispondo sobre a proteção à fauna, a qual revogou expressamente o
Decreto n. 5.894, de 20 de Outubro de 1943, denominado Código de Caça. Houve
então e certamente, uma evolução conceitual considerável no tratamento da
matéria. A Lei não é mais de Caça mas de Proteção à Fauna. A caça passa a
ser exceção e não a regra. Em princípio ela é vedada e só excepcionalmente
permitida. Assim mesmo, só na modalidade amadorística, eis que a profissional
é proibida, conforme decorre do artigo 2º, “caput” da Lei. Ainda, a fauna silvestre,
seus ninhos, abrigos e criadouros naturais são considerados propriedade do
Estado, proibida sua utilização, perseguição, destruição, caça ou apanha (art. 1º).
No terreno dos diplomas legais específicos cabe destacar a Lei n. 6.902, de
27 de Abril de 1981, que dispõe sobre a criação de Estações Ecológicas e Áreas
de Proteção Ambiental, regulamentada pelo Decreto n. 99.274, de 6 de Junho de
1990. Ainda, por sua importância, a Lei n. 6.938, de 31 de Agosto de 1981,
dispondo sobre a Política Nacional do Meio Ambiente, seus Fins e Mecanismos
de Formulação e Aplicação, dando ainda outras providências sobre o assunto.
Dá ela legitimidade ao Ministério Público Federal e aos Estaduais para propôr
ações de responsabilidade civil e criminal por danos causados ao meio ambiente.
Foi regulamentada pelo Decreto n. 88.351, de 10 de Junho de 1983.
Do ponto de vista histórico-legislativo não se pode olvidar que tanto a caça
como a pesca haviam sido tratadas em nosso Código Civil, nos artigos 594 a 598
e 599 a 602, no Livro II, “Do Direito das Coisas”, Título II, “Da Propriedade”,
Capítulo III, “Da aquisição e perda da Propriedade Móvel”. Como se vê sob a
ótica civilista, ou simplesmente patriomonialista.
Na esfera de direito Público, a Constituição Federal de 18 de setembro de
1946, sob cuja égide surgiram a Lei n. 4.771, de 15.09.65 e a Lei n. 5.197, de
03.01.67 já atribuía à União em seu artigo 5º, XV, letras “b” e “l” a competência
para legislar sobre a defesa e proteção da saúde, águas florestas, caça e pesca.
Posteriormente a Emenda Constitucional n. 1, de 17 de Outubro de 1969, sob cuja
vigência surgiu a Lei n. 6.938, de 31 de Agosto de 1981, em seu artigo 8º, XVII
também atribuiu à União a legislação sobre defesa e proteção à saúde, florestas,
caça e pesca e águas, respectivamente em suas letras “c” , “h” e “i”.
Finalmente, a Constituição Federal em vigor, de 05 de Outubro de 1988
prescreveu em seu artigo 23, ser da competência da União, dos Estados, do
392 OLAVO ACYR DE LIMA ROCHA

preservação do meio ambiente, inclusive quanto ao uso dos recursos naturais.


§ 5º - São indisponíveis as terras devolutas ou arrecadadas pelos Estados,
por ações discriminatórias, necessárias à proteção dos ecossistemas naturais.
§ 6º - As usinas que operem com reator nuclear deverão ter sua localização
definida em lei federal, sem o que não poderão ser instaladas.

Como se vê dos textos constitucionais em vigor e da própria Lei que dispõe


sobre a Política Nacional do Meio Ambiente, seus fins e mecanismos, a responsa-
bilidade pela manutenção do meio ambiente ecologicamente equilibrado é de
todos, do Poder Público e da coletividade nos diferentes níveis, nacional,
regional e local, cabendo à União traçar as normas específicas de caráter
nacional, estabelecer a Política Nacional do Meio Ambiente e, juntamente com
o Distrito Federal e os Estados, traçar as normas adequadas bem como exercer
o contrôle do meio ambiente e combater a poluição em qualquer de suas formas.
Neste aspecto também com a participação dos Municípios.
No âmbito agrário, a Lei Fundamental em vigor elevou à categoria de
norma constitucional, como seu artigo 186, preceitos como os constantes do
artigo 2º e seu parágrafo 1º, letras “a”, “b”, “c” e “d” do Estatuto da Terra,
notadamente ao afirmar que a função social é cumprida quando a propriedade
rural utiliza adequadamente os recursos naturais disponíveis e preserva o meio
ambiente.

4. A AÇÃO CIVIL PÚBLICA PARA RESPONSABILIZAÇÃO POR DA-


NOS CAUSADOS AO MEIO AMBIENTE AGRÁRIO. OS BENS
PRESERVÁVEIS
A Ação Civil Pública tem na Lei n. 7.347, de 24 de Julho de 1985 o seu
disciplinamento, como instrumento processual destinado a reprimir ou impedir
danos ao meio ambiente. Ainda, danos ao Consumidor, a Bens e Direitos de
valor artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico. Trata, portanto, da
defesa de interesses indisponíveis da sociedade além da imposição da observân-
cia da Constituição e das Leis de ordem pública. São os chamados interesses
difusos ou direitos e interesses coletivos. O campo da incidência da Lei foi
ampliado pela Lei n. 7.853, de 24 de Outubro de 1989 às pessoas portadoras de
deficiências quando se propõe sua integração social instituindo a tutela jurisdicional
dos interesses coletivos e difusos dessas pessoas. Ainda, pela Lei n. 7.913, de 7
de Dezembro de 1989, o instrumento processual foi extendido à apuração de
responsabilidades por danos causados a investidores do mercado mobiliário. E,
pela Lei n. 8.069, de 13 de Julho de 1990, que dispõe sobre o Estatuto da Criança
e do Adolescente à defesa de seus interesses. Por fim, pela Lei n. 8.078, de 11
de Novembro de 1990, a Ação Civil Pública tornou-se instrumento de proteção
processual ao consumidor.
A Ação Civil Pública tem como traço inovador o de não ser adequada à
reparação de prejuízos causados a particulares em razão da ação comissiva ou
omissiva do Réu. Seu campo de aplicação, como já destacado, está balisado
394 OLAVO ACYR DE LIMA ROCHA

Ainda é a Lei que determina que Juizes e Tribunais no exercício de suas funções
deverão remeter ao Ministério Público, peças relacionadas com fatos ensejadores
da ação civil pública chegados a seu conhecimento para o devido procedimento
( art. 7º ). Pode o Ministério Público, como já visto na Constituição, sob sua
presidência, instaurar inquérito civil ou requisitar de qualquer organismo público
ou particular, certidões, informações, exames ou perícias, no prazo que assinalar,
o qual não poderá ser inferior a dez dias ( art. 8º , § 1º ) .
Ponderações tem sido feitas no sentido de que tais poderes conferidos ao
Ministério Público para o ajuizamento da Ação Civil Pública não respaldam o
ajuizamento de ação temerária ou sem o devido fundamento legal. Também, a
simples alegação de dano ao meio ambiente não deverá dar ensejo à concessão
de liminar suspensiva de obras públicas ou serviços públicos ou mesmo
particulares, aprovados pelos órgãos administrativos e técnicos competentes. Os
elementos oferecidos objetivamente devem tipificar fato ou ocorrência lesivos ao
bem a ser protegido. Elementos subjetivos de convicção do Ministério Público
não são suficientes. Se não existirem elementos no Inquérito Civil que formem
convicção no sentido do ajuizamento da ação deverá o Ministério Público promo-
ver seu arquivamento, fazendo-o motivadamente e remetendo a manifestação ao
Conselho Superior da instituição, para deliberação final e providências subsequentes
(art. 9º, §§ 1º a 4º ).
Ajuizada a ação não poderá desistir o Ministério Público, por indisponível
seu objeto. Poderá a final, diante das provas produzidas, pedir a procedência ou
a improcedência da ação, a exemplo do que faz nas ações populares. Certamente
ao Juiz caberá acolher ou não a manifestação.
De lembrar que, se ajuizada por Associação, dela desistir a mesma ou
abandoná-la cabe ao Ministério Público assumir a titularidade ativa (art. 5º, § 3º).
Quanto à “ legitimatio ad causam passiva ” estende-se ela a todos os
responsáveis pelos fatos ou situações ensejadoras da ação, pessoas físicas ou
jurídicas, inclusive as estatais, autárquicas e paraestatais. Umas como outras
podem ferir normas de proteção ao meio ambiente cristalizadas no direito
material expondo-se ao controle judicial de tais procedimentos.

4.2. O FORO COMPETENTE. O LOCAL DO DANO


Onde propôr a Ação Civil Pública e as Medidas Cautelares corresponden-
tes? No foro local onde ocorrer o dano (arts. 2º e 4º da Lei). Nele haverá maior
facilidade para a realização da prova pericial e para se colher o depoimento de
testemunhas que comprovem o dano. Havendo interesse da União, suas autarquias
e empresas públicas, na condição de autoras, rés, assistentes ou opoentes a ação
correrá perante a Justiça Federal e o Foro será o do Distrito Federal ou o da
capital dos Estados (Constituição Federal, art. 109, I ). Se o Estado, suas
autarquias ou entidades paraestatais forem interessadas na causa, mesmo que a
Lei estadual lhes dê Vara ou Juízo privativo na capital, a ação correrá no foro
local do dano. A norma processual federal prevalece sobre a legislação estadual
de organização judiciária. E aquela indicou o foro para a Ação Civil Pública.
396 OLAVO ACYR DE LIMA ROCHA

os danos causados ao meio ambiente e a terceiros, afetados por sua atividade (


art. 14, § 1º ).
Essa Lei relacionou ainda as sanções administrativas aplicáveis ao poluidor,
sem prejuízo das penalidades definidas pela legislação federal, estadual e muni-
cipal, a saber: multa simples ou diária; perda ou restrição de incentivos e
benefícios fiscais concedidos pelo Poder Público; perda ou suspensão de parti-
cipação em linhas de financiamento em estabelecimentos oficiais de crédito;
suspensão de sua atividade (art. 14, I a IV ).
Mantendo a responsabilidade objetiva do réu, a Lei n.7.347/85 acrescentou
que a ação civil pública poderá ter por objeto a condenação em dinheiro ou o
cumprimento de obrigação de fazer ou não fazer (art. 3º ). A condenação, melhor
dizendo, a imposição judicial da obrigação de fazer ou não fazer parece mais
adequada visto que na maioria dos casos o interesse público é mais no sentido
de impedir à agressão ao meio ambiente ou obter reparação direta e in specie
do dano do que receber quantia em dinheiro para sua recomposição. Até porque
quase sempre a lesão ambiental consumada é irreparável. São exemplos o
desmatamento de uma floresta natural, a destruição de um bem histórico,
artístico ou paisagístico, o envenenamento de um manancial, com a mortandade
da fauna aquática.
Ao condenar em obrigação de fazer ou não fazer, o juiz determinará o
cumprimento da sentença in specie, sob pena de execução específica ou de
cominação de multa diária, se esta for suficiente ou compatível, independente-
mente de requerimento do autor (art.11).

4.5. A DEFESA DO RÉU NA AÇÃO CIVIL PÚBLICA


Como se defenderá o réu na Ação civil pública? Essa defesa é balisada
pela demonstração de que:
a) - não é o responsável pelo ato ou fato arguido de lesivo ao meio ambiente;
b) - não houve a ocorrência arguida;
c) - a ocorrência não é lesiva ao meio ambiente e sua conduta está autori-
zada por lei e licenciada pela autoridade competente.
Irrelevante será a alegação da inexistência de culpa ou dolo visto ser objetiva
sua responsabilidade.
A condenação na indenização ou obrigação de fazer ou não fazer terá como
adminículo as cominações processuais conforme o pedido feito na inicial.
Salvo se a ação, por deficiência de provas for julgada improcedente, a
sentença terá efeito erga omnes. Nessa hipótese qualquer legitimado poderá
intentar outra ação com idêntico fundamento, valendo-se de nova prova (art. 16).
Por força do disposto no art. 4º da Lei n. 8.437, de 30 de Junho de 1992, que
dispõe sobre a concessão de medidas cautelares contra atos do Poder Público a
sentença até o seu trânsito em julgado poderá ter seus efeitos suspensos pelo
Presidente do Tribunal ao qual couber o conhecimento do recurso, nos mesmos
casos e condições nos quais se admite a suspensão da liminar.
A recente Lei n. 9.605/98, que dispõe sobre as sanções penais e adminis-
398 OLAVO ACYR DE LIMA ROCHA

comuns e distintivos. Cadernos de Direito Constitucional e Ciência Política, São


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Norte-Americana e a tutela ambiental. Revista de Processo, São Paulo, v. 16, n.
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MEDINA, Paulo Roberto de Gouvea - Aspectos da ação civil pública.
402 ANTÔNIO JOSÉ DE MATTOS NETO

Este despertar ideológico fez com que teses, muitas vezes absurdas, fos-
sem defendidas, como a de considerá-la “ patrimônio comum da humanidade”, tal
como o são a Antártida, o espaço exterior, em franco e explícito atentado à sobe-
rania nacional, cujo cume de desrespeito ao princípio da soberania ocorreu dias
atrás quando um general norte-americano pregou a invasão e tomada da Ama-
zônia.
Somada à cobiça internacional, a região vive traumatizada com a tragé-
dia da violência de luta pela posse da terra entre latifundiários e sem-terras.
As causas desta situação caótica são as mais diversas possíveis. Uma de suas
causas, deveu-se ao fato, a partir da década de 60 e mormente a de 70, da
chegada de novos tipos de cultura agrícola e a expansão da cultura da pecuá-
ria, com novas tecnologias, implementadas por um novo proprietário, o que
gerou, consequentemente, estabelecimento de novas relações entre os homens,
trazendo desestabilização para a situação harmoniosa vivida pelo caboclo na
Amazônia.
Atônito, o jurista constata: nos albores do terceiro milênio, o quadro das rela-
ções jurídicas, sociais e econômicas na Amazônia é de total desequilíbrio.
Diante da situação fática, interessa saber se a noção tecnológica que se tem
de agricultura desenvolvida, a chamada revolução verde - conceito externo à
realidade amazônica - é adequada para a região. Ou seja, questiona-se se o mo-
delo de desenvolvimento para a agricultura dos países industrializados é conve-
niente à Amazônia.
Nesse sentido, nosso objeto de estudo será, dentro de uma perspectiva jurídica,
analisar a validade e em que medida é viável a inserção do chamado desenvolvimento
sustentável dentro da região amazônica. Por que vias jurídicas pode-se advogar o de-
senvolvimento sustentável nesta área espacial tão peculiar e típica, no Brasil.

Eis nossa tarefa!

2. DEFINIÇÃO DE AMAZÔNIA

O termo Amazônia é plurívoco. Três são os conceitos empregados, a saber:


Amazônia Clássica , designativa da região Norte, formada pelos Estados do Pará,
Amapá, Amazonas, Acre, Rondônia, Roraima e Tocantins , correspondente a 45,25%
do território brasileiro; Amazônia Legal, decorrente da lei 1.806/1853, quando foi
criada a Superintendência de Valorização Econômica da Amazônia (SPEVEA, depois
transformada na Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia – SUDAM) e
incluídos, além dos Estado da Amazônia Clássica, o do Maranhão, parte ocidental a
esquerda do meridiano 44 e ao norte dos Estados de Goiás e Mato Grosso, acima dos
paralelos 13 e 16 de latitudes sul; e, a Pan-Amazônia ou Amazônia Internacional,
originada do Pacto de Cooperação assinado em 1978 por oito países sul-americanos:
Brasil, Colômbia, Equador, Guiana, Peru, Suriname, Venezuela e Bolívia.
Em nosso trabalho, em princípio interessa-nos abordar a problemática no es-
404 ANTÔNIO JOSÉ DE MATTOS NETO

4. O DIREITO AGRÁRIO E A PROTEÇÃO DO MEIO AMBIENTE

É inconteste que o Direito Agrário deixou de ser o direito da agricultura, ou o


direito do agricultor, ou o direito do empresário rural, ou, ainda, o direito da reforma
agrária, e passou a ser o Direito Alimentário e Direito Agro-ambiental..
Isto por que o Direito Agrário visa alimentar o homem, mas sem perder a noção
de que não deve esgotar os recursos naturais e depredar o meio ambiente ao explorá-
los economicamente. Muito pelo contrário, deve preservar e promover a renovação do
ciclo biológico vegetal e animal, a fim de garantir o desenvolvimento sustentável.
Esta é a vertente atual do Direito Agrário. A par do reconhecimento do ciclo
biológico que faz parte da agrariedade, segundo Antonio Carozza, e da teoria
agrobiológica inerente à atividade agrária, consoante Rodolfo Ricardo Carrera, a pre-
servação e conservação dos recursos naturais é valor que se agrega ao conceito Direi-
to Agrário.
O direito ao meio ambiente sadio e ecologicamente equilibrado já definido
como um dos direitos humanos de terceira geração6 , está garantido constitucional-
mente no Brasil.
A novel axiologia trazida pela Constituição Federal de 88, elegeu o meio
ambiente como direito fundamental do homem brasileiro, e dispensou um Capí-
tulo específico para tratar a matéria, o VI , inserido no Título VIII que versa “DA
ORDEM SOCIAL” , em cuja parte está o art. 225 que determina que “ todos têm
direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado” devendo ser preservado
pela sociedade civil e Poder Público, para as gerações atuais e futuras.
A mens legis constitucional é proporcionar ao homem brasileiro qualidade de
vida digna e sadia : meio ambiente adequado à saúde e bem estar da população.
No Estado do Pará, a Constituição Estadual de 05 de outubro de 1989, por
seu turno, emprestou ao tema meio ambiente sentido mais próximo do aspecto
econômico, como que denotando que a atividade econômica deve ser conjugada
com o meio ambiente, pois reservou o Título VIII específico para tratar “DA
ORDEM ECONÔMICA E DO MEIO AMBIENTE” . A interpretação constitucio-
nal a ser feita, deve ser, senão outra que o legislador constituinte deseja que a
atividade econômica regional se harmonize e respeite o meio ambiente ecologi-
camente equilibrado, juntamente com as populações amazônicas, proporcionando
o desenvolvimento sustentável.
Dentro deste Título, o Capítulo VI é intitulado “ DO MEIO AMBIENTE” e o
art. 252 nele inserido estatui que “a proteção e a melhoria do meio ambiente
serão prioritariamente consideradas na definição de qualquer política, progra-
ma ou projeto, público ou privado, nas áreas do Estado” .
O desenvolvimento sustentável na região é explicitamente garantido no art.
254 ao dispor que “O Poder Público realizará o zoneamento ecológico-econômico do
Estado, de modo a compatibilizar o desenvolvimento com a preservação e a conserva-
ção do meio ambiente, bem como promoverá o levantamento e o monitoramento peri-
ódico da área geográfica estadual, de acordo com as tendências e desenvolvimento
científico, de modo que o zoneamento ecológico-econômico esteja sempre atualiza-
406 ANTÔNIO JOSÉ DE MATTOS NETO

estática, cujo ponto de destaque permeia pelos três fatores indicados.


No que pertine à produção, a propriedade da terra tem por fim produzir alimen-
tos, sendo estes uma das razões do Direito Agrário.
Quanto à estabilidade, significa que as relações jurídico-sociais estabelecidas
pela propriedade são meio de equilíbrio social, tanto para os produtores como para a
sociedade em geral
E o desenvolvimento, diz respeito que a propriedade é fator de gerar outras
riquezas, devendo estar ordenado em todos os seus elementos.12
A Constituição Federal brasileira de 88 plasma tal conceito em seu art.186, inciso
II. Não apenas aqui, mas também no inciso I do mesmo dispositivo, quando elenca “o
aproveitamento racional e adequado” do imóvel rural.
Em obediência ao mandamento constitucional , a Lei Federal nº 8.629, de
25.02.1993, no art. 9º, I e II, dispõe em idêntico teor e forma, sendo que interpreta os
conceitos ao dizer, no § 1º do referido artigo, que se considera racional e adequado o
aproveitamento quando atinge os graus de utilização da terra e de eficiência na explo-
ração especificados na lei; enquanto que, no § 2º , esclarece ser adequada a utilização
dos recursos naturais disponíveis quando a exploração se faz respeitando à vocação
natural da terra, de modo a manter o potencial produtivo da propriedade; e, por fim,
no § 3º considera que há preservação do meio ambiente, das características próprias
do meio natural e da qualidade dos recursos ambientais, na medida adequada da ma-
nutenção do equilíbrio ecológico da propriedade e da saúde e qualidade de vida das
comunidades vizinhas.
No âmbito da Constituição Estadual do Pará, a preocupação não foi me-
nor, visto que no Capítulo IV, quando dispõe “DA ORGANIZAÇÃO REGIONAL”
, inserida no Título III, que versa “ DA ORGANIZAÇÃO DO ESTADO” , o art.50
estabelece que uma das normas programáticas da organização regional é a ges-
tão adequada dos recursos naturais e a proteção ao meio ambiente.
A tutela aos recursos naturais, renováveis ou não, tem como sede constitucional
principal o Capítulo que trata sobre meio ambiente, anteriormente referido, sem que o
legislador traga algo de novo e específico além do que está consagrado em caráter
universal nas melhores legislações.
Exceção deve ser feita a uma particularidade, a trazida no art. 259 daquele di-
ploma legislativo. A tutela contemplada retrata o grande potencial hidro-energético da
região amazônica e os efeitos maléficos que podem ser causados ao ecossistema e às
populações regionais se não forem tomadas as precauções lá recomendadas.
Assim é que o referido dispositivo comanda que “ as empresas públicas ou pri-
vadas que realizem obras de usinas hidrelétricas, de formação de barragens, ou outras
quaisquer que determinem a submersão, exploração, consumo ou extinção de recur-
sos naturais localizados em terras públicas ou devolutas, ainda que aforadas ou conce-
didas, ficarão obrigadas a indenizar o Estado, na forma da lei que a definir” .
Anote-se que esta indenização aos recursos naturais é específica às hipóteses
previstas na lei estadual, sendo distinta da reparação civil por dano ambiental, de
caráter genérico, prevista na lei federal, podendo ambas cumularem-se.
Providencial a atitude do legislador, embora, em momento histórico-econômico
408 ANTÔNIO JOSÉ DE MATTOS NETO

6.1. Reserva Extrativista


Com a decadência da era da borracha e da castanha do pará , os antigos seringais
e castanhais, principalmente do Estado do Acre, foram desativados, outros abandona-
dos, de sorte que o detentor dos meios de produção ( o seringalista, o proprietário dos
castanhais) saiu da cena econômica da borracha e da castanha.
O s antigos empregados - os seringueiros e castanheiros - e seus descendentes,
tornaram-se autônomos, mas continuando a viver na floresta, à custa da caça, da pes-
ca, da coleta do látex e dos frutos, e de tudo mais que o meio da floresta possa propor-
cionar. Assim, deixaram de fazer parte do empreendimento extrativista tradicional e
se tornaram autônomos, com modo de produção individual cujas atividades de corte,
coleta e transformação do látex em borracha são feitas por cada família.
A população extrativista tem na floresta sua fonte principal de subsistência e os
recursos florestais são seu bem econômico maior. Por isso, preservam-na
A partir da década de 70, na Amazônia Ocidental, especificamente no Acre, os
seringueiros autônomos somaram esforços para protestar contra o desmatamento. Esse
movimento reuniu suas forças e em 1985 organizaram o primeiro Encontro Nacional
de Seringueiros da Amazônia, de onde resultou a proposta de criação da Reserva
Extrativista.
Digno de nota é que a idéia nasceu a partir das comparações de modus vivendi
análogo entre a população indígena e a população extrativa. Ambas levam tipo coleti-
vo de vida e da floresta extraem sua subsistência.
As reservas extrativistas são modelo de unidade de conservação de recursos
naturais, pela qual se compatibiliza a exploração econômica com os benefícios soci-
ais, sem descurar a preservação ambiental.
Um outro fator agroambiental que determinou a criação desta unidade de con-
servação, foi a colonização oficial imposta pelo INCRA . É que o governo federal,
utilizando o instrumento da desapropriação por interesse social para fins de reforma
agrária, que serve para expropriar imóvel localizado em qualquer parte do país, distri-
buiu lotes individuais com área do módulo regional, que é de 50 a 100 hectares.
Entretanto, este sistema oficial de assentamento nas áreas de população tradici-
onal faliu por dois motivos básicos: o modo de vida natural do seringueiro, mesmo o
autônomo, não é feito individualmente, mas coletivamente ; e para que sobreviva,
juntamente com a família, da exploração do látex , o lote de 50 ou 100 ha. é insufici-
ente, uma vez que a seringueira, a árvore, está espaçada na floresta nativa e para que
sua extração seja rendosa, com a tecnologia de hoje, há necessidade de 300 a 500 há .
de área.13
Ao se adotar esta solução genuinamente amazônica, consequentemente, a reser-
va extrativista também vem solucionar um outro problema agrário, especificamente
fundiário, que é a regularização do título de terra para a comunidade . Assim, por este
instituto agroambiental se legaliza a área em harmonia com uma forma específica de
utilização de recursos naturais .
Após reivindicações em congressos das populações nativas, destacando-se a ação
de Chico Mendes com ampla repercussão internacional, e a pressão da opinião públi-
ca internacional e nacional em torno do noticiário de frequentes assassinatos de líde-
410 ANTÔNIO JOSÉ DE MATTOS NETO

em condições de serem explorados; população tradicional adequada ao ecossistema;


e, ação do poder público para legalizar a utilização desses recursos naturais.

6.2. Florestas Nacionais (FLONAS)


As Florestas Nacionais, as chamadas FLONAS, estão criadas pelo Código Flo-
restal ( Lei nº4.771/65, art.5º, “a”) e se constituem em áreas de cobertura florestal de
espécies nativas ou plantadas e servem de objeto para exploração mercantil sustentá-
vel de madeira e outros produtos vegetais (ex. cascas, folhas aromáticas, cipós).
As FLONAS são áreas de domínio público da União, submetidas à condição de
inalienabilidade e indisponibilidade, em parte ou no todo, e têm seu regulamento no
Decreto nº1.298, de 27/10/1994
A exploração econômica desta unidade de conservação ambiental é instrumen-
to que lançou mão o poder público a fim de compatibilizar a necessidade de preserva-
ção de recursos ambientais com o desenvolvimento, inserindo-se, portanto, dentro do
contexto de desenvolvimento sustentável
A utilização planejada e racional da madeira e sub-produtos florestais na região
amazônica é indispensável e necessária para que não se chegue à temida exaustão
genética vegetal.
É que a indústria madeireira regional, especialmente as serrarias, via de regra,
têm imprimido ação predadora ao meio ambiente. A extração seletiva de madeira
praticada em alta intensidade (exploração irracional), e o corte raso para o uso inten-
sivo da terra, têm apresentado quase sempre um comportamento itinerante, deslocan-
do-se em buscas de nova áreas onde encontre madeira rendosa ao mercado internaci-
onal, principalmente. Nesse processo, onde o lucro fácil e imediato é o objetivo pri-
meiro, há o risco de perda da sustentabilidade da atividade devido ao esgotamento do
recurso.17 Tal vem ocorrendo no Nordeste e Sul do Pará onde as serrarias atendem
demanda de contratos de fornecimento de madeira.
Contudo, este desflorestamento bastante acelerado em passado recente, tem suas
taxas diminuídas no presente, devido à reação dos poderes públicos bem assim das
organizações não governamentais e da sociedade em geral.
Desse modo, a preservação e o uso racional e sustentável das FLONAS são
mecanismos inteligentes que conduzem o homem na Amazônia a promover o manejo
dos recursos naturais, garantir a manutenção dos recursos hídricos, das belezas cêni-
cas, e dos sítios históricos e arqueológicos, e fomentar o desenvolvimento da pesquisa
científica básica e aplicada, da educação ambiental e das atividades de recreação,
lazer e turismo (art. 1º e incisos do Dec. 1.298/94)
Cabe ao IBAMA a gestão das FLONAS. Conforme a sistemática legal vigente,
o IBAMA elabora o Plano de Manejo que contém os programas de ação, o zoneamento
ecológico-econômico, identificando qual a área que pode ser explorada economica-
mente. Após, é aberto ao mercado a licitação pública onde consta no edital as normas
básicas e regulamentadoras da exploração vegetal, elaborado em obediência ao regi-
mento interno da FLONA já anteriormente aprovado pelo IBAMA.
Ao IBAMA cabe também promover as desapropriações e indenizações respecti-
412 ANTÔNIO JOSÉ DE MATTOS NETO

a fim de que o desenvolvimento econômico e social de Municípios amazônicos esteja


em estreita sintonia com os aspectos ambientais.
Estimula, também, outras atividades econômicas em mega-projetos capitalis-
tas de interesse para o desenvolvimento regional.
Ora, é de se verificar que o suporte indispensável à promoção e à integração
regional que tem a SUDAM na Amazônia é voltado não apenas à iniciativa privada
mas também ao poder público municipal, objetivando atender às prefeituras carentes
do interior amazônico, bem assim às estatais, autarquias ou fundações federais, esta-
duais ou municipais, enfim, a toda instituição pública ou privada instalada na região
amazônica e que venha trazer progresso social e econômico .

6.3.2. O BASA
O Banco da Amazônia SA – BASA – é a outra agência desenvolvimentista regi-
onal.
A Constituição Federal de 88, em seu art. 159, inciso I , alínea “c” criou o Fundo
Constitucional de Financiamento do Norte, o chamado FNO, que obrigou a União
destinar 3% da arrecadação do Imposto de Renda e do Imposto de Produto Industria-
lizado para aplicação em programas de financiamento ao setor produtivo na região
Norte.
Por força da Lei 7.827/89, modificada pela Lei 9.126/95, que regulamenta o
dispositivo constitucional supra, o BASA é a instituição financeira de caráter regional
responsável pela administração do FNO.
Nesse sentido, o BASA gere o FNO, com oferta de dinheiro mais barato que o
mercado, com taxas de juros menores, utilizando-o em treze programas de financia-
mento que congregam atividades econômicas dos setores agropecuário, agroindustrial,
mineral, industrial e de turismo da região Norte, sendo que destes programas, interes-
sa-nos os seguintes:
Programa de Apoio à Reforma Agrária – PROCERA – é uma linha especial de
crédito de custeio e investimento, destinado a apoiar os projetos de assentamento
elaborados e/ou aprovados pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária
(INCRA), ao pequeno e miniprodutor rural;
Programa de Apoio ao Desenvolvimento do Extrativismo – PRODEX/FNO
ESPECIAL – estimula a atividade extrativista vegetal, propiciando a ocupação de
mão-de-obra e geração de renda aos pequenos e miniprodutores extrativistas e suas
famílias, desde que estejam vinculados a associações ou cooperativas de produção
legalmente constituídas;
Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar – PRONAF/FNO
ESPECIAL – é uma linha de crédito de investimento e custeio que visa propiciar aos
agricultores, familiares e suas organizações aumento de sua capacidade produtiva,
geração de emprego, melhoria de renda, qualidade de vida;
Programa de Apoio à Pequena Produção Familiar Rural Organizada –
PRORURAL/FNO ESPECIAL – objetiva possibilitar o acesso ao crédito de fomento
por parte dos miniprodutores, organizados em associações, tendo por fim a diversifi-
cação e o aprimoramento técnico das atividades e a eliminação da agricultura itinerante,
414 ANTÔNIO JOSÉ DE MATTOS NETO

Objetiva o programa, em parceria com prefeituras do interior, associações de


produtores e órgãos ligados ao setor, mudar o perfil dessa agricultura de subsistência,
mantendo-a, mas em condições tecnológicas melhores, com a introdução da mecani-
zação e verticalização da produção.
Por outro lado, infra-estrutura-se e incentiva-se a produção agropecuária ex-
portadora, hoje incipiente, a fim de resgatar o volume satisfatório do corredor expor-
tador, já agora em bases planejadas, racionais e sustentável, sem agressão ao meio
ambiente.

7. CONCLUSÃO

A Constituição Federal de 1988 é um marco indelével dentro do ordenamento


jurídico brasileiro. Não por ser um diploma constitucional, mas por que sua axiologia
e sua novel principiologia trouxeram para a sociedade brasileira valores, conceitos e
regras antes desconhecidos do cidadão.
Um desses elementos novos foi o direito ao meio ambiente sadio e ecologica-
mente equilibrado. Em nosso sistema constitucional, esse direito tem natureza de clá-
usula pétria, pois constitui um dos direitos humanos de terceira geração, para usar a
nomenclatura da Organização das Nações Unidas.
Nosso ordenamento jurídico constitucional, nesse sentido, está moderno e atual.
E toda a legislação infra-constitucional regulando a matéria é no sentido único de
conservar e preservar o meio ambiente sadio e ecologicamente equilibrado para o
desfrute igualitário das gerações presentes e futuras.
A partir deste valor do Direito brasileiro, inúmeros são os princípios e regras daí
originados. Um é o uso racional e adequado dos recursos naturais renováveis, evitan-
do-se o exaurimento desta riqueza; outro, é o planejamento que deve conduzir a ativi-
dade agroambiental; mais um, é que a exploração econômica das riquezas naturais
deve obedecer à preservação do meio ambiente saudável; corolariamente ao anterior,
o desenvolvimento sócio-econômico deve ser sustentável. E aqui está a pedra de to-
que de nosso trabalho.
É desejável que o desenvolvimento seja uma realidade constante. Não obstante,
o homem deve zelar, conservar, preservar os recursos naturais, para que o ciclo da
natureza seja também uma realidade constante. Assim, chega-se ao desenvolvimento
sustentável. E a atividade agrária está indissociada desse processo, dela fazendo parte
necessariamente, porquanto o empreendedor rural utiliza os recursos postos a sua
disposição pela natureza para dela sobreviver. A atividade agrária exercida em conso-
nância com os recursos naturais e meio ambiente, assegura a regularidade do ciclo
produtivo agrário, do qual depende a vida humana. Consequentemente, o Direito Agrá-
rio é um dos sustentáculos deste novo conceito.
Maior cuidado deve ter o legislador e, de fato, tem tido ao dispor a questão do
desenvolvimento sustentável perante a realidade agreoambiental de cada região do
Brasil. É que, sendo o Brasil um país continental com diferenças geográficas, climáti-
cas, de fusos horários, enfim um país onde se encontra condicionantes da natureza
416 ANTÔNIO JOSÉ DE MATTOS NETO

BENCHIMOL, Samuel. “ ECO-92:Borealismo ecológico e tropical ambiental.


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418 ANTÔNIO JOSÉ DE MATTOS NETO

legislar sobre florestas, caça, pesca, fauna, conservação da natureza, defesa do solo e dos recursos naturais,
proteção do meio ambiente e controle de poluição (inciso VI).
9 Sobre uma visão crítica deste princípio, ver nosso: “ Função Social da Propriedade Agrária: uma revisão
crítica. In: Revista de Direito Civil, Imobiliário, Agrário e empresarial . São Paulo, Revista dos Tribunais, 76
(20), abril/jun,1996,p.72-78
10 No Direito Agrário brasileiro, define-se imóvel rural todo aquele que, independentemente de sua localização,
tenha por fim a exploração de atividades agrícola, pecuária, agroindustrial e extrativa
11 SANZ JARQUE, Juan Jose. “Derecho Agrario”.Madrid, fudación Juan March, 1975, p.102 e segs.
12 ALVARENGA, Octávio Mello. Op.cit,p.131
13 Mary Helena Allegretti, que pesquisou in loco a comunidade, diz: “nas condições atuais em que é feita a
extração do látex de seringueiras nativas, cada produtor individual necessita, em média percorrer de 100 a
150 árvores por dia para obter uma média anual de 500 kg. de borracha In: ALLEGRETTI, Mary helena.
“Reservas Extrativistas:uma proposta de desenvolvimento da floresta amazônica .In: “Pará Desenvolvimento”
Belém, IDESP, nº25, jan/dez,1989,p.6
14 PARIS RODRIGUEZ, Hernando. “Contratos Ambientales” . In:Antologia de Derecho Agrario.Cood.ULATE
CHACÓN, Enrique. San Jose, C.R., Editorial Universidad de San Jose, 1996, p.255.
15 BENATTI, José Heder. “Aspectos Jurídicos das Unidades de Conservação no Brasil”.In:Cadernos da Pós-
Graduação em Direito.Belém, 2(1), jan/mar.,1997,pp.52 e58
16 O Plano de Manejo está previsto há mais de trinta anos na legislação florestal básica (art.15 da Lei 4.771/65
– o Código Florestal) e pode ser conceituado como o projeto dinâmico que, utilizando técnicas de planejamento
ecológico, determina o zoneamento de um espaço protegido, caracterizando cada uma de suas zonas e propondo
seu desenvolvimento físico, de acordo com suas finalidades (art. 6º do Decreto 84.017, de 21/09/79, que
dispõe sobre Parques Nacionais) e visa manejo ecológico adequado: compatibilização da preservação dos
ecossistemas protegidos com a utilização dos benefícios deles advindos (art.5º do referido Decreto).
17 YARED, Jorge Alberto Gazel & BRIENZA JÚNIOR, Silvio. “A Atividade Florestal e o Desenvolvimento
na Amazônia”. In: Pará Desenvolvimento. Belém, IDESP, nº25, jan/dez,1989,p.61
420 ALDO PEDRO CASELLA

2.- El reconocimiento del “ambiente” dentro del elenco de los bienes jurídicos
tutelados, más allá de las subsistentes dificultades de determinación, propone a la
actividad económica, en tanto utilice o pueda afectar los genéricamente denominados
“bienes ambientales” o de cualquier manera influir en la integridad y el equilibrio del
entorno, un conjunto de pautas predispuestas a la protección de aquél que se resumen
en la denominación “desarrollo sostenible”. Aún con el riesgo de incurrir en
simplificación, en beneficio de la síntesis, puede explicitarse así el nexo entre
“desarrollo sostenible” y “ambiente” que, por otra parte, y como surge de la explicitación
misma, son términos de una misma cuestión, el primero expresión del segundo en el
ámbito de la producción o más ampliamente de la economía.
Inevitablemente la reivindicación ambientalista primigenia centrada en la
preservación de la integridad de las personas y el medio ambiente frente a las
manifestaciones contaminantes más directa y evidentemente dañinas, llevó a un planteo
más global y profundo, atinente a las causas de los desequilibrios y las agresiones. En
el campo económico eran notoriamente resultantes de una lógica meramente
productivista o crematística, indiferente a las consecuencias en el plano personal y
ecológico, que, antes bien, se beneficiaba haciendo soportar al conjunto social los
costos del deterioro, “externalizándolos” como lo han revelado los estudios económicos
de la cuestión ambiental. En el marco de este debate, que se identifica como “tensión
economía/ambiente” o “tensión ambiente/desarrollo” se introduce definitivamente en
el acervo ambientalista la fórmula del “desarrollo sostenible”, pudiendo señalarse en
la Cumbre de Río/92 el momento culminante de su adopción, aunque no fuera, como
es sabido, la primera oportunidad en que fue utilizado.
En la declaración de Río sobre el Medio Ambiente y el Desarrollo, efectivamente,
la sostenibilidad productiva constituye un argumento central que se desarrolla a lo
largo de los principios que enuncia, de los que pueden subrayarse, por particularmente
interesantes respecto del tema que nos ocupa, la indicación a los Estados de reducir y
eliminar las modalidades de producción insostenibles (principio 8), el imperativo de
ejercer el derecho al desarrollo “en forma tal que responda equitativamente a las
necesidades de desarrollo y ambientales de las generaciones presentes y futuras” (prin-
cipio 3), como así también el de que a fin de alcanzar el “desarrollo sostenible, la
protección del medio ambiente deberá constituir parte integrante del proceso de
desarrollo y no podrá considerarse en forma aislada” (principio 5).
Puede, entonces, afirmarse que el paradigma del “desarrollo sostenible” se impone
como fórmula de resolución de la tensión economía/ambiente que sustancialmente
contiene una exigencia de compatibilidad de ambos términos. Obviamente como toda
exigencia general depende para su actuación del devenir del debate en el campo fun-
damentalmente político, como luego reiteraremos, pero ello no impide que la
compatibilidad vaya tomando expresiones concretas, aunque a veces parciales, en el
plano jurídico. De cualquier modo, y más allá de estos problemas de definición, no
hay duda que una vez impuesta en el ámbito internacional y nacional actúa como
premisa de toda la actividad productiva, incluyendo de modo principal a la agraria en
atención a la fuerte incidencia de la utilización de los recursos naturales en su práctica.
Además es posible que determine un salto cualitativo en el derecho ambiental,
422 ALDO PEDRO CASELLA

constituciones vigentes incluyen claúsulas atinentes de la protección del medio ambi-


ente y de los recursos naturales. Nosotros nos limitamos a referir sintéticamente al
caso Argentino, donde en la claúsula ambiental introducida con la reforma de 1994
comparece el “desarrollo sostenible” como principio relativo a las actividades
productivas. Si bien el nuevo art. 41 no incluye la denominación, no cabe duda que lo
acoge al reconocer a los habitantes el derecho a un ambiente sano, equilibrado, apto
para el desarrollo humano “y para que las actividades productivas satisfagan las
necesidades presentes sin comprometer las de las generaciones futuras”; la reforma es
posterior a la Cumbre de Rio que, como hemos visto, define en esos términos al
“desarrollo sostenible” y, por otra parte, la enunciación coincide plenamente con la
del informe “Nuestro Futuro Común” de la Comisión Mundial para el Medio Ambien-
te y el Desarrollo, conocido también como “informe Brundtland”. Por otra parte, las
fuentes son reconocidas por los protagonistas directos de la reforma constitucional.
Sin ánimo de ser exhaustivo, y ahorrando la transcripción textual de los artícu-
los de la Constitución Nacional, me parece útil para su exposición ordenar los distin-
tos instrumentos de positivización constitucional del derecho ambiental, en referencia
específica al “desarrollo sostenible”, en la forma que propone el autor antes citado
para los derechos fundamentales en general con base en la Constitución Española de
1978 que ha tenido notable influencia en la reforma de 1994.
Se pueden así enumerar los distintos instrumentos de positivización constituci-
onal “de mayor a menor”, esto es, ordenados de acuerdo a su mayor o menor precisión
jurídico-positiva: 1)Valores y principios constitucionales programáticos: como “síntesis
de valores” en materia ambiental productiva, la enunciación del “desarrollo sostenible”
antes transcripta apunta a la “solidaridad intergeneracional” o “diacrónica”, como
también se suele llamar, y al “equilibrio” ambiental como pauta de compatibilidad
entre economía y ambiente, además de los valores más genéricos del derecho al ambi-
ente: la “salud humana” y la “calidad de vida”, en tanto se garantiza el derecho al
ambiente sano y apto para el desarrollo humano; 2) Principios constitucionales para la
actuación de los poderes públicos: el principio general de “desarrollo sostenible”,
inspirado en esos valores y portador de la exigencia de compatibilidad de la actividad
económica con el ambiente, opera como premisa de las obligaciones que la Constitución
Nacional impone a las autoridades de proveer a la protección del derecho al ambiente
y, con trascendencia en el tema que nos ocupa, “a la utilización racional de los recur-
sos naturales”, la “preservación del patrimonio natural” y “la diversidad biológica”.
En cuanto a los pueblos indígenas, el Congreso debe asegurar “su participación en la
gestión referida a sus recursos naturales”(art.75 inc. 17). Todo ello, claro está, en
materia económica necesariamente armonizado con las demás garantías, con los
derechos económico-sociales, y con la indicación general de proveer lo conducente
“al progreso económico con justicia social” y “a la productividad de la economía”
impuesta al Congreso por el art. 75 inc. 19; 3) Normas o claúsulas generales a desarrollar
por leyes orgánicas: el tercer apartado del art. 41 pone a cargo de la Nación – dentro
del sistema federal – “dictar las normas que contengan los presupuestos mínimos de
protección”, y deriva a las provincias las necesarias para complementarlas
reconociéndoles a la vez “el dominio originario de los recursos naturales existentes en
424 ALDO PEDRO CASELLA

debate que, aunque trascendente, no podemos aquí reproducir.


Sin embargo advertimos que la labor de la jurisprudencia de los tribunales
nacionales e internacionales está sirviendo a esta determinación. En este sentido es
sumamente interesante traer la experiencia española estudiada recientemente por
Jordano Fraga, donde el Tribunal Constitucional ha respaldado una via que el autor
denomina de “desarrollo ecológico”, y que bien podríamos calificar como“sostenible”,
en la cual “nose descarta en determinados supuestos la constitucionalidad de la
prevalencia del bien jurídico ambiental sobre el desarrollo de determinadas actividades
económicas, en los casos en que el ejercicio de éstas sea incompatible con los objeti-
vos de la preservación del medio ambiente”. Esta via que caracteriza como intermedia
entre ecología y desarrollo, contempla estos parámetros, utilizados para el examen de
constitucionalidad: 1.- El modelo constitucional de desarrollo es de carácter cualitativo
y no meramente cuantitativo basado en un ciego productivismo. 2.- El reconocimiento
de un modelo de desarrollo cualitativo no es una conclusión únicamente aplicable a
las actividades extractivas, y traspasa las fronteras de los espacios protegidos. 3.- El
medio ambiente y el desarrollo son bienes constitucionales que es necesario compaginar
en la forma que decida el legislador competente, aunque, como advierte el autor, ante
el conflicto de intereses - y de principios: preservación del medio ambiente y desarrollo
-, ya el Tribunal de Justicia de la CEE “ha desbordado los planteamientos economicistas
y rechaza que la existencia de intereses estrictamente económicos sea motivo bastante
para la reducción del patrimonio medioambiental”. 4.- Por útimo, que “no es contrario
al principio de igualdad la discriminación positiva de una determinada actividad
económica en detrimento de otra del mismo sector por razones de protección del medio
ambiente”.

5.- Pasando ya a la relación de la producción y economía agraria con el ambien-


te, la cuestión se ubica en los mismos términos y dentro del marco del “desarrollo
sostenible” como fórmula de compatibilidad, pero se expresa concretamente en la
más especifica de “agricultura sostenible”. En el plano de la política agraria, Coscia
ha subrayado precisamente que esa denominación encierra un conjunto de pautas e
implica “no solamente asegurar la sostenibilidad en el mediano y largo plazo del po-
tencial productivo del sistema agroecológico, sino también la viabilidad económica de
la empresa agraria y la atención a las necesidades o requerimientos de la sociedad”,
con el imperativo de conciliar un adecuado ritmo de crecimiento sectorial con la
conservación (indefinida del potencial productivo) de los recursos naturales y la calidad
del medio ambiente. No es entonces un modelo preestablecido de producción ni una
receta de prácticas culturales y normas técnicas.
Conviene no obstante reiterar que las normas positivas que en el nivel legislativo
y ejecutivo receptan la orientación de la “agricultura sostenible” forman parte de la
realización de los principios encerrados en la consagración del “desarrollo sostenible”;
en el caso de la Constitución Argentina junto a sus cánones generales, los propios de
“utilización racional de los recursos naturales”, “preservación del patrimonio natural”
y de la “biodiversidad”. Es así como la introducción de la cláusula de “desarrollo
sostenible” como exigencia de compatibidad de la actividad productiva con la tutela
426 ALDO PEDRO CASELLA

onal y de los tribunales internacionales. Estos criterios son también operantes en el


ámbito del derecho agrario, y, además, el principio encuentra desarrollo en las normas
que hemos individualizado como manifestaciones de la “agricultura sostenible” y que
utilizan los instrumentos técnico-jurídicos típicos de la tutela ambiental para imponer
este nuevo parámetro productivo, tal como tevaluación de impacto, zonificación,
autorizaciones, certificaciones, etc..-
De estos principios y estas normas se derivan necesariamente modificaciones en
los derechos relativos a bienes y actividades agrarias con trascendencia ambiental, lo
que obviamente incide en los institutos centrales del derecho agrario, como la propiedad
y la empresa. Si, como sostiene Jordano Barea, los fines de la preservación ambiental
imponen una vinculación de los bienes ambientales “con independencia de su titularidad
y régimen jurídico”, y Delgado de Miguel ha podido, a partir de las normas
conservacionistas en el ámbito de las leyes agrarias, construir la figura de la “función
ecológica” de la propiedad, puede concluirse facilmente que el instituto verifica
transformaciones profundas. No menos que la empresa, desde el momento que la
libertad de iniciativa queda supeditada a la a la compatibilidad ecológica de la actividad
a la que, además se le imponen positivamente modalidades determinadas de ejercicios.
Desde ya, como dijimos al iniciar, lo que pretendimos es plantear por ahora una
hipótesis de trabajo que debería ser sometida a prueba profundizando cada uno de los
capítulos aquí solamente enunciados. No obstante esta exploración elemental nos alienta
a pensar que el itinerario elegido puede resultar fructífero en el objetivo de concretar
la influencia del “desarrollo sostenible”en el derecho agrario, tema convocante de
este congreso.
428 JUAN JOSÉ SANZ JARQUE

medio ambiente agrario, y en consonancia con un continuado crecimiento sostenible.


Sin poder entrar en el desarrollo exhaustivo de la cuestión, nos vamos a limitar
solamente a la critica del sistema, o mejor del panorama económico imperante en la
sociedad de nuestro tiempo, y a unas breves conclusiones finales.
I-La denuncia de la situación actual se puso de manifiesto de modo general y
bien agudamente, en la Conferencia Internacional de Población y Desarrollo de El
Cairo, 1994, que la definió en los siguientes términos:
“ En todo el mundo, muchos de los recursos básicos de los que dependerán las
futuras generaciones para su supervivencia y bienestar se están agotando, y se intensi-
fica la degradación del medio ambiente, impulsada por modalidades insostenibles de
consumo, un crecimiento de la población sin precedentes, la persistencia y difusión de
la pobreza, y las desigualdades sociales y económicas”.
II-Respecto a la crítica del sistema o panorama económico imperante, siguiendo
el Seminario interdisciplinar realizado por EIDES (Cuadernos C.I. de la Fundación
Lluis Espinal nº 83-extra), es evidente que el mismo basado en las ideas neoliberales,
junto con sus defectos y consecuencias, provoca críticas importantes.
La principal crítica de la economía ecológica al sistema económico actual radica
en la misma concepción del sistema. Mientras la economía clásica no considera ningún
tipo de interacciones con el entorno, como si el sistema económico fuera un todo
cerrado, la economía ecológica plantea que el sistema económico está abierto e
intercambia materia y energía con el entorno. Dicho de otro modo, el sistema económico
clásico genera una externalidades que hay que considerar. Estas externalidades pueden
agruparse en dos grandes grupos: los costes ambientales (derivados del consumo de
recursos no renovables, de la sobrexplotación de recursos renovables, de la generación
de resíduos no biodegradables, etc ) y los costes sociales.
Los costes ambientales y el estudio de sistemas económicos que los consideren
son el principal caballo de batalla de quienes se incluyen en la economía ecológica. De
hecho, se trata de dejar de fijarse en el sistema “humanidad” para fijarse en el sistema
“tierra” de modo limitado, sin contar que la “tierra” ha de extenderse a ser también el
“hogar habitable” del hombre.
La necesidad de incluir los referidos costes en el análisis económico, parte de la
utilización de un concepto nacido en el seno de la ciencia ecológica. Se trata de la
“capacidad de sustentación”. Se denomina “capacidad de sustentación de un territorio
para una especie determinada” a la población máxima de aquella especie que puede
vivir en él de forma indefinida, es decir, que puede vivir en el territorio sin que se
produzca una degradación de los recursos que tenga como consecuencia una ulterior
disminución de la población. Esta capacidad de sustentación es siempre limitada. Por
tanto, aplicando este concepto a la especie humana, debemos cambiar nuestra
mentalidad tradicional, según la cual el planeta era visto como una inmensidad para
ser explotada, para empezar a pensar que vivimos en un territorio limitado que tiene
que ser administrado con cuidado.
Esto ha de tener un reflejo en la teoría económica. Si la economía clásica no
tenía en cuenta el intercambio de materia y energía con el medio ambiente es porque,
implícitamente, consideraba que el planeta podía suministrar energía y materia en
430 JUAN JOSÉ SANZ JARQUE

Es evidente que la propia sociedad recibe las consecuencias del mal


funcionamiento del sistema actual con paro y bolsas de pobreza. Así, el sistema
económico se revela perverso, ya que no sirve a su finalidad de cubrir las necesidades
humanas y permitir su actividad, sino que, al contrario, representa un factor de exclusión
para muchos. Y de nuevo se puede plantear el tema como un problema de “opacidad
contable”. El balance económico no refleja los costes sociales porque las personas
excluidas del circuito de la riqueza no tienen ningún “valor contable” y, por tanto, su
vida o su muerte no altera las cuentas de la economía.
Esto pone de manifiesto de forma evidente la importancia de la perspectiva po-
lítica, cultural y ética a la hora de juzgar la bondad o maldad de las decisiones y
sistemas económicos. Los parámetros económicos no reflejan fielmente la situación
de la riqueza de una población.
Sin embargo, es manifiesto que en la realidad de nuestro tiempo se extiende un
“pensamiento único”, que sigue la lógica económica en detrimento de la lógica políti-
ca y ética, dominando así el sistema de la economía “eficaz”, a veces contra la justicia
o al margen de la justicia social y por supuesto del proyecto necesario por el que
abogamos de un continuado crecimiento sostenible, garantía del pleno desarrollo y de
la paz.
III – En cuanto a las conclusiones referidas, hacemos nuestras por ser aquí opor-
tunas al efecto, las del Seminario anteriormente mencionado, que exponemos como
sigue:
La crisis ecológica de nuestro tiempo, no es mas un síntoma a nivel global de
una manera de estar presente el hombre en la tierra, que podríamos calificar de
“depredadora”, causante de las desigualdades en el reparto de la riqueza y también de
la expoliación del medio ambiente. En una humanidad “globalizada”, que forma una
unidad compleja e interconectada, esto se manifiesta en una crisis ecológica y en la
muerte o en la vida inhumana de una gran parte de la población.
La estructuración de la economía no es nada inocente en esta situación. Es
necesaria una reforma profunda, la cual implica la elaboración de nuevas teorías
económicas que quieran tener en cuenta las externalidades de la economía (costes
sociales y ambientales), a la vez que un nuevo modelo de vida en base al crecimiento
horizontal de la riqueza y a la extensión universal de la cultura.
El ámbito político, apoyándose en la cultura y la ética, está llamado a controlar
la actividad económica, de modo que funcione como medio de vida para todos.
La cultura tiene que tomar conciencia e integrar armónicamente y para todos,
los factores de la educación, las técnicas, la ecología y la solidaridad.

Conclusión Final.

De lo expuesto resulta evidente, que si el derecho como norma, en general, y


como norma agraria, de modo especial, es la reglamentación organizadora de la
Comunidad legitimada por su armonía con el derecho natural, el moderno derecho
agrario, habrá de reglamentar y organizar el futuro, al servicio de las generaciones
434 EDUARDO CHACON MORA

La propiedad agraria, al igual que la posesión va a estar al servicio de la empresa


y por lo tanto deberá de existir una organización de los factores productivos tales
como el fundo, el trabajo y el capital con el fin de producir frutos sean estos vegetales
o animales, asumiendo el empresario agrario un doble riesgo, es decir, no sólo el riesgo
económico que consiste en la posibilidad o no de que dicha actividad sea productora
de utilidades, conduciendo al empresario a asumir todas las responsabilidades
contractuales y extracontractuales respectivas, sino además un riesgo biológico-cli-
mático, en el cual el empresario está expuesto a todas las condiciones propias de los
animales y vegetales, tales como el riesgo genético, productivo y microbiológico de
los seres vivos, así como a las condiciones climatológicas que puedan afectar la
producción de animales y vegetales.
Ahora bien, partiendo de los conceptos expuestos, debemos de analizar la
situación posterior al reconocimiento e incorporación en las constituciones políticas
de esos derechos propios de la segunda generación, sea los derechos económicos,
culturales y sociales fundamento de la función social de la propiedad, y pasar a analizar
el reconocimiento de los derechos de la tercera generación, producto de un movimiento
de carácter universal con el objetivo de colocar el derecho a un ambiente sano y
ecológicamente equilibrado como un verdadero derecho humano y su influencia en
los institutos del derecho, no solo agrario, por ser el derecho ambiental de carácter
transversal.

LA FUNCIÓN SOCIAL DE LA PROPIEDAD.


UN NUEVO SIGNIFICADO DESDE EL PUNTO DE VISTA DEL DERECHO
AGRARIO AMBIENTAL:
La función económica y social de la propiedad agraria se desdobla en dos: por
un lado tenemos la función subjetiva o de orden económico y que se traduce en la
obligación del propietario de poner en condiciones de producción el fundo, cultivándolo
para cumplir con la función económica del bien y que conlleva la imposición de ciertas
obligaciones al propietario o poseedor, pues el interés de la sociedad exige que éste
ponga la tierra a producir, y por otro lado tenemos la función objetiva o de orden
social y que consiste en la obligación del Estado de dotar de tierra a quienes no la
tengan o la tengan en forma insuficiente y que tengan el conocimiento técnico y la
capacidad para lograr ese fin productivo.
Los modernos lineamientos acerca de la función social de la propiedad, tratan
de conseguir un sistema de normas que obligue a los propietarios a emplear su riqueza
de manera que no perjudique los intereses de la colectividad, siendo que estas
obligaciones se vinculan a ciertos tipos de bienes, es decir, a aquellos que más intereses
protegen por afectar de modo más intenso al bien común, como es el caso de los
bosques por su valor natural, ecológico y paisajístico del cual se beneficia la sociedad
y de cuya falta de conservación se ve también perjudicada toda la sociedad. Así, el
régimen normal del dominio se transformará, de manera que la propiedad adquiera un
uso más adecuado en relación con el medio ambiente.
Lo anterior se manifiesta, en el caso de Costa Rica, en diferentes normas que
tienen como fin la conservación del bosque y demás recursos naturales. Se trata de la
436 EDUARDO CHACON MORA

los árboles de un bosque, lo que implica la tala de los árboles existentes con el fin de
aprovechar su valor comercial, pero reforestándolo con el fin de continuar la producción
silvícola, es decir, que el empresario va a participar en dicho ciclo biológico desde la
siembra, cultivo y sustitución de una especies por otras, cuidando del bosque, entendi-
do como conjunto de especies maderable únicamente, con el objeto de llevar a cabo
dicha producción silvícola.
Cabe hacer la salvedad, que el citado voto número 68 de la Sala Primera nos
hace, en el sentido de que dicha actividad silvícola debemos diferenciarla de la actividad
meramente extractiva, la que por no estar vinculada con la actividad del hombre en el
ciclo biológico de los árboles, no es considerada agraria por cuanto la misma va orien-
tada más bien a darle fin a ese ciclo biológico, sin preservar las especies maderables,
ni darle al bosque un sentido productivo.
La anterior Ley Forestal número 7174 del 28 de junio de 1990 , en su artículo 49,
imponía la obligación al propietario del fundo en donde se realiza una actividad de
corta o aprovechamiento de un bosque natural o plantación forestal, de reponer el
recurso, generándose con ello una actividad silvícola. El citado artículo disponía: “Toda
acción de corta o aprovechamiento del bosque natural y de aquellas plantaciones
forestales en terrenos de exclusiva vocación forestal, obligará al propietario del ter-
reno respectivo a recuperar o reponer el recurso, según las especificaciones emitidas
por la Dirección General Forestal”. Se concluye de lo establecido por la Sala Primera
y del mismo artículo 49 de la Ley Forestal vigente en ese entonces, que el fin último de
la posesión forestal será la conservación de los recursos maderables, lo cual se modi-
fica hacia una tendencia de mayor protección en los artículos 19, 20 y 27 de la actual
Ley Forestal, número 7575, al incluir una expresa prohibición de cambiar el uso del
terreno, cuando este es de aptitud forestal, estableciendo limitaciones de impacto
ambiental mediante el plan de manejo de los bosques. La posesión ecológica vendrá
a compartir con respecto a la posesión forestal, el fin conservativo, no obstante mere-
ce hacer notar las diferencias entre ambos tipos de posesión.
Primero, en la posesión forestal la conservación del bosque como ecosistema no
viene a constituir el objetivo principal, sino únicamente la conservación del recurso
maderable necesario para lograr el objetivo empresarial o industrial según un plan de
manejo previo, lo que no ocurre con la posesión ecológica, en donde la protección
tiene como fin último alcanzar el equilibrio ecológico en aras de proteger la salud de
las personas y la preservación del medio ambiente y de las especies. Por otra parte,
con la posesión forestal no se protege el bosque en sentido estricto, es decir, el térmi-
no bosque abarca un conjunto de ecosistemas compuestos por una diversidad biológi-
ca, en donde conviven gran cantidad de especies animales y vegetales constituyendo
los árboles sólo una parte, de manera que en el proceso de extracción, propio de una
actividad silvícola, se van a destruir gran cantidad de especies y por ende de los
ecosistemas que componen un bosque. Así, vemos que la actividad silvícola no prote-
ge los bosques, sino que simplemente conserva el recurso madera, situación contraria
ocurre con la posesión ecológica, mediante la cual se persigue conservar el ecosistema
en forma íntegra. Cabe agregar que, con respecto a la vocación agraria sobre este tipo
de terrenos, la Sala Primera, mediante el voto número 65 de las 9:20 has. del 9 de junio
438 EDUARDO CHACON MORA

definitorio de la función social de la propiedad.


Se debe incluir, por lo tanto, dentro del concepto de función social de la propiedad,
fuertemente ligado al derecho agrario, el concepto de función ecológica de la propiedad,
como un elemento definitorio sobre el derecho de propiedad, logrando así que la
producción se oriente a la vez hacia el desarrollo sostenible, siendo esta función eco-
lógica de la propiedad el resultado de una lenta evolución en la que la actividad mera-
mente productiva, que en ocasiones implica la destrucción del bosque, ha cedido ter-
reno a una actividad que debe implicar también la protección y conservación del
ecosistema.

FUNDAMENTO LEGAL DE LA POSESIÓN ECOLÓGICA:


La posesión ecológica se ha consolidado en Costa Rica, tanto por su expresa
regulación en el ordenamiento jurídico y la jurisprudencia, como también por la función
interpretativa que han llevado a cabo los jueces y por el esfuerzo doctrinario de com-
plementar y difundir ese novedoso instituto y sus características.
Si bien es cierto se ha llegado a reconocer doctrinalmente la existencia de
“propiedades” y de “posesiones”, de acuerdo a la evolución del Derecho, no existe
razón para desconocer la existencia de otro tipo de posesión que tutela un bien espe-
cífico cual es el medio ambiente. Lo anterior se fundamenta en el hecho de que “las
posesiones” existentes hasta ahora resultan insuficientes para garantizar la conservación
de los ecosistemas.
El derecho a un ambiente sano, como un derecho humano de la tercera generación,
requiere de la protección de este sistema vital. Ningún derecho humano podrá
garantizarse sin un ambiente sano en el cual desarrollarlo, ya que este es un derecho
íntimamente relacionado con el derecho a la salud y el derecho a la vida misma.
El derecho ambiental debe tutelar y proteger el bosque, entendido este como un
ecosistema y no sólo a algunos de los elementos que lo componen, como es el caso de
la madera, en forma individual. Es por ello que el objeto no puede quedar reducido a
la existencia de los árboles únicamente, ya que el ecosistema boscoso está compuesto
por el conjunto de plantas vasculares y no vasculares, y por los otros seres vivientes
que en él se encuentran habitando.
La posesión ecológica se configura cuando las actividades y omisiones
intencionales del poseedor se dirigen específicamente a proteger uno o varios
ecosistemas en determinado espacio con la finalidad de mantener el equilibrio ecoló-
gico de estos. Este novedoso instituto jurídico emerge ante la grave amenaza que
conlleva la destrucción del ambiente y como resultado de la necesidad de crear nuevas
figuras jurídicas que regulen las necesidades sociales actuales, basadas en la realidad.
Es así como por medio de la posesión ecológica, se logra poseer el bosque protegiéndolo
a la vez.
En nuestro ordenamiento jurídico se encuentra la figura de la Posesión Ecológi-
ca debidamente regulada por el artículo 7 de la Ley de Informaciones Posesorias,
número 139 del 14 de julio de 1941, asimismo la Ley Forestal número 7575 y que
introduce una reforma al citado artículo en el año 1996, contiene una serie de
disposiciones relativas a la conservación de los bosques, en donde se incluyen no sólo
440 EDUARDO CHACON MORA

y la conservación del recurso bosque como ecosistema, los cuales no implican un


simple no hacer como resultado de ciertas circunstancias, como por ejemplo de falta
de recursos económicos o de maquinaria adecuada para lograr una actividad extractiva
de madera. Dichas omisiones deberán ser intencionales siempre en busca de la
protección de los recursos naturales.
El mismo Tribunal, mediante voto número 615 de las 9:50 hrs. del 18 de agosto
de 1994 dispuso, “ El animus del poseedor no es simplemente un “animus domini”,
va más allá.- No se posee solamente porque se tiene la convicción de que se es el
titular del derecho correspondiente, se posee porque se comprende que la protección
del bosque permitirá que sus recursos puedan ser utilizados por mucho tiempo y esto
traerá beneficios no sólo para el poseedor sino también al resto de la Humanidad”.
El corpus de la posesión ecológica sería la relación física con el ecosistema en
general y no sólo con el bien en el que se desarrolla, lo cual se debe a que el objeto a
regularse es mucho más amplio, ya que lo que se busca proteger es el equilibrio ecoló-
gico como tal, lo que se logrará mediante la conservación de los ecosistemas que en
forma interrelacionada se encuentran en un bosque.
Tal y como se dijo líneas atrás, la posesión ecológica encuentra también asidero
legal en los artículos 50 de nuestra Constitución Política, el cual garantiza un ambien-
te sano y ecológicamente equilibrado; el artículo 69 hace énfasis en la necesidad de
explotar racionalmente la tierra, y el artículo 6 se refiere al fin del Estado de proteger,
conservar y explotar con exclusividad todos los recursos y riquezas naturales existen-
tes en las aguas, el suelo y el subsuelo de esas zonas...”. Existen también convenios
internacionales que ha sido ratificados por Costa Rica y múltiple disposiciones en
leyes especiales, que establecen que los bosques no sólo están destinados a la actividad
silvícola, sino también a la conservación de especies vegetales y animales, de cuencas
hidrográficas y demás recursos naturales. Ejemplo de ello son Convención para la
Protección de la Flora y la Fauna Silvestres y Bellezas Escénicas de los Países Ameri-
canos de 1976, cuyo fin es la protección y conservación del medio ambiente natural.
También el Convenio para la Conservación de la Biodiversidad y Protección de las
Áreas Silvestres Prioritarias en América Central de 1994, además de otras leyes como
la Ley de Aguas y la Ley de Conservación de la Vida Silvestre, las cuales limitan el uso
del bosque.
La Ley Orgánica del Ambiente, promulgada en el año 1995, dispone entre sus
principios que el ambiente es patrimonio común de todos los habitantes de la nación,
siendo obligación del Estado y de los particulares participar en su conservación y
utilización sostenibles. Establece además que el Estado deberá velar por la utilización
racional de los elementos ambientales así como la obligación de propiciar un desarrollo
económico y ambientalmente sostenible, haciendo énfasis esta Ley en la obligatoriedad
por parte del Estado de conservar, proteger y administrar el recurso forestal.
La Ley Forestal número 7575 del 16 de abril de 1996, en su artículo 1, establece
como función esencial y prioritaria del Estado velar por la conservación, protección y
administración de los bosques naturales así como por la producción, aprovechamiento,
industrialización y fomento de los recursos forestales del país destinados a ese fin, de
acuerdo con el principio de uso adecuado y sostenible de los recursos naturales
444 CRISTÓBAL GUERRERO MARTÍN

de ahorro suficiente para afrontar tales acontecimientos.


Se añade que el trabajador agrícola, desde hace años, tiene una edad media
avanzada, siendo una población laboral envejecida.
Por último, junto a la gran diversidad de explotaciones, aún es mayor la
heterogeneidad de tareas, trabajos, sistemas y costumbres de realizarlas, la temporalidad
que impone la estacionalidad de los cultivos, y la intensidad de los trabajos, especial-
mente en algunos tipos de faenas o de explotaciones, someten a la mano de obra a
grandes desproporciones.
Por esto, el sistema que establece la Seguridad Social de los agricultores se ca-
racteriza:
1) Por su diversidad.
2) Por recibir más que aporta, de tal forma que las prestaciones que se dan son
más cuantiosas que las cuotas que se recauda; la diferencia tiene consideración de una
subvención indirecta que se proyecta sobre los trabajadores agrícolas.

Esta complejidad ha llevado consigo que la legislación que ordena la Seguridad


Social agrícola sea compleja, y que su aplicación ofrezca situaciones difíciles de re-
solver.
Frente al Régimen General de la Seguridad Social en España, se establece el
«Régimen Especial Agrario»; que inicialmente abarca un colectivo aproximado al
millón y medio de personas.

2. La agricultura en la España actual


La primera nota a destacar es la gran diversidad, tanto de cultivos como del tipo
de explotaciones. Del secano al regadío, de la alta montaña a los invernaderos del Sur
de la Península Ibérica. Esta visible heterogeneidad se da también en el tipo de
explotaciones: desde las grandes fincas a los minifundios de Galicia, Asturias o la
Alpujarra.
Otra nota es la general ausencia del carácter de empresa en las explotaciones
agrarias. Los agricultores, con notable predominio de la explotación familiar, carecen
de estructura y mentalidad empresarial.
También en las técnicas aplicadas en las explotaciones, como en las transacciones
y relaciones de trabajo, predomina la costumbre como fuente de normas más arraiga-
das. Como dice BAYÓN CHACÓN1 es en el medio rural y en el trabajo en el campo,
donde la tradición y la costumbre cobran un contenido normativo que se impone y
acepta como regla que ordena múltiples comportamientos, desde la manea de realizar
las labores hasta la determinación de las cláusulas en los contratos.
Se da otra característica no menos importante: el secular atraso y la escasez de
ventas.
El desarrollo industrial, económico y cultural ha llegado con retraso al campo.
Esto ha hecho que la vida rural ofrezca una carencia de servicios que tienen sin dificultad
las zonas urbanas y muy especialmente las industriales. Colegios, hospitales, vías de
comunicación, equipamiento urbano (agua, alcantarillado, teléfono, etc.) han ido
llegando a las zonas rurales con muchos años de retraso sobre las zonas urbanas.
446 CRISTÓBAL GUERRERO MARTÍN

sobre el cultivo del olivar. Junto a ellas, la extensión de las subvenciones han hecho
que parte de los agricultores se duerman en la seguridad del dinero comunitario sin
preocuparse de tomar posiciones para el futuro.
La proyectada ampliación comunitaria a los países del Este de Europa ofrece
una nueva etapa de adaptación de difícil predicción. Estos países tienen aún una alta
población agraria, sus costes de producción son muy bajos al ser muy baja la retribución
de la mano de obra. El desequilibrio de los precios por la diferencia de coste y la
producción añadida, pueden provocar profundos cambios en el sector agrícola.

II. EL RÉGIMEN GENERAL AGRARIO EN LA SEGURIDAD SOCIAL


ESPAÑOLA

1. Características
Existe como tronco común del sistema de Seguridad Social un «Régimen Gene-
ral» al que se le adosan una serie de «Regímenes Especiales», que atienden cada uno
a las peculiares características de los sectores productivos a los que atiende (el mar, la
minería del carbón, los trabajadores autónomos, etc.). El Régimen Especial Agrario
(en adelante REA), se ha considerado en palabras, ya antiguas, del profesor BAYÓN
CHACÓN3 como la «carga histórica» de la Seguridad Social española.
Aún con la tendencia a buscar en el futuro la unidad de todos los regímenes
especiales con el régimen general, es cierto que por las especiales condiciones que se
dan en el campo y las características propias de los procesos productivos, que imponen
un empleo atípico respecto a otras actividades, es preciso mantener también en
Seguridad Social un régimen «especial» diseñado para los trabajadores del campo.

2. Encuadramiento en este Régimen. La consideración de trabajador agríco-


la a efectos de Seguridad Social
Para que se pueda considerar a un trabajador el carácter de «agrario», se atiende
a la «profesionalidad» en el ejercicio de labores agrícolas. Se toma para esto como
factores determinantes la «habitualidad» en la actividad, y el carácter «exclusivo» o al
menos «predominante» como fuente de ingresos del trabajador y de su familia. Así las
labores agrarias no sólo deben ser «su» trabajo habitual, sino también «su» medio de
vida. Como dicen los profesores ALONSO OLEA y TORTUERO PLAZA4 se entiende
en nuestra legislación que los trabajos agrícola constituyen el medio fundamental de
vida cuanto «de ellos se obtenga (el trabajador) los principales ingresos para atender a
sus propias necesidades y la de los familiares a su cargo, aún cuando con carácter
ocasional realice otros trabajos; lo que no es el caso respecto de quien es titular de un
negocio industrial o mercantil, ni de quien trabaja la mayor parte de los días del año en
actividad del régimen general».
En cuanto a qué se considera trabajo agrario, queda definido en él las labores
necesarias para obtener directamente los frutos o productos agrícolas, forestales o
pecuarios. Estos trabajos se limitan exclusivamente:
a) Obtención directa de frutos y productos agrarios.
b) Almacenamiento de frutos y productos en sus lugares de producción.
448 CRISTÓBAL GUERRERO MARTÍN

la, forestal o pecuaria: los que tuvieran un «líquido imponible», a efectos tributarios,
que no fuera (entonces, 1957) superior a 5.000 pesetas anuales; y otro, vinculado a la
propiedad, aparcería o arrendamiento que tuviese la «titularidad» de la explotación.
Como afirma CASAS BAAMONDE7 , se puede tomar este dato histórico como
partida de nacimiento de este régimen de protección social.
No era suficiente la titularidad patrimonial, se exigía que las labores o trabajos
la realizara de manera personal y directa, aún cuando fuera con ayuda de su familia.
Se introduce así el concepto de «familia agraria» como grupo que aporta su trabajo a
la explotación «familiar». Por la cuantía de su tributación anual (5.000 pesetas de
líquido imponible) se limita además a las familias modestas que tienen como únicos
recursos una pequeña explotación agraria. No comprendía la posibilidad de trabajadores
«fijos» y si la de eventuales remunerados cuando no superaran los 90 jornales al año.
Se completa con otro dato o exigencia: que este trabajo sea habitual y principal
en su actividad, es decir, que constituya su medio fundamental de vida.
Esta condición, en aquella época se acreditaba mediante la inclusión en un cen-
so: la Mutualidad Nacional Agraria, que expedía una «cartilla profesional».
A su vez, el ejercicio de los derechos se hacía depender de las cotizaciones,
hechas a través de la intervención de las, ya desaparecidas, Hermandades Sindicales
de Labradores y Ganaderos, dependientes de la Organización Sindical de entonces.
Se completa esta etapa histórica con otra que comienza con la creación de la
Mutualidad Nacional de Previsión Social Agraria, por Decreto de 23 de abril de 1959,
en la que se les dotó de unos Estatutos (para todos los trabajadores del campo), que
pretendía una equiparación con los de la industria y los servicios, al tiempo que una
simplificación en la gestión, que se le atribuía al entonces Instituto Nacional de
Previsión. Como notas más destacables: la obligatoriedad en la afiliación, así como su
extensión tanto a los trabajadores por cuenta propia como a los por cuenta ajena.
En la actualidad, el Reglamento del Régimen Especial Agrario (art. 2º y 5º)
establece las condiciones para estar acogidos a él:
a) Trabajadores mayores de edad (mayores de 18 años).
b) Que trabajen por cuenta propia.
c) Titulares (dueños, arrendatarios, aparceros, cotitulares, etc.) de una explotación
agraria de carácter modesto.
d) Que realicen su trabajo de forma personal y directa, constituyendo el princi-
pal medio de vida para él y su familia..
Se entiende que el tamaño de la explotación está dentro de este límite cuando el
líquido imponible por Contribución Territorial Rústica y Pecuaria sea inferior a 50.000
ptas. anuales8 .
La realización personal y directa como exigencia tiene unas excepciones en los
casos en que el titular esté incapacitado para el trabajo, y en el caso en que lo sea una
mujer que sea viuda o esté imposibilitada para el trabajo, siempre que no haya hijos, o
parientes, varones mayores de dieciocho años que convivan con la familia.
Por asimilación se extienden también al cónyuge y a los parientes por
consanguinidad o afinidad hasta el tercer grado, siempre que convivan con el titular
de la explotación y estén bajo su dependencia económica (art. 6º del Reglamento del
450 CRISTÓBAL GUERRERO MARTÍN

El interesado deberá solicitar la prestación a la entidad gestora (Instituto Naci-


onal de la Seguridad Social), acompañando el parte de baja expedido por el médico,
señalando además quien le sustituirá en su trabajo (para evitar fraudes). El motivo
puede ser cualquier tipo de enfermedad común, así como accidente (laboral o no).
Opera factor del décimoquinto día de la baja del trabajador, salvo en la maternidad
que opera al día siguiente. La maternidad se aplica en este régimen en condiciones
similares a las del Régimen General (Disposición Adicional 11ª bis TRLGSS).
4.3. Incapacidad permanente: Invalidez
Aún cuando se ha hecho un esfuerzo por aproximar el régimen de los trabajadores
agrícolas por cuenta ajena a los de cuenta propia, aún existen diferencias en perjuicio
de estos últimos.
4.4. Jubilación
Las notas características de esta prestación se pueden resumir así:
1) Tienen derecho en los mismos términos que los trabajadores por cuenta ajena,
salvo en el cálculo de la base sobre la que se le calcula la pensión, ya que en este tipo
de trabajadores (cuenta propia) -como sucede en la invalidez permanente- los perío-
dos de vida laboral no cotizados (por no tener obligación de cotizar) no se suplen con
unas bases mínimas (establecidas para los trabajadores mayores de dieciocho años,
cuenta ajena), por lo que inciden negativamente en el cálculo final. Aquí presenta
además otra discriminación con el Régimen General.
2) No existe posibilidad de jubilación anticipada a los 60 años, como tampoco la
tienen los autónomos no agrícolas. No obstante, existe una gama de ayudas por cese
efectivo de la actividad agraria y cesión correlativa. Tienen una renovación de agricul-
tores viejos por otros jóvenes, y las condiciones exigidas en síntesis son:
a) Cese definitivo del trabajador mayor y sustitución simultánea por otro joven.
b) Que la edad esté entre 60 y 65 años.
c) Que hubieren ejercido la actividad agraria a título principal durante los diez
años anteriores al cese.
d) Que tenga un período mínimo de carencia en cualquier Régimen del Sistema
de Seguridad Social, de 15 años.
Las ayudas consisten en una indemnización anual hasta alcanzar los 65 años,
con cuantía variable en función de unas circunstancias (cónyuge o no a su cargo).
4.5. Muerte y supervivencia
Existe un tratamiento similar con los demás trabajadores agrarios. Se exige estar
al corriente en el pago de la cotización.
No cotizan, ni tienen cubierta, la contingencia de desempleo.

IV. OTRO TIPO DE «AUTÓNOMOS» AGRARIOS

El tipo y tamaño de las explotaciones es tan variable y amplio que se puede dar
un tipo de empresario agrícola que sobrepase al modesto agricultor ya descrito, que
trabaja por su cuenta en una explotación familiar que no supera las 50.000 ptas anuales
de líquido imponible a efectos fiscales. En este otro caso predomina la figura del
empresario agrícola, con explotación mayor, con asalariados, pero que vive de ella y
452 CRISTÓBAL GUERRERO MARTÍN

General para la aplicación y desarrollo del texto refundido y el Real Decreto 1135/
1979, de 4 de mayo, que equipara la acción protectora entre trabajadores agrarios por
cuenta ajena y por cuenta propia.

2. La delimitación del trabajo por cuenta ajena


Se considera trabajo por cuenta ajena del REA de acuerdo con el artículo 3º del
Reglamento citado, en relación con el artículo 9º de la Ordenanza Laboral del Campo
de 1 de julio de 1975:
a) Trabajador mayor de 16 años.
b) Que realice trabajos «agrarios» por cuenta ajena o bajo la dependencia de
otro (patrono o empresario).
c) Con remuneración y relación laboral fija o eventual.
Se incluyen en este Régimen: los guardas, pastores, los guardas de cotos de
pesca y de caza, los ocupados en faenas de riego, labores de limpieza y similares de
acequias, y similares cuando tengan por fin el aprovechamiento de las aguas, también
los trabajos auxiliares que, directa o indirectamente, estén en conexión con los trabajos
agrícolas, forestales o pecuarios, como es el caso de los administrativos, mecánicos y
otros profesionales que trabajen para y en la explotación agraria. También se incluyen
los aparceros que aporten un trabajo o su trabajo y al menos el 10% del valor del
ganado, maquinaria y capital circulante. También los socios de cooperativas cuando
su objeto sea la explotación comunitaria de la tierra11 .
Se excluyen los mecánicos y conductores de vehículos y maquinaria cuando los
propietarios de los mismos presten un servicio auxiliar a la agricultura sin ser titulares
de la explotación, o si lo fueran no los utilicen en éstas (art. 4º.1º del Reglamento
General de REA). También queda fuera otro bloque de personas, como son los vincu-
lados a servicios agrarios de la Administración Pública, aún cuando tuvieren carácter
laboral.
También se excluyen respecto al empresario agrícola, sus parientes, tanto por
consaguinidad como por afinidad, hasta el tercer grado, cuando convivan en su hogar
y estén a su cargo, salvo que se pueda probar su condición de asalariados.
Es preciso completar estas ideas con la definición de qué se entiende a estos
efectos por trabajo agrícola.
Las condiciones para la integración en esta protección social se reduce a:
1) El contenido del trabajo «agrícola» en el que se incluye:
a) La obtención directa de frutas y productos del campo, forestal y pecuarios.
b) Almacenamiento de frutas y productos en su origen.
c) Transporte de éstos a los lugares de acondicionamiento y acopio.
d) Primera transformación de éstos.
2) La habitualidad en esta actividad (se entiende por tal el que de manera conti-
nua y principal invierte en ella su tiempo de trabajo).
3) Que sea su fuente «principal» de vida, es decir que en su renta personal sea
este medio el básico y principal del sustento.
Se excluyen: los trabajos que aún cuando fueran de cultivo estén fuera de los
que se realicen en instalaciones situadas en espacios territoriales no sujetos a la
454 CRISTÓBAL GUERRERO MARTÍN

que afecta a los trabajadores del Régimen General. También, en cambio, se les deja
realizar tareas agrícolas de carácter ocasional, compatibles con su condición de jubi-
lado, que no excedan de un límite máximo, semanal y anual. Pueden, no obstante,
acogerse al cese anticipado de la actividad agraria en la forma que ya se expuso.
g) Desempleo. Sólo para los trabajadores fijos, o fijos discontinuos.
Para los eventuales que estén fuera de tal protección se han empleado medidas
de carácter excepcional.
Es conocido que determinados cultivos exigen un alto contingente de mano de
obra, que por tener carácter ocasional de acuerdo con la estacionalidad de las faenas,
emplea en ocasiones y deja luego en desempleo a grandes masas de mano de obra
agrícola. Esto ocurre con los cultivos de olivos, viñas, etc. Para las etapas de paro se
han venido adoptando dos soluciones, una antigua, y ya en desuso, la del «empleo
comunitario». Consistía en realizar con subvenciones del Estado trabajos temporales
que aplicaran en el campo la mano de obra inactiva, reparación de caminos, sistemas
de riego, equipamiento rural (escuelas, consultorios, etc.). Otra, la actual: conceder
una subvención por desempleo hasta un máximo de nueve meses en un año, a partir de
un tiempo mínimo de empleo anterior. Esta modalidad se aplica con carácter restringi-
do y excepcional sólo en las Comunidades Autónomas de Andalucía y Extremadura,
en razón a la población agraria temporal que en ellas existe. En este caso las cotizaciones
que se realicen en el Régimen General por trabajos agrícolas, podrán ser aplicadas
cuando los trabajos hubieran estado previamente reconocidos a tal fin y estén realiza-
dos por la Administración Pública.

VI. EL DERECHO EN OTROS PAÍSES DE LA UNIÓN EUROPEA

1) Reino Unido. No existe distinción para los trabajadores agrícolas. El régimen


general garantiza una pensión básica. La edad de jubilación es de 65 años para los
hombres y 60 para las mujeres, aunque se tiende a su equiparación. Se requiere una
cotización mínima de 10 años.
2) Alemania. Existe un régimen específico para agricultores, las Cajas Agrarias
de Vejez realizan un papel importante. La edad de jubilación es de 63 y 60, hombres y
mujeres respectivamente. Se necesita una cotización mínima de 15 años.
3) Bélgica. El trabajador agrícola tiene distinto régimen, según que sea autónomo
o por cuenta ajena, asimilándose en uno y otro caso a los demás trabajadores. La edad
de jubilación es de 65 años para hombres y mujeres, y se pueden jubilar anticipadamente
a los 60 años. No se exige antigüedad, excepto un año, y la pensión está en función de
las cargas familiares y de la renta del pensionista.
4) Luxemburgo. Distingue dos regímenes: trabajadores agrícolas asalariados,
tienen un régimen común a todos los trabajadores del sector privado. La jubilación es
a los 65 años para hombres y mujeres, y se puede adelantar a los 60 años. Recientemente
se ha reducido más esta edad.
5) Dinamarca. La jubilación cubre a todos los ciudadanos daneses. Tiene una
proyección pública y otra privada. La primera extiende una pensión con carácter ge-
neral que pude ser:
456 CRISTÓBAL GUERRERO MARTÍN

1972, p. 12.
4. ALONSO OLEA, M. y TORTUERO PLAZA, J.L., Instituciones de Seguridad Social. 6ª edic. E. Tecnos.
Madrid, 1989, p. 457.
5. La doctrina aplica los criterios ya contenidos en el art. 8 del Reglamento General del Régimen Especial
Agrario. Véanse: ALONSO OLEA, M. y TORTUERO PLAZA, J.L., «Instituciones....», op. cit., p. 455 y ss.;
ALARCÓN CARACUEL, M.R. y GONZÁLEZ ORTEGA, S. Compendio de Seguridad Social, 4ª Ed. Tecnos.
Madrid, 1991, p. 337.
6. MOMPARLER CARRASCO, Mª.A. Curso de Seguridad Social. Ed. Tirant lo Blanch. Valencia, 1995, p.
433.
7. CASAS BAAMONDE, Mª.E., Autónomos Agrarios y Seguridad Social. Instituto de Estudios Políticos.
Madrid, 1975, p. 72 y 73.
8. Este límite puede ser elevado por el Ministerio de Trabajo (art. 5º del citado Reglamento).
9. ALMANSA PASTOS, J.M., Derecho de la Seguridad Social. 6ª Ed. Tecnos. Madrid, 1989, p. 582.
10. DEL PESO Y CALVO, C., «Régimen Especial Agrario. Trabajadores por cuenta ajena», en AA.VV.
Diecisiete lecciones sobre Regímenes Especiales de la Seguridad Social. Madrid, 1972, p. 50.
11. Disposición adicional cuarta 2. Real Decreto Legislativo 1/1994, de 20 de junio. Y art. 5º a) Ley 19/1995
de 4 de julio de Modernización de las Explotaciones Agrarias.
458 ANA MARIA MAUD

normativa de la C.E.
-Analizar los datos del derecho positivo nacional y de algunas provincias de
Argentina.
-Analizar la relación de la Empresa y los Contratos agrarios.
-Rescatar el principio de Orden Público Económico en los Contratos contenido
en la Legislación argentina.
-Rescatar principios ecológicos de los Contratos agrarios en el Derecho Com-
parado Europeo y en la Legislación argentina.
Se trata de valorar en qué medida las normas del derecho agrario y sus institutos
típicos están imbuidos de valores, criterios y reglas cuya finalidad sea la protección de
los derechos humanos: al ambiente y al desarrollo sustentable, de ahí el aporte que se
pretende con el presente trabajo.

1. Desarrollo Sustentable.
1.1. Concepto y Etimología: “desarrollo sustentable” proviene de sustentar, es
decir, conservar una cosa en su ser. (2, p. 123). El mismo constituye un “proceso de
cambio económico y social” al cual se encuentra integrado el ambiente y en el cual la
explotación de los recursos , la orientación de la evolución tecnológica y la modificación
de las instituciones en coincidencia, procuran acrecentar el potencial actual y futuro
para satisfacer las necesidades y aspiraciones humanas.(2, p. 124)
La Conferencia de Estocolmo(1972) establece como principios: 1.- La obligación
del hombre de proteger y mejorar el Medio Ambiente para las generaciones presentes
y futuras; 2.- La protección y mejoramiento de medio humano en cuanto cuestión
fundamental que afecta el bienestar de los pueblos y el desarrollo económico del mun-
do entero.(2, p. 123)
Por su parte el informe Brundtland (1978)destaca que su finalidad es “satisfacer
las necesidades y las aspiraciones sin comprometer la facultad de seguir haciéndolo
en el futuro”. (2, p. 123)

1.2.-Su relación con el Derecho Agrario: La acción del hombre sobre la tierra se
ha intensificado por el aumento de la población y de las actividades humanas sobre la
naturaleza, causando en consecuencia daños al ecosistemas. (14)
De manera que el uso y aprovechamiento de los recursos naturales debe hacerse
de tal manera que sea posible su conservación en beneficio de las generaciones futu-
ras. El criterio de la sustentabilidad consiste precisamente en producir, previendo la
conservación a largo plazo. (14)
Presentándose la agricultura como actividad no sólo “contaminada sino también
contaminante”, le corresponde al derecho agrario incorporar una normativa que
contenga los principios dirigidos a la preservación, conservación, defensa y
mejoramiento del ambiente rural a fin de lograr y mantener una óptima calidad de vida
(1, p. 15).
Sin embargo, no es tarea de los juristas considerar los aspectos ténicos de la
actividad Conservacionista, sino analizar los medios, medidas y recursos contenidos
en la legislación o que se pudieran adoptar a fin de prevenir el daño, en muchos casos,
460 ANA MARIA MAUD

empresa, (nexo funcional) (3, p.211) es decir, los que celebra la empresa una vez
constituída.
No obstante, no por ser el Derecho Agrario el derecho de la acción del hombre
sobre la naturaleza, significa que deba prevalecer el factor económico sobre la
explotación agropecuaria, ya que es función de las propios institutos jurídico-agrarios
(la propiedad, empresa, Contratos, etc.) el asegurar un adecuado sistema de relación
hombre-naturaleza (el agricultor como guardián del medio natural). (8, p. 163)

2.2. Propiedad
Como dijimos, la propiedad agraria constituye uno de los institutos básicos del
moderno derecho agrario y ésta cobra relevancia en tanto y en cuanto está al servicio
de la empresa, presentando características que la diferencian de la propiedad en gene-
ral, mientras que otros hay quienes señalan (4) que a tal planteo se le puede reprochar
el descuidar que también la propiedad agraria debe estar al servicio del ambiente,
funcionalizada a la tutela del ambiente, en vez que a la empresa.
2.2.1. La Funcion Social de la Propiedad
El primer y fundamental principio característico de la propiedad agraria, es el
cumplimiento obligado de su función social- cualidad inmanente de la misma- (Nátoli,
U La proprietá, Milano, 1976, p. 278, en 6, p.69) lo cual se justifica por la naturaleza
productiva que revisten los bienes agrarios, que deben ser adecuadamente explotados.
De ahí el deber de cultivación de las fincas con capacidad productiva de cultivo o
conducción directa de la empresa agraria, de acuerdo a “la buena técnica agraria”
junto con la aplicación de los criterios de eficiencia y racionalidad (3, p. 191)
Es la propiedad como institución y no como derecho subjetivo la que está llamada
a cumplir una función social, y que en principio, ella sólo reconocía como límite el
derecho del propietario, mientras que hoy encuentra como límite la ley, generándose
diferentes relaciones jurídicas, según el punto de vista del interés del sujeto: aspecto
estático, desde el punto de vista del propietario, ó dinámico, derivado de la actividad
del arrendatario. (6, p. 60)
A su vez, la función social se corresponde con dos principios que lo inspiran,
tales son el de solidaridad y el del uso más adecuado de las cosas conforme a su
naturaleza, atento que el reconocimiento jurídico del “medioambiente” genera una
suerte de colisión de derechos, no ya entre los individuales (relaciones de vecindad),
sino entre éstos y los bienes públicos. (11, p. 2) . Por eso, el primero de ellos (los
principios) puede servir como fundamento para una tutela efectiva del Medio Ambi-
ente, y cuya infracción por un tercero, y aún por el propietario que ejercita sus derechos
sobre la cosa, puede llegar a alterar la calidad de vida respecto de los recursos naturales
(6,p. 64).
Tal principio impone además una conducta a los propietarios y límites éticos
marcados por el daño a los demás.
La propiedad no sólo constituye un medio que proporciona utilidades a su titu-
lar, sino también un instrumento de cooperación social, de manera que cuando su
ejercicio menoscabe o perjudique de cualquier modo el bien común, no se está
ejerciendo el derecho conforme a su naturaleza, sino abusando de la misma. (6, p. 69)
462 ANA MARIA MAUD

-Por último, la función ecológica no se orienta a una mera abstención del agri-
cultor, sino en un aspecto puramente positivo, se dirigirá hacia una utilización
responsable de los recursos naturales a través de la realización de un trabajo que le
proporcionará no sólo beneficios económicos, sino a la larga, ecológicos.
2.3. El Agricultor Guardián de la Naturaleza
Con la expresión agricultor “guardián de la naturaleza” se quiere indicar cuál es
el rol del agricultor en la conservación y protección de los recursos naturales (6, p.
204).
Su figura está delineada en el art. 19 bis y 19 ter. Reg. C.E. n. 1760 de 1987 por
el cual se concede un premio anual calculado por hectárea a los agricultores que por
un mínimo de quince años se dedican a instaurar o mantener prácticas de producción
agrícola compatibles con las exigencias de la protección del ambiente y de los recur-
sos naturales, o el mantenimiento del espacio natural o del paisaje. (13, p. 69). Se
trataría de un sujeto en posesión de una “cualidad empresaria agrícola” a título princi-
pal y/o cultivador directo dedicado a la actividad de la empresa agrícola (art. 2 inc. 5
Reg. CEE 797/85), limitándose la actividad en contraste con el principio prevalente
de la conservación del espacio natural y el paisaje. (13, p. 69)
De ese modo se limitarían también el principio de la libre elección de las técni-
cas a emplear por la empresa agrícola, excluyéndose a aquellas que estén en
contradicción con los valores ambientales y paisajísticos, que comporte un cambio de
la naturaleza o del ambiente, una intensificación de la actividad agrícola, aún cuando
esté motivada por modernas técnicas o la búsqueda de mejor o mayor productividad
agrícola. (13, p. 69). En suma, no está permitida aquella actividad de empresa que
implique una modificación radical del ambiente agrícola ya que el empresario debe
custodiar dado su cualidad de custodio del ambiente. (13, p. 69). Con ello, su actividad
se enfrentaría -en aras de la conservación del ambiente -con un límite difícil de supe-
rar dada la protección que el “empresario ecológico” debe procurarles. (13, p. 70)
2.3.1.-Medidas de Fomento a las Practicas Conservacionistas
Las mismas pueden consistir en normas e incentivos tendientes por un lado limi-
tar las prácticas potencialmente dañosas, y por otro, a favorecer la adopción de ciertas
prácticas de cultivo con reconocida aptitud para la tutela del ambiente agrícola. En
consecuencia, el “cultivador ecológico”, vendría ser el destinatario de un sistema de
ayudas cuando se abstenga de emplear técnicas que pudieran modificar y llegar a
perjudicar el ambiente, con la pérdida consiguiente de rentabilidad por la práctica de
técnicas conservacionistas.(13, p. 70).
Tales ayudas consistirán en integrar las ganancias faltantes del agricultor,
constituyendo a la vez una retribución indirecta a la actividad de custodia del ambien-
te por parte del agricultor ecológico. (13, p. 70).
2.3.2. Legislacion Argentina
La ley nacional 22.428/81 fomenta la formación de consorcios particulares de
productores para promover acciones de conservación y mejoramiento del suelo de
sus campos, los cuales contarían con el auxilio financiero de la nación a tal efecto.
Las autoridades de aplicación de la ley en las provincias, por su parte, deben crear y
organizar los distritos de conservación de suelos, propiciar la constitución de consorcios,
464 ANA MARIA MAUD

protegidas, no contempla expresamente penalidades a los infractores de sus


disposiciones, librándolas a la reglamentación, que no se dictó. La necesidad de prote-
ger determinadas áreas naturales está reconocida, la ley está vigente desde hace casi
ocho años, pero nada se ha hecho en concreto, probablemente por falta de recursos
económicos. Otro elemento que conspira en contra de la efectividad de esta ley es que
su órgano de aplicación está compuesto por funcionarios gubernamentales de alta
jerarquía de varias reparticiones, en número de diez.
2.3.3. Posibles Conflictos con la Protección Ambiental
Pueden surgir conflictos entre la facultad que tiene el Estado de prohibir la
instalación de empresas que dañen al ambiente, o de exigir que éstas demuestren que
no causan perjuicios, como requisitos para su instalación; ó puede dejar que los detri-
mentos se produzcan y luego obligar a indemnizar; y en este último caso hacer que la
empresa sea responsable o bien difundir el costo entre toda la comunidad. (11, p. 2)
El ejercicio del Derecho de Propiedad puede lesionar 1) los bienes individuales
como consecuencia de actividades perjudiciales al ambiente; 2) al ambiente, como
bien jurídico protegido (bienes colectivos); 3) o bien, por el contrario, el Derecho de
Propiedad puede resultar lesionado como consecuencia de la protección ambiental.
(11, p. 2)
La forma de solución a estos conflictos se basa en el respeto recíproco: el derecho
de propiedad se ubica en el ámbito de la esfera privada, en cuanto repercute sobre los
demás, surgiendo en consecuencia la necesidad de un límite entre lo privado y lo
público. (11, p. 3)
No es la ley la que limita mi ejercicio del Derecho de propiedad, sino los derechos
de los demás, que tienden al fin social, determinando los límites dentro de los cuales
deben moverse los derechos del propietario. (6, p. 85)

3. Contratos Agrarios
Los Contratos agrarios tienen- al igual que la propiedad- un carácter o función
instrumental dado que son el instrumento necesario para la creación de la empresa
agraria pues permiten al concesionario el disfrute del fundo a través de la aplicación
de su trabajo personal y/o familiar sobre el mismo. (7, p. 8). A la vez que puede
hablarse de Contratos de la empresa, tal, los que la empresa celebra una vez que se ha
constituído.
Con el objeto de redimensionar el sector agrícola se ha pasado de la propiedad -
estructurada con criterio estático- a la empresa -en la cual prevalece la dinámica
económica como principio- y cuyo nacimiento y desarrollo está directamente vincula-
dos al contrato, ya que la Empresa agraria se origina, crece e incluso muere por medio
del contrato. (3, p. 265).
De ahí la importancia de los Contratos, ya que no sólo son fundamentales en la
constitución de la Empresa Agraria, sino que también logran armonizar el adecuado
desenvolvimiento de una relación jurídica desarrollada entre propiedad y trabajo lo
que llevará a un incremento de la productividad y mayor justicia social, lo cual no
implica sobretutelar este tipo de actos jurídicos; y además buscar una regulación
respetuosa de la realidad y los intereses en juego. (3, p. 307)
466 ANA MARIA MAUD

necesarias a fin de conservarlas en estado de servir para el uso a que ha sido destina-
da” y en el art. 1555 señala como obligación del arrendatario la de “usar de la cosa
arrendada como diligente padre de familia destinándola al uso pactado y en defecto de
pacto al que se infiera de la naturaleza de la cosa arrendada según la costumbre de la
tierra” Es decir que lo que se exige es el “cultivo y aprovechamiento adecuado y
racional” pues será el que permita conservarla en estado de servir a la explotación a
que fue destinada (6 p.97)
3.2.2. Legislacion Argentina
La Ley 13.246 sobre Arrendamientos Rurales y Aparcerías, modificada por Ley
22.298 en su art. 18 establece como obligaciones del arrendatario, además de las
establecidas en el Código Civil: a) Dedicar el suelo a la explotación establecida en el
contrato con sujeción a las leyes y reglamentos agrícolas y ganaderos.
La inclusión de esta norma es conveniente, no sólo por que ella impone al
arrendatario la obligación de dedicar el suelo a la explotación establecida en el contra-
to, sino que agrega que la misma debe hacerse con sujeción a las leyes y reglamentos
agrícolas y ganaderos. Es decir que es obligación del arrendatario destinar el predio a
la explotación o realizar los cultivos que se estipulen en el contrato, salvo que pueda
provocar la erosión, degradación, o agotamiento del suelo, en cuyo caso entra a regir
lo dispuesto por el art. 8 de las ley, el cual, teniendo en mira el interés superior de la
conservación de la tierra, prevalece sobre cualquier pacto en contrario. (7, p.75)
b) Mantener el predio libre de plagas y malezas si lo ocupó en esas condiciones
y contribuir con el 50% de los gastos que demande la lucha contra las mismas, si éstas
existieran al ser arrendado el campo.
Tal obligación se funda no solo en el interés del arrendador sino también en el
interés público ya que existe la posibilidad de que ellas infesten campos vecinos, y
atentar contra la productividad de los suelos degradándolos. Por ello la jurisprudencia
ha dicho que: “la fórmula goce abusivo que emplea el art. 1559 del Cód. Civil comprende
la explotación de un predio rústico que se efectúa sin combatir plagas ni malezas,
puesto que de tal modo se degrada el bien” (SCBsAs,DJBA, 68-222, cit. 7, p.76).
c) Conservar los edificios y demás mejoras del predio, los que deberá entregar al
retirarse en las mismas condiciones en que los recibiera, salvo los deterioros ocasio-
nados por el uso y la acción del tiempo.
Explotación irracional:
Consecuente con los principios que rigen la Ley 13.246, por encontrarse
interesado el orden público, la misma consagró por primera vez en la legislación agraria,
la obligación de explotar racionalmente el predio, y el correlativo derecho del Estado
para intervenir en caso de que una explotación irracional pudiera producirse, ó se
hubiera producido, la erosión, agotamiento o degradación del suelo.(7, p. 118).
Desde ya que las previsiones de la ley estaban referidas sólo a los casos de
arrendamientos o aparcerías, cuando lo ideal hubiese sido el dictado de una ley gene-
ral, que abarcara a toda explotación agropecuaria (7, p.119).
El referido texto legal acordaba acción no sólo cuando la explotación había
producido la erosión, degradación o agotamiento, sino también cuando ella todavía no
había producido el efecto, pero podía llegar a producirlo. En este caso, el Estado, a
468 ANA MARIA MAUD

estar en función del la Empresa y del Medio Ambiente


-El agricultor -propietario o arrendatario-debe ser el mejor guardián de los re-
cursos sin necesidad de recurrir a normas demasiado rigurosas si se comprende que el
equilibrio ecológico es sostenido aún por la propia actividad del hombre.
-La participación del agricultor en el resguardo de los recursos naturales, debe
ser fruto de la toma de conciencia del medio y de la necesidad de conservarlo, la cual
está ligada a la elección del medio jurídico idóneo de protección, que va a variar según
las zonas.
-En la relación entre derecho de propiedad y Medio Ambiente, debe reconocerse
“una función ambiental de la propiedad”, en virtud de que la diversidad de los derechos
individuales deben ser interpretados de modo tal que, en forma coordinada se orienten
a la preservación del bien colectivo (11, p. 3)
-La exaltación del derecho del propietario termina entrando en contradicción
con la exigencia de tutela de los intereses ambientales, estando cada vez más cercano
el conflicto entre explotación y conservación. (6, p. 83)
-Frente al conflicto entre un bien colectivo como el ambiente y uno individual
como la propiedad, la regla general es la primacía del primero, lo cual se canaliza a
través de instrumentos dogmáticos como la función ambiental de la propiedad, la
preservación y el resarcimiento del daño. (11, p. 3)
-La conservación constituye un aspecto del aprovechamiento que fundamental-
mente tiende a asegurar la utilización sostenida de los recursos
-Debe dotarse al término conservación de un contenido mucho más positivo y
dinámico.
-Los actos dirigidos a la conservación de la cosa, comprendidos dentro de las
facultades de uso y disfrute están incluidos en el estatuto de la propiedad no como un
derecho sino como un deber. (6, p.93)
-La obligación de conservación por parte del empresario-agricultor está
íntimamente unida a la función ecológica de la propiedad, ya que debe conservar
teniendo en cuenta el destino de la finca y el interés de la sociedad. (6 p.94)
-Es necesario conceder a los empresarios-agricultores ayudas complementarias
a fin de contribuir a la introducción de prácticas de producción agraria que sean
compatibles con la protección del medio natural y que los agricultores se comprometan
a la realización de las mismas con el fin de mejorar el Medio Ambiente o las zonas
sensibles. (6 p.95)
-Si bien en muchos casos las leyes administrativas son las encargadas de dirigir
el uso más conveniente de la propiedad, en muchos otros será el criterio del buen
labrador el que sirva de base de actuación. (6 p.93).
-Existe una nueva concepción acerca del rol del agricultor-empresario en el en-
torno en que trabaja, el cual ha surgido como fruto de una labor de estudio, divulgación
y denuncia, a través de organismos internacionales de defensa de la naturaleza. (6
p.94.)
-Debe estimularse la actuación del sector privado , principalmente, a través de la
educación de la población y de los productores para que tomen conciencia acerca de
la gravedad de los suelos.
470 ANA MARIA MAUD

y el desarrollo sostenible, permitirán al hombre de hoy alcanzar una mejor calidad de


vida y asegurar igual derecho a las generaciones futuras.

5. Bibliografia
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Agrario No Cone Sul”, Edit. EDUCAT, Pelotas, Brasil, 1995, p. 9 a 22
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65 a 75.
14 DÍAZ LANNES, Federico. Agricultura y Desarrollo Sustentable-Referencias
a la Provincia de Santiago del Estero.
15 VICTORIA, María Adriana. “Nueva configuración jurídica del derecho agrario
ante el impacto ambiental”, comunicación al Encuentro Mundial de Agraristas, Goiania,
set. 1991, cit, 1. p. 15)
472 HÉCTOR SÁNCHEZ ARGUELLO, MÉLIDA SÁNCHEZ HERDOCIA

INTRODUCCION

El Derecho Agrario tanto como los Derechos Humanos tienen en común su


naturaleza cambiante en permanente proceso de evolución. Se significa el Derecho
Agrario al cumplimiento de los Derechos Humanos y viceversa, en base a la dignidad
humana y a la justifica social. Se trata de construir un mundo más cercano al ser
humano.
Con el requerimiento del desarrollo progresivo, planteado en la convención
Americana de los Derechos Humanos, (1969) se dieron los primeros pasos para hablar
de un Derecho Internacional de Desarrollo, donde específicamente el Derecho Agrario
depende del impulso que la voluntad humana de a la estructura agraria, con el fin de
satisfacer necesidades de carácter económico y vital, siempre respetuosa con la
naturaleza.
En el contexto del Derecho Agrario, la doctrina ha planteado fundamentalmente
el problema de la autonomía de la ciencia de esta rama del Derecho, basándose en el
tema de la identificación de los principios generales propios, o sea que el sistema
general cuente con un sistema específico y propio relativo a los mecanismos de creación
normativa, esto es, un sistema propio de fuentes. Es fundamental la identificación de
las fuentes materiales que motivan la producción del Derecho Agrario o sea la síntesis
de todas las fuentes materiales que motivan la producción de las normas jurídicas
agrarias.
Teniendo en cuenta que el Derecho Agrario moderno se asiente en dos grandes
pilares, uno de carácter económico y otro de carácter social y sobre ellos es que se ha
venido desarrollando su normativa, en tanto para los Derechos Humanos, el Derecho
Agrario puede ser su cuerpo normativo. El moderno Derecho Agrario es un derecho
de actividad y en su nacimiento va a identificarse con los Derechos Humanos,
específicamente con los económicos y sociales, ya que el reconocimiento y efectividad
de esos derechos, referidos al problema agrario, constituye el objeto mismo del Derecho
Agrario. De ahí que su relación con los Derechos Humanos pueden ofrecerle una
posibilidad real para encontrar una filosofía así como nuevas y vivificantes fuentes
jurídicas. Indudablemente que el Derecho Agrario y los Derechos Humanos cobraron
vida propia e independiente. Olvidándose de su origen común se desvincularon, e
incluso dejaron de lado su historia y compromisos afines, ahora, ambas disciplinas
deben retomar las fuente primigenias y a partir de ahí consolidar el cumplimiento de
los derechos humanos económicos y sociales a través del Derecho Agrario. Por su
parte el Derecho Agrario debe vincularse más estrechamente con el Derecho Humano
al medio ambiente sano y ecológicamente equilibrado. En el sistema general de
fuentes de cualquier ordenamiento todas las normas referidas al sector agropecuario
tiene una interdependencia entre los Derechos fundamentales y la sostenibilidad de la
agricultura.
Con los esfuerzos de iusagraristas y de iushumanistas se puede encontrar
beneficios importantes para ambas disciplinas, para el Derecho Agrario, desde el punto
de vista de la teoría general, encontrar en los Derechos Humanos su alma significa
colaborar con la identificación de su objeto ya que éste puede desdoblarse en uno
474 HÉCTOR SÁNCHEZ ARGUELLO, MÉLIDA SÁNCHEZ HERDOCIA

esos derechos relevancia, al constituirse en fuentes del Derecho Agrario prácticamente


lo humanizan. Su génesis histórica se ubica con la aparición de los derechos huma-
nos, económicos y sociales.
Como podemos observar, es evidente la importancia del Derecho Agrario y su
vinculación directa con los Derechos Humanos, tanto como fuente formal por estar
ahí, como fuente material al ser desarrollados, fortalecidos y mejorados por las
legislaciones internas de cada país de acuerdo a sus propias circunstancias y el desarrollo
mismo de sus cuerpos legislativos.
Costa Rica, México, Venezuela, han desarrollado toda una doctrina agraria, ins-
pirada en los principios metajurídicos, como son los asuntos económicos, políticos y
sociales. Los derechos económicos y sociales, como fuente iusagrarias. Recordando
al Derecho Agrario como un derecho de actividad necesariamente participa en él, el
hombre como elemento fundamental, por eso su vinculación con los Derechos Huma-
nos, económicos y sociales. Así mismo el derecho al trabajo es uno de los fines que
persiguen los derechos económicos y sociales y si nos vamos al Derecho Agrario, el
trabajo constituye un medio de subsistencia y una forma de vida. Y responden
también a la idea de que el ser humano debe tener igualdad de oportunidades para su
total y amplio desarrollo , así como condiciones de trabajo que sean compatibles con
la dignidad humana y enarbolando la nueva bandera humanitaria con carácter univer-
sal a partir de los documentos aprobados por Naciones Unidas, a partir de la cumbre
de Río, donde la mayor preocupación es la sobrevivencia del hombre en el planeta.
En el marco de los Derechos Humanos, el reconocimiento del derecho al trabajo
como Derecho Humano ocupa lugar preponderante y responde en gran medida a la
preocupación y trabajo desplegado por varias organizaciones, particularmente la OIT.
La posibilidad de un trabajo representa no sólo el sustento material de muchos millones
de seres humanos, sino una dimensión en que el hombre se desarrolla y conoce al
mundo para después actuar en él.
Es importante hacer referencia que el Derecho Agrario necesita encontrar total y
definitivamente una verdadera estructura orgánica que le permita desligarse del civil,
para satisfacer todas sus necesidades dentro del esquema propio de su materia y poder
lograr su desarrollo. Redundamos que dentro del estudio de los Derechos Humanos,
económicos y sociales encontramos una fuente formal y material del Derecho Agrario,
ya que desde el punto de vista formal lo son desde el momento en que esto ha sido
incorporado a las declaraciones universales, tratados internacionales, constituciones
políticas y leyes especiales, pues inmediatamente adquieren validez jurídica y desde
el punto de vista de fuente material, porque constituyen factores o elementos
determinantes en el contenido de las normas jurídicas, sobre todo cuando estas nor-
mas persiguen necesidades reales.
Además, que se pueden considerar como fuente también por la fuerza social que
estos expresan, así que el Derecho Agrario tenga sus propias fuentes es por ese carácter
social y sobretodo por contener intrínsicamente una condición de Derecho
multidisciplinario, expuesto con carácter científico. Sería diferente para el Derecho
Agrario desarrollarse sin los Derechos Humanos, económicos y sociales, pero
demostrado está plenamente sobre la fuente del Derecho Agrario y en el caso del
476 HÉCTOR SÁNCHEZ ARGUELLO, MÉLIDA SÁNCHEZ HERDOCIA

plasmar en un texto legal aquello que en un momento dado, dentro de un conjunto de


circunstancias y para una serie de supuestos hipotéticos sobre conflictos
hipotéticamente previstos, es Derecho.
También tenemos entre otras, dentro de la actividad interpretativa la tarea de
investigación teórica del Derecho, conocida también como interpretación doctrinal,
que carece de todo valor vinculante, pero puede resultar útil guía de carácter instru-
mental para el desenvolvimiento de toda la vida jurídica. Por último, vamos a menci-
onar lo que dentro de la actividad de interpretación a veces se ha llamado como
jurisprudencia cautelar, que no trata de decidir conflictos, sino de prevenirlos. Esta
interpretación cautelar busca una mayor dosis de seguridad por lo que normalmente
se aferrará a los criterios o puntos de vista más estables o generalmente admitidos.
Toda interpretación sitúa al intérprete ante una serie de opciones y de variantes.
Según se siga una u otra la solución del problema puede ser diferente. En ello se
encierra toda la tragedia, pero también la grandeza de la labor interpretativa, aún cuando
la interpretación procede de acuerdo con las llamadas reglas del pensamiento o del
razonamiento humano, “Grosso modo” o sea interpretación lógica. O sea, que dentro
de la interpretación de Derecho tenemos por lo menos que mencionar la doctrinaria,
jurisprudencial , usual, legislativa auténtica, de los métodos tradicionales y exagéticos;
y de los métodos modernos y su evolución histórica. El método de la libre interpretación
científica consiste en extraer del texto legal la plenitud de las normas jurídicas que
contiene, en vista de una adaptación lo más perfectamente posible a las circunstancias
de la vida social. Siendo la Ley un acto de voluntad, preciso es remontarse a su origen
para conocer su verdadero y auténtico sentido. La escuela del Derecho libre no entre-
ga métodos nuevos destinados a dar reglas a los jueces para interpretar el Derecho,
sino de una afirmación de principios que aspira a eliminar el fetichismo de la Ley y a
dar a los tribunales una completa libertad de aplicación. Este derecho libre es el que
juzga el derecho elaborado por el Estado y el que llena las inevitables lagunas de éste.
Retomando el tema de las fuentes, debemos distinguir entre las fuentes formales
y las fuentes materiales, con las primeras se quiere aludir a los distintos modos de
producción de las normas jurídicas, con la segunda los distintos factores políticos,
económicos, sociales, ideológicos, jurídicos, que le dan contenido a tales normas.
Debido a la novedad del Derecho Agrario es necesario recurrir a los conceptos de la
teoría general del derecho para poder establecer dentro del Derecho Agrario un siste-
ma de fuentes. Hay que mencionar el carácter autónomo y científico del Derecho
Agrario, así como a la unidad del ordenamiento jurídico. La primera o sea la parte de
la filosofía que estudia la ciencia, la epitemología dice que una ciencia es autónoma
en la medida que tenga su objeto propio, pero resulta que el Derecho Agrario en tal
caso no es autónomo porque es Derecho.
Aunque ahora se admite que una ciencia es autónoma aún compartiendo el obje-
to, siempre y cuando posea un contenido y una naturaleza adversa, en tal caso puede
decirse que el Derecho Agrario es autónomo y a la vez científico al encargarse de
regular las relaciones de producción dentro de una sociedad determinada, mostrando
un contenido diferente al de otras ramas del derecho, por otro lado mencionando una
máxima en derecho en cuanto que el ordenamiento jurídico es uno solo y por tal razón
478 HÉCTOR SÁNCHEZ ARGUELLO, MÉLIDA SÁNCHEZ HERDOCIA

Sería muy difícil y hasta imposible que el Derecho Agrario cobrara independencia
en los derechos de la primera generación, sobre el particular el profesor Ricardo
Zeledón dice: “El Derecho Agrario cobra vida propia sólo cuando aparecen también
los Derechos Humanos, Económicos y Sociales, cuando opera la evolución del esque-
ma jurídico constitucional, pasando de un estado liberal de derecho a un estado social
de derecho, cuando a la par de los derechos individuales, civiles o políticos de libertad,
van a cobrar vida también los derechos económicos, sociales de libertad denominados
modernamente como de derechos humanos de la segunda generación”.
En la cumbre de Río de 1992, el Desarrollo se vio fortalecido axiológicamente al
entrar en contacto con el ambiente, aunque la Conferencia fue sobre Desarrollo, lo
ambiental se convierte en su columna vertebral, se propone políticas sectoriales y
económicas para garantizar la sobrevivencia. Considerando a la tierra como un recur-
so no renovable, surge la imperativa necesidad de llegar a una agricultura sostenible
para un desarrollo Sostenible como respuesta de sobrevivencia para el nuevo milenio.
Cuando el Derecho Agrario se inició partió de consideraciones muy positivistas
sin referirse al campo axiológico en forma suficiente, ahora necesita reconsiderar esa
posición sobre sus raíces fundamentales, no ya en simples hechos históricos y
económicos que le dieron origen, sino en los planteamientos filosóficos y axiológicos
que le dan validez y autoridad a sus normas. Los valores sociales guían, orientan,
informan y producen todas las acciones que una sociedad emprende para la
conservación y desarrollo de la misma, entre ellas indudablemente se encuentra el
derecho. Por tanto toda rama del derecho que se preste a ser un instrumento social
necesariamente debe remitirse a los valores como fuente de su normatividad.
El objeto es el común denominador que permite identificar científicamente (dada
la utilización de un método determinado para individualizarlo) el límite dentro de una
rama del derecho y otro, nos sirve para determinar criterios de interpretación normativa.
Mientras, “EL ESTUDIO DE LAS FUENTES… CONTRIBUYE, POR UNA PARTE
A LA INTERPRETACION DE LAS LEYES Y POR LA OTRA, CREAR NORMAS
NUEVAS”.

CONCLUSIONES

Nuestro presente trabajo refleja un perfil de la historia y relación paralela entre


los Derechos Humanos, el derecho agrario, las fuentes y la interpretación.
El proceso agrario latinoamericano se afecta a raíz de la industrialización
dependiente, después de la Segunda Guerra Mundial. Se trató de un conjunto de
exigencias internas y externas que presionaban orquestadamente por la modificación
de las organizaciones tradicionales, especialmente en el campo. Mientras resalta la
importancia vital de las normas agrarias como medio de superación de las naciones y
de los Derechos Humanos.
La modernización-industrialización, presupuesta condiciones favorables para el
cambio, en tanto la necesidad del trabajador por el mejoramiento de sus condiciones
políticas, económicas y sociales, producen un replanteamiento ineludible ante la
sociedad civil resultando el inicio del proceso de globalización.
480 HÉCTOR SÁNCHEZ ARGUELLO, MÉLIDA SÁNCHEZ HERDOCIA

donde sus enunciados programáticos y enunciativos cobren vida y logren resaltar la


dignidad humana y puedan socializar especialmente el sector agrario. El Derecho
Agrario nace del Civil, el Derecho civil es más un derecho de propiedad, mientras el
Derecho agrario es un derecho de actividad. La significación del Derecho agrario
como receptor primero y como ordenador después de la especificidad y de las exigencias
de la actividad humana y de que el alma de ese cuerpo normativo (de la actividad
agraria) ha de encontrarse, precisamente, en los derechos humanos.
Los derechos humanos de solidaridad de la tercera generación, propugnan la
búsqueda del hombre para encontrar soluciones comunes, para el mejor disfrute de
los bienes de la naturaleza, sin violentarla. Así las cosas, vemos que el siglo XXI nos
conduce a los derechos humanos de solidaridad, descubriendo novedosos principios,
generando el renacimiento del derecho agrario y reivindica su génesis en los derechos
humanos: Ambiente, desarrollo, paz y justicia significados ante un desarrollo humano
sostenible.
482 RUTH ALPÍZAR RODRÍGUEZ

se refiere a la agricultura como oficio, arte y técnica de cultivar la tierra; y el de...


Carroza de la agrariedad, que limita la materia agraria principalmente al acto productivo
de naturaleza biológica; por nuestra parte damos a la materia agraria un contenido
más amplio, extendiéndolo además a las actividades necesarias para la reforma de las
estructuras productivas, de la propiedad de la tierra y de la empresa agraria principal-
mente, y a todas aquellas que sean necesarias para que la tierra, en el sentido de
superficie habitable y factor y fuente insustituíble para el cultivo y aprovechamiento
de los recursos naturales renovables, cumpla con las finalidades que por naturaleza le
son esenciales”.3
Posteriormente, Ricardo Zeledón Zeledón citó entre los aspectos que inciden en
la evolución del Derecho Agrario al derecho ecológico. “La sensibilidad universal
hacia la Naturaleza, la tutela del ambiente, el surgimiento del derecho a un ambiente
sano y ecológicamente equilibrado como derecho fundamental, impacta al derecho
agrario. La repercusión lógicamente es positiva. Implica un fortalecimiento conceptual
y axiológico. Porque lo ambiental siempre ha sido inquietud profunda del agrarista.
La agricultura está en función de la Naturaleza”.4
Esa influencia del ambiente en la agricultura motivó que en el Primer Congreso
del Comité Americano de Derecho Agrario, celebrado en mayo de 1997 en Costa
Rica, insignes juristas de veintidós países analizaran el tema de la Justicia Agraria y
Ambiental en América. Entre sus más importantes conclusiones en relación con el
tema que nos ocupa merecen destacarse dos.
La primera fue el reconocer a la jurisdicción agraria y ambiental especializada
como un instrumento fundamental para lograr la protección del ambiente, la seguridad
jurídica y el desarrollo agrario sustentable, con justicia y paz social.
La segunda se refiere a la necesidad de llevar a cabo las reformas necesarias
para que prevalezca una concepción muy amplia en materia de competencia agraria,
pues de esa forma se garantizará en forma efectiva la tutela de la actividad agraria, la
protección integral de los recursos naturales, los territorios indígenas, la sanción de
los delitos ambientales, y otros aspectos.5
Esa institucionalización de la dimensión ambiental de lo agrario, implicará
entonces que la competencia de los tribunales agrarios debe comprender todo conflicto
con carácter agroambiental, aparte de lo que por disposición expresa del legislador les
pueda corresponder, para mantener así el debido equilibrio entre la actividad agraria y
la conservación del ambiente, en pro del desarrollo sostenible y el bienestar de la
humanidad.

3. La Ley de Jurisdicción Agraria de 1982. Competencia genérica y es-


pecífica. Acciones excluídas. Limitaciones y problemas que se han enfren-
tado para tutelar al ambiente en sede agraria.

La competencia de la jurisdicción agraria en Costa Rica se debe estudiar princi-


palmente en razón de la materia, el territorio y los sujetos que intervienen.
Territorialmente el lugar de ubicación del inmueble en litis, el sitio donde se
ejecuta un crédito agrario u otra obligación contractual, y otros criterios específicos,
484 RUTH ALPÍZAR RODRÍGUEZ

Específicamente, la jurisdicción agraria es competente para conocer -cuando se


refieren a terrenos de aptitud agraria-, de los juicios reivindicatorios y posesorios,
interdictos, diligencias de deslinde y amojonamiento, informaciones posesorias,
desahucios, participaciones hereditarias y localización de derechos si los bienes han
sido adjudicados por un ente público; problemas contractuales agrarios y otras acciones.
En un principio también se incluyeron las expropiaciones para fines agrarios y
de las causas por los delitos de usurpación y daños agrarios. Sin embargo, leyes pos-
teriores restringieron la competencia agraria al respecto, al derogar implícita o
expresamente tal posibilidad.9
En relación con lo ambiental, las insuficiencias de la normativa procesal y el no
contar con criterios claros al respecto, han obstaculizado su efectiva tutela.
Sin embargo, ello no ha sido óbice para que se hayan conocido en sede agraria
conflictos de orden agroambiental referidos a la propiedad o posesión de terrenos
dedicados a bosque, problemas contractuales derivados de la actividad forestal y los
que surgen por el uso de agua para riego cuando proviene de manantiales o riachuelos.
También se han conocido conflictos por daños provocados a cultivos o al ambiente
por quemas y fumigación de cosechas, y casos concernientes a áreas protegidas y
territorios indígenas.
En un principio se polemizó sobre la posibilidad de conocer lo concerniente al
agroturismo y a la posesión meramente ecológica o ambiental. Esta última en algunas
ocasiones fue excluída del ámbito de competencia de los tribunales agrarios, al
considerarse no comprendida dentro del concepto de actividad agraria empresarial.10
Posteriormente, los criterios para definir la competencia agraria en cuanto a lo
ambiental han ido clarificándose y ampliándose, en especial cuando se intenta tutelar
la conservación del ambiente.
Al respecto, debe tomarse en cuenta que todo tipo de acción humana
necesariamente implica cambios en el ambiente, y como se viene exponiendo, en el
caso de la actividad agraria lo que se pretende es producir sin deteriorarlo innecesaria
o irresponsablemente.
Por otro lado, la mera conservación es necesaria para una eficiente actividad
agraria. “Implica la prestación de un servicio ambiental: evitar la erosión de los suelos
que eventualmente tendrá consecuencias negativas para la producción; regular
microclimas, absorber bióxido de carbono con lo cual se evitarán los perjuicios vincu-
lados con el calentamiento global de la atmósfera, entre ellos la pérdida de la producción
y la afectación de los ecosistemas, el mantenimiento de una reserva genética de
importancia para futuros mejoramientos agrícolas; la posibilidad de disfrutar de
servicios de agua provenientes de áreas protegidas...”.11

4.Criterios de competencia agroambiental. Fundamento constitucional.


Principales parámetros utilizados por nuestros Tribunales Agrarios y la
Jurisprudencia de la Sala Primera.

La definición de la competencia agraria entraña aspectos de orden procesal


(determinación de los órganos y procedimientos) y de carácter sustantivo (utilización
486 RUTH ALPÍZAR RODRÍGUEZ

En esa ocasión determinó que la propiedad forestal era una propiedad limitada,
dado que “...los recursos hidrológicos, los cambios ambientales, la sanidad del lugar
son factores que influyen en la producción agropecuaria y se encuentran directamente
relacionados con los recursos forestales de la zona; por ello las regulaciones sobre
explotación forestal no lesionan, sino que por el contrario, afirman la garantía cons-
titucional del artículo 50, en cuanto dispone que el Estado debe organizar la
producción”15 . La Sala concluyó que no procedía la indemnización por cuanto la
declaratoria de zona protectora implicaba limitaciones a la propiedad basadas en un
interés social, y no se estaba privando al titular de su derecho de propiedad.
También se ha manifestado a favor de que se conozca en sede agraria casos
referidos a fundos que sin estar destinados en el momento a alguna actividad agraria,
tengan aptitud agraria o forestal (sentencia N°65 de las 9:20 horas del 9 de junio de
1993).
Lo anterior, en opinión de algunos, evidencia que este máximo tribunal apoya la
“...potencialidad de la jurisdicción agraria para conocer de los conflictos nacidos de
institutos propios del derecho ecológico, máxime cuando estén vinculados con el
ejercicio de actividades agrarias empresariales. Ello por cuanto, normalmente tales
institutos se tienden a mezclar”.16
Asímismo, estableció que la función económica-social de la propiedad agraria
“entraña también una función ecológica: la agricultura debe desarrollarse en armonía
y no en antagonismo con la Naturaleza”. En su aspecto subjetivo, el propietario debe
explotar el bien racionalmente para aumentar la producción y la productividad, pero
ello incluye respetar el adecuado mantenimiento y desarrollo de un ambiente
ecológicamente equilibrado (sentencias N°92 de las 10:00 horas del 1° de junio de
1991 y N°113 de las 16:00 horas del 11 de octubre de 1995).
En terrenos explotados agrariamente e incluídos en áreas silvestres protegidas
por el Estado o en zonas demaniales (como la zona marítimo terrestre), sólo se ha
reconocido a los particulares derechos de propiedad o posesión si los adquirieron con
anterioridad a la afectación.
En un caso en concreto, referido a tierras ubicadas dentro de una reserva forestal,
la parte actora alegó tener un mejor derecho de posesión frente a los demandados para
poder recibir los beneficios legales que tal declaratoria implicó, como el de ser
reubicada. En esa ocasión, aparte de resaltar el carácter inalienable del patrimonio
natural del Estado, la Sala determinó que la posesión agraria efectiva de una finca
incluye la demostración de actos posesorios encaminados a la conservación del
bosque (sentencia N°51 de las 15:15 horas del 27 de mayo de 1995).
En cuanto al patrimonio indígena, en un juicio ordinario agrario de reivindicación
de un área perteneciente a una reserva indígena, la Sala subrayó su carácter inalienable
y por ende irreinvidicable, así como la normativa aplicable en materia de conflictos
indígenas (sentencia N°223 de las 15:30 horas del 6 de julio de 1990).
A través de procesos en los que por incendios forestales o quemas para limpiar
los terrenos de malezas o incinerar los desperdicios en depósitos de basura, se
destruyeron o afectaron cultivos existentes en fincas vecinas, la Sala Primera estableció
la responsabilidad objetiva en materia agroambiental (que toma en cuenta quien creó
488 RUTH ALPÍZAR RODRÍGUEZ

ni a la inversa, sino lograr que la producción agropecuaria no rompa el equilibrio


ecológico.
“La agricultura... no podrá subsistir si al mismo tiempo no se sanciona a través
de mecanismos eficaces cualquier tipo de actividad productiva orientada a irrespetar,
degradar, destruir o dañar los recursos naturales. En este ámbito la justicia es
ampliamente requerida y sus posibilidades deben ofrecer todo tipo de alternativas.
Ha de tratarse tanto de mecanismos sancionatorios como compensatorios y de
restauración del daño ambiental, pues la sensibilidad de la sociedad internacional
limita cada vez con mayor energía la transgresión de los bienes comunes, e
irreparables, de la Humanidad”.18
Esta Ley, por ende, no intenta regular todos los problemas o aspectos relaciona-
dos con el ambiente, sino tan sólo aquellos en los cuales exista relación con lo agrario,
y expresamente, lo concerniente a las áreas silvestres protegidas y el régimen patrimonial
indígena.
Los artículos 1° y 3° párrafo primero y su inciso j) establecen la competencia
genérica, al incluir dentro de la jurisdicción agraria los asuntos propiamente agrarios
- derivados de las actividades de producción agraria y las conexas de transformación,
industrialización y comercialización de productos agrarios realizados por el propio
empresario agrario- así como todo tipo de controversias agroambientales sobre la
protección del ambiente o los recursos naturales.
Como criterios subjetivos y objetivos que delimitan o complementan la fórmula
genérica en lo que respecta a la tutela del ambiente, la Ley establece los conceptos de
empresario agroambiental, áreas silvestres protegidas y régimen patrimonial
agrícola y ambiental indígena. Su común denominador es la debida conservación
del ambiente.
En cuanto al primero, el artículo 2° define a la empresa agroambiental como
aquella cuya actividad es la explotación sostenible del ambiente, para proteger, con-
servar y mejorar racionalmente los recursos naturales renovables. Empresario será
entonces toda persona, independiente de su calidad o profesión, dedicada con
preferencia a la actividad agraria o agroambiental.
Las áreas de conservación, también denominadas áreas silvestres protegidas19 ,
incluyen parques nacionales, reservas forestales, zonas protectoras, reservas biológi-
cas, refugios de vida silvestres, humedales y monumentos naturales.
Pese a que gran parte de nuestro territorio está bajo dicho sistema y que los
recursos protegidos son invaluables, no existen tribunales especializados en nuestro
país que se hagan cargo de su tutela.
El legislador sin embargo, reconociendo la estrecha relación existente entre lo
agrario y lo ambiental, al promulgar esta nueva Ley le encomendó la solución de sus
conflictos a los tribunales agrarios. Otra razón de peso que apoya lo anterior es el auge
de la venta de servicios ambientales de dichas áreas a empresas agrarias o
agroambientales. Los conflictos que por incumplimientos contractuales puedan surgir
necesariamente deben ser conocidos en sede agraria.20
En relación con el otro criterio objetivo, el del patrimonio indígena (artículo 3
inciso h), es menester apuntar que en la Conferencia de las Naciones Unidas sobre el
490 RUTH ALPÍZAR RODRÍGUEZ

y resolviese en sede administrativa las denuncias establecidas por las acciones u


omisiones que amenacen o hayan infringido la legislación ambiental, y así dar
efectividad y vigencia al artículo 50 de nuestra Constitución Política.
La Ley le permite aplicar sanciones como: amonestaciones, ejecución de garantía
de cumplimiento, restricciones, paralización o clausura de obras y actos, cancelación
de permisos y otras más, aparte de establecer las indemnizaciones que puedan
originarse. La nueva Ley de Jurisdicción Agraria además le otorga poder cautelar para
dictar medidas protectoras.
En cuanto a las acciones excluídas, ya se indicó supra que la competencia agraria
se amplió a lo ambiental sólo en lo que interesa a la materia agraria o el legislador
expresamente le encomendó.
El artículo 4° descarta los delitos ambientales y lo laboral de la jurisdicción
agraria, y señala en su parte final que “lo no ambiental será conocido por la jurisdicción
competente, con las salvedades dichas”. Por ejemplo, casos de contaminación sónica,
salud ocupacional, higiene laboral, y demás deberán ser analizados en otras vías.
Igualmente, la nulidad de actos administrativos de carácter ambiental serán
competencia de la jurisdicción contenciosa-administrativa. Sólo los procesos civiles
de hacienda contra las instituciones del sector público agrario y agroambiental cuando
se otorguen, extingan, cancelen o anulen, o en cualquier forma modifiquen derechos
de esa índole, o se trate de responsabilidad civil o afecten bienes públicos destinados
a preservar la naturaleza serán conocidos en sede agraria. Pero si las pretensiones
fueren mixtas (civil de hacienda y contencioso administrativo) conocerá la jurisdicción
contencioso administrativa.
De esta forma, a través de la ampliación de la competencia de los tribunales
agrarios, se pone un grano de arena más en pro del ambiente, con el fin de buscar una
solución eficaz a sus problemas, solución que beneficia no a una sociedad o país
concreto, sino a toda a la humanidad.
Además, esa vinculación entre lo agrario y lo ambiental, “...impulsará también
en el ámbito jurisdiccional al desarrollo sostenible para asegurar la sobrevivencia de
un mundo productivo en armonía con la Naturaleza... Si esta aspiración se cumple
podrán afirmarse enfrentados positivamente los retos y se habrán cumplido sus fines
trascendentales. Esto es fortalecer la democracia dinamizando el ejercicio real de los
derechos de los sujetos vinculados a la agricultura en una nueva etapa donde el ambi-
ente es su base pero también objeto de garantía para el futuro de las nuevas
generaciones”.23

Notas

1 Cervantes Villalta (Edgar), en Justicia Agraria y Ambiental: Memorias del Primer Congreso del Comité
Americano de Derecho Agrario, 1a. ed., San José, C.R., Guayacán, 1998, p. 27.
2 Las soluciones y medidas que se puedan lograr a través del Derecho son de gran importancia debido a que son
generales (aplicables a todos), lo que junto con la educación permite crear mayor conciencia, y en menor
grado a la coercitividad que se les puede otorgar. Además, si su aplicación es la adecuada, los resultados
podrían ser satisfactorios a corto o mediano plazo. Al respecto, cada rama jurídica debe dar una respuesta
492 RUTH ALPÍZAR RODRÍGUEZ

darse a las normas constitucionales, ya sea como valores o principios, contenidas en los artículos 6, 89 y el 69.
14 A partir de la década de los 70 organismos y Gobiernos han propiciado y suscrito gran cantidad de tratados,
declaraciones, acuerdos y conferencias internacionales para proteger al ambiente y lograr el desarrollo
sostenible. Entre los más importantes se pueden citar: Conferencia de las Naciones Unidas sobre el Medio
Ambiente (Estocolmo, 1972), Declaración sobre el Derecho al Desarrollo (1986), Conferencia de las Naciones
Unidas sobre el Medio Ambiente y el Desarrollo (Río de Janeiro, 1992), Conferencia Internacional sobre
Población y el Desarrollo (El Cairo, 1994), Cumbre Mundial sobre Desarrollo Social (Copenhague, 1995),
Cumbre Mundial sobre la Alimentación (Roma, 1996).
15 Caso de la Zona Protectora El Rodeo (sentencia N°189 de las 14:20 horas del 30 de octubre de 1991).
Propiedad agraria forestal es la que tiene por fin la producción silvícola, a diferencia de la propiedad forestal
sin empresa, en la que simplemente se realiza una activada extractiva o meramente conservativa (ver sentencia
N°68 de las 16:10 horas del 8 de mayo de 1991).
16 Ulate Chacón (Enrique), Derecho Agrario Jurisprudencial, 1a. ed., S.J., C.R., Editorial Universidad de San
José, 1995, p. 407.
17 La Ley ya fue aprobada en primer debate por la Asamblea Legislativa, pero está en espera de serlo en otros
dos debates para entrar en vigencia.
18 Zeledón (Ricardo), La modernización de la Justicia Agraria y Ambiental, en Justicia Agraria y Ambiental...,
p. 41.
19 Su regulación se encuentra en la Ley Orgánica del Ambiente N°7554 del 4 de octubre de 1995 (artículos 32
a 45), la Ley Forestal N°7575 del 13 de febrero de 1996 (numerales 3 y 18), Ley de Conservación de la Vida
Silvestre N°7317 del 7 de diciembre de 1992, Ley de Parques Nacionales, Ley de Aguas y otras más.
20 En algunas áreas protegidas, si el equilibrio ambiental lo permite, se arriendan zonas de pasto a ganaderos.
Igualmente, el ente encargado de la administración de algunos parques nacionales ha logrado firmar convenios
con empresas agroindustriales, por los beneficios que directa o indirectamente reciben las fincas al estar cerca
de dichas áreas.
21 Específicamente en materia agroambiental, y de conformidad con lo establecido en el numeral 116 de la Ley,
la valoración de las contingencias solo será por el uso si son bienes reponibles, pero si se trata de animales o
vegetales en vías de extinción o se afectase la salud o la vida de las personas, se fijarán también los valores de
herencia, existencia y opción.
22 Esta Ley, promulgada en 1996, señala los principales principios aplicables en materia ambiental y otros
aspectos importantes, con el fin de dar coherencia y unidad a la gran cantidad de legislación que sectorialmente
se ha dictado para tutelar los diferentes componentes del ambiente.
23 Zeledón Zeledón (Ricardo), La modernización de la Justicia Agraria y Ambiental, op. cit., p. 69.
494 ZÉLIA LUIZA PIERDONÁ

cumpre sua função social, e é desapropriado em razão de utilidade ou necessidade


pública.
A Constituição estabeleceu como valor básico a igualdade ou isonomia, que con-
siste em tratar igualmente os iguais e desigualmente os desiguais, na medida de suas
desigualdades.
Quando se determina a aplicação de juros compensatórios, tanto nas desapropri-
ações por necessidade ou utilidade pública como por interesse social, está-se tratando
igualmente os desiguais e, com isso, violando o princípio acima referido.
O art. 185 da Constituição Federal veda a desapropriação para fins de reforma
agrária de propriedade produtiva, devendo, assim, ser improdutivo o imóvel. E sendo
improdutivo, não há que se compensar os lucros cessantes. Diversamente a desapro-
priação por necessidade pública que expropria um bem que produz fruto e que, portan-
to, deve ser compensado, com a incidência dos referidos juros.
A natureza jurídica dos juros não se confunde com a justa indenização da propri-
edade. Por esta, o expropriado receberá o valor referente à propriedade, valor este
corrigido, não havendo necessidade de ser compensado pela antecipada ocupação do
bem, já que o proprietário não lhe dava a função constitucionalmente estabelecida.
Além disso, pelo atraso no pagamento da indenização ele receberá juros moratórios.
A propriedade, na atual Constituição, está condicionada à função social, pois
esta é um pressuposto daquela e, quem não a cumpre, não é um proprietário pleno, não
podendo usufruir do mesmo tratamento dado ao proprietário que dá a seu imóvel o
destino constitucionalmente previsto.
Poder-se-ia dizer que a propriedade na CF/88 apresenta-se em três níveis: a ple-
na, quando atende a função social; a que não atende a referida função; e, finalmente, a
propriedade onde são cultivadas ilegalmente plantas psicotrópicas. O constituinte, em
razão das desigualdades existentes entre elas, estabeleceu tratamento diferençado.
No entanto, ao estabelecer juros compensatórios nas desapropriações para fins
de reforma agrária, a jurisprudência não está dando tratamento desigual à desigualda-
de existente nas espécies de desapropriação.
A legislação em vigor, apesar de diferençar, é inconstitucional, uma vez que
estabelece a incidência de juros compensatórios nos valores em que há discordância.
Tais valores se incluem na totalidade da indenização, a qual tem como objeto o imóvel
que não atende a função social, portanto, indevido inclusive nos referidos valores.
Com isso, o objetivo da justiça social fica enfraquecido, já que a função social da
propriedade não está tendo a importância que o constituinte lhe atribuiu, haja vista que
recebe o mesmo tratamento o proprietário que atende e o que não atende a condição
estabelecida na atual Carta Magna.
Do exposto, conclui-se que em razão de a propriedade não atender o pressuposto
constitucional da função social, é indevido o pagamento dos juros compensatórios nas
desapropriações por interesse social para fins de reforma agrária, sendo, portanto,
inconstitucional a norma que estabelece os referidos juros, mesmo que a incidência
ocorra somente em parte dos valores.
496 JACQUES TÁVORA ALFONSIN

mais ligado à agricultura, agricultura sustentável, para, depois sim, tirar conclusões
que melhor atendam os objetivos desta análise.
“Agricultura sustentável”, como conceituada pelo Comité de Aperfeiçoamen-
to Técnico do Grupo Consultivo de Pesquisa Agrícola Internacional, lembrado pela
Emater/Rs, em estudo específico sobre a questão, “é o manejo bem sucedido de recur-
sos para a agricultura, de modo a satisfazer as necessidades humanas em transforma-
ção, mantendo ou melhorando, ao mesmo tempo, a qualidade do ambiente e conser-
vando os recursos naturais.” “...a agricultura é sustentável quando atende os requisi-
tos de ser ecologicamente correta, economicamente viável, socialmente justa, huma-
na e adaptavel2
Como se observa, a satisfação das necessidades humanas é a primeira e princi-
pal finalidade dessa agricultura, de acordo com esse conceito.
Sobre essas mesmas necessidades, não é preciso relembrar aqui todos os esfor-
ços que se têm desenvolvido em busca das “garantias de eficácia jurídica”, passe a
redundância, dos chamados direitos fundamentais, positivados ou não nas Constitui-
ções, que somente podem ser considerados como verdadeiros direitos, na medida em
que obtêm a satisfação delas, especialmente aquelas mais ligadas à vida, como a de
pão e casa por exemplo.
Assim sendo, tem-se de conferir, antes do mais, se a relação sujeito (sem -
terra) - objeto (terra), enquanto contextuada pelo desenvolvimento da agricultura sus-
tentável, pode compor uma relação jurídica com outros sujeitos, como proprietários
rurais e, ou, o Poder Público, que seja capaz de, senão declarar, constituir direitos dos
primeiros, reconhecidos como existentes, válidos e eficazes, em alguma medida
exigíveis dos segundos.
Talvez seja possível encaminhar o exame dessa matéria a partir do levanta-
mento de três questões principais, mesmo sob o risco do reducionismo inevitável que,
em assembléias do tipo da que ora nos reúne, possa ser absolvido pelas próprias fina-
lidades do Congresso, as quais incluem não só propostas acabadas de solução dos
gravíssimos problemas jurídicos que estão implicados na distribuição da terra, hoje,
como o levantamento das causas pelas quais outras respostas já dadas no passado
para os mesmos problemas, ficaram aquém das esperanças do povo da terra.
Essas questões são as seguintes: É possível identificar e criticar os fins que
orientaram o desenvolvimento da agricultura, na América Latina de hoje, pela forma
com que a terra está distribuída e produzindo, nesta parte do mundo? Elaborado juízo
de valor sobre a realidade resultante de tal desenvolvimento, que meios, inclusive
jurídicos, podem ser apontados para uma possível mudança de modelo? Desenvolvi-
mento a favor de quem?

1. O “já” e o “ainda não” do direito sobre terra, em nosso continente. Di-


vergências em torno dos fins de modelos de desenvolvimento.

1.1. Embora esteja implicado na lembrança dessa palavra “desenvolvimento”


um conjunto complexo de outras noções, do tipo “modificação para melhor de um
estado de coisas”, “mudança”, “reforma”, “movimento para a frente”, a verdade é que
498 JACQUES TÁVORA ALFONSIN

tar a injustiça encerrada na sua conservação, e a consequente urgência de sua modifi-


cação, com vistas a um desenvolvimento humano, senão suficientemente igualitário,
quando menos não excludente ao ponto de gerar e reproduzir miséria, como ocorre
atualmente.
1.8. Como aí não há novidade, servindo de exemplo lutas ferrenhas, históricas,
empreendidas por tantos povos, para a realização de suas reformas agrárias, o que está
em causa é a possibilidade de se enfrentar o problema em clima de normalidade demo-
crática, no qual nem os direitos adquiridos à terra sejam transformados em fetiches,
nem os direitos à aquisição da mesma sejam encerrados em “normas programáticas”
ou meras cartas de intenção.
1.9. Para efeitos jurídicos derivados do Direito agrário, então, a pergunta que
continua sem resposta convincente por parte dos defensores do direito adquirido so-
bre terra, aqui, é a seguinte: O conjunto das normas que compõem nosso ordenamento
jurídico, relativamente à mesma terra, fica suficiente e sistematicamente obedecido
sob a chave de leitura dos que defendem aquele mesmo direito?
1.10. Em 3 (três) infra, examina-se com mais vagar o conflito de direitos gerado
a partir das respostas que se podem dar a tais perguntas, se é que se pode considerar
cobertas por verdadeiros direitos ações jurídico-políticas que não dão aos direitos
adquiridos a mesma interpretação exposta em 1.3/1.4 supra.
1.11. Por ora, o que interessa saber é se a opção por algum outro modelo de
desenvolvimento que não o atualmente em execução nesta parte do mundo, cujos
meios estão resumidamente analisados na segunda parte deste estudo, conta com po-
der político-jurídico para garantir as mudanças pretendidas, e se o Direito Agrário já
está equipado para sustentá-las.
1.12. Uma coisa parece certa. Pelo menos no que concerne aos compromissos
jurídicos internacionais dos países deste continente, não há como se despistar a urgên-
cia neles refletida de que, em matéria de distribuição da terra, finalisticamente orien-
tada para a satisfação das necessidades vitais da população, “assim como tudo está
não dá para ficar”.
1.13. Serve de exemplo a Resolução 2.200-A da ONU, na qual se firmou o pacto
internacional dos direitos econômicos sociais e culturais, já em dezembro de 1966,
cujo art. 11, 2, a e b, prevê que os “Estados-partes” (...) “reconhecendo o direito fun-
damental de toda a pessoa de estar protegida contra a fome, adotarão, individualmen-
te, e mediante cooperação internacional, as medidas, inclusive programas concretos
para:” (...) “aperfeiçoamento ou reforma dos regimes agrários” ...(...) “assegurar uma
repartição equitativa dos recursos mundiais em relação às necessidades, levando-se
em conta os problemas tanto dos países importadores quanto dos exportadores de
gêneros alimentícios.”
1.14. O simples reconhecimento da necessidade de reforma dos regimes agrári-
os, como meta não só de um país, mas de todas as nações do mundo, de acordo com
esse solene compromisso, além de pressupor um outro modelo de desenvolvimento
ligado à terra, sob fundamento normativo declaratório da insuficiência do modelo
anterior, cria para todos quantos carecem dessa reforma um “interesse” cujo grau de
adjudicabilidade reclama identificação precisa da sua natureza jurídica, até ao ponto
500 JACQUES TÁVORA ALFONSIN

mento que dependem de um tal espaço, como o “sustentável” objeto de estudo neste
Congresso, também devem ser socializadas, dão testemunho todos esses sinais de que
“a regulação dos conflitos” “tanto para as forças das tendências inovadoras quanto
para os tipos de inovação”, podem (e devem, salvo melhor juízo) dar prioridade à
“necessidade social das inovações”.
1.20. Que o ordenamento jurídico em geral, para isso, e o Direito agrário em
particular, estejam equipados para garantir uma tal prioridade, diversa da que inspira
as finalidades de “desenvolvimento”, apregoadas pelos atuais defensores do direito
adquirido sobre terra, neste continente, parece possível demonstrar, a seguir.

2. Desenvolvimento de agricultura sustentável, com que meios?

2.1. Vendo na modernização um processo e no desenvolvimento uma política,


Jalcione Almeida, no mesmo estudo que ora tem-nos servido de amparo interdisciplinar,
aponta as diversas noções que o conteúdo ideológico do referido processo vem ten-
tando incorporar na agricultura: “(a) a noção de crescimento (ou de fim da estagnação
e do atraso), ou seja, a idéia de desenvolvimento econômico e político; (b) a noção de
abertura (ou do fim da autonomia) técnica, econômica e cultural, com o consequente
aumento da heteronomia; (c) a noção de especialização (ou do fim da polivalência),
associada ao triplo movimento de especialização da produção, da dependência à mon-
tante e à jusante da produção agrícola e a inter-relação com a sociedade global; e (d)
o aparecimento de um novo tipo de agricultor, individualista, competitivo e questio-
nando a concepção orgânica da vida social da mentalidade tradicional.”7
2.2. Como esse processo da modernidade adota um tal modelo como único e
uniforme para toda a agricultura, os efeitos sociais e culturais do mesmo, em países do
terceiro mundo mal equipados para o seu impacto, não são levados em conta, justa-
mente porque a sua “inexorabilidade” dispensa qualquer tipo de cogitação, a respeito.
2.3. Ora, aí se encontra uma das principais razões para o desenvolvimento sus-
tentável poder ser pensado em outras bases e, até, oposto em outra direção. Um
agricultor sem - terra não precisa de maiores conhecimentos teóricos para identificar,
no tal modelo, todo o poder que o exclui de participação no desenvolvimento próprio,
no desenvolvimento da sociedade e no desenvolvimento do país.
2.3. As razões para tanto são simples, bastando conferir-se em que extensão as
tais noções incorporadas à agricultura lhes deixam margem para alguma liberdade de
opção, para alguma “auto” (!) sustentabilidade, para a preservação dos seus valores
sociais e culturais.
2.4. A própria noção de crescimento, lançada aleatoriamente, além da
ambiguidade que comporta, tem sido direcionada integralmente em favor do mercado
e não da satisfação de necessidades humanas; que respostas a abertura, a especializa-
ção e o novo agricultor individualista, competitivo, de outro lado, podem oferecer
para aquelas questões que já não admitem mais solução prorrogada e que, não obstante,
são paradoxalmente permanentes do tipo acesso à terra, garantia de preços, seguro
contra o sinistro, armazenagem e comercialização?
2.5. Outro não deve ser o motivo pelo qual o mesmo Jalcione Almeida levanta
502 JACQUES TÁVORA ALFONSIN

2.15. Durante tumultuadíssima sessão da Câmara de Vereadores,em Santana do


Livramento, votou-se projeto de lei oriundo do Poder Executivo, admitindo a forma-
ção de milícias armadas particulares, para fazer frente à sucessão das ditas ocupações,
em defesa dos proprietários dos imóveis objeto das mesmas.
2.16. Em 20 de abril passado, aqui em Porto Alegre, o Estado, por seu Poder
Judiciário, reunido em órgão especial e atendendo pedido liminar em ação direta de
inconstitucionalidade proposta pelo Conselho Seccional da OAB/RS, contra a dita lei,
concedeu a referida liminar então pleiteada, em cujo relatório se lê o seguinte:
“...a referida lei viola os artigos 8º,10,13,128,124 e 129, da Carta Estadual, os
quatro primeiros modeladores da configuração do Município, no Direito Constitucio-
nal Estadual, configuração essa extrapolada já que na lei em questão se arrogam ao
Município de Santana do Livramento ou melhor, ao seu Prefeito, entre outros, pode-
res paramilitares e até, ou quase, judiciais, e também, de modo frontal, porque
usurpatórios da competência do Estado e das instituições referidas para prover sobre
o policiamento assecuratório da segurança pública, estabelecido nos dois últimos.”9
2.17. O mesmo Estado, pelo seu Poder Executivo, também aqui em Porto Ale-
gre, cercou toda a chamada “Praça da Matriz”, um bem de uso comum do povo(!),
que faz frente aos prédios dos três Poderes Públicos desta parte do país, em visível e
sintomática demonstração de força e tomada de posição, contra a multidão dos agri-
cultores oriundos daquelas ocupações, que se dirigiram a Porto Alegre, para protestar
contra o atraso na execução da reforma agrária e nos assentamentos reiteradamente
prometidos a cada uma dessas ocupações.
2.18. Depois de vinte e três dias de permanência das famílias de agricultores
sem - terra acampadas em outra praça desta cidade (outro bem de uso comum do povo
mas distante das sedes dos Poderes Públicos...), arranjaram-se acomodações para elas
irem para mais longe, em município vizinho (Viamão) com as respostas de sempre às
suas demandas: “Estamos estudando”, “já temos alguma coisa em vista” etc...
2.19. A conclusão que se pode tirar de um quadro como esse, mesmo que as
suas proporções sejam respeitadas, é a de que os projetos de desenvolvimento priva-
dos e públicos, dotados de um mínimo de poder político para a sua execução, além de
não incluirem as demandas dos agricultores sem - terra, pelo espaço físico capaz de
lhes garantir o sustento e a vida, estão dispostos a usar de força pública e privada para
garantirem essa exclusão, a eles não reconhecendo, por via de consequência, qualquer
direito fundamentando ditas demandas.
2.20. Ainda que os exemplos sejam locais, e essa matéria comporte outros des-
dobramentos ligados à forma como o livre mercado e o direito vêm tratando a preser-
vação dos resultados de “desenvolvimento”, obtidos até aqui, é pretensão deste resu-
mido estudo, se questionar sobre se esse tipo de preservação, obstáculo para outros
modelos de desenvolvimento, se justifica legítima e legalmente.

3. Desenvolvimento sustentável a favor de quem?

3.1. Há um consenso generalizado de que os “direitos econômicos, sociais e


culturais”, especialmente os previstos na Resolução 2.200-A, da Assembléia Geral da
504 JACQUES TÁVORA ALFONSIN

ciar do livre mercado, realmente, há de ser a sociedade toda, de maioria sabidamente


consumidora:
“Não existe, nesta sociedade, uma repartição equitativa dos papéis (oportuni-
dades ou situações socio-econômicas de partida), o que, por força de um elementar
cálculo de probabilidades, predetermina, ou ao menos condiciona de antemão, o re-
sultado do jogo”.12
3.11. Como se observa, se a dificuldade em se identificar com certeza a legitimação
ativa e a passiva nos conflitos de direitos, fosse insuperável, o ordenamento processu-
al ainda hoje não teria obtido disciplina para todas aquelas ações que envolvem inte-
resses difusos, que envolvem demandas supra individuais, do tipo ação civil pública e
ação popular. O meio ambiente e o consumidor, para lembrar os exemplos mais fre-
quentes, estariam até agora desprotegidos.
3.12. O que é que os titulares do direito adquirido sobre propriedade de latifún-
dios rurais têm a ver com isso? - Se ao princípio constitucional da igualdade, refletido
em termos da disciplina processual, seja ela administrativa, seja judicial, tiver sua
eficácia respeitada, realmente, por tratamento isonômico entre as partes, tais proprie-
tários têm tanto a ver com isso, quanto no outro polo do direito de exclusão do qual
eles gozam, multidão de outros sujeitos de direito estão privados do mesmo exercício
e gozo.
3.13. A explicação para isso, entre muitos outros fundamentos, pode-se justifi-
car por três razões dicotômicas principais: a primeira de ordem constitucional, funda-
da na tão apregoada quanto descumprida função social da propriedade, em cujo con-
ceito está implicada a dicotomia liberdade-responsabilidade; a segunda, também de
ordem constitucional, fundada na eficácia jurídica dos direitos fundamentais, não só
em plano “vertical”, como em plano “horizontal”, em cujo conceito está implicada a
dicotomia alienabilidade-inalienabilidade; a terceira, derivada do próprio objeto terra,
como parte de “território”, lugar garante de vida, que não pode mais suportar sobera-
nias individuais ilimitadas e irrestritas, no qual está presente a dicotomia exclusivida-
de - comunidade;
3.14. É conveniente examinar cada um desses fundamentos, separadamente.
3.14.1. Não há exagero em se afirmar que o posicionamento interpretativo pelo
qual se procura dar operacionalidade e garantir eficácia à função social da proprieda-
de, legitima ou não legitima todo o Direito Agrário.
O direito de propriedade adquirido sobre terra é uma liberdade enrigecida em
espaço exclusivo do proprietário e, como tal, uma barreira física à liberdade alheia.
No caso da terra, por sua própria natureza, uma barreira física à vida alheia. Por isso
mesmo, os dados estatísticos relacionados com a concentração progressiva do direito
adquirido de propriedade sobre ela, têm de ser sopesados sob um cada vez mais rigo-
roso crivo de responsabilidade.
Abandonar a exigência concreta da última à remota investigação de possíveis
abusos de direito, impor o ônus da prova relacionada com o respeito devido a tal
responsabilidade, ao Estado ou a terceiros, constitui fator de acentuação da histórica
ineficácia da função social deste direito.
A respeito da chamada propriedade produtiva, prevista no art. 185, II, da Cons-
506 JACQUES TÁVORA ALFONSIN

e, consequentemente, de vida.
Salvo melhor juízo, parece equivocada, juridicamente, a posição de quantos
continuam tratando os conflitos que se constituem em torno desse tipo de espaço,
especialmente aqueles que reúnem multidão de pessoas pobres, como uma relação
processualmente inter-individual do tipo autor-réu.
Não foi sem razão plausível, assim, que o ordenamento jurídico brasileiro, intro-
duziu modificação no art. 82 do Cód. de Processo Civil, para lá incluir a intervenção
obrigatória do Ministério Público “nas ações que envolvam litígios coletivos pela pos-
se da terra rural”... (inc. III).
Uma interpretação bem afinada com esse tipo de modificação da lei, é a de que
a dignidade das pessoas envolvidas nesse tipo de lide “coletiva” não fique desampara-
da exatamente pelo fato de estar, no seu conjunto e de regra pobre, oposta a um pro-
prietário, reconhecida que é a força ideológica e cultural que pesa, em casos tais,
contra aquele conjunto.
3.14.3. Na origem da palavra território tem-se visto o significado de lugar onde
se espalha o terror... Se a propriedade privada da terra, especialmente depois da Revo-
lução francesa, tiver nascido, como se afirma, com a libertária finalidade de sepultar o
terror, fosse ele, na época, de origem feudal, monárquica ou clerical, parece hora de
ela provar que não trocou um terror “público”(?) por outro privado, simplesmente,
impondo com a exclusividade do domínio, a inviabilidade da comunidade.
Precisa-se insistir nesse ponto. O direito adquirido sobre terra, por menos abso-
luto que o ordenamento jurídico o reconheça, hoje, continua absoluto econômica e
ideologicamente.
Ainda que a velha planta tenha sido cortada ao pé do caule, por sucessivas pro-
mulgações de leis, suas raízes históricas tem-lhe garantido viço cultural de resistência
sociológica com força suficiente para neutralizar qualquer esforço de renovação.
Outros direitos subjetivos, quando confrontados com direitos alheios, já obtive-
ram renovação histórica até mesmo antes de entrarem em vigor as leis que modifica-
ram sua disciplina, pressionados pela simples evolução da jurisprudência. O direito de
família, em matéria de sociedade de fato entre companheiros, a responsabilidade civil
objetiva, os direitos do consumidor antes da promulgação do Código respectivo, são
exemplos mais a mão.
Enquanto essas modificações vieram facilitar a vida desses direitos em comuni-
dade humana, o direito adquirido sobre a propriedade privada da terra - que o procla-
mem os conflitos sangrentos nos quais tem estado envolvido - continua servindo de
freio e não de acelerador para o direito ao desenvolvimento sustentável, mais do que
um direito coletivo, um direito comunitário.
3.15. Poder-se-ia objetar que tudo isso pode fornecer base ético-plítica mais do
que suficiente para o espaço sempre juridicamente vago das aspirações populares dos
agricultores sem - terra, mas nada disso gera poder sancionatório contra quem quer
que seja, especialmente contra quem já tem “direito já adquirido” e adquirido em
sentido oposto ao das tais aspirações.
3.16. Para se encontrar legitimação passiva capaz de responder pelo respeito
devido a tais direitos, ter-se-ia de encontrar um jeito de identificar “interesses difusos”
508 JACQUES TÁVORA ALFONSIN

sustentável, quando menos não tão excludente como o atual, está sendo literalmente
impedida pela interpretação que se vem dando ao inciso II do art. 185 da Const. Fede-
ral, o qual prevê a “propriedade produtiva”, como imune à desapropriação.
4.2. Embora uma tal interpretação possa ser juridicamente contestável em chave
hermenêutica sistemática, como ficou demonstrado acima, talvez uma explicitação
acrescida ao referido dispositivo, acabaria com as dúvidas que fazem dele um obstá-
culo poderoso contra qualquer mudança, no meio rural.
4.3. A alteração da redação desse inciso, aqui proposta, simplesmente submete-
ria, agora de maneira expressa, a propriedade produtiva, às condições objetivas pelas
quais a função social da propriedade, como prevista no art. 186, deve ser obedecida.
Longe de ser uma panacéia, uma tal modificação talvez pudesse destravar o penoso
processo pelo qual o Estado e os agricultores sem-terra estão tendo de passar, para
que aos últimos não se prossiga sonegando o pão e, consequentemente, a vida.
4.4. Proposição desta tese:
“O Congresso Mundial de Direito Agrário, reunido em Porto Alegre nos dias 19
a 21 de maio de 1998, recomenda ao Congresso Nacional Brasileiro que, de acordo
com os poderes que lhe foram deferidos pelo povo deste país, vote e aprove a seguinte
emenda Constitucional, modificativa do inciso II do art. 185 da mesma Carta. Onde
hoje se lê, simplesmente, “propriedade produtiva”, leia-se: “propriedade produtiva,
assim entendida aquela prevista no artigo seguinte.”

Notas
1 Contribuição do autor ao Congresso Mundial de Direito Agrário - 19 a 22 de maio de 1998, P.Alegre, RS,
Brasil.
2 . Reconstruindo a agricultura, Jalcione Almeida e Zander Navarro, org., P. Alegre, Editora da Universidade,
1997, p.217, grifos do texto).
3 (STRAHM, Rudolf H., Subdesenvolvimento, por que somos tão pobres?, Petrópolis, Vozes, 1991, p.41)
4 Ob.cit. na nota 2, p.136/137.
5 Ob.cit., idem.
6 Ob.cit., p. 144.
7 Ob. cit., p.40.
8 Ob. cit., p. 50.
9 ADIN nº 598075364, Órgão Especial do TJRGS, Rel. Tael João Selistre.
10 Derechos sociales: teoria e ideologia, Madri, Tecnos S.A., 1994, p. 98 e seguintes. Tradução nossa, para o
português, somente para esta tese.)
11 Ob. cit. p. 99.
12 Ob.cit. p.100
13 Introdução ao direito à reforma agrária, S. Paulo, LED, 1998, p. 231 e seguintes, p. 250/256.
14 Temas de direito urbanístico, 2, S.Paulo, RT, 1991, p. 19.
510 DESAMPARADOS LLOMBART BOSCH

sus principales elementos biológicos. Esta es la poderosa razón de la práctica de una


agricultura regeneradora del medio ambiente, que entendemos equivalente al concepto
de agricultura sostenible o al de desarrollo rural sostenible. Unificando ambos conceptos,
la F.A.O. y algunas O.N.G. han acuñado el término agricultura y desarrollo rural
sostenible.(A.D.R.S.) (2).
El profesor TAMAMES, (3) mantiene que la agricultura es sostenible si es
ecológicamente racional, económicamente viable, conserva los recursos geneticos,
vegetales y animales, no degrada el medio ambiente y es técnicamente apropiada y
socialmente aceptable. También en la Carta de la Tierra, proclamada en el Congreso
medioambiental «Cumbre de la Tierra», celebrado en Rio de Janeiro, en 1992, (4) se
declara que «Para el desarrollo sostenible, la protección del medioambiente, constituye
parte insoslayable de todo proceso productivo»... Se consagra así, en opinión del cita-
do autor, la primera ley de la ecología de que todo está relacionado con el todo. De ahí
las vinculaciones existentes entre el ganado, y las actividades domésticas así como el
desarrollo de la agricultura y el de la economía rural no agrícola (empleos alternativos
en las zonas rurales).
En el Tratado de la Unión Europea, firmado en Mastrich ya aparece la idea de
desarrollo sostenible, incluida posteriormente en el Tratado de Amsterdam. Y según
se proclama en la Agenda 2000 ( 5), “habrá que trabajar para llegar a una producción
sostenible y a unas pautas de consumo respetuosas del medio ambiente” Y a ello con-
tribuirá, no sólo el hecho de la incorporación de los últimos avances tecnológicos a la
política medio ambiental, sino también el recurso a nuevos incentivos basados en el
mercado, tales como la producción ecológica de alta calidad, o la proliferación de
actividades alternativas, como las turísticas o la artesania que mejoren y ayuden a
conocer mejor los valores naturales y culturales del medio rural.
Por ello y ante los graves deterioros que afectan al medio ambiente a nivel mun-
dial, tales como agotamiento irreversible de fuentes de energía y de recursos naturales,
destrucción de la biodiversidad y de ciertos ecosistemas frágiles pero necesarios al
desarrollo de la vida vegetal o animal, degradación del sistema hidrológico ,
esquilmamiento y desertización de los suelos, etc.. aparece una nueva ideología que
lleva a la conciencia de los humanos la necesidad de afrontar estos graves problemas.
Se dejan en un segundo término, los factores económicos que, hasta el momento, han
presidido las actividades agrarias tales como, los de productividad, rentabilidad, polí-
tica de precios y de mercados, etc..
Una agricultura sostenible debe compatibilizar el mantener la producciones
agrarias a unos niveles de suficiencia que cubran las necesidades alimenticias de la
humanidad, siempre crecientes y al propio tiempo que no deteriore su entorno natural
y conserve los recursos naturales y que dentro de una gestión racional genere empleos
suficientes para mantener la calidad de vida de la población activa agraria. (6). Y se
propone una nueva agricultura: la basada en una tecnología más limpia y mejor adap-
tada al medio natural, menos depredadora y en definitiva también más humana.
A nivel de contaminación irreversible de los recursos naturales y de deterioro del
entorno natural, la agricultura intensiva e industrializada provoca pérdidas progresivas
de la fertilidad del suelo, debido al uso de nitratos, de pesticidas, etc.. y del exceso de
512 DESAMPARADOS LLOMBART BOSCH

sujetas a programas de abandono de cultivos, y en general toda práctica de producción


compatible, no solo con las exigencias de una producción económicamente rentable,
sino también ecológicamente protectora o al menos conservadora de los espacios
naturales.
2.- Agricultura de calidad: a fin de proteger la salud de los consumidores, hay
que potenciar en la U.E. una verdadera política agroalimentaria basada en fomentar las
cualidades de los productos agroalimenticios, practicando la diversificación de las
primeras materias, introduciendo nuevas producciones alimentarias y no alimentarias,
y así dotando de unas nuevas perspectivas a los agricultores garantizando, en los mer-
cados, la naturaleza y origen de las producciones y artículos agroalimentarios, protegi-
dos con signos de calidad, de denominación de origen genérico, específicas con
información clara en su etiquetaje, a fin de que el consumidor conozca todos los datos
de su cultivo, crianza y elaboración.
3.- Una agricultura diversificada que potencie y sostenga el mundo rural.
Generadora de nuevos empleos y nuevos sistemas de ingresos , en las zonas rurales; la
protección del medio ambiente no solo se vincula a sus aspectos físico/biológicos: no
podemos olvidar ni perder de vista el medio ambiente humano, recreado por las
generaciones que nos han precedido en Europa y en España, en particular.Hemos go-
zado y aun gozamos de un modo de vida campesino rico en matices biogenéticos
autóctonos y de un conjunto de tradiciones culturales únicos : la cultura del vino, por
ejemplo, ha presidido durante siglos, la vida, el trabajo y los modos de cultivo y hasta
las fiestas y tradiciones de muchas comarcas rurales Europeas; esas tradiciones han
marcado senderos imborrables, e identificadores de lugares, pueblos y comarcas, que
son un patrimonio genético de la humanidad y que hemos recibido como herencia e
integrado como proceso vital básico, en nuestra propia cultura urbana, por lo que
tenemos la obligación de defender su conservación y de trasmitirla a las generaciones
futuras.
4.- Como preconiza la Agenda 2000 “se impone adoptar un enfoque integrado
del desarrollo de regiones con retraso estructural....” por lo que “cada región debe ser
atendida en función de sus necesidades específicas y de las prioridades Comunitarias.....”
Insistiendo en la mejora de la competitividad , condición indispensable para la creación
y el mantenimiento del empleo” (8)
Estas actuaciones se concretan, en favorecer el desarrollo de la vida rural y su
mantenimiento en zonas más abandonadas, despobladas o desfavorecidas por su altitud
o climatología adversas; en potenciar la agricultura multifuncional, fuente de empleos
alternativos; en apoyar las rentas de ciertas zonas, en las que el agricultor, no sólo es
productor económico, sino realiza funciones de cuidador de la naturaleza, en ayudar al
agricultor/ganadero que produzca cultivos o ganaderia más natural o biológica,
productos sin abonos químicos o crie razas autóctonas con peligro de extinción etc.Así
como en favorecer la mejora de las infraestructuras, introducir innovaciones , apoyar a
la mediana y pequeña empresas del entorno y en especial en la potenciación de los
recursos humanos del mundo rural.
514 DESAMPARADOS LLOMBART BOSCH

Los beneficiarios que son agricultores propietarios o arrendatarios de las tierras


de cultivo, y por lo tanto, empresarios agrarios, excepto los beneficiarios de las medi-
das de formación a las que pueden acceder todos los interesados, y entidades asociativas
especialmente diseñadas a estos fines, deben comprometerse y aceptar determinados
requisitos, tales como por ejemplo, en las ayudas a la agricultura extensiva, no deberán,
en cinco años, realizar cultivos herbáceos en una superficie de al menos 5 Has. que
puede aplicarse rotatoriamente entre toda la superficie total de la explotación (sin con-
siderar los abandonos de cultivo derivados de otras acciones, por ejm. del Reglamento
(1765/92), ni proceder a la quema de rastrojos, ni utilizar abonos y productos
fitopatológicos de origen químico etc..
Y en el fomento de las razas autóctonas en peligro de extinción, se deben com-
prometer a mantener, incrementar y mejorar el censo ganadero de dichas razas, mientras
que en el fomento de la agricultura ecológica el compromiso se basa en no emplear ni
abonos ni otros productos químicos para el control de plagas y enfermedades, utilizan-
do sólamente aquellos métodos propios de la agricultura ecológica, obteniendo su
inscripción en la D.O. correspondiente. Tambien deberán estos agricultores mantener
la fertilidad del suelo, sólo con el cultivo de leguminosas, abonos verdes y orgánicos.

II.2.- La compatibilización de la agricultura con un medio natural específico de


ciertas zonas.
En cumplimiento del citado Reglamento C.E. 2078/92 ya citado y para proteger
ciertas zonas y parajes del Pais, se establecen una serie de ayudas que cubren los obje-
tivos, previstos por el Reglamento y regula en el R.D. número 928/1995 de 23 de junio
un régimen de fomento del uso en determinados humedales de métodos de producción
compatibles con la protección del medio ambiente y con la conservación del espacio
natural y de las aves silvestres.
Las ayudas se establecen a los siguientes objetivos:
a) Colaborar con los cambios previstos en las O.C.M., tal como ya hemos visto
en el R.D. anterior.
b) Contribuir a la conservación de ciertos humedales españoles (Lista en Anexo
I) de importancia internacional (36 humedales incluidos en la Convención de Ramsar).
c) Promover y mantener las zonas de especial protección para las aves silvestres
(ZEPAS), también delimitadas en el Anexo 2× del R.D. que citamos.
Dichas acciones, lo son para España de lo ordenado en la Directiva 79/409 CEE
del 2 de abril transpuesta al ordenamiento interno español por Ley 4/1989 de 27 de
marzo y de la Directiva 92/43 CE de 21 de mayo relativa a la conservación de los
habitats naturales y de la flora y fauna silvestres, y ello en atención a su gran fragilidad
y valor desde el punto de vista medio ambiental.
El fín de la concesión de estas ayudas es compatibilizar las producciones agríco-
las y ganaderas de dichos lugares con la conservación de estos espacios naturales por
medio de la potenciación de prácticas culturales más afines al medio en el que
desarrollan, tales como el control de los abonos y utilización de ciertos productos
fitopatológicos, reducción del empleo de los factores productivos etc... y al mismo
tiempo, compensar los esfuerzos de los agricultores de estas zonas por las pérdidas de
516 DESAMPARADOS LLOMBART BOSCH

II.3.- La protección del medio ambiente en las medidas sobre mejora de las
estructuras agrarias.-
El Real Decreto 204/1996 de 9 de febrero sobre mejoras estructurales y
modernización de las explotaciones agrarias mantuvo lo esencial del R.D1887/91 de
30 de diciembre que volvió a regular, para España, derogando el anterior R.D. ya
famoso, 8O8/87, las mejoras en la eficacia de las estructuras agrarias, recogiendo el
Reglamento CEE 2328/91 del Consejo sobre el tema, que a su vez derogó el también
famoso 797/85. En la actualidad también el Rgto.CE 2328/91, ha sido sustituido por el
Reglamento CE num. 950/97 del Consejo también llamado relativo a la mejora de la
eficacia de las estructuras agrarias. Este R.D 204/96 a raiz de la nueva regulación
comunitaria sobre la materia, ha sido ligeramente modificado por el R.D. num. 1153/
97 . No podemos olvidar que estas materias son objeto de regulación , en España, en la
Ley 19/95 de 4 de julio sobre modernización de las explotaciones agrarias.
El objeto de la reglamentación Comunitaria, así como de las disposiciones
españolas, es el de promocionar una acción comun a toda la Comunidad en apoyo de
ciertas inversiones realizadas por determinados titulares de explotaciones agrarias que
son beneficiarios de ayudas susceptibles o de cofinanciación por la Unión Europea, o
simplemente de naturaleza nacional, siempre a tenor de lo programado en dicho
Reglamento o en la Legislación estatal citada.
Segun el artículo 1 del citado Rgto. La acción común tendra por objetivos , entre
otros, como los de restablecer el equilibrio entre la producción y la capacidad del
mercado, los de consolidar y reorganizar las estructuras de la explotacionees así como
el de promover las actividades complementarias, y en especial al tema objeto de nuestro
estudio, las de “contribuir al desarrollo del entramado social de las zonas rurales,
garantizando a los agricultores un nivel de vida equitativo, que incluya la compensación
de los efectos de las desventajas naturales de las zonas agrícolas desfavorecidas,” así
como el “contribuir a la protección del medio ambiente y al mantenimiento del espacio
rural, incluida la conservación duradera de los recursos naturales de la agricultura”
(objetivos c y d del citado art. 1º). Integra este Reglamento las ayudas y subvenciones
a las llamadas zonas de montaña y desfavorecidas reguladas hasta el momento, funda-
mentalmente por la Directiva 75/268 del Consejo, elevando su regulación a categoría
de Reglamento.
Las inversiones objeto de ayudas, tanto a nivel Comunitario, como estatal, lo son
a los llamados planes de mejora a las explotaciones agrarias, a la primera instalación
de agricultores jóvenes, introducción de una contabilidad, creación de agrupaciones
de agricultores, servicios de gestión de explotaciones, así como el Titulo IX del
Reglamento que comentamos se dedica a las ayudas en beneficio de zonas agrícolas
desfavorecidas, regulando una indemnización compensatoria, a fin de asegurar la
continuidad de la actividad agrícola, y con ello la permanencia de un mínimo de
población o la conservación del espacio natural de ciertas zonas desfavorecidas . Se les
concede una indemnización compensatoria anual que se fijará en función de las
limitaciones naturales permanentes. (art. 17 Rgto.)
El R.D. 204/96 ya citado con sus recientes modificaciones señala, en su aplicación
al Estado español de la anterior reglamentación CE, las ayudas a las inversiones en las
518 DESAMPARADOS LLOMBART BOSCH

habiendo sido derogado por el R,D,num.152 de 1996 de 2 de febrero, por el que se


establecen: a) ayudas para fomentar inversiones forestales en explotaciones agrícolas
y b) acciones de desarrollo de bosques en zonas rurales.
Según explica la exposición de motivos del citado R,D. “la política forestal en
España, constituye un instrumento fundamental para la obtención de productos
forestales, la conservación del medio ambiente, el control de la erosión hídrica, la
protección del agua, el ciclo hidrológico, la promoción de la diversidad de la flora y de
la fauna, la conservación del clima y la calidad del aire, la reutilización forestal del
suelo agrícola excedentario y la generación de empleo en el mundo rural. “ A estos
fines y teniendo en cuenta la normativa de la CE, esta regulación busca conseguir que
“las funciones del sector forestal en Eapaña, en su doble vertiente de conservación del
medio natural y de la producción de productos forestales de los que es deficitaria,
alcancen el desarrollo necesario”.
Con objeto de cumplir dichos fines, se propone (art. 3º: Objetivos):
l.- Disminuir el impacto negativo que puedan producir en las rentas de las
explotaciones agrarias los cambios previstos en el contexto de la reforma de las OCM.
2,- Diversificar las actividades de las personas que trabajan en la agricultura y
contribuir a que la forestación sea una buena fuente alternativa de renta, teniendo en
cuenta el valor y el plazo de los ingresos generales del bosque y de las explotaciones
agroforestales.
3,- Efectuar una restauración forestal que permita la implantación de masas
forestales adecuadas a los correspondientes ecosistemas, alcanzando un volumen que
permita su gestión racional.
4.- Contribuir a la reducción del efecto invernadero y a la absorción de hidróxido
de carbono.
5.- Contribuir a la corrección de los graves problemas de erosión y desertificación
que sufren determinadas zonas españolas, así como a la conservación y mejora de
suelos-
6.- Contribuir a la conservación y mejora de la fauna, la flora y las aguas.
7.- Contribuir a la disminución del riesgo de incendios forestales.
8.- Mejorar a medio y largo plazo los recursos forestales contribuyendo a la
reducción del déficit de los mismos.
9.- Contribuir a una gestión del espacio natural compatible con el equilibrio del
medio ambiente, favoreciendo el desarrollo de ecosistemas forestales beneficiosos para
la agricultura.
Como podemos observar, se dan objetivos económicos, tales como los de
disminuir el impacto negativo de las reformas sucesivas de la PAC en las rentas de los
agricultores, o el de diversificar las actividades en la agricultura, o mejorar los recur-
sos forestales, pero los que más destaca el citado R.D. son los objetivos ecológicos,
tales como la restauración forestal, la corrección del efecto invernadero, de la
desertización, la mejora de la flora/fauna, del sistema hidrológico, y en definitiva, el
de contribuir a una nueva forma de gestión mejor adaptada a la protección y conservación
del medio ambiente, incrementando el desarrollo de los espacios forestales, que a su
vez, serán beneficiosos para la agricultura y el mundo rural.
520 DESAMPARADOS LLOMBART BOSCH

este Reglamento, y hasta prohibe el uso de ciertos productos químicos de síntesis,


ampliamente utilizados en la actual agricultura intensiva, estableciendo un conjunto
de normas sobre presentación, etiquetado, producción, control e importación/
exportación hacia países terceros de los productos procedentes de la agricultura ecoló-
gica.
Los objetivos, para España, transcritos en este R.D. son:
- La creación de un órgano superior de asesoramiento denominado «Comisión
Reguladora de la Agricultura Ecológica (CRAE). (art.7).
- Se señala el modo de identificación de los productos cultivados, criados o fa-
bricados con sistemas o métodos ecológicos de producción, utilizando los vocablos
«ecológicos», «biológicos», «orgánico» etc..

- Se prohibe la utilización, en otros artículos agroalimentarios, de cualquier


terminología que cree confusión a los consumidores, tale como al tipo de, al estilo de,
al gusto de, u otros análogos (art. 5º).
En relación a las diferentes explotaciones/tipo en las que predominan estas ca-
racterísticas ecológicas, podríamos identificar en el contexto de la regulación vigente
sobre la materia, tanto del Real Decreto que comentamos, como el ya comentado R.D.5l/
l995, que establece ayudas para fomentar, entre otras, este tipo de agricultura.
Establecemos la siguiente clasificación:
a) Empresas agrícola/ganaderas productoras de materias primas biológicas o eco-
lógicas.
Entre las mismas aventuramos las siguientes clases:
l.- Empresas agrícolas que cultiven productos vegetales no empleando abonos
químicos, salvo los excepcionales y con autorización del órgano competente (salvo
abonos orgánicos, estiércol etc..).Las mismas, no deben en sus producciones mezclar
los cultivos biológicos con los no biológicos de la misma especie, en su propia
explotación, ni emplear productos fitosanitarios químicos, salvo los autorizados.
Además deben utilizar, en las prácticas culturales, los métodos que se señalen o por su
Consejo Regulador, o por la normativa vigente al respecto.
A partir de este grupo, se podrían identificar, según producciones o cultivos, las
siguientes clases de empresas:
- Las dedicadas a cultivos herbáceos ecológicos, tanto de secano como de regadío.
- Las empresas ganaderas, con pastos ecológicos (en secano o regadío) en régimen
extensivo y con una carga ganadera determinada.
- Empresas ganaderas productoras de ganado lanar autóctono y en peligro de
extinción.
- Cualquier empresa horto-frutícola productora en régimen ecológico, y bajo las
características que hemos citado, de todo tipo de cultivos de verduras, frutas y
leguminosas, tanto en régimen de secano, regadío o en invernadero, bajo plásticos
etc...
2.- Empresas e industrias agroalimentarias cuyos productos estén compuestos
esencialmente por uno o más ingredientes de origen vegetal, así como productos que
contengan ingredientes de origen animal, siempre que hayan sido controladas, en su
522 DESAMPARADOS LLOMBART BOSCH

concesión de la etiqueta ecológica.


Corresponderá, a las C.C.A.A. el designar los organismos competentes para faci-
litar el logotipo indicativo a nivel de la Unión Europea, del origen y naturaleza del
artículo, a productores industriales y agro-alimentarios interesados y se establecen unas
condiciones a efectos de su otorgamiento.

III.- LAS NORMAS DE LAS COMUNIDADES AUTONOMAS SOBRE LA


AGRICULTURA ECOLOGICA.
Como ya hemos comentado, en España la Comunidades Autónomas gozan de
competencias sobre estas materias. Para terminar esta Comunicación haremos referencia
como ejemplo de compatibilidad entre ordenación agrícola y medio ambiente, a la Ley
de Extremadura de 26 de noviembre de l992 sobre «Fomento de la agricultura ecoló-
gica, natural y extensiva» como ya hemos citado. Terminaremos esta exposición con
una enumeración de la reglamentación más destacada sobre la materia en la Comunidad
Valenciana.

III.l.- Ley de la Comunidad de Extremadura de 26 de noviembre sobre «Fomen-


to de la Agricultura Ecológica, Natural y Extensiva.
En ella se parte de ordenar los sistemas productivos en grandes unidades
identificación de los productos y cultivos, clasificándolos del modo siguiente:
a) Dehesa (14); b) el regadío tradicional, o el creado a raíz de las grandes obras
de infraestructuras (conversión de secano en regadío); c) Tierras dedicadas a cultivos
extensivos: olivar, viñedo, cereales etc. d) Montes y terrenos forestales.
A partir de estos sistemas, se identifican los siguientes modelos productivos: 1.-
Agricultura y ganadería intensiva. 2.- Agricultura y ganadería semi-extensiva y exten-
siva; 3.- Agricultura y ganadería ecológica; 4.- Productos silvestres; 5.- Otras agricul-
turas alternativas.
De entre todas ellas, la ley se preocupa, en regular y promocionar la agricultura
ecológica y la natural y extensiva. Esta última es definida como « aquella que sin ser
clasificada de ecológica, obtenga su producción mediante prácticas que tienen una
positiva influencia sobre el medio ambiente y sobre la conservación de los recursos
agrarios, y que no utiliza medios de cultivos intensivos» Al valorar un tipo de agricul-
tura mas adaptada al medio ambiente, está defendiendo, no sólo los típicos valores
ecológicos, sino también las prescripciones de la PAC, tal como se señala en el
Preámbulo que recoge las siguientes razones justificativas:
- El aumento de la demanda de productos ecológicos y más naturales.
- El seguimiento a las prescripciones de la PAC.
- La cooperación al mantenimiento de un medio ambiente más cuya protección y
legado a las generaciones futuras compete a los poderes públicos.
- El sostenimiento del paisaje, que está sufriendo un deterioro a menudo
irreversible... etc todo ello obliga a arbitrar los medios yh medidas oportunas para
mantener a la población rural en su hábitat, mejorando sus condiciones de vida y renta,
a la vez que haciendo más viables las prácticas agrícolas en dichos entornos, y ello por
medio de modelos propios «mejor adaptados a las condiciones físicas y sociológicas e
524 DESAMPARADOS LLOMBART BOSCH

Notas

(1).- Definición extractada de la Sentencia del Tribunal Supremo de 26-XII-1992.


(2).- Conferencia celebrada por la F.A.O., en los Paises Bajos en 1991.
(3).- En «más allá de la utopía.»
(4).- La Cumbre de Rio. Agenda 21. traducción publicada por el M.A.P.A. Tomo II. Los capítulos que
interesan, en relación a las medidas que se propusieron en medio ambiente, agricultura son los siguientes:
1) Fomento del desarrollo sostenible de los recursos humanos; pgs. 44 y ss. 2) cap. 10. Enfoque integrado
de la planificación y la ordenación la de los recursos de tierras. pg. 76 y ss. 3) Cap. 11. Lucha contra la
deforestación; 4) Cap. 12: Ordenación de los ecosistemas frágiles lucha contra la desertificación y la
sequia, pgs. 90 y ss.; 5) Cap. 13, Ordenación de los ecosistemas frágiles: desarrollo sostenible de las
zonas de la montaña. pg. 100 y ss.; y sobre todos, Cap.14, Fomento de la agricultura del desarrollo rural
sostenible, pgs. 105 y ss. etc...
(5).- “Agenda 2000 . Por una Unión más fuerte y más amplia”. Documento presentado por la Comisión al
Consejo de la Unión Europea. 15 de julio de 1007. Com. 97.2000 final. Pg. 12.
(6).- En este sentido, Jaime Aparicio Grau, en su trabajo «Agricultura Ecológica» pg. 7 Inédito.
(7).- En el «Seminario Internazionale Jean Monnet San Venanzio» Se defendióun «Progetto Camerino per
la reforma della PAC. (Contributo de la Cátedra Camerti alla CIG 1996. Camerino 20-maggio. Pgs. 1 a
13.
(8).- Op. Cit. Pg. 18.
(9).- Agricultor profesional, según el artículo 1º, párrafo 5º es « la persona física que siendo titular de una
explotación agraria, al menos, el 50% de su renta total la obtiene de actividades agrarias u otras
complementarias, siempre y cuando la parte de renta procedente directamente de la actividad agraria
realizada en su explotación no sea inferior al 25% de su renta total y el tiempo de trabajo dedicado a
actividades agrarias o complementarias sea superior a la mitad de su tiempo de trabajo total. A estos
efectos se consideran actividades complementarias la participación y presencia del titular, como
consecuencia de elección pública, en Instituciones de carácter representativo, así como en órganos de
representación de carácter sindical, cooperativo o profesional, siempre que éstos se hallen vinculados al
sector agrario; las actividades de transformación y venta directa de los productos de su explotación y las
relacionadas con la conservación del espacio natural y protección del medio ambiente, al igual que las
turísticas, cinegéticas y artesanales realizadas en su explotación.» Y agricultor a título principal, lo será
«el agricultor profesional que obtenga al menos el 50% de su renta total de la actividad agraria ejercida en
su explotación y cuyo tiempo de trabajo dedicado a actividades no relacionadas con la explotación sea
inferior a la mitad de su tiempo de trabajo total»:
(10).- Sobre el tema tuve ocasión de tratar en mi Relación Nacional a la mesa Redonda sobre «La protección
de la calidad de los productos agro-alimentarios por medio de signos distintivos», en el que se hizo el
análisis del derecho español , en el XVII Congreso Europeo de Derecho Rural. Celebrado en Interlaken,
Suiza. Septiembre, 1993.
(11).- La regulación de las D.O. se rige por el Estatuto de la Viña, Vino y de los Alcoholes dictado por la
Ley de 2-10-1970 y por su Reglamento de 23-3-72. Título III sobre «Protección de la calidad». Aunque
en un principio se inició el sistema con los vinos y productos vínicos, más apoyados en la disposición
adicional quinta, en la cual se daba una autorización al Gobierno para que... pueda hacer extensivo lo
establecido en los arts. 95 y ss. de esta Ley a aquellos productos agrarios cuya protección de calidad
tenga especial interés económico o social», se han ido regulando las sucesivas D.O. de productos no
vínicos.
(12).-»En Prácticas ecológicas para una agricultura de calidad». Actas del I Congreso de la Sociedad Española
de Agricultura Ecológica. S.E.A.E. Toledo, 28-29 de septiembre de 1.994. Edita: Servicio de Extensión
Agraria. Ministerio de Agricultura y Medio Ambiente. Junta de Comunidades de Castilla-La Mancha.
(13).- «Agricultura Europea y Medio Ambiente: un porvenir fértil». Francois Roelants du Vivier. Asociación
Vida sana. Ministerio de Agricultura, Pesca y Alimentación. 1.988
(14).- Con el nombre de «Dehesa» se conoce a extensas fincas dedicadas a la explotación de ciertas especies
arbóreas autóctonas (encinas, alcornoques) y a un aprovechamiento ganadero en régimen extensivo (toros
de lidia, cerdo ibérico, oveja merina etc. Importancia de la caza en estas zonas).
528 NANCY LIDIA MALANOS

en los contratos, pero sólo cuando se provoque su erosión o agotamiento dejando


fuera de la normativa a la degradación, contemplada anteriormente y que implica,
según la definición del decreto reglamentario, “la pérdida del equilibrio de las
propiedades físico-químicas del suelo que lo hacen apto para el cultivo originada en
prácticas o normas deficientes del manejo del suelo particularmente relacionadas con
el régimen hidrológico del mismo”4 . Descartándose la intervención del Estado en el
supuesto de explotación irracional, la norma se limita a señalar las acciones que
corresponden a las partes y así en el caso que el arrendatario violase la prohibición
impuesta, el arrendador puede rescindir el contrato o solicitar judicialmente el cese
de la actividad prohibida pudiendo reclamar en ambos casos los daños y perjuicios
ocasionados. Si en cambio la erosión o agotamiento sobrevinieran por caso fortuito o
fuerza mayor, la ley faculta ahora a cualquiera de las partes a declarar la rescisión
del contrato.-
Resulta conveniente aclarar, si bien surge del contenido de la norma desarrollada,
que por ser ésta una ley de “Arrendamientos Rurales y Aparcerías”, sólo se contempla
la prohibición de explotar irracionalmente la tierra cuando la explotación tiene lugar
como consecuencia de uno de los contratos regulados por la misma, es decir cuando
sea llevada a cabo por el arrendatario o aparcero.-
Completando entonces este esquema, la ley enumera entre las obligaciones a
cargo del arrendatario, también extensivas al aparcero, la de “dedicar el suelo a la
explotación establecida en el contrato” pero siempre “con sujeción a las leyes y
reglamentos agrícolas y ganaderos”, de lo que se infiere que el arrendatario, o aparcero
en su caso, realizarán esos cultivos en la medida que no se origine su erosión ni
agotamiento porque así lo dispone el art. 8º inspirado, como se dijera, en el interés
superior de la conservación del suelo 5 . Y con la misma finalidad les impone la
obligación de “mantener el predio libre de plagas y malezas si lo ocupó en esas
condiciones y contribuir con el 50 % de los gastos que demande la lucha contra las
mismas, si éstas existieran al ser arrendado el campo”, en cuyo caso el arrendador
deberá soportar el 50 % restante.-

2.- El plazo mínimo. Los contratos accidentales por cosecha y los llamados
“pools de siembra”.

Pero también la ley fija un plazo mínimo legal, actualmente reducido a 3 años,
entre cuyos fundamentos no puede dejar de señalarse el vinculado con la necesidad de
garantizarle al productor la estabilidad suficiente para poder encarar su actividad en
forma racional sin que se vea obligado a obtener todo el beneficio posible en el menor
tiempo, como era de rigor cuando por aplicación del Código Civil 6 se consentían los
contratos anuales.-
Ya las primeras leyes en materia de arrendamientos rústicos tuvieron la virtud
de advertir este problema estableciendo un plazo mínimo, si bien en ese primer mo-
mento de nuestra legislación funcionaba sólo de modo opcional para el arrendatario,
comenzando además a excluirse de la regulación, a partir de 1932 con la ley 11.627,
aquella actividad considerada meramente circunstancial; en tal sentido la ley se refería
530 NANCY LIDIA MALANOS

estacionales (de corta duración), por un año o un cultivo, al no favorecer la estabilidad


de la relación dueño de la tierra-contratista11 , atenta contra cualquier programa de
conservación del suelo”; pudiendo sin dudas agregarse a esta relación dueño de la
tierra-contratista, la de los dueños de la tierra-contratos accidentales y abarcar también
a todos aquellos propietarios que no siendo productores sólo se limitan a usufructuar
la renta del suelo con total despreocupación por su conservación12 .-
Pero además, este panorama que por cierto es preocupante y que se muestra a
través de recientes estadísticas con un sostenido aumento de la contratación accidental
del orden del 22% 13 (y paralelamente y con relación a la erosión de los suelos la
pérdida se traduce en mil millones de dólares anuales), se agrava hoy en día con el
auge, al menos en nuestra zona de la Pampa Húmeda, de una nueva modalidad con-
tractual, los Fondos Comunes Cerrados de Inversión Agrícola 14 o más comúnmente
llamados “Pools de Siembra”. Se trata de contratos que, si bien en su casi totalidad
no hacen más que esconder simples contratos accidentales por hasta dos cosechas,
presentan la particularidad de una parte arrendataria económicamente poderosa y
conformada por un grupo de inversionistas que previamente han constituido
contractualmente, y de conformidad con las disposiciones legales respectivas, un Fondo
Común de Inversión. Esta particularidad a la que hacemos referencia merece aunque
más no sea un breve análisis puesto que evidencia, al margen de un cambio en la
concepción del arrendatario como la parte económicamente más débil de la relación
contractual (incluso el propietario en algunas oportunidades no sólo se limita a ar-
rendar su tierra sino que además presta su trabajo al grupo inversionista arrendatario
produciéndose una relación un tanto particular y compleja), la existencia de dos
situaciones diferentes que deben ser tenidas en cuenta conjuntamente por acarrear
una misma consecuencia.-

Es decir, por un lado, el hecho que el propietario del predio reciba el importe
por adelantado y con márgenes muy superiores a los que podría obtener trabajando
personalmente su tierra o a través de una contratación accidental (diríamos) “tradicio-
nal” y, por el otro, que la parte arrendataria sólo busque, mediante el uso indiscriminado
de agroquímicos, obtener al finalizar la operatoria una ganancia que justifique la
inversión inicial, desinteresándose todos por igual del aspecto conservacionista y olvi-
dando lo que el empobrecimiento del suelo significará tanto para el propietario como
para el grupo de inversores que al cabo de tres o cuatro años se verá ante la necesidad
de buscar nuevas tierras para poder cultivar.-
Pasando ahora a un enfoque más global de este problema, no podemos dejar de
reconocer que, paradójicamente, esa mayor presión ejercida sobre nuestros suelos,
pese al creciente riesgo de erosión y degradación al que venimos aludiendo, se ha visto
traducida, al menos en la última campaña, en una cosecha récord de cincuenta millones
de toneladas. Estos rendimientos, por demás de promisorios para la economía argenti-
na y que se espera irán en aumento en los próximos años, son por otra parte estimula-
dos por cifras que, a nivel mundial nos acercan a la realidad de un desmesurado
crecimiento de la población y de una duplicación, entre los años 1990 y 2030, de la
demanda agroalimentaria, aumento que según las proyecciones será mayor en aquellos
532 NANCY LIDIA MALANOS

división excesiva de la tierra, ya sea por actos inter vivos o mortis causa, cuando ello
convierta en antieconómico su uso y aprovechamiento. De esto resulta que no deberá
autorizarse la división en fracciones que no permitan realizar una explotación
adecuada, y por ende cubrir las necesidades de la familia agraria y la evolución
favorable de su empresa, es decir en fracciones que no alcancen la superficie mínima
de la unidad económica, ya que lo contrario conduce inexorablemente al agotamiento
del suelo.-
Pero en definitiva la ley que declara de “interés general la acción privada y
pública tendiente a la conservación y recuperación de la capacidad productiva de los
suelos” cuando en realidad debiera haber declarado de orden público esta tarea por
estar comprometido el futuro económico de la Nación17 , se instrumenta sobre la base
de la constitución de Consorcios Voluntarios de Productores. Consorcios que se
integrarán en aquellas zonas que por razones de necesidad o conveniencia hayan sido
declaradas Distritos de Conservación, pudiendo igualmente serlo a pedido de los
mismos productores quienes someterán a la autoridad de aplicación la aprobación de
sus planes y programas conservacionistas18 .-

Las provincias, a su turno, han manifestado un comportamiento diferente fren-


te al sistema de adhesión previsto en el artículo 2º.-
Así Buenos Aires en su nuevo Código Rural, refiriéndose a la conservación de
la propiedad rural, establecía ya en 1970 un regimen diferente en cuanto otorga al P.E.
funciones de control el que, además, deberá establecer normas obligatorias para el
mejor aprovechamiento de la fertilidad y para fijar regimenes de conservación pudiendo
declarar de utilidad pública y sujetas a expropiación, entre otras, las tierras de propiedad
privada erosionadas, agotadas o degradadas, cuya disponibilidad queda sujeta a la
aplicación de planes de recuperación debiendo efectuarse la explotación únicamente
bajo regimenes conservacionistas.-
Otras, tal el caso de Entre Ríos y Santa Fe han dictado su propia legislación con
posterioridad a la ley nacional yendo más allá de las simples reglas de fomento, breve-
mente comentadas, instituyendo un sistema obligatorio.-
En lo que respecta a la ley santafesina de Conservación y Manejo de Suelos19 ,
diremos que acertadamente comienza por declarar de orden público, en todo el
territorio provincial, el control y prevención de todo proceso de degradación de los
suelos, la recuperación, habilitación y mejoramiento de las tierras para la producción,
como así también la promoción de la educación conservacionista. Además, declara a
todos los suelos de la provincia sujetos al uso y manejo conservacionista,
estableciéndose gradualmente y de acuerdo con las necesidades del caso Areas de
Conservación y Manejo de Suelos 20 en toda zona donde sea técnicamente recomendable
emprender los respectivos programas, las que serán clasificadas en áreas de
conservación y manejo total o parcial, voluntario u obligatorio - según el tipo y
magnitud del problema que las afecta - y asimismo en áreas de tratamiento esencial o
integral de acuerdo con la intensidad del tratamiento que se determine.-
En base a esta clasificación, la ley instrumenta su accionar a través de distintos
estímulos como la exención o reducción del impuesto inmobiliario, subsidios, créditos
534 NANCY LIDIA MALANOS

seres humanos constituyen el centro de las preocupaciones relacionadas con el


desarrollo sostenible. Tienen derecho a una vida saludable y productiva en armonía
con la naturaleza”, ha permitido superar aquella concepción ecologista, que había
primado en Estocolmo en el ´72, para situar en igual plano y entrelazar el desarrollo
con la preservación del ambiente23 .-
Su artículo 41º, ubicado dentro de los “Nuevos Derechos y Garantías” consa-
gra entonces el precepto que establece que: “todos los habitantes gozan del derecho a
un ambiente sano, equilibrado, apto para el desarrollo humano y para que las actividades
productivas satisfagan las necesidades presentes sin comprometer las de las generaciones
futuras; y tienen el deber de preservarlo”... y agrega “Las autoridades proveerán a la
protección de este derecho, a la utilización racional de los recursos naturales, a la
preservación del patrimonio natural y cultural y de la diversidad biológica, y a la
información y educación ambientales. Corresponde a la Nación dictar las normas que
contengan los presupuestos mínimos de protección y a las provincias, las necesarias
para complementarlas, sin que aquellas alteren las jurisdicciones locales”.-
Sin entrar aquí en cuestiones, generalmente polémicas, de competencia
legislativa entre la Nación y las provincias diremos en cambio que de esta norma
surge con claridad la imperatividad de la legislación, por lo que la ley nacional de
Fomento de la Conservación de Suelos, a casi cuatro años de la reforma que se co-
menta, debiera haberse adecuado a la disposición constitucional para evitar que su
cumplimiento siga librado a la voluntad de los particulares ante la actitud meramente
contemplativa del Estado24 25 .-
Pero además de los enunciados legislativos necesarios, habrá que tener presen-
te que si bien las palabras tecnología, conservación, sustentabilidad y otras tantas
expresiones que se utilizan son palabras o expresiones llenas de contenido, esta sola
circunstancia no las convierte en mágicas, cuando en realidad lo que resulta
indispensable para el productor es contar con adecuadas políticas públicas que le
permitan llevar adelante, con una moderna tecnología, la concreta y correcta
instrumentación de los programas conservacionistas en el marco de una agricultura
sustentable.

Notas
1 Las leyes anteriores, la 11.170 de 1921 y la 11.627 del ´32, si bien inauguraron en nuestro país la legislación
agraria que regularía en forma particular la explotación agropecuaria cuando ésta se llevara a cabo
indirectamente, es decir mediante arrendatarios, aparceros y medieros, fueron incorporadas al Código
Civil. En 1948 se entendió que la nueva legislación que se proyectaba, inspirada en la tutela de la producción
y en la protección de la familia agraria, para poder cumplir con los objetivos propuestos, debía constituir
un conjunto de normas independientes del régimen civil estructurado por Vélez Sársfield que, sobre la
base del principio de la autonomía de la voluntad había permitido la explotación del agricultor descuidando
el aspecto técnico, económico y social de la actividad rural. Por ello, aquellas convenciones que hasta ese
momento habían sido utilizadas conspirando contra los principios enunciados fueron declaradas nulas y
sin valor; ver: Brebbia Fernando P. - Malanos Nancy L., Tratado Teórico Práctico de los Contratos Agrarios,
Rubinzal-Culzoni Editores, Santa Fe, 1997, p.29 y 32.
2 El citado artículo se ocupaba entonces de prohibir toda explotación irracional del suelo que originara su
536 NANCY LIDIA MALANOS

Bilbao Vizcaya, España, p. 90- deben ser coherentes con los tipos de pastizales que se utilizan, ni aquellas
razones de orden técnico a las que aludía la antigua reglamentación.
10 El INTA, creado en 1956, tiene como finalidad impulsar y vigorizar el desarrollo de la investigación y
extensión agropecuarias y acelerar con los beneficios de estas funciones fundamentales la tecnificación y
el mejoramiento de la empresa agraria y la vida rural.
Se hace referencia en el texto a los informes 240 y 259 “Formas de producción en el área maicera tradicional
argentina” e Informe nº 268 “Nuevas estrategias de producción y su relación con el recurso suelo”.
11 Cuando se habla del contratista rural se hace referencia a quien toma a su cargo, en un predio cuya
tenencia, posesión o propiedad pertenece a otro, la realización de una o más tareas culturales, o su
totalidad, con maquinarias y mano de obra propia o ajena que dispone, sin mediar relación de dependencia
y percibiendo como retribución un precio en dinero, un porcentaje de los frutos obtenidos, o una cantidad
fija de los mismos; así lo define el Anteproyecto de Ley General de Contratos Agrarios, op. cit., p. 83.
12 Ver, Brebbia Fernando P., Anteproyecto de la Ley General de Contratos Agrarios, op. cit., específicamente
su cita 4, p.15.
13 Los datos publicados por el diario La Nación, Bs.As., 21-6-97, indican que las superficies explotadas en
Argentina por no propietarios alcanzan al 39%, cifra que se descompone del siguiente modo: 17% a
través de contratos de arrendamiento rural o aparcerías y el 22% mediante contratos accidentales.
14 La ley 24.441/94 que modifica a la 24.083/92 es la que regula a estos “Fondos” al haber introducido la
posibilidad de su constitución con objetos específicos de inversión. Los Fondos Agrícolas que se encuentran
dentro de los objetos especiales de inversión deben ser “cerrados” , es decir que éstos deben constituirse
con una cantidad máxima de cuotas partes las que una vez colocadas no podrán ser rescatadas sino hasta
finalizar con el Plan de Inversión; Ver: Brebbia F. - Malanos N. , Tratado Teórico Práctico. . ., op.cit., p.
355 y ss.
15 El acuerdo define y agrupa a las políticas de ayuda teniendo en cuenta que éstas sean permitidas, de
eliminación progresiva o prohibidas. Las primeras, excluidas lógicamente de los compromisos de reducción,
tienen un efecto mínimo sobre el comercio internacional e incluyen servicios generales del gobierno,
como por ejemplo apoyos a la investigación y desarrollo, infraestructura y seguridad alimentaria, ciertos
sostenimientos a los ingresos de los productores desconectados de la producción, como algunas formas de
respaldo del ingreso de la población empleada en el sector agropecuario, o pagos directos en el marco de
programas ambientales y de asistencia regional; ver en Brebbia Fernando P. - Malanos Nancy L., Derecho
Agrario, Astrea, Buenos Aires 1997, p.690.
16 Así lo resolvió ya en 1922 la C.S.J.N. en el leading case “Ercolano c/Lanteri de Renshaw”.
17 Ver: Brebbia, F. - Malanos, N., Derecho Agrario, op. cit., p.249.
18 Dichos planes deberán ser elevados a la actual Secretaría de Agricultura, Ganadería, Pesca y Alimentación
y a su vez el Ministerio de Economía tendrá a su cargo la elaboración de un programa anual de promoción
y recuperación de los suelos que contendrá el monto del subsidio que se afecte a los planes aprobados.
19 Ley 10.552 / 91.
20 La autoridad de aplicación fija anualmente las superficies máximas a declarar conforme a la
reglamentación pertinente. También se prevé la declaración de Areas de Conservación y Manejo
Experimentales cuando a juicio de la misma autoridad no existan técnicas suficientemente probadas
para la solución de los procesos de degradación o para la determinación de tal condición, las que a su vez
tendrán los mismos beneficios que la ley establece.
21 Coscia Adolfo A., “Agricultura Sostenible” , Hemisferio Sur, Bs. As. 1993, p. 11.-
22 La implementación de un sistema de siembra directa, como sistema, es decir diseñando rotaciones de
cultivos y un adecuado manejo de rastrojos ha sido indicado unánimemente por nuestros técnicos como
un gran avance en el intento de detener la erosión y la pérdida de la calidad de la tierra. y ésto porque al
mantener en forma permanente la cobertura del suelo hace posible conservar su humedad, aumentar
progresivamente el contenido de materia orgánica y evitar su mineralización por efecto de las altas
temperaturas, lográndose de este modo mantener la fertilidad del mismo, resultados que no se obtienen
con el esquema tradicional de laboreo-implantación de praderas que nunca alcanza los niveles originarios
de fertilidad. En Argentina la siembra directa pasó de un porcentaje del 0,4% de la superficie agrícola en
la campaña 1989/90 al 15,4% en la del 96/97 y para la actual se estima que la superficie en siembra
directa supere los 5 millones de hectáreas por lo que el porcentaje alcanzaría el 20%, diario La Nación,
Bs.As., 21-2-98, p.8.
23 Bustamante Alsina, Jorge, La calidad de vida y el desarrollo sustentable en la reciente reforma
540 ISABELLE COUTURIER

difficiles à acheter seul, et incontournables dans la mesure où l’outillage se révèle


faiblement polyvalent. De plus, il faut regrouper des compétences, des disponibilités
ou des volontés de s’engager dans de nouvelles pratiques. L’amateurisme et la mauvaise
évaluation du temps de travail (toujours évalué trop faiblement, conduisant au
surmenage et à la dispersion) sont en effet des menaces sérieuses pesant sur l’issue des
projets de diversification. Un croisement de compétences et une organisation collective
sont de nature à donner de plus grandes chances de réussite à l’organisation des activités
diversifiées. Par ailleurs, il commence à être manifeste qu’une diversification isolée
est toujours beaucoup plus fragile qu’une action collective. Ceci pour deux raisons.
D’abord parce que l’échange d’expériences est très utile pour équilibrer les organisations
envisagées, en particulier lorsqu’il s’agit d’entreprendre des productions inédites ou
de construire des systèmes complexes. Ensuite parce qu’une action concertée permet
d’éviter certaines concurrences stériles, l’encombrement d’un créneau étroit, susceptible
de ruiner tous les participants ; enfin, l’engagement collectif permet de déployer des
synergies et de construire une offre plus structurée, plus complète au consommateur
(par exemple, une offre de produits plus large et régulière, ou un produit touristique
plus complet).
Dès lors, il convient de vérifier si ces stratégies de diversification parviennent à
s’inscrire dans les innombrables formules collectives utilisées en agriculture. Il y a
parmi celles ci des structures de droit commun, mais surtout des personnes morales
spécifiquement créées pour l’agriculture ; elles ont été conçues pour soutenir le
développement d’une agriculture modernisée et le revenu des exploitants. Il n’est pas
certain les agriculteurs qui veulent aujourd’hui diversifier pour encore tenter d’améliorer
leurs revenus trouveront dans ces cadres collectifs un soutien toujours bien adapté. En
effet, de manière générale, la diversification est bien un mode d’exploitation renouvelé
qui ne s’inscrit dans les structures de droit rural qu’avec difficulté. La compatibilité de
la démarche de diversification avec chacune des structures collectives doit être mesurée,
en s’interrogeant sur l’opportunité de revoir ces cadres juridiques en fonction de
l’évolution des pratiques.
On constate dans la réalité l’existence de deux grandes catégories de solutions :
le maintien de l’exploitation agricole en y intégrant une part de diversification gérée
comme et avec l’activité de production (I) ; ou bien l’isolement des pratiques diversifiées
dans une structure collective distincte de l’exploitation classique (II).

L’EXPLOITATION DE GROUPE ET LA DIVERSIFICATION

L’exploitant agricole français est caractérisé par une ambivalence. Il est d’une
part soucieux, voire jaloux de son indépendance ; il est traditionnellement désireux de
conserver une exploitation individuelle garantissant son autonomie familiale. Mais il
est d’autre part tout aussi traditionnellement solidaire, prêt à apporter une aide à son
entourage familial, son voisinage comme il est préoccupé du devenir de sa profession ;
il s’engage ainsi volontiers dans des actions collectives pour chacun de ces objectifs.
Sur ce constat, le législateur a conçu un éventail large de formules permettant différentes
formes d’exploitation collective, offrant des solutions plus ou moins intégrées.
542 ISABELLE COUTURIER

service s’apprécie bien au regard de l’activité menée dans l’exploitation, dans son
rapport d’accessoire.
Il persiste donc une incertitude sur ces échanges de services qui tendent à se
multiplier. Le fisc, la M.S.A et les concurrents constatent des participations à la
commercialisation ou à la transformation de la production, des prestations de réparation
de matériel, de construction. Ce sont eux qui sont susceptibles de réclamer une
interprétation des limites acceptables pour l’entraide agricole. Si celle ci reste restrictive,
il faudra refouler un grand nombre de ces pratiques dans le troc qui ne dispose d’aucun
cadre juridique et expose à bien des périls.
Cette menace est d’autant plus plausible que l’entraide peut devenir importante
en étant organisée par une association ou par des barèmes, institutionnalisant un
ensemble d’échanges hors droit. Il peut s’agir de banques d’entraide ou de cercles de
machines. Il convient d’en préciser les limites. La banque d’entraide permet de stabiliser
l’entraide dans la limite de sa définition. Par contre, le cercle de machines organise une
entraide payante. Sortant du cadre de l’article L325-1 du code rural, cette pratique est
regardée comme une source de bénéfices industriels et commerciaux pour chaque
exploitant participant et prestataire de services. Cette formule rencontre peu de succès
en France pour cette raison mais aussi parce qu’elle exige trois cents à cinq cents
adhérents pour être rentable.
Ceci permet de préciser que l’entraide, structurée ou non, ne peut être regardée
comme un moyen de diversifier, en exploitant ses capacités personnelles et matérielles
à l’extérieur de l’exploitation chez des voisins plus ou moins proches . Aucun paiement
ne doit être reçu sauf dans des proportions réellement accessoires. Au delà, il s’agit
d’une activité commerciale dont il faut alors respecter le régime.

2.Les structures complémentaires


Les coopératives d’utilisation de matériel agricoles : C.U.M.A, sont des structures
permettant de trouver un soutien structuré en personnel ou en matériel en gardant une
exploitation autonome. Le matériel est la propriété de la C.U.M.A, le personnel éventuel
employé par la C.U.M.A, et l’objet du groupement est de permettre l’utilisation en
commun des machines, des bâtiments et d’offrir des services pour faciliter l’activité
économique agricole des agriculteurs qui y adhèrent.
La diversification peut être interprétée comme un renouvellement des produits
cultivés ; la C.U.M.A peut en conséquence être sollicitée pour la mise en place de ces
nouvelles productions, ce qui ne pose aucun problème de droit (par exemple, la mise
en place de cultures sous plastiques) ; mais s’il s’agit d’un renouvellement des activités,
il peut être demandé à la C.U.M.A d’acheter un matériel de conservation, de nettoyage,
ou de conditionnement, ou de transformation. Ici des difficultés existent ; des agréments
ont en effet pu être refusés pour de tels projets. Pourtant il s’agit bien de satisfaire des
besoins des exploitants dans la poursuite de la valorisation de leur production. Il faut
noter que la création d’une personne morale semble bien faire disparaître le lien
d’accessoire qui permet de considérer qu’une activité diversifiée est agricole pour un
exploitant donné ; de même, un matériel qui deviendrait agricole par sa destination
dans une exploitation garde dans le cadre social une nature industrielle ou artisanale.
544 ISABELLE COUTURIER

d’activité commerciale leur est aussi permise ; elles peuvent réaliser jusqu’à 30% de
leur chiffre d’affaires et 200000 francs de recettes en bénéfices industriels et
commerciaux (BIC) ou en bénéfices non commerciaux (BNC) qui sont dès lors taxés
en bénéfices agricoles. Il ne faut néanmoins pas considérer que cette limite fiscale
constitue un droit et une limite applicable également au régime juridique. Le droit
fiscal a une autonomie qui permet de laisser subsister éventuellement un décalage
entre le régime juridique des personnes et leur traitement fiscal.

2. Le régime juridique des sociétés d’exploitation agricole et leur diversification


Deux remarques s’imposent, soulignant les limites de structures prévues pour
l’activité agricole traditionnellement entendue, et peu favorables à la satisfaction des
besoins des entreprises diversifiées.
Quant aux apports, la souplesse est parfois insuffisante ; La réunion de capitaux
est contrôlée pour les sociétés agricoles, la crainte d’une association extérieure
défavorable pour l’agriculture reste importante ; les avantages consentis sont
conditionnés par une activité de producteurs au sens le plus classique.
Pour les G.A.E.C, société travailliste, chaque associé est tenu d’exploiter. Il y a
donc une limitation des apports qui ne peuvent être des capitaux extérieurs. En E.A.R.L,
les associés exploitants doivent détenir plus de 50% du capital. C’est en S.C.E.A que
les apports sont libres.
On peut souligner une difficulté de réalisation des apports en nature par une
exploitation diversifiée qui autour d’une clientèle civile tend à vouloir établir l’existence
d’un véritable fonds civil. Des réticences existent en la matière ; Elles tiennent
essentiellement à une remise en cause des pratiques juridiques acquises et non aux
textes, sauf en matière d’exploitation louée où l’interdiction de céder le bail empêche
l’évaluation globale de l’exploitation et donc son apport. Il reste néanmoins dans tous
les cas la possibilité de faire apport de chacun des éléments comme par exemple, la
clientèle d’une ferme auberge réellement agricole ;
De plus, la nécessité d’associer de nouvelles compétences pour la diversification
fait songer à l’utilisation de la technique des apports en industrie, spécialement parce
que c’est là le moyen d’associer des personnes ne disposant d’aucun capitaux. Cette
possibilité est ouverte en S.C.E.A et en E.A.R.L, mais l’associé ne peut être gérant et
son statut est amoindri , ce qui amène à préférer en pratique un contrat de travail dans
cette hypothèse. En G.A.E.C, le principe même est discutable puisque tout associé doit
exploiter, il faudrait pouvoir justifier d’une compétence particulière.
Quant à l’organisation de la société, elle est plus ou moins strictement prévue par
les textes. Il n’existe aucune restriction pour les S.C.E.A, l’activité des associés et des
salariés s’organise sans contrainte. En E.A.R.L, il existe une liberté d’organisation du
travail sauf qu’il doit être maintenu une activité des associés exploitants détenant au
moins 50% du capital et qui ne doivent jamais mener d’activité concurrente à la société.
Par contre, les G.A.E.C sont plus rigides, chaque associé doit participer à l’objet
social, sans jamais exercer non plus d’activité concurrente au groupe. L’organisation
du travail diversifié réclame souvent une certaine spécialisation, elle n’est pas exclue
546 ISABELLE COUTURIER

Les formules souples : relais des exploitations pour la diversification

On trouve ici le recours à trois formules principalement : les associations, le


syndicat et le G.I.E

1. Les structures désintéressées et la diversification


Ici il existe des difficultés découlant de l’utilisation de formules juridiques en
dehors de leur destination principale ; Il s’agit cependant d’une pratique fréquente, ces
techniques permettent à plusieurs exploitations de présenter la production de chacun
et d’en organiser une commercialisation favorable, souvent par vente directe.
Le problème central ici est d’organiser une mise en marché pour des producteurs
par des formules qui par principe consistent en une mise en commun de moyens pour
agir sans partage de bénéfices. La solution est de rendre l’association mandataire
uniquement et strictement ; c’est à dire qu’elle doit permettre la mise en vente, en se
faisant rembourser les frais par les mandants, elle ne récupère pas les profits de la
vente et n’engage aucune activité commerciale pour son compte (aucun achat pour
revendre). A défaut, l’association serait qualifiée de société de fait ;
Dans ce cadre, très strictement contrôlé par l’administration quant à la gestion,
quant à l’absence d’avantages directement consentis aux membres et quant à l’absence
de recours à des méthodes caractéristiques d’une recherche de profit, il n’y a pas de
taxation à l’impôt sur les sociétés ou à la taxe professionnelle ;
Mais la limite est ferme, et il est préférable de donner un caractère social, culturel
ou environnemental au groupement pour éviter toute confusion avec le secteur privé
classique.
2.Le G.I.E
Il peut regrouper des exploitants pour une opération de diversification qui doit
développer leur activité économique respective toujours indépendante. L’objet doit
être un prolongement de l’activité de chacun des membres, non constitutif d’une entente
prohibée.
Les exemples sont nombreux en matière de commercialisation des produits par
les exploitants, souvent après conditionnement ou conservation des produits. La
technique est précieuse car elle est sans limite de nature juridique, le G.I.E peut être
civil ou commercial.
Deux remarques à formuler ici; d’une part la souplesse extrême de la technique
qui n’exige pas de capitaux ne doit pas faire oublier la responsabilité indéfinie et solidaire
des associés pour toutes les dettes du G.I.E. D’autre part, cette technique est choisie
souvent comme le moyen de s’engager prudemment, pour tester l’entente et les
conditions de l’activité ; cependant, la structure doit rester en liaison avec les adhérents
sans devenir autonome. Pour cette raison et à cause de la gravité de la responsabilité, il
est parfois souhaité une évolution vers une structure mieux constituée, surtout si l’activité
est florissante. Or la transformation d’un G.I.E en société suppose une liquidation et
une nouvelle création.
C’est une réserve à faire pour l’utilisation de toutes les formules souples qui
rassurent au moment de la création de nouvelles activités, mais qui ont pour inconvénient
548 ISABELLE COUTURIER

De nouvelles perspectives sont encore ouvertes aux coopératives. D’une part,


une action précieuse d’interface entre les agriculteurs et le marché est attendue des
coopératives ; des conseils précis sur les débouchés sont indispensables pour la
diversification pour laquelle l’imprévision est un sérieux facteur d’échec. La mise en
cohérence de différents projets au contraire est un puissant vecteur de réussite que les
coopératives peuvent encourager et organiser. D’autre part, un développement des
coopératives comme groupement de producteurs est de nature à assurer plus de succès
à bien des entreprises diversifiées en contribuant à l’organisation et à la discipline de la
production et de la mise en marché (article L 551-1 du code rural). La reconnaissance
du groupement de producteurs donne davantage de puissance à la coopérative dans
cette action .
Enfin, un renouvellement de la fonction de conseil et de formation est demandée,
tout particulièrement dans des matières touchant la commercialisation et le marketing
appliqués à la gestion des exploitations.
Ces mouvements se déploient et sollicitent actuellement les structures en place ;
ces demandes ont également fait naître de nouvelles coopératives en réponse précise à
la diversification. Ceci prouve la capacité des principes coopératifs à mobiliser les
énergies et à répondre à des besoins variés des agriculteurs. Ce mouvement de
déploiement de nouvelles coopératives est l’aspect positif du vaste mouvement de
critique formulées par les associés contre leurs coopératives, contestation que la
diversification a probablement quelque peu aiguisée.

2. Les conséquences juridiques de la contestation des exploitants associés contre


leurs coopératives
Les coopératives se voient reprocher leur absence d’écoute des nouveaux besoins
des associés coopérateurs, de leurs nouvelles propositions, l’exclusion des producteurs
trop petits ou trop éloignés ou encore différents, leur incapacité à valoriser au mieux la
qualité ou l’originalité, leurs trop faibles succès dans la mise en marché. Il se développe
sur ces fondements une certaine rancoeur qui amène une diminution des valeurs
coopératives dans l’esprit des associés. Ils revendiquent la liberté d’action pour être des
opérateurs économiques efficaces ; il soulignent l’éloignement des coopératives de leur
mission d’intérêt agricole fixé par la loi et leur comportement d’entreprise pure et simple ;
ils lui refusent en conséquence les sacrifices de la solidarité coopérative et exigent d’elles
des résultats qu’ils comparent avec ceux des autres entreprises ;
Ce vent de contestation amène des comportements nouveaux, origine d’une
jurisprudence dont le volume est aujourd’hui tout à fait inédit. Deux types de
comportements peuvent être relevés ; ils reçoivent un traitement sévère qui s’explique
par l’application par les juges du principe d’exclusivisme qui domine la coopérative
française, créant une contrainte stricte qui rend le fonctionnement d’une coopérative
difficile, et exige une solidarité et un esprit participatif positif des associés.
Il y a d’abord la volonté pure et simple de quitter le groupement. Les raisons sont
soit l’envie de monter un nouveau système de transformation ou de commercialisation
directe plus rentable, volonté du chef d’entreprise dynamique qui prend de nouvelles
options en cours d’activité, soit la contestation et le refus de la coopérative jugés trop
552 ROSARIO SILVA GILLI

Desarrollo Sostenible - Agricultura Sostenible

Desde la década del 50, Europa que sufría las consecuencias devastadoras de la
2a. guerra mundial y América un continente joven que crecía demográficamente a
ritmo acelerado e incapaz de autoabastecerse, concentraron los esfuerzos de sus
economías en producir para asegurarse el alimento.
La preocupación por el desarrollo como medio de atender las necesidades bási-
cas insatisfechas de la población mundial - en muchos casos en situación de pobreza
extrema- dió impulso a modelos productivos que poniendo énfasis en la urgencia de
aumentar la producción alimentaria, emplearon técnicas que provocaron la erosión de
suelos, contaminación de aguas, pérdida de especies animales y vegetales,
desforestación, degradación de habitats naturales, aniquilación de reservas ecológi-
cas.
Los cambios climáticos, el debilitamiento de la capa de ozono, el recalentamiento
de la atmósfera produciendo el efecto invernadero por gases provenientes de la
industrialización que absorben la radiación de onda larga reflejada por la superficie de
la Tierra, contribuyeron a la agresión al medio ambiente y a la pérdida de recursos
naturales.
La modernización en la agricultura,la industrialización,el ingreso de la nueva
tecnología, a la vez que lograba más y variadas cosechas en menos tiempo, mas especies
animales y vegetales por cruzamiento y técnicas genéticas,3 rendimientos records de
cereales, de lácteos, carne,etc. colaboraba al deterioro , agotamiento, contaminación
de suelo, agua, flora, fauna.
El anhelado y necesario desarrollo se tornaba asi insostenible.
El modelo implantado tuvo varias consecuencias:
a) en Europa logró tales excedentes de producción que provocaron que el
almacenamiento y las medidas de intervención en su conjunto hicieran trepar a altísimos
costos la política agraria comunitaria (PAC) obligando posteriormente a su revisión .
b) Asimismo el firme proteccionismo de Europa y Estados Unidos y sus políti-
cas de subsidio implicaron la pérdida de mercados para los países en vias de desarrollo
agroexportadores en beneficio de países ricos tradicionalmente agroimportadores como
Japón .
c) Acarreó efectos también en el medio ambiente, puesto que al descender el
precio internacional de los productos agrarios, los países exportadores se esforzaron
en acrecentar su producción para compensar los efectos negativos de la caída de los
precios, con la consiguiente mayor degradación de suelos y ambiente.
América Latina sufrió asi el retraso económico y social, sin alcanzar el crecimiento
ni el autoabastecimiento.
En 1983 las Naciones Unidas impulsaron la creación de una comisión (Comisión
Brundtland)con la participación de científicos,legisladores,diplomáticos, que tenia como
cometido analizar la situación y recomendar medidas que tornaran posible atender a la
población mundial necesitada, de forma tal de detener la destrucción ambiental.
Se trataba de «generar una agenda para el cambio global»4 .
Las conclusiones de este informe fueron contundentes : solo era viable un futuro
554 ROSARIO SILVA GILLI

Un Derecho Agrario promotor de la participación y compromiso de los agricul-


tores en un modelo de gestión de la tierra y los recursos naturales renovables que los
desafía a encontrar en el manejo creativo de los elementos naturales una producción
eficiente, calificada, competitiva, no dañina del ambiente y que les permita alcanzar
una renta equitativa.

La agricultura sostenible es el mayor motor del desarrollo sostenible.

La agricultura sostenible plantea técnicas alternativas de producción, respetuosas


de la biodiversidad,y del ecosistema. Es una agricultura que se vale de las propias
aportaciones de la naturaleza, (abonos vegetales, estiércol, cosechas fijadoras de
nitrógeno, etc.) minimizando el uso de agentes externos (químicos , pesticidas, fertili-
zantes) agresores del medio ambiente; que aprovecha mejor el potencial de los ciclos
biológicos genéticos animales y vegetales; revaloriza las prácticas agrícolas tradicionales
sin perjuicio de que sean aggiornadas con los nuevos conocimientos; hace una
explotación razonable de los suelos con pastoreos y rotación de cultivos que posibiliten
la continuación de fertilidad; usa racional y adecuadamente el agua,recicla nutrientes y
deshechos.
En consecuencia, lejos de ser el desarrollo sustentable un concepto o definición
estático, es un proceso dinámico de crecimiento, que está en permanente búsqueda y
cambio.
Asi puede entenderse que el desarrollo sustentable abarca no solo la agricultura
productora de alimentos, sino la agricultura diversificada que asume también el
compromiso con la ecología, la convivencia armónica del hombre moderno en el habitat
natural de vegetales y animales, el tratamiento adecuado de los recursos naturales.
Sintetizando decimos que existe un mundo rural nuevo, una agricultura
diversificada de la que magnificamente se ha ocupado I.COUTURIER - (turismo eco-
lógico, hospedajes de campo, etc).9 que también forma parte de la agricultura y el
desarrollo sostenibles.
Pero ¿ cómo se relaciona esta agricultura impulsora del desarrollo sostenible con
el mundo globalizado?

MUNDO GLOBALIZADO - REINO DE LOS MERCADOS

La agricultura en el mundo globalizado

El mundo globalizado es el reinado absoluto de los mercados.


La agricultura es un sector de liderazgo en la economía, de enorme incidencia a
la hora de trazar las políticas macroeconómicas.
En sus mas variadas y modernas expresiones de diversificación, es un termómetro
especialmente sensible a las condicionantes de la economía globalizada y en
consecuencia de los mercados internacionales. Y lo es no solo porque continua
residiendo en ella la responsabilidad de satisfacer la demanda mundial de alimentos;
porque ser hoy la agricultura también un sector de servicios, de industrialización, de
556 ROSARIO SILVA GILLI

según los distintos productos, sustentadas en los pilares básicos de la construcción del
mercado europeo :la unidad de mercado, la preferencia comunitaria y la solidaridad
financiera.
Como productores y productos tienen características propias, la Comunidad
Europea ha reglamentado las organizaciones comunes de mercado por productos o
sectores de productos, y a cada organización le fue aplicando medidas y correctivos
diferentes en un amplio y variado abanico que se caracterizó por el fuerte
intervencionismo (fijación de precios mínimos, derechos de importación, ayudas,
intervención de organismos especiales , sistema de compensaciones, de retiros y
restituciones, etc.) que condujo posteriormente a la reforma estructural de la Política
agrícola común(PAC) y de las organizaciones comunes de mercado con destacada
participación de las asociaciones interprofesionales(productores,consumidores,etc).13

El comercio internacional de los productos agrarios después de Marrakech

La agricultura que permaneció durante largo tiempo al margen de los programas


de desgravación arancelaria o con tratamiento particularísimo en los acuerdos de
integración mundiales y regionales 14 (Comunidad Europea, Tratado de Integración
Centroamericana, Caricom, Pacto Andino, Nafta )se ha incorporado al mayor foro de
globlalización que existe: la Organización Mundial de Comercio (OCM).
Marrakech15 ha evidenciado que ya no es posible concebir el libre comercio
mundial excluyendo a la agricultura ; que la reforma del comercio de los productos
agrarios es impostergable y que la via para ir concretándola es la reducción gradual y
progresiva de las medidas proteccionistas, abriendo el acceso a los mercados, desman-
telando las barreras arancelarias y no arancelarias, aceptando únicamente las ayudas
internas de «mínimo impacto sobre el comercio»16 ,y acordando un régimen viable
para los países menos desarrollados y en vías de desarrollo.17
El Acuerdo alcanzado al cabo de la Ronda Uruguay sobre Aplicación de Medi-
das sanitarias y Fitosanitarias prevee que los países pueden adoptar normas sanitarias
o fitosanitarias que sean necesarias para proteger la salud y la vida de las personas, los
animales o la preservación de los vegetales siempre que las mismas no constituyan una
discriminación arbitraria e injustificada o una restricción «disfrazada» al comercio
internacional.
(Este Acuerdo es el que se adoptó también en el Mercosur 18 ).
El comercio mundial, incluído el de los productos agrarios se encamina a la
eliminación de trabas y como señalamos - a una mayor transparencia.
Pero el proceso de reforma al que se obligaron todos los firmantes de la Ronda
Uruguay del GATT/OMC se vincula no solamente con aspectos comerciales
propiamente dichos, sino que también se asumieron compromisos para garantizar la
seguridad alimentaria y la protección ambiental.19
Las respuestas regionales a la globalización
El Mercosur
558 ROSARIO SILVA GILLI

Pero además en dicha Declaración 25 se reafirma que la seguridad alimentaria


global y sustentable es una responsabilidad universal de la que ningún pais puede
eximirse.
En consecuencia, se comprometen a llevar a cabo las acciones necesarias para
continuar aumentando la producción agraria basada en la sustentabilidad de los recur-
sos naturales, lo que contribuirá en el escenario de liberalización comercial ,para un
acceso más libre y transparente de los alimentos en los mercados.
A la vez que va encauzando su comercio intra y extraregional, el Mercosur se
presenta al mundo como bloque cada vez mas unificado y como una sola voz en los
foros internacionales de comercio ( ALCA, UE por ejemplo), procurando acuerdos de
libre comercio que habiliten el ingreso de su producción agropecuaria al mercado
europeo y del norte de América aun no decidido enteramente a abandonar su
proteccionismo.
Bueno es entonces ser concientes de las dificultades y desafíos a los que se ve
expuesta la agricultura del Sur de América y de los países agroexportadores en vias de
desarrollo en general, frente a las exigencias del comercio mundial.
Crecer sigue siendo la meta, la via para lograr el desarrollo integral de los pueblos;
producir conforme a la sustentabilidad, de manera eficiente, competitiva ,sin polución
ambiental y en permanente búsqueda de nuevas formas que preserven el ecosistema y
aseguren la renovabilidad de los recursos naturales.
En vistas de la equidad, para alcanzar una agricultura sustentable y competitiva,
ciertas acciones se tornan imprescindibles en al ámbito del derecho relativas a la
regulación de los mercados agrícolas:
a)el trazado de políticas fiscales y monetarias que confieran estabililidad a los
mercados
b)un fluido sistema de información al alcance de todos quienes operan en los
mercados para posibilitar la mejor planificación
c)una organización física y jurídica de los mercados,es decir desde instalaciones
aptas para realizar la compraventa, a perfeccionamiento de transacciones jurídicas por
contratos de venta, almacenamiento, depósito, seguros, transporte,uso en común de
maquinaria, etc.
d)consagrar la participación de todos los involucrados en la oferta y la demanda,
agentes publicos y privados, asociaciones de productores, consumidores, profesionales.

Derecho Agrario En La Globalizacion Y El Desarrollo Sustentable

300 mil millones de dólares se destinan al año para la agricultura. Las mayores
fuentes de conflicto en el comercio internacional siguen ubicándose en los temas agrí-
colas, las mas arduas negociaciones también.
El hambre de gran parte de la población mundial continúa golpeando a las puertas
de una sociedad internacional globalizada, que se demuestra incapaz aun de saciarla.
Si el Derecho Agrario fue concebido como derecho de la agricultura, 26 derecho
de los recursos naturales, derecho de la empresa agraria, derecho de la explotación
rural27 , derecho que regula la tierra y que orienta y asegura su función social28 , no
560 ROSARIO SILVA GILLI

10 BREBBIA Fernando «Escritos de Derecho Agrario», Col.Jurídica y Social,1993,p.143 y ss; DAVID


Jacques, III Congreso de la UMAU,Paris,Nantes,Poitiers, 1992
11 Tratado de Roma, art40&2
12 Vgr.: para manteca,leche en polvo, azúcar,carne vacuna creó organismos de intervención especiales que
compraban la producción excedentaria en épocas de gran oferta para estabilizar los precios del mercado.Para
los cereales dispuso la fijación anual de precios, compras directas de los organismos de intervención para
sostener el mercado internior, concesión de restituciones a los productores para compensarlos por las
divergencias de precio intraComunidad con los precios del mercado mundial.Para las semillas, lino,gusano
de seda se otorgaban ayudas a los productores por héctarea o por cantidades producidas.
13 Ver LORVELLEC Louis «Les organisations Communes de Marché :l’exemple de la réforme de l’OCM
des fruits et légumes», Conferencia en II Congreso Europeo y Y Iberoamericano de Derecho Agrario»,4/
97,Almería,España.
14 V.SILVA GILLI Rosario « La agricultura en los procesos de integración»,
en Estudios Multidisciplinarios de Investigación sobre el Mercosur, Fundación de Cultura Universitaria,
Mdeo,1995; «El agro en la perspectiva de la integración» en Direito Agrario No Cone Sul, edit.Educat,Brasil,
1995.
15 Acuerdo sobre Agricultura, firmado en 1994 en Marrakech, Ronda Uruguay del GATT/OMC. En
Uruguay,el Acta Final de Marrakech fue aprobada por ley 16671 del 13/12/94 y Dec.reglamentario No.142/
96
16 Ej:ayudas a la investigación y desarrollo, vías de mantenimiento de la renta de agricultores no conexas
con la producción, pagos en el marco de programas de protección ambiental,etc.
17 V.Acuerdo General sobre Agricultura,Acuerdo sobre Medidas sanitarias y fitosanitarias, Acta final de la
Ronda Uruguay del GATT/OMC
18 Dec.6/96 del Consejo Mercado Común
19 V.Acuerdo sobre Agricultura,Acta Final, Marrakech,Marruecos,4/94
20 CEPAL «Globalización de la regionalización en América latina:un punto de vista alternativo»,
Rev.Comercio Exterior, México,6/96
21 Decreto.19/94,16/96 del Consejo Mercado Común
22 Se mantienen situaciones especiales aun para determinados productos del agro (y otros sectores :
textil,automotriz,etc.)
23 Acuerdo Sanitario y Fitosanitario(Dec.6 del Consejo Mercado Común); Normas sanitarias y certificados
únicos para intercambio de ovinos,bovinos,equinos,embriones Resoluciones del Grupo Mercado
Comun.Nos. 66/94,67/94,68/94,69/94,70/94,;control fitosanitario en zonas francas Res.71/94, pasaporte
sanitario equino Res.7/96, Reglamentos técnicos de calidad de frutas y verduras como requisitos
fitosanitarios generales y específicos para (cebolla, ajo, pimientos, tomate, tabaco, girasol, alfalfa, porotos,
sorgo,soja, trébol, durazno, manzana, pera, ananá, melón, frutilla, café, cacao, etc. (Res.90 a 111/96 );
Reglamentos de identidad y calidad de manzana,pera(Res.117/96,118/96, Reglamento técnico de identidad
y calidad del arroz beneficiado (Res.5/97), Reglamento Vitivinícola (Res.45/96), etc.
24 Declaracao de Porto Alegre, 5/11/96
25 Ibidem
26 CARROZZA Antonio,ZELEDON Ricardo «Teoría general e institutos de Derecho
Agrario»,edit.Astrea,p.31
27 LORVELLEC Louis, Droit Rural, edit.Masson, 1988,p.1
28 CASANOVA Vicente,»Derecho Agrario»,Colec-Justitia etJus No.18
29 ORLANDO Pietro Romano «Il processo de Internazionalizzazione del Diritto Agrario»,Edizioni
Scientifiche Italiane,Univ.de Perugia,1995; GOLDONI Marco, MASSART Alfredo,»Introduzione allo
Studio del Diritto Agrario Comunitario»,Edit.ETS,Pisa 1995
30 CARROZZA Antonio,» Il programma scientifico del Diritto Agrario... Rivista di Diritto Agrario p.70.
31 GUERRA DANERI Enrique,»Derecho Agrario»,T.1,p.73,edit.Mashcopy,Mdeo.1996
32 GELSI BIDART Adolfo, Op.cit.,p.302.
Rodolfo Veloz Bañuelos
MEXICO

EL IMPACTO DEL DESARROLLO SUSTENTABLE Y EL DERECHO AGRARIO

En la década de los sesenta, el desarrollo agrario mexicano entró en una profun-


da crisis, que afectó al resto de nuestra economía y cuyos efectos aun se hacen sentir en
nuestros días. El modelo del reparto de tierras se agotó por la excesiva pulverización
de las unidades parcelarias, haciendo evidente la incapacidad del campo para crecer
más rápido que la población. A partir de esa década, nuestra dependencia alimentaria
del exterior empezó a determinar de manera negativa al resto de nuestra economía.
Y sin embargo, habrían de pasar todavía tres décadas para que tomáramos
conciencia de que el modelo del reparto masivo, en unidades de dotación menores de
5 hectáreas, era improductivo. Por el contrario, de 1965 a 1982 se otorgaron 43 millones
de hectáreas más, casi el cincuenta por ciento del total entregado en los 82 años que
duró la etapa del Reparto Agrario. Durante la década de los 60 se sotuvo la idea de
que el atraso del desarrollo de la economía rural se debía al rezago agrario, es decir a
los miles de expedientes de solucitudes de tierra pendientes de resolver, y a la falta de
entrega de 15 millones de hectáres de expedientes positivos pendientes de ejecutar.
Para 1992, el 25 % de la fuerza laboral total del país habitaba en el campo y sólo
contribuía con el 10 % del producto nacional. La economía rural crecía muy por debajo
del aumento de la población, siendo incapaz de alimentar satisfactoriamente a los propios
productores.
La realidad indicaba que los capitales privados no tenían el menor interes de
arriesgarse en el campo. Alegaban inseguridad jurídica; temor de ser afectados por el
Gobierno, si se descubría el menor signo de acumulación de provechos o si al cambiarse
el uso del suelo ganadero al de riego, se rebasaban los límites de la pequeña propiedad.;
en tanto que los ejidatarios y comuneros, se hacían improductivos, víctimas del
minifundismo y la carencia de créditos y tecnología. En efecto, más de la mitad de las
parcelas tenían menos de tres hectáreas.
EL IMPACTO DEL DESARROLLO SUSTENTABLE Y EL DERECHO AGRARIO 563

presidencial; en tanto que las áreas destinadas al asentamiento humano y las de uso
común permanecía indefinidas en su totalidad.
7.- No era posible realizar ningún negocio con los ejidos o comunidades, sin la
intervención del gobierno. Los contratos de aprovechamiento de las tierras o de
suministro de materias primas se autorizaban sólo por un año y bajo la vigilancia de
los funcionarios públicos; los derechos individuales y las nuevas adjudicaciones eran
privados y otorgados por el estado: las asambleas y los cambios de los representantes
eran autorizadas por funcionarios de la Secretaría de la Reforma Agraria. Encima de
toda la pirámide de la estructura agraria, estaba el Presidente de la República, ubicado
dentro de la Constitución con el título de Suprema Autoridad Agraria del País.
La reforma enfrentó esta realidad. Ya no había tierras que repartir, al menos no
en la forma masiva con que se hizo en los años 30 y los 60. Estaba demostrado que el
reparto no generaba productividad ni riqueza . Si el reparto habia sido un acto de
justicia en los primero años de los gobiernos revolucionarios, porque había liquidados
los latifundios, para 1992 era ya improductivo y empobrecedor.
Los impactos de la incertidumbre cambiaria y la inestabilid económica afectaron
seriamente al sector agropecuario. El Estado se vió imposibilitado a seguir subsidian-
do el desarrollo del campo con empresas improductivas: se desmanteló un costoso
aparato de fideicomisos, programas, proyectos y paraestatales que eran ineficaces y
solo gravitaban en el erario público.
Com la reforma constitucional de 1992 se inició una transfornmación del apara-
to estatal para enfocar el fenómeno agrario desde una perspectiva diferente. Y a mi
juicio, es a partir de este momento que en el que nuestro derechos agrario mexicano
deja de ser el derecho de la Reforma Agraria; cuando se empieza a desvincular del
reparto agrario y los esfuerzos de estado se encaminan hacia la orientación de una
etapa de fomento a la producción. Se establecieron los Tribunales Agrarios para sustituir
la figura presidencial como la Suprema Autoridad Agraria, dotándolos con facultades
para liquidar el rezago agrario y enfrentar la nueva problemática. Se expidió un nuevo
orden jurídico, basado fundamentalemnte en la Ley Agraria y en la Ley Organica de
los Tribunales Agrarios, que dieran fundamento sustantivo y adjetivo a la organización
de los núcleos agrarios, la pequeña propiedad y las sociedades mercantiles agropecuarias
y que diseñara la estructura y el ámbito de competencia de los propios tribunales
agrarios, la Procuraduría Agraria y el Registro Agrario Nacional. La Secretaría de la
Reforma Agraria inició un proceso de desintegración, quedándose con un reducido
campo competencial.

A 6 años de distancia de la reforma constitucional, nos arroja los siguientes re-


sultados:
1.- El rezago agrario, un universo de 6,500 expedientes de dotación y ampleación
de tierras, creación de nuevos centros de población, de restitución y reconocimiento de
tierras comunales há concluído, al sustanciarse por la Secretaría de la Reforma Agraria
y haberse dictado sentencia en ellos por parte de los tribunales agrarios. Dentro de este
universo de rezago agrario, se resolvieron mas de 16000 controversias de distinta
naturaleza agraria y que antes requerian de una resolución presidencial.
EL IMPACTO DEL DESARROLLO SUSTENTABLE Y EL DERECHO AGRARIO 565

para dar coherencia a la operación de los diferentes programas; a través del Programa
de Apoyos y Servicios a la Comercialización Agropecuaria, un órgano desconcentrado
de la Secretaría de Agricultura, se promueven sistemas de comercialización en el cam-
po; existe un programa llamado PRODUCE, dirigido a la capitalización, la reconversión
productiva y la preservación de los recursos naturales; los programas de reconversión
tecnológica comprenden el apoyo a productores para renovar el parque de maquinaria
con tractores para 5 millones de hectáreas; existen apoyos para la creación de
plantaciones comerciales hasta 400 mil hectáreas y 10 millones de hectáreas para
pastizales ; se están transfiriendo a los productores 1,400 bodegas de almacenamiento
que eran propiedad del estado; el marco jurídico de la Secretaría de Agricultura, también
se há transformado, para hacerlo congruente con los principios que rigieron la reforma
constitucional de 1992.
A lo largo de la historia, desde que el hombre se hizo sedentario en la fértiles
riberas del río Nilo, y aun antes de descubrir la agricultura, la producción de alimentos
fué el motor de la supervivencia de la especie humana. Antes que la organización
política, se expresó la organización para alimentar a los grupos primitivos de los primeros
seres humanos. La producción alimentaria es el asunto del mayor interés público que
debe afrontar cualquier nación que desee conservar su independencia política. Si el
concepto de la soberanía ha caido en desuso, mucho se lo debe a la dependencia ali-
mentaria. Por ello existe una estrecha vinculación entre el Derecho Agrario, la
autosuficiencia alimentaria y la soberaníanacional.

Si el derecho se petrifica por su alejamiento de la realidad social, el órden social


se altera y el hombre busca la justicia por si mismo. El jurista debe, como los poetas,
otear en las entrañas de la historia, para decifrar los enigmas que el desarrollo le va
interponiendo en su camino de manera cotidiana. Quienes amamos al Derecho Agrario;
quienes creemos en su potencialidad para impulsar el desarrollo sustentable, debemos
avisorar el porvenir con imaginación creadora, con valor para sostener, contra viento y
marea, que nuestros sueños son realizables; en el centro de nuestras preocupaciones,
está la convivencia nacional. A través de la producción de los alimentos necesarios
para el crecimiento de los niveles de la calidad de vida; la producción suficiente de los
insumos para el desarrollo industrial; la protección de los recursos naturales y del
medio ambiente; la explotación racional de la tierra, del agua y de los bosques y selvas.
Durante el desarrollo de los sistemas liberales de producción, el campo ha sido
marginado a un papel de simple proveedor de alimentos y materia primas. Alimentos
baratos para fortalecer la fuerza de trabajo de las ciudades, en beneficio de la producción
industrial y la vida urbana; los hombres del campo han sido relegados a desempeñar el
papel de bastardos de la civilización. Es tiempo de que el desarrollo con justicia tambien
los alcance, porque finalmente cualquier nación, poderosa o no, conserva su
independencia gracias al trabajo de los hombres que la alimentan.
568 MARÍA ADRIANA VICTORIA; HUGO EMIL SILVA

A su vez, el fenómeno de la globalizacion de la economía y la conformación de


mercados comunes ha traído aparejado la concentración de la oferta y demanda de la
producción agropecuaria , con exigencias nuevas para el productor agrario. Tales
exigencias demandan nuevos métodos de producción, frutos y productos que deben
reunir determinadas condiciones de calidad certificada : denominaciones de origen o
indicaciones geográficas protegidas, agricultura o crianza de animales biológica u
orgánica,etc. Todo ello supera la capacidad técnica y económica del productor o
empresario agrario individual, el que en su afán de comercializar sus productos en tan
exigentes mercados ha debido adaptar su mentalidad, su estructura y organización
empresarial.
Diversas son las formas que se dan en la práctica de Argentina y que surgen de la
legislación positiva vigente en paises miembros de la Comunidad Europea, entre ellas
se puede mencionar lo que se denomina «asociacionismo agrario» y la «colaboración
entre empresas».
La «finalidad «del presente trabajo, será el análisis de las principales formas
contractuales o figuras jurídicas utilizadas y que pueden dar un adecuado marco legal
que avale, proteja y promocione a la empresa agraria a fin de que pueda alcanzar una
mayor competitividad con el consiguiente posicionamiento en los mercados comunes.
El «método» a utilizar será el inductivo- deductivo, de derecho comparado, en
una perspectiva trialista del Derecho, tal es considerarlo: norma, hecho y valor (2).
Su «importancia», radica precisamente en la necesidad de adecuadas formas
jurídicas que recepten a las empresas agrarias, por cuanto, por lo general éstas se
constituyen ya sea como empresas individuales o como sociedades de hecho, funda-
mentalmente cuando se trata de pequeñas y medianas empresas. De ahí el «aporte»que
se pretende realizar a este tema de actualidad que está mereciendo la atención de los
juristas.

1.- AGRICULTURA DE GRUPO


1.1.- Denominaciones
Diversas son las denominaciones que la doctrina de los agraristas italianos y
españoles utilizan para referirse a este fenómeno. Así se usa la expresión «agricultura
de grupo»(3), «asociacionismo agrario»(4), «agricultura asociativa o de grupo»(5),
«ejercicio colectivo de la empresa agraria»(6), «agricultura pluripersonal o colectiva»(7).

1.2.- Conformación y causas


Se trata de un fenómeno social que va desde la empresa agraria familiar hasta la
asociación de una empresa común (8), al frente de la cual existen uno o varios sujetos
(empresarios agrarios) quienes desasarrollan una actividad típica agraria con
economicidad, organicidad, profesionalidad e imputabilidad, en cuya base hay al me-
nos un grupo. Se trata de una actividad caracterizada por la presencia de un»ciclo
biológico» (9), desarrollado a los fines de la producción.
Es el ejercicio de una actividad calificada, en nombre y por cuenta de una
pluralidad de sujetos, pluralidad cuya estructura orgánica puede ser tanto de base
societaria como de base comunitaria (10).
570 MARÍA ADRIANA VICTORIA; HUGO EMIL SILVA

lo que se denomina la integración en la agricultura. Dicha integración adopta diversa


forma y por ende denominación. Según se trate de una integración entre empresarios
agrarios o entre agrupaciones o asociaciones de productores agrarios se está en pre-
sencia de una integración horizontal . Si por el contrario vincula a productores que
operan en distintos niveles como ser empresarios agrarios y titulares de una industria o
del comercio, será una integración vertical. Estas integraciones a la vez dan lugar a lo
que se conoce como la « interprofesionalidad «, la que a su vez se manifiesta a través
de los denominados acuerdos interprofesionales e intersectoriales. En tales casos, ambas
partes de la relación se conforman colectivamente, es decir un grupo de empresarios
agrarios por un lado y un conjunto de enpresas industriales y/o comercializadoras por
el otro.

2.- REGULACION LEGAL


2.1.- Argentina
En Argentina, no existe un auténtico asociacionismo agrario. Entre las escasas
medidas que se han revelado insuficientes, se cuentan las que persiguen promover
precisamente el asociacionismo otorgando fondos no reintegrables a consorcios PIMES
(Pequeña y mediana empresa) que se constituyan de acuerdo a la propuesta del progra-
ma nacional Cambio Rural. Este programa busca estructurar formas asociativas entre
productores o empresas agropecuarias para enfrentar el llamado «proceso de
reconversión productiva». También se ha implementado un fondo de promoción de
exportaciones que ofrece contribuir con un 50% del costo de una o mas acciones ori-
entadas a conseguir nuevos especios en el mercado internacional para productores
argentinos.
Es también positivo el Programa Social Agropecuario que al igual que Cambio
Rural se destina a grupos de productores y busca el mejoramiento gradual del sistema
productivo del pequeño productor; sea por la intensificación o por la diversificación
de la producción o por la incorporación del valor a través de tratamientos post-cosecha,
es decir, por una industrialización primaria (11).
Con tales programas se busca una reconversión productiva de la pequeña y me-
diana empresa agraria mediante las siguientes lineas de acción: fortalecer la inteligencia
de los mercados; planificar la organizacion de los agronegocios; mejorar la eficiencia
de los procesos de comercialización; intensificar los actuales procesos de producción;
realizar un uso mas frecuente de los recursos productivos; lograr una mayor
diferenciación del producto final; mejorar la calidad de los productos obtenidos; in-
corporar alternativas de producción no traicionales; incrementar el valor agregado de
la producción; integrar la producción primaria con los procesos de transformación;
reorganizar la estructura productiva y alcanzar la escala adecuada.
En el proceso de «personalización de la empresa», la agriculdtura de grupo
busca modernas estructuras jurídicas de «socialización» en las que exista un lugar
para el desarrollo de la autonomía privada ya sea de iniciativa personal o de autogobierno
del grupo (12), máxime que el moderno Derecho Agrario tiende a la socialización de sus
institutos, acorde con los signos de nuestro tiempo en constante evolución
social,económica y tecnológica.
572 MARÍA ADRIANA VICTORIA; HUGO EMIL SILVA

actividad principal se limita a la labor de ventas externas. Otras tienen el carácter de


ser mas integrales, realizando verdaderas tareas de investigación de nuevos producdtos
y mercados, con la necesaria labor logística, de planeamiento y desarrollo de proyectos
especiales, que redundan en beneficio de sus integrantes, a mediano y largo plazo.
La principal ventaja es que concentran la oferta atomizada; la principal desventaja
es su poca flexibilidad, no evolucionan hacia otros productos, les cuesta salir de lo
tradicional.
En relación a los consorcios de exportación, se trata de una asociación perma-
nente de empresas, cuyo objetivo principal es agrupar ofertas de productos y/o servicios
nacionales y demandas de productos y/o servicios del exterior. También pueden tener
como fin aumentar la capacidad técnica o financiera de sus miembros, sin que éstos
pierdan su individualidad.
A diferencia de las cooperativas, los consorcios no exigen a sus miembros la
participación o la disponibilidad por completo de su producción, ni mucho menos.
Tampoco existe fusión entre empresas. En el consorcio se permite la formación de un
paquete de oferta exportable, oferte que puede medirse en unidades, toneladas, hecto-
litros o en cualquier otra medida. Se fijan cuotas y capital inicial.
Respecto a los beneficios que brindan los consorcios, es que no se piierde, ni se
alquila ni se cede parte alguna de la propia identidad; se continua figurando y atendiendo
como si nada hubiera ocurrido, los negocios y la actividad productora y comercial,
dentro del pais y de una esfera de acción habitual. En los mismos se dispone como si
fuese un propietario para vender los productos al exterior sin recurrir a terceros.
El consorcio debe coordinar los compromisos; se responsabiliza por la regularidad
y puntualidad de las entregas, por el cumplimiento de los plazos y por el control de
calidad, lo cual otorga mayor confiabilidad a las transacciones.
En relación a los efectos del consorcio, el mismo conduce a una cierta
especialización en la producción, la que redunda en mayor eficiencia y productividad
y en mayor rentabilidad de la actividad. Asimismo la venta en conjunto permite mejores
beneficios, también por la diversificación de mercados, la empresas adquiere mayor
seguridad. Además las empresas se capacitan porque aprenden de los técnicos el saber
hacer, aadquieren experiencia del personal de marketing, ajeno al consorcio. Los gas-
tos de exportación se prorratean entre las empresas que lo integran.
Respecto a las desventajas del consorcio se señalan que las empresas que lo
integran deben tener capacidad para cumplir con las normas exigidas en materia de
producción y de calidad.
Se puede observar que las organizaciones de mayor futuro en el ámbito de las
exportaciones conjuntas son los consorcios de exportación y las sociedades
comercializadoras (trading). Estas últimas pueden actuar a través de un consorcio,
pero el consorcio, al ser un grupo de productores puede lograr mejores incentivos (15).
Por otra parte, por estar inserta Argentina en el Mercosur, operan acuerdos
sectoriales, entre ellos el del arroz. Sería de gran utilidad la integración de diversos
sectores de la cadena agroalimentaria.
574 MARÍA ADRIANA VICTORIA; HUGO EMIL SILVA

de gestión empresarial de explotaciones (art. 20).


Además, la Orden 2859/96, que aprueba el Plan de Seguros Agrarios Combina-
dos para el ejercicio 1996, establece en el art. 10 las subvenciones a entidades asociativas
agrarias para el fomento del seguro.

2.3.- Francia
Se admite que los sindicatos de agricultores y las asociaciones o sindicatos de
industriales de la agroalimentación pueden celebrar convenciones de organización de
los mercados. La ley 600/75 en su art. 2 dispone que los acuerdos concluidos en el
marco de una organización interprofesional reconocida, pueden ser extendidos por
una duración determinada, en todo o en parte, por la autoridad administrativa compe-
tente, siempre que tiendan, a través de los contratos tipos, las convenciones de campaña
y las acciones comunes a favorecer el conocimiento de la oferta, de la demanda y de
los mecanismos del mercado; el mejoramiento del funcionamiento y de la transparencia
del mercado, en particular por la adaptación , la regularización de la oferta y la puesta
en obra bajo el control del Estado.
Por ley del 8 de agosto de 1962 se regula la disciplina profesional de la producción,
previendo agrupaciones de productores y uniones, como así también los comités
económicos agrícolas. De este modo se regula la interprofesionalidad en cuanto atienden
la cadena agroalimentaria.
Entre las formas societarias especiales de cooperación agrícola se destaca la
sociedades de interés colectivo agrícola, la que fué regulada por la ley del 5 de agosto
de 1920 y el decreto del 9 de febrero de 1921, pero fueron dotadas de un estatuto
preciso por la ley del 12 de julio de 1923, pudiéndose constituir ya sea sobre la forma
de sociedades civiles o bien de sociedades anónimas de capital variable. También han
sido reguladas por la ley del 30 de diciembre de 1981. Estas sociedades revisten el
carácter interprofesional conforme a la ley del 12 de julio de 1985 y tienen por objeto
crear o proveer las instalaciones y equipamientos para asegurar los servicios en interés
de los agricultores de una región determinada.
Conforme a la ley 813 del 26 de setiembre de 1967 se instituyen las sociedades
mixtas de interés agrícola a fin de proponer una estructura referida a la colaboración
comercial entre diversos paarticipantes de la cadena agroalimentaria. Estas sociedades
a diferencia de la referida precedentemente son todas sociedades comerciales y no
están sometidas al estatuto de la cooperación.
Las cooperativas de utilización de material agrícola, son cooperativas agrícolas
sometidas a los principios generales de la cooperación, al respecto cabe destacar la ley
del 10 de setiembre de 1947 que establece el estatuto de la cooperación.(17).

2.4.- Italia
A los fines de integrar la disciplina comunitaria sobre el asociacionismo de los
porductores agrarios (Reglameno 1360/68), en Italia se dictó la Ley 674/78. Esta ley
distingue entre Uniones Regionales y Nacionales, cuyos representantes van a componer
respectivamente Comités Regionales y Nacionales de Sectores con obligaciones de
coordinacion de las actividades de las uniones, instituídos los primeros por las regiones
576 MARÍA ADRIANA VICTORIA; HUGO EMIL SILVA

Para superar esta realidad se implementó un régimen económico consistente en


ayudas a la constitución y funcionamiento administrativo de los grupos de productores.
En tal sentido el Reglamento 1360/78, art. 5. las contempla y las delimita.
El propio Tratado de la CE., destaca en el art. 85 apartado3 que, no obstante las
disposiciones del apartado 1 de dicho artículo, podrán efectuarse cualquier acuerdo o
categoría de acuerdo entre empresas, cualquier decisión o categoría de decisiones de
asociaciones de empresas, cualquier práctica concertada o categoría de prácticas con-
certadas, siempre que tal accionar contribuya a mejorar la producción o la distribución
de los productos o a fomentar el progreso técnico o económico y, reserven al mismo
tiempo a los usuarios una participación equitativa en el beneficio resultante y sin que
impongan a las empresas interesadas restricciones que no sean indispensables para
alcanzar tales objetivos o bien ofrezcan a dichas empresas la posibilidad de eluminar
la competencia respecto de una parte sustancial de los productos de que se trate.
Dentro del marco del artículo 42 del referido tratado y del Reglamento 26/62
mencionado obran los acuerdos, decisiones y prácticas de empresarios agrícolas, de
asociaciones de empresarios agrícolas, o de asociaciones de dichas asociaciones que
pertenecen a un único estado miembro. Por lo que se puede decir que el asociacionismo
en agricultura tiene adecuado fundamento jurídico en los reglamentos referidos a las
asociaciones de productores. Asimismo se incentivó en la CE. la creación de formas
asociativas para algunos sectores agrarios como ser, el sector hortofrutícola con el
Reglamento 159/66, mas tarde derogado y con el Reglamento 1035/72; este último a
su vez modificado por el Reglamento 3284/83 y el Reglamento 1193/90.
El Reglamento 1035/72 se puede decir que ha reservado a la organización de
productores hortofrutícolas una posición importante concretando la actuación de la
organización común de mercado de dicho sector.
Dichas organizaciones cumplen una doble actividad, netamente distintas: por un
lado tienen la función de intervención y por el otro, funciones operativas y normativas
que tienen características tales para conferir a las organizaciones de productores del
sector, un carácter del todo peculiar.
El referido Reglamento entiende por organización de productores cada
organización de productores de hortofruticultura,constituída por iniciativa de los
productores mismos, con el fin de promover la concentración de la oferta y la
regularización de los precios en la fase de la producción para uno o mas productos,
como asi también para poner a disposición de los productores asociados, medios técni-
cos aedecuados para el condicionamiento y la comercialización de los productos en
cuestión.
Como obligaciones para los productores asociados, se estipulan las de vender
por intermedio de la organización de productores, toda la producción relativa al producto
o a los productos para los cuales o para el cual se han adherido, teniendo presente que
la organización puede todavía exceptuar a los productores de tal obligación para
determinades cantidades. Asimismo tienen la obligación de aplicar en materia de
producción y comercialización las normas adoptadas por la organización de productores
para mejorar la calidad de los productos y para adaptar el volúmen de la oferta a las
exigencias del mercado y de proveer las informaciones requeridas por la organización
578 MARÍA ADRIANA VICTORIA; HUGO EMIL SILVA

jurídicos que ofrezca la legislación.


El empresario o agricultor individal está llamado a perecer si no se integra con
otros del mismo sector o bien con otros sectores. Estas son las exigencias que el mun-
do actual impone, nuevos comportamientos y nuevas formas jurídicas ante exigencias
económicas, cada vez mas internacionalizadas y globalizadas. A esta situación
el Mercosur no puede continuar siendo indiferente, deberá seguir los pasos de la
Comunidad Europea, y de algunos paises que componen la misma como España, Francia
e Italia, importantes antecedentes al respecto, no solo por la normativa jurídica sino
por la experiencia acumulada.
Los consorcios, las cooperativas, las uniones transitorias de empresas y las
agrupaciones de colaboracion , en sus diversas modalidades, según el objeto de las
mismas, se constituyen en Argentina, como posibles formas jurídicas aptas para tal
cometido, a la par de los acuerdos sectoriales e intersectoriales. Pero para ello, será
necesario su promoción, defensa y apoyo, ya que solo así será realidad la equidad,
proporcionalidad y transparencia que debería imperar en la libre competencia de los
mercados
Aún en el Mercosur y específicamente en Argentina hay mucho por hacer, tanto
a nivel de la realidad como legislativo, la organización actual de los mercados así lo
exige.

Notas
(1) (BREBBIA, Fernando. MALANOS, Nancy. Tratado Teórico Práctico de los Contratos Agrarios. Rubinzal
Culzoni Editores.Buenos Aires. Año 1997.p. 339)
(2) GOLDSCHMIDT, Werner. Introducción Filosófica al Derecho. Depalma. Bs.As. 1980.
REALE, Miguel. La Teoría Tridimensional del Derecho. Edeval. Valparaiso. Chile. 1978.
VICTORIA, María Adriana. « Legitimación del Conocimiento Científico que Interesa al Derecho Agrario».
Unión Mundial de Derecho Agrario. Agricultural Law. 2. Editorial Guayacán.San José de Costa Rica.
Año 1994 p. 371
(3) BALLARIN MARCIAL, Alberto. Estudios de Derecho Agrario y Política Agraria. Madrid. 1975. p. 325
DE LOS MOZOS, José Luis. Estudios de Derecho Agrario. Editorial Tecnos. Madrid. 1972. p. 111
CARROZZA, Antonio. «Agricoltura di Gruppo»in Dizionario di Diritto Privato a cura di Natalino Irti. 4.
CARROZZA- Diritto Agrario. Giuffré Editore. Milano. p. 47.
PARLAGRECO, Attilio. Profili Giuridici dell’Agricoltura di Gruppo in Italia. Universitá degli Studi di
Roma. Facoltá di Economia e Comercio. 1979. p. 1
SCHIANO DI PEPE, Giorgio. «‘Esercizio Collettivo dell’Impresa Agricola.» «L’Agricltura di Gruppo»in
Diritto Agrario Italiano a cura di Natalino Irti. UTE. Ristampa. 1980. p. 182
(4) SOLDEVILLA Y VILLAR, Antonio. La Empresa Agraria ( su regulación jurídica). Valladolid. 1982. p.
194. p. 198.
(5) GALLONI, Giovanni. Lezioni Sull’ Diritto Dell’Impresa Agricola. Liguori Editore. Prima Edizione.
Napoli. 1980.p. 407
SANZ JARQUE, Juan José. Derecho Agrario. Fundación Juan March. Madrid. 1975. p. 213
(6) VERRUCOLI, Piero. «Forme Colletivo dell’ Impresa Agricola»in Rivista di Diritto Agrario. Giuffré
Editore. Milano. I. 1977. p. 481
(7) VASTTIER FUENZALIDA, Carlos. Conceptos y Tipos de Empresa Agraria en el Derecho Español.
Colegio Universitario de León. León. p. 171.
(8) CARROZZA, Antonio.»Agricoltura di Gruppo...»op. cit. p.1
VICTORIA, María Adriana. Empresa Agraria Familiar.Lineamientos para la Consctrucción del Iinstituto
582 SÉRGIO BORJA

1.1. O Choque do Futuro


Foi Colin Grant Clark, influente economista, que em sua obra The Conditions of
economic progress estabeleceu uma das mais conhecidas classificações dos fatores de
produção, dividindo-os em setor primário, a que correspondia a atividade agropastoril;
setor secundário, a que correspondia a atividade industrial e setor terciário, a que
correspondia a atividade financeira e de serviços.
Esta classificação é muito importante não só do ponto de vista meramente siste-
mático mas também sob o aspecto de que, através da localização predominante de um
setor sobre o outro, pode-se identificar o nível de desenvolvimento de uma sociedade
e ainda identificar da primeira à última fase, o surgimento gradativo das atividades na
história da humanidade.
Lewis H. Morgan, em sua obra clássica A Sociedade Primitiva, reproduz com
inteligência e maestria os vários graus de transição entre o homem caçador e o homem
agricultor até o estágio em que ao mundo agrário, somou-se o surgimento da urb , através
da polis e da civitas, com o consequente surgimento da propriedade e do Estado.
É no entanto, sem sombra de dúvidas, Alvin Tofler, em A Terceira Onda, que vai
traçar a anatomia do futuro da humanidade identificando uma primeira onda na civi-
lização, onde a maioria do trabalho era realizada nos campos e no lar, e uma segunda
onda, gerada pela industrialização, com o surgimento das máquinas e o processo de
produção e distribuição em massa oriundo do taylorismo e da fordismo e a terceira
onda que surge como um sistema holístico causado pelos meios de informação e o
computador que alteram a visão do futuro.
Toffler afirma que cada civilização tem uma série de relações características com
o mundo exterior - explorativo, simbiótico, militante ou pacífico, e cada civilização
tem a sua própria superideologia, um estojo de poderosas pressuposições culturais que
estruturam suas visões da realidade e justificam suas operações.
Para le cada civilização opera na biosfera e reflete ou altera a mescla de popula-
ção e recursos. Cada civilização tem uma tecnosfera característica - uma base de ener-
gia ligada a um sistema de produção que por sua vez é ligado a um sistema de distribui-
ção. Cada civilização tem uma sociosfera que consiste em instituições sociais correlatas.
Cada civilização tem uma infosfera - canais de comunicação através dos quais flui
informação necessária. Cada civilização tem a sua própria energiosfera.
Uma prova histórica singela da tese defendida por Toffler é aquela que retrata a
civilização maia que existiu de 374 até o ano de 610, da nossa era. Aquela civilização
que já era urbana, possuindo grandes cidades como Uaxactún, Palenque, Seibál, Ixkún,
Flores e Benque Viejo, dominando a astrofísica, possuia o calendário mais perfeito
que os calendários juliano e gregoriano, aproximando-se do cálculo astronômico ci-
entífico atual da contagem de dias para o ano.
Aquela civilização projetava no espaço de seu estado, o tempo que era estampa-
do através de uma figura geométrica na geografia e na topografia como uma tatua-
gem, regulava assim, a técnica de plantações, que no desenho geométrico planificado
, projetado no território do país, dava-se de fora para dentro. Este povo, sem conhecer
as técnicas de adubação e o arado e utilizando-se da coivara (queimadas) produzia a
esterilização do solo com a consequente queda da produção de seu único cereal, o
584 SÉRGIO BORJA

benefício do capital financeiro e em detrimento dos proprietários rurais e da cidadania


em geral.
Alvin Tofler, em o Choque do Futuro, antecipando as afirmações feitas na obra
O fim do estado nação, escrito por Kenichi Ohmae, globarizador, afirma que : “O
encolhimento do estado-nação reflete o aparecimento de uma economia global de novo
estilo, que emergiu quando a Terceira Onda começou o seu impulso. Os estados-na-
ções eram os continentes políticos necessários para economias do tamanho de nação.
Hoje os continentes não só apresentaram vazamentos, mas foram tornados obsoletos
por seu próprio sucesso. Primeiro, há o crescimento dentro deles de economias regio-
nais que outrora atingiram uma escala com as economias nacionais. Segundo, a econo-
mia mundial a que elas deram nascimento explodiu em tamanho e está assumindo
estranhas novas formas. Deste modo, a nova economia global é dominada pelas gran-
des companhias nacionais. É servida por um serviço bancário ramificado e indústria
financeira que opera a velocidades eletrônicas. Produz dinheiro e crédito que nenhuma
nação pode regular. Move-se no sentido de circulações transnacionais - não um único
dinheiro mundial mas uma variedade de circulações monetárias ou metacirculações,
cada uma baseada numa cesta de mercado de moedas ou produtos nacionais. É rasgada
por um conflito de escala mundial entre fornecedores de recurso e usuários. É crivada
por um débito vacilante numa escala até aqui inimaginável. É uma economia mista,
com capitalistas e empresas sócio-estatais formando associações de capitais e traba-
lhando lado a lado. E sua ideologia não é o laissez faire ou marxismo, mas globalismo
- a idéia de um nacionalismo é obsoleto.”
A concentração de capital, através das transnacionais, chega ao ponto que 12
empresas de automóveis do mundo concentrarem 78% da produção mundial; com
relação a produção de pneus 6 empresas respondem por 85% da produção; material
médico 7 empresas respondem por 90% da produção; processamento de dados 12
empresas respondem por 100% da produção, conforme os dados compilados por
François Chenais, em A Mundialização do Capital.
Os acionistas destas empresas,são cada vez mais os fundos de pensão, que con-
forme projeção de Peter F.Drucker, em A Revolução Invisível, em meados de 1985
eram proprietários de mais ou menos 50% do capital investido nos EUA.
Assim é, que sob esta ótica, com referência aos produtos agropastoris os
megapólios, nos Estados Unidos da América controlam: Quatro (4) membros do
cartel de grãos controlam 71% dos moinhos de farinha de trigo;Cinco (5) membros
do cartel de grãos controlam 60% da produção de derivados de milho nos EUA;
Quatro (4) membros controlam 74% da produção de derivados líquidos de milho
nos EUA; Cinco (5) grupos do cartel de grãos controlam 76% da trituração de se-
mente de soja; Três (3) membros controlam 64% do abate de carne de gado nos
EUA; Quatro (4) membros controlam 45% do abate de porcos; Quatro (4) compa-
nhias controlam o abate de 70% dos ovinos e quatro (4) membros são donos de 24%
dos elevadores de grãos nesse país.
Desta forma seis (6) grandes companhias mundiais, num fenômeno econômico
que não se restringe somente ao solo americano, encabeçadas por Louis Dreyfus, Con-
tinental e Cargill controlam a maior parte da produção mundial de grãos e carne.
586 SÉRGIO BORJA

resto do mundo que se estabelece numa relação entre o centro e periferia, ocupando,
nesta ótica, este lugar secundário. Através desta visão, consideram-se centros as eco-
nomias em que penetraram primeiro as técnicas capitalistas de produção. A periferia
está constituida pelas economias cuja produção permanece inicialmente atrasada do
ponto de vista tecnológico e organizativo.
Agregado a esta conceituação cria-se um outro instrumental através das expres-
sões significantes do crescimento para fora e crescimento para dentro. O crescimento
para fora seria aquele subdesenvolvido em que o país periférico torna-se um mero
fornecedor e exportador de comodities agropastoris ou de minérios para os países do
centro desenvolvido. Assim, é necessário, para implementar um desenvolvimento real,
uma possibilidade de crescimento para dentro que seria aquele propiciado por uma
industrialização ou ampliação industrial. No entanto esta expansão esbarra inicial-
mente na divisão internacional do trabalho que já atribuira previamente pela inércia
histórica aos países latino-americanos um papel e função de meros fornecedores.
Com a finalidade de reativar ou engendrar um processo de crescimento para
dentro seria então, necessária a implementação de uma ampla reforma sendo que um
de seus ítens principais seria a transformação da estrutura agrária.
Para Raul Prebisch os latifúndios existentes na América-latina impediam o de-
senvolvimento de um capitalismo avançado em função de que pela renda que concen-
travam, desestimulavam o processo técnico. Para ele, também, a terra convertia-se em
uma fonte de renda e um seguro contra a inflação pela importância de seu papel produ-
tivo.
Assim é que estabelecida a equação ou o silogismo que decodifica o processo de
visualização da realidade econômica através da premissa maior estabelecida no pri-
meiro capítulo deste trabalho, no ítem 1.1., conjuminado ao postulado conceitual urdi-
do no pensamento cepalino, supra exposto, como massa crítica que permissiona a
conceituação básica para a operacionalização da tese, vemos então , nos tempos de
hoje a implementação histriônica de sua conclusão como queremos demonstrar e o
faremos.
O capitalismo, que conforme demonstração de Eduard Bernstein, refutando Karl
Marx, em sua obra, Socialismo Evolucionário, havia de alguma forma se socializado,
o que é comprovado por Peter Drucker, quando em seu livro a Revolução Invisível,
comprova que mais da metade do capital americano é composto por fundos de pensão
e que, na realidade é uma capitalismo formal e não material, que configura a tese de
Hilfirding, através do monopolismo e da exacerbação impessoal dos trusts e cartéis,
como sobejamente provamos na primeira parte do trabalho, num processo altamente
complexo utiliza-se de meios sofisticadíssimos de controle social e parte para a reali-
zação total de sua otimização de lucros.
Através dos monopólios da imprensa, antes de tudo empresa associada a
reengenharia psico institucional, implementa-se um processo de configuração e recri-
ação e reorientação da opinião pública que facilitem a “compreensão e necessidade”
do processo de reorientação institucional.
O capitalismo monopolista, que não é nem liberal nem social, nem socialista, e
só vislumbra balanços e otimização de seus lucros, considerando que o modelo
588 SÉRGIO BORJA

ordem de 4,7% sendo que este dado causou fortes apreensões sobre a possibilidade de
uma inflação. No Brasil, conhecido sobejamente o fenômeno e a inteiração da moeda
com sua oferta, através de emissão, no entanto, em princípios de 1998, para pagar a
aquisição da moeda que entrava no país atraída frente ao aumento remuneratório dos
juros, para coibir a crise dos Tigres Asiáticos, houve uma expansão do meio circulante
de 24%, num único mês, no entanto , paradoxalmente este fenômeno não causou ne-
nhuma inflação. Economistas, analisando o fenômeno, constataram que na realidade o
câmbio mantido artificialmente alto, propiciando o enriquecimento dos importadores
e dos segmentos exteriores que conforme a origem, importam adredes as mercadorias,
dumping social e dumping monetário, estes níveis cambiais altos , então, emprestam
um alto poder aquisivivo a moeda nacional que importando produtos estrangeiros faz
concorrência aos produtos similares nacionais deprimindo a produção nacional ou
mesmo fazendo que ocorra a extinção e extirpação de setores inteiros da economia.
Assim o setor de tecidos, de enlatados, de sapatos e notadamente o setor agropastoril.
Deprimindo-se a produção através da concorrência desleal das importações, de-
prime-se a oferta de produtos, que estocados são mantidos deprimidos nos seus pre-
ços, repassando para a população, com um preço final artificialmente baixo em razão
da compressão cambial, a descapitalização do setor primário que passa a ser o financiador
por excelência do programa Real.
Com relação ao sistema agropecuário, a baixa remuneração dos produtos finais,
o aumento do valor dos insumos como sementes, máquinas e agrotóxicos, e a concor-
rência dos produtos estrangeiros fazem com que ocorra uma não inversão no setor que
remunera mal o investimento ocasionando cada vez mais a descapitalização dos em-
presários.
A depressão econômica do campo, aliada a da cidade causa forte desemprego em
ambos os setores ocasionando pela mobilidade da mão de obra migratória, um amplo
cinturão de fome nos pólos produtivos pressionados pela geração urgente de mais
empregos que no entanto não são gerados. Dados do Instituto Brasileiro de Geografia
e Estatística (IBGE) indicam que o número de trabalhadores rurais passou de 18 mi-
lhões para 16,5 milhões. A crise no setor primário deve elevar os índices nacionais de
desocupação. Um estudo do IBGE revelou que o setor e a agroindústria estão entre os
oito maiores geradores de renda e emprego na economia nacional.
O caldo de cultura leva a eclosão da violência urbana que faz com que no país
70.000 pessoas, em delitos penais, a bem dizer uma verdadeira guerra civil molecular,
sejam assassinadas por ano. No Vietnã, para comparação, em cinco (5) anos de guerra
foram mortos 50.000 soldados.
Assim é, que a única possibilidade ou alternativa possível, na ótica do sistema, é
a de recambiar o desemprego e alocá-lo, como mão de obra desespecializada que é,
através da Reforma Rural.
O Capitalismo aprendeu, combatendo o Socialismo, a usar a força do adversário
contra o adversário, como numa luta marcial. Na cidade êle atira os índices de desem-
prego e o exército de desempregados, como uma espada de Dámocles para rebaixar o
valor do preço dos salários de quem está empregado, ameaçando-o com o desemprego
e com a relativização total de sua onipotência de insubstituibilidade. Assim, flexibilizan-
590 SÉRGIO BORJA

hectares demarcados e prontos para o plantio, já com toda a infra-estrutura necessá-


ria.”... “O custo médio do governo para assentar uma família é de R$40 mil. A meta do
Executivo é assentar 258 mil famílias até o fim de 1998, com previsão de gastos de
R$7,4 bilhões. Se a proposta dos líderes empresariais fosse colocada em prática, se-
gundo os cálculos do Fórum, o governo gastaria por volta de R$11,4 bilhões, mas a
sobrevivência do assentado no lote e sua emancipação estariam mais asseguradas. Os
lideres empresariais acreditam que é importante separar claramente as soluções sociais
de emergência para a questão fundiária das soluções economicamente sustentáveis,
voltadas ao universo da produção rural. Por issso, consideram fundamental também
ações voltadas ao desenvolvimento de produções econômicas sustentáveis que inte-
grem as atividades em cadeias produtivas, com o redesenho dos espaços rurais e urba-
nos, buscando comunidades menores, descentralizadas, com custos sociais menores.”
O autor do texto, conforme é explicitado no mesmo é o Sr. Luís Furlan, presidente da
Sadia, companhia grande produtora e industrializadora de produtos do campo aos quais
interessa uma cadeia induzida de fornecedores cativos, que sob o engodo do pretenso
título de proprietário trabalhem com custo social zero.
Esquecem-se os novos déspotas esclarecidos que a perda de critério com relação
ao direito adquirido da propriedade no campo, fatalmente levará a erosão do conceito
de propriedade na cidade com a eclosão de novos sem´s conforme o modismo do
neologismo.
Aos socialistas bem intencionados e iludidos resta lembrar que perderam a opor-
tunidade de lutarem pelo pleno emprego na cidade onde o conforto e a probabilidade
do saneamento, educação é melhor do que a vida no campo. Esqueceram-se que man-
daram e exilaram para o campo, da possibilidade do ano 2000 na cidade, para a possi-
bilidade do ano 1200 ou 1300, no campo. Hoje está comprovado que as sociedades
altamente desenvolvidas como EUA, Canadá e Austrália, vivem com somente 2% da
população no campo que alimenta os restantes 98% das cidades e, inclusive, gerando
excedentes, como os Americanos, que é o maior exportador de grãos do mundo, ali-
mentando outros países.
Mais ainda, esqueceram-se que mandaram para o inferno da dependência econô-
mica simbiótica, em que macroempresas cidadinas, como os grandes produtores e com-
pradores de fumo , frango, e porcos fornecem insumos gerais, como no tempo da conta
de cantina, mantendo os preços de compra sempre mínimos e os produtores aprisiona-
dos e cativos como escravos mal remunerados, sempre devedores. Comendo o sufici-
ente para não morrerem e não bastante para que se revoltem. Hipótese comprovada
pelo exemplo prático atestado pelo Documento dos Líderes, reproduzido ipsis litteris.
Sob o engodo da propriedade, valor tão caro ao espírito e as crianças que sempre
exclamam: “Isto é meu”! Escravizam-se seres humanos, sem leis trabalhistas, que en-
venenam-se com agrotóxicos e trabalham até altas madrugadas com uma remuneração
de escravos. Trocam-se assim os antigos capitalistas do campo pelos proletários
favelizados do campo, com a certeza de que podem virar consumidores das bugigan-
gas eletrônicas da cidade e que não podem estocar a mercadoria e fazerem
açambarcamento para esperar a alta de mercado. Assim, um trabalhador cativo forne-
cedor de um ensumo abundante e com preço cativo que pensa ser proprietário é me-
592 SÉRGIO BORJA

comparáveis são 11 por cento para a América do Sul e 22 por cento para a África.
Nestas quatro últimas regiões, é realmente grande o potencial físico para melhor utili-
zação das terras aráveis.
realmente uma pena que não haja melhor distribuição de terra arável em relação
às densidades de população. É elevada a área de cultivo “per capita” na América do
Norte, na Rússia, na Austrália e na Nova Zelândia. É pequena na Ásia e na Europa e
não é muito maior na América do Sul e na África; o que não representa um problema
sério na Europa e nas regiões de maior desenvolvimento econômico da Ásia. Eles
poderão adquirir os alimentos dos países com excesso de suprimentos. Terão apenas
que ser solucionados os problemas de transporte, intercâmbio e mercadicação.
muito crítica a situação nos países em desenvolvimento da Ásia, da África e da
América Latina. Suas populações estão crescendo com muito maior rapidez do que as
suas produções de alimentos; países que antigamente exportavam produtos agrícolas,
os importam atualmente. Outrossim, seus índices de crescimento econômico são por
demais reduzidos para lhes proporcionar os recursos monetários destinados ao paga-
mento dos alimentos necessários. Terão que ser atendidos com auxílios em alimenta-
ção pelos seus vizinhos mais afortunados ou deverão aumentar dramaticamente as
suas próprias capacidades de produção de alimentos.
As alternativas para solucionar o problema das nações com o objetivo de
incrementar a produção situam-se em dois pontos: a) ou poderão desbravar e cultivar
terra arável que ainda não tenha sido utilizada; b) ou poderão intensificar a produção
nas terras atualmente sob cultivo aumentando a produtividade por hectare plantado. c)
ou ainda a concomitância das duas atividades.
Se na Ásia e na Europa a fronteira agrícola já esta esgotada , no entanto, na
África e na América do Sul, ainda existem possibilidades de utilização de terras que
jamais foram aradas, sendo que a soma de terras agriculturáveis destes dois continen-
tes somam um total de 1,2 bilhões de hectares que não se acham cultivados.
Esta expansão tem de levar em conta as técnicas e o seu ensino para que não haja
prejuízo ao solo causando sua erosão; esbarra ainda nos altos custos frente a fraca
infraestrutura de meios de escoamento e de armazenagem, e ainda, nos limites ofereci-
dos pela tipologia de solos e os tipos de plantações mais aptos as suas características de
composição físico-químicas e ainda o clima e o regime das chuvas com a disponibili-
dade de água para a irrigação ou sua não necessidade.
A tipologia dos solos e suas possibilidades limitam físicamente o potencial
agriculturável que preserve o ambiente e a longeva exploração do solo visto que este é
como se fosse um ser vivo com sua micro-flora e fauna que necessita um tempo para
reciclar-se e manter suas características básicas e, desta forma preserva-se através da
possibilidade de um crescimento e uma exploração agrícola autosustentável.
Nyle Brady afirma ainda em seu profundo estudo sobre os solos que “em termos
de área total, predominam os solos rasos e arenosos ( 3,9 bilhões de hectares) seguidos
de perto por vários Latossolos (Oxissolos) encontrados nas regiões tropicais. Existem
vastas regiões de solos desérticos e de áreas secas associadas (Aridíssolos). Os Podzolos
(Espodossolos) e os solos podzólicos formam, a seguir, o agrupamento mais extenso.
Embora seja sobremodo interessante a área total dos diferentes agrupamentos de
594 SÉRGIO BORJA

pois faz um levantamento geral e classificatório sobre as várias regiões.


A classificação prévia dos solos e o seu aprofundado estudo de qualidades físi-
co-químicas e a sua composição orgânica é de vital importância para que determine-se
legalmente o nível máximo de aproveitamento do solo proibindo-se níveis de intensi-
ficação ou de exploração que prejudiquem a sua conservação e inclusive zoneando por
áreas , não só o tipo de aproveitamento, mas também as culturas adaptáveis as regiões
em consonância com o clima e as necessidades e capacidade de adaptação das culturas
aos solos e clima. A impertinência técnica, para preservar-se o desenvolvimento
autosustentável,. seria coibida através inclusive de sanções.
Além da composição físico-quimica e orgânica dos solos existem as micorrizas
que são as associações simbióticas mutualistas formadas entre certos fungos do solo e
raízes da maioria das espécies vegetais, constituindo-se no estado natural das raízes da
maioria das plantas. As micorrizas existem desde há 400 milhões de anos, e o caráter
mutualista das mesmas contribui para sobrevivência e evolução das plantas terrestres e
dos fungos pois o fungo simbionte aumenta a capacidade da planta de absorver nutri-
entes do solo, favorecendo sua nutrição.
Da mesma forma a biomassa microbiana que soma-se a composição do solo tem
seu valor na composição do mesmo.
Ora, toda esta longa exposição sobre a classificação dos dos solos e a sua distri-
buição pelos continentes em níveis percentuais de ocupação bem como sua composi-
ção inorgânica e orgânica tem por finalidade, mostrar através de um parâmetro cientí-
fico de classificação, a necessidade de parâmetro deônticos ou legais normativos para
a exploração da terra sem que sejam causados prejuízos ecológicos como o que vamos
demonstrar logo a seguir. Prejuízos estes causados pela exploração e pela ganância
desmedida que ocasionou a desertificação e a inutilização , com perda dos nutrientes
da camada de solo de várias regiões do mundo, levando ao processo até, em alguns
casos, de desertificação.
Nos Estados Unidos, em 1934, mais ou menos eram explorados 770 milhões de
hectares e 16% desta terra se achava seriamente prejudicada pela erosão. A superfície
equivalente ao Estado do Texas somado ao Estado do Oklakoma, em conjunto.
As partes mais afetadas eram as do oeste do Corn Belt (Iowa, Nebraska e Missouri)
e a parte úmida do sudoeste (Texas e Oklahoma) e os Estados do sudeste onde a cultura
principal era o algodão.
Toda esta erosão não foi causada pela natureza, como a da chuva e a eólica, foi
causada isto sim, pela atividade do homem que usando técnicas agrícolas ultrapassa-
das ou equivocadas fez com que houvesse este processo de erosão que causou o
lixiviamento das terras , trazendo a falta de fertilidade e a crise econômica no seu bojo.
O Congresso Americano ao reconhecer a magnitude do problema criou, na épo-
ca uma agência nacional cognominada Soil Conservation Service, mas já era tarde
para resgatar o potencial anterior e a riqueza erodida.
Este mesmo problema ocorreu no Rio Grande do Sul, quando, como descreve
João José P. Souto, em seu livro Deserto, uma ameaça? a especulação indiscriminada
e inescrupulosa ultrapassou os níveis de aceitação do solo causando agressões que
deixaram sequelas num processo objetivo de desertificação. Souto, afirma que: “A
596 SÉRGIO BORJA

mento em que houve esta procura, houve também a oferta por parte dos produtores
rurais, que visavam a uma outra alternativa de renda, através do arrendamento de suas
terras de menor produtividade. Foi promovido, portanto, o cultivo indiscriminado des-
sas áreas extremamente arenosas, deixando marcantes sinais pelos seus efeitos erosivos,
causados por uma agricultura irracional.

1.4. O Direito Agrário, a Propriedade e seu Fim Social.


Vários autores preocuparam-se em esclarecer os lineamentos básicos sobre a
origem da propriedade. Lewis H. Morgan, em sua obra prima A Sociedade Primitiva
em que estuda o aparecemento da gens, das tribos, clãs e posteriormente do estado,
chega a uma conclusão sobre o surgimento da propriedade que depois foi utilizada por
F.Engels no seu estudo sobre as Origens do Estado, da Família e da Propriedade. John
Locke em seu Segundo Tratado sobre o Governo, no capítulo V, enumera a Proprieda-
de, entre outros direitos, como um dos direitos naturais de todo o homem.
A Revolução Francesa, na Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão,
erigiu tal valor em direito colocando-o no seu artigo primeiro.
A partir de Gracus Babeuf, um proto socialista, com seu Manifestos dos Iguais,
a partir de 1793 iniciou-se um processo de surgimento de uma doutrina que
convencionou-se chamar socialismo que negava o direito de propriedade. Proudhon,
um destes socialistas, afirmava que a propriedade era um roubo. De lá para cá Karl
Poper em seu livro Os inimigos da Sociedade Aberta, passou a acusar Platão, Demócrito
e Thomas Morus como precursores destes socialistas e cujo pensamento utópico, atra-
vés da inversão hegeliana, proposta por Marx-Engels, desemboca no Marxismo-
leninismo, adicionado por Lênin. Assim é, que se a tese era a propriedade, a antítese
passou a ser a sua inexistência.
Estes dois movimentos ideológicos projetaram-se em duas cosmovisões jurídi-
cas, o constitucionalismo político-liberal, com características da doutrina liberal e o
socialismo constitucional, com sua vertente igualitária socialista.
Entre estes dois extremos, logo após a primeira guerra e mesmo na sua
concomitancia, eclodiu um outro movimento que na realidade passou a ser como se
fosse a terceira fase do silogismo ou sua conclusão dialética: O Constitucionalismo
Social através das revoluções democrata-sociais representadas pela Revolução Mexi-
cana de 1917 e pela Revolução Alemã de 1918, que culminou na República de Weimar.
Deste meio termo entre tese e antitese, entre a afirmação e a negação surgiu
um tertius genus com características ecléticas que foi muito bem definido por Carl
Schimit, jurista alemão, como um decisionismo onde aderem compromissos jurí-
dicos. Assim, as partes dogmáticas das constituições de então, que configuravam
a zona de exclusão ou de franquias onde situavam-se os direitos da cidadania, e
ainda, a parte orgânica das mesmas, que configurava a sua organização política
como Estado, aderiu um novo capítulo intitulado Social e Econômico. Dentro
deste capítulo houve um tratamento diferenciado da propriedade, que de termos
absolutos passou a ser relativizada em razão de sua finalidade ou fim social. A
Constituição Alemã paradigma deste direito irigiu este princípio no seu artigo 14,
inciso 2; a Constituição Mexicana, em seu artigo 27.
598 SÉRGIO BORJA

ou reconversão social, com um retorno piegas, sofístico( cria-se o conceito de sem


terra pela presunção de suposição que exista transmissão genética de uma aptidão
inerente como se os homens fossem pássaros joão de barros), em vez de criarem-se
empregos na cidade, ou inclusive a projeção de novas cidades, remete-se para o campo
sem esperança de nada, para suprir , como servos (como estão chineses e orientais),
sob o engodo da propriedade capitalista, alimentando o sistema multinacional de can-
tinas,. onde o produtor sempre está devendo;
Quando constata-se que existem terras, sendo que na América do Sul e no Brasil,
existem as maiores reservas de terras não exploradas que poderiam possibilitar a ex-
pansão da fronteira agrícola, itém 1.3.b, em 98% além do que já foi explorado, o que
não se faz porque o Estado não quer construir estradas e infraestrutura e também
porque não quer desapropriar grandes latifundiários e firmas estrangeiras que domi-
nam propriedades com mais de 10.000 ha;
Quando comprova-se, conforme o Relatório Gassen, ítem 1.4, que a FAO afir-
ma que na América Latina apenas 10% dos agricultores são considerados viáveis,
sendo que conforme o Ministério da Agricultura, no Brasil, dos 5,8 milhões de estabe-
lecimentos rurais, 40% são marginalizados e somente 20% são viáveis ou consolida-
dos, resultando assim uma soma de 80% de estabelecimentos marginalizados, que
antes dos valores dados para “esta reforma que se faz” desapropriando terras de
pequena extensão e de produtores tradicionais, deveriam ser incorporados no sistema
produtivo:
Quando comprova-se , segundo ainda o Relatório Gassen, que a diminuição no
tamanho das propriedades cria um processo de pauperização e inviabiliza a produção
otimizada e de acordo com os padrões exigidos pelos consumidores;
Quando o processo de individamente e os preços pagos aos produtores, empa-
tam-se nos juros pagos ao sistema bancário, no preço dos insumos multiplicados em
forma geométrica e nos preços finais deprimidos;
Quando comprova-se pelos índices estatísticos coletados em livros científicos
citados ao longo deste trabalho, que a atividade primária vencedora e exportadora do
primeiro mundo, devidamente protegida e não submetida ao livre comércio como está
a nossa frágil atividade primária, ocupa somente 2% de sua população para gerar exce-
dentes para exportação;
Quando na cidade, atira-se trabalhadores desempregados contra empregados para,
com a ameaça do desemprego, flexibilizarem-se os direitos trabalhistas até o limite da
servidão dos chineses que trabalham por centavos de dólares e não tem férias, nem fim
de semana , relegados a uma semi-escravidão e, ainda, recolhe-se os desempregados
da cidade e atira-se reprocessados com o nomen iuris de sem terras, causando, com a
permissividade e complacência das autoridades constituidas, junto com a invasão das
propriedades e a ameaça ao direito de segurança dos proprietários, causando a retração
dos investimentos no setor, a desmotivação, e a desorganização social que vai cada vez
mais a passos largos para a gestão da convulsão no campo que gradativamente, no
final, alcançará a cidade;
Em suma, somando-se todo o exposto, chega-se a inevitável conclusão de que o
FIM SOCIAL DA PROPRIEDADE, compatibiliza-se, NÃO com a visão equivocada,
602 RAMÓN HERRERA CAMPOS

La ministra de Medio ambiente ha manifestado que estas leyes provocarán un


cambio de mentalidad entre los consumidores y que el que genere un residuo se res-
ponsabilizará de él.
El Ayuntamiento de El Ejido con visión de futuro se ha adelantado a esta ley de
residuos y ya lleva varios años trabajando en esta materia.
Si bien es cierto que la Administración no debe intervenir en la vida empresarial,
también lo es el hecho de que debe asumir su responsabilidad en la dotación de medios,
para que la misma pueda crearse y desarrollarse satisfactoriamente, y en lo que respecta
a la agricultura, los protagonistas de la producción y comercialización de EL Ejido
(España) han demostrado su capacidad para poner en marcha iniciativas de exito, con-
solidando paulatinamente la función que le corresponde.
Parecía, pues, oportuno que le tocara el turno a la administración local, de manera
que en el pasado reciente, hace poco mas de cuatro años, tal responsabilidad fue total-
mente asumida con el fin de evitar el deterioro de la imagen y la negativa repercusión
que podría ocasionar la falta de gestión de los residuos producidos por este sector,
pues se podría poner en riesgo la calidad de nuestros productos, hasta incluso poner en
duda el sostenimiento del propio sistema productivo.
Actualmente se puede constatar lo acertado de aquella decisión, pues si bien aun
quedan pendientes algunos asuntos que solucionar, en esta materia de gestión de
residuos, al menos se van consolidando las bases sobre las que se fundamenta el deno-
minado Plan de Higiene Rural, que describiré durante mi intervención.

II. ANTECEDENTES
Tradicionalmente, los residuos agrícolas no tienen en ninguna parte la
consideración de problema, pero cuando se produce una concentración de agricultura
intensiva tan grande como la de El Ejido, no hay mas remedio que hacer un
planteamiento serio sobre los modos de gestionarlos para conseguir al menos dos co-
sas:
- Mantener una calidad de vida digna en un medio ambiente razonablemente
conservado.
- Posibilitar que el problema de contaminación no llegue a poner en peligro a la
propia actividad que genera esos residuos
Hasta hace poco tiempo, tanto por falta de concienciacion de los agricultores
como de alternativas solidas, los residuos han sido indiscriminadamente arrojados en
baldios y ramblas, o bien quemados para lograr una aparente eliminación del proble-
ma. La apreciación que hacían los agricultores sobre los perjuicios de estos vertidos
era muy variada: en lo que se refiere al plástico, prácticamente existe una conciencia
general sobre los perjuicios de las incineraciones o los abandonos en el campo, porque
el agricultor enseguida detecta problemas directamente derivados de tal practica
(incendios incontrolados u obturaciones de los canales de riego). En cambio en los
vertidos de vegetales y frutos era menos unánime la valoración, tal vez porque se
consideraba mas inocua la quema de restos o porque las acumulaciones de brozas en
baldios no se relacionaban con la propagación de plagas. Por desgracia, no parecía que
existiera conciencia del riesgo que suponga destinar las ramblas a vertidos de residuos
604 RAMÓN HERRERA CAMPOS

1993 fueron aproximadamente 22.000 Tm. de CO2) en todo el país.


B) El abandono indiscriminado en ramblas y solares, proporciona dos tipos de
riesgos o impactos que se pueden contemplar a dos niveles:
1.- Generando focos de propagación de enfermedades y plagas, ayudadas en
ocasiones por las frecuentes brisas de la zona y por la propia bonanza climatologica, a
los cultivos colindantes. Continuamente se hace referencia en tratados de lucha inte-
grada, a los aspectos culturales, en los que se insiste continuamente que la asepsia debe
ser responsabilidad no solo del que la aplica sino del entorno en general; pues los
invernaderos no pueden ser considerados como ecosistemas cerrados, y por lo tanto
son susceptibles de presiones de plaga exteriores. Los ciclos biológicos de plagas y
vectores se ven favorecidos, en la mayoría de las ocasiones a temperaturas suaves, de
las que esta zona tiene como una de sus causas de exito. Tal es el caso de las enfermedades
y plagas mas frecuentes en el área, cuyo tratamiento no es objeto de esta intervención.
2.- Constituyendo grave riesgo en procesos de altaprecipitación, típicos de estas
zonas mediterráneas, con lluvias torrenciales, objeto de la orografia local, con profusion
de ramblas y aliviaderos, cuya función puede verse seriamente impedida si se encuentra
dificultada por los residuos allí depositados.

IV. DEFINICIÓN DE RESIDUO. CONSIDERACIONES LEGALES.


De entre las numerosas definiciones que se manejan, conviene destacar la que
recoge la Ley 42/75 por su caracter explicito. Dice:
«Es todo material resultante de un proceso de fabricación, transformación,
utilización, consumo o limpieza, cuando su poseedor o productor lo destina al abando-
no».
Mas tarde, la Consejeria de Medio Ambiente de nuestra Comunidad publico el
Decreto 283/1995 de 21 de Noviembre por el que se aprobó el Reglamento de Residuos
de la Comunidad Autónoma de Andalucía, y que viene a regular lo promulgado en la
Ley 7/1994 de 18 de Mayo de Protección Ambiental.
Fijándose en los criterios contemplados en el articulo 1º de la Directiva del Consejo
de las Comunidades Europeas, de 15 de Julio de 1975 (75/442/CEE), el citado
Reglamento define como
Residuo o Desecho: «Cualquier sustancia o objeto descrito en los apartados del
articulo 3.1 del cual su poseedor se desprenda o tenga la obligación de desprenderse».
El aludido articulo 3.1 en su apartado g) dice «Residuos de actividades agrícolas entre
los que se incluyen expresamente, los sustratos utilizados para cultivos forzados y los
plásticos y demás materiales utilizados para la protección de tales cultivos contra la
intemperie, así como los envases de productos aplicados en agricultura, excepto los
que sean catalogados como tóxicos y peligrosos».
Sin pretender elaborar un análisis del Ordenamiento Jurídico vigente, merece la
pena completar esta definición con la interpretación que de los residuos vegetales hace
la Ley 7, que aparentemente pudieran estar excluidos del ámbito de aplicación de la
Ley.
Así pues en el Titulo I sobre disposiciones generales, el articulo 4 en su apartado
2 dice:
606 RAMÓN HERRERA CAMPOS

las fases correspondientes de los ciclos productivos, siendo estos en los meses de
Enero-Febrero y Mayo-
junio
3ª.- El valor máximo de generación de residuos vegetales se sitúa en el orden de
las 85.000 Tm a mediados del mes de Junio.
En este calculo no hemos tenido en cuenta la nada despreciable cantidad de
productos de desecho producido como residuo en las centrales hortofruticolas, que
este ano se ha visto seriamente agravada por la entrada en funcionamiento de los me-
canismos reguladores previstos por la Organización Común de Mercados para Frutas
y Hortalizas, que ejercen las organizaciones de productores de estas.
Así por ejemplo, la destrucción masiva de tomate en los meses de mayo y junio
de la pasada campana, consecuencia de la aplicación de los antedichos mecanismos
reguladores, supuso la aparición de mas de 80.000 Tm. en esos meses, de este fruto
como residuo, cuyo teórico destino era la destrucción en vertedero por medios mecánico.
O como el caso de la col china que sin estar sometida a este tipo de regulacion,
por razones de mercado, son destinadas a destrucción un promedio de 17.000 Tm.
anuales, en poco mas de tres semanas.
V.- 2.-RESIDUOS PLÁSTICOS.
El material mas utilizado en la cubierta de invernaderos es el polietileno(PE) de
baja densidad.
La norma U.N.E. 53-328-85, establece las características y duración que debe
tener este film.
EL 85% del plástico utilizado en los invernaderos de Almería es PE-180 micras
de larga duración. El uso de PE termoplastico de 200 micras se reduce al 14% debido
a su mayor precio y la necesidad de utilizar mas kilogramos para la misma superficie,
pese a que presentan un mejor comportamiento contra las bajas temperaturas. La
tendencia actual es el empleo de plásticos de mayor duración y termoplasticos como el
copolimero EVA tricapa, de reciente introduccion que representa el 1% del plástico
usado
La cantidad de plástico utilizado es de 2000 Kg/Ha de PE-180 y 2260 Kg/Ha de
PE-200.
Otros plásticos de PE-25-50 micras se emplean para combatir malas hierbas,
desinfeccion o en doble techo para mejorar el aislamiento del invernadero y conservar
la energía almacenada

CALENDARIO DE GENERACION DE RESIDUOS PLASTICOS EN EL


EJIDO.
Los diversos tipos de plásticos y la dinámica de aparición como residuo, hace
mas complicadA la gestión de lo que en un principio cabría esperar.
Como se puede observar el calendario de generación esta íntimamente ligado a
la organización típica de las campañas, donde cabe resaltar el caso del plástico de
cubierta, produciendose su cambio para el inicio del primer cultivo, siendo prácticamente
despreciable el cambio al inicio del segundo.
Existen otros tipos de plástico utilizados en nuestra agricultura consumidos en
608 RAMÓN HERRERA CAMPOS

No hay duda que la agricultura intensiva genera muchos otros residuos y en


cantidades nada despreciables, pero hemos preferido ir asentando soluciones paso a
paso para no colapsar la implantación del propio sistema. Entre estos residuos
adicionales cabe destacar, tuberías y gomas de goteo, cartones y maderas y las estructuras
completas de invernaderos compuestas por palos, alambres, hierros, bloques, etc.
El primer paso a la hora de decidir la filosofía del Plan, ha sido rechazar varias
opciones que afectan a su financiación, entre las que cabe destacar la vía fiscal.
Tal opción se ha rechazado por considerar que abordar el proyecto de residuos
con unos volúmenes como los descritos solo con recursos municipales, supondría un
cambio enorme en la politice contributiva que, además de no garantizar una eficacia
comprable a la empresa privada, seria demasiado general y no incentivaria en los agri-
cultores la implantación de procesos que paliaran individualmente el problema. Una
tasa seria discutible según el tipo de cultivo y los residuos que generara, no tendría en
cuenta las posibles etapas de inactividad ni la implantación de soluciones individuales.
En contraposicion con ello se ha optado por sistemas que pudieran sustentarse en
principios de rentabilidad económica para agricultores y empresas de servicio,
rentabilidad que siempre hay que añadir a la medio ambiental.
Con esta calificación, hemos asumido la norma comunitaria de «quien contami-
na paga» con el sespo de identificar como «contaminador» al agricultor que realiza los
vertidos.
Así pues, se han repartido las misiones de los distintos protagonistas de este
Plan, y se han asignado las responsabilidades que debe asumir cada uno de acuerdo
con el siguiente esquema:
Responsabilidad del Ayuntamiento:
Como promotor del Plan, el Ayuntamiento ha asumido el papel de «investiga-
dor» de la calificación del problema y de las distintas soluciones a aplicar, tanto con su
propia estructura técnica como con la resultante de prospeccion en otras comunidades
e industrias.
Por ser la autoridad administrativa, su primera misión es dictar la normativa
necesaria para definir las reglas de juego de todos los afectados por el problema de los
residuos agrícolas, entre los que se encuentra el propio Ayuntamiento. A este respecto,
se publico la correspondiente Ordenanza Municipal en el B.O.P. de Almería nº 234 de
9 de Diciembre de 1 992.
La siguiente misión del Ayuntamiento ha sido la difusión del Plan entre los agen-
tes implicados (agricultores, empresas e instituciones), discutiendo sus conclusiones y
recabando las opiniones necesarias para mejorar nuestro trabajo del Ayunamiento.
A continuación, se ha promovido la implantación de empresas que ofrecieran los
servicios necesarios para poder cumplir con la Ordenanza, y se ha normalizado su
actuación con precios públicos y contratas, actuando inicialmente con una intervención
muy directa por varios motivos:
1.-Vigilar el correcto cumplimiento de normas y servicios.
2.-Garantizar el respaldo económico de los servicios prestados.
3.-Detectar las posibles correcciones sobre el diseño original y paliar sus
deficiencias.
610 RAMÓN HERRERA CAMPOS

VII. DESCRIPCIÓN DEL SISTEMA.


EL sistema propuesto por el Ayuntamiento de El Ejido se basa en una combinación
de alternativas que atienden a necesidades muy diferentes y que pretenden cubrir la
mayoría de los caso estudiados.
Se basa en los siguientes procedimientos:
1.- PUNTOS DE RECOGIDA:
Se denomina así a una parcela dentro del Termino Municipal, que permite en su
interior la concentración temporal de residuos agrícolas hasta que se trasladen a los
centros definitivos.
Estas Parcelas son de libre acceso y deben tener 7.000 m2 la superficie mínima.
La gestión y mantenimiento de estos puntos de concentración es una
responsabilidad municipal y no tiene mas objeto que facilitar la recogida a quien no
tenga otros medios para hacerlo, y mentalizar a los agricultores en el establecimiento
de una higiene rural completa.
Adicionalmente, estas parcelas están destinadas a albergar ciertas operaciones de
transformación de los residuos, enfocadas exclusivamente a facilitar su transporte y
clasificación. Ejemplos de estas operaciones pueden ser el empacado, compactado o
flejado.
DISTRIBUCIÓN INTERIOR:
En interior de cada Punto se establecen tres zonas que han de servir de acopio de
los residuos por separado, según su naturaleza. Las dimensiones y distribución se basa
en los siguientes factores:
Vegetales: Se sitúa en la zona mas alejada a los invernaderos y canales de riego
descubiertos.
Plásticos: Situada en uno de los extremos de la parcela y con la mayor protección
posible de vientos.
Otros Residuos Agrícolas: Se destina a palos, alambres, cartones y otros residuos
desclasificados y se sitúa en el otro extremo.
Las dimensiones de cada una de estas zonas depende del caso particular de cada
parcela, y tienen un camino de servicio de cinco metros de ancho al objeto de facilitar
el acceso a cada una de las zonas descritas anteriormente.
LIMITACIONES:
De ubicación
a)No pueden ser utilizadas parcelas que no permitan dejar una distancia de
seguridad superior a 15 metros entre los invernaderos y la zona de residuos vegetales.
En el caso de tratarse de canales de riego descubiertos con flujo continuo la distancia
entre este y la zona de residuos vegetales no debe ser inferior a diez metros.
b)EL acceso al centro no puede suponer en ningún momento un peligro para la
circulación de vehículos.
c)Los accesos a través de una red hidráulica han de ser debidamente acondicio-
nados para no ocasionar averías en la misma.
d)En las proximidades de carreteras, caminos, canales de riego, etc., ha de
construirse una valla protectora.
e)La distancia mínima entre los centros y los núcleos de población no debe ser
612 RAMÓN HERRERA CAMPOS

Tratamientos
En los centros han de realizarse tratamientos sanitarios periódicos al objeto de
mantenerlos en condiciones sanitarias aceptables y evitar que sean foco de infección.
Estos tratamientos van dirigidos al suelo y han de realizarse después de terminar
cada retirada de los residuos acumulados.
La implantación de estos puntos de recogida ha sido desde el primer momento
una situación temporal, enfocada a dar soluciones sencillas y gratuitas al agricultor
para facilitar su cambio de actitudes frente al problema de los residuos agrícolas.
Inicialmente, el sistema ha sido bien acogido inicialmente por considerarse gra-
tuito un servicio que no considera el uso de sus propios recursos de mano de obra y
transporte, pero
si bien ha supuesto una interesante experiencia desde el punto de vista social,
presenta varios problemas debidos a la duplicidad de gastos de recogida, dificultad en
la clasificación de residuos y, debido a la alta concentración de invernaderos, es difícil
encontrar una ubicación que no perjudique a nadie, especialmente con los fuertes vientos
de la zona.
2.- SERVICIOS DIRECTOS:
Es la verdadera base del sistema y la que esta destinada a implantar la solución
definitiva, consistente en contenedores con un mismo tipo de residuos que garantizan
plenamente el vertido, traslado y control.
Previa solicitud del agricultor, este servicio pone a su disposición en la finca el
numero de contenedores solicitados, comprometiéndose a realizar su retirada en el
plazo acordado. El agricultor puede disponer de contenedores propios, en cuyo caso el
servicio se limita al vaciado del mismo una vez este lleno y haya sido solicitado.
Los contenedores serán de 5 m3 de capacidad, ajustándose a las dimensiones
estancar del mercado y, al objeto de ser identificados durante la noche, han de tener
pintura reflectante.
VARIEDADES DE SERVICIO:
El sistema de recogida que combina el uso de contenedores con camiones
compactadores industriales, tiene diversas modalidades que pretenden cubrir otras tantas
necesidades tipificadas. Tales variedades son:
Alquiler de un contenedor por tres días
Comprende su instalación física, tres días de deposito en la finca, un solo vaciado
en camión compactador y la retirada del contenedor.
Alquiler por días adicionales
Cuando por alguna circunstancia no se ha podido terminar el trabajo en el plazo
previsto, y no incluye mas vaciados.
Alquiler mensual o por campana de un contenedor
Comprende su instalación física, un mes de deposito en finca sin vaciados, y su
retirada al final del período.
Vaciado de contenedores
Aplicable a contenedores propios del agricultor o a los alquilados en redimen
mensual.
614 RAMÓN HERRERA CAMPOS

POR VACIADO DE CADA CONTENEDOR PROPIO O ALQUILADO


Considerados solo para servicio de agricultores: 1.408 Ptas.
POR RECOGIDA DE MIL METROS DE PLANTACIÓN
Desde una pila ordenada en la puerta del invernadero al camión compactador.
Las fracciones de esta superficie por encima de 500 m2 se redondean por exceso.
Si los residuos se encuentran apilados dentro del invernadero, la tarifa en sus
distintas variedades se vera incrementada un 20%.
VIII. DESTINOS FINALES.
Con un planteamiento tradicional sobre la gestión de residuos, debieran acometerse
estudios sobre vertederos controlados, pero esta opción, además de suponer unas enor-
mes inversiones y tiempo de desarrollo, crearla unas enormes dificultades.
Por este motivo, se ha prestado una especial atención a soluciones industriales
que minimizaran los vertidos improductivos, y puestos en contacto con empresas es-
pecialistas del sector, tanto de ámbito regional como nacional, hemos detectado una
reaccion de sorpresa ante la envergadura del problema y una falta de experiencias en
casos similares, por otro lado difíciles de encontrar.
Respecto a los residuos plásticos, cuya solución esta directamente ligada a la
industria de transformación, se presenta la alternativa del reciclado, la transformación
y la regeneración energética. además de estudios incipientes sobre la reconversión en
carburantes linuidos.
Este negocio esta muy condicionado a las variaciones del precio de la granza
virgen, que resta aplicabilidad al uso de material reciclado cuando a las limitaciones
técnicas y legales de su aplicación hay que incorporarle un alto valor añadido de
depuración y reciclado. Por este motivo, se estrecha la variedad de plástico susceptible
de incluir en este circuito y se trata de detectar otras alternativas.
Una de ellas es la utilización del plástico para reutilizarse sin tareas de depuración
previa, creándose piezas con soportes metálicos para la construcción de invernaderos.
Por ultimo, se ha experimentado con la reconversión energética en centrales tér-
micas en sustitución del carbón, apreciándose una contaminación atmosférica y de
cenizas menor que en aquel y una mayor termia. El único requisito es someter al plás-
tico sin lavar a un proceso de aglomeració en virutas para permitir su fácil tratamiento
en las instalaciones de alimentación de las calderas.
En este tipo de soluciones se ha trabajado en colaboración con industriales de la
zona, la AMA y la Fundación Española de Plásticos para el Medio Ambiente, siendo
todas las experiencias muy alentadoras.
Respecto a los vegetales, no había inicialmente tantas opciones industriales, por
lo que se ha acometido una prospeccion mas complicada y se ha destinado una impor-
tante parte de los residuos captados a la regeneración de las extracciones de «tierras de
canada», las arcillas empleadas para creación del suelo artificial de los invernaderos.
Además de esta solución, esta en funcionamiento una planta de fabricación de
compost a partir de los vegetales, y que tiene una capacidad inicial de 50.000 Tm. por
año.
Estas acciones, que son las que materialmente están ya en marcha, se
complementan con estudios propuestos por iniciativas que, al reclamo del movimiento
616 RAMÓN HERRERA CAMPOS

de otro modo, los restos vegetales no seleccionados o procedentes de la parte del rechazo
del reciclado, o los no aprovechados por el ganado sirvieron de dieta, contienen además
los hilos de polipropileno elevando su poder calorífico a las 3.000 Kcal/Kg.
La clave del asunto estera entonces en distinguir definitivamente entre lo que
entendemos por residuo y por subproductos de la actividad agrícola.
Como se dijo al principio de esta intervención, si bien aun quedan algunos residuos
cuya gestión se ha de abordar, los principales causantes de un mayor impacto medio
ambiental negativo prácticamente han sido abordados en su gestión de manera inte-
gral.
Prueba de que el camino emprendido es correcto fue puesto de manifiesto por la
DirecciónGeneral XI de la Comisión Europea, encargada de asuntos de medio ambi-
ente, seguridad nuclear y protección civil, pues la Comisión evaluadora de los proyectos
acogidos al programa europeo «Life». considero en 1994 el de Higiene Rural como
subvencionable.
La valoración de tal decisión hay que enfocarla desde la óptica del respaldo y
reconocimiento por parte de la Comisión Europea mas que por los casi 200.000 ECUS
subvencionados. Pues a este programa Life en aquella ocasión, 1994, fueron presentados
1.835 proyectos de los que el Estado Español propuso 128 ante la Comisión Evaluadora
del LIFE, y de los que únicamente 17 fueron seleccionados de ellos 2 en Andalucía.
uno el de Higiene Rural.
Así pues, en poco mas de cuatro anos se ha pasado a realizar cuantiosas inversiones,
muy superiores a la capacidad inversora de la Administración Local, que a modo de
resumen se puede establecer de esta manera:
Veinte empresas locales para la recogida de residuos con inversiones próximas a
los mil millones de pesetas.
Una planta de obtención de compost con una inversión de 350 millones de pesetas.
Dos plantas de reciclado de perlita y lana de roca con una inversión de 500 millones
de pesetas.
Tres plantas de reciclado de plástico con una inversión de 900 millones de pesetas.
Creación de puestos fijos de trabajo directos de algo mas de 300 trabajadores.
En definitiva, convertir los residuos en recursos es una apuesta factible para un
futuro mas alagueno.
Mi agradecimiento al Area de Agricultura del Ayuntamiento del Ejido,en Espe-
cial a D. Manuel Maldonado y a D. Antonio Escobar por la ayuda que en todo momen-
to prestan a la universidad de almería y en esepcial a la Facultad de Derecho.
618 LETICIA ALEJANDRA BOURGES

nivel mundial por mal uso 6 millones de hectáreas de tierras agrícolas y/o pastoriles,
la consecuencia lógica es la disminución de potencial productivo mundial1 . De acuerdo
también a la FAO la salinidad ha ya dañado 30 millones de los 240 millones de hectáreas
de tierras irrigadas en el mundo2 . La FAO ha revelado que en Latinoamérica un 80%
de sus suelos están afectados a la degradación por el uso inadecuado de la tierra3 . El
Fondo de Población de Naciones Unidas establece proyecciones de incremento de
población en una hipótesis mínima de 7.500 y una máxima de 10.000 millones de
habitantes para el año 20254 .
Sin cambios de la mentalidad de los hombres y en las prácticas agrícolas sólo hay
un cartel al final del camino: HAMBRE. El futuro nos muestra explosión demográfica
y pérdida de áreas cultivables. Como dice Pigretti, el respeto a la naturaleza importa
permitir la vida5 . Uno de los pilares en los que se apoya este respeto y la defensa de la
naturaleza es, sin duda, como sentencia de Fernández Bussy, la doctrina de la llamada
“agricultura sostenible o sustentable”, también referida como “agricultura alternati-
va”6 .
Siguiendo a Sanz Jarque no es cuestión de una persecución por obtener de los
recursos la máxima cuantía de productos, como hacerlo compatible con la estabilidad
del ecosistema implicado7 . La Comisión Mundial de Medio Ambiente y Desarrollo,
pronunciándose en favor de un desarrollo sustentable, afirma, en su informe “Nuestro
Futuro Común”, que “la humanidad está en condiciones de realizar un desarrollo
sustentable que satisfaga las necesidades del presente sin comprometer la capacidad de
las futuras generaciones de atender sus necesidades”8 .
Para ello se requiere una transformación en el comportamiento de los hombres
conducidos por la firme voluntad de asumir una actitud responsable frente al ambiente
y de llevar el consumo de recursos a niveles sostenibles. Según dichos de Coria “es
imprescindible una transformación estructural del sistema social en general”.
Advirtiendo el desafío, el Departamento de Estados Unidos (USDA) estableció
los criterios para métodos de agricultura sostenible, ellos deberán:
* mejorar la calidad del medio ambiente
* mejorar la base de recursos naturales de la cual depende la economía agrícola
* usar más eficazmente los recursos no renovables y los recursos agrícolas e
integrar, cuando sea adecuado, los controles y ciclos biológicos naturales
* satisfacer las necesidades de alimentos y fibras de la humanidad
* sostener la viabilidad económica de las operaciones agrícolas
* mejorar la calidad de vida de los productores agrícolas y de la sociedad en su
conjunto
Florence Wanbugu biotecnóloga de Kenia dijo, “la biotecnología tiene un valor
tremendo, al poner las mejoras tecnológicas a disposición de la gente de los países del
Tercer Mundo podemos mejorar todos los aspectos de sus vidas”. El estudio de prácticas
de laboreo, investigaciones biotecnológicas, iniciativas políticas contribuyen al
desarrollo de una agricultura sostenible. La yuxtaposición de estos factores permite
mantener el rendimiento de los cultivos con una menor dependencia de pesticidas
químicos, aplicar herbicidas post-emergentes, usar herbicidas de características
ambientales preferenciales, aplicar programas de conservación de suelos, reducir
620 LETICIA ALEJANDRA BOURGES

recomponer. Cuando se enuncia que las autoridades proveerán a la protección de este


derecho, se entiende que “apunta no sólo a una obligación de omisión para no dañarlo,
sino a prestaciones positivas para lograr todo cuanto hace falta en orden a preservarlo,
a evitar que otros lo alteren o destruyan, a recomponerlo, etc., y para exigir de los
particulares cada deber concreto en cada circunstancia en la que el ambiente quede
comprometido o perturbado”16 .
Bidart Campos le asigna a este artículo como mínimo presunción de operatividad.
La falta de legislación no puede “atrofiar” el derecho reconocido y garantizado por la
constitución. Para la protección de este derecho basta servirse de la fuerza normativa
de la Constitución y de la explícita definición que ella hace del derecho de todos los
habitantes al ambiente17 .
En cuanto a la reglamentación legal, el Congreso Nacional establecerá los
presupuestos mínimos de protección, los cuales serán complementados por los que
dicten las provincias, quienes aplicarán todas estas normas. Se reconoce la
responsabilidad primordial del poder local y se convoca al estado federal para fijar los
presupuestos mínimos en virtud de la magnitud potencial del perjuicio ambiental; de
esta manera hay competencia concurrente respecto del contenido mínimo en materia
ambiental18 . Hay doctrina que sostiene que al no estar incluida la atribución de dictar
el Código Ambiental, entre las atribuciones que el art.75 depara al Congreso Nacional,
se suscitarán controversias acerca de las competencias federales, provinciales y hasta
municipales.19
Además se marca como una cuestión delicada la que radica en la amplitud de la
legitimación activa para interponer amparo por cuestiones ambientales (art.43).20 El
espectro de legitimación activa comprende el afectado, el defensor del pueblo y las
asociacionesque propendan fines ambientalistas. Las asociaciones de usuarios y con-
sumidores podrían tener legitimación activa en cuanto su interés los vincule con
actividad agraria alguna. En la legitimación activa ha de considerarse los pueblos
indígenas argentinos, quienes gozan a su vez de garantía para “participar en la gestión
referida a sus recursos naturales y a los demás intereses que los afecten” (art.75 inc.17
Constitución Argentina). De esta manera se amplían las posibilidades de control soci-
al. En doctrina se ha aplaudido la mayor presencia social, intensificadora del pluralismo
democrático.
Sin embargo la calificación de ese tipo de asociaciones de estar “registradas con-
forme la ley, la que determinará los requisitos y formas de su organización” hace que
el art.43 cree una eventual sospecha de que existan influencias oficiales. Así “el régimen
de registración puede desembocar en pluralidad social o en bolsones de poder
corporativo”21 .
La actuación de las agrupaciones resultará esencial para la toma de conciencia
acerca del problema del medio ambiente por parte de la sociedad y de las autoridades,
encargadas de formular programas de protección del mismo. El ambiente se cuida en
los asentamientos urbanos y en los rurales. El ambiente rural es la primer fábrica de
alimentos del mundo y el laboreo convencional ha contribuído a la degradación de la
tierra y hasta la pérdida de tierras fértiles. Es obligación de los grupos con tendencias
ambientalistas asegurarse que se produzca el debate sobre el tema del uso de las nuevas
622 LETICIA ALEJANDRA BOURGES

modificaciones genéticas a vegetales que constituyen la base de la alimentación; la


química, investigando los efectos de productos químicos en los procesos agrícolas
productivos, se realizan investigaciones para determinar la eficacia, efectos colaterales
y residuales de pesticidas o herbicidas.
Si el productor alcanza los avances científicos se acrecientan las posibilidades de
que lleguen al mercados los productos que el consumidor exige y se posibilita que a
largo plazo se mantenga la continuidad de la oferta en virtud de una capacidad productiva
mantenida. Informar genera la posibilidad de exigir una producción bajo criterios de
sustentabilidad que pueden derivar en un posicionamiento más competitivo del
productor, de la zona productora y del país productor.
Educar sobre cómo funciona la agricultura incentiva a debatir sobre temas como
la preservación de la tierra y ayuda a implantar políticas inteligentes.
El Estado debe apuntar a la protección del individuo, y no adoptar una solapada
actitud, influyente en círculos productivos y en la orientación de los mercados, que
resulte violatoria de la libertad económica. La protección del individuo comienza en la
protección del ambiente, y restringiéndonos al tema que nos ocupa, la protección del
ambiente comienza implementando prácticas de desarrollo sustentable.

La sustentabilidad y los tratados con jerarquía constitucional.

La prescripción del art.XI de la Declaración Americana de los Derechos y Deberes


del Hombre26 “toda persona tiene derecho a que su salud sea preservada por medidas
sanitarias y sociales” puede interpretarse de manera que ampare la exigencia de un
ambiente sano. El art.XI está colocando la salud como primerísimo objetivo de la
sociedad. Es la sociedad que con todos los medios que dispone debe procurar que la
salud se mantenga y hasta se mejore. Uno de los primeros escalones para ello es incul-
car el trabajo por un ambiente sano. El ambiente sano es una globalidad en la cual la
sustentabilidad es uno de sus pilares elementales, ya que parte de un concepto de
mantenimiento del recurso natural hasta llegar a colaborar en hábitos del hombre,
como tratamiento de los desechos y calidad de los alimentos. El ambiente sano, una
muletilla tan manipulada por la ya tangible amenaza de los peligros que acechan nuestro
planeta, nos exige poner a disposición del objetivo de lograrlo todo lo que este al
alcance de la sociedad. Nos exige no contaminación, mantenimiento de recursos
renovables, disminución de actividades dañinas para el medio y disponibilidad de todo
avance científico y tecnológico alcanzado por el hombre.
Concuerda perfectamente con la disposición del art.XIII del mismo documento:
“Toda persona tiene el derecho de disfrutar de los beneficios que resulten de los
progresos intelectuales y especialmente de los descubrimientos científicos”. Concepto
reiterado en el art.27 de la Declaración Universal de los Derechos Humanos 27 , “toda
persona tiene derecho...a participar en el progreso científico y en los beneficios que de
él resulten”.
El Pacto Internacional de los Derechos Económicos, Sociales y Culturales 28 en
su art.11 al referirse al “derecho fundamental de toda persona a estar protegida contra
el hambre” se refiere a la cooperación internacional en la adopción de medidas y pro-
624 LETICIA ALEJANDRA BOURGES

orillas de lagos, lagunas, islas, canales, acequias y embalses y prevenir la erosión de


las planicies y terrenos en declives; para proteger y regularizar el régimen de aguas;
para la defensa contra acción de los elementos, vientos, aludes e inundaciones; para
albergue y protección de especies de la flora y fauna cuya existencia se declara necesaria.
En el art.9 declara bosques permanentes todos aquellos que por su destino, constitución
de su arboleda y/o formación de su suelo deban mantenerse por ser aquellos en que
existen especies cuya conservación se considere necesaria. Al unificar bajo el amparo
legal “la atmósfera, el suelo, la flora, fauna y substancias minerales se prioriza el prin-
cipio conservacionista”32 .
En su art.5, y como contrapartida de los beneficios que les reconoce, impone
obligaciones concretas a las provincias que se acojan al régimen de la ley, quienes
deben crear un organismo para efectivizar la ley federal, aplicarla, coordinar el régimen
federal y la actividad de autoridades federales con los provinciales y municipales. De
esta manera plasma principios constitucionales comentados anteriormente.
La ley de bosques prevee una serie de contravenciones (entre las que destacamos
“encender fuego en el interior de los bosques”e “introducir ganado en infracción a
reglamentos”) y un régimen de penalidades: multas, inhabilitación para obtener
concesiones, permisos, franquicias, sin perjuicio de las acciones civiles y criminales
correspondientes.
La ley de conservación de suelos 22428/81, establece un sistema de adhesión
voluntaria de las provincias permitiendo que exista de esta manera una legislación de
tinte conservacionista en provincias donde no estaba todavía previsto el tema o que el
mismo exista en forma paralela al nacional adherido. El sistema de adhesión adoptado
es criticado por Brebbia por considerarlo demasiado laxo en relación a la envergadura
del problema, ya que podría constatarse “inacción” provincial33 .
Como nos ha señalado Brebbia la ley ha pretendido “estimular la actuación del
sector privado y coordinarla con los sectores públicos a fin de concurrir eficazmente a
defender los suelos del país”34 . Brebbia critica la preponderancia acordada al sector
privado mientras se reduce al Estado a un “rol secundario”, pues se abstiene de aplicar
coercitividad para el implemento de prácticas conservacionistas35 .
La gran tarea pública o privada tendiente a la conservación del suelo y recuperación
de la capacidad productiva sólo es declarada de interés nacional. La zona donde sea
conveniente o necesario emprender programas de conservación o recuperación, podrá
ser declarada de oficio o a solicitud de los productores. Además se propicia la creación
de consorcios de conservación integrados voluntariamente.
Los productores que participan de los programas de conservación propuestos
por el consorcio gozan de los beneficios de participar de los estímulos provinciales, de
los créditos de fomento otorgados por el Banco Nación para financiar inversiones no
cubiertas por subsidios, de recibir subsidios que representen entre el 30% y 70% de los
costos de la inversión, el mismo puede alcanzar el 100% respecto distritos de
conservación sin riesgo ubicados al sur del río Colorado (entre paralelos38’y 40’lat.sur).
En caso de incumplir con la realización de las obras previstas en el plan presentado
o destruir las mismas se sanciona con el reintegro del monto subsidiado más los intereses.
La ley de residuos peligrosos 24051 /92 (cuyo decreto reglamentario es el 831/
626 LETICIA ALEJANDRA BOURGES

económicos y al concepto agronómico de rotación de cultivos. También impone la


facultad de estímulo mediante “una adecuada política de promoción, crediticia y tribu-
taria, que aliente la actividad privada realizada con sentido de solidaridad social”.
Quizás lo más importante a cargo de la Provincia, sea la protección del “suelo de la
degradación y erosión”, la provincia es quien, por disposición constitucional propia,
“conserva y restaura la capacidad productiva de las tierras y estimula el
perfeccionamiento de las bases técnicas de su laboreo”.
La ley provincial de suelos 10.552/1991, cumpliendo en parte la prescripción de
la constitución santafesina, en su art.1 declara de orden público provincial el control y
prevención de todo proceso de degradación de los suelos; la recuperación, habilitación
y mejoramiento de las tierras para la producción; y la promoción de la educación
conservacionista. La ley define como proceso de degradación a todo fenómeno por
hecho del hombre o natural que se manifieste con síntomas de erosión, agotamiento,
deterioro físico, alcalinidad-salinidad y drenaje inadecuado.
Orientación que haciendo eco de la situación contemporánea se adelanta en 1991
a las prescripciones constitucionales del art.41 que se establecen en 1994. Ahora por
aplicación del art.41 de la constitución nacional podríamos decir que la educación e
información se afirman para difundir criterios de sostenibilidad, sin perjuicio de las
acciones positivas que encaren las autoridades y las asociaciones intermedias.
Sin emplear el termino “sostenibilidad” en los procesos de producción establece
que deberán implementarse los medios para adecuar la utilización de la tierra, con-
forme a su aptitud; manteniendo el equilibrio de los ecosistemas (art.2-ley 10.552).
Según Brebbia este objetivo de asegurar el equilibrio del ecosistema sujetando el suelo
provincial al uso y manejo conservacionista (art.23 de la ley) especifica el art.2513 del
Código Civil Argentino, cual se refiere al ejercicio regular del derecho de propiedad37 .
La ley reconoce la incidencia futura en la economía provincial de la pérdida de fertilidad
de los suelos. Además admite que para cumplir estos fines debe tenerse en cuenta las
posibilidades reales y efectivas de los usuarios.
La protección se extiende a aguas almacenadas superficialmente para conservarlas
como elemento y recurso; a las cuencas, subcuencas o subsistemas hídricos donde se
requiera protección por la naturaleza del problema. Las áreas de conservación y mane-
jo de suelos son determinadas por la autoridad, en toda zona donde sea técnicamente
recomendable emprender programas de conservación, recuperación, habilitación y
mejoramiento de suelos (art.11).
La autoridad de aplicación clasifica las áreas de conservación y manejo de suelos:
• de acuerdo al tipo de problema y su magnitud, a los fines del otorgamiento de
estímulos en
*áreas de conservación y manejo total: se consideran todos los predios rurales
integrantes de una unidad física definida por una cuenca, subcuenca o sistema hídrico
* áreas de conservación y manejo parcial: se consideran sólo los predios rurales
• en relación con los destinatarios y según el carácter en
* áreas de conservación y manejo voluntario
* áreas de conservación y manejo obligatorio: donde los procesos de degradación
tienden a ser crecientes y progresivos, o bien se desarrollan en un ámbito que no sólo
628 LETICIA ALEJANDRA BOURGES

mulo; y en el art.63 declara liberados de derechos aduaneros a los elementos necesarios


para la forestación y reforestación del país y los trabajos de investigación que deba
introducir la autoridad forestal.
Las inversiones en obras de forestación y/o reforestación, de acuerdo a planes
aprobados por el Instituto Forestal Nacional tenían derecho, anualmente, a un crédito
fiscal de un importe fijo por hectárea. Régimen que fue dejado sin efecto por el decreto
2488/1991.
La ley 24857-agosto1997 le concede estabilidad fiscal por treinta y tres años
(desde la presentación del estudio de factibilidad del proyecto) a toda actividad forestal
y al aprovechamiento de bosques comprendidos en el régimen de la ley (13.273).
Estabilidad fiscal significa que no se modificará en más la carga tributaria total, sea
nacional, provincial o municipal, determinada al tiempo de la presentación del estudio
de factibilidad. Excluídos el régimen de seguridad, aduanero y del impuesto al valor
agregado. El régimen se aplica en las provincias que se adhieran por medio de una ley
local. El incumplimiento de los proyectos realizados bajo amparo de la ley provocan el
decaimiento del beneficio y el reintegro de los tributos dejados de abonar más los
intereses (art.9 ley 24857).
El beneficio aprovecha a empresas forestales que desarrollen actividad forestal,
manejo sustentable del bosque natural, aprovechamiento de bosques cultivados y
comercialización. La misma norma definiendo estas actividades conceptúa el manejo
sustentable del bosque natural como la utilización controlada del recurso forestal para
producir beneficios madereros y no madereros a perpetuidad, con los objetivos bási-
cos del mantenimiento permanente de la cobertura forestal y la reserva de superficies
destinadas a la protección de la biodiversidad y otros objetivos ecológicos y
ambientales.
Los montos percibidos por aplicación de la ley 22.428 de conservación de suelos
quedan exentos de impuestos nacionales sean nacionales o futuros. Exención extendible
a 10 años para predios de zona fronteriza o al sur del río Colorado (entre paralelos 38’y
40’lat.sur).
El INTA (Instituto Nacional de Tecnología Agropecuaria) dio forma a un proceso
de reestructuración al reagrupar las regiones en siete macroregiones. El objetivo de
dicha reforma apunta a buscar una mayor eficacia en la investigación, la innovación, el
desarrollo y la transferencia de tecnología entre la institución y el productor, y evitar la
superposición de trabajo. Las siete macroregiones agropecuarias son: Patagonia Sur,
Patagonia Norte, Cuyo, Noroeste (NOA), Nordeste (NEA), Pampa Norte y Pampa Sur.
En materia ecológica, cualquier política, incluso la falta de ella, ocasiona impor-
tantes consecuencias económicas, porque está en juego la explotación de los recursos
naturales. Si bien algunos piensan que la Secretaría de Recursos Naturales y Desarrollo
Sustentable debería ser el organismo coordinador del desarrollo sustentable y de su
gestión en todo el país, esa tarea, en lo que respecta a la actividad agraria, sin duda
debe ser específicamente ejercida por la Secretaría de Agricultura, Ganadería, Pesca y
Alimentación.
La demanda mundial de los productos orgánicos se debe en parte a los progresos
en la calidad de esta clase de productos y a la disminución de sus respectivos precios
630 LETICIA ALEJANDRA BOURGES

de la actividad agropecuaria de las legislaciones vigentes sobre los recursos naturales


4- la armonización de las legislaciones en el tema ambiental no debe quedar
como una cuestión abstracta que desconozca o se substraiga de las realidades nacionales
y, en ese sentido, los países se comprometen a armonizar criterios y condiciones míni-
mas que, velando por los recursos naturales, constituyen el marco de desenvolvimiento
de las actividades ligadas a la producción agropecuaria.
5- esta Unidad entiende que sería oportuno facilitar la creación de mecanismos
apropiados destinados a captar recursos para resolver los problemas ambientales
regionales, por cuencas o regiones ecológicas , con proyectos de recuperación de áreas
frágiles, incluídas la compartidas.41
“En diciembre de 1995 se firmó el Acuerdo-Marco entre la Unión Europea y el
Mercado Común del Sur, en su art.17 establece ..que las partes, con arreglo al objetivo
del desarrollo sustentable, proveerán que la protección del medio ambiente y la
utilización racional de los recursos naturales sean tenidos en cuenta en los distintos
ámbitos de la cooperación interregional”; y dentro de la cooperación que se establece
“podrá incluir de manera particular el intercambio de información y
experiencias,...asistencia técnica, ejecución de proyectos conjuntos de investigación y,
cuando proceda, asistencia institucional42 .
En 1995, la reunión de Ministros de Medio Medio Ambiente en Montevideo dió
lugar a la “Declaración de Taranco”, donde se transformó la Reunión Especializada de
Medio Ambiente en la SGT N6, concentrándose entre otros temas en la competitividad
y medio ambiente, en el sello verde Mercosur, en las normas ISO 14.000, determinación
de principios ambientales a ser tenidos en cuenta en la formulación de la política
ambiental43 .

La sustentabilidad a nivel internacional.

En 1986 la Comisión Mundial sobre Ambiente y Desarrollo acunó el término


“desarrollo sustentable”.A partir de Río ‘92 el concepto de desarrollo sustentable se ha
convertido en un valor universal. Desde entonces Argentina se ha vuelto a nivel inter-
nacional más participativa en temas ambientales y a nivel interno más prolífera en
legislación ambiental. Como dice Coria la importancia radica en reflejar “un consenso
mundial y un compromiso político”.
“La Agenda 21 (producto de Cumbre de la Tierra, Río de Janeiro 1992) contiene
un ambicioso plan de acción en el que se pretenden establecer, en forma detallada, las
acciones que deben emprender los gobiernos, las organizaciones internacionales y otros
niveles para integrar medio ambiente y desarrollo en el horizonte del siglo XXI. En
este programa se detallan de modo general, entre otros aspectos, los medios técnicos y
financieros para desarrollar los planes específicos previstos, que están en relación con
las prioridades señaladas por la Resolución 44/228 (22-12-1989) de la Asamblea Ge-
neral de UN. Esto implica, en particular, el establecimiento de instrumentos más eficaces
para ayudar al Tercer Mundo a alcanzar un desarrollo sustentable.”44
“Tal como lo reconocieron los gobiernos al aprobar la resolución 44/228, el tema
de la defensa ambiental no puede examinarse en abstracto; corresponde situarlo en un
632 LETICIA ALEJANDRA BOURGES

Constitución Argentina es loable, ya impone el deber de informar y educar. Deber de


invaluables frutos para el futuro. Probablemente las normas que ya existen en nuestro
país puedan acaparar críticas, pero tienen la virtud de existir y poder ser aplicadas.
Probablemente se consideren escasas, pero tienen la virtud de constituir un marco de
referencia, una reglamentación mínima. A partir de ellas ya podemos discutir el tema,
ya podemos exigir o recomendar sus ampliaciones y recalcar las necesidades imperio-
sas de nuestro ambiente.
Si la globalidad ha llegado a los mercados y a las relaciones entre los países,
también se ha instalado en el medio rural. El medio rural ya no es sólo producción y no
es sólo tierra, también es agua, también es aire, y como podemos deducir de Paradis y
Paeme, el desarrollo sustentable atribuye al medio rural funciones de tipo social, cul-
tural, económicas49 .
A la previsión normativa habrá de añadirse la acción positiva y buena fe en su
concreción por parte de la clase dirigente de los países. El gran papel será sin lugar a
dudas de la sociedad, quien deberá exigir el cumplimiento de dichas normas y actuar
directamente en procura del tan anhelado desarrollo sustentable.
La globalización nos impone sus pautas, el desarrollo sustentable el camino.

Notas
1 Fernández Bussy, Juan José: “La agricultura sotenible y el mercosur”, en VI Congreso Internacional de
Derecho Agrario, de los Recursos Naturales y del Medio Ambiente Rural; Rosraio, Argentina 29 y 30 de
junio y 01 de julio de 1994, nro.43 Colección Jurídica y Social, page 228
2 Time, Lain American edition, march 23,1998, page 33.
3 Brebbia, Fernando: “Manual de Derecho Agrario”, edit Astrea, page205.
4 Coria; Leiva; Gaudino: “Integración, desarrollo sustentable y medio ambiente”, ediciones Ciudad Argentina,
1997, page33.
5 Pigretti, Eduardo A.: “Derecho Ambiental, ediciones Depalma, B.A. 1993, page 5.
6 Fernández Bussy, Juan José: “La agricultura sotenible y el mercosur”, en VI Congreso Internacional de
Derecho Agrario, de los Recursos Naturales y del Medio Ambiente Rural; Rosraio, Argentina 29 y 30 de
junio y 01 de julio de 1994, nro.43 Colección Jurídica y Social, page 227.
7 Sanz Jarque, Juan José: “Agricultura ecológica”, en VI Congreso Internacional de Derecho Agrario, de
los Recursos Naturales y del Medio Ambiente Rural; Rosraio, Argentina 29 y 30 de junio y 01 de julio de
1994, nro.43 Colección Jurídica y Social, page 239.
8 Coria; Devia;Lamas; Nonna; Villanueva: “El Rumbo Ambiental en la Argentina”, ediciones Ciudad
Argentina, 1998, page12.
9 Fernández Bussy, Juan José: “La agricultura sotenible y el mercosur”, en VI Congreso Internacional de
Derecho Agrario, de los Recursos Naturales y del Medio Ambiente Rural; Rosraio, Argentina 29 y 30 de
junio y 01 de julio de 1994, nro.43 Colección Jurídica y Social, page 227.
10 Hamilton, Neil: “Reaping what we have sown: public policy consequences of agricultural industrialization
and the legal implications of a changing production system”, in Drake Law Revie volume 45, number 2,
1997.
11 Hamilton, Neil: “Reaping what we have sown: public policy consequences of agricultural industrialization
and the legal implications of a changing production system”, in Drake Law Revie volume 45, number 2,
1997, page 292.
12 Fernández Bussy, Juan José: “La agricultura sotenible y el mercosur”, en VI Congreso Internacional de
Derecho Agrario, de los Recursos Naturales y del Medio Ambiente Rural; Rosraio, Argentina 29 y 30 de
junio y 01 de julio de 1994, nro.43 Colección Jurídica y Social, page 228.
634 LETICIA ALEJANDRA BOURGES

39 Forrajes & Granos, año3, N.27, marzo 1998, page 54.


40 Forrajes & Granos, año3, N.27, marzo 1998, page 52.
41 Fernández Bussy, Juan José: “La agricultura sotenible y el mercosur”, en VI Congreso Internacional de
Derecho Agrario, de los Recursos Naturales y del Medio Ambiente Rural; Rosraio, Argentina 29 y 30 de
junio y 01 de julio de 1994, nro.43 Colección Jurídica y Social, page 229; MERCOSUR, Secretaría
Administrativa. Anexo XX Acta n.4.
42 Coria; Devia;Gaudino: “Integración, desarrollo sustentable y medio ambiente”, ediciones Ciudad
Argentina, 1998, page 68.
43 Coria; Devia;Gaudino: “Integración, desarrollo sustentable y medio ambiente”, ediciones Ciudad
Argentina, 1998, page 74 y 75.
44 Coria; Devia;Lamas; Nonna; Villanueva: “El Rumbo Ambiental en la Argentina”, ediciones Ciudad
Argentina, 1998, page 29.
45 Coria; Devia;Lamas; Nonna; Villanueva: “El Rumbo Ambiental en la Argentina”, ediciones Ciudad
Argentina, 1998, page 52.
46 Gelsi Bidart, Adolfo: “El Derecho Agrario y los recursos naturales renovables”, en VI Congreso
Internacional de Derecho Agrario, de los Recursos Naturales y del Medio Ambiente Rural; Rosraio,
Argentina 29 y 30 de junio y 01 de julio de 1994, nro.43 Colección Jurídica y Social, page 75.
47 Coria; Devia;Gaudino: “Integración, desarrollo sustentable y medio ambiente”, ediciones Ciudad
Argentina, 1998, page 73.
48 Howrth, William - Report for Comisión II - XIXth European Agricultural Law Congress and Colloquium
of the CEDR - Bonn, 23 to 27 september,1997.
49 Pradis, X. et Paeme, J - Raporte pour Comisión II - XIXth European Agricultural Law Congress and
Colloquium of the CEDR - Bonn, 23 to 27 september,1997.
636 ADRIANA TRIPELLI, LUIS A. FACCIANO

la concresión de bloques regionales económicos a partir de la década de los ochenta.


En el marco de las economías regionales caracterizadas por aumentos de los
volúmenes de producción, industrialización y comercialización, el debate del
crecimiento gira en torno a la explotación en relación a la internacionalización ambiental.
En otras palabras, se cuestiona la relación existente entre «comercio-medio ambiente-
crecimiento económico» evaluando en qué medida este crecimiento en cada región
impactaría sobre el medio ambiente y por ende podría, en un futuro, afectar no sólo la
calidad de vida actual sino la de futuras generaciones.4
En lo que a América Latina respecta, en 1991, la República Argentina, Brasil,
Uruguay y Paraguay conformaron su propio bloque regional económico, el Mercosur.5
El agropecuario representa el sector económico de mayor importancia en las economías
de los Estados del Mercosur, que posee alrededor de 1/5 de la tierra sembrada con
cultivos permanentes del mundo.6 En suma, los productos e insumos agropecuarios
poseen un rol fundamental en el comercio regional.
Sin embargo, hoy ya no es posible ponderar este posible desarrollo económico
del Mercosur a partir de la liberalización del comercio de sus recursos naturales sin
evaluar el impacto de sus procesos de explotación sobre la diversidad de su patrimonio
natural.
Esta cuestión nos lleva al tema central de este Congreso: «Derecho Agrario y
Desarrollo Sostenible», es decir al tratamiento de la cuestión ambiental en materia
agraria y a la relación entre el Derecho Agrario, el Derecho de los Recursos Naturales
y el Derecho Ambiental. La conexión entre estos tres derechos7 se plasma justamente
en este tema: el de la «agricultura sostenible o sustentable».8
Cabe aquí señalar que a nuestro criterio, el Derecho Agrario ha sido precursor
en materia de protección ambiental. En efecto, el aspecto conservacionista ha sido un
tema de constante preocupación, fundamentalmente con referencia al recurso suelo, si
bien no siempre, con correlato legislativo.9
El objetivo de nuestra ponencia consiste en examinar si la cuestión del desarrollo
sustentable y su incidencia en los mercados agrícolas ampliados del Mercosur, ha sido
de alguna manera previsto en la nueva normativa regional.
Para ello, abordaremos en primer lugar la interrelación entre desarrollo sustentable
y liberalización del comercio de los productos agrícolas, para adentrarnos luego
específicamente al caso del Mercosur.

II- INCIDENCIA DEL CONCEPTO DE DESARROLLO SOSTENIBLE


EN LA DIMENSION DEL COMERCIO EN LOS MERCADOS AGRICOLAS.

Empiezan a cobrar significación las posiciones en favor de un orden ambiental


internacional que podría tener repercusiones de importancia en el comercio de los
recursos naturales. Puesto que se estima que la transformación productiva no puede
estancarse y que además es una aspiración de los países en desarrollo, hay que tomar
precauciones para que no ponga en peligro la sustentabilidad.10
Según G. Grossman y A. Krueger11 , cuando el comercio exterior se liberaliza,
638 ADRIANA TRIPELLI, LUIS A. FACCIANO

En los considerandos del Tratado, sólo se mencionaban como postulados bási-


cos, la ampliación de las dimensiones de los cuatro mercados nacionales «a través de
la integración, condición fundamental para acelerar sus procesos de desarrollo
económico con justicia social»; dicho objetivo debía ser alcanzado mediante el más
«eficaz aprovechamiento de los recursos disponibles y la preservación del medio am-
biente».
El Tratado de Asunción en su art. 13 establece que, para tratar temáticas especiales,
podrían constituirse Sub-grupos de Trabajo dependientes del Grupo Mercado Común.
Fue así que en 1992, en la reunión de Las Leñas, Argentina, se formalizó la creación de
los Sub-grupos Nro. 8, relativo a la Agricultura y el Nro.6, relativo al Medio Ambien-
te.
Posteriormente, también en 1992 y coincidentemente con la Eco-92 de Río de
Janeiro, el Grupo Mercado Común creó la REMA (Reunión Especializada en Medio
Ambiente) mediante Resolución 2/92, siendo su función principal la de analizar la
legislación vigente de los Estados Partes, concertar políticas y coordinar la acción de
los distintos Subgrupos de Trabajo en materia ambiental.16
Es en el seno de estas reuniones, que surge la idea de elaborar algún documento
propio del Mercosur que aborde específicamente la cuestión ambiental en la región,
acorde a las tendencias internacionales.17 En junio de 1994, se redacta el documento
sobre «Directrices Básicas en Materia de Política Ambiental», aprobado
posteriormente por el Grupo Mercado Común mediante la Res. 10/94.
Podemos afirmar que recién con este documento, comienza a interrelacionarse
en el seno del Mercosur la protección al medio ambiente con la utilización de los
recursos naturales agropecuarios a partir de la agricultura sostenible.
En tal sentido, el inc. 2 de las Directrices instituye que se debe «Asegurar
condiciones ecuánimes de competitividad entre los Estados Partes para incluir el costo
ambiental en el análisis de la estructura de costo total de cualquier proceso productivo.»
A su vez podemos afirmar que en los inc. 3 y 4 se encuentran contenidos los
elementos configurativos del concepto de «agricultura sustentable» ya que estos
establecen que se debe «Garantizar la adopción de prácticas no degradantes del medio
ambiente en los procesos que utilizan los recursos naturales» y «Asegurar la adopción
del manejo sustentable en el aprovechamiento de los recursos naturales renovables a
fin de garantizar su utilización futura», respectivamente.
Se menciona también en el inc. 7 la intención de «Asegurar el menor grado de
deterioro ambiental en los procesos productivos y en los productos de intercambio,
teniendo en vista la integración regional en el ámbito del Mercosur.»
Finalmente, en el inc. 10, se trata expresamente una cuestión a nuestro juicio
fundamental, como es la de la gestión ambiental, promoviendo «el fortalecimiento de
las instituciones para una gestión ambientalmente sustentable mediante el aumento de
información sustantiva para la toma de decisiones, el mejoramiento de las capacidades
de evaluación y el perfeccionamiento de las instituciones de educación, capacitación e
investigación.»18
En 1995, es decir tan sólo 4 años después de su nacimiento, el Mercosur logra
640 ADRIANA TRIPELLI, LUIS A. FACCIANO

en el caso específico del Mercosur, como de un tratamiento prácticamente marginal en


los comienzos, el mismo evolucionó hasta darle un papel preponderante a la agricultu-
ra en el marco del desarrollo sustentable, especialmente plasmada en la Resolución 10/
94 y en el Programa Mercosur 2000.
Todo lo expuesto amplía la agenda de la agricultura, donde los temas nuevos
surgen con una intensidad inusitada y esperan respuestas del Derecho.25
Finalmente queremos expresar que el marco normativo del Mercosur se presenta
como más propicio para receptar estas modernas manifestaciones que las propias
legislaciones internas de sus Estados Partes, tradicionalmente de lenta reacción ante
nuevas tendencias y directivas internacionales, por lo que por esta vía se lograría la
modernización de las legislaciones agrarias de los mismos.26

Notas
1 VAN GELDEREN, Santiago, “Reseña histórica del nacimiento y evolución del concepto de desarrollo
sustentable”, en Anales de la Academia Nacional de Ciencias Morales y Políticas nº 19, Buenos Aires,
1990, pág. 83/4. La Comisión Mundial de las Naciones Unidas sobre el Ambiente y Desarrollo deliberó
durante un período de tres años (1984/87) y como conclusión se elaboró el informe “Nuestro Futuro
Común”, al que comúnmente se denomina “Informe Brundtland” en honor a la presidenta de la Comisión,
Sra. Gro Harlem Brundtland, Primer Ministro y Ministro del Ambiente de Noruega”.
2 GUTMAN, Pablo. “La teoría económica y el desarrollo sustentable”, en Anales de la Academia de
Ciencias Morales y Políticas nº 20, Buenos Aires, 1993, pag. 317. Numerosos autores limitan el uso de la
expresión “Crecimiento económico” para el aumento en la producción o riqueza material, mientras que
reservan la expresión “desarrollo económico” para un proceso más complejo donde intervienen factores
culturales, sociales y de equidad junto a los cambios materiales.... Esta distinción es particularmente
relevante cuando nos referimos al crecimiento o al desarrollo económico en términos de sustentabilidad
ambiental.poner diferencia entre crecimiento y desarrollo económico y recursos naturales y patrimonio
natural.
3 SANCHEZ ALBAVERA, Fernando. “El actual debate sobre los recursos naturales”, en Revista de la
Cepal nº 51, Stgo. de Chile, 1993, p. 167.
4 Idem, pág. 165: “Las cuestiones de soberanía, reparto de beneficios, deterioro de la relación de precios
del intercambio y de institucionalidad de los mercados mundiales concentraron gran parte del debate
sobre los recursos naturales a partir de los años cincuenta.... En los años noventa el debate ha girado en
torno a los patrones de explotación que se dan en el marco de la tendencia a la internacionalización de las
cuestiones ambientales.”
5 DEVOTO, Roberto, “Incidencia del Mercosur en el sector agropecuario argentino”, en Boletín de Lecturas
Sociales y Económicas de la U.C.A., año 3 nº 12, Buenos Aires 1996, pag. 22: El Mercosur abarca hoy
una superficie de casi 12 millones de kilómetros cuadrados, con diversidad de climas, variedad y abundancia
de recursos minerales, energéticos, ictícolas, forestales hídricos y agrícola-ganaderos. Su población incluye
200 millones de habitantes, con un PBI de 800 mil millones de dólares.
6 BAUDRACCO, Mario F., “La agricultura en la integración del Mercosur: el caso del trigo”, en Actualidad
Económica, año 3 nº 18, Universidad Nacional de Córdoba, 1994, pág. 12.
7 VICTORIA, María A. ×Nueva configuración jurídica del Derecho Agrario ante el impacto ambiental”,
cit. en Brebbia, F., “Manual de Derecho Agrario”, Buenos Aires 1992, pag. 39
8 FIGALLO, Guillermo, en “Derecho Agrario Peruano y recursos naturales”, ponencia al VI Congreso
Internacional, op. cit. pag. 73, sostiene que “puede decirse que el Derecho Agrario tutela el manejo y
aprovechamiento sostenibles de los recursos naturales renovables y que el Derecho Ambiental tutela del
derecho de la población a exigir su conservación”.
9 FACCIANO, Luis A, “El Derecho Agrario: pionero en la protección ambiental”, ponencia al “VI
CONGRESO INTERNACIONAL: Derecho Agrario, de los Recursos Naturales y del Medio Ambiente
Rural”, Rosario, junio de 1994, Colección Jurídica y Social nº 43, Santa Fe 1995, pag. 60.
644 JUAN JOSÉ FERNÁNDEZ BUSSY

do tiene consecuencias significativas para individuos y comunidades en cualquier par-


te distante del globo”, implicando intensificaciones, “de los niveles de interacción,
interconexión o interdependencia entre Estados y Sociedades que constituyen la
comunicación mundial.”
Indudablemente que el avance acelerado de la tecnología, donde nos introduce
en más de una oportunidad, al campo de la ciencia ficción; la unificación del sistema
financiero mundial, a tal punto que ya estamos ante el Euroton en la U.E. y se habla
de una moneda única en el MERCOSUR, y las constantes señales positivas que envían
los Estados a los inversores del mundo, asegurándoles, una economía y política cla-
ra, estable y segura, dentro de la democracia; estos y otros son las piezas del motor que
impulsa el proceso de globalización.
BALLARIN MARCIAL, nos ha señalado siempre la importancia y la suma
atención que debe prestarse a la “cadena agroalimentaria”, sostenemos que, HOY, y
dentro de la misma “el mercado agro-consumidor” está orientado a la adquisición de
productos de mejor calidad y natural, siendo imperioso que los mismos provengan de
un cultivo y/o crianza en concordancia con ello.

El triple interrogante

1. ¿ Podremos todos asumir los costos y cubrir las necesidades con una
actividad agrícola exclusivamente?
La respuesta es NO. Muchas veces la realidad es muy distante a la voluntad y
viceversa, produciéndose así un canal que las separa fuertemente, corriendo por el
mismo, nada más y nada menos, que la urgencia de cubrir necesidades básicas de vida
que presentan los países en desarrollo; a diferencia de las satisfacciones ya obtenidas
por los desarrollados.
La producción exclusivamente ecológica lleva su tiempo e implica la no urgencia
del producto, con, además, la lógica consecuencia de los costos.

2.- ¿Podremos seguir produciendo “productos agrícolas” obedeciendo solo


al espíritu productivista y rentable con la mira puesta exclusivamente en el bene-
ficio comercial?
NO, pues esa sola meta, implicaría el trabajo irracional de la tierra, la aceleración
del uso de productos químicos en demasía, lo que traería la lógica consecuencia de ir
erosionando nuestros Recursos Naturales.
En la Sexta Sección Extraordinaria de la Asamblea de las Naciones Unidas del 1
de Mayo de 1974 al aprobarse el NOET (Nuevo Orden Económico Internacional) se
emitió la declaración donde se invita a todos los miembros de la ONU a trabajar con
urgencia por la instauración de un NOET, basado en “la igualdad soberana”, “el interés
común”, “la interdependencia” y la “cooperación entre todos los Estados”;
confirmándose “la soberanía permanente e íntegra sobre los Recursos Naturales”.

3.- ¿Como logramos el equilibrio entre lo ecológico-ambiental con lo


productivo y rentable en la obtención de los productos agrícolas?
646 JUAN JOSÉ FERNÁNDEZ BUSSY

El economista argentino COSCIA (5) sostiene que la “agricultura sostenible” es


una “filosofía”, un criterio, un conjunto de pautas que deben tenerse presente e
incorporarse como una condición o un requisito en la planificación y desarrollo de la
tecnología agraria, como también en la implementación o reestructuración de los siste-
mas de producción, relacionando los rubros, las rotaciones, las alternativas de labranza,
el control de plagas, etc., que mejor respondan al concepto de sostenibilidad agraria.
Estados Unidos de Norteamérica, es uno de los países que ha hecho de la
“sostenibilidad” en la agricultura, a nivel oficial, una verdadera y enérgica acción po-
lítica. El acudir a los subsidios en favor de los agricultores, la mayor presión tributaria
sobre los agroquímicos y la discriminación de tasas en la comercialización de los
productos, consolidan dicha política.
El programa LISA (Low Input Sustainable Agriculture) puesto en funcionamiento
a fines de 1980 instrumentó un sistema de subsidios basándose en la recuperación de
los recursos biológicos que se generan en la misma empresa agraria. Para ello fomenta
así las investigaciones con las ayudas económicas necesarias, la intención es disminuir
el empleo de insumos agroquímicos.
En el año 1985 se sancionó a nivel nacional la Ley Agrícola, mediante la cual el
Gobierno Federal subsidiaba agricultores para que no sembraran la tierra a los fines de
evitar su mayor erosión y apuntaban al recupero de su fertilidad, se llamo a esta acción
“Programa de Reserva conservacionista”. (6)
HAMILTON (7) nos señala que el AALA (American Agricultural Law
Association), como así las Asociaciones de Colegios de lo Estados y de la Nación en
EEUU, entre sus Secciones de Trabajo, presten atención al tema de los Recursos
Naturales y su Conservación. La moderna producción agrícola debe tener bien en cuenta
el medio ambiente, la no contaminación de las aguas y suelos, fruto del uso de pesticidas
y demás productos químicos; dejando bien en claro el sentido de “sostenible” de la
agricultura moderna.

Posturas políticas y normativas en las integraciones regionales

Nos adherimos a BREBBIA (8) cuando afirma que los nuevos mercados regionales
e internacionales de la agricultura están provocando cambios trascendentales
emergiendo normativas supranacionales o comunitarias y del derecho interno de los
países miembros que hace poco tiempo no se conocían.
ALESSI (9), refiriéndose a las nuevas tendencias de la Política Agraria
Comunitaria, nos enfatiza el rol que cumplen las políticas regionales y la inserción de
las mismas en el derecho comunitario.
Compartimos la opinión de LAMO DE ESPINOSA (10), en el cambio operado de
la política de la PAC, pues, inicialmente con la firma del Tratado de Roma y las bases de
la Conferencia de Stressa, a partir de 1962, tendía a lograr una agricultura “altamente
productiva y productivista, semejante a la de EEUU”; bajo el modelo de agricultura
familiar; desarrollándose la misma a cualquier costo, dando lugar el surgimiento de
“efectos no deseados” y de “efectos menos deseados y más silenciosos”.
En efecto, siguiendo al autor, al conseguir a ultranza una mayor producción trajo
648 JUAN JOSÉ FERNÁNDEZ BUSSY

sostenible y no de uno basado en un sistema meramente extractivo de los Recursos


Naturales, b) Los países miembros deberían priorizar en sus respectivos planes y pro-
gramas de desarrollo agropecuario las acciones preventivas para la conservación, defensa
y mejoramiento de la región, c) Es conveniente que los países miembros observen el
cumplimiento en el ámbito de la actividad agropecuaria de las legislaciones vigentes
sobre los Recursos Naturales, d) La armonización de las legislaciones en el tema
ambiental no debe quedar como una cuestión abstracta que desconozca o se substraiga
de las realidades nacionales y, en ese sentido, los países se comprometen a armonizar
criterios y condiciones mínimas que, velando por los Recursos Naturales, constituyan
el marco de desenvolvimiento de las actividades ligadas a la producción agropecuaria,
e) Esta Unidad entiende que sería oportuno facilitar la creación de mecanismos
apropiados destinados a captar recursos para resolver los problemas ambientales
regionales, por cuencas o regiones ecológicas, con proyectos de recuperación de áreas
frágiles incluidas las compartidas.(12)
En Buenos Aires, República Argentina, en fecha 12 de marzo de 1998, se celebró
la III Reunión de Ministros de Agricultura de los Estados Partes, juntamente con los
Ministros de los Estados Integrados Chile y Bolivia; recibiendo los citados miembros
por parte de la Presidencia Pro Tempore los informes de trabajos realizados por el SGT
8 “Agricultura”, como así las propuestas para el año 1998, formuladas por las
Comisiones Integrantes de dicho Grupo, queremos destacar que en dicha Reunión,
Brasil, brindó información respecto a las medidas que se están adoptando para soluci-
onar el problema de los “lácteos” y Paraguay enfatizó la necesidad de “eliminar las
Restricciones No Arancelarias” pendientes entre los Estados Partes.
Los Ministros, acordaron dar instrucciones al SGT 8 “Agricultura” para que
efectúen un “seguimiento y análisis de las políticas agrícolas y agroindustriales
nacionales, a fin de asegurar, el desarrollo racional de la producción regional, de
incrementar la productividad y de garantizar la inserción del sector
agroalimentario del MERCOSUR a nivel internacional”.
Consecuencia de esta Reunión se dictó la “DECLARACION DE BUENOS
AIRES” expresando: “Los Ministros de Agricultura de los Estados Partes del
MERCOSUR y de las Repúblicas de Bolivia y Chile, reunidos en la ciudad de Buenos
Aires el día 12 de marzo de 1998, adoptan la siguiente:
REAFIRMAMOS una vez más la firme voluntad de avanzar y profundizar el
proceso de integración en curso, conscientes de los beneficios producidos a la fecha y
de las promisorias perspectivas que este proceso tiene para el desarrollo conjunto en el
sector agropecuario y alimentario de nuestros países.
OBSERVAMOS con satisfacción la expansión de los flujos comerciales generados
a partir de la puesta en marcha del proceso de integración regional y REAFIRMAMOS
la disposición de continuar la eliminación de restricciones al comercio recíproco.
DESTACAMOS la labor de armonización legislativa que se esta llevando a cabo
y, conscientes de la necesidad de consolidar la seguridad jurídica en la región,
RESALTAMOS la importancia de acelerar su internalización en los Estados Partes.
RATIFICAMOS la conveniencia de fortalecer la posición de los países de la
región en los foros internacionales. En tal sentido, REITERAMOS la importancia de
650 JUAN JOSÉ FERNÁNDEZ BUSSY

Los tiempos van cambiando, el pensamiento de la “Aldea Global” de Marschall


Mc Lulian de la década del setenta, va siendo día a día “realidad”.
La actual “innovación tecnológica” y las “comunicaciones” aceleran este proceso
de “globalización” donde “los productos agrícolas” juegan un papel básico en la VIDA
de los HOMBRES.
Calidad de vida que debe ser mejorada, por lo que ratificamos nuestra postura,
sosteniendo que, si bien los Estados Integrados, deben ir acompañando a la economía
en esta actual globalización, el mismo debe hacerse, no para beneficio de algunos, sino
por el bien de toda la Comunidad Internacional.

Citas Bibliográficas
1) LANUS, Juan Archibaldo. “ Un Mundo sin Orillas. Nación. Estado y Globalización “ Edit. EMECE.
Buenos Aires, Argentina. Año 1996. pág. 195
2) LANUS, Juan A. ob. cit. (citado por el autor) pág 196
3) LANUS Juan A. ob. cit. pág 196
4) “CARTA DE GOIANIA” en “Revista Argentina de Derecho Agrario y Comparado.” Instituto Argentino
de Derecho Agrario (IADA). Edit Colegio Salesiano San José. Rosario. Argentina. Año 1992. pág 157
5) COSCIA, Adolfo A. “Agricultura Sostenible” Edit. Hemisferio Sur. Buenos Aires. Argentina. Año 1993.
pág 26 y ss.
6) FERNANDEZ BUSSY, Juan José. “La Agricultura Sostenible y el Mercosur”. VI Congreso Internacional
de Derecho Agrario, de los Recursos Naturales y del Medio Ambiente Rural. Edit. Colección Jurídica y
Social. U.N.L. Santa Fe. Argentina. Año 1994. pág. 227
7) HAMILTON, Neil. “El Estudio del Derecho Agrario en los Estados Unidos: Educación, Organización y
Práctica.” Revista del Instituto Argentino de Derecho Agrario (IADA) Nro 2 Año 1993. Edit. Colegio
Salesiano San José. Rosario. Argentina. pág 107 y ss.
8) BREBBIA, Fernando P. “Derecho Agrario y Derecho Ambiental” Edit. Educat. Pelotas. RS Brasil. Año
1995. pág 9 y ss.
9) ALESSI, Rosalba. “Nuove Tendenze delle Politiche Comunitarie per L´Agricoltura e Ruolo delle Regione:
Alcuni Spunti di Riflessione.” Diritti Fondamentali Qualita dei Prodotti Agricoli e Tutela del Consumatore.
Universita degli Studi di Camerino. Camerino. Italia. Año 1993. pág. 147 y ss.
10) JIMENEZ DIAZ, Rafael - LAMO DE ESPINOSA, Jaime (Coord.). “Agricultura Sostenible”. Ediciones
Mundi - Prensa. Madrid. España. Año 1998. pág. 593 y ss.
11) JIMENEZ DIAZ, Rafael - LAMO DE ESPINOSA, Jaime (Coord.) ob. cit. pág. 595
12) FERNANDEZ BUSSY, Juan José. ob. cit. pág. 229

Bibliografia
1) ALESSI, Rosalba. “Nuove Tendenze delle Politiche Comunitarie per L´Agricoltura e Ruolo delle Regione:
Alcuni Spunti di Riflessione.” Diritti Fondamentali Qualita dei Prodotti Agricoli e Tutela del Consumatore.
Universita degli Studi di Camerino. Camerino. Italia. Año 1993.
2) BALLARIN MARCIAL, Alberto. “Estudios de Derecho Agrario y Política Agraria”. Madrid. Año 1975
3) COSCIA, Adolfo A. “Agricultura Sostenible”. Edit. Hemisferio Sur. Buenos Aires. Argentina. Año 1993
4) DIREITO AGRARIO NO CONE SUL. Alencar Mello Proenca. (Org.) Edit. Da Universidade Catolica de
Pelotas. (EDUCAT) Pelotas. RS. Brasil. Año 1995
5) FAO. 1995. Comercio Internacional, medio ambiente y desarrollo agrícola sostenible. “El Estado Mundial
de la Agricultura y Alimentación”. 1995. Organización de las Naciones Unidas.
6) FAO. 1993. Producción Yearbook. FAO. Roma.
7) FERNANDEZ BUSSY, Juan José. “La Agricultura Sostenible y el Mercosur”. VI Congreso Internacional
de Derecho Agrario, de los Recursos Naturales y del Medio Ambiente Rural. Edit. Colección Jurídica y
Social. U.N.L. Santa Fe. Argentina. Año 1994.
656 ALEXANDRA ALVARADO PANIAGUA

plasma en lo que se conoce como Derechos Humanos de Tercera Generación que


implican solidaridad, desarrollo y protección del medio ambiente, los cuáles tienen
íntima relación con el Derecho Agrario.
Con esta moderna filosofía es que se vislumbra el Derecho Agrario del presente
y del futuro, el cual busca una sociedad en desarrollo más justa en armonía con un
ambiente sano y ecológicamente equilibrado. Por ello la labor interpretativa debe to-
mar en consideración esos nuevos lineamientos que responden a las nuevas exigencias
y transformaciones de la sociedad.
Partiendo del hecho que el derecho agrario no ha tenido una base normativa
amplia y unificada que le dé fundamento, sino que el mismo se ha encontrado en los
Institutos propios de la materia y en los principios del derecho agrario, mismos que
son suficientes para darle contenido al mismo.

Lo anterior permite concluir que aunque no exista un conjunto normativo unifi-


cado de esta rama del derecho, no significa que el mismo no exista, pues la conformación
de un ordenamiento jurídico no va ligado a la existencia de reglas legislativas, y el
derecho agrario es un vivo ejemplo de tal afirmación, pues tiene leyes diversas que no
están unidas en un Código y aún así existe.
El contenido real de sus Institutos se ha modelado en la doctrina y jurisprudencia
en la que se ha plasmado toda una labor interpretativa de los principios del derecho
agrario y supletoriamente en los principios generales del derecho sin perder de vista la
esencia de los Institutos Agrarios lo cuáles nacen, se transforman o desaparecen con el
cambio social ya sea a lo interno de cada Nación o a lo externo con el devenir de los
aconteceres económicos mundiales.
Ante la escasez de normas escritas para aplicarlas a casos concretos, es que se
debe jugar el papel más importante, que es el de la interpretación.
En este sentido sobresale la labor del Juez Agrario, quien tiene bajo su
responsabilidad la administración de la justicia agraria. Esta importante responsabilidad
debe ejercerla de manera justa, dando su fallo o sentencia cargada de un contenido
real, inmiscuido en los hechos y el contexto histórico, político y social en que los
mismos han acontecido.
Debe realizar una interpretación tridimensional, en el cuál conjuga el hecho,
valor y norma. Esta labor resulta fácil cuando encontramos la norma aplicable al caso,
pero si la misma no existe o es escasa es allí donde surge la importante labor creadora
del Juez.
Esta labor creadora del Derecho Agrario por parte del Juez Agrario, es la que
hace de éste Derecho un derecho dinámico, no rígido o formalista, versátil, actualizado
porque va acorde con los rápidos cambios sociales, más justo por que entiende el
problema en todo su contexto histórico, real o material y evolutivo.
En la medida que el Juez Agrario desarrolle su función reuniendo éstas caracte-
rísticas, y con una filosofía social tendiente al desarrollo sostenible, podremos afirmar
que nuestro Sistema Judicial responde de manera justa a la solución de los conflictos.-
¿Qué bases de nuestro Ordenamiento Jurídico tiene el Juez para iniciar esa labor
interpretativa, si las normas son escasas?. ¿Deberá el Juez entrar a resolver el caso con
658 ALEXANDRA ALVARADO PANIAGUA

preceptos, es decir, de su espíritu mismo.


Para encontrar esa Constitución Material, que es la que nos permite una
interpretación moderna, debemos encontrar cuál método será aplicable para su
interpretación.
Existen dos métodos de interpretación:
1) La Hermenéutica tradicional, que consiste en una labor interpretativa con la
finalidad de aclarar el sentido de la norma, cuando ésta no resulta clara y llanamente
perceptible desde su formulación. Este tipo tradicional, se basa en categorías
hermenéuticas formales, pues se considera que su objeto es exclusivamente formal.
No se interpreta más allá de lo que la norma jurídica conforma.
2) Interpretación Moderna o Interpretación Sistemática, Material y Evolutiva.
Se origina en que su objeto no es exclusivamente formal, sino que contempla una
interpretación abiertamente material.
Vemos que, para la lograr la Organicidad y Completez del Derecho Agrario, se
hace necesario utilizar un método no formalista de la Constitución, que es la
interpretación sistematicomaterial y evolutiva.
Este tipo de Interpretación Moderna supone que todas las normas que integran el
ordenamiento jurídico, son coherentes en su contenido y por lo tanto existe una unidad
orgánica y finalista. Lo anterior significa una interpretación de la Constitución regida
por los fines sociopolíticos e históricos.
La interpretación material contempla aspectos como el funcionamiento real de
las instituciones constitucionales, el conjunto de decisiones políticas que fundamentan
la Constitución formal y los valores que la informan. Esta Interpretación material,
implica entonces, un análisis sociológico, político y axiológico.
La Interpretación Evolutiva es parte del proceso creador de la norma,
indispensable, dada la generalidad y flexibilidad de la norma Constitucional. Como el
contexto social de la norma varía, es decir, está en una permanente evolución, la labor
interpretativa debe contemplar esa realidad o contexto.
Este sistema moderno permite un adecuado reacomodo de la intención de la
normativa Constitucional frente a la realidad social.
Al realizar una tarea interpretativa, se debe tomar en cuenta en tipo de
ordenamiento en que nos encontramos; hay que determinar el sistema político - si éste
es un Estado Social de Derecho o no -, pues es a partir de allí, que nos permitimos
hacer una serie de interpretaciones, tomando en cuenta el espíritu de la norma que
responde a una determinada ideología. No sólo estudiar el sistema político, sino también
todo el sistema en general y en el caso de la interpretación de la Constitución
Costarricense hacer esa labor a la luz de la idiosincrasia de su sociedad.
Es importante al interpretar normas constitucionales, tomar en cuenta no sólo lo
expresado en el párrafo anterior, sino otras doctrinas, principios generales de la materia,
porque se correría el peligro de caer en variadas interpretaciones, que se divorciarían
del verdadero espíritu de la Constitución, que a nuestro criterio se encuentra inmerso
en la sociedad existente y no en la interpretación individual.
Basta entonces que esos institutos y figuras del derecho agrario y los derechos
fundamentales existan en ese ordenamiento para que se dé la tutela del derecho, dando
660 ALEXANDRA ALVARADO PANIAGUA

Derecho Agrario, como lo son:


- Artículo 33, que contempla el principio de igualdad, aplicable a aquel principio
de equidad en las relaciones de actividad productiva agraria y la equitativa distribución
de los productos.
- Artículo 26, que en lo que interesa al Derecho Agrario, reconoce el Derecho de
Asociación y Sindicalización de Productores y Trabajadores Agrícolas lo que les per-
mite desarrollar sus fines.
- Artículo 46, que establece la prohibición de los monopolios particulares, y
establece sanciones contra cualquier acto que aunque sea originado en la ley, amenace
o restrinja la libertad de comercio, agricultura e industria. De esto se deriva que no hay
limitaciones contra la libertad de agricultura cuando se promulgan disposiciones que
regulan los diversos aspectos de la explotación de algunos productos agrícolas.
Además, éste mismo artículo 46, regula la libertad de empresa, aunque no se
diga en forma expresa o directa, pero conjugando este artículo con el 45, obtenemos
una paridad de derechos -propiedad/libertad de empresa- (concepto fundamental del
derecho agrario), que operarían como criterios interpretativos del conjunto del sistema
constitucional, sea tomando como base aquel marco general de principios agrarios
(artículo 50, 74 y 69).
El artículo 64 establece que el Estado fomentará la creación de Cooperativas,
que en nuestro país el cooperativismo agrario, es uno de los mayores y eficientes
productores.
El artículo 45, - es el más analizado- se divide básicamente en dos partes. La
primera regula el Derecho de Propiedad Absoluto, correspondiendo a una determina-
da etapa histórica e idelógica liberal. La segunda parte introduce aspectos de índole
social, donde se establecen limitaciones a esa propiedad en virtud de la función social,
lo que implica es que se reserva a la ley su régimen jurídico, que sólo por expropiación
puede ser extinguido como derecho y el Estado debe pagar una indemnización, todo
en virtud del cumplimiento de esa función social.
Como pudo demostrarse, nuestro derecho agrario cuenta con principios
constitucionales con los cuáles es factible llegar a la interpretación de sus institutos.
Esto permite un camino libre para el desarrollo del Derecho Agrario, y no sólo
para ello, sino que permite que toda esa normativa sustentada en principios e institutos
agrarios estén acordes con nuestra Constitución, sin entrar en problemas de posibles
inconstitucionalidades e inaplicabilidad del Sistema Jurídico Agrario.
b) Para la Hermenéutica sistematicomaterial - evolutiva, además de éstos funda-
mentos constitucionales, tenemos ciertos Acuerdos, Convenciones y Tratados
Internacionales que vienen a profundizar y desarrollar en forma más amplia tales
principios agraristas.
La filosofía que con más fuerza se ha venido difundiendo en tales cuerpos jurídi-
cos, ha sido la de la necesidad de lograr un Desarrollo Sostenible el cual tiene como
componentes interdependientes al desarrollo económico, al desarrollo social y la
protección del medio ambiente, éstos se fortalecen mutuamente para lograr una mejor
calidad de vida del ser humano como protagonista principal de la Sociedad.
Con este tipo de pensamiento promotor del desarrollo social y la justicia social
662 ALEXANDRA ALVARADO PANIAGUA

mutuo, entre otros principios.


Como puede observarse, podemos concluir que extrayendo esos principios de
normas constitucionales y Convenciones Internacionales, es que logramos nutrir y dar
contenido al derecho agrario y lo convierte en un derecho dinámico, versátil, y de
contenido real gracias al instrumento de la Interpretación Sistemático, material y
evolutiva, por lo que no ha requerido de un conjunto normativo expreso para su
aplicación en la solución de casos concretos. En este sentido la labor del Juez ha sido
creadora, en estrecha relación con el contexto real y jurídico en el se desarrolla el
problema a resolver, y ello necesariamente conlleva a un fallo con contenido de justicia,
requisito necesario para el desarrollo social, económico y en armonía con la naturaleza.
Tenemos la herramienta necesaria para enfrentar el cambio y la evolución.
Hagámoslo.

BIBLIOGRAFIA.

LIBROS
AGUNDEZ FERNANDEZ (Antonio) Preceptos Constitucionales. Protección,
fomento y productividad. Comunidades Territoriales Autónomas; Disposiciones
Legislativas afectadas. Estudios de Derecho Agrario. Editorial Lex Nova. Valladolid.
1984. 552 p.p.
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y la Agricultura. Segunda Edición. Editorial Revista de Derecho Privado. Madrid.
1978. 695 p.p.
BALLARIN MARCIAL (Alberto) Estudio de Derecho Agrario y Política
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BIDART CAMPOS (G.J.) Manual de Derecho Constitucional Argentino.
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CARROZZA (Antonio) Lezioni di Diritto Agrario, Giuffal Editore, Milano,
1988. 338 p.p.

CARROZZA (Antonio) La autonomía del Derecho Agrario, en temas de


Derecho Agrario Europeo y Latinoamericano. Sétima Edición. Editorial de la
Fundación del Derecho Agrario Internacional Comparado. San José. 1982. p. 43.
CARROZZA (Antonio) Las bases Constitucionales del Derecho Agrario. Ins-
tituto Argentino de Derecho Agrario. Argentina. 1984.
GALAN (Beatriz) y Otra. Derecho Agrario. tomo I. Editorial Abeledo-Perrot,
Buenos Aires. 1967. 374. p.p.
GUTIERREZ RODRIGUEZ (Marcos de Jesús) La Jurisprudencia como Fuente
de Derecho, Editorial Juriscentro, San José. 1982. 240 p.p.
JURADO FERNANDEZ (Julio) y otros. Derecho Agrario Costarricense.
ILANUD. San José. 1991. 215 p.p.
MENDIETA Y NUÑEZ (Lucio) Introducción al estudio del Derecho Agrario.
666 VANESSA PACHECO ACUÑA; MA. CAROLINA HURTADO GARCÍA

Naciones Unidas para el Medio Ambiente y el Desarrollo, celebrada en Río de Janeiro


en 1992, en la cual se trata como tema prioritario de atender, entre otros, el de la mujer
en la agricultura, en procura de alcanzar un desarrollo sostenible y equitativo. 2
El rol de la mujer en la agricultura, se ha reconocido en las conferencias mundiales,
en las que se recogen los valores que la sociedad internacional ha tenido como
prioritarios. De los documentos derivados de las conferencias sobre la mujer, es posible
extraer principios como el de participación, integración, cooperación, que son
fundamentales para el reconocimiento del género dentro del proceso productivo.
El tratamiento de la función de la mujer en la agricultura se ubica en dos etapas
importantes: la primera, en el período declarado como Decenio de la Mujer por las
Naciones Unidas (1975-1985) y la segunda a partir de la Conferencia de las Naciones
para el Medio Ambiente y el Desarrollo, de Río de Janeiro en 1992.
El factor tomado en cuenta para diferenciar las anteriores etapas, está constituido
por la admisión de un nuevo concepto de desarrollo, el desarrollo sostenible, en el cual
la mujer asume una función de consumidora y productora, con responsabilidades
tendientes a detener e invertir los efectos de la degradación del ambiente.
Esta concepción de desarrollo sostenible 3 se ha formulado en la denominada
segunda etapa y ha sido el antecedente de una nueva visión del papel de la mujer en la
agricultura.
El concepto de desarrollo sostenible -ligado al papel ejercido por la mujer en la
agricultura, y según la Conferencia de Río de 1992- permite considerar a la mujer
como agente coadyuvante en ese desarrollo sostenido. Posteriormente,
-de conformidad con la Declaración de Beijing- la mujer se convierte en benefi-
ciaria de ese desarrollo social, económico sostenible, más justo, que le permitirá
desenvolverse como persona. En la Conferencia de Beijing, ella es tomada como el
eje fundamental, alrededor de la que giran los elementos necesarios para lograr el
desarrollo sostenible en procura de la efectiva realización de los derechos humanos de
ésta.
Lo anterior surge como resultado de la evolución del concepto de desarrollo
implementado en los distintos momentos históricos, que han incidido en el tratamiento
de la mujer en el campo de la agricultura.

I. PRIMEROS RECONOCIMIENTOS INTERNACIONALES DEL PA-


PEL DE LA MUJER EN LA AGRICULTURA

Inicialmente, a nivel mundial se le reconoce a la mujer los derechos de índole


civiles, sociales y políticos; para pasar luego a un tratamiento de la mujer como agente
y beneficiaria del proceso de desarrollo económico, en su participación en la agricultu-
ra –según las Conferencias de México en 1975, Copenhague en 1980)-. El concepto
de desarrollo es ampliado después con el carácter “ambiental” en las Estrategias de
Nairobi en 1985, con la que culmina la llamada primera etapa de la consideración del
rol de la mujer a nivel mundial.
Con la Primera Conferencia Mundial de la Mujer en México, se inicia la primera
etapa del reconocimiento internacional, con la cual se reconoce el papel de la mujer en
668 VANESSA PACHECO ACUÑA; MA. CAROLINA HURTADO GARCÍA

dentro de las que se consideró un reparto más equitativo y justo de las riquezas.
Entonces, se empieza a considerar el derecho de la mujer a ser beneficiaria de la
reforma agraria, se recomienda el reconocimiento de sus derechos consuetudinarios a
la tierra, la realización de mejoras o de introducción de cultivos comerciales; la
modificación al derecho sucesorio -permitiéndole que pueda ser heredera-, asegurarle
el derecho total sobre la propiedad de la tierra, la inscripción de título de propiedad y
la adjudicación de parcelas arrendadas en planes de regadío o de colonización rural.

Los anteriores acuerdos son adoptados en la III Conferencia Mundial de la Mujer


realizada en Nairobi, en 1985, en la cual se asumen las Estrategias ocupadas del im-
pacto que ejercen sobre la mujer las políticas en el desarrollo ambiental. 5
Para el año 1985, en que se celebra la Conferencia de Nairobi, ya se ha concebi-
do un nuevo elemento en la conciencia mundial en cuanto al papel de la mujer en la
agricultura, cual es el factor “ambiente”, pues se alude al criterio de seguridad ambiental
y a la participación de la mujer en la ordenación de los ecosistemas. Asimismo, la
mujer es considerada como contribuyente del desarrollo económico, en especial de las
economías agrarias. De esta manera, el párrafo 12 de las Estrategias de Nairobi para
el futuro señala:
“…Para que el desarrollo sea justo y responda a las necesidades y los derechos
del individuo y para que la ciencia y la tecnología se apliquen en un marco social y
económico que garantice seguridad ambiental a todas las formas de vida de nuestro
planeta, es necesario que el desarrollo tenga también una dimensión moral”.
Entonces, se ha agregado al papel de la mujer en la agricultura una función
económica encaminada a administrar su entorno y conservar los recursos productivos,
a efecto de que ella como participante activa y en pie de igualdad colabore en el control
del deterioro ambiental, así como en el ordenamiento de los ecosistemas. Es decir, se
constituye en intermediaria entre el medio ambiente natural y la sociedad con respecto
a los agroecosistemas, cuyos cambios tendrán importancia decisiva para sí misma.
De esta manera, aunada a la transformación del concepto de desarrollo, también
se supera la consideración del papel de la mujer dentro de ese proceso.

II. RECONOCIMIENTO DEL ROL DE LA MUJER EN LA AGRICUL-


TURA A PARTIR DE UN NUEVO CONCEPTO DE DESARROLLO

La segunda etapa aludida, comienza en 1992, cuando se celebra en Río de Janei-


ro la Conferencia de las Naciones Unidas para el Medio Ambiente y el Desarrollo. El
mundo se formula como marco de ésta la propuesta de detener e invertir los efectos de
la degradación del medio ambiente.
En este orden, se reitera la necesidad de que se cumplan las Estrategias de Nairobi,
en el sentido de que la mujer participe en la administración de los ecosistemas y en la
lucha contra la degradación del medio ambiente. Dichas estrategias son ampliadas,
con la aceptación del concepto de “desarrollo sostenible”, cuyo contenido integra el
derecho al desarrollo, el cual fue promulgado por las Naciones Unidas en 1986, y
concebido como un derecho humano de tercera generación, de solidaridad para los
670 VANESSA PACHECO ACUÑA; MA. CAROLINA HURTADO GARCÍA

en la agricultura, se ubica la apreciación de la mujer como la beneficiaria del desarrollo


sostenible, considerada como persona.
Es en Beijing, en la Cuarta Conferencia Mundial sobre la Mujer llevada a cabo
en 1995, que se reafirma el compromiso de defender los derechos y dignidad humana
intrínseca de las mujeres y los hombres, así como garantizar la plena aplicación de los
Derechos Humanos de las mujeres y las niñas; impulsar el consenso y los progresos
alcanzados en las anteriores conferencias de las Naciones Unidas (Nairobi 1985, Nueva
York 1990 -Sobre el Niño-, Río 1990, Viena 1993, El Cairo 1994); conseguir la
aplicación plena y efectiva de las Estrategias de Nairobi, promover la potenciación del
papel de la mujer y el adelanto de la mujer a efecto de garantizar la posibilidad de
realizar un pleno potencial en la sociedad, de conformidad con sus propias aspiraciones.
La Plataforma de Acción de Beijing postula la igualdad entre mujeres y hombres
como un asunto de derechos humanos, y como condición fundamental para alcanzar el
desarrollo sostenible. Esa filosofía proclamada aspira a obtener un orden económico
internacional más justo y equilibrado, en donde se establezca un nuevo orden social de
las relaciones económicas y se reconozca el respeto de los valores intrínsecos de las
mujeres como factor fundamental del efectivo desarrollo.
En esta Cuarta Conferencia, se parte del convencimiento de que la pobreza se
erradica por medio del crecimiento económico sostenido, el desarrollo social, la
protección del medio ambiente y la justicia social. En definitiva se concibe una agri-
cultura íntimamente ligada con la tutela del medio ambiente y el desarrollo social y
económico de las mujeres.
En ese sentido, se consideran los derechos de la mujer como derechos humanos
y se hace indispensable que la mujer tenga participación en el diseño, aplicación y
vigilancia de políticas y programas de desarrollo efectivos, eficaces y sinérgicos. Por
lo que resulta extremadamente difícil una disociación entre el derecho agrario y los
derechos humanos, concebidos ahora como esa relación entre medio ambiente y
desarrollo, capaz de otorgar a la mujer un mayor bienestar y una realización personal
verdadera.
En la finalización de la que hemos llamado segunda etapa de la consideración de
la mujer en su papel desempeñado en la agricultura, el desarrollo sostenible se centra
en la persona, por medio del crédito, la tierra, la ciencia, la tecnología, la capacitación
profesional, la información, las comunicaciones y los mercados. La agricultura pasa
entonces, de ser una actividad productiva con una dimensión meramente económica, a
instituir una especial relación entre los derechos fundamentales de la mujer y el derecho
agrario.
Lo que se pretende es alcanzar un mejor nivel de vida para la mujer, el cual es
posible obtener a través del desarrollo económico, el desarrollo social y la protección
del ambiente. Por lo que, le corresponde ahora al derecho agrario internalizar esos
valores orientados a la realización de una vida libre y digna, y reconocer la relación
histórica existente entre éste y los derechos humanos.
En esta última etapa, el fin ya no es alcanzar el desarrollo sostenible únicamente
como nuevo modelo de desarrollo, sino que éste será el medio por el cual la mujer
alcanzará un grado máximo de su dignidad humana en los derechos humanos de la
672 VANESSA PACHECO ACUÑA; MA. CAROLINA HURTADO GARCÍA

de políticas encaminadas a la conservación de la diversidad biológica.

3 Para efectos del presente trabajo, el concepto de “desarrollo sostenible” -a nuestro criterio- consiste en el
modelo ideal de desarrollo que comprende la integración de los grupos humanos en igualdad de
oportunidades en la administración y conservación de los recursos productivos, con afectación mínima al
entorno ambiental, y con miras a una forma de vida más justa y sana, para la presente y futuras generaciones.
4 El Dr. Ricardo Zeledón Zeledón, en su obra “Derecho Agrario y Desarrollo” dictada en el VIII Seminario
Nacional de Direito Agrário”, publicada en el libro El Renacimiento del Derecho Agrario, de ZELEDON
ZELEDON (Ricardo) y ROMANO ORLANDO (Pietro), 1a. edición, San José, C. R.: Guayacán, 1998.,
p. 153, se refiere al tema del desarrollo e indica que en principio para algunos fue “un proceso economicista
y deshumanizado cuyo objetivo era destruir todo lo social”, pero que la Humanidad en la búsqueda de
nueva respuesta para el nuevo milenio, encuentra variaciones significativas al tema del desarrollo, con el
reconocimiento del derecho al desarrollo como derecho fundamental y con la concepción moderna de
“desarrollo sostenible”.
5 En el documento de Estrategias de Nairobi orientadas hacia el futuro para el adelanto de la mujer, los
párrafos 174 a 188 se refieren al tratamiento que debe darse a la mujer en relación a la agricultura.
Asimismo, en los párrafos 224 al 227 de ese documento se alude a la integración del factor “medio
ambiente” en las formas productivas agrícolas en que interviene la mujer.
6 El Capítulo 24 de la Agenda XXI se dedica especialmente a las “Medidas mundiales en favor de la mujer
para lograr un desarrollo sostenible y equitativo”.
7 En el mismo sentido véase ZELEDON ZELEDON (Ricardo), op. cit., en La Dimensión Ambiental del
Derecho Agrario, pp. 94, quien afirma que (…)“ De particular importancia para la materia agraria son los
derechos al ambiente, al desarrollo y los alimentarios. Porque muchas Constituciones han conocido una
profunda evolución a través de reformas específicas. Y de todas formas, en los países donde no ha habido
reforma, la jurisprudencia les ha reconocido. Porque son el producto de la conciencia internacional.
Son parte de la Cultura jurídica. Se trata de verdaderos principios generales del derecho”.
674 ELISABETE MANIGLIA

Concluí ser este um nome forte e marcante, sinônimo de força para a mulher do cam-
po.
Nestas biografias resumidas, me pautei que as vidas são rápidas, mas a história é
luta e luta cuidadosa na procura de seus caminhos. As mulheres hoje, testemunhas e
protagonistas da ruptura de hábitos milenares , estão em seu apogeu vital e profissio-
nal. As estatísticas, apontam que as mulheres dominam 40% do mercado de trabalho,
mas ganham o equivalente á metade dos salários dos homens (Fonte: MST Agenda).
Recente pesquisa feita com desempregados, demonstraram que as mulheres sofrem
muito menos com o desemprego, todavia, compõem o quadro dos que sofrem com a
discriminação, com a violência, com a fome e com a humilhação.
O movimento feminista ficou para trás, como um fato histórico obsoleto. Impor-
tante para a época, onde e quando as mulheres sequer podiam entrar em um restaurante
sozinhas, mesmo quando eram duas, eram como se fossem sozinhas, senão tivesse um
homem, pensavam naquela data que esse comportamento feminino, poderia existir
uma certa suspeita, um quê de prostituição. As mocinhas de hoje, perplexas, pensam
que esses fatos são exageros de nós mulheres mais maduras. Mas todos nós lembramos
que as mulheres devem esta libertação ao feminismo, movimento social que no dizer
de Rosisnka de Oliveira (Presidente do Conselho Nacional de Direitos da Mulher )
“fato histórico inteligente percebeu que com o tempo tornou-se deformado”.
As mulheres, hoje, sabem que mudaram de empresárias a trabalhadoras, de dou-
toras a analfabetas, de sábias a desinformadas, à custa de um esforço imenso, já podem
dizer que a Sociedade é feita de homens e mulheres. Sabemos que o pior já passou,
mas temos certeza que muito ainda temos a fazer em função desse trabalho que estamos
aqui a apresentar; o mundo das Diolindas, das mulheres que labutam no campo, pro-
duzindo alimentos enquanto amamentam seus filhos, lutando por terra, educando cri-
anças para uma vida mais digna, sendo políticas enquanto choram por seus filhos e
maridos que tombam nos confrontos, trabalhando pela dignidade para erradicar a mi-
séria, com seu suor, seu trabalho e sua luta.
Para elas, mulheres da agricultura, reverencio neste momento o meu respeito as
mais difíceis, mais fecundas batalhas de sua luta, vivida neste processo de reconstru-
ção da vida rural.
Na questão agrária que vivenciamos hoje em nosso país, torna-se obrigatório
apontar o complexo tema de novos atores sociais presentes na dinâmica de moderniza-
ção da vida rural. A constituição de movimentos sociais mobilizados e organizados em
“sem terra”, “atingidos por barragem”, “povos da Floresta”, “movimentos dos operá-
rios do campo”, devem se somar ao mais novo movimento das mulheres que surgem e
ampliam movimentos que apontam para outras questões, além da terra, salário e pro-
dução.
As lutas no campo já produziram mulheres líderes do porte de Elizabete Teixeira
das Ligas dos Camponeses; Margarida Alves, presidente do Sindicato de Alagoa Grande
na Paraíba, assassinada em 1983 e Maria Oneide Lima, líder dos posseiros em São
Geraldo, na região do Araguaia Outras mulheres tem se dedicado as causa da mulher
do campo e trabalham no anonimato, todavia se fazem presentes, nos movimentos
nas Cooperativas, nos assentamentos, na chefia da produção familiar, nas empresas
676 ELISABETE MANIGLIA

espera que a mulher realize suas tarefas do lar. Isto causa desencontros, assim entendi-
dos pela socióloga D’Incao:
“Por trás da racionalidade dos argumentos do marido militante, há a ira do
marido ameaçado em seu papel tradicional de quem dá as normas e decide tudo. Assim
como por trás das queixas das mulheres há o ressentimento da esposa privada de seu
papel, também tradicional de matriz absoluta de vida familiar. Assim estamos diante
de um caso típico de dominação do homem sobre a mulher, cunhado pelos valores da
moral social dominante e mascarada pelos valores da moral militante”.
Esses fatos vem demonstrar quão árdua é a luta feminina, cujo dificultador mai-
or, as vezes se resume na organização do cotidiano e no machismo embutido dos ma-
ridos. As tarefas domésticas, somadas ao fato de que o dinheiro da produção fica na
maioria dos casos na mão dos maridos, criam dificuldades para as mulheres se organi-
zarem e terem a real autonomia. Destarte é o sentimento de que a luta do gênero e da
classe não podem ainda andar separadas.
Outro fato importante é conseguir adeptos para a luta, o trabalho nesse sentido é
despertar nas companheiras de sexo, que mesmo sendo diferentes dos homens, podem
e devem se aliar e contribuir com sua emoções, sentimentos e experiências, inclusive.
No trabalho, as mulheres tem dado sua parcela de colaboração, de forma indivi-
dual e coletiva. Atuam como trabalhadoras, bóias frias (volantes) ou no processo de
unidade familiar, como produtoras rurais.
Com o advento da Constituição de 88, ficou estabelecido que a terra seria conce-
dida ao homem e a mulher o que veio propiciar o registro social da produtora rural ou
agricultora . Com isto, esta nova agente tem acesso ao crédito rural, a representação
política nos sindicatos, cooperativas e outras entidades de trabalhadores e produtores
rurais. Em São Paulo, a cooperativa dos trabalhadores oriundos de assentamentos
CONCRAB tem a frente uma mulher, Maria Rodrigues, que no comando das assem-
bléias incentiva a produção e a luta pela Reforma Agrária.
O acesso da mulher ao direito da propriedade da terra como chefe de família,
ainda sozinha foi o grande passo para esta categoria demonstrar sua capacidade e ta-
lento nas tarefas rurais. A seriedade, responsabilidade e os cuidados femininos colo-
cam as mulheres como as preferidas não só como chefes de famílias rurais, como no
trabalho do corte da cana e da colheita da laranja no Estado de São Paulo.
A mulher bóia fria é mais ativa na sociedade, ganha salário, sabe seus direitos,
mas continua tendo que cuidar de seus filhos, da casa e do marido. Sua grande preocu-
pação é com os filhos, que não tem com quem ficar, enquanto elas vão para o canavial.
Na região de Ribeirão Preto, o maior centro produtivo de açúcar e de álcool do
mundo uma mulher, Maria Aparecida da Luz, 43 anos se destaca entre os 40 mil traba-
lhadores recrutados para a safra da cana. É campeã de corte. Cada trabalhador colhe de
nove a dez toneladas ao dia enquanto sua média diária é de 16 a 17 toneladas. Rece-
bendo um salário de R$ 600,00 ao mês, Maria é cumpridora fiel da dupla jornada,
muito embora seja atuante junto ao sindicato, não deixou de lavar passar cozinhar e
cortar cana para sustentar a família que leva todo seu salário.
No mesmo canavial há outra mulher no esplendor de sua mocidade que recebe o
título de “princesa do canavial”, muito embora seu sonho seja ser jogadora de voley,
678 ELISABETE MANIGLIA

A trabalhadora rural, a empresária agrícola, a militante sindical, a chefe de famí-


lia do núcleo de assentamento, todas sofreram e sofrem o peso da dupla jornada, da
discriminação da violência, mas vencem os obstáculos e se tornam dia a dia mais
respeitadas.
Para ser militante precisou enfrenta a pressão familiar, a batalha do trabalho nos
campos e no lar, passou a ter direitos constitucionais e se posicionou como mão de
obra, empresária rural competente em diferentes localidades do país.
Mas não parou, continua a atuar nos movimentos da mulher, sabe que com todo
respeito ao homem, que, muito embora chamada de sexo frágil, ela está cada vez mais
forte, sem deixar de ser feminina.
Não cede ao desânimo, quando discriminada é inteligente o suficiente para saber
que para se firmar com dignidade e cidadania na sociedade rural precisa buscar uma
transformação social, arraigada nas instituições , nos ordenamentos jurídicos decisórios,
nos setores de cultura, enfim na sociedade como um todo.
Por último segue e continua lutando, buscando o respeito e reconhecimento como
sujeitos do processo de lideranças, com contribuições próprias e genéricas à sua condi-
ção de mulher.

Bibliografia

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VARELLA, Marcelo Dias. Introdução ao Direito a Reforma Agrária. Leme
Editora de Direito 1998
680 GIOIA MACCIONI

generale delle associazioni dei produttori agricoli, stabilisce che esse debbono
determinare ed applicare norme comuni di produzione, in particolare per quanto riguarda
la qualità dei prodotti o l’utilizzo di pratiche biologiche (art.6).
Ed il regolamento del Consiglio n. 950 /97 anch’esso del 20 maggio, relativo al
miglioramento dell’efficienza delle strutture agricole, prevede finanziamenti a favore
delle associazioni aventi come scopo l’assistenza alle aziende per l’applicazione di
nuove tecnologie rivolte a tutelare l’ambiente e a conservare lo spazio naturale (art.14).
Ma l’integrazione della “sostenibilità” nello svolgimento dell’attività agricola
mi sembra si percepisca ancor meglio nella disciplina delle organizzazioni comuni di
mercato (O.C.M.) ed in particolare nell’O.C.M. relativa ai prodotti ortofrutticoli, che
contiene disposizioni molto dettagliate.
In questa disciplina le attività degli organismi associativi sono decisamente
orientate al perseguimento dello sviluppo sostenibile. Il costante inserimento della
locuzione “in particolare” nel testo del regolamento comunitario, seguita
dall’elencazione degli “scopi ambientali” (corrispondenti ai più classici “temi” sui
quali occorre agire per conseguire uno sviluppo sostenibile) mette in risalto le finalità
che tali organismi debbono necessariamente perseguire.
In questo regolamento ( il n. 2220/96 del 28 ottobre, relativo all’organizzazione
comune dei mercati nel settore ortofrutticolo) l’art.11, paragr.1, lett.b) emergono, tra
gli scopi per la costituzione di un’organizzazione di produttori ortofrutticoli, “in
particolare” quelli volti ad “assicurare la programmazione della produzione e
l’adeguamento della stessa alla domanda, sia dal punto di vista quantitativo che quali-
tativo”, nonché quelli volti a promuovere “pratiche colturali e tecniche di produzione
e di gestione dei rifiuti che rispettino l’ambiente, in particolare per tutelare la qualità
delle acque, dei suoli, del paesaggio e per preservare e/o favorire la biodiversità” 5 .
Vengono distinte le tradizionali organizzazioni dei produttori ortofrutticoli dalle
“organizzazioni interprofessionali” 6 , ma i due organismi associativi perseguono finalità
analoghe. Le specificazioni riguardanti le attività delle organizzazioni interprofessionali,
che ospitano industriali e commercianti e raggruppano quindi varie categorie
professionali, trovano spiegazione nel fatto che quest’ultime possono avere una più
vasta ed articolata conoscenza rispetto alle organizzazioni tradizionali delle realtà del
mercato ed hanno l’opportunità di indirizzare le produzioni verso obiettivi ancora più
specifici, anche al fine di renderle più competitive 7 .
Tutti i prodotti ortofrutticoli devono rispondere a norme di qualità, sia i prodotti
destinati ad essere consumati allo stato fresco, sia i prodotti destinati alla trasformazione
industriale 8 .
E anche l’assegnazione dei finanziamenti è direttamente collegata al
perseguimento degli scopi indicati nel regolamento 9 .
Il principio dello sviluppo sostenibile infatti non si coniuga solo con una migliore
qualità della vita e con lo sviluppo economico, ma è anche il “motore” della politica di
coesione economica e sociale per conseguire la quale è stata realizzata la riforma dei
fondi strutturali (che riguarda la programmazione dei finanziamenti) .
Negli ultimi anni, il metodo biologico di produzione agricola e le iniziative di
valorizzazione e tutela del prodotto agroalimentare hanno ricevuto buona parte dei
682 GIOIA MACCIONI

dell’ambiente, promuovere l’agricoltura biologica, limitare l’uso dei prodotti fitosanitari, tutelare i marchi
di qualità, ecc.
8 I primi sono assoggettati a norme di qualità, addirittura tenendo conto delle norme internazionali
“raccomandate dal gruppo di lavoro sulla normalizzazione dei prodotti deperibili e il miglioramento
qualitativo istituito presso la Commissione economica per l’Europa” (art.2); per i prodotti destinati alla
trasformazione industriale sono comunque richiesti criteri qualitativi minimi” (art.3).
9 Sono concessi finanziamenti alle organizzazioni che perseguono “numerosi” obiettivi tra quelli indicati
nell’art.11, paragr.1, lett.b), nonché altri, fra cui “in particolare” il miglioramento qualitativo dei prodotti,
lo sviluppo della loro valorizzazione commerciale, la loro promozione presso i consumatori, la creazione
di linee di prodotti biologici, la promozione della produzione integrata o di altri metodi di produzione
rispettosi dell’ambiente, la riduzione dei ritiri;
comprendere misure destinate a promuovere il ricorso a tecniche rispettose dell’ambiente, per quanto riguarda
sia le pratiche colturali sia la gestione dei materiali usati.
10 I compiti delle associazioni mi sembrano apprezzabili anche nell’ambito degli interventi rivolti alla
tutela ed alla valorizzazione dei prodotti agroalimentari. Occorre ricordare infatti che il regolamento del
Consiglio n. 2081/92 del 14 luglio, relativo alla protezione delle indicazioni geografiche e delle
denominazioni d’origine dei prodotti agricoli, stabilisce che “solo le associazioni o, a determinate condizioni
(…) le persone fisiche o giuridiche sono autorizzate ad inoltrare una domanda di registrazione”. Il
regolamento n. 2082/92, anch’esso del 14 luglio, sulle attestazioni di specificità dei prodotti agricoli e
alimentari, recita: “Solo un’organizzazione è autorizzata ad inoltrare una domanda per far registrare la
specificità di un prodotto agricolo o alimentare”. Le associazioni possono anche in questi casi agevolare
l’inserimento dei produttori che intendono valorizzare la zona di produzione e i produttori che intendono
garantire anche la qualità e le caratteristiche delle produzioni nei programmi di finanziamento comunitari
relativi allo sviluppo rurale.
684 GRACIELA MARTÍNEZ GARCÍA

ya que en años anteriores a los sesenta1 ya había importantes movimientos de personas


(con su núcleo de residencia habitual en las ciudades próximas al medio rural), hacia el
campo con el ánimo de disfrutar de un tipo de turismo alejado del típico de masas que
se desarrollaba en la costa; ni tampoco es algo totalmente novedoso en el resto de
Europa pues es a mediados de los años cincuenta cuando surge en su completa acepción
y sentido moderno amparando una verdadera alternativa turística2 .
Además de la anterior modalidad de turismo que se venía ya desarrollando en
España antes de la década de los sesenta, más tarde, cuando se produce el apogeo de la
industrialización y con ella la emigración de la gente del campo hacia la ciudad bus-
cando trabajo, el turismo en el medio rural varía, aunque siga coexistiendo con el
anterior, pues ahora es más bien un turismo de regreso en el sentido de que los emi-
grantes volvían a sus lugares de origen, en el campo, cuando tenían vacaciones en sus
centros de trabajo buscando reencontrarse con sus raíces. Ambos tipos de turismo, sin
embargo, no son considerados como turismo rural.
A pesar de que el turismo no es algo nuevo en las áreas rurales, como hemos
visto, será en la segunda mitad de los años ochenta cuando se aprecia la aparición, y
la comercialización, de nuevas formas de turismo que tendrán gran relevancia para el
desarrollo de las áreas rurales, son las Nuevas Formas de Turismo3 (turismo deportivo,
ambiental, agroturismo, turismo rural, etc.), que en los últimos tiempos será cuando
crezcan de un modo acelerado, siendo un fenómeno consolidado en las Comunidades
Autónomas localizadas en la cornisa cantábrica, en la zona pirenáica y en Madrid y
Andalucía, mientras que en todo el litoral mediterráneo, excepto Cataluña, en Castilla-
La Mancha y Extremadura se trata todavía de un proceso emergente (situándose Castilla
y León en una situación intermedia aunque con una gran proyección futura).
¿Cuál puede ser la razón del auge de estas nuevas formas de turismo, y concreta-
mente del turismo rural?. Las causas pueden agruparse en dos grupos distintos4 : El
primero se refiere a la existencia de una tendencia a la especialización de la oferta
turística, tanto por la aparición de nuevas motivaciones en la demanda (se buscan
otras actividades además del sol y la playa, se tienen períodos vacacionales más
fraccionados que ayudan a multiplicar los viajes secundarios, etc.), como por el
agotamiento de los modelos turísticos tradicionales (deseo de un turismo más indivi-
dualizado, no tan masificado), y el segundo a los cambios importante producidos en
las estructuras socio-económicas tales como la crisis del sector agrícola, agudizada
en la década de los ochenta, que supone una disminución de las rentas de las familias
rurales con la consiguiente necesidad de buscar nuevas alternativas económicas, la
concienciación ecológica de los problemas sufridos por el medio ambiente, el auge de
los valores tradicionales y la preocupación por la salud. Todo ello servirá de campo de
cultivo para la aparición de todas estas nuevas formas de turismo, como el rural, que
tanto auge tienen actualmente en España.
Además de las causas señaladas, otro factor decisivo de este boom del turismo
rural se encuentra en determinadas actuaciones públicas, semipúblicas y privadas5 ,
que, alentadas por la Comunidad Económica Europea (CEE)6 , lo están fomentando,
surgiendo hoy en día en España una nueva modalidad de turismo rural, más en
consonancia con el que existe en el medio rural europeo y con idénticas metas: Desarrollo
de zonas deprimidas, relanzamiento de la economía, promoción social, salvaguarda7 ,
686 GRACIELA MARTÍNEZ GARCÍA

concepto de turismo rural, e incluso los resultados son muy contradictorios, siendo
común que se confunda o equipare con otros términos parecidos como turismo verde,
agroturismo, turismo ecológico, etc., cuando en realidad no son lo mismo: Dentro del
turismo rural quedaría englobado también el agroturismo, ya que una parte del mismo
se realiza en las explotaciones agrícolas, mientras que otras formas alternativas de
turismo como el turismo verde, el cultural, el deportivo, el ecológico, etc. no serían
más que variedades del mismo, siempre «que se desarrollen en el medio rural»15 . Por
tanto, el turismo rural sería el aglutinador de toda una serie de nuevas formas de
turismo que han comenzado a tener gran auge en los últimos tiempos en España.
En la actualidad, se puede clasificar el turismo rural desde dos ópticas, una tradi-
cional y otra innovadora: El turismo rural tradicional que aunque representa la
posibilidad para muchas personas de disfrutar de vacaciones fuera de su domicilio
habitual y para las zonas de montaña más desfavorecidas una revitalización en fechas
muy concretas (época estival, Navidad y Semana Santa), sin embargo no ha supuesto
un factor decisivo para el desarrollo local porque no se han elaborado políticas desti-
nadas a promoverlo. Por otro lado, el turismo rural innovador se relaciona con las
nuevas formas de turismo aparecidas en los últimos tiempos como el turismo verde,
ecoturismo, agroturismo, etc., que pretenden conseguir un beneficio económico, por
ello, el turismo rural adquiere la condición de «medio económico capaz de sustentar,
aunque parcialmente, sólo a algún segmento de población rural»16 .
Partiendo de esto, podría darse como válida la definición que de turismo rural
hace la Secretaría General de Turismo al identificarlo con «todo tipo de apro-
vechamiento turístico en espacio rural, siempre que cumpla con una serie de
limitaciones:
– Que se trate de un turismo difuso, por oposición al turismo intensivo de sol y
playa. En España, el turismo que hasta ahora, y hay que reconocerlo aún lo hace,
mayor número de turistas atraía se desarrollaba en la franja costera del este y sur del
país, así como en las Islas Canarias y Baleares, dende el sol y la playa estaban asegurados
plenamente, mientras que el resto sólo era visitado por la gente que sabía que no iba a
contar con los elementos típicos de los lugares mencionados con lo que la afluencia era
mucjo menor. En estos momentos la situación ha variado bastante porque además del
turismo tradicional se está comenzando a descubrir y explotar otras formas de turismo
que escogen para su desarrollo lugares nada típicos de España como la cornisa
Cantábrica (situada en el norte) que no destaca precisamente por el buen tiempo sino
por un paisaje espectacular, de montañas y playas, y con una cultura y tradiciones de
fuerte raigambre popular.
– Que sea respetuoso con el patrimonio natural y cultural. El turismo rural
destaca por tener en una alta consideración la importancia de la cultura y del medio
ambiente de las áreas rurales donde se desarrolla, y por ello a través de éste se puede
lograr una eficaz conservación y defensa de ambos, lo que «a posteriori» repercute
favorablemente en la expansión y auge del mismo.
– Que implique la participación activa de la población local. Aunque pueden
participar en la explotación del turismo rural empresas distintas a las formadas por los
propios habitantes de los pueblos, en realidad lo predominante suele ser todo lo con-
688 GRACIELA MARTÍNEZ GARCÍA

y no impacto sobre el medio de implantación, y sostenibilidad, es decir debe tenderse


a buscar un equilibrio entre el aprovechamiento del medio rural y el mantenimiento,
defensa y conservación que del mismo se haga17 .
4ª- Debe ser respetuoso con el medio natural, social y cultural. Las zonas más
aptas para el desarrollo del turismo rural son aquellas en donde la agricultura es la
principal actividad de la población18 , espacios que, por otra parte, son los que menos
trasformaciones ambientales y paisajísticas, culturales y sociales han padecido a lo
largo del tiempo, aspecto este que se ha convertido en la actualidad en un elemento
clave y definitivo de este tipo de turismo. Partiendo de ello, el turismo rural no puede
ser nunca fuente de agresiones ni al entorno natural, ni socio-cultural, sino, todo lo
contrario, debe contribuir a su conocimiento, protección y conservación.
5ª- La oferta debe ser integral, en el sentido de que la misma comprenda todo
un conjunto de actividades, alojamiento, gastronomía, etc. que responda y satisfaga
plenamente la demanda de los turistas; además todo ello debe destacar por su calidad,
es decir no sólo es cuestión de ofertar servicios y productos sino que debe cuidarse
especialmente la calidad de los mismos si se quiere mantener y potenciar una actividad
económica como es el turismo rural que está dando sus primeros pasos en España19 .
Enlazando con esto, los alojamientos dedicados al turismo rural deben seguir las
estructura de las construcciones tradicionales de las áreas rurales, siendo aconsejable
la utilización de los edificios existentes y el uso de materiales de construcción más
comunes en la región, pudiendo incorporar mejoras ecológicas en los mismos que
ayuden a una defensa y conservación del medio ambiente verdaderamente eficaz.

6ª- El turismo rural debe contribuir al desarrollo económico de estas zonas rurales
que suelen destacar por su precariedad económica. Los beneficios económicos que el
turismo rural supone para la zona donde se incardina no significa que este tipo de
actividades pasen a constituir, ni lo deben pretender, el eje principal de la expansión y
desarrollo del medio rural, sino que más bien deben constituir un complemento a las
rentas obtenidas, normalmente a través de la agricultura, por la población local y servir
de estímulo para el desarrollo de otro tipo de actividades que globalmente contribuyan
a que estas áreas rurales salgan de su decaimiento, social, económico, cultural y
poblacional, para así afrontar con un mayor optimismo el futuro.

5. Consecuencias Positivas y Negativas del Turismo Rural

Las consecuencias positivas que trae consigo el turismo rural se pueden agrupar
en tres grupos20 :
1) Consecuencias de tipo económico: Una de las consecuencias más importan-
tes es la revitalización económica de las zonas rurales, lo que supone un incremento
de los ingresos locales, una creación de empleo (son los propios lugareños los que se
dedican a este turismo o bien, en menor proporción, gente venida de las ciudades), un
apoyo a las pequeñas y medianas empresas locales, que son las que generalmente se
dedican al turismo rural, como consecuencia del incremento de la demanda (artesanía,
madera, productos agroalimentarios), y un aumento importante de la población, pues
690 GRACIELA MARTÍNEZ GARCÍA

por todo ello, es necesario un extricto control y seguimiento de las empresas dedicadas
a este tipo de actividades por parte de las autoridades públicas encargadas de ello para
evitar tamaña aberración.
Otra consecuencia económica negativa que puede venir asociada con el turismo
rural es el grave peligro de monoactividad en que puede caer la población local ya
que al pensar que en éste se encuentra la salida a su desperada situación económica
puede dedicarse sólo a ello, a un tipo de actividad muy concreta, abandonando todas
aquellas actividades tradicionales, las agrícolas son las fundamentales, que son las que
en realidad son la base de su economía, pues las rentas obtenidas del turismo rural no
dejan de ser un mero complemento, aunque importantísimo, de la misma. Fruto de este
abandono de la agricultura sería la pérdida de la potencialidad del espacio rural y la
infrautilización de los recursos naturales disponibles.
2) Costes de tipo medioambiental: Los riesgos ambientales que puede ocasio-
nar el turismo rural es una afluencia masiva de visitantes que pueden suponer graves
daños para la flora y fauna local, así como un incremento de la polución del agua y
del aire; a toda costa debe evitarse todo tipo de actividades que supongan un impacto
ambiental, no sólo grave, sino a menudo irreversible, pues no se debe olvidar que la
mayor parte de las personas que eligen este tipo de turismo no tiene una formación
educativa ecológica coherente llegando a realizar y a causar auténticas aberraciones
ambientales tales como la recogida de especies vegetales en peligro de extinción, así
como de minerales y animales, provocación de incendios al encender fuegos fuera de
los lugares habilitados para ello, el depósito de basura incontrolada, la acampada libre
en lugares prohibidos, etc. Para evitar todo esto no estaría de más llevar a cabo campañas
de concienciación y de educación ambiental por parte de la propia población residente
en el medio rural «que, por tradición histórica y cultural, ha demostrado una especial
sensibilidad al respecto, además de haber demostrado a través de los tiempos que no
hay conservación más eficaz que aquella que crea riqueza para los habitantes que
dependen directamente del medio en que se asientan»22 .
3) Costes de tipo antrópico: Los riesgos que en este sentido puede traer consigo
el turismo rural se relacionan sobre todo con la posible generación de conflictos entre
las comunidades locales y el turista, al evidentemente, existir una enorme diferencia
cultural y de tradiciones entre ambos, lo que puede llegar a fomentar una intoxicación
y cambio de las tradiciones y cultura locales con la consiguiente pérdida de identidad
de los habitantes de las zonas rurales. También,y relacionado con lo anterior, puede
llegar a producirse una excesiva presión por la afluencia de visitantes que provoque
conductas antisociales.
En definitiva, y aunque en general son más las ventajas que los inconvenientes
que puede reportar el turismo rural, no debe de dejarse de lado la importante labor que
le corresponde hacer a las autoridades administrativas pertinentes en el sentido de
vigilar y fomentar una práctica adecuada e inteligente del turismo rural.

6. Conclusiones

1ª- No resulta fácil definir el turismo rural pues ni tan siquiera existe consenso al
692 GRACIELA MARTÍNEZ GARCÍA

(FUTURES 2, 1996-1999) y aprobado por el Consejo de Ministros el 12 de enero de 1996, dentro del cual
ni tan siquiera se menciona el término turismo rural, aunque se añadan otros nuevos como el de ecoturismo
o agroturismo, inexistentes en FUTURES 1, como productos a apoyar en el cuatrienio 1996-1999 al
considerarse que disponen de un alto potencial de crecimiento. No parece muy acertado que en un plan tan
importante para la política turística española y con una proyección temporal hasta el año 2000 no se haga
un tratamiento pormenorizado e independiente del turismo rural, siendo simplemente aludido cuando
habla de «la necesidad de determinar los conceptos de oferta turística de naturaleza», algo totalmente
insuficiente.
6 La política comunitaria de los años 80 ya contenía medidas de carácter agroturísitico (por ej. el Reglamento
1820/80, del Consejo, sobre «la aceleración del desarrollo agrario en zonas desfavorecidas del oeste de
Irlanda» o el Reglamento 797/85, del Consejo, de 15 de julio, sobre «mejora de las estructuras agrarias»),
aunque puede afirmarse que es a lo largo de la década de los 90 cuando se produce un tratamiento del
turismo rural desde las instancias comunitarias con una mayor entidad y continuidad, efectuándose este
tratamiento de forma desigual y fragmentaria y bajo una doble óptica: Agraria, como actividad que
puede contribuir a las mejoras de las ventas agrícolas y de las condiciones de vida, trabajo y producción en
las explotaciones agrícolas, y desde una óptica turística, como expresión singular de las nuevas formas de
turismo con aceptación creciente de la demanda europea.
7 BARDON FERNANDEZ, E.: Consideraciones sobre elturismo rural en España y medidas de desarrollo,
E.T., nº108, 1990, p. 63. Esta autora afirma que para que todos los fines propuestos con el turismo rural
puedan ser alcanzados de un modo verdaderamente eficaz, sería necesario una actuación coordinada de
todos los organismos y entidades afectadas por el tema.
8 LAS HERAS OLIETE, CL.: Turismo rural en Aragón, en Derecho Agrario español y de todas las
Comunidades Autónomas, Congreso Internacional e Iberoamericano de Derecho Agrario, Edita la
Diputación General de Aragón, Zaragoza, 1993, pp. 379 y ss.
9 COM 90/438, de 29 de octubre de 1990.
10 DOCE nº C 210/99, de 2 de febrero de 1995.
11 DOCE nº C 18/159, de 15 de diciembre de 1994.
12 COM-95-97 final.
13 BOE nº 164, de 10 de julio de 1982.
14 Cataluña fue la primera Comunidad Autónoma en legislar específicamente sobre turismo rural con la
aprobación del Decreto 365/83, de 4 de agosto, que crea la modalidad de alojamiento turístico «Residencia-
Casa Pagés»; también Aragón es pionera en este tipo de legislación con la aprobación del Decreto 113/86,
de 14 de noviembre, por el que se crea y regula la modalidad de alojamiento turístico denominado «Vivienda
de Turismo Rural», y así mismo destaca el País vasco con el Decreto 295/88, de 9 de noviembre, que crea
la modalidad de alojamiento turístico agrícola. Más tarde han ido legislando otras Comunidades Aunónomas
como Asturias con el Decreto 26/91, de 20 de febrero, que crea y regula la modalidad de alojamiento
denominado «Casas de Aldea», desarrollado por la Resolución de 26 de abril de 1993, y Galicia con la
Orden de 2 de enero de 1995 en la que hace una ordenación de los establecimientos de turismo rural, etc.
15 GALLANO, E.: El turismo rural en España, E.T., nº 110, 1991, p. 40; BARDON FERNANDEZ, E.
Consideraciones sobre..., loc. cit., p. 63; BLANCO HERRANZ, FR. J.: Fundamentos de la política
comunitaria y española en materia de turismo rural. Consideraciones sobre la legislación española, E.T.,
nº 131, 1996, p. 27.
16 CRUZ OROZCO, J.: El turismo rural en el País Valenciano: Notas introductorias, Curso de Turismo
Rural, Mas de Noguera, Marzo 1993, Caudiel (Castellón).
17 TRAVERSO CORTES, J.: Comunicación interpretativa: Variable clave en el marketing mix de las empresas
de turismo rural, E.T., nº 130, 1996, p. 39.
18 La interacción entre la agricultura y el turismo rural es evidente pues, por un lado, ésta ha contribuido a
crear la identidad rural del medio rural, ayudando a mantener y conservar sus tradiciones (arquitectónicas,
gastronómicas, lingüísticas, artesanales, culturales y étnicas), gestionando los recursos naturales y evitando
su degradación y abandono; por otro lado, el turismo rural contribuirá al desarrollo económico de las
explotaciones agrícolas aunque nunca se debe permitir que el turismo se convierta en la principal y única
fuente de rentas, sino más bien debe ser tratado como una contribución a la economía rural.
19 Actualmente, la oferta de alojamiento en casas rurales en España no logra superar, en muchos casos, un
estadio semiartesanal, siendo imprescindible crear una infraestructura turística debidamente equipada y
perfectamente enclavada si se quiere potenciar la atracción de nuevos posibles turistas. Tampoco se debe
696 LUC BODIGUEL

Le droit français organise effectivement l’exercice d’activités économiques en


fonction de la nature des activités exercées. Or, la seule particularité commune des
entreprises rurales, c’est d’être localisées sur le territoire rural. Pour que le droit prenne
en compte l’évolution des opérateurs économiques en milieu rural, il faudrait donc
qu’il ajoute à sa conception économique fondée sur l’activité, une vision plus sociale,
fondée sur le territoire.
Ce sont ces deux conceptions que je vais rapidement présenter en répondant à
deux interrogations :
- Comment le droit détermine le territoire économique des entreprises ?
- Comment le droit peut-il prendre en compte la localisation de l’entreprise rurale ?
I - Comment le droit détermine le territoire économique des entreprises ?
L’entreprise rurale est avant tout une entreprise. A ce titre, elle est soumise, comme
les autres, à la sectorisation juridique des territoires économiques, «principe» qui
délimite les différents territoires économiques.
A - La sectorisation
Le droit économique privé découpe le champ économique par secteurs auxquels
il a attribué des régimes particuliers : le commerce, l’artisanat, les professions libérales,
l’agriculture.
Derrière le “droit économique privé” se cachent donc quatre secteurs économiques
distincts. C’est ce que j’appelle la sectorisation juridique de l’action économique.
Ce découpage est réalisé au regard des activités exercées par les entreprises : par
exemple à l’exercice d’activités commerciales correspond le secteur économique du
commerce et l’application du droit commercial ; A l’exercice d’activités agricoles
correspond le secteur économique de l’agriculture et l’application du droit rural. (Cette
présentation est volontairement simplificatrice, ne serait-ce que parce qu’il faudrait
s’interroger sur le contenu de la notion d’activité ).
Quelles sont alors les conséquences de cette partition juridique du territoire
économique ?
B - Les conséquences pour l’entreprise rurale
Actuellement, l’entrepreneuriat rural reste soumis à l’une des catégories juridiques
d’activités déjà consacrées : le commerce, l’artisanat, les professions libérales,
l’agriculture.
L’entreprise rurale ne peut bénéficier d’un statut original, dans la logique de la
sectorisation juridique des activités économiques, que s’il est possible de démontrer
qu’elle effectue une activité originale. Or, ce qui fait la particularité des entreprises
rurales émergentes, c’est l’impossibilité de les rattacher strictement à un secteur juridique
d’activité sans qu’il existe pour autant un nouveau type d’activités. Juridiquement
l’activité rurale n’est, le plus souvent, qu’un regroupement d’activités correspondant à
des catégories juridiques préexistantes. Elle n’offre pas de spécificité.
Il est même plus aisé de démontrer la ressemblance de ses activités avec celles de
l’entreprise commerciale : quelle différence en effet entre la petite entreprise
commerçante du centre ville, l’artisan des zones rurbaines et la petite entreprise
pluriactive rurale ? Toutes trois sont insérées dans une logique économique de marché
et soumises à une situation de concurrence. Toutes trois doivent sentir les changements
698 LUC BODIGUEL

En voici quelques illustrations :


1 - Ruralisation de la politique agricole nationale
Selon Louis Le Pensec, actuel Ministre de l’agriculture et de la pêche, la nouvelle
loi d’orientation agricole sera construite autour de trois grands thèmes : produit, emploi,
territoire.
L’outil principal de cette nouvelle politique sera le contrat territorial
d’exploitation1 .
Cette nouvelle loi devrait donc “replacer le territoire au coeur de la politique
agricole” (Communiqué de presse M. Le Pensec 2 oct. 1997).
2 - Ruralisation de la politique agricole européenne
Dans son agenda 2000, la commission européenne consacre une large part de ses
réflexions au développement rural.
Les commissaires souhaitent élaborer un nouveau règlement relatif au
développement rural qui “jette, pour la première fois, les bases d’une politique de
développement rural globale (...)”. “Le développement rural devient ainsi le second
pilier de la PAC.”2
3 - Ruralisation de la politique agricole internationale
L’OCDE souhaite poursuivre la réforme de la politique agricole conformément
aux accords de l’Uruguay round de 1994 (réduction des soutiens financiers à
l’agriculture).
Cependant, cette nouvelle politique agricole devra aussi prendre en considération
l’environnement et “contribuer à la viabilité socio-économique de nombreuses zones
rurales”, particulièrement celles considérées comme défavorisées 3 .
Quel que soit le cadre national, européen ou international il est donc possible
d’affirmer que le développement rural forme avec la politique agricole classique une
nouvelle politique publique rurale.
B - Les outils de cette ruralisation
Deux types d’instruments juridiques permettent de prendre en compte
indirectement l’appartenance rurale des entreprises exerçant en milieu rural : le zonage
et le contrat.
Ces deux éléments associent l’activité et le territoire. Ainsi, le zonage est fondé
sur l’exercice d’activités déterminées en un lieu donné (zones rurales défavorisées ;
zones de montagne). L’accent est mis sur le territoire mais est indissociable de l’activité.
En matière contractuelle (futur contrat territorial d’exploitation ; contrats agri-
environnementaux), c’est l’activité qui est mise en avant. Cependant, en matière
environnementale, l’action économique ne peut pas être détaché du contexte territorial.
Il faut cependant noter, que si ces deux instruments prennent en compte les deux
caractéristiques de l’entreprise rurale, c’est à dire des activités déterminées et une
localisation spécifique, ils ne la reconnaissent pas directement. Il s’agit en fait de trouver
un moyen de rémunérer les entrepreneurs en dépassant la sectorisation juridique des
territoires économiques. Ils ne consacrent en aucun cas un statut juridique, social ou
fiscal de l’entrepreneur rural, ni un régime particulier pour l’entreprise rurale.
Conclusion
L’entreprise rurale n’est pas reconnue en droit français et ne peut l’être au regard
702 MARCUS VINICIUS SOARES DE SOUZA MAIA

em sua produção, bem como em relação à preservação ambiental?


A cultura da cana-de-açúcar no Brasil, padece de vários vícios advindos da evo-
lução de seu Processo Histórico de produção e comercialização, tanto para o mercado
interno quanto para o externo, os quais procuraremos, nesse trabalho, demonstrar.
Essa demonstração, não se fará no só sentido de um cotejamento nos estudos de
causa, nem tampouco no elenco de conseqüências, ainda que nele se as irá colocar,
mas para que se possa preencher grande vazio, qual seja, o entendimento da atual
sistemática de produção e comercialização da cana-de-açúcar no Brasil, pelo estudo de
sua origem, seus objetivos, e de seu desenvolvimento histórico.
Estudaremos, então, as origens históricas da cultura da cana-de-açúcar no Bra-
sil, os sistemas que influenciaram em sua implantação, as finalidades a que se visava
com esses procederes e, pela taxativa importância que denota, sua interface com o
modelo social estabelecido para o país, procurando, especificamente, estabelecer
parâmetros seguros à compreensão de todo esse arcabouço.

Introdução

“A cultura desta terra é agrária, mas a economia é urbana, com tudo de selvagem
que a expressão “urbana” modernamente designa.”
Octavio Mello Alvarenga

O Direito Agrário, é, com certeza, no que tange tanto à sua conceituação, quanto
à sua presença maciça no contexto histórico do desenvolvimento humano, o mais an-
tigo e importante ramo da ciência jurídica.
Sua origem, intrincada como a do homem, e hoje fortemente ligada aos ditames
do Direito Ambiental, adveio de sua necessidade de bem lidar com a terra, assenhorando-
se dela, habitando-a e fazendo-a produzir.
Sobre isso, assim muito bem preleciona Ismael Marinho Falcão, ao afirmar que
“A história do direito agrário remonta aos primórdios da humanidade e ninguém
tem dúvida de que as suas raízes iniciais estão fincadas no início do aparecimento do
homem sobre a face da terra, de sorte que, para se falar sobre este ramo da Ciência do
Direito tem-se, inevitavelmente, que recuar aos primórdios do Império Romano a fim
de que o encadeamento das idéias não se embaralhem, posto não se ignorar tenha sido
na Roma antiga onde, pela primeira vez, as questões agrárias se fizeram sentir e foram
resolvidas como intrinsecamente ligadas ao conceito da propriedade.”(1995:25).
Mas, não basta domínio e posse sobre ela, requer-se muito mais!
Cuida que se a preserve, bem como que se lhe dê destinação segura, em atendi-
mento à sua função social, no só sentido de que não venha a se exaurir, o que, vaticina-
mos, trará a extinção da raça humana, e com ela das demais espécies que compõem o
arcabouço natural.
E, foi por pensar assim, que se cunhou a moderna teoria do Direito Agroambiental,
intrinsecamente relacionado com o disciplinamento dado ao hodierno Direito Agrário,
teoria e prática sobre a qual, em consonância ao tema, discorre, corroborando nossa
704 MARCUS VINICIUS SOARES DE SOUZA MAIA

das espécies S. officinarum, S. spontaneum e S. robustum, entre outras.”


Encyclopédia Britannica do Brasil

A cana-de-açúcar, constitui-se na mais importante fonte primária para produção


do açúcar, bem como para a fabricação do álcool.
Sua origem, que remonta a tempos imemoráveis, deu-se na Nova Guiné, de onde
foi levada ao sul da Ásia.
Inicialmente utilizada em forma de xarope, data do ano 500, já na Pérsia, seu uso
como açúcar, sob a forma sólida.
Propagada pelos árabes, rapidamente sua cultura espalhou-se pelo norte da Áfri-
ca e também pelo sul da Europa, como nos relata Eduardo Bueno:
“Introduzido na Europa por árabes e cruzados, o açúcar –originário da Ásia-
fora, de início, um artigo caríssimo, usado para presentear reis e registrado em testa-
mentos monárquicos. Na Idade Média, era vendido apenas em farmácias, como artigo
medicinal. E literalmente a peso de ouro: em 1440, uma arroba (15 quilos) de açúcar
valia 18,3 gramas do metal. Ainda que, em 1501, esse preço tivesse despencado para
dois gramas por arroba, o plantio e especialmente o comércio de açúcar eram ótimos
negócios. Negócio que, desde a descoberta dos Açores e da Madeira, no século 15,
passou a interessar aos portugueses, principalmente depois que d. Henrique importou
as primeiras mudas da Sicília e mandou plantá-las nas ilhas. (1997:30).
Por ser típica dos climas tropicais, seu cultivo não foi possível na Europa.
Continuou então a ser importada do Oriente, até que, fechado o caminho terres-
tre para as Índias, ocasionado pela tomada de Constantinopla pelos turcos
Otomanos, no ano de 1453, fato que por sua importância significou a passagem da
Idade Média para a Idade Moderna, foi transferido seu plantio, de primeiro para as
ilhas da Madeira e por último para o recém conquistado novo mundo americano.
Por seu clima e condições do solo, essencial ao seu desenvolvimento, a América
ofereceu à cultura da cana-de-açúcar uma perfeita adaptação, tendo sido seu entronizador
em terras americanas o grande navegador Cristóvão Colombo, que para cá trouxe as
primeiras mudas em sua segunda viagem datada de 1493.
Já em terras brasileiras, sua cultura, a partir de técnicas de cultivo trazidas por
Martin Afonso de Souza, proprietário do primeiro engenho levantado em solo brasi-
leiro, floresceu profundamente, ao ponto de que, ao findar o século XVI, achavam-se
instalados, e em plena produção, mais de cem engenhos somente em Pernambuco e
Bahia.
Com isso, o Brasil liderou, até 1650, o abastecimento mundial de açúcar, princi-
palmente junto ao mercado europeu, principal interessado na absorção dessa produção
e que se fez presente desde o início de sua cultura, inicialmente por intermédio de
Johann Van Hielst, representante dos Schetz, ricos armadores, comerciantes e ban-
queiros de Amsterdã e posteriormente através das companhias de comércio.
Mesmo decaindo posteriormente o fluxo da exportação do açúcar, haja vista que
outros países começaram a produzi-lo e a, consequentemente, concorrer com o Brasil
em sua comercialização, contudo não deixou de se fazer presente na economia brasi-
leira, pois que, na atualidade a Cultura da cana-de-açúcar é responsável pela manuten-
706 MARCUS VINICIUS SOARES DE SOUZA MAIA

Arinos, em texto trazido à colação por Taunay:


“Com a cana se instaura a colonização. Nascem cidades, abrem-se caminhos,
aperfeiçoa-se a vida. Forma-se uma unidade política brasileira na costa, facilitada,
talvez determinada, pela solidariedade econômica. Recursos maiores permitem um
levantamento do nível de vida. Aparece uma aristocracia rural nas casas-grandes do
litoral pernambucano, baiano e fluminense. Floresceu a arquitetura típica do açúcar,
levantam-se monumentos, igrejas, conventos, fortalezas. Desperta a vida intelectual”.
(1972:34).
Daí se subsume que ao início do cultivo da cana-de-açúcar seguiu-se a implanta-
ção da sociedade colonial brasileira, com a conseqüente criação das primeiras cidades,
e de uma aristocracia rural ligada à monocultura da cana, que determinou toda a siste-
mática social brasileira ao longo de sua formação histórica e sociológica.
Conseqüências outras, ainda, derivaram-se do fato, como bem diz Taunay:
“a predominância da grande propriedade rural (com a casa-grande, a senzala, os
engenhos e os vastos campos cultivados) sobre a pequena propriedade; a importação
do escravo africano para os trabalhos agrícolas, a que estavam afeitos em sua terra
natal, e assim podiam suprir as deficiências do português, praticamente inabilitado
pelo rigor do clima, e do indígena, rebelde a trabalho continuado.”(1972:34).
Em 1628, havia já em torno de 235 engenhos instalados no Nordeste brasileiro –
“antes mais do que menos”, segundo frei Luís de Sousa. Em 1637, época do Brasil
holandês, a produção de Pernambuco, Itamaracá, Paraíba e Rio Grande do Norte ultra-
passou 1 milhão de arrobas.
Portanto, a cultura da cana-de-açúcar, foi de extrema importância na consolida-
ção do domínio português sobre o Brasil.
Estabelecidos no litoral, logo desobedeceram aos ditames do Tratado de
Tordesilhas, avançando rumo aos sertões e expandindo as fronteiras brasileiras, tudo
isso possibilitado pelas riquezas geradas pela produção e exportação do açúcar.
Mas nem tudo, porém, foram benesses, haja vista a forte degradação do meio
ambiente, causada pela devastação das matas nativas com as conseqüências encadeadas
de extinção de várias formas de vida animal e vegetal.

Capítulo III - A cana-de-açúcar, seu comércio e os mercados agrícolas.

“Fizeram grandes honras e agasalhos, com tão grandes gastos que não saberei
contar... grandes banquetes de extraordinárias iguarias... leitos de damasco carmesim,
franjados de ouro... senhores de engenho de quarenta e mais mil cruzados de seu. Seis
deles todos vestidos de veludo e damasco de várias cores me acompanharam... Bebem
cada ano, de 50 a 80 mil cruzados de vinhos de Portugal...”
Padre Cardim

Com a vinda dos donatários, a cultura do açúcar obteve extraordinário impulso


no Brasil. Impedidos pela legislação em vigor de explorar o pau-brasil (monopólio
real), trouxeram aqueles, consigo, colonos da ilha da Madeira que iniciaram a derruba-
da da mata atlântica instalando os primeiros engenhos.
708 MARCUS VINICIUS SOARES DE SOUZA MAIA

mente, passaram a deter o monopólio na comercialização do açúcar brasileiro.


O monopólio dessas companhias, em que pese considerações outras acerca de
sua importância para o perfazimento do norte preconizado por seus criadores, revelou-
se danoso ao país, conforme se depreende dos relatos de Taunay:
“De um modo geral, pode-se afirmar que as companhias atingiram os objetivos,
mas os monopólios, de que desfrutaram o privilégio, determinaram forte oposição no
Brasil, dados os evidentes prejuízos que traziam à nossa economia e aos interesses dos
colonos. Dentre os inconvenientes surgidos com o monopólio, podem ser citados os
seguintes: deterioração dos gêneros nas viagens, sem o pagamento do prejuízo pelo
seguro, que era, entretanto, obrigatório; os navios não eram mandados na quantidade
fixada; o preço dos produtos ficava na dependência das Companhias, que não possuí-
am concorrentes.” (1972:39).
Apesar dessa oposição, a liquidação definitiva da nefasta influência das compa-
nhias de comércio ocorreu somente em 1914, já sob a égide da República Velha.
O Brasil moderno, ao inverso do que ocorria nos primórdios de sua história,
onde, por predominar, em sua cadeia produtiva, uma mão de obra escrava sem qual-
quer poder aquisitivo, não havia quem consumisse seus bens de produção, possui, já,
um mercado interno, bem como um dos dez maiores parques industriais do planeta.
Isso faz com que o açúcar brasileiro, que antes somente era consumido na Euro-
pa, seja comercializado em seu próprio mercado, girando a economia.
O que falta, então, é transferir essa lucratividade gerada pelo comércio, tanto
externo quanto interno, do açúcar brasileiro, para uma geração de progresso voltada à
sociedade, com respeito ao braço que toca a produção, ao meio ambiente e às suas
condições naturais, alerta feito por Ibsen de Gusmão Câmara, em transcrição votada
por Taunay:
“Esse problema de meio ambiente e agricultura precisa ser considerado com
muito mais profundidade do que tem sido até hoje. Nós nos preocupamos muito com
produtividade, com impostos etc., mas deixamos de ver o mal, o dano que estamos
causando com a falta de atenção ao problema do meio ambiente”. (1972:45).
Capítulo IV - A cana-de-açúcar e a sua mão de obra produtiva.

“Era um sonho dantesco!...O tombadilho, Que das luzernas avermelha o brilho,


Em sangue a se banhar. Tinir de ferros... estalar do açoite...Legiões de homens negros
como a noite, Horrendos a dançar...(...) Senhor Deus dos desgraçados! Dizei-me vós,
Senhor Deus! Se é loucura... se é verdade Tanto horror perante os céus?”
Castro Alves

O engenho, centralizou a organização da produção do açúcar; esta nomenclatu-


ra, que inicialmente referiu-se somente às instalações rudimentares de manuseio da
cana e fazimento do açúcar, logo era utilizada para designar toda a propriedade.
Verdadeiro feudo, como em sua compleição medieval, englobava, como bem diz
Caio Prado Júnior, por texto inserto em obra de Taunay :
“casa-grande; senzala; oficinas; estrebarias. Suas terras, além dos canaviais, ser-
viam para os seguintes outros objetivos: pastagens; culturas alimentícias; matas, para
lenha e madeiras de construção.”(1972:35).
710 MARCUS VINICIUS SOARES DE SOUZA MAIA

a bens materiais e que praticavam agricultura de subsistência unicamente.


Além disso, pouco rentável se configurou seu apresamento, donde surgiu, inclu-
sive, a inverdade sobre sua inaptidão ao trabalho, sua indolência enfim.
Já o negro africano, foi fonte de enriquecimento para professantes de todos os
credos e culturas, sendo apresados por seus patrícios e comerciados por judeus, mu-
çulmanos, católicos e protestantes.
Principal mão de obra brasileira por 388 (trezentos e oitenta e oito anos), o escra-
vo africano foi o esteio sobre o qual ergueu-se a economia brasileira, somente vindo a
ser libertado quando deixou de gerar lucratividade, sendo então substituído pelo traba-
lhador assalariado, cuja manutenção e reposição é mais fácil e menos dispendiosa.
Não poderíamos também, haja vista que a teoria do Desenvolvimento Sustentá-
vel, deve se calcar na perfeita harmonização produção/manutenção, descurar da ques-
tão relacionada à mão de obra utilizada no campo, os homens mulheres e crianças que
a plantam e a colhem.
Se durante 388 (trezentos e oitenta e oito anos), anos valeu-se a nação da força
laboral do escravo, hoje mantém na linha de frente, no caso específico do trabalho nos
canaviais, o tristemente célebre “bóia-fria”, exército formado por adultos e crianças
desqualificados profissionalmente, pessimamente remunerados, aviltados nas condi-
ções mínimas necessárias à sua sobrevivência e correndo ainda o perigo de ser total-
mente substituído pelas máquinas da lavoura mecanizada, enquanto patrocina a fortu-
na de uma minoria totalmente despreparada para o exercício da condição de elite.
Eduardo Bueno, fazendo considerações focalizadas nesse tema, afirma:
“No alvorecer do 3º milênio, o Brasil continua sendo, e é cada vez mais, um país
de contrastes: a nação que possuí a 11a economia do mundo é a mesma que ocupa o
74a lugar no ranking de qualidade de vida.” (1997:450).
Ao pessimamente remunerar seu trabalhador rural, contribui-se para a devasta-
ção ambiental, no sentido de que, aviltado nas condições mínimas necessárias à sua
sobrevivência, o rurícola não terá como cuidar da preservação ambiental, posto que
educação faz par com condição econômica que se encadeia com esse desiderato.
E ao se falar no tema educação, não se pode deixar de comentar do trabalho
infantil nos canaviais, verdadeira reedição dos primeiros e tétricos anos da revolução
industrial, cujo modelo perdurou e é aplicado hoje no Brasil rural.

Conclusões

“Disse-lhes mais: Eis que vos tenho dado todas as ervas que produzem semente,
as quais se acham sobre a face de toda a terra, bem como todas as árvores em que há
fruto que dê semente; ser-vos-ão para mantimento.”
Gênesis

Por muitos lustros, nações mantiveram seu desenvolvimento econômico à custa


da exploração indiscriminada de seus recursos naturais.
O Brasil, elenca-se entre elas, primeiramente por intermédio do colonizador e
em seguida através de seus próprios patrícios.
712 MARCUS VINICIUS SOARES DE SOUZA MAIA

cultural e a participação ativa da comunidade no processo de seu desenvolvimento.


Onde, e corroborando nossas palavras, Milton Kanashiro, Ph. D., pesquisador da
Embrapa/Cpatu-PA, ao enfatizar a importância do Instituto, nas conclusões de sua tese
de doutorado, diz da:
“Necessidade de caracterizar os componentes fundamentais e indivisíveis do
conceito (o ecológico, o econômico e o social), com o objetivo primordial de assegu-
rar uma existência duradoura que minimize a depauperação dos recursos, a degrada-
ção do meio ambiente, a descontinuidade cultural e a instabilidade social.” (1989:50).
A terra, nos foi dada por Deus para habitar e fazer produzir, para que nela nos
multiplicássemos e dela retirássemos nosso sustento.
Contudo, não nos foi outorgado o direito de destruí-la em busca de enriqueci-
mento e preponderância, uns sobre os outros, num quadro dramático onde a continui-
dade da vida sobre a terra e sob as águas está severamente ameaçada.
Cabe a nós, portanto, cuidar do futuro de nossa biosfera, não deixando para as
gerações futuras um legado de desgraças e desesperanças.
Portanto, o Direito Agrário cuidando como efetivamente cuida, do estudo e da
aplicação do desenvolvimento de todas as atividades ligadas ao Agro-brasileiro, tem
como obrigação elementar o liame que o entrelaça com a cultura da cana-de-açúcar
desde o seu nascimento.
Obrigação essa que se perfaz quando o Direito Agrário, seja cuidando das rela-
ções de trabalho no campo, do avivamento das questões possessórias e dominiais, hoje
não mais vistas como absolutas, mas subordinadas ao uso útil e racional da terra, no
bojo de uma moderníssima legislação que veio consagrar, como pressuposto
comprobatório de plenitude o perfazimento de sua funcionalidade social, congrega-se
ao Direito Ambiental, daí surgindo toda uma nova teoria Agro-ambiental.
Em assim sendo, concluo este trabalho, demonstrando profunda preocupação
para com nosso futuro ao descortinar do 3º milênio e rogando a Deus que não permita
que cometamos novamente tamanho crime, como o praticado quando da devastação
da mata atlântica, da qual hoje restam somente 7%, para implantação da Cultura da
Cana-de-açúcar, origem do quadro de seca no nordeste brasileiro, como bem sintetiza
Tales Alvarenga:
“Já aconteceu uma vez. Da Mata Atlântica, que cobria a costa brasileira do Rio
Grande do Sul até o Ceará, só restam hoje entre 5% e 8%, na estimativa mais otimis-
ta.”(1997:008).
Deus não permita que cometamos novamente tamanho crime!

Bibliografia

ALVARENGA, Tales e outros. Amazônia - um tesouro ameaçado. Revista Veja,


encarta especial da edição n.º 51, São Paulo dez/1997.
ARANHA, Paulo P. Alves. Legislação Agro-industrial Canavieira. 1a Ed.,
São Paulo, Editora Jalovi, 1983.
BONFIM, Manoel. O Brasil na América. 2a Ed. Rio de Janeiro; Editora Top
Books, 1997.
714 MARCUS VINICIUS SOARES DE SOUZA MAIA

do PLANALSUCAR.
ART.3 - Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.
ART.4 - Revogam-se as disposições em contrário.
DECRETO 96.086 DE 24/05/1988
DOU 25/05/1988
Regulamenta o Decreto-Lei n. 2.437, de 24 de maio de 1988, e dá outras Provi-
dências.
ART.1 - A intervenção do Poder Público na economia sucro-alcooleira deverá
ficar restrita à fiscalização do cumprimento da legislação pertinente, à normatização
das relações setoriais dos agentes de produção da agroindústria canavieira e à fixação
de cotas de produção de cana-de-açúcar e de cotas de produção e de comercialização
interna de açúcar e de álcool e, se preciso, de cotas de exportação desses produtos e de
outros derivados da cana de-açúcar.
§ 1 - Subsidiariamente, o Poder Público poderá estabelecer mecanismos de apoio
técnico e financeiro, tendentes a minimizar os desequilíbrios regionais e locais da eco-
nomia canavieira.
§ 2 - No apoio financeiro de que trata o parágrafo anterior, não se utilizarão
recursos do Tesouro Nacional em operações de compra e venda de açúcar para fins de
exportação, nos termos do ART.1 do Decreto-Lei N. 2.401, de 21 de dezembro de
1987, na redação dada pelo Decreto-Lei número 2.437, de 24 de maio de 1988.
ART.2 - Os Ministros da Indústria e do Comércio e da Fazenda e o Ministro-
Chefe da Secretaria de Planejamento e Coordenação da Presidência República subme-
terão ao Presidente da República:
I - estudos sobre:
a) sistemas de compra e de venda do açúcar de produção nacional, destinado à
exportação;
b) desempenho técnico, rendimento e recuperação de lavouras de cana-de-açú-
car, culturas alternativas e zoneamento da produção canavieira nacional;
c) eficiência da usina, utilização de derivados e subprodutos da cana no processo
produtivo e levantamento de custos de produção;
d) comercialização interna, carregamento, transporte, qualidade de açúcar, fun-
ção das refinarias, necessidades dos consumidores industriais e alocação de contas de
produção e de comercialização;
e) termos contratuais, preços de venda, carregamento, transporte, padrões de
qualidade, operações portuárias e administração de riscos, na exportação de açúcar e
de melaço;
f) desenvolvimento de acordos alternativos de comercialização e preços;
g) estatuto da lavoura canavieira;
h) desníveis regionais.
II - outras medidas necessárias à execução deste Decreto.
LEI 8.029 DE 12/04/1990
DOU 13/04/1990
* Regulamentada pelo Decreto número 1.647, de 26/09/1995.
Dispõe sobre a Extinção e Dissolução de Entidades da Administração Pública
716 MARCUS VINICIUS SOARES DE SOUZA MAIA

III - utiliza a cultivar como fonte de variação no melhoramento genético ou na


pesquisa científica;
IV - sendo pequeno produtor rural, multiplica sementes, para doação ou troca,
exclusivamente para outros pequenos produtores rurais, no âmbito de programas de
financiamento ou de apoio a pequenos produtores rurais, conduzidos por órgãos pú-
blicos ou organizações não-governamentais, autorizados pelo Poder Público.
§ 1 - Não se aplicam as disposições do “caput” especificamente para a cultura da
cana-de-açúcar, hipótese em que serão observadas as seguintes disposições adicionais,
relativamente ao direito de propriedade sobre a cultivar:
I - para multiplicar material vegetativo, mesmo que para uso próprio, o produtor
obrigar-se-á a obter a autorização do titular do direito sobre a cultivar;
II - quando, para a concessão de autorização, for exigido pagamento, não poderá
este ferir o equilíbrio econômico-financeiro da lavoura desenvolvida pelo produtor;
III - somente se aplica o disposto no inciso I às lavouras conduzidas por produto-
res que detenham a posse ou o domínio de propriedades rurais com área equivalente a,
no mínimo, quatro módulos fiscais, calculados de acordo com o estabelecido na Lei n.
4.504, de 30 de novembro de 1964, quando destinadas à produção para fins de
processamento industrial;
IV - as disposições deste parágrafo não se aplicam aos produtores que,
comprovadamente, tenham iniciado, antes da data de promulgação desta Lei, processo
de multiplicação, para uso próprio, de cultivar que venha a ser protegida.
§ 2 - Para os efeitos do inciso III do “caput”, sempre que:
I - for indispensável a utilização repetida da cultivar protegida para produção
comercial de outra cultivar ou de híbrido, fica o titular da segunda obrigado a obter a
autorização do titular do direito de proteção da primeira;
II - uma cultivar venha a ser caracterizada como essencialmente derivada de uma
cultivar protegida, sua exploração comercial estará condicionada à autorização do ti-
tular da proteção desta mesma cultivar protegida.
§ 3 - Considera-se pequeno produtor rural, para fins do disposto no inciso IV do
“caput”, aquele que, simultaneamente, atenda os seguintes requisitos:
I - explore parcela de terra na condição de proprietário, posseiro, arrendatário ou
parceiro;
II - mantenha até dois empregados permanentes, sendo admitido ainda o recurso
eventual à ajuda de terceiros, quando a natureza sazonal da atividade agropecuária o
exigir;
III - não detenha, a qualquer título, área superior a quatro módulos fiscais,
quantificados segundo a legislação em vigor;
IV - tenha, no mínimo, oitenta por cento de sua renda bruta anual proveniente da
exploração agropecuária ou extrativa; e
V - resida na propriedade ou em aglomerado urbano ou rural próximo.

Anexo 2

Jurisprudência
718 MARCUS VINICIUS SOARES DE SOUZA MAIA

Supremo Tribunal Federal

DESCRIÇÃO : RECURSO EXTRAORDINARIO


NÚMERO: 180721
JULGAMENTO: 16/04/1996
EMENTA
Direito Constitucional e Tributário.
I. C. M. Cana de açúcar para produção de álcool carburante.
Imposto único. Combustível líquido (art. 21, inciso VIII, da Emenda Constitu-
cional nº 1/69). Artigos 74 e 46, parágrafo único, do Código Tributário Nacional.
Coisa julgada (art. 5º, XXXVI, da C. F. de 1988). 1. Havendo-se recusado o Tribunal
de Justiça a apreciar a argüição de coisa julgada, por considerá-la tardiamente formu-
lada, não chegou por isso mesmo, a decidir se esta (a coisa julgada) se caracterizou,
ou não. 2. Tal questão infraconstitucional, de caráter processual, não se sujeita ao
controle do Supremo Tribunal Federal, em Recurso Extraordinário, mas, sim, ao
Superior Tribunal de Justiça, em Recurso Especial. 3. Menos ainda se essa questão é
ventilada em Recurso Especial e o S. T. J., como no caso, conclui ter sido correta
a decisão estadual. E com trânsito em julgado. 4. Ademais, é pacífica a jurisprudência
do S. T. F., no sentido de não admitir, em R. E., alegação de ofensa indireta à Consti-
tuição Federal, por má interpretação de normas infraconstitucionais, de caráter
processual. 5. A E. C. nº 1/69 estabelecia a competência da União para instituir
imposto sobre produção de combustíveis líquidos. 6. Cana de açúcar não é combustí-
vel líquido, embora sirva como matéria-prima na produção de álcool carburante,
este, sim, um combustível líquido. 7. Produção, segundo o Código Tributário Nacio-
nal é a operação que “modifica a natureza ou a finalidade” de um determinado bem,
ou “o aperfeiçoa para o consumo” (artigos 74 e 46, parágrafo único do Código
Tributário Nacional). 8. Assim, a cana de açúcar é apenas o bem, a matéria-prima,
existente em si mesma, que, industrializada, se converte em álcool carburante. E
somente a operação de industrialização, ou seja, a atividade transformadora da cana
de açúcar nesse combustível líquido, é que, correspondendo a uma produção, estaria
sujeita exclusivamente ao imposto único de que tratava o inciso VIII do art. 21 da E.
C. nº 1/69. Não, assim, a cana de açúcar, que, como mercadoria, pode ser objeto de
circulação jurídica e econômica, sujeita ao I. C. M. hoje I. C. M. S. 9. R. E. não conhe-
cido, pela letra “a” do inc. III do art. 102 da C. F. de 1988, mas conhecido pela letra
“c”, e, nessa parte, improvido, mantido, assim, o acórdão estadual que considerou
exigível o I. C. M. na operação de circulação de cana de açúcar, embora diferido para
a oportunidade da venda do combustível líquido (álcool carburante), em que foi
transformada. Tudo, nos termos do voto do Relator. Decisão unânime.
720 MAURICIO CASTRO LIZANO; ALVARO RODRÍGUEZ SOTO

El desempleo no representa solamente un desperdicio económico sino que nos


lleva hacia una degradación social, hacia una mala salud y, de hecho, hacia la
criminalidad. Además, disminuye la autoestima, es desmotivante y genera inseguridad
y resistencia hacia los cambios técnicos. El desempleo es, por lo tanto, profundamente
dañino para el ciudadano. El empleo es crucial por sus vinculaciones de carácter
económico y social.
En los países en vías de desarrollo, particularmente en América Latina y en Africa,
la fuerza laboral crece a un ritmo de 3 por ciento anual. Basándose en las pasadas
estadísticas, solo para proveer de trabajo a los nuevos integrantes de esta fuerza laboral,
estas economías tendrían que crecer alrededor de 6 por ciento anual.
Cada año mueren de hambre en los países en vías de desarrollo entre 13 y 18
millones de personas y cada día casi 1,000 millones de personas se acuestan sin haber
comido lo suficiente. Y sin embargo, en muchos casos el hambre de estas personas no
depende de una escaza producción de alimentos. No están desnutridos por falta de
alimentos, sino porque no pueden conseguirlos.
Tomemos como ejemplo Asia y América Latina. En los últimos años la producción
agrícola de estas regiones ha aumentado más de lo que ha crecido su población. Pero
según los datos oficiales, en Asia hay 500 millones de desnutridos y en América Latina
59 millones.
Por primera vez, el mundo tiene recursos de producción y de distribución para
alimentar a una población muy superior a la actual. Por contraste, la insolidaridad se
da en un mundo en que todos somos visibles a todos.
Así las cosas, podemos afirmar que las tendencias de desarrollo no incluyen
vastos sectores de la población dentro del crecimiento económico y por tanto producen
exclusión y pobreza a gran escala. Si dejamos libres las fuerzas de la globalización
tendremos mayor desigualdad, mayor pobreza y menor crecimiento.
El proceso de apertura comercial significó una disminución de las medidas
arancelarias y no arancelarias, y una mayor exposición de los sectores productivos a la
competencia externa. La idea de un Estado menos interventor, generó una reducción
de la inversión pública estatal, una redefinición de las políticas de desarrollo rural y de
las políticas agrarias y procesos de privatización, y reestructuración en las instituciones
estatales que atienden a los sectores rurales.
Las políticas macroeconómicas han debilitado las sectoriales y por tanto a los
sectores sociales importantes como el constituido por los pequeños y medianos
productores y empresarios. Se ha dado una clara desregulación jurídica de instrumen-
tos tradicionales de protección a la agricultura, dado el interés por fortalecer un marco
de mayor libertad de juego entre los agentes sociales que participan en el mercado.
El sector agrícola es entonces uno de los más perjudicados en el desarrollo de las
políticas de ajuste estructural y globalización de mercados, ya que gran cantidad de la
población esta vinculada al sector rural y al desarrollo de actividades agropecuarias.
En Costa Rica el 56.5% de la población vive en 48 cantones que ocupan el 85% del
territorio nacional.
En Costa Rica, el Estado ha reducido al mínimo su participación tanto en el
mercado de tierra como el de granos básicos, y se han debilitado las políticas y los
722 MAURICIO CASTRO LIZANO; ALVARO RODRÍGUEZ SOTO

casos tan frecuentes de abandono del hogar por parte del varón, es la mujer la que se
ocupa de la casa, de los hijos y de procurar el sustento. Los cuidados de la casa incluyen
buscar leña y acarrear agua. En muchos lugares esto supone viajes diarios de varias
horas. Además, también las mujeres deben ocuparse del huerto e incluso a veces del
cultivo agrario. Por todos estos trabajos no reciben gratificación económica ni social
y, si pudiera contabilizarse este trabajo, el producto bruto mundial aumentaría un 33
%.

Otro de los problemas socio-económicos que afecta a la población rural es el


sub-empleo, la incapacidad que tienen los hombres que ahí viven para obtener ingresos
que les permitan vivir todo el año.
Una causa natural que explica la anterior situación es el carácter estacional/cli-
mático de la producción agrícola. No cabe la menor duda de que la producción agríco-
la, por su naturaleza, ha de ser una producción que se da por ciclos y por esta razón no
tiene la regularidad en el empleo que tiene, por ejemplo, la ocupación industrial.
A lo anterior, se añaden tres factores de carácter estructural, la desigualdad en la
distribución de la tierra, el monocultivo de la plantación y la ganadería extensiva, así
como la modernización y mecanización de la agricultura que agravan el desempleo, y
ocasionan la urbanización acelarada de América Latina por la mencionada migración
rural, consecuencia de la falta de oportunidades en el campo.
Habrá que darle una importancia creciente al sector agrícola en las políticas de
planificación, en todas las políticas de desarrollo agrícola, a la producción alimentaria
para el mercado interno y reorganizar el uso de nuestros recursos agrícolas, empezando
por una redistribución de los recursos de tierra y de agua. Paquetes tecnológicos en
que se ponga menos el acento en la mecanización y más en los tipos de semillas, en los
tipos de fertilizantes, para que no cuesten caro, en los tipos de trabajo que aumentan la
productividad del hombre y de la tierra, sin aumentar mucho el desempleo, para poder
absorber a los trabajadores y mejorar sus ingresos.

II.- LA UTILIZACION ABUSIVA DE AGROQUIMICOS Y EL RETO FREN-


TE A LA BIOTECNOLOGIA

Antes los agricultores producían sus propias cimientes pero hoy las compran a
las empresas especializadas. Este cambio viene ocurriendo desde hace 40 años cuando
se empezó a producir variedades de alto rendimiento, mediante técnicas de polinización
y manipulación genética.
El uso discriminado de semillas seleccionadas ha provocado desastres de tipo
ambiental, pues para conseguir los resultados esperados se necesitan grandes dosis de
fertilizantes y pesticidas. El mayor revés lo constituye la pérdida de variedades gené-
ticas porque, al utilizar en todas partes la misma variedad de semillas seleccionadas,
desaparecen las tradicionales que, además de tener cada una cierta peculiaridad, han
desarrollado características importantes como la resistencia a ciertas enfermedades o
la adaptación ha determinados climas. Esta pérdida de variedades compromete la
seguridad alimenticia de toda la humanidad.
724 MAURICIO CASTRO LIZANO; ALVARO RODRÍGUEZ SOTO

III.- EL DESARROLLO SOCIAL SOSTENIBLE

El equilibrio entre el crecimiento económico, la justicia y la cohesión social den-


tro del marco de una economía global representa uno de los principales retos del pró-
ximo siglo.
En el campo social, la sostenibilidad se logra mediante la integración de la sociedad
por medio de las oportunidades. Tiene que haber oportunidades educativas y formativas
para toda la población. Debe haber oportunidades para una vida sana y un entorno
agradable, oportunidades de inversión y de trabajo, y no pueden estar concentradas.
Tiene que haber oportunidades de información, de participación y de convivencia so-
cial. Tiene que haber oportunidades de desarrollo cultural y espiritual, para todas la
gente, Sin eso, el desarrollo social no es sostenible.
El desarrollo de una economía social que combata la exclusión social y la
pobreza, requiere de un desarrollo social ligado a la comunidad, la
descentralización, la integración de la mujer, la educación y la organización de
base. El desarrollo económico debe ser local y estable, con disposición de líneas
crediticias, infraestructura y disponibilidad de servicios económicos.-
El retorno a los recursos humanos permite a las sociedades y a los individuos
obtener su capital natural y los activos producidos. Por ello la inversión en educación
y salud produce riqueza y bienestar general.
El desarrollo humano sostenible solo puede ocurrir si las dimensiones económicas,
ambientales y sociales se dirigen simultánemanete. El desarrollo sostenible debe ser
articulado en una atmósfera que reconozca el derecho a desarrollarse que tienen los
países y de ser tratados como miembros legítimos de la comunidad internacional. Las
naciones desarrolladas, las cuales han obtenido mucho beneficio en términos de
desarrollo económico, con un sobreuso de fuentes ambientales, tienen la responsabilidad
especial de ayudar a las naciones en vías de desarrollo.
El desarrollo no es un problema de la capacidad o calidad de cada individuo, sino
que es un problema de la calidad de las reglas del juego que moldean la interacción de
los individuos y que forman nada menos que la estructura institucional de las socieda-
des. Toda sociedad tiene instituciones pero hay unas que incentivan comportamientos
económicos, políticos y sociales, eficientes y responsables; y hay otras que no incentivan
esa calidad de comportamientos.
Son tres las grandes transformaciones que requieren para alcanzar el desarrollo
humano sostenible. En el ámbito político, debe superarse el populismo autoritario
democrático, y construir democracias basadas en el Estado de Derecho. Un país que
mueve su economía con base en confianzas puramente interpersonales, no puede cap-
tar los beneficios de la tecnología moderna ni de la división del trabajo.
Las sociedades latinoamericanas, en general, son sociedades plorizadas, en las
que el riesgo de fragmentación social es alto. Y entonces es necesario salvar la cohesión
social. Para ello, deben eliminarse las barreras que impiden la entrada en el proceso
político, de muchísimos sectores que están excluidos tradicionalmente. Se trata de las
comunidades indígenas, las mujeres, el mundo rural en general, las provincias en
relación con la capital.
726 MAURICIO CASTRO LIZANO; ALVARO RODRÍGUEZ SOTO

social basada en la reciprocidad, en los vínculos horizontales, no jerárquicos.


A pesar de la desatención gubernamental del sector agrícola, Costa Rica ha
logrado resultados significativos en desarrollo humano, al colocarse en la 33a
posición del mundo, y en la 9a entre 125 países en vías de desarrollo, en el Indice
de Desarrollo Humano. En algunos indicadores, como la esperanza de vida, este
país sobrepasa a uno como los Estados Unidos (76.6 años en Costa Rica, compa-
rado con 76.2 años en Estados Unidos).
Costa Rica se encuentra en el 5to lugar entre todos los países en vías de desarrollo
alrededor del mundo, en cuanto al Indice de Pobreza Humana. Ha logrado un progreso
considerable en lo relacionado con poder y autoridad de la mujer, y se clasifica en el
6to lugar entre los países en vías de desarrollo, en cuanto a Medida de Autoridad de la
Mujer.
Nuestro país ha logrado desarrollo humano con menos desigualdades y brechas
entre los ricos y los pobres, especialmente en contraste con sus vecinos de la región. El
20 % más rico en Costa Rica tiene ingresos de menos 13 veces el ingreso del 20 % más
pobre. Esto se compara con 15 veces en Colombia, 17 veces en Chile y 32 veces en
Brasil.
Parte de nuestro planteamiento de la sostenibilidad tiene que ver con el campo
social, y ahí la columna vertebral de una política de seguridad social está constituida
por tres programas: la salud, la educación y la vivienda.
El propósito del desarrollo: el desarrollo humano es el fin, el crecimiento
económico es el medio. El desarrollo humano enfoca a las personas como participan-
tes del desarrollo, es más integral en su visión de la gente y de su crecimiento, al
enfatizar el desarrollo para la gente y por la gente. Esto tiene mucho en común con el
abordaje de los derechos humanos. El desarrollo humano promueve el cumplimiento
de los derechos humanos, no solamente civiles y políticos, sino también económicos,
sociales y culturales.
El bienestar necesita de diversas condiciones, tales como la justicia, si se aumen-
ta la producción, pero se reparte mal, el bienestar lo será sólo para algunos. También
es necesario la solidaridad, pues de ella depende el bienestar de los grupos más débiles,
como los ancianos, los disminuidos, los desempleados. Naturalmente se deben
garantizar el trabajo, la participación, el ambiente limpio, la escuela, el equilibrio psí-
quico, la salud. El bienestar, en fin, antes de crecimiento económico necesita reformas
sociales, económicas y políticas.

IV.- EL ESTADO Y LA SOCIEDAD CIVIL: Protagonistas del Desarrollo


Sostenible

Las convergencias en las posiciones expuestas están reflejando las tendencias


que se salen de lo pendular: de los péndulos de exceso de Estado e intervencionismo,
a exceso de privatizaciones y desregulación irreflexiva.
La tendencia entonces es ir hacia lo pragmático, en donde los distintos compo-
nentes de la sociedad civil trabajen en conjunto; entre ellos: el sector privado productivo
y el Estado, responsable de coordinar ese diálogo.
728 MAURICIO CASTRO LIZANO; ALVARO RODRÍGUEZ SOTO

muy pequeña en relación con el tamaño de los mercados, frente a los industriales y los
comerciantes el agricultor aislado sufre la ley de la jungla.
Así las cosas, el sector agropecuario tradicional requiere una orientación de los
procesos productivos que incluya un ordenamiento territorial de las actividades del
sector, basado en la capacidad de uso de suelo; la evaluación, control y supervisión
ambiental de los proyectos de riego y drenaje con fines agrícolas; mejoramiento gené-
tico de plantas y animales con fines agrícolas; fortalecimiento de la biotecnología agrí-
cola con fines productivos y de conservación, la eliminación de agroquímicos de alta
toxicidad, fomentando proyectos de manejo integrado de plagas, y la aplicación bajo
control de productos químicos que tengan el menor impacto ambiental posible; estí-
mulo a nuevas formas eficientes e intensivas de agricultura orgánica y conservación de
suelos y aguas; y el fomento de mayores posibilidades de participación de campesinos
sin tierra, en programas de asignación de parcelas para uso intensivo sostenible, siempre
que califiquen en cuanto a su compromiso con el agro y que las áreas asignadas tengan
vocación agrícola.
Es urgente devolver la economía a la gestión popular, no sólo por un principio de
democracia, sino incluso de justicia, pues el cambio sólo puede venir desde abajo.
La gente sólo podrá dirigir el cambio si conoce las causas de los problemas y así
indicar el camino para superarlos y construir el desarrollo, de manera que la riqueza
sea compartida equitativamente entre toda la comunidad rural.
Las políticas gubernamentales en el campo deben tener como norte distri-
buir con justicia el uso y tenencia de la tierra, cubriendo la producción desde la
siembra, utilización de insumos, cosecha, comercialización o industrialización,
hasta su fase final de desecho.
Las nuevas estrategias de desarrollo tienen que hacerse con los agricultores or-
ganizados en formas cooperativas y formas de organización que respondan a sus pro-
blemas, sólo así podrán defender sus intereses y derechos comunes, organizados y con
poder de negociación para enfrentar la liberalización de los mercados.
Y, es que sin lugar a dudas, el cooperativismo desarrolla los diversos valores
tales como la igualdad; la libertad, pues la persona no es explotada por otra persona; la
solidaridad con el esfuerzo propio y la ayuda mutua, pues la ventaja colectiva está por
encima de la individual.
El cooperativismo, está caracterizado por una adhesión libre y un retiro voluntario;
la participación democrática en la toma de decisiones, tiene como centro al ser huma-
no, quien es el que genera riqueza y prosperidad; los excedentes se destinan a promo-
ver la cooperación y educación entre los mismos asociados.
Finalmente, se alcanza también el principio de integración cooperativa, que pre-
tende que las cooperativas cooperen activa y conscientemente con otras cooperativas a
nivel local, nacional e internacional.
Para obtener desarrollo agrario, se requiere además, la capacitación de los agri-
cultores, el otorgamiento de líneas de crédito. Para que los programas de crédito
agropecuario sean préstamos baratos, oportunos y suficientes, se requiere de la
constitución de un fondo de capitalización y desarrollo para los pequeños productores
agropecuarios y la formación de bancos comunales con procedimientos transparentes
730 MAURICIO CASTRO LIZANO; ALVARO RODRÍGUEZ SOTO

INSTITUTO LATINOAMERICANO DE PLANIFICACION ECONOMICA Y


SOCIAL, Experiencias y problemas de la planificación en América Latina, Siglo
XXI Editores, S.A., México, 1974, 281 p.-
MINISTERIO DE RECURSOS NATURALES, ENERGIA Y MINAS,
Estrategia de Conservación para el Desarrollo Sostenible de Costa Rica, Servicio
Litográficos, San José, Costa Rica, 1990, 162 p.-
PIETRO ROMANO (Orlando), El impacto ambiental en el medio rural: hacia
una agricultura sostenible, trabajo presentado en el Seminario Internacional sobre
ambiente y desarrollo sostenible en agricultura, celebrado en Pisa (Italia), del 30 al 31
de octubre de 1997, y publicado en El Renacimiento del Derecho Agrario, Zeledón
Zeledón Ricardo y Pietro Romano Orlando, Editorial Guayacán, 1988, pp. 133-150.-
PIETRO ROMANO (Orlando), Las peculiares conexiones de la agricultura
con los derechos humanos, trabajo presentado en 4º Congreso de la U.M.A.U., cele-
brado en Tunes, del 21 al 25 de octubre de 1996, y publicado en El Renacimiento del
Derecho Agrario, Zeledón Zeledón Ricardo y Pietro Romano Orlando, Editorial
Guayacán, 1988, pp. 219-246.-
PROGRAMA DE LAS NACIONES UNIDAS PARA EL DESARROLLO
Y MINISTERIO DE PLANIFICACION NACIONAL Y POLITICA
ECONOMICA, El Desarrollo Humano Sostenible frente a la Globalización, Asesorías
Organizacionales S.A., San José, Costa Rica, 1998, 205 p.-
PROYECTO ESTADO DE LA NACION, Estado de la Nación en Desarrollo
Humano Sostenible, Editorama S.A., San José, Costa Rica, 306 p.-
VARGAS CALVO (Ramiro), Introducción al Cooperativismo, Centro de
estudios y Capacitación Cooperativa, Morandi Internacional S.A., San José, Costa
Rica, 1992, 52 p.-
ZELEDON ZELEDON (Ricardo), La Dimensión Ambiental del Derecho
Agrario, trabajo presentado con el nombre de “La dimensione ambientale del diritto
agrario” al “Convegno internazionale in memoria di Antonio Carrozza “Diritto agrario
e ambiente”, en Pisa, Italia del 27 al 31 de octubre de 1997, y publicado en El
Renacimiento del Derecho Agrario, Zeledón Zeledón Ricardo y Pietro Romano
Orlando, Editorial Guayacán, 1988, pp. 85-110.-
ZELEDON ZELEDON (Ricardo), Derecho Agrario y Desarrollo, trabajo
presentado en la Conferencia de apertura al “VIII Seminário Nacional de Direito Agrá-
rio”, celebrado en Natal, Estado o Rio Grande do Norte, Brasil, del 11 al 14 de noviembre
de 1997, y publicado en El Renacimiento del Derecho Agrario, Zeledón Zeledón
Ricardo y Pietro Romano Orlando, Editorial Guayacán, 1988, pp. 151-178.-
ZELEDON ZELEDON (Ricardo), El Renacimiento del Derecho Agrario,
trabajo presentado en la Sede de la Unión Nacional de Juristas de Cuba, con ocasión
de la visita histórica del Papa Juan Pablo II a la Isla, el 23 de enero de 1998, y publica-
do en El Renacimiento del Derecho Agrario, Zeledón Zeledón Ricardo y Pietro Ro-
mano Orlando, Editorial Guayacán, 1988, pp. 11-20.-
732 MAURICIO CASTRO LIZANO; ALVARO RODRÍGUEZ SOTO

O desatrelamento do INCRA da estrutura do Ministério da Agricultura no atual


Governo representou um avanço histórico na política nacional de reforma agrária,
retirando das forças políticas ruralistas a tutela da reestruturação fundiária no país.
Tal avanço foi consolidado com criação do Ministério Extraordinário de Política
Fundiária e da Reforma Agrária em 1996, logo após o massacre dos trabalhadores
rurais sem-terra no Pará pela Polícia Militar daquele Estado, episódio registrado pela
TV e que estarreceu a sociedade brasileira e compurscou de forma indelével a imagem
do país no exterior, expressando a face da barbárie institucional representada pela
atuação das forças de segurança pública em nosso país, valendo lembrar que os culpa-
dos pela chacina ainda não foram punidos pela Justiça.
Premido pelo momento de saturação histórica da luta dos camponeses pelo aces-
so à terra no Brasil, forjada principalmente pela organização do conjunto dos trabalha-
dores rurais, assistimos nos últimos anos uma massificação da atividade governamen-
tal no sentido da obtenção e distribuição de terras, podendo-se dizer que começara a
ser implantado no Brasil um projeto nacional de reforma agrária.
Na consecução de tal projeto foram incrementadas as dotações orçamentárias e
multiplicaram o desenvolvimento dos projetos de assentamento de trabalhadores ru-
rais sem-terra no país. Vicejou a modernização do INCRA com investimentos em su-
porte técnico, especialmente na área de informática, treinamento e reciclagem dos re-
cursos humanos, abrindo-se, ainda, concursos públicos para a admissão de novos téc-
nicos.
Todavia, exatamente quando o instrumento governamental da execução do pro-
grama nacional de reforma agrária assume verdadeiramente a sua missão institucional,
vemos pairar a ameaça de esvaziamento da autarquia e desconcentração de suas atri-
buições típicas em prol dos estados federados.
Aventa-se até a possibilidade de se conferir aos estados a obtenção das terras
para a reforma agrária, o que na prática representaria naqueles estados cuja sustenta-
ção do poder político se funda na hegemonia das classes ruralistas, o retorno do con-
trole do processo de reforma agrária aos proprietários rurais.
Enfim, das teses de desenvolvimento das necessárias parcerias do INCRA com
outros entes da administração para a execução do programa nacional de reforma agrá-
ria passou-se à estratégia da desconstrução da própria autarquia governamental e da
regionalização do controle da reforma agrária.
Para onde iremos, somente a história e a opção política do poder central irá nos
revelar no momento em que se estabelecer os contornos da reforma administrativa do
governo federal e forem definidos os papéis institucionais do INCRA na nova estrutu-
ra administrativa que virá a ser implantada.
Mas tem sido inegável o esforço do governo federal pela modernização adminis-
trativa e operacional do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária, expres-
sando-se tal intento na utilização de imagens de satélite para a localização e expropri-
ação dos imóveis rurais improdutivos e no incremento da utilização dos recursos de
informática.
Porém, preocupa-nos o profundo descompasso entre a vultuosa incorporação de
tecnologia de última geração e a pífia estrutura de pessoal especializado no
734 MAURICIO CASTRO LIZANO; ALVARO RODRÍGUEZ SOTO

A despeito da resistência histérica e obtusa do Ministério da Administração e da


Reforma do Estado, seria necessária a criação no INCRA de cargos para especialistas
em informática e a promoção de concurso público ou a transferência de pessoal de
outras instituições para o exercício de tais funções, enfim, é patente a necessidade do
desenvolvimento no seio do INCRA de um núcleo operoso e dinâmico para gerenciar
o vasto sistema informatizado que irá suportar as exigências da implantação do pro-
grama nacional de reforma agrária no Brasil.
Como já dissemos, para que o INCRA possa suplantar a monstruosa crise de
informação que efetivamente paralisa e retarda as suas atividades é indispensável que
se repense a sua estratégia de informatização e desenvolva uma estrutura orgânica para
o setor de informática à altura da missão colossal desta autarquia.
Já é hora de aposentar-se os velhos e empoeirados alfarrábios que mais ocultam
mistérios que propriamente demonstram as atividades que estão a documentar.
Um outro consectário necessário desta reengenharia de procedimentos seria uma
verdadeira revolução no controle interno e externo da autarquia.
Uma virtual documentação eletrônica das atividades do INCRA, que detém hoje
um orçamento bilionário, oportunizaria um vertiginoso incremento na capacidade da
promoção do controle concomitante e posterior de sua atividade administrativa, mul-
tiplicando infinitamente as possibilidades de comparação de dados e localização de
documentos.
Enfim, se cada peça técnica desenvolvida pelo INCRA pode ser acessada com
facilidade e mesmo monitorada à distância, dificulta-se a fraude e a concussão, mal-
versações que grassam solertes nos terrenos das informações desencontradas.
Uma circunstância que facilitaria sobremaneira a adoção de tal sistema de docu-
mentação eletrônica é o fato de que a grande maioria dos documentos que expressam
as atividades instrumentais e finalísticas da autarquia estão encartados em processos,
abrindo-se a possibilidade de, para cada processo formalizado, criar-se um arquivo
eletrônico que, uma vez acessado, desvendaria diante da tela do computador todo o
conteúdo do processo alvo.
Operando num sistema nestes moldes, cada novo documento produzido para um
determinado processo poderia ser endereçado para o seu arquivo respectivo digitando-
se um simples enter.
Abrindo-se a perspectiva do desenvolvimento de uma rede nacional inteiramen-
te informatizada, vislumbrar-se-ia a possibilidade de uma incessante interação de da-
dos e monitoramento à distância que poderia multiplicar a capacidade operacional e a
produtividade do INCRA.
Uma estruturação de procedimentos tão transparecedores das atividades meio e
fim do INCRA traria em seu bojo também o concurso crítico da sociedade e da comu-
nidade acadêmica, uma vez que a disponibilização de dados seria plena.
Tal interação possibilitaria aos interessados um acompanhamento otimizado da
atuação, mesmo tópica, da autarquia, daí o seu caráter democratizante.
E como se disse, também a comunidade acadêmica nacional e internacional po-
deria perscrutar os alcances práticos das atividades do INCRA através da análise obje-
tiva dos dados postos a sua disposição, podendo mesmo influenciar proativamente os
740 MARIA NÍVIA TAVEIRA ROCHA

um marco no registro e na análise dos valores de nosso tempo.


Permito-me, agora, não refazer simplesmente o trabalho ora referido. É exem-
plar. Não se aloja em meus propósitos cingir-me à cronologia nem ao relato de suas
obras. Focalizo, sim, o ser humano extraordinário enquanto personalidade e enquanto
intelectual.
De sólido berço, sedimentado sobre o amor e o profundo senso de responsabili-
dade para com a vida, surgiu um novo ser, educado e preparado para assumir a mesma
responsabilidade ante a vida e o saber.
Antes de mais nada, era preciso ser gente de excelente nível e educação para
falar aos contemporâneos sua mensagem.
Paulo Torminn era impecável na sua apresentação pessoal, da indumentária aos
mínimos cuidados com sua imagem exterior. Impecável, ainda, no quase escrupuloso
culto à pontualidade nos compromissos, precipuamente nos horários de aula.
Sua reserva tinha um traço soberano e não provinha jamais de uma falta de segu-
rança e, sim, de um escrupuloso respeito pela liberdade dos outros bem como, daquele
tipo de consciência de si que permite aos seres realmente fortes não precisarem se
afirmar para serem reconhecidos.
Ser severo e exigente para consigo mesmo era apenas o proêmio das preleções
e ensinamentos que ministrava. Jamais foi visto nele qualquer traço de arrogância,
fazendo-se passar por grande. Tinha, sim, uma atitude de respeito por quem traba-
lhava a seu lado ou sob sua tutela docente. A verdadeira estima não faz concessões à
facilidade.
Se alguém houve, comprometido profundamente com o passado e o futuro da
espécie humana, em cuja cadeia se sentia como elo indefectível, foi Paulo Torminn
Borges.
Valores de vida, fé, cultura, patriotismo ele os recebeu do lar paterno. E tinha por
missão os transmitir. E com exuberância o fez. Basta pensar nos onze filhos que cha-
mou à vida e educou para o bem. Fez sua parte, prevendo que o nascer e o renascer de
novas gerações herdeiras de seu sangue, não extinguissem a chama do compromisso
humano que nele ardeu até o último instante.
Ao lado disso, a luz da inteligência na busca do saber cada vez maior, mereceu-
lhe acendrado destaque. Na carreira jurídica foi destaque sempre. Estudar, refletir,
produzir conhecimento, tornou-se marca registrada dessa vida fértil, também nesse
campo do saber acadêmico.
De certa forma é fácil e cômodo discorrer diante de uma classe sobre o que
disseram autores; outra coisa é trazer aos ouvintes preleções calcadas nos mestres,
mas, sobretudo, em vinte anos de militância brilhante e ininterrupta nos fóruns e nos
tribunais.
Assim foi o magistério de Paulo Torminn: inteligência arguta, construindo e trans-
mitindo o saber, com os pés firmemente plantados no chão das vidas humanas de
tantos e tantos que se valeram de seus conhecimentos profissionais.
Eis porque Paulo Torminn Borges tornou-se uma daquelas figuras de mestre que
jamais se apagam da lembrança dos alunos, pela competência, segurança, sem
grandiloqüências, mas com a humildade, apanágio do sábio verdadeiro.
742 MARIA NÍVIA TAVEIRA ROCHA

Aqui estou, honrada e ufana de pertencer à primeira geração destes filhos de


Paulo Torminn Borges: meu pai.
É bem verdade que ainda não podemos perceber tudo o que a ele devemos. Sabe-
mos, no entanto, que a marca de sua passagem entre nós, não foi apenas sua obra, não
foi apenas seu pensamento, não foi somente a densidade dos dias que viveu. Muito
mais do que tudo isso, foi sua maneira de acolher a todos, sua capacidade de ouvir
sempre e o testemunho do seu agir.

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