Documente Academic
Documente Profesional
Documente Cultură
"A ciência do próximo século será apaixonante: pela novidade, pela capacidade de
resolver os problemas complexos, os comportamentos caóticos, a confusão da
desordem. Já actualmente, um dos principais objectos do nosso estudo são os sistemas
caóticos, as figuras fractais, a complexidade dos fenómenos. Este desafio começou na
matemática e a pouco e pouco transfere-se para as outras ciências e actividades
humanas. Bom seria que o progresso científico fosse acompanhado pelo progresso
moral, social e político dos homens e da sociedade o que não é sempre verdade.
Vamos tentar resumir numa página, o que significa esta revolução científica em
marcha. São 400 anos de ciência moderna que está em transformação. Há 400 anos, o
progresso alcançado deveu-se à aquisição do método experimental, como critério de
verdade e a busca da regularidade, da periodicidade, da estabilidade levaram à
descoberta de leis dos fenómenos. Aliada à capacidade de construir instrumentos de
medida, do seu uso metódico, da imaginação de novas experiências, à capacidade de
formalizar matematicamente os resultados obtidos, foi possível desenvolver a ciência
moderna em bases sólidas e com todas as virtualidades de desenvolvimento técnico que
conhecemos. A revolução industrial e a sociedade industrial actual são uma
consequência das ciências e das técnicas modernas. A sociedade do futuro – a
sociedade de informação, será igualmente uma consequência das ciências e das
técnicas que iremos construir. Em que difere, o que é novo, neste virar do século? O
paradigma do regular, do periódico, da simetria, do equilíbrio, do estável tem sido
substituído pelo irregular, aperiódico, assimétrico, desequilíbrio. Tem-se chamado
caos, no aspecto do comportamento temporal e fractal, ou fraccionado no aspecto de
figura espacial.
As leis estão por descobrir, os aparelhos de medida serão outros, as grandezas que os
caracterizam por definir. No entanto o que hoje em dia estudamos aponta para que o
caos tem ordens, ordens bastante complexas. Fenómenos que se julgavam do acaso,
aleatórios, apenas tratáveis estatisticamente, são identificados como fenómenos
determinísticos. Dado os valores das grandezas de que dependem e as condições
iniciais num dado instante, podem determinar-se os comportamentos futuros.
Geralmente esse comportamento é muito sensível às pequenas perturbações das
condições iniciais, mas isso não impede de se poderem fazer previsões sobre o
comportamento futuro do sistema ou do fenómeno.
A futura ciência da complexidade tem por base a informação, tal como a anterior tinha
por base a energia. A organização social derivada da revolução industrial, baseada na
tecnologia assente na energia, dá lugar a uma organização social nova – sociedade da
informação, baseada na informação, suas fontes criativas, e seus fluxos."
Este texto teve uma enorme influência em mim. Resume numa página, como diz o
seu autor, muito do que será a futura investigação na área científica.
Assim como creio que muito há ainda a investigar no campo da Física, dada a
incompatibilidade existente entre a Teoria da Relatividade Generalizada e a Mecânica
Quântica (quem sabe se a Teoria das Cordas resolverá o assunto), também não ponho de
lado a ideia da existência de Leis Matemáticas, ainda desconhecidas no momento actual,
e que expliquem as nuvens, as montanhas, ou mesmo uma fórmula que descreva a
evolução de cada espécie, permitindo saber o passo a passo da sua continuidade. De
facto, analisando as imagens das IFS ou dos L-Sistemas, não vem à ideia que a vida terá
as suas fórmulas?
Quase todas as minhas pesquisas sobre fractais me conduziram a páginas e a
programas cuja única intenção era produzir belas imagens. E, são mesmo
extraordinárias algumas das que se podem obter.
Gostava mais de ter acesso à investigação que, decerto, muitos fazem. Mas,
excluindo algumas que explicam a maçadora teoria, nada vi no sentido do meu desejo.
Talvez o que disse seja um perfeito disparate …
Deve haver um certo cuidado com essa utilização. Um simples clique sobre a
janela de desenho, após este ter sido feito, é interpretado como um quadrado de
dimensões zero e portanto não é aceite pelo programa. Também, após aumentar a janela
de desenho, seleccionar uma zona em branco não produz imagem.
A programação do Conjunto de Mandelbrot não tem qualquer dificuldade, mas a
maior beleza nas imagens obtém-se colorindo os pontos que lhe não pertencem. O
conjunto é sempre igual e não há grande volta a dar a não ser definir-lhe uma cor. As
variantes estão nos pontos que não pertencem ao conjunto e que se vão ver no seu
contorno. Se um ponto pertence ao conjunto é representado na cor pretendida. Se não
pertence, a sucessão dos valores de f(z) aproxima-se de infinito. Com base na rapidez da
sua divergência, estabelece-se um critério de cor. Eu coloquei meia dúzia de formas de
colorir neste programa. As cores Fogo, Azul e Vermelho são mapas produzidos e
disponibilizados através do programa Fractint, o melhor existente sobre fractais. Esse
programa iniciado por Bert Tyler com o nome FRA386.exe, é agora desenvolvido por
um grupo que se auto intitula Sopa de Pedra, trabalhando como na história conhecida
com esse nome. E, citando um dos seus elementos, “… há algo único na forma de
trabalhar deste grupo. Sem estruturas ou responsabilidades formais, sem conflitos, de
algum modo o esforço de cada um acaba sempre por formar um bloco. Creio que há
algo de magia em tudo isto e, evidentemente, muito humor.” Que pena não proliferarem
comunidades de programadores como esta…