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CAPÍTULO 1 – PROPRIEDADES GERAIS DAS RESPOSTAS IMUNES

RESPOSTA IMUNOLÓGICA
É uma reação a componentes de microrganismos, bem como a
macromoléculas, como proteínas e polissacarídeos, e a pequenas substâncias
químicas que são reconhecidas como elementos estranhos, independentemente das
consequências fisiológicas ou patológicas dessa reação. Em algumas situações, até
mesmo moléculas próprias podem desencadear respostas imunológicas.
EDWARD JENNER
Injetou líquido da pústula de feridas de vacas com varíola em uma criança de 8
anos. Como o líquido continha microrganismos mortos pela ação das células do
sistema imunológico bovino, o menino apenas desenvolveu proteção sem ser
infectado. Posteriormente, esse garoto recebeu inóculo intencional de varíola, ele não
desenvolveu a doença.
IMUNIDADE INATA
A imunidade inata proporciona a linha de defesa inicial contra microrganismos.
Os mecanismos de defesa celulares e bioquímicos já estão prontos para responder a
infecções. Componentes:
1. Barreiras físicas e químicas, como os epitélios e as substâncias químicas
antimicrobianas produzidas nas superfícies epiteliais;
2. Células fagocitárias (neutrófilos e macrófagos), células dendríticas e
linfócitos NK (natural killer);
3. Proteínas do sangue, incluindo membros do sistema complemento e outros
mediadores da inflamação;
4. Proteínas denominadas citocinas, que regulam e coordenam muitas das
atividades das células da imunidade natural.
IMUNIDADE ADAPTATIVA
É um tipo de resposta imunológica estimulada pela exposição a agentes
infecciosos, cuja magnitude e capacidade de defesa aumentam com cada exposição
sucessiva a determinado microrganismo. É capaz de distinguir microrganismos e
moléculas diferentes com tamanha perspicácia, sendo por isso chamada de
imunidade específica. Componentes:
1. Linfócitos: células capazes de reconhecer elementos estranhos;
2. Anticorpos: substâncias produzidas por linfócitos que facilitam a ação
imunológica.
Os mecanismos da imunidade natural (inata) proporcionam uma defesa inicial
efetiva contra infecções. Entretanto, muitos microrganismos patogênicos evoluíram a
ponto de superar essa barreira. Dessa forma, a eliminação exige a atuação dos
mecanismos mais poderosos da imunidade adquirida. As duas respostas imunes
comunicam-se de modo que a resposta inata estimula a resposta adquirida e
influencia a natureza das mesmas. De alguma forma, ainda, a resposta adaptativa
aprimora a imunidade natural, tornando-a capaz de combater com maior eficácia os
microrganismos patogênicos.
TIPOS DE RESPOSTA IMUNE ADAPTATIVA
Existem dois tipos: a imunidade humoral e a imunidade celular.
1. Imunidade humoral: é mediada pelos anticorpos, que são produzidos pelos
linfócitos B. Diferentes tipos de anticorpos promovem a ingestão de
microrganismos por células do hospedeiro (fagocitose), ligam-se a células
de defesa e desencadeiam a liberação de mediadores inflamatórios por
essas células, e são ativamente transportados para o lúmen de órgãos que
possuem mucosa e através da placenta para fornecer defesa ao recém-
nascido. Os anticorpos podem ser chamados de “mediadores humorais da
imunidade adaptativa”. Os capítulos 11 e 12 envolvem toda a biologia dos
linfócitos B.
2. Imunidade celular: também chamada de imunidade mediada é mediada
por linfócitos T. Esse tipo de resposta ocorre quando há microrganismo se
desenvolvendo dentro de células do hospedeiro, portanto inacessíveis aos
anticorpos circulantes. Os linfócitos T são os responsáveis por perceber
essa situação e eliminar os reservatórios da infecção destruindo os
microrganismos lá dentro ou destruindo a célula infectada. Os capítulos 9 e
10 envolvem toda a biologia dos linfócitos T.
A imunidade adquirida ainda tem outras partições:
1. Imunidade ativa: resulta da produção de anticorpos em resposta a um
antígeno.
2. Imunidade passiva: resulta da transferência de anticorpos a partir de outro
indivíduo (soro). Um exemplo é a transferência de anticorpos maternos para
o feto.
A imunidade humoral é um tipo de imunidade passível de ser transferida a
indivíduos não imunes, ou virgens (naïve), através de porções do sangue isentas de
células e contendo anticorpos (plasma, soro ou humor). A imunidade celular é a forma
de imunidade que pode ser transferida a animais não imunes por meio de células
(linfócitos T) de animais imunizados, mas não por meio do plasma ou do soro.
Indivíduos sensibilizados: são aqueles previamente expostos a determinado
antígeno. Assim, estão sensibilizados ao antígeno.
PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DA RESPOSTA IMUNE ADAPTATIVA
Todas as respostas imunológicas humorais e celulares apresentam várias
propriedades que refletem as propriedades dos linfócitos.
1. Especificidade e diversidade: os linfócitos apresentam receptores de
superfície específicos para inúmeros tipos de epítopos.
2. Memória: cada exposição a um antígeno gera células de memória de vida
longa específicas para o antígeno, que são mais numerosas do que as
células T virgens específicas para o antígeno ou células B virgens.
3. Expansão clonal: após a exposição ao antígeno, os linfócitos iniciam intenso
processo de proliferação (clones), para poder fazer frente a multiplicação
microbiana.
4. Especialização/diferenciação: desenvolvimento de respostas “sob medida”
para melhor combater os diferentes tipos de microrganismos. A
diferenciação pode ser de célula T virgem para célula T CD4 ou CD8; e de
célula B virgem para
5. Contração e homeostasia: conforme os microrganismos vão sendo
eliminados a carga de linfócitos vai contraindo (diminuindo) uma vez que
não existe mais estímulo para sua sobrevida e ativação de novos. Dessa
forma, após certo tempo o corpo atinge um estado homeostático/basal.
6. Não reatividade ao próprio: o corpo elimina (através das células
reguladoras) ou inativa células brancas que apresentarem receptores para
epítopos próprios.
As respostas imunológicas são reguladas por um mecanismo de feedback
positivo, onde os linfócitos amplificam a reação e ativam mecanismos que impedem
reações inapropriadas ou patológicas. Além disso, existe ainda um mecanismo de
parada da produção dos linfócitos, quer dizer, ativa-se um sistema que restringe a
expansão clonal em certo momento. De modo geral, o sistema imunológico mantém
um equilíbrio entre sinais sinalizadores e inibitórios.
COMPONENTES CELULARES DO SISTEMA IMUNOLÓGICO ADAPTATIVO
As principais células do sistema imunológico são os linfócitos virgens, as
células apresentadoras de antígenos e as células efetoras.
1. Linfócitos T: os linfócitos T reconhecem os antígenos e ajudam os fagócitos
a destruí-los ou eles mesmos destroem. Têm especificidade restrita para os
antígenos pois reconhecem peptídeos de invasores que estejam ligados ao
complexo de histocompatibilidade, que esteja expresso na superfície de
outras células. Assim, os linfócitos T não respondem a antígenos
solúveis. Os linfócitos T são divididos em linfócitos T auxiliares (helper),
linfócitos T citotóxicos (CTL), linfócitos T reguladores e linfócitos T
assassinos naturais (células NK).
a. Auxiliares: em resposta a estimulação antigênica, os auxiliares
produzem as proteínas citocinas, que são as moléculas
mensageiras. Elas estimulam a proliferação e diferenciação dos
próprios linfócitos T e ativam outras células como linfócito B,
macrófagos e outros leucócitos fagocíticos  (CD4+).
b. Citotóxicos: destroem a célula no pau mesmo  (CD8+).
c. Reguladores: atuam para inibir as respostas imunológicas
d. Natural killer: não é bem um linfócito T, mas tem características
morfológicas e funcionais parecidas com as de linfócitos. Está
envolvido com a resposta inata contra vírus e outros microrganismos
intracelulares, tendo, assim, semelhança com os CTL.
2. Linfócitos B: os linfócitos B reconhecem o antígeno, diferenciam-se em
plasmócitos que secretam anticorpos e em linfócitos B de memória.
3. Células apresentadoras de antígenos (APC): capturam e apresentam os
antígenos a linfócitos específicos. Exemplo: células dendríticas, linfócitos B,
macrófagos.
4. Células efetoras: medeiam o efeito final da resposta adaptativa. Podem ser
linfócitos T citotóxicos (CD8+), linfócitos T auxiliares (CD4+: TH1, TH2 e
TH17), macrófagos...
CITOCINAS: MEDIADORES SOLÚVEIS DO SISTEMA IMUNOLÓGICO
São produzidas por diversos tipos de células e regulam e medeiam todos os
aspectos da imunidade inata e da adaptativa, por isso são chamadas de mensageiros
imunológicos. Ex.: fator de necrose tumoral, interferons, interleucinas... A produção
dessas proteínas é transitória, portanto não há armazenamento. Podem ter ação
autócrina, parácrina e/ou endócrina.

RESUMO
IMUNIDADE INATA
As células da imunidade inata localizam-se principalmente adjacentes aos
epitélios das barreiras físicas de proteção como a pele, trato gastrintestinal e trato
respiratório. A resposta imune natural celular aos microrganismos consiste em dois
tipos principais de reações: inflamação e defesa antiviral.
1. Inflamação: processo de recrutamento de leucócitos e proteínas
plasmáticas, seu acúmulo nos tecidos e sua ativação para destruir os
microrganismos. Os principais leucócitos envolvidos são os neutrófilos (que
têm vida curta) e os monócitos, ambos fagócitos. Além deles, muitas
citocinas.
2. Defesa antiviral: consiste em uma reação mediada por citocinas, em que
as células adquirem resistência à infecção viral.
IMUNIDADE ADAPTATIVA
Utiliza três estratégias para combater a maioria do m.o.: os anticorpos
(produzidos pelas células B), as células T auxiliares (CD4+) e as células T citotóxicas
(CD8+).
1. Captura e apresentação dos antígenos: as células dendríticas são as
APC que apresentam o peptídeo microbiano aos linfócitos T CD4+ e T CD8+
virgens, iniciando respostas adaptativas. As células dendríticas localizadas
nos epitélios e nos tecidos conjuntivos capturam o invasor, digerem suas
proteínas em peptídeos e expressam, em sua superfície, os peptídeos
ligados a moléculas MHC. Elas se dirigem para os gânglios linfáticos
satélites e estabelecem residência nas mesmas regiões por onde os
linfócitos T recirculam continuamente. Dessa forma, aumentam a
probabilidade de um linfócito T topar com o antígeno.
2. Reconhecimento do antígeno pelo linfócito: a ativação dos linfócitos
virgens depende do reconhecimento de complexos MHC expressos nas
células dendríticas. Para responder, as células T precisam reconhecer não
apenas os antígenos, mas também outras moléculas, denominadas
coestimuladoras, que são induzidas pelos microrganismos a serem
expressas nas superfícies das APC. Assim, o linfócito tem que reconhecer
tanto o complexo MHC-peptídeo quanto moléculas coestimuladoras. Por
isso, não reconhecem antígenos livres. Os linfócitos B utilizam suas
imunoglobulinas (anticorpos de superfície que funcionam como receptores)
para reconhecer os microrganismos.
3. Imunidade celular - ativação de linfócitos T e eliminação dos invasores
intracelulares: os linfócitos T CD4+ auxiliares têm como resposta inicial a
secreção da interleucina 2 (IL-2), que atua sobre os linfócitos ativados por
antígenos e estimula sua proliferação (expansão clonal). Parte da progênie
diferencia-se em células efetoras: CD8 CTL, CD4 Th1, CD4 Th2 e CD4
Th17. Muitas delas saem dos órgãos linfoides onde foram geradas e migram
para o local de inflamação que a acompanha. Outras dessas células
também secretam citocinas que recrutam leucócitos e que estimulam a
produção de substâncias microbicidas nos fagócitos. Também existem
aquelas que liberam citocinas que estimulam produção de IgE e as que
ativam eosinófilos, células que atacam parasitas grandes demais. Os CD8+
ativados proliferam e diferenciam-se em citotóxicos destruindo os
reservatórios da infecção.
4. Imunidade humoral – ativação dos linfócitos B e eliminação dos
microrganismos extracelulares: as células B podem responder aos
antígenos com ou sem intermédio de outras células. Para antígenos
proteicos, há necessidade de participação do T CD4+. Uma vez ativados
proliferam e diferenciam-se em células secretoras de anticorpos e também
em células de memória. Polissacarídeos e lipídios estimulam produção de
IgM; antígenos proteicos, após induzirem uma produção inicial de IgM,
causam a produção de anticorpos de classes funcionalmente distintas (IgG,
IgA e IgE). A produção desses anticorpos diferentes é denominada
mudança de classe.
5. Memória imunológica: o linfócito B ativado gera uma progênie que se
diferencia em plasmócito secretor de anticorpo e um grupo de células de
memória. As células de memória são linfócitos mais efetivos que os virgens
e representam um reservatório expandido de linfócitos específicos para
determinado antígeno; ainda respondem de forma mais rápida e efetiva.

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