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Aula 02

Direito Financeiro p/ PGM - Fortaleza/CE (Procurador do Município)

Professor: Natalia Riche


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AULA 02

Sumário
1. Princípios Orçamentários ................................................ 2
1.1. Legalidade ............................................................. 2
1.2 Exclusividade .......................................................... 4
1.4 Universalidade ........................................................ 8
1.5 Orçamento Bruto ................................................... 12
1.6 Unidade ............................................................... 12
1.7 Programação ........................................................ 13
1.8 Especialização ou discriminação ............................... 14
1.9 Precedência .......................................................... 16
1.10 Equilíbrio ............................................................ 16
1.11 Transparência ..................................................... 17
1.12 Não afetação da receita e Proibição do estorno de
verbas ....................................................................... 18
2. Ciclo Orçamentário ...................................................... 18
2.1 Elaboração ........................................................... 18
2.2 Apreciação e votação ............................................. 19
2.3 Execução .............................................................. 19
2.4 Controle ............................................................... 19
3. RESUMO DO CONCURSEIRO ......................................... 21
4. QUESTÕES COMENTADAS ............................................ 28
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1. Princípios Orçamentários

Hoje daremos início à mais uma etapa rumo à aprovação.


Continuem confiantes, focados e resolvam todas as questões comentadas,
pois o caminho é árduo, mas o sentimento de dever cumprido e a alegria
da aprovação são indescritíveis!!!
Vamos falar dos princípios e do ciclo orçamentário. Essas duas matérias
são muito cobradas nas provas, principalmente a primeira. Fiquem
atentos para as pegadinhas e exceções que serão detalhadas na aula e
estarão aptos para enfrentar todas as questões sobre o assunto.
Primeiramente, saibam que existem princípios implícitos e explícitos são
diretrizes gerais que norteiam tanto a elaboração e a execução, quanto o
controle do orçamento público, por isso é necessário detalhar cada um
deles para que vocês tenham uma compreensão mais aprofundada sobre
a matéria.
Mãos à obra!!

1.1. Legalidade
O princípio mais conhecido por todos é o da Legalidade, cuja aplicação no
âmbito da Administração Pública está prevista no artigo 37 da
Constituição Federal.
Embora já tenha sido tratado na aula que abordou os princípios que
regem a atividade financeira do Estado, acho importante mencioná-lo
novamente, já que possui inúmeros desdobramentos em nossa matéria.
Além de exigir que o orçamento seja precedido de um processo legislativo
completo, nessa parte do nosso conteúdo, o princípio da Legalidade
possui uma importante vertante, que diz respeito à indisponibilidade das
receitas públicas de modo que o gasto do patrimônio público deve ser
autorizado previamente pelos meios legais.
Essa determinação de que não pode haver despesa pública sem
autorização legislativa prévia está prevista no artigo 167 da Constituição
Federal:
Art. 167. São vedados:
I - o início de programas ou projetos não incluídos na lei orçamentária anual;
II - a realização de despesas ou a assunção de obrigações diretas que excedam
os créditos orçamentários ou adicionais;

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É claro que existem exceções, pois em casos urgentes e imprevisíveis


não seria razoável aguardar-se todo o trâmite legal para só depois
realizar a despesa. Vejamos:
Art. 167
(...)
§ 3º A abertura de crédito extraordinário somente será admitida para atender a
despesas imprevisíveis e urgentes, como as decorrentes de guerra, comoção
interna ou calamidade pública, observado o disposto no art. 62.

Por fim, vamos relembrar o que dissemos na aula passada: nosso


orçamento é autorizativo, portanto, a autorização legal é apenas um
pré-requisito para realização das despesas, mas não obriga que ela
ocorra.
Sendo assim, temos uma mera previsão de despesas, que só serão
realizadas se houver receitas suficientes e se se ajustarem às
necessidades coletivas que aparecerem ao longo do exercício financeiro
(discricionariedade do Poder Público).
Outro ponto que vimos na aula passada e que também vale relembrar é a
alteração efetivada pela Emenda Constitucional 86 de 2015, que
instituiu um certo caráter impositivo para determinadas despesas.
Vamos conferir:

• É obrigatória a execução orçamentária e financeira das


programações derivadas das emendas parlamentares, em
montante correspondente a 1,2%) da receita corrente líquida
realizada no exercício anterior, conforme os critérios para a
execução equitativa da programação definidos em lei
complementar.
• Essa execução só deixará de ser obrigatória nos casos de
impedimento de ordem técnica e legal previstos em lei
complementar.

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1.2 Exclusividade
Esse princípio encontra previsão expressa no artigo 165, 8º, da
Constituição Federal:
Artigo 165
(…)
§ 8º A lei orçamentária anual não conterá dispositivo estranho à previsão
da receita e à fixação da despesa, não se incluindo na proibição a
autorização para abertura de créditos suplementares e
contratação de operações de crédito, ainda que por antecipação de
receita, nos termos da lei.

A análise desse artigo deve ser feita em duas etapas. Na primeira,


notamos que existe uma regra geral que proíbe que a lei orçamentária
contenha disposições estranhas ao Direito Financeiro, ou seja, às
despesas e receitas públicas.
A intenção do legislador foi de evitar as “caudas orçamentárias” ou
orçamentos rabilongos”, que são justamente aqueles que incluem
previsões totalmente alheias à matéria financeira, como a criação de
cargos, aumento de alíquotas de impostos etc.
As caudas orçamentárias já foram muito utilizadas por governos para
incluir matérias estranhas ao orçamento e conseguir aprovação do

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Legislativo. A segunda parte do artigo traz as exceções:

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Essas ressalvas são previstas também na Lei 4.320/1964:


Art. 7° A Lei de Orçamento poderá conter autorização ao Executivo para:
I - Abrir créditos suplementares até determinada importância obedecidas as
disposições do artigo 43;
II - Realizar em qualquer mês do exercício financeiro, operações de crédito por
antecipação da receita, para atender a insuficiências de caixa.

Atenção: crédito adicional é o gênero, cujas espécies são: suplementar,


especial e extraordinário. A exceção refere-se apenas ao
SUPLEMENTAR.

1.3 Anualidade ou Periodicidade


O princípio da anualidade estabelece, como regra, que deve ser elaborado
um novo orçamento a cada doze meses (atualmente, considera-se o
período entre 1 de janeiro de 31 de dezembro da cada ano, coincidindo
com o ano civil).

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Lei 4.320/1964
Art. 34. O exercício financeiro coincidirá com o ano civil.

Assim como os princípios da unidade e da universalidade, a anualidade


encontra previsão expressa no artigo 2 da Lei 4.320/1964.
O intuito do legislador foi o de possibilitar que haja uma contínua
fiscalização das contas públicas, pois no momento em que o Congresso
Nacional aprova (anualmente) a proposta orçamentária para o próximo
exercício, fiscaliza as contas do exercício anterior.
Existe uma exceção, prevista no artigo 167,§2 da Constituição Federal,
que determina que os créditos especiais e extraodinários terão vigência
no exercício financeiro em que foram autorizados, salvo se o ato de
autorização for promulgado nos últimos quatro meses daquele
exercício, caso em que, reabertos nos limites de seus saldos,
serão incorporados ao orçamento do exercício financeiro
subsequente.

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Embora ainda não tenhamos estudado os conceitos de créditos especiais e


extraordinários, já registrem que são aqueles reabertos e incorporados,
via decreto, ao orçamento do exercício seguinte. Portanto, teremos duas
situações distintas:

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Por fim, registrem que o Plano Plurianual (PPA), embora tenha vigência
por quatro exercícios financeiros, não é uma exceção à anualidade.
Isso porque sua execução observará o exercício financeiro, bem como as
regras da LDO e da LOA. Além disso, o PPA trata de despesas específicas,
para estabelecer metas governamentais para o período de quatro anos.

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1.4 Universalidade
Esse princípio determina a necessidade de a LOA (Lei Orçamentária
Anual) conter todas as receitas e todas as despesas da Administração
Pública.
A universalidade está prevista na Constituição Federal e na Lei
4.320/1964.
Constituição Federal
Art. 165
(…)
§ 5º A lei orçamentária anual compreenderá:
I - o orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e
entidades da administração direta e indireta, inclusive fundações instituídas e
mantidas pelo Poder Público;
II - o orçamento de investimento das empresas em que a União, direta ou
indiretamente, detenha a maioria do capital social com direito a voto;
III - o orçamento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e órgãos
a ela vinculados, da administração direta ou indireta, bem como os fundos e
fundações instituídos e mantidos pelo Poder Público.

Lei 4.320/1964
Art. 3º A Lei de Orçamentos compreenderá todas as receitas, inclusive asde
operações de crédito autorizadas em lei.
Parágrafo único. Não se consideram para os fins deste artigo as operações de
credito por antecipação da receita, as emissões de papel-moeda e outras
entradas compensatórias, no ativo e passivo financeiros.
Art. 4º A Lei de Orçamento compreenderá todas as despesas próprias dos
órgãos do Govêrno e da administração centralizada, ou que, por intermédio
dêles se devam realizar, observado o disposto no artigo 2°.

Como se percebe nos artigos acima, a União tem o dever de incluir na


LOA TODAS as receitas e despesas de seus órgãos e poderes, bem
como das empresas em que detenha maioria do capital com direito
a voto, além dos órgãos vinculados à Seguridade Social. Assim,
conforme o esquema abaixo, a lei orçamentária abrangerá:

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Fiquem atentos para as duas exceções ao princípio da Universalidade:

1) não se aplica às receitas extraorçamentárias, previstas no


parágrafo único do art. 3 da Lei 4.320/1964:
• operações de credito por antecipação da receita
• emissões de papel-moeda
• outras entradas compensatórias, no ativo e passivo financeiros,
como, por exemplo, depósitos e cauções.

2) não impede a criação e cobrança de tributos após a aprovação


da lei orçamentária, portanto, para que um tributo possa ser cobrado, a

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lei orçamentária não precisa incluir previamente a receita que ele irá
gerar.
Súmula 66 do STF: É legítima a cobrança do tributo que houver sido
aumentado após o orçamento, mas antes do início do respectivo exercício
financeiro.

A última exceção explica-se pelo fato de que no Brasil não vige o princípio
da anualidade tributária, ou seja, o tributo não precisa estar
contemplado no orçamento para que possa ser exigido no exercício
seguinte.
Embora não faça parte da nossa matéria, é imprescindível mencionar que
o princípio da anualidade do Direito Tributário foi substituído pelo
princípio da anterioridade, segundo o qual é vedada a cobrança de
tributos no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei
que os instituiu ou aumentou e antes de decorridos noventa dias da data
em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou.
Por fim, cuidado para não confundir a anualidade tributária com a
anualidade orçamentária, que vimos no item anterior dessa aula.

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1.5 Orçamento Bruto
Alguns autores o consideram como parte do princípio da universalidade,
pois determina a necessidade de todas as depesas e receitas constarem
na LOA em seus valores brutos.
No que diz respeito à receita, por exemplo, o orçamento da União deve
conter os valores integrais e não os valores líquidos a serem arrecadados,
por exemplo, por meio de um imposto de sua competência.
Da mesma forma, a proposta orçamentária da União deve ser
apresentada sem as deduções dos recursos a serem transferidos aos
fundos de participação dos estados e municípios.
Existe previsão expressa desse princípio no artigo 6º da Lei 4.320/1964,
que determina que todas as receitas e despesas constarão da Lei de
Orçamento pelos seus totais, vedadas quaisquer deduções.

1.6 Unidade
O princípio da unidade pode ser entendido sobre dois prismas diversos.
O primeiro diz respeito à necessidade de haver um único orçamento
para cada ente.
Notem que apesar de o §5 do artigo 165 da Constituição prever a
existência de vários orçamentos (fiscal, de investimento e da seguridade
social), isso não invalida o princípio da unidade. Na verdade, a previsão
reforça a necessidade de que exista um documento único, que contenha a
totalidade dos sub-orçamentos.
Portanto, além desse artigo referir-se ao príncipio da universalidade, ele
também diz respeito ao princípio da Unidade, já que os três tipos de
orçamento são partes integrantes do todo e estão compreendidos em
uma única Lei Orçamentária (LOA).
Os Poderes Legislativo, Judiciário, o Ministério Público e o Tribunal de
Contas, por exemplo, devem elaborar e encaminhar suas propostas
orçamentárias ao Executivo, nos prazos estabelecidos na LDO, para que
este realize a consolidação e encaminhe ao Legislativo um único projeto
de lei de orçamento.
No segundo aspecto, podemos entender que o princípio da unidade
permite verificar a existência de compatibilidade entre as três leis
orçamentárias (LOA, PPA e LDO), bem como entre os três
suborçamentos contidos na LOA (OF , OI e OSS).
Registrem, ainda, que o princípio está previsto no artigo 2° da Lei
4.320/1964.

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O princípio da unidade é denominado por alguns de princípio da


totalidade, pois, além de todos os órgãos estarem inseridos na mesma
lei orçamentária, a União realizada a consolidação dos orçamentos dos
diversos órgãos e Poderes.

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1.7 Programação
Segundo esse princípio, além de prever receitas e despesas, o orçamento
deve estabelecer objetivos e metas a serem alcançados, visando sempre
as necessidades públicas.

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Dentre as metas a serem alcançadas, podemos citar as gerais, como a
redução de desigualdades inter-regionais (art. 165, §7) ou, ainda, a
observância do plano plurianual (165, §4).
§ 7º Os orçamentos previstos no § 5º, I e II, deste artigo, compatibilizados com
o plano plurianual, terão entre suas funções a de reduzir desigualdades inter-
regionais, segundo critério populacional.

§ 4º Os planos e programas nacionais, regionais e setoriais previstos nesta


Constituição serão elaborados em consonância com o plano plurianual e
apreciados pelo Congresso Nacional.

A LRF enfatiza o princípio ao estabelecer que a responsabilidade na gestão


fiscal pressupõe ação e planejada e transparente e em seu artigo 1, §1
traça os parâmetros gerais:
Artigo 1
§1
A responsabilidade na gestão fiscal pressupõe a ação planejada e transparente,
em que se previnem riscos e corrigem desvios capazes de afetar o equilíbrio das
contas públicas, mediante o cumprimento de metas de resultados entre receitas
e despesas e a obediência a limites e condições no que tange a renúncia de
receita, geração de despesas com pessoal, da seguridade social e outras, dívidas
consolidada e mobiliária, operações de crédito, inclusive por antecipação de
receita, concessão de garantia e inscrição em Restos a Pagar.

Por fim, ressaltamos que esses instrumentos de planejamento destinados


à arrecadação de receitas execução de despesas previstos pela LRF são os
mesmos mencionados na Constituição Federal: o Plano Plurianual - PPA, a
Lei de Diretrizes Orçamentárias - LDO e a Lei Orçamentária Anual – LOA.

1.8 Especialização ou discriminação


Determina que as receitas e despesas devam ser discriminadas,
demonstrando a origem e a aplicação dos recursos, de modo a facilitar o
controle dos gastos públicos.
Estabelece que o orçamento não consignará dotações globais para
atender as despesas (artigo 5 da Lei 4.320/1964) e que a discriminação
das despesas deverá ser feita, no mínimo, por elementos.
As dotações globais são valores incluídos na LOA sem especificação, ou
seja, recursos sem destinação específica. Já os elementos devem ser
entendidos como o desdobramento da despesa com pessoal, material,
serviços, obras e outros meios de que se serve a administração publica
para consecução dos seus fins. (artigo 15 da Lei 4.320/1964).
Assim, o princípio se opõe à inclusão de valores globais, de forma

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genérica, ilimitados e sem discriminação e ainda, ao início de programas
ou projetos não incluídos na LOA e a realização de despesas ou assunção
de obrigações que excedam os créditos orçamentários ou adicionais,
conforme estabelecido no art. 167, incisos I, II e VI da Constituição
Federal).
Outra vedação imposta é a de concessão ou utilização de créditos
ilimitados (art. 167, inciso VII).
Muita atenção para as exceções:

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Atenção: as exceções acima são quanto à dotação global, pois não


necessitam de discriminação. Não confundam com dotação ilimitada,
que é aquela sem valores definidos.

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1.9 Precedência
De acordo com esse princípio, o orçamento deverá ser aprovado no
exercício financeiro anterior a que se refere.
O artigo 35, §2 do ADCT determina expressamente que as leis
orçamentárias devem ser encaminhadas, votadas e aprovadas num
exercício para vigorar no seguinte.
Lembrem-se que no caso do PPA, que não é uma lei anual, a vigência
será de quatro exercícios financeiros.

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1.10 Equilíbrio
O princípio do equilíbrio determina que exista igualdade entre receitas e
despesas, ou seja, o montante estimado para as receitas (entradas) e
despesas (saídas) deve ser o mesmo.
Fala-se em igualdade do montante estimado, portanto, isso não significa
que ao final da gestão (exercício financeiro) os valores devem ser iguais.
Do ponto de vista clássico, influenciado pelo liberalismo, o objetivo desse
princípio possuía também um viés econômico, buscando evitar que as

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despesas sejam financiadas com outras receitas, que não sejam as
receitas próprias.
Entretanto, com a crise liberal e com o surgimento de uma maior atuação
estatal na economia, em conjunturas de recessão econômica, é permitido
um orçamento deficitário, em que o gasto público é financiado também
por operações de crédito.
Notem que não existe previsão constitucional para o equilíbrio, todavia,
algumas disposições da LRF indicam que ele deve ser utilizado como uma
das metas na elaboração dos orçamentos.
A título de exemplo, citamos o artigo 4, inciso I, alínea a, da LRF:
Art. 4o
A lei de diretrizes orçamentárias atenderá o disposto no § 2o do art. 165 da
Constituição e:
I - disporá também sobre:
a) equilíbrio entre receitas e despesas;

O artigo 9 da LRF também consagra o princípio, ao dispor que as


despesas deverão acompanhar a evolução das receitas, caso contrário,
deverá haver limitação de empenho.
Na verdade, pode-se dizer que após a edição da LRF, o princípio do
equilíbrio busca alcançar o chamado Equilíbrio Fiscal, ou seja, as
receitas arrecadadas internamente devem superar as despesas
executadas, de modo que o saldo possa ser utilizado para pagamento da
dívida pública. Esse assunto foi recentemente cobrado na prova oral para
Procurador da Fazenda Nacional.

1.11 Transparência
Esse princípio foi citado em nossa primeira aula, juntamente com os
demais princípios gerais aplicados ao Direito Financeiro.
A transparência também tem aplicação nas leis orçamentárias pois, para
possibilitar que os cidadãos exerçam o controle das contas públicas,
determina que o orçamento deve ser publicado e divulgado de forma clara
(princípio da clareza) e precisa (princípio da exatidão).
Conforme Ricardo Lobo Torres, os riscos fiscais inerentes à atividade
financeira do Estado devem ser evitados pela adesão ao princípio da
transparência, que inspira a elaboração do orçamento, o controle das
renúncias de receita, a gestão orçamentária responsável, a declaração de
direitos do contribuinte e o combate à corrupção.
Um nítido exemplo é a previsão contida no §6 do artigo 165 da
Constituição Federal:

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§ 6o - O projeto de lei orçamentária será acompanhado de demonstrativo
regionalizado do efeito, sobre as receitas e despesas, decorrente de
isenções, anistias, remissões, subsídios e benefícios de natureza
financeira, tributária e creditícia.
Nos artigos 48 e 49 da LRF também podem ser encontrados exemplos de
sua aplicação.

1.12 Não afetação da receita e Proibição do


estorno de verbas
Por questões didáticas, optei por mencionar esses dois princípios nessa
parte da matéria, apenas para que vocês se lembrem no momento da
prova.
Como ambos se tratam de vedações constitucionais e exigem um maior
cuidado, serão tratados detalhadamente na aula 05.
Por enquanto, anotem apenas os artigos a que ambos se referem:
Não afetação da receita: art. 167, inciso IV e §4.
Proibição do estorno de verbas: art. 167, incisos VI, VIII e IX da
CF.incisoVIIIX da CF

2. Ciclo Orçamentário
Embora tenhamos uma aula destinada somente ao Processo Legislativo,
farei aqui uma breve explicação do ciclo orçamentário, que é o período
em que se processam as atividades típicas do orçamento público,
composto por quatro fases. Vejamos quais são elas:

2.1 Elaboração
Durante esse período, são realizados estudos iniciais para que possam ser
determinadas as metas e prioridades que estarão contidas no orçamento.
Além disso, serão definidas as estimativas de receita e realizados os
debates com a população.
Nessa fase, o Ministério Público, o Tribunal de Contas e os poderes
Legislativo e Judiciário elaboram propostas parciais de suas despesas e
encaminham ao poder Executivo.
As propostas serão recebidas pelo Executivo por meio do Ministério do
Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG), sendo que à Secretaria de
Orçamento Federal (SOF-MPOG) caberá o processo de elaboração do
projeto de lei orçamentária anual.

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Após receber todas as propostas orçamentárias setoriais, a SOF irá
consolidar e formalizar a proposta orçamentária da União numa só
peça: o Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA), encaminhado ao
Presidente da República para posterior remessa ao Congresso Nacional.

2.2 Apreciação e votação!


Recebida a proposta, o Poder Legislativo a apreciará, podendo emendá-la
ou rejeitá-la.
Lembrem-se que mesmo já tendo sido votado o orçamento, é possível
haver um projeto de lei solicitando a abertura de créditos adicionais,
desencadeando um novo processo legislativo.

2.3 Execução
Após a publicação e encerramento do Processo Legislativo, o Poder
Executivo tem o prazo de até 30 dias para, mediante Decreto, estabelecer
a programação financeira e o cronograma de execução mensal de
desembolso.
A partir desse momento, o orçamento começará a ser executado,
processando-se as despesas e arrecadando-se as receitas.

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O Poder Legislativo e o Tribunal de Contas irão exercer o controle,
verificando se os recursos foram aplicados conforme as determinações
legais.
Teremos uma aula específica para tratar desse assunto, mas já deixem
registrado que o controle poderá ser exercido concomitantemente à
execução do orçamento.
Por último, lembrem-se que a Constituição Federal prevê em seu artigo
165, §9 que caberá à lei complementar dispor sobre o exercício
financeiro, a vigência, os prazos, a elaboração e a organização do
plano plurianual, da lei de diretrizes orçamentárias e da lei
orçamentária anual.
Como vimos na aula 00 que essa lei ainda não existe, portanto, são
seguidas regras transitórias estabelecidas no artigo 35, § 2, do Ato das
Disposições Constitucionais Transitórias (ADCT):
ADCT, Art. 35
§ 2o - Até a entrada em vigor da lei complementar a que se refere o art. 165, §
9o, I e II, serão obedecidas as seguintes normas:
I - o projeto do plano plurianual, para vigência até o final do primeiro exercício
financeiro do mandato presidencial subseqüente, será encaminhado até quatro
meses antes do encerramento do primeiro exercício financeiro e devolvido para
sanção até o encerramento da sessão legislativa;

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II - o projeto de lei de diretrizes orçamentárias será encaminhado até oito meses
e meio antes do encerramento do 30 exercício financeiro e devolvido para
sanção até o encerramento do primeiro período da sessão legislativa;
III - o projeto de lei orçamentária da União será encaminhado até quatro meses
antes do encerramento do exercício financeiro e devolvido para sanção até o
encerramento da sessão legislativa.

Por questões didáticas, optei por citar o artigo acima nessa aula, mas não
se preocupem, pois em nosso próximo tema, trataremos especificamente
de cada uma das leis orçamentárias e voltaremos a abordar o artigo com
maior profundidade.
Por fim, tomem cuidado para não confundirem o ciclo orçamentário
com o exercício financeiro, pois o primeiro envolve um período mais
longo, iniciando-se com o processo de elaboração do orçamento e se
encerrando com o controle.

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3. RESUMO DO CONCURSEIRO

Esquema dos Princípios Orçamentários:

Legalidade: arts. 37 e 167, incisos I e II da CF

Exclusividade: art. 165, §8 da CF e art. 6 da Lei 4.320/1964


PRINCÍPIOS ORÇAMENTÁRIOS

Anualidade: arts. 2 e 34 da Lei 4.320/1964

Universalidade: art. 165, §5 da CF e arts 3 e 4 da Lei 4.320/1964

Orçamento Bruto: art. 6 da Lei 4.320/1964

Unidade: art. 2 da Lei 4.320/1964

Programação: art. 165, §§ 4 e 7 da CF

Especialização: art. 5 da Lei 4.320/1964

Precedência: art. 35, §2 do ADCT

Equilíbrio: art. 4, I, a e 9 da LRF

Transparência: arts. 48 e 49 da LRF

Não afetação da receita: art. 167, inciso IV e §4

Proibição do estorno de verbas: art. 167, incisos VI, VIII e IX da CF

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Esquemas das exceções aos princípios orçamentários:

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Chegamos ao fim de nossa aula! Nunca é demais repetir: não deixem de


resolver as questões e, se ficar alguma dúvida, podem me procurar no e-
mail ou pelo WhatsApp!
Grande abraço!
Natália Riche
profnatbfr@gmail.com
(61) 98175 7560

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4. QUESTÕES COMENTADAS
1. PGFN –2010-ESAF
A disposição do artigo 165, § 5°, da Constituição do Brasil
a)consubstancia o princípio da legalidade, uma vez que estabelece
que o orçamento anual será aprovado por lei.
b)permite que as empresas estatais (inciso II) recebam recursos
da União a título de capital desde que previamente previsto no
orçamento de investimento.
c)combinada com a disposição do § 7° do mesmo artigo subordina
a aprovação da Lei orçamentária à do orçamento plurianual de
investimento.
d)expressa o princípio da universalidade da Lei orçamentária.
e)impõe, nos seus incisos I e II, o equilíbrio orçamentário da
previdência social.
Comentário:
O artigo mencionado no item dispõe que:
Art. 165
§ 5º A lei orçamentária anual compreenderá:
I - o orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e
entidades da administração direta e indireta, inclusive fundações instituídas e
mantidas pelo Poder Público;
II - o orçamento de investimento das empresas em que a União, direta ou
indiretamente, detenha a maioria do capital social com direito a voto;
III - o orçamento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e órgãos
a ela vinculados, da administração direta ou indireta, bem como os fundos e
fundações instituídos e mantidos pelo Poder Público.

Esse artigo abarca o princípio da universalidade, segundo o qual a LOA


(Lei Orçamentária Anual) deve conter todas as receitas e todas as
despesas da Administração Pública.

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Como vimos, existe previsão na Constituição Federal e na Lei 4.320/1964
de que a União tem o dever de incluir na LOA TODAS as receitas e
despesas de seus órgãos e poderes (Orçamento Fiscal) bem como das
empresas em que detenha maioria do capital social com direito a
voto (Orçamento de Investimento )além dos órgãos vinculados à
Seguridade Social (Orçamento da Seguridade Social).
A questão exige que o candidato saiba o artigo 165 na ponta da língua.
Como podemos ver no item C, o erro está em afirmar que o §7 prevê a
subordinação da aprovação da Lei orçamentária à do orçamento
plurianual de investimento, entretanto, esse parágrafo trata da
compatibilização entre os orçamentos fiscal, de investimento e o plano
plurianual, que terão como funções a de reduzir desigualdades inter-
regionais segundo o critério populacional.
Da mesma forma, o item E está incorreto, pois os incisos I e II tratam dos
orçamentos fiscal e de investimento, sendo que a seguridade social é
abarcada pelo inciso III.
Esse artigo é um dos mais cobrados em prova, portanto, é bom revê-lo
sempre.
Gabarito: D.

2. MPOG – Analista de Planejamento e Orçamento-ESAF


De acordo com os princípios orçamentários, identifique o princípio
que está inserido nos dispositivos constitucionais, orientando a
construção do sistema orçamentário em sintonia com o
planejamento e programação do poder público e garantindo que
todos os atos relacionados aos interesses da sociedade devem
passar pelo exame e pela aprovação do parlamento.
a) princípio da periodicidade
b) princípio da exclusividade
c) princípio da universalidade
d) princípio da unidade
e) princípio da legalidade

Comentário:
A questão é interessante, pois aborda a necessidade de que as leis
orçamentárias, consideradas como atos de interesse de toda a sociedade,
devem passar pelo exame e pela aprovação do parlamento.

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Portanto, a questão refere-se ao princípio da legalidade, que exige que o
orçamento seja precedido de um processo legislativo completo, e que
também diz respeito à indisponibilidade das receitas públicas de modo
que o gasto do patrimônio público deve ser autorizado previamente pelos
meios legais.
Gabarito: E

3. PGE/PR–2015-Procurador do Estado
Assinale a resposta CORRETA acerca dos princípios orçamentários.
a) Em relação ao princípio da universalidade, o objetivo do
legislador constituinte foi o de possibilitar que as leis
orçamentárias contenham previsões absolutamente estranhas ao
direito financeiro, tal como temas afetos ao direito privado.
b) O princípio da exclusividade estabelece a necessidade de todas
as receitas e despesas estarem previstas na Lei Orçamentária
Anual – LOA.
c) Ainda que não contemplado expressamente pela Constituição
Federal de 1988, o princípio do equilíbrio orçamentário apresenta-
se como uma exigência relativa às contas públicas, que deverão
apresentar o mesmo montante quando se trata de estimar as
receitas e as despesas.
d) Pelo princípio da programação, o orçamento deve conter
apenas as estimativas para as receitas e despesas do próximo
exercício financeiro, sem a previsão de metas e objetivos
relacionados à realização das necessidades públicas.
e) Presente na Constituição Federal de modo expresso, o princípio
da anualidade orçamentária significa que os orçamentos valerão
para um único exercício financeiro, que, atualmente, compreende
o intervalo entre 1º de janeiro e 31 de dezembro de cada ano.

Comentário:
Essa questão é excelente, pois aborda vários princípios estudados na aula
de hoje.
O item A é falso, pois apresenta o conceito do princípio da exclusividade e
tenta confundí-lo com o princípio da universalidade.
Recordem-se que esse último determina a necessidade de a LOA (Lei
Orçamentária Anual) conter todas as receitas e todas as despesas
da Administração Pública.
Como vimos, existe previsão na Constituição Federal e na Lei 4.320/1964
de que a União tem o dever de incluir na LOA TODAS as receitas e

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despesas de seus órgãos e poderes (Orçamento Fiscal) bem como das
empresas em que detenha maioria do capital social com direito a
voto (Orçamento de Investimento )além dos órgãos vinculados à
Seguridade Social (Orçamento da Seguridade Social).
Art. 165
§ 5º A lei orçamentária anual compreenderá:
I - o orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e
entidades da administração direta e indireta, inclusive fundações instituídas e
mantidas pelo Poder Público;
II - o orçamento de investimento das empresas em que a União, direta ou
indiretamente, detenha a maioria do capital social com direito a voto;
III - o orçamento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e órgãos
a ela vinculados, da administração direta ou indireta, bem como os fundos e
fundações instituídos e mantidos pelo Poder Público.

O item B está errado, pois faz exatamente o oposto do item A: traz o


conceito do princípio da universalidade e tenta confundí-lo com o da
exclusividade.
O princípio da exclusividade está previsto no artigo no artigo 165, 8º,
da Constituição Federal e proíbe que a lei orçamentária contenha
disposições estranhas ao Direito Financeiro, ou seja, às despesas e
receitas públicas.
A intenção do legislador foi de evitar as “caudas orçamentárias” ou
orçamentos rabilongos”, que são justamente aqueles que incluem
previsões totalmente alheias à matéria financeira, como a criação de
cargos, aumento de alíquotas de impostos etc.
O item C está correto e traz a definição exata do princípio do equilíbrio,
segundo a qual deve haver igualdade entre receitas e despesas, ou
seja, o montante estimado para as receitas (entradas) e despesas
(saídas) deve ser o mesmo.
O item também acerta quando afirma que não existe previsão
constitucional para o equilíbrio. Todavia, lembrem-se que algumas
disposições da LRF indicam que ele deve ser utilizado como uma das
metas na elaboração dos orçamentos, como por exemplo o artigo 4,
inciso I, alínea e o artigo 9 da LRF, sendo que o ultimo dispõe que as
despesas deverão acompanhar a evolução das receitas, caso contrário,
deverá haver limitação de empenho.
Por fim, é essencial ressaltar que após a edição da LRF, o princípio do
equilíbrio busca alcançar o chamado equilíbrio Fiscal, ou seja, as receitas
arrecadadas internamente devem superar as despesas executadas, de
modo que o saldo possa ser utilizado para pagamento da dívida pública.
O item D está incorreto ao afirmar que o princípio da programação deve
conter apenas as estimativas para as receitas e despesas do

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próximo exercício financeiro, sem a previsão de metas e objetivos.
Na verdade, ele prevê exatamente o contrário: além das receitas e
despesas, o orçamento deve estabelecer objetivos e metas a serem
alcançados, visando sempre as necessidades públicas.
Dentre as metas a serem alcançadas, podemos citar as gerais, como a
redução de desigualdades inter-regionais (art. 165, §7) ou, ainda, a
observância do plano plurianual (165, §4).
O item E, embora traga a definição correta do princípio da anualidade,
erra ao afirmar que existe previsão expressa na Constituição
Federal. Na verdade existe previsão expressa no artigo 2 da Lei
4.320/1964.
Portanto, o erro da questão está somente nessa parte, já que o princípio
da anualidade estabelece, como regra, que deve ser elaborado um novo
orçamento a cada doze meses (atualmente, considera-se o período
entre 1 de janeiro de 31 de dezembro da cada ano, coincidindo com o ano
civil):!
Lei 4.320/1964
Art. 34. O exercício financeiro coincidirá com o ano civil.

Gabarito: C

4. MPE/SC–2014-Procurador -adaptada!
A Lei 4.320, de 17/03/1964, estabelece normas gerais de Direito
Financeiro para elaboração e controle dos orçamentos e balanços
da União, dos Estados, dos Municípios e do Distrito Federal. A Lei
de Orçamento compreenderá todas as receitas, inclusive as de
operações de crédito autorizadas em lei; bem como, todas as
despesas próprias dos órgãos do Governo e da administração
centralizada, ou que, por intermédio deles, se devam realizar.
Julgue o item:
( ) São princípios insculpidos na Lei 4.320 e que devem ser
obedecidos: unidade orçamentária, universalidade, generalidade e
anualidade.
!
Comentário:
A questão está incorreta, pois não existe princípio da generalidade.
Os demais princípios realmente estão previstos no artigo 2 da Lei
4320/64:
Art.2

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A Lei do Orçamento conterá a discriminação da receita e despesa de forma a
evidenciar a política econômica financeira e o programa de trabalho do Governo,
obedecidos os princípios de unidade universalidade e anualidade.

Vamos relembrar o conceito de princípio da unidade, já que ele não foi


abordado ainda.
De início, registrem que é possível duas abordagens para esse princípio.
A primeira diz respeito à necessidade de haver um único orçamento
para cada ente.
Notem que apesar de o §5 do artigo 165 da Constituição prever a
existência de vários orçamentos (fiscal, de investimento e da seguridade
social), isso não invalida o princípio da unidade. Na verdade, a previsão
reforça a necessidade de que exista um documento único, que contenha a
totalidade dos sub-orçamentos.
Portanto, além desse artigo referir-se ao príncipio da universalidade, ele
também diz respeito ao princípio da Unidade, já que os três tipos de
orçamento são partes integrantes do todo e estão compreendidos em
uma única Lei Orçamentária (LOA).
Os Poderes Legislativo, Judiciário, o Ministério Público e o Tribunal de
Contas, por exemplo, devem elaborar e encaminhar suas propostas
orçamentárias ao Executivo, nos prazos estabelecidos na LDO, para que
este realize a consolidação e encaminhe ao Legislativo um único projeto
de lei de orçamento.
No segundo aspecto, podemos entender que o princípio da unidade
permite verificar a existência de compatibilidade entre as três leis
orçamentárias (LOA, PPA e LDO), bem como entre os três
suborçamentos contidos na LOA (OF , OI e OSS).
Atenção! O princípio da unidade é denominado por alguns de princípio da
totalidade, pois, além de todos os órgãos estarem inseridos na mesma lei
orçamentária, a União realizada a consolidação dos orçamentos dos
diversos órgãos e Poderes.
Gabarito: erradoRespond

5. TCE/AM–2015-Auditor-FCC-adaptada!
A atividade orçamentária deve ser desenvolvida com observância
de vários princípios, alguns insculpidos na própria Constituição
Federal, e outros na legislação infraconstitucional.
Nesse sentido, o princípio que é mencionado expressamente no
texto da Lei Federal n° 4.320/1964 e que visa impedir a
coexistência de orçamentos paralelos, que determina que só haja
uma peça orçamentária, materializada em um único documento,

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por meio do qual se apresente uma visão de conjunto das receitas
e das despesas de cada um dos entes federados (União, Estados e
Municípios) é denominado princípio .
a) da legalidade.
b) da unidade.
c) do orçamento bruto.
Comentário:
A letra A está incorreta. O princípio da legalidade exige que o orçamento
seja precedido de um processo legislativo completo. Nesse aspecto, o
princípio diz respeito à indisponibilidade das receitas públicas de modo
que o gasto do patrimônio público deve ser autorizado previamente pelos
meios legais.
Essa determinação de que não pode haver despesa pública sem
autorização legislativa prévia está prevista no artigo 167 da Constituição
Federal:
Art. 167. São vedados:
I - o início de programas ou projetos não incluídos na lei orçamentária anual;
II - a realização de despesas ou a assunção de obrigações diretas que excedam
os créditos orçamentários ou adicionais;

A resposta correta é a letra B. Como vimos na questão anterior, o


princípio da unidade diz respeito à necessidade de haver um único
orçamento para cada ente, bem como verificar a existência de
compatibilidade entre as três leis orçamentárias (LOA, PPA e
LDO), bem como entre os três suborçamentos contidos na LOA
(OF , OI e OSS).
A letra C está incorreta. O princípio do orçamento bruto determina a
necessidade de todas as depesas e receitas constarem na LOA em seus
valores brutos.
No que diz respeito à receita, por exemplo, o orçamento da União deve
conter os valores integrais e não os valores líquidos a serem arrecadados,
por exemplo, por meio de um imposto de sua competência.
Da mesma forma, a proposta orçamentária da União deve ser
apresentada sem as deduções dos recursos a serem transferidos aos
fundos de participação dos estados e municípios.
Existe previsão expressa desse princípio no artigo 6º da Lei 4.320/1964,
que determina que todas as receitas e despesas constarão da Lei de
Orçamento pelos seus totais, vedadas quaisquer deduções.

Gabarito: A

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6. PGE/BA–2013-FCC!
É espécie de princípio orçamentário:
a)não confisco
b)uniformidade geográfica.
c)isonomia.
d)exclusividade.
e)anterioridade.

Comentário:
A resposta correta é a letra D. Dentre os princípios destacados na
questão, o único aplicado ao orçamento é a exclusividade, que já
conceituamos nas questões acima.
Os demais princípios são aplicados aplicados ao Direito Tributário.

Gabarito: D

7. TCE/SP–2013-Auditor-FCC!
A lei orçamentária anual não conterá dispositivo estranho à
previsão de receita e à fixação da despesa, não se incluindo na
proibição a autorização para abertura de créditos suplementares e
contratação de operações de crédito, ainda que por antecipação
de receita, nos termos da lei (art. 165, § 8o , da CF).
Este dispositivo refere-se ao princípio da
a) exclusividade, o qual é exceção a autorização de abertura de
créditos adicionais destinados a reforço de dotação orçamentária.
b)programação, o qual é exceção a autorização de abertura de
créditos adicionais destinados a sanar despesas insuficientemente
dotadas no orçamento.
c)transparência orçamentária, o qual é exceção a autorização de
abertura de créditos adicionais destinados a sanar despesas para
as quais não haja dotação orçamentária específica.
d)transparência orçamentária, o qual é exceção a autorização de
abertura de créditos adicionais destinados a sanar despesas
insuficientemente dotadas no orçamento.
e)exclusividade, o qual é exceção a autorização de abertura de

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créditos adicionais destinados a sanar despesas para as quais não
haja dotação orçamentária específica.

Comentário:
O item A está correto, pois traz a exata definição do princípio da
exclusividade. Juntamente com suas exceções, nos termos do artigo
165,§ 8° da CF.

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Notem que a questão exigiu o conhecimento dos tipos de créditos


adicionais. Embora ainda não tenhamos estudado esses conceitos,
registrem que os créditos adicionais classificam-se em:
_ Suplementares: são os créditos destinados a reforço de dotação
orçamentária.
_ Especiais: são os créditos destinados a despesas para as quais não
haja dotação orçamentária específica.
_ Extraordinários: são os créditos destinados a despesas urgentes e

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imprevisíveis, como em caso de guerra, comoção intestina ou calamidade
pública.
Como o item fala da créditos destinados a reforço de dotação
orçamentária, refere-se aos créditos suplementares, que realmente
constituem exceção ao princípio da exclusividade.
O item B está incorreto. O princípio da programação estabelece que
além das receitas e despesas, o orçamento deve estabelecer objetivos e
metas a serem alcançados, visando sempre as necessidades públicas.
Dentre as metas a serem alcançadas, podemos citar as gerais, como a
redução de desigualdades inter-regionais (art. 165, §7) ou, ainda, a
observância do plano plurianual (165, §4).
Os itens C e D também estão incorretos, pois tratam do princípio da
transparência, que busca garantir que os cidadãos exerçam o controle
das contas públicas, determinando que o orçamento deve ser publicado e
divulgado de forma clara (princípio da clareza) e precisa (princípio da
exatidão).
As exceções mencionadas não guardam relação com esse princípio.
O item E está incorreto. Conforme explicado no item A, a exceção ao
princípio da exclusividade são os créditos suplementares (destinados a
reforço de dotação
Orçamentária) e não os créditos especiais (destinados a despesas para as
quais não haja dotação orçamentária específica).

Gabarito:A
!

8. TCE/RO–2010-Procurador –FCC-adaptada!
Analise as afirmações a seguir:
( ) I. O princípio da unidade expressa que a lei orçamentária
deve ser uma peça só e o texto constitucional o consagra ao
dispor que a lei orçamentária anual compreenderá o orçamento
fiscal, o orçamento de investimento e o orçamento da seguridade
social.
( ) II. O princípio da exclusividade não mais vige na atual
ordem constitucional, na medida em que a lei orçamentária pode
conter outras matérias estranhas à previsão de receita e à fixação
da despesa, como é o caso da previsão de autorização para
abertura de crédito suplementar.

Comentário:

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O item I está correto. O princípio da unidade, possui duas abordagens
para esse princípio.
A primeira diz respeito à necessidade de haver um único orçamento
para cada ente.
Notem que apesar de o §5 do artigo 165 da Constituição prever a
existência de vários orçamentos (fiscal, de investimento e da seguridade
social), isso não invalida o princípio da unidade. Na verdade, a previsão
reforça a necessidade de que exista um documento único, que contenha a
totalidade dos sub-orçamentos.
Portanto, além desse artigo referir-se ao príncipio da
universalidade, ele também diz respeito ao princípio da Unidade,
já que os três tipos de orçamento são partes integrantes do todo e estão
compreendidos em uma única Lei Orçamentária (LOA).
O item II está incorreto. Como já vimos, o princípio da exclusividade
ainda vige e a previsão de autorização para abertura de crédito
suplementar é uma de suas exceções constitucionalmente previstas.

Gabarito: I certo II errado.


!

9. SEFAZ/SP–2010- Analista em Planejamento,


Orçamento e Finanças Públicas-FCC-adaptada
Sobre os princípios orçamentários, é correto afirmar:
a)Pelo princípio da anualidade, um tributo só pode ser cobrado se
tiver expressa previsão na lei orçamentária anual.
b)A autorização para abertura de crédito suplementar é exceção
ao princípio da exclusividade que rege a lei orçamentária anual.
c)O princípio da universalidade expressa que as despesas devem
estar previstas de forma genérica e universal.
d)Como decorrência do princípio da unidade, a lei orçamentária se
divide em três partes: orçamento anual, diretrizes orçamentárias
e plano plurianual.

Comentário:
O item A está incorreto. O princípio da anualidade no direito financeiro
estabelece, como regra, que deve ser elaborado um novo orçamento a
cada doze meses (atualmente, considera-se o período entre 1 de janeiro
de 31 de dezembro da cada ano, coincidindo com o ano civil):
Lei 4.320/1964

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Art. 34. O exercício financeiro coincidirá com o ano civil.

A questão busca confundir o candidato, trazendo o conceito de anualidade


tributária.
É imprescindível mencionar que o princípio da anualidade do Direito
Tributário foi substituído pelo princípio da anterioridade, segundo o
qual é vedada a cobrança de tributos no mesmo exercício financeiro em
que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou e antes de
decorridos noventa dias da data em que haja sido publicada a lei que os
instituiu ou aumentou.

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O item B está correto e traz exatamente uma das exceções ao princípio


da exclusividade, que já vimos anteriormente.
O item C está incorreto. Recordem-se que o princípio da universalidade
determina a necessidade de a LOA (Lei Orçamentária Anual) conter todas
as receitas e todas as despesas da Administração Pública.
Como vimos, existe previsão na Constituição Federal e na Lei 4.320/1964
de que a União tem o dever de incluir na LOA TODAS as receitas e
despesas de seus órgãos e poderes (Orçamento Fiscal) bem como das
empresas em que detenha maioria do capital social com direito a
voto (Orçamento de Investimento )além dos órgãos vinculados à
Seguridade Social (Orçamento da Seguridade Social).

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O item D está incorreto. O princípio da unidade possui duas abordagens
e nenhuma delas tem relação com a afirmação contida no item.
A primeira diz respeito à necessidade de haver um único orçamento
para cada ente.
Notem que apesar de o §5 do artigo 165 da Constituição prever a
existência de vários orçamentos (fiscal, de investimento e da seguridade
social), isso não invalida o princípio da unidade. Na verdade, a previsão
reforça a necessidade de que exista um documento único, que contenha a
totalidade dos sub-orçamentos.
Os Poderes Legislativo, Judiciário, o Ministério Público e o Tribunal de
Contas, por exemplo, devem elaborar e encaminhar suas propostas
orçamentárias ao Executivo, nos prazos estabelecidos na LDO, para que
este realize a consolidação e encaminhe ao Legislativo um único projeto
de lei de orçamento.
No segundo aspecto, podemos entender que o princípio da unidade
permite verificar a existência de compatibilidade entre as três leis
orçamentárias (LOA, PPA e LDO), bem como entre os três
suborçamentos contidos na LOA (OF , OI e OSS).

Gabarito: B.

10. TCE/CE–2015- Analista de Controle Externo –FCC


A legislação financeira utiliza o termo “exercício”, ou a expressão
“exercício financeiro”, para designar um determinado período de
tempo específico. A Lei Federal no 4.320/64 teve o cuidado de
dimensionar o período de tempo compreendido por “um exercício
financeiro” e o fez nos seguintes termos: “o exercício financeiro
a) coincidirá com o ano civil”.
b) terá a mesma extensão do exercício tributário”.
c) terá 360 dias”.
d) terá 365 dias”.
e) terá a mesma dimensão do período de vigência da Lei
Orçamentária Anual − LOA”.

Comentário:
A resposta correta é a letra A, que traz a literalidade do artigo 34 da Lei
4.320/1964.

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Lei 4.320/1964
Art. 34. O exercício financeiro coincidirá com o ano civil.

Gabarito: A

11. TRF 1-2015-Juiz Federal Substituto-CESPE-Adaptada.!


No que se refere aos princípios orçamentários estabelecidos na
CF, julgue:
I ( ) A autorização para a abertura de créditos especiais pelo
Poder Executivo pode estar contida na própria lei orçamentária.
II ( ) É admissível a abertura de crédito suplementar sem a
indicação dos recursos correspondentes, desde que o crédito seja
destinado a custear despesas decorrentes de calamidades
públicas.

Comentário:
O item I está incorreto.
O artigo 165,§ 8° da CF, traz o princípio da exclusividade juntamente com
duas exceções.

Atenção: A exceção fala de crédito suplementar e não de crédito


especial. Lembrem-se que o crédito adicional é o gênero cujas espécies
são: suplementar, especial e extraordinário. A exceção refere-se apenas
ao SUPLEMENTAR.
Vejamos novamente o esquema:

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O item II está incorreto.


Lembrem-se que nessa aula ressaltamos a importância do princípio da
legalidade, que exige que o orçamento seja precedido de um processo
legislativo completo. Nesse aspecto, o princípio diz respeito à
indisponibilidade das receitas públicas de modo que o gasto do patrimônio
público deve ser autorizado previamente pelos meios legais.
Essa determinação de que não pode haver despesa pública sem
autorização legislativa prévia está prevista no artigo 167 da Constituição
Federal:
Art. 167. São vedados:
I - o início de programas ou projetos não incluídos na lei orçamentária anual;
II - a realização de despesas ou a assunção de obrigações diretas que excedam
os créditos orçamentários ou adicionais;

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Entretanto, existem exceções, como a determinada no §3.
Art. 167
(...)
§ 3º A abertura de crédito extraordinário somente será admitida para atender
a despesas imprevisíveis e urgentes, como as decorrentes de guerra,
comoção interna ou calamidade pública, observado o disposto no art. 62.

Atenção: O erro da questão está em afirmar que é possível a abertura de


crédito suplementar nos casos de calamidades públicas.
Na verdade, a exceção contida no artigo 167 se refere aos créditos
extraordinários.
Dentro de uma mesma questão, os dois itens tentam confundir o
candidato trocando as espécies de créditos adicionais. Como vimos no
item anterior, crédito adicional é o gênero cujas espécies são:
suplementar, especial e extraordinário

Gabarito: I- errado II- errado.

12. AGU-2013-Procurador Federal-CESPE-Adaptada.!


A respeito de finanças públicas na CF, julgue os próximos itens.
( ) De acordo com o princípio orçamentário da universalidade,
o orçamento deve conter a totalidade das receitas e das despesas
estatais. Decorre desse princípio o dispositivo constitucional que
determina que a lei orçamentária anual compreenderá o
orçamento de investimentos das empresas em que a União
detenha qualquer participação no capital social.

Comentário:
A questão apresenta corretamente o conceito do princípio da
universalidade, mas erra ao afirmar que a lei orçamentária anual
compreenderá o orçamento de investimentos das empresas em que a
União detenha qualquer participação no capital social.
Como já vimos, o orçamento de investimento trata somente das
empresas em que a União detenha direta ou indiretamente a maioria
do capital com direito a voto, nos termos do artigo 165, §5 da
Constituição Federal.

Gabarito: errado.

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13. AGU-2013-Procurador Federal-CESPE
A respeito de finanças públicas na CF, julgue os próximos itens.
( ) A lei orçamentária anual deve contemplar apenas
dispositivos relacionados à previsão da receita e à fixação da
despesa, ressalvada, nos termos da lei, a autorização para a
abertura de créditos suplementares e a contratação de operações
de crédito, ainda que por antecipação de receita.

Comentário:
A questão está correta. Trata-se do princípio da exclusividade e de suas
duas exceções, conforme literalidade do artigo 165,§8 da CF.

Gabarito: certo.

14. PGE/GO–2013-Procurador do Estado-adaptada!


Sobre o orçamento e suas características:
( ) A Lei Orçamentária Anual (LOA), nos termos da
Constituição Federal, abrangerá o orçamento fiscal, o de
investimento e o da seguridade social. O orçamento fiscal refere-
se aos Poderes do Estado, seus fundos, órgãos e entidades da
administração direta, respeitando-se a autonomia das entidades
da administração indireta, que não estão sujeitas ao comando
constitucional.

Comentário:
Vejam que novamente temos uma questão que trata do conceito princípio
da universalidade, mas tenta confundir o candidato acerca do conteúdo do
orçamento fiscal.
Mais uma vez: o a questão está incorreta, pois o orçamento fiscal
inclui também a administração indireta. Observem:
Art. 165
(…)
§ 5º A lei orçamentária anual compreenderá:
I - o orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e
entidades da administração direta e indireta, inclusive fundações instituídas
e mantidas pelo Poder Público.

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Gabarito: errado.
!

15. PGR–2013-Procurador da República!


INDIQUE, DENTRE AS ALÍNEAS ABAIXO, NO TOCANTE À SEÇÃO
“DA FISCALIZAÇÃO CONTÁBIL, FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA”,
AQUELA QUE ENCERRA INOVAÇÃO INAUGURADA PELA
CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988:
a) Controle privado da execução orçamentária;
b) Controle prévio em relação ao controle externo;
c) Princípio da unidade orçamentária;
d) Princípio da anualidade.

Comentário:
A resposta correta é a letra A.
Realmente, o controle privado da execução orçamentária foi uma
inovação da CF/88:
Art. 74,§ 2º - Qualquer cidadão, partido político, associação ou sindicato é parte
legítima para, na forma da lei, denunciar irregularidades ou ilegalidades perante
o Tribunal de Contas da União.)

Os princípios estabelecidos nos itens C e D já encontravam previsão no


artigo 2 da Lei 4320/64.

Gabarito: A

16. TCM/RJ–2015-AUDITOR–FCC
A Constituição Federal, no § 8° de seu art. 165, estabelece:
“Art. 165
§ 8° − A lei orçamentária anual não conterá dispositivo estranho à
previsão da receita e à fixação da despesa, não se incluindo na
proibição a autorização para abertura de créditos suplementares e
contratação de operações de crédito, ainda que por antecipação
de receita, nos termos da lei.
A vedação constitucional que impede que a lei orçamentária anual
contenha dispositivo estranho à previsão da receita e à fixação da
despesa materializa o princípio denominado
!a) da clareza.

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b) da não vinculação ou não afetação de receitas.
c) do equilíbrio.
d) da exclusividade.
e) da transparência.

Comentário:
O item correto é o D, pois a questão aborda exatamente o conceito do
princípio da exclusividade, que já foi tratado nas questões anteriores.
No que diz respeito aos princípios da transparência e da clareza
mencionados nos itens A e E, relembremos que o primeiro possibilita que
os cidadãos exerçam o controle das contas públicas, determinando que o
orçamento deve ser publicado e divulgado de forma clara (princípio da
clareza) e precisa (princípio da exatidão).

Gabarito:D!
!

17. PGM/SP–2014-Procurador do Município!


O Princípio da ________ , consagrado constitucionalmente, impõe
que a lei orçamentária anual deverá conter todas as receitas e
despesas referentes aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e
entidades da Administração direta e indireta, inclusive fundações
instituídas e mantidas pelo Poder Público.
Completa corretamente a lacuna:
a) não-afetação dos impostos
b) programação
c) pureza
d) seletividade
e) universalidade
Comentário:
O item correto é o E. Observem como é comum cobrarem a literalidade
do princípio da universalidade nas provas.
Todos os princípios citados já foram vistos nas questões anteriores, com
exceção da seletividade, que se trata de princípio tributário, aplicado à
determinados impostos.

Gabarito: E

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18. AL/MT–2014-Procurador-FGV!
Sobre os princípios orçamentários, analise as afirmativas a seguir.
I. O princípio da universalidade é completado pela regra do
orçamento bruto, pela qual estão vedadas quaisquer deduções
para a elaboração da lei orçamentária.
II. O princípio da exclusividade faz parte do quadro normativo
orçamentário, já que neste é possível a abertura de créditos
suplementares e contratação de operações de crédito, ainda que
por antecipação da receita.
III. O princípio da periodicidade ou anualidade estabelece que o
orçamento público deve ser elaborado por um período de tempo,
determinação criada com o objetivo de detalhar as ações de cada
unidade federativa.
IV. O princípio do equilíbrio orçamentário entre receitas e
despesas públicas ganhou força em decorrência da Lei de
Responsabilidade Fiscal que estabelece, como premissa básica, o
equilíbrio das contas públicas.
Assinale:
a) se somente as afirmativas I e IV estiverem corretas.
b) se somente as afirmativas II e IV estiverem corretas.
c) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas.
d) se somente as afirmativas III e IV estiverem corretas.
e) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas.

Comentário:
O item I está correto.
Lembrem-se que o princípio do orçamento bruto é considerado por
muitos autores como parte do princípio da universalidade, pois determina
a necessidade de todas as depesas e receitas constarem na LOA em seus
valores brutos.
No que diz respeito à receita, por exemplo, o orçamento da União deve
conter os valores integrais e não os valores líquidos a serem arrecadados,
por exemplo, por meio de um imposto de sua competência.
Da mesma forma, a proposta orçamentária da União deve ser
apresentada sem as deduções dos recursos a serem transferidos aos
fundos de participação dos estados e municípios.

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Existe previsão expressa desse princípio no artigo 6º da Lei 4.320/1964,
que determina que todas as receitas e despesas constarão da Lei de
Orçamento pelos seus totais, vedadas quaisquer deduções.
O item II está errado. Vamos relembrar que o princípio da exclusividade
determina que a lei orçamentária anual não conterá dispositivo estranho à
previsão da receita e à fixação da despesa, mas traz duas exceções:
Entretanto, traz duas exceções: abertura de créditos suplementares
e contratação de operações de crédito, ainda que por antecipação
da receita.
O item III está errado, pois o princípio da anualidade estabelece, como
regra, que deve ser elaborado um novo orçamento a cada doze meses
(atualmente, considera-se o período entre 1 de janeiro de 31 de
dezembro da cada ano, coincidindo com o ano civil):!!
Lei 4.320/1964
Art. 34. O exercício financeiro coincidirá com o ano civil.

Entretanto, o intuito do legislador foi o de possibilitar que haja uma


contínua fiscalização das contas públicas, pois no momento em que o
Congresso Nacional aprova (anualmente) a proposta orçamentária para o
próximo exercício, fiscaliza as contas do exercício anterior.
O item IV está correto, pois o princípio do equilíbrio determina que
exista igualdade entre receitas e despesas, ou seja, o montante
estimado para as receitas (entradas) e despesas (saídas) deve ser o
mesmo.
Notem que não existe previsão constitucional para o equilíbrio, todavia,
algumas disposições da LRF indicam que ele deve ser utilizado como uma
das metas na elaboração dos orçamentos.
A título de exemplo, citamos o artigo 4, inciso I, alínea a, da LRF:
Art. 4o
A lei de diretrizes orçamentárias atenderá o disposto no § 2o do art. 165 da
Constituição e:
I - disporá também sobre:
a) equilíbrio entre receitas e despesas;

O artigo 9 da LRF também consagra o princípio, ao dispor que as


despesas deverão acompanhar a evolução das receitas, caso contrário,
deverá haver limitação de empenho.
Na verdade, pode-se dizer que após a edição da LRF, o princípio do
equilíbrio busca alcançar o chamado Equilíbrio Fiscal, ou seja, as
receitas arrecadadas internamente devem superar as despesas
executadas, de modo que o saldo possa ser utilizado para pagamento da
dívida pública. Esse assunto foi recentemente cobrado na prova oral para

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Procurador da Fazenda Nacional.

Gabarito: A
!

19. PGE/BA–2013-Analista de Procuradoria-FGV!


Considere:
Art. 165...
(...)
§ 6o - O projeto de lei orçamentária será acompanhado de
demonstrativo regionalizado do efeito, sobre as receitas e
despesas, decorrente de isenções, anistias, remissões, subsídios e
benefícios de natureza financeira, tributária e creditícia.
O citado dispositivo constitucional refere-se ao princípio
orçamentário :
a) da transparência orçamentária.
b) da universalidade.
c) da unidade.
d) do equilíbrio orçamentário.
e) da publicidade.

Comentário:
Como já explicamos todos os princípios citados, vamos direto à
alternativa correta, que é a letra A.
Trata-se de clara aplicação do princípio da transparência, que determina
que o orçamento deve ser publicado e divulgado de forma clara e precisa,
a fim de que que os cidadãos exerçam o controle das contas públicas.
Conforme Ricardo Lobo Torres, os riscos fiscais inerentes à atividade
financeira do Estado devem ser evitados pela adesão ao princípio da
transparência, que inspira a elaboração do orçamento, o controle das
renúncias de receita, a gestão orçamentária responsável, a declaração de
direitos do contribuinte e o combate à corrupção.

Gabarito: A
!
!

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20. TCM/BA–2012-Procurador Especial de Contas-FCC!
Sobre os princípios orçamentários, considere:
I. A peça orçamentária deve ser única, contendo todos os gastos e
receitas.
II. A lei orçamentária anual não conterá dispositivo estranho à
previsão de receita e à fixação da despesa.
III. Todas as receitas e todas as despesas devem estar previstas
na lei orçamentária.
Correspondem aos princípios da universalidade, unidade e
exclusividade, respectivamente, os itens
a) I, II e III.
b) II, I e III.
c) I, III e II.
d) III, I e II.
e) II, III e I.

Comentário:
Reparem como é comum os examinadores cobrarem simplesmente os
conceitos desses princípios.
Para que vocês fixem, vamos repetir as definições:
O princípio da universalidade determina a necessidade de a LOA (Lei
Orçamentária Anual) conter todas as receitas e todas as despesas da
Administração Pública.
Como vimos, existe previsão na Constituição Federal e na Lei 4.320/1964
de que a União tem o dever de incluir na LOA TODAS as receitas e
despesas de seus órgãos e poderes (Orçamento Fiscal) bem como das
empresas em que detenha maioria do capital social com direito a
voto (Orçamento de Investimento )além dos órgãos vinculados à
Seguridade Social (Orçamento da Seguridade Social).
Por sua vez, o princípio da unidade possível duas abordagens.
A primeira diz respeito à necessidade de haver um único orçamento
para cada ente.
Os Poderes Legislativo, Judiciário, o Ministério Público e o Tribunal de
Contas, por exemplo, devem elaborar e encaminhar suas propostas
orçamentárias ao Executivo, nos prazos estabelecidos na LDO, para que
este realize a consolidação e encaminhe ao Legislativo um único projeto
de lei de orçamento.

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No segundo aspecto, podemos entender que o princípio da unidade
permite verificar a existência de compatibilidade entre as três leis
orçamentárias (LOA, PPA e LDO), bem como entre os três
suborçamentos contidos na LOA (OF , OI e OSS).
Por fim, o princípio da exclusividade impede que a lei orçamentária
contenha disposições estranhas ao Direito Financeiro, ou seja, às
despesas e receitas públicas.

Gabarito: D

21. TCE/SP–2011-Procurador- FCC!


I. A lei orçamentária anual compreende o orçamento fiscal, o
orçamento de investimento de empresa em que a União detenha a
maioria do capital social com direito a voto e o orçamento da
seguridade social, observando, assim, o princípio da unidade.
II. Segundo o princípio da não-afetação é vedada a vinculação de
receitas de impostos a órgão, fundo ou despesa, ressalvadas as
exceções constitucionais.
III. O princípio da exclusividade determina que “a lei
orçamentária anual não conterá dispositivo estranho à previsão e
a fixação de despesa, incluindo-se na proibição a autorização para
abertura de créditos suplementares”.
Está correto o que se afirma APENAS em
a) I.
b) II.
c )III.
d )I e II.
e )I e III.

Comentário:
O item I foi considerado pela Banca como correto. Já ressaltei na aula
que apesar de o §5 do artigo 165 da Constituição prever a existência de
vários orçamentos (fiscal, de investimento e da seguridade social), isso
não invalida o princípio da unidade. Na verdade, a previsão reforça a
necessidade de que exista um documento único, que contenha a
totalidade dos sub-orçamentos.
Portanto, além desse artigo referir-se ao príncipio da universalidade, ele
também diz respeito ao princípio da Unidade, já que os três tipos de

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orçamento são partes integrantes do todo e estão compreendidos em
uma única Lei Orçamentária (LOA).
O item II trata do princípio da não afetação, que, por questões didáticas,
optei por tratar na próxima aula. Por enquanto, saibam apenas que o item
está correto.
O item III está incorreto. A definição do princípio da exclusividade está
certa, porém, a autorização para abertura de créditos suplementares é
uma das exceções, juntamente com a autorização para contratação de
operações de crédito, ainda que por antecipação de receita.

Gabarito: D

22. TCE/BA–2010-Procurador-Cespe!
( ) É vedada a previsão, na lei orçamentária anual, de
autorização para contratar operações de crédito, por antecipação
de receita, por violar o princípio orçamentário da exclusividade.

Comentário:
O item está incorreto.
Novamente o examinador exige que o candidato tenha conhecimento das
exceções ao princípio da exclusividade, que já vimos nas questões
anteriores.
!
Gabarito: errado

23. DPU–2010- Cespe!


Acerca dos princípios orçamentários, assinale a opção correta.
a) O princípio do orçamento bruto determina que o orçamento
deva abranger todo o universo das receitas a serem arrecadadas e
das despesas a serem executadas pelo Estado.
b) O princípio da legalidade, um dos primeiros a serem
incorporados e aceitos nas finanças públicas, dispõe que o
orçamento será, necessariamente, objeto de uma lei, resultante
de um processo legislativo completo, isto é, um projeto preparado
e submetido, pelo Poder Executivo, ao Poder Legislativo, para
apreciação e posterior devolução ao Poder Executivo, para sanção
e publicação.

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c )O princípio da anualidade ou da periodicidade estabelece que o
orçamento obedeça a determinada periodicidade, geralmente um
ano, já que esta é a medida normal das previsões humanas, para
que a interferência e o controle do Poder Legislativo possam ser
efetivados em prazos razoáveis, que permitam a correção de
eventuais desvios ou irregularidades verificados na sua execução.
No Brasil, a periodicidade varia de um a dois anos, dependendo do
ente federativo.
d) O princípio da totalidade, explícito de forma literal na legislação
brasileira, determina que todas as receitas e despesas devem
integrar um único documento legal. Mesmo sendo os orçamentos
executados em peças separadas, as informações acerca de cada
uma dessas peças são devidamente consolidadas e
compatibilizadas em diversos quadros demonstrativos.
e )O princípio da especificação determina que, como qualquer ato
legal ou regulamentar, as decisões sobre orçamento só têm
validade após a sua publicação em órgão da imprensa oficial. Além
disso, exige que as informações acerca da discussão, elaboração e
execução dos orçamentos tenham a mais ampla publicidade, de
forma a garantir a transparência na preparação e execução do
orçamento, em nome da racionalidade e da eficiência.

Comentário:
O item A traz o conceito do princípio da universalidade e, por isso, está
incorreto. Na verdade, o princípio do orçamento bruto é considerado por
muitos autores como parte do princípio da universalidade, pois determina
a necessidade de todas as depesas e receitas constarem na LOA em seus
valores brutos.
No que diz respeito à receita, por exemplo, o orçamento da União deve
conter os valores integrais e não os valores líquidos a serem arrecadados,
por exemplo, por meio de um imposto de sua competência.
Da mesma forma, a proposta orçamentária da União deve ser
apresentada sem as deduções dos recursos a serem transferidos aos
fundos de participação dos estados e municípios.
Existe previsão expressa desse princípio no artigo 6º da Lei 4.320/1964,
que determina que todas as receitas e despesas constarão da Lei de
Orçamento pelos seus totais, vedadas quaisquer deduções.
Atenção: Se a questão falar em necessidade de a LOA (Lei Orçamentária
Anual) conter todas as receitas e todas as despesas da Administração
Pública, trata-se do princípio da universalidade. Se houver menção
específica aos valores totais, vedadas quaisquer deduções, o
princípio abordado será o do orçamento bruto.

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O item B está correto. O princípio da legalidade realmente exige que o
orçamento seja precedido de um processo legislativo completo. Lembrem-
se que o princípio possui uma importante vertante, no que diz respeito à
indisponibilidade das receitas públicas de modo que o gasto do patrimônio
público deve ser autorizado previamente pelos meios legais.
É claro que existem exceções, pois em casos urgentes e imprevisíveis
não seria razoável aguardar-se todo o trâmite legal para só depois
realizar a despesa. Vejamos:
Art. 167
(...)
§ 3º A abertura de crédito extraordinário somente será admitida para atender a
despesas imprevisíveis e urgentes, como as decorrentes de guerra, comoção
interna ou calamidade pública, observado o disposto no art. 62.

A parte final também está correta. No processo orçamentário, os poderes


Legislativo e Judiciário elaboram propostas parciais de suas despesas e
encaminham ao poder Executivo.
As propostas serão recebidas pelo Executivo por meio do Ministério do
Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG), sendo que à Secretaria de
Orçamento Federal (SOF-MPOG) caberá o processo de elaboração do
projeto de lei orçamentária anual.
Após receber todas as propostas orçamentárias setoriais, a SOF irá
consolidar e formalizar a proposta orçamentária da União numa só peça:
o Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA), encaminhando ao
Presidente da República para posterior remessa ao Congresso
Nacional.
O item C está incorreto. A anualidade estabelece, como regra, que deve
ser elaborado um novo orçamento a cada doze meses (atualmente,
considera-se o período entre 1 de janeiro de 31 de dezembro da cada
ano, coincidindo com o ano civil):!!
Lei 4.320/1964
Art. 34. O exercício financeiro coincidirá com o ano civil.

O intuito do legislador foi o de possibilitar que haja uma contínua


fiscalização das contas públicas, pois no momento em que o Congresso
Nacional aprova (anualmente) a proposta orçamentária para o próximo
exercício, fiscaliza as contas do exercício anterior.
Existe uma exceção, prevista no artigo 167,§2 da Constituição Federal,
que determina que os créditos especiais e extraodinários terão vigência
no exercício financeiro em que foram autorizados, salvo se o ato de
autorização for promulgado nos últimos quatro meses daquele
exercício, caso em que, reabertos nos limites de seus saldos,

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serão incorporados ao orçamento do exercício financeiro
subsequente.
O item D está incorreto. O princípio da totalidade é uma denominação
mais moderna que alguns autores dão ao princípio da unidade, pois, além
de todos os órgãos estarem inseridos na mesma lei orçamentária, a
União realiza a consolidação dos orçamentos dos diversos órgãos e
Poderes.
Não existe previsão expressa desse princípio na legislação, como afirma o
item, tratando-se de uma construção doutrinária para reconceituar o
princípio da unidade, devido às novas situações.
O item E está incorreto, pois o princípio da especificação determina que
as receitas e despesas devam ser discriminadas, demonstrando a origem
e a aplicação dos recursos, de modo a facilitar o controle dos gastos
públicos.
Estabelece que o orçamento não consignará dotações globais para
atender as despesas (artigo 5 da Lei 4.320/1964) e que a discriminação
das despesas deverá ser feita, no mínimo, por elementos.
Lembrem-se que as dotações globais são créditos ilimitados e sem
discriminação. Já os elementos devem ser entendidos como o
desdobramento da despesa com pessoal, material, serviços, obras e
outros meios de que se serve a administração publica para consecução
dos seus fins. (artigo 15 da Lei 4.320/1964).
O conceito trazido pela questão diz respeito à publicidade, bem como à
transparência, que busca possibilitar que os cidadãos exerçam o
controle das contas públicas, determina que o orçamento deve ser
publicado e divulgado de forma clara (princípio da clareza) e precisa
(princípio da exatidão).
Conforme Ricardo Lobo Torres, os riscos fiscais inerentes à atividade
financeira do Estado devem ser evitados pela adesão ao princípio da
transparência, que inspira a elaboração do orçamento, o controle das
renúncias de receita, a gestão orçamentária responsável, a declaração de
direitos do contribuinte e o combate à corrupção.

Gabarito: B
!

24. TRF4–2009- Juiz Federal (adaptada)!


I( )Segundo o princípio da exclusividade, a obtenção do
financiamento por pessoa de direito público em instituição
estrangeira, porque implica abertura de crédito e também porque
importa antecipação de receita, não pode ser prevista na lei
orçamentária anual.

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Comentário:
O item está incorreto.
Como vimos nas questões anteriores, o princípio da exclusividade proíbe
que a lei orçamentária contenha disposições estranhas ao Direito
Financeiro. Entretanto, o item trata justamente de uma das exceções ao
princípio, contidas no artigo 165,§8 da CF: abertura de crédito
suplementar, ainda que por antecipação de receita.

Gabarito: errado.
!

25. MPE/RN–2009- Promotor de Justiça-Cespe-Adaptada!


A lei orçamentária anual exige que se aglutinem os orçamentos
fiscal, de investimentos das empresas e da seguridade social em
busca da inclusão de todas as rendas e despesas dos poderes,
fundos, órgãos e entidades da administração direta e indireta. A
respeito desse princípio, julgue:
( ) O MP, apesar de dotado de autonomia financeira, não é
obrigado a elaborar sua proposta orçamentária dentro dos limites
estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias.

Comentário:
O item está incorreto.
Como vimos, o ciclo orçamentário possui quatro fases: elaboração,
apreciação e votação, execuçãoo, controle.
Na fase de elaboração, o Ministério Público, o Tribunal de Contas e os
poderes Legislativo e Judiciário elaboram propostas parciais de suas
despesas e encaminham ao poder Executivo, que é constitucionalmente
responsável pelo envio da proposta consolidada ao Congresso Nacional.
O art. 127 da CF ressalta que o Ministério Público possui autonomia para
elaborar sua proposta orçamentária, que deverá obedecer os limites
estabelecidos na Lei de Diretrizes Orçamentárias.

Gabarito: errado.

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26. TCU– Procurador do Ministério Público -Cespe-


Adaptada
( ) Em consonância com o princípio da universalidade, a
previsão das receitas e a fixação das despesas são sempre
referentes a um período limitado de tempo.

Comentário:
A questão está incorreta, pois refere-se ao princípio da anualidade,que
determina, como regra, que deve ser elaborado um novo orçamento a
cada doze meses (atualmente, considera-se o período entre 1 de janeiro
de 31 de dezembro da cada ano, coincidindo com o ano civil).

Gabarito: errado.!
!
27. TRE/BA–2010-Analista Judiciário-Cespe!

( ) O processo orçamentário é autossuficiente: cada etapa do


ciclo orçamentário envolve elaboração e aprovação de leis
independentes umas das outras.
Comentários:
O ciclo orçamentário é um processo contínuo e dinâmico, podendo ser
conceituado como o período em que se processam as atividades típicas do
orçamento público, composto por quatro fases: elaboração, apreciação e
votação, execução e controle.

Atenção: Cuidado para não confundirem o ciclo orçamentário com o


exercício financeiro, pois o primeiro envolve um período mais longo,
iniciando-se com o processo de elaboração do orçamento e se encerrando
com o controle, enquanto o último refere-se ao período de 12 meses.
Atualmente, considera-se o período entre 1 de janeiro de 31 de dezembro
da cada ano, coincidindo com o ano civil.
Por fim, as Leis que compõem o ciclo orçamentário (PPA, LDO e LOA) são
interligadas e dependentes, sendo incorreta a afirmação do item.

Gabarito: errado.

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28. STJ- 2008-Analista Judiciário- Cespe


Dependerá de lei complementar a regulamentação do PPA, da LDO
e do orçamento anual, no tocante a exercício financeiro, vigência,
prazos, elaboração e organização. A referida lei deverá
estabelecer normas de gestão financeira e patrimonial da
administração direta e indireta e condições para instituição e
funcionamento dos fundos. Enquanto isso, na esfera federal, os
prazos para o ciclo orçamentário estão estabelecidos no ADCT.

Comentário:
O item está correto. Questão interessante, que aborda tema estudado na
aula 00 e também na aula 02.
Os incisos I e II, § 9 do artigo 165 da Constituição Federal determinam
que:

§ 9.o Cabe à lei complementar:


I – dispor sobre o exercício financeiro, a vigência, os prazos, a elaboração e a
organização do plano plurianual, da lei de diretrizes orçamentárias e da lei
orçamentária anual;
II – estabelecer normas de gestão financeira e patrimonial da administração
direta e indireta bem como condições para a instituição e funcionamento de
fundos.

Como vimos na aula 00, essa lei complementar ainda não existe,
portanto, no âmbito federal são seguidas regras transitórias estabelecidas
no artigo 35, § 2, do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias
(ADCT):

ADCT, Art. 35
§ 2o - Até a entrada em vigor da lei complementar a que se refere o art. 165, §
9o, I e II, serão obedecidas as seguintes normas:
I - o projeto do plano plurianual, para vigência até o final do primeiro exercício
financeiro do mandato presidencial subseqüente, será encaminhado até quatro
meses antes do encerramento do primeiro exercício financeiro e devolvido para
sanção até o encerramento da sessão legislativa;
II - o projeto de lei de diretrizes orçamentárias será encaminhado até oito meses
e meio antes do encerramento do 30 exercício financeiro e devolvido para
sanção até o encerramento do primeiro período da sessão legislativa;

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III - o projeto de lei orçamentária da União será encaminhado até quatro meses
antes do encerramento do exercício financeiro e devolvido para sanção até o
encerramento da sessão legislativa.

Gabarito: certo

29. MPU/2010 Analista de Controle Interno-Cespe


O princípio da discriminação ou especialização trata da inserção de
dotações globais na lei orçamentária, providência que propicia maior
agilidade na aplicação dos recursos financeiros.

Comentário:
O item está incorreto.
O princípio da especialização determina que as receitas e despesas
devam ser discriminadas, demonstrando a origem e a aplicação dos
recursos, de modo a facilitar o controle dos gastos públicos.
Estabelece que o orçamento não consignará dotações globais para
atender as despesas (artigo 5 da Lei 4.320/1964) e que a discriminação
das despesas deverá ser feita, no mínimo, por elementos.
As dotações globais são créditos ilimitados e sem discriminação. Já os
elementos devem ser entendidos como o desdobramento da despesa com
pessoal, material, serviços, obras e outros meios de que se serve a
administração publica para consecução dos seus fins. (artigo 15 da Lei
4.320/1964).
Muita atenção para as exceções:

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Atenção: as exceções acima são quanto à dotação global, pois não


necessitam de discriminação. Não confundam com dotação ilimitada, que
é aquela sem valores definidos.
Gabarito: certo.

30. (CESPE – MPU/2010 TÉCNICO DE ORÇAMENTO)


( ) Dada a autonomia financeira e orçamentária garantida pela
CF, os entes da Federação têm ampla liberdade para elaborar seus
orçamentos, pelo menos no que diz respeito a suas próprias
receitas.

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Comentário:
Lembrem-se do que vimos na aula 00: compete à União estabelecer
normas gerais de direito financeiro, portanto, os Entes Federados não têm
ampla liberdade para elaborar seus orçamentos.
Na verdade, eles devem obedecer as regras da Lei 4.320/64, bem como o
modelo estabelecido para a União pela CF/88, em relação à à matéria e a
forma.

Gabarito: errado.

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