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HIDRÁULICA
O termo pneumática, que é de origem grega (pneumos ou pneuma), significa respiração, sopro. O
estudo da pneumática baseia-se na utilização da energia do ar para gerar energia mecânica.
O estudo sistemático da pneumática só teve seu início no século XIX, e a introdução da pneumática na
indústria só ocorreu em 1950.
Atualmente, a utilização da pneumática pode ser verificada em diversas aplicações. Por exemplo, pode
ser vista nos elevadores de plataformas de cadeiras de rodas de alguns ônibus urbanos.
ATMOSFERA
É a Camada formada por gases, principalmente por oxigênio (O2 - 21%), nitrogênio (N2 - 78%) e 1% de outros
gases, que envolve toda a superfície terrestre, responsável pela existência de vida no planeta.
Pressão Atmosférica
A atmosfera exerce sobre nós uma força equivalente ao seu peso, mas não a sentimos, pois ela atua em todos
os sentidos e direções com a mesma intensidade. O valor da pressão atmosférica ao nível do mar, a uma
temperatura de 20°C e a uma umidade relativa de 36% é de 1 atm ou 760 mm (coluna de mercúrio) ou 1 bar ou
14,5 lbf/pol2 (psi).
A pressão atmosférica varia proporcionalmente à altitude considerada. Esta variação pode ser notada.
Sabendo que a nível do mar a pressão atmosférica é de 1 bar e equivale a 1,033 kgf/cm 2, a tabela
abaixo mostra a variação da pressão com a altitude.
O QUE É AR COMPRIMIDO?
Entende-se por “ar comprimido” o ar atmosférico compactado por meios mecânicos, confinado em um
reservatório, a uma determinada pressão.
Exemplos: Uma corneta, um frasco de desodorante spray, a porta do ônibus, um amortecedor de carro,
todos esses objetos e equipamentos usam a força do ar que está confinado em reservatórios
confinados.
Como vimos, para transformar o ar comum em ar comprimido, precisamos combinar força e pressão.
O AR COMPRIMIDO NA INDÚSTRIA
Em um ambiente ou local confinado em que a área e fixa, quanto maior for a pressão que exercermos
maior será a força resultante. Por exemplo, em um empurrador de uma indústria, um material mais
pesado pode ser expulso com o aumento da pressão, desde que o expulsador aceite aquela pressão
exercida nele.
Quando estudamos pressão, devemos levar em conta a pressão absoluta, que é a soma das pressões
atmosférica e relativa. A pressão relativa, também conhecida como sob repressão, pressão
manométrica ou pressão instrumental, e a pressão medida no manômetro, conforme demonstra a
Figura 2.
Figura 2 – Manômetro e a medida da pressão relativa.
Fonte: (SENAI,2012)
As leis de Boyle-Mariotte, Charles e Gay Lussac referem-se a transformações de estado, nas quais uma
das variáveis físicas permanece constante. Geralmente, a transformação de um estado para outro
envolve um relacionamento entre todas, sendo assim, a relação generalizada é expressa pela fórmula:
Constata-se que o ar é muito compressível sob ação de pequenas forças. Quando contido em um
recipiente fechado, o ar exerce uma pressão igual sobre as paredes, em todos os sentidos. Por Blaise
Pascal temos: "A pressão exercida em um líquido confinado em forma estática atua em todos os
sentidos e direções, com a mesma intensidade, exercendo forças iguais em áreas iguais".
1. Compressor
2. Resfriador posterior ar/ar
3. Separador de condensados
4. Reservatório
5. Purgador automático
6. Pré-filtro coalescente
7. Secador
8. Purgador automático
eletrônico
9. Pré-filtro coalescente grau x
10. Pré-filtro coalescente grau y
11. Pré-filtro coalescente z
12. Separador de água e óleo
PRODUÇÃO DO AR COMPRIMIDO
Compressores são máquinas destinadas a elevar a pressão de um certo volume de ar, admitido nas
condições atmosféricas, até uma determinada pressão, exigida na execução dos trabalhos realizados
pelo ar comprimido.
O compressor tem como principais funções:
• transformar o ar em ar comprimido;
• filtrar o ar;
• armazenar o ar.
Figura 4 - Compressor tipo pistão (laranja), com reservatório de 25L (preto) e sua simbologia. Fonte:
(SENAI,2012)
TIPOS DE COMPRESSORES
Figura 5 - Divisão dos compressores conforme a sua funcionalidade Fonte: PARKER, 2001
Compressor de diafragma
O compressor de diafragma (Figura 7) usa eixos de ligação e diafragmas elásticos para compressão. Ao
contrário do compressor de pistão, cujo pistão se move de um lado para outro entre duas posições, o
compressor de diafragma é induzido a se mover em oscilações não lineares. O diafragma é fixo por sua
extremidade e é movimentado pelo eixo de ligação, cujo comprimento depende da deformação do
diafragma.
SISTEMA DE REFRIGERAÇÃO
Após passar pelo compressor, o ar deve ser conduzido por um sistema de refrigeração. Isso porque,
quando passa pelos compressores, ele esquenta e, como vimos na produção de ar comprimido, o ar
deve estar em suas condições normais. Assim, a principal função do sistema de refrigeração é eliminar
o calor gerado entre os estágios de compressão com o intuito de:
• manter baixa a temperatura das válvulas, do óleo lubrificante e do ar que está sendo comprimido
(com a queda da temperatura do ar é eliminada a umidade);
• aproximar o melhor possível da transformação isotérmica, embora seja dificilmente atingida devido
à pequena superfície para troca de calor;
• evitar deformação do bloco e do cabeçote devido às temperaturas;
• aumentar a eficiência do compressor. O sistema de refrigeração compreende duas fases:
• resfriamento dos cilindros de compressão; e
• resfriamento do resfriador intermediário.
Resfriamento a água
Os blocos dos cilindros são dotados de paredes duplas, entre as quais circula água. A superfície que
exige um melhor resfriamento é a do cabeçote, que permanece em contato com o gás ao fim da
compressão. O processo de resfriamento se inicia, geralmente, pela circulação de água através da
câmara de baixa pressão, passando pelo resfriador intermediário. Após esta fase, a água vai para a
câmara de alta pressão. Aqui, todo o calor adquirido é eliminado da água, para que haja condições de
reaproveitamento.
Resfriamento a ar
por circulação – os cilindros e cabeçotes, geralmente, são aletados a fim de proporcionar maior
troca de calor, o que é feito por meio da circulação do ar ambiente e com auxílio de hélices nas
polias de transmissão;
por ventilação forçada – o resfriamento interno dos cabeçotes e do resfriador intermediário
são provocados por uma ventoinha, que obriga o ar a circular no interior do compressor.
PREPARAÇÃO DO AR COMPRIMIDO
Na etapa de preparação, devemos verificar como a umidade do ar influencia na preparação do ar
comprimido, providenciar sua refrigeração e secagem e, posteriormente, filtrá-lo.
A UMIDADE
A quantidade de vapor de água que o ar pode conter aumenta com a temperatura. Quanto maior a
temperatura, maior a quantidade de água possível no ar.
Em alguns dias do verão, quando sentiremos que o ar está abafado, dizemos que o ar está saturado de
água. Nesse caso, há muita umidade no ar.
Na serra, quando ocorre umidade no ar à baixa temperatura, temos a neblina, que é o efeito mais
visível da umidade no ar. O conhecido ponto de orvalho é a temperatura na qual o ar em processo de
resfriamento se satura. Além dessa temperatura, sendo o ar mais resfriado, ocorre a condensação,
provocando o orvalho.
Composição do ar
O ar atmosférico é resultado de uma mistura de gases, principalmente de oxigênio e nitrogênio, mas
também contém contaminantes de três tipos básicos:
• água;
• óleo;
• poeira.
Ação da umidade dos componentes
Para resolver de maneira eficaz o problema inicial da água nas instalações, de ar comprimido, o
equipamento mais completo é o resfriador posterior, localizado entre a saída do compressor e o
reservatório. Isso porque o ar comprimido atinge sua maior temperatura na saída, como é mostrado
na Figura 14.
Nenhum reservatório deve operar com uma pressão acima da pressão máxima de trabalho permitida,
exceto quando a válvula de segurança estiver dando vazão; nesta condição, a pressão não deve ser
excedida em mais de 6% do seu valor.
FILTROS DE AR COMPRIMIDO
Pela definição da Norma ISO-8573, o filtro é um aparato para separar os contaminantes presentes em
fluido. O filtro de ar comprimido aparece, geralmente, em três posições diferentes:
• antes do secador de ar comprimido (pré-filtro): separa o restante da contaminação sólida e líquida
(~30%) não totalmente eliminada pelo separador de condensados do resfriador posterior;
• depois do secador de ar comprimido (pós-filtro): responsável pela eliminação da umidade residual
(~30%) não removida pelo separador mecânico de condensados do secador por refrigeração, além da
contenção dos sólidos não retidos no pré-filtro.
• junto ao ponto de uso.
Consequências do ar comprimido contaminado
• obstrução de orifícios;
• desgaste de vedações;
• erosão nos componentes pneumáticos;
• redução de eficiência de produtividade da máquina;
• custos elevados com paradas de máquinas.
SECADORES DE AR
A presença de umidade no ar comprimido é sempre prejudicial para as automatizações pneumáticas,
pois causa sérias consequências. Assim, é necessário eliminar ou reduzir ao máximo a umidade. O ideal
seria ter o ar comprimido de modo absoluto, sem umidade, o que é praticamente impossível.
Alguns dos meios mais utilizados para a secagem do ar são:
• Secagem por refrigeração;
• Secagem por absorção.
Secagem por refrigeração
DISTRIBUIÇÃO DO AR COMPRIMIDO
A rede de distribuição de ar comprimido compreende todas as tubulações que saem do reservatório,
passando pelo secador e que, unidas, orientam o ar comprimido até os pontos individuais de utilização.
A rede possui duas funções básicas:
• comunicar a fonte produtora com os equipamentos consumidores; e
• funcionar como um reservatório para atender às exigências locais.
Um sistema de distribuição perfeitamente executado deve apresentar os seguintes requisitos:
Pequena queda de pressão entre o compressor e as partes de consumo, a fim de manter a pressão
dentro de limites toleráveis em conformidade com as exigências das aplicações.
Não apresentar escape de ar; do contrário haveria perda de potência. Apresentar grande capacidade
de realizar separação de condensado.
O tipo de linha para a ligação das tubulações pode ser em circuito fechado, circuito aberto, circuito
misto (ou rede combinada).
Figura 19 - a) Rede de ar comprimido com circuito aberto; b) Circuito fechado e circuito misto
Processam-se de diversas maneiras, rosca, solda, flange, acoplamento rápido, devendo apresentar a
mais perfeita vedação.
• As ligações roscadas são comuns, devido ao baixo custo e facilidade de montagem e
desmontagem. Para evitar vazamentos nas roscas é importante a utilização de uma fita de
vedação.
• A união realizada por solda oferece menor possibilidade de vazamento, se comparada à união
roscada, apesar de um custo maior. Seu uso é recomendado em instalações permanentes e
com tubulações com diâmetros superiores a 3 polegadas.
• Para instalações que devem apresentar um maior grau de confiabilidade, recomenda-se uso de
conexões flangeadas e soldadas.
• Para instalações provisórias, o ideal é o acoplamento rápido, também estanque. Na
desmontagem não existem perdas de tubo e não há necessidade de fazer cortes para a
remoção.
Inclinação
As tubulações devem possuir uma determinada inclinação no sentido do fluxo interior, pois, enquanto
a temperatura de tubulação for maior que a temperatura de saída do ar após os secadores, este sairá
praticamente seco; se a temperatura da tubulação baixar, haverá, embora raramente, precipitação de
água.
A inclinação serve para favorecer o recolhimento desta eventual condensação e das impurezas devido
à formação de óxido, levando-as para o ponto mais baixo, onde são eliminadas para a atmosfera,
através do dreno.
O valor desta inclinação é de 0,5 a 2% em função do comprimento reto da tubulação onde for
executada. Os drenos, colocados nos pontos mais baixos, de preferência devem ser automáticos.
Figura 21 - Colocação de dreno e inclinação das tubulações
Nos pontos de drenagem, para auxiliar a eficiência da drenagem, podem ser construídos bolsões, que
retêm o condensado e o encaminham para o purgador. A tomada de ar deve ser sempre feita pela
parte superior da tubulação principal.
CORES TÉCNICAS
Um circuito pneumático ou hidráulico pode ser identificado quando são utilizadas as “cores técnicas”,
colorindo as linhas de fluxo, com o objetivo de identificar o que está ocorrendo ou qual função o fluxo
desenvolverá.
As cores utilizadas apresentadas aqui são normatizadas pelo ANSI (American National Standard
Institute).
VAZAMENTOS
Vazamentos são as quantidades de ar perdidas através de pequenos furos, acoplamentos com folgas,
vedações defeituosas e outros. Quando somados, os vazamentos alcançam elevados valores.
A importância econômica desta contínua perda de ar torna-se mais evidente quando comparada com
o consumo de um equipamento e a potência necessária para realizar a compressão.
Desta forma, um vazamento na rede representa um consumo consideravelmente maior de energia,
que pode ser verificado através da tabela.
ELEMENTOS PNEUMÁTICOS
Após o estudo sobre a produção, preparação e distribuição do ar comprimido, vamos conhecer suas
aplicações. Veremos os elementos pneumáticos e os comandos de circuito. A cadeia de comandos de
um circuito pneumático possui os elementos distribuídos de acordo com o esquema mostrado na
Figura 26.
Figura 26 - Distribuição dos componentes de acordo com o tipo de elemento. Fonte: FESTO, 2012b
ELEMENTOS PNEUMÁTICOS DE TRABALHO
São os responsáveis pela transformação da energia pneumática em movimentos nos circuitos
pneumáticos. A energia pneumática será transformada, por meio de cilindros pneumáticos, em
movimentos retilíneos. Nos motores pneumáticos, a energia pneumática será transformada em
movimentos rotativos.
Atuadores pneumáticos
Estes dispositivos podem ser divididos em atuadores pneumáticos de simples ação, de dupla ação,
rotativos e outros.
Atuadores pneumáticos de simples ação – Esses atuadores realizam trabalho em uma direção,
possuindo uma única conexão de ar, sendo que o retorno à posição inicial pode se dar por ação de
mola ou de outra força externa.
Podem ser do tipo haste avançada, quando o atuador “puxa” a carga, ou haste recuada, quando
“empurra” a carga.
Atuadores pneumáticos de dupla ação – Com estes atuadores, o trabalho se desenvolve nos dois
sentidos do curso de avanço e de retorno, uma vez que a pressão do ar comprimido atua nos dois lados
do êmbolo. A Figura 28 mostra esse tipo de atuador.
Outros tipos de atuadores – Há outros tipos de atuadores que possuem construções especiais, como
de haste passante, tandem, sem haste, garra, músculos e outros. A Figura 30 mostra esses tipos de
atuadores.
Figura 30 - a) Atuadores com haste passante; b) Tandem; c) Sem haste; d) Com garra; e) Com músculos.
Fonte: FESTO, 2012b
ELEMENTOS DE COMANDO
Os elementos de comando são os responsáveis pelo controle da direção dos movimentos dos
elementos de trabalho. Esses elementos são chamados de válvulas direcionais.
Válvulas direcionais
Válvulas direcionais são os elementos mais importantes porque orientam, com lógica, o caminho do ar
comprimido dentro do sistema. As mais comuns são as de cinco vias e duas posições (5/2) e as de três
vias e duas posições (3/2). Existem também válvulas de duas vias e duas posições (2/2) e quatro vias e
duas posições (4/2). A Figura 31 mostra um exemplo de válvula direcional.
Figura 31 - Válvula direcional 5/2 vias com duplo piloto e acionamento manual, com a sua simbologia
O funcionamento da válvula direcional, como a que está apresentada na Figura 31, é o seguinte:
quando colocamos ar no orifício 14 (Z), liberamos a passagem de ar do orifício 1 (P) para o orifício 4
(A). Quando colocamos ar no orifício 12 (Y), liberamos a passagem de ar do orifício 1 (P) para o orifício
2 (B). O número de vias significa o número de conexões de trabalho que a válvula possui. São
consideradas como vias a conexão de entrada de pressão, as conexões de utilização e as de escape.
A Figura 33 mostra a utilização desses símbolos. A leitura deve ser efetuada em somente um dos
quadrados.
A Figura abaixo mostra uma válvula direcional de 5/2 vias com a representação dos orifícios.
A finalidade do código é possibilitar ao usuário uma fácil instalação dos componentes, relacionando as
marcas dos orifícios no circuito com as marcas contidas nas válvulas, identificando claramente a função
de cada orifício.
Válvulas de controle de fluxo variável unidirecional – Este tipo de válvula controla somente um
dos lados de vazão, permitindo a livre passagem para o outro lado. A Figura abaixo mostra este tipo
de válvula
• Válvulas de controle de fluxo variável bidirecional – Este tipo de válvula controla a vazão nos
dois lados.
TEMPORIZADORES
O temporizador permite que um sinal pneumático tenha um retardo de tempo entre o sinal de entrada
e o de saída do temporizador. O ajuste é feito pela rotação do botão graduado.
Figura 39 - Temporizador com suas simbologias
CONTADORES
São usados para controle e monitoramento de operações sequenciais capazes de demonstrar números
precisos em circuitos pneumáticos, sistemas ou equipamentos.
Após a contagem de passos demonstrará o número pré-ajustado, o qual pode representar um número
de itens ou um número de ciclos de operação, e o mesmo emitirá um sinal pneumático de saída, que
é usado para iniciar o próximo seguimento do processo ou operação. O valor pré-ajustado pode ser
selecionado entre 1 e 99.999.
ELEMENTOS DE SINAIS
São representados por acionamentos, ou seja, aqueles equipamentos que acionam uma válvula
direcional (geralmente 3/2 vias ou 2/2 vias), dando o sinal para que os elementos de processamentos
de sinais funcionem. As válvulas exigem um agente externo ou interno que desloque suas partes
internas de uma posição para outra, ou seja, que altere as direções do fluxo, efetue os bloqueios e a
liberação de escapes.
Os elementos responsáveis por tais alterações de fluxo são os acionamentos, que podem ser
classificados em:
• comando direto – é assim definido quando a força de acionamento atua diretamente sobre
qualquer mecanismo que cause a inversão da válvula;
• comando indireto – é assim definido quando a força de acionamento atua sobre qualquer
dispositivo intermediário que libera o comando principal que, por sua vez, é responsável pela
inversão da válvula.
Figura 41 - a) Acionamento direto; b) Acionamento indireto
ACIONADORES
Os acionadores são dispositivos responsáveis pelo movimento dos atuadores. Os principais
acionadores podem ser musculares, mecânicos, pneumáticos, elétricos e combinados. Vamos ver cada
um deles.
Acionamentos musculares
São conhecidos como válvulas de painel. Na mudança do estado da válvula, o acionamento é feito por
uma pessoa. Os acionamentos musculares podem ser por botões, alavancas, pedais e outros. Os
contatos podem ser NA ou NF. A Figura abaixo mostra alguns tipos de acionamentos musculares.
Acionamentos mecânicos
O comando da válvula é conseguido através de um contato mecânico sobre o acionamento, colocado
estrategicamente ao longo de um movimento qualquer, para permitir o desenrolar de sequências
operacionais. Comumente, as válvulas com este tipo de acionamento recebem o nome de válvulas fim
de curso.
Os tipos de acionamento de fim de curso são: tipo pino, tipo rolete e tipo rolete escamoteável (gatilho).
Acionamento por pino - Quando um mecanismo móvel é dotado de movimento retilíneo, sem
possibilidades de ultrapassar um limite e ao fim do movimento deve acionar uma válvula, o
recomendado é o acionamento por pino, que recebe um ataque frontal;
Acionamento por rolete – O rolete, quando posicionado no fim de curso, funciona como pino,
mas recebe ataque lateral na maioria das vezes. Numa posição intermediária, receberá comando
toda vez que o mecanismo em movimento passar por cima, independentemente do sentido do
movimento.
Acionamento por rolete escamoteável (gatilho) - O posicionamento no final de curso, com leve
afastamento, evita que permaneça constantemente acionado, como o pino e o rolete. Difere dos
outros por permitir o acionamento da válvula em um sentido do movimento, emitindo um sinal
pneumático breve.
Figura 42 - Posicionamento dos acionamentos mecânicos. a) por pino; b) por rolete; c) por rolete
escamoteável. Fonte: PARKER, 2001
Acionamentos pneumáticos
As válvulas equipadas com este tipo de acionamento são comutadas (acionadas) pela ação do ar
comprimido proveniente de um sinal preparado pelo circuito e emitido por outra válvula. São
representados por piloto positivo e piloto negativo.
Piloto negativo: Também conhecido como comando direto por alívio de pressão, nele acionamento da
válvula ocorre quando existe a falta de pressão no piloto.
Piloto positivo: Também conhecido como comando direto por aplicação de pressão, nele
acionamento da válvula ocorre quando existe o pulso de pressão no piloto. Um impulso de pressão,
proveniente de um comando externo, é aplicado diretamente sobre um pistão, acionando a
válvula.
ACIONAMENTOS ELÉTRICOS
A operação das válvulas é efetuada por meio de sinais elétricos provenientes de chaves fim de curso,
pressostatos, temporizadores e outros. São de grande utilização nas seguintes situações:
a) quando a rapidez dos sinais de comando é o fator importante; e
b) b) quando os circuitos são complicados e as distâncias são longas entre o local emissor e o
receptor.
ACIONAMENTOS COMBINADOS
Os acionamentos tidos como combinados são classificados também como servo piloto, comando
prévio e indireto. Isso se fundamenta na aplicação de um acionamento (pré-comando) que comanda
a válvula principal, responsável pela execução da operação.
Quando é efetuada a alimentação da válvula principal, a que realizará o comando dos conversores de
energia, pode-se emitir ou desviar um sinal através de um canal interno ou conexão externa, que
ficará retido, direcionando-o para efetuar o acionamento da válvula principal, que posteriormente é
colocada para exaustão.
As válvulas de pré-comando são geralmente elétricas (solenoides), pneumáticas (piloto), manuais
(botão), mecânicas (came ou esfera). Os tipos de acionamentos combinados são por eletroímã e
válvula de pré-comando interno; por eletroímã e válvula de pré-comando externo; por solenoide e
piloto ou botão. Vamos analisar cada um deles.
Solenoide e piloto ou botão – A válvula principal pode ser comandada por meio da eletricidade,
que cria um campo magnético, causando o afastamento induzido do assento e liberando a pressão
que aciona a válvula. Também pode ser acionada por meio de um botão, o qual despressuriza a
válvula internamente.
O quadro (posição) onde as ligações são feitas, simbolicamente é fixo. Movimenta-se o quadro livre
de ligações.
Em um circuito
Todas as válvulas e cilindros são sempre representados em sua posição inicial.
Exemplo: a válvula mostrada na figura abaixo é uma válvula direcional 5/3 vias, acionada por duplo
piloto pneumático, centralizada por mola, CA (Centro Aberto).
Figura 43 - Exemplo para aplicação da representação dos movimentos. Fonte: PARKER, 2001
Formas de representação
Os movimentos podem ser representados de diversas formas, sempre de maneira clara e segura de modo a
permitir sua identificação.
a) Sequência cronológica:
• a haste do cilindro A avança e eleva o pacote;
• a haste do cilindro B avança e empurra o pacote para a esteira II;
• a haste do cilindro A retorna a sua posição inicial;
• a haste do cilindro B retorna a sua posição inicial.
c) Indicação vetorial
Avanço ->
Retorno <-
• Cilindro A ->
• Cilindro B ->
• Cilindro A <-
• Cilindro B <-
d) Indicação algébrica
Avanço +
Retorno –
• Cilindro A+
• Cilindro B+
• Cilindro A -
• Cilindro B -
Diagramas de movimentos
Diagrama de comando
b) Elementos de comando – é a válvula direcional que controla o atuador; podem ser representados por:
c) Elementos de sinais – são os sensores ou fim de curso utilizados para o retorno ou avanço do atuador. Os
sensores ou fim de curso que são responsáveis pelo avanço do atuador ficam ligados à esquerda da válvula
direcional, e recebem os valores pares. Os sensores ou fim de curso que são responsáveis pelo retorno do
atuador ficam ligados à direita da válvula direcional, e recebem os valores ímpares.
Comandar um atuador de simples ação de dois pontos diferentes e independentes (utilizar elemento
OU). A Figura 46 mostra este circuito. Ao acionar o botão a2 OU o botão a4, modificará internamente
a posição da válvula direcional, permitindo que vá ar comprimido na válvula direcional a0 de 3/2 vias
(avanço por piloto e retorno por mola). A válvula direcional muda de posição, permitindo que o ar
comprimido vá até o atuador, fazendo-o avançar.
Ao soltar os botões, sua mola obriga que a válvula direcional volte para a posição inicial, não enviando
ar para a válvula direcional a0. A válvula direcional a0, sem ar no seu piloto, permite que a força da
mola deixe a válvula voltar à sua posição inicial, não enviando mais ar comprimido para o atuador. O
atuador sendo retorno por mola, retorna.
Figura 46 – Circuito com atuador de simples ação e acionamento dois pontos diferentes e
Independentes.
HIDRÁULICA: CARACTERÍSTICAS, COMPONENTES E CIRCUITOS PRÁTICOS
INTRODUÇÃO
A hidráulica é muito utilizada em situações de movimentação de cargas pesadas que não exijam
velocidade de transporte. Desse modo, a hidráulica é bastante aplicada em diversos processos nas
indústrias.
A hidráulica utiliza um líquido confinado (óleo/água) para transmitir movimento multiplicando forças.
Para ganhar em força, perdemos em deslocamento. Pelo fato de usar líquido praticamente
incompressível, a transmissão de movimentos é instantânea. Assim, a hidráulica pode ser dividida em
hidrostática e hidrodinâmica.
Antes de conhecer as características da hidrostática e da hidrodinâmica, devemos entender os
conceitos de fluído e viscosidade. O fluído é qualquer líquido ou gás, mas, em hidráulica, refere-se ao
líquido utilizado como meio de transmitir energia (óleo ou água).
As principais funções de um fluido hidráulico são:
• transmitir energia;
• lubrificar peças móveis;
• vedar folga entre essas peças móveis;
• resfriar ou dissipar calor;
• limpar o sistema.
Os principais fluidos hidráulicos que existem são:
• água (com aditivo);
• óleos minerais;
• fluidos sintéticos;
• fluidos resistentes ao fogo (emulsões de glicol em água, soluções de glicol
em água e fluidos sintéticos não aquosos).
Já a viscosidade é a medida de resistência do fluido ao se escoar, ou seja, é a medida inversa à da
fluidez. Se um fluido escoa facilmente, sua viscosidade é baixa e podemos dizer que é fino. Um fluido
que escoa com dificuldade tem alta viscosidade; nesse caso, dizemos que o fluido é denso.
Quanto maior for a temperatura de trabalho de um óleo, menor será sua viscosidade; ou seja, a
viscosidade é inversamente proporcional à temperatura de trabalho. Um fluido com alto índice de
viscosidade mudaria relativamente pouco com a temperatura. A maior parte dos sistemas hidráulicos
industriais requer um fluido com índice de viscosidade de 90 ou mais.
HIDROSTÁTICA
A hidrostática é a água em repouso.
Leis aplicadas à hidráulica
Lei de Pascal
A Lei de Pascal pode ser resumida em: “A pressão exercida em um ponto qualquer de um líquido
estático é a mesma em todas as direções e exerce forças iguais em áreas iguais.”
Um exemplo que podemos ver é a prensa hidráulica, em que fazemos força em um recipiente menor
para elevar um recipiente maior com maior peso. A figura 47 mostra que, em um recipiente com área
de 1cm², ao aplicar uma força de 10kgf (se o outro recipiente tiver uma área de 10cm²) podemos elevar
um objeto que executa uma pressão de 100kgf.
Lei de Stevin
A lei de Stevin diz o seguinte: “A diferença de pressão entre dois pontos de uma mesma massa líquida
é igual à diferença de profundidade entre eles multiplicada pelo peso específico da fluído”
Considere o exemplo da figura abaixo:
P2 – P1 = ρ. g . (Z2 - Z1)
P2 = ρ. g . Z2 (quando Z1 = 0)
Em que:
ρ = peso específico;
g = gravidade (9,81m/s² ou 10m/s²).
Determine a pressão sobre um ponto situado a uma profundidade de 30m. Dados:
(ρ= 1.000kg/m³; g = 9,81m/s²ou 10m/s²).
P = ρ. g . h
P = 1000 .9,81 . 30
P = 294.300 Pa = 294,3 kPa
P = 30mca (metros de coluna de água).
CARACTERÍSTICAS DA HIDRÁULICA
• Fácil instalação dos diversos elementos;
• rápida parada e inversão de movimento;
• variações micrométricas na velocidade;
• sistemas autolubrificantes;
• pequeno tamanho e peso em relação à potência consumida;
• sistemas seguros contra sobrecargas;
• alta potência (força);
• velocidade variável – através da válvula reguladora de fluxo;
• proteção contra sobrecarga – através da válvula de segurança ou limitadora de pressão;
• adaptação à forma do recipiente em que está armazenado – os líquidos têm a propriedade de tomar
a forma do recipiente em que estão armazenados;
• incompressibilidade dos líquidos – um líquido, quando é pressionado, exibe características de sólidos.
Os líquidos são relativamente impossíveis de serem comprimidos.
TRANSMISSÃO DE FORÇA
A força é transmitida através de um sólido em uma única direção; ou seja, se empurrarmos o sólido
em uma direção, a força será diretamente transmitida ao lado oposto. No caso da força aplicada a um
recipiente cheio de líquido, o líquido do recipiente transmitirá pressão em todos os sentidos e direções.
A Figura 48 mostra esta comparação entre um sistema com sólido e um sistema com líquido.
Figura 48 - Força exercida sobre um objeto com sólido e sobre objeto com líquido
HIDRODINÂMICA
hidrodinâmica é a ciência que estuda a água em movimento.
Velocidade X vazão
Em sistemas dinâmicos, o fluido que passa pela tubulação se desloca a certa velocidade. Esta é a
velocidade do fluido que, de modo geral, é medida em centímetros por segundo (cm/seg). O volume
do fluido que passa pela tubulação em um determinado período de tempo corresponde à vazão:
Q (vazão) = V (velocidade) x A (área),
em litros por segundo (l/s). A velocidade do fluxo através de um tubo é inversamente proporcional ao
quadrado de seu diâmetro interno.
Princípio de Bernoulli
O princípio de Bernoulli diz que a soma da energia potencial e energia cinética, nos vários pontos de
um sistema, são constantes para uma vazão constante. Quando o diâmetro de um tubo diminui a
velocidade do fluido aumenta. A energia cinética aumenta. Logo a energia cinética precisa ser
compensada pela redução da pressão.
Quando há o aumento da velocidade do fluido, as perdas de pressão são maiores devido ao aumento
de atrito e geração de calor, tendo assim um fluxo turbulento.
Geração de calor
A geração de calor em um sistema hidráulico é causada pelo movimento de um líquido, relativamente
a mudanças de direção, viscosidade e atrito. Quanto maior for a velocidade do fluido, mais calor será
gerado. Um cotovelo de 90º pode gerar tanto calor quanto vários metros de tubo.
Diferencial de pressão
Um diferencial de pressão é simplesmente a diferença de pressão entre dois pontos do sistema e pode
ser caracterizado por:
• indicar que a energia de trabalho, na forma de movimento de líquido pressurizado, está presente no
sistema;
• medir a quantidade de energia de trabalho que se transforma em calor entre os dois pontos.
Enquanto a energia de trabalho está se deslocando do ponto 1 para o ponto 2, uma pressão de 2
kgf/cm2 são transformados em energia calorífica por causa da resistência do líquido.
Todos os fluidos hidráulicos contêm uma certa quantidade de contaminantes. As partículas de sujeira
podem produzir falhas em máquinas caras e grandes. O excesso de contaminação causa:
Excesso de contaminação causa:
• Perda de produção;
• Custo de reposição de componentes;
• Trocas constantes de fluido;
• Custo no descarte do fluido;
• Aumento geral dos custos de manutenção
O tamanho das partículas interfere diretamente na contaminação do sistema hidráulico. Esse sistema
é dividido de acordo com a Tabela
O quadro abaixo faz uma comparação com os meios de filtragem na hidráulica.
RESERVATÓRIOS HIDRÁULICOS
Os reservatórios hidráulicos consistem de quatro paredes (geralmente de aço), uma base abaulada,
um topo plano com uma placa de apoio, quatro pés, linhas de sucção, retorno e drenos, plugue do
dreno, indicador de nível de óleo, tampa para respiradouro e enchimento, tampa para limpeza e placa
defletora (Chicana). A Figura 52 mostra o esquema de um reservatório.
BOMBAS HIDRÁULICAS
As bombas hidráulicas são utilizadas nos circuitos hidráulicos para converter energia mecânica em
energia hidráulica. A ação mecânica cria um vácuo parcial na entrada da bomba e permite que a
pressão atmosférica force o fluido do tanque, através da linha de sucção, a penetrar na bomba. A
bomba passará o fluido para a abertura de descarga, forçando-o através do sistema hidráulico. Em
relação às bombas hidráulicas, elas são divididas em hidrodinâmicas e hidrostáticas. As principais
bombas utilizadas são as de engrenagens, de palhetas e de pistões
Principais problemas que podem ocorrer em uma bomba
Os principais problemas que podem ocorrer em uma bomba são a cavitação (queda repentina de
pressão) e a aeração (entrada de ar no sistema através da sucção da bomba).
As principais causas da aeração são:
• reservatório com nível do óleo abaixo do recomendado;
• filtro de sucção instalado próximo do nível do óleo, gerando a criação de vórtice, permitindo, assim,
a entrada do ar;
• linha de sucção permitindo a entrada de ar com uso de braçadeira inadequada ou rachaduras na
tubulação;
• posicionamento incorreto da linha de retorno no reservatório, próximo à linha de sucção, gerando
turbulência (agitação no reservatório).
VÁLVULAS DIRECIONAIS
As válvulas direcionais hidráulicas têm o mesmo funcionamento das válvulas direcionais pneumáticas,
com algumas modificações que se justificam, principalmente, por existir válvulas com três posições e
se utilizar, geralmente, válvulas com quatro vias (não cinco, como na pneumática).
A construção de uma válvula hidráulica é mais robusta, aumentando consequentemente seu tamanho.
Além disso, elas são maiores também para poderem suportar uma pressão muito grande (em torno
de150 bar).
A válvula hidráulica também possui retorno, ou não, por mola, NA ou NF (para 3/2 vias). A hidráulica
possui algumas válvulas com particularidades, quando são de três posições.
VÁLVULA DE DESACELERAÇÃO
Enquanto o came pressiona o rolete, o fluxo através da válvula é cortado gradualmente. Esta válvula
permite que uma carga ligada à haste do cilindro seja retardada na metade do curso, quando os
amortecedores do atuador ainda não entraram em ação.
As válvulas controladoras de vazão com pressão compensada são classificadas como restritora ou
bypass.
Válvula redutora de pressão
Trata-se de uma válvula de controle de pressão normalmente aberta. Uma válvula redutora de pressão
opera pela pressão do fluido através da via de saída da válvula. A pressão nessas condições é igual à
pressão ajustada da válvula, e o carretel fica parcialmente fechado, restringindo o fluxo.
A restrição transforma todo o excesso de energia de pressão adiante da válvula em calor. Se cair a
pressão depois da válvula, o carretel se abrirá e permitirá que a pressão aumente novamente.
ACUMULADORES
Os acumuladores armazenam certo volume de fluido sob pressão para fornecê-lo ao sistema quando
necessário. Os acumuladores podem ter ainda as seguintes funções:
• como equipamento auxiliar de emergência;
• como amortecedor de pancadas hidráulicas;
• para aumentar a velocidade de um atuador; entre outras.
Figura 58 - Acumuladores
MANGUEIRAS
Basicamente, todas as mangueiras consistem de três partes construtivas:
1) tubo interno ou alma de mangueira: deve ser construído de material flexível e de baixa porosidade,
ser compatível química e termicamente com o fluido a ser conduzido; podem ser utilizados nitrílica,
neoprene, policloropreno, EPDM/butil ou silicone;
2) reforço ou carcaça: considerado como elemento de força de uma mangueira, o reforço é quem
determina a capacidade de suportar pressões; sua disposição sobre o tubo interno pode ser na forma
trançado ou espiralado; são utilizados aço carbono, corda de piano ou aço inox;
3) cobertura ou capa: disposta sobre o reforço da mangueira, a cobertura tem por finalidade proteger
o reforço contra eventuais agentes externos que provoquem a abrasão ou danificação do reforço;
podem ser utilizados neoprene, nitrílica + PVC ou CPE.
ATUADORES HIDRÁULICOS
Os atuadores hidráulicos possuem o mesmo funcionamento dos atuadores pneumáticos. A principal
diferença está em sua construção, já que precisam ser robustos para suportar altas pressões. Os
atuadores hidráulicos podem ser de dois tipos: lineares ou rotativos.