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O povo de Israel superou na lírica todos os outros povos. Cantou desde Moisés até
Cristo. Os salmos são hinos sagrados por meio dos quais o povo de Deus costumava louvar
o altíssimo, implorar Sua misericórdia, agradecer benefícios recebidos e recordar prodígios
de Sua paternal providência em favor de Israel. Foram compostos por diversos escritores
sagrados, sendo David o autor de sua maior parte.
Os hebreus denominavam esses cantos THEHILLIM (hinos) que mais tarde passaram
a se chamar SALMOS, por serem cantados ao som de um instrumento que os gregos davam
o nome de SALTÉRIO. Por este motivo, toda a coleção composta de 150 hinos que
formavam o livro de orações da Sinagoga, que os legou à Igreja, chamou-se SALTÉRIO ou
SALMOS.
A autoria da maioria dos salmos é atribuída ao rei David, o qual teria escrito pelo
menos 73 poemas. Asafe é considerado o autor de 12 salmos. Os filhos de Corá escreveram
uns nove e o rei Salomão ao menos dois. Hemã, com os filhos de Corá, bem como Etã e
Moisés, escreveram no mínimo um cada. Todavia, 51 salmos seriam tidos de autoria
anônima.
É inegável e indiscutível o poder das orações e assim acontece também com relação
aos salmos. É sabido que muitas pessoas conseguem graças extraordinárias apenas com
a fervorosa leitura dos salmos. Cada salmo se presta a uma ou algumas finalidades.
Muitas pessoas acreditam que os Salmos de Davi sejam Cânticos e Louvor ao
Supremo. Eles estão certos. Outros entendem que os Salmos são Orações Piedosas, de
súplica, de júbilo, pedido de proteção, de paz, de saúde ou de agradecimento ao Pai
celestial. Estão também perfeitamente corretos. Outros os consideram Livros secretos
místicos.
Os Salmos, assim com as demais preces, obedecem
a leis esotéricas, perfeitas e exatas, tanto quanto as leis da
mecânica, da física ou da matemática. Por isso, uma prece
e, mais apropriadamente, um Salmo, não pode falhar, se
aplicados corretamente: acreditando que somos criação,
manifestação e filhos do Deus de Amor e Compaixão;
crendo que Deus dispõe de tudo o que precisamos e que
nos concede à medida que lhe pedimos adequadamente, no
tempo dele, não no nosso; se acreditarmos que poderemos
fazer as mesmas coisas que Jesus faz, se tivermos fé suficiente no Poder divino que em
nós habita. Lembre-se “O que meu coração concebe, minha ação executa.” (Sesóstris
III)
Porém nossas solicitações deverão estar livres de incertezas, dúvidas e temores, pois
estes sentimentos cristalizam, impedem e bloqueiam o fluxo divino da ajuda. Mas, na vida
não é só pedir, pedir, pedir... Devemos agir, ter mérito, fazer jus à petição, policiar palavras,
atos, sentimentos, dar para poder receber, agradecer e por aí adiante.
Os Salmos detêm em si uma magia cabalística em suas entrelinhas, que não cabe
aqui considerar, pois nosso único objetivo, além desta rápida apresentação, é o de indicar
as finalidades práticas para suas aplicações mágicas de maneira correta. Assim,
esclarecemos que cada um dos 150 (151 pela Bíblia Ecumênica) salmos ou “Poemas de
Louvor” tem uma determinada aplicação prática.
Esclareço ainda que a numeração seguirá o seguinte critério: O primeiro algarismo se
refere à tradução Septuaginta (Bíblia Católica), e o dentre parêntesis, segundo a tradição
Massotérica encontrado na Bíblia Evangélica, Bíblia de Jerusalém, etc.
Sempre que rezamos um salmo devemos rezá-lo por um mínimo de 3 vezes seguidas
durante 7 ou 21 dias, conforme a necessidade de solucionar a situação. Como exemplo cito
o Salmo abaixo:
Salmo 68 (69) – Importante
Aplicação: Êxito nos negócios – Contra a indigência e a pobreza – Pagamento de
dívidas – Empréstimos – Para os momentos de chuvas torrenciais, inundações e
enchentes.
1-Livra-me, ó Deus, pois as águas entraram até à minha alma.
2- Atolei-me em profundo lamaçal, onde se não pode estar em pé; entrei na profundeza das
águas, onde a corrente me leva.
3- Estou cansado de clamar; a minha garganta se secou; os meus olhos desfalecem
esperando o meu Deus.
4- Aqueles que me odeiam sem causa são mais do que os cabelos da minha cabeça;
aqueles que procuram destruir-me, sendo injustamente meus inimigos, são poderosos;
então restituí o que não furtei.
5- Tu, ó Deus, bem conheces a minha estultice; e os meus pecados não te são encobertos.
6- Não sejam envergonhados por minha causa aqueles que esperam em ti, ó Senhor, DEUS
dos Exércitos; não sejam confundidos por minha causa aqueles que te buscam, ó Deus de
Israel.
7- Porque por amor de ti tenho suportado afrontas; a confusão cobriu o meu rosto.
8-Tenho-me tornado um estranho para com meus irmãos, e um desconhecido para com os
filhos de minha mãe.
9-Pois o zelo da tua casa me devorou, e as afrontas dos que te afrontam caíram sobre mim.
10-Quando chorei, e castiguei com jejum a minha alma, isto se me tornou em afrontas.
11-Pus por vestido um saco, e me fiz um provérbio para eles.
16 Ouve-me, SENHOR, pois boa é a tua misericórdia. Olha para mim segundo a tua
muitíssima piedade.
17- E não escondas o teu rosto do teu servo, porque estou angustiado; ouve-me depressa.
18-Aproxima- te da minha alma, e resgata-a; livra-me por causa dos meus inimigos.
19-Bem tens conhecido a minha afronta, e a minha vergonha, e a minha confusão; diante
de ti estão todos os meus adversários.
20-Afrontas me quebrantaram o coração, e estou fraquíssimo; esperei por alguém que
tivesse compaixão, mas não sou nenhum; e por consoladores, mas não os achei.
21-Deram-me fel por mantimento, e na minha sede me deram a beber vinagre.
22-Torne-se-lhes a sua mesa diante deles em laço, e a prosperidade em armadilha.
23-Escureçam-se-lhes os seus olhos, para que não vejam, e faze com que os seus lombos
tremam constantemente.