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c) autonomia municipal;
- Nos dois casos, aplica-se a Lei nº. 12.562/2011: regulamenta o inciso III do art. 36 da CF
(processo e julgamento da representação interventiva perante o STF):
- Criação do CNJ: art. 92 - São órgãos do Poder Judiciário: I-A o Conselho Nacional de Justiça.
- Art. 103-B - O Conselho Nacional de Justiça compõe-se de 15 (quinze) membros com mandato
de 2 (dois) anos, admitida 1 (uma) recondução, sendo:
Presidente do STF;
1 STJ, 1 TST;
1 desembargador do TJ, indicado pelo STF;
1 juiz estadual, indicado pelo STF;
1 desembargador do TRF, indicado pelo STJ;
1 juiz federal, indicado pelo STJ;
1 juiz do TRT, indicado pelo TST;
1 MPU, indicado pelo PGR;
1 MPE, escolhido pelo PGR em lista formulada pelos MPE’s;
2 advogados indicados pelo CFOAB;
2 cidadãos de notável saber jurídico e reputação ilibada, indicados um pela CD e outro
pelo SF.
CNMP tem 14 membros dentre os quais 2 são juízes (1 indicado pelo
STF e 1 indicado pelo STJ), 2 são advogados e 2 são cidadãos.
CNMP em votação secreta, um Corregedor nacional, dentre os
membros do Ministério Público que o integram, vedada a recondução.
- § 1º Presidente do CNJ = Presidente do STF (na ausência é o VICE DO STF e não o Vice do CNJ).
- § 3º Não efetuadas, no prazo legal, as indicações previstas neste artigo, caberá a escolha ao
Supremo Tribunal Federal.
- Retardar precatório x CNJ: art. 100, § 7º - O Presidente do Tribunal competente que, por ato
comissivo ou omissivo, retardar ou tentar frustrar a liquidação regular de precatórios incorrerá
em crime de responsabilidade e responderá, também, perante o Conselho Nacional de Justiça.
- Competência do STF para julgar as ações contra o CNJ e CNMP (não é em recurso, mas sim
originária): art. 102, I, “r” - Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da
Constituição, cabendo-lhe: I - processar e julgar, originariamente: r) as ações contra o Conselho
Nacional de Justiça e contra o Conselho Nacional do Ministério Público.
CNJ pode avocar PAD que tramita no Tribunal se não há quórum suficiente para se
atingir maioria absoluta.
Não cabe ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ), cujas atribuições são exclusivamente
administrativas, o controle de controvérsia que está submetida à apreciação do Poder
Judiciário. O Conselho Nacional de Justiça não pode decidir, em procedimento
administrativo, matéria que já foi judicializada, ou seja, que está sendo discutida em
uma ação judicial.
CNJ não pode fazer controle de constitucionalidade, mas, no exercício de controle
administrativo, pode deixar de aplicar lei inconstitucional.
CNJ pode proceder à revisão disciplinar de juízes e membros de tribunais desde que
observado o requisito temporal: processos disciplinares julgados há menos de um ano,
contado da publicação da decisão do Tribunal no órgão oficial. Essa medida pode ser
instaurada de ofício ou mediante provocação de qualquer interessado e admite que o
CNJ agrave ou abrande a decisão disciplinar revista (art. 103-B, § 4º, V, da CF/88).
Competência para atuação do CNJ não é subsidiária: a CF conferiu competência
originária e concorrente ao CNJ para aplicação de medidas disciplinares. A competência
constitucional do CNJ é autônoma (e não subsidiária). Assim, o CNJ pode atuar mesmo
que não tenha sido dada oportunidade para que a corregedoria local pudesse investigar
o caso.
É desnecessário esgotar as vias ordinárias para que o CNJ instaure processo de revisão
disciplinar.
I - ingresso na carreira, cujo cargo inicial será o de juiz substituto, mediante concurso público de
provas e títulos, com a participação da Ordem dos Advogados do Brasil em todas as fases,
exigindo-se do bacharel em direito, no mínimo, três anos de atividade jurídica e obedecendo-
se, nas nomeações, à ordem de classificação; (Redação dada pela EC 45/2004)
a) é obrigatória a promoção do juiz que figure por 3 vezes consecutivas ou 5 alternadas em lista
de merecimento;
d) na apuração de antiguidade, o tribunal somente poderá recusar o juiz mais antigo pelo voto
fundamentado de 2/3 de seus membros, conforme procedimento próprio, e assegurada ampla
defesa, repetindo-se a votação até fixar-se a indicação; (Redação dada pela EC 45/2004)
e) não será promovido o juiz que, injustificadamente, retiver autos em seu poder além do prazo
legal, não podendo devolvê-los ao cartório sem o devido despacho ou decisão;
III - o acesso aos tribunais de segundo grau far-se-á por antiguidade e merecimento,
alternadamente, apurados na última ou única entrância; (Redação dada pela EC 45/2004)
V - o subsídio dos Ministros dos Tribunais Superiores corresponderá a 95% do subsídio mensal
fixado para os Ministros do Supremo Tribunal Federal e os subsídios dos demais magistrados
serão fixados em lei e escalonados, em nível federal e estadual, conforme as respectivas
categorias da estrutura judiciária nacional, não podendo a diferença entre uma e outra ser
superior a 10% ou inferior a 5%, nem exceder a 95% do subsídio mensal dos Ministros dos
Tribunais Superiores, obedecido, em qualquer caso, o disposto nos arts. 37, XI, e 39, § 4º;
VII - o juiz titular residirá na respectiva comarca, salvo autorização do tribunal; (Redação dada
pela EC 45/2004)
A EC 45/2004 DIMINUIU o quórum de votação, de 2/3 para maioria absoluta, para perda
da garantia de inamovibilidade do juiz.
IX - todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário serão públicos, e fundamentadas todas
as decisões, sob pena de nulidade, podendo a lei limitar a presença, em determinados atos, às
próprias partes e a seus advogados, ou somente a estes, em casos nos quais a preservação do
direito à intimidade do interessado no sigilo não prejudique o interesse público à informação;
(Redação dada pela EC 45/2004)
STJ: É nulo o acórdão que se limita a ratificar a sentença e a adotar o parecer ministerial,
sem sequer transcrevê-los, deixando de afastar as teses defensivas ou de apresentar
fundamento próprio. Isso porque, nessa hipótese, está caracterizada a nulidade
absoluta do acórdão por falta de fundamentação.
A jurisprudência admite a chamada fundamentação per relationem, mas desde que o
julgado faça referência concreta às peças que pretende encampar, transcrevendo delas
partes que julgar interessantes para legitimar o raciocínio lógico que embasa a
conclusão a que se quer chegar.
XI - nos tribunais com número superior a 25 julgadores, poderá ser constituído órgão especial,
com o mínimo de 11 e o máximo de 25 membros, para o exercício das atribuições
administrativas e jurisdicionais delegadas da competência do tribunal pleno, provendo-se
metade das vagas por antiguidade e a outra metade por eleição pelo tribunal pleno; (Redação
dada pela EC 45/2004)
XII - a atividade jurisdicional será ininterrupta, sendo vedado férias coletivas nos juízos e
tribunais de segundo grau, funcionando, nos dias em que não houver expediente forense
normal, juízes em plantão permanente; (Incluído pela EC 45/2004)
STF: É correta decisão do CNJ que considera indevida a existência de férias coletivas
para servidores de Tribunal de Justiça, mesmo que estas estejam previstas em lei ou ato
normativo estadual. Isso porque a EC 45/2004 incluiu o inciso XII ao art. 93 da CF/88
proibindo as férias coletivas de juízes e Tribunais de 2º grau. Com a edição da EC
45/2004, as leis e atos normativos que previam férias coletivas nos Tribunais de 2º grau
foram considerados não recepcionados ("revogados") pela nova redação do art. 93, XII,
da CF/88.
A Constituição Federal, após o advento da Emenda Constitucional nº. 45/2004, vedou
as férias coletivas nos juízos e tribunais de segundo grau, o que não se estende aos
tribunais superiores.
XIII - o número de juízes na unidade jurisdicional será proporcional à efetiva demanda judicial e
à respectiva população; (Incluído pela EC 45/2004)
XIV - os servidores receberão delegação para a prática de atos de administração e atos de mero
expediente sem caráter decisório; (Incluído pela EC 45/2004)
- Quinto constitucional (não é EC 45): art. 94 - Um quinto dos lugares dos Tribunais
Regionais Federais, dos Tribunais dos Estados, e do Distrito Federal e Territórios será composto
de membros, do Ministério Público, com mais de dez anos de carreira, e de advogados de
notório saber jurídico e de reputação ilibada, com mais de dez anos de efetiva atividade
profissional, indicados em lista sêxtupla pelos órgãos de representação das respectivas classes.
- Garantias dos juízes (não é EC 45): art. 95, caput - Os juízes gozam das seguintes
garantias:
I - vitaliciedade, que, no primeiro grau, só será adquirida após 2 anos de exercício, dependendo
a perda do cargo, nesse período, de deliberação do tribunal a que o juiz estiver vinculado, e, nos
demais casos, de sentença judicial transitada em julgado;
II - inamovibilidade, salvo por motivo de interesse público, na forma do art. 93, VIII;
STF: O juiz substituto também goza da garantia da inamovibilidade, mesmo que ainda
não seja vitalício. Vale ressaltar que a inamovibilidade não é absoluta, podendo ser
afastada por motivo de interesse público segundo decisão motivada da maioria absoluta
do respectivo tribunal ou do Conselho Nacional de Justiça, assegurada ampla defesa.
III - irredutibilidade de subsídio, ressalvado o disposto nos arts. 37, X e XI, 39, § 4º, 150, II, 153,
III, e 153, § 2º, I.
STF: garantia nominal e não real, de modo que os magistrados não estão livres da
corrosão de seus subsídios pela inflação.
- Vedações aos juízes (algumas são EC 45): art. 95, parágrafo único - Aos juízes é
vedado: [CUSTAS = NÃO HÁ EXCEÇÃO; AUXÍLIOS = RESSALVAS AS PREVISTAS EM LEI]
I - exercer, ainda que em disponibilidade, outro cargo ou função, salvo uma de magistério;
O efeito vinculante em ADI e ADC, na linha de interpretação dada pelo STF, não atinge
o Poder Legislativo no exercício de sua função típica de legislar, produzindo eficácia
contra todos e efeito vinculante, relativamente aos demais órgãos do Poder Judiciário e
à Administração Pública direta e indireta, nas esferas federal, estadual e municipal
(exceto, entendemos, no exercício por esses órgãos de suas funções atípicas de caráter
normativo como, para se ter um exemplo, quando o Presidente da República edita
medida provisória — ato normativo).
STF: A eficácia geral e o efeito vinculante de decisão, proferida pelo STF, em ação direta
de constitucionalidade ou de inconstitucionalidade de lei ou ato normativo federal, só
atingem os demais órgãos do Poder Judiciário e todos os do Poder Executivo, não
alcançando o legislador, que pode editar nova lei com idêntico conteúdo normativo,
sem ofender a autoridade daquela decisão.
Presidente da República, Mesa da CD, Mesa do SF, Governador, Mesa da ALE, CFOAB,
PGR, PP com representação e entidade de classe/confederação sindical de âmbito
nacional.
Precisam demonstrar pertinência temática: Governador, Mesa da ALE e confederação
sindical/entidade de classe.
Precisam de advogado: apenas os PP e as confederações sindicais/entidades de classe.
STF: O Estado-membro não possui legitimidade para recorrer contra decisões proferidas
em sede de controle concentrado de constitucionalidade. A legitimidade recursal no
controle concentrado é paralela à legitimidade processual ativa, não se conferindo ao
ente político a prerrogativa de recorrer das decisões tomadas pelo STF em sede de ação
direta.
STF: A Constituição estadual é quem definirá quais são as pessoas que têm legitimidade
para propor a ação. A CF/88 proíbe que seja apenas um legitimado. A Constituição
estadual poderá instituir outros legitimados que não encontram correspondência no
art. 103 da CF/88. Ex.: Deputado Estadual poderá ser um dos legitimados mesmo não
estando contemplado no art. 103 da CF/88.
STF: As associações que representam fração de categoria profissional não são
legitimadas para instaurar controle concentrado de constitucionalidade de norma que
extrapole o universo de seus representados. Ex: a ANAMAGES, associação que
representa apenas os juízes estaduais, não pode ajuizar ADPF questionando dispositivo
da LOMAN, considerando que esta lei rege não apenas os juízes estaduais, mas sim os
magistrados de todo o Poder Judiciário, seja ele federal ou estadual.
STF: se PP perder a representação, não prejudica a ADI já ajuizada. A aferição da
legitimidade é no momento da propositura da ação.
- Conflitos agrários: art. 126 - Para dirimir conflitos fundiários, o Tribunal de Justiça proporá
a criação de varas especializadas, com competência exclusiva para questões agrárias.
- Defensoria Pública Estadual = autonomia funcional e administrativa: art.
134, § 2º - Às Defensorias Públicas Estaduais são asseguradas autonomia funcional e
administrativa e a iniciativa de sua proposta orçamentária dentro dos limites estabelecidos na
lei de diretrizes orçamentárias e subordinação ao disposto no art. 99, § 2º.
Parágrafo único. No prazo de 180 dias, contado da promulgação desta Emenda, os Tribunais
de Justiça, por ato administrativo, promoverão a integração dos membros dos tribunais
extintos em seus quadros, fixando-lhes a competência e remetendo, em igual prazo, ao
Poder Legislativo, proposta de alteração da organização e da divisão judiciária
correspondentes, assegurados os direitos dos inativos e pensionistas e o aproveitamento
dos servidores no Poder Judiciário estadual.
- Justiça itinerante: EC 45/2004, em relação aos Tribunais (TJ, TRF e TRT), instituiu a justiça
itinerante.
Exemplo – TJ: art. 125, § 7º - O Tribunal de Justiça instalará a justiça itinerante, com a
realização de audiências e demais funções da atividade jurisdicional, nos limites
territoriais da respectiva jurisdição, servindo-se de equipamentos públicos e
comunitários.