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Emenda Constitucional 45/2004

- Razoável duração do processo: art. 5º, LXXVIII - a todos, no âmbito judicial e


administrativo, são assegurados a razoável duração do processo e os meios que garantam a
celeridade de sua tramitação.

- Tratados de DH = status de emenda: art. 5º, § 3º - Os tratados e convenções


internacionais sobre direitos humanos que forem aprovados, em cada Casa do Congresso
Nacional, em 2 turnos, por 3/5 dos votos dos respectivos membros, serão equivalentes às
emendas constitucionais.

 Incorporação de tratados - Executivo + Legislativo:


a) Art. 84. Compete privativamente ao Presidente da República: VIII - celebrar tratados,
convenções e atos internacionais, sujeitos a referendo do Congresso Nacional.
b) Art. 49. É da competência exclusiva do Congresso Nacional: I - resolver
definitivamente sobre tratados, acordos ou atos internacionais que acarretem encargos
ou compromissos gravosos ao patrimônio nacional.
 Três etapas:
1) Presidente da República assina o tratado e envia ao Congresso Nacional;
2) Congresso Nacional aprova o tratado, mediante decreto legislativo;
3) Retorna ao Presidente para ratificação, concluindo a celebração do tratado
mediante decreto presidencial.
- Apenas após as três etapas o tratado passa a produzir efeitos internamente.
 A EC 45/2004 inovou ao estabelecer a possibilidade de os tratados de DH terem status
constitucional, devendo, para tanto, na segunda etapa do procedimento, serem
aprovados em 2 turnos, por 3/5 dos membros do Congresso Nacional.
 Em síntese, é possível elencar os seguintes enunciados:
a) Os tratados internacionais de direitos humanos dependem de ratificação pelo Brasil,
sendo incorporados mediante um processo complexo de atribuição do Presidente da
República e do Congresso Nacional.
b) A aprovação pelo Congresso Nacional de um tratado de direitos humanos em
obediência ao rito estabelecido no art. 5.º, § 3.º, da CF não dispensa a ratificação do
tratado.
c) A hierarquia dos tratados de direitos humanos na ordem jurídica interna brasileira,
de acordo com a atual orientação do STF, é diferenciada de acordo com a forma de
incorporação. Com efeito, os tratados incorporados antes da inserção do § 3.º no art.
5.º da CF possuem hierarquia supralegal, prevalecendo, portanto, sobre toda e
qualquer norma infraconstitucional interna, mas cedendo em face da CF. Por sua vez,
os tratados aprovados pelo Congresso Nacional na forma do art. 5.º, § 3.º, da CF
possuem hierarquia e força normativa equivalentes às emendas constitucionais.
d) Os demais tratados internacionais, que não versam sobre direitos humanos, salvo
exceções expressamente estabelecidas (como é o caso dos tratados em matéria
tributária), seguem tendo hierarquia de lei ordinária.
e) Um tratado de direitos humanos – quando contemplar expressamente a possibilidade
de denúncia – não poderá – de acordo com importante doutrina – ser denunciado pelo
Presidente da República sem prévia autorização pelo Congresso e sem que se faça um
controle rigoroso no que diz com a piora em termos de proteção dos direitos humanos.
Todavia, se tal entendimento também será o majoritário no STF ainda pende de decisão
por parte de nossa Suprema Corte, ao passo que na doutrina encontram-se defensores
da tese de que, uma vez aprovado na forma do art. 5.º, § 3.º, da CF, um tratado não
mais poderá ser denunciado, nem mesmo mediante aprovação prévia pelo Congresso
Nacional.
 Os dois primeiros tratados sobre direitos humanos aprovados de acordo com o rito
especial do artigo 5º , § 3º da Constituição, introduzido pela Emenda Constitucional nº
45/2004, foram a Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência e o
Protocolo Facultativo à Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência.

- Nova hipótese de intervenção federal: art. 36 - A decretação da intervenção


dependerá: III - de provimento, pelo Supremo Tribunal Federal, de representação do
Procurador-Geral da República, na hipótese do art. 34, VII, e no caso de recusa à execução de lei
federal.

- Provimento pelo STF de representação do PGR nas seguintes hipóteses:

 Assegurar os princípios constitucionais sensíveis:

a) forma republicana, sistema representativo e regime democrático;

b) direitos da pessoa humana;

c) autonomia municipal;

d) prestação de contas da administração pública, direta e indireta.

e) aplicação do mínimo exigido da receita resultante de impostos estaduais, compreendida


a proveniente de transferências, na manutenção e desenvolvimento do ensino e nas ações
e serviços públicos de saúde.

 Recusa à execução de lei federal.

- Nos dois casos, aplica-se a Lei nº. 12.562/2011: regulamenta o inciso III do art. 36 da CF
(processo e julgamento da representação interventiva perante o STF):

- A representação será proposta pelo PGR, em caso de violação aos princípios


constitucionais sensíveis, ou de recusa, por parte de Estado-Membro, à execução de lei
federal.
- O STF, por decisão da maioria absoluta de seus membros, poderá deferir pedido de
medida liminar na representação interventiva.
OBS: A liminar poderá consistir na determinação de que se suspenda o andamento de
processo ou os efeitos de decisões judiciais ou administrativas ou de qualquer outra
medida que apresente relação com a matéria objeto da representação interventiva.
- Quórum de instalação da sessão: pelo menos 8 Ministros.
- Quórum de votação: proclamar-se-á a procedência ou improcedência do pedido
formulado na representação interventiva se num ou noutro sentido se tiverem
manifestado pelo menos 6 Ministros.
- Procedente = publicado o acórdão, levá-lo-á ao conhecimento do Presidente da
República para, no prazo improrrogável de até 15 dias, elaborar o decreto e submetê-lo
ao Congresso Nacional.
- A decisão que julgar procedente ou improcedente o pedido da representação
interventiva é irrecorrível, sendo insuscetível de impugnação por ação rescisória.
- Intervenção federal pelo não pagamento de precatórios:

 O descumprimento voluntário e intencional de decisão transitada em julgado configura


pressuposto indispensável ao acolhimento do pedido de intervenção federal. A ausência
de voluntariedade em não pagar precatórios, consubstanciada na insuficiência de
recursos para satisfazer os créditos contra a Fazenda Estadual no prazo previsto no § 1º
do art. 100 da Constituição da República, não legitima a subtração temporária da
autonomia estatal, mormente quando o ente público, apesar da exaustão do erário,
vem sendo zeloso, na medida do possível, com suas obrigações derivadas de
provimentos judiciais (STF).

- Competência do Senado para o impeachment: art. 52 - Compete privativamente


ao Senado Federal: II - processar e julgar os Ministros do Supremo Tribunal Federal, os membros
do Conselho Nacional de Justiça e do Conselho Nacional do Ministério Público, o Procurador-
Geral da República e o Advogado-Geral da União nos crimes de responsabilidade.

 CF, art. 85 - São crimes de responsabilidade os atos do Presidente da República que


atentem contra a Constituição Federal e, especialmente, contra:
I - a existência da União;
II - o livre exercício do Poder Legislativo, do Poder Judiciário, do Ministério Público e dos
Poderes constitucionais das unidades da Federação;
III - o exercício dos direitos políticos, individuais e sociais;
IV - a segurança interna do País;
V - a probidade na administração;
VI - a lei orçamentária;
VII - o cumprimento das leis e das decisões judiciais.
 CF, art. 86 - Admitida a acusação contra o Presidente da República, por 2/3 da Câmara
dos Deputados, será ele submetido a julgamento perante o Supremo Tribunal Federal,
nas infrações penais comuns, ou perante o Senado Federal, nos crimes de
responsabilidade.

- Criação do CNJ: art. 92 - São órgãos do Poder Judiciário: I-A o Conselho Nacional de Justiça.

- Art. 103-B - O Conselho Nacional de Justiça compõe-se de 15 (quinze) membros com mandato
de 2 (dois) anos, admitida 1 (uma) recondução, sendo:

 Presidente do STF;
 1 STJ, 1 TST;
 1 desembargador do TJ, indicado pelo STF;
 1 juiz estadual, indicado pelo STF;
 1 desembargador do TRF, indicado pelo STJ;
 1 juiz federal, indicado pelo STJ;
 1 juiz do TRT, indicado pelo TST;
 1 MPU, indicado pelo PGR;
 1 MPE, escolhido pelo PGR em lista formulada pelos MPE’s;
 2 advogados indicados pelo CFOAB;
 2 cidadãos de notável saber jurídico e reputação ilibada, indicados um pela CD e outro
pelo SF.
 CNMP tem 14 membros dentre os quais 2 são juízes (1 indicado pelo
STF e 1 indicado pelo STJ), 2 são advogados e 2 são cidadãos.
 CNMP em votação secreta, um Corregedor nacional, dentre os
membros do Ministério Público que o integram, vedada a recondução.

- § 1º Presidente do CNJ = Presidente do STF (na ausência é o VICE DO STF e não o Vice do CNJ).

- § 5º Corregedor = Ministro do STJ, que tem as seguintes atribuições: a) receber as reclamações


e denúncias, de qualquer interessado, relativas aos magistrados e aos serviços judiciários; b)
exercer funções executivas do Conselho, de inspeção e de correição geral; c) requisitar e
designar magistrados, delegando-lhes atribuições, e requisitar servidores de juízos ou tribunais,
inclusive nos Estados, Distrito Federal e Territórios.

- § 2º Os demais membros do Conselho serão nomeados pelo Presidente da República, depois


de aprovada a escolha pela maioria absoluta do Senado Federal.

- § 3º Não efetuadas, no prazo legal, as indicações previstas neste artigo, caberá a escolha ao
Supremo Tribunal Federal.

- § 4º Compete ao Conselho o controle da atuação administrativa e financeira do Poder Judiciário


e do cumprimento dos deveres funcionais dos juízes, cabendo-lhe, além de outras atribuições
que lhe forem conferidas pelo Estatuto da Magistratura:

I - zelar pela autonomia do Poder Judiciário e pelo cumprimento do Estatuto da


Magistratura, podendo expedir atos regulamentares, no âmbito de sua competência, ou
recomendar providências;
II - zelar pela observância do art. 37 e apreciar, de ofício ou mediante provocação, a
legalidade dos atos administrativos praticados por membros ou órgãos do Poder
Judiciário, podendo desconstituí-los, revê-los ou fixar prazo para que se adotem as
providências necessárias ao exato cumprimento da lei, sem prejuízo da competência do
Tribunal de Contas da União;
III - receber e conhecer das reclamações contra membros ou órgãos do Poder Judiciário,
inclusive contra seus serviços auxiliares, serventias e órgãos prestadores de serviços
notariais e de registro que atuem por delegação do poder público ou oficializados, sem
prejuízo da competência disciplinar e correicional dos tribunais, podendo avocar
processos disciplinares em curso e determinar a remoção, a disponibilidade ou a
aposentadoria com subsídios ou proventos proporcionais ao tempo de serviço e
aplicar outras sanções administrativas, assegurada ampla defesa;
 CNJ não pode impor a perda do cargo a magistrados.
IV - representar ao Ministério Público, no caso de crime contra a administração pública
ou de abuso de autoridade;
V - rever, de ofício ou mediante provocação, os processos disciplinares de juízes e
membros de tribunais julgados há menos de um ano;
VI - elaborar semestralmente relatório estatístico sobre processos e sentenças
prolatadas, por unidade da Federação, nos diferentes órgãos do Poder Judiciário;
VII - elaborar relatório anual, propondo as providências que julgar necessárias, sobre a
situação do Poder Judiciário no País e as atividades do Conselho, o qual deve integrar
mensagem do Presidente do Supremo Tribunal Federal a ser remetida ao Congresso
Nacional, por ocasião da abertura da sessão legislativa.
- § 7º A União, inclusive no Distrito Federal e nos Territórios, criará ouvidorias de justiça,
competentes para receber reclamações e denúncias de qualquer interessado contra membros
ou órgãos do Poder Judiciário, ou contra seus serviços auxiliares, representando diretamente
ao Conselho Nacional de Justiça.

- Retardar precatório x CNJ: art. 100, § 7º - O Presidente do Tribunal competente que, por ato
comissivo ou omissivo, retardar ou tentar frustrar a liquidação regular de precatórios incorrerá
em crime de responsabilidade e responderá, também, perante o Conselho Nacional de Justiça.

- Competência do STF para julgar as ações contra o CNJ e CNMP (não é em recurso, mas sim
originária): art. 102, I, “r” - Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da
Constituição, cabendo-lhe: I - processar e julgar, originariamente: r) as ações contra o Conselho
Nacional de Justiça e contra o Conselho Nacional do Ministério Público.

- Julgados do STF sobre o CNJ:

 CNJ pode avocar PAD que tramita no Tribunal se não há quórum suficiente para se
atingir maioria absoluta.
 Não cabe ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ), cujas atribuições são exclusivamente
administrativas, o controle de controvérsia que está submetida à apreciação do Poder
Judiciário. O Conselho Nacional de Justiça não pode decidir, em procedimento
administrativo, matéria que já foi judicializada, ou seja, que está sendo discutida em
uma ação judicial.
 CNJ não pode fazer controle de constitucionalidade, mas, no exercício de controle
administrativo, pode deixar de aplicar lei inconstitucional.
 CNJ pode proceder à revisão disciplinar de juízes e membros de tribunais desde que
observado o requisito temporal: processos disciplinares julgados há menos de um ano,
contado da publicação da decisão do Tribunal no órgão oficial. Essa medida pode ser
instaurada de ofício ou mediante provocação de qualquer interessado e admite que o
CNJ agrave ou abrande a decisão disciplinar revista (art. 103-B, § 4º, V, da CF/88).
 Competência para atuação do CNJ não é subsidiária: a CF conferiu competência
originária e concorrente ao CNJ para aplicação de medidas disciplinares. A competência
constitucional do CNJ é autônoma (e não subsidiária). Assim, o CNJ pode atuar mesmo
que não tenha sido dada oportunidade para que a corregedoria local pudesse investigar
o caso.
 É desnecessário esgotar as vias ordinárias para que o CNJ instaure processo de revisão
disciplinar.

- Princípios do Estatuto da Magistratura: art. 93 - Lei complementar, de iniciativa do


Supremo Tribunal Federal, disporá sobre o Estatuto da Magistratura, observados os seguintes
princípios:

I - ingresso na carreira, cujo cargo inicial será o de juiz substituto, mediante concurso público de
provas e títulos, com a participação da Ordem dos Advogados do Brasil em todas as fases,
exigindo-se do bacharel em direito, no mínimo, três anos de atividade jurídica e obedecendo-
se, nas nomeações, à ordem de classificação; (Redação dada pela EC 45/2004)

 EC 45/2004 que estabeleceu a necessidade de 3 anos de atividade jurídica.


 STF: A comprovação do triênio de atividade jurídica exigida para o ingresso no cargo de
juiz substituto, nos termos do art. 93, I, da CF, deve ocorrer no momento da inscrição
definitiva no concurso público.

II - promoção de entrância para entrância, alternadamente, por antiguidade e merecimento,


atendidas as seguintes normas:

a) é obrigatória a promoção do juiz que figure por 3 vezes consecutivas ou 5 alternadas em lista
de merecimento;

b) a promoção por merecimento pressupõe 2 anos de exercício na respectiva entrância e


integrar o juiz a primeira quinta parte da lista de antiguidade desta, salvo se não houver com
tais requisitos quem aceite o lugar vago;

c) aferição do merecimento conforme o desempenho e pelos critérios objetivos de


produtividade e presteza no exercício da jurisdição e pela frequência e aproveitamento em
cursos oficiais ou reconhecidos de aperfeiçoamento; (Redação dada pela EC 45/2004)

d) na apuração de antiguidade, o tribunal somente poderá recusar o juiz mais antigo pelo voto
fundamentado de 2/3 de seus membros, conforme procedimento próprio, e assegurada ampla
defesa, repetindo-se a votação até fixar-se a indicação; (Redação dada pela EC 45/2004)

e) não será promovido o juiz que, injustificadamente, retiver autos em seu poder além do prazo
legal, não podendo devolvê-los ao cartório sem o devido despacho ou decisão;

III - o acesso aos tribunais de segundo grau far-se-á por antiguidade e merecimento,
alternadamente, apurados na última ou única entrância; (Redação dada pela EC 45/2004)

IV - previsão de cursos oficiais de preparação, aperfeiçoamento e promoção de magistrados,


constituindo etapa obrigatória do processo de vitaliciamento a participação em curso oficial ou
reconhecido por escola nacional de formação e aperfeiçoamento de magistrados;

V - o subsídio dos Ministros dos Tribunais Superiores corresponderá a 95% do subsídio mensal
fixado para os Ministros do Supremo Tribunal Federal e os subsídios dos demais magistrados
serão fixados em lei e escalonados, em nível federal e estadual, conforme as respectivas
categorias da estrutura judiciária nacional, não podendo a diferença entre uma e outra ser
superior a 10% ou inferior a 5%, nem exceder a 95% do subsídio mensal dos Ministros dos
Tribunais Superiores, obedecido, em qualquer caso, o disposto nos arts. 37, XI, e 39, § 4º;

VI - a aposentadoria dos magistrados e a pensão de seus dependentes observarão o disposto no


art. 40;

VII - o juiz titular residirá na respectiva comarca, salvo autorização do tribunal; (Redação dada
pela EC 45/2004)

VIII - o ato de remoção, disponibilidade e aposentadoria do magistrado, por interesse público,


fundar-se-á em decisão por voto da maioria absoluta do respectivo tribunal ou do Conselho
Nacional de Justiça, assegurada ampla defesa; (Redação dada pela EC 45/2004)

 A EC 45/2004 DIMINUIU o quórum de votação, de 2/3 para maioria absoluta, para perda
da garantia de inamovibilidade do juiz.

VIII-A a remoção a pedido ou a permuta de magistrados de comarca de igual entrância atenderá,


no que couber, ao disposto nas alíneas a , b , c e e do inciso II; (Incluído pela EC 45/2004)
 STF: Se a lei eleva a comarca para outra instância superior (ex.: de entrância
intermediária para final), o juiz que lá é titular não pode ser removido
compulsoriamente em virtude dessa transformação. Aplica-se, no caso, a Súmula 40
do STF: A elevação da entrância da comarca não promove automaticamente o Juiz, mas
não interrompe o exercício de suas funções na mesma comarca. Logo, mesmo tendo
havido essa transformação, o TJ não pode abrir edital para remoção ou promoção dessa
comarca. Deve-se aguardar o magistrado decidir deixar a vaga.

IX - todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário serão públicos, e fundamentadas todas
as decisões, sob pena de nulidade, podendo a lei limitar a presença, em determinados atos, às
próprias partes e a seus advogados, ou somente a estes, em casos nos quais a preservação do
direito à intimidade do interessado no sigilo não prejudique o interesse público à informação;
(Redação dada pela EC 45/2004)

 STJ: É nulo o acórdão que se limita a ratificar a sentença e a adotar o parecer ministerial,
sem sequer transcrevê-los, deixando de afastar as teses defensivas ou de apresentar
fundamento próprio. Isso porque, nessa hipótese, está caracterizada a nulidade
absoluta do acórdão por falta de fundamentação.
A jurisprudência admite a chamada fundamentação per relationem, mas desde que o
julgado faça referência concreta às peças que pretende encampar, transcrevendo delas
partes que julgar interessantes para legitimar o raciocínio lógico que embasa a
conclusão a que se quer chegar.

X - as decisões administrativas dos tribunais serão motivadas e em sessão pública, sendo as


disciplinares tomadas pelo voto da maioria absoluta de seus membros; (Redação dada pela EC
45/2004)

 STF: O inciso X do art. 93 da CF é AUTOAPLICÁVEL, sendo desnecessária lei


complementar para dar eficácia ao seu comando.

XI - nos tribunais com número superior a 25 julgadores, poderá ser constituído órgão especial,
com o mínimo de 11 e o máximo de 25 membros, para o exercício das atribuições
administrativas e jurisdicionais delegadas da competência do tribunal pleno, provendo-se
metade das vagas por antiguidade e a outra metade por eleição pelo tribunal pleno; (Redação
dada pela EC 45/2004)

 STF: Em regra, o órgão interno do Tribunal que decide as questões administrativas é o


Plenário, chamado de "tribunal pleno" e que é formado, como o próprio nome diz, pela
totalidade dos julgadores. Ocorre que nos Tribunais maiores (exs: TJ/SP, TJ/MG) existem
centenas de membros, o que dificulta a reunião para decidirem as questões
administrativas. Diante disso, a fim de facilitar o funcionamento, a CF/88 previu que, se
o Tribunal possuir mais que 25 membros, ele poderá criar um "órgão especial" para
exercer algumas atribuições administrativas e jurisdicionais que seriam originalmente
de competência do tribunal pleno (art. 93, XI). Compete aos Tribunais de Justiça
definirem quais as competências que serão delegadas ao órgão especial, desde que
aprovadas pela maioria absoluta de seus membros (não são todas as atribuições, mas
somente as delegadas e aprovadas pela maioria absoluta!).

XII - a atividade jurisdicional será ininterrupta, sendo vedado férias coletivas nos juízos e
tribunais de segundo grau, funcionando, nos dias em que não houver expediente forense
normal, juízes em plantão permanente; (Incluído pela EC 45/2004)
 STF: É correta decisão do CNJ que considera indevida a existência de férias coletivas
para servidores de Tribunal de Justiça, mesmo que estas estejam previstas em lei ou ato
normativo estadual. Isso porque a EC 45/2004 incluiu o inciso XII ao art. 93 da CF/88
proibindo as férias coletivas de juízes e Tribunais de 2º grau. Com a edição da EC
45/2004, as leis e atos normativos que previam férias coletivas nos Tribunais de 2º grau
foram considerados não recepcionados ("revogados") pela nova redação do art. 93, XII,
da CF/88.
 A Constituição Federal, após o advento da Emenda Constitucional nº. 45/2004, vedou
as férias coletivas nos juízos e tribunais de segundo grau, o que não se estende aos
tribunais superiores.

XIII - o número de juízes na unidade jurisdicional será proporcional à efetiva demanda judicial e
à respectiva população; (Incluído pela EC 45/2004)

XIV - os servidores receberão delegação para a prática de atos de administração e atos de mero
expediente sem caráter decisório; (Incluído pela EC 45/2004)

XV - a distribuição de processos será imediata, em todos os graus de jurisdição. (Incluído pela EC


45/2004)

- Quinto constitucional (não é EC 45): art. 94 - Um quinto dos lugares dos Tribunais
Regionais Federais, dos Tribunais dos Estados, e do Distrito Federal e Territórios será composto
de membros, do Ministério Público, com mais de dez anos de carreira, e de advogados de
notório saber jurídico e de reputação ilibada, com mais de dez anos de efetiva atividade
profissional, indicados em lista sêxtupla pelos órgãos de representação das respectivas classes.

 Parágrafo único. Recebidas as indicações, o tribunal formará lista tríplice, enviando-a ao


Poder Executivo, que, nos 20 dias subsequentes, escolherá um de seus integrantes para
nomeação.
 1º) LISTA SÊXTUPLA DA OAB/MP -> TRIBUNAL; 2º) LISTA TRÍPLICE DO TRIBUNAL ->
PODER EXECUTIVO.
 O quinto constitucional se aplica aos TRT’s e ao TST.
 STJ -> 1/3.
 Exceções ao quinto: STF, STJ, STM e TSE.
 O advogado que se torna desembargados pelo quinto adquire vitaliciedade
imediatamente, não sendo necessário aguardar os 2 anos. Termo inicial: posse (e não
nomeação).
 STF: decidiu que, quando não houver membros do MP que preencham os requisitos
constitucionais, é possível completar a lista sêxtupla com membros que ainda não
tenham completado 10 anos de carreira. Segundo o STF, nesse caso, a indicação de
membro do MP com menos de 10 anos de carreira é a solução que menos se distancia
do sistema constitucional, ao assegurar aos órgãos participantes do processo a margem
de escolha necessária e salvaguarda simultânea de princípios constitucionais em lugar
da prevalência de um sobre outro. Interpretação constitucional aberta que tem como
pressuposto e limite o chamado "pensamento jurídico do possível" (Peter Häberle).
 STF: se a lista estiver incompleta ou com nome de pessoa que não preenche os
requisitos do art. 94, o Tribunal pode RECUSAR a lista sêxtupla, devendo a entidade
apresentar uma nova lista. A solução harmônica com a Constituição é a devolução
motivada da lista sêxtupla à corporação para que refaça, total ou parcialmente,
conforme o número de candidatos desqualificados.
 STF: O princípio constitucional da presunção de inocência veda o tratamento
diferenciado a qualquer pessoa, ou a restrição de seus direitos, pelo simples fato de
responder a inquérito. Assim, um advogado escolhido para ser nomeado
Desembargador pelo quinto constitucional não pode ser impedido de tomar posse sob
o argumento de que ele responde a um inquérito.
 STF: CE não pode criar regras novas para a escolha do Desembargador pelo quinto
constitucional: CE não pode determinar que a Assembleia Legislativa aprove o escolhido
pelo Governador.
 STF: Segundo a compreensão que se firmou neste Superior Tribunal de Justiça e do
colendo Supremo Tribunal Federal, nos Tribunais cuja composição não seja múltiplo de
cinco, para atender ao disposto na Carta Magna, a fração resultante do quinto
constitucional deve ser arredondada para o número inteiro seguinte.

- Garantias dos juízes (não é EC 45): art. 95, caput - Os juízes gozam das seguintes
garantias:

I - vitaliciedade, que, no primeiro grau, só será adquirida após 2 anos de exercício, dependendo
a perda do cargo, nesse período, de deliberação do tribunal a que o juiz estiver vinculado, e, nos
demais casos, de sentença judicial transitada em julgado;

II - inamovibilidade, salvo por motivo de interesse público, na forma do art. 93, VIII;

 STF: O juiz substituto também goza da garantia da inamovibilidade, mesmo que ainda
não seja vitalício. Vale ressaltar que a inamovibilidade não é absoluta, podendo ser
afastada por motivo de interesse público segundo decisão motivada da maioria absoluta
do respectivo tribunal ou do Conselho Nacional de Justiça, assegurada ampla defesa.

III - irredutibilidade de subsídio, ressalvado o disposto nos arts. 37, X e XI, 39, § 4º, 150, II, 153,
III, e 153, § 2º, I.

 STF: garantia nominal e não real, de modo que os magistrados não estão livres da
corrosão de seus subsídios pela inflação.

- Vedações aos juízes (algumas são EC 45): art. 95, parágrafo único - Aos juízes é
vedado: [CUSTAS = NÃO HÁ EXCEÇÃO; AUXÍLIOS = RESSALVAS AS PREVISTAS EM LEI]

I - exercer, ainda que em disponibilidade, outro cargo ou função, salvo uma de magistério;

II - receber, a qualquer título ou pretexto, custas ou participação em processo;

III - dedicar-se à atividade político-partidária.

IV - receber, a qualquer título ou pretexto, auxílios ou contribuições de pessoas físicas, entidades


públicas ou privadas, ressalvadas as exceções previstas em lei; (Incluído pela EC 45/2004)

V - exercer a advocacia no juízo ou tribunal do qual se afastou, antes de decorridos 3 anos do


afastamento do cargo por aposentadoria ou exoneração. (Incluído pela EC 45/2004)

 Quarentena de saída, limitada temporal (3 anos) e espacialmente (no juízo ou tribunal


do qual se afastou).
- Competência do STF e STJ = destaque: Compete ao STF/STJ julgar, mediante recurso
extraordinário/recurso especial, as causas decididas em única ou última instância pelos
Tribunais de 2º grau, quando a decisão recorrida:

STF julgar válida lei local contestada em face de lei federal.


STJ julgar válido ato de governo local contestado em face de lei federal.

- Eficácia vinculante e contra todos no controle de constitucionalidade: art.


102, § 2º - As decisões definitivas de mérito, proferidas pelo Supremo Tribunal Federal, nas
ações diretas de inconstitucionalidade e nas ações declaratórias de constitucionalidade
produzirão eficácia contra todos e efeito vinculante, relativamente aos demais órgãos do Poder
Judiciário e à administração pública direta e indireta, nas esferas federal, estadual e municipal.

 O efeito vinculante em ADI e ADC, na linha de interpretação dada pelo STF, não atinge
o Poder Legislativo no exercício de sua função típica de legislar, produzindo eficácia
contra todos e efeito vinculante, relativamente aos demais órgãos do Poder Judiciário e
à Administração Pública direta e indireta, nas esferas federal, estadual e municipal
(exceto, entendemos, no exercício por esses órgãos de suas funções atípicas de caráter
normativo como, para se ter um exemplo, quando o Presidente da República edita
medida provisória — ato normativo).
 STF: A eficácia geral e o efeito vinculante de decisão, proferida pelo STF, em ação direta
de constitucionalidade ou de inconstitucionalidade de lei ou ato normativo federal, só
atingem os demais órgãos do Poder Judiciário e todos os do Poder Executivo, não
alcançando o legislador, que pode editar nova lei com idêntico conteúdo normativo,
sem ofender a autoridade daquela decisão.

- Repercussão geral no recurso extraordinário: art. 102, § 3º - No recurso


extraordinário o recorrente deverá demonstrar a repercussão geral das questões constitucionais
discutidas no caso, nos termos da lei, a fim de que o Tribunal examine a admissão do recurso,
somente podendo recusá-lo pela manifestação de 2/3 de seus membros.

 STF: É possível a modulação dos efeitos da decisão proferida em recurso extraordinário


com repercussão geral reconhecida. Para que seja realizada esta modulação, exige-se o
voto de 2/3 (dois terços) dos membros do STF (maioria qualificada).
 Exige-se repercussão geral INCLUSIVE em matéria penal.

- Ampliação do rol de legitimados para ADI/ADC: foram incluídos a Mesa da ALE e


o Governador.

 Presidente da República, Mesa da CD, Mesa do SF, Governador, Mesa da ALE, CFOAB,
PGR, PP com representação e entidade de classe/confederação sindical de âmbito
nacional.
 Precisam demonstrar pertinência temática: Governador, Mesa da ALE e confederação
sindical/entidade de classe.
 Precisam de advogado: apenas os PP e as confederações sindicais/entidades de classe.
 STF: O Estado-membro não possui legitimidade para recorrer contra decisões proferidas
em sede de controle concentrado de constitucionalidade. A legitimidade recursal no
controle concentrado é paralela à legitimidade processual ativa, não se conferindo ao
ente político a prerrogativa de recorrer das decisões tomadas pelo STF em sede de ação
direta.
 STF: A Constituição estadual é quem definirá quais são as pessoas que têm legitimidade
para propor a ação. A CF/88 proíbe que seja apenas um legitimado. A Constituição
estadual poderá instituir outros legitimados que não encontram correspondência no
art. 103 da CF/88. Ex.: Deputado Estadual poderá ser um dos legitimados mesmo não
estando contemplado no art. 103 da CF/88.
 STF: As associações que representam fração de categoria profissional não são
legitimadas para instaurar controle concentrado de constitucionalidade de norma que
extrapole o universo de seus representados. Ex: a ANAMAGES, associação que
representa apenas os juízes estaduais, não pode ajuizar ADPF questionando dispositivo
da LOMAN, considerando que esta lei rege não apenas os juízes estaduais, mas sim os
magistrados de todo o Poder Judiciário, seja ele federal ou estadual.
 STF: se PP perder a representação, não prejudica a ADI já ajuizada. A aferição da
legitimidade é no momento da propositura da ação.

Legitimados para ADI estadual:


CE/MT -> Governador, Mesa da ALE, PGJ, PGE, PGDP, CSOAB,
PP, federação sindical e Prefeito/Mesa da CM/PP com
representação na CM (apenas leis municipais).
CE/SP -> Governador, Mesa da ALE, Prefeito e Mesa da CM, PGJ,
CSOAB, entidades sindicais ou de classe, PP com representação
na ALE ou, em se tratando de lei ou ato normativo municipais,
na respectiva Câmara.

- Incidente de deslocamento de competência: art. 109, § 5º - Nas hipóteses de grave


violação de direitos humanos, o Procurador-Geral da República, com a finalidade de assegurar
o cumprimento de obrigações decorrentes de tratados internacionais de direitos humanos dos
quais o Brasil seja parte, poderá suscitar, perante o Superior Tribunal de Justiça, em qualquer
fase do inquérito ou processo, incidente de deslocamento de competência para a Justiça
Federal.

 O STJ, nos IDCs 1 e 2 estabeleceu 3 requisitos básicos para o incidente:


a) a existência de grave violação a direitos humanos;
b) o risco de responsabilização internacional decorrente do descumprimento de
obrigações jurídicas assumidas em tratados internacionais; e
c) a incapacidade e ineficiência das instâncias e autoridades locais em oferecer respostas
efetivas.
 Principais casos:
- Dorothy Stang: INDEFERIDO.
- Manoel Bezerra de Mattos Neto: DEFERIDO (IDC 2).
- Grupo de extermínio em Goiás: DEFERIDO (IDC 3).
- Promotor Thiago Farias: DEFERIDO EM PARTE (IDC 5).
- IDC 14 - Greve dos policiais do ES: INDEFERIDO (2018).

- Conflitos agrários: art. 126 - Para dirimir conflitos fundiários, o Tribunal de Justiça proporá
a criação de varas especializadas, com competência exclusiva para questões agrárias.
- Defensoria Pública Estadual = autonomia funcional e administrativa: art.
134, § 2º - Às Defensorias Públicas Estaduais são asseguradas autonomia funcional e
administrativa e a iniciativa de sua proposta orçamentária dentro dos limites estabelecidos na
lei de diretrizes orçamentárias e subordinação ao disposto no art. 99, § 2º.

- Súmula vinculante: ver “DIREITO CONSTITUCIONAL - LEI DA SÚMULA VINCULANTE”.

- Extinção dos Tribunais de Alçada: art. 4º da EC 45/2004 - Ficam extintos os tribunais


de Alçada, onde houver, passando os seus membros a integrar os Tribunais de Justiça dos
respectivos Estados, respeitadas a antiguidade e classe de origem.

 Parágrafo único. No prazo de 180 dias, contado da promulgação desta Emenda, os Tribunais
de Justiça, por ato administrativo, promoverão a integração dos membros dos tribunais
extintos em seus quadros, fixando-lhes a competência e remetendo, em igual prazo, ao
Poder Legislativo, proposta de alteração da organização e da divisão judiciária
correspondentes, assegurados os direitos dos inativos e pensionistas e o aproveitamento
dos servidores no Poder Judiciário estadual.

- Justiça itinerante: EC 45/2004, em relação aos Tribunais (TJ, TRF e TRT), instituiu a justiça
itinerante.

 Exemplo – TJ: art. 125, § 7º - O Tribunal de Justiça instalará a justiça itinerante, com a
realização de audiências e demais funções da atividade jurisdicional, nos limites
territoriais da respectiva jurisdição, servindo-se de equipamentos públicos e
comunitários.

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