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Israel é o relógio de Deus no mundo?

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Por Thiago Oliveira

Essa expressão “relógio de Deus no mundo” é usada por muitos cristãos que
vivem antenados no que acontece com o Estado Israelense. Para essas pessoas, o
reaparecimento de Israel como nação e os constantes conflitos que ocorrem por aquelas
bandas ganham ares escatológicos e são vistos como o cumprimento das profecias bíblicas
acerca do fim dos tempos e o retorno de Cristo.
Devido as recentes notícias de conflitos entre palestinos e israelenses, choveu no
Facebook campanhas de oração por Israel. Devemos apenas lembrar que do lado da
Palestina estão morrendo pessoas, terroristas e não-terroristas, sendo assim, nossas orações
devem se estender aos não-israelenses que também estão sendo vitimados. O direito à
autodefesa é inegável, não entrarei nesse mérito. Quero apenas alertar a Igreja do Senhor,
que o verdadeiro Israel de Deus deixou de ser uma nação há muito tempo. Mais
precisamente há dois milênios, quando a Igreja de Cristo foi estabelecida na terra.
Não estou querendo com isso dizer que os fatos históricos são alheios a ação
soberana de Deus. Obviamente acredito que a Trindade é quem faz a história, e não há
nada desde a criação até o retorno de Cristo que não seja direcionado pela Divindade.
Todavia questiono a clareza de algumas interpretações escatológicas. Sinceramente não
acredito que certas profecias atribuídas ao futuro de Israel sejam para o Estado formado
em 1948 pela ONU e com total apoio estadunidense.
Vejam como existem algumas coisas bem forçadas; li num site os supostos
cumprimentos das profecias bíblicas:
 PROFECIA: “Também trarei do cativeiro o meu povo Israel; e eles reedificarão as
cidades assoladas, e nelas habitarão; plantarão vinhas, e beberão o seu vinho; e farão
pomares, e lhes comerão o fruto. Assim os plantarei na sua terra, e não serão mais
arrancados da sua terra que lhes dei, diz o senhor teu Deus.” (Amós 9.13-14).
 CUMPRIMENTO: Israel é o 3º maior produtor de flores, está entre as
nações com o maior IDH do planeta e supera até os EUA no Índice de
Esperança de Vida (alguém sabe que índice é esse?).
 PROFECIA: “E vos tomarei dentre as nações, e vos congregarei de todas as terras, e
vos trarei para a vossa terra.” (Ezequiel 36.24).
 CUMPRIMENTO: Após 19 séculos, com a criação do moderno Estado
de Israel, milhares de judeus dispersos pelo mundo, saíram de 120 nações
para formar o seu país e assim cumprir o que está escrito na Bíblia.
Ambos os profetas falam de coisas que na época eram futurísticas, todavia para
nós são acontecimentos presentes nos anais da História. Amós profetizou antes do
Cativeiro Babilônico, quando Nabucodonozor destruiu Jerusalém, profanou e saqueou o
Templo e levou cativo milhares de milhares de judeus. Ezequiel foi profeta contemporâneo
ao exílio.
O cativeiro mencionado é o da Babilônia, e o regresso do cativeiro foi cumprido
pela geração de Esdras e Neemias. Deus usou os Persas - principalmente Ciro - para punir
os babilônicos e remir os israelitas.
Ler estes autores com as lentes da escatologia moderna é cair num erro primário
de quem desconhece a história daqueles que outrora foram chamados para serem luzeiros
entre as nações, o povo que foi o receptor da Revelação Específica que culminou no
ministério de Jesus Cristo. Por isso muito cuidado ao afirmarmos determinadas coisas, pois,
estaremos dizendo aquilo que o Senhor nunca disse, acrescentando algo a Palavra. Deslize
gravíssimo!
As questões belicosas entre Israel e a Faixa de Gaza envolvem interesses políticos
e econômicos que estão aquém das promessas bíblicas. Mas daí você pergunta: Deus
prometeu que aquela terra seria dos israelitas ou não prometeu? Sim, prometeu. Contudo
não devemos esquecer que a promessa está inserida num contexto aliancista (Ex 19:5).
Israel descumpriu a sua parte e por isso não tem que reclamar coisa alguma. Cristo, em
certa ocasião, afirmou:
“Portanto, eu vos digo que o reino de Deus vos será tirado, e será dado a uma nação que dê os
seus frutos”. Mateus 21:43
E esta nação não é daqui. É a nação de forasteiros composta por cidadãos do Céu.
As bênçãos que eram de Israel agora estão em posse da Igreja. E porquê? Porque os
israelenses negaram o Messias. Essa negação fez com que pessoas de outros povos se
juntassem a mesa com Abraão, Isaque e Jacó (Mt 8:11-12). Somos seus descendentes não
por consanguinidade, mas sim mediante a Fé. Não basta descender de Abraão, tem que
produzir frutos de arrependimento (Lc 3:8), e estes frutos foram produzidos por todos
aqueles que receberam a Cristo como seu Senhor e Salvador, mediante a atuação do
Espírito Santo, que é o que convence o homem de seus pecados (Jo 16:8).
Aconselho que diante de tudo o que esteja acontecendo no Oriente Médio,
possamos ler os fatos com o olhar de misericórdia do Senhor. No momento em que
escrevia esse texto, havia 120 mortes do lado da Palestina e 0 mortes do lado de Israel. E o
mais triste nisso é que muitas crianças inocentes estão sendo assassinadas. O relógio de
Deus no mundo é a Igreja, e esta ao cumprir o Ide coopera para a volta de Jesus (Mt
24:14). Há “filhos de Abraão” também entre os árabes. É necessário pregar para que o
Espírito desperte os eleitos. Atentemos mais para a nossa missão e continuemos a orar por
Israel, pela Palestina e pelo mundo inteiro. E que Deus tenha piedade do seu povo (a
Igreja).

Soli Deo Gloria.

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