Documente Academic
Documente Profesional
Documente Cultură
tfjfe editora
bSáÁRVORE DA VIDA
Rua TUiuti, 1372 - Tatuapé
E P 03081 -000 - São Paulo - SP Brasil
OS OITO ESTÁGIOS DO
CRESCIMENTO
ESPIRITUAL
Dong Yü Lan
editora
ÁRVORE DA VIDA
© 1996 Editora Árvore da Vida
Capítulo Página
Prefácio........................................................ 5
4 Vivendo em Triunfo.................................69
5 Vivendo na Ascensão................................95
7 Vencedor...................................................135
Os Editores
Fevereiro de 1996
Nota do Redator
Neste livro o leitor encontrará várias vezes a expressão viver na
esfera natural e expressões afins. De maneira simples, viver na esfera
natural significa usar as habilidades, capacidades e sabedoria inatas
do homem, aquelas que temos independentemente de termos sido
regenerados ou não. Ou seja, viver na esfera natural significa expressar
as características do velho homem e viver segundo ele.
Há também neste livro a expressão viver na esfera da alma e
expressões correlatas. Viver na esfera da alma significa deixar-se guiar
pelas três partes da alma (mente, vontade e emoção), sem permitir que
o Espírito Santo tenha domínio sobre elas. Quando cada uma das
partes de nossa alma é enchida com o Espírito Santo, de modo que
Ele domine sobre ela, o Espírito nos rege e dirige interiormente, e
temos, assim, o que a Bíblia chama de viver no espírito.
Os Livros Poéticos
No Antigo Testamento há cinco livros chamados de
poéticos: Jó, Salmos, Provérbios, Eclesiastes e Cântico
dos Cânticos. Em sua aplicação espiritual, podemos dizer
que esses livros referem-se à experiência individual dos
cristãos. Neles não encontramos muita ênfase à experiên
cia coletiva, mas, sim, uma clara preocupação com o
relacionamento individual com Deus, ainda que este
- esteja relacionado à vida no Corpo de Cristo no Novo
Testamento.
No livro de Jó encontramos a história de um homem
^eto e íntegro, porém orgulhoso e autoconfiante. T>eiiS'
levou Jó a passar por sérias tribulações, para que ele
percebesse que sua integridade sem Deus de nada valia.
Ao fim, encontramos um homem transformado, confes
sando que conhecia a Deus apenas de ouvir (Jó 42:3-6).
Isso indica a experiência pela qual todos precisamos
passar: mesmo que sejamos muito retos e justos, devemos
reconhecer que precisamos de Deus e que somente Nele
temos a verdadeira retidão e integridade. ,- —
Os Salmos retratam várias experiências de relaciona
mento com Deus. Há confissão de pecados, reconheci
mento do perdão e da misericórdia de Deus, há sofrimen-
8 CÂNTICO DOS CÂNTICOS
a anelar por Sua Pessoa, e este anelo nos faz correr após
Ele, buscando-0 cada vez mais.
Se não formos alguém que busca realmente o Senhor,
o que está registrado em Cântico dos Cânticos não terá
muita relação conosco, pois esse livro manifesta os
sentimentos e as experiências de uma pessoa que busca
seu amado. Portanto, nosso entendimento desse livro
depende de nosso crescimento na vida espiritual, e isso
depende de quanta experiência temos com o Senhor.
Mesmo que hoje nossa experiência seja superficial, não
podemos desanimar. Ao estudarmos esse livro, seremos
encorajados a buscar continuamente ao Senhor e a per-
mitir-Lhe crescer em nós. Devemos ter como meta, a
cada dia, avançar mais um passo no conhecimento vivo
de Cristo. Desse modo, passo a passo, Cântico dos
Cânticos tornar-se-á o registro de nossa própria vida com
Deus, até a maturidade.
Reconciliados!
As Donzelas
As Tendas e as Cortinas
A Culpa é do Sol!
Os Filhos da Promessa ■
“Os filhos de minha mãe se indignaram contrá mim”
(Ct 1 :6b). Por que a aniadanão se refere à “filhos de mèú
pai”?Aqui há, novamente, uma verdade neotestamentária.
Todos os cristãos têm o mesmo Pai, que é Deus, dé
quém nascemos ao recebermos Jesus como nosso Senhor,
Salvador e nossa vida (Jo 1:12, 13). isso corresponde a
nascer do Espírito Santo (3:5). Por outro ladó, nossa mãe
é a promessa (G1 4:28). A que se refere es‘sá píoriièssa?
! Gálatas 3:13, 14 registra: “Cristo nós rfesgâtou da
maldição da lei, fazendo-se ele próprio maldição em
nosso lugar, porque está escrito: Maldito todo aqüélé
que for pendurado em madeiro; para que a bênção de
Abraão Chegasse aos gentios, em Jesus Cristo, à fim dè
que recebêssemos pela fé o Espírito prometido”.' Portan
to, a promessa é o Espírito Santo; por meio do qual nós
nascemos de Deus. " ;! i- r; -
No Antigo Testamento, a promessa réferia-se ato
juramento de Deus feito a Abràão de que ele teria uma
descendência numerosa como o pó da terra e como as
estrelas do céu (Gn 13:16; 15:5). Como Deus cumpriria
Sua promessa, se Abraão é Sara, sua mulher, eram velhós
e sem filhos? A Deus, Abraão disse: “A mim não me
cóncedestê descendência, e um servo nascido ria minha
VIVENDO NA ESFERA NATURAL 23
casa será o meu herdeiro” (v. 3). Esse servo era Eliezer, a
quem Abraão tomara como filho adotivo. “A isto respon
deu logo o Senhor, dizendo: Não será esse o teu herdeiro;
mas aquele que será gerado de ti, será o teu herdeiro” (v.
4). Como Sara não lhe dava filhos, Abraão decidiu “aju
dar” Deus a cumprir Sua promessa: coabitou com Hagar,
uma escrava egípcia, gerando a Ismael (Gn 16). Por esse
motivo, ele perdeu a presença de Deus por treze anos (Gn
16:16; 17:1). Ao final desse tempo, Deus veio a Abraão e
lhe fez a promessa de que depois de um ano, Sara geraria
a Isaque, de quem surgiria sua grande descendência (v. 21).
Depois da morte de Sara, Abraão casou-se com Quetura,
que lhe gerou seis filhos (Gn 25:1, 2).
Apesar de ter nove filhos, incluindo Eliezer, o filho
adotivo, além de filhos de concubinas, quem era o
genuíno filho de Abraão? Apenas Isaque. Quando provou
Abraão, pedindo-lhe que apresentasse Isaque como
holocausto, Deus disse-lhe: “Toma teu filho, teu único
filho, Isaque” (22:2). Deus reconhecia apenas a Isaque
como filho de Abraão. O próprio Abraão entendia assim,
pois “deu tudo o que possuía a Isaque. Porém aos filhos
das concubinas que tinha, deu ele presentes” (25:5, 6).
Portanto, “os filhos da minha mãe” são os filhos da
promessa. Eles não são apenas cristãos, pois, em certo
sentido, todos os filhos de Abraão representam cristãos.
Os filhos da promessa são ,os cristãos que desfrutam a
melhor parte da herança de Abraão, dada a Isaque, e não
apenas os “presentes” que ele distribuiu para os outros
filhos. O melhor da herança de Abraão é a igreja, é, a
manifestação da igreja em uma cidade. Quando cristãos
reúnem-se simplesmente como a igreja em uma cidade,
eles estão desfrutando “tudo o que Abraão possuía” e que
ele deu a Isaque, o filho da promessa. ,.
24 CÂNTICO DOS CÂNTICOS
Indignaram-se
Os “filhos de minha mãe”, portanto, são cristãos que
estão reunindo-se como o testemunho da unidade da
igreja em uma cidade. No entanto, eles não trataram com
sabedoria e amor a esse novo irmão, antes, indignaram-
se contra ele. Por que teriam agido dessa maneira?
A razão está implícita no relato da amada: “E me
puseram por guarda de vinhas; a vinha, porém, que me
pertence não a guardei” (Ct 1:6). Por ser um cristão
imaturo, que age de acordo com seus conceitos naturais,
esse irmão ainda era muito individualista. Talvez ele dese
jasse cuidar apenas de sua própria vinha, de sua vida
espiritual, de um pequeno grupo de irmãos a quem pregara
o evangelho, e não estivesse muito disposto a servir na
igreja juntamente com outros irmãos. Ele prefere fazer as
coisas sozinho: orar sozinho, pregar o evangelho sozinho,
cuidar de pessoas sozinho, desenvolver sua salvação sozi
nho. Apesar de ter contato com outros irmãos, ele ainda
não está “misturado” com eles. Ser individualista é uma
característica do velho homem, e esse cristão age assim,
sem mesmo perceber o dano que isso pode trazer à igreja.
Por isso os outros irmãos indignaram-se contra ele.
A Vida da Igreja
Apascentar os Rebanhos
Num Carro
O Senhor é muito sábio ao tratar conosco. Ele não
apenas nos expõe, como também nos proporciona cami
nhos práticos para sermos transformados. Ao comparar
Sua amada a uma égua, o Senhor relembra o que lhe dissera
anteriormente sobre seguir os passos do rebanho. E como
se Ele dissesse: “Minha amada, sei que você é muito
natural, por isso Eu coloquei você num carro, junto com
outros cavalos. Assim, juntos, um restringindo e ajudando
ao outro, serão todos transformados”.
Tranças e Colar
O Senhor continua falando à Sua amada, iluminando-
a: “Formosas são as tuas faces entre as tuas tranças” (v. 1 Oa
- IBB-Rev.). Na Bíblia, os cabelos representam submissão e
30 CÂNTICO DOS CÂNTICOS
Tranças de Ouro
Pregos de Prata
O Aroma do Nardo
“Enquanto o rei está assentado à sua mesa, o meu
nardo exala o seu perfume” (Ct 1:12). Esse nardo é o
ungüento derramado, mencionado no versículo 3. Ma
ria, irmã de Marta e de Lázaro, experimentou isso.
Naquele banquete ocorrido em Betânia, na casa de
Simão, o leproso, Maria, movida de amor pelo Senhor,
tomou um frasco de alabastro cheio de nardo puro, e
ungiu com o perfume “os pés de Jesus e os enxugou com
os seus cabelos; e encheu-se toda a casa com o perfume
do bálsamo” (Jo 12:3).
Marcos 14 acrescenta outros detalhes a essa cena. Ali
é dito que Maria trouxe “um vaso de alabastro com
preciosíssimo perfume de nardo puro; e, quebrando o
alabastro, derramou o bálsamo sobre a cabeça de Jesus”
(v. 3). O perfume de nardo era colocado em vasos de
alabastro. Esses vasos tinham um gargalo comprido e
fino, e eram tampados e selados, impedindo, assim, que
o perfume evaporasse. Para que o perfume pudesse ser
utilizado, era preciso quebrar esse vaso. Foi o que Maria
fez: quebrou o vaso de alabastro, e com o nardo ungiu os
pés e a cabeça do Senhor Jesus.
O vaso de alabastro representa nosso ser natural;
quebrá-lo significa quebrantar nosso ser. Todos nós preci
samos passar por esse quebrantamento. É necessário que
nossas características, comparadas à égua dos carros de
Faraó, sejam quebradas — precisamos permitir que Deus
trabalhe em nossa disposição e força. Nossa submissão
natural — nossas “tranças” — precisa ser quebrada,
precisa ser tocada por Deus.
38 CÂNTICO DOS CÂNTICOS
Amor e Perdão
Lucas 7 narra um fato semelhante ao registrado em
João 12. Ali vemos Jesus jantando na casa de um fariseu.
“E eis que uma mulher da cidade, pecadora, sabendo que
ele estava à mesa na casa do fariseu, levou um vaso de
alabastro com ungüento; e, estando por detrás, aos seus
VIVENDO NA ESFERA DA ALMA 39
Desperdício!
Saquitel de Mirra
Flores no Deserto
“Como um racimo de flores de hena nas vinhas de En-
Gedi, é para mim o meu amado” (Ct 1:14). Na praia
ocidental do Mar Morto há um deserto, no qual há uma
fonte de água quente, chamada En-Gedi, que deu origem
a um oásis cheio de vegetação e notável por suas palmeiras
e vinhas. En-Gedi significa fonte do cordeiro. O Senhor
Jesus é o Cordeiro de Deus que, ao ser crucificado, tornou-
se para nós uma fonte de vida e de redenção. Essa vida que
venceu a morte é uma vida de ressurreição, pois pode gerar
vida no deserto. As flores das vinhas quase não são vistas,
pois duram muito pouco, logo tornando-se fruto, mas as
flores de hena são viçosas e perfumadas.
Esse cristão reconhece e prova que o Senhor é a
ressurreição após a morte. Como vimos em Ester, após
passarmos pela morte, imediatamente desfrutamos a
ressurreição; em Cântico dos Cânticos, logo após o
saquitel de mirra temos En-Gedi. Como veremos, essa
declaração leva o Amado a elogiar Sua amada.
Há ainda outra aplicação prática decorrente dessa
figura. Quando estava fugindo de Saul, Davi foi “para os
lugares seguros de En-Gedi” (1 Sm 23:29). Saul, então,
estava passando por aquela região, e entrou na caverna
onde Davi estava escondido. Os homens que estavam
com Davi lhe disseram: “Hoje é o dia, do qual o Senhor te
VIVENDO NA ESFERA DA ALMA 43
Isso significa que ela leva seu próprio ser à cruz, que aceita
o operar da morte do Senhor nela, tornando-a formosa aos
olhos do Amado.
Que leva um cristão a quebrantar-se assim? Que o
motiva a negar-se a si mesmo, a tomar a cruz tão alegremen
te, colocar-se na morte, não lastimando, mas com gozo e
muito desfrute? Isso é devido a seus “olhos de pomba”. As
pombas têm uma característica interessante: elas fitam os
olhos em apenas uma coisa de cada vez. Isso significa que
precisamos ter visão espiritual (cf. Ef 1:18)— precisamos
olhar apenas para o nosso Amado, e nada mais (Hb 12:2).
Se tivermos olhos singelos como os das pombas, se não nos
distrairmos com quaisquer Outras coisas, se olharmos
apenas para nosso precioso Senhor, então saberemos dar
valor ao que realmente tem valor — Ele mesmo. O nardo
era preciosíssimo, mas para Maria ele era inútil se não fosse
derramado sobre Jesus. Por vezes, aos nossos olhos natu
rais, consideramo-nos muito valiosos, mas nossos olhos de
pomba revelam-nos que precisamos ser quebrados e que
esse “desperdício” é realmente valioso.
Há um ciclo de vida aqui: quanto mais morrermos,
quanto mais aceitarmos o quebrantamento do Senhor,
mais singelos serão nossos olhos espirituais. Quanto mais
simples for nossa visão espiritual, olhando somente para
Jesus, mais desejo teremos de ser quebrantados e de nos
derramar pelo Senhor. Quão doce e prática é essa expe
riência espiritual!
Descanso e Desfrute
Sala do Banquete
“Leva-me à sala do banquete, e o seu estandarte sobre
mim é o amor” (v. 4). No início deste segundo estágio, “o
rei está assentado à sua mesa” (Ct 1:12), e agora, no final
do mesmo estágio, ele levou sua amada à sala do banque
te. Podemos dizer, em primeiro lugar, que quando
saímos do primeiro estágio, somos ajudados a sair do
nosso individualismo e egocentrismo para desfrutar o
Senhor na igreja. A vida da igreja é-nos apresentada como
o lugar onde há uma mesa farta, à qual está o Rei
assentado, festejando com Sua amada. Nossa vida com o
Senhor na igreja dever ser uma constante festa, onde
desfrutamos das Suas riquezas insondáveis como nosso
suprimento. Assim, somos finalmente introduzidos por
Ele à sala do banquete. Se diariamente desfrutarmos da
vida divina como fonte de suprimento, como uma rica
mesa para nós, nas reuniões da igreja certamente teremos
a “sala do banquete”. Se na vida de cada cristão não
houver a “mesa”, não esperemos haver a “sala do banque
te” nas reuniões da igreja.
O rei levou sua amada para o banquete, e ela assen
tou-se aos seus pés para desfrutar de Seu amor e de Sua
doce pessoa, Seu fruto doce (v. 3), à Sua sombra. Ao
estender Seu estandarte sobre esse cristão, o Senhor está
desejando trazê-lo para uma posição mais elevada, ao Seu
lado, nesse banquete. No entanto, ele se contenta em ficar
sentado aos pés do Senhor, como Maria. Aleluia! É muito
gostoso participar do Senhor assim!
Doente de Amor
Essa profunda manifestação de amor do Amado por
essa donzela, leva-a a pedir: “Sustentai-me com passas,
VIVENDO NA ESFERA DA ALMA 49
E Hora de Despertar!?
VIVENDO NA INTROSPECÇÃO
A Experiência de Paulo
Enclausurada
Uma Janela!
Chegou a Primavera!
Separação
Os Guardas da Cidade
VIVENDO EM TRIUNFO
Um Novo Chamamento
Coluna
“Quem é esta que sobe do deserto, como colunas de
fumo, perfumada de mirra, de incenso, e de toda a sorte
de pós aromáticos” (Ct 3:6 - VRC). Essa descrição da
amada mostra que ela está mais madura após as experi
ências porque passou. Ela sobe do deserto, significando
que está saindo da esfera natural, emotiva e introspectiva
em que viveu até agora. Sua aparência agora é de coluna de
fumo. Há muitas e preciosas aplicações espirituais nessa
figura.
VIVENDO EM TRIUNFO 71
Nova Reconciliação
Esse viver no espírito é a reconciliação com Deus a que
Paulo se refere em 2 Coríntios 5:20. Como vimos no
primeiro capítulo, Romanos 5:10 relata nossa primeira
experiência de reconciliação com Deus — éramos Seus
inimigos e por meio de Cristo fomos reconciliados com Ele
após a salvação. Em 2 Coríntios 5:18,19, Paulo menciona
o ministério da reconciliação que nos foi dado por Deus,
e no final do versículo 20 ele diz: “Rogamos que vos
reconcilieis com Deus”. Ele está dizendo isso a cristãos,
pessoas que já haviam sido reconciliadas à época da sua
salvação. No entanto, a reconciliação aqui refere-se ao
viver no espírito, refere-se a sairmos de nosso viver natural
e segundo a alma, que caracterizava a igreja em Corinto, para
vivermos no espírito. Os embaixadores de Cristo que fazem
esse rogo são como as colunas no Santo dos Santos: eles
próprios estão no Santo dos Santos, vivendo no espírito, e
chamam-nos a viver como eles vivem.
No Antigo Testamento, o sumo sacerdote só podia
entrar no Santo dos Santos uma vez ao ano, no dia da
VIVENDO EM TRIUNFO 73
Perfumada
Mirra
Incenso
1N. do R.: Um estudo mais detalhado sobre essas duas passagens pode ser encontrado
no livro Estudo-Vida de Apocalipse, de Witness Lee, publicado por esta Editora.
VIVENDO EM TRIUNFO 77
Pós Aromáticos
A Procissão Triunfante
de Deus para isso; ela pode abrir nosso ser interior e expor
a fonte de todas as coisas. Não precisamos de empolgação na
alma, mas precisamos da alegria no espírito. Como distin-
gui-las ? Somente por meio da luz que recebemos na Palavra,
tomada como uma espada viva.
A amada permitiu que essa espada, a Palavra, penetras
se nela, e agora consegue separar o que procede da alma do
que procede do espírito. Ela maneja bem a Palavra de Deus
(2 Tm 2:15), de maneira viva, ganhando, assim, mais
aroma de Cristo e atraindo outros a participar da procissão
triunfante.
A Armadura de Deus
Um Palanquim
2N. do R.: O livrete Orar-lendo a Palavra, de Witness Lee, publicado por esta Editora,
mostra de maneira simples como ter essa prática espiritual tão saudável.
VIVENDO EM TRIUNFO 85
A Coroa de Salomão
* N. do R.: Mais detalhes sobre esse assunto podem ser encontrados nos livros O
Grande Prêtnio, compilado por Pedro Dong, Estudo-Vida de Apocalipse, de Witness
Lee, A Plena Salvação de Deus, de Dong Yu Lan, e na coleção O Evangelho de Deus,
de Watchman Nee, publicados por esta Editora.
88 CÂNTICO DOS CÂNTICOS
Cabelos e Cabras
“Os teus cabelos são como o rebanho de cabras que
descem ondeantes do monte de Gileade” (Ct 4:1). Os
cabelos representam submissão, glória e força (1 Co 11). O
monte de Gileade ficava ao leste do rio Jordão, porção de
terra que coube em herança às tribos de Rúben e de Gade
e à meia tribo de Manassés. As pastagens nessa região eram
muito boas, por isso havia ali muitos rebanhos de cabras,
especialmente nas encostas dos montes de Gileade. As
cabras eram usadas para o sacrifício, como oferta pelos
pecados (Lv 4:28; 5:6; 22:19). Além disso, as cabras e
90 CÂNTICO DOS CÂNTICOS
Dentes e Ovelhas
O Pescoço e o Arsenal
Os Seios e os Lírios
“Os teus dois seios são como duas crias, gêmeas de
uma gazela, que se apascentam entre os lírios” (Ct 4:5).
De acordo com o Novo Testamento, podemos dizer que
os seios representam a fé e o amor. Em 1 Timóteo 1 :4 ,5
encontramos referência à fé e ao amor. Em 1
Tessalonicenses 1:3 há nova referência, desta vez inclu
indo a esperança. Esta, no entanto, diz respeito ao futuro,
enquanto fé e amor relacionam-se ao presente, à nossa vida
com Deus. Esses dois itens atuam sempre juntos (G15:6; Ef
VIVENDO EM TRIUNFO 93
M onte de M irra
V IV E N D O N A A SC E N SÃ O
A Noiva
Vem do Líbano!
O cristão representado pela amada está em um estágio
de muita maturidade espiritual. Após aprender a tratar
com seu ser natural e com sua alma, após aprender a viver
em comunhão com o Senhor além do véu, depois de
conhecer o perigo de cair em introspecção e como dela sair,
esse cristão passou a viver em ascensão. Nos estágios
anteriores, ele tinha de sair das suas circunstâncias para
poder estar com o Senhor. Agora, porém, ele, por um lado,
está acima de todas as coisas, enquanto, por outro, é capaz
de desfrutar o Senhor em qualquer situação. Isso é matu
ridade. Porém, ainda há o que crescer.
A amada, desde o primeiro estágio, tem procurado
satisfação. Quando estava no mundo, os prazeres que lá
encontrava não a satisfaziam plenamente, antes deixavam-
na ainda mais vazia. No entanto, quando ela encontrou o
Amado de sua alma, encontrou satisfação verdadeira. Ago
ra, a amada deseja estar mais e mais satisfeita no Senhor.
Experimentou isso quando quebrou seu vaso de alabastro,
quando agarrou o Amado e levou-o para a casa de sua mãe
e quando o Amado levou-a para o Santo dos Santos.
Finalmente, ela experimentou satisfação plena na ressur
reição e nas experiências iniciais de ascensão. Mas agora, à
98 CÂNTICO DOS CÂNTICOS
A Guerreira
A Armadura de Deus
paz por nós, tanto com Deus como com o homem, e esta
paz tornou-se nosso evangelho (2:13-17). Ao pregarmos
esse evangelho, nós somos os primeiros a ser salvos por
ele: somos salvos de nós mesmos, salvos de nossa pregui
ça, de nossa introspecção, de nossa incredulidade e falta
de amor. Portanto, pregar o evangelho também nos
fortalece para lutarmos contra Satanás.
Além disso, precisamos embraçar o escudo da fé (6:16).
Quando louvou a beleza da nova criação em Sua amada, o
Senhor fez referência ao pescoço dela, donde pendiam mil
escudos (Ct 4:4). Colocando esses dois versículos juntos,
podemos dizer que a fé está relacionada à submissão,
representada pelo pescoço. Quando nos submetemos ao
Senhor e à Sua Palavra, a fé é gerada em nós. Alguém já disse
que a fé acontece quando o Senhor diz alguma coisa enós
dizemos o mesmo. Isso é ao mesmo tempo: fé e submissão.
Por esse motivo, quanto mais nos submetemos a Deus,
mais derrotamos Satanás (Tg 4:7). Não podemos ser de
dura cerviz, como Israel (Êx 32:9; 33:3, At 7:51), antes
precisamos permitir que o Senhor quebre nossa cerviz,
gerando em nós genuína submissão.
Nessa armadura há ainda a espada do espírito, sobre a
qual comentamos no capítulo anterior, e o capacete da
salvação (Ef 6:17,18). A salvação que o Senhor nos deu,
quando O recebemos como nosso Senhor e Salvador, é
eterna (Hb 5:9), ou seja, uma vez salvos, salvos para
sempre. A Bíblia também chama o momento da salvação de
regeneração, ou seja, nascer de novo ou nascer do alto (Jo
3 :7 - BJ). Ao nascermos de novo, recebemos uma nova
vida, a vida eterna e incriada de Deus (Dt 32:40; 1 Jo
5:12) e somos feitos filhos de Deus (Jo 1:12,13). Tomar
o capacete da salvação serve para proteger nossa mente
contra os pensamentos negativos injetados pelo maligno,
como ameaças, preocupações e ansiedades. Esses pensa
104 CÂNTICO DOS CÂNTICOS
Leão e Leopardo
Os leões e leopardos, em Cântico dos Cânticos 4:8
representam Satanás, por causa do perigo que represen
tavam para os habitantes daquela região e para os viajan
tes. Os felinos costumam rondar os rebanhos, procuran
do, por exemplo, descobrir os animais mais novos, mais
fracos ou doentes. Então, quando atacam, fazem com que
esses fiquem isolados, tornando-se, assim, uma presa fácil.
Satanás está rondando o rebanho de Deus, procurando
devorar-nos. Mas o Senhor nos chama para ascendermos
com Ele. Dessa posição, podemos nos preparar contra os
ataques do inimigo. Se o leão quiser atacar-nos, resistimos
a ele por meio da justiça, apresentando-lhe o sangue do
Cordeiro e testemunhando de nossa redenção (Ap 12:11).
Desse modo, podemos permanecer firmes.
M inha Irmã
Em Cântico dos Cânticos 4:9 há uma doce declaração
de amor do Amado: “Arrebataste-me o coração, minha
irmã, noiva [ou esposa - VRC] minha; arrebataste-me o
coração com um só dos teus olhares”. A expressão “minha
irmã” tem profundo significado espiritual. É nossa irmã
quem é filha de nossos pais; ela é participante da mesma
vida que nós. Assim, o cristão representado pela amada é
participante da vida de Deus, a qual está no Senhor,
fazendo do Senhor e desse cristão irmãos.
Em Hebreus 2:14 lemos que o Senhor, para realizar a
obra de redenção por nós, participou de carne e sangue dos
VIVENDO NA ASCENSÃO 105
Mel e Leite
“Favos de mel manam dos teus lábios, minha esposa!
Mel e leite estão debaixo da tua língua” (Ct 4:11 - VRC).
VIVENDO NA ASCENSÃO 107
Jardim Fechado
Pomar e Fonte
Apesar da ênfase no aspecto do desfrute, há também na
amada a questão da vida. Por isso, em Cântico dos Cânticos
4:13,14, ela é comparada a um pomar, onde frutos e vários
vegetais são mencionados. Isso indica que o resultado do
desfrute de Cristo e de sermos somente Dele é o crescimento
da vida espiritual, que gera muitos frutos.
Os renovos indicam o poder da vida de ressurreição
que venceu a morte. Vemos isso na história da vara de
Arão que floresceu. Doze galhos secos de árvores foram
colocados diante de Deus, um para cada tribo de Israel,
e entre eles um representava Arão. “No dia seguinte
Moisés entrou na tenda do testemunho, e eis que a vara
de Arão, pela casa de Levi, brotara, e, tendo inchado os
gomos, produzira flores, e dava amêndoas” (Nm 17:6-8).
Um galho seco claramente indica morte, a impossibilidade
de gerar vida, e descreve nossa vida sem Deus; mas a vida
de ressurreição que encontramos em Cristo é capaz de
ressuscitar-nos e de levar-nos a produzir mais vida!
O resultado do crescimento da vida é representado
pelas romãs. Essa é uma fruta que tem muitas sementes,
representando a abundância de uma vida reprodutora. São
os frutos da vida de ressurreição, os frutos excelentes (Ct
4:13).
Os outros vegetais mencionados referem-se à nossa
satisfação, como a hena e o açafrão. O nardo é usado para
fazer ungüento, servindo tanto para nossa satisfação como
para a satisfação do Senhor. O cálamo refere-se à ressur
reição, por ser um caniço que nascia em pântanos, e o
cinamomo refere-se à morte. Havia ainda no pomar toda a
sorte de árvores de incenso, além de mirra e aloés, e as
principais especiarias. Tudo isso alegra o Rei e O satisfaz. É
a manifestação da plenitude do desfrute de Cristo!
112 CÂNTICO DOS CÂNTICOS
Vem, Amado
Batendo à Porta
Sujar-me Novamente?!
A M ão na Fresta
Ele se Foi!
Faces e Lábios
O Falar do Amado
Amado e Amigo
Seguir e Pastorear
VEN CEDO R
Leitura da Bíblia: C t 6 :4 — 7 :9
Passo a Passo
deu-nos a Sua vida e faz com que essa vida cresça em nós,
não meramente para nosso proveito próprio, mas para que
possamos trabalhar juntamente com Ele. Para isso, precisa
mos estar vigilantes. Aos nossos olhos, podemos estar
suficientemente maduros e, por isso, não atendermos
prontamente ao chamamento do Senhor para cooperar
com Ele. A falha do cristão representado pela amada foi
exatamente não estar preparado, não estar vigilante e
atento. Devemos saber que no tempo que antecede à volta
do Senhor, que é o tempo em que vivemos, o Senhor tem
muita necessidade de cooperadores, a fim de divulgar Sua
Palavra.
Em Mateus 24 lemos que, na Sua vinda, o Senhor
arrebatará alguns cristãos: dois cristãos estarão no campo,
um será deixado, e outro tomado; duas cristãs estarão no
moinho, uma será tomada e outra será deixada. Os que
serão arrebatados não estarão lendo a Bíblia ou orando,
mas serão pessoas que trabalham como todas as outras. Por
que, então, foram eles os escolhidos? Porque espiritual
mente eles são maduros. Isso significa que além de terem
sido regenerados, eles permitiram que o Espírito Santo se
expandisse de seu espírito para sua alma1. Se esse não for
nosso caso, o Senhor terá de deixar-nos na terra, a fim de
amadurecermos durante a grande tribulação.
Amadurecer e sermos arrebatados dependem inteira
mente de nossa genuína busca ao Senhor. Em tudo o que
fazemos, nosso coração deve estar voltado para o Senhor.
Por exemplo, enquanto lê a Bíblia ou enquanto ouve uma
mensagem sobre ela, onde está seu coração? Você sim
plesmente ouve e analisa as palavras, satisfeito em ter
1N. do R.: Recomendamos a leitura dos livros O Grande Prêmio, compilado por Pedro
Dong, e A Plena Salvação de Deus, de Dong Yu Lan, que apresentam com mais
detalhes esse assunto.
VENCEDOR 137
ro. Mas quando ele foi chamado para sair e cooperar com
seu Amado, não estava vigilante. Isso o conduziu a uma
lição mais profunda de cruz e a um conhecimento mais
profundo do Senhor Jesus, pois nessá situação teve de
considerar seriamente o que o Senhor era para ele.
Agora esse cristão está totalmente identificado com
Deus, pois preocupa-se, juntamente com Ele, com o
rebanho a ser pastoreado. Mas, além de atender a necessi
dade de Deus em relação às Suas ovelhas, cuidar de Seu
rebanho traz muitas lições. Essas lições não são aprendi
das quando estamos a sós com o Senhor, mas quando
estamos pastoreando, servindo às ovelhas. Essa foi a
experiência do apóstolo Paulo. Em 2 Coríntios 6:1, ele
fala na qualidade de cooperador com Deus e exorta
aqueles irmãos, aquelas “filhas de Jerusalém”, a também
cooperar com o Senhor. Paulo era um com o Senhor ao
pastorear as igrejas. Como Paulo pastoreava? Não por
meio da repreensão ou do exercício da autoridade, mas
especialmente à maneira dos lírios: ele falava aos irmãos
e os conduzia a louvar a Deus e a receber a Sua Palavra.
Nos versículos 3 e 4, Paulo diz que os cooperadores
de Deus não devem dar nenhum motivo de escândalo
para que o ministério não receba qualquer tipo de
censura; pelo contrário, em todas as coisas, em todo o seu
viver, devem recomendar-se a si mesmos como ministros
de Deus. Logo depois, ele enumera as características do
ministério de um verdadeiro cooperador de Deus. Hoje,
muitos relacionam o servir a Deus ao sucesso, grandes
obras, reconhecimento popular e riquezas. Paulo, no en
tanto, diz que ele se recomendava como ministro de Deus,
não em meio à abundância, mas “na muita paciência, na»
aflições, nas privações, nas angústias, nos açoites, nas
prisões, nos tumultos, nos trabalhos, nas vigílias, nos
VENCEDOR > : '139
\ .
Submissa e Sorridente
Nuvem de Testemunhas
Formosa e Pura
Sulamita, Volta!
Maanaim
As Virtudes da Amada
Fé e Amor Amadurecidos
A menção dos seios da amada nesse estágio (Ct 7:3)
implica estarem sua fé e seu amor plenamente amadureci
dos. Isso indica que esse cristão maduro vive pela esperan
VENCEDOR 155
Amor em Delícias!
Estatura de Cristo
■ ■ . - v . •
v--!
' í‘ , >
•' * »5 • ■■ • ■
- *'•4iY‘ '-** >' V'. 1 -{ÍTH ;
<;•■ •.fr\ .••v)'•
•=>-;• s-vv w ;:./>•>?
\ - V-..Í . Í.-..V r . v > f f t . f i ' 7 í '/ 'í *
*?-•• • • . t
• ■ ■' : § | ) $ ;
! ■ • f
■
,. .. • ' ■ ■_■ Ir]
■ ■ : ‘ • ’ ' 1 ■
I-, ■- ■; , v - . ’ ..." ... .
Capítulo Oito
Sulamita
bém não vive mais para si mesmo. Há nele um bom vinho (Ct
7:9), não só para seu próprio desfrute, mas é um vinho
ofertado ao Amado e derramado por causa dos irmãos,
como libação. Uma pessoa assim não se oferta somente a
Deus, mas também se oferta à igreja. Esta é a Sulamita.
Saudades!
Por ter um profundo e vivo conhecimento de Cristo, o
cristão representado pela amada pode dizer: “Eu sou do
meu amado, e ele tem saudades de mim” (Ct 7:10). Agora
esse cristão é como a noiva ataviada, pronta para ser despo-
sada por seu noivo. Seu crescimento pleno até a estatura da
plenitude de Cristo a qualifica como a esposa do Cordeiro.
A esposa precisa ataviar-se a si mesma, com linho finíssimo,
que são os atos de justiça (Ap 19:7-9). Esses atos referem-se
a tudo o que fazemos segundo a vida de Deus. Portanto, as
vestes da esposa do Cordeiro, que indicam nossa maturida
de, são responsabilidade absolutamente nossa. O Senhor já
fez Sua parte, dando-nos Sua vida e o Espírito; de nossa
parte, precisamos permitir que Sua vida cresça em nós, e
viver por ela.
Amor Prático
“Vem, ó meu amado, saiamos ao campo, passemos as
noites nas aldeias” (Ct 7:11). As aldeias representam cida
des, outros lugares para onde a amada vai com seu Amado
para pastorear. Seu convite ao Amado continua:
“Levantemo-nos cedo de manhã para ir às vinhas; vejamos
se florescem as vides, se se abre a flor, se já brotam as
romeiras; dar-te-ei ali o meu amor” (v. 12). O cristão
representado pela amada não é preguiçoso (cf. Jr 48:10),
mas diligente, assim como Cristo. Cedo de manhã ele sai
para ver se os irmãos cresceram em vida. Esse cristão cresceu
PLENA UNIÃO COM O SENHOR 163
Filhos
Um Anelo
Descansando
Amor e Ciúme
Uma Preocupação
O Evangelho do Reino
A Recompensa
O Espírito e a Noiva
“Ó tu que habitas nos jardins, os companheiros estão
atentos para ouvir a tua voz; faze-me, pois, também ouvi-la.
Vem depressa, amado meu, faze-te semelhante ao gamo ou
ao fiho da gazela que saltam sobre os montes aromáticos”
(Ct 8:13, 14). Estes são os dois últimos versículos de
Cântico dos Cânticos, e apresentam dois fatos maravilho
sos : o Esposo desejando ouvir a voz de Sua esposa e a esposa
anelando pela volta Dele. Isso retrata a conclusão do plano
eterno de Deus, a Sua economia, na Nova Jerusalém. Ali,
Deus e nós estaremos totalmente mesclados pela eternidade.
A consumação final e máxima do Deus Triúno, o Espírito,
estará falando juntamente com a noiva, que somos nós, a
igreja (Ap 22:17), formando, assim, o casal universal. O
Espírito e a noiva dizem: Vem! Não é mais o falar apenas do
Espírito, ou seja, apenas de Deus, mas por meio do Seu
trabalhar em nós, tornar-nos-emos uma entidade única com
Ele pela eternidade. Tudo estará consumado. Que maravi
lhosa união orgânica!
Conclusão
Hoje, nosso mais profundo anelo deve ser: “Vem
depressa, amado meu” (Ct 8:14). Por um lado, desejamos
que Ele venha logo, por outro, esperamos que isso não
ocorra hoje, pois percebemos que ainda não estamos sufici
entemente amadurecidos. Nossa fé e nosso amor ainda não
estão totalmente desenvolvidos. Não atingimos a maturida
de que nos qualifica a reinar com Ele. Por amar-nos, Ele tem
sido longânimo conosco em não ter vindo ainda, para que
todos nós cheguemos ao arrependimento de nossa condi
ção e nos preparemos para Sua volta (2 Pe 3:8, 9). De
qualquer maneira, somos os que amam a vinda do Senhor
176 CÂNTICO DOS CÂNTICOS