Sunteți pe pagina 1din 33

4

RESUMO

O objetivo desse trabalho é apresentar as coordenadas de pontos notáveis


de um triângulo qualquer como médias ponderadas, caracterizadas de
acordo com os pesos atribuídos.

Palavras chave: pontos notáveis, triângulo, média ponderada.


5

ABSTRACT

The objective of this work is displaying the coordinates of notable points of


any triangle as weighted averages, characterized according to the weights
assigned.

Keywords: notable points, triangle, weighted average


6

ÍNDICE

INTRODUÇÃO ............................................................................ 07
CAPÍTULO 1 ............................................................................ 08
Definições Fundamentais ................................................... 08
Plano Cartesiano .............................................................. 15
CAPÍTULO 2 ............................................................................ 19
2.1 Coordenadas do baricentro de um triângulo qualquer ....... 19
2.2 Coordenadas do incentro de um triângulo qualquer .......... 20
2.3 Coordenadas do ortocentro de um triângulo qualquer ....... 23
2.4 Coordenadas do circuncentro de um triângulo qualquer ...... 29
2.5 Reta de Euler ............................................................. 34
CONCLUSÃO ........................................................................... 35
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................. 36
7

INTRODUÇÃO

Este trabalho tem como objetivo mostrar que as coordenadas dos


pontos notáveis de um triângulo qualquer podem ser obtidas através do
cálculo das médias ponderadas dos vértices, em que cada ponto possui os
seus respectivos pesos.

No capítulo 1, apresentamos algumas definições fundamentais, tais


como base média de um triângulo, mediana de um segmento, mediatriz
de um segmento, altura de um triangulo, bissetrizes de ângulos, dentre
outros especificados no mesmo.

No capitulo 2, na seção 2.1 calculamos as coordenadas do


baricentro de um triângulo qualquer.

Na seção 2.2, calculamos as coordenadas do incentro de um


triângulo qualquer.

Na seção 2.3, calculamos as coordenadas do ortocentro de um


triângulo qualquer.

Na seção 2.4, calculamos as coordenadas do circuncentro de um


triângulo qualquer e apresentamos a reta de Euler na seção 2.5.
8

CAPITULO 1
DEFINIÇÕES FUNDAMENTAIS

Definição 1: BASE MÉDIA DE UM TRIÂNGULO


É um segmento cujos extremos são pontos médios de dois lados de um
triângulo.

Teorema 1: TEOREMA DA BASE MÉDIA DE UM TRIÂNGULO


Sejam M e N os pontos médios dos lados AB e AC do triângulo ABC .

BC
Então, MN // BC , e MN = .
2

Demonstração:
Seja P um ponto na semirreta MN , de forma que MN = 2( NP )

Temos que ΔAMN ≅ ΔCPN , pois:


9

MN = PN
ANˆ M = CNˆ P
AN = CN
Pelo caso LAL de congruência de triângulos.
Daí, temos:
• AB // PC , pois MAˆ N = PCˆ N , que são ângulos alternos internos

formados pelas retas AB e CP com a transversal AC .


• MB = PC , pois CP = AM = MB .
Dessas duas relações concluímos que o quadrilátero MBCP é um
paralelogramo. Donde concluímos que MP = BC e MP // BC ,

BC
consequentemente MN = e MN // BC .
2
Isso conclui a demonstração.

Definição 2: MEDIANA DE UM TRIÂNGULO


A mediana de um triângulo com relação a um vértice do triângulo é o
segmento de extremos que vai deste vértice ao ponto médio do lado
oposto.

Teorema 2:
As três medianas de um triângulo qualquer se encontram em um mesmo
ponto. Tal ponto é chamado de baricentro do triângulo.

Demonstração:
Consideremos um triângulo de vértices A, B e C (veja pg.12)
Sejam AM e BN as medianas do ∆ ABC relativas aos vértices A e B e

denotemos por G1 a interseção dessas medianas. Considere Q e R os

pontos médios de AG1 e BG1 , respectivamente.


10

O quadrilátero MNQR é um paralelogramo.


De fato, pelo teorema da base média temos:
AB AB
No ∆ ABC que MN // AB e MN = no ∆ BG 1 A que QR // AB e QR =
2 2
. Assim MN // QR e MN = QR .
Além disso, sendo G1 a interseção das diagonais do paralelogramo MNQR ,

temos: AG1 = 2G1M e BG1 = 2G1 N .

Consideremos agora as medianas AM e CP .

O quadrilátero MUTP é um paralelogramo.


De fato, pelo teorema da base média temos:
CA CA
NO ∆ CG 2 A que UT // CA e no ∆ ABC que UT = e PM // CA e PM = .
2 2
Assim UT // PM e UT = PM .

Além disso, sendo G2 a interseção das diagonais do paralelogramo MUTP ,

temos: T = Q , AG2 = 2G2 M e CG 2 = 2G2 P .

Como existe um único ponto X sobre AM tal que AX = 2 XM , concluímos

que G1 = G2 .
11

Dessa forma fica provado que as três medianas se encontram em um


mesmo ponto.
Corolário: O baricentro está sobre cada mediana, a uma distancia do

2
vértice de da mediana relativa ao vértice.
3

Definição 3: MEDIATRIZ DE UM SEGMENTO


É a reta perpendicular ao segmento, traçada pelo seu ponto médio.

Observação: Da geometria plana pode-se demonstrar que a mediatriz de


um segmento, é o lugar geométrico dos pontos que eqüidistam dos
extremos deste segmento.

Teorema 3:
As três mediatrizes de um triângulo qualquer se encontram em um
mesmo ponto.
Tal ponto é chamado de circuncentro de um triângulo.

Demonstração:
Dado um ∆ ABC e sejam m AB , m BC , mCA as mediatrizes referentes aos lados

AB, BC e CA .

O ponto O interseção de m AB e m BC é o ponto que equidista de A e B e,

também, de B e C . Portanto, o ponto O eqüidista de A e C . Logo, O

pertence a mCA . Isto é, as três mediatrizes se intersectam em O , que

equidista de A , B e C .
12

Definição 4: ALTURA DE UM TRIÂNGULO


É um segmento contido na reta que passa por um vértice e que é
perpendicular e cujos extremos são esse vértice e a interseção dessa reta
com o lado oposto.
Teorema 4:
As retas que contêm as alturas de um triângulo qualquer se encontram
em um mesmo ponto. O ortocentro de um triângulo é o ponto onde se
intersectam as retas que contêm as alturas do triângulo.
Demonstração:
Seja ABC um triângulo qualquer.
Pelos vértices A, B e C desse triângulo, tracemos retas paralelas aos lados
opostos a estes vértices, obtendo o ∆ MNP .
13

Temos que:

A ∈ NP e NP // BC

B ∈ MP e MP // AC

C ∈ MN e MN // AB .
Daí:
APBC é paralelogramo ⇒ AP ≡ BC
ABCN é paralelogramo ⇒ AN ≡ BC

Logo, A é ponto médio de PN .

De forma análoga, concluímos que B é ponto médio de PM , e C é ponto

médio de MN .

As retas que contêm as alturas do ∆ ABC são mediatrizes dos lados PM ,

PN e MN do ∆ PMN . Pelo teorema das mediatrizes sabemos que estas


retas se encontram em um mesmo ponto. Este ponto é o ortocentro do
triângulo ABC .

Definição 5: BISSETRIZ DE UM ÂNGULO


A bissetriz de um ângulo AOˆ B é a semirreta de origem O, incluída no
ângulo, e que o divide em dois outros de mesma medida.
14

Definição 6: BISSETRIZ DO ÂNGULO DE UM TRIÂNGULO ABC


A bissetriz do triângulo ABC relativa ao vértice A , é o segmento contido
na bissetriz do ângulo A e cujos extremos são A e a interseção desta com
o lado oposto.
Observação: Vale observar que a bissetriz de um ângulo, é o lugar
geométrico dos pontos que equidistam dos lados do ângulo.

TEOREMA 5:
As bissetrizes de um triângulo qualquer se encontram em um ponto
comum. Tal ponto é chamado de incentro de um triângulo.

Demonstração:

Dado o ∆ ABC , tracemos a bissetriz BP e a bissetriz AQ .

Seja I a interseção de BP e AQ . Então:

I ∈ AQ ⇒ d ( I , AB) = d ( I , AC ) e I ∈ BP ⇒ d ( I , AB) = d ( I , BC ) ,donde

d ( I , AC ) = d ( I , BC ) .

Logo, I ∈ CR .
15

PLANO CARTESIANO:

Definição 7: SOMA DE VETORES

I II

Definição 8: DIVISÃO DE UM SEGMENTO NA RAZÃO DADA

Dados três pontos colineares A = ( x A , y A ), B = ( x B , y B ), C = ( xC , yC ) , tal

que B≠ C, dizemos que o ponto C divide o segmento AB na razão r ,

AC
com r > 0 , e escrevemos = r , se AC = r AB .
CB

Proposição: Coordenadas do ponto C que divide AB na razão r .


16

Então, AC = r AB . Essa equação vetorial pode ser escrita em coordenadas

cartesianas da seguinte forma:

X C − X A = r( X B − X A )
X C = r( X B − X A ) + X A
Analogamente,
YC = r ( YB − Y A ) + YA
Logo,
C= ( r( X B − X A ) + X A , r ( YB − Y A ) + Y A ) .

EXEMPLO: vamos calcular as coordenadas do ponto médio de um


segmento

Dado um segmento AB , determinar as coordenadas do ponto médio, M,


desse segmento.

Solução:
1
Temos que AM = r AB , em que r =
2
Daí obtemos que:

x A + xB y A + y B
M = ( , )
2 2

Definição 9: Vetores linearmente dependentes

Dois vetores são linearmente dependentes, quando um deles for um


múltiplo escalar do outro.
17

Observação: Se dois vetores não nulos são linearmente dependentes,


então eles têm a mesma direção.
Definição 10: Vetores linearmente independentes

Dois vetores são linearmente independentes, quando nenhum deles for


um múltiplo escalar do outro.
Observação: Se dois vetores são linearmente independentes, então eles
possuem direções diferentes.

Todo vetor no plano se escreve como combinação linear de dois vetores


linearmente independentes.
 
Representando por u e v dois vetores linearmente independentes, então
  
um vetor w é uma combinação linear de u e v , isto é, existem reais x e
  
y tais que w = x u + y v .

Definição 11: VETOR UNITÁRIO

OP
Dado um vetor OP ≠ 0 , o seu vetor unitário é dado por u = . Isto é,
OP

chamaremos de vetor unitário o vetor de norma 1, com o mesmo sentido


de OP.
18

Definição 12: EQUAÇÃO DA BISSETRIZ DO ÂNGULO NÃO NULO PÔQ .

OP OQ
Sejam os vetores unitários u = e v= . Então o vetor OD = u + v
OP OQ

tem a direção da bissetriz do ângulo formado por u e v .

De fato, OD dá a direção da diagonal do paralelogramo de lados paralelos

a u e v.

Assim a equação da bissetriz de POˆ Q é λ OD , com λ ≥ 0 .


19

CAPÍTULO 2

2.1 COORDENADAS DO BARICENTRO DE UM TRIÂNGULO


QUALQUER:

Teorema 6: Dado um triângulo qualquer de vértices A = ( X A , YA ) ,

B = ( X B , YB ) , C = ( X C , YC ) , o baricentro desse triângulo é dado por:

 X + X B + X C Y A + YB + YC 
G=  A , 
 3 3 
Demonstração:
Seja AM a mediana do ∆ ABC relativa ao lado BC .

 X B + X C YB + YC  2
Então, M =  ,  e AG = AM .
 2 2  3
Daí usando o teorema 6, temos:
2
XG − X A = (XM − XA)
3
2 X + XC 
XG =  B − XA + XA
3 2 
X + X C 2 X A 3X A
XG = B − +
3 3 3
X + XB + XC
XG = A
3
Analogamente temos:
20

Y A + YB + YC
YG =
3

 X A + X B + X C Y A + YB + YC 
Dessa forma podemos escrever G =  , 

 3 3 
Observação: A partir dessa seção usaremos notações envolvendo A, B , C ,
com o intuito de expressar uma relação que vale simultaneamente para a
abscissa e a ordenada de cada um desses pontos.

 X A + X B + X C Y A + YB + YC  A + B + C
Por exemplo, G =  ,  = .
 3 3  3

2.2 COORDENADAS DO INCENTRO DE UM TRIÂNGULO QUALQUER

Teorema 7: Dado o ∆ ABC no plano, as coordenadas do incentro desse

aA + bB + cC
triângulo são dadas por: I = , sendo a, b, c as medidas dos
a+ b+ c
lados opostos aos vértices A, B, C respectivamente.

Demonstração:
Na figura abaixo, I representa o incentro do ∆ ABC .

Temos que :

CA CB
1) CP1 = + e CI = α CP1 , α ∈ ℜ
CA CB

BA BC
2) BP2 = + e IB = β BP2 , β ∈ ℜ
BA BC
21

Temos ainda as seguintes equações:

I ) BC + CA = BA

II ) CI + IB = CB

De II temos:

( ) ( )
CI + IB = CB ⇒ α CP1 + β BP2 = CB

   
 CA CB   BA BC 
α +  + β +  = CB
 CA CB   BA BC 
   

Observação: CA = b, CB = a, BA = c

α α β β
III) CA + CB + BA + BC − CB = 0
b a c a

De (I) Podemos escrever:


β
c
BA =
β
c
(
BC + CA ) e substituir em III, em

seguida colocamos CA e CB em evidência. Dessa forma obtemos:

α β  α β β 
 +  CA +  − − − 1 CB = 0
 b c a a c 
 α β cα
 i ) b + c = 0 ∴ β = − b

 ii ) α − β − β − 1= 0
 a a c
ab
Substituindo i em ii , obtemos: α = .
a+ b+ c
 
 CA CB 
Podemos então escrever que: CI = α  + .
 CA CB 
 
ab  x A − xC x B − xC 
Donde, CI = a + b + c  + 
 b a 

a ( x A − xC ) b( x B − xC )
x − x = +
I C a+ b+ c a + b+ c
ax A − axC + bx B − bxC
x = + x
I a + b+ c C
ax A + bx B + cxC
x =
I a+ b+ c
22

Analogamente para a segunda coordenada, temos:


ay A + by B + cyC
y =
I a+ b+ c

Dessa forma podemos escrever


 a X A + b X B + c X C a YA + b YB + c YC 
I = , 
 a+b+c a+b+c 

a ( X A ,YA ) b( X B , YB ) c( X C , YC ) aA + bB + cC
I = + + ⇒ I =
a+b+c a+b+c a+b+c a+b+c
23

2.3 COORDENADAS DO ORTOCENTRO DE UM TRIÂNGULO


QUALQUER

Teorema 8: As coordenadas do ortocentro de um triângulo ∆ ABC é dada


por:

 X tgα + X B tgβ + X C tgγ Y A tgα + YB tgβ + YC tgγ 


H =  A ,  , isto é,
 tg α + tg β + tg γ tg α + tg β + tg γ 

A tgα + B tgβ + C tgγ


H= .
tgα + tgβ + tgγ

Demonstração:
As coordenadas dos pontos são A = ( X A , YA ) , B = ( X B , YB ) e C = ( X C , YC ) .

Sejam A1 , B1 , e C1 os pés das alturas relativas aos lados BC, CA e AB .

1) Do triângulo ∆ AB1 B , temos:


BB1
tgα = ⇒ BB1 = tgα ⋅ AB1
AB1

2) Do triângulo ∆ CBB1 , temos:


BB1
tgγ = ⇒ BB1 = tgγ ⋅ CB1
CB1
Das relações obtidas em 1 e 2, obtemos:
24

AB1 tgγ CB1 tgα CB1 + AB1 tgα + tgγ


tgα ⋅ AB1 = tgγ ⋅ CB1 ⇒ = . Donde = ⇒ =
CB1 tgα AB1 tgγ AB1 tgγ

 tgα 
e, conseqüentemente, AB1 =   AC .
 tgα + tgγ 
 tgα 
Assim concluímos que AB 1 =   AC .
 tgα + tgγ 
Daí,

 tgα 
B1 − A =   ⋅ ( C − A)
 tgα + tgγ 
C tgγ A tgγ
B1 = − + A
tgα + tgγ tgα + tgγ
C tgγ A tgγ A tgα + A tgγ
B1 = − +
tgα + tgγ tgα + tgγ tgα + tgγ

A tgα + C tgγ
B1 =
tgα + tgγ
Analogamente
obtemos:
A tgα + B tgβ
C1 =
tgα + tgβ

Considerando ∆ AB1 H , temos:

(1) B1 H + HA = B1 A

( )
(2) B1 H = λ B1 B

B H = λ ( B C + CB )
1 1

B H = λ ( pAC − BC )
1

(3) HA = ϑ ( A A) 1

B H = ϑ ( A C + CA)
1 1

B H = ϑ ( q BC − AC )
1
25

tgα
(4) B1 A = − w AC , em que w =
tgα + tgγ
Substituindo esses valores encontrados na equação (1), vamos obter:

( ) (
(5) λ p AC − BC + ϑ q BC − AC + w AC = 0 )
Para encontrarmos os valores de p e q , faremos:
B1C
I) B1C = p AC ∴ p =
AC
AC = AB1 + B1C ∴ AB1 = AC − B1C
B1 B B1 B
Sabemos que tgγ = e tgα = .
B1C B1 A
Igualando as tangentes, temos:
( B1C ) tgγ = ( B1 A) tgα
( B1C ) tgγ = ( AB1 ) tgα
(
( B1C ) tgγ = AC − B1C tgα )
( B1C ) tgγ = ( AC ) tgα − ( B1C ) tgα
B1C ( tgγ − tgα ) = ( AC ) tgα

B1C tgα
=
AC ( tgγ + tgα )
tgα
p=
( tgγ + tgα )

A1C
II) A1C = q BC ∴ q =
BC
A1 B = CB − CA1 ∴ A1 B = − BC + A1C
A1 A A1 A
Sabemos que tgγ = e tgβ = .
A1C A1 B
Igualando as tangentes, temos:
26

( A1C ) tgγ = ( A1B ) tgβ


(
( A1C ) tgγ = BC − A1C tgβ )
( A1C ) tgγ + ( A1C ) tgβ = ( BC ) tgβ

A1C ( tgγ + tgβ ) = ( BC ) tgβ


A1C tgβ
=
BC ( tgγ + tgβ )
tgβ
q=
( tgγ + tgβ )

Substituindo os valores de p e q em (5) e organizando a equação temos:

( ) ( )
λ p AC + CB − ϑ qCB − AC + w AC = 0

λ ( p AC ) − λ BC + ϑ q BC − ϑ AC + w AC = 0

(λ p − ϑ + w) AC + ( λ − ϑ q ) BC = 0

 I) λ p − ϑ + w = 0

 λ
 II ) λ − ϑ q = 0 ∴ λ = ϑ q ∴ ϑ = q

Substituindo II em I, temos:
tg γ
tgγ + tgα
ϑ =
 tg α   tg β 
   − 1
 tgγ + tgα   tgγ + tgβ 
tg γ
tgγ + tgα
ϑ =
tgα tgβ − ( tgγ + tgα )( tgγ + tgβ )
( tgγ + tgα )( tgγ + tgβ )
tgγ ( tgγ + tgβ )
ϑ =
tgα tgβ − ( tgγ + tgα )( tgγ + tgβ )

De (3), temos:
27

(
HA = ϑ AC + qCB )
HA = ϑ AC + ϑ qCB
X A − X H = ϑ ( X C − X A ) + ϑ q( X B − X C )

X H = (ϑ + 1) X A − ϑ q X B + (ϑ q − ϑ ) X C

• ϑ +1
tgγ ( tgγ + tgβ )
+1
tgα tgβ − ( tgγ + tgα )( tgγ + tgβ )
tgγ ( tgγ + tgβ ) + tgα tgβ − ( tgγ + tgα )( tgγ + tgβ )
tgα tgβ − ( tgγ + tgα )( tgγ + tgβ )
Simplificando, obtemos:
tgα
XA
tgα + tgβ + tgγ

• −ϑ q

 tgγ ( tgγ + tgβ )  tgβ 


−    
 tgα tgβ − ( tgγ + tgα )( tgγ + tgβ )   ( tgγ + tgβ ) 

Simplificando, obtemos:
tgβ
XB
tgα + tgβ + tgγ

• ϑ q − ϑ ∴ ϑ ( q − 1)

 tgγ ( tgγ + tgβ )  tgβ 


   − 1
 tgα tgβ − ( tgγ + tgα )( tgγ + tgβ )   ( tgγ + tgβ ) 

Simplificando, obtemos:
tgγ
XC
tgα + tgβ + tgγ
28

tgα tgβ tgγ


XH = X A+ XB+ XC
tgα + tgβ + tgγ tgα + tgβ + tgγ tgα + tgβ + tgγ

Analogamente,

tgα tgβ tgγ


YH = YA + YB + YC
tgα + tgβ + tgγ tgα + tgβ + tgγ tgα + tgβ + tgγ

A tgα + B tgβ + C tgγ


Dessa forma podemos escrever H = .
tgα + tgβ + tgγ
29

2.4 COORDENADAS DO CIRCUNCENTRO DE UM TRIÂNGULO


QUALQUER

Teorema 9: As coordenadas do circuncentro de um ∆ ABC é dada por:

Asen( 2α ) + Bsen( 2β ) + Csen( 2γ )


N=
sen( 2α ) + sen( 2β ) + sen( 2γ )

Demonstração:
Vamos considerar o ∆ ABC , e a seguir tomaremos os pontos P, Q e R ,

médios aos respectivos lados AB , AC , e BC .

Temos que:
B+ C A+ C A+ B
P= , Q= , R= .
2 2 2
Os triângulos ABC e PQR têm os ângulos iguais e podemos dizer também
que:

PR // AC , QP // AB, QR // CB.

Logo as mediatrizes dos lados do ∆ ABC contêm as alturas do ∆ PQR .


30

Portanto o circuncentro N do ∆ ABC é o ortocentro do ∆ PQR .


Logo:
P tgα + Q tgβ + R tgγ
N=
tgα + tgβ + tgγ
B+ C A+ C A+ B
tgα + tgβ + tgγ
N= 2 2 2
tgα + tgβ + tgγ
( B + C ) tgα + ( A + C ) tgβ + ( A + B ) tgγ
N=
2( tgα + tgβ + tgγ )
A( tgβ + tgγ ) + B( tgα + tgγ ) + C ( tgα + tgβ )
N=
2( tgα + tgβ + tgγ )
A( tgβ + tgγ + tgα − tgα ) + B( tgα + tgγ + tgβ − tgβ ) + C ( tgα + tgβ + tgγ − tgγ )
N=
2( tgα + tgβ + tgγ )
( tgα + tgβ + tgγ )( A + B + C ) − A tgα − B tgβ − C tgγ
N=
2( tgα + tgβ + tgγ )

N=
(A+ B + C ) A tgα + B tgβ + C tgγ
− (*). Essa é uma primeira expressão
2 2( tgα + tgβ + tgγ )
para N .

Trabalharemos a seguir para obter C como uma média ponderada. Na


verdade,

Asen( 2α ) + Bsen( 2β ) + Csen( 2γ )


N=
sen( 2α ) + sen( 2β ) + sen( 2γ )
De fato
31

N=
(A+ B + C ) A tg α + B tg β + C tg γ

2 2( tg α + tg β + tg γ )

Então:

senα senβ senγ


A + B + C
N=
(A+ B + C)

cos α cos β cos γ
2  senα senβ senγ 
2 + + 
 cos α cos β cos γ 

N=
(A+ B + C ) Asenα cos β cos γ + Bsenβ cos α cos γ + Csenγ cos α cos β

2 2( senα cos β cos γ + senβ cos α cos γ + senγ cos α cos β )

A senα cos β cos γ + A senβ cos α cos γ + Asenγ cos α cos β


N= +
2( senα cos β cos γ + senβ cos α cos γ + senγ cos α cos β )

+ Bsenα cos β cos γ + Bsenβ cos α cos γ + Bsenγ cos α cos β


+
2( senα cos β cos γ + senβ cos α cos γ + senγ cos α cos β )

+ Csenα cos β cos γ + Csenβ cos α cos γ + Csenγ cos α cos β


-
2( senα cos β cos γ + senβ cos α cos γ + senγ cos α cos β )

− Asenα cos β cos γ − Bsenβ cos α cos γ − Csenγ cos α cos β


2( senα cos β cos γ + senβ cos α cos γ + senγ cos α cos β )
A( senβ cos α cos γ + senγ cos α cos β ) + B ( senα cos β cos γ + senγ cos α cos β ) + C ( senα cos β cos γ + senβ cos α cos γ )
N=
2( senα cos β cos γ + senβ cos α cos γ + senγ cos α cos β )

A cosα ( senβ cos γ + senγ cos β ) + B cos β ( senα cos γ + senγ cosα ) + C cos γ ( senα cos β + senβ cosα )
N=
2( senα cos β cos γ + senβ cos α cos γ + senγ cos α cos β )

Observações:
1) α + β + γ = 180º
sen( β + γ ) = sen(180º − α )
2)
sen( β + γ ) = senα
sen( α + γ ) = sen(180º − β )
3)
sen( α + γ ) = senβ
sen( α + β ) = sen(180º − γ )
4)
sen( α + β ) = sen λ
32

Substituindo as observações 1,2,3 e 4 na equação a seguir

A cosα ( senβ cos γ + senγ cos β ) + B cos β ( senα cos γ + senγ cosα ) + C cos γ ( senα cos β + senβ cosα )
N= ,
2( senα cos β cos γ + senβ cos α cos γ + senγ cos α cos β )

temos:

A cos α ( sen( β + γ ) ) + B cos β ( sen( α + γ ) ) + C cos γ ( sen( α + β ))


N=
2( senα cos β cos γ + senβ cos α cos γ + senγ cos α cos β )

A cos α senα + B cos β senβ + C cos γ senγ


N=
2( senα cos β cos γ + senβ cos α cos γ + senγ cos α cos β )

Multiplicando o numerador e o denominador por 2, segue:

2 A cos α senα + 2 B cos β senβ + 2C cos γ senγ


N=
4( senα cos β cos γ + senβ cos α cos γ + senγ cos α cos β )
Asen( 2α ) + Bsen( 2 β ) + Csen( 2γ )
N=
4( senα cos β cos γ + senβ cos α cos γ + senγ cos α cos β )

Desenvolvendo apenas o denominador


4( senα cos β cos γ + senβ cos α cos γ + senγ cos α cos β ) , temos:

4( senα cos β cos γ + cos α ( senβ cos γ + senγ cos β ))


4( senα cos β cos γ + cos α ( sen( β + γ )))
4( senα cos β cos γ + cos α ⋅ senα )
4( senα ( cos β cos γ + cos α ))

Agora vamos mostrar que:

4( senα ( cos β cos γ + cos α )) = sen( 2α ) + sen( 2 β ) + sen( 2γ )


2( senα ( cos β cos γ + cos α )) = senα cos α + senβ cos β + senγ cos γ
2 senα cos β cos γ + 2 senα cos α = senα cos α + senβ cos β + senγ cos γ
2 senα cos β cos γ + senα cos α = senβ cos β + senγ cos γ

senα ( 2 cos β cos γ + cos α ) = senβ cos β + senγ cos γ


sen( β + γ ) ( 2 cos β cos γ − cos( β + γ )) = senβ cos β + senγ cos γ
33

2 sen( β + γ )( cos β cos γ + senβ senγ ) = senβ cos β + senγ cos γ


2 sen( β + γ ) ( cos( β − γ )) = sen( 2β ) + sen( 2γ )
 2 β + 2γ   2β − 2γ 
2 sen( β + γ ) ( cos( β − γ )) = 2 sen  ⋅ cos 
 2   2 

2 sen( β + γ ) ( cos( β − γ )) = 2sen( β + γ ) ( cos( β − γ )) .

Assim,
4( senα ( cos β cos γ + cos α )) = sen( 2α ) + sen( 2 β ) + sen( 2γ ) .

Asen( 2α ) + Bsen( 2β ) + Csen( 2γ )


Dessa forma podemos escrever N = .
sen( 2α ) + sen( 2β ) + sen( 2γ )
34

2.5 RETA DE EULER

Da relação em (*) da pg.26, temos que:

3 1
N= G − H ⇔ 2C = 3G − H ⇔ 2GC = HG , o que quer dizer que os pontos
2 2
N , G e H são colineares.
A reta que contém esses pontos N , G e H é denominada a reta de Euler
do ∆ ABC .
35

CONCLUSÃO:

Ao iniciar este trabalho, percebi como os conteúdos matemáticos


estão entrelaçados de uma maneira muito interessante e desafiadora.

Em alguns momentos, tive muita dificuldade em perceber esta


relação entre os diversos conteúdos utilizados para as demonstrações
feitas nos capítulos anteriores. A idéia de “unificar” uma fórmula para
provar que os centros dos triângulos partem de uma mesma fórmula, e o
que as diferencia são os pesos utilizados, é realmente muito interessante
e divertido de descobrir.

Aprendi que para atingirmos nossos objetivos, nesse caso, das


demonstrações é necessário muita dedicação, atenção e força de vontade.
Precisei superar medos, inseguranças e tabus que eu também tinha sobre
alguns conteúdos matemáticos. Meu orientador foi de muita importância
para que eu atingisse esse objetivo. Ele me deu forças e conselhos, que
me ajudaram a me esforçar e cumprir a tarefa a que me dispus.

Que este trabalho possa ser um meio de ajuda para outros colegas
que como eu, tive a força de vontade para superar as dificuldades que às
vezes encontramos em nossos caminhos matemáticos.
36

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
• Revistas R.P.M. Vol.2 e 3 – Seção de problemas – Sociedade
Brasileira de Matemática.
• Revista R.P.M. Vol.43 – Seção sobre Coordenadas para os centros
dos triângulos – Sociedade Brasileira de Matemática.

S-ar putea să vă placă și