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INTRODUÇÃO

A família sempre foi amparada pelo Estado, com uma estrutura sempre muito
bem definida, sendo formada a partir do matrimônio, Aquela formada fora do
parâmetro do casamento, ficava à margem da sociedade e também da proteção
Estatal.

Segundo Roudinesco(2003), a legitimação do divórcio ocorrida somente em


1977 dá início a mudanças importantes no tocante ao cenário das relações familiares,
pois muda o panorama que se tinha antes o qual considerava que o divórcio levaria à
dissolução da concepção de família como união indissolúvel, muito embora a lei não
impedisse separações e casamentos, esse tema não tinha reconhecimento social e
era um assunto muito pouco discutido.

O divórcio representou, então, um primeiro passo do Estado para acompanhar


através do reconhecimento, as mudanças sociais que ocorrem diariamente na
estrutura familiar.

Mas, ao contrário do que possa parecer, o divórcio inaugura uma série de


problemas, visto que ele legaliza uma relação de discórdia entre o casal, leva a uma
liberação do clima de disputa e cria novas estruturas domésticas de convivência entre
pais e filhos. Apresenta-se como um processo extremamente dramático, complexo
sendo determinado por diversos fatores e resultando múltiplas implicações sociais e
psicológicas nas crianças e adolescentes quando envolvidas.
O INSTRUMENTO DA MEDIAÇÃO

Para Roudinesco (2003), a organização familiar contemporânea se baseia em


três fatores sociais bem definidos: a revolução da afetividade, a “maternalização” da
célula familiar, ao conceder um lugar especial para os filhos, e a prática sistemática
da contracepção, que permite a organização mais individualizada da família. As
pessoas casam mais tarde e os casamentos arranjados praticamente desapareceram.
Em decorrência dessas mudanças, a família nuclear tradicional começa a tornar-se
uma exceção em um universo marcado pelo trinômio casamento, separação e
recasamento.

O Direito de Família brasileiro baseia-se em normas de Direito Público e


Privado, que trata a família como um organismo social intermediário entre o Estado e
o indivíduo, o que limita a autonomia da vontade e impõe “normas cogentes,
objetivando uma regulamentação uniforme para as relações que se estabelecem no
âmbito do direito de família”.

Embora na sociedade prevaleça a ideia de que os conflitos devem ser


jurisdicionados pelo Estado, também é verdade que, “no fundo, estamos cada vez
mais inclinados a viver segundo o predomínio social sobre o estatal, preferindo
sempre que possível, resolver nossas questões por nós mesmos” (REALE, 1996, p.
2).
A mediação possui as seguintes características:

a) do ponto de vista externo: trata-se de um processo privado, auto-


compositivo e transdisciplinar, definido a partir de critérios de bem-estar
social, no qual atuam profissionais com elevado conhecimento técnico para
orientar as questões necessárias, buscando possibilidades de soluções para
o conflito, limitadas apenas pela Ética e pelo Direito, uma vez que os acordos
firmados em mediação referentes à guarda, visitas e pensão alimentícia
deverão sempre ser homologados pelo Judiciário.

b) do ponto de vista interno: a mediação procura, através da depuração dos


consensos e dissensos, um intercâmbio de posições e opiniões, apontar a
interferência de conflitos intrapessoais na dinâmica interpessoal dos cônjuges,
e objetiva a composição de um acordo pautado na colaboração, preservando
a autonomia da vontade das partes.

Muitas pesquisas vêm fortalecer a eficácia da mediação na solução de


conflitos no mundo todo, baseados no resultado obtido com e sem a mediação, no
que se disciplina ao acordo, diminuindo o retorno do casal à justiça refazer um acordo
não satisfatório para ambas partes, indo contra um dos principais objetivos do
emprego da mediação: o desafogamento do sistema judiciário.
JUSTIÇA RESTAURATIVA
Segundo o site do CNJ a Justiça Restaurativa está em funcionamento há 14
anos no Brasil e consiste em “um processo colaborativo voltado para resolução de um
conflito caracterizado como crime, que envolve a participação maior do infrator e da
vítima”.

A Justiça restaurativa tem como principal objetivo a substituição da concepção


tradicional da justiça criminal – baseada na aplicação da pena - pela justiça punitiva-
retributiva. Com isso o papel da justiça passa a ser a de reparação de danos causados
às vítimas e à sociedade.

É realizada não por um juiz, mais por um mediador – que pode ser uma
assistente social - que consiste em um encontro entre a vítima do crime e o infrator e,
quando apropriado, outras pessoas, na busca de uma solução que seja aceitável.

Ao se deparar com essa ideia de vítima e infrator frente a frente a primeira


pergunta que surge é: a Justiça restaurativa pode ser aplicada aos crimes mais
graves? A resposta é, sim. Existem teses que sustentam a beneficidade do encontro
entre vítima e agressor, uma delas é o enfrentamento e a tentativa de superação de
traumas.
CRÍTICAS Á JUSTIÇA RESTAURATIVA PARA A RESOLUÇÃO DOS CASOS DE
VIOLÊNCIA DOMÉSTICA
Conforme r

REFERÊNCIAS

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Editores, 2003.

REALE, Miguel. PRIVATIZAÇÃO DA JUSTIÇA. O ESTADO DE S. PAULO, de


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