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Agosto - 2009
PARA QUE TODOS SEJAM UM
Colégio Episcopal da Igreja Metodista
Agosto 2009 - versão eletrônica
COLÉGIO EPISCOPAL
Bispo João Carlos Lopes - Presidente
Bispo Luiz Vergilio Batista da Rosa - Vice-Presidente
Bispo Adonias Pereira do Lago - Secretário
Bispo Adolfo Evaristo de Souza
Bispo Adriel de Souza Maia
Bispa Marisa Freitas Ferreira
Bispo Paulo Tarso de Oliveira Lockmann
Bispo Roberto Alves de Souza
Bispo Geoval Jacinto da Silva
Bispo João Alves de Oliveira Filho
Bispo Josué Adam Lazier
Bispo Nelson Luiz Campos Leite
Bispo Paulo Ayres Mattos
Bispo Richard dos Santos Canfield
Bispo Rosalino Domingos
Bispo Stanley da Silva Moraes
APRESENTAÇÃO.........................................................................................5
INTRODUÇÃO............................................................................................7
POR QUE SE FALA EM "ECUMENISMO" AO TRATAR DE UNIDADE CRISTÃ?......................13
O QUE É O MOVIMENTO ECUMÊNICO?.............................................................17
A UNIDADE CRISTÃ É DESEJO DE DEUS?.............................................................23
O QUE ESTE ASSUNTO TEM A VER COM SER METODISTA?.........................................31
POR QUE HÁ TANTA DIFICULDADE COM ESTE ASSUNTO?............................................41
COMO A IGREJA METODISTA NO BRASIL DEVE TRATAR
O TEMA DA UNIDADE INTERNAMENTE?......................................................49
GLOSSÁRIO............................................................................................81
APRESENTAÇÃO
"Estas coisas vos escrevo para que a nossa alegria seja completa." (1Jo 1.4)
○
○
○
INTRODUÇÃO
○
○
○
○
○
○
Esta Pastoral, dirigida a todos os mem-
○
○
bros clérigos e leigos da Igreja Metodista no
○
○
Esta pastoral é
Brasil e a todas as pessoas de alguma forma
○
uma versão revista
○
relacionadas com esta parte do Corpo de Cris-
○
e atualizada da
○
to, é uma versão revista e atualizada da pri- primeira carta
○
○
meira Carta Pastoral sobre este assunto, sobre o
○
○
publicada em 1999. É a concretização do en- ecumenismo,
○
lançada em 1999.
○
caminhamento aprovado pelo 18º Concílio
○
○
Geral da Igreja Metodista, realizado em 2006,
○
○
resultante de intenso debate sobre o tema.
○
○
Além de ter decidido pela retirada da Igreja
○
○
Metodista de organismos ecumênicos em que ○
○
uma crise no
○
relacionamento
○
formal com a
○
reflexão e
○
aprofundamento
○
○
assunto.
○
○
teoria e a prática metodistas concernentes à
○
○
questão ecumênica fossem claramente expos-
○
○
tas e fundamentadas. Essa pastoral foi pre-
○
○
parada e disseminada. É fato, porém, que, a
○
○
despeito das orientações desse documento,
○
○
○
○
desconfortos manifestados por membros da
Igreja Metodista, no que diz respeito à sua
○
○
tações de divergências.
○
○
No Brasil, não há
○
unanimidade so-
○
○
○
○
to ecumênico". Critica-se o princípio com
○
○
base em visões negativas de algumas formas
○
○
de concretizá-lo. É fato que a caminhada A caminhada
○
○
ecumênica mostrou-se não isenta de equí- ecumênica
○
mostrou-se não
○
vocos. Diversos grupos e pessoas, no afã de
○
isenta de equívo-
○
alcançarem a tão desejada reconciliação, che- cos. O termo
○
○
garam a comprometer sua própria identida- ecumenismo tem
○
○
de confessional. Há, inclusive, quem pense sido usado de
○
maneira contro-
○
que ecumenismo nada mais é do que a sim-
○
ples integração de credos diferentes. Sabe- vertida.
○
○
mos e não podemos ignorar o fato de que
○
○
no presente momento o ter mo
○
PONDO EM PRÁTICA
○
"ecumenismo" tem sido usado de maneira
○
Dialogue com seu
○
controvertida, suscitando sérias e graves grupo de estudos:
○
○
distorções. Estamos firmemente convenci- ○
De que maneira o
ecumenismo ou
○
sido usado de
○
em sua comunida-
○
"discernimento de espíritos".
○
de local? Que
○
mesmas ações de
○
outra forma?
○
Quais acertos
○
trazem? O que
○
Jesus faria em
○
situação simi-
○
○
cias predominantes em nosso tempo do que
○
○
se espera que uma igreja faça e realize. Aten-
○
○
der a estas exigências pode trazer benefícios,
○
Fidelidade à
○
mensagem das mas o preço que se paga, muitas vezes, com
○
○
Escrituras e essa postura, é o sacrifício de nossa identi-
○
○
coerência com a
○ dade. Afinal, fidelidade à mensagem das Es-
herança metodista
○
são aspectos
○
inegociáveis!
○
○
fios enfrentados
○
pelo compromisso
○
dade? Quais são as por todos que viessem a crer nele, quando
○
possibilidades?
○
tes?
○
○
○
○
O que importa, entretanto, é seguirmos
○
○
adiante, tendo diante de nós as decisões to-
○
○
madas. Seguir adiante significa traçar novos Traçar novos
○
○
caminhos com base na nossa realidade, mas caminhos de
○
acordo com a
○
não lançar fora as significativas experiências
○
nossa realidade,
○
de crescimento - na fé, na esperança, no amor
○
sem lançar fora as
○
- que o nosso contato com cristãos e cristãs experiências de
○
○
de outros grupos e de organismos crescimento.
○
○
intereclesiásticos nos proporciona. Significa
○
○
também não lançar fora nossas convicções te-
○
ológicas, pois o compromisso pela unidade do
○
○
corpo de Cristo somente pode ser levado à fren-
○
○
te se por um lado, tivermos convicções forte-
○
○
mente alicerçadas em nossa herança wesleyana,
e, por outro, estivermos plenamente conscien- ○
○
○
○
não foram
○
desprezadas, elas
○
foram revisadas à
○
1999 não foram desprezadas; elas foram revi- luz das novas
○
○
○
to pergunta-resposta e uma linguagem acessí-
○
○
vel a toda a membresia de nossa Igreja.
○
○
○
PONDO EM PRÁTICA Repetimos que não pretendemos abrir
○
○
A carta afirma: mão de nossas convicções nem fechar os
○
“Não pretendemos
○
olhos para as crises que enfrentamos em tor-
○
abrir mão de ○
nossas convicções
○
○
no deste assunto. Mas entendemos que o
nem fechar os Senhor da história e da Igreja, nos chama
○
○
tamos em torno
○
deste assunto.” De
○
pessoalmente,
○
podem assumir o
○
instauração do
○
○
Reino de Deus,
○
○
dificuldade ou
○
○
quaisquer outras
○
○
caminho? Como
○
○
demonstrar
○
○
maturidade?
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
Para que todos sejam um
○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ 13
○
○
○
POR QUE SE FALA EM
○
○
○
"ECUMENISMO" AO TRATAR DE
○
○
○
○
UNIDADE CRISTÃ?
○
○
○
Precisamos
○
entender bem os
○
○
Ecumenismo é o princípio da unidade cris- termos usados e os
○
contextos de sua
○
tã em torno dos elementos comuns da fé em
○
utilização, para
○
Jesus Cristo. Implica atitudes de diálogo, res-
○
romper os precon-
○
peito, convivência e colaboração na forma de ceitos e adotar
○
○
atos de piedade (estudos bíblico, oração, je- posturas de
○
○
jum, reflexão e visitação) e de misericórdia integralidade,
○
próprias da
○
(ações solidárias e de cidadania). Deve carac-
○
identidae
○
terizar-se como uma resposta à oração de Je- ○ metodista. O que
sus: "que todos sejam um para que o mundo
○
Ecumenismo tem
○
significado para
○
da Igreja:
○
Ecumenismo é o
○
princípio da
○
tos comuns da fé
○
○
designá-lo é de utilização recente. Por isso não
○
○
vamos encontrar na Bíblia estas palavras no
○
○
Conheça, neste sentido da busca por unidade cristã. Vamos
○
trecho da carta, o
○
encontrar, sim, o termo que dá origem à ex-
○
caminho percorri-
○
pressão, a palavra grega oikoumene, que quer
○
do na construção
do conceito de ○
○
○ dizer "casa comum" ou "toda a terra habita-
“Ecumenismo” e da". Ela foi criada pelos gregos, séculos antes
○
○
grego e no latim.
○
Recuperar os
○
sentidos originais
○
é algo que pode Esse termo aparece muitas vezes na Bíblia com
○
○
hoje!
○
Apocalipse 12.9).
○
○
○
○
○
da diversidade, e a necessidade de unifica-
○
○
ção eclesial e doutrinária com a uniformi-
○
○
zação do corpo de Cristo, ou dos ramos o caminhar
○
○
Dele, a Videira Verdadeira. Afirmamos que ecumênico deve
○
aprofundar as
○
isto não corresponde ao que a Igreja
○
oportunidades que
○
Metodista no Brasil tem por convicção,
○
beneficiam,
○
acompanhando a história da concretização perante o mundo,
○
○
do princípio de unidade cristã no mundo e o testemunho da
○
○
em nosso país. Há ainda grupos que fazem fé em Cristo e o
○
uso do termo "macroecumenismo". Esta serviço pleno de
○
○
expressão foi criada pelo bispo católico amor ao próximo.
○
○
Pedro Casaldáliga para afirmar a aproxima-
○
○
ção cristã de outras religiões, porém é um
○
○
termo estranho ao metodismo e à tradição
○
○
histórica do movimento ecumênico, que, no ○
○
PARA PENSAR
que diz respeito a outras religiões, fazem
○
prática dos
Acima de tudo, entendemos que o cami-
○
primeiros
○
metodistas dizia:
○
“Não importa a
○
coração é igual ao
○
meu, dá-me a
○
mão”. O próprio
○
termos de identi-
○
dade metodista?
○
Como articular
○
tude ecumênica, regido pela única e eterna "lei" dade sem promover
○
○
○
compromisso ecumênico de buscar tornar
○
○
visível a unidade que nos está dada em Jesus
○
○
Cristo, e somente nele, significa, antes de tudo,
○
○
companheirismo na missão, no testemunho
○
○
e no serviço, e não formar uma só instituição
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
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○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○ eclesiástica, uma superigreja.
Para que todos sejam um
○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ 17
○
○
○
O QUE É O MOVIMENTO
○
○
○
ECUMÊNICO?
○
○
○
○
○
○
○
Muito tempo antes da palavra Este capítulo da
○
Pastoral pretende
○
"ecumenismo" ser utilizada para expressar
○
mostrar a cons-
este princípio que tem por base o diálogo, o
○
trução histórica
○
respeito, a convivência e a colaboração, que
○
do movimento
○
deve ser assumido pelos/as seguidores/as de
○
pela unidade dos
○
Jesus Cristo, várias coisas aconteceram e que cristãos e cristãs.
○
○
tornaram concreto este ideal. Ao longo dos O que você e sua
○
○
séculos, muita gente inspirada por Deus as- igreja conhecem
○
desta história?
○
sumiu este princípio de fé e resolveu agir,
○
○
concretizar ações, experiências, reuniões, en- ○
○
O movimento
○
missionário levou
○
formas de respei-
○
no mundo.
○
Queriam evitar a
○
competição
○
povos.
○
○
missionárias e juntas de missão das mais di-
○
○
ferentes igrejas atuando nos países, os mis-
○
○
Hoje também sionários se defrontaram com a realidade da
○
existe o escândalo
○
visibilidade da divisão: numa mesma cidade
○
da divisão entre os
○
eram centenas de diferentes pontos de mis-
○
cristãos e cristãs
na sua cidade? Ou ○
○
○ são que frequentemente confundiam os
é algo do passado? "missionados" que se perguntavam: a quem
○
○
○
○
○
- esforço comum das igrejas na tradução e
○
○
impressão de Bíblias para o trabalho missio-
○
○
nário. No entanto, a grande marca do esfor-
○
Veja nesta parte
○
ço por diálogo e cooperação foi a realização
○
da pastoral um
○
da Conferência Missionária Internacional, pequeno resumo
○
○
realizada na cidade de Edimburgo (Escócia), de eventos e
○
○
em 1910, reunindo, pela primeira vez na his- encontros entre
○
missionários e
○
tória, cerca de 1500 pessoas, com represen-
○
pessoas que
○
tação oficial de igrejas e sociedades
○
amavam as
○
missionárias das principais igrejas da tradi- missões, em busca
○
○
ção cristã, para refletirem sobre o tema da do respeito mútuo
○
○
missão e as possibilidades de unidade em e do avanço da
○
obra
○
torno dele. A base era a oração de Jesus re-
○
evangelística.
○
gistrada em João 17.21: "que eles sejam um,
○
○
para que o mundo creia". ○
○
○
○
Uma outra situação que é também consi-
○
derada um marco da história do movimento
○
○
Depois da Primei-
por unidade cristã aconteceu durante a Pri-
○
ra Guerra Mundi-
○
meira Guerra Mundial (1914-1918) quando
○
al, os cristãos e
○
muitas igrejas evangélicas da Europa e dos
○
cristãs de diversas
igrejas se uniram ○
○
○ Estados Unidos, especialmente por meio de
para promover a pessoas leigas, com grande participação da
○
○
feridas emocio-
○
tomar, junto a
○
outras comunida-
○
des? É possível,
1925, o "Movimento Vida e Ação" que re-
○
por exemplo,
○
combater a
○
violência e as
○
também lutam
○
○
tarefa, que
○
também é
○
missionária, pode
○
realizada?
○
○
○
○
santa ceia, ministério ordenado, Bíblia. Des-
○
○
cobriu-se que as diferenças são muitas, mas
○
○
que há muita coisa em comum. A partir dali
○
○
começaram a escrever vários documentos
○
○
para expressar isto.
○
○
Estes três movimentos - missionário, cris-
○
○
tianismo prático e doutrinário - passaram a
○
○
realizar muitas reuniões e atividades, que mais
○
○
tarde levaram à fundação do Conselho Mun-
○
○
dial de Igrejas (1948), que se tornou a expres-
○
○
são mais destacada do movimento ecumênico,
○
○
mas que não é sinônimo dele. Além do Con-
○
○
selho Mundial de Igrejas, existem muitas ou-
○
○
tras organizações, conselhos de igrejas, asso-
○
○
ciações eclesiásticas e membros de igrejas que ○
○
jas evangélicas).
○
○
○
○
trabalhavam a unidade por meio do serviço,
○
○
do estudo da Bíblia, da educação popular e
○
○
teológica. Foi em 1982, no final do período
○
○
da ditadura militar, que foi fundado o Conse-
○
○
lho Nacional de Igrejas Cristãs, que tentou e
○
○
○
○ ainda tenta recuperar a história, a
expressividade e a vitalidade da CEB.
○
○
○
○
○
○
A UNIDADE CRISTÃ É DESEJO
○
○
○
DE D EUS ?
○
○
○
○
○
○
○
Para nós, metodistas, a base para se Neste capítulo,
○
vamos buscar as
○
compreender o sentido do ideal de unida-
○
bases bíblicas que
○
de são as Santas Escrituras, orientadoras definirão de que
○
da prática de fé de quem se chama cris-
○
forma devemos
○
tão/cristã. Nelas há uma referência que
○
agir no mundo
○
podemos interpretar como fundante: en- em relação a
○
○
contra-se na oração sacerdotal de Jesus. O outros segmentos
○
○
evangelista João registrou que Jesus levan- cristãos.
○
○
tou os olhos para o céu e orou: "Não rogo
○
○
somente por estes, mas também por aqueles que ○
○
entende da oração
os amaste, como também amaste a mim. Pai, a mi-
○
de Jesus? Coloque
○
no papel suas
○
impressões, lendo
○
Depois, verifique a
○
percebe o ensino?
○
Como praticá-lo?
○
○
gui-lo, nem àquelas que se sentiam ameaçadas
○
○
pelo seu ministério. Jesus está se dirigindo
○
○
PONTOS PARA PENSAR
ao Pai, àquele que o tinha enviado. Jesus ora
○
A oração de Jesus
○
por sua comunidade como um todo, não
○
nos mostra que a
○
somente pelos discípulos que estavam com
○
unidade de sua
Igreja não é fruto ○
○
○ ele, mas também por quem viesse a crer por
da vontade intermédio deles. Portanto, Jesus estava tam-
○
○
cumprimento de
○
meros desejos
○
humanos.
○
intermédio de suas
○
relações fraternas
○
existe na Trindade,
○
ou seja, entre o
○
Pai, o Filho e o
○
Espírito Santo.
○
○
○
○
como igreja una, santa, católica (universal) e
○
○
apostólica (Efésios 2.14-22). A participação
○
○
na caminhada pela unidade segue um rumo
○
○
diferente do divisionismo que tem permiti-
○
○
do tantas igrejas que se inauguram e vivem
○
○
como que sem compromisso com séculos
○
○
de herança cristã, assim saltando das pági-
○
○
nas bíblicas para o seu espaço hoje. Esse
○
○
brotar dividido não oferece, perante o mun- DISCUTA NO SEU
○
○
do, testemunho em favor da fé que deseja GRUPO DE ESTUDOS A
○
○
proclamar "um só Senhor, um só Pai, uma só fé, AFIRMAÇÃO DA
○
PASTORAL DO
○
um só batismo" (Efésios 4).
○
COLÉGIO EPISCOPAL:
○
A busca da unidade não é a busca da união
○
A busca da
○
das igrejas em uma única forma institucional. unidade não é a
○
○
Ela é, acima de tudo, a afirmação e reconheci-
○
○
busca da união
das igrejas em
mento da diversidade de dons e ministérios
○
institucional. Ela
○
da diversidade de
○
dons e ministérios
○
concedidos por
○
que elas podem reivindicar é que são parte, Deus ao seu povo.
○
○
como institucionais.
○
26
Para que todos sejam um
○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○
○
○
O que nos caracteriza como Corpo de Cris-
○
to é o fato de termos sido batizados em Cris-
○
○
to pelo Espírito Santo. Paulo diz: "Porque as-
○
○
sim como o corpo é um e tem muitos mem-
○
○
bros, e todos os membros, sendo muitos,
○
○
○
○ constituem um só corpo, assim também com
respeito a Cristo. Pois, em um só Espírito,
○
○
riquecimento de todos.
○
○
○
○
○
○
versidade precisa ser respeitada. Não há hie-
○
○
rarquia de importância entre as diferentes
○
○
partes do corpo. Todos têm seus papéis in-
○
○
dispensáveis para o funcionamento pleno do
○
○
corpo. Cada parte necessita da outra e é ne-
○
○
cessitada pelas outras. Podemos dizer que é
○
○
uma hierarquia circular na qual o centro é
○
○
Cristo. O papel dos apóstolos, profetas,
○
○
evangelistas, pastores e mestres é o de servir Em seu grupo de
○
estudos, procure
○
para o aperfeiçoamento da comunidade para
○
estudar esta parte
○
o desempenho de seu serviço, para a
○
da Pastoral
○
edificação do corpo de Cristo (Efésios 4.11- discutindo com as
○
○
16). Este é um processo que nos permite pessoas acerca de
○
○
crescer na plenitude de Cristo, tanto indivi- suas várias
○
○ experiências com
dualmente quanto institucionalmente. ○
a Igreja Metodista
○
que puderam
deus e gentios. Paulo nos diz que, com sua
○
aprender com
○
outros grupos? O
○
que é relevante
○
isso se relaciona
dos santos, e sois da família de Deus, edificados so-
○
com o sentido do
○
Corpo de Cristo
○
para Paulo?
○
○
○
Deus. É a mesma raiz de oikoumene (ecumene),
○
a terra habitada. É uma imagem poderosa
○
○
da Igreja como uma comunidade de pesso-
○
○
as que compartilham a vida. Isso significa
○
○
que nossa missão é propiciar as condições
○
○
○
○ para que a casa do mundo, em toda a sua
diversidade, se torne um verdadeiro lar onde
○
Avaliem agora o
○
contexto de Pedro:
○
em que a unidade
○
é relevante para os
dras Vivas para se referir à Igreja, em sua
○
irmãos e irmãs a
○
significar hoje, por de Deus. E, como pedras vivas, também vós vos
○
○
em relação aos
○
países do mundo
○
ção?
○
○
○
○
na verdade estamos ligados uns aos outros,
○
○
umas às outras, no Espírito, por laços de
○
○
solidariedade.
○
○
○
Todas estas imagens nos ajudam a com-
○
○
preender que a Igreja de Cristo não é algo
○
estático, monolítico, nem uniforme. Ela é
○
○
multiforme e todas as suas formas manifes-
○
○
tam a Graça de Deus e seu amor infinito re-
○
○
velado em Jesus Cristo. Independentemente
○
○
desta diversidade de imagens, porém, há al-
○
○
gumas características comuns e essenciais
○
○
entre elas. (1) Cristo é o Senhor da Igreja e a
○
○
Igreja existe por obra do Espírito Santo para
○
○
servir a Deus na missão. Ela não é obra hu-
○
○
mana e, portanto, não pode ser identificada ○
○
e é uma condição
○
para a
○
credibilidade do
○
dom de Deus.
○
○
○
e Pai de todos, o qual é sobre todos, age por
○
meio de todos e está em todos. O reconhe-
○
○
cimento da diversidade e a preservação da
○
○
unidade são essenciais para a edificação do
○
○
corpo de Cristo e sinal da nossa maturidade
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○ espiritual (Gálatas 4.1-16).
Para que todos sejam um
○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ 31
○
○
○
O QUE ESTE ASSUNTO TEM A
○
○
○
VER COM SER METODISTA?
○
○
○
○
○
○
○
O metodismo, fruto da experiência Este capítulo
○
tratará das
○
marcante e do compromisso missionário do
○
marcas da
○
cristão inglês John Wesley, no século XVIII, identidade
○
nasceu por conta da abertura deste pastor da
○
metodista em
○
Igreja Anglicana à diversidade cristã: ele se ali-
○
relação ao tema
○
mentou da herança da Reforma Protestante, da Unidade Cristã.
○
○
não desprezou expressões doutrinárias da sua
○
○
igreja, abraçou as possibilidades de renova-
○
○
ção da fé pela espiritualidade da experiência
pietista dos irmãos morávios alemães. ○
○
○
○
○
primitivamente,
○
calcada em
○
separações ou
○
bíblica sobre toda a terra". Não criar uma nova divisões. John
○
○
parte da Igreja
acreditando que somos os exclusivos porta-
○
Anglicana e
○
buscava sua
○
○
estamos buscando
○
○
nenhuma seita ou partido, são amigas de todos os
○
○
partidos e se esforçam em incentivar todos na reli-
○
○
gião do coração, no conhecimento e no amor de Deus
○
○
e do ser humano" (Sermão 121, Profetas e Sa-
○
○
cerdotes). Por isso, desestimulando quais-
○
○
○
○ quer intentos separatistas, Wesley apelava
com veemência: "Não joguem fora a glória pe-
○
○
○
○
○
impor o modo de entender a fé cristã a ou-
○
○
tros que têm o seu próprio modo de com-
○
○
preensão. Ele escreveu: "Embora todo o segui-
○
Como você lida
○
dor de Cristo seja, pois, obrigado, pela própria na-
○
com pessoas de
○
tureza da instituição cristã, a tornar-se membro de
○
sua Igreja que
○
uma ou outra congregação particular, de alguma pensam diferente-
○
○
igreja, (...), todavia, ninguém pode ser obrigado, mente de você? É
○
○
por nenhum poder da terra, a não ser pelo de sua capaz de respeitar
○
efetivamente a
○
própria consciência, a preferir esta ou aquela con-
○
diferença ou
○
gregação a outra, a preferir esta ou aquela forma
○
anseia por impor
peculiar de culto. (...) Não cuido, pois de acalentar
○
seu modo de
○
a presunção de impor meu sistema de culto a quem
○
pensar? É possível,
○
quer que seja" (Sermão 39).
○
realmente, amar
○
quem pensa
○
A superação disto, para Wesley, estava em
○
○
diferente?
buscar o que há de semelhança, a despeito ○
○
○
as formas de governar a igreja, não podem
○
○
ser reforçadas para servirem como obstá-
○
○
culos à comunhão.
○
○
○
Interessante que ele pregava o diálogo e o
○
○
respeito, apesar de ter sofrido perseguição
○
○
○
○
de sua própria igreja, reações agressivas dos
PONTOS PARA PENSAR católicos romanos irlandeses e vivido desen-
○
Wesley pregava o
○
diálogo e o
○
dos católicos
vezes, por insegurança a respeito do que os
○
romanos irlande-
○
ses e vivido
○
○
dentro do próprio
○
movimento
○
metodista.
○
○
○
○
espírito verdadeiramente católico [= universal] não
○
○
tem de estar à procura de sua religião. Está fixo
○
○
como sol em seu conceito acerca dos aspectos princi- Wesley quer dizer
○
○
pais da doutrina cristã" (Sermão 39). Wesley, que o perigo não
○
está em relacio-
○
então, quer dizer que o perigo não está em
○
nar-se com quem
○
relacionar-se com quem tem posições dife-
○
tem posições
○
rentes, mas relacionar-se sem ter segurança diferentes, mas
○
○
da sua própria doutrina. relacionar-se sem
○
○
ter segurança da
"Não joguem fora...": essa voz de John
○
sua própria
○
Wesley continuou ecoando nos ouvidos e
○
doutrina.
○
corações dos metodistas espalhados pela ter- O que significa ter
○
○
ra, por isso é que este espírito universal/ “segurança da
○
○
ecumênico, de diálogo e respeito, é uma das doutrina”?
○
○
marcas do modo de ser Igreja, confessado e
○
○
praticado pelo povo chamado metodista, em
○
○
○
○
metodista dos Estados Unidos chamado
○
John Mott, que já era destacado por ser o
○
○
fundador da Federação Mundial dos Movi-
○
○
mentos Estudantis Cristãos. Juntamente
○
○
com o bispo metodista também dos Esta-
○
○
○
○ dos Unidos G. Bromley Oxnam, Mott de-
sempenhou um papel chave na fundação do
○
○
em Jesus Cristo.
○
○
○
Para que todos sejam um
○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ 37
○
○
○
Os metodistas brasileiros mantiveram esta
○
○
mesma trajetória na sua história: desde os
○
○
primórdios da Confederação Evangélica do
○
○
Brasil, da qual a Igreja Metodista foi mem-
○
○
bro-fundador, ainda na passagem do século
○
○
XIX para o XX, lá estavam os missionários
○
○
metodistas dialogando e unindo-se aos pro-
○
○
pósitos de cooperação cristã. Metodistas par-
○
○
ticiparam dos movimentos estudantis cristãos
○
○
no Brasil, com a União Cristã de Estudantes
○
do Brasil (anos 40), depois a União Brasileira
○
○
de Juventude Cristã (anos 60).
○
○
○
Em 1942, a Igreja Metodista no Brasil, que
○
○
já era filiada ao Concílio Mundial Metodista,
○
○
se torna a primeira Igreja da América Latina ○
Nestas páginas,
você está conhe-
○
cendo, de forma
○
bem abrangente,
○
em organismos
○
unidade cristã e
○
destas organizações.
○
○
○
○
do Conselho Latino-Americano de Igrejas e
○
○
participa de diálogos e articulações por uni-
○
○
dade no continente intermediados também
○
○
pelo Conselho de Igrejas Evangélicas
○
○
Metodistas da América Latina e do Caribe
○
○
○
○
○ (CIEMAL), da qual é membro.
Por último, é preciso assinalar que a posi-
○
○
grupo de estudos
○
parte da Pastoral
○
curiosidades que
to ao ensino bíblico quanto à herança
○
ainda tenha. Se
○
necessário,
○
pesquisem um
○
pouco mais! É
○
possível descobrir
○
uma grande
○
e mulheres
viço, evangelização, ações missionárias em
○
dedicados à
○
unidade do Corpo
○
de Cristo...
○
○
○
○
cujo coração é como o nosso, procurando preservar
○
○
a unidade do Espírito no vínculo da paz, a fim de
○
○
sinalizar, de forma visível ao mundo, a unidade do
○
○
Corpo de Cristo" (As Marcas Básicas da Iden-
○
○
tidade Metodista, p.19).
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
Para que todos sejam um
○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ 41
○
○
○
POR QUE HÁ TANTA DIFICULDADE
○
○
○
COM ESTE ASSUNTO?
○
Neste capítulos, os
○
○
bispos e bispa
○
○
procuram pontu-
○
ar as dificuldades
○
Há dois escândalos cruciais no cristianis-
○
da convivência e
○
mo. Um é o escândalo da cruz de Cristo: unidade com
○
○
escândalo para os judeus e loucura para os outras igrejas, bem
○
gentios (1 Co 1.23). Um escândalo positivo,
○
como realinhar
○
pois sem ele, a vida cristã não teria sentido. nosso entendi-
○
○
O outro é o escândalo da divisão entre os mento sobre o
○
○
tema, visando
membros do Corpo de Cristo.
○
superá-las.
○
○
Aqui é preciso distinguir divisão de diver-
○
○
sidade. As diferenças de compreensão da Pa-
○
○
lavra de Deus, as formas distintas com que ○
○
As diferenças de
○
e expressamos a
○
presença de Deus
○
oramos e louva-
○
enriquecedor para
○
a vida da Igreja. O
○
○
já se fazia presente desde o tempo de Jesus,
○
○
quando os discípulos ficaram preocupados
○
○
com aqueles que não faziam parte do grupo
○
○
mas também expulsavam demônios e cura-
○
○
vam enfermos em nome de Jesus. A respos-
○
○
○
○ ta Dele foi para que os discípulos deixassem
estas pessoas em suas práticas porque "quem
○
○
Evangelho da Unidade.
○
○
○
○
○
○
Vimos em um item acima que a busca
○
○
concreta da unidade no período mais recen-
○
○
te da História surge a partir de uma
○
○
constatação da distância entre os cristãos, que
○
○
se caracterizava num escândalo para o "mun-
○
○
do", especialmente no momento em que as
○
○
igrejas evangélicas abraçaram a causa
○
○
missionária. Assim, nos séculos XIX e XX,
○
○
membros do corpo de Cristo iniciaram uma
○
○
caminhada de busca da unidade, chamada
○
Nestas páginas,
○
"movimento ecumênico". Acontece que o
○
você irá descobrir
○
espírito divisionista, separatista, nunca dei-
○
os embates e
xou de se manifestar neste corpo e construir
○
dificuldades na
○
obstáculos para a realização plena dos esfor-
○
Igreja Primitiva
ços de unidade entre cristãos e cristãs. ○
○
○ para estabelecer
os pontos funda-
○
mentais da fé na
○
enfrentados frente
○
ao espírito de
○
divisão e separa-
○
longo da história!
○
ferença e sectarismo.
○
○
○
○
○
com o desejo de poder, domínio, superiori-
○
dade e superação das limitações, a história
○
○
Há características
registra muitas experiências de fechamento
○
muito humanas
○
e até conflitos físicos.
○
que reforçam a
○
○
negação da Além disso, há muitas divergências teoló-
unidade cristã ○
○
○
gicas e doutrinárias que reforçam divisão e
como o medo do
○
diferente e da
○
promover.
○
○
○
○
de reconciliação, mas guardam a mágoa e o
○
○
rancor do que foi vivenciado, fechando-se a
○
○
novos contatos.
○
○
○
Atitudes de pessoas que se identificam
○
○
como ecumênicas muitas vezes também pro-
○
movem a negação da unidade cristã. Há difi-
○
○
culdades da parte de algumas lideranças de
○
○
lidarem com a pluralidade, com a diversida-
○
○
de cristã, e baseiam opiniões e ações em pre-
○
○
conceito em relação a experiências de fé que
○
○
não sejam como as suas. Além disso, há
○
○
muitas vezes falta de pedagogia de comuni-
○
○
cação da parte de lideranças ecumênicas com
○
○
"as bases", o que reforça bloqueios e gera
○
○
mais preconceito. ○
○
○
Há dificuldades
○
da parte de
○
com a
○
opiniões e ações
○
em preconceito
○
em relação a
○
○
cas e costumes, uma fonte de disseminação
○
○
do liberalismo, um risco de dominação co-
○
○
munista (por conta da presença das Igrejas
○
○
do Leste Europeu). A própria existência e
○
○
prática do CMI provaram que estas indica-
○
○
○
○ ções eram irreais e o organismo completou
60 anos em 2008 com um histórico de im-
○
○
igreja de crescer".
○
○
○
○
○
tidas por outros que não tiveram vivências -
○
○
se contrapõem à história rica de esforços de
○
○
unidade que descrevemos acima, aos princí- O diálogo, desde
○
○
pios bíblicos que pregam a urgência da co- que desenvolvido
○
em espírito de
○
munhão e da reconciliação e ao princípio
○
oração e comu-
○
metodista de unidade de coração a despeito
○
nhão com Deus,
○
das diferenças, sem relativismos. Só reforçam leva a descobertas
○
○
mais preconceito, divisão e sectarismo. que a cegueira,
○
○
produzida pela
O diálogo sobre as divergências entre os
○
arrogância
○
membros do Corpo de Cristo fortalece a
○
polêmica, sectá-
○
Igreja. Isto porque o diálogo, desde que de- ria, autoritária e
○
○
senvolvido em espírito de oração e comu- auto-suficiente
○
○
nhão com Deus, leva a descobertas que a não permite
○
enxergar.
○
cegueira, produzida pela arrogância polêmi-
○
○
Como estabelecer
ca, sectária, autoritária e auto-suficiente não ○
○
um diálogo
permite enxergar. No concílio de Jerusalém, coerente com a
○
○
podemos tirar da
○
experiência de
○
Barnabé e Paulo,
○
○
○
○
COMO A IGREJA METODISTA NO
○
○
○
BRASIL DEVE TRATAR O TEMA DA
○
○
○
○
UNIDADE INTERNAMENTE?
○
○
○
Neste Capítulo,
○
está a orientação
○
○
A Igreja é constituída de pessoas que tra- dos nossos bispos
○
e bispa acerca da
○
zem consigo seus diferentes modos de viver,
○
unidade interna
○
de pensar. Há muita diversidade que acaba se
○
da Igreja
○
refletindo na forma de ser e de viver das igre- Metodista.
○
○
jas. Por isso, ao longo dos anos de existência
○
○
da Igreja Metodista, algumas correntes ou gru-
○
○
pos com compreensões teológicas diversas
○
○
nasceram no meio da Igreja. Para exemplificar, ○
Às vezes, focamos
○
internos a vencer.
○
Em sua experiên-
○
Traga à memória...
○
○
igrejas vivem experiências, leem livros, ou-
○
○
vem e assistem a programas religiosos de
○
○
A prática da
rádio e TV e assimilam conteúdos de outras
○
unidade cristã no
○
confissões evangélicas que entendem que
○
dia-a-dia da Igreja
○
deveriam estar inseridos na vida da Igreja
○
Metodista nos
mostra que, por ○
○
○ Metodista. O problema é que esses conteú-
vezes, encontra- dos muitas vezes são conflitantes com os
○
mos maior
○
tolerância para
○
○
des e lideranças
○
não-metodistas do
○
e irmãs e lideran-
○
ças da própria
○
denominação.
○
de intolerância e
mãs e lideranças da própria denominação.
○
falta de amor
○
○
confessar hoje?
○
onamento de unidade;
○
○
○
○
○
○
res/as; leigos/as-pastores/as; pastores/as-
○
○
leigos/as; bispos/as-pastores/as; pastores/
○
○
as-bispos;as; bispos/as-bispos/as) de manei- Verifiquem essas
○
○
ra a guardar a unidade da Igreja Metodista, atitudes sugeridas
○
pelos bispos e
○
ao invés de gastarmos boa parte do nosso
○
bispa em sua
○
tempo "destruindo" o ministério de pessoas
○
comunidade local.
○
com quem não concordamos; Quais delas
○
○
3. Reafirmar a soberania das decisões encontram-se em
○
○
prática? Quais
conciliares tanto no nível nacional, quanto
○
necessitam ser
○
no regional, no distrital e no local, para que
○
implementadas?
○
sejam aceitas, respeitadas e desenvolvidas, Que barreiras e
○
○
evitando-se abusos de poder de lideranças que facilidades
○
○
em qualquer nível. Da mesma forma, reafir- existem para isso?
○
Como vencer as
○
mar o governo episcopal e suas orientações
○
○
barreiras? Como
pastorais, doutrinárias, eclesiásticas, que de- ○
fomentar as
○
a Deus pela
○
ministração do
○
acolhida mútua.
○
relacionamentos;
○
○
○
○
7. Trabalhar a partir daquilo que nos une
○
○
e não valorizar o que nos separa;
○
○
○
8. Estabelecer ações que visem a criar la-
○
○
ços de afeto fraterno entre os irmãos e ir-
○
○
mãs e os pastores e as pastoras;
○
○
○
○
○
○
COMO A IGREJA METODISTA NO
○
○
○
BRASIL DEVE TRATAR O TEMA DA
○
○
○
○
UNIDADE COM OUTRAS IGREJAS
○
○
○
Neste capítulo, os
CRISTÃS?
○
bispos e a bispa
○
○
orientam a Igreja
○
acerca do relacio-
○
○
Em nossas relações com as demais Igrejas namento cristão
○
○
Cristãs, é imperativo compreender que se tra- com outras
○
comunidades de
○
ta de Igrejas e de movimentos caracterizados
○
fé, numa perspec-
○
por grande diversidade teológica, doutrinária,
○
tiva de diálogo e
○
nas práticas de culto, nos usos e costumes de identidade.
○
○
(comportamentos). Portanto, temos que
○
○
estudá-los profundamente, baseados em nossa ○
○
ser aberto às
com as igrejas e movimentos que mantenham
○
Igrejas e movi-
○
mentos que
○
mantenham
○
Como reconhecer
○
○
desenvolver formas de cooperação e presta-
○
○
ção de serviços à comunidade em ações soci-
○
○
ais, de cidadania e também, no testemunho
○
○
da unidade cristã para a promoção da paz e
○
○
da justiça, onde elas se fizerem necessárias.
○
○
○
No que diz respeito às igrejas de reconheci-
○
○
Reflitam, no grupo
○
de estudos, acerca
○
de cada atitude
○
proposta nesta
○
prática? O que já
laridades de cada Igreja, sabendo que nin-
○
pode acontecer
○
cia? O que isso nos nários próprios de cada Igreja não sejam
○
○
maturidade cristã
bém temos nossos elementos próprios e eles
○
no trato com
○
outras igrejas, no
○
○
de em geral?
○
○
○
○
5. Participar, quando convidados, em
○
○
eventos ou cultos de acordo com a realidade
○
○
da Área Nacional, Regional, Distrital e Lo-
○
○
cal, evitando ao máximo ferir desnecessaria-
○
○
mente irmãos/ãs da localidade onde o even-
○
○
to ou culto ocorrer;
○
○
6. Orientar os irmãos/ãs, da Área Naci-
○
○
onal, Regional, Distrital e Local, para se con-
○
○
duzirem de acordo com nosso credo e fé,
○
○
testemunhando-os de modo salutar à comu-
○
○
nhão interna da Igreja Metodista. Orienta-
○
○
ção que deve ser dada pelo Colégio Episco-
○
○
pal na Área Nacional, pelo/a Bispo/a na
○
○
Regional, pelo/a Superintendente Distrital na
○
○
distrital e pelo Pastor/a na local; ○
○
○
○
○
○
COMO A IGREJA METODISTA NO
○
○
○
BRASIL DEVE TRATAR O TEMA DA
○
○
○
○
UNIDADE COM ORGANISMOS
○
○
○
Neste capítulo,
ECUMÊNICOS?
○
orientações para
○
○
tratar o tema da
○
unidade na
○
○
A participação oficial da Igreja Metodista perspectiva de
○
○
em organismos ecumênicos, observados os organizações e
○
entidades
○
limites e possibilidades estabelecidos pelo 18º
○
ecumênicas.
○
Concílio Geral, deve ser mantida, incentivada
○
Existem organiza-
○
e ampliada. Nossa igreja participa ativamen- ções assim em sua
○
○
te do Conselho Mundial de Igrejas, do Con- cidade?
○
○
selho Latino-Americano de Igrejas (CLAI), e ○
○
instituições nas
○
quais a Igreja
○
○
membro ou
○
contribui de
○
segmentos da
○
sociedade.
○
○
ção metodista, temos sido também enrique-
○
○
cidos pelas experiências delas.
○
○
PONTOS PARA PENSAR
○
Se sua Igreja Ao mesmo tempo, por serem organiza-
○
○
participa de uma ções oficialmente fundadas pelas igrejas, te-
○
○
Associação de mos grande responsabilidade pelas suas di-
Pastores e Pastoras ○
○
○
retrizes e condução de seus programas. Nos-
de sua cidade, qual
○
a responsabilidade
○
comporta, por
○
exemplo, em
○
períodos eleito-
exercido nosso direito de criticar e de dis-
○
as propostas dessas
○
conformidade com
○
o Evangelho de
○
○
○
○
essas organizações questões e valores que são
○
○
preciosos para o metodismo, também deve-
○
○
mos estar abertos a discutir e dialogar sobre
○
○
os desafios que a prática da unidade coloca
○
○
para a nossa igreja. Desta forma contribuí-
○
○
mos para enriquecer o movimento pela uni-
○
○
dade e também nos enriquecemos com ele.
○
○
Algumas atitudes a serem observadas nes-
○
○
ses relacionamentos:
○
○
○
1. Respeitar as diversidades encontradas
○
○
entre as Igrejas membros e de pessoas que
○
○
participam nesses órgãos; Observe as
○
○
2. Entender que nossa participação se dá atitudes recomen-
○
○
dadas pelos nossos
por meio do diálogo e participação em pro- ○
○
bispos e bispa
gramas que atendam à demanda cristã nas
○
quanto à partici-
○
pação em organis-
○
grupo de estudo,
enfim, que promovam o Reino de Deus;
○
pensam sobre
○
○
que a experiência
○
de vocês pode
○
somar na hora de
○
orientações?
4. Estabelecer posicionamento em reuni-
○
○
○
5. Aceitar desenvolver projetos e ações pela
○
○
Igreja somente naqueles casos em que o ór-
○
○
gão não interfira e nem imponha condições
○
○
que firam a soberania decisória dos Concílios
○
○
e do Governo Episcopal, inclusive da parte
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○ de órgãos metodistas internacionais.
Para que todos sejam um
○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ 61
○
○
○
COMO A IGREJA METODISTA NO
○
○
○
BRASIL DEVE TRATAR O TEMA DA
○
○
○
○
UNIDADE COM ORGANIZAÇÕES
○
○
○
Neste capítulo,
GOVERNAMENTAIS E NÃO-CRISTÃS?
○
orientações para
○
○
lidar com organi-
○
zações sociais não
○
○
Como a Igreja Metodista no Brasil deve -religiosas,
○
○
se relacionar com organizações governamen- governamentais
○
ou de religiões
○
tais, da sociedade civil e com religiões não-
○
não-cristãs.
○
cristãs que trabalham pela vida e pela paz
○
○
com justiça?
○
○
○
Como portadora da herança wesleyana, a ○
○
com o bem-estar
○
integral do ser
○
humano e reco-
○
prestam importan-
○
○
uma exclusividade
○
das igrejas.
○
○
bém por outros grupos e organizações sen-
○
○
síveis e solidários com as lutas e causas po-
○
○
PONTOS PARA PENSAR pulares, que merecem ser identificados e va-
○
Que grupos em sua
○
lorizados. Por isso, o Plano para Vida e Mis-
○
cidade são impor-
○
são da Igreja Metodista recomenda o apoio
○
tantes para o bem-
estar comum, ○
○
○ a "todas as iniciativas que preservem e valorizem a
mesmo sem um vida humana". Essa orientação é reafirmada
○
○
solidárias e reivindicatórias.
○
○
○
○
○
○
ta de paz, tais como, grupos de mulheres,
○
○
meninos e meninas de rua, associações de
○
○
moradores, população de rua, escolas comu- Façam uma lista
○
○
nitárias de informática, cooperativas de das entidades
○
existentes em sua
○
catadores de papel e latas, cooperativas de
○
cidade, similares
○
costureiras, de plantadores, hortas comuni-
○
aos exemplos
○
tárias, agentes comunitários de saúde. Além dados. Há
○
○
destas expressões há outras de alcance mais metodistas que
○
○
amplo como os movimentos por terra e contribuem nelas?
○
moradia, os movimentos solidários às cau- Partilhem experi-
○
○
sas indígenas, os movimentos e entidades ências. A Igreja já
○
○
fez trabalhos em
ecológicos, os conselhos comunitários de
○
parceria com elas?
○
saúde e de educação, as organizações de
○
Como foi?
○
apoio aos portadores de deficiência física e
○
○
de doenças infecto-contagiosas como a ○
○
ça e do Adolescente.
○
○
○
○
plo foi a Campanha contra a Fome e a Misé-
○
ria, deflagrada no início dos anos de 1990,
○
○
que permanece viva, em que muitos comitês
○
○
até funcionaram e ainda funcionam em de-
○
○
pendências de igrejas locais. Outros exem-
○
○
○
○ plos são a presença solidária da Igreja e de
suas lideranças em manifestações
○
○
○
○
○
contrário, devemos afirmar que nosso
○
○
envolvimento na luta pela justiça é decor-
○
○
rência natural da nossa fé e que nosso amor Como é possível
○
○
ao próximo é fruto do nosso amor a Deus. dar testemuho
○
cristão mesmo
○
Devemos explicitar, também, que esse
○
trabalhando em
○
envolvimento é pautado pelos valores do locais e entidades
○
○
Reino de Deus, o qual não se identifica ple- nas quais a fé não
○
○
namente com nenhum projeto humano. está em foco ou é
○
distinta da nossa?
○
Desta forma, estaremos afirmando nossa li-
○
Como agir de
○
berdade em Cristo para exercer nossa críti-
○
modo respeitoso,
○
ca, não somente às estruturas sem abrir mão,
○
○
desumanizantes da nossa sociedade, mas porém, de nossos
○
○
também a métodos de participação social ou princípios
○
fundamentais?
○
política que, no nosso entender, são incom-
○
○
patíveis com os valores do Reino. Só assim ○
○
○
Algumas atitudes a serem observadas nes-
○
○
ses relacionamentos:
○
○
○
1. Entender que a nossa participação
○
○
com esses organismos tem o caráter de par-
○
○
PONTOS PARA PENSAR ticipação cidadã. Portanto, todo cuidado em
Estejam atentos/as ○
○
○
relação à religião é bem-vindo, pois alguns
às sugestões e
○
orientações aqui
○
to com entidades
eventos de caráter social e cidadão que en-
○
sociais diversas.
○
Assim, podemos
○
coerente com a
○
metodistas;
○
○
○
○
○
○
6. Buscar orientação com a autoridade
○
○
eclesiástica superior (Pastor/a, Superinten-
○
○
dente Distrital, Bispo/a) sempre que se tiver
○
○
dúvidas nos parâmetros doutrinários e do-
○
○
cumentais que prejudiquem o julgamento do
○
○
evento ou ação em que se pensar envolver.
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
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○
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○
○
○
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○
○
○
○
○
○
○
○
○
Para que todos sejam um
○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ 69
○
○
○
COMO AS LIDERANÇAS METODISTAS
○
○
○
NO BRASIL, CLÉRIGAS E LEIGAS,
○
○
○
○
DEVEM SE POSICIONAR QUANDO
○
○
○
Este capítulo quer
FOREM CONVIDADAS/DESAFIADAS A
○
orientar as
○
○
lideranças
PARTICIPAR DE REUNIÕES, CULTOS
○
metodistas
○
○
quanto à partici-
E CELEBRAÇÕES PÚBLICAS?
○
○
pação em eventos
○
públicos.
○
○
○
○
O ser humano é essencialmente social.
○
○
Onde existe o ajuntamento de pessoas, exis-
○
○
tem também algumas regras que devem ser ○
○
Sua igreja já
○
eventos, festas,
mos esses momentos para dizer/testemunhar
○
desfiles, celebra-
○
na Câmara
○
Municipal ou na
○
Prefeitura,
○
passeatas e
○
isso é relevante
para sua organização e promoção. Como nos
○
para o testemunho
○
○
○
A Igreja Metodista, como fruto de sua
○
○
herança wesleyana, entende e exercita, con-
○
○
Ao sermos convi- forme ensinam o Antigo e o Novo Testa-
○
dados para
○
mentos, a responsabilidade com o bem-es-
○
participar, organi-
○
tar integral do ser humano. Tanto que em
○
zar ou promover
eventos fora de ○
○
○ seu Plano para a Vida e Missão são apresen-
nossos arraiais tados meios pelos quais podemos trabalhar
○
○
de acordo com a
○
nossa crença,
○
dando um bom
○
testemunho.
○
○
○
○
APÊNDICE: COMO A IGREJA
○
○
○
○
METODISTA NO BRASIL DEVE SE Este apêndice
○
○
procura resgatar
○
RELACIONAR ESPECIFICAMENTE historicamente o
○
○
contexto em que
○
COM A IGREJA CATÓLICA
○
John Wesley se
○
posicionava em
○
ROMANA?
○
relação ao
○
○
Catolicismo,
○
criticando as
○
○
questões doutri-
○
É fato na história do Metodismo, que o nárias divergen-
○
○
seu inspirador, John Wesley, manifestava pu- tes, mas respei-
○
blicamente crítica e oposição ao Catolicis-
○
tando as pessoas
○
mo Romano com base em sua compreensão em espírito de
○
○
teológica. Uma exposição clara de sua posi- ○
○
amor. É possível
ção pode ser observada na obra Um Cate- agir assim hoje?
○
○
○
Trinta e Nove Artigos da Igreja da Inglater-
○
○
ra, para contribuir com as bases da organi-
○
○
zação do Metodismo nos Estados Unidos.
○
○
Basta olharmos alguns títulos para confir-
○
○
mar essa constatação, por exemplo: Das
○
○
○
○ obras de superrogação; Do purgatório; Do
falar na congregação em língua desconheci-
○
○
○
○
○
incontida contra a violenta perseguição,
○
○
como se poderia esperar. Antes, a ocasião
○
○
incentivou-lhe a redigir a conhecida Carta a
○
○
um Católico Romano, um genuíno manifes-
○
○
to em favor da paz e do amor mútuo, bas-
○
○
tante incomum naqueles tempos. De acordo
○
○
com alguns intérpretes, trata-se de uma car-
○
○
ta circular, aberta; dirigida, portanto, a todos
○
○
os leitores católicos romanos. Além da pri- Enquanto as
○
discussões
○
meira edição, em 1749, esse texto foi ainda
○
teológicas, tanto
○
reimpresso três vezes durante a vida de
○
ontem quanto
○
Wesley - no ano de 1750, em Dublin; no ano hoje, tendem a se
○
○
de 1755, em Londres; e na coleção, organi- concentrar nos
○
○
zada em 1773, de suas Obras. pontos em que
○
○
○ existem divergên-
É interessante notar que, enquanto as dis- cias, Wesley
○
○
sua atenção
○
naquelas áreas
○
fundamentais
○
cristão.
○
regra áurea;
○
○
○
gem do amor;
○
74
Para que todos sejam um
○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○
○
3. não cultivar pensamentos descaridosos
○
○
ou manter um espírito armado contra o ou-
○
○
tro, rejeitando qualquer atitude oposta ao
○
○
terno afeto;
○
○
○
4. empenhar-se, ao máximo, para auxiliar
○
○
○
○
o outro a prosseguir na vida de santidade.
Antes de assinar "Vosso servo amistoso, pelo
○
○
Wesley pregava o
○
guição de sua
○
própria igreja,
○
reações agressivas
○
desentendimentos
○
dentro do próprio
○
movimento
○
○
○
○
missão Conjunta de Diálogo Católico Ro-
○
○
mano-Metodista, cuja primeira reunião acon-
○
○
teceu em 1967.
○
○
○
Já no Brasil, esta história tem "altos e bai-
○
○
xos", pois o relacionamento entre a Igreja
○
Metodista, as demais Igrejas Evangélicas, e a
○
○
Igreja Católica Romana é marcado por con-
○
○
trovérsias e sérios impedimentos, especial-
○
○
mente por conta de doutrinas como a devo-
○
○
ção a Maria, aos santos, a primazia de Roma
○
○
e a infalibilidade Papal. Entendemos, porém,
○
○
que grande parte das dificuldades enfrenta-
○
○
das é devida às mútuas barreiras e precon-
○
○
ceitos levantados entre os dois grupos des-
○
○
de o início da presença evangélica no Brasil. ○
○
○
○
○
mundo moderno, incluindo aí a sua postura
○
com relação às outras igrejas cristãs - exer-
○
○
ceu uma função significativa nesse processo
○
○
de relacionamento. A partir daquele Concí-
○
○
lio, algumas pessoas e Igrejas, entre elas a
○
○
○
○ Metodista, aproximaram-se dos católicos
romanos na esperança de desenvolver canais
○
○
às novas práticas.
○
○
○
○
○
○
cismo por mais de três séculos deixaram
○
○
marcas que ainda dificultam a compreensão
○
○
e o relacionamento em unidade cristã. Em
○
○
algumas partes do Brasil, isso é visivelmente
○
○
presente, não só para os evangélicos, mas
○
○
também para muitos católicos. Outro ele-
○
○
mento importante que não podemos
○
○
desconsiderar são os processos históricos
○
○
onde os conflitos entre protestantes e cató-
○
○
licos se tornaram inevitáveis caracterizando
○
intolerância, polêmica e, até mesmo, violên-
○
○
cia física. Episódios de hostilidade, com ca-
○
○
sas e templos evangélicos sendo apedrejados
○
○
além de variadas formas de constrangimen-
tos e preconceito, ocorreram com frequência ○
○
○
○
○
○
católica". Essa área engloba ainda a Zona da
○
Mata Mineira e grande parte do norte do Rio
○
○
Reconhecemos que
de Janeiro e o norte do Espírito Santo. Nes-
○
nossa associação a
○
sa faixa se localizam somente bolsões de
○
organismos
○
evangélicos - 91% de população é católico-
○
ecumênicos, aos
○
quais a Igreja de ○
○
romana e várias não têm presença de igrejas
Roma também se evangélicas (confor me JACOB, César
○
○
questionamentos
○
por parte de um
○
número conside-
lo/Brasília: PUC-Rio/Loyola/CNBB, 2003).
○
○
conta deste
○
contexto social e
○
histórico, particu-
○
corpo pastoral.
○
○
○
○
○
Nestes processos não houve
○
○
aprofundamento, orientação, esclarecimen-
○
○
to e diálogo sobre o tema com nossas igre-
○
○
jas locais, apesar da Carta Pastoral sobre
○
○
Ecumenismo elaborada em 1999. Tudo isto,
○
○
somado ao contexto acima descrito, culmi-
○
○
nou na decisão do 18º Concílio Geral, rea-
○
○
lizado em Aracruz, 2006, de a Igreja
○
○
Metodista "se retirar do CONIC e demais ór-
○
○
gãos ecumênicos com a presença da Igreja Católica
○
Apostólica Romana e grupos não-cristãos". A
○
○
decisão demonstrou que há uma crise no
○
○
relacionamento e na prática institucional Verifica-se que
○
○
com a Igreja Católica. precisamos
○
○
amadurecer,
○
Verifica-se que precisamos amadurecer, ○
○
aprofundar e
aprofundar e aprender, com humildade, ver- aprender, com
○
○
verdade, amor e
○
comunhão, o
○
nosso relaciona-
○
fundamentados
par de organismos ecumênicos aos quais a
○
em nossa compre-
○
ras e em nossa
○
herança
○
wesleyana.
○
quanto ao tema).
○
80
Para que todos sejam um
○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○
○
○
Como metodistas, caminharemos fazen-
○
do o que Jesus fez, amando todas as pessoas
○
○
independentes do seu credo religioso, pre-
○
○
gando o evangelho, respeitando as diferen-
○
○
ças e no que depender de nós viver em paz
○
○
○
○ com todos, e acordando que caminharemos
de modo diferente buscando em tudo glori-
○
○
○
○
○
○
GLOSSÁRIO
○
○
○
DIÁLOGO - "troca ou discussão de ideias, de
○
○
opiniões, de conceitos, com vistas à solução de
○
○
problemas comuns, ao entendimento ou à har-
○
○
monia; comunicação" (Dicionário Aurélio),
○
○
portanto, no que diz respeito à dimensão
○
○
ecumênica, é o meio pelo qual nos relaciona-
○
mos com outras igrejas cristãs e com segmen-
○
○
tos que promovam a vida, a paz e a justiça.
○
○
○
RESPEITO E TOLERÂNCIA - considerar a
○
○
existência de modos de pensar, sentir e agir
○
○
que são diferentes dos nossos e tolerar o
○
outro em suas particularidades, amando-o
apesar das diferenças. ○
○
○
○
○
○
CELEBRAÇÃO - é um evento ou solenida-
○
○
de de caráter festivo, religioso (casamento,
○
○
batismo, ação de graças, bodas, aniversários)
○
○
ou não (cerimônias públicas, inaugurações,
○
○
formaturas, comemorações em geral).
○
○
○
○
○
ATO PÚBLICO - é um evento promovido
pelo poder público, pela iniciativa privada ou
○
○
unidade: http://worldmethodistcouncil.org .
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
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○
○
○
○
○
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○
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○
○
○
○
○
○