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Campinas
2016
Engenharia Mecânica
Campinas
2016
RESUMO
Having as main base the vehicle dynamics issues, analysis of mechanism and strength of
materials was developed a mechanism able to reproduce these movements to a form of vehicle
and impel realism to the user. During the preparation of the structure held various resistance
analysis of the materials used and analysis through the concept of finite elements using
software to compare the calculations with the values found by the computational method,
ensuring the quality and safety of equipment. As differential, this project employs servomotors,
who have a high degree of angular control, as the source drive, which differs from current
models moving through pneumatic and hydraulic energy. In addition to promoting a simulator
with high proximity drive, it was also aimed at maintaining a low cost in order to provide the
entertainment market a viable option, quality and more affordable compared to the models
found for the same branch. At the end note that the production value is similar to the input
models in the Brazilian market, but it is an option offered more immersiveness to buyers.
Tabela 4 - Tabela de resultado para parafusos classes 9.8, 10.9 e 12.9. ................. 82
1 INTRODUÇÃO ........................................................................................................... 11
1.1JUSTIFICATIVA .............................................................................................. 12
1.2OBJETIVO....................................................................................................... 12
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ....................................................................................... 13
2.1SIMULAÇÃO ................................................................................................... 13
2.2DINÂMICA VEICULAR E SUA ATUAÇÃO NOS PASSAGEIROS .................. 16
2.3MECANISMOS ................................................................................................ 19
2.3.1 Elos........................................................................................................................ 19
2.3.2 Juntas .................................................................................................................... 20
2.3.2.1 Tipo de contato entre elementos, linha, ponto ou superfície................................ 20
2.3.2.2 Graus de liberdade possíveis na junta ................................................................ 20
2.3.2.3 Ordem de junta ................................................................................................... 21
2.3.2.4 Tipo de fechamento de junta, força ou forma fechada......................................... 21
2.3.3 Graus De Liberdade ............................................................................................... 22
2.4SÍNTESE E ANÁLISE DE MECANISMO......................................................... 24
2.4.1 Síntese De Mecanismos ........................................................................................ 24
2.4.2 Análise De Mecanismos......................................................................................... 25
2.4.3 Análise Em Função Do Movimento De Translação ................................................ 26
2.4.4 Análise Em Função Do Movimento De Rotação..................................................... 27
2.5CINEMATICA INVERSA.................................................................................. 28
2.5.1 Modelo Geométrico ................................................................................................ 30
2.5.2 Método de DENAVIT-HARTENBERG (D-H) .......................................................... 31
2.6RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS ................................................................... 32
2.6.1 Ensaio De Tração .................................................................................................. 33
2.6.2 Esforços ................................................................................................................. 34
2.6.3 Equações ............................................................................................................... 35
2.6.4 Fadiga.................................................................................................................... 39
2.6.4.1 Fator de carregamento........................................................................................ 41
2.6.4.2 Fator de tamanho ................................................................................................ 41
2.6.4.3 Fator de acabamento .......................................................................................... 41
2.6.4.4 Fator de temperatura .......................................................................................... 42
2.6.4.5 Cálculo de fadiga ................................................................................................ 43
2.7MOTORES ELÉTRICOS ................................................................................. 44
2.6.1 História e Desenvolvimento.................................................................................... 44
2.6.2 Funcionamento ...................................................................................................... 44
2.8SERVOMOTORES .......................................................................................... 45
3 METODOLOGIA ........................................................................................................ 47
3.1CLASSIFICAÇÃO DA PESQUISA .................................................................. 47
3.2METODOLOGIA DE PROJETO ...................................................................... 48
3.3DESCRIÇÃO DAS ETAPAS A SEREM REALIZADAS ................................... 49
3.3.1 Decisões Iniciais .................................................................................................... 50
3.3.2 Modelamento Estrutural ......................................................................................... 50
3.3.2.1 Análise de mecanismos ...................................................................................... 50
3.3.2.2 Adequação de material ....................................................................................... 50
3.3.3 Análise Estrutural ................................................................................................... 50
3.3.3.1 Calculo de mobilidade ......................................................................................... 50
3.3.3.2 Análise por elementos finitos .............................................................................. 50
3.3.3.3 Análise de pontos críticos ................................................................................... 50
3.3.4 Remodelamento..................................................................................................... 51
3.3.5 Análise da Viabilidade ............................................................................................ 51
3.3.5.1 Detalhamento desenhos construtivos ................................................................. 51
3.3.5.2 Cotação custo matéria-prima .............................................................................. 51
3.3.5.3 Elaboração de planilha de custos........................................................................ 51
3.3.6 Revisões e correções............................................................................................. 51
4 RESULTADOS E DISCUSSÕES ............................................................................... 52
4.1DECISÕES INICIAIS ....................................................................................... 52
4.2MODELAMENTO ESTRUTURAL ................................................................... 53
4.2.1 Análise do Mecanismo ........................................................................................... 53
4.2.2 Adequação de materiais ........................................................................................ 57
4.2.2.1 Base fixa ............................................................................................................. 58
4.2.2.2 Mecanismo de articulação................................................................................... 58
4.2.2.3 Plataforma móvel ................................................................................................ 60
4.2.2.4 Suporte do monitor ............................................................................................. 61
4.2.3 Montagem Geral .................................................................................................... 62
4.3Análise Estrutural ............................................................................................ 62
4.3.1 Grau de Mobilidade. ............................................................................................... 62
4.3.2 Movimentos da Estrutura ....................................................................................... 65
4.3.3 Distribuição de carga ............................................................................................. 69
4.3.4 Torque do motor .................................................................................................... 70
4.3.5 Tração no parafuso M6 da haste prolongadora ...................................................... 72
4.3.6 Cisalhamento do parafuso M6 da haste prolongadora ........................................... 73
4.3.7 Flambagem na haste transmissora. ....................................................................... 74
4.3.8 Analise de esforços no parafuso M12 de ligação ................................................... 77
4.3.9 Cisalhamento parafuso M12 do suporte do monitor ............................................... 83
4.3.10 Suporte do monitor .............................................................................................. 86
4.4Análise Cinemática .......................................................................................... 87
4.5Posicionamento ............................................................................................... 89
4.6Análise da Viabilidade ..................................................................................... 92
5 CONCLUSÃO ............................................................................................................ 95
6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ........................................................................... 96
11
1 INTRODUÇÃO
A simulação pode ser expressa como um modelo que busca proporcionar certos
aspectos da realidade em determinadas situações, permitindo recriar condições específicas
se adequando aos cenários reais, a fim de possibilitar a análise do comportamento de
qualquer sistema ou componente em um ambiente determinado, assim podendo prever a
reação do mesmo em todos os cenários analisados.
Atualmente na indústria existem alguns modelos de simuladores que tem como função
treinar, em ambiente virtual, diversos profissionais que necessitam obter experiências
realistas sem que ocorra risco a segurança do usuário, como por exemplo, simuladores de
voo no treinamento de pilotos de aeronaves. No mercado atual existem modelos de
simuladores, que através dos dados fornecidos por jogos virtuais, imprimem aos usuários
reações cognitivas próximas ao real por meio da combinação de mecanismos com a ação da
força gravitacional. Esse tipo de simulação é comumente aplicado na área de entretenimento
e até no setor de automobilismo desportivo, como no treinamento de pilotos da F1.
Iremos adotar padrões de perfis estruturais mais comuns disponíveis no mercado a fim
de simular e identificar quais perfis apresentaram o melhor custo/benefício para a fabricação
do equipamento. Ao mesmo tempo estaremos analisando os tipos de materiais empregados
nas diversas partes da estrutura, buscando encontrar opções que viabilizem o projeto e não
necessitem de fabricações especiais.
O corpo do trabalho irá ser composto inicialmente pelas referências bibliográficas, com
levantamento de matérias correntes no mercado e as escolhas para compor a estrutura do
simulador. Outra parte será composta dos modelos matemáticos de acordo com as escolhas
feitas e suas simulações para análise, na qual envolve um estudo mais aprofundado do
comportamento do mecanismo a fim de detectar falhas no projeto previamente, caso venha a
ser construído.
Com os resultados das simulações em mãos iremos definir quais são os perfis e
materiais que mais se adéquam e tornam o projeto mais viável e funcional, além do
levantamento de custos para sua fabricação.
1.1 JUSTIFICATIVA
Ao observar o mercado atual notamos que a grande maioria dos produtos destinados
a área de entretenimento provém de fabricação estrangeira, tornando assim, seu valor final
ao consumidor muito elevado. Os poucos modelos fabricados no Brasil não possuem a
mesma capacidade de impelir sensações de movimento ao usuário que os simuladores mais
completos importados, o que impossibilita a comparação de preço e tipo de produto. Com o
desenvolvimento de um simulador competitivo, haverá uma opção de menor custo presente
no mercado possibilitando um maior acesso a esse tipo de equipamento que proporciona
sensações mais realistas.
1.2 OBJETIVO
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
2.1 SIMULAÇÃO
A prática de criar um modelo para representar uma situação que proporcione aspectos
da realidade em determinadas condições e situações, pode ser descrito como simulação.
Desde o passado, quando ainda não existia computadores com uma grande capacidade de
processamento de dados, tabuleiros como o de xadrez antes de ser considerado um jogo de
estratégia, eram utilizados por comandantes de tropas para aperfeiçoarem suas investidas
em campos de batalhas, assim permitindo visualizar uma melhor maneira de atingir suas
conquistas sem a necessidade de se expor a riscos reais na tomada de decisão (BALADEZ,
2009).
A simulação passou por muitos avanços tecnológicos que conforme a cada nova
evolução, tem se tornado uma ferramenta muito mais acessível com uma grande flexibilidade
e versatilidade, assim ampliando sua utilização para analises em áreas como indústrias,
entretenimento, entidades governamentais, sistemas de computação, negócios, meio
ambiente e ecologia, sistemas de manufatura e outros.
Segundo Lobão e Porto (1999), a modelagem matemática é criada com base de dados
sobre o sistema no qual se quer obter uma prévia sobre seu comportamento em casos
determinados. Com uma análise pode ser identificado uma ou mais variáveis do sistema, que
podem ser descritas como distúrbios, onde modificam o modo de se comportar e a forma de
como se relacionam. Apontadas as variáveis, elas serão aplicadas em uma relação
matemática que melhor represente o modelo analisado, desse modo simulando a reação do
sistema para diversas situações.
programas de simulação, tais como: ADAMS e SD/FAST utilizados para sistemas multicorpos,
CAEDS, ANSYS, NASTRAM E COSMOS para estudos de elementos finitos e outros.
excelente ferramenta de auxilio e que tem somente evoluído ao passar dos anos e
contribuindo nos mais variados campos do conhecimento.
Segundo Gillespie (1992), um automóvel é composto por diversos sistemas e para uma
melhor abordagem é dividido em subsistemas definidos como rodas, sistemas de direção,
sistema de frenagem, sistema de propulsão, chassi e suspensão, onde cada parte tem sua
função e característica distinta independente de um todo.
No entanto, para uma análise dinâmica veicular deve-se lembrar que todos os seus
subsistemas se movem em conjunto, podendo então serem considerados como um corpo
rígido e referenciado pelo seu centro de gravidade global, conforme mostrado na figura (Figura
1).
17
A partir desse princípio, Newton, anos mais tarde definiu a inércia. Esta tem grande
influência na interação entre veículo e os seus ocupantes, pois as reações realizadas devido
ao deslocamento de um automóvel produzem forças proporcionais, que combinadas com as
acelerações, faz com que as pessoas dentro dele se desloquem no sentido contrário a essa
força. Esse efeito é representado pela equação (1).
F m.a (1)
Na qual a força sobre o elemento é igual a massa, pela sua aceleração. Esse conceito
foi definido na segunda lei de Newton.
• Uma rotação θ em torno do eixo Y’, levando ao plano X’’Z’’ deslocado em relação ao
plano X’Z’ e com os eixos Y’ e Y’’ coincidentes, chamada de pitch ou arfagem.
2.3 MECANISMOS
2.3.1 Elos
Elos são corpos rígidos que possuem no mínimo dois nós, no qual é possível conectá-
los a outros elos através das juntas (Figura 3). Apesar de existirem diversas variedades de
elos os três tipos principais são:
20
2.3.2 Juntas
Juntas por sua vez são pontos de união entre dois ou mais elos através de seus
respectivos nós, possibilitando um movimento ou movimento potencial entre os elos
conectados. Também conhecidas como pares cinemáticos as juntas podem ser classificadas
conforme os tópicos abaixo (NORTON, 2009).
Esse tipo de junta pode ser subdividido (Figura 4) ainda como proposto por Franz
Realeaux (1829-1905) como par superior para juntas que tem como forma de contato linhas
ou pontos e juntas do tipo par inferior onde a união ocorre através da área superficial de
contato entre os elementos.
Por apresentar uma vasta gama de modelos para as mais diversas aplicações são
amplamente utilizados na indústria, conforme figura (Figura 5).
21
Múltiplos elos (Figura 6) unidos através da mesma junta podem ser classificados nesse
sistema sendo que o grau de sua ordem corresponde ao número de juntas unidas ao mesmo
elo menos 1.
Juntas do tipo fechamento (Figura 7) estão ligadas aos seus elos através de sua forma
estrutural ou devido a esforços empregados ao elo mantendo constante contato com outro elo
ou superfície.
Com esses conceitos em mente podemos tratar da ideia de sistema mecânico, sendo
este um sistema onde existe um ou mais mecanismos que são utilizados para executar um
determinado movimento. Ao executar a análise de sistemas mecânicos deve-se
primeiramente conhecer sua mobilidade (M) que é limitada pelo número de graus de liberdade
(GDL) existentes em seu sistema.
Translação, o corpo rígido pode transladar entorno de seu eixo referencial em uma
trajetória retilínea ou curvilínea se mantendo paralelo ao eixo.
M 3L 2 J 3G (2)
Sendo:
L= Numero de elos
J = Numero de juntas
M = 3(L - 1) - 2J (3)
Sendo:
L = Numero de elos
24
Para M=0, o mecanismo se comporta como uma estrutura fixa não possuindo nenhuma
possibilidade de movimento.
Para M<0, o mecanismo se comporta como uma estrutura pré-carregada, ou seja, existe
a ocorrência de tensões internas entre seus componentes.
Ao analisar uma cadeia cinemática através dos critérios estabelecidos nas equações (3)
e (4) pode-se perceber que não está sendo levado em consideração condições como
comprimento e formato dos elos e usando como parâmetro, apenas a quantidade de
elementos e seus respectivos GDL, isso nos leva ao chamado paradoxo de Gruebler, onde
mesmo que os mecanismos apresentem ou não mobilidade através dos resultados das
equações eles acabam não se comportando como deveriam. Por esse motivo deve-se sempre
executar uma análise completa dos movimentos realizados pelo mecanismo para garantir sua
mobilidade (NORTON, 2009).
folha de papel até softwares do tipo Computer Aied Engineering (CAE) conforme figura
(FIGURA9).
(5)
r = r -r
A/B A B
27
(6)
v = v -v
A/B A B
(7)
a = a -a
A/B A B
2.4.4 Análise Em Função Do Movimento De Rotação
(8)
d
dt
(9)
d
dt
28
(10)
v .R
(11)
at d v
dt
2 (12)
an v
R
Um objeto no espaço pode ser representado por um vetor com 3 coordenadas no plano
tridimensional ou 2 quando no plano bidimensional, podendo ser visualizado de diversos
pontos tomando base de um referencial fixo utilizado, sendo o mesmo objeto retratado
fisicamente, mas tendo a sua posição ajustada conforme o ponto de vista do referencial
admitido. Uma representação desse conceito pode ser demonstrada por meio de um ponto
29
(q) expresso em dois referenciais designados (R) e (N) onde é ilustrado a relação de
posicionamento e orientação entre os pontos, de maneira que um é obtido partindo do outro,
entre dois referenciais. (Figura 13).
Como:
x l cos (15)
y l sen
Obtemos:
31
A matriz de transformação é representada de forma mais completa por meio dos termos
atribuídos em uma única matriz com a finalidade de introduzir as ações de rotação e
translação a mesma, assim uma matriz de transformação homogênea é definida por áreas
com denominações especificas, como mostrado na figura abaixo (BARREIRA NETO, 2016).
1 0 px (19)
Transpx, py 0 1 py
0 0 1
porém juntamente com todo o avanço tecnológico há o avanço dos materiais empregados em
sua construção.
Tudo o que se vê em volta é construído com algum material, mas como saber as
propriedades desse material, como saber seu comportamento quando submetido a diversos
esforços externos e, o mais importante, como saber se quando construirmos algo o material
empregado irá suportar as exigências do projeto.
Após a construção do corpo de prova, o mesmo é fixado em uma máquina que possui
a função de aplicar uma carga controlada ou realizar um deslocamento controlado. Essa
máquina começa a tracionar o corpo de prova lentamente até que haja a ruptura, assim
provocando dois fenômenos controlados. Um dos fenômenos é o alongamento do corpo de
prova e o outro é a diminuição do diâmetro no local da ruptura. Ao final do ensaio um diagrama
de tensão por deformação é obtido.
O diagrama nos fornece muitas informações sobre o material analisado de acordo com
os pontos observados no regime elástico, no regime plástico e no momento da quebra. Dados
como limite de escoamento, limite de ruptura, deformação específica e também é possível
descobrir o módulo de elasticidade transversal através da lei de Hooke (NORTON. 2013).
34
Apesar de o diagrama apresentar diferentes curvas para cada material, há uma drástica
diferença entre os comportamentos de materiais dúcteis e os materiais frágeis, conforme a
figura (FIGURA 12).
2.6.2 Esforços
Um objeto pode estar submetido a diversos esforços durante seu ciclo de trabalho,
assim, sendo necessário verificar previamente se esse corpo irá resistir as cargas existentes.
Fatores como a geometria da seção transversal, tipo de material, sentido e tipo de esforço
atuante e a carga intermitente ou estática podem influenciar no momento de projetar qualquer
equipamento ou produto.
As cargas externas podem ser divididas em cinco tipos, sendo eles cisalhamento,
tração, compressão, torção e flexão. Essas cargas reproduzem no material apenas dois tipos
de esforços, que são o cisalhamento e o axial. O esforço axial é dividido em compressão e
tração de acordo com o sentido de atuação (NORTON, 2013).
Além dessas tensões e esforços há um efeito que deve ser considerado nos cálculos.
Esse efeito é chamado de flambagem e só ocorre quando o material está submetido a tensões
de compressão, gerando outras tensões no material.
“A flambagem ocorre repentinamente e sem aviso, mesmo nos materiais mais dúcteis
e, portanto, é uma das maneiras mais perigosas de falha”. (NORTON, 2013, p. 193)
35
Com todos esses fatores levados em consideração é necessário realizar os cálculos das
reações das cargas externas no material e analisar se o coeficiente de segurança está
adequado à aplicação do elemento analisado.
2.6.3 Equações
Para cada tipo de esforço existe uma equação que relaciona as propriedades do
material, a geometria do elemento e as cargas aplicadas de forma a resultar em valores de
tensão resultantes dessas cargas.
A equação mais simples é a equação de tensão axial quando a força esta paralela com
a linha de centro da área transversal do elemento e com linha de ação da força dentro do
corpo. Nesse caso a força está sendo distribuída ao longo de toda a seção transversal e a
equação (12) é dada conforme:
(20)
Axial P
A
Onde:
No caso de a linha de ação da força estar fora do corpo do elemento, essa carga cria
uma tensão axial e também um momento de giro, também denominado momento fletor.
Portanto a análise deve ser feita em duas etapas. Na primeira etapa será utilizada a equação
(20) para definir qual o valor da tensão axial. Na segunda etapa será determinada a tensão
gerada pelo momento fletor é dada pela equação (21).
M .y (21)
Flexão
I
Onde:
“y” é a distância do cento de gravidade da seção transversal até sua extremidade [m].
36
“Em termos gerais, pode-se definir momento de inércia, como a resistência que um
determinado elemento oferece ao movimento de rotação”. (MENDES, Física Aplicada à
Engenharia Civil II, p.22).
.( D 4 d 4 ) (22)
I
64
Onde “D” o diâmetro externo e “d” o diâmetro interno, sendo que a existência do
diâmetro interno não é obrigatória.
A equação para elementos quadriláteros é composta por uma equação para o eixo “x”
e a outra para o eixo “y”, uma vez que as medidas dos lados podem vir a ser diferentes. A
forma de referência desses eixos é feita em função da linha de ação da carga aplicada, sendo
o eixo “x” perpendicular a linha de ação da força e o eixo “y” paralelo. As equações (23) (24)
são de “x” e “y” respectivamente.
3 3 (23)
I X B.H b.h
12 12
3 3 (24)
IY B .H b .h
12 12
Onde:
“B” é o valor da base maior, ou seja, distância entre as extremidades externas no sentido
do eixo perpendicular a linha de ação da força.
“b” é o valor da base menor, ou seja, distância entre as extremidades internas no sentido
do eixo perpendicular a linha de ação da força. Nem sempre haverá dimensões internas e
nesses casos é desconsiderada a segunda parte da equação.
V .Q
(25)
cisalhamento I .t
Onde:
Além dos esforços citados acima ainda existe a reação causada devido a compressão.
Essa análise só é necessária em elementos, que de alguma forma, sofram compressão
longitudinal, seja por ação direta ou indireta das forças, esforço denominado flambagem.
(26)
.2E
2
Flambagem
y .
2
.[1 ]
Flambagem y
4. 2.E (27)
Onde:
“λ” é o índice de esbeltez, que determina a robustez do elemento, ou seja, quanto maior
o índice mais robusto é o elemento analisado.
I (28)
i
A
(29)
l
I
A
2.6.4 Fadiga
“A maioria das falhas em máquinas acontece devido a cargas que variam no tempo, e
não a esforços estáticos. Essas falhas ocorrem, geralmente, em níveis de tensão
significativamente inferiores aos valores da resistência ao escoamento dos materiais.”
(NORTON, 2013, p. 303).
Outros dados a coletar antes de iniciar os cálculos são o limite e a resistência a fadiga,
dados tais obtidos através de ensaios em laboratório. Assim como o ensaio de tração, o ensaio
de fadiga possui um corpo de prova necessário que deve ser preparado previamente. O corpo
de prova é semelhante ao do ensaio de fadiga, tanto na questão de forma quanto no quesito
de acabamento superficial espelhado. Seu diâmetro e comprimento devem ser calibrados a
fim de controle ao longo do ensaio.
Fator de carregamento
41
Fator de forma
Fator de acabamento
Fator de temperatura
Para obtenção dos valores de correção para cada fator é necessário conhecer a
condição de trabalho do elemento, suas dimensões e seu processo de fabricação.
O fator de correção por carregamento ocorre por mudanças no tipo de esforço que o
elemento sofre em sua aplicação, pois no ensaio o elemento está submetido ao esforço de
flexão. Os carregamentos considerados são cisalhamento, axial e flexão. Os valores de
correção para cada tipo de esforço são:
Os corpos possuem diâmetro diferente do que é empregado na peça em uso, por isso
um fator que corrija essa diferença deve ser considerado (NORTON apud SHIGLEY). Os
fatores de correção estão dispostos por faixa de diâmetro conforme a figura (Figura 21).
(NORTON, 2013), uma vez que os maiores efeitos das tensões estão presentes na borda da
seção transversal.
1 m kf . a
Fs Sy S (30)
nc
Onde:
Motores elétricos são atuadores rotativos que tem como principal função a
transformação de energia elétrica em energia mecânica. Esses atuadores estão presentes em
toda e qualquer parte do nosso cotidiano, como eletrodomésticos, brinquedos, diversos
componentes de automóveis, entre outros.
Nove anos após iniciar seus experimentos o inglês Michael Faraday (1791-1867)
comprovou que existe um alinhamento de um imã dentro de uma bobina e comprovou que de
acordo com o sentido da corrente o imã internamente se alinha de forma diferente. Para
realizar uma movimentação do imã interno Faraday criou um componente chamado de
comutador.
Maiores avanços com os motores ocorreram com o austríaco Iugoslavo Nikola Tesla
(1856-1943) que desenvolveu o primeiro gerador de corrente alternada e assim, o primeiro
motor elétrico sem comutador. Tal modelo de motor é o mesmo que utilizamos até os dias
atuais.
2.6.2 Funcionamento
Para que haja movimentação contínua é necessário que os polos do rotor alternem entre
si. Com isso ocorre uma atração sempre adiante e constante com relação os polos do estator,
movimentando de forma a proporcionar potência no eixo externo.
Entre todos os sistemas que podem ser acoplados aos motores elétricos iremos citar
um sistema que concedeu aos motores elétricos uma nova nomenclatura, os servomotores.
2.8 SERVOMOTORES
Seguindo um ideal oposto ao dos motores elétricos, que fornecem rotação continua, os
servomotores tem como função oferecer um posicionamento angular preciso. Em grande
maioria os servomotores são capacitados a oferecer uma amplitude angular de 180º e
possuem a habilidade de resistir a forças externas com tendência a mudar sua posição.
combustível que era injetado nos motores e entre outros sistemas. Um dos primeiros
mecanismos considerado como servomotor é o regulador de motores a vapor utilizado na
indústria naval, que controlavam a proporção de vapor fornecido ao motor.
O sistema do servo motor consiste em três partes, sendo elas a placa de comando, o
sistema de movimentação e o sensor de posição, conforme a figura (Figura 25).
3 METODOLOGIA
Para que seja apresentado qualquer tipo de trabalho acadêmico, deve se buscar uma
maior qualidade por meio da escolha dos procedimentos que se pretenda abordar nos
eventuais assuntos no desenvolvimento do mesmo, assim se faz necessário seguir um
modelo quanto a forma de abordagem ao conteúdo analisado, que pode ser classificado como
abordagem quantitativa ou qualitativa.
Sendo assim para uma melhor implementação do trabalho, o mesmo será composto por
etapas e cada uma possuirá procedimentos preestabelecidos a serem seguidos, podendo
manter certa ordem de execução ou se necessário retroceder alguns passos para que sejam
corrigidos parâmetros, até que um resultado satisfatório seja alcançado e assim prosseguir
com o desenvolvimento.
1- Decisões iniciais;
2- Modelamento estrutural;
3- Análise estrutural;
4- Análise por elementos finitos;
5- Remodelamento (caso necessário);
6- Análise de viabilidade;
7- Revisão e correções;
8- Entrega final;
Nessa etapa será realizado a verificação dos elementos que foram implementados ao
mecanismo, para que os mesmos atendam o objetivo proposto para o projeto.
Após resultados da análise por elementos finitos é possível determinar quais serão os
pontos submetidos a maiores esforços e sua natureza. Com essa definição será realizado um
estudo de esforços mais aprofundado nesses pontos, assim sendo possível estipular o fator
de segurança do projeto nas piores condições previstas.
51
3.3.4 Remodelamento
Nessa etapa por meio dos desenhos construtivos será feito um levantamento de valores
de materiais necessários para a fabricação do equipamento que serão utilizados no
equipamento.
4 RESULTADOS E DISCUSSÕES
Outro parâmetro a ser definido nessa etapa é a carga máxima que o equipamento
suportará, que é composta pela a carga gerada pela plataforma móvel, os componentes do
equipamento acoplados a plataforma e a carga gerada pela massa do usuário, mas nessa
etapa será delimitado apenas que a massa máxima do usuário não deverá ultrapassar o valor
de 120Kg. Estima-se que a massa dos equipamentos e estruturas pertencentes a plataforma
53
móvel poderá chegar a um total de 100 Kg, assim totalizando um valor de 220 Kg total, valor
qual será utilizado nos cálculos futuros.
Com essas informações uma relação entre os catetos e a tangente do ângulo (Θ) pode
ser estabelecida na seguinte equação (32), tornando possível mensurar o ângulo máximo do
equipamento que simulara os movimentos de aceleração e frenagem através de dimensões
lineares entre os acionadores.
(32)
Tangente( ) h
d
(33)
Tangente ( ) 200 14,931º
750
55
A máxima inclinação lateral (Φ) da estrutura, que simulará as ações das forças
centrípeta e centrífuga que ocorrem durante o movimento em uma trajetória curvilínea de um
veículo pode ser encontrada através da equação (35). Mantendo h como cateto oposto e
considerando (l) como o cateto adjacente ao ângulo (Φ) temos:
(34)
Tangente() h
l
(35)
Tangente ( ) 200 18,434º
600
A partir da definição do modelo estrutural foi estipulado que simulador será dividido em
quatro partes principais sendo elas:
Base Fixa - Estrutura responsável por suportar e estabilizar o simulador, além de alojar
os servomotores.
que possam servir como ponto de apoio e fixação para os componentes que serão
posteriormente alojados.
Para alojar os equipamentos como monitor e volante foi desenvolvido uma estrutura
(Figura 40) composta de tubos retangulares 40x20 mm e tubo quadro 40 mm ambos com
parede de # 3,175 mm soldados a uma chapa de aço carbono 1020 com espessura de # 1/8"
ou 3,175 mm. Esse suporte será fixado a plataforma móvel através de parafusos allen M12
DIN 912.
Pino 1 GDL
Cilíndrica 2 GDL
Universal 2 GDL
Esférica 3 GDL
eixo do servomotor e a haste de prolongamento e é uma junta por pino, sendo que essa união
possui um GDL e é repetida nos três acionadores.
Ao final da contagem identificou-se três juntas com um grau de liberdade, cinco juntas
com dois graus de liberdade e três juntas com três graus de liberdade. Na equação da
mobilidade deve-se considerar as juntas com quatro e cinco graus de liberdade, mas devido
a inexistência de tais componentes no mecanismo, será adotado o valor de zero para ambos
os casos.
Por estar localizado no centro da estrutura o servomotor dianteiro poderá atuar em todos
os quadrantes mais ainda será limitado ao range de 180º. Para os demais por estarem
alojados simetricamente tendo uma distância equidistante ao centro foi adotado o mesmo
range angular, porem espelhado entre os servos traseiros.
Após essa definição foi estabelecido os ângulos de posicionamento para cada servo,
necessários para a execução de cada movimento independente da estrutura, sendo descritos
os movimentos de translação em relação ao eixo Y (Figura 44) que simulara os movimentos
de oscilações verticais de um veículo, como por exemplo a passagem por uma lombada um
uma depressão na via. A rotação em relação ao eixo X (Figura 45) simulará os movimentos
curvilíneos, ou seja, toda curva que o veículo realizar será representado com combinações de
rotações nesse eixo. A rotação em relação ao eixo Z (Figura 46) simulará os movimentos de
aceleração e frenagem.
A análise é realizada no plano bidimensional, pois assim como Norton (2010) descreveu
em sua obra a análise dos mecanismos tridimensionais possui uma elevada complexidade e
para simplificar as análises é possível representas os mecanismos tridimensionais como uma
combinação de mecanismos bidimensionais ligados por um ou mais elos.
Após a obtenção do valor da reação do apoio “B” realiza-se o cálculo da somatória das
forças no sentido do eixo y, pois nesse momento há apenas a incógnita, que é a força de
reação do apoio “A”. Considerando que essa reação esteja no sentido horizontal e com
orientada para cima o cálculo nos revela o resultado de 1588,39 N como reação no apoio
traseiro.
Os resultados da distribuição de carga nos mostram que o atuador que sofre maior
reação do conjunto equipamento-usuário são os atuadores traseiros e devido a essa
constatação um estudo mais aprofundado será realizado nesses atuadores.
Segundo Norton (2013; Projeto de Máquinas; Cap. 15; Pg. 865) a área resistente At de
um parafuso M6 ISSO 912 possui o valor de 28,27 mm2 e como a força é aplicada de tal modo
a provocar uma tensão axial de tração nos parafusos no momento analisado, o que permite
analisar o componente utilizando a equação (37) de tensão axial.
P (37)
Axial
A
Onde “A” será a área resistiva dos parafusos “At” multiplicada pela quantidade de
parafusos “n”, o que resulta em uma nova equação (38).
P (38)
Axial
At . n
A força “P” possui grandeza igual a carga aplicada no atuador devido ao momento
analisado. Assim como na determinação do torque a carga a ser utilizada como referência é
o pior caso, assim exercendo uma forca de 794,195 N distribuída entre os dois parafusos por
igual, uma vez que a linha de atuação dessa força está no centro entre os parafusos.
2 (39)
1872 ,67[ MPa]
máx. 14,045[ MPa] 936,44 MPa
2
2
Devido a não adequação do parafuso M6, o mesmo procedimento foi executado com
um parafuso M8, ambos com classe 12.9, a fim de avaliar seu comportamento perante a carga
do sistema. Os mesmos procedimentos e métodos de análise foram utilizados e ao final
obteve-se o coeficiente de 2,18 como fator de segurança.
Para que o coeficiente de segurança, proposto para o projeto, venha a ser atendido
nesse caso é necessário realizar a substituição do parafuso de M6 para M8 com classe 12.9.
Devido a existência desse caso, será analisado o efeito que a compressão causa na
haste de transmissão devido ao fato do comprimento desse componente ser o maior de todo
o conjunto e por isso a flambagem atingir as maiores proporções com relação a carga.
Após a definição do tipo de fixação da haste deve-se calcular o índice de esbeltez crítico
através da igualdade entre as equações de Euler (26) e Johnson (27), assim obtendo a
seguinte equação (40):
2 E y 2
y 1
2 4 2 E (40)
Com o valor do índice de esbeltez crítico pode-se compara com o índice real da haste
de transmissão e definir qual a equação mais adequada para o caso analisado. O índice de
esbeltez da haste é calculado através da equação (41).
375
39,47
102,35 10 3 (41)
1134,08
207 1 4207 39, 47
2
198,82 MPa
Flam bagem
2
206,8103
(42)
Ao termino do cálculo obtém-se o valor de 198,82 MPa, sendo essa a tensão critica que
representa o ponto de mudança de equilíbrio na haste. Como base comparativa foi analisada
a tensão máxima de compressão axial (Figura 54) presente na haste através do estudo de
elementos finitos via software SolidWorks.
198,82 (43)
FS
16
Ainda via software foi calculado o fator segurança (46) obtendo-se o valor de FS=13,
que esta muito próximo do valor calculado de FS=12,43 confirmando que a haste atende ao
as especificações do projeto.
77
para definirmos qual é o coeficiente de segurança desse pino quando o mesmo se encontra
em regime estático e dinâmico.
O momento de inércia possui valor de 1017,85 mm4, o momento estático possui valor
de 162 mm3, o “y” possui como valor o resultado da divisão do diâmetro da seção transversal
pela metade, ou seja, possui valor de 6 mm. O valor de “t” é igual ao próprio diâmetro da seção
transversal, assumindo assim o valor de 12 mm.
Com a realização dos cálculos obtém-se os valores de tensão axial igual a 246,3 MPa
e valor de tensão cisalhante igual a 42,13 MPa. Esses valores serão utilizados para se
encontrar os valores de tensão máxima e mínima existentes no ciclo de trabalho do parafuso.
A princípio será considerado um parafuso com classe 8.8 a fim de compreender quais
classes de parafusos são adequadas a aplicação nesse mecanismo. Os parafusos classe 8.8
possuem como limite de escoamento o valor de 800 MPa e como limite de ruptura o valor de
640 MPa, por isso será utilizado nos cálculos o valor do limite de ruptura como tensão máxima
permitida para esse componente.
Analisando a seção transversal nota-se que há dois pontos (Figura 59) onde as
tensões aplicadas se encontram na situação de maior reação no material. Um desses casos
é a extremidade superior, onde a ação do mento fletor possui maior intensidade e está
tracionando o material, esse ponto será denominado de “Ponto A”. Outro ponto são ambas as
extremidades intermediárias que sofrem maior influência do esforço cortante e esse ponto
será denominado de “Ponto B”. Esses pontos serão analisados inicialmente através do estado
plano de tensões.
No próximo passo os valores das tensões máximas (44) e mínimas (45) para cada
ponto é calculada através da equação de Soderberge esses valores serão aplicados para o
cálculo do fator de segurança no regime estático e no regime dinâmico.
(44)
x y
2
máxima xy
2
2
(45)
x y
2
minima - xy
2
2
Para o ponto A encontramos o valor de 123,15 MPa para a tensão máxima e o valor
de -123,15 MPa para a tensão mínima e para o ponto B os valores de tensões máxima e
mínima são respectivamente 46,13 MPa e -46,13 MPa.
Esses valores serão utilizados na formula da tensão de Von Misses (mo) (46) e
posteriormente aplicado no cálculo do fator de segurança que, para o regime estático, é
obtido através da razão entre a tensão de escoamento de material e a tensão de Von Misses.
(46)
mo máxima 2 máxima minima minima 2
y (47)
F.S.
mo
Após os cálculos o fator de segurança encontrado para o ponto A possui valor de 57,7
e o valor encontrado para o ponto B é igual a 94,2. Lembrando que o coeficiente de segurança
é um valor adimensional. Em comparação com o valor estabelecido no início de projeto esse
componente supera o necessário em seu regime estático.
81
Fonte: Adaptado de “Manual de tecnologia metal mecânica”, 2ª edição Brasileira, pág. 210.
Como observado na tabela (Tabela 3) os valores de tensão de limite de ruptura são
menores que os valores de tensões referente a resistência a tração e devido a isso será
utilizado o valor de limite de ruptura como referencial para os cálculos destinados ao regime
dinâmico.
Nos primeiros cálculos será utilizado um parafuso da classe 8.8, pois a mesmo possui
valores intermediários e nos permitirá direcionar melhor os cálculos para encontrar a menor
classe que poderá ser utilizada nesse componente.
Com isso o valor encontrado para o limite de resistência a fadiga corrigido do parafuso
M12 com classe 8.8 foi de 187,3 MPa para o ponto A e de 112,4 MPa para o ponto B. O limite
corrigido é aplicado no cálculo da fadiga (49) juntamente com a tensão média e a tensão
variável, porém devido ao ciclo de trabalho possuir reversão completa a tensão média possui
valor igual a 0 (zero) e a tensão variável possui valor igual a tensão máxima.
1 (49)
média kf var iável
F .S . Sy S nc
Sendo a tensão média igual a zero para ambos os casos e não existindo nenhum fator
de concentração de tensões é possível reescrever a equação (50) de forma a simplificá-la
nesse caso estudado.
1 (50)
var iável
F .S . S nc
Os cálculos realizados seguem o mesmo procedimento descrito para a classe 8.8, por
isso irá ser demonstrado os resultados dos cálculos das classes 9.8, 10.9 e 12.9 de forma
tabelada (Tabela 4). Sendo apenas os valores referentes a análise do ponto A, pois o ponto
B possui um alto coeficiente de segurança e os materiais analisados a seguir possuam
características melhores.
Com isso nota-se que a única classe que atende o fator se segurança exigido nesse
projeto é a classe 12.9, sendo assim para esse componente é necessário um parafuso M12
com classe 12.9, segundo a norma DIN EN ISO 898-1.
A fim de confirmar os cálculos foi realizado, via software, uma análise do fator de
segurança através do método por elementos finitos (FIGURA 51) obteve resultados muito
próximos ao encontrados nos cálculos, pois foi encontrado um valor de 2,2 para o fator de
segurança através do software.
A fim de analisar a distribuição de carga irá se adotado como ponto “A” o parafuso com
distância de 102 mm do centro de massa e adotado como ponto “B” o parafuso com distância
de 113 mm (FIGURA 54).
Com isso a tensão gerada pelo esforço cisalhante pode ser calculada pela equação
do esforço cortante (51) e ao substituirmos os valores teremos a seguinte equação (51).
o que demonstra estar acima do exigido para o projeto, mesmo utilizando um parafuso com a
menor classe segundo a norma DIN EN ISO 898-1.
240[MPa] (52)
FS 104,35
2,3[MPa]
4.3.10 Suporte do monitor
O primeiro estudo visa definir qual o ponto da estrutura com maior tensão devido as
cargas externa existentes. O estudo nos mostra que a máxima tensão encontrada equivale a
64 MPa e é encontrada no reforço do suporte que acomoda o monitor (Figura 64).
Os resultados da distribuição de carga nos mostram que o atuador que sofre maior
reação do conjunto equipamento-usuário são os atuadores traseiros e devido a essa
constatação um estudo mais aprofundado será realizado nesses atuadores.
r2 (53)
d r 1 - cos sen 2
2l
r2 (54)
r sen cos
dx
vd sen 2
dt 2l
Sendo:
𝑑𝑥
𝑑̇ = A derivada do deslocamento em relação ao tempo;
𝑑𝑡
ω : Velocidade angular;
Onde com a substituição adequada dos valores na equação da velocidade (54), resultou
em uma velocidade de 0.469 (𝑚/𝑠).
Para a aceleração do ponto C, foi encontrado o valor de 2,122 (𝑚/𝑠 2 ), por meio da
equação (55).
d 2x (55)
r 2 cos sen 2
r
a v
dt 2
2l
𝑑2𝑥
Onde 𝑣̇ = é a derivada da velocidade em relação ao tempo.
𝑑𝑡 2
4.5 Posicionamento
PARÂMETROS DE D-H
ELO 𝜃 𝛼 L d
1 𝜃1 0 100 0
2 𝜃2 0 375 0
Sendo:
0
H 2 0H11H 2
0
H1 Rot ( z ,1 ) Trans(l1 ,0,0)
1
H 2 Rot ( z , 2 ) Trans(l2 ,0.0)
Após o recebimento de todas as cotações foi elaborado três planilhas de preços, sendo
uma para itens comerciais (Anexo 3), uma para itens usinados (Anexo 4) e outra para itens
de corte e solda (Anexo 5). Essas planilhas listam informações como preço unitário e total,
quantidade, nome do fornecedor, código do fornecedor para itens comerciais e tipo de
orçamento recebido. Dados como prazo de entrega e valor de frete não serão considerados
devido a não efetivação da compra.
Mediante a análise dos dados nessas planilhas foi estabelecido quais seriam os
possíveis fornecedores para compra e terceirização de serviços (Figura 70), necessários para
a construção da estrutura do simulador utilizando como critério o menor preço disponível,
chegando ao valor de custo de fabricação da estrutura de R$ 15.236,87.
93
Porém, o valor citado refere-se aos custos com a fabricação e aquisição dos
componentes referentes a estrutura do simulador, mas ainda é necessário fazer um
levantamento dos custos destinados a aquisição e implementação do software, responsável
pela movimentação e sincronização da estrutura com o jogo. Além desse custo também é
necessário acrescentar um valor para a realização da montagem do equipamento como um
todo e considerar uma margem de lucro.
Apenas após todas essas considerações é possível determinar com maior precisão o
valor de venda do simulador, mas mesmo considerando os adicionais citados acima acredita-
se que o valor continua atrativo quando comparado as opções encontradas no mercado, pois
estima-se que o valor final venha a ficar próximo ao valor de um simulador mediano e, com
os valores semelhantes, a estrutura desenvolvida se mostra em vantagem devido a sua
capacidade de realizar movimentos, tornando seu uso muito mais prazeroso ao usuário.
95
5 CONCLUSÃO
O alto torque exigido dos servomotores, para que a estrutura execute os movimentos
sem maiores dificuldades, tornou-se um problema, pois esses modelos de servomotores não
possuem uma boa disponibilidade no mercado brasileiro, dificultando assim o encontro de
fornecedores nacionais. Os poucos modelos encontrados no mercado nacional apresentam
um valor muito elevado, os servomotores utilizados nesse projeto representam cerca de
66,8% do valor total do custo de fabricação da estrutura.
Uma proposta para trabalhos futuros consistiria em uma análise para a implementação
de outro modelo de acionamento que realize as movimentações necessárias para a interação
da estrutura e que ofereça uma maior disponibilidade no mercado nacional e um preço mais
acessível. Para eventuais continuidades dentro desse tema esse trabalho vem a ser uma base
para a fabricação da estrutura e validação dos resultados obtidos através de testes físicos, os
quais podem revelar novos pontos críticos para análise e correções conforme a obtenção de
novos dados.
6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BARREIRA NETO, Antonio. Projeto auxiliado por computador. 04 fev. 2016, 30 jun. 2016.
Notas de Aula.
FISCHER, U.; GOMERINGER, R.; HEINZLER M.; NÄHER F.; OESTERLE S.; PAETZOLD
H.; STEPHAN A. Manual de tecnologia metal mecânica. 2ª ed. São Paulo: Blucher, 2011.
LOBÃO, C. E.; PORTO, V.J.A. Evolução das técnicas de simulação. Abrepo, Rio de
Janeiro, v. 9, n. 1, p. 13 a 22, 1999.
MABIE, H.H; OCVIRK, F.W. Mecanismos. Rio de Janeiro, RJ: Editora S.A, 1980.
ANEXOS
99
http://www.streetpower.com.br/cinto-de-seguranca-4-pontos-2-pol-san-marino-
p3050/?varid_3050=2211
https://www.tuningparts.com.br/cinto-4-pontas-cinza-willtec.html?_pid=DQq9Yt
100
https://www.tuningparts.com.br/cinto-4-pontas-cinza-willtec.html?_pid=DQq9Yt
http://sanmarinorace.commercesuite.com.br/cinto-4-pontos-2-san-marino-pr-224-394795.htm
101
http://www.americanas.com.br/produto/113683135
http://www.shoptime.com.br/produto/113683135/volante-logitech-g27-racing-wheel-com-
force-feedback-para-ps3-
pc?opn=GOOGLEXML&loja=01&&WT.srch=1&epar=bp_pl_00_go_sch_pla_gm_todas_geral
_apostas&gclid=CjwKEAjwnebABRCjpvr13dHL8DsSJABB-
ILJtAd2Q0fROBFB8WxgzPsxMbzfaebhNpKIYk-KQA9-NBoCAQfw_wcB
102
http://www.magicartech.com.br/produto.php?cod=206&descricao=Junta+Universal+Stahl+JU
-803
http://atibrasil.com.br/produto/junta-cardan-simples-6g1-d-32mm/
103
http://www.magicartech.com.br/produto.php?cod=904&descricao=Terminal+Rotular+M12+R
osca+esquerda+Aurora+Bearings+%28A%C3%A7o+Cromo
http://atibrasil.com.br/produto/terminal-rotular-cm-ok-12-autolub/
104
https://www.walmart.com.br/item/883151/sk?utm_source=google-
pla&adtype=pla&utm_medium=ppc&utm_term=883151&utm_campaign=informatica+883151
http://www.submarino.com.br/produto/120866141/monitor-led-23-lg-
23mp55hq?loja=03&opn=XMLGOOGLE&&WT.srch=1&epar=bp_pl_00_go_g35062&gclid=Cj
wKEAjwnebABRCjpvr13dHL8DsSJABB-ILJ4gcWUHDi6B99Rgx_lkd1fq6xdEjOc-
Og0wPhZyV0rRoCGKnw_wcB
105
http://www.ciser.com.br/htcms/media/pdf/tabela-de-precos/ciser-ponta-estoque-2016.pdf
106
http://www.ciser.com.br/htcms/media/pdf/tabela-de-precos/ciser-ponta-estoque-2016.pdf
107
http://www.casanetto.com.br/sys/detalhes.asp?id=158&produto=410
108
http://www.casanetto.com.br/sys/detalhes.asp?id=158&produto=410
http://www.macrosul.com
109
110
http://www.casanetto.com.br/sys/detalhes.asp?id=158&produto=539
https://www.alibaba.com/product-detail/AC-synchronous-servo-motor-for-
plastic_60410195399.html?spm=a2700.7735675.30.25.eUdvKN&s=p
111
COMPONENTES DE USINAGEM
USINAGEM DE MAQUINAS VALINHOS
CNPJ/CPF: 03425099000161
Endereço: R.ISAURA AP. OLIVEIRA BARBOSA TERINI, JARDIM ITAPUA, VALINHOS - SP, 13273-105
Telefone: (19) 3849-5103
ITEM QTD. TOTAL PREÇO UNITARIO PREÇO TOTAL
SUPORTE FIX. JUNTA ROTULAR TG-00-05-02 3 R$ 95,00
R$ 510,00
SUPORTE FIX 2. JUNTA ROTULAR TG-00-05-03 3 R$ 75,00
COMPONENTES DE USINAGEM
MDF VINHEDO FERRAMENTAS E USINAGEM LTDA
CNPJ: 10.494.051/0001-05
Endereço: R. GRACIOSA TREVISAN SALTORI, 75 - NOVA ERA, VINHEDO - SP, 13280000
Telefone: (19) 3826-1307
ITEM QTD. TOTAL PREÇO UNITARIO PREÇO TOTAL
SUPORTE FIX. JUNTA ROTULAR TG-00-05-02 3 R$ 100,00
R$ 540,00
SUPORTE FIX 2. JUNTA ROTULAR TG-00-05-03 3 R$ 80,00
COMPONENTES DE USINAGEM
RET-INDÚSTRIA, COMÉRCIO E SERVIÇOS DE USINAGEM LTDA
CNPJ: 01.268.429/0001-27
Endereço: R. VER. ANTONIO DE CASTRO, 469 -JARDIM NOVA ESPIRITO SANTO, VALINHOS- 13273-201
Telefone: (19) 3859-1736
ITEM QTD. TOTAL PREÇO UNITARIO PREÇO TOTAL
SUPORTE FIX. JUNTA ROTULAR TG-00-05-02 3 R$ 75,00
R$ 450,00
SUPORTE FIX 2. JUNTA ROTULAR TG-00-05-03 3 R$ 75,00
116
COMPONENTES ESTRUTURAIS
SERRALHERIA NACIONAL
CNPJ: 54.7616.970/001-42
Endereço: Rod. Flávio de Carvalho, 490 - Jardim Pinheiros, Valinhos - SP, 13273-000
Telefone: (19) 3871-8300
ITEM QTD. TOTAL PREÇO UNITARIO PREÇO TOTAL
PLATAFORMA FIXA TG-00-01-01 1 R$ 290,00
PLATAFORMA MÓVEL TG-00-02-01 1 R$ 275,00
TORRE CENTRAL TG-00-03-01 1 R$ 120,00
R$ 1.535,00
JUNTA E ARTICULAÇÃO CENTRAL TG-00-04-00 1 R$ 120,00
SUPORTE FIXAÇÃO MOTOR TG-00-06--01 3 R$ 130,00
SUPORTE MONITOR TG-00-08-01 1 R$ 340,00
COMPONENTES ESTRUTURAIS
SERRALHERIA FAHL Ltda - ME.
CNPJ: 52.110.682/0001-83
Endereço: R. São Paulo, 990 - Vila Santana, Valinhos - SP, 13274-115
Telefone: (19) 3871- 0191
ITEM QTD. TOTAL PREÇO UNITARIO PREÇO TOTAL
PLATAFORMA FIXA TG-00-01-01 1 R$ 310,00
PLATAFORMA MÓVEL TG-00-02-01 1 R$ 300,00
TORRE CENTRAL TG-00-03-01 1 R$ 150,00
R$ 1.890,00
JUNTA E ARTICULAÇÃO CENTRAL TG-00-04-00 1 R$ 130,00
SUPORTE FIXAÇÃO MOTOR TG-00-06--01 3 R$ 200,00
SUPORTE MONITOR TG-00-08-01 1 R$ 400,00
COMPONENTES ESTRUTURAIS
SERRALHERIA DOS ORTIZEZ Ltda - ME.
CNPJ: 52.118.239/0001-64
Endereço: Av. independencia, n° 2060 Valinhos/SP, Cep: 13277-000
Telefone: (19) 3871-6975
ITEM QTD. TOTAL PREÇO UNITARIO PREÇO TOTAL
PLATAFORMA FIXA TG-00-01-01 1 R$ 320,00
PLATAFORMA MÓVEL TG-00-02-01 1 R$ 250,00
TORRE CENTRAL TG-00-03-01 1 R$ 140,00
R$ 1.660,00
JUNTA E ARTICULAÇÃO CENTRAL TG-00-04-00 1 R$ 120,00
SUPORTE FIXAÇÃO MOTOR TG-00-06--01 3 R$ 160,00
SUPORTE MONITOR TG-00-08-01 1 R$ 350,00