Documente Academic
Documente Profesional
Documente Cultură
º 02
Texto Bíblico: João 8. 44; Efésios 4. 25; Colossenses 3. 9 – 11; Apocalipse 21.27; 22.15
INTRODUÇÃO
O tema da nossa reflexão nesta noite é a mentira! Interessante que embora tenha efeitos
devastadores sobre nós no presente e para o nosso futuro, não é um assunto levado a sério pela
maioria de nós. Mesmo a Bíblia dizendo que o ‘Pai da Mentira é o Diabo”, e de que “Os mentirosos
não entrarão não céu”, ainda assim parece que temos a tendência de não levarmos a sério essa
advertência e ensinamento.
Outro dia perguntei a um irmão sobre ter ouvido algum dia um sermão sobre mentira, e a
resposta do irmão foi surpreendente, ele disse: Pastor, eu nunca ouvi um sermão sobre mentira, mas
já ouvi muitas mentiras pregadas em um sermão. O que é mais lamentável ainda!
• Será que é necessário dizer a verdade em qualquer situação?
• A retenção da verdade é, necessariamente, uma mentira?
Há duas espécies fundamentais de mentira: "jactância, que consiste em exagerar a verdade; e
a ironia, que consiste em diminuí-la. Nestes dois casos não se trata de simples mentira, mas de vícios
mais graves".
Conforme os dicionários, mentira é engano, impostura, fraude, falsidade, erro, ilusão, juízo
falso, fábula, ficção etc. Mentir é contar ao próximo aquilo que se sabe ser falso, como sendo
verdadeiro. É interessante lembrar que há, no calendário popular, o "Dia da Mentira": 01 de abril.
O pior é que a mentira faz parte do cotidiano de muitas pessoas, de uma forma até costumeira
ou inconsciente, tornando-se um costume ou um hábito negativo, gerando sérios prejuízos.
A mentira está tão entranhada em nosso mundo - na política, nos negócios, no casamento, no
namoro, no imposto de renda, nos currículos, nos comerciais, na família, nas amizades, no trabalho,
na escola - que não deveríamos nos surpreender, que também penetre na comunidade cristã.
Alguns exemplos de como a mentira esteja fazendo parte da nossa vida:
Você cumprimenta alguém com um grande sorriso e um abraço, mas na verdade não suporta
essa pessoa.
Você diz “Nosso casamento está indo bem”, quando na verdade o relacionamento pode ser
descrito como frio.
Você diz “Estou bem. Não me importei de ter perdido o emprego. Não estou preocupado”,
quando de fato está temendo o futuro.
Você diz “Você fez um ótimo trabalho”, quando de fato pensa que a atuação da pessoa foi
medíocre.
Você diz “Oh, não poderei ir. Estou muito ocupado”, quando na verdade prefere não
participar do evento.
A mentira e o fingimento estão tão arraigados que raramente os percebemos. Cada cultura e
cada família têm sua própria forma de torcer meias verdades, omitir fatos e evitar momentos
constrangedores. Mentimos com as nossas palavras. Mentimos com o nosso sorriso. Mentimos
com o nosso corpo. Mentimos com o nosso silêncio. Não nos importamos com isso porque é assim
que todos agem.
I - BREVE ANALISE DO TEXTO DE COLOSSENSES
Paulo, dirigindo-se aos cristãos de Colossos, que estavam ameaçados por ensinos errôneos
difundidos pelos falsos mestres (Cl 2.16-23), apresenta verdades de suma importância, em forma de
mandamentos, dentre as quais encontra-se esta: "Não mintais uns aos outros" (3 v. 9). Esta
recomendação está inserida no contexto do "novo homem que se refaz para o pleno conhecimento,
segundo a imagem daquele que o criou" (3 v. 10).
O apóstolo realça, neste trecho bíblico, uma série de imperativos relativos à conduta cristã,
convocando cada um a demonstrar, na prática, que o cristão está morto para o pecado e vivo para
Deus. O desejo e as orientações paulinas dizem respeito àqueles que haviam se convertido do
paganismo e que, agora, deveriam revelar uma nova vida, colocando em prática aquela profissão de
fé no ato da conversão (Cl 2.13). É nesse sentido que ele fala sobre "fazer morrer a natureza terrena",
"se despojar" e "se despir do velho homem com os seus feitos", pois agora a vida não é mais como
"noutro tempo" (v. 8,9). Na língua original, a idéia paulina refere-se ao ato de despir e ao ato de vestir.
Isso porque os cristãos são convocados a demonstrar que não pertencem mais ao "reino das trevas",
mas sim, que foram "transportados para o reino do Filho" (Cl 1.13). Trata-se do grande desafio de
renunciar a vida antiga, ou seja, abrir mão dos velhos hábitos e viver o agora, de modo novo. Nesse
contexto, ele menciona, de modo inicial, o mandamento: "Não mintais".
Esse mandamento, que ocorre também em Efésios 4.25, é o assunto central deste estudo, o
qual tem como objetivo mostrar que o cristão, que é nova criatura, precisa ter uma postura diferente,
eliminando qualquer tipo de mentira em sua vida, revelando-se uma pessoa comprometida com a
verdade.
Assim como a maioria das pessoas, eu costumava mentir antes de entregar a minha vida a
Cristo aos 19 anos. Mas o mais chocante é que não percebia quanto ainda continuava a mentir.
Mentia em primeiro lugar para mim mesma, em seguida para os outros e até mesmo para Deus.
Olhando para trás, percebo que as igrejas que eu frequentava promoviam uma série de
ordenanças implícitas sobre o que era e o que não era permitido falar. Essas ordens me
encorajavam a fingir que as coisas estavam bem quando não estavam e a torcer a verdade para
manter a paz como um “bom cristão” deve fazer.
Quando sentia emoções como raiva, tristeza ou decepção, eu tentava ignorá-las. Afinal, a
vida cristã não deveria ser alegre e abundante? Pedia a Deus que tirasse esses sentimentos; ele
não tirava. Por isso, eu seguia mentindo.
Durante os primeiros anos do meu casamento, mentia sobre quanto era infeliz com o ritmo
da nossa vida. Mentia sobre quanto ficava irada por me sentir como uma mãe solteira. Mentia sobre
sentimentos de ressentimento para com pessoas difíceis da igreja. Mentia sobre como estava
profundamente triste por viver em Nova York e distante da natureza, da praia, das montanhas, das
trilhas para caminhadas e dos espaços abertos.
Com frequência mentia ao dizer um “sim” gentil e amoroso para as pessoas quando, por
dentro, estava irada e dizendo “não”. Eu mentia por medo, por não querer decepcionar ninguém.
Dava carona quando preferiria ir direto para casa. Aceitava convites para eventos sociais
quando queria ficar sozinha. Dizia a Pete que não me importava por ele precisar trabalhar até tarde,
quando na verdade me importava.
Durante anos, senti-me culpada por estar aborrecida ou irada.
— Geri, está tudo bem? — perguntou uma amiga certo dia, quando deixei escapar alguns
comentários sarcásticos sobre a minha vida.
Disfarcei rapidamente.
— Não há nada de errado. Tudo está bem.
Contudo, meu tom de voz, palavras mordazes e linguagem corporal me traíam.
Parte do belo plano de Deus, desde o início, foi que o ser humano vivesse na verdade. Essa
ideia permanece central no seu projeto para a nossa liberdade e alegria. Jesus disse: “Se vocês
permanecerem firmes na minha palavra, verdadeiramente serão meus discípulos. E conhecerão a
verdade, e a verdade os libertará” (João 8.31,32). Essa verdade inclui tanto a verdade bíblica
sobre Deus como a verdade em geral.
Como seguidores de Jesus Cristo, a medida que vivemos na verdade é a medida em que
somos livres. Quando mentimos em alguma área da nossa vida, é como se nos acorrentássemos,
restringindo a liberdade que Cristo conquistou para nós.
Quando um pastor ensina a Bíblia para a igreja e em seguida vai para casa e secretamente
assiste pornografia na Internet, ele não está livre, mas sim acorrentado.
A líder do comitê de mordomia exorta as pessoas repetidamente a contribuírem com
generosidade, aparentando estar abrindo o caminho neste esforço, mas ela mesma não contribui
com um centavo. Ela teme ser descoberta. Ela não está livre, mas acorrentada.
Larry e Tracy apresentam-se ao pequeno grupo que lideram como um casal cristão estável.
Entretanto, Tracy com frequência explode de raiva com Larry. Larry teme falar com Tracy ou
discordar dela, para que as coisas não piorem entre eles. Eles não querem admitir esse problema
para si mesmos nem para outra pessoa. Tanto Larry como Tracy não são livres, mas estão em
correntes.
Há uma grande batalha espiritual envolvendo essa questão da nossa vida. Por isso, Paulo
cita o cinto da verdade como o primeiro elemento da armadura de Deus que devemos vestir para
nos defendermos contra os poderes do mal (Efésios 6.12-14).
Aos 37 anos eu já seguia Cristo com dedicação por quase vinte anos, mas somente então
descobri o que significava viver na verdade e desfrutar da liberdade no meu interior (Salmos 51.6).
Quando desisti de mentir, decidi que não podia mais fingir nem participar da vida de fachada que
entendia ser a igreja e a comunidade cristã. Eu não podia mais continuar chamando mentira de
verdade e verdade de mentira. O preço da mentira se tornara alto demais. Finalmente, chegara ao
limite em que não tinha mais nada a perder ao ser dolorosamente honesta comigo, com os outros e
com Deus.
Uma vez que Deus é a verdade absoluta, sempre que falhava em viver na verdade, eu
inconscientemente o excluía da minha vida. Quando mentimos, não estamos mais no domínio de
Deus, mas no de Satanás. Jesus se refere ao Maligno como o “pai da mentira” (João 8.44). E,
quando cruzamos essa linha, ficamos vulneráveis a inúmeros ataques e enganos. Enquanto fui
desonesta comigo mesma e com Pete em relação a meus verdadeiros sentimentos sobre ele ter
perdido a festa de apresentação de Faith, a ferida permaneceu aberta. Isso resultou em tumulto
interior e prolongado ressentimento para com Pete.
A pessoa para quem mais mentia era eu mesma. O meu desejo de parecer boa aos olhos
dos outros estava tão arraigado que eu mentia para mim mesma continuamente. “Geri, você não é
infeliz. Você pode fazer isso. Você pode ser alegre como Deus ordena.”
O problema é que eu ficara cada vez mais infeliz e exausta durante os primeiros anos da
nossa vida de casados. Éramos um casal jovem com quatro filhas pequenas e fundamos uma igreja
do nada na cidade de Nova York, sem pessoas, equipe nem dinheiro. A nossa fé era uma mistura
de amor por Deus, treinamento teológico bom e ruim, ingenuidade da juventude e ignorância dos
nossos problemas pessoais. Manter a minha alma viva em meio a tal ambiente exigiu muita mentira
e negação.
Contudo, mentir interiormente fez que fosse impossível amar as pessoas genuinamente. Os
meus conflitos interiores combinados à tristeza e à raiva reprimidas fizeram de mim uma pessoa
imprevisível e insegura. A ira ardia abaixo do meu amoroso comportamento cristão.
O dia em que admiti que não era uma pessoa muito amorosa foi o dia em que dei um grande
passo em direção a tornar-me uma pessoa amorosa. Um grande fardo de fingimento caiu dos meus
ombros, e pude finalmente admitir a minha verdadeira fraqueza e quebrantamento. Eu estava
humilhada. Aceitar as minhas falhas foi o que acabou me capacitando a ser uma pessoa mais
segura, afável e acessível.
Virginia Satir, uma renomada terapeuta familiar, observou que as mensagens ou regras que
internalizamos da nossa família e cultura geralmente facilitam o mentir para nós mesmos. Algumas
dessas regras são verbalizadas, mas a maioria não é. Ela escreveu: A maioria de nós vive uma vida
desumana porque vivemos regras desumanas sobre nós”. Ao ler alguns exemplos das “regras
desumanas de Satir, reflita se alguma delas não é uma regra subentendida que afetou a sua vida.
Quando essas regras são levadas inconscientemente para a idade adulta sem nunca serem
questionadas, elas reprimem nossa liberdade e encorajam a mentira. Por exemplo, digo a mim
mesma que não estou zangada porque tenho uma regra que diz que devo ser sempre agradável.
Digo a mim mesma que não estou decepcionada porque tenho uma regra que diz “preciso ser boa,
e pessoas boas não são tristes nem decepcionadas”. Digo “sim” para as pessoas quando quero
dizer “não” porque tenho uma regra que diz “pessoas legais sempre dizem sim .
Quando crescemos com regras como essas na família, acabamos mentindo com facilidade
sobre os nossos desejos e as nossas necessidades. Restringimos de forma trágica aspectos
importantes da pessoa que Deus quer que sejamos. Inevitavelmente, limi tamos a liberdade de
escolha que Deus nos deu e minimizamos a verdade de quem somos realmente que também foi
dada por Deus.
Uma coisa é parar de mentir; outra, bem diferente, é começar a falar a verdade. Falar a
verdade com habilidade é uma das formas mais significativas de reconhecer e respeitar a imagem
de Deus em nós e nos outros. Aprender a falar a verdade e crucial para a maturidade espiritual. Na
New Life Fellowship ensinamos as pessoas a praticarem falar a verdade com respeito, honestidade,
clareza e no momento certo.
Respeitosamente. Pense antes de falar para poder descrever cuidadosamente o que quer
dizer. Seja educado, sem insultar e levando em consideração os sentimentos da outra pessoa.
Desrespeitosamente: “Essa ideia é horrível...
Respeitosamente: “É uma ideia interessante , ou Estou confuso com...”
Honestamente. Diga o que realmente pensa; não rrqnta nem disfarce a verdade.
Desonestamente: “Não posso sair para almoçar. Tenho outro compromisso.”
Honestamente: “Prefiro não sair para almoçar hoje porque quero ficar um pouco sozinho.
Claramente. Não fique andando em círculo, nem dê indiretas para evitar a verdade. Não faça
uma afirmação quando, na verdade, está fazendo uma pergunta. Inclua detalhes.
Sem clareza: “Há um bom filme em cartaz no cinema, mas está chovendo.”
Com clareza: “Você gostaria de ir ao cinema comigo hoje à noite, embora esteja chovendo?
Sem clareza: “Gostaria que às vezes você fizesse o jantar.”
Com clareza: “Gostaria que nas terças e quintas-feiras Você fizesse o jantar e se
responsabilizasse por todos os ingredientes necessários.”
No momento certo. Escolha um momento adequado tanto para quem fala como para o
ouvinte, quando não estiverem cansados, distraídos nem tensos.
No momento errado: A sua filha volta para casa depois de um dia difícil na escola,
decepcionada com a nota num teste de matemática e com um conflito com uma amiga. Você
começa a falar sobre a bagunça do quarto dela.
No momento certo: Você percebe que a sua filha está cansada depois de um dia difícil na
escola. Você sabiamente decide esperar por um momento melhor quando ela estiver mais
relaxada para conversar com ela sobre o quarto bagunçado.
Agir assim exige reflexão e energia. Lembre-se de que você provavelmente tem um histórico
de não falar com respeito, clareza, nem no momento certo. Poucos de nós puderam ver essas
atitudes na nossa família ou cultura. Conceda-se tempo e graça para praticar essa nova habilidade.
MENTINDO PARA DEUS
Muitas pessoas de fato mentem para Deus, contando a ele apenas o que pensam que ele
queira ouvir ou o que elas deveriam sentir. Eu era uma dessas pessoas. Veja que ideia mais
absurda, como se Deus não nos conhecesse melhor do que nós mesmos. Quando passei a ser
honesta comigo, finalmente passei a ser totalmente honesta com ele.
Durante anos vivi em conflito interior. Eu era uma cristã dedicada, mas mesmo assim lutava
com pensamentos e sentimentos que considerava inaceitáveis. A tristeza e a raiva, por exemplo,
traziam-me culpa e vergonha. Eram falhas que precisavam ser reprimidas e negadas. Eu
repetidamente pedia a Deus: “Devolve- -me a alegria da tua salvação” (Salmos 51.12). Infelizmente,
eu não entendia como Deus poderia estar falando comigo por meio da dor do meu mundo interior.
Em comparação, modelos bíblicos de espiritualidade genuína aceitam o seu mundo interior e
não mentem sobre ele. Os profetas Elias e Jonas disseram honestamente a Deus que preferiam
morrer (IReis 19.1-5; Jonas 4.8). Jó fez orações violentas amaldiçoando o dia do seu nascimento
depois de ter perdido dez filhos e a saúde. João Batista, em profunda batalha interior, expressou
com honestidade a Jesus que estava confuso sobre ele ser de fato o Messias. Deus não nos pede
nem para distorcer nem para encobrir a verdade em nosso relacionamento com ele. Devemos
encarar todas as nossas decepções e lutas (grandes e pequenas) na presença de Deus, bem como
todas as emoções confusas que as acompanham.
Eu pensava erroneamente que, se não dissesse certas coisas em voz alta, então elas não
seriam realidade, nem mesmo para Deus. Ele não saberia quanto me sentia irada, deprimida,
envergonhada ou sem esperança, como se ele já não conhecesse todos os meus pensamentos e
sentimentos. Quanto mais autêntica comigo mesma eu era, mais crescia no conhecimento de
Deus. A Escritura e a graça se tornaram vivas de novas maneiras.
Por meio de um compromisso corajoso com a verdade, nós avançamos de mãos dadas com
Deus, experimentando a promessa de que a verdade nos liberta.
ACABANDO COM 0 FINGIMENTO PARA DESFRUTAR DE UMA AMOSTRA DO CÉU
Não se engane: dizer “eu desisto” para a mentira e comprometer- -se em falar a verdade
inicialmente parecerá morte, uma vez que a mentira está tão arraigada em nós. Contudo, é uma
boa morte que por fim levará à vida e à ressurreição.
Uma vez que você acabe com a superficialidade e a “amabilidade” que tanto caracterizam a
cultura cristã hoje, experimentará libertação, liberdade e uma genuína vida do corpo que é, na ver-
dade, uma amostra do céu. Seus relacionamentos serão mais autênticos. Sem nada para
esconder, seu nível de estresse e ansiedade diminuem. Sua autoestima se fortalece porque sua
integridade está intacta. A paz com Deus, com você mesmo e com os outros permeia sua vida.
Quando você desiste de mentir, desperta a sua espiritualidade. Remove camadas de
falsidade e desperta o “verdadeiro eu” que Deus pôs em você. Pela graça de Deus, você estará
entre as pessoas mais livres da terra.
E não haverá como voltar atrás. Cinco anos depois da apresentação da nossa filha Faith,
Pete e eu finalmente conversamos sobre minha dor e decepção. Como havíamos começado a
praticar técnicas para falar a verdade no nosso relacionamento, pudemos ser respeitosos,
honestos, claros e falar na hora certa. Chorei ao pôr para fora a minha dor. Ele ouviu. Nós dois
sabíamos que não poderíamos repetir aquele evento único. Dissemos tudo o que precisávamos
dizer e nos abraçamos.
Pete pediu perdão. Finalmente, curáramos um episódio doloroso da nossa história.
Quando desistimos de mentir para nós, para os outros e para Deus, inicia-se um grande
despertamento. Partes de nós que estavam enterradas, tanto boas como pecaminosas, começam a
emergir. Então, surge uma nova questão: Para que coisas devo morrer e para quais não devo
morrer no meu interior? Discernir entre o que é bom e o que é pecado é um assunto amplo e nos
leva ao capítulo seguinte: Desista de morrer para as coisas erradas.