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Processo Penal | Material de Apoio

Professor Rodrigo Sengik.

INQUÉRITO POLICIAL I

1. INTRODUÇÃO

Você já viu comigo, no bloco de apresentação da disciplina, o que é o Processo Penal. Nele, estabelecemos que
Direito Processual Penal é o conjunto de normas que determinam os instrumentos pelos quais vamos analisar certo
fato de interesse ao Direito Penal e afastar o Princípio Constitucional de Presunção Relativa de Inocência. Esses
instrumentos formam a conhecida Persecução Penal, que, basicamente, consiste em: investigações preliminares
seguidas da ação penal.
Ocorre que existem diversas formas de investigações preliminares, das quais a mais conhecida (e única que está
descrita no CPP) é inquérito policial (IP) – a que nos interessa nos concursos públicos. Depois dessa fase investigativa
preliminar, que você verá que sequer é necessária, vem outra fase, essa, sim, indisponível, em que o Estado-Juiz vai
aplicar o Direito Penal ao caso concreto. Essa segunda fase é o processo de conhecimento, que nossos editais e
Código chamam apenas de Ação Penal (AP).
Então, de modo bastante simplificado, temos:

PERSECUÇÃO PENAL = INQUÉRITO POLICIAL (DISPENSÁVEL) + AÇÃO PENAL (INDISPENSÁVEL)

Nesse e nos próximos blocos, vamos estudar somente isso: IP e AP. Tudo muito fácil de assimilar.

2. A JUSTA CAUSA
Para que alguém possa ser processado penalmente, é preciso que haja justa causa. Em outras palavras: ninguém
pode ser processado penalmente sem justa causa, que é entendida como o lastro probatório mínimo acerca de
materialidade e autoria/participação que justifique a AP. Sem ela, o Juiz não deve sequer receber a denúncia/queixa.
Mas de onde vem a tal justa causa? Ela vem de toda e qualquer investigação preliminar, da qual a mais conhecida é
o IP.

3. FUNDAMENTOS NORMATIVOS DO IP
Sempre que eu falar em fundamentos normativos, o que desejo é lhe situar dentro do arcabouço de normas que
temos sobre o tema em análise. Assim, cabe a você assistir à aula e, depois, buscar ler as leis e artigos que eu lhe
apontar.
No caso do IP, basicamente, você lerá os Artigos 5º e 144 da CF, os artigos 4º a 23 do CPP, o artigo 7º do Estatuto da
OAB e as Súmulas Vinculantes 11 e 14.

4. CONCEITO DE INQUÉRITO POLICIAL


O conceito que segue eu mesmo criei com base em questões que foram sendo cobradas ao longo de nossos
concursos. Leia-o três vezes, grife-o, siga na matéria e, ao final das aulas sobre IP, retorne para lê-lo mais três vezes –
você verá que tem tudo nesse conceito e que cada palavra dele tem um motivo para estar ali.
IP é sequência de atos de polícia judiciária, que formam espécie de procedimento administrativo, presidido pela
autoridade policial, sem forma pré-estabelecida, mas escrita, desenvolvida em segredo, sem contraditório e ampla
defesa, que tem como finalidade a colheita de informações necessárias à propositura da ação penal pelo seu titular –
em regra, o Ministério Público.
Para compreendermos o conceito, vamos desmembrá-lo e apontar as características que nele estão listadas. É
importante que você as entenda bem.

5. CARACTERÍSTICAS DO IP
É comum nossas Bancas cobrarem as características do IP, seja de forma direta, seja indiretamente. É fácil demais!
Mamão com açúcar mesmo. Veja só!

5.1 O IP é atividade de polícia judiciária


O Artigo 144 da CF nos diz que a função de polícia judiciária da União é exercida, com exclusividade, pela Polícia
Federal. Isso significa que a PF é o braço executivo que vai atender às demandas da Justiça Federal.

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De forma paralela, temos que o braço executivo que atende às demandas da Justiça Estadual é, em regra, a Polícia
Civil. Assim, enquanto a PF exerce a função de polícia judiciária da União (com exclusividade), a PC exerce a função
de polícia judiciária do Estado membro ao qual pertence.
A PF é órgão do Ministério da Justiça – Poder Executivo Federal. Por sua vez, a PC é órgão da Secretaria de Segurança
Pública do Estado – Poder Executivo Estadual. Logo, os atos dessas duas Polícias só podem ser atos administrativos.
É por isso que, quando um Policial prende alguém em flagrante, estamos diante de ato administrativo. Da mesma
forma, temos atos administrativos na execução de mandado de busca e apreensão, na exumação, na acareação,
numa vigilância velada...na confecção do relatório final do IP, em suma: em todos os atos do IP - por mais que alguns
exijam conhecimentos técnicos ou jurídicos.

Nesse sentido, é importante atentar para o Artigo 144, §1º, IV, da CF:
§ 1º A polícia federal, instituída por lei como órgão permanente, organizado e mantido pela União e estruturado em
carreira, destina-se a: ... IV – exercer, com exclusividade, as funções de polícia judiciária da União.
Veja o que diz a CF sobre a Polícia Civil (Artigo 144, §4º da CF):
§ 4º Às polícias civis, dirigidas por delegados de polícia de carreira, incumbem, ressalvada a competência da União,
as funções de polícia judiciária e a apuração de infrações penais, exceto as militares.
5.2 O IP é procedimento administrativo
Veja como Direito é simples: se a PF e PC são órgãos do Poder Executivo, seus atos são administrativos e, quando
investigam, agem dentro de procedimentos também administrativos. Assim, o IP, que é uma sequência de atos
voltados para a investigação de infrações penai, nada mais é do que um procedimento administrativo.
Apesar de ser uma conclusão simples, isso nos diz muita coisa:
a) O IP não é processo administrativo;
b) O IP não é procedimento judicial;
c) O IP não é processo judicial.
Grave:o IP é procedimento administrativo!
Existem muitas questões de provas simples que vão tentar lhe induzir a erro e dizer que IP é processo administrativo,
procedimento judicial ou processo judicial – isso é errado, pois IP é procedimento administrativo.

5.3 O IP é presidido pela autoridade policial


Desde a CF/88, o IP é presidido pela autoridade policial, aqui entendida como Delegado de Polícia Federal ou
Delegado de Polícia Civil.
Logo, ou o IP será presidido pelo Delegado de Polícia Civil ou pelo Delegado de Polícia Federal, a depender de qual
Polícia tem atribuição para investigar o fato – Lei 12.830 (que trataremos na aula).
Neste ponto, vale lembrar que as atribuições da PF estão listadas no Artigo 144, §1º, da CF e na Lei 10.446/2002, que
você precisa conhecer se for fazer concurso para essa Casa. Vamos tratar desse tema em bloco específico. Já, as
atribuições da PC são residuais – aquilo que não for da PF, será da PC.
Você deve estar se perguntando: “Mas, Professor Sengik, só a PF e a PC podem investigar?” A resposta é: NÃO!
Outros órgãos podem, sim, investigar, como ocorre com as Comissões Parlamentares de Inquérito (CPI), com a
Receita Federal (RF) e até mesmo com o Ministério Público (MP). Porém, inquérito policial, como o próprio nome
diz, só a Polícia pode fazer.

5.4 O IP não tem forma pré-definida/é informal/é discricionário


A expressão procedimento nos diz que o IP é uma sequência de atos. Agora, pense comigo: você investigaria um
homicídio praticado com violência doméstica e familiar contra mulher do mesmo modo que investigaria uma
organização criminosa que pratica crimes licitatórios? Claro que não! Considerando que os fatos são totalmente
diversos, também são necessárias técnicas e atos diferentes para a investigação desses crimes. Por isso, dizemos que
a sequência de atos administrativos que são realizadas durante o procedimento investigatório dependem do crime
que está sob enfoque e cada ato é realizado de acordo com critérios de conveniência e oportunidade. Não existe
uma ordem pré-estabelecida. O IP é informal, no sentido de não ter forma pré-determinada. Tudo depende das
necessidades da investigação.
Se você já estudou Direito Administrativo, sabe que atos administrativos praticados sob os critérios de conveniência
e oportunidade são chamados e DISCRICIONÁRIOS. Por isso, falamos que o IP é discricionário.

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6. LÁ VEM A BANCA! BANCA AQUI, BANCA ACOLÁ!


Esse é o momento em que a gente justifica o nosso estudo. Vamos fazer 3 questões, sem nos vincularmos a
nenhuma Banca ou concurso específico, só pra você ver como esse conteúdo cai em nossas provas!

6.1 Ano: 2011 Banca: CESPE Órgão: TRE-ES Prova: Analista Judiciário - Área Judiciária. À luz dos conceitos e das
normas aplicáveis à ação e ao processo penal, julgue os itens subsequentes.
O inquérito policial não é indispensável à propositura de ação penal, mas denúncia desacompanhada de um mínimo
de prova do fato e da autoria é denúncia sem justa causa.

6.2 Ano: 2015 Banca: FUNIVERSA Órgão: SEAP-DF Prova: Agente de Atividades Penitenciárias. No que se refere ao
direito processual penal, julgue o item, segundo o entendimento dos tribunais superiores e da doutrina dominante.
A justa causa pressupõe a existência de um suporte probatório mínimo, consistente na prova da existência material
de um crime e em indícios de que o acusado seja o seu autor.

6.3 Ano: 2016 Banca: FUNCAB Órgão: SEGEP-MA Prova: Agente Penitenciário. O ato de indiciamento em um
inquérito policial por crime comum é de atribuição:
a) de qualquer agente de polícia judiciária, seja civil ou federal.
b) do delegado de polícia ou do Ministério Público.
c) exclusiva do delegado de polícia.
d) do delegado de polícia ou do juiz de direito.
e) do delegado de polícia, do juiz de direito ou do Ministério Público.

6.4 (LEIA APENAS OS ITENS C E D) Ano: 2013 Banca: UEG Órgão: PC-GO Prova: Delegado de Polícia - 1ª prova. Quanto
ao inquérito policial, tem-se o seguinte:
a) possui valor probatório relativo, podendo o magistrado fundamentar sua sentença condenatória exclusivamente
nos elementos informativos colhidos na investigação.
b) poderá ser instaurado com base em notícia apócrifa, salvo quando se tratar de documento que constitua o
próprio corpo de delito ou quando tenha sido produzida pelo imputado autor da delação anônima.
c) é um procedimento indispensável ao oferecimento da peça acusatória, uma vez que é instrumento de
identificação das fontes de prova e de colheita de elementos de informação quanto à autoria e materialidade
delitiva.
d) é procedimento administrativo, de caráter pré-processual, ordinariamente vocacionado a subsidiar, nos casos de
infrações perseguíveis mediante ação penal de iniciativa pública, a atuação persecutória do Ministério Público.

6.5 (MODIFICADA) Ano: 2011 Banca: CESPE Órgão: DPE-MA Prova: Defensor Público. Assinale a opção correta,
acerca do inquérito policial. Julgue o item abaixo:
A recente jurisprudência do STJ, em homenagem ao princípio constitucional do devido processo legal, firmou-se no
sentido de que eventuais irregularidades ocorridas na fase investigatória, mesmo diante da natureza inquisitiva do
inquérito policial, contaminam a ação penal dele oriunda.

GABARITO: 6.1) CORRETA; 6.2) CORRETA; 6.3) C; 6.4) D; 6.5) INCORRETA

Finalizamos o BLOCO I sobre IP. Viu como é simples? Levante-se um pouco, alongue-se, respire, e bora para o BLOCO
II! Vá que eu lhe espero! Bêzo!

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