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DESISTA DE TEMER O QUE OS OUTROS PENSAM SOBRE VOCÊ

TEXTO BÍBLICO: Gálatas 1. 10; Efésios 4. 22 – 25; I Tessalonicenses 2. 4 - 6

Recentemente participei de um seminário de Espiritualidade Emocionalmente Sadia, na cidade de Ipatinga –


MG. Esse ministério é da Igreja Comunidade Nova Vida, de Nova Iorque, nos EUA. Ao participar, percebi que vinha
de encontro aos meus anseios, sentimentos e frustrações no ministério pastoral e na minha vida pessoal. Então,
pensei que de repente, não seja essa uma necessidade só dos pastores e líderes, mas sim, de todos aqueles que
convivem na igreja. Talvez você se identifique nessas abordagens que faremos nos próximos 08 domingos, a partir
de hoje. Queremos tratar da saúde emocional do rebanho, da igreja. Deixa Deus falar com você nesse tempo. O tema
de abordagem é a desistência, espero que ao final dessa série de mensagens você e eu tenhamos nos tornado
pessoas mais maduras, e com uma espiritualidade emocionalmente sadia.
A ideias originais dessa reflexão não são minhas, e sim de Geri Scazzero, esposa de pastor, numa grande
igreja nos EUA, que aprendeu os caminhos e os limites da desistência, mas estuda-las e aplica-las em minha vida,
trouxe-me grande contribuição em transformá-las nessa mensagem, nesse sermão, que após muitos dias de leitura e
aplicação prática eu pudesse compartilhá-la com vocês.
Há um lado positivo no desistir de algo e há um lado negativo do desistir. Infelizmente a pessoas ficam mais
focadas no desistir negativo. O lado desistir negativo é realmente muito ruim, porque quando alguém não entende o
jeito certo de desistir, elas desistem de si mesmas, desistem da vida, se matam ou se enclausuram, se afastam da
verdadeira vida.
O tipo de desistência de que estou falando não se trata de fraqueza, nem de desistir em desespero. Trata-se
de força e da decisão de viver na verdade, e isso exige a morte das ilusões. Trata-se de deixar de fingir que tudo está
bem quando não está. Perpetuar ilusões é um problema universal nos casamentos, famílias, amizades e no trabalho.
Tragicamente, fingir que tudo está bem quando não está também acontece na igreja, o lugar onde a verdade e o
amor deveriam brilhar mais intensamente.
O desistir bíblico anda de mãos dadas com escolher. Quando desistimos das coisas que prejudicam nossa
alma ou outras pessoas, ficamos livres para escolher outras formas de agir e nos relacionarmos que estejam
enraizadas no amor que conduz à vida. Por exemplo...
Quando desistimos de temer o que os outros pensam, escolhemos a liberdade.
Desistir é uma forma de despir-se do que a Escritura chama de falsidade e velho homem. Como escreveu o
apóstolo Paulo, “vocês foram ensinados a despir-se do velho homem, [...] e a revestir-se do novo homem, criado para
ser semelhante a Deus em justiça e em santidade provenientes da verdade. Portanto, cada um de vocês deve
abandonar a mentira e falar a verdade ao seu próximo” (Efésios 4.22-25).
Quando desistimos pelos motivos corretos, somos transformados. Quando finalmente dizemos “Chega!”,
alguma coisa se rompe dentro de nós. O Espírito Santo faz nascer uma nova determinação em nós. Elevamo-nos
acima dos nossos medos e das nossas atitudes defensivas. O solo duro do coração torna-se macio e pronto para
receber crescimento e novas possibilidades.
A Bíblia ensina que há tempo e ocasião para tudo debaixo do céu (Eclesiastes 3.1). Isso inclui desistir. Mas
deve ser feito pelos motivos certos, no momento certo e da forma certa. É disso que queremos tratar nessa reflexão.
O apóstolo Paulo não dava a mínima para o que os outros pensavam dele, e aprendemos isto de Gálatas
1:10, quando ele diz: "Porque, persuado eu agora a homens ou a Deus? ou procuro agradar a homens? Se estivesse
ainda agradando aos homens, não seria servo de Cristo." (Gl 1:10). Mas este "não dar a mínima para o que os outros
pensam" não é no sentido de viver uma vida inconsequente fazendo a própria vontade e ofendendo a Deus e aos
homens, mas de viver apenas preocupado com a opinião de Deus, não dos homens. "Porque também Cristo não
agradou a si mesmo", mas se dispôs a servir de uma espécie de "para-raios" atraindo para si toda injúria dirigida a
Deus: "Sobre mim caíram as injúrias dos que te injuriavam." (Rm 15:30).
Ao se referir ao seu ministério, Paulo mostrou bem a quem ele servia: "Falamos, não como para agradar
aos homens, mas a Deus, que prova os nossos corações. Porque, como bem sabeis, nunca usamos de palavras
lisonjeiras, nem houve um pretexto de avareza; Deus é testemunha; e não buscamos glória dos homens, nem
de vós, nem de outros." (1 Ts 2:4-6)..

I – A DIFÍCIL REALIDADE DE ROMPER COM O QUE TE ATRAPALHA DE EXPERIMENTAR A VIDA PLENA


Quando desistimos, pode parecer que estamos cortando uma corda de segurança e que alguém,
possivelmente nós, irá morrer. Portanto, desistir é inconcebível para muitas pessoas, ainda mais na igreja. A ideia
que temos é que quando desistimos de algo, aprendemos a falar não, vamos ter que conviver com o fantasma da
aprovação do outro, que vamos nos tornar impopulares, que alguma coisa será interrompida. Por isso, às vezes,
preferimos usar a péssima tática do: “Deixar do jeito que estar para ver como é que fica”. Não queremos nos expor,
não queremos ser maus vistos.
Chega, porém, um momento em que não podemos suportar mais. Sabemos que morreremos espiritualmente,
emocionalmente ou de alguma outra forma se não desistirmos e tentarmos algo diferente. Acabamos passando por
cima do medo e chegamos ao grande território desconhecido que está à nossa frente. Por isso, muitas pessoas
demoram tanto a tomar a decisão de romper com aquilo que está lhe afetando, que acaba desistindo de maneira
errada, desiste da família, da (o) esposa (o), da carreira profissional, da igreja, de Deus, da própria vida.
Quando alguém se converte e se apaixona por Cristo, e começa uma busca apaixonada por conhecê-lo e
fazer de tudo para agradá-lo, Essa pessoa geralmente estrutura a sua vida ao redor de disciplinas espirituais como
leitura e memorização da Escritura, oração, comunhão, adoração, jejum, contribuição financeira, serviço, silêncio e
solidão e o compartilhar de sua fé, na leitura de bons livros, etc. Na verdade há um desejo sincero de ampliar a sua
compreensão do cristianismo e inspirar-se a manter Cristo no centro da sua vida. Contudo, falha-se em compreender
a verdade de que uma vida espiritual saudável requer um cuidadoso equilíbrio entre servir às necessidades e aos
desejos de outras pessoas e valorizar as suas necessidades e os seus desejos. Em vez disso, empenha-se quase
todo o seu esforço em cuidar dos outros à custa da sua própria alma.
Sabe qual é o resultado de se viver sem desistir daquilo que os outros pensam? Dor, a abnegação excessiva
que o levará a uma existência sem alegria e dominada pela culpa, sem desfrutar da vida abundante prometido por
Cristo. A sua identidade desaparecerá ao colocar outros antes de você
Por outro lado, a compreensão renovada da sua dignidade e dos limites humanos te capacitará a colocar
limites amorosos ao meu redor. Assim como o amor de Deus para conosco, o nosso amor precisa ser livre. E a
medida com que você valoriza e ama a si mesmo, você será capaz de amar os outros.
Desistir trata-se de morrer para as coisas que não são de Deus. Não se engane, essa é uma das coisas mais
difíceis que fazemos por Cristo. Mas a boa notícia é que o desistir em si não é o fim; é também o início. O desistir
bíblico é o caminho de Deus para a ressurreição, para que surjam coisas novas em nossa vida. Mas, mesmo assim, o
caminho que conduz a uma nova vida nunca é fácil.
Vozes interiores nos atemorizam quanto ao ato de desistir.
• “O que as pessoas vão pensar?”
• “Estou sendo egoísta em vez de agir como Jesus.”
• “Vou complicar as coisas.”
• “Pessoas podem ficar feridas.”
• “Tudo vai desmoronar ao meu redor.”
• “Vou pôr o meu casamento em risco.”
Tudo dentro de nós resiste à dor associada à morte que é o pré-requisito inegociável da ressurreição.
Ninguém pode experimentar os benefícios da nova vida operada pelo Espírito Santo, se não se despir do velho
homem (Ef. 4. 24, 25). Assim, acabamos nos rendendo aos medos como uma estratégia de curto prazo para aliviar a
ansiedade. Infelizmente, a longo prazo, essa atitude muitas vezes leva a consequências dolorosas — conflito interior
constante, tristeza e ressentimentos. Como resultado, ficamos impedidos de prosseguir e não damos frutos genuínos
para Cristo.
Entretanto, é apenas por meio da morte que podemos verdadeiramente viver. Nas palavras de Jesus, “quem
quiser salvar a sua vida, a perderá; mas quem perder a sua vida por minha causa e pelo evangelho, a salvará”
(Marcos 8.35).
Desistir purificará o seu coração. O processo exigirá que você admita verdades sobre você mesmo (a) que
preferiria enterrar e esquecer. Encarar falhas e deficiências no seu caráter, no seu casamento, no seu planejamento
de vida, nos seus relacionamentos é assustador. Mas Deus quer limpar o seu coração e para que você experimente
a sua misericórdia e graça de forma mais pessoal. Assim, junto com uma profunda consciência da sua
pecaminosidade, você experimentará o amor apaixonado e imutável de Deus por você.

II – O QUE É DESISTIR DE TEMER O QUE OS OUTROS PENSAM DE VOCÊ?


_ Eu desisto! — disse uma esposa de pastor ao seu marido. — Estou deixando a igreja. Esta igreja não me traz
mais vida; ela me traz morte. Vou para outra igreja. Ela disse: que imaginara esse momento durante meses. Uma vez
que seu marido era o pastor presidente, essa não era uma decisão simples. Durante anos, ela tentou inutilmente
fazer que ele prestasse atenção, que percebesse o seu cansaço e sua frustração de ter que cuidar de todas as coisas
do ministério de seu marido e ainda ter que cuidar da casa e das 4 crianças. E Acabou desistindo.
Ela disse que o seu marido ficara visivelmente perturbado e disse-lhe:
— Você não pode fazer isso! — Isso é ridículo! E as crianças? Onde elas irão? Isso não é razoável! Ouça, só
mais um ano e as coisas vão melhorar. — E quanto a Deus? Ele não chamou nós dois? Veja todas as coisas boas
que ele está fazendo. Vidas estão sendo transformadas! Quem poderia contestar isso? Desde o início do nosso
casamento, seu esposo costumava apelar para Deus.
Durante anos, ela se sentira ignorada e rejeitada por seu marido e, agora, já não se importava mais. Ela
chegara ao fundo do poço. Enquanto seu marido, o pastor, investia tanto da sua vida na igreja, que ela se sentia
como uma mãe solteira, criando nossas quatro meninas sozinha.
Embora ela já fosse cristã por muitos anos, a sua principal identidade não era definida pelo amor de Deus por
ela, mas pelo que as outras pessoas pensavam a seu respeito. Isso afetou negativamente todas as áreas da sua vida
— casamento, maternidade, amizade, liderança e, até mesmo, seus sonhos e suas esperanças.
Agora, porém, ela perdera o medo do que os outros poderiam pensar ou dizer. Ela chegou à conclusão de
que não havia mais nada a perder. Era um preço que ela não queria mais pagar. Para ela havia algo muito errado
em ganhar o mundo inteiro para Cristo à custa de perder a própria alma.
Ela disse que reclamou do seu marido sobre a sua infelicidade e culpou-o por seu sofrimento. Para piorar
ainda mais as coisas, sentia-se envergonhada e culpada por tudo isso. Afinal, uma boa esposa de pastor não deveria
ser cooperativa e disposta? Mesmo assim, disse ela, _ cheguei a um ponto em que me sentia tão infeliz que não me
importava com o que alguém pudesse pensar a meu respeito. Não me importava mais se as pessoas não me veriam
como uma “boa esposa de pastor” ou uma “cristã exemplar”. Eu queria ir embora. Comecei a frequentar outra igreja
na semana seguinte.
Ao olhar para trás, ela disse que se sentia muito triste e envergonhada que tenha demorado tanto para agir.
O medo do que os outros poderiam pensar paralisou-a durante anos. Essa atitude dela restaurou seu casamento,
seu marido passou a dar-lhe mais atenção e a entender que o seu primeiro ministério era a sua família. Sua relação
com a igreja mudou radicalmente.
Deixar a igreja foi apenas o primeiro passo em direção à verdadeira liberdade em Cristo. O problema
realmente, como ela percebeu mais tarde, não era a igreja, não era seu marido, não era suas filhas e nem a agitação
da cidade grande. A dura verdade é que o principal problema era ela mesma. Havia coisas enormes dentro dela que
precisavam mudar.
Ela afirmou que, embora seu marido não fosse, de forma alguma, um bicho-papão, mesmo assim, ela temia a
sua desaprovação, porque atingia o centro da sua identidade: se seu marido estivesse irado consigo, então ela se
considerava uma pessoa ruim. Só pensar que seu marido, ou qualquer outra pessoa, estava pensando mal de si era
pior do que a morte. Disse ela: _ Uma coisa, porém, estava clara: eu já estava morrendo. Não conseguia respirar.
A maioria das pessoas, gostam quando expressam, verbalmente ou não, que se estar indo bem ou se sentido
bem. Isso é uma coisa boa. Gosta de ser apoiada e aceita pelo companheiro (a) e pelos outros. O problema surge
quando precisa ter a aprovação dos outros. As pessoas sentem necessidade de serem aceitas para se sentir bem
consigo mesma, só se sentem bem desde que os outros estivessem satisfeitos consigo. Quando a pessoa não
aprende a desistir de coisas pequenas, depois sente necessidade de fazer uma desistência mais drástica, dar um fim
em sua própria vida, acabar com o casamento ou abandonar a igreja. E com certeza, nenhuma dessas opções terá
sido a mais sensata ou a melhor, pois o grande problema são os fantasmas que carregamos dentro de nós mesmos.

III - A NOSSA "APROVAÇÃO” NÃO DEPENDE DO QUE OS OUTROS PENSAM E SIM DAQUILO QUE SOMOS.
Basear nossa autoestima na aprovação dos outros contraria diretamente a verdade bíblica. Nossa
“aprovação”, ou seja, nossa capacidade de sermos amados, ou o senso de ser bom o suficiente, deve provir
essencialmente não do que os outros pensam, mas de duas realidades fundamentais:
Somos criados à imagem de Deus. Ser criado à imagem de Deus significa ter valor inerente. Somos tesouros
sagrados, infinitamente valorosos como seres humanos, independentemente do que façamos.
Temos uma nova identidade em Cristo. Quando iniciamos um relacionamento com Cristo, encontramos nossa
nova identidade nele. Agora, dependemos do histórico sem pecado de Jesus para o nosso relacionamento com
Deus. Podemos ser amados, “aprovados” suficientemente bons por causa de Cristo. Não precisamos provar mais
nada, e Deus também, depois da cruz, não precisa provar mais nada pra nenhum de nós. Por isso todo nosso
trabalho deve ser fruto da nossa identidade com Cristo, daquilo que já somos Nele e não daquilo que fazemos pra
Ele. O fazer pra Ele deve ser fruto daquilo que já somos Nele. E se for assim, jamais será pesado demais para nós.
Não devemos fazer nada para sermos aprovados por Ele, mas devemos fazer porque já fomos aprovados por Ele.
Durante anos, memorizei versículos-chave, fiz estudos bíblicos sobre Gálatas e Romanos e meditei sobre a
justiça de Cristo como fundamento de quem sou. Mesmo assim, grande parte da minha identidade permaneceu
intocada pela verdade do amor de Cristo por mim. A minha realidade diária era que o meu potencial de ser amado
não vinha de Cristo, mas da forma que os outros me viam. Eu precisava que as pessoas pensassem que eu era um
grande seguidor de Cristo e uma boa pessoa, um excelente pastor. Por isso, muitas vezes eu dizia “sim” quando
queria dizer “não”, mesmo quando estava infeliz.
Assemelho-me ao apóstolo Paulo que não tinha medo do que os outros pensavam, como já mencionamos
antes (Gl. 1. 10; Rm. 15. 30; I Ts. 2. 4 – 6). Assemelho-me também ao apóstolo Pedro, que também tinha a sua luta
por ser livre do que os outros pensavam. Depois que Jesus foi preso, os doze discípulos o abandonaram e fugiram.
Contudo, Pedro, seguiu-o a um pátio exterior enquanto Jesus era julgado, e foi reconhecido por várias pessoas como
amigo dele. Todavia, Pedro negou conhecer Jesus por três vezes. Seu medo de ser desaprovado sobrepujou o que,
intelectualmente, sabia ser verdadeiro. Anteriormente, Pedro confessara Jesus como Messias, porém essa convicção
não era tão profunda para suportar a possível rejeição e desaprovação das pessoas (Mateus 26.31-75).
Da mesma forma, descobri a duras penas que a minha identidade em Jesus não era tão firme como eu
imaginava. Embora a minha luta interior fosse fonte significativa de dor por anos, eu temia ser o que sou. Ficava
muito preocupado com o que outros pensariam de mim, senti-me muitas vezes hipócrita, não sendo e não tendo
autoridade nem no púlpito e nem na prática. Assim como o apóstolo Pedro, eu não suportava ser rejeitado e
desaprovado, ou abandonado pelas ovelhas. Ainda hoje, isso é algo que me afeta bastante, mas já aprendi a lidar
com o sentimento, a emoção e a frustração do fracasso de imaginar que se uma ovelha se foi, é porque eu não fui
suficientemente importante na vida dessa ovelha, ou que os ensinamentos bíblicos não foram suficientemente bons
para fazê-los ou fazê-las permanecer no aprisco, ou na caminhada conosco. O que aprendi nesse contexto é que a
gente é incapaz de controlar as ações e sentimentos e decisões das pessoas, e quando tentamos fazermos isso
caímos em frustrações que se não soubermos como lidar nos levam ao fundo do povo. O máximo que
conseguiremos é administrar nossos próprios sentimentos, para nos sentirmos livres do cárcere das emoções. Por
fim, reconheci que o maior obstáculo para eu fazer mudanças saudáveis era o medo do que os outros pensavam
sobre mim.
Essa verdade chocante acertou-me em cheio. Assim como Pedro, eu estava vivendo uma ilusão. Eu cria em
Jesus como Senhor e Cristo. Eu desfrutava do amor de Deus em certo nível, mas ele não penetrara fundo o
suficiente para me libertar de temer o que os outros pensavam. E nesse aspecto eu precisei aprender duas coisas
fundamentais: 1) Eu não poderia deixar de tomar decisões só por medo do que os outros iam pensar de mim, 2)Mas
por outro, eu não poderia tomar decisões precipitadas em nome de uma “falsa falta de medo” do que os outros
pensariam, sem me preocupar se a decisões tomadas por mim, não são frutos das minhas vontades e escolhas
egoístas, quando estou pensando só em mim, ou na minha felicidade sem nenhum tipo de prestação de contas a
Deus e às pessoas ao meu redor. São dois lados da mesma moeda. Muito cuidado, pra não ser vítima, nem de uma
coisa e nem da outra.

IV – ATÉ HERÓIS BÍBLICOS PERDERAM O FOCO NA BUSCA POR APROVAÇÃO


Você e eu não estamos sozinhos nesse vício por aprovação. A Escritura está cheia de exemplos de pessoas
que se desviaram ao olhar para os outros em busca de aprovação.
Abraão, por exemplo, mentiu por temer por sua segurança, temer o que o faraó egípcio poderia fazer se
descobrisse que Sara era sua esposa (Gênesis 12.10-20; 20.1-18).
Jacó viveu com medo do que as outras pessoas pensavam. Ele consentiu com as mentiras da mãe em vez
de confrontá-la (Gênesis 27).
Rúben preferia tratar o irmão José com brandura em vez de vendê-lo como escravo, mas a pressão dos nove
irmãos foi mais forte do que ele. Preocupado com o que os outros pensariam se fosse o único a defender José, o
irmão mais novo, juntou-se aos demais e cometeu um crime horrendo (Gênesis 37.12-36).
Arão cedeu à congregação descontente que esperava Moisés descer do monte Sinai durante quarenta dias.
O povo queria um Deus que pudesse ver e tocar, de modo que Arão acabou sucumbindo à pressão e moldou um
bezerro de ouro para aplacar a ansiedade deles (Éxodo 32).
A tendência de Timóteo de ser medroso e ceder aos que esta- vam perto dele quase fez que a igreja em
Éfeso fosse enganada por falsos mestres (lTimóteo 1).
Em todas essas situações, as conseqüências de olhar para os outros em busca de aprovação em vez de
olhar para Deus foram desastrosas, para a própria pessoa, para o seu relacionamento com Deus e para as pessoas a
quem amava. O mesmo acontece conosco.
Dizemos que Cristo transformou nossa vida. Mas será que ele transformou realmente? Quão profundamente?
Reflita sobre algumas situações do dia a dia.
Você sai para almoçar com outras seis pessoas. Você está apertado financeiramente, mas vai porque gosta
muito dessas pessoas e quer passar um tempo com elas. Você pede salada e água, que custam 6 dólares, para ficar
dentro do orçamento. Enquanto isso, todos os outros pedem entradas, aperitivos, coquetéis e sobremesas. Você fica
nervoso quando percebe que a garçonete colocou todos os pedidos em uma única conta. Você ora silenciosamente
para que a conta não seja dividida igualmente entre todos.
“Eles nunca agiriam de forma tão insensível”, você murmura repetidamente para si mesmo.
Depois de duas horas comendo e conversando, alguém sugere entusiasticamente: “E se facilitássemos as
coisas dividindo a conta igualmente? Dá uma média de 25 dólares por pessoa, incluindo a gorjeta”.
“Sim, está ótimo”, todos respondem em coro.
“Vinte e cinco dólares por pessoa!”, você pensa, zangado. “Não quero gastar todo esse dinheiro, mas o que
posso fazer?”
Por dentro, você está morrendo, mas não diz nada porque não quer estragar a atmosfera festiva ou, pior
ainda, parecer sovina. Você paga os 25 dólares, mas sente-se ressentido e jura que nunca mais fará isso. Um mês
depois, você mente, dizendo que já tem um compromisso quando recebe um convite para almoçar com o mesmo
grupo.
Por vezes, nossa necessidade de que os outros nos aprovem é tão sutil e difusa que pode ser difícil e
assustador reconhecê-la em nós. Vamos refletir sobre mais algumas situações.
• Você fica magoado com o comentário de um amigo, mas não diz nada porque não quer ser considerado
melindroso ou irritável.
• Seu mecânico entrega a você uma conta que é quase o dobro do orçamento original para consertar o carro,
mas ele está ocupado com outros clientes, e você não quer fazer cena, pedindo uma explicação.
• Você sai com um grupo de amigos e querem ver um filme. Todos, exceto você, querem assistir a determinado
filme, mas, como não quer ser visto como uma pessoa difícil ou desagradável, você vai junto e não diz nada.
• Sua família quer que você vá à festa de uma tia a quase 100 quilômetros de distância. Você não quer ir, mas
vai para não ter de enfrentar a desaprovação da família.
• Você mantém um relacionamento que não faz bem a você com uma pessoa porque não sabe como terminá-lo.
Você teme a repercussão entre amigos mútuos e imagina que as pessoas irão pensar: “O que há de errado
com ela/ela? Mais um relacionamento fracassado? Ele/ela quer permanecer solteiro/solteira para sempre?”.
• Você está visitando amigos, mas não disciplina o mau comportamento do seu filho de 4 anos, porque teme que
ele possa envergonhar você, tendo um acesso de raiva.
• Você tem um funcionário que não está realizando sua função e é um peso para o resto da equipe. Você
comenta sobre a necessidade de mudança, mas ele não está entendendo a mensagem. Você é o supervisor,
mas não suporta a ideia de fazê-lo perder o emprego. Em vez de demiti-lo, contrata outra pessoa para cobrir as
falhas dele. O seu ressentimento aumenta.
• O seu chefe usa linguagem inadequada, até de natureza sexual, perto de você. Você não lhe diz nada para ele
não pensar que é um “puritano esnobe”.
• Você não muda o penteado há mais de dez anos porque o seu cônjuge não aprova. Entretanto, ressente-se do
tempo que gasta para cuidar do cabelo e deseja mudá-lo.
• Você gostaria de conversar com o seu cônjuge sobre sua vida sexual, mas teme dizer alguma coisa. Não tem
certeza de como ele reagiria.
Observe suas interações com os outros. Veja quantas vezes suas palavras e ações mudam para conquistar
aprovação ou evitar a desaprovação dos outros. As mudanças que fazemos em nosso comportamento geralmente
são sutis e subconscientes. Por isso, preste atenção! Encontre o ponto de equilíbrio entre desistir para o temor do
que os outros pensam sobre você e o de tomar qualquer decisão sem levar em consideração o outro também!

V – O QUE FAZER ENTÃO DIANTE DESSE DILEMA?

A) AME A SI MESMO POR CAUSA DE DEUS, E NÃO POR CAUSA DOS SEUS DESEJOS EGOÍSTAS.
Para muitos cristãos hoje, o amor de Deus em Cristo permanece uma crença intelectual que professam em
vez de uma realidade vivida que transforma os pensamentos e sentimentos a seu próprio respeito e, assim,
continuam buscando amor nas outras pessoas de formas destrutivas. Bernardo de Claraval, o grande líder cristão do
século XII, fala sobre como o amor de Deus nos leva a nos amarmos de forma saudável. Ele chamou esse amor- -
próprio de os quatro estágios do amor.
1. Amar a nós mesmos para o nosso próprio bem. Queremos evitar o inferno e ir para o céu, por isso fazemos
coisas corretas como frequentar a igreja, orar e dizimar. Quando a ameaça do inferno é removida, nossa vida
espiritual se dissipa rapidamente.
2. Amar a Deus por seus dons e bênçãos. Estamos felizes com Deus desde que as coisas estejam indo bem na
nossa vida. Quando começam as provações e contratempos, ficamos decepcionados e nos afastamos dele.
3. Amar a Deus por ele mesmo. Neste estágio, nosso amor por Deus não se baseia em nossos sentimentos ou
em nossas circunstâncias. Amamos e confiamos em Deus pela beleza e bondade do seu ser, não pelo que
podemos receber. Consideramos os contratempos e sofrimentos como dádivas para fortalecer nossa fé e
nosso amor por ele.
4. Amar a nós mesmos por causa de Deus. Neste quarto estágio, o nível mais elevado, a largura, o comprimento,
a altura e a profundidade do amor de Cristo — um amor que supera o conhecimento humano — penetrou
profundamente no nosso ser, libertando-nos da necessidade do amor dos outros.

O evangelho nos liberta para compreendermos quem somos à luz do amor de Deus por nós em Cristo Jesus.
Temos valor e importância, mas não pelo que fazemos nem pelo que os outros dizem. Somos “dignos de amor”
porque Deus nos ama. O perfeito amor de Deus lança fora todo medo do que os outros possam pensar.
Descobrimos que esse amor, como descreve o salmista, é melhor do que a vida (Salmos 63.3).

B) QUATRO RAZÕES PARA PARAR DE VIVER EM BUSCA DA APROVAÇÃO DOS OUTROS

Se não rompermos com a necessidade de aprovação dos outros, o nosso crescimento será interrompido.
Não conseguiremos alcançar a maturidade espiritual. Ergue-se um muro entre nós e o belo futuro que Deus tem para
nós. Nós nos conformamos com o falso conforto de estarmos bem conosco mesmos baseados em os outros estarem
satisfeitos.
Poucos de nós gostam de interferir na rotina. Preferimos deixar as coisas como estão. Mudar uma situação
pode ser assustador, e os obstáculos podem parecer intransponíveis. Esses medos vão desde o medo de perder o
cônjuge, o emprego e as amizades até o medo de perder o respeito de pessoas que amamos, o medo de perder um
membro de igreja. Esses medos nos deixam bastante desconfortáveis.
Quando a mudança parece terrível demais, Deus muitas vezes usa a dor para nos conduzir a esse poder
sobrenatural. Quando o jovem rico desistiu da mudança de vida radical que Jesus lhe propôs, os discípulos, temendo
que mudanças fossem impossíveis, pois Jesus afirmara que é mais fácil passar um camelo no fundo de uma agulha,
do que um rico entrar nos céus, perguntaram: “Nesse caso, quem pode ser salvo?”. Jesus respondeu: “Para o
homem é impossível, mas para Deus todas as coisas são possíveis” (Mateus 19.25,26).
Mudanças são difíceis e, geralmente, transtornam nosso casamento, nossa igreja, nossas amizades, nossa
família ou nosso local de trabalho. Mas Jesus nos mostra que a morte da aprovação dos outros é necessária para
experimentarmos o fruto da vida ressurreta, que é liberdade, alegria e amor. As vezes é doído, é sofrido, mas temos
que nos sentir livres para ir e para vir; mas devemos nos sentir livres também para deixar o outro ir, só assim
saberemos o quanto fomos importantes para a outra pessoa e o quanto a outra pessoa foi importante para nós.
Surpreende que evitemos dar o passo colossal exigido por essa primeira desistência?
Há quatro motivações típicas que forçam as pessoas a finalmente dizerem “Chega!”. Ao ouvir cada uma
delas, reflita se existe ou não uma situação ou relacionamento semelhante na sua vida.

1.ª Motivação: VOCÊ DESONRA SUA INTEGRIDADE


Você desonra sua integridade quando o que crê não é mais o que vive; quando ignora valores que considera
importantes e quando existe uma separação entre o que há no seu interior e o que você expressa para os outros.
Quem você “apresenta” para os outros não é quem você realmente é quando está sozinho. Falta-lhe caráter cristão o
suficiente para ser quem você é de verdade.
Por exemplo, no trabalho, você não pode mais continuar mentindo para encobrir o seu chefe por medo de
perder o emprego. Finalmente, você fala, disposto a perder o emprego se necessário. Ou, talvez, os seus pais
queiram que siga determinada carreira. Eles sacrificaram os sonhos deles para que você pudesse frequentar uma
escola particular. Você preferiria fazer outra coisa, mas não pode nem imaginar dizer “não” para eles, principalmente
diante de tudo o que sacrificaram por você. Você finalmente percebe que alguma coisa dentro de você está morrendo
e que precisa, respeitosamente, conversar com eles sobre as coisas de que gosta e sobre os seus desejos.
Observamos essa mesma dinâmica em um dos episódios mais dramáticos do Novo Testamento. Quando o
apóstolo Pedro chegou a Antioquia pela primeira vez, vindo de Jerusalém, ele recebeu e comeu com os gentios
cristãos incircuncisos. Mais tarde, um grupo de judeus cristãos professos chegou de Jerusalém e convenceu Pedro a
se retirar e se separar desses gentios. Eles argumentavam que era contra a vontade de Deus comer com gentios
porque eles eram considerados impuros. Quando o apóstolo Paulo viu isso, ele confrontou Pedro publicamente por
sua hipocrisia (Gálatas 2.11-14). Paulo corria o risco de ser difamado e mal interpretado, arriscando sua posição,
reputação e seu futuro. Se Paulo tivesse escolhido se calar, teria violado a própria integridade em relação à verdade
do evangelho.
A Escritura observa que Pedro “[temia] os que eram da circuncisão” vindos de Jerusalém (Gálatas 2.12). Ele
temia a desaprovação deles. Onde você se enxerga nessa história? Você é como Pedro, desejando a aprovação dos
outros e agindo de modo inconstante para com os seus valores? Ou é como Paulo, com uma identidade tão firmada
no amor de Cristo que é capaz de enfrentar a desaprovação dos outros e fazer o que é bom e verdadeiro?

2.ª MOTIVAÇÃO: QUEM OU O QUE VOCÊ AMA ESTÁ EM RISCO?

Você já percebeu que, se seguir no curso e no comportamento atual, perderá alguém ou alguma coisa
importante para você. Talvez seja seu cônjuge, sua família, sua carreira, seu futuro ou até mesmo você. Uma
mudança pode soar como algo terrível, mas permanecer onde está ou como está pode ser ainda pior.
Talvez o seu marido seja viciado em pornografia. Você o ama, mas está claro que ele não está buscando a
ajuda de que precisa. O preço de não fazer nada tornou-se alto demais. Você começa a perceber que a sua indispo-
sição de perturbar a paz está custando a você o próprio casamento que quer salvar. Finalmente você diz “Chega!” ou
você o confronta, e fala da tristeza do seu coração por causa desse constrangimento que está passando pelo vício
do seu marido e/ou procura um amigo(a) maduro(a) ou conselheiro(a) profissional para ajudá-la a identificar os
próximos passos. Sugestão de que inicialmente uma mulher deva buscar ajuda de uma mulher de sua confiança,
caso não tenha coragem de confrontar o marido. O mesmo pode ocorrer do marido em relação à esposa, por alguma
coisa que esteja causando constrangimento no casamento, amizades indesejadas, etc.

3.ª MOTIVAÇÃO - A D0R DA SITUAÇÃO ATUAL É TÃO GRANDE QUE VOCÊ PRECISA MUDAR
Alguns de nós são tão tolerantes à dor que, para nos colocar em movimento, é necessário uma explosão.
Parker Palmer, escritor e educador renomado, descreve uma depressão paralisante pela qual passou ao
tentar viver uma vida que não era a sua. Essa agonia o levou a libertar-se da tirania da aprovação dos outros e a
seguir o caminho traçado por Deus para ele.
Um amigo nosso precisou que um médico lhe dissesse que ele estava a um passo de um ataque cardíaco
para que fizesse algumas mudanças há muito postergadas na sua vida estressante.
O meu pai, precisou que o médico lhe dissesse, ou senhor pare de beber ou morrerá subitamente. Felizmente
ele escolheu viver e viveu mais de 20 depois desse ultimato do médico, inclusive teve nesses 20 anos a oportunidade
de ser salvo, e pode dedicar desses 20 anos sem bebida, 13 ao serviço do Senhor.
Talvez você odeie o seu emprego há vários anos. O tédio constante, a ausência de desafios e passar o dia
inteiro olhando para um computador estão matando você. Mas você teme partir em busca de mudança. Fica
imaginando se terá alguma habilidade a oferecer ou se a economia não irá sofrer outra crise. Apesar do medo de
ficar desempregado, ficar onde está não é mais uma opção. Você percebe que encarar o desconhecido não pode ser
pior do que a situação em que se encontra.

4.ª MOTIVAÇÃO: O MEDO DE QUE AS COISAS PERMANEÇAM IGUAIS É MAIOR DO QUE O MEDO DE QUE ELAS MUDEM

A ideia de mudança pode nos subjugar facilmente. Contudo, chega o momento em que a ideia de permanecer
na mesma situação por mais um, cinco, dez ou trinta anos é mais assustadora do que arriscar uma mudança. Às
vezes, isso serve como uma mensagem clara de Deus para sair do caminho que você está trilhando. A mudança
passa a ser menos terrível do que a perspectiva de permanecer onde está.
Você é professor de inglês no ensino médio. Você ama o inglês, mas dar aulas para adolescentes é uma
batalha que você detesta. Tomado pelo medo de ter que fazer isso pelo resto da vida, você desiste da segurança de
um salário e da carreira para a qual se preparou. Todo mundo acha que você é doido ou doida, mas você sente que
está fazendo a coisa certa e vai atrás de outras possibilidades e experiências a fim de encontrar uma oportunidade
melhor para seus sonhos e talentos.
Você é solteiro e está em um relacionamento antigo que não vai a lugar algum. Ao imaginar sua vida daqui a
dez anos, o risco de estar sozinho se torna menos assustador do que permanecer preso no mesmo lugar com essa
pessoa. A realidade choca você, e você finalmente termina o relacionamento.
Você tem uma dívida de 100 mil reais e teme ir à falência, ou já se sente falido. Suas opções futuras são
limitadas e desanimadoras. O medo de que essa dívida arruíne você finalmente se torna maior do que o medo de
mudar dramaticamente o seu estilo de vida. Você inicia um curso detalhado sobre administração e ajusta
radicalmente os seus hábitos de consumo.
Esse medo contribuiu para que você finalmente decidisse mudar sua situação. O medo de que as coisas
nunca iriam mudar em sua igreja ou no seu casamento, ou no seu emprego, se tornou maior do que o seu medo de
deixar a igreja e arriscar desagradar os outros, de dar um ultimato no seu cônjuge, a se recusar a viver dessa forma,
ou ao seu patrão em nome da integridade cristã. Até que você chegue ao limite do que está disposto (a) a suportar.
Quando você chega a esse limite de dizer “Chega!”, “Basta!”, você precisará fazer a bela descoberta, orientado (a)
pelo Espírito Santo, que o seu problema não é o outro, não é a sua igreja, não é a sua família, não é o seu patrão, O
SEU PROBLEMA É VOCÊ MESMO (A). Busque ajuda! Você é feito de carne e osso. Um dia, há quase 25 anos
atrás, eu precisei de ser confrontado com a seguinte frase: “Os pastores também são feitos de carne e osso”. Eu
estava passando por uma crise terrível de taquicardia, fruto de uma ansiedade pré-casamento, e quando levado às
pressas ao hospital, tive medo de me identificar como pastor. Esse episódio me ensinou e mudou pra sempre minha
maneira de ver o ministério pastoral e de não mascarar as minhas limitações perante o rebanho e as pessoas de um
modo geral.
V - RESULTADO DO DESISTIR
Geri, a esposa do Pr. Pete, que já mencionamos nessa reflexão, nos diz que: Desistir levou-lhe a um
casamento maravilhoso com Pete. Com o passar do tempo, ao eliminar formas de se relacionarem que não eram
saudáveis e praticar novas habilidades emocionalmente saudáveis, o nosso casamento se tornou um sinal e uma
experiência do amor de Cristo por sua noiva, a Igreja. E desistir também atingiu o restante dos seus relacionamentos,
inclusive o relacionamento com suas filhas, sua família e a comunidade mais ampla da sua igreja.
Desistir ensinou-lhe a ser leal às coisas certas. Embora “desistir” possa soar como apenas deixar alguma
coisa, na verdade seu compromisso de perseverar nas coisas certas foi renovado. Aprendeu a servir aos outros com
sinceridade em vez de a contragosto. O apóstolo Paulo apresenta uma vívida descrição do paradoxo de desistir:
O que acontece quando vivemos no caminho de Deus [quando desistimos]? Deus faz surgir dons em nós, como
frutas que nascem num pomar: afeição pelos outros, uma vida cheia de exuberância, serenidade, disposição de
comemorar a vida, um senso de compaixão íntimo e a convicção de que há algo de sagrado em toda a criação e nas
pessoas. Nós nos entregamos de coração a compromissos que importam, sem precisar forçar a barra e nos tornamos
capazes de organizar e direcionar sabiamente nossas habilidades ( Gálatas 5.22,23, A Mensagem, grifo nosso).
Nunca imaginei que desistir conduziria a esse tipo de liberdade e a esses frutos. Eu costumava tentar produzir, por
meio dos meus próprios esforços, o fruto do Espírito Santo. Mas descobri que, quando vivemos do modo de Deus, os frutos
simplesmente aparecem no pomar. É maravilhoso de observar. Não trocaria isso por nada neste mundo.
O que acabei descobrindo quando desisti foi o caminho para o verdadeiro propósito da minha vida: ser
transformada pelo amor de Deus e pelo Espírito Santo para lentamente tornar-me esse amor para os outros.
Se o desistir não te tornar uma pessoa melhor, então você não entendeu o verdadeiro sentir do desistir. Você
acabou desistindo pelos motivos errados.
CONCLUSÃO: REFLITA NOS MOVIMENTOS DO CORAÇÃO E NO AMOR DE DEUS
Quando se trata de desistir da aprovação dos outros, o progresso é maior com duas práticas diárias: refletir
sobre os movimentos do seu coração e refletir sobre o amor de Deus.
A primeira prática diária é refletir sobre os movimentos do seu coração, para que isso aconteça, relembre as
suas recentes interações com as pessoas. O que você disse para se posicionar de modo que os outros pensassem
bem a seu respeito? O que você poderia ter feito diferente? Peça que Deus a ajude a estar atenta à tentação de
ajustar o seu comportamento ou as suas palavras para ser aprovado por alguém.
A segunda prática diária é contemplar o amor de Deus. Gasto tempo regularmente com a Escritura, em silêncio
e solidão, recebendo o amor de Deus, permitindo que esse amor permeie e transforme cada célula do meu corpo.
Isso se mostrou fundamental para lentamente dissipar o medo do que os outros pensam. O princípio é simples:
quanto mais fundamentamos nossa identidade no amor de Deus, menos necessitamos da aprovação das pessoas
para nos sentirmos amados.
Quando estamos dispostos a desistir de importar-nos com o que os outros pensam, damos um passo gigantesco
em direção à próxima “desistência”: desistir de mentir. Na mensagem seguinte, examinaremos o que significa viver
na verdade e sermos libertos de mentir para nós mesmos, para Deus e para os outros.

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