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MAGISTRATURA E MINISTÉRIO PÚBLICO ESTADUAIS

Direito Tributário
Ricardo Alexandre
Aula 10

ROTEIRO DE AULA

DECADÊNCIA E PRESCRIÇÃO TRIBUTÁRIA

1. DECADÊNCIA

Disciplina Legal

CTN, Art. 173. O direito de a Fazenda Pública constituir o crédito tributário extingue-se após 5 (cinco) anos,
contados:
I - do primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento poderia ter sido efetuado;
II - da data em que se tornar definitiva a decisão que houver anulado, por vício formal, o lançamento
anteriormente efetuado.

O Estado também observa prazos para a cobrança dos tributos. E sempre que se falar em prazo para a fazenda pública
fazer o lançamento do tributo estaremos diante do prazo decadencial.

Ao lança o tributo a fazenda tem a expectativa de que o contribuinte pague o tributo, ela exerce seu direito subjetivo,
podendo haver violação desse direito pelo contribuinte

Direito da Inicia-se a Fazenda tem


Pratica do Fazenda Fazenda faz o contagem do prazo de 05
fato gerador receber o lançamento prazo anos para
tributo decadencial executar

Antes do lançamento – Depois do lançamento


decadência: prazo para Lançamento definitivo - prescrição: prazo
lançar o tributo (05 anos). para cobrar o tributo (05
anos).

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Da contagem dos prazos

Existem discussões sobre o termo inicial do prazo decadencial e do prescricional.

No lançamento existe uma fase que é contenciosa, em que o fisco realiza uma investigação para fazer o lançamento,
e o contribuinte querendo, pode fazer uma impugnação e enquanto durar essa fase contenciosa o prazo prescricional
estará impedido de fluir porque só se iniciará a contagem após o termino do procedimento administrativo fiscal.

 Prazo decadencial  inicia-se a contagem do primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento
poderia ter sido efetuado (Discutível)

 Prazo prescricional  contamos da data em que o lançamento for definitivo.

Termo inicial do prazo decadencial

CTN, Art. 173. O direito de a Fazenda Pública constituir o crédito tributário extingue-se após 5 (cinco) anos, contados:
I - do primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento poderia ter sido efetuado;
II - da data em que se tornar definitiva a decisão que houver anulado, por vício formal, o lançamento anteriormente
efetuado.

Parágrafo único. O direito a que se refere este artigo extingue-se definitivamente com o decurso do prazo nele previsto,
contado da data em que tenha sido iniciada a constituição do crédito tributário pela notificação, ao sujeito passivo, de
qualquer medida preparatória indispensável ao lançamento.

Ex1: IPTU

01/2017 01/2018 01/2023

5anos

Fato gerador Lançamento

No ano de 2017 o tributo pode ser lançado, é comum o fisco lançar o tributo no mesmo ano do seu fato gerador.
Na pratica, o fisco tem 06 anos para cobrar o tributo.

Ex2: Fisco pede esclarecimentos ao contribuinte sobre obra ampliativa que aumenta a érea construída do seu imóvel.

01/2017 01/07/17 31/12/2017 01/01/2018

Fato gerador Notificação data prevista de início do prazo decadencial

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Se antes da data de início para o lançamento o fisco tomar qualquer medida preparatória para o lançamento o seu
prazo decadencial começa a ser contado a partir dessa data. Neste caso, há uma antecipação da contagem do prazo
decadencial.

Atenção: É pacífico que essa regra só serve para antecipar a contagem do prazo decadencial não serve para protrair
esse prazo.

Ex3: Notificação posterior

Se não tivesse acontecido a notificação do fisco ao contribuinte no exemplo supra, em 01/07/2017, a contagem do
prazo decadencial teria início em 01/01/2018, nos moldes do art. 173, I CTN.

01/2017 01/01/2018 06/2018

Fato gerador data de início do prazo decadencial Notificação fisco

O prazo não começaria a contar da data da notificação feita pelo fisco porque ela foi posterior ao dia de início da
contagem legal decadencial do art. 173, I do CTN.

A regra do parágrafo único do art. 173 só se aplica para antecipar a contagem.

CTN, Art. 173, II - da data em que se tornar definitiva a decisão que houver anulado, por vício formal, o lançamento
anteriormente efetuado.

DECADÊNCIA PRESCRIÇÃO

FG Lançamento

Se o lançamento for anulado (administrativamente / judicialmente), observamos duas situações?

a) Anulado por vício material – é o vício de conteúdo.


b) Anulado por vício formal – é vício de formalidade. Ex: Analista lavrar auto de infração (autoridade incompetente)

No caso de vício formal o ato é nulo e o prazo decadencial novamente será contado iniciando-se da data da anulação
do ato.

As regras do art. 173 do CTN se aplicam ao lançamento de ofício e ao lançamento por declaração.

Lançamento por homologação –entendimento atual do Superior Tribunal de Justiça:

a) Tributo não declarado nem pago: CTN, art. 173, I;


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 É o caso dos sonegadores. Ex: abre uma loja e não regulariza a empresa deixando de pagar os impostos.
 Neste caso os fiscais fazem o lançamento de ofício.

b) Realizado um pagamento: CTN, art. 150, §4°;

c) Tributo foi declarado e não pago; Não há que se falar em decadência;

 É o caso dos inadimplentes, que reconhecem o débito mas não pagam.


 A consequência segundo o STJ é a constituição do crédito e inicia-se a contagem do prazo prescricional – Súm.
436.
 Neste caso o poder público pode imediatamente inscrever na dívida ativa.
 Impede o gozo da denúncia espontânea.
 O poder público também pode negar certidões negativas para o contribuinte.

STJ, Súmula 436: A entrega de declaração pelo contribuinte reconhecendo débito fiscal constitui o
crédito tributário, dispensada qualquer outro providência por parte do fisco.

Pergunta: E como será a aplicação do art. 173 aos casos de lançamento por homologação, sendo que é o contribuinte
que fará o pagamento antecipado do tributo?

CTN, Art. 150. O lançamento por homologação, que ocorre quanto aos tributos cuja legislação atribua ao sujeito
passivo o dever de antecipar o pagamento sem prévio exame da autoridade administrativa, opera-se pelo ato em que
a referida autoridade, tomando conhecimento da atividade assim exercida pelo obrigado, expressamente a homologa.
[...]
§ 4º Se a lei não fixar prazo a homologação, será ele de cinco anos, a contar da ocorrência do fato gerador; expirado
esse prazo sem que a Fazenda Pública se tenha pronunciado, considera-se homologado o lançamento (homologação
tácita) e definitivamente extinto o crédito, salvo se comprovada a ocorrência de dolo, fraude ou simulação.

O fisco tem 05 anos para deixar de homologar o pagamento que foi feito pelo contribuinte se verificar que o
pagamento foi errado e lançar o valor remanescente que entenda ser o correto.

Antes de 05 anos da ocorrência do fato gerador é o prazo que o fisco tem para lançar o valor suplementar do tributo
que entender estar como valor a menor, sob pena de extinção definitiva do crédito.

A homologação incide sobre a atividade de pagamento, a homologação tácita só ocorre em razão de um pagamento
ter sido feito pelo contribuinte. Não havendo pagamento algum não há o que se homologar.

Quando for verificado o dolo, a fraude ou a simulação não se aplica a regra geral do dia do fato gerador para o
lançamento por homologação, a data para o lançamento será a do 1º dia do exercício seguinte, pois o fisco fará um
lançamento de ofício (Art. 173, I).

Também será feito o lançamento no 1º dia do exercício seguinte nos casos em que o contribuinte tendo que fazer o
lançamento por homologação deixa de fazer o pagamento e não declara o débito.

Prazos decadencial: 05 anos (CTN, art. 173)

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Decadência do direito de lançar

Regra geral 1º dia do exercício seguinte (Art. 173, I)

Data do ato tendente a lançar o tributo (Art. 173, parágrafo


Antecipação da contagem
único)

5 anos da data da anulação do lançamento por vício formal


“Interrupção” da decadência
(Art. 173, II)

Lançamento por homologação Regra geral Dia do fato gerador

Dolo, fraude ou 1º dia do exercício seguinte


simulação (regra geral do art. 173, I)

Quando não houver 1º dia do exercício seguinte


o pagamento (regra geral do art. 173, I)

O §4º do art. 150 indica que a lei pode fixar prazo diferente dos cinco anos, o art. 146 da CF estabelece que cabe a lei
complementar tratar de prescrição e decadência.

CF, Art. 146. Cabe à lei complementar:


[...]
III - estabelecer normas gerais em matéria de legislação tributária, especialmente sobre:
[...]
b) obrigação, lançamento, crédito, prescrição e decadência tributários;

Há os que defendem que a constituição Federal no art. 146 só trataria de normais gerias em matéria tributária não
poderia fixar prazos de prescrição e decadência, pois estes já estariam na lei complementar (CTN). O entendimento do
STF sobre o assunto é de que o prazo tem que ser estipulado em norma geral, mas se tratando de prescrição e decadência
tributárias tem que serem definidas em lei complementar.

Por tanto, os dispositivos de lei ordinárias que estipularam prazos decadenciais e prescricionais em matéria tributária
são todos inconstitucionais. A lei de que trata o §4º do art. 150 é a lei complementar.

Prazo decadencial e as atribuições para a seguridade social (art. 45* da lei 8.212/91): prazo decadencial de 10 anos.

* Norma revogada pela LC 228/2005


 A lei 8.212/91 no que trata de prazo decadencial é inconstitucional

Jurisprudência:
A) STJ, AI no REsp. 616.348: Incidente de inconstitucionalidade do art. 45 da lei 8.212/91. Ofensa ao art.
146, III, b, da Constituição.

B) STF, súmula vinculante 8: São inconstitucionais o parágrafo único do art. 5º do Decreto-lei n.


1.599/1977 e os arts. 45 e 46 da lei 8.112/91.
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LEI 6.830/80 X INCONSTITUCIONALIDADE

A lei 6.830/80 é a lei de execuções fiscais, uma lei ordinária que em seu bojo trata de prazo de decadência e prescrição.
Diante do anteriormente explicado podemos concluir que tais artigos seriam inconstitucionais, mas precisamos analisar
um detalhe, quando falamos em execução fiscal, precisamos lembrar que executamos tanto a dívida ativa tributária
quando a dívida ativa de outros créditos que não são tributários, como por exemplo multas trabalhistas, eleitorais, etc.

Tratando de execuções fiscais a lei 6.830/80 traz algumas regras que versam sobre prescrição e decadência e a mais
importante delas está no art. 2º, §3º que reza:

Lei 6.830/80§ 3º - A inscrição, que se constitui no ato de controle administrativo da legalidade, será feita pelo órgão
competente para apurar a liquidez e certeza do crédito e suspenderá a prescrição, para todos os efeitos de direito, por
180 dias, ou até a distribuição da execução fiscal, se esta ocorrer antes de findo aquele prazo.

Essa suspensão a que se refere a lei não é aplicada as execuções de créditos tributários em razão de que decadência e
prescrição tributária devem ser tratadas por lei complementar, para as demais execuções o prazo de suspensão é
inteiramente aplicável.

2. PRESCRIÇÃO TRIBUTÁRIA

Disciplina Legal: Art. 174 do CTN.

CTN, Art. 174. A ação para a cobrança do crédito tributário prescreve em cinco anos, contados da data da sua
constituição definitiva.

Dizemos que a prescrição conta-se do dia


do lançamento mas não é necessariamente
DECADÊNCIA PRESCRIÇÃO do dia do lançamento o marco inicial para
contagem desse prazo.

FG Lançamento

O prazo segundo o CTN é da dada da constituição definitiva do crédito tributário. A constituição definitiva do crédito
ocorre igualmente quando acontece o trânsito em julgado de uma ação judicial, o raciocínio é o mesmo.

Após o lançamento do tributo o fisco estabelece prazo para pagar ou impugnar a autuação. Com a impugnação se
instaura o procedimento administrativo, o crédito só poderá ser lançado após o termino do procedimento administrativo
quando o fisco ganhar o direito do lançamento após todas as possibilidades de recursos dada ao contribuinte

DECADÊNCIA PRESCRIÇÃO

FG Lançamento Definitividade do lançamento

Tempo não computado (impugnação)

Pergunta: Poderia ser alegado prescrição intercorrente no transcorrer do processo?

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O estado de Santa Catarina quando promulgou sua constituição em 1989, estabeleceu uma regra transitória no ADCT que rezava
o seguinte: que a lei iria estipular o prazo para a conclusão do processo administrativo fiscal, e que terminado este prazo sem que a
fazenda pública tenha levado o processo a conclusão ele deveria ser arquivado sem a possibilidade de nenhum lançamento de tributo.

Diziam que essa regra seria um regra de prescrição intercorrente, e estabelecia também que enquanto lei não dispusesse em
contrário esse prazo seria de 01 ano. Na pratica esse prazo é extremamente exíguo, assim o governador do estado ajuizou uma ação
direta de inconstitucionalidade contra a própria constituição do estado que o STF entendeu procedente interpretando que a lei que
reza sobre prescrição e decadência deve ser tratado por lei Complementar da União.

Dessa forma não há prescrição intercorrente no processo administrativo tributário e nem pode ser estipulada por nenhum ente
federado pois as normas de prescrição em matéria tributária são de competência federal.

Sendo feito o lançamento do tributo já não se conta mais prazo decadencial e passa a ser computado desde então prazo
prescricional desde que haja definitividade no lançamento tributário.

Está é a única regra para prescrição tributária (da constituição definitiva do crédito).

Lembrar: Além do caso de lançamento feito pela autoridade administrativa dando prazo para o contribuinte impugnar e quando
houver impugnação após a conclusão do procedimento administrativo tributário, que indica que o crédito está definitivamente
constituído, há o caso em que diz-se que o crédito tributário está constituído quando o contribuinte declara devido o tributo e no
entanto deixa de pagá-lo.

Lançamento pela
autoridade
administrativa
Constituição do
Inscrição na dívida ativa
crédito tributário
Declaração do
contribuinte sem
efetivo pagamento

Interrupção do prazo prescricional

CTN, Art. 174, Parágrafo único. A prescrição se interrompe:

I – pelo despacho do juiz que ordenar a citação em execução fiscal; (Redação dada pela Lcp nº 118, de 2005)
II - pelo protesto judicial;
III - por qualquer ato judicial que constitua em mora o devedor;
IV - por qualquer ato inequívoco ainda que extrajudicial, que importe em reconhecimento do débito pelo devedor.

 Na interrupção a contagem do prazo volta para o zero, é recomeçada.


 O CTN não trata de hipóteses de suspensão do crédito tributário.

Nos três primeiros incisos a lei se refere a atos judiciais e no quarto inciso trata de um ato extrajudicial, é a confissão de dívida,
que ocorre por exemplo quando pedimos parcelamento.

Atenção: Em matéria tributário o parcelamento do débito não interrompe o prazo prescricional, mas o pedido de parcelamento,
mesmo o pedido sendo indeferido porque por lei o pagamento de alguns tributos não podem ser parcelados. O pedido de
parcelamento ou a compensação é um ato inequívoco extrajudicial que importa no reconhecimento do débito.

No inciso IV também aparece o único caso que a interrupção acontece fora do poder judiciário e por iniciativa do devedor.

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Suspensão do prazo prescricional

Na suspensão o prazo para de fluir e quando cessada a causa de suspensão ele volta a fluir de onde havia parado.

a) Concessão de moratória, parcelamento, remissão, isenção e anistia em caráter individual e mediante procedimento
fraudulento do beneficiário (CTN, art. 155, Parágrafo único)
b) As causa de suspensão do art. 155 do CTN.

CTN, Art. 155. A concessão da moratória em caráter individual não gera direito adquirido e será revogado de ofício, sempre que
se apure que o beneficiado não satisfazia ou deixou de satisfazer as condições ou não cumprira ou deixou de cumprir os requisitos para
a concessão do favor, cobrando-se o crédito acrescido de juros de mora:

I - com imposição da penalidade cabível, nos casos de dolo ou simulação do beneficiado, ou de terceiro em benefício daquele;
II - sem imposição de penalidade, nos demais casos.

Parágrafo único. No caso do inciso I deste artigo, o tempo decorrido entre a concessão da moratória e sua revogação não se
computa para efeito da prescrição do direito à cobrança do crédito; no caso do inciso II deste artigo, a revogação só pode ocorrer
antes de prescrito o referido direito.

O art. 155 do CTN trata da moratória mas se estende a outros institutos.

Quando o contribuinte age com dolo além da punição (multa) tem como consequência que o período compreendido entre a
concessão do benefício e a sua revogação não contam para efeito de prescrição, ocorre a suspensão do prazo prescricional. Essa regra
vale para todos os benefícios fiscais possam ser concedidos em caráter individual – Art. 155, Parágrafo único do CTN.

As causa de suspensão do art. 155 do CTN.

No CTN não há referência de que suspensa a exigibilidade do crédito tributário também estará suspensa a sua prescrição, esse
entendimento decorre da lógica do sistema jurídico, porque não podemos ficar contando prazo para que uma pessoa tome
providências as quais está proibida de tomar.

Se por exemplo, o contribuinte foi a justiça e conseguiu liminar em mandado de segurança concedendo o direito de suspensão da
exigibilidade do crédito tributário, o fisco fica impedido de fazer qualquer ato de cobrança, e neste caso, também não pode inscrever
na dívida ativa e tão pouco fazer o ajuizamento da execução fiscal (exigir).

CTN, Art. 151. Suspendem a exigibilidade do crédito tributário:

I - moratória;
II - o depósito do seu montante integral;
III - as reclamações e os recursos, nos termos das leis reguladoras do processo tributário administrativo;
IV - a concessão de medida liminar em mandado de segurança.
V – a concessão de medida liminar ou de tutela antecipada, em outras espécies de ação judicial; (Incluído pela Lcp nº 104, de
2001)
VI – o parcelamento. (Incluído pela Lcp nº 104, de 2001)

Parágrafo único. O disposto neste artigo não dispensa o cumprimento das obrigações assessórios dependentes da obrigação
principal cujo crédito seja suspenso, ou dela consequentes.

c) A inscrição do crédito tributário em dívida ativa (LEF, art. 2º§3º);

LEF, Art. 2º, § 3º - A inscrição, que se constitui no ato de controle administrativo da legalidade, será feita pelo órgão competente
para apurar a liquidez e certeza do crédito e suspenderá a prescrição, para todos os efeitos de direito, por 180 dias, ou até a
distribuição da execução fiscal, se esta ocorrer antes de findo aquele prazo.

A LEF é uma lei ordinária e o dispositivo referenciado não pode ser aplicado a execução fiscal da dívida ativa tributária, somente
se aplica a execução fiscal de dívidas não tributárias.

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d) A ordem judicial suspendendo o curso da execução fiscal, enquanto não for localizado o devedor ou encontrados bens sobre
os quais possam recair a penhora (LEF, art. 40).

LEF, Art. 40 - O Juiz suspenderá o curso da execução, enquanto não for localizado o devedor ou encontrados bens sobre os quais
possa recair a penhora, e, nesses casos, não correrá o prazo de prescrição.
§ 1º - Suspenso o curso da execução, será aberta vista dos autos ao representante judicial da Fazenda Pública.
§ 2º - Decorrido o prazo máximo de 1 (um) ano, sem que seja localizado o devedor ou encontrados bens penhoráveis, o Juiz
ordenará o arquivamento dos autos.
§ 3º - Encontrados que sejam, a qualquer tempo, o devedor ou os bens, serão desarquivados os autos para prosseguimento da
execução.
§ 4o Se da decisão que ordenar o arquivamento tiver decorrido o prazo prescricional, o juiz, depois de ouvida a Fazenda Pública,
poderá, de ofício, reconhecer a prescrição intercorrente e decretá-la de imediato. (Incluído pela Lei nº 11.051, de 2004)
§ 5o A manifestação prévia da Fazenda Pública prevista no § 4o deste artigo será dispensada no caso de cobranças judiciais
cujo valor seja inferior ao mínimo fixado por ato do Ministro de Estado da Fazenda.

STJ, Súmula 314: Em execução fiscal, não localizados bens penhoráveis, suspende-se o processo por um
ano, findo o qual se inicia o prazo da prescrição quinquenal intercorrente.

Suspensão versus Interrupção do prazo prescricional:

Entendimento das bancas

(CESPE – PROCURADOR DO MP NO TC DOS MUNICÍPIOD DE GOAIS/2007) A ação para cobrança do crédito tributário prescreve
em cinco anos, contados da data da sua constituição definitiva. Constitui hipótese de suspensão da prescrição a concessão de
medida liminar em mandato de segurança.
Gabarito – Certa

JURISPRUDÊNCIA

a) STJ, REsp 249.262/DF: Lei 6.830/1980, art. 2º, §3º; CTN, art. 174. Prevalência da lei complementar sobre
a ordinária. Princípio da hierarquia das leis. Precedentes.

b) STJ, REsp 735.220/RS: Prescrição intercorrente. Decretação de ofício. Possibilidade, a partir da Lei
11.051/2004.

Pagamento de crédito extinto pela decadência ou prescrição:

JURISPRUDÊNCIA

STJ, REsp. 646.328-RS: Artigos 156, inciso V e 265, inciso I, do CTN. Interpretação conjunta. Pagamento de
débito Prescrito. Restituição Devida.

ENTENDIMENTO DAS BANCAS

(ESAF/AFRF/2009) O pagamento de débitos prescritos não gera o direito a sua repetição, na medida em que, embora extinta a
pretensão, subsiste o direito material.
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Gabarito: Errado

3. EXCLUSÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO

Disciplina legal: Art. 175 do CTN.

CTN, Art. 175. Excluem o crédito tributário:


I - a isenção;
II - a anistia.
Parágrafo único. A exclusão do crédito tributário não dispensa o cumprimento das obrigações acessórias dependentes da
obrigação principal cujo crédito seja excluído, ou dela conseqüente.

Mesmo diante de uma hipótese de suspensão, mesmo o dever de pagar o tributo estando suspenso por uma liminar em mandado
se segurança, não é impedimento por exemplo para que o contribuinte emita as notas fiscais. Ex: O contribuinte pode ser isento do
pagamento de imposto de renda e mesmo assim ter que entregar a declaração de imposto de renda.

As hipóteses de exclusão são suas e dizem respeito ao tipo de crédito que está sendo excluído. A isenção só se refere a tributo
ao passo a que a anistia só se refere a infrações.

Isenção Anistia

Tributo Infrações

A exclusão pode ser assim visualizada:

Exclusão

Obrigação tributária Crédito tributário

Fato gerador Lançamento

A exclusão do crédito tributário impede que o crédito seja lançado, consequentemente não se lançará a multa se a infração foi
anistiada.

Cuidado: A única coisa que a isenção evita é o lançamento mas o fato gerador acontece. A isenção seria uma hipótese de incidência
mas com dispensa do pagamento.

 Imunidade – é hipótese de não incidência constitucionalmente qualificada.


 Isenção- é dispensa legal do pagamento devido.

Isenção
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Disciplina legal: Art. 176, CTN.

CTN, Art. 176. A isenção, ainda quando prevista em contrato, é sempre decorrente de lei que especifique as condições e
requisitos exigidos para a sua concessão, os tributos a que se aplica e, sendo caso, o prazo de sua duração.
Parágrafo único. A isenção pode ser restrita a determinada região do território da entidade tributante, em função de condições a
ela peculiares.

Existe isenção por tempo indefinido, e só pode ser concedida por lei, ainda que contida em contratos.

CTN, Art. 177. Salvo disposição de lei em contrário, a isenção não é extensiva:
I - às taxas e às contribuições de melhoria;
II - aos tributos instituídos posteriormente à sua concessão.

A lei que concede isenção não estende as taxas e nem contribuições de melhoria.

CF, Art. 150, § 6º Qualquer subsídio ou isenção, redução de base de cálculo, concessão de crédito presumido, anistia ou remissão,
relativos a impostos, taxas ou contribuições, só poderá ser concedido mediante lei específica, federal, estadual ou municipal, que
regule exclusivamente as matérias acima enumeradas ou o correspondente tributo ou contribuição, sem prejuízo do disposto no art.
155, § 2.º, XII, g.

Em se tratando de ICMS a concessão de isenção depende de aprovação de convenio de cooperação no CONFAZ.

Revogação de isenção:

a) Não onerosa – ônus + prazo – não pode ser livremente revogada.

b) Onerosa

CTN, Art. 178 - A isenção, salvo se concedida por prazo certo e em função de determinadas condições, pode ser revogada ou
modificada por lei, a qualquer tempo, observado o disposto no inciso III do art. 104.

JURISPRUDÊNCIA
STF, súmula 544: Isenções tributárias concedidas, sob condição onerosa, não podem ser livremente suprimidas.

Prazo certo

A revogação de uma lei que concedeu isenção não retira dos beneficiários o direito que já possuem mas impede que novos
contribuinte se beneficiem dela.

Isenção em caráter geral e individual

Disciplina legal: Art. 179 do CTN

Art. 179. A isenção, quando não concedida em caráter geral, é efetivada, em cada caso, por despacho da autoridade administrativa,
em requerimento com o qual o interessado faça prova do preenchimento das condições e do cumprimento dos requisitos previstos
em lei ou contrato para sua concessão.

§ 1º Tratando-se de tributo lançado por período certo de tempo, o despacho referido neste artigo será renovado antes da
expiração de cada período, cessando automaticamente os seus efeitos a partir do primeiro dia do período para o qual o interessado
deixar de promover a continuidade do reconhecimento da isenção.
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§ 2º O despacho referido neste artigo não gera direito adquirido, aplicando-se, quando cabível, o disposto no artigo 155.

 Concedida em caráter geral – alcança a todos.


 Concedida em caráter individual– alcança a contribuintes com determinadas características pessoais.

(FCC/Procurador do Estado/2016) Com suporte nas normas do CTN que disciplinam a concessão e a revogação de isenções, pode-
se afirmar que:

a) a lei que conceder a isenção, deverá, entre outras coisas, especificar as condições para sua concessão e os tributos a que se
aplica.
b) toda lei que conceder a isenção, deverá especificar o prazo de sua duração, quando for concedida por prazo certo, vedada a
concessão por prazo certo superior a cinco anos.
c) a isenção não pode ser restrita a regiões ou partes do território da entidade tributante.
d) essas isenções, quando previstas em contrato firmado com o ente tributante, dispensam a edição de lei.
e) a isenção pode ser revogada ou modificada por lei, a qualquer tempo, mesmo se concedida em função de determinadas
condições e por prazo certo e de até dois exercícios.

Anistia

A anistia é exclusivamente destinada a infrações.

Concessão de anistia, marcos temporais:

a) Após o acontecimento da infração;


b) Antes do lançamento da penalidade pecuniária;

Disciplina Legal: Art. 180 do CTN

CTN, Art. 180. A anistia abrange exclusivamente as infrações cometidas anteriormente à vigência da lei que a concede, não se
aplicando:
I - aos atos qualificados em lei como crimes ou contravenções e aos que, mesmo sem essa qualificação, sejam praticados com
dolo, fraude ou simulação pelo sujeito passivo ou por terceiro em benefício daquele;
II - salvo disposição em contrário, às infrações resultantes de conluio entre duas ou mais pessoas naturais ou jurídicas.

Anistia é proibida para infrações futuras.

A infração dolosa nunca pode ser anistiada, mas a lei permitiu estipulando exceção no inciso II.

Definição legal de conluio: Art. 173 da lei 4502/64.

Lei 4502/64, Art . 73. Conluio é o ajuste doloso entre duas ou mais pessoas naturais ou jurídicas, visando qualquer dos efeitos
referidos nos arts. 71 e 72.

A anistia pode ser concedida:

a) Em caráter Geral
b) Em caráter individual

CTN, Art. 181. A anistia pode ser concedida:

I - em caráter geral;
II - limitadamente:

a) às infrações da legislação relativa a determinado tributo;

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b) às infrações punidas com penalidades pecuniárias até determinado montante, conjugadas ou não com penalidades de
outra natureza;
c) a determinada região do território da entidade tributante, em função de condições a ela peculiares;
d) sob condição do pagamento de tributo no prazo fixado pela lei que a conceder, ou cuja fixação seja atribuída pela mesma
lei à autoridade administrativa.

CTN, Art. 182. A anistia, quando não concedida em caráter geral, é efetivada, em cada caso, por despacho da autoridade
administrativa, em requerimento com a qual o interessado faça prova do preenchimento das condições e do cumprimento dos
requisitos previstos em lei para sua concessão.
Parágrafo único. O despacho referido neste artigo não gera direito adquirido, aplicando-se, quando cabível, o disposto no artigo
155.

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