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SUMÁRIO

. Língua Portuguesa
.
Compreensão e interpretação de texto ................................................................................................................................ 3
.
Tipologia e gêneros textuais.............................................................................................................................................. 6/9
.
Figuras de linguagem ........................................................................................................................................................... 13
.
Significação de palavras e expressões ............................................................................................................................. 9/19
.
Relações de sinonímia e de antonímia................................................................................................................................ 10
.
Ortografia ............................................................................................................................................................................. 19
.
Acentuação gráfica .............................................................................................................................................................. 29
.
Uso da crase ......................................................................................................................................................................... 32
.
Divisão silábica .................................................................................................................................................................... 39

Fonética e Fonologia:
.
som e fonema, encontros vocálicos e consonantais e dígrafos ........................................................................................ 38

Morfologia:
classes de palavras variáveis e invariáveis e seus empregos no texto .............................................................................. 40
.
Locuções verbais (perífrases verbais)............................................................................................................................ 59/63
.
Funções do que e do se ................................................................................................................................................. 69/71
.
Formação de palavras .......................................................................................................................................................... 40

Elementos de comunicação ................................................................................................................................................... 8


.
Sintaxe:
.
relações sintático-semânticas estabelecidas entre orações, períodos ou parágrafos (período simples e período
composto por coordenação e subordinação)............................................................................................................. 76/86
.
Concordância verbal e nominal ................................................................................................................................... 95/100
.
Regência verbal e nominal ................................................................................................................................................ 102

Colocação pronominal ................................................................................................................................................... 48/53


.
Emprego dos sinais de pontuação e sua função no texto................................................................................................. 106
.
Elementos de coesão ........................................................................................................................................................... 11
.
Função textual dos vocábulos ............................................................................................................................................. 10

Variação linguística ................................................................................................................................................................ 7


Língua Portuguesa
Ernani Pimentel / Márcio Wesley

Ernani Pimentel Interpretação


Interpretação significa dedução, inferência, conclusão,
COMPREENSÃO E INTERPRETAÇÃO DE ilação. As questões de interpretação não querem saber o
TEXTOS que está escrito, mas o que se pode inferir, ou concluir, ou
deduzir do que está escrito.
Textum, em latim, particípio do verbo tecer, significa
tecido. Dessa palavra originou-se textus, que gerou, em Comandos para Questão de Interpretação
português, “texto”. Portanto, está-se falando de “tecido” de
frases, orações, períodos, parágrafos... Uma “tessitura” de Da leitura do texto, infere-se que...
ideias, de argumentos, de fatos, de relatos... O texto permite deduzir que...
Da fala do articulista pode-se concluir que...
Intelecção (ou Compreensão) Depreende-se do texto que...
Qual a intenção do narrador quando afirma que...
Intelecção significa entendimento, compreensão. Os Pode-se extrair das ideias e informações do texto que...
testes de intelecção exigem do candidato uma postura muito
voltada para o que realmente está escrito. Questão

1. Observe a tirinha a seguir, da cartunista Rose Araújo:


Comandos para Questão de Compreensão
O narrador do texto diz que...
O texto informa que...
Segundo o texto, é correto ou errado dizer que...
De acordo com as ideias do texto...

Questão

1. Assinale a opção correta em relação ao texto. (www.fotolog.com/rosearaujocartum)

O Programa Nacional de Desenvolvimento dos Recur- Infere-se que o humor da tirinha se constrói:
sos Hídricos – PROÁGUA Nacional é um programa do a) pois a imagem resgata o valor original do radical que
Governo Brasileiro financiado pelo Banco Mundial. O compõe a gíria bombar.
Programa originou-se da exitosa experiência do PRO- b) pois o vocábulo bombar foi dito equivocadamente
5
ÁGUA / Semiárido e mantém sua missão estruturante, no sentido de “bombear”.
com ênfase no fortalecimento institucional de todos os c) pois reflete o problema da educação no país, em
atores envolvidos com a ges­tão dos recursos hídricos que os alunos só se comunicam por gírias, como é
no Brasil e na implantação de infraestruturas hídricas o caso de fessor.
viáveis do ponto de vista técnico, financeiro, econômico, d) porque a forma fessor é uma tentativa de incluir na
10
ambiental e social, promovendo, assim, o uso racional norma culta o regionalismo fessô.
dos recursos hídricos. e) porque o vocábulo bombar não está dicionarizado.

(http://proagua.ana.gov.br/proagua) Gabarito
a
a) O PROÁGUA / Semiárido é um dos subprojetos de-
rivados do PROÁGUA/Nacional.
b) A expressão “sua missão estruturante” (l. 5) refere- Preste, portanto, atenção aos comandos para não errar.
-se a “Banco Mundial” (l. 3). Se o texto diz que o rapaz está cabisbaixo, você não pode
“deduzir”, ou “inferir”, que ele está de cabeça baixa, porque
c) A ênfase no fortalecimento institucional de todos os
isso já está dito no texto. Mas você pode interpretar ou con-
atores envolvidos com a gestão de recursos hídricos cluir que, por exemplo, ele esteja preo­cupado, ou tímido, em
é exclusiva do PROÁGUA/Semiárido. função de estar de cabeça baixa.
d) Tanto o PROÁGUA/Semiárido como o PROÁGUA/
Nacional promovem o uso racional dos recursos
Comandos para Medir Conhecimentos Gerais
Língua Portuguesa

hídricos.
e) A implantação de infraestruturas hídricas viáveis do Tendo o texto como referência inicial...
ponto de vista técnico, financeiro, econômico, am- Considerando a amplitude do tema abordado no texto...
biental e social é exclusiva do PROÁGUA/Nacional. Enfocando o assunto abordado no texto...

Gabarito Nesses casos, o examinador não se apega ao ponto de


vista do texto em relação ao assunto, mas quer testar o
d conhecimento do candidato a respeito daquela matéria.

Openbook Apostilas 3
Questões Aqui a questão pretende medir o conhecimento grama-
tical do candidato e pode abordar assuntos de morfologia,
Texto para os itens de 1 a 11. sintaxe, semântica, estilística, coesão e coerência...

Os oceanos ocupam 70% da superfície da Terra, Questões


mas até hoje se sabe muito pouco sobre a vida em suas
regiões mais recônditas. Segundo estimativas de ocea- Considerando as estruturas linguísticas do texto, julgue os
nógrafos, há ainda 2 milhões de espécies desconhecidas itens seguintes.
5
nas profundezas dos mares. Por ironia, as notícias mais 6. No trecho “até hoje se sabe” (l.2), o elemento linguís-
frequentes produzidas pelas pesquisas científicas relatam
tico “se” tem valor condicional.
não a descoberta de novos seres ou fronteiras marinhas,
mas a alarmante escalada das agressões impingidas
aos oceanos pela ação humana. Um estudo recente do 7. O trecho “muito pouco sobre a vida em suas regiões
10
Greenpeace mostra que a concentração de material mais recônditas” (ls.2-3) é complemento da forma
plástico nas águas atingiu níveis inéditos na história. Se- verbal “sabe” (l.2).
gundo o Programa Ambiental das Nações Unidas, existem
46.000 fragmentos de plástico em cada 2,5 quilômetros 8. A palavra “recônditas” (l.3) pode, sem prejuízo para
quadrados da superfície dos oceanos. Isso significa que a informação original do período, ser substituída por
15
a substância já responde por 70% da poluição marinha profundas.
por resíduos sólidos.
9. O termo “mas” (l.8) corresponde a qualquer um dos
Veja, 5/3/2008, p. 93 (com adaptações). seguintes: todavia, entretanto, no entanto, conquanto.

Tendo o texto acima como referência inicial e considerando a 10. Na linha 9, a presença de preposição em “aos oceanos”
amplitude do tema por ele abordado, julgue os itens de 1 a 5. justifica-se pela regência do termo “impingidas”.

1. Ao citar o Greenpeace, o texto faz menção a uma das 11. O termo “a substância” (l.15) refere-se ao antecedente
mais conhecidas organizações não governamentais “plástico” (l.11).
cuja atuação, em escala mundial, está concentrada na
melhoria das condições de vida das populações mais Gabarito
pobres do planeta, abrindo-lhes frentes de trabalho no
setor secundário da economia. Itens 6, 7 e 9 errados; itens 8, 10 e 11 certos.

2. Por se decompor muito lentamente, o plástico pas-


sa a ser visto como um dos principais responsáveis Erros Comuns de Leitura
pela degradação ambiental, razão pela qual cresce o
movimento de conscientização das pessoas para que Extrapolação ou ampliação
reduzam o consumo desse material. A questão abrange mais do que o texto diz.
O texto disse: Os alunos do Colégio Metropolitano es-
3. Considerando o extraordinário desenvolvimento cien- tavam felizes.
tífico que caracteriza a civilização contemporânea, é A questão diz: Os alunos estavam felizes.
correto afirmar que, na atualidade, pouco ou quase Explicação: o significado de “alunos” é muito mais amplo
nada da natureza resta para ser desvendado. que o de “alunos de um único colégio”.
4. A exploração científica da Antártida, que enfrenta enor-
mes dificuldades naturais próprias da região, envolve Redução ou limitação
a participação cooperativa de vários países, mas os A questão reduz a amplitude do que diz o texto.
elevados custos do empreendimento impedem que O texto disse: Muitos se predispuseram a participar do
representantes sul-americanos atuem no projeto. jogo.
A questão diz: Alguns se predispuseram a participar do
5. Infere-se do texto que a Organização das Nações Unidas jogo.
(ONU) amplia consideravelmente seu campo de atuação Explicação: o sentido da palavra “alguns” é mais limitado
e, sem deixar de lado as questões cruciais da paz e da que o de “muitos”.
segurança internacional, também se volta para temas
que envolvem o cotidiano das sociedades, como o meio Contradição
ambiente. A questão diz o contrário do que diz o texto.
O texto disse: Maria é educada porque é inteligente.
Gabarito A questão diz: Maria é inteligente porque é educada.
Explicação: no texto, “inteligente” justifica “educada”; na
Itens 1, 3 e 4 errados; itens 2 e 5 certos. questão se inverteu a ordem e “educada” é que justifica
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“inteligente”.
Comandos para Medir Conhecimentos
Linguísticos Desvio ou Deturpação
O texto disse: A contratação da funcionária pode ser
Considerando as estruturas linguísticas do texto, julgue considerada competente.
os itens. A questão diz: A funcionária contratada pode ser consi-
Assinale a alternativa que apresenta erro gramatical. derada competente.
Aponte do texto a construção que não foge aos preceitos Explicação: no texto, “competente” refere-se a “contra-
da norma culta. tação” e não a “funcionária”.

4 Openbook Apostilas
Leia o Texto 6. Errado Por quê? Primeiro, o texto não abrange as-
sunto nacional, mas internacional. Segun-
Em vida, Gustav Mahler (1860-1911), tanto por sua per- do, não se pode deduzir que haja unanimi-
sonalidade artística como por sua obra, foi alvo de intensas dade, mas uma boa ou grande aceitação.
polêmicas – e de desprezo por boa parte da crítica. A incom-
preensão estética e o preconceito antissemita também o 7. Certo
acompanhariam postumamente e foram raros os maestros 8. Certo
que, nas décadas que se seguiram à sua morte, se empe- 9. Certo
nharam na apresentação de suas obras. [...]
10. Certo
Julgue os itens a seguir. 11. Certo Por quê? Conforme o texto, tais críticos,
além de não compreenderem o lado esté-
1. Deduz-se do texto que Gustav Mahler foi alvo de inten- tico do artista, incorreram em preconceito.
sas polêmicas.
2. Deduz-se do texto que o personagem central (Mahler)
foi um compositor. IDEIA PRINCIPAL E SECUNDÁRIA
3. Deduz-se do texto que o personagem central (Mahler)
era de origem judaica. Em vida, Gustav Mahler (1860-1911), tanto por sua per-
4. Pode-se deduzir do texto que o personagem central sonalidade artística como por sua obra, foi alvo de intensas
(Mahler) foi um compositor de músicas eruditas. polêmicas – e de desprezo por boa parte da crítica. A incom-
5. Pode-se inferir do texto que só depois de se terem preensão estética e o preconceito antissemita também o
passado algumas ou várias décadas desde sua morte acompanhariam postumamente e foram raros os maestros
é que Mahler acabou por ser admirado artisticamente que, nas décadas que se seguiram à sua morte, se empenha-
e deixou de ter sua obra segregada. ram na apresentação de suas obras.
6. Pode-se inferir do texto que hoje a avaliação positiva da
obra de Mahler constitui uma unanimidade nacional. Julgue os itens.
7. Intelecção, ou entendimento do texto é a captação 12. O parágrafo lido constitui-se de dois períodos, residindo
objetiva das informações que o texto traz abertamente, a ideia principal no segundo.
explicitamente. 13. A ideia principal está contida no primeiro período,
8. Interpretação, ilação, dedução, conclusão, percepção representando o segundo um desenvolvimento das
do texto é resultado de raciocínio aplicado, permitindo ideias do primeiro.
captar-lhe tanto as informações explícitas, quanto as
implícitas. 14. Qual a ideia principal do texto?
9. A aplicação do raciocínio lógico às informações contidas a) Mahler foi um compositor.
no texto, expostas ou subentendidas, permite ao leitor b) Mahler tinha origem judaica.
tirar dele conclusões ou interpretá-lo corretamente. c) Mahler compunha música erudita.
10. A leitura de um texto deve levar em consideração o mo- d) O valor de Mahler só foi reconhecido devidamente
mento e as circunstâncias em que foi construído, bem a partir de algumas décadas após seu falecimento.
como à finalidade a que se propõe. e) A finalidade do texto é dizer que boa parte da críti-
11. Segundo opinião dedutível do texto, os críticos que ca foi contrária a Mahler.
desprezaram o compositor estavam errados.
Gabarito Comentado
Gabarito Comentado
12. Errado A questão seguinte esclarece o assunto.
1. Errado. Por quê? Esta informação – “foi alvo de in- 13. Certo
tensas polêmicas” – não “se deduz” do tex- 14. d
to, está claramente expressa nele.
2. Certo Por quê? Esta dedução se origina da infor- Nesta questão 14, todas as cinco alternativas exprimem
mação de que “maestros” apresentaram informações contidas no texto dado. Contudo, entre as
obras dele. ideias lançadas em qualquer texto, existe uma hierarquia,
uma gradação de importância. Daí os conceitos de IDEIA
3. Certo Por quê? A informação de que ele foi alvo CENTRAL OU PRINCIPAL e IDEIAS SECUNDÁRIAS OU PERIFÉ-
de ”preconceito antissemita” leva à conclu- RICAS. A ideia central ou principal será a responsável pelo
são de que ele era “de origem judaica”. TEMA, que não se define por uma só palavra, mas por uma
4. Certo Por quê? A palavra “maestro” tem uma co- AFIRMAÇÃO. Pode-se dizer que o tema do trecho lido é a
notação diferente (sem vírgula) de “cantor”, valorização póstuma da obra mahleriana. As demais ideias,
“compositor”, “DJ”, “intérprete” etc. Maes- secundárias, servem para dar maior compreensão ao texto
tro pressupõe erudição, por sua própria for- e propiciar ao leitor uma visão mais detalhada do assunto.
mação acadêmica; por isso, “pode-se dedu-
zir que as músicas sejam eruditas, pois ‘eru-
Língua Portuguesa

COMO ACHAR A IDEIA PRINCIPAL OU O TEMA


ditos’ se empenham na sua apresentação”.
O “pode-se deduzir” é aceitável, porque não Tratando-se de texto expositivo, argumentativo, os exa-
impõe que seja uma “dedução obrigatória”. minadores buscam avaliar no candidato a capacidade de
5. Certo Por quê? Essa inferência (dedução) nasce captar o mais importante. Quando você tem pouco tempo
da informação de que “foram raros os ma- na prova e precisa responder a uma questão que indaga
estros que, nas décadas que se seguiram à sobre o tema ou a ideia central de um longo texto, ou de
sua morte, se empenharam na apresenta- um texto completo, basta concentrar-se na leitura do último
ção de suas obras.” parágrafo. Necessariamente lá está a resposta da questão.

Openbook Apostilas 5
Normalmente, num parágrafo, a ideia principal se encon- Subentendidos
tra na parte inicial sendo seguida de um desenvolvimento, Os subentendidos se formam por dedução subjetiva do
em forma de explicação, detalhamento, exemplificação etc.. leitor, pois baseiam-se em sua visão de mundo, por isso são
Essa ideia principal também é conhecida por TÓPICO FRASAL. discutíveis.
Mais raramente, pode ser encontrada no final do parágrafo, Ex.: Teresa voltou da Índia.
sob a forma de conclusão das informações ou explanações
que a antecedem. Repetindo: a ideia central ou principal de Subentendidos: Teresa gastou muito (discutível, pois
um parágrafo se situa no início ou no final. Nas outras partes, pode alguém ter pago tudo); ela é uma felizarda, aproveitou
aparecem os argumentos. bastante (discutível, porque pode ter ido a trabalho, com
Quando a abordagem é não apenas de um parágrafo, pouco dinheiro, e ter ficado hospitalizada o tempo todo).
mas de um texto completo, o tema ou ideia principal se Exercícios
encontra no último parágrafo, podendo também aparecer
no primeiro, conhecido como parágrafo introdutório. Os Assinale C ou E nos parênteses.
parágrafos centrais são reservados às argumentações, que Na frase Carlos mudará de profissão,
contribuem para dar suporte à principal ideia. 1. ( ) tem-se como pressuposto que ele ganha pouco.
2. ( ) tem-se como pressuposto que ele tem profissão.
3. ( ) é possível que ele esteja contrariado.
Intertextualidade 4. ( ) é possível que ele tenha profissão.
Chama-se intertextualidade a relação explícita ou implí-
Gabarito
cita de um texto com outro.
Quando Chico Buarque diz, na música Bom Conselho, “de- 1. E 2. C 3. C 4. E
vagar é que não se vai longe”, “quem espera nunca alcança”,
cria uma intertextualidade implícita com os ditos populares
“devagar se vai ao longe” e “quem espera sempre alcança”. Tipologia Textual

Veja a estrofe seguinte: Narração ou história


Minha terra tem palmares Texto que conta uma história, curtíssima ou longa, tendo
Onde gorjeia o mar personagem, ação, espaço e tempo, mas o tempo tem de
Os passarinhos daqui estar em desenvolvimento.
Não cantam como os de lá Ela chegou, abriu a porta, entrou e olhou para mim. (As
(Oswald de Andrade) ações acontecem em sequência)

E responda C (certo) ou E (errado): Descrição ou retrato


( ) Esses versos lembram “Minha terra tem palmeiras, / 1. Texto que mostra um ambiente.
Onde canta o sabiá; / As aves, que aqui gorjeiam, / Não O Sol estava a pino, as portas trancadas, as janelas
gorjeiam como lá. /”, de Gonçalves Dias. escancaradas, as ruas vazias, os carros estacionados, os
( ) A criação de Oswald de Andrade constitui um combate galhos das árvores e o capim absolutamente parados.
à estética romântica.
( ) trata-se de bom exemplo de intertextualidade. 2. Texto que mostra ações simultâneas.
Enquanto ela falava, o cachorro latia, a criança cho-
Gabarito rava, o vizinho aplaudia. (As ações acontecem no
mesmo momento, o tempo está parado)
C, C, C
Dissertação ou ideias
IMPLÍCITOS: PRESSUPOSTOS E SUBENTENDIDOS
Texto construído não para contar história ou fazer um
retrato, mas para desenvolver um raciocínio.
Implícitos É sábio dizer-se que o limite de um homem é o limite de
Implícitos constituem informações que não se encontram seu próprio medo.
exteriorizadas (ou escritas ou pronunciadas) no texto, estando
apenas sugeridas por um ou outro índice linguístico. É a leitura Na prática, um texto pode misturar as tipologias, por isso
atenta e competente que permite ao leitor a percepção do que é comum classificá-lo com base em qual tipologia predomina,
ficou implícito, ou se mostra apenas nas entrelinhas. ou seja, para atender a qual tipologia o texto foi feito.

Pressupostos O tipo DISSERTAÇÃO modernamente vem sendo subs-


Língua Portuguesa

Os pressupostos são identificados por estarem sugeridos tituído, conforme o caso, por Argumentação, Exposição, ou
por palavras ou outros elementos do texto, não são difíceis Injunção:
de encontrar-se e não podem ser desmentidos pelo uso do • Argumentação: apresenta argumentos na defesa
raciocínio lógico. de um ponto de vista:
Ex.: Teresa voltou da Índia. A sua expansão industrial e comercial ocorreu muito antes
dos países vizinhos, não só porque dispunha de extensa
Pressupostos: ela foi à Índia (indiscutível); a viagem teve rede de ferrovias, hidrovias e rodovias, mas também por-
início há mais que dois dias (indiscutível). que detinha maiores recursos para investimento.

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• Exposição: apenas expõe as ideias, sem apresentar Texto 5.
argumentos: ( ) A manhã estava radiosa e cálida. Sequer uma nuvem.
A Bulgária se tornou membro da União Europeia em As folhagens das árvores, dos arbustos e das gramíneas
janeiro de 2007, após dez anos de negociação. oscilavam suavemente. Juritis, sabiás e bemtevis har-
• Injunção: orienta o comportamento do receptor: monizavam seus cantares, vez por outra salpicados por
Manuais de utilização de equipamentos. Orientações latidos um tanto quanto lentos e preguiçosos. O perfu-
de como tomar um remédio. Como ligar e desligar a me do jasmim ocupava a beira da piscina, envolvendo
irrigação do jardim... o tom rosado da pele de Janaína.

( ) Ponha nestes parênteses o número do texto que faz uso


Exercícios do diálogo em sua organização.
Use as letras iniciais das cinco frases seguintes para identificar
nos parênteses, os cinco textos que as acompanham. Gabarito
N. Constitui exemplo de narração. Texto 1 (I)
D. Predomina o caráter de descrição. Texto 2 (N)
I. Tem como base um parágrafo injuntivo. Texto 3 (A)
E. Exemplifica dissertação expositiva. Texto 4 (E)
A. Classifica-se como dissertação argumentativa. Texto 5 (D)
Texto 1
Atenção para as partes em itálico.

Texto 1 (EP). íveis de Formalidade/Informalidade


N
( ) Quando Clarice se mostrou chateada com algumas es-
trias no seio, Rogério prontamente informou: Níveis de Fala (Tipos de Norma)
– Tenho solução para isso.
– É verdade que você tem?
Registro formal ou adloquial
– Claro! No registro formal (adloquial, culto, padrão), as circuns-
– Então me ensina. tâncias exigem do emissor postura concentrada e adequada
– Ponha duas colheres de sopa de azeite numa frigi- a um grupo sofisticado de falantes. Tende ao uso da norma
deira. Amasse três dentes de alho, depois de tirar a culta (também chamada de padrão, ou erudita), que se
casca, e misture-os ao azeite. Deixe a mistura no fogo estuda nas gramáticas normativas.
médio por cinco minutos e apague o fogo. Aguarde que Por favor, entenda que seria importante para nós sua
ela esfrie um pouco até a temperatura ficar suportável presença.
ao tato. Durante oito minutos, embeba quantas vezes
necessárias um algodão naquele azeite, e passe-o su-
avemente em movimentos circulares no seio estriado. Registro informal ou coloquial
A informalidade ou coloquialismo acontece quando o
Vá ao espelho e veja o resultado.
ambiente permite ao emissor uma postura mais à vontade,
– As estrias vão embora?
sem preocupações gramaticais.
– Podem ir, mas se não forem, você pode estrear um
Vem, que sua presença é importante. (A gramática orien-
peitinho a alho e óleo.
ta: Vem, que tua presença... ou Venha, que sua presença...)
Na informalidade, a língua é usada na forma de cada
Texto 2 (EP).
região, profissão, esporte, gíria, internet...
( ) Paulo abriu a porta devagar, observou com calma o
ambiente, caminhou pé ante pé até a janela, abriu a
cortina, esperou que os olhos se acostumassem à clari- Registro vulgar
dade que invadiu o quarto, só então deitou-se no chão Normalmente envolve uso de calão ou gíria.
e vasculhou com os olhos a parte embaixo da cama. Oi, cara, pinta lá no pedaço.
Teve certeza de que o bicho não estava lá.
Registro de baixo calão
Texto 3 (EP). É o nível das gírias pesadas e dos palavrões.
( ) Berenice percebeu que André não lhe estava sendo fiel Naquele cafofo só vai ter piranha e Zé-mané, porra.
porque ele dissera não conhecer Isaura, mesmo depois Cada texto deve obedecer a um nível de formalidade
de ter dormido na casa dela. Além disso, as duas vezes ou informalidade, com a escolha do vocabulário e de cons-
que Berenice citou o nome de Isaura, André desviou truções frásicas adequada ao público e ao ambiente a que
primeiro o olhar, em seguida mudou de assunto. Sem se destina.
falar no perfume que o acompanhava quando entrou
em casa: o preferido de Isaura. Variação linguística
Língua Portuguesa

Uma língua se realiza na fala de grupos diferentes, no


Texto 4. tempo (compare os escritos da carta de Caminha, de José
( ) Para investigadores, há indícios de que parte do dinheiro de Alencar e de hoje), no espaço (veja as diferenças de ex-
desviado tenha sido usado por Collor para compra de pressão das várias regiões brasileiras), nas profissões (atente
carros de luxo em nome de empresas de fachada. Al- para seus jargões ou expressões características), em grupos
guns desses automóveis foram apreendidos pela Polícia de relacionamentos (cada um com suas gírias e constru-
Federal na Operação Politeia, um desdobramento da ções frásicas identificadoras: DJs, políticos, cantores de rap,
Lava Jato, realizada em 14 de julho. religiosos, surfistas, tatuadores, traficantes, escaladores...)

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Já houve o tempo em que se considerava certo apenas o 2. prender a atenção do receptor – Bom dia. Como vai?
uso da norma então conhecida como culta ou erudita, porém Até logo. Certo ou errado?
a sociolinguística substituiu o conceito de certo/errado pelo 3. distrair a atenção do receptor –
de adequado/inadequado. Em termos de comunicação, Ele: Onde você estava até esta hora?
certo é o emissor adequar seu código ao do receptor para Ela: Por favor, ligue agora para o José e lhe deseje
se fazer entender bem. Por isso, tanto o “nós vai”, como o sorte. (Ela desviou a atenção do assunto dele)
“nós vamos” podem ou não estar adequados, dependendo
do ambiente ou do grupo de falantes a que se destine. Função Metalinguística
Predomina o assunto “língua”, é o uso da língua para
Funções da Linguagem falar da própria língua.

Todo emissor, no momento em que realiza um ato de fala, Língua: tipo de código usado na comunicação.
atribui, consciente ou inconscientemente, maior importância
a um dos seis elementos da comunicação (emissor, recep- Os dicionários, as gramáticas, os livros de texto, de re-
tor, referente, canal, código ou mensagem). Descobrir qual dação, as críticas literárias são exemplos de metalinguagem.
elemento está em destaque é definir a função da linguagem.
Função Poética (ou Estética)
Função Emotiva (ou Expressiva) Predomina em importância a elaboração da mensagem.
Predomina em importância o emissor e é muito usada
em textos líricos, amorosos, autobiográficos, testemunhais... Mensagem, fala ou discurso: é o como se diz e não o
Constitui uma característica de subjetividade. que se diz.

As frases “Você roubou minha caneta” e “Você achou


Emissor: aquele que fala, representado por eu, nós, a
minha caneta antes de eu a perder”, embora tenham o mes-
gente (no sentido de “nós”).
mo assunto ou referente, são mensagens, falas ou discursos
diferentes, tanto é que provocam sensações diferentes no
São índices desta função: receptor.
1. sujeito emissor – Eu vi Mariana chegar. A gente viu A função poética valoriza a escolha das palavras, ora pela
Mariana chegar. Nós vimos Mariana chegar. sonoridade, ora pelo ritmo (Quem casa quer casa. Quem tudo
2. uso de exclamação – Mariana chegou! quer tudo perde. Quem com ferro fere com ferro será ferido),
3. uso de interjeição – Ih! Mariana chegou. ora pelo significado inusitado (Penso, logo desisto), ora por
mais de uma dessas ou outras características.
Função Conativa (ou Apelativa)
Predomina em importância o receptor e é frequente em Obs.: todas essas funções podem interpenetrar-se no
linguagem de publicidade e de oratória. texto, mas uma (qualquer uma) tenderá a ser predominante.
No caso de um texto poético ou estético, as demais funções
Receptor: com quem se fala, representado por tu, vós, ocupam o segundo plano.
você(s), Vossa Senhoria, Vossa Alteza, Vossa...
São índices desta função: Tipos de Discurso
1. sujeito receptor – Você sabia que Mariana chegou?
2. vocativo – Paulo, tu estás correto. Discurso Direto
3. imperativo – Por favor, venha cá. Beba guaraná. Reprodução exata da fala do personagem.
Julieta respondeu: Estou satisfeita com sua resposta.
Função Referencial (ou Informativa) Pode vir entre aspas: “Estou satisfeita com sua resposta.”
Predomina em importância o referente e é empregada Pode vir após travessão: – Estou satisfeita com sua
nos textos científicos, jornalísticos, profissionais – correspon- resposta.
dências oficiais, atas... É uma característica de objetividade.
Discurso Indireto
Referente: de que ou de quem se fala, representado por O narrador traduz a fala do personagem.
ele(s), ela(s), Sua Excelência, Sua Majestade, Sua..., ou por qual- Julieta respondeu que estava satisfeita com a resposta
quer substantivo ou pronome substantivo de terceira pessoa. dele.
Julieta respondeu estar satisfeita com a resposta dele.
É índice desta função:
1. sujeito referente – Mariana chegou. Ele chegou. Sua Discurso Indireto Livre
Senhoria chegou. Quem chegou? A fala do personagem se confunde com a do narrador.
Mariana sentou-se em frente ao guri, o que se passava
Função Fática naquela cabecinha? Que sorrisinho maroto...
Língua Portuguesa

Predomina em importância o canal e normalmente


aparece em trechos pequenos, dentro de outras funções. Discurso do Narrador
É a fala de quem conta a história.
Canal: meio físico (ar, luz, telefone...) e psicológico (a Julieta respondeu: Estou satisfeita com sua resposta.
atenção) que interliga emissor e receptor.
Monólogo
Usa-se a função fática para: Fala de um personagem consigo mesmo.
1. testar o funcionamento do canal – Um, dois, três... Paulo atravessou o bar, resmungando: “Não acredito no
Alô, alô... que acabei de ver”.

8 Openbook Apostilas
Diálogo moral. Famosas são as fábulas de Esopo, como A Raposa e
Conversa entre dois ou mais personagens. as Uvas, O Lobo e o Cordeiro.
– Você devia ser mais suave na sua fala.
– Vou tentar. Sátira
Texto crítico, picante, sarcástico, maledicente, irônico,
Gêneros do Discurso, Gêneros Textuais zombeteiro para criticar instituições, costumes ou ideias.

Desde os estudos de Bakhtin até os de Koch, chegou-se Apólogo


à percepção de certas sequências relativamente estáveis de Narrativa didática, em prosa ou verso, em que se animam
enunciados, voltadas a atender necessidades diferentes da e dialogam seres inanimados. Um bom exemplo é o texto de
vida social, sequências essas definidoras do que se conven- Machado de Assis intitulado A Agulha e a Linha.
cionou chamar Gêneros do Discurso, adaptáveis à sociedade
e seus comportamentos.
Lenda
História com base em informações imaginárias. São len-
Gêneros primários dários o saci-pererê, a boiuna, a mula sem cabeça...
São os que se desenvolvem primeiro, realizados em situa-
ções de comunicação, no âmbito social cotidiano das relações
humanas: diálogo, telefonema, bilhete, carta, piada, oração,
Anedota
comando militar rápido, situações de interação face a face.. História curta engraçada ou picante.

Gêneros secundários Paródia


Referentes a circunstâncias mais complexas, públicas, de Imitação artística, jocosa, satírica, bufa; arremedo de
interação social, muitas vezes escritas, monologadas, capazes outro texto. Vejam-se os segundos textos.
de incorporar e transmutar os gêneros primários. Necessitam Quem com ferro fere com ferro será ferido.
de instrução formal e aparecem sob a forma de 1. Gêneros Quem confere ferro, com ferro...
literários: provérbios, crônicas, contos, novelas, romances, Penso, logo existo.
dramas...; 2. Gêneros oficiais: cartas, ofícios, memorandos, Penso, logo desisto.
anais, tratados, textos de lei, documentos de escritório...; 3.
Gêneros científicos: pesquisas, relatórios, críticas, análises, Paráfrase ou frase paralela
teses, ensaios... 4. Gêneros Jornalísticos: notícia, matéria, É um texto criado na tentativa de reproduzir o sentido
entrevista, charge ... 5. Gêneros outros como dos círculos de outro. É um texto sinônimo, de sentido semelhante. Veja
artísticos, sócio-políticos, retóricos, jurídicos, políticos, o segundo texto.
publicísticos, esportivos... Todo dia ela faz tudo sempre igual / Me sacode às três
horas da manhã / Me sorri um sorriso pontual / E me beija
Eis alguns tipos explorados em provas elaboradas pelo com a boca de hortelã... (Chico Buarque)
Cespe: Dia após dia ela faz as mesmas coisas. Me tira da cama
às três da madrugada. Me dá um sorriso rotineiro e um beijo
Crônica com gosto de pasta de dente...
Texto curto dissertativo, comentando fato ou situação Obs.: a paráfrase sempre altera algo no sentido subjetivo
do momento. do texto.

Conto Epígrafe
História curta com poucos personagens em torno de um Inscrição que antecede um texto (no frontispício de um
núcleo de ação. livro, no início de um capítulo, de um poema, de uma crô-
nica...).
Novela
História mais longa que o conto e que também envolve Título: EPICÉDIO III
só um núcleo de ação.
Epígrafe: À morte apressada de um amigo
Romance
História longa e complexa em que os personagens atuam Texto: Comigo falas; eu te escuto; eu vejo
em torno de vários núcleos de ação. As chamadas novelas de Quanto apesar de meu letargo, e pejo,
televisão literariamente são romances porque revezam vários Me intentas persuadir, ó sombra muda,
núcleos temáticos, revezando também como protagonistas Que tudo ignora quem te não estuda.
grupos diferentes de personagens.
(Cláudio Manuel da Costa)
Parábola
Língua Portuguesa

Narrativa que transmite uma mensagem indireta, geral- Semântica


mente de cunho moral, por meio de comparação ou analogia.
Cristo falava por parábolas, como a do Filho Pródigo e a Sema
do Joio e do Trigo. É unidade de significado. A palavra “garotas” tem três
semas:
Fábula 1. garot é o radical e significa ser humano em formação;
Tipo de parábola curta, em prosa ou verso, que apresenta 2. a é desinência e significa feminino;
animais como personagens e que ilustra um ensinamento 3. s é desinência e significa plural.

Openbook Apostilas 9
Monossemia ou unissignificação Qualidades do Texto
É o fato de uma expressão ter no texto apenas um sig-
nificado. Um texto bem redigido deve ter algumas qualidades.
A seguir, cada tópico apresenta uma dessas qualidades e,
Polissemia ou plurissignificação também, seu defeito, o oposto.
É o fato de uma expressão, no texto, ter múltiplos sig-
nificados. Clareza
Clareza é a qualidade que faz um texto ser facilmente
entendido. Obscuridade é o seu antônimo.
Ambiguidade ou anfibologia
Significa duplo sentido.
Questões
Denotação O menino e seu pai foram hospedados em prédios diferentes
Sentido objetivo da palavra – Teresa é agressiva. o que o fez ficar triste.
Assinale C para certo e E para errado.
Conotação 1. ( ) A estruturação da frase se dá de maneira clara e
Sentido figurado da palavra – Teresa é um espinho. objetiva.
2. ( ) A leitura desse trecho se torna ambígua em virtude
Campo Semântico do mau uso do pronome oblíquo “o”.
3. ( ) Colocando-se o oblíquo “o” no plural, caberia plu-
Área de abrangência ou de interpenetração de
ralizar “ficar triste” (o que os fez ficarem tristes) e a
significado(s).
clareza se restaura porque o “triste” passa a se referir
Chuteira, pênalti, drible, estádio... pertencem ao campo
a ambos, “o menino” e “seu pai”.
semântico do futebol.
4. ( ) Substituindo-se o oblíquo “o” por “este” (o que fez
Oboé, melodia, contralto... pertencem ao campo semân-
este ficar triste ), também se elimina a ambiguidade,
tico da música.
passando a significar que só o pai ficou triste.
Aeromoça, aterrissar, taxiar... pertencem ao campo se- 5. ( ) Substituindo-se o oblíquo “o” por “aquele” (o que
mântico da aviação. fez aquele ficar triste) comete-se uma incorreção
gramatical.
Contexto 6. ( ) Substituindo-se o oblíquo “o” por “aquele” (o que
As palavras ou signos podem estar soltos ou contextua- fez aquele ficar triste) resolve-se também a obscu-
lizados. O contexto é a frase, o texto, o ambiente em que a ridade, pois afirma-se que só o menino ficou triste,
palavra ou signo se insere. Normalmente, uma palavra solta, porque o demonstrativo “aquele” refere-se ao subs-
fora de um contexto, desperta vários sentidos (polissemia) tantivo mais distante.
e os dicionários tentam relacioná-los, apresentando cada
um dos sentidos (monossemia) ligado a um determinado Gabarito
contexto.
No Dicionário Houaiss, a palavra ponto tem 62 significa- Itens 2, 3, 4 e 6 certos; itens 1 e 5 errados.
dos e contextos; linha tem outros 58, sendo que, em cada
um desses contextos, a monossemia prevalece. Coerência
Nos textos literários ou artísticos, ambiguidade e po- Se as ideias estão entrelaçadas harmoniosamente em
lissemia são valores positivos. O texto artístico pode ser termos lógicos, encontra-se no texto coerência. O seu an-
considerado tão mais valioso quanto mais plurissignificativo. tônimo é ilogicidade, incoerência.
Nos textos informativos (jornalísticos, históricos, cien-
tíficos... ), a monossemia é valor positivo, enquanto a ambi- Questões
guidade e a polissemia devem ser evitadas.
I – Toda mulher gosta de ser elogiada. Se queres agradar a
Sinonímia uma, mostra-lhe suas qualidades.
Existência de palavras ou termos com significados con-
vergentes, semelhantes: vermelho e encarnado, brilho e II – Toda mulher gosta de ser elogiada. Se queres agradar a
luminosidade, branquear e alvejar... uma, mostra-lhe seus defeitos.

Antonímia Assinale C para certo e E para errado.


Existência de palavras ou termos de sentidos opostos: 1. ( ) O texto I exemplifica raciocínio incoerente.
claro e escuro, branco e negro, alto e baixo, belo e feio... 2. ( ) O texto II desenvolve raciocínio coerente.
3. ( ) A incoerência se faz presente em ambos os parágrafos.
4. ( ) Os dois parágrafos são perfeitamente coerentes.
Língua Portuguesa

Homonímia 5. ( ) O raciocínio do texto I é perfeitamente lógico e


Palavras iguais na escrita ou no som com sentidos dife- coerente.
rentes: cassa e caça, cardeal (religioso), cardeal (pássaro), 6. ( ) O desenvolvimento racional do texto II peca por
cardeal (principal)... incoerência.

Paronímia Gabarito
Palavras parecidas: eminência e iminência, vultoso e
vultuoso... Itens 1, 2, 3 e 4 errados; itens 5 e 6 certos.

10 Openbook Apostilas
Concisão Coesão gramatical (ou coesão referencial
Concisão é a capacidade de se falar com poucas palavras. endofórica)
O seu oposto é prolixidade.
Os componentes de um texto se inter-relacionam, referin-
Questões do-se uns aos outros, evidenciando o que se chama coesão
referencial endofórica, ou coesão gramatical. Além do uso das
I – Andresa trouxe Ramiro e Osvaldo à minha presença, no preposições e conjunções, eis alguns recursos de coesão refe-
meu escritório e me apresentou essas duas pessoas. rencial endofórica e seus elementos coesivos ou conectores:

II – Andresa trouxe-me ao escritório Ramiro e Osvaldo e Nominalização


mos apresentou. Substantivo que retoma ideia de verbo anteriormente
expresso.
Assinale C para certo e E para errado. Os alunos esforçados foram aprovados e a aprovação
1. ( ) Os dois textos apresentam o mesmo teor informativo. lhes trouxe euforia.
2. ( ) O primeiro é mais prolixo (dezessete palavras, uma Elemento coesivo: “aprovação” retoma “foram apro-
vírgula e um ponto final). vados”.
3. ( ) O segundo é mais conciso (onze palavras e um ponto
final). Pronominalização
4. ( ) A última oração da frase II deve ser corrigida para Pronome retomando ou antecipando substantivo.
“e nos apresentou”. Conector: na frase anterior, “lhes” retoma “alunos”.
5. ( ) No período II, “mos” funciona como objeto indireto e
direto, porque representa a fusão de dois pronomes Repetição vocabular
oblíquos átonos (me + os). Repetição de palavra.
A mulher se apoia no homem e o homem na mulher.
Elemento coesivo: na segunda oração repetem-se os
Gabarito substantivos “homem” e “mulher”.
Itens 1, 2, 3 e 5 certos; item 4 errado.
Sintetização
Uso de expressão sintetizadora.
Correção Gramatical Viagens, passeios, teatros, espetáculos... Tudo nos mos-
Correção é o ajuste do texto a um determinado padrão tra o mundo.
gramatical. Tradicionalmente as provas sempre visaram a Conector: na segunda oração, a expressão “tudo” sinte-
medir o conhecimento da norma culta (também chamada de tiza “Viagens, passeios, teatros, espetáculos...”.
erudita ou padrão), por isso, quando simplesmente pedem
para apontar o que está certo ou errado gramaticalmente, Uso de numerais
estão-se referindo à adequação ou inadequação do texto a São possíveis três situações. A primeira é ela estar sendo
essa norma culta. sincera. A segunda é estar mentindo. A terceira é não saber
o que fala.
Questões Elemento coesivo: os ordinais, “primeira”, “segunda” e
“terceira” retomam o cardinal “três”.
I – Nóis num é loco, nóis só véve ansim pruquê nóis qué.
Uso de advérbios
Hesitando, entrou no quarto de Raquel. Ali deveria estar
II – Não somos loucos, só vivemos assim porque queremos.
escondida a resposta.
Conector: o advérbio “Ali” recupera a expressão “quarto
Assinale C ou E, conforme julgue a afirmação certa ou errada. de Raquel”.
a) O texto I está correto em relação ao padrão popular
regional e errado relativamente ao culto. Elipse
b) O texto II está certo de acordo com o padrão culto e Omissão de termo facilmente identificável.
errado se a referência for o popular regional. Nós chegamos ao jardim. Estávamos sedentos.
Elemento coesivo: a desinência verbal “mos” retoma o
Gabarito sujeito “nós” expresso na primeira oração.
Ambas as afirmações estão corretas. Sinonímia
Palavras ou expressões de sentidos semelhantes.
Coesão O extenso discurso se prolongou por mais de duas horas.
A peça de oratória cansativa foi responsável pelo desinte-
Língua Portuguesa

Coesão é a inter-relação bem construída entre as partes


resse geral.
de um texto. Seu antônimo é a incoesão ou desconexão.
Conector: o sinônimo “peça de oratória” retoma a ex-
pressão “discurso”.
Coesão e conectores
Hiperonímia
Coesão é a inter-relação bem construída entre as partes Hiperônimo é palavra cujo sentido abrange o de outra(s).
de um texto e se faz com o uso de conectores ou elementos Roupa constitui hiperônimo em relação a calça, vestido,
coesivos. paletó, camisa, pijama, saia...

Openbook Apostilas 11
Ela escolheu a saia, a blusa, o cinto, o sapato e as meias... 6. a) Era uma situação que ele fugia.
Aquele conjunto estaria, sim, adequado ao ambiente. b) Era uma situação de que ele fugia.
Elemento coesivo: o hiperônimo “conjunto” retoma os
substantivos anteriores. 7. a) Estamos diante de um texto que falta coesão.
b) Estamos diante de um texto a que falta coesão.
Hiponímia
Hipônimo é palavra de sentido incluído no sentido de 8. a) Finalmente chegou ao quarto onde estava escondido
outra. Boneca, pião, pipa, bambolê, carrinho, bola de gude... o dinheiro.
são hipônimos de brinquedo. b) Finalmente chegou ao quarto aonde estava escon-
Naquela disputa havia cinco times, contudo apenas o dido o dinheiro.
Flamengo se pronunciou.
9. a) Veja o local onde você chegou.
Conector: o hipônimo “Flamengo” cria coesão com a
b) Veja o local aonde você chegou.
palavra “times”.
10. a) Convide para a mesa as senhoras cujos os maridos
Anáfora estão presentes.
chama-se anafórico ao elemento de coesão que retoma b) Convide para a mesa as senhoras cujos maridos estão
algo já dito. presentes.

O lobo e o cordeiro se olharam; aquele, com fome; este, Gabarito


com temor.
Coesivos anafóricos: “aquele” e “este” retomam “lobo” 1. b. Uso dos demonstrativos: aquele, para o mais dis-
e “cordeiro”. tante; esse, para o intermediário; este, para o mais
próximo.
Catáfora 2. a. Uso dos demonstrativos: este refere-se ao que se
Palavra ou expressão que antecipa o que vai ser dito. vai falar; esse, ao que já foi dito.
3. a. Uso dos demonstrativos: este refere-se ao que se
Não se esqueça disto: já estamos comprometidos. vai falar; esse, ao que já foi dito.
Conector catafórico: “disto” antecipa a oração “já esta- 4. b (falar de um artigo).
mos comprometidos”. 5. a (falar uma frase).
6. b (fugir de algo).
Obs.: a coesão é uma qualidade do texto e sua falta cons- 7. b (falta coesão a algo).
titui erro. Desconexo ou incoeso é o texto a que falta coesão. 8. a (o dinheiro estava escondido no quarto).
9. b (você chegou a um local).
Domínio dos Mecanismos de Coesão 10. b (cujo não vem seguido de artigo).
Textual
Os mecanismos de coesão textual exigem conhecimentos Outros Conceitos
outros, como uso dos pronomes, regência, concordância,
colocação... Barbarismo
Erro no uso de uma palavra.
Resolva as questões seguintes, onde aparecem 10 co- 1. Erro de pronúncia ou grafia: Ele é adevogado e co-
esões bem feitas e 10 imperfeitas, com relação à norma nhece o pograma.
padrão oficial. 2. Erro de flexão: Eu reavi os leitães. (O certo é reouve
os leitões)
Qual dos dois textos está mais bem escrito, levando em con- 3. Troca de sentido: tráfico x tráfego, estrutura x esta-
sideração os mecanismos de coesão textual? tura, ascendente x descendente...
1. a) O cavalo, o ganso e a ovelha andavam lado a lado;
enquanto este relinchava, aquele grasnava e ela Cacofonia
balia. Som desagradável ou ambíguo.
b) O cavalo, o ganso e a ovelha andavam lado a lado; Meus afetos por ti são (tição). Louca dela (cadela), por
enquanto aquele relinchava, esse grasnava e esta não perceber que dedico a ti (quati) o meu amor.
balia.
Eco ou Colisão
2. a) Atenção a este aviso: “Piso Escorregadio”. Rima na prosa.
b) Atenção a esse aviso: “Piso Escorregadio”. Depois da primeira porteira, encontrou a costureira
descendo a ladeira da goiabeira.
3. a) Silêncio e respeito. Essas palavras se viam por toda
Estrangeirismo
Língua Portuguesa

parte.
b) Silêncio e respeito. Estas palavras se viam por toda Uso de palavras ou expressões estrangeiras.
parte. Internet, slow motion, pick-up, abat-jour, débauche,
front-light...
4. a) Encontrei o artigo que você falou.
b) Encontrei o artigo de que você falou. Solecismo
Erro sintático.
5. a) Foi essa a frase que você falou. 1. De regência: Emprestei de você um calção. Ele obede-
b) Foi essa a frase de que você falou. ceu o pai.

12 Openbook Apostilas
2. De concordância: Nós vai... A gente pensamos... As Elipse
menina... Omissão de termo facilmente identificável – (eu) cheguei,
(nós) chegamos.
Arcaísmo
Uso de palavras ou expressões antigas. Zeugma
Palavras adrede escolhidas (especialmente). Brincavam Elipse de termo já dito – Comprei dois presentes; ela, três.
de trocar piparotes (petelecos).
– José chegou cedo; Maria, não.
Neologismo
Palavra recém-inventada. Hipérbato
– O que ele está fazendo? Inversão da frase – Para o pátio correram todos.
– Ah! Deve estar internetando.
Pleonasmo vicioso
Preciosismo Repetição desnecessária de ideia – Chutou com o pé,
Preocupação exagerada com a construção do texto. roeu com os dentes, saiu para fora, lustro de cinco anos...

Figuras de Linguagem Pleonasmo estilístico


A mim, não me falaste. Aos pais, lhes respondi que...
Podem-se subdividir em Figuras de Pensamento, Figuras
de Sintaxe, Figuras de Sonoridade, e ainda Tropos (Uso de Assíndeto
Sentido Figurado ou Conotação).
Ausência de conjunção coordenativa – Chegou, olhou,
sorriu, sentou.
Figuras de Pensamento
São as figuras que atuam no campo do significado.
Polissíndeto
Repetição de conjunção coordenativa – Chegou, e olhou,
e sorriu, e sentou.
Antítese
Aproximação de ideias opostas – O belo e o feio podem
ser agressivos ou não. Gradação
Sequência de dados em crescendo – Balbuciou, sussur-
rou, falou, gritou...
Paradoxo
Aparente contradição – Esta sua tia é uma beleza de
feiura. Paralelismo Sintático
Obediência a um mesmo padrão.
Ironia Sem paralelismo: Quero de você admiração, honestidade
Afirmação do contrário – O animal estava limpo, com e que me obedeça.
os cascos reluzentes, firme, saudável... Muito maltratado! Ela é alta, inteligente e tem beleza.
Com paralelismo: Quero de você admiração, honestidade
e obediência. (todos, substantivos)
Eufemismo Ela é alta, inteligente e bela. (todos, adjetivos)
Suavização do desagradável – Passou desta para a me-
lhor (= morreu).
Silepse
Concordância com a ideia, não com a palavra.
Hipérbole
Exagero – Já repeti cem mil vezes.
Silepse de Gênero: Vossa Senhoria está cansado?
Perífrase Silepse de Número: E o casal de garças pousaram tran-
Substituição de uma expressão mais curta por uma mais quilamente.
longa e pode ser estilisticamente negativa ou positiva, de-
pendendo do contexto. Silepse de Pessoa: Todos deveis estar atentos.
Texto: Apoio sinceramente sua decisão.
Perífrase: Antes de mais nada, é importante que você Figuras de Sonoridade
me permita neste momento comunicar-lhe meus sinceros
sentimentos de apoio ao resultado de suas meditações. São as figuras relacionadas ao trabalho com os sons das
palavras.
Língua Portuguesa

Também constitui perífrase o uso de duas ou mais pala-


vras em vez de uma: Aliteração
titular da presidência (= presidente); a região das mil e Repetição de sons consonantais próximos – “Gil engendra
uma noites (= Arábia) em Gil rouxinol” (Caetano Veloso).

Figuras de Sintaxe Assonância


Repetição de sons vocálicos próximos – Cunhã poranga
São as figuras relacionadas à construção da frase. na manhã louçã.

Openbook Apostilas 13
Onomatopeia Ponto de Vista DO AUTOR
Tentativa de imitação do som – coxixo, tique-taque, zum-
-zum, miau... Todo e qualquer autor, ao produzir um texto, falado,
cantado ou escrito, seja para descrever uma cena, narrar
um fato, ou desenvolver um raciocínio, coloca nesse texto,
Paronomásia ou trocadilho mesmo que não o perceba, sua visão de mundo, sua posição
Contudo... ele está com tudo. política, religiosa, artística, econômica, social etc., além de
sua preferência por este ou aquele assunto, este ou aquele
Tropos (Uso do Sentido Figurado ou personagem. A linguística textual levanta com base nos vo-
cábulos escolhidos e na organização dos enunciados, o que
Conotação) se denomina Ponto de Vista do Autor.

Comparação ou Analogia INTENCIONALIDADE


Relação de semelhança explícita sintaticamente.
Ele voltou da praia parecendo um peru assado. Paralelamente ao ponto de vista, o autor também mani-
festa uma intencionalidade, ou tendência psicológica, a favor
Teresa está para você, assim como Júlia, para mim.
ou contra determinada realidade, personalidade ou atitude,
Corria qual uma lebre assustada. o que se pode deduzir, também, das palavras utilizadas e/ou
Sua voz é igual ao som de panela rachada. da organização das frases. Nos cartazes das ruas e da im-
prensa, duas frases usando as palavras “impeachment” e
Metáfora “golpe” se opuseram insistentemente: 1) Impeachment sem
Relação de semelhança subentendida, sem conjunção crime é golpe e 2) Impeachment não é golpe. Por trás de
ou palavra comparativa. cada uma está a intencionalidade do emissor. A intenção da
frase 1 é impedir o impeachment, enquanto a frase 2 tem
Voltou da praia um peru assado. como propósito a sua aprovação.
A sua Tereza é a minha Júlia.
Correndo, ele era uma lebre assustada. Leia com atenção o depoimento de duas testemunhas
Sua voz era uma panela rachada. sobre o fato que presenciaram.
Testemunha A: o irmão Antônio, com frieza, gestos con-
Metonímia trolados, voz macia e baixa, olhar de Madalena arrependida,
consciente da importância de sua postura no convencimento
Relação de extensão de significado, não de semelhança.
dos irmãos, desfiava um rosário de mentiras que convencia os
Continente x conteúdo presentes. Em dado momento, deixou escapar, numa fração
Só bebi um copo. (Bebeu o conteúdo e não o copo) de segundo, um esboço de sorriso vitorioso que fez o irmão
Lauro levantar-se e se aproximar dele. De repente estavam os
Origem x produto dois no chão, irmão Antônio por cima, irmão Lauro por baixo
Comeu um bauru. (Bauru é a origem do sanduíche) e com dificuldade foram separados pelos outros.
Testemunha B: Seu Antônio estava falando, Seu Lauro
Causa x efeito voou pra cima dele com um soco armado que passou no
vazio. Seu Antônio, mais forte e mais pesado, atracou-se ao
Cigarro incomoda os vizinhos. (A fumaça é que incomoda)
agressor, derrubou-o no chão e o dominou completamente,
segurando-lhe ambos os punhos, numa montada completa,
Autor x obra sem desferir um golpe sequer, mas incapaz de impedir que o
Vamos curtir um Gilberto Gil? (Curtir a música) subjugado lhe mandasse, de baixo para cima, uma cusparada
no rosto. Eu e um colega caímos sobre eles, seguramos os
Abstrato x concreto dois e os separamos.
Estou com a cabeça em Veneza. (O pensamento em Veneza)
Exercícios
Símbolo x simbolizado
Veja agora como os pontos de vista das duas testemunhas são
A balança impôs-se à espada. (Justiça... Forças Armadas) diferentes, respondendo C ou E para as afirmações seguintes
e conferindo suas respostas com as do gabarito.
Instrumento x artista 1 ( ) O fato motivador de ambas as narrativas foi o mes-
O cavaquinho foi a grande atração. (O artista) mo: uma briga entre dois indivíduos.
2 ( ) Ambas as narrativas indicam que as duas testemu-
Parte x todo nhas demonstram bom nível de escolaridade pelo
Havia mais de cem cabeças no pasto. (Cem reses) domínio do padrão linguístico apresentado.
3 ( ) No trecho “o irmão Antônio, com frieza, gestos con-
trolados, voz macia e baixa, olhar de Madalena arre-
Catacrese
Língua Portuguesa

pendida, consciente da importância de sua postura


Metáfora estratificada, que já faz parte do uso comum. no convencimento dos irmãos, desfiava um rosário
Asa da xícara, asa do avião, barriga da perna, bico de de mentiras”, a testemunha A descreve psicologica-
bule, pé de limão... mente Antônio como frio, calculista e mentiroso.
4 ( ) as expressões “o irmão”, “Madalena arrependida”,
“dos irmãos”, ”rosário”, “o irmão”, “outros irmãos”
Prosopopeia ou Personificação e a própria repetitividade, refletem repertório reli-
O céu sorria aberto e cintilante... As folhas das palmeiras gioso e caracterizam o autor do texto como conviva
sussurravam aos nossos ouvidos. do mesmo grupo dos demais personagens.

14 Openbook Apostilas
5 ( ) No segundo período a testemunha A indica que lelamente, houve melhora na qualidade do emprego, e 142
Antônio agrediu moralmente com “um esboço de mil postos foram criados com carteira de trabalho assinada.
sorriso vitorioso” a Lauro, tendo provocado a briga. (O Estado de S. Paulo, Editorial, 21/8/2009)
6 ( ) A testemunha A se mostrou imparcial.
7 ( ) Com a descrição psicológica (item 3) e a agressão Assinale a opção em que a reescrita de segmento do texto
moral (item 5), pode-se perceber, na testemunha A, a não mantém as informações originais.
tendência para construir a culpabilidade de Antônio. 1. A demanda doméstica depende de vários fatores, e a
8 ( ) A testemunha A narra em 3ª pessoa, como obser- produção industrial depende da perspectiva do aumen-
vadora dos acontecimentos. to dessa demanda.
9 ( ) O tratamento “Seu” usado em “Seu Antônio” e “Seu 2. Essa taxa de desemprego é a menor em julho de 2002.
Lauro” indica pouca intimidade e distanciamento Paralelamente, em 142 mil postos, a carteira de trabalho
respeitoso da testemunha B. assinada melhorou a qualidade do emprego já existente.
10. ( ) A linguagem da testemunha B não indica ponto de 3. O aumento do desemprego acompanha a ligeira re-
vista religioso, mas de quem entende ou convive tomada da economia norte-americana, enquanto no
com ambiente de luta (“voou pra cima dele com Brasil o quadro é diferente.
um soco armado que passou no vazio”, “mais forte 4. Nas seis principais regiões do País, os dados de julho
e mais pesado, atracou-se ao agressor, derrubou”, mostram a geração de 185 mil postos de trabalho, o
“dominou completamente”, “montada completa”, que significa redução do desemprego de 8,1% para 8%.
“desferir golpe” , “subjugado” ). 5. É normal, então, dar atenção especial tanto ao nível do
11. ( ) Segundo a testemunha B, “Seu Lauro” agrediu duas emprego e à evolução da massa salarial real quanto às
vezes “Seu Antônio”: uma fisicamente (“voou pra receitas e despesas do governo federal.
cima dele com um soco armado”) e outra física e
moralmente (“uma cusparada no rosto”). Texto 1 (extraído de Natália Petrin in www.estudopratico.
12. ( ) A testemunha B mostrou-se imparcial. com.br/satira-literatura-ant)
13. ( ) Pode-se perceber na testemunha B a intencionali-
dade de culpar “seu Lauro”.
14. ( ) A testemunha B, como narrador de 1ª pessoa (Eu
e um colega caímos sobre eles, seguramos os dois
e os separamos), coloca-se na cena como um dos
personagens, ou seja, como narrador participante.

Gabarito
1. V 4. V 7. V 10. V 13. V
2. V 5. V 8. V 11. V 14. V
3. V 6. F 9. V 12. F

Conclusão:
Pela leitura dos dois textos, percebem-se pontos de vis-
ta diferentes dos dois autores, no caso os dois narradores.
Ponto de vista do narrador A: usa a 3ª pessoa, fala Assinale C ou E:
como observador, visão de fora; demonstra bom domínio 6. ( ) O texto mistura linguagem escrita e icônica (letra
linguístico; posta-se como integrante de uma irmandade; e imagem visual).
considera agressor e provocador o “irmão Antônio””. 7. ( ) Trata-se de um banner divulgado por meio eletrônico.
Ponto de vista do narrador B: usa a 1ª pessoa, fala como 8. ( ) Pode-se ver ironia e sátira na mensagem.
um dos personagens; demonstra bom domínio linguístico;
posta-se como entendedor de luta; mostra distanciamento Texto 2 (Propaganda da BomBril, baseada na Monalisa de
e pouca intimidade com os envolvidos na briga; considera Leonardo Da Vinci)
agressor e provocador o “Seu Lauro”.

Exercícios
Uma das formas de se cobrar paráfrase e conhecimentos
de redação nas provas são exercícios de reescrita de textos ou
trechos, que adaptamos de prova para Auditor-Fiscal da Re-
ceita Federal do Brasil – AFRFB, com base no seguinte texto:

A demanda doméstica depende de vários fatores, e da


perspectiva do seu aumento depende a produção industrial.
Língua Portuguesa

É normal, então, dar atenção especial ao nível do emprego e


à evolução da massa salarial real, sem deixar de acompanhar
as receitas e despesas do governo federal. Enquanto a ligeira
retomada da economia norte-americana é acompanhada por
aumento do desemprego, no Brasil o quadro é diferente. Os
dados de julho, nas seis principais regiões do País, mostram
redução do desemprego de 8,1% para 8%, o que significa
a geração de 185 mil postos de trabalho. Essa taxa de de-
semprego, em julho, é a menor da série desde 2002. Para-

Openbook Apostilas 15
Assinale C ou E: QUESTÕES AOCP
9. ( ) A propaganda é só o quadro maior, pois o menor,
com finalidade didática, mostra como é a Mona Lisa, Música clássica reduz ansiedade de
de Miguel Ângelo. crianças em atendimentos odontológicos
10. ( ) Trata-se de propaganda bimidiática, pois usa duas
linguagens, ou dois meios de comunicação: um ver-
bal e um não verbal. Estudos da medicina apontam que a música clássica
11. ( ) A sugestão base dessa mensagem propagandística tem efeito significativo sobre o sistema cardiovascular e
é a comparação. influencia diretamente os batimentos cardíacos e pressão
arterial. Ela provoca uma redução nos marcadores neuro-
Texto 3 (Trabalho de Ziraldo, colhido na internet) hormonais de estresse, o que resulta em uma sensação de
relaxamento. Uma pesquisa da Universidade Federal de Mi-
nas Gerais (UFMG), originada da dissertação de mestrado
da cirurgiãdentista Marcela de Oliveira Brant (CRO 42733),
concluiu que o método é eficaz na diminuição dos níveis de
ansiedade de crianças durante o atendimento em consultó-
rios odontológicos.
A pesquisa foi um ensaio clínico realizado nas cidades
mineiras de Brumadinho e Confins entre agosto de 2014 e
abril de 2015. A seleção das crianças, que deveriam ter de
quatro a seis anos para participar do estudo, foi feita nas
escolas públicas desses municípios. “Precisávamos de 35
crianças nessa faixa etária e que não tivessem experiência
com o dentista”, explica Marcela. Para chegar a esse núme-
ro, a odontopediatra conta que foram enviadas 313 cartas-
-convite aos pais dos pequenos. “Eu era a única dentista que
Assinale C ou E: selecionava, avaliava e realizava o atendimento”, acrescenta.
12. ( ) Podem-se atribuir ao trabalho do Ziraldo caracte- No final, o estudo contava com 34 crianças que cumpriram
rísticas de charge. todos os procedimentos.
13. ( ) Trata-se de texto bimidiático, pois usa duas lingua- Os critérios para inclusão na pesquisa foram que os
gens, ou dois meios de comunicação: um verbal e pacientes não tivessem experiência odontológica prévia e
um não verbal. que apresentassem, no mínimo, dois dentes molares de leite
14. ( ) O recurso comunicativo em que se baseia o texto é
com lesões cariosas em superfície oclusal (ou seja, a parte de
o diálogo.
cima dos dentes), em que fosse possível utilizar o Tratamen-
Preencha os parênteses das afirmações a seguir, relacionan- to Restaurador Atraumático Modificado (ARTm). A técnica
do-as aos três últimos textos. (Dilma, Monalisa e Ziraldo) consiste em uma restauração de intervenção mínima, sem
15. Assim como Manuel Bandeira, quando disse ”O sapo- o uso de anestesia local. Durante a realização do estudo, as
-tanoeiro,/Parnasiano aguado,/ Diz: - ‘meu cancioneiro/É crianças foram divididas em dois grupos, ambos submetidos
bem martelado...’, satirizou os poetas tradicionais, nota- à ARTm com e sem utilização de música.
-se um exemplo de sátira no texto número ( ). Para os atendimentos com música, os pacientes utiliza-
16. Muito frequente na imprensa, a charge constitui um tipo ram fones de ouvidos, acoplados a um iPod que reproduzia
de ilustração em traços de caricatura, geralmente para a Sinfonia 40 em sol menor, de Wolfgang Amadeus Mozart.
criticar ou satirizar personagens ou fatos do cotidiano.
“Trata-se de uma canção instrumental lenta e relaxante,
Pode-se ver exemplo de charge no texto número ( ).
17. Paródia, tipo de criação muito frequente não só na lite- já testada em estudos anteriores da medicina. O volume
ratura, mas também na internet e na televisão, vem a foi ajustado de maneira que as crianças pudessem ouvir a
ser uma releitura irônica, debochada, cômica de outro música de forma clara, assim como as minhas instruções”,
texto. Pode-se apontar exemplo de paródia no texto informa Marcela. Os níveis de ansiedade foram mensurados
número ( ) através da obtenção das medidas de frequência cardíaca e
saturação de oxigênio, com o uso de um oxímetro de pulso,
Gabarito colocado no dedo indicador da criança ao início da consulta
odontológica.
1. Errado, porque mantém as informações do 1º período
Ao fim da coleta dos dados, os resultados foram anali-
do texto.
sados. “Vimos estatisticamente que durante a intervenção
2. Certo, porque contraria o que diz o último período do
com música as crianças apresentaram redução nos níveis de
texto.
frequência cardíaca quando comparado com a intervenção
3. Errado, porque mantém as informações do 3º período
sem música”, comenta Marcela. Essa estratégia de distra-
Língua Portuguesa

do texto.
ção, segundo a odontopediatra, pode se apresentar como
4. Errado, porque mantém as informações do 4º período
uma prática possível de reduzir a ansiedade do paciente na
do texto.
cadeira odontológica. “Ela é uma técnica segura, de simples
5. Errado, porque mantém as informações do 4º período
do texto. execução, com baixo custo financeiro e que não apresenta
6. C 9. C 12. C 15. (1) efeitos nocivos.” Outro fator importante é que a música pode
7. C 10. C 13. C 16. (3) auxiliar a dispersar a atenção da criança quanto aos ruídos
8. C 11. C 14. C 17. (2) que existem dentro do consultório, como o “motorzinho”
ou o barulho do sugador.

16 Openbook Apostilas
A psicóloga e professora de psicoterapia infantil da Uni- c) Descrição.
versidade do Extremo Sul Catarinense (Unesc) Karin Martins d) Dissertação.
Gomes esclarece que muitos pacientes já chegam tensos aos e) Prescrição.
consultórios odontológicos e a música serve como distração,
desviando o foco de atenção dos pequenos. “A criança vai 4. (AOCP/Câmara Municipal de Rio Branco-AC) Em rela-
pensando em outras coisas, o que faz com que a tensão ção às expressões e aos termos selecionados do texto,
acumulada vá se dissuadindo e o procedimento não seja assinale a alternativa correta.
doloroso e traumático.” a) Em “[...] concluiu que o método é eficaz na dimi-
[...] O tema do mestrado de Marcela surgiu do desejo de nuição dos níveis de ansiedade de crianças [...]”, a
oferecer melhor atendimento aos pacientes infantis. “Sabe- expressão em destaque refere-se a um modo espe-
mos hoje que 39% a 43% das crianças, de quatro a 12 anos, cífico de extração de dentes.
no Brasil, apresentam sentimentos de ansiedade frente a um b) Em “Para chegar a esse número, a odontopediatra
tratamento odontológico. Busco com esta pesquisa mostrar conta que foram enviadas 313 cartas-convite aos
como é importante eliminar ou reduzir esse problema”, diz. pais dos pequenos,”, a primeira expressão desta-
[...]. cada refere-se ao número de crianças selecionadas
Retirado e adaptado de: <http://www.msn.com/pt-br/saude/ para participar da pesquisa. A segunda, por sua vez,
saudebucal/m%C3%BAsica-cl%C3%A1ssica-reduz-ansiedade-de-
refere-se a todas as crianças das cidades nas quais
-crian%-C3%A7as-em-atendimentos-odontol%C3%B3gicos/ar-BBqA-
CIG? li=-AAggFpd>. Acesso em: 25 mar. 2016. ocorreu a pesquisa.
c) Em “A seleção das crianças, que deveriam ter de
1. (AOCP/Câmara Municipal de Rio Branco-AC) Em relação quatro a seis anos para participar do estudo, foi feita
ao uso da música durante o atendimento em consultó- nas escolas públicas desses municípios.”, o primeiro
rios odontológicos em crianças, é correto afirmar que termo destacado foi utilizado para evitar a repetição
o método demonstrou ser da palavra “crianças”, enquanto a expressão “desses
a) eficaz para diminuir os níveis de ansiedade. municípios” faz menção aos municípios de Confins
b) ineficaz, uma vez que o número de crianças selecio- e Brumadinho, nos quais a pesquisa foi realizada.
nadas para a pesquisa foi inexpressivo. d) Em “‘Busco com esta pesquisa mostrar como é im-
c) ineficaz, pois, apesar de reduzir o nível dos marcado- portante eliminar ou reduzir esse problema’, diz.”, a
res neuro-hormonais de estresse, não se constatou expressão em destaque faz menção à falta de aten-
sensação de relaxamento nos pacientes. dimento odontológico em Minas.
d) ineficaz, visto que foi necessário o uso de anestesia e) Em “A técnica consiste em uma restauração de inter-
local em grande parte dos pacientes. venção mínima [...]”, a expressão destacada refere-se
e) eficaz com o uso de todo tipo de música, e não só a à tentativa da dentista de colocar música durante o
clássica. tratamento odontológico.

2. (AOCP/Câmara Municipal de Rio Branco-AC) No que se “Estamos Enlouquecendo Nossas Crianças!


refere à técnica utilizada pela cirurgiã-dentista Marcela Estímulos Demais... Concentração de Menos”
de Oliveira Brant, assinale a alternativa correta. 31 Maio 2015 em Bem-Estar, filhos
a) A mestranda utilizou a música durante o procedi-
mento odontológico como uma técnica nova que Vivemos tempos frenéticos. A cada década que passa o
nunca foi utilizada em estudos anteriores da medi- modo de vida de 10 anos atrás parece ficar mais distante: 10
cina. anos viraram 30, e logo teremos a sensação de ter se passado
b) A técnica só funciona porque o volume da música é 50 anos a cada 5. E o mundo infantil foi atingido em cheio
extremamente alto, o que impede que as crianças por essas mudanças: já não se educa (ou brinca, alimenta,
ouçam o barulho do “motorzinho”. veste, entretêm, cuida, consola, protege, ampara e satisfaz)
c) Os números da pesquisa demonstraram que a in- crianças como antigamente!
tervenção com música, quando comparada à inter- O iPad, por exemplo, já é companheiro imprescindível
venção sem música, apresenta redução nos níveis nas refeições de milhares de crianças. Em muitas casas a(s)
de frequência cardíaca das crianças. TV(s) fica(m) ligada(s) o tempo todo na programação infantil
d) Apesar do baixo custo financeiro, a técnica não pode – naqueles canais cujo volume aumenta consideravelmente
ser considerada segura, visto que pode causar pro- durante os comerciais – mesmo quando elas estão comendo
blemas auditivos. com o iPad à mesa.
e) O método só funciona porque muitas crianças já che- Muitas e muitas crianças têm atividades extracurricula-
gam tranquilas ao consultório e o uso da música só res pelo menos três vezes por semana, algumas somam mais
aumenta essa tranquilidade. de 50 horas semanais de atividades, entre escola, cursos,
esportes e reforços escolares.
Língua Portuguesa

3. (AOCP/Câmara Municipal de Rio Branco-AC) A cons- Existe em quase todas as casas uma profusão de brin-
trução de um texto, geralmente, envolve mais de uma quedos, aparelhos, recursos e pessoas disponíveis o tem-
tipologia, todavia sempre há um tipo de texto que pre- po todo para garantir que a criança “aprenda coisas” e não
domina. No texto “Música clássica reduz ansiedade de “morra de tédio”. As pré-escolas têm o mesmo método de
crianças em atendimentos odontológicos”, qual é a ensino dos cursos pré-vestibulares.
tipologia predominante? Tudo está sendo feito para que, no final, possamos
a) Narração. ocupar, aproveitar, espremer, sugar, potencializar, otimizar e,
b) Injunção. finalmente, capitalizar todo o tempo disponível para impor

Openbook Apostilas 17
às nossas crianças uma preparação praticamente militar, vi- c) O texto defende a ideia de que as crianças da atu-
sando seu “sucesso”. O ar nas casas onde essa preocupação é alidade recebem muitos estímulos sensoriais, mas
latente chega a ser denso, tamanha a pressão que as crianças pouca atenção e tempo suficiente para aprender a
sofrem por desenvolver uma boa competitividade. Porém, o lidar com tanto estímulo.
excesso de estímulos sonoros, visuais, físicos e informativos d) O texto defende a ideia de que as crianças da atuali-
impedem que a criança organize seus pensamentos e atitu- dade precisam de mais atividades extracurriculares
des, de verdade: fica tudo muito confuso e nebuloso, e as e brinquedos porque se sentem muito entediadas.
próprias informações se misturam fazendo com que a criança e) O texto defende a ideia de que os pais da atualida-
mal saiba descrever o que acabou de ouvir, ver ou fazer. de estimulam cada vez mais a imaginação de suas
Além disso, aptidões que devem ser estimuladas es- crianças.
tão sendo deixadas de lado: Crianças não sabem conversar.
Não olham nos olhos de seus interlocutores. Não conseguem 6. (AOCP\Casan) De acordo com o texto, o que o excesso
focar em uma brincadeira ou atividade de cada vez (na ver- de estímulos sensoriais ocasiona nas crianças?
dade a maioria sequer sabe brincar sem a orientação de um a) Esse excesso de estímulos faz que a criança seja mais
adulto!). Não conseguem ler um livro, por menor que seja. obediente e respeite mais as regras impostas pelos
Não aceitam regras. Não sabem o que é autoridade. Pior e adultos.
b) Esse excesso de estímulos faz que a criança se pre-
principalmente: não sabem esperar.
pare para o futuro de forma mais eficiente.
Todas essas qualidades são fundamentais na construção
c) Esse excesso de estímulos faz que a criança tenha
de um ser humano íntegro, independente e pleno, e devem
mais facilidade em organizar seu pensamento e suas
ser aprendidas em casa, em suas rotinas.
atitudes.
Precisamos pausar. Parar e olhar em volta. Colocar a
d) Esse excesso de estímulos faz que a criança tenha
mão na consciência, tirá-la um pouco da carteira, do telefo-
dificuldades em organizar seu pensamento e sua
ne e do volante: estamos enlouquecendo nossas crianças, conduta.
e as estamos impedindo de entender e saber lidar com seus e) Esse excesso de estímulos faz que a criança tenha
tempos, seus desejos, suas qualidades e talentos. Estamos mais imaginação e saiba aproveitar melhor o seu
roubando o tempo precioso que nossos filhos tanto precisam tempo.
para processar a quantidade enorme de informações e estí-
mulos que nós e o mundo estamos lhes dando. 7. (AOCP\Casan) Qual é o gênero textual que mais se ade-
Calma, gente. Muita calma. Não corramos para cima da qua ao texto “Estamos Enlouquecendo Nossas Crianças!
criança com um iPad na mão a cada vez que ela reclama ou Estímulos Demais... Concentração de Menos”?
achamos que ela está sofrendo de “tédio”. Não obriguemos a a) Relatório Científico.
babá a ter um repertório mágico, que nem mesmo palhaços b) Artigo de opinião.
profissionais têm, para manter a criança entretida o tempo c) Debate.
todo. O “tédio” nada mais é que a oportunidade de estarmos d) Charge.
em contato conosco, de estimular o pensamento, a fantasia e) Carta.
e a concentração.
Sugiro que leiamos todos, pais ou não, “O Ócio Criativo” 8. (AOCP\Casan) O texto se apresenta, quase integralmen-
de Domenico di Masi, para que entendamos a importância te, na primeira pessoa do plural. Quem seria o “nós” ao
do uso consciente do nosso tempo. qual o texto se refere?
E já que resvalamos o assunto para a leitura: nossas a) Seria todas as crianças da atualidade.
crianças não lêem mais. Muitos livros infantis estão disponí- b) Seria os pais e/ou cuidadores das crianças.
veis para tablets e iPads, cuja resposta é imediata ao menor c) Seria somente os professores e/ou educadores das
estímulo e descaracteriza a principal função do livro: parar crianças.
para ler, para fazer a mente respirar, aprender a juntar uma d) Seria as pessoas que comercializam produtos in-
palavra com outra, paulatinamente formando frases e sen- fantis.
tenças, e, finalmente, concluir um raciocínio ou uma estória. e) Seria apenas crianças que usam iPads.
Cerquem suas crianças de livros e leiam com elas, por
amor. Deixem que se esparramem em almofadas e façam 9. (AOCP\Casan) Nas frases: “Vivemos tempos frenéticos”,
sua imaginação voar! “Precisamos pausar”, entre outras, podemos observar
(Fonte: http://www.saudecuriosa.com.br/estamos- qual figura de linguagem?
enlouquecendo-nos­sas-criancas-estimulos-demais- a) Silepse de pessoa.
concentracao-de-menos/) b) Perífrase.
c) Elipse.
5. (AOCP\Casan) Qual é a ideia central defendida pelo tex- d) Pleonasmo.
to “Estamos Enlouquecendo Nossas Crianças! Estímulos e) Eufemismo.
Língua Portuguesa

Demais... Concentração de Menos”?


a) O texto defende a ideia de que o iPad e a programa- Gabarito
ção infantil incessante são ótimos estímulos senso-
riais para educar as crianças na atualidade. 1. a 6. d
2. c 7. b
b) O texto defende a ideia de que as crianças da atua-
3. d 8. b
lidade precisam ocupar todo o seu tempo livre com 4. c 9. c
atividades extracurriculares, visando o sucesso no 5. c
futuro.

18 Openbook Apostilas
Márcio Wesley 16. O secretário ___________ o pedido do aluno. (deferiu
- diferiu)
SIGNIFICAÇÃO DAS PALAVRAS 17. Chegou à cidade um _____________ conferencista.
(eminente - iminente)
Emprego de Expressões, Homônimos, Parônimos, 18. O edital do concurso é _________ . Pode sair a qualquer
hora. (eminente - iminente)
Sinônimos e Antônimos
19. Aquele homem ____________ a “lei seca”. (infringiu -
Denotação consiste no sentido real, exato, dicionarizado. infligiu)
O homem tinha dez mil animais. 20. O delegado _______ -lhe uma dura pena. (infringiu -
infligiu)
Conotação consiste no sentido figurado, literário, ima- 21. A escolha do candidato ___________ os prognósticos
ginário. do partido. (retificou - ratificou)
O homem tinha dez mil cabeças de gado. 22. O comentário do professor __________ os erros do es-
tudante. (retificou - ratificou)
Homônimos são palavras com escrita igual e ou pronún- 23. A mensagem do autor ficou _________ . (subtendida -
cia igual, mas sentidos diferentes. subentendida)
A sede(ê) x a sede(é) 24. Com maior valor do dólar, os produtores podem
sessão x cessão x seção __________ mais lucros. (auferir - aferir)
25. Os técnicos do Inmetro vão ___________ a balança.
Parônimos são palavras com escrita semelhante, com (auferir - aferir)
sentidos diferentes. 26. É verdade que, __________, a inflação deixou de inco-
infringir = desobedecer modar. (em princípio - a princípio)
inflingir = aplicar, impor 27. É verdade que, __________, a reunião demorou a co-
despercebido = não foi notado meçar. (em princípio - a princípio)
desapercebido = não preparado, desprevenido 28. Todos trabalharam _________ obter reconhecimento.
(a fim de - afim)
Sinônimos são palavras diferentes com sentidos seme- 29. Priscila e Ana têm uma preocupação _______ (a fim
lhantes. de - afim)
cachorro / cão 30. Obteremos lucro apenas ___________ rigoroso controle.
cotidiano / dia a dia (através de - por meio de)

Antônimos são palavras diferentes com sentidos opostos. Gabarito


claro / escuro
alto / baixo 1. despercebido 16. deferiu
feio / bonito
2. desapercebido 17. eminente
3. vultosas 18. iminente
Exercícios 4. sessão 19. infringiu
5. seção 20. infligiu
Complete as lacunas com a palavra adequada. 6. cessão 21. ratificou
1. O fato passou _______________ . (despercebido - de- 7. secção 22. retificou
sapercebido).
8. Cassaram 23. subentendida
2. O projeto novo não era conhecido do diretor
9. mandato 24. auferir
_____________ . (despercebido - desapercebido)
10. flagrante 25. aferir
3. Os bancos transacionam somas ______________. (vul-
tuosas - vultosas) 11. discriminar 26. em princípio
4. Hoje a ________ de trabalho se encerra às quatro. (ses- 12. descriminar 27. a princípio
são - seção - cessão - secção) 13. tachado 28. a fim de
5. Encaminharemos à _______ de Normas Técnicas esse 14. taxado 29. afim
texto. (sessão - seção - cessão - secção) 15. diferiu 30. por meio de
6. O governo efetivou a _______ de auxílio-gás. (sessão -
seção - cessão - secção)
7. Foi feita uma pequena ________ para introduzir o ca- ORTOGRAFIA OFICIAL
teter. (sessão - seção - cessão - secção)
8. ________ os direitos políticos de José Orfeu. (caçaram O Alfabeto
- cassaram)
9. Ele perdeu seu ________ político. (mandado - mandato) Com a nova ortografia, o alfabeto passa a ter 26 letras.
10. O criminoso foi apanhado em _____________. (flagrante Foram reintroduzidas as letras k, w e y.
- fragrante).
11. Os surdos não conseguem ___________ música e baru- ABCDEFGHIJKLMNOPQRSTUVWXYZ
Língua Portuguesa

lho. (descriminar - discriminar).


12. É intensa a campanha para __________ o aborto. (des- As letras k, w e y, que na verdade não tinham desapare-
criminar - discriminar) cido da maioria dos dicionários da nossa língua, são usadas
13. O político foi ___________ de subversivo. (tachado - em várias situações. Por exemplo:
taxado) a) na escrita de símbolos de unidades de medida: km
14. O estacionamento não era ____________ naquele pré- (quilômetro), kg (quilograma), w (watt);
dio. (tachado - taxado) b) na escrita de palavras e nomes estrangeiros (e seus
15. O professor _________ metáfora e metonímia. (deferiu derivados): show, playboy, playground, windsurf, kung fu,
- diferiu) yin, yang, William, kaiser, Kafka, kafkiano.

Openbook Apostilas 19
Emprego das Letras • Usa-se o “s” nos substantivos cognatos (pertencentes
à mesma família de formação) de verbos em “-dir” e
• Ortho = Correta “-ender”.
Graphia = Escrita dividir – divisão
• No Português atual, segue-se o sistema ortográfico colidir – colisão
aprovado em 12 de agosto de 1943 pela Academia aludir – alusão
Brasileira de Letras. Esse sistema sofreu algumas al- rescindir – rescisão
terações em 18 de dezembro de 1971. iludir – ilusão
• A Nova Ortografia está em fase de implantação no
Brasil desde 2009. A data limite para a transição é Exercícios
31/12/2015. Portanto, em 2016, vigora a nova grafia
como forma obrigatória. 1. Assinale a alternativa em que, na frase, a palavra subli-
nhada esteja escrita incorretamente.
Emprego do “S” a) Paula saiu da sala muito pesarosa.
b) Esta água possui muita impuresa.
• O “s” intervocálico tem sempre o som de “z”: c) Faça a gentileza de sair rapidamente.
casa, mesa, acesa etc. d) A nossa amizade é muito sólida.
• O “s” em início de palavras tem sempre o som de “ss”: e) A buzina do meu carro disparou, o que faço?
sílaba, sabonete, seno etc.
2. Assinale a alternativa em que, na frase, a palavra subli-
Usa-se o “S” nhada esteja escrita incorretamente.
a) O rapaz defendeu uma tese.
• Depois de ditongos: b) O teste será realizado amanhã.
c) Comerei, mais tarde, um sanduíche misto.
Neusa, Sousa, maisena, lousa, coisa, deusa, faisão,
d) Deixe os parafusos em uma lata com querozene.
mausoléu etc.
e) A usina de açúcar fica distante da fazenda.
• Adjetivos terminados pelos sufixos “oso”, “osa” (indi-
3. O sufixo “isar” foi usado incorretamente na alternativa:
cadores de abundância):
a) É necessário bisar muitas músicas.
cheiroso, prazeroso, amoroso, ansioso etc. b) De longe, não consigo divisar as coisas.
c) É necessário pesquisar incansavelmente.
• Palavras com os sufixos “es”, “esa” e “isa” (indicadores d) É muito importante paralisar as obras, agora.
de títulos de nobreza, de origem, gentílicos ou pátrios, e) Não há erro em nenhuma alternativa.
cargo ou profissão):
duquesa, chinês, poetisa etc. 4. Há palavra estranha em um dos grupos abaixo:
a) pesaroso – previsão – empresário.
• Nas palavras em que haja “trans”: b) querosene – gasolina – música.
transigir, transação, transeunte etc. c) celsa – virose – maisena.
d) quiser – puser – hipnotisar.
• Nos substantivos não derivados de adjetivos: e) anestesia – dosagem – divisa.
marquesa (de marquês), camponesa (de camponês),
defesa (de defender). 5. Assinale a frase em que a palavra sublinhada esteja es-
crita incorretamente.
• Nos derivados dos verbos “pôr” e “querer”: a) Eu não quero acusar ninguém.
ela não quis; se quiséssemos; ela pôs o disco na estante; b) Ela é uma mulher obesa.
compus uma música; se ela quisesse; eu pus etc. c) Ela está com náusea, está grávida.
• Nos sufixos gregos “ese”, “ise”, “ose” (de aplicação d) Ao dirigir, cuidado com os transeuntes.
científica, ou erudita – culta): e) Devemos suavisar o impacto.
trombose, análise, metamorfose, virose, exegese, os-
mose etc. Gabarito
• Nos vocábulos derivados de outros primitivos que são 1. b 2. d 3. e 4. d 5. e
escritos com “s”:
análise – analisar, analisado
atrás – atrasar, atrasado Emprego do “Z”
casa – casinha, casarão, casebre
Usa-se o “z”
Porém há algumas exceções:
catequese – catequizar • Nas palavras derivadas de uma primitiva já grafada
Língua Portuguesa

síntese – sintetizar com “z”:


batismo – batizar cruz ‑ cruzamento – cruzeta – cruzeiro
juiz – juízo – ajuizado – juizado
• Nos diminutivos “inho”, “inha”, “ito”, “ita”: desliza – deslizamento – deslizante
Obs.: Se a palavra primitiva já termina com “s”, basta • Nos sufixos “ez/eza” formadores de substantivos abs-
acrescentar o sufixo de diminutivo adequado: tratos e adjetivos com o acréscimo dos sufixos citados:
pires – piresinho beleza – belo + eza
casa – casinha, casita gentileza – gentil + eza
empresa – empresinha insensatez – insensato + ez

20 Openbook Apostilas
• Nos diminutivos “inho” e “inha”: Obs.: apenas nesses casos, surgem dúvidas quanto ao


Obs. 1: Se a palavra escrita primitiva já termina com “z”, uso. Nos demais casos, usa-se o “g”.
basta acrescentar o sufixo de diminutivo adequado:
juiz – juizinho • Nas palavras derivadas de outras que já são escritas
raiz – raizinha com “g”:
xadrez – xadrezinho ágio – agiota – agiotagem
gesso – engessado – engessar
Obs. 2: Se a palavra primitiva não tiver “s” nem “z”; exigir – exigência – exigível
então se acrescenta: “zinho” ou “zinha”: afligir – afligem – afligido
sofá – sofazinho
mãe – mãezinha • Nas terminações “agem”, “igem” e “ugem”:
pé – pezinho margem, coragem, vertigem, ferrugem, fuligem,
garagem, origem etc.
Exercícios
Exceção:
1. Em todas as alternativas abaixo as palavras são grafadas pajem, lajem, lambujem.
com “z”, exceto:
a) limpeza – beleza. Note bem:
b) canalizar – utilizar. O substantivo viagem escreve-se com “g”, mas viajem
c) avizar – improvisar. (forma verbal de viajar) escreve- se com “j”:
d) catequizar – sintetizar.
e) batizar – hipnotizar. Dica:
Quando podemos escrever artigo antes (a, uma), temos
2. Complete corretamente os espaços do período a seguir o substantivo “viagem”, com “g”.
com uma das alternativas abaixo. A viagem para Búzios foi maravilhosa.
“Nossa ______ não tem ______ para terminar, disse a Quando podemos ter o sujeito e conjugar, então tere-
______.” mos o verbo, escrito com “j”:
a) amizade – praso – meretriz Que eles viajem muito bem.
b) amisade – prazo – meretris
c) amizade – prazo – meretris • Nas terminações “ágio”, “égio”, “ígio”, “ógio”, “úgio”,
d) amizade – prazo – meretriz “ege”, “oge”:
e) amisade – praso – meretriz pedágio, relógio, litígio, colégio, subterfúgio, estágio,
prodígio, egrégio, herege, doge etc.
3. Há, nas alternativas abaixo, uma palavra diferente do
grupo em relação à ortografia: • Nos verbos terminados em “ger” e “gir”:
a) avidez, beleza. corrigir, fingir, fugir, mugir etc.
b) algoz, baliza.
c) defesa, limpeza. Exercícios
d) gozado, bazar.
e) miudeza, jeitoza. 1. Todas as palavras sublinhadas nas frases abaixo são es-
critas com “g”, exceto:
4. Todas as alternativas abaixo estão corretas em relação a) Joga esta geringonça no lixo.
à ortografia, exceto: b) A geada foi muito forte na região Sul do Brasil.
a) utilizar. c) A giboia é uma serpente não venenosa.
b) grandeza. d) Guarde a tigela no armário da sala.
c) certeza. e) Pessoas cultas não falam muita gíria.
d) orgulhoza.
e) agonizar. 2. Todas as palavras das alternativas abaixo estão corretas
em relação à ortografia, exceto:
5. Complete os espaços do período abaixo com uma das a) gengiva – Sergipe – evangelho.
alternativas que se seguem de forma correta e ordenada. b) trage – ogeriza – cangica.
“Ela era ______ de ______ e ______ o trabalho com c) giz – monge – sargento.
______.” d) vagem – ogiva – tangerina.
a) incapaz – atualizar – finalizar – presteza e) gim – ogiva – sugestão.
b) incapás – atualisar – finalisar – prestesa
c) incapas – atualizar – finalizar – presteza
3. Todas as palavras das alternativas abaixo estão incorretas
d) incapaz – atualisar – finalisar – presteza
em relação à ortografia, exceto:
e) incapaz – atualizar – finalizar – prestesa
a) ultrage – lage – berinjela.
b) cangerê – cafageste – magé.
Gabarito c) refúgio – estágio – ferrugem.
Língua Portuguesa

d) geca – girau ‑cangica.


1. c 2. d 3. e 4. d 5. a
4. Todas as alternativas abaixo estão corretas em relação
à ortografia, exceto:
Emprego do “G” a) fuselagem.
b) aflige.
• Nas palavras que representam o mesmo som de “j” c) angina.
quando for empregada antes das vogais “e” e “i”: d) grangear.
gente, girafa, urgente, gengiva, gelo, gengibre, giz etc. e) fuligem.

Openbook Apostilas 21
5. Todas as palavras das alternativas abaixo são grafadas 4. Assinale a alternativa correta em relação à ortografia.
com “g”, exceto: a) Jertrudes.
a) ceregeira. b) jestão.
b) cingir. c) jerimum.
c) contágio. d) jesso.
d) algema. e) jerminar.
e) página.
5. Assinale a alternativa incorreta em relação à ortografia.
Gabarito a) jereré.
b) jeropiga.
c) jenipapo.
1. c 2. b 3. c 4. d 5. a d) jequitibá.
e) jervão.
Emprego do “J”
Gabarito
Usa-se o “j”:
1. d 2. c 3. d 4. c 5. e
• Nos vocábulos de origem tupi:
maracujá, caju, jenipapo, pajé, jerimum, Ubirajara etc.
Emprego do “ch”
Exceção: O “ch” provém da evolução de grupos consonantais la-
Mogi das cruzes, Mogi-guaçu, Mogi-mirim, Sergipe. tinos:
CI ‑ clave / Ch – Chave
• Nas palavras cuja origem latina assim o exijam: FI – Flagrae / Ch – Cheirar
majestade, jeito, hoje, Jesus etc. PI – Plenu / Ch – Cheio
PI – Planu / Ch – Chão.
• Nas palavras de origem árabe:
alforje, alfanje, berinjela. • Na palavra derivada de outra que já vem escrita com
“ch”:
• Nas palavras derivadas de outras já escritas com “j”: charco / encharcar, encharcado
gorja – gorjeio, gorjeta, gorjear chafurda / enchafurdar
laranja – laranjinha, laranjeira, laranjeirinha chocalho / enchocalhar
loja – lojinha, lojista chouriço / enchouriçar
granja – granjear, granjinha, granjeiro chumaço / enchumaçar
• Nas palavras de uso um tanto e quanto discutíveis: cheio / encher, enchimento
manjerona, jerico, jia, jumbo etc. enchova / enchovinha

• A terminação “aje” é sempre com “j”: • Nas palavras após “re”:


ultraje, laje etc. brecha, trecho, brechó

Exercícios • Nas palavras aportuguesadas, oriundas de outros idio-


mas:
1. Assinale a alternativa incorreta em relação à ortografia. salsicha / do itálico “salsíccia”
a) pajem. sanduíche / do inglês “sandwich”
chapéu / do francês “chapei”
b) varejo.
chope / do francês “chope” e do alemão “Schoppen”
c) gorjeta.
d) ajiota.
• O “ch” provém, também, da formação do dígrafo “ch”
e) rijeza. latino que se originou da evolução ao longo dos tempos:
cheirar, cheio, chão, chaleira etc.
2. Assinale a alternativa correta em relação à ortografia.
a) refújio.
b) estájio.
Exercícios
c) rijeza. 1. Todas as palavras das alternativas abaixo estão correta-
d) pedájio. mente grafadas, exceto:
e) ferrujem. a) enchumaçar.
b) cachumba.
3. Observe as frases que se seguem: c) chave.
I – Minha coragem é algo incontestável. d) brecha.
Língua Portuguesa

II – O jiló é um fruto amargo, mas delicioso. e) galocha.


III – A giboia é uma serpente brasileira.
Agora, responda, em relação à ortografia das palavras 2. Todas as palavras abaixo estão incorretamente grafadas,
sublinhadas. exceto:
a) Todas estão corretas. a) faicha.
b) Somente a III está correta. b) fachina.
c) Todas estão incorretas. c) repuchão.
d) Somente a III está incorreta. d) chuteira.
e) Somente a I está correta. e) relachado.

22 Openbook Apostilas
3. Assinale a alternativa incorreta em relação à ortografia. • Emprega-se o “x” após ditongos:
a) chilindró. ameixa, caixa, peixe, feixe, frouxo, deixar, baixa, rou-
b) estrebuchar. xinol etc.
c) facho.
d) chafurdar. Exceções:
e) chamego. caucho, cauchal, caucheiro, recauchutar, recauchuta-
gem etc.
4. Assinale a afirmação incorreta.
a) A palavra “boliche” está corretamente grafada. • Emprega-se “ex” quando seguido de vogal:
b) A palavra “rocho” está corretamente grafada. exame, exército, exato etc.
c) A palavra “mecha” está corretamente grafada.
d) A palavra “richa” está incorretamente grafada. • Emprega-se “ex” quando se segue:
e) A palavra “chereta” está incorretamente grafada. PLI – exPLIcar
CI – exCItante
5. Assinale a alternativa correta. CE – exCElência
a) tachinha (prego). PLO – exPLOrar
b) chilindró.
c) cocho (manco). Exercícios
d) muchocho.
e) muchiba. 1. Assinale a alternativa incorreta.
a) enxada.
Gabarito b) enxaqueca.
c) enxova.
1. b 2. d 3. a 4. b 5. a d) enxofre.
e) enxertar.
Emprego do “X” 2. Assinale a alternativa correta.
a) enxarcar.
• O “x” representa cinco fonemas tradicionais: b) enxocalhar.
– “s” em final de sílabas seguido de consoante: c) enxouriçar.
extático, externo, experiência, contexto etc. d) enxurrada.
e) enxumaçar.
– “z” em palavras com prefixo “ex”, seguido de vogal:
exame, exultar, exequível etc. 3. Assinale a alternativa incorreta em relação ao uso do
“X”:
– “ss” como “ss” intervocálico: a) cambaxirra.
trouxe, próximo, sintaxe etc. b) flexar.
c) taxar (preço).
– “ch” no início ou no interior de algumas palavras: d) explicar.
xícara, xarope, luxo, ameixa etc.
4. Todas as palavras abaixo estão corretas em relação ao
– “cs” no meio ou no fim de algumas palavras: uso do “X”, exceto:
fixo, tórax, conexão, tóxico etc. a) enxerto.
b) sintaxe.
Obs.: c) textual.
Quando no final de sílabas o “x” não for precedido da d) síxtole.
vogal “a”, deve-se empregar o “s” em vez de “x”:
misto, justaposição etc.
5. Complete as lacunas das palavras, com uma das alter-
• Em vocábulos de origem árabe e castelhana:
nativas que se segue:
xadrez, oxalá, enxaqueca, enxadrista etc.
e__pontâneo; e__terior; e__perto; e__cessivo.
a) x – s – x – s
• Em palavras de formação popular, africana ou indígena:
b) s – x – s – x
xepa, xereta, xingar, abacaxi, caxumba, muxoxo, xa-
c) s – s – x – x
vante, xiquexique, xodó etc.
d) x – x – s – s
• Geralmente é usado após a sílaba inicial “en”, em pa-
lavras primitivas: Gabarito
enxada, enxergar, enxaqueca, enxó, enxadrezar, enxam-
brar, enxertar, enxoval, enxovalhar, enxurrada, enxofre, 1. c 2. d 3. b 4. d 5. b
enxovia, enxuto etc.
Língua Portuguesa

Exceções:
encher, derivada de cheio Uso do “E”
anchova ou enchova e seus derivados etc.
• Nos verbos terminados em “uar”, “oar”, nas formas do
Obs.: presente do subjuntivo:
Se a palavra é derivada, dependerá da grafia da primitiva. continuar – continue – continues
charco – encharcar; chocalho – enchocalhar efetuar – efetue – efetues
chafurda – enchafurdar; chouriço – enchouriçar habituar – habitue – habitues
chumaço – enchumaçar (estofar) etc. averigue – averigues

Openbook Apostilas 23
perdoar – perdoe – perdoes Pode-se recorrer ao artifício da comparação com palavras
abençoar – abençoe – abençoes da mesma família:
abolir – abolição
• Palavras formadas com o prefixo “ante”: tábua – tabular
antecipar, anterior, antevéspera comprimento – comprido
cumprimento – cumprimentar
Uso do “I”. explodir – explosão

• Nos verbos terminados em “uir” nas segunda e tercei- Exercícios


ra pessoas do singular do presente do indicativo e a
segunda pessoa do singular do imperativo afirmativo: 1. Todas as palavras das alternativas abaixo estão corretas
constituir – constitui – constituis em relação à grafia, exceto:
possuir – possui – possuís a) nódoa.
influir – influi – influis b) óbolo.
fluir – flui – fluis c) poleiro.
diminuir ‑diminui – diminuis d) pulir.
instituir – institui – instituis
2. Todas as palavras das alternativas abaixo estão corretas
Exercícios em relação à grafia, exceto:
a) capueira. 
b) embolo.
1. Assinale a alternativa incorreta em relação ao uso do c) focinho.
“e” e do “i”: d) goela.
a) destilar.
b) cumeeira. 3. Em relação às seguintes palavras:
c) quase. I – muleque;
d) cadiado. II – mulambo;
III – buate,
2. Assinale a alternativa correta em relação ao uso do “e”
e do “i”: podemos afirmar:
a) criolina. a) todas estão corretas.
b) cemitério. b) somente a I e II estão corretas.
c) palitó. c) somente a I e III estão corretas.
d) orquídia. d) todas estão incorretas.

3. Todas as alternativas abaixo estão corretas em relação 4. Em relação às seguintes palavras:


ao uso do “e” e do “i”, exceto: I – bueiro;
a) seringa. II – manoel;
b) seriema. III – jaboticaba
c) umedecer.
d) desinteria. podemos afirmar como verdadeiro:
a) somente a II e III estão incorretas.
4. Todas as alternativas abaixo estão incorretas em relação b) somente a II e III estão corretas.
ao uso do “e” e do “i”, exceto: c) somente a I está correta.
a) crâneo. d) todas estão corretas.
b) meretíssimo. e) somente II está incorreta.
c) previlégio.
d) Filipe. 5. Assinale a alternativa de palavra incorretamente grafada.
a) custume.
5. Quanto às palavras b) tribo.
I – impigem; c) romênia.
II – terebentina; d) buliçoso.
III – pinicilina.
Gabarito
podemos afirmar:
a) somente a I está correta. 1. d 2. a 3. d 4. e 5. a
b) somente a II está correta.
c) todas estão incorretas.
d) todas estão corretas. Algumas Dificuldades Gramaticais
Língua Portuguesa

Gabarito Notações sobre o uso de “mal” e “mau”:

1. d 2. b 3. d 4. d 5. a • Usa-se “mal” nos seguintes casos:

Como substantivo (opõe-se a “bem”)


Uso do “O” e do “U” Assim varia de número (males) e, geralmente, vem
precedido de artigo:
A letra “o” átono pode soar como “u”, acarretando he- “O chato da bebida não é o mal que ela nos pode trazer,
sitação na grafia. são os bêbados que ela nos traz.” (Leon Eliachar)

24 Openbook Apostilas
“Para se trilhar o caminho do mal, é indispensável não otações sobre o uso de “mas”, “más” e “mais”

N
se importar com o constrangimento.” (Fraga)
• Mas
Como advérbio (opõe-se a “bem”) É conjunção adversativa (dá ideia de oposição, retifi-
Nesse caso, modifica o verbo, o adjetivo e o próprio cação):
advérbio: “Sinto muito, doutor, mas não sinto nada”. (Aldu)
“Andam mal os versos de pé quebrado.” (Jaab) “O dinheiro não traz felicidade, mas acalma os nervos”.
“Varam o espaço foguetes mal intencionados.” (Cecília (Aldu)
Meireles)
“Mendicância vai muito mal: falta de verba.” (Sylvio • Más
Abreu) Plural feminino de “MAU”
“Não tinha más qualidades, ou se as tinha, eram de
Como conjunção pouca monta”. (Machado de Assis)
Equivale a quando, assim que, apenas: “Não há coisas, na vida, inteiramente más”. (Mário
“Mal o Flamengo entrou em campo, foi delirantemente Quintana)
aplaudido”.
• Mais
“Mal colocou o papel na máquina, o menino começou
Advérbio de intensidade
a empurrar a cadeira pela sala, fazendo um barulho
“As fantasias mais usadas no carnaval são: homem
infernal”. (Fernando Sabino) vestido de mulher e mulher vestida de homem”. (Leon
Eliachar)
• Usa-se “mau” nos seguintes casos Ele nunca está satisfeito. Sempre quer mais do que
recebe.
Como adjetivo (opõe-se a bom) Notações sobre o uso do porquê (e variações)
Modifica o substantivo a que se relaciona:
“Um bom romance nos diz a verdade sobre o seu herói, • Porque – Conjunção causal ou explicativa:
mas um mau romance nos diz a verdade sobre seu “Vende-se um segredo de cofre a quem conseguir abrir
autor”. (Chesterton Apud Josué Montello) o cofre, porque o dono não consegue”. (Leon Eliachar)
“Quando a previsão diz tempo bom, isso é mau.” (Leon “Os macróbios são macróbios porque não acreditam
Eliachar) em micróbios”. (Mário Quintana)

Como substantivo • Por que – Nas interrogações


Normalmente vem precedido de artigo: “ – Diga-se cá, por que foi que você não apareceu mais
“Por que não prender os maus para vivermos tranqui- lá em casa?” (Graciliano Ramos) (Interrogativa direta)
los?” “Não sei por que você foi embora”. (Interrogação indi-
“O Belo e o Feio... O Bom e o Mau... Dor e Prazer”. reta)
(Mário Quintana) Como pronome relativo, equivalente a o qual, a qual,
“... só que viera a pé e foi-se sentado, cansado talvez os quais, as quais.
de cavalgar por montes e vales do Oeste, e de tantas “Não sei a razão por que me ofenderam”.
lutas contra os maus”. (CDA) “Contavam fatos da vida, incidentes perigosos por que
tinham passado”. (José Lins do Rego)
Notações sobre o uso de “a”, “há” e “ah”
• Por quê – No final da frase.
• Usa-se “há” “Mas por quê? Por quê? Por amor? (Eça de Queiroz)
Com referência a tempo passado: “Sou a que chora sem saber por quê”. (Florbela Espanca)
“Estou muito doente. Há dez anos venho sofrendo de
mal súbito”. (Aldu) • Porquê
“Isso aconteceu há quatro ou cinco anos”. (Rubem Braga) É substantivo e, então, varia em número; normalmen-
te, o artigo o precede:
Quando é formado do verbo haver:
“Eu sem você não tenho porquê”. (Vinícius de Morais)
“Já não há mais tempo. O futuro chegou”.
“Só mesmo Deus é quem sabe o porquê de certas von-
“O garçom era atencioso, você sabia que há garçons
tades femininas, se é que consegue saber.” (CDA)
atenciosos?” (CDA)
Notações sobre o uso de “quê” e “’que”
• Usa-se “a”
Com referência a tempo futuro: • Quê
“... mas daí a pouco tinha a explicação”. (Machado de Como interjeição exclamativa (seguida de ponto de
Assis) exclamação):
“Fui casado, disse ele, depois de algum tempo, daqui
Língua Portuguesa

“Quê! Você ainda não tomou banho?”


a três meses posso dizer outra vez: sou casado”. (Ma-
chado de Assis) No final de frases:
Zombaria de todos, mesmo sem saber de quê.
• Usa-se “ah” “Medo de quê?” (José Lins do Reco)
Como interjeição enfatizante: Como substantivo
“Ah, ia-se me esquecendo: um escritório funcional deve “Um quê misterioso aqui me fala.” (Gonçalves Dias)
ter também uma secretária funcional”. (Leon Eliachar) “A arte de escrever é, por essência, irreverente e tem
“Ah! Disse o velho com indiferença”. (Machado de Assis) sempre um quê de proibido...” (Mário Quintana)

Openbook Apostilas 25
• Que otações sobre “afim” e “a fim de”

N
Em outros casos usa-se a forma sem acento:
“Da igreja – exclamou. Que horror.” (Eça de Queiroz) • Afim
“E que sonho mau eu tive.” (Humberto de Campos) Adjetivo com o sentido de parente, próximo:
“... era meu parente afim, [...] interrogou-nos de cara
Notações sobre o uso de “onde”, “aonde” e “donde” amarrada e mandou-nos embora.” (CDA)
Naquele grupo todos eram afins; por isso brigavam
• Onde tanto.
É estático. Usa-se com os verbos chamados de repouso,
situação, fixação, como o verbo “ser” e suas modali- • A fim
dades (estar – permanecer) e outros (ficar, estacionar Locução prepositiva; dá ideia de finalidade; equivale
etc.); corresponde a “lugar em que” (ubi, em latim): a “para”:
“Onde foi inventado o feijão com arroz? (Clarice Lis- Viajou a fim de se esconder.
pector) “Metade da massa ralada vai para a rede da goma, a fim
“Vende-se uma bússola enguiçada. Infelizmente não de se lhe tirar o excesso de amido”. (Raquel de Queiroz)
sei onde estou, senão não venderia a bússola”. (Leon
Eliachar) Notações sobre o uso de “a par” e “ao par”

• Aonde • A par
É dinâmico. Usa-se com os verbos chamados de mo- Tem o significado de conhecer, saber, tomar conheci-
vimento, como ir, andar, caminhar etc.; corresponde mento:
a lugar em que (quo, em latim): Estamos a par da evolução técnica.
“Tal prática era possível na cidade, aonde ainda não • Ao par
haviam chegado os automóveis.” (Manuel Bandeira) Tem o significado de igual, equilibrado, paralelo:
“Se chegares sempre aonde quiseres, ganharás”. (Paulo O câmbio está ao par.
Mendes Campos)
Exercícios
• Donde
Equivale a “de onde” e apresenta ideia de afastamento; 1. Preencha as lacunas com “mal”, “mau”, “má”:
corresponde a lugar do qual (unde, em latim): a) Foi um _______ resultado para a equipe.
“Tomás estava, mas encerrara-se no quarto, donde só b) Foi um ______ irrecuperável.
saíra...” (Machado de Assis) c) Não me interprete _____ quando lhe digo _____ que
“Às vezes se atiram a distantes excursões donde regres- responderá pelo que fez a esta criança.
sas com uma enorme lava.” (Manoel Bandeira) d) ______ entrou no campo, deu um _______ jeito no
pé, devido à _______ condição do gramado.
Notações sobre o uso de “senão” e “se não” e) Uma redação _______ escrita pode ser, apenas, o
resultado de uma _______ organização de ideias.
• Senão f) Ele organizou ______ o texto.
Conjunção adversativa com o sentido de “em caso g) Sua _______ redação foi um negócio ________ para
contrário”, “de outra forma”: ela.
“Cala a boca, mulher, senão aparece polícia”. (Raquel h) Este menino é _______ porque sempre aprendeu a
de Queiroz) praticar o _______.
Com o sentido de “mas sim” e com o sentido de “a não i) Se não tivesse recebido ______ exemplos, evitaria os
ser”: ______ que tem causado.
“Ele, a quem eu nada podia dar senão minha sincerida- j) Há pessoas que têm o _____ costume de fazer ______
de, ele passou a ser uma acusação de minha pobreza”. juízo dos outros, ______ os conhecem.
(Clarice Lispector)
2. Preencha as lacunas com porque, por que, porquê, por
Quando substantivo com o sentido de “falha”, “defei- quê, ou quê:
to”, “imperfeição”. Admite, então, flexão de número: a) Você não disse _________ veio, ontem, à festa.
“Esfregam as mãos, têm júbilos de solteiras histéricas, dão b) Não sei ________ você não veio, ontem, à festa.
pulinhos, apenas porque encontram senões miúdos nas c) Você sabe se José não veio à aula hoje, ________ não
páginas que não saberiam compor”. (Josué Montello) chegou ainda do passeio de final de semana?
d) Todos temos direitos inalienáveis, ________ somos
• Se não pessoas humanas.
Quando conjunção condicional “se”: e) _________ se questiona tanto o progresso e se ques-
‘’Se não fosse Van Gogh, o que seria do amarelo?” tionam pouco os responsáveis pela ampliação desu-
Língua Portuguesa

(Mário Quintana) mana da técnica? ___________?


f) Os caminhos __________ temos andado, os valores
Quando advérbio de negação “Não” _________ temos lutado, podem não ser os mais
“Os ex-seminaristas, como os ex-padres, permanecem certos, porém são aqueles em que acreditamos.
ligados indissoluvelmente à Igreja. Se não, pela fé – g) Há um _______ misterioso em tudo isso.
pelo rito”. (Josué Montello) h) Não consigo perceber o _________ de tudo isso, mas
‘’Se não fosse Van Gogh, o que seria do amarelo?” as razões ________ não consigo perceber tudo isso
(Mário Quintana) já estão bem identificadas.

26 Openbook Apostilas
Gabarito Velha Regra Nova Regra
auto-análise autoanálise
1. a) mau 2. a) por que auto-afirmação autoafirmação
b) mal b) por que auto-adesivo autoadesivo
c) mal, mal c) porque
auto-estrada autoestrada
d) Mal, mau, má d) porque
e) mal, má e) Por que, Por quê auto-escola autoescola
f) mal f) por que, por que auto-imune autoimune
g) má, mau g) porquê extra-estatutário extraestatutário
h) mau, mal h) porquê, por que extra-escolar extraescolar
i) maus, males extra-estatal extraestatal
j) mau, mau, mal extra-ocular extraocular
extra-oficial extraoficial
Emprego do Hífen extraordinário* extraordinário
extra-urbano extraurbano
(Conforme a Nova Ortografia)
extra-uterino extrauterino
a) Não será usado hífen quando o prefixo termina em infra-escapular infraescapular
vogal e o segundo elemento começa com r ou s. Essas letras infra-escrito infraescrito
serão duplicadas. Observe as regras no quadro abaixo. infra-específico infraespecífico
infra-estrutura infraestrutura
Velha Regra Nova Regra infra-ordem infraordem
ante-sala antessala intra-epidérmico intraepidérmico
anti-reumatismo antirreumatismo intra-estelar intraestelar
intra-orgânico intraorgânico
auto-recuo autorrecuo
contra-senso contrassenso intra-ósseo intraósseo
extra-rigoroso extrarrigoroso neo-academicismo neoacademicismo
infra-solo infrassolo neo-aristotélico neoaristotélico
neo-aramaico neoaramaico
ultra-rede ultrarrede neo-escolástica neoescolástico
ultra-sentimental ultrassentimental neo-escocês neoescocês
semi-sótão semissótão neo-estalinismo neoestalinismo
supra-renal suprarrenal neo-idealismo neoidealismo
supra-sigiloso suprassigiloso neo-imperialismo neoimperialismo
semi-erudito semierudito
Os prefixos hiper-, inter- e super- se ligam com hífen a supra-ocular supraocular
elementos iniciados por r.
* Observe que a palavra extraordinário já era escrita sem hífen antes
hiper-risonho, hiper-realidade, hiper-rústico, hiper-regu- do novo acordo.
lagem, inter-regional, inter-relação, inter-racial, super-
-ramificado, super-risco, super-revista.
d) Não se usa mais o hífen em palavras compostas por
justaposição, quando se perde a noção de composição e
b) Passa a ser usado o hífen, agora, quando o prefixo
surge um vocábulo autônomo. Observe o quadro:
termina com a mesma vogal que inicia o segundo elemento.
Lembremos que, nas regras anteriores ao acordo ortográfico,
os prefixos abaixo eram grafados sem hífen diante de vogal. Velha Regra Nova Regra
Observe o quadro: manda-chuva mandachuva
pára-quedas paraquedas
Velha Regra Nova Regra pára-lama, pára-brisa paralama, parabrisa
antiinflacionário anti-inflacionário pára-choque parachoque
antiictérico anti-ictérico
antiinflamatório anti-inflamatório Devemos observar que continuam com hífen: ano-luz,
arquiinimigo arqui-inimigo arco-íris, decreto-lei, és-sueste, médico-cirurgião, tio-avô,
arquiinteligente arqui-inteligente mato-grossense, norte-americano, sul-africano, afro-luso-
microondas micro-ondas -brasileiro, primeiro-sargento, segunda-feira, guarda-chuva.
microônibus micro-ônibus
microorganismo micro-organismo e) Fica sendo regra geral o hífen antes de h:
anti-higiênico, circum-hospitalar, co-herdeiro, contra-
Exceção: -harmônico, extra-humano, pré-histórico, sub-hepático,
Não se usa hífen com o prefixo co-, mesmo que o segundo super-homem.
Língua Portuguesa

elemento comece com a vogal o:


coordenação, cooperação, coocorrência, coocupante, O que não muda no hífen
coonestar, coobrigar, coobrar.
Continua-se a usar hífen nos seguintes casos:
c) Não será mais usado quando o prefixo termina em • Em palavras compostas que constituem unidade sin-
vogal diferente da que inicia o segundo elemento. Lem- tagmática e semântica e nas que designam espécies:
bremos que, nas regras anteriores ao acordo ortográfico, os ano-luz, azul-escuro, conta-gotas, guarda-chuva,
prefixos abaixo eram sempre grafados com hífen antes de segunda-feira, tenente-coronel, beija-flor, couve-flor,
vogal. Observe o quadro: erva-doce, mal-me-quer, bem-te-vi.

Openbook Apostilas 27
• Com os prefixos ex-, sota-, soto-, vice-, vizo-: 3. Assinale a alternativa errada quanto ao emprego do hífen:
ex-mulher, sota-piloto, soto-mestre, vice-campeão, a) O semi-analfabeto desenhou um semicírculo.
vizo-rei. b) O meia-direita fez um gol sem-pulo na semifinal do
• Com prefixos circum- e pan- se o segundo elemento campeonato.
começa por vogal h e m ou n: c) Era um sem-vergonha, pois andava seminu.
circum-adjacência, pan-americano, pan-histórico. d) O recém-chegado veio de além-mar.
• Com prefixos tônicos acentuados pré-, pró- e pós- se e) O vice-reitor está em estado pós-operatório.
o segundo elemento tem vida à parte na língua:
pré-bizantino, pró-romano, pós-graduação. 4. Em qual alternativa ocorre erro quanto ao emprego do
• Com sufixos de base tupi-guarani que representam for- hífen?
mas adjetivas: -açu, -guaçu, e -mirim, se o primeiro a) Foi iniciada a campanha pró-leite.
elemento acaba em vogal acentuada ou a pronúncia b) O ex-aluno fez a sua autodefesa.
exige a distinção gráfica entre ambos: c) O contra-regra comeu um contrafilé.
amoré-guaçu, manacá-açu, jacaré-açu, paraná-mirim.
d) Sua autobiografia é um verdadeiro contrassenso.
• Com topônimos iniciados por grão- e grã- e forma ver-
e) O meia-direita deu início ao contra-ataque.
bal ou elementos com artigo:
Grã-Bretanha, Santa Rita do Passa-Quatro, Baía de
Todos-os-Santos, Trás-os-Montes etc. 5. Uma das alternativas abaixo apresenta incorreção quan-
• Com os advérbios mal e bem quando formam uma to ao emprego do hífen.
unidade sintagmática com significado e o segundo a) O pseudo-hermafrodita não tinha infraestrutura para
elemento começa por vogal ou h: assumir um relacionamento extraconjugal.
bem-aventurado, bem-estar, bem-humorado, mal- b) Era extra-oficial a notícia da vinda de um extraterreno.
-estar, mal-humorado. c) Ele estudou línguas neolatinas nas colônias ultrama-
Obs.: Os compostos com o advérbio bem se escrevem rinas.
sem hífen quando tal prefixo é seguido por elemento d) O antissemita tomou antibiótico e vacina antirrábica.
iniciado por consoante: e) Era um suboficial de uma superpotência.
bem-nascido, bem-criado, bem-visto (ao contrário de
“malnascido”, “malcriado” e “malvisto”). 6. Assinale a alternativa errada quanto ao emprego do
• Nos compostos com os elementos além, aquém, recém hífen.
e sem: a) Pelo interfone ele me comunicou bem-humorado que
além-mar, além-fronteiras, aquém-oceano, recém- estava fazendo uma superalimentação.
-casados, sem-número, sem-teto. b) Nas circunvizinhanças há uma casa mal-assombrada.
c) Depois de comer a sobrecoxa, tomou um antiácido.
Hífen em locuções d) Nossos antepassados realizaram vários anteprojetos.
e) O autodidata fez uma auto-análise.
Não se usa hífen nas locuções (substantivas, adjetivas,
pronominais, verbais, adverbiais, prepositivas ou conjunti- 7. Fez um esforço ______ para vencer o campeonato
vas), como em:  cão de guarda, fim de semana, café com leite, _________.
pão de mel, pão com manteiga, sala de jantar, cor de vinho, a) sobre-humano – inter-regional
à vontade, abaixo de, acerca de, a fim de que. b) sobrehumano – interregional
São exceções algumas locuções consagradas pelo uso. É c) sobreumano – interregional
o caso de expressões como: água-de-colônia, arco-da-velha, d) sobrehumano – inter-regional
cor-de-rosa, mais-que-perfeito, pé-de-meia, ao-deus-dará, à e) sobre-humano – inter-regional
queima-roupa.
8. Usa-se hífen nos vocábulos formados por sufixos que re-
Exercícios presentam formas adjetivas, como açu, guaçu, e mirim.
Com base nisso, marque as formas corretas.
Responda conforme as novas regras da ortografia. a) capim-açu. c) paraguaçu.
b) anajá-mirim. d) para-guaçu.
1. Nas frases que seguem, indique a única que apresente a
expressão incorreta, levando em conta o emprego do hífen. 9. Marque as formas corretas.
a) Aqueles frágeis recém-nascidos bebiam o ar com
a) autoescola. f) extraordinário.
aflição.
b) contra-mestre. g) proto-plasma.
b) Nunca mais hei-de dizer os meus segredos.
c) Era tão sem ternura aquele afago, que ele saiu mal- c) contra-regra. h) intra-ocular.
-humorado. d) infraestrutura. i) neo-republicano.
d) Havia uma super-relação entre aquela região deserta e) semisselvagem. j) ultrarrápido.
e esta cidade enorme.
e) Este silêncio imperturbável, amá-lo-emos como uma 10. Marque, então, as formas corretas.
alegria que não deixa de ser triste. a) supra-renal. d) supra-enumerado.
Língua Portuguesa

b) supra-sensível. e) suprafrontal.
2. Suponha que você tenha que agregar o prefixo sub- às c) supracitado. f) supra-ocular.
palavras que aparecem nas alternativas a seguir. Assinale
aquela que tem que ser escrita com hífen. Gabarito
a) (sub) chefe.
b) (sub) entender. 1. b 4. c 7. a 10. c, e
c) (sub) desenvolvido. 2. d 5. b 8. a, b, c
d) (sub) reptício. 3. a 6. e 9. a, d, e, f, j
e) (sub) liminar.

28 Openbook Apostilas
ACENTUAÇÃO GRÁFICA Os nomes das notas musicais são monossílabos tôni-
cos: dó, ré, mi, fá, sol, lá, si. Apesar de serem todos tônicos,
Regras Básicas acentuam-se apenas: dó, ré, fá, lá.

Importante! Dica:
A nova ortografia não mudará estas regras básicas de O sistema de acentuação da Língua Portuguesa se baseia
acentuação. nas terminações a(s), e(s), o(s), em, ens.
Memorize!
As paroxítonas terão acento quando a terminação for
Posição da diferente de a(s), e(s), o(s), em, ens.
Terminação Exemplos
sílaba tônica
Proparoxítonas todas lúcido, anátema, arsê- Obs. 2:
nico, paralelepípedo. O sinal til (~) não é acento. É apenas o sinal para indicar
Monossílabas a(s), e(s), o(s) lá, ré, pó, pás, mês, vogal com som nasal. Portanto: rã (monossílaba tônica sem
tônicas cós. acento), sã (feminino de são = saudável), irmã (oxítona sem
acento), ímã (paroxítona com acento agudo e final ã).
Oxítonas a(s), e(s), o(s), crachá, Irecê, trenó,
em, ens ananás, Urupês, re- Obs. 3:
trós, armazém, para- O único caso de palavra com dois acentos no Português
béns. é verbo no futuro com pronome mesoclítico:
Paroxítonas r, n, l, x, ditongo, fêmur, próton, fácil, Cantará o hino → Cantará + o → Cantar + o + á → Cantá-lo-á.
ps, i, is, us, um, látex, colégio, pônei, Note acima a forma verbal oxítona em “cantará” e em
uns, ão(s), ã(s). bíceps, júri, lápis, bô- “cantá”.
nus, álbum, fóruns,
acórdão, ímã, órfãs. Regras Especiais
Obs. 1: As regras especiais resolvem casos que as regras básicas
Monossílabo tônico é a palavra (sílaba) com sentido pró- não resolvem.
prio. Continua com seu sentido mesmo que fora da frase. Atenção!
Geralmente, verbos, advérbios, substantivos e adjetivos. Estas regras mudam com a nova ortografia.
Quando não possui sentido, o monossílabo é átono.
Tenho dó do menino. Dica:
dó: monossílaba tônica Só muda na penúltima sílaba da palavra.
do: monossílaba átona (de + o) Lembrete: a pronúncia não se altera.

Velha Ortografia Nova Ortografia


Acentuavam-se os ditongos abertos tônicos: éi, ói, éu: Nos ditongos abertos tônicos ei, oi perdeu-se o acento na
idéia, asteróide, jóia, factóide, platéia, colméia, esquizóide, penúltima sílaba:
Eritréia, fiéis, corrói, chapéu. ideia, asteroide, joia, factoie, plateia, colmeia, esquizoide,
Eritreia.
Note que a regra básica das paroxítonas não acentuaria:
ideia, asteroide, plateia, colmeia, esquizoide, Eritreia. Cuidado!
Continuam acentuados éi e ói de oxítonas e monossílabas
tônicas de timbre aberto:
corrói, dói, fiéis, papéis, faróis, anéis, anzóis.

Note que é a sílaba final. Não muda, continua acentuada.


Lembre-se: Só muda na penúltima sílaba da palavra.

Também se conserva o acento do ditongo de timbre aberto


éu:
céu, véu, chapéu, escarcéu, ilhéu, tabaréu, mausoléu.
Note que é a sílaba final. Não muda.

Atenção!
Na palavra “dêitico” temos proparoxítona. O acento deve-se
à regra das proparoxítonas. Continua acentuado.
Língua Portuguesa

Velha Ortografia Nova Ortografia


Acentuavam-se a penúltima sílaba das terminações ee e oo. Perdeu-se o acento na penúltima sílaba das terminações ee
Verbos crer, dar, ler, ver e seus derivados: e oo.
Eles crêem, eles dêem, eles lêem, eles vêem. Eles descrêem, Verbos crer, dar, ler, ver e seus derivados:
eles relêem, eles prevêem. Eles creem, eles deem, eles leem, eles veem. Eles descreem,
Lembrete: são verbos do credelever. eles releem, eles preveem.
Lembrete: são verbos do credelever.

Openbook Apostilas 29
Velha Ortografia Nova Ortografia
Verbos com final -oar, -oer: Verbos com final -oar, -oer:
perdoar: perdôo, perdoar: perdoo,
voar: vôo, voar: voo,
moer: môo, moer: moo,
roer: rôo. roer: roo.

Note que o acento é na penúltima sílaba. São paroxítonas.


A regra básica não acentuaria essas palavras.

Velha Ortografia Nova Ortografia


Acentuavam-se í e ú na 2ª vogal diferente do hiato, tônico, Perdem o acento o i e o u tônicos na penúltima sílaba, se
sozinho na sílaba ou com s, não seguido de nh: precedidos de ditongo.
caído, país, miúdo, baús, ruim (com m não acentuamos), sair, Lembre-se: só muda na penúltima sílaba:
Saul, tainha, moinho, xiita, Piauí (Pi-au-í), tuiuiú (tui-ui-ú). sau-í-pe (velha) → sau-i-pe (nova regra)
bo-cai-ú-va (velha) → bo-cai-u-va (nova regra)
Outros na nova regra:
bai-u-ca, fei-u-ra.
Cuidado!
Em friíssimo e seriíssimo temos proparoxítonas. É outra re- Note que o acento dessas palavras desaparece da penúltima
gra. Não é a regra do hiato com i ou u. sílaba após ditongo.
Atenção:
Em Pi-au-í e tui-ui-ú, o acento está na sílaba final. Não muda
nada.

Cuidado!
Em fri-ís-si-mo, se-ri-ís-si-mo, pe-rí-o-do continuamos tendo
proparoxítonas acentuadas. Não é a regra do hiato com i ou u.

Velha Ortografia Nova Ortografia


Trema ( ¨ ) O trema está extinto das palavras portuguesas e aportu-
Era usado sobre a semivogal u antecedida de g ou q, e se- guesamentos. Lembre que a pronúncia continua a mesma.
guida de e ou i: O acordo é só ortográfico.
seqüela, tranqüilo, agüenta, argüir, argüir, delinqüir, tran-
qüilo, cinqüenta, agüentar, pingüim, seqüestro, qüinqüênio. Porém, é mantido o trema em nomes próprios estrangeiros
e seus derivados:
Obs.: Quando temos vogal u tônica, nesses grupos, surge um Müller, mülleriano, Hübner, hübneriano, Bündchen.
acento agudo diferencial:
obliqúes, apazigúe, argúi, averigúe. Atenção:
Como o trema foi extinto, então perdeu o acento o u tônico
de formas verbais rizotônicas (com acento na raiz) quando
parte dos grupos que e qui, gue e gui:
obliques, apazigue, argui, averigue.

Velha Ortografia Nova Ortografia


Acento Diferencial Acento Diferencial
Morei no Pará. → oxítona final “a”, nome do Estado. Regra Fica extinto na penúltima sílaba (palavras paroxítonas ho-
básica. mógrafas):
Vou para casa. → paroxítona final “a” não tem acento pela para (verbo) x para (prep.); coa, coas (verbo) x coa, coas (com
regra básica. +a); pelo, pelos (subst.), pelo (verbo) x pelo, pelos (per + o);
Pára com isso. → paroxítona final “a” não deveria ter acento pela, pelas (subst. ou verbo) x pela, pelas (per + a; arcaico);
pela regra básica, mas recebe acento para diferenciar a forma polo, polos [filhote de gavião], polo, polos [extremidade]
verbal “pára” e a preposição “para”. (substantivos) x polo, polos (por + o; arcaico); pera (subst.) x
pera (= para; arcaico).
Lista de palavras com acento diferencial:
pára (verbo) x para (prep.); côa, côas (verbo) x coa, coas (com
+a); pêlo, pêlos (subst.), pélo (verbo) x pelo, pelos (per + o); Entretanto, é mantido pôde e pôr. Além desses, também
péla, pélas (subst. ou verbo) x pela, pelas (per + a; arcaico); ficam mantidos têm e tem, vêm e vem.
Língua Portuguesa

pôlo, pôlos [filhote de gavião], pólo, pólos [extremidade] pôde (passado) x pode (presente); pôr (verbo) x por (prep.);
(substantivos) x polo, polos (por + o; arcaico); pêra (subst.) têm (eles), tem (ele); vêm (eles), vem (ele).
x pera (= para; arcaico), mas peras (plural da fruta “pêra”).

Atenção:
Para os verbos ter, vir e derivados: têm (eles), tem (ele),
vêm (eles), vem (ele).

Cuidado com pôde (passado) e pode (presente).

30 Openbook Apostilas
Atenção! 8. (Funiversa/Sejus/Atendente de Reintegração Social)
Apesar de não serem obrigatórias, as novas regras podem Assinale a alternativa que contenha apenas palavras
ser objeto de questões que perguntem qual palavra será acentuadas pela aplicação da mesma regra de acentu-
modificada com o novo acordo ortográfico. As regras ve- ação gráfica.
lhas valem até 31/12/2015, segundo o Decreto nº 7.875, a) Assistência, públicas, após.
de 27/12/2012. b) políticas, referência, jurídica.
Então, estude as regras antigas e saiba o que muda com c) caráter, saúde, após.
as novas. d) jurídica, responsável, públicas.
e) referência, beneficiários, indivíduo.
Curiosidade!
O caso da proparoxítona eventual 9. (Funiversa/Terracap/Técnico Administrativo) As palavras
Palavras paroxítonas terminadas em ditongo crescente crítica, irônica e saudável têm o acento gráfico justifi-
(semivogal + vogal) podem ser pronunciadas como se fosse cado pela mesma regra.
hiato no final. 10. (Funiversa/Sejus/Administrador) As palavras país, físico
História → duas pronúncias: his-tó-ria ou his-tó-ri-a e presídios são acentuadas pela mesma razão: o acento
Vácuo → duas pronúncias: vá-cuo ou vá-cu-o recai sobre a vogal i.
Cárie → duas pronúncias: cá-rie ou cá-ri-e
Colégio → duas pronúncias: co-lé-gio ou co-lé-gi-o 11. (Funiversa/Terracap/Administrador) A palavra quê, na
frase “Paixonite é uma inflamação do quê?”, aparece
E com hiato final, tais palavras são chamadas proparoxí- acentuada porque está inserida em uma pergunta.
tonas eventuais. As duas pronúncias são aceitas. A pronúncia 12. (Funiversa/HFA/Assistente Técnico Administrativo) A
como hiato no final atende ao uso regional de Portugal. Note sílaba tônica da palavra recordes é a penúltima, assim
bem: são duas pronúncias, mas apenas uma separação si- como ocorre na palavra executivos.
lábica correta (como ditongo final).
Responda às questões 13 a 17 conforme as novas regras de
EXERCÍCIOS acentuação.
Acentuação com a velha ortografia. 13. Assinale a alternativa de vocábulo corretamente acen-
tuado:
Julgue C (certo) ou E (errado). a) hífen. c) itens. e) ítem.
1. Está correto o seguinte agrupamento de palavras do b) hífens. d) rítmo.
texto pela regra de acentuação:
• Regra das proparoxítonas: Sócrates/genética/físico. 14. Assinale a alternativa que completa corretamente as
• Regra das paroxítonas terminadas em ditongo cres- frases:
cente: contrário/ caráter/ suicídio/ compulsório/ sá- I – Normalmente ela não ... em casa.
bios/ gênios/ tédio/ ciência/ própria/ experiência/ II – Não sabíamos onde ... os discos.
equilíbrio. III – De algum lugar ... essas ideias.
• Regra das oxítonas: você/ está/ também. a) pára / pôr / provém
• Regra dos monossílabos tônicos: há. b) para / pôr / provém
c) pára / por / provêem
2. Os vocábulos têm e também seguem a mesma regra d) para / pôr / provêm
de acentuação. e) para / por / provém
3. As palavras paroxítonas língua e discórdia são acentua­
15. Assinale a alternativa onde aparecem os vocábulos que
das porque terminam em ditongo.
completem corretamente as lacunas dos períodos:
4. A acentuação das palavras arquitetônico, hábitos, invó- I – Os professores ... seus alunos constantemente.
lucro, hóspede, íntima e âmago atende a uma mesma II – Temos visto, com alguma ... fatos escandalosos nos
regra, já que todas essas palavras são proparoxítonas. jornais.
III – Estudam-se as ... da questão social.
5. As palavras abundância, quilômetros, território, climá- a) arguem / freqüência / raízes
ticas, árida, biogeográficas e ecológicas estão grafadas b) argúem / freqüência / raízes
com acento agudo porque são todas proparoxítonas. c) arguem /freqüência / raízes
d) argüem /freqüência / raízes
6. Pôde é uma palavra que leva acento a fim de indicar ao e) arguem / frequência / raízes
leitor que se trata do pretérito perfeito e não da forma
pode, do presente do indicativo; o vocábulo abaixo que GABARITO
recebe acento obrigatoriamente é:
a) Numero. c) sede. e) segredo.
1. E 4. C 7. a 10. E
b) egoista. d) ate.
2. E 5. E 8. e
Língua Portuguesa

3. C 6. b 9. E
7. (Funiversa/CEB/Administrador) Assinale a alternativa
em que todas as palavras são acentuadas pela mesma
11. E. Trata-se de substantivo monossílabo tônico. Note
razão.
o artigo. Isso substantiva a palavra. Lembre-se de que
a) Brasília, prêmios, vitória.
substantivos são palavras significativas por si mesmas.
b) elétrica, hidráulica, responsáveis.
c) sérios, potência, após. Monossílabo tônico tem sentido próprio.
d) Goiás, já, vários.
e) Solidária, área, após. 12. C 13. a 14. d 15. e

Openbook Apostilas 31
EMPREGO DO SINAL INDICATIVO DE d) Submeterei _________ alunos a uma prova.
CRASE e) Nunca me prestaria a isso nem ____________.
f) Ficaram todos obrigados ____________ horário.
Crase é a contração de a + a = à. g) Já não amava __________ moça.
O acento (`) é chamado de acento grave, ou simplesmen- h) Ofereceu uma rosa _______ moça.
te de acento indicador de crase. i) Reprovo _______ atitude.
Gostei de + o filme. = Gostei do filme. j) Não teremos direito ______ abono.
Acredito em + o filho. = Acredito no filho. k) Não se negue alimento _______ que têm fome.
Refiro-me a + o filme. = Refiro-me ao filme. l) ___________ hora tudo estava tranquilo.
Refiro-me a + a revista. = Refiro-me à revista. m) Deves ser grato _______ que te fazem benefícios.
n) Traga-me _____ cadeira, por favor.
Exercitando e fixando a diferença entre a letra “a” como ar- o) Diga _______ candidatos que logo os atenderei.
tigo somente e a letra “a” como preposição somente. p) É isso que acontece ______ que não têm cautela.
1. Ponha nos parênteses P se o a for preposição, A se for q) Ofereça uma cadeira ______ senhora.
artigo: r) Abra ___________ janelas: o calor está sufocante.
a) A nave americana Voyager chegou a ( ) Saturno. s) Compareceste ________ festa?
b) O Papa visitou a ( ) nação brasileira.
c) Admirava a ( ) paisagem. Exercitando e fixando a regra prática de crase com a(s) =
d) Cabe a ( ) todos contribuir para o bem comum. aquela(s).
e) Ele só assiste a ( ) filmes de cowboy. Faça o exercício a seguir observando as comparações entre
f) Procure resistir a ( ) essa tentação. parênteses. Onde tiver a + o no masculino, você usará crase
g) Ajude a ( ) Campanha. (a + a) no feminino.
h) O acordo satisfez a ( ) direção do Sindicato. 4. Preencha as lacunas com a, as, quando se tratar do artigo
i) Falou a ( ) todos com simpatia contagiante. ou do pronome demonstrativo; e com à, às, quando hou-
j) O acordo convém a ( ) funcionários e a ( ) funcionárias. ver crase da preposição a com artigo ou o demonstrativo
a, as:
Exercitando e fixando a regra prática de crase com artigo. a) Estavam acostumados tanto ____ épocas de guerra
2. Complete as lacunas com a, as, à ou às junto dos subs- quanto ____ de paz. (Compare: Estavam acostumados
tantivos femininos, observando as correspondências tanto aos tempos de guerra quanto aos de paz.)
necessárias: o = a; os = as; ao = à; aos = às. b) Confiava ____ tarefas difíceis mais _____ velhas
Observe o paralelismo. amizades do que _____ novas. (Compare: Confiava
a) Dava comida aos gatos e ____ gatas. os trabalhos difíceis mais aos velhos amigos do que
b) Estimava o pai e ____ mãe. aos novos.)
c) Perdoa aos devedores e ___ devedoras. c) ______ espadas antigas eram mais pesas que ___ de
d) Prefiro o dia para estudar; ela prefere ____ noite. hoje. (Compare: Os rifles antigos eram mais pesados
e) Terás direito ao abono e ____ gratificação. que os de hoje.)
f) Confessou suas dúvidas ao amigo e ___ amiga. d) _____ forças de Carlos Magno eram tão valentes como
g) Nunca faltava aos bailes e _____ festas de São João. ____ do Rei Artur. (Compare: Os soldados de Carlos
h) Sempre auxilio os vizinhos e __ vizinhas. Magno eram tão valentes como os do Rei Artur.)
i) Tinha atitudes agradáveis aos homens e ___ mulheres. e) _____ forças de Bernardo deram combate ____ que
defendiam Carlos Magno. (Compare: Os homens de
Pronomes aquele(s), aquela(s), aquilo Bernardo deram combate aos que defendiam Carlos
Magno.)
Método prático f) Esta moça se assemelha ____ que você me apresentou
Entregue o livro a este menino. ontem. (Compare: Este rapaz se assemelha ao que
Note: a + este  a + aquele (veja que temos a + a). você me apresentou ontem.)
g) ______ Medicina dá combate ____ doenças dos ho-
Então: mens e ____ dos animais. (Compare: Os médicos dão
Entregue o livro àquele menino. combate aos males dos homens e aos dos animais.)
h) Esta tinta não se compara ___ que usaram antes.
Leia este livro. (Compare: Este papel não se compara ao que usaram
Note: só temos este, sem preposição a. Então ficará sem antes.)
crase com “aquele”: i) Prestava atenção ___ palavras dos velhos, mas não
Leia aquele livro. ____ dos jovens. (Compare: Prestava atenção aos
ensinamentos dos velhos, mas não aos dos jovens.)
Exercitando e fixando a regra prática de crase com pronome
aquele(s), aquela(s), aquilo. Importante:
Língua Portuguesa

3. Preencha as lacunas com aquele, aqueles, aquela, aque- Precisamos enxergar situações em que o artigo definido
las, aquilo, se não houver preposição a; ou então com pode ser suprimido corretamente. Apenas o sentido mudará.
àquele, àqueles, àquela, àquelas, àquilo, se ocorrer a Todo o país comemorou.
preposição a exigida pelo termo anterior regente. Sentido: país definido.
a) A verba aprovada destinava-se apenas ________ des- Todo país comemorou.
pesas inadiáveis. Sentido: país qualquer.
b) Prefiro este produto __________.
c) As providências cabem ________ que estejam inte- Todo Brasil comemorou. (errado)
ressados. Todo o Brasil comemorou. (certo)

32 Openbook Apostilas
Conclusão: lecionar e dar visibilidade __1___ experiências em todo
O artigo definido é necessário para acompanhar nomes o país que estão contribuindo para o cumprimento dos
já definidos, únicos, específicos. Mas é facultativo, do ponto Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM), como
de vista de correção gramatical, quando o nome não está __2__ erradicação da extrema pobreza e __3__ redu-
definido, não é específico. Apenas o sentido se altera. ção da mortalidade infantil. Os ODM fazem parte de um
compromisso assumido, perante __4__ Organização das
5. (TJDFT) Quanto ao emprego do sinal indicativo de crase, Nações Unidas, por 189 países de cumprir __5__ 18 me-
julgue os fragmentos apresentados nos itens a seguir. tas sociais até o ano de 2015.
a) Direito a trabalho e a remuneração que assegure con- 1 2 3 4 5
dições de uma existência digna. a) a à à a às
b) Direito à unir-se em sindicatos. b) as a a à as
c) Direito a descanso e à lazer. c) às à a à às
d) Direito à uma segurança social. d) a a a a as
e) Direito à proteção à família. e) as a a à às
f) Assistência para a mãe e às crianças.
g) Direito à boa saúde e à educação de qualidade. Casos Especiais de Crase
(TST) “São parâmetros hoje exigidos pelo mercado no que Sinal de Crase em Locuções Femininas
se refere à empregabilidade.”
6. Ocorre acento grave em “à” antes de “empregabilida- 1. Locuções adverbiais
de” para indicar que, nesse lugar, houve a fusão de uma Risquei o lápis.
preposição, exigida pelo vocábulo antecedente, com um Risquei a caneta.
artigo definido, usado antes dessa palavra feminina. Risquei a lápis.
Risquei à caneta.
(TJDFT) “A fé crescente na revolução científica gerava otimis-
mo quanto às futuras condições da humanidade.” Regra:
7. O acento indicativo de crase é opcional no texto; por- O sinal de crase distingue entre a locução adverbial fe-
tanto, pode ser retirado sem prejuízo para a correção minina e o objeto direto.
gramatical da frase. Vendo a prazo.
Vendo à vista.
(HUB) “Há contradições entre o mundo universitário tradi- Vendo a vista.
cional e as aspirações dos estudantes e de seus familiares Dobrei a direita.
quanto a possibilidades finais de inserção profissional no Dobrei à direita.
mundo real.”
8. O emprego do sinal indicativo de crase (à) em “quanto Nota:
a possibilidades” dispensaria outras transformações no Será facultativo o sinal de crase somente com a locução
texto e manteria a correção gramatical do período. adverbial feminina de instrumento, apenas no caso de não
haver duplo sentido sem o sinal de crase.
(PRF) “Muitos creem que a Internet é um meio seguro de Risquei o muro a caneta. (certo)
acesso às informações.” Risquei o muro à caneta. (certo)
9. A omissão do artigo definido na expressão “acesso às Perceba que se trata de locução adverbial de instrumen-
informações”, semanticamente, reforçaria a noção ex- to, mesmo sem ter visto o sinal de crase.
pressa pelo substantivo em plena extensão de seu sig-
nificado e, gramaticalmente, eliminaria a necessidade 2. Locuções prepositivas
do emprego do sinal indicativo de crase, resultando na A espera de vagas terminou.
seguinte forma: acesso a informações. Consegui matricular-me.
À espera de vagas, ficamos todos.
Julgue os itens 10, 11 e 12 quanto ao uso da crase. Ainda não nos matriculamos.
10. (TRF) “O TCU quer avaliar o controle exercido pela Supe-
rintendência da Receita Federal sobre à rede arrecada- Regra:
dora de receitas federais. O sinal de crase é necessário para indicar a locução pre-
positiva feminina. O sinal distingue entre a locução e outras
11. (AFRF) Para os membros da Comissão de Assuntos Eco- estruturas.
nômicos do Senado (CAE), a qual os acordos internacio-
nais são submetidos, cabe ao Brasil novas solicitações de Quais outras estruturas?
empréstimos ao FMI. Sujeito, objeto, complemento não constituem locução
prepositiva.
12. (AFRF) As Metas de Desenvolvimento do Milênio preve-
em a redução da pobreza a metade até 2015. Dica:
Língua Portuguesa

De modo geral, a locução prepositiva introduz locução


13. Assinale a opção que preenche corretamente as lacunas adverbial.
do texto. Os trabalhadores já concluíram a cata de cocos.
Para incentivar o cumprimento dos Objetivos de Desen- Os trabalhadores saíram cedo à cata de cocos.
volvimento do Milênio no Brasil, o presidente Luiz Inácio
Lula da Silva lançou o Prêmio ODM BRASIL. A iniciativa Observação:
do governo federal em conjunto com o Movimento Na- Locução prepositiva possui a seguinte estrutura:
cional pela Cidadania e Solidariedade e o Programa das Preposição + substantivo + preposição
Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) vai se- à custa de

Openbook Apostilas 33
à maneira de Vi até a praia. (certo)
à beira de Vi até à praia. (errado)
à procura de
Sinal de Crase diante de Pronomes de Tratamento
Locução adverbial possui a seguinte estrutura:
Preposição + substantivo Vossa Senhoria deve comparecer. (certo)
à vista A Vossa Senhoria deve comparecer. (errado)
a prazo
a lápis Regra:
à caneta De modo geral, não se pode empregar artigo antes de
pronomes de tratamento.
3. Locução adjetiva Refiro-me a Vossa Senhoria. (certo)
Estrutura: preposição + substantivo Refiro-me à Vossa Senhoria. (errado)
Relação: qualifica, especifica um substantivo.
Houve pagamento à vista. Observe também:
Houve pagamento a prazo. O senhor deve comparecer. (certo)
O risco à caneta não sai. Senhor deve comparecer. (errado)
O risco a lápis sai.
Regra:
4. Locução conjuntiva Exigem artigo os pronomes de tratamento: Senhor, Se-
à proporção que / à medida que nhora, Madame, Senhorita.
Ele enriqueceu à medida que investiu na bolsa. Refiro-me ao Senhor.
Foi grande a medida que ele investiu na bolsa. (Notemos Refiro-me à Senhora.
aqui o sujeito: a medida foi grande)
À proporção que estudava, surgiam dúvidas. Mas, cuidado!
Os matemáticos estudam a proporção que existe entre Visitarei o Senhor.
os números. (Note aqui o objeto direto de “estudam”: estu- Visitarei a Senhora.
dam o quê? Resposta: estudam a proporção..., como alguém
estuda o limite e a derivada). Atenção:
O artigo é opcional com o tratamento dona.
Sinal de Crase na Indicação de Horário Dona Maria chegou.
A Dona Maria chegou.
Regra:
Ocorre crase somente se indicarmos a hora como horário Então:
quando algo ocorre, ocorreu ou ocorrerá. Refiro-me a Dona Maria.
Não ocorre crase quando indicamos quanto tempo pas- Refiro-me à Dona Maria.
sou ou passará.
Nós vamos chegar lá às duas horas. Vamos analisar uma questão interessantíssima!
Compare com: Nós chegaremos lá ao meio-dia. (MI/Agente Adm.) A expressão nominal “D. Fortunata” é em-
Nós vamos estar lá daqui a duas horas. (quantidade de pregada, no texto, sem artigo. Por essa razão, caso a palavra
tempo que vai passar) sublinhada em “deu joias à mulher” fosse substituída por “D.
Nós estamos aqui há duas horas. (quantidade de tempo Fortunata”, o acento grave sobre o a que sucede “joias” não
que já passou, tempo decorrido) deveria ser empregado.
Resposta: Certo
Sinal de Crase após a Palavra “Até”
(MJ/Analista) “Às vezes faz bem chorar / E nas velhas cordas
Vou ao clube. procurar / Notas e acordes esquecidos / Os dedos calejados
Vou até o clube. deslizar / Recordar, saudoso, um samba antigo”.
Vou até ao clube. 14. A letra de Ivor Lancelllotti emprega adequadamente o
acento de crase. Também está correto esse uso do acento
Nota: em
Após “até”, será facultativa a preposição pedida pelo a) Deixei o carro no lava à jato e fui à confeitaria escolher
termo anterior. uns doces.
b) Quando saímos à cavalo estamos apenas à procura
Então: de paz e sossego.
Vou à praia. c) Retiraram-se às pressas para não responderem às
Vou até a praia. perguntas da mídia.
Vou até à praia. d) Daqui à uma hora e meia irei até à piscina para exa-
minar a água e o cloro.
Língua Portuguesa

Conclusão: e) Encaminhamos ontem à V. Sa. os convites para a re-


Crase facultativa após “até”, desde que seja pedida pre- cepção à família.
posição pelo termo anterior.
(MJ/Economista) Presente à entrevista de apresentação da
Mas, cuidado! pesquisa, o secretário de Educação Continuada, Alfabetiza-
Vi o clube. (certo) ção e Diversidade do MEC, André Luiz Lázaro, admitiu que
Vi até o clube. (certo) há um desafio de qualidade a ser superado no EJA.
Vi até ao clube. (errado) 15. A supressão do acento grave em “presente à entrevista”
Vi a praia. (certo) manteria a correção gramatical e o sentido do texto.

34 Openbook Apostilas
Sinal de Crase diante de Pronome Possessivo Feminino: a) O pesquisador deu maior atenção à cidade menos
minha, sua, tua, nossa, vossa privilegiada.
Meu livro chegou. (certo) b) Este resultado estatístico poderia pertencer à qual-
O meu livro chegou. (certo) quer população carente.
c) Mesmo atrasado, o recenseador compareceu à entre-
Conclusão: vista.
O artigo definido é facultativo antes de pronomes pos- d) A verba aprovada destina-se somente àquela cidade
sessivos. sertaneja.
Minha revista chegou. (certo) e) Veranópolis soube unir a atividade à prosperidade.
A minha revista chegou. (certo)
Sinal de Crase diante de Nomes Próprios de Lugar (To-
Aplicação (Como o artigo fica facultativo, então a crase pônimos)
ficará também facultativa):
Refiro-me a meu livro. (certo) Regra Prática:
Refiro-me ao meu livro. (certo) Se volto da, crase no a.
Refiro-me a minha revista. (certo) Se volto de, crase pra quê.
Refiro-me à minha revista. (certo)
Saímos de Brasília, fomos a Fortaleza (voltamos de Forta-
Informação: leza), depois fomos a Natal (voltamos de Natal), descemos
Artigo pressupõe substantivo escrito ao qual se refere à Bahia (voltamos da Bahia). Então retornamos a Brasília
na sequência. (voltamos de Brasília).
O uso de água e o de combustível são prioritários.
Mas:
Note: Saímos de Brasília, fomos à Fortaleza dos sonhos (volta-
Substantivo “uso”. Artigo “o”, que acompanha “uso”. mos da Fortaleza dos sonhos), depois fomos à Natal dos
Mas, em “o de combustível”, apenas subentendemos holandeses (voltamos da Natal dos holandeses), desce-
“uso”. Não está escrito. Então, não temos aqui artigo defini- mos à Bahia (voltamos da Bahia). Então retornamos à
do. Trata-se de pronome demonstrativo “o = aquele”. bela Brasília (voltamos da bela Brasília).

Observe ainda: 18. (IBGE) Assinale a opção em que o a sublinhado nas duas
Meu livro chegou e o seu não. frases deve receber acento grave indicativo de crase.
Note que o artigo é facultativo, porém o pronome “o” a) Fui a Lisboa receber o prêmio. / Paulo começou a falar
não é. O pronome é obrigatório para representar o termo em voz alta.
“livro” não repetido. b) Pedimos silêncio a todos. Pouco a pouco, a praça cen-
tral se esvaziava.
Aplicação (Onde o pronome “o” ou “a” for obrigatório, c) Esta música foi dedicada a ele. / Os romeiros chegaram
então a crase também será obrigatória): a Bahia.
Refiro-me a meu livro e não ao seu. (certo) d) Bateram a porta! Fui atender. / O carro entrou a direita
Refiro-me a meu livro e não a seu. (errado) da rua.
Refiro-me ao meu livro e não ao seu. (certo) e) Todos a aplaudiram. / Escreve a redação a tinta.
Refiro-me ao meu livro e não a seu. (errado)
Gabarito
Então:
Refiro-me a minha revista e não à sua. (certo)
1. a) P c) àqueles f) à
Refiro-me a minha revista e não a sua. (errado)
b) A d) aqueles g) a,às,às
Refiro-me à minha revista e não à sua. (certo)
c) A e) àquilo h) à
Refiro-me à minha revista e não a sua. (errado)
d) P f) àquele i) às,às
e) P g) aquela
16. (MJ/Agente) “À margem das rodovias de grande movi-
f) P h) àquela 5. CEEECCC
mento...” Diferente do exemplo destacado, o único caso
g) A i) aquela 6. C
em que o acento grave foi usado de forma ERRADA, nas
h) A j) àquele 7. E
alternativas abaixo, é
i) P k) àqueles 8. E
a) Ficamos à vontade no evento.
j) PP l) àquela 9. C
b) Refiro-me à minha irmã.
m) àqueles 10. E
c) Chegarei à uma hora, não ao meio-dia.
2. a) às n) aquela 11. E
Nota:
b) a o) àqueles 12. E
Aqui temos o numeral “uma”. Só ele pode ter crase
c) às p) àqueles 13. d
antes de si. Não há crase antes do artigo indefinido
d) a q) àquela 14. c
Língua Portuguesa

“uma”.
e) à r) aquelas 15. E
d) Dirija-se à qualquer moça do balcão.
f) à s) àquela 16. d
Nota:
g) às 17. b
Proibido crase diante de palavras indefinidas. Lembre
h) as 4. a) às, às 18. d
que o artigo que a crase contém é definido.
i) às b) as,às,às
e) À medida que os anos passam, fico pior.
c) as,as
3. a) àquelas d) as,as
17. (IBGE) Assinale a opção incorreta com relação ao empre-
b) àquele e) as,às
go do acento indicativo de crase.

Openbook Apostilas 35
QUADRO-RESUMO DE CRASE

CRASE OBRIGATÓRIA CRASE PROIBIDA CRASE FACULTATIVA


Antes de hora = trocar por ao meio-dia. Antes de palavra masculina. Antes de pronome possessivo adjetivo
Chegou às duas horas. (ao meio-dia) Andava a pé. feminino.
Espero desde as três horas. (o meio-dia) Foi assassinato a sangue-frio. Refiro-me à/a sua tia.
Escreveu a lápis.

Com as palavras moda ou maneira Antes de verbo. Antes de nome de mulher.


ocultas. Estava decidido a fugir. Dei o carro à/a Maria.
Quero bife à milanesa. (à moda milanesa) Tudo a partir de 1,99.
Estilo à Rui Barbosa. (à maneira de Rui
Barbosa)

Subentendendo as palavras faculdade, A (no singular) + palavra no plural. Depois da preposição Até.
universidade, escola, companhia, em- Só faço favor a pessoas dignas. Fui até à / a praia.
presa e semelhantes. Dê isto a suas irmãs. Mas: Visitei até a praia. (VTD)
O Governo não fez concessões à Ford.
Preferiu a Faculdade de Letras à Hélio
Afonso.
Antes da palavra distância, quando de- Antes de pronome indefinido ou pala- ntes de Europa, Ásia, África, Espanha,

A
terminada. vra por ele modificada. França, Inglaterra, Escócia e Holanda
Fiquei à distância de dez metros. Disse isso a toda pessoa.
Fiquei a distância. Não irei a festa alguma.

Aqui não cabe crase, pois a palavra “fes-


ta” está determinada por pronome in-
definido. Compare com masculino: Não
irei a baile algum.
Nas locuções com palavras femininas. Antes de pronome de tratamento, salvo Antes do tratamento dona.
Choveu à noite. Dona, Senhora, Madame, Senhorita. Ele dirigiu a palavra a / à dona Maria.
Ele melhora à medida que é medicado. Enviarei tudo a Vossa Senhoria.
Houve um baile à fantasia.
ntes de terra, salvo quando antônimo ntes de terra antônimo de bordo. Em locuções adverbiais femininas de
A
A
de bordo. Mandou o marinheiro a terra. instrumento.
O agricultor tem apego à terra. Galdesteu matou o rei a / à faca.
Do céu à terra. Voltou à terra onde nasceu. Antes de quem e cujo(s), cuja(s). Mas: Preencher à máquina ou em letra
O prêmio cabe a quem chegar primeiro. de forma. (crase obrigatória para evitar
Esta é a autora a cuja peça me referi. duplo sentido)
ntes de Senhora, Madame, Senhorita. Entre palavras repetidas.
A
Ninguém resiste à Senhora Neide. (Mas: Estavam cara a cara.
Vi a Senhora Neide. – VTD) Venceu a corrida de ponta a ponta.
Antes de nomes de lugar especificados Depois de preposições (ante, após, com,
ou que aceitem artigo. conforme, contra, desde, durante, entre,
Fui à bela Brasília. mediante, para, perante, sob, sobre, se-
Fui à Bahia. gundo).
Após as aulas, conforme a ocasião, para
a paz; segundo a lei etc.
Quando ocorre as diante de pronome Quando se subentende um indefinido
possessivo adjetivo no plural. entre a preposição a e o substantivo
Refiro-me às suas tias. feminino.
Estacionamento sujeito a multa. (a uma
multa)
Antes da palavra casa, quando deter- Antes de casa = lar.
minada por adjunto de posse. Retornei a casa.
Chegamos à casa de Pafúncio.
Língua Portuguesa

Antes de nomes de lugar que não ad-


mitem o artigo.
Fui a Brasília.
Chegamos a Maceió.
Antes de numerais.
O número de acidentes chegou a 35.
Antes de nomes de santas.
Sou grato a Santa Clara.

36 Openbook Apostilas
EXERCÍCIOS No texto “A simplicidade sempre foi criadora de excelên-
cia espiritual e de liberdade interior. Henry David Thoreau
(Funiversa/Terracap) Acerca da frase “Às vezes até esqueço (+1862), que viveu dois anos em sua cabana na floresta junto
que fui adotada”. a Walden Pond, atendendo estritamente às necessidades
1. O verbo esquecer está empregado com traços tipica- vitais, recomenda incessantemente em seu famoso livro-
mente coloquiais, pois a forma padrão culta exige que, -testemunho: Walden ou a vida na floresta: “simplicidade,
na frase, ele seja acompanhado de pronome me e pre- simplicidade, simplicidade”.”
posição de. 9. O acento indicativo de crase antes de “necessidades vi-
tais” é exigência da palavra “estritamente”.
(Funiversa/Terracap) Acerca da frase “São emissoras trans-
mitidas de qualquer país que passe pela nossa mente – e (Funiversa/HFA) Na frase: “As demissões recordes nas com-
alguns outros de cuja existência sequer desconfiávamos.” panhias americanas devido à crise fizeram vítimas inusitadas
2. A troca da preposição “de”, na segunda ocorrência, – os próprios executivos de recursos humanos.”
por em provocaria uma falha na regência do verbo 10. O uso da crase em “à crise” deve-se ao fato de ser uma
desconfiar. locução adverbial feminina.

(Funiversa/Terracap) A respeito do texto “Cada órgão do 11. (Alesp) Orientação espiritual ...... todas as pessoas é um
nosso corpo tem uma função vital e precisa estar 100% em dos propósitos ...... que escritores e pensadores vêm se
condições.” dedicando, porque a perplexidade e a dúvida são inevi-
3. A expressão “em condições”, segundo a gramática da táveis ...... condição humana.
língua portuguesa, exige um complemento que integre As lacunas da frase acima estarão corretamente preen-
o seu sentido. Porém, no texto, a ausência desse com- chidas, respectivamente, por:
plemento não promoveu prejuízo para a compreensão a) à - a – à
da informação. b) à - à - a
c) a - a – à
Por maiores que sejam os esforços e a generosidade dos d) a - à - à
e) a - a - a
que lhes oferecem atenção e cuidado, essas crianças estarão
desprovidas do fundamental: carinho e referência familiar.
12. (Bagas) Tomando a melodia ...... música europeia, ao
4. O termo “lhes” pode ser substituído pela expressão à
mesmo tempo em que a harmonia era inspirada no jazz
elas, com acento indicativo de crase, pois o pronome
americano, a bossa nova foi buscar o ritmo na música
elas remete a “crianças”, substantivo feminino utilizado africana, o que resultou numa mistura que parece encan-
no texto. tar ...... todos os estrangeiros que vêm ...... conhecê-la.
Preenchem corretamente as lacunas da frase acima, na
(Funiversa/Iphan) Os povos da oralidade são portadores de ordem dada:
uma cultura cuja fecundidade é semelhante à dos povos da a) à - a – a
escrita. b) à - a - à
5. O acento indicativo de crase em “semelhante à dos povos c) a - à – a
da escrita” pode ser eliminado, pois é opcional. d) a - à - à
e) à - à - a
6. (Funiversa/Sejus) Cada uma das alternativas a seguir
apresenta reescritura de fragmento do texto. Assinale 13. (TCE/SP) A alimentação diária, ...... base de feijão com
aquela em que a reescritura apresenta erro relacionado arroz, fornece ...... população brasileira os nutrientes
ao emprego ou à ausência do sinal indicativo de crase. necessários ...... uma boa saúde.
a) Seu desenvolvimento pode ser atribuído a violações As lacunas da frase acima estarão corretamente preen-
de direitos humanos. chidas, respectivamente, por:
b) O legado do nazismo foi condicionar a titularidade de a) a - à – à
direitos aquele que pertencesse à raça ariana. b) à - a - a
c) Pelo horror absoluto à exterminação. c) à - à – a
d) A ruptura do paradigma deve-se à barbárie do totali- d) a - a - à
tarismo. e) à - à - à
e) É necessária a reconstrução dos direitos humanos.
14. (FCC/TRE-RN) Graças ...... resistência de portugueses e
7. (Funiversa/Terracap) No trecho: “Em meio à burocracia espanhóis, a Inglaterra furou o bloqueio imposto por Na-
oficial, o rock ocupou o espaço urbano, os parques, as poleão e deu início ...... campanha vitoriosa que causaria
superquadras de Lucio Costa, cresceu e apareceu.”, o uso ...... queda do imperador francês.
do sinal indicativo de crase é Preenchem as lacunas da frase acima, na ordem dada,
a) facultativo, pois antecipa palavra feminina seguida de a) a - à - a
adjetivo masculino. b) à - a - a
b) inadequado, pois não indica contração. c) à - à - a
c) proibido, porque não se admite crase antes de subs- d) a - a - à
Língua Portuguesa

tantivos abstratos. e) à - a - à
d) obrigatório, pois indica uma vogal átona representada
por um artigo. 15. (DNOCS) Muitos consumidores não se mostram atentos
e) adequado, pois representa a contração da preposição ...... necessidade de sustentabilidade do ecossistema e
a e do artigo definido feminino a. não chegam ...... boicotar empresas poluentes; outros
se queixam de falta de tempo para se dedicarem ......
(Funiversa/Terracap) Na frase “O que se opõe à nossa cultura alguma causa que defenda o meio ambiente. As lacu-
de excessos e complicações é a vivência da simplicidade”. nas da frase acima estarão corretamente preenchidas,
8. O acento indicativo de crase é facultativo. respectivamente, por

Openbook Apostilas 37
a) à - a - a c) à - à - a e) a - à – à FONÉTICA X FONOLOGIA
b) à - a - à d) a - a - à
• Fonética estuda a produção dos sons da linguagem
16. (SP/BIBLIOT) Alguns atribuem ...... linguagem as infindá- humana.
veis possibilidades de comunicação entre os homens.
• Fonologia estuda os fonemas de uma língua.
Mas é comum que durante uma conversa o falante faça
alusões ...... conteúdos implícitos que ultrapassam aquilo
que está de fato sendo dito; tais conteúdos podem ser Fonema
corretamente inferidos pelo interlocutor, devido, por
exemplo, ...... entonação usada pelo falante. Cada som capaz de estabelecer diferença de significado
Preenchem corretamente as lacunas da frase acima, na entre duas palavras de uma língua recebe o nome de fone-
ordem dada: ma. Veja: saco difere de sapo pelo fonema /k/ diferente do
a) a − à − à c) a − a − à e) a − à − a fonema /p/.
b) à − a − à d) à − à − a
Fonema x Letra
17. (TJ-SE/Técnico Judiciário) A frase inteiramente correta,
considerando-se a colocação ou a ausência do sinal de • Fonema é o som, a fala.
crase, é: • A letra representa o som.
a) Brigas entre torcidas de times rivais se iniciam sem- • A mesma letra pode representar diferentes fonemas,
pre com provocações de parte à parte, à qualquer diferentes sons: em “casa”, temos a letra “s” com som
momento. de /z/; já em “sol”, temos a letra “s” com som de /sê/.
b) O respeito as medidas de segurança tomadas em um • O mesmo som, o mesmo fonema pode ser represen-
evento de grande interesse garante à alegria do es- tado por diferentes letras: o som de /z/ pode ser re-
petáculo. presentado pela letra “z” em “cozinha”, pela letra “s”
c) Uma multidão polarizada pode ser induzida à atitudes em “casa”, pela letra “x” em “exame”.
hostis, tomadas em oposição às medidas adotadas. • Uma mesma letra pode representar dois sons ao mes-
d) Com a constante invasão às sedes de clubes, os diri-
mo tempo: a letra “x” em “sexo” representa os sons /
gentes passaram a monitorar a presença de torcedo-
res, até mesmo nos treinos. ks/.
e) As pessoas, enfurecidas, iam em direção à um dos • Algumas letras às vezes não representam fonemas: na
dirigentes, quando os policiais conseguiram controlar palavra “canto”, a letra “n” após a letra “a” indica o som
toda a multidão. /ã/.
• Outras letras não representam som nenhum, mas são
18. (TRT 16 R) Lado ...... lado das restrições legais, são im- preservadas em razão da origem da palavra (etimolo-
portantes os estímulos ...... medidas educativas, que gia): a letra “h” em “hoje”; a letra “s” em “discípulo”;
permitam avanços em direção ...... um desenvolvimento a letra “u” em “quero”; a letra “x” em “exceção”.
sustentável do setor da saúde. • Em algumas palavras sons que as letras não represen-
As lacunas da frase acima estarão corretamente preen- taram: na palavra “cantam”, os sons (fonemas) que
chidas, respectivamente, por
ouvimos são /kãtãu/. Você percebe que escuta o som
a) a − à − à c) à − a − a e) a − à − a
b) à − a − à d) a − a − a de /u/ no final da palavra “cantam”, mas enxerga a letra
“m” no final.
19. (TRT 7 R) Pela internet, um grupo de jovens universitários
buscou a melhor formar de ajudar ...... vítimas de en- Classificação dos Fonemas
chentes em Santa Catarina, e um deles foi ...... Itapema, • Vogais: soam livres na passagem de ar pela boca e
disposto ...... colaborar na reconstrução da cidade. nariz. São a base da sílaba. Não existe sílaba sem vogal.
As lacunas da frase acima estarão corretamente preen- Nunca pode faltar vogal em uma sílaba. Nunca existe
chidas, respectivamente, por: mais de uma vogal em uma sílaba. Podem ser repre-
a) as - a - a c) as - à - à e) as - a – à sentadas pelas letras: a, e, i, o, u.
b) às - à - a d) às - a - à • Semivogais: o som de /i/ ou de /u/ pronunciado menos
forte junto de uma vogal. Veja: coisa (i), tábua (u).
20. (TRT 20) Exportadores brasileiros lançaram-se ...... con-
quista de vários mercados internacionais, após ...... mo- • Consoantes: ruídos formados pela obstrução na passa-
dernização do setor agropecuário, que passou a oferecer gem do ar pela boca. Só formam sílaba quando juntos de
...... esses mercados produtos de qualidade reconhecida. uma vogal. Podem ser representadas pelas demais letras
As lacunas da frase acima estarão corretamente preen- do alfabeto: b, c, d, f, g, j, l, m, n, p, q, r, s, t, v, x, z.
chidas, respectivamente, por
a) à - a - a c) a - a - à e) à - à – a Semivogal
b) à - a - à d) a - à - à
Língua Portuguesa

Os sons /i/ e /u/ não serão vogais quando apoiados em


GABARITO uma vogal na mesma sílaba, pronunciados em um único jato
de voz. Esses são os fonemas semivogais. Veja: Mário (i),
1. E 6. b 11. c 16. b automóvel (u).
2. C 7. e 12. a 17. d Representação das semivogais: /i/ -> /y/, /u/ -> /w/.
3. C 8. C 13. c 18. d
Nem sempre as letras que representam o som semivogal
4. E 9. E 14. c 19. a
5. E 10. E 15. a 20. a serão “i” e “u”. Veja: em “pão”, temos a letra “o” com som
de /w/ junto da vogal /a/ na mesma sílaba, então a letra “o”

38 Openbook Apostilas
representou o fonema semivogal /w/; em “mãe”, temos a • dígrafos vocálicos: representam vogais nasais. Veja:
letra “e” com som de /y/ junto da vogal /a/ na mesma síla-
ba, então a letra “e” representou o fonema semivogal /y/; am – campo in – findo
em “cantam”, temos a letra “m” com som de /w/ junto da an – anta om – bomba
vogal /a/ na mesma sílaba, então a letra “m” representou o em – embora on – desponta
fonema semivogal /w/ (assim, a letra “m” não representou en – tentar um – atum
consoante, mas sim uma semivogal). im - tímpano un - assunto

Encontros Vocálicos Contagem de Fonemas de uma Palavra

O número de fonemas de uma palavra é obtido da se-


Vogais e semivogais formam encontros vocálicos quando
guinte forma:
aparecem juntas na mesma sílaba (um só jato de voz). Os • anote o total de letras da palavra;
encontros vocálicos podem ser: • agora anote o total de dígrafos;
• ditongo: grupo formado por semivogal + vogal (his- • então diminua “número de letras” menos “número de
-tó-ria, á-gua) ou por vogal + semivogal (seu, pai, lei, dígrafos”.
vai-da-de);
• tritongo: grupo formado por semivogal + vogal + se- Veja: na palavra “assembleia”, temos dez letras, e temos
mivogal na mesma sílaba. Veja: i-guais, a-ve-ri-guei; dois dígrafos (“ss” e “em”). Então, a conta fica: 10 – 2 = 8.
• hiato: grupo formado por vogal + vogal em sílabas se- Assim, a palavra “assembleia” possui oito fonemas.
paradas (dois jatos de voz). Veja: ra-iz, ru-a, pas-se-ar,
do-er, sa-a-ra, cru-el, mo-í-do, vi-ú-va, en-jo-o. Divisão Silábica

O ditongo pode ser: A partição de palavras é necessária quando se chega ao


• oral: pau, quadro (vogal oral, soprada apenas pela final da linha, numa redação, e é preciso interromper a pa-
boca); lavra continuá-la na linha seguinte. É necessário saber em
• nasal: pão, quando (vogal nasal, soprada em parte pelo que ponto se pode fazer a separação.
nariz; com til ou letras “m” e “n”);
• crescente: semivogal + vogal. Veja: gênio, rósea, pás- Importante!
A separação leva em conta a silabação. Fale a palavra
coa, língua, tênue, vácuo, quando, pinguim;
pausadamente. Cada sopro, cada jato de voz é uma sílaba.
• decrescente: vogal + semivogal. Veja: vai, nau, pas-
Não pense na palavra formada de prefixo, radical ou sufixo.
téis, comeu, sumiu, faróis, tesoura, gratuito, pães, cem,
Fale a palavra e ouça. Veja: sabemos que a palavra “bisavó”
senões, muito, são, falam. é formada de “bis” + “avó”, mas não é isso que importa, e
O tritongo pode ser: sim que falamos “bi-sa-vó”. Veja também “tran-sa-tlân-ti-co”,
• oral: vogal oral. Veja: quais, enxaguei; “de-ses-pe-ro”.
• nasal: vogal nasal. Veja: saguões, águam (verbo
“aguar”). Casos especiais:
• na palavra iniciada por consoante não seguida de vogal,
Encontros Consonantais essa consoante é parte inseparável da primeira sílaba:
pneu, mne-mo-téc-ni-ca, psi-có-lo-go;
Duas ou mais consoantes numa mesma palavra. Os mais • com exceção dos encontros consonantais vistos mais
frequentes são formados com letras “l” ou “r” na segunda acima, uma consoante no interior da palavra não se-
posição: blusa, glória, clima, trigo, fraco, livro, Vladimir. Estes guida de vogal vai pertencer à sílaba anterior: op-ção,
sub-ju-gar, ét-ni-co, subs-ti-tu-to, ab-so-lu-to, trans-
encontros são inseparáveis, ficam sempre na mesma sílaba:
-por-tar;
tri-go, a-tra-vés, a-bra-çar.
• letras iguais sempre se separam: co-o-pe-rar, ca-a-tin-
Encontros consonantais menos frequentes: mnemoteste,
-ga, xi-i-ta, ju-u-na, as-sa-do, car-ro, sec-ção.
psicologia, gnomo, pneumonia. Também estes são insepará-
veis, ficam na mesma sílaba. Não se separam:
Alguns encontros consonantais se separam, são cha- • ditongos: pai-sa-gem, joi-a, i-dei-a, mais, á-gua, ré-gua,
mados de disjuntos, ficam em sílabas separadas: ap-ti-dão, má-goa;
af-to-as, ad-vo-ga-do, as-pec-to, dig-no, ab-sol-ver, rit-mo. • tritongos: sa-guão, a-ve-ri-guou, i-guais, de-lin-quiu;
• dígrafos ch, lh, nh, gu, qu: cha-ve, fi-lho, chu-chu, ma-
Dígrafos -nhã, pa-lha-ço, guer-ra, que-ri-do;
• encontros consonantais: gra-ma, plei-to, fran-cês, a-
Língua Portuguesa

Duas letras representam um só fonema. Podem ser: -fli-to.


• dígrafos consonantais:
Devem ser separados:
ch – chave, achar gu – guincho, joguinho • hiatos: ga-ro-a, ra-i-nha, Pi-au-í, ál-co-ol;
lh – lhama, telha qu – quiabo, aquilo • dígrafos rr, ss, sc, sç, xc: pror-ro-gar, a-do-les-cên-cia,
nh – terra, sonho sç – cresça, desça as-cen-so-ris-ta, ex-ce-ção, des-ça;
ss – isso, pássaro xc – excelente, excêntrico • encontros consonais disjuntos: op-tar, es-tre-la, pers-
rr – carro, errado
-cru-tar, felds-pa-to.

Openbook Apostilas 39
Ortoepia e Prosódia MORFOLOGIA VERSUS SINTAXE
“Ortoepia” ou “ortoépia” vem do grego: orto = ‘correto’ Observe:
+ epos = ‘palavra’. Estuda a correta articulação e produção alavras Meninos chegaram.
dos fonemas. Ocorre que a língua falada às vezes retira,

P
Morfologia Substantivo – verbo
acrescenta, troca vogais, consoantes ou sílabas inteiras. Um Sintaxe Sujeito – predicado
exemplo é a expressão original “corro de burro quando
foge”, que se deteriorou na forma coloquial, popular “cor
alavras Eles encontraram meninos.
de burro quando foge”. Essa deterioração recebe o nome

P
de corruptela. Morfologia Pronome – verbo – substantivo
A prosódia estuda a posição correta de pronunciar a Sintaxe Sujeito – VTD – objeto direto
predicado
sílaba tônica de uma palavra. Ocorre na pronúncia popular
como “RÚbrica”, quando a norma oficial indica a pronún-
cia “ruBRIca”; o mesmo ocorre com a pronúncia popular alavras Dois eram meninos.

P
“REcorde”, quando a norma oficial indica a pronúncia “re- Morfologia Numeral – verbo – substantivo
CORde”. Sintaxe Sujeito – verbo de ligação – predicativo
Alguns erros mais correntes de pronúncia e ortografia:
Conclusão:
• Morfologia indica a classe da palavra. Em geral, não
NORMA CULTA PRONÚNCIA COLOQUIAL muda de uma frase para outra.
(ERRADA) • Sintaxe indica a função da palavra. Em geral, muda de
uma frase para outra.
abóbada abóboda
adivinhar advinhar Panorama das Classes Gramaticais (Morfologia)
babadouro babador Uma língua se estrutura em torno de verbos e nomes.
Esses são palavras nucleares, centrais.
bebedouro bebedor O verbo é a palavra que pode indicar ação (Cantei o hino),
bandeja bandeija estado (Estou alegre), fenômeno (Choveu), posse (Tenho um
livro).
beneficente beneficiente O nome é o substantivo (Isso se chama...).
Em torno de verbos e nomes, outras classes gramaticais
cabeleireiro cabelereiro aparecem relacionadas. Vejamos:
caranguejo carangueijo • Classes relacionadas ao substantivo: artigo, adjetivo,
pronome e numeral.
perturbar pertubar • Classes relacionadas ao verbo: advérbio.
disenteria desinteria Existem os conectores, palavras responsáveis pela ligação
empecilho impecilho entre as palavras: preposição e conjunção.
Isoladamente, encontramos a interjeição, que serve para
lagartixa largatixa indicar admiração, espanto, dor, alegria etc.
mendigo mendingo Resumindo, em um quadro esquemático inicial:
meritíssimo meretíssimo alavras nucleares (centrais) Palavras relacionadas
P
mortadela mortandela • Artigo
• Adjetivo
reivindicar reinvindicar Substantivo
• Pronome
tireoide tiroide • Numeral
Verbo Advérbio
látex latex
ínterim interim Conectores: preposição e conjunção.
Isoladamente: interjeição.
fluorescente florescente
Vamos analisar a morfologia de uma frase
digladiar degladiar Os meus dois jovens amigos goianos chegaram cedo.
lêvedo levedo Nome (substantivo): amigos (Isso se chama amigo.).
Língua Portuguesa

Palavras relacionadas ao nome (amigos): os, meus, dois,


grosso modo a grosso modo jovens.
Artigo: os.
condor côndor Pronome: meus.
macérrimo magérrimo Numeral: dois.
Adjetivo: jovens.
salsicha salchicha Verbo: chegaram.
Palavra relacionada ao verbo: cedo.
subentendido subtendido Advérbio: cedo.

40 Openbook Apostilas
Aprofundando definições das classes gramaticais Observe, agora, o esquema em diagrama:

alavras nucleares Palavras relacionadas Artigo Pronome


P
(centrais) (satélites)
Artigo: define, particulariza ou toma Substantivo
um entre outros. (núcleo)
Adjetivo: qualidade, característica, Adjetivo ou
Substantivo: nome estado do ser. Numeral
locução adjetiva
de um ser, ou de um
conjunto de seres. Pronome: substitui ou acompanha Advérbio
o nome.
Numeral: quantidade ou posição do
nome em sequência.
Advérbio: satélite do verbo ou de Advérbio
Verbo
outro satélite.
Advérbio
Conectores:
• Preposição pode ligar palavras entre si ou ligar orações Verbo
entre si. (núcleo)
• Conjunção pode ligar orações entre si ou ligar palavras Locução adverbial
entre si.

Interjeição: indica admiração, espanto, dor, alegria etc. Note que é possível ocorrer locuções. Locuções são gru-
Uau! Uai! Bá! Pai d’égua! Oba! Ai! Caramba! pos de duas ou mais palavras com o valor de uma só.
Os meus dois muito jovens amigos de Goiás chegaram
Note que o advérbio pode ser satélite do verbo ou de bem cedo de bicicleta.
outro satélite. Vamos entender melhor. Núcleos da oração: verbo e nome.
Observe: Verbo: chegaram.
Os meus dois muito jovens amigos goianos chegaram Nome (substantivo): amigos.
bem cedo.
Satélites do nome: artigo, numeral, pronome, adjetivo
Repare que:
• o nome “amigos” tem como satélites seus: artigo (os), e locução adjetiva.
pronome (meus), numeral (dois), adjetivo (jovens), ad- Artigo: os.
jetivo (goianos); Pronome: meus.
• a palavra “muito” está associada com “jovens”. Note Numeral: dois.
que “jovens” já é satélite associado com o nome “ami- Adjetivo: jovens.
gos”. Então, podemos ver que “muito” é satélite de um Locução adjetiva: de Goiás.
satélite (jovens). Portanto, “muito” é um advérbio;
• o verbo “chegaram” tem como satélite a palavra Satélites dos satélites: advérbio.
“cedo”, que está associada com o verbo “chegaram” Satélite: jovens (adjetivo é satélite do nome).
para indicar quando chegaram. Trata-se do advérbio Satélite associado com “jovens” é advérbio de intensi-
de tempo (cedo); dade: muito.
• a palavra “bem” está associada com “cedo”. Note que
“cedo” já é satélite associado com o verbo “chegaram”.
Então, podemos ver que “bem” é satélite de um saté- Satélites do verbo: advérbio e locução adverbial.
lite (cedo). Portanto, “bem” é um advérbio. Advérbio: cedo.
Locução adverbial: de bicicleta.
Importante! Satélites dos satélites do verbo: advérbio.
Advérbio é definido como satélite do verbo, do adjetivo Satélite do verbo: cedo.
ou de outro advérbio. Satélite associado com “cedo” é advérbio de intensidade:
bem.
Dica:
O único advérbio que pode ser satélite de verbo, de ad- Vamos entender:
jetivo ou de outro advérbio é o advérbio de intensidade. Os Por que chamamos uma locução de adjetiva?
demais advérbios só vão se relacionar com o verbo. Serão os Resposta: Porque está associada com um nome (subs-
advérbios de tempo, lugar, modo, causa, meio, instrumento, tantivo).
finalidade, concessão etc. Os meus amigos de Goiânia chegaram cedo.
Ele trabalha bem.
Pronome (representa o nome): ele. Note que são “amigos de Goiânia”. Então “de Goiânia”
Língua Portuguesa

Verbo: trabalha. está associado com o nome. Portanto, trata-se de locução


Advérbio de modo (associado com o verbo): bem. adjetiva.

Ele acordou bem tarde. Veja mais:


Pronome (representa o nome): ele. Os meus amigos chegaram cedo de Goiânia.
Verbo: acordou.
Advérbio de tempo (associado com o verbo): tarde. Note que “chegaram de Goiânia”. Então, agora, “de Goiâ-
Advérbio de intensidade (associado com o advérbio “tar- nia” está associado com o verbo “chegaram”. Portanto, trata-
de”): bem. -se de locução adverbial.

Openbook Apostilas 41
CLASSES DE PALAVRAS (pena; nota musical), o lança-perfume, o matiz, o pro-
clama.
Substantivo • Só femininos: a agravante, a aguardente, a alface,
a apendicite, a bacanal, a cal, a cataplasma, a cólera,
É a palavra que se emprega para nomear seres, coisas, a comichão, a elipse, a gênese, a ioga, a libido, a nuança,
ideias, qualidades, ações, estados, sentimentos. a sentinela.
• Masculinos ou femininos: ágape, aluvião, amálgama,
Classificação dos Substantivos diabete (ou diabetes), ilhós, laringe, sabiá, suéter,
usucapião.
• Comuns (nomes comuns a todos os seres da mesma
espécie): casa, felicidade, mesa, chão, criança, bondade. Gênero e Semântica
• Concretos (seres com existência própria, real ou ima-
ginária): fada, saci, mesa, cadeira, caneta. Cabeça Masculino: o chefe, o dirigente, o líder.
• Abstratos (nomeiam ações, qualidades ou estados, to- Feminino: parte do corpo; pessoa muito in-
mados como seres. Indicam coisas que não existem por teligente; extremidade mais dilatada de um
si, que são o resultado de uma abstração): felicidade, objeto; pessoa ou animal numericamente.
pobreza, honra, caridade.
Caixa Masculino: livro contábil.
• Próprios (designam um ser específico, determinado):
Feminino: recipiente; seção de pagamentos;
Tânia, Pagu, Recife, Brasil, Coca-Cola.
estabelecimento financeiro.
• Simples (um só radical): janela, livro, trem, porta.
• Composto (mais de um radical): arco-íris, sempre-viva, Capital Masculino: riqueza, conjunto de bens.
arranha-céu. Feminino: cidade onde se localiza a sede do
• Primitivo (forma outros substantivos): rosa, pedra, mar. Poder Executivo.
• Derivado (formado a partir de um primitivo): roseiral, Moral Masculino: ânimo, brio.
rosácea, pedreiro, pedregulho. Feminino: conjunto de regras de comporta-
• Coletivos (nomeiam uma coleção de seres ou coisas mento; parte da filosofia que estuda essas
da mesma espécie): acervo (bens, obras artísticas), al- regras; conclusão que se tira de uma história.
cateia (lobos), atilho (espigas), arsenal (armas), atlas Grama Masculino: unidade de massa.
(mapas), baixela (utensílios de mesa), banca (exami- Feminino: erva, relva, planta rasteira.
nadores), bandeira (exploradores), boana (peixes miú-
dos), cabilda (selvagens), cáfila (camelos), código (leis), Número dos Substantivos
corja (bandidos), cortiço (abelhas, casas velhas), correi-
ção (formigas), dactilioteca (anéis), enxoval (roupas), Alguns substantivos usados só no plural: as núpcias, as
falange (soldados, anjos), farândola (maltrapilhos), fezes, os óculos, as cócegas, os víveres.
fressura (vísceras), girândola (fogos), hemeroteca (jor- Outros são uniformes, ou seja, uma única forma tanto
nais, revistas), matilha (cães), mó (gente), pinacoteca para o plural como singular: tênis, vírus, lápis, ônibus, pires.
(quadros), tertúlia (amigos), súcia (gente ordinária). Nesses casos, o número será indicado por artigo, pronome
ou outra palavra que especifique o substantivo: o ônibus, os
Gênero dos Substantivos ônibus, um pires, dois pires, meu lápis, meus lápis.
Uniformes (uma só forma para o masculino e para o 1) Formação do plural dos substantivos simples
feminino):
• Comum de dois gêneros (masculino e feminino dis- a) Substantivos terminados em vogal ou ditongo.
tinguem-se com artigo, pronome ou outra): dentista,
Acrescenta-se a desinência s: caneta(s), livro(s), rei(s), pai(s),
jovem, imigrante, fã, motorista, jornalista, rival.
herói(s), mãe(s).
• Sobrecomum (um só gênero, sem flexão nem do ar-
b) Substantivos terminados em ão. Plural em ôes, ães ou
tigo): a criança, o cônjuge, o sósia, a vítima, o ídolo,
ãos: balão – balões; alemão – alemães; cidadão – cidadãos.
a mascote.
• Epiceno (designa certos animais, diferindo-se pelo Admitem mais de uma forma para o plural: ancião – anciões,
acréscimo de macho e fêmea): o jacaré, a cobra, anciães, anciãos; corrimão – corrimões, corrimãos; guardião
a onça, a borboleta, mosca, tatu, barata, anta. – guardiões, guardiães; vilão – vilões, vilãos.
c) Substantivos terminados em r ou z. Acrescenta-se es
Biformes (uma forma para masculino e outra para o fe- ao singular (no caso, o e é vogal temática; o s é desinência):
minino): pintor – pintores, cruz – cruzes, hambúrguer – hambúrgueres,
• Feminino com o mesmo radical (flexão por desinên- júnior – juniores, sênior – seniores.
cia): menino / menina, aluno / aluna, prefeito / prefeita, d) Substantivos terminados em s. Podemos distinguir
pintor / pintora. dois casos: se o substantivo é proparoxítono ou paroxítono,
• Heterônimos (feminino com radical diferente da for- ele invariável (ônibus, pires, lápis); se é oxítono, acrescenta-
ma masculina): bode / cabra, cão / cadela, carneiro / -se es (país – países, japonês – japonês).
Língua Portuguesa

ovelha, cavaleiro / amazona, cavalheiro / amazona, e) Substantivos terminados em n. Podem formar o plural
compadre / comadre, genro / nora, homem / mulher, em es ou s, sendo a última forma a mais usada (hífen – hífens
patriarca / matriarca. ou hífenes; pólen – pólens ou pólenes; abdômen – abdomens
ou abdômenes).
Substantivos que podem Suscitar Dúvidas f) Substantivos terminados em al, el, ol, ul. Perdem o l
final, que é substituído por is: varal – varais, papel – papéis,
• Só masculinos: o alvará, o anátema, o aneurisma, o farol – faróis, paul – pauis. Exceções: cônsul – cônsules, mal
apêndice, o axioma, o champanha, o diadema, o dó – males, real – réis (a moeda).

42 Openbook Apostilas
g) Substantivos terminados em il: prefixo + substantivo: vice-reitor – vice-reitores; pré-
• quando oxítonos, trocam o l por s: fuzil – fuzis, barril -candidato – pré-candidatos.
– barris. Reduplicação (palavras repetidas ou quase): ono-
• quando paroxítonos, trocam o l por eis: projétil – pro- matopeias (pingue-pongues, tico-ticos, tique-taques,
jéteis, réptil – répteis, fóssil – fósseis. bem-te-vis, reco-recos), mas verbos repetidos têm dois
h) Todos os substantivos terminados em x são unifor- plurais (pisca-piscas ou piscas-piscas, corre-corres ou
mes: o tórax – os tórax, o látex – os látex, a fênix – as fênix. corres-corres).
• Varia somente o primeiro ou variam os dois
2) Formação do plural dos substantivos compostos Substantivo + substantivo (o segundo especifica tipo,
a) Elementos grafados sem hífen, o plural segue as re- finalidade, semelhança ao primeiro, parecendo um ad-
gras utilizadas para os substantivos simples: passatempo – jetivo): pombo-correio – pombos-correio ou pombos-
passatempos, pontapé – pontapés, televisão – televisões, -correios; peixe-espada – peixes-espada ou peixes-es-
planalto – planaltos. padas; manga-rosa – mangas-rosa ou mangas-rosas.
b) Radicais unidos por hífen: • Invariáveis
• Ambos se flexionam: Verbo + advérbio: pisa-mansinho – os pisa-mansinho.
substantivo + substantivo: couve-flor – couves-flores. Verbos antônimos: senta-levanta – os senta-levanta.
substantivo + adjetivo: guarda-florestal – guardas- Frases substantivas: deus-nos-acuda – os deus-nos-
-florestais, obra-prima – obras-primas. -acuda; maria-vai-com-as-outras – os/as maria-vai-
adjetivo + substantivo: puro-sangue – puros-sangues. -com-as-outras; louva-a-deus – os louva-a-deus, estou-
numeral + substantivo: terça-feira – terças-feiras. -fraco – os estou-fraco.
• Somente o primeiro varia • Alguns substantivos que admitem dois plurais
Substantivo + preposição + substantivo: pé de mole- guarda-marinha – guardas-marinhas ou guardas-
que – pés de moleque; mula sem cabeça – mulas sem -marinha
cabeça; água-de-colônia – águas-de-colônia. salvo-conduto – salvos-condutos ou salvo-condutos
• Somente o segundo varia: xeque-mate – xeques-mates ou xeques-mate
verbo + substantivo: guarda-sol – guarda-sóis; beija- fruta-pão – frutas-pães ou frutas-pão
-flor – beija-flores; arranha-céu – arranha-céus.
advérbio + adjetivo: sempre-viva – sempre-vivas; 3) Plural com metafonia. Alguns substantivos, no singu-
abaixo-assinado – abaixo-assinados; alto-falante – lar, têm o o tônico fechado e, quando se pluralizam, trocam
alto-falantes. o o tônico fechado pelo o tônico aberto. Principais casos:

Singular (ô) Plural (ó) Singular (ô) Plural (ó) Singular (ô) Plural (ó)
aposto apostos fogo fogos poço poços
caroço caroços forno fornos porco porcos
corno cornos foro foros porto portos
coro coros fosso fossos posto postos
corvo corvos imposto impostos povo povos
despojo despojos jogo jogos reforço reforços
desporto desportos miolo miolos socorro socorros
destroço destroços olho olhos tijolo tijolos
esforço esforços ovo ovos troco trocos

Grau dos Substantivos Por outro lado, a flexão de grau é mais nítida com o uso
do processo analítico.
A flexão de grau exprime ideia de aumento ou de dimi- Outra curiosidade é perceber que o grau pode conduzir
nuição de tamanho, tendo como referência um grau normal, a novos significados. Exemplo: portão, cartão, cartilha, fo-
que seria o substantivo tal como aparece no dicionário. lhinha (calendário).

Formação do grau do substantivo EXERCÍCIOS


Utilizamos dois processos para formar o aumentativo e 1. Indique a opção em que só aparecem substantivos abs-
o diminutivo: tratos.
a) sintético: acrescentam-se sufixos ao grau normal: a) tempo, angústia, saudade, ausência, esperança, ima-
concurso – concursão (aumentativo sintético) e concursinho
gem.
(diminutivo sintético).
b) angústia, choro, sol, presença, esperança, amizade.
b) analítico: o substantivo é modificado por adjetivos que
c) amigo, dor, claridade, esperança, luz, tempo.
Língua Portuguesa

expressem ideia de aumento ou de diminuição: concurso –


concurso grande e concurso pequeno. d) angústia, saudade, presença, esperança, amizade.
e) espaço, mãos, claridade, rosto, ausência, esperança.
É curioso notar que o processo sintético expressa, com
frequência, não uma variação de tamanho, mas uma carga 2. Aponte a opção em que haja erro quanto à flexão do
afetiva, ou pejorativa. Exemplo: falar que tal obra é um livri- nome composto.
nho agradável ou que Fulano é um amigão são formas que a) vice-presidentes, amores-perfeitos, os bota-fora.
expressam juízos de valor, possuem conotação afetiva e não b) tico-ticos, salários-família, obras-primas.
podem ser classificadas como flexão de grau. c) reco-recos, sextas-feiras, sempre-vivas.

Openbook Apostilas 43
d) pseudoesferas, chefes de seção, pães de ló. Artigo
e) pisca-piscas, cartões-postais, mulas sem cabeças.
Canção Mínima
3. Preencha a frase seguinte com uma das opções. Dese-
javam transformar os...... em ....... do céu. No mistério do Sem-Fim,
a) pagões – cidadões Equilibra-se um planeta.
b) pagãos – cidadões E, no planeta, um jardim,
c) pagões – cidadãos e, no jardim, um canteiro;
d) pagãos – cidadãos no canteiro, uma violeta,
e, sobre ela, o dia inteiro,
4. Assinale o par de vocábulos que formam o plural como entre o planeta e o sem-fim,
balão e caneta-tinteiro: a asa de uma borboleta.
a) vulcão, abaixo-assinado. (Cecília Meireles)
b) irmão, salário-família.
c) questão, manga-rosa. Julgue os itens.
d) bênção, papel-moeda. 1. Nesse jogo de retomadas e acréscimos, os substantivos
e) razão, guarda-chuva. surgem inicialmente precedidos pelo artigo um (“um
planeta”, “um jardim”) e depois pelo artigo o (“no pla-
5. Assinale a opção incorreta. neta”, “no jardim”). A diferença que essa troca de artigo
a) Borboleta é substantivo epiceno. estabelece constitui passagem do particular para o geral.
b) Rival é comum de dois gêneros. 2. A introdução do substantivo asa, no último verso do po-
c) Omoplata é substantivo masculino. ema, precedido pelo artigo a, rompe o processo indicado
d) Vítima é substantivo sobrecomum. na questão anterior, produzindo o efeito de retomar o
e) Nenhuma opção. texto como um todo.

6. Indique o período que não contém um substantivo no Comentários:


grau diminutivo. No poema “Canção mínima”, ocorre seguidamente um
a) Todas as moléculas foram conservadas com as pro- mesmo processo: um substantivo surge inicialmente pre-
priedades particulares, independentemente da atu- cedido pelo artigo um para, pouco depois, ser repetido,
ação do cientista. desta vez precedido do artigo o. Dessa forma, passa-se de
b) O ar senhoril daquele homúnculo transformou-o no “um planeta” para “o planeta”, de “um jardim” para “o
centro de atenções na tumultuada assembleia. jardim” e de “um canteiro” para “o canteiro”. Há, nessa
c) Através da vitrina da loja, a pequena observava curio- substituição de um artigo por outro, uma evidente dife-
samente os objetos decorativos expostos à venda, rença de significado: aquilo que era genérico e indefinido
por preço bem baratinho. ao ser nomeado pela primeira vez surge como particula-
d) De momento a momento, surgiam curiosas sombras rizado e definido ao ser retomado. No poema, esse jogo
e vultos apressados na silenciosa viela. envolvendo artigos e substantivos é o principal recurso
e) Enquanto distraía as crianças, a professora tocava no caminho do amplo e universal ao mínimo e particular.
flautim, improvisando cantigas alegres e suaves.
Artigo é a palavra que pressupõe substantivo escrito.
7. Numere a segunda coluna de acordo com o significado Generaliza ou particulariza o sentido desse substantivo. Ob-
das expressões da primeira coluna e assinale a opção serve: um planeta/o planeta; um canteiro/o canteiro; um
que contém os algarismos na sequência correta. jardim/o jardim; uma violeta/a violeta.
(1) o óleo santo ( ) a moral Em muitos casos, o artigo é essencial na especificação
(2) a relva ( ) a crisma do gênero e do número do substantivo.
(3) um sacramento ( ) o moral O jornalista recusou o convite do representante dos ar-
(4) a ética ( ) o crisma tistas. A jornalista recusou o convite da representante das
(5) a unidade de massa ( ) a grama artistas.
(6) o ânimo ( ) o grama A empresa colocou em circulação o ônibus de três eixos.
A empresa colocou em circulação os ônibus de três eixos.
a) 6, 1, 4, 3, 5, 2
b) 6, 3, 4, 1, 2, 5 Quando antepostos a palavras de qualquer classe gra-
c) 4, 1, 6, 3, 5, 2 matical, os artigos as transformam em substantivos. Nesses
d) 4, 3, 6, 1, 2, 5 casos, ocorre a chamada derivação imprópria.
e) 6, 1, 4, 3, 2, 5 É um falar que não tem fim.
O assalariado vive um sofrer interminável.
8. Assinale a opção em que a flexão do substantivo com- O aqui e o agora nem sempre se conjugam favoravel-
posto está errada. mente.
a) os pés de chumbo.
b) os corre-corre. Sintaticamente, os artigos atuam sempre como adjuntos
Língua Portuguesa

c) as públicas-formas. adnominais.
d) os cavalos-vapor.
e) os vai-véns. Classificação dos artigos

GABARITO a) Artigo indefinido: indica seres quaisquer dentro de


uma mesma espécie; seu sentido é genérico. Assume as for-
1. d 3. d 5. c 7. d mas um, uma; uns, umas.
Gosto muito de animais: queria ter um cachorro, uma
2. e 4. c 6. e 8. e gata, uns tucanos e umas araras.

44 Openbook Apostilas
b) Artigo definido: indica seres determinados dentro d) preposição, pronome, artigo.
de uma espécie; seu sentido é particularizante. Assume as e) artigo, pronome, pronome.
formas o, a; os, as.
Meu vizinho gosta muito de animais: você precisa ver o 4 Assinale a opção correta.
cachorro, a gata, os tucanos e as araras que ele tem em casa. a) Mostraram-me cinco livros. Comprei todos cinco.
b) Mostraram-me cinco livros. Comprei todos cinco livros.
Combinações dos Artigos c) Mostraram-me cinco livros. Comprei todos os cinco.
d) Mostraram-me cinco livros. Comprei a todos cinco
É muito frequente a combinação dos artigos definidos e livros.
indefinidos com preposições. O quadro seguinte apresenta
e) Nenhuma das alternativas.
a forma assumida por essas combinações:
5 “O policial recebeu o ladrão a bala. Foi necessário ape-
reposições Artigos Combinações nas um disparo: o assaltante recebeu a bala na cabeça e
P
a ao, aos, à, às morreu na hora.”
o, os, a, do, dos, da, das, dum, duma, No texto, os vocábulos destacados são, respectivamente:
de a) preposição e artigo.
as, um, duns, dumas
uma, uns, no, nos, na, nas, num, numa, b) preposição e preposição.
em c) artigo e artigo.
umas nuns, numas
d) artigo e preposição.
por (per) pelo, pelos, pela, pelas
e) artigo e pronome indefinido.
Observações:
1. As formas à e às indicam a fusão da preposição a com 6 Procure e assinale a única opção em que há erro no em-
o artigo definido a. Essa fusão de vogais idênticas é conhe- prego do artigo.
cida por crase. a) Nem todas as opiniões são valiosas.
2. As formas pelo(s) /pela(s) resultam da combinação b) Disse-me que conhece todo o Brasil.
dos artigos definidos com a forma per, equivalente a por. c) Leu todos os dez romances do escritor.
d) Andou por todo Portugal.
EXERCÍCIOS e) Todas as cinco, menos uma, estão corretas.

1. Os artigos são responsáveis por diversos detalhes de sig- 7 Assinale a opção em que há erro.
nificação nas diferentes situações comunicativas em que a) Li a notícia no Estado de S. Paulo.
são empregados. Leia as frases seguintes e comente o b) Li a notícia em O Estado de S. Paulo.
valor dos artigos destacados. c) Essa notícia, eu a vi em A Gazeta.
a) Estou levando produtos da região. d) Vi essa notícia em A Gazeta.
b) O menino estava tão encabulado que não sabia o que
e) Foi em O Estado de S. Paulo que li a notícia.
fazer com as mãos.
c) Em poucos instantes, pôs-se a chorar e a chamar pela
mãe. 8 Indique o erro quanto ao emprego do artigo.
d) A carne está custando 20 reais o quilo. a) Em certos momentos, as pessoas as mais corajosas
e) Aquele era o momento de minha vida. se acovardam.
b) Em certos momentos, as pessoas mais corajosas se
2. Explique as diferenças de significado entre as frases de acovardam.
cada par: c) Em certos momentos, pessoas as mais corajosas se
a) Todo dia ele faz isso. acovardam.
Todo o dia ele faz isso. d) Em certos momentos, as mais corajosas pessoas se
b) Pedro não veio. acovardam.
O Pedro não veio.
c) Essa caneta é minha. GABARITO
Essa caneta é a minha.
d) O dirigente sindical apresentou reivindicações dos
trabalhadores na reunião. 1. a) Região específica.
O dirigente sindical apresentou as reivindicações dos b) Sentido de posse (mãos dele).
trabalhadores na reunião c) Posse (mãe dele).
e) Chico Buarque, grande compositor brasileiro, é tam- d) Sentido de cada quilo.
bém escritor. e) Momento específico.
Chico Buarque, o grande compositor brasileiro, é tam-
bém escritor. 2. a) Diariamente x O dia inteiro.
b) Qualquer Pedro, pouco conhecido x Pedro especí-
Língua Portuguesa

3. Observe: fico, bem conhecido.


“... foram intimados a comparecer...” c) Uma entre minhas canetas x Minha única caneta.
“... não a fizeram...” d) Algumas reivindicações x A totalidade das reivindi-
“... a sua oração...” cações.
e) Um dos grandes compositores brasileiros x O único
As três ocorrências do a são, respectivamente: grande, o maior compositor brasileiro.
a) preposição, pronome, preposição.
b) artigo, artigo, preposição. 3. d 4. c 5. a 6. d 7. a
c) pronome, artigo, preposição.

Openbook Apostilas 45
Adjetivo pássaro frágil/ave frágil
ator ruim/atriz ruim
Adjetivo é a palavra que caracteriza o substantivo, empresa agrícola/planejamento agrícola
atribuindo-lhe qualidades (ou defeitos) e modos de ser, ou vida exemplar/comportamento exemplar
indicando-lhe o aspecto ou o estado. homem audaz/mulher audaz
Imprensa injusta, sensacionalista, partidária, tenden- • São uniformes os adjetivos compostos em que o se-
ciosa. gundo elemento é um substantivo.
Acusações substantivas, ferozes, infundadas, justas. casaco amarelo-limão – camisa amarelo-limão
carro verde-garrafa – bicicleta verde-garrafa
A palavra adjetivo significa “colocado ao lado de, jus- papel verde-mar – tinta verde-mar
taposta a”. Esse significado enfatiza o caráter funcional do • Também são uniformes os compostos azul-marinho e
conceito de adjetivo: observe que é necessário apresentar azul-celeste.
a relação que se estabelece entre o substantivo e o adjetivo
para poder conceituar este último. Na realidade, substantivos Flexão de Número
e adjetivos apresentam muitas características semelhantes e,
em muitas situações, a distinção entre ambos só é possível O adjetivo concorda em número com o substantivo a
a partir de elementos fornecidos pelo contexto: que se refere.
O jovem brasileiro tornou-se participativo. governante capaz / governantes capazes
O brasileiro jovem enfrenta dificuldades profissionais. salário digno/salários dignos

Na primeira frase, jovem é substantivo, e brasileiro é Formação do plural dos adjetivos compostos
adjetivo. Na segunda, invertem-se esses papéis: brasileiro O plural dos adjetivos compostos segue os mesmos pro-
é substantivo, e jovem passa a ser adjetivo. Ser adjetivo ou cedimentos da variação de gênero desses adjetivos:
ser substantivo não decorre, portanto, de características • Nos adjetivos compostos formados por dois adjetivos,
morfológicas da palavra, mas de sua situação efetiva numa apenas o segundo elemento vai para o plural:
frase da língua. tratado luso-brasileiro / tratados luso-brasileiros
Há conjuntos de palavras que têm o valor de um adjetivo: intervenção médico-cirúrgica / intervenções médico-
são as locuções adjetivas. Essas locuções são normalmente -cirúrgicas
formadas por uma preposição e um substantivo ou por uma Destaque-se novamente surdo-mudo:
preposição e um advérbio; para muitas delas, existem adje- rapaz surdo-mudo / rapazes surdos-mudos
tivos equivalentes. • Os adjetivos compostos em que o segundo elemento
Conselho de pai (= paterno) / Jornal de ontem / Inflama- é um substantivo são invariáveis também em número:
ção da boca (= bucal) Gente de longe. recipiente verde-mar / recipientes verde-mar
uniforme amarelo-canário / uniformes amarelo-canário
Flexões dos Adjetivos Também são invariáveis azul-marinho e azul-celeste:
camisa azul-marinho / camisas azul-marinho
Os adjetivos se flexionam em gênero e número e apre- camiseta azul-celeste / camisetas azul-celeste
sentam variações de grau bem mais complexas que as dos
substantivos. Flexão de Grau

Flexão de Gênero Os adjetivos variam em grau quando se deseja comparar


ou intensificar as características que atribuem. Há, portanto,
O adjetivo concorda em gênero com o substantivo a que dois graus do adjetivo: o comparativo e o superlativo.
se refere:
Um comportamento estranho. Grau comparativo
Uma atitude estranha. Compara-se a mesma característica atribuída a dois ou
Um jornalista ativo. mais seres ou duas ou mais características atribuídas a um
Uma jornalista ativa. mesmo ser. Observe as frases seguintes:

Formação do feminino dos adjetivos biformes Comparativo Ele é tão exigente quanto justo.
Os adjetivos biformes possuem uma forma para o gênero
de igualdade Ele é tão exigente quanto (ou
masculino e outra para o feminino. A formação do feminino
desses adjetivos costuma variar de acordo com a terminação como) seu irmão.
da forma masculina.
Comparativo de Estamos mais atentos (do) que
• Nos adjetivos compostos formados por dois adjetivos, superioridade eles.
apenas o último elemento sobre flexão: Estamos mais atentos (do) que
cidadão luso-brasileiro – cidadã luso-brasileira ansiosos.
casaco verde-escuro – saia verde-escura
Língua Portuguesa

consultório médico-dentário – clínica médico-dentária


Comparativo de Somos menos passivos (do) que
Destaque-se surdo-mudo, em que variam os dois ele- inferioridade eles.
mentos: Somos menos passivos (do) que
rapaz surdo-mudo – moça surda-muda tolerantes

Adjetivos uniformes Os adjetivos bom, mau, grande e pequeno têm formas


São os adjetivos que possuem uma única forma para sintéticas para o grau comparativo de superioridade: melhor,
o masculino e o feminino. pior, maior e menor, respectivamente:

46 Openbook Apostilas
Essa solução é melhor (do) que a outra. Locução Adjetiva
Minha voz é pior (do) que a sua.
O descaso pela miséria é maior (do) que o senso huma- Compõe-se de preposição (de) e substantivo. Ex.: de pai
nitário. (paterno), bucal (da boca). Essa correspondência entre lo­
A preocupação social é menor (do) que a ambição in- cução adjetiva e adjetivo, no entanto, nem sempre se verifica,
dividual. ou por não existir um dos dois, ou por não ser preservado o
sentido quando se substitui um pelo outro. Colar de marfim,
As formas analíticas correspondentes (mais bom, mais por exemplo, é expressão usada cotidianamente, mas seria
mau, mais grande, mais pequeno) só devem ser usadas quan- pouco recomendável dizer, no mesmo contexto cotidiano,
do se comparam duas características de um mesmo ser: colar ebúrneo ou colar ebóreo, porque tais adjetivos têm
Ele é mais bom (do) que inteligente. uso restrito à linguagem literária e, portanto, seriam ade-
Todo corrupto é mais mau (do) que esperto. quados somente em contextos eruditos, mais formais. Ana-
Meu salário é mais pequeno (do) que justo. logamente, contrato leonino é uma expressão empregada na
Este país é mais grande (do) que equilibrado. linguagem jurídica; entretanto, é pouquíssimo provável que
os advogados passem a dizer contrato de leão.
Observe:
Atente para o fato de que a forma menor é um compara-
A greve de professores tem tomado proporções incontro-
tivo de superioridade, pois equivale a mais pequeno.
láveis. O movimento docente se justifica em face da inércia
do governo.
Grau superlativo
A característica atribuída pelo adjetivo é intensificada de
forma relativa ou absoluta.
Exercícios
No grau superlativo relativo, a intensificação da caracte-
1. Complete as frases abaixo com a forma apropriada do
rística atribuída pelo adjetivo é feita em relação a todos os adjetivo colocado entre parênteses.
demais seres de um conjunto que a possuem. a) Apesar de ser uma dentista ___________________
O superlativo relativo pode exprimir superioridade ou (recém-formado), possuía já uma ______________
inferioridade, e é sempre expresso de forma analítica: (numeroso) clientela.
b) Comprei uma camisa __________________ (ama-
Superlativo relativo Ele é o mais atento de todos. relo-claro) e um chapéu __________________ (cor-
de superioridade Ele é o mais exigente de todos -de-rosa) para desfilar no Carnaval.
os irmãos. c) Aquela moça é __________ (sandeu). Onde já se viu
dar tanto dinheiro por uma motocicleta __________
____________ (amarelo-limão)!
Superlativo relativo Você é o menos crítico de todos. d) Todas aquelas famílias __________ (sulino) são de
de inferioridade Você é o menos passivo de to- origem __________ (europeu).
dos os amigos. e) Sou do tempo em que se usava camisa __________
(branco), calça _____________________ (azul-ma-
As formas do superlativo relativo de superioridade dos rinho) e sapatos __________ (preto) como uniforme
adjetivos bom, mau, grande pequeno também são sintéticas: nos colégios ____________ (estadual).
o melhor, o pior, o maior e o menor.
No grau superlativo absoluto, intensifica-se a caracterís- 2. Seguindo o modelo, construa frases comparativas a
tica atribuída pelo adjetivo a um determinado ser. O super- partir dos elementos fornecidos em casa item seguinte.
lativo absoluto pode ser analítico ou sintético: A relação de comparação a ser feita vem indicada entre
a) O superlativo absoluto analítico é formado normal- parênteses.
mente com a participação de um advérbio: País pobre – países vizinhos (igualdade)
Você é muito crítico. Ele é demasiadamente exigente. É um país tão pobre quanto (ou como) os países vizinhos.
Somos excessivamente tolerantes. a) indivíduo capaz – seus companheiros (igualdade).
b) rio poluído – outros rios (inferioridade).
b) O superlativo absoluto sintético é expresso com a c) animal feroz – outros animais (superioridade).
participação de sufixos. O mais comum deles é -íssimo; nos d) cidade pequena – cidades vizinhas (superioridade).
adjetivos terminados em vogal, esta desaparece ao ser acres-
centado o sufixo do superlativo: 3. Complete as frases de acordo com o modelo.
Trata-se de um artista originalíssimo. Ela não é apenas uma funcionária competente: ela é a
Ele é exigentíssimo. Seremos tolerantíssimos. mais competente de todas!
a) Esta não é apenas uma solução razoável:
Muitos adjetivos possuem formas irregulares para expri- b) Ele não é apenas um aluno aplicado:
c) Esta não é apenas uma má saída:
mir o grau superlativo absoluto sintético. Muitas dessas irre-
d) Ele não é apenas um grande amigo:
gularidades ocorrem porque o adjetivo, ao receber o sufixo,
reassume a forma latina. É o caso dos adjetivos terminados
Língua Portuguesa

4. Complete as frases de acordo com o modelo:


em -vel, que assumem a terminação -bilíssimo: É um poema belo. Não: é belíssimo!
volúvel – volubilíssimo / indelével – indelebilíssimo a) A vida é frágil.
b) Era um homem talentoso.
Os adjetivos terminados em -io formam o superlativo c) É um jogador ágil.
absoluto sintético em -íssimo: d) Foi um lugar agradável.
sério – seriíssimo e) Será uma pessoa amável.
necessário – necessariíssimo f) É uma moeda antiga.
frio – friíssimo g) É um corredor audaz.

Openbook Apostilas 47
h) Seria um homem bom. Pronomes
i) É uma solução boa.
j) Teria sido um animal feroz. Pronome substitui e/ou acompanha o nome.
k) Fora um espírito livre. Pedro acordou tarde. Ele ainda dormia, quando sua mãe
l) É um sujeito magro. o chamou.
m) É um país pobre. Pronomes: Ele = Pedro (só substitui).
n) Tinha sido uma pessoa simpática. Sua = de Pedro (substitui Pedro e acompanha “mãe”).
o) É uma alma volúvel. O = Pedro (só substitui Pedro).
5. Alguns concursos cobram diferença entre o nível formal Existem seis tipos de pronomes:
e o nível coloquial. Observe algumas dessas formas co- • pessoais
loquiais nas frases abaixo; reescreva as frases utilizando • demonstrativos
o superlativo absoluto apropriado à língua formal. • possessivos
a) É um piloto hiperveloz!
• relativos
b) Crianças subnutridas têm uma constituição vulnerá-
• interrogativos
vel, vulnerável.
• indefinidos
c) Ela adotou uma posição supercrítica.
d) É superpossível que a gente vá viajar.
e) Tem uma cabeça arquipequena! As provas cobram muito os pronomes relativos, os de-
f) É um cão supermanso. monstrativos e os pessoais “o” e “lhe”.
g) Ele é arquiamigo de meu irmão.
h) É uma planta fragilzinha. Pronomes Substantivos e Pronomes Adjetivos
i) Saiu daqui felizinho da silva!
j) É um cara sabidão! Quando um pronome é empregado junto de um subs-
tantivo, ele é chamado de pronome adjetivo; e quando um
GABARITO pronome aparece isolado, sozinho na frase, ele é chamado
de pronome substantivo.
1. a) recém-formada, numerosa. Ninguém pode adivinhar suas vontades?
b) amarelo-clara, cor-de-rosa. Ninguém → pronome substantivo (pois está sozinho).
c) sandia, amarelo-limão. suas → pronome adjetivo (pois está junto do substantivo
d) sulinas, europeia. vontades).
e) branca, azul-marinho, pretos.
Encontrei minha caneta, mas não a apanhei.
2. a) É um indivíduo tão capaz quanto seus companheiros. minha → pronome adjetivo.
b) É um rio menos poluído (do) que outros. a → pronome substantivo.
c) É um animal mais feroz (do) que outros.
d) É uma cidade menor (do) que as cidades vizinhas. Exercício
3. a) é a mais razoável de todas. Coloque: (1) para pronome substantivo e (2) para pro-
b) é o mais aplicado de todos. nome adjetivo.
c) é a pior de todas. a) Estas montanhas escondem tesouros.
d) é o maior de todos. b) Aquilo jamais se repetirá.
c) Qualquer pessoa o ajudaria.
4. a) fragílima d) Nossa esperança é que ele volte.
b) talentosíssimo.
c) agílimo
d) agradabilíssimo
Pronomes Pessoais
e) amabilíssima
f) antiguíssima Vamos supor que a Gorete esteja com fome e que ela
g) audacíssimo queira contar isso para uma outra pessoa que a esteja ouvin-
h) boníssimo do. É claro que, numa situação normal de comunicação, não
I) boníssima usaria a frase Gorete está com fome, e sim a frase:
j) ferocíssimo Eu estou com fome.
k) libérrimo • eu designa o que chamamos de 1ª pessoa gramatical,
l) macérrimo/magríssimo isto é, a pessoa que fala.
m) pobríssimo/paupérrimo Se, no entanto, fosse mais de uma pessoa que estivesse
n) simpaticíssima com fome, uma delas poderia falar assim:
o) volubilíssima Nós estamos com fome.

5. a) velocíssimo Vamos supor, agora, que Gorete esteja conversando com


Língua Portuguesa

b) vulnerabilíssima um amigo e queira saber se tal amigo está com fome. Ela,
c) criticíssima então, usaria a seguinte frase:
d) possibilíssimo Tu estás com fome? ou: Você está com fome?
e) mínima • Tu (você) designa o que chamamos de 2ª pessoa gra-
f) mansuetíssimo matical, isto é, a pessoa com quem se fala.
g) amicíssimo
h) fragílima Se, por outro lado, Gorete estiver conversando com mais de
i) felicíssimo uma pessoa e quiser saber se elas estão com fome, falará assim:
j) sapientíssimo Vós estais com fome? ou: Vocês estão com fome?

48 Openbook Apostilas
Vamos imaginar, agora, que Gorete esteja conversando sujeito. Nas frases em que isso ocorre, tais pronomes são
com um amigo e queira afirmar que o cão que acompanha chamados pronomes reflexivos.
esse amigo está doente. Ela pode se expressar assim: Eu me machuquei. me (= a mim mesmo) → pronome
O cão está doente, ou então, Ele está doente. reflexivo.
• ele designa o que chamamos de 3ª pessoa gramatical,
isto é, a pessoa, o ser a respeito de quem se fala. b) Os pronomes oblíquos si e consigo são sempre re-
flexivos.
eu, nós, tu, vós, ele, eles são, nas frases analisadas, exem- Márcia só pensa em si. (= pensa nela mesma)
plos de pronomes pessoais. Ele trouxe consigo o livro. (= com ele mesmo)

Podemos concluir, então, que pronomes pessoais são Note, portanto, que frases como as exemplificadas a se-
aqueles que substituem os nomes e representam as pessoas guir são gramaticalmente incorretas.
gramaticais. Marcos, eu preciso falar consigo.
São três as pessoas gramaticais: Eu gosto muito de si, minha amiga.
• 1ª pessoa (a que fala): eu, nós
• 2ª pessoa (com quem se fala): tu, vós c) Os pronomes oblíquos nos, vos e se, quando significam
• 3ª pessoa (de quem se fala): ele(s), ela(s). um ao outro, indicam a reciprocidade (troca) da ação. Nesse
caso são chamados de pronomes reflexivos recíprocos.
Quadro dos pronomes pessoais Os jogadores se abraçavam após o gol. Onde: se (= um
ao outro) → pronome reflexivo recíproco.
Caso oblíquo (outras funções)
Caso reto
(sujeito) Átonos (sem Tônicos (com d) Eu x mim: eu (pronome reto) só pode funcionar como
preposição escrita) preposição escrita) sujeito, enquanto mim (pronome oblíquo) só pode ter outras
Singular: funções, nunca sujeito. Daí termos frases como:
eu, me, mim, comigo Ela trouxe o livro para eu ler. (correto)
tu te, ti, contigo
ele(a) se, o, a, lhe si, consigo, ele, ela Sujeito

Plural: Ela trouxe o livro para mim. (correto)
nós, nos, nós, conosco
vós, vos, vós, convosco Não pode ser sujeito
eles(as) se, os, as, lhes si, consigo, eles, elas Ela trouxe o livro para mim ler. (errado)

Observações: Não pode ser sujeito
1. Um pronome pessoal é pronome reto quando exerce a
função de sujeito da oração e é um pronome oblíquo e) Entre todos os pronomes pessoais somente os pro-
quando exerce função que não seja a de sujeito da nomes eu e tu não podem ser pronomes oblíquos (reveja
oração. o quadro). Esses dois pronomes só podem exercer a função
Ela pediu ajuda para nós. de sujeito da oração. Nas frases em que não for para exercer
Ela: pronome reto (funciona como sujeito). a função de sujeito, tais pronomes devem ser substituídos
nós: pronome oblíquo (não funciona como sujeito). pelos seus pronomes oblíquos correspondentes.
Eu → me, mim; Tu → te, ti.
Nós jamais a prejudicamos.
Nós: pronome reto (sujeito). Eu e ela iremos ao jogo. (correto)
a: pronome oblíquo (não sujeito).
Sujeito
2. Os pronomes oblíquos átonos nunca aparecem pre-

cedidos de preposição. Uma briga aconteceu entre mim e ti. (correto)
A vida me ensina a ser realista.

Sujeito não sujeito


pron. obl. átono Não houve nada entre eu e ela. (errado)
Não houve nada entre mim e ela. (correto)
3. Os pronomes oblíquos tônicos sempre aparecem
precedidos de preposição. Pronomes Pessoais de Tratamento
Ela jamais iria sem mim.
Os pronomes de tratamento* são pronomes pessoais
prep. pron. obl. tônico usados no tratamento cerimonioso e cortês entre pessoas.

Língua Portuguesa

Os principais são:
4. Os pronomes oblíquos tônicos, quando precedidos da Vossa Alteza (V.A.) → Príncipe, Duques
preposição com, combinam-se com ela, originando as Vossa Majestade (V.M.) → Reis
formas: comigo, contigo, consigo, conosco, convosco. Vossa Santidade (V.S.) → Papas
Vossa Eminência (V.Emª.) → Cardeais
Emprego dos Pronomes Pessoais Vossa Excelência (V.Exª.) → Autoridades em geral

a) Os pronomes oblíquos me, nos, te, vos e se podem * Ver Manual de Redação da Presidência da República, para usos
indicar que a ação praticada pelo sujeito reflete-se no próprio conforme normas de redação oficial.

Openbook Apostilas 49
Observação: ronomes Indefinidos
Existem, para os pronomes de tratamento, duas formas

P
distintas: Vossa (Majestade, Excelência etc.) e Sua (Majesta- Pronomes indefinidos são pronomes que se referem à 3ª
de, Excelência etc.). Você deve usar a forma Vossa quando pessoa gramatical (pessoa de quem se fala), quando consi-
estiver falando com a própria pessoa e usar a forma Sua derado de modo vago e indeterminado.
quando estiver falando a respeito da pessoa. Acredita em tudo que lhe dizem certas pessoas.
Vossa Majestade é cruel. (falando com o rei)
Sua Majestade é cruel. (falando a respeito do rei) Quadro dos pronomes indefinidos

Pronomes Possessivos
Variáveis Invariáveis
Pronomes possessivos são aqueles que se referem às algum(ns); alguma(s) alguém
três pessoas gramaticais (1ª, 2ª e 3ª), indicando o que cabe nenhum(ns); nenhuma(s) ninguém
ou pertence a elas. todo(s); toda(s) tudo
Tuas opiniões são iguais às minhas. outro(s); outra(s) outrem
• tuas: pronome possessivo correspondente à 2ª pessoa muito(s); muita(s) nada
do singular (tu). pouco(s); pouca(s) cada
• minhas: pronome possessivo correspondente à 1ª certo(s); certa(s) algo
pessoa do singular (eu). tanto(s); tanta(s)
quanto(s); quanta(s)
É importante fixar bem que há uma relação entre os pro- qualquer; quaisquer
nomes possessivos e os pronomes pessoais.
Observe atentamente o quadro abaixo: Observação:
Um pronome indefinido pode ser representado por ex-
pressões formadas por mais de uma palavra. Tais expressões
Pronomes pessoais Pronomes possessivos
são denominadas locuções pronominais. As mais comuns
eu → meu, minha, meus, minhas são: qualquer um, todo aquele que, um ou outro, cada um,
seja quem for.
tu → teu, tua, teus, tuas Seja qual for o resultado, não desistiremos.
ele → seu, sua, seus, suas
nós → nosso, nossa, nossos, nossas Pronomes Interrogativos
vós → vosso, vossa, vossos, vossas Pronomes interrogativos são aqueles empregados para
eles → seu, sua, seus, suas fazer uma pergunta direta ou indireta. Da mesma forma que
ocorre com os indefinidos, os interrogativos também se re-
Emprego dos Pronomes Possessivos ferem, de modo vago, à 3ª pessoa gramatical.
Os pronomes interrogativos são os seguintes:
a) Quando são usados pronomes de tratamento (V.Sª, Que, quem, qual, quais, quanto(s) e quanta(s).
V.Excia etc.), o pronome possessivo deve ficar na 3ª pessoa
Que horas são? (frase interrogativa direta)
(do singular ou do plural) e não na 2ª pessoa do plural.
Gostaria de saber que horas são. (interrogativa indireta)
Vossa Majestade depende de seu povo.
Quantas crianças foram escolhidas?

Pron. tratamento 3ª pessoa
Pronomes Relativos
Vossas Majestades confiam em seus conselheiros?
Vamos supor que alguém queira transmitir-nos duas in-
formações a respeito de um menino. Esse alguém poderia

Pron. tratamento 3ª pessoa
falar assim:
b) Os pronomes possessivos seu(s) e sua(s) podem se Eu conheço o menino. O menino caiu no rio.
referir tanto à 2ª pessoa (pessoa com quem se fala), como
à 3ª pessoa (pessoa de quem se fala). Mas essas duas informações poderiam também ser trans-
Sua casa foi vendida (sua = de você) mitidas utilizando-se não duas frases separadas, mas uma
Sua casa foi vendida (sua = dele, dela) única frase formada por duas orações. Com isso, seria evitada
a repetição do substantivo menino. A frase ficaria assim:
Essa dupla possibilidade de uso de tais pronomes pode

gerar ambiguidade ou frases com duplo sentido. Quando isso
Eu conheço o menino que caiu no rio.
ocorrer, você deve procurar trocar os pronomes seu(s) e sua(s)
por dele(s) ou dela(s), a fim de tornar a frase mais clara.
Língua Portuguesa


1ª oração 2ª oração
c) Os pronomes seu(s) e sua(s) são usados tanto para 3ª
pessoa do singular como para 3ª pessoa do plural (confira Observe que a palavra que substitui, na segunda oração,
tal afirmação no quadro acima). a palavra menino, que já apareceu na primeira oração. Essa
é a função dos pronomes relativos.
d) Os pronomes possessivos podem, em muitos casos, Podemos dizer, então, que pronomes relativos são os que
ser substituídos por pronomes oblíquos equivalentes. se referem a um substantivo anterior a eles, substituindo-o
A chuva molha-me o rosto. (= molha meu rosto). na oração seguinte.

50 Openbook Apostilas
Quadro dos pronomes relativos Exercícios
Variáveis
Invariáveis (Cespe/Prefeitura do Rio Branco) À semelhança do Brasil, o
Masculino Feminino Acre compõe-se de uma grande diversidade de povos indí-
o qual, os quais, a qual, as quais, genas, cujas situações frente à sociedade nacional também
que, quem, são muito variadas.
cujo, cujos, quanto, cuja, cujas,
onde, como 1. A substituição de “cujas” por as quais mantém a correção
quantos quanta, quantas
gramatical do período e as relações lógicas originais.
Observações:
• Como relativo, o pronome que é substituível por o qual, Analisando o emprego do pronome relativo CUJO
a qual, os quais, as quais. • acompanha substantivo posterior;
Já li o livro que comprei. (= livro o qual comprei) • refere-se a substantivo anterior;
• sentido de posse;
• Há frases em que a palavra retomada, repetida pelo • varia com a palavra posterior.
pronome relativo, é o pronome demonstrativo o, a,
os, as. Observo os povos indígenas cujo líder é guerreiro.
Ele sempre consegue o que deseja. Observo os povos indígenas cuja cultura é milenar.
Observo as tribos indígenas cujos líderes são guerreiros.
pron. dem. pron. relativo Observo as tribos indígenas cujas culturas são milenares.
(= aquilo) (o qual)
Cuidado!
• O relativo quem só é usado em relação a pessoas e São estruturas inadequadas as seguintes:
aparece sempre precedido de preposição. Observo os povos indígenas que o líder é guerreiro.
O professor de quem você gosta chegou. Observo os povos indígenas que o líder deles é guerreiro.

pessoa preposição Regra:

Para “ligar” dois substantivos com relação de posse entre
• O relativo cujo (e suas variações) é, normalmente, em- si, somente é correto no padrão da Língua Portuguesa o
pregado entre dois substantivos, estabelecendo entre emprego do relativo cujo e suas variações.
eles uma relação de posse e equivale a do qual, da
qual, dos quais, das quais. (PMVTEC/Analista) Na saúde, o município destaca o proje-
Compramos o terreno cuja frente está murada. (cuja to MONICA – Monitoramento Cardiovascular –, em que se
frente = frente do qual) quantificou o risco de a população de Vitória na faixa de 25
a 64 anos ter problemas cardiovasculares.
Note que após o pronome cujo (e variações) não se 2. Mantendo-se a correção gramatical do período, o trecho
usa artigo. Por isso, deve-se dizer, por exemplo: “em que se quantificou” poderia ser reescrito da seguinte
Visitei a cidade cujo prefeito morreu, e não: maneira: por meio do qual se quantificou.
Visitei a cidade cujo o prefeito morreu.
(PMVSEMUS/Médico) Texto dos itens 3, 4 e 5:
• O relativo onde equivale a em que. Preocupam-se mais com a AIDS do que os meninos e as me-
Conheci o lugar onde você nasceu. ninas da África do Sul, onde a contaminação segue em ritmo
alarmante. Chegam até a se apavorar mais com a gripe do
(em que) frango do que as crianças chinesas, que conviveram com a
epidemia. Esses dados constam de uma pesquisa inédita que
• Quanto(s) e quantas(s) só são pronomes relativos se ouviu 2.800 crianças com idade entre 8 e 15 anos das classes
estiverem precedidos dos indefinidos tudo, tanto(s), A e C em catorze países.
tanta(s), todo(s), toda(s). 3. Preservam-se as ideias e a correção gramatical do texto
Sempre obteve tudo quanto quis. ao se substituir o pronome “onde” por cuja, apesar de
o texto tornar-se menos formal.
indefinido relativo
Estudando o pronome relativo ONDE

Outros exemplos de reunião de frases por meio de pro- Observe:
nomes relativos: Visitei o bairro. Você mora no bairro.
Eu visitei a cidade. Você nasceu na cidade. Note que no = em + o.
Então: Visitei o bairro no qual você mora.
onde Note que no qual = em + o qual.
Eu visitei a cidade em que você nasceu.
na qual Empregando onde, teremos:
Visitei o bairro onde você mora.
Observe que, nesse exemplo, antes dos relativos que e
qual houve a necessidade de se colocar a preposição em, que é Regras:
Língua Portuguesa

exigida pelo verbo nascer (quem nasce, nasce em algum lugar). • onde só pode se referir a um lugar;
Você comprou o livro. Eu gosto do livro. • podemos substituir onde por no qual e suas variações;
• podemos substituir onde por em que.
de que
Você comprou o livro eu gosto.
do qual ONDE versus AONDE
Observe:
Da mesma forma que no exemplo anterior, aqui houve Visitei o bairro onde você mora. (Quem mora, mora em...)
a necessidade de se colocar a preposição de, exigida pelo Visitei o bairro aonde você foi. (Quem foi, foi a...)
verbo gostar (quem gosta, gosta de alguma coisa). Então: aonde = a + onde.

Openbook Apostilas 51
ronomes Demonstrativos Senhor Governador,
Informo a V. Exa. que esta Casa colocará em pauta na
P
Pronomes demonstrativos são os que indicam a posição quarta-feira próxima a análise do projeto que destina
ou o lugar dos seres, em relação às três pessoas gramaticais. verba para reforma do Ginásio Américo de Almeida.
Aquela casa é igual à nossa. Essa Governadoria pode aguardar informativo na
quinta-feira.
Pron. dem.
Exemplo 2:
Quadro dos pronomes demonstrativos Aqui nesta sala onde estamos, às vezes, escutamos vo-
zes vindas daquela sala onde estão tendo aula de Finanças
Variáveis Invariáveis Públicas.
este, esta, estes, estas isto
2) Para referência a termos anteriores e posteriores
esse, essa, esses, essas isso
Regra:
aquele, aquela, Para termos a serem mencionados: este, esta, isto.
aquilo
aqueles, aquelas Para termos já mencionados: esse, essa, isso.
o, a, os, as o
3) Para referência a termos anteriores separadamente
Atenção! Regra:
Também podem funcionar como pronomes demonstra- Para referência ao primeiro mencionado: aquele, aquela,
tivos as palavras: o(s), a(s), mesmo(s), semelhante(s), aquilo.
tal e tais, em frases como: Para referência ao último mencionado: este, esta, isto.
Chegamos hoje, não o sabias? (o = isto) Para referência ao termo entre o primeiro e o último:
Quem diz o que quer, ouve o que não quer. (o = aquilo) esse, essa, isso.
Tais coisas não se dizem em público! (tais = estas)
4. (AFRF) Em relação aos elementos que constituem a coe­
É importante saber distinguir quando temos artigo o, são do texto abaixo, assinale a opção correta.
a, os, as e quando pronomes demonstrativos o, a, os, as.
O livro que você trouxe não é o que te pedi. 1 O caráter ético das relações entre o cidadão e o
– Note que o equivale a aquele. poder está naquilo que limita este último e, mais que
A revista que você trouxe não é a que te pedi. isso, o orienta. Os direitos humanos, em sua primei-
– Note que a equivale a aquela. 4 ra versão, como direitos civis, limitavam a ação do
Pode fazer o que você quiser. Estado sobre o indivíduo, em especial na qualidade
– Note que o equivale a aquilo. que este tivesse, de proprietário. Com a extensão
7 dos direitos humanos a direitos políticos e sobretudo
Cuidado! sociais, aqueles passam – pelo menos idealmente
Artigo pressupõe um substantivo ligado a ele na expressão. – a fazer mais do que limitar o governante: devem
O livro, a revista, o grande e precioso livro, a nova e in- 10 orientar sua ação. Os fins de seus atos devem estar di-
teressante revista. recionados a um aumento da qualidade de vida, que
não se esgota na linguagem dos direitos humanos,
São três situações de uso dos pronomes demonstrativos: 13 mas tem nela, ao menos, sua condição necessária,
este, esta, estes, estas, isto, esse, essa, esses, essas, isso, ainda que não suficiente.
aquele, aquela, aqueles, aquelas, aquilo.
1) Para referência a objetos em relação às pessoas que a) Em “o orienta” (l. 3), “o” refere-se a “cidadão” (l. 1).
participam de um diálogo (pessoas do discurso). b) Em “este tivesse” (l. 6), “este” refere-se a “Estado” (l. 5).
c) Em “aqueles passam” (l. 8), “aqueles” refere-se a “di-
Regra: reitos políticos” (l. 7).
Primeira pessoa: eu, nós (pessoa que fala). Deve-se em- d) “sua ação” (l. 10) e “seus atos” (l. 10) remetem ao
pregar este, esta, isto com referência a objeto próximo de mesmo referente: “proprietário” (l. 6).
quem fala. e) “sua condição” (l. 13) refere-se a “um aumento na
Segunda pessoa: tu, vós, você (pessoa que ouve). Deve- qualidade de vida” (l. 11).
-se empregar esse, essa, isso com referência a objeto pró-
ximo de quem ouve. (PMDF/Médico)
Terceira pessoa: ele, ela, eles, elas (pessoa ou assunto
da conversa). Deve-se empregar aquele, aquela, aquilo com 1 Notaria apenas que, em nossos dias, as regiões
referência a objeto distante tanto de quem fala, como de onde essa grade é mais cerrada, onde os buracos
quem ouve. negros se multiplicam, são as regiões da sexualidade
4 e as da política: como se o discurso, longe de ser
Língua Portuguesa

Exemplo 1: elemento transparente ou neutro no qual a sexua-


• Correspondência do Governador para o Presidente da lidade se desarma e a política se pacifica, fosse um
Assembleia Legislativa. 7 dos lugares onde elas exercem, de modo privilegiado,
Senhor Presidente, alguns de seus mais temíveis poderes. Por mais que
Solicito a V. Exa. que essa Casa Legislativa analise com o discurso seja aparentemente bem pouca coisa, as
urgência o projeto que destina verba para reforma do 10 interdições que o atingem revelam logo, rapidamen-
Ginásio Estadual Américo de Almeida. te, sua ligação com o desejo e com o poder.
• Resposta do Presidente da Assembleia Legislativa para Nisto não há nada de espantoso, visto que o
o Governador. 13 discurso — como a psicanálise nos mostrou — não

52 Openbook Apostilas
é simplesmente aquilo que manifesta (ou oculta) o 13. Os pronomes “essa” e “dela” são flexionados no feminino
desejo; é, também, aquilo que é objeto do desejo; e porque remetem ao mesmo referente do pronome em
16 visto que — isto a história não cessa de nos ensinar “completá-la”.
— o discurso não é simplesmente aquilo que traduz 14. Preservam-se a correção gramatical e a coerência textual,
as lutas ou os sistemas de dominação, mas aquilo por ao se retirar do texto a expressão “que são”.
19 que, pelo que se luta, o poder do qual nos queremos
apoderar. É preciso sublinhar o fato de que todas as posições existen-
ciais necessitam de pelo menos duas pessoas cujos papéis
Julgue os itens, relativos às estruturas linguísticas do texto. combinem entre si. O algoz, por exemplo, não pode continuar
5. Preservam-se a correção gramatical e o sentido do texto a sê-lo sem ao menos uma vítima. A vítima procurará seu
se o pronome “onde” (l. 2) for substituído por as quais. salvador e este último, uma vítima para salvar.
6. A expressão “no qual” (l. 5) tem como referente a ex- 15. O pronome “cujos” atribui a “pessoas” a posse de uma
pressão “elemento transparente ou neutro”. característica que também pode ser expressa da seguinte
7. O pronome “aquilo” (l. 14 e 17) pode ser substituído maneira: com papéis que combinem entre si.
por o, sem prejuízo do sentido original e de correção
gramatical. (MS/Agente) “Tempo é Vida” é o bordão da campanha, que
8. O pronome “isto” (linha 16) recupera o sentido do trecho expressa o apelo daqueles que estão à espera de um trans-
“visto que o discurso (…) desejo”. (l. 12-15) plante.
16. A substituição de “daqueles” por dos prejudica a correção
(TCE-AC/Analista) Há umas ocasiões oportunas e fugitivas, gramatical e a informação original do período.
em que o acaso nos inflige duas ou três primas de Sapucaia;
outras vezes, ao contrário, as primas de Sapucaia são an- (TRT1ª R/Analista) A raça humana é o cristal de lágrima / Da
tes um benefício do que um infortúnio. Era à porta de uma lavra da solidão / Da mina, cujo mapa / Traz na palma da mão.
igreja. Eu esperava que as minhas primas Claudina e Rosa 17. A respeito do emprego dos pronomes relativos, assinale
tomassem água benta, para conduzi-las à nossa casa, onde a opção correta.
estavam hospedadas. a) É correto colocar artigo após o pronome relativo cujo
9. Na oração “em que o acaso nos inflige duas ou três pri- (cujo o mapa, por exemplo).
mas de Sapucaia”, a substituição de “em que” por onde b) O relativo cujo expressa lugar, motivo pelo qual apare-
manteria o sentido original e a correção gramatical do ce no texto ligado ao substantivo mapa na expressão
texto. “cujo mapa”.
c) O pronome cujo é invariável, ou seja, não apresenta
(Cariacica/Assistente Social) Em alguns segmentos de nossa flexões de gênero e número.
d) O pronome relativo quem, assim como o relativo que,
sociedade, o trabalho fora de casa é considerado inconve-
tanto pode referir-se a pessoas quanto a coisas em
niente para o sexo feminino. É óbvio que a participação de
geral.
um indivíduo em sua cultura depende de sua idade. Mas é
e) O pronome relativo que admite ser substituído por o
necessário saber que essa afirmação permite dois tipos de
qual e suas flexões de gênero e número.
explicações: uma de ordem cronológica e outra estritamente
cultural. (DFTrans/Analista) Ao se criticar a concepção da linguagem
10. A expressão “essa afirmação” retoma a ideia de que o como representação do outro e para o outro, não se a de-
trabalho fora de casa pode ser considerado inconveniente sautoriza nem sequer a refuta.
para as mulheres. 18. Mantêm-se a coerência e a correção da estrutura sintá-
tica e das relações semânticas do texto ao se inserir o
(Iema-ES/Advogado) O destino dos compostos orgânicos pronome se logo após “sequer”.
no meio ambiente, dos mata-matos aos medicamentos, é
largamente decidido pelos micróbios. Esses organismos que-
Pronomes Pessoais Oblíquos
bram alguns compostos diretamente em dióxido de carbono
(CO2), mas outros produtos químicos permanecem no meio (Emprego e Colocação Pronominal)
ambiente por anos, absolutamente intocados.
o, a, os, as → somente no lugar de trechos sem prepo-
11. O termo “Esses organismos” está empregado em referên-
sição inicial.
cia a “mata-matos” e “medicamentos”, ambos na mesma
lhe, lhes → somente no lugar de trechos com preposição
linha.
inicial.
Devemos dar valor aos pais. → Devemos dar-lhes valor.
(BB/Escriturário) Em meio a uma crise da qual ainda não sabe
Amo os pais. → Amo-os.
como escapar, a União Europeia celebra os 50 anos do Tra- Apertei os pregos da caixa. → Apertei-lhe os pregos.
tado de Roma, pontapé inicial da integração no continente. Apertei os pregos da caixa. → Apertei-os.
12. O emprego de preposição em “da qual” atende à regência
do verbo “escapar”.
Língua Portuguesa

Cuidado!
Pronomes que podem ficar no lugar de trechos com ou
(TRT 9ª R/Analista) Relação é uma coisa que não pode exis- sem preposição: me, te, se, nos, vos.
tir, que não pode ser, sem que haja uma outra coisa para Eu lhe amo. (errado)
completá-la. Mas essa “outra coisa” fica sendo essencial Eu te amo. (certo)
dela. Passa a pertencer à sua definição específica. Muitas Eu a amo. (certo)
vezes ficamos com a impressão, principalmente devido aos Dei-lhe amor. (certo)
exemplos que são dados, de que relação seja algo que “une”, Dei-te amor. (certo)
que “liga” duas coisas. Dei-a amor. (errado)

Openbook Apostilas 53
Alterações gráficas dos pronomes Correção: Tenho-me dedicado. (Portugal)


Verbo com final -r, -s, -z, diante de pronomes o, a, os, as. Tenho me dedicado. (Brasil)
Vamos cantar os hinos. →Vamos cantá-los.
Cantamos os hinos. → Cantamo-los. • Não escrever esses pronomes após verbo no futuro:
Fiz o relatório. → Fi-lo. Ele faria-me um favor. (errado)
Ele me faria um favor. (correto)
Verbo com final -m, -ão, -õe, diante de pronomes o, a,
os, as. Casos de próclise obrigatória
Eles cantam os hinos. → Eles cantam-nos. 1. Advérbios.
Pais dão presentes aos filhos. → Pais dão-nos aos filhos. 2. Negações.
Põe o livro aqui. → Põe-no aqui. 3. Conjunções subordinativas (que, se, quando, embora
etc.).
19. (S. Leopoldo-RS/Advogado) A substituição das palavras 4. Pronomes relativos (que, o qual, onde, quem, cujo).
grifadas pelo pronome está incorreta em: 5. Pronomes demonstrativos (este, esse, aquele, aquilo).
a) “que transpõe um conceito moral” – que o transpõe. 6. Pronomes indefinidos (algo, algum, tudo, todos, vários
b) Em “a democracia convida a um perpétuo exercício de etc.).
reavaliação. Isso quer dizer que, para bem funcionar, 7. Exclamações.
exige crítica. Substituir “exige crítica” por exige-a. 8. Interrogações.
c) “o que expõe o Brasil” – o que o expõe. 9. Em mais pronome mais gerúndio (-ndo).
d) “seria extirpar suas camadas iletradas” – seria extir-
par-lhes. Observação:
e) “mais apto a exercer a crítica” – mais apto a exercê-la. Em caso de não ser obrigatória a próclise, então ela
será facultativa.
20. (Guarapari/Técnico de Informática) A substituição do
segmento grifado pelo pronome está feita de modo in- 22. Julgue os itens seguintes, quanto à colocação pronominal.
correto em: a) Jamais devolver-te-ei aquela fita.
a) “o privilégio de acessar o caminho da universidade” b) Deus pague-lhe esta caridade!
= o privilégio de acessá-lo. c) Tenho dedicado-me ao estudo das plantas.
b) “no final têm que saltar o muro do vestibular” = no d) Ali fazem-se docinhos e salgadinhos.
final têm que saltar-lhe. e) Te amo, Maria!
c) “ficam impedidos de desenvolver seus talentos” = f) Algo vos perturba?
ficam impedidos de desenvolvê-los. g) Eu me feri.
d) “perdendo a proteção de escolas especiais desde a h) Eu feri-me.
infância” = perdendo-a desde a infância. i) Eu não feri-me.
e) “Injusta porque usa seus recursos” = injusta porque j) O rapaz que ofendeu-te foi repreendido.
os usa. k) Em me chegando a notícia, tratarei de divulgá-la.
Colocação dos pronomes oblíquos átonos: me, te, se, Colocando pronomes na locução verbal
nos, vos, o, a, os, as, lhe, lhes.
Pronome antes do verbo chama-se próclise: Regra:
Eu te amo. Você me ajudou. • Se não houver caso de próclise, o pronome está livre.
Pronome depois do verbo chama-se ênclise: • Se houver caso de próclise, o pronome só pode ficar
Eu amo-te. Você ajudou-me. antes do verbo auxiliar ou após o verbo principal, sem-
pre respeitadas as regras básicas.
Pronome no meio da estrutura do verbo chama-se me-
sóclise: 23. Julgue as alternativas em C ou E.
Amar-te-ei. Ajudar-te-ia. a) Elas lhe querem obedecer.
b) Elas querem-lhe obedecer.
21. (Seplan/MA) Quanto aos jovens de hoje, falta a estes c) Elas querem obedecer-lhe.
jovens maior perspectiva profissional, sem a qual não d) Elas não querem-lhe obedecer.
há como motivar estes jovens para a vida que os espera. e) Elas não querem obedecer-lhe.
Evitam-se as viciosas repetições da frase acima substituin-
do-se os elementos sublinhados, na ordem dada, por: Casos de ênclise obrigatória
a) faltam-lhes - motivar-lhes. 1. Verbo no início de oração:
b) falta-lhes - motivar-lhes. Me trouxeram este presente. (errado)
c) lhes falta - lhes motivar. Trouxeram-me este presente. (certo)
d) falta-lhes - motivá-los.
e) lhes faltam - os motivar. 2. Verbo no imperativo afirmativo:
Vá ali e me traga uma calça. (errado)
Língua Portuguesa

Colocação Pronominal Vá ali e traga-me uma calça. (certo)

Pronomes oblíquos átonos: me, nos, te, vos, se, o, a, lhe. Casos de mesóclise obrigatória
A mesóclise é obrigatória somente se o verbo no futuro
Regras básicas: iniciar a oração:
• Não iniciar oração com pronome oblíquo átono: Te darei o céu. (errado)
Me dedico muito ao trabalho. (errado) Dar-te-ei o céu. (certo)
• Não escrever tais pronomes após verbo no particípio: Eu te darei o céu. (certo)
Tenho dedicado-me. (errado). Eu dar-te-ei o céu. (certo)

54 Openbook Apostilas
Observação: Advérbio e Locução Adverbial
Se houver caso de próclise, prevalece o pronome antes
do verbo. Advérbio exprime uma circunstância do fato expresso
Eu não te darei o céu. (certo) pelo verbo, pelo adjetivo ou pelo advérbio.
Eu não dar-te-ei o céu. (errado)
Um advérbio
Cuidado! Longe, o rio roncava ameaçadoramente.
Verbo no infinitivo fica indiferente aos casos de próclise.
É importante não se irritar à toa. (certo) Uma locução adverbial
É importante não irritar-se à toa. (certo) Fabiano falava com dificuldade.

24. “Encontrará lavrado o campo”. Com pronome no lugar Uma oração adverbial
de “campo”, escreveríamos assim: Quando começou a chuva, todos se recolheram.
a) encontrará-o lavrado
Conforme a circunstância que exprimir, o advérbio ou a
b) encontrará-lhe lavrado
locução adverbial podem ser:
c) encontrar-lhe-á lavrado De modo: O vento soprava fortemente.
d) lhe encontrará lavrado De lugar: A família estava em tomo da fogueira.
e) encontrá-lo-á lavrado De tempo: Amanhã procuraremos água fresca.
De afirmação: De fato, o tempo se apresenta nublado.
(Abin/Analista) Em 2005, uma brigada completa, atualmente De negação: Não era propriamente uma conversa de
instalada em Niterói – com aproximadamente 4 mil soldados –, amigos.
será deslocada para a linha de divisa com a Colômbia. De dúvida: Talvez o frio diminua pela madrugada.
25. A substituição de “será deslocada” por deslocar-se-á De intensidade: Iniciou uma história bastante confusa.
mantém a correção gramatical do período. De causa: Os meninos tremiam de frio.
De companhia: Os meninos mais velhos saíram com o pai.
26. (Metrô-SP/Advogado) O termo grifado está substituído De instrumento: O garoto feriu-se com a faca.
de modo incorreto pelo pronome em: De meio: Fabiano navegava a vela.
a) Como forma de motivar funcionários = como forma De fim ou finalidade: O lenhador trouxe o machado para
de motivar-lhes. o trabalho.
b) De que todos na empresa tenham habilidades múlti- De concessão: Apesar do calor, permanecemos na praia.
plas = de que todos as tenham. De preço: Vendemos os ovos a cinco cruzeiros.
c) Para obter sucesso = para obtê-lo. De opção: Lutava contra a tempestade.
d) Essas mudanças causam perplexidade = essas mudan-
ças causam-na.
e) As pessoas buscam novas regras = as pessoas bus- OBS.: Estudaremos as conjunções, com maior detalhe,
cam-nas. juntamente com as orações subordinadas.

27. (TRT 19 R) Antonio Candido escreveu uma carta, fez có- Numeral
pias da carta e enviou as cópias a amigos do Rio. Substi-
tuem de modo correto os termos sublinhados na frase, Do Ponto de Vista Semântico
respectivamente,
a) destas – enviou-as Numeral é a palavra que quantifica numericamente os
b) daquela – os enviou seres ou indica a ordem que eles ocupam numa certa se-
c) da mesma – enviou-lhes quência.
Apenas dois fatos ocorreram.
d) delas – lhes enviou
Apenas o segundo fato merece atenção.
e) dela – as enviou

28. Assinale abaixo a alternativa que não apresenta correta Subclassificação do Numeral
colocação dos pronomes oblíquos átonos, de acordo com
a norma culta da língua portuguesa: • Cardinal: indica uma quantidade determinada de seres.
a) Eu vi a menina que apaixonou-se por mim na juven- Há cinco vagas para cem candidatos.
• Ordinal: indica a posição relativa de um ou vários seres
tude.
numa determinada sequência.
b) Agora se negam a falar.
Acerte o quarto botão da esquerda para a direita.
c) Não te afastes de mim. • Multiplicativo: indica quantas vezes uma quantidade
d) Muitos se recusaram a trabalhar. é multiplicada.
Os especuladores lucraram o triplo do capital investido.
Gabarito • Fracionário: indica em quantas partes uma quantidade
é dividida.
Língua Portuguesa

1. E 9. E 17. e 24. e Os agricultores só recuperaram um terço das sementes


2. C 10. E 18. C 25. C plantadas.
3. E 11. E 19. e 26. a
4. e 12. C 20. b 27. e Do Ponto de Vista Sintático
5. E 13. E 21. d 28. a
6. C 14. C 22. E E E E E O numeral, sintaticamente, pode funcionar como:
7. C 15. C CCCEEC • palavra adjetiva
8. E 16. E 23. C C C E C O juiz expulsou dois jogadores.
O corretor cometeu duplo engano.

Openbook Apostilas 55
• palavra substantiva minador). 1/4 = um quarto; 2/8 = dois oitavos ; 5/10 =
Dois mais dois são quatro. cinco décimos ; 3/100 = três centésimos;
A inflação subiu o dobro em 1982. • por um cardinal (representando o numerador) e outro
cardinal seguido de avos (representando o denomina-
Do Ponto de Vista Mórfico dor). Esse processo é utilizado para os ordinais que se
situam no intervalo de onze a noventa e nove.
Numeral cardinal: exceto um, os cardinais são todos 5/12 = cinco doze avos ; 3/67 = três sessenta e sete
plurais. Os cardinais terminados em ão ocorrem sob forma avos
singular e plural (um milhão / dois milhões) e são masculinos.
Os milhares de vítimas (certo). Alguns numerais cardinais e ordinais apresentam formas
As milhares de vítimas (errado). variantes: quatorze / catorze; bilhão / bilião; septuagésimo /
setuagésimo. Entretanto, as formas cincoenta (50) e hum (1),
Os cardinais um, dois e todas as centenas a partir de ainda que usadas nas relações bancárias, não são registradas
duzentos apresentam forma masculina e feminina. e, portanto, devem ser tidas como erradas.
um – uma; dois – duas; duzentos – duzentas; novecentos
– novecentas Leitura do cardinal

Numeral ordinal: flexiona-se em gênero e número. Na leitura (ou escrita por extenso) do cardinal, coloca-se
primeiro – primeira e após as centenas e após as dezenas.
primeiro – primeiros 2623 = dois mil seiscentos e vinte e três.

Numeral multiplicativo: flexiona-se em gênero e número Leitura dos ordinais superiores a dois mil
quando funcionam como palavras adjetivas. Caso contrário,
ficam invariáveis. Segundo a tradição gramatical, nos ordinais superiores
Arriscou dois palpites duplos. a dois mil (2000), lê-se o milhar como cardinal e os demais
O atacante cometeu dupla falta. como ordinais. Ex.: 2101ª inscrição – a duas milésima centési-
Os atletas renderam o dobro do que costumavam. ma primeira inscrição. Nesse caso, entretanto, o número todo
pode ser lido como ordinal. Ex.: 10203º quilômetro rodado –
o décimo milésimo ducentésimo terceiro quilômetro rodado.
Alguns numerais multiplicativos
Obs.: Muitas vezes, como forma de compensar a dificul-
dade de se ler um ordinal muito extenso, usa-se o cardinal
duplo ou dobro = duas vezes
posposto ao substantivo. O cardinal, nessa situação, fica
triplo ou tríplice = três vezes
invariável. Ex.: Usa-se inscrição 2101 e lê-se: inscrição dois
quádruplo = quatro vezes
mil cento e um, em vez de 2101ª inscrição (dois milésima
quíntuplo = cinco vezes centésima primeira inscrição).
sêxtuplo = seis vezes
séptuplo, sétuplo = sete vezes Bento XVI – Século XIX
óctuplo = oito vezes Na inscrição de séculos, reis, papas, capítulos de obras:
nônuplo = nove vezes • Usa-se o ordinal até dez:
décuplo = dez vezes século V = século quinto
undécuplo = onze vezes Paulo VI = Paulo sexto
duodécuplo = doze vezes • Usa-se o cardinal acima de dez:
cêntuplo = cem vezes século XIX = século dezenove
Luiz XIV = Luiz quatorze
Desses, os mais usados são duplo ou dobro e triplo ou Bento XVI = Bento dezesseis
tríplice. Os demais, muito menos usados, são substituídos Obs.: se, nesses casos, o numeral vier antes do substan-
pelo cardinal seguido de vezes. Assim, em vez de undécuplo, tivo, sempre se usa o ordinal:
usa-se onze vezes; em vez de duodécuplo, usa-se doze vezes. vigésimo século
Obs.: Muitas vezes o numeral foge do seu significado exato, décimo nono século
indicando uma quantidade indefinida e conseguindo, com
isso, um efeito expressivo ou enfático. Exercícios
Eu já lhe disse mil vezes que não gosto dessa sua atitude.
(exagero) 1. Complete os espaços, segundo o modelo:
O dólar subiu duas vezes mais. (o dobro)
Numeral fracionário: concorda com o cardinal indicador a) Cada quilo de grão produziu dez vezes mais. _________
do número de partes em que se dividiu a quantidade. Com- b) Em condições mais favoráveis, os operários renderão
prou um terço das terras do município. cem vezes mais. __________
Comprou dois quartos da produção anual.
Obs.: O fracionário meio concorda em gênero e número 2. Complete os espaços vazios com o numeral fracionário,
com o substantivo a que se refere. segundo o modelo:
Língua Portuguesa

É meio-dia e meia (hora). Queria duas de cada cem sacas de café. (dois centésimos)
São homens de meias palavras. a) Seu lucro era de um por mil. ___________________
Leitura dos Numerais Fracionários ______________________
b) Pretendia nove partes entre cinquenta da produção.
Apenas dois numerais fracionários apresentam formas _______________________
típicas: meio e terço. Os demais fracionários são indicados c) A seca estragou sete de cada dez alqueires da plan-
de duas maneiras: tação. _____________________________
• por um cardinal (representando o numerador da fra- d) Treze entre vinte e cinco perfurações jorravam petró-
ção) seguido de um ordinal (representando o deno- leo. _____________________________

56 Openbook Apostilas
3. Classifique os numerais destacados nos versos a seguir. b) “Como e por que lhe veio aos vinte anos a deter-
“A primeira vez que te vi, / Era menino e tu menina (...) minação de sair do convento, não sei (...)” (Clarice
Quando te vi pela segunda vez, / Já eras moça. (...) Lispector)
Vejo-te agora. Oito anos faz / Oito anos que não te via... c) “Mas reconheço que em Frederico viveu uma raposa
(...)” (Manuel Bandeira) de mil astúcias.” (José Cândido de Carvalho)
Resposta:
Primeira: _____________________________________
GABARITO
Segunda: _____________________________________
Oito: _________________________________________ 1. a) O décuplo
b) O cêntuplo
4. “Inquietante expectativa marcou a aproximação do 800º. 2. a) Um milésimo
pavimento.” (Murilo Rubião) b) Nove cinquenta avos
A leitura correta do numeral destacado na frase acima é: c) Sete décimos
a) octogésimo. d) Treze vinte avos
b) octagésimo. 3. Ordinal, ordinal, cardinal.
c) octogenário. 4. d
d) octingentésimo. 5. c, d, a, b, e ,f
6. Cinco mil seiscentos e cinquenta e sete reais e doze
5. Estabeleça correspondência entre as duas colunas, rela-
centavos.
cionando o numeral cardinal ao ordinal correspondente.
a) 91 ( ) quinquagésimo quinto 6. b
b) 901 ( ) quingentésimo quinto 7. C
c) 55 ( ) nonagésimo primeiro 8. c
d) 505 ( ) noningentésimo primeiro
e) 704 ( ) setingentésimo quarto Preposição
f) 74 ( ) setuagésimo quarto

6. No preenchimento de cheques, faz-se uso dos numerais Preposição é a palavra invariável que liga dois termos da
cardinais. Preencha o cheque abaixo com a quantia indi- oração, subordinando um ao outro.
cada. Chegou de ônibus.
Pague por este cheque a quantia de: R$5657,12
______________________________________________ O termo que antecede a preposição é denominado re-
______________________________________________ gente; o termo que a sucede é denominado regido.
_____________________________________________
ou a sua ordem. Classificação das Preposições
6. Assinale a alternativa em que o numeral não está em- a) Essenciais: a, ante, após, até, com, contra, de, desde,
pregado corretamente. em, entre, para, per, perante, por, sem, sob, sobre, trás.
a) A citação encontra-se à altura da página vinte e duas. Obs.: A preposição per só é utilizada na expressão de per
b) As declarações estão na página duzentos e trinta e dois. si (que significa cada um por sua vez, isoladamente) ou nas
c) A vigésima quarta hora já havia soado. contrações pelo, pela, pelos, pelas.
d) A encomenda foi entregue na Rua Vinte e um, casa b) Acidentais. Não são efetivamente preposições, mas
dois.
podem funcionar como tal: afora, conforme, consoante, du-
rante, exceto...
7. Assinale a alternativa que traz a leitura correta dos nu-
merais destacados nas frases seguintes.
I – “João Paulo II manteve-se em Roma por 27 anos.” Locução Prepositiva
II – Segundo dizem, o capítulo X é o mais interessante
do livro todo. Conjunto de duas ou mais palavras com valor de pre-
III – A supremacia papal entrou em declínio no fim do posição:
século XI. abaixo de, acerca de, a fim de, ao lado de, apesar de,
IV – Tutmósis III subiu ao trono egípcio em 174+9 1479 através de, de acordo com, em vez de, junto de, para
a.C. com, perto de, ...
Emprego das Preposições
a) João Paulo Dois; capítulo dez; século onze; Tutmósis
três. Algumas preposições podem aparecer combinadas com
b) João Paulo Segundo; capítulo décimo; século décimo
outras palavras. Quando na junção da preposição com outra
primeiro; Tutmósis terceiro.
c) João Paulo segundo; capítulo décimo; século onze; palavra não houver alteração fonética, temos combinação.
Tutmósis terceiro. Caso a preposição sofra redução, temos contração.
Língua Portuguesa

d) João Paulo segundo; capítulo dez; século onze; Tut-


mósis terceiro. combinação contração
ao (a + o) do (de + o)
8. Muitas vezes os numerais são utilizados para indicar
quantidade indeterminada. Assinale, dentre as frases aos (a + os) dum (de + um)
abaixo, aquela em que isso ocorreu: aonde (a + onde) desta (de + esta)
a) “já pedi duzentos mil réis emprestados ao André
Gonzaga, para as alianças e outros proveitos.” (José Obs.: Não se deve contrair a preposição de com o artigo
Candido de Carvalho) que encabeça o sujeito de um verbo.

Openbook Apostilas 57
Está na hora da onça beber água. (errado) GABARITO
Está na hora de a onça beber água. (certo)
1. a) oposição i) lugar de destino
Esta regra vale também para construções como: b) lugar fixo j) posição
Chegou a hora de sair. (Errado) c) distância k) tempo de início
Chegou a hora de ele sair. (Errado) d) causa l) intervalo de tempo
e) material m) posição
As preposições podem assumir inúmeros valores: f) modo n) condição
• de lugar: ver de perto g) instrumento o) assunto.
• de origem: ele vem de Brasília h) assunto
• de causa: morreu de fome 2. a) dentro do museu para visitante comprar.
• de assunto: falava de futebol b) para o museu comprar.
• de meio: veio de trem 3. a) apesar de, de acordo com
• de posse: casa de Paulo b) em vez de, perto de, junto de
• de matéria: chapéu de palha 4. a) Está na hora de o menino sair.
b) Chegou a hora de o povo falar.
5. a
Morfossintaxe da Preposição
A preposição não desempenha função sintática na ora- Interjeição
ção. Ela apenas une termos, palavras. É um conectivo e, como
tal, é responsável pela coesão de um texto. Palavra invariável que exprime sensações e estados emo-
cionais.
Exercícios
Tipos de Interjeição
1. Indique as relações estabelecidas pelas preposições des-
tacadas nas frases seguintes. Classifica-se de acordo com o sentimento traduzido:
a) Ergueram-se todos contra Getúlio. • Alegria: oba!, oh!, ah! Viva!, aleluia!, maravilha
b) Resido em São Paulo há anos. • Alívio: ufa!, uf!, arre!, até que enfim
c) O estádio fica a dois quilômetros daqui. • Animação ou estímulo: coragem!, vamos!, avante!,
d) O mendigo morreu de fome. eia!, firme!
e) Ganhei uma linda caneta de ouro. • Aplauso: bravo!, bis!, viva!
f) Os cavalos partiram a galope. • Desejo: tomara!, oxalá!
g) Arrombaram a porta com uma chave falsa. • Dor: ai!, ui!
h) Ele não entende nada de política. • Espanto ou surpresa: ah!, chi!, ih!, oh!, ué!, puxa!,
i) A vaca não vai para o brejo. uau!, opa!, caramba!, gente!, céus!, uai!, hem! (va-
j) Ante o crime organizado, o governo tomará atitude. riante: hein!), hã!
k) Desde maio, chove continuamente. • Impaciência: hum!
• Invocação ou chamamento: olá!, alô!, ô!, psiu!, psit!,
l) Entre hoje e amanhã, sairá o resultado.
ó!, atenção!, olha!
m) Tu vais comparecer perante o trono.
• Silêncio: silêncio!, psiu!
n) Sem combater a inflação, não se pode baixar os juros. • Suspensão: alto!, basta!, chega!
o) Existe interesse por concursos aqui. • Medo ou terror: credo!, cruzes!, uh!, ai!, Jesus!, ui!
• Tristeza: oh! meu Deus! que pena! que azar!
2. Explique a diferença de sentido entre:
a) Ele queria vender antiguidades no museu. Obs.: Essa lista pode ser aumentada com palavras que
b) Ele queria vender antiguidades ao museu. passam a funcionar como interjeições, dependendo do con-
texto em que ocorrem.
3. Nas frases seguintes, selecione as locuções prepositivas.
a) Apesar de João ter saído cedo, de acordo com as ins- Locuções Interjetivas
truções de seu pai, não chegou a tempo.
b) Em vez de Marica ficar perto de mim, ela preferiu ficar São grupos de duas ou mais palavras que funcionam
junto de ti. como interjeições:
Valha-me Deus!
4. Reescreva as frases seguintes, corrigindo-as. Meu Deus do céu!
a) Está na hora do menino sair. Ai, meu Deus!
b) Chegou a hora do povo falar. Minha Nossa Senhora!
Jesus Cristo!
5. As relações expressas pelas preposições estão corretas Macacos me mordam!
na sequência: Ai de mim!
I – Sai com ela. Ora, bolas!
II – Ficaram sem um tostão. Oh, céus!
Língua Portuguesa

III – Esconderam o lápis de Maria. Que horror!


IV – Ela prefere viajar de navio. Puxa vida!
V – Estudou para passar. Raios o partam!
Quem me dera!
a) companhia, falta, posse, meio, fim. Que coisa incrível!
b) falta, companhia, posse, meio, fim. Quem diria!
c) companhia, falta, posse, fim, meio. Cruz-credo!
d) companhia, posse, falta, meio, fim. Alto lá!
e) companhia, falta, meio, posse, fim. Bico fechado!

58 Openbook Apostilas
Emprego/correlação de tempos e Exercícios
modos verbais
Conjugue os verbos cantar, vender e partir em todos os
tempos simples.
Tempos Verbais
Verbos irregulares sofrem mudança de letra e som no
Para visualizar e memorizar melhor, vamos esquematizar os radical e ou nas terminações padronizadas acima, para ver-
tempos e modos verbais com suas desinências (terminações). bos regulares. Repito: muda letra e som. Não basta mudar
No esquema a seguir, observe as letras a, b, c, d, e, f, g, letra para ser verbo irregular.
h, i. Essas letras representam os tempos verbais. Certa vez a prova do concurso do Senado perguntou se
Já as letras I e S representam os modos indicativo e sub- o verbo “agir” é irregular. Vamos fazer o teste?
juntivo, respectivamente. O teste consiste em conjugar o verbo em uma pessoa
Em cada tempo, observe a terminação que o verbo ado- qualquer, no presente, no passado e no futuro. Se for regu-
tará, conforme a conjugação. lar, o verbo passa no teste completo, mantém-se inalterado.
1 – primeira conjugação: final – ar. Cantar. Talvez mude letra, mas não muda o som.
2 – segunda conjugação: final – er. Comer. Já para ser irregular, o verbo só precisa de uma mudança
3 – terceira conjugação: final – ir. Sorrir. em um desses tempos.

I – Modo Indicativo S – Modo Subjuntivo TESTE:


a – presente g – presente Verbo Presente Passado Futuro Classifi-
b – futuro do presente h – futuro cação
c – futuro do pretérito i – pretérito imperfeito Agir Eu ajo Eu agi Eu agirei Regular
d – pretérito imperfeito (muda só (no padrão) (no padrão)
e – pretérito perfeito letra)
f – pretérito mais-que-perfeito Fazer Eu faço Eu fiz Eu farei Irregular
(mudou (mudou Observe
Padrão dos Verbos Regulares letra e letra e som) que perde
som) o “z”.
Na primeira pessoa singular (EU)
Observação:
c b Alguns verbos sofrem tantas alterações que seu radical
1 – ria 1 – rei desaparece e muda totalmente ao longo da conjugação. Cha-
2 – ria 2 – rei mamos tais verbos de anômalos: SER e IR.
3 – ria 3 – rei
Conjugação dos Dois Verbos Anômalos: Ser e Ir

c b
a 2 – seria 2 – serei
1–o 3 – iria 3 – irei
2–o
3–o
a
2 – sou
3 – vou
d (antigamente) e (ontem) f (outrora)
1 – ava 1 – ei 1 – ara d (antigamente) e (ontem) f (outrora)
2 – ia 2 – i 2 – era 2 – era 2 – fui 2 – fora
3 – ia 3 – i 3 – ira 3 – ia 3 – fui 3 – fora

h
h (se / quando) 2 – for
1-r 3 – for
2-r
(se/ quando) 3-r
g

(que) 2 – seja
3 – vá
Língua Portuguesa

i
g 1–e (se) 2 – fosse
3 – fosse

(que) 2–a
3–a
i (se) 1-asse Exercícios
2-esse
3-isse Conjugue os verbos ser e ir em todos os tempos simples.

Openbook Apostilas 59
Nas provas de concursos em geral, podemos observar Exercícios
que basta conhecer a conjugação de nove verbos irregulares.
E, melhor ainda, basta conhecer bem três tempos verbais Conjugue os verbos haver, ter e pôr em todos os tempos
em que as questões incidem mais. É claro que não ficamos simples.
dispensados de conhecer todos os tempos verbais.
Esses verbos mais importantes formam famílias de verbos
derivados deles. O resultado é que ficamos sabendo, por Verbos defectivos apresentam falhas na conjugação. Mas
tabela, um número grande de verbos. tenha cuidado: a falha ocorre apenas no presente. Esses
São eles: ser, ir, ver, vir, intervir, ter, pôr, haver, reaver. verbos não serão defectivos no passado, nem no futuro.

Conjugação dos Verbos Irregulares Ver e Vir Flexão Verbal


c b Verbo é a palavra variável que expressa:
2 – veria 2 – verei • ação (estudar)
3 – viria 3 – virei • posse (ter, possuir)
• fato (ocorrer)
a
• estado (ser, estar)
2 – vejo • fenômeno (chover, ventar), situados no tempo: chove
3 – venho agora, choveu ontem, choverá amanhã.
d (antigamente) e (ontem) f (outrora) Conjugação é a distribuição dos verbos em sistemas con-
2 – via 2 – vi 2 – vira forme a terminação do infinitivo:
3 – vinha 3 – vim 3 – viera -ar → cantar, estudar: primeira conjugação
h -er → ver, crer: segunda conjugação
(se / quando) 2 – vir -ir → dirigir, sorrir: terceira conjugação.
3 – vier
As vogais a, e, i dessas terminações chamam-se vogais
temáticas. Somente “pôr” e derivados (compor, repor) ficam
g sem vogal temática no infinito, mas têm nas conjugações:
põe, pusera etc.

(que) 2 – veja
3 – venha • Radical: é a parte invariável do verbo no infinitivo, re-
tirada a vogal temática e a desinência “-r”: cant-, cr-,
i dirig-.
(se) 2 – visse • Tema: é o resultado de juntar a vogal temática ao ra-
3 – viesse dical: canta-, cre-, dirigi-.
Exercícios • Rizotônica: é a forma verbal com vogal tônica no radi-
cal: estUda, vIvo, vImos.
Conjugue os verbos ver e vir em todos os tempos simples. • Arrizotônica: é a forma verbal com vogal tônica fora
do radical: estudAmos, vivEis, virIam.
Conjugação dos Verbos Irregulares Haver, Ter e Pôr • Flexão verbal: pode ser de número (singular e plural),
c b de pessoa (primeira, segunda, terceira) ou de tempo e
haveria haverei modo.
teria terei – flexão de número: no singular, eu aprendo, ele che-
poria porei ga; no plural, nós aprendemos, eles chegam.
– flexão de pessoa: na primeira pessoa, ou emissor
a da mensagem, eu canto, nós cantamos; eu venho,

hei nós vimos. Na segunda pessoa, o receptor da men-
tenho sagem: tu cantas, vós cantais; tu vens, vós viestes.
ponho Obs.: Quando “vós” se refere a uma só pessoa, indica
singular apesar de tomar a flexão plural: Senhor, Vós
d (antigamente) e (ontem) f (outrora) que sois todo poderoso, ouvi minha prece.
havia houve houvera
tinha tive tivera Flexão de Tempo
punha pus pusera
h Situa o momento do fato: presente, pretérito e futuro.
(se / quando) houver São três tempos primitivos: infinitivo impessoal, presente
tiver do indicativo e pretérito perfeito simples do indicativo.
puser
Derivações:
• Do infinitivo impessoal, surge o pretérito imperfeito
Língua Portuguesa

g do indicativo, o futuro do presente do indicativo, o


futuro do pretérito do indicativo, o infinitivo pessoal,

(que) haja
o gerúndio e o particípio.
tenha • Da primeira pessoa do singular (eu) do presente do
ponha indicativo, obtemos o presente do subjuntivo.
i • Da terceira pessoa do plural do pretérito perfeito sim-
(se) houvesse ples do indicativo, encontramos o pretérito mais que
tivesse perfeito do indicativo, o pretérito imperfeito do sub-
pusesse juntivo e o futuro do subjuntivo.

60 Openbook Apostilas
Os tempos podem assumir duas formas: Pretérito perfeito simples
• Simples: um só verbo: Estudo Francês. Terminamos o Ação passada terminada antes da fala. Forma-se, nos
livro. Faremos revisão. verbos regulares, com adição ao radical das terminações:
• Composto: verbos “ter” ou “haver” com particípio: • 1ª conjugação: -ei, -aste, -ou, -amos, -astes, -aram: can-
tenho estudado, tínhamos estudado, haveremos feito. tei, cantaste, cantou, cantamos, cantastes, cantaram.
• 2ª conjugação: -i, -este, -eu, -emos, -estes, -eram: vivi,
Flexão de Modo viveste, viveu, vivemos, vivestes, viveram.
• 3ª conjugação: -i, -iste, -iu, -imos, -istes, -iram: parti,
Modo Indicativo partiste, partiu, partimos, partistes, partiram.

Indica atitude do falante e condições do fato. Pretérito perfeito composto


O modo indicativo traduz geralmente a segurança: Estu- Indica repetição ou continuidade do passado até o pre-
dei. Não agi mal. Amanhã chegarão os convites. sente: Tenho feito o melhor possível. Não temos nos preju-
dicado.
Tempos do Modo Indicativo Forma-se com o presente do indicativo de ter (ou haver)
Presente: basicamente significa o fato realizado no mo- mais o particípio.
mento da fala. Ele estuda Francês. A prova está fácil.
Pode significar também: Pretérito mais que perfeito simples
• Permanência: O Sol nasce no Leste. José é pai de Jesus. Fato concluído antes de outro no passado. Usa-se:
A Constituição exige isonomia. • Em situações formais na escrita: Já explicara o conte-
• Hábito: Márcio leciona Português. Vou ao cinema todos údo na aula anterior.
os domingos. • Para substituir o imperfeito do subjuntivo: Comportou-
• Passado histórico: Cabral chega ao Brasil em 1500. -se como se fora (=fosse) senhora das terras.
• Em frases exclamativas: Quem me dera trabalhar no
Militares governam o Brasil por 20 anos.
Senado.
• Futuro próximo: Amanhã eu descanso. No próximo ano,
o país tem eleições.
Forma-se trocando o final –ram (cantaram, viveram, par-
• Pedido: Você me envia os pedidos do memorando
tiram) por: -ra, -ras, -ra, -ramos, -reis, -ram:
amanhã.
cantara, cantaras, cantara, cantáramos, cantáreis, can-
taram.
O presente dos verbos regulares se forma com adição ao
vivera, viveras, vivera, vivêramos, vivêreis, viveram.
radical das terminações:
partira, partiras, partira, partíramos, partíreis, partiram.
• 1a conjugação: -o, -as, -a, -amos, -ais, -am: canto, can-
tas, canta, cantamos, cantais, cantam. Pretérito mais que perfeito composto
• 2a conjugação: -o, -es, -e, -emos, -eis, -em: vivo, vives, O mesmo sentido da forma simples. Usado na língua fa-
vive, vivemos, viveis, vivem. lada e também na escrita, sem causar erro, nem diminuir o
• 3a conjugação: -o, -es, -e, -imos, -is, -em: parto, partes, nível culto: Já tinha explicado o conteúdo na aula anterior.
parte, partimos, partis, partem. Forma-se com o imperfeito de ter ou haver mais o par-
ticípio: havia explicado, tinha vivido (=vivera), havia partido
Pretérito imperfeito (partira).
Passado em relação ao momento da fala, mas simultâneo
em relação a outro fato passado. Pode significar: Futuro do presente simples
• Hábitos no passado: Quando jogava no Santos, Pelé Fato posterior em relação à fala: Trabalharei no Senado
fazia gols espetaculares. em dois anos. E também:
• Descrição no passado: Ela parecia satisfeita. A estrada • Fatos prováveis, condicionados: Se os juros caírem,
fazia uma curva fechada. existirá mais consumo.
• Época: Era tempo da seca quando Fabiano emigrou. • Incerteza, dúvida: Será possível uma coisa dessas? Por
• Simultaneidade: Paulo estudava quando cheguei. Es- que estarei aqui?
tava conversando quando a criança caiu.
• Frequência, causa e consequência: Eu sorria quando Forma-se com adição ao infinitivo das seguintes termi-
ela chegava. nações: -ei, -ás, -á, -emos, -eis, -ão:
• Ação planejada, mas não feita: Eu ia estudar, mas cantarei, cantarás, cantará, cantaremos, cantareis,
chegou visita. Pretendíamos chegar cedo, mas houve cantarão. Viverei, viverás, viverá, viveremos, vivereis,
congestionamento. viverão.
• Fábulas, lendas: Era uma vez um professor que canta- partirei, partirás, partirá, partiremos, partireis, partirão.
va... (Exceto fazer, dizer e trazer, que mudam o “z” em “r”.)
• Fato preciso, exato: Duas horas depois da prova, o ga-
barito saía no site da banca.
Língua Portuguesa

Obs.: Locuções verbais substituem o futuro do presente


simples. Veja:
O imperfeito se forma com adição ao radical das termi- • com ideia de intenção: Hei de falar com ele até do-
nações a seguir (exceto ser, ter, vir e pôr): mingo.
• 1a conjugação: -ava, -avas, -ava, -ávamos, -áveis, -avam: • com ideia de obrigação: Tenho que falar com ele até
cantava, cantavas, cantava, cantávamos, cantáveis, domingo.
cantavam. • com ideia de futuro próximo ou imediato: verbo “ir”
• 2a e 3a conjugação: -ia, -ias, -ia, -íamos, -íreis, -iam: mais infinitivo (exceto ir e vir): Que fome! Vou almoçar.
vivia, vivias, vivia, vivíamos, vivíeis, viviam. Corre, que o carro vai sair. (vou ir, vou vir – erros)

Openbook Apostilas 61
Futuro do presente composto Pretérito perfeito
Indica: • Suposta conclusão antes do tempo da fala: Talvez ele
• Futuro realizado antes de outro futuro: Já teremos lido tenha chegado. Duvido que ela tenha saído sozinha.
o livro quando o professor perguntar. • Suposta conclusão antes de um futuro: É possível que
• Possibilidade: Já terão chegado? ele já tenha chegado quando vocês voltarem.

Forma-se com o futuro do presente de ter (ou haver) Forma-se com o presente do subjuntivo de ter (ou haver)
mais o particípio: teremos lido, haveremos lido. mais o particípio: tenha chegado, tenha saído.

Futuro do pretérito simples Pretérito mais que perfeito


• Futuro em relação a um passado: Ele me disse que Passado suposto antes de outro passado: Se tivessem
estaria aqui até as 17h. lido o aviso, não se atrasariam.
• Hipóteses, suposições: Iríamos se ele permitisse. Forma-se com o imperfeito do subjuntivo de ter (ou ha-
• Incerteza sobre o passado: Quem poderia com isso? ver) mais o particípio: tivessem lido.
Ele teria 25 anos quando se formou.
• Surpresa ou indignação: Nunca aceitaríamos tal humi- Futuro simples
lhação! Seria possível uma crise assim? Suposição no futuro: Posso aprender o que quiser. Poderei
aprender o que quiser.
• Desejo presente de modo educado: Gostariam de sair
Forma-se trocando o final -ram do perfeito do indicati-
conosco? Poderia me ajudar?
vo (cantaram, viveram, partiram) por: r, res, r, rmos, rdes,
rem. Quando/que/se cantar, cantares, cantar, cantarmos,
Forma-se com adição ao infinitivo de: -ia, -ias, -ia, -íamos, cantardes, cantarem. Quando/que/se viver, viveres, viver,
-íeis, -iam: vivermos, viverdes, viverem.
cantaria, cantarias, cantaria, cantaríamos, cantaríeis,
cantariam. Futuro composto
viveria, viverias, viveria, viveríamos, viveríeis, viveriam. Futuro suposto antes de outro: Isso será resolvido depois
(Exceto fazer, dizer, trazer, que trocam “z” por “r”: faria, que tivermos recebido a verba.
diria, traria) Forma-se com o futuro simples do subjuntivo de ter (ou
haver) mais o particípio: tivermos recebido.
Futuro do pretérito composto
• Suposição no passado: Se os juros caíssem, o consumo Modo Imperativo
teria aumentado.
• Incerteza no passado: Quando teriam entregado as Expressa ordem, conselho, convite, súplica, pedido, a de-
notas? pender da entonação da voz. Dirige-se aos ouvintes apenas:
• Possibilidade no passado: Teria sido melhor ficar. tu, você, vós, vocês.
• Quando o falante se junta ao ouvinte, usa-se a primeira
Forma-se com o futuro do pretérito simples de ter (ou pessoa plural (nós): cantemos, vivamos.
haver) mais o particípio: teria aumentado, teriam entregado. • O imperativo pode ser suavizado com:
a) Presente do indicativo: Você me ajuda amanhã.
Modo Subjuntivo b) Futuro do presente: Não matarás, não furtarás.
c) Pretérito imperfeito do subjuntivo: Se você falasse
Indica incerteza, dúvida, possibilidade. Usado sobretudo baixo!
em orações subordinadas: Quero que ele venha logo. Gosta- d) Locução com imperativo de ir mais infinitivo: Felipe
ria que ele viesse logo. Será melhor se ele vier a pé. rasgou a roupa; não vá brigar com ele.
e) Expressões de polidez (por favor, por gentileza etc.):
Tempos do Modo Subjuntivo Feche a porta, por favor.
f) Querer no presente ou imperfeito (interrogação),
Presente ou imperativo, mais infinitivo: Quer calar a boca?
Indica presente ou futuro: É pena que o país esteja em Queria calar a boca? Queira calar a boca.
crise. (presente) Espero que os empregos voltem. (futuro) g) Infinitivo (tom impessoal): Preencher as lacunas
Forma-se trocando o final -o do presente (canto, vivo, com a forma verbal adequada.
parto) por:
• 1a conjugação: -e, -es, -e, -emos, -eis, -em: cante, can- • O imperativo pode ser reforçado:
tes, cante, cantemos, canteis, cantem. a) Com repetição: Saia, saia já daqui!
b) Advérbio e expressões: Venha aqui! Repito outra
• 2a e 3a conjugação: -a, -as, -a, -amos, -ais, -am: viva,
vez, fique quieto! Suma-se, seu covarde!
vivas, viva, vivamos, vivais, vivam.
Exceção: dar, ir, ser, estar, querer, saber, haver: dê, dês,
• O imperativo pode ser:
dê, demos, deis, deem; vá, vás, vá, vamos, vais, vão; seja...; a) Afirmativo
queira...; saiba...; haja... 1. Tu e vós vêm do presente do indicativo, retiran-
Língua Portuguesa

do-se -s final: deixa (tu), deixai (vós).


Pretérito imperfeito ð Exceção: “ser” forma sê (tu) e sede (vós).
Ação simultânea ou futura: Duvidei que ele viesse. Eu ð Verbo “dizer” e terminados em -azer e -uzir
queria que ele fosse logo. Gostaríamos que eles trouxessem podem perder “-es” ou só “-s”: diz/dize (tu),
os livros. traz/traze (tu), traduz/traduze (tu).
Forma-se trocando o final -ram do perfeito simples do 2. Você, nós e vocês vêm do presente do subjunti-
indicativo (cantaram, viveram, partiram) por: -sse, -sses, vo: deixe (você), deixemos (nós), deixem (vocês).
-sse, -ssemos, -sseis, -ssem: cantasse, cantasses, cantasse, ð Verbos sem a pessoa “eu” no presente indicativo
cantássemos, cantásseis, cantassem; vivesse...; partisse... terão apenas tu e vós: abole (tu), aboli (vós).

62 Openbook Apostilas
b) Negativo Composto (passado): aspecto de ação concluída. Tendo
Copia exatamente o presente do subjuntivo: não sorrido, olhou para o pai. Tendo compreendido os perigos,
deixes tu, não deixe você, não deixemos nós, não abandonou a estrada.
deixeis vós, não deixem vocês.
ð Verbos sem “eu” no presente indicativo não pos- Particípio
suem imperativo negativo. Com verbo auxiliar
• ter ou haver, locução verbal chamada tempo composto
Formas Nominais (não varia em gênero e número): A polícia tem pren-
dido mais traficantes. Já havíamos chegado quando
Não exprimem tempo nem modo. Valores de substantivo você veio.
ou adjetivo. São: infinitivo, gerúndio e particípio. • ser ou estar, locução verbal (varia em gênero e nú-
Infinitivo é a pura ideia da ação. Subdivide-se em infini- mero): Muitos ladrões foram presos pela milícia. Os
tivo impessoal e pessoal. corruptos estão presos.
1. Infinitivo impessoal: não se refere a uma pessoa, ne-
nhum sujeito próprio. É agradável viajar. Posso falar Sem verbo auxiliar
com João. Usos: Estado resultante de ação encerrada: Derrotados, os sol-
• Como sujeito: Navegar é preciso, viver não é preciso. dados não ofereceram resistência.
• Como predicativo: Seu maior sonho é cantar. Forma-se trocando o -r do infinitivo por -do: beber ⇒
• Objeto direto: Admiro o cantar dos pássaros. bebido, aparecer ⇒ aparecido, cantar ⇒ cantado.
• Objeto indireto: Gosto de viajar.
• Adjunto adnominal: Comprei livros de desenhar. Atenção!
• Complemento nominal: Este livro é bom de ler. • Vir e derivados têm a mesma forma no gerúndio e no
• Em lugar do gerúndio: Estou a pensar (=Estou pen- particípio: Tenho vindo aqui todo dia. (particípio) Estou
sando). vindo aqui todo dia. (gerúndio)
• Valor passivo: O dano é fácil de reparar. Frutas boas • Se apenas estado, trata-se de adjetivo: A criança as-
de comer. sustada não dorme.
• Tom imperativo: O que nos falta é estudar. • Pode ser substantivado: A morta era inocente. Muitos
mortos são enterrados como indigentes.
Duas formas do infinitivo impessoal:
Simples (valor de presente). Ações de aspecto não con- Vozes do Verbo
cluído: Estudar Português ajuda em todas as provas. Perder
o jogo irrita.
Verbos que indicam ação admitem voz ativa, voz passiva,
Composto (passado). Ações de aspecto concluído: Ter es-
voz reflexiva. A voz verbal consiste em uma atitude do sujeito
tudado Português ajuda nas provas. Ter perdido o jogo irrita.
em relação à ação do verbo.
Lembrete! Sujeito é o assunto da oração. Não precisa ser
2. Infinitivo pessoal: refere-se a um sujeito próprio. Não
o praticante da ação.
estudou para errar. Não estudei para errar. Não estu-
damos para errarmos. Não estudaram para errarem.
Usos: 1. Voz ativa: o sujeito só pratica ação.
• Mesmo sujeito: Para nós sermos pássaros, precisa- O governo aumentou os juros.
mos de imaginação. 2. Voz passiva: o sujeito só recebe ação.
• Sujeitos diferentes: (Eu) Ouvi os pássaros cantarem. Os juros foram aumentados pelo governo.
(eu x os pássaros) Note que o sentido se mantém nas duas frases acima.
• Preposicionado: Nós lhes dissemos isso por sermos Há dois tipos de voz passiva:
amigos. Nós lhes dissemos por serem amigos. a) Passiva analítica: com verbo ser (passiva de ação)
• Sujeito indeterminado: Naquela hora ouvi chegarem. ou estar (passiva de estado): Os juros foram au-
mentados pelo governo. O ladrão foi preso pelos
Duas formas do infinitivo pessoal: guardas. O ladrão está preso.
Simples (presente). Aspecto não concluído: Por chegar- Repare:
mos cedo, estamos em dia. Por chegarmos cedo, obtivemos • O agente da voz passiva (pelo governo, pelos
uma vaga. guardas) indica o ser que pratica a ação sofrida
Composto (passado). Aspecto concluído: Por termos pelo sujeito. Preposição “por” ou “de”: Ele é
chegado cedo, estamos em dia. Por termos chegado cedo, querido de todos.
obtivemos uma vaga. • Locuções: temos sido amados. Tenho sido ama-
do. Estou sendo amado.
Gerúndio é processo em ação. Papel de adjetivo ou de b) Passiva sintética: a partícula apassivadora “se”
advérbio: Chegou com os olhos lacrimejando. Vi-o cantando. com verbo transitivo direto (não pede preposi-
Usos: ção): Não se revisou o relatório = O relatório não
• Início da frase para: I) ação anterior encerrada (Jurando foi revisado.
vingança, atacou o ladrão.); II) ação anterior e continu- 3. Voz reflexiva: o sujeito pratica e recebe ação. Ocorre
Língua Portuguesa

ada (Fechando os olhos, começou a imaginar a festa.). pronome oblíquo reflexivo (me, te, se, nos, vos): Eu me
• Após um verbo, para ação simultânea: Saí cantando. lavei. Ele se feriu com facas. Nós nos arrependemos tarde.
Morreu jurando inocência.
• Ação posterior: Os juros subiram, reduzindo o consumo. Classificando os Verbos

Duas formas de gerúndio: a) Pela função:


Simples (presente): aspecto não concluído. Sorrindo, olha • Principal é sempre o último verbo de uma locução
para o pai. Ignorando os perigos, continuou na estrada. => (verbos com o mesmo sujeito): Devo estudar. Co-
Forma-se trocando o -r do infinitivo por -ndo. mecei a sorrir.

Openbook Apostilas 63
• Auxiliar são os verbos anteriores na locução. Servem destruis/destróis, tu construis/constróis, nós he-
para matizar aspectos da ação do verbo principal: mos/havemos. A maioria possui duplo particípio:
ser, estar, ter, haver, ir, vir, andar. Devo estudar. Tinha expulsado os invasores. Os invasores foram
Comecei a sorrir. O carro foi lavado. Temos vivido. expulsos. A gráfica havia imprimido o livro. O livro
Ando estudando. Vou lavar. está impresso. Tínhamos entregado a encomenda.
A encomenda será entregue.
Ser: forma a voz passiva de ação. O livro será aberto Como regra: ter e haver pedem o particípio regular
pelo escolhido. (-ado/-ido); ser e estar pedem o particípio irregular.

Estar: EXERCÍCIOS
ð Na voz passiva de estado: O livro está aberto.
ð Com gerúndio, ação duradoura num momento 1. (FCC/TCE-SP) “... quando há melhoria também em fa-
preciso: Estou escrevendo um livro. tores de qualidade de vida ...”. O verbo flexionado nos
mesmos tempo e modo em que se encontra o grifado
ter e haver está na frase:
ð Nos tempos compostos com particípio: Já tinham a) que levou nota máxima...
(ou haviam) aberto o livro. Se tivesse (ou houvesse) b) O destaque, aqui, cabe ao Tocantins.
ficado, não perderia o trem. c) era um dos estados menos desenvolvidos do país.
ð Com preposição “de” e infinitivo, sentido de obriga- d) ainda que siga como um dos mais atrasados ...
ção (ter) ou de promessa (haver): Tenho de estudar e) conseguiu se distanciar um pouco dos retardatários.
mais. Hei de chegar cedo amanhã.
Ir 2. (FCC/Bagas) “De um lado, havia Chega de Saudade, de
ð Com gerúndio, indicando: Tom Jobim e Vinicius de Morais”. A frase cujo verbo está
– ação duradoura: O professor ia entrando devagar. flexionado nos mesmos tempo e modo que o grifado na
– ação em etapas sucessivas: Os alunos iam chegando frase é:
a pé.
a) A “Divina” era uma cantora presa ao sambacanção...
ð No presente do indicativo mais infinitivo, indicando
b) um compacto simples que ele gravou em julho de
intenção firme ou certeza no futuro próximo: Vou
1958.
encerrar a reunião. Corra! O avião vai decolar!
c) A batida da bossa nova, por sua vez, aparecera no
LP...
Vir
d) Quando se pergunta a João Gilberto por que...
ð Com gerúndio, indica:
e) Ele recompõe músicas tradicionais e contemporâneas.
– ação gradual: Venho estudando este fenômeno há
tempo.
– duração rumo à nossa época ou lugar: Os alunos 3. (FCC/PBGAS) “Assim, mesmo que tal evolução impacte
vinham chegando, quando o sinal tocou. as contas públicas ...”. O verbo flexionado nos mesmos
ð Com infinitivo, sentido de resultado final: Viemos tempo e modo em que se encontra o grifado está tam-
a descobrir o culpado mais tarde. bém grifado na frase:
a) Entre os fatores apontados pela pesquisa, deve ser
Andar, com gerúndio, sentido de duração, continui- considerado o controle dos índices de inflação.
dade: Ando estudando muito. Ele anda escrevendo b) Com a valorização do salário mínimo, percebe-se um
livros. aumento do poder de compra dos trabalhadores mais
humildes.
b) Pela Flexão: regular, irregular, defectivo e abundante. c) A última pesquisa Pnad assinala expressiva melhoria
• Regular: o radical e as terminações do padrão de das condições de vida em todas as regiões do país.
cada conjugação não mudam letra e som. Pode até d) É desejável que ocorra uma redução dos índices de
mudar letra, mas o som permanece: agir ⇒ ajo, agi, violência urbana, consolidando as boas notícias tra-
agirei; ficar ⇒ fico, fiquei, ficarei; tecer ⇒ teço, teci, zidas pela pesquisa.
tecerei. e) Segundo a pesquisa, a renda obtida por aposentados
• Irregular: o radical e/ou as terminações mudam letra acaba sendo veículo de movimentação da economia
e som. Não basta mudar letra. Deve mudar também regional.
o som: fazer ⇒ faço, fiz, farei.
Obs.: fazer é capaz de substituir outro verbo na 4. (FCC/PBGAS) “Apesar do rigor científico das pesquisas
sequência de frases. Veja: Gostaríamos de reverter que conduzira ...”. O tempo e o modo em que se encontra
o quadro do país como fez (=reverteu) o governo o verbo grifado acima indicam
anterior. a) ação passada anterior a outra, também passada.
• Defectivo: não possui certas formas, em razão de b) fato que acontece habitualmente.
eufonia ou homofonia. c) ação repetida no momento em que se fala.
Grupo 1: impessoais e unipessoais, conjugados d) situação presente em um tempo passado.
apenas na terceira pessoa. Indicam fenômenos da e) situação passada num tempo determinado.
Língua Portuguesa

natureza, vozes de animais, ruídos, ou pelo sentido


não admitem certas pessoas. chover, zurrar, zunir. 5. (FCC/Assembl.Leg./SP) Os verbos grifados estão corre-
Grupo 2: verbos sem a primeira pessoa do singular tamente flexionados na frase:
no presente do indicativo e suas derivadas: abolir, a) Após a catástrofe climática que se abateu sobre a
jungir, puir, soer, demolir, explodir, colorir. região, os responsáveis propuseram a liberação dos
Grupo 3: adequar, doer, prazer, precaver, reaver, recursos necessários para sua reconstrução.
urgir, viger, falir. b) Em vários países, autoridades se disporam a elaborar
• Abundante: possui mais de uma forma correta. projetos que prevessem a exploração sustentável o
Diz/dize, faz/faze, traz/traze, requer/requere, tu meio ambiente.

64 Openbook Apostilas
c) Os consumidores se absteram de comprar produtos 11. (FCC/Assembl.Leg./SP) Quanto à flexão e à correlação
de empresas que não consideram a sustentabilidade de tempos e modos, estão corretas as formas verbais
do planeta. da frase:
d) A constatação de que a vida humana estaria compro- a) Não constitue desdouro valer-se de uma frase feita, a
metida deteu a exploração descontrolada daquela menos que se pretendesse que ela venha a expressar
área de mata nativa. um pensamento original.
e) Com a alteração climática sobreviu o excesso de chuvas b) Se os valores antigos virem a se sobrepor aos novos, a
que destruiu cidades inteiras com os alagamentos. sociedade passaria a apoiar-se em juízos anacrônicos
e hábitos desfibrados.
6. (FCC/Bagas) Ambos os verbos estão corretamente fle- c) Dizia o Barão de Itararé que, se ninguém cuidar da
xionados na frase: moralidade, não haveria razão para que todos não
a) O descrédito sofrido pelo mais recente relatório so- obtessem amplas vantagens.
breviu da descoberta de ter havido manipulação dos d) Para que uma sociedade se cristalize e se estaguine,
dados nele apresentados. basta que seus valores tivessem chegado à triste con-
b) As informações que comporam o relatório sobre solidação dos lugares-comuns.
Mudanças Climáticas contiam erros só descobertos e) Não conviria a ninguém valer-se de um cargo público
depois de algum tempo.
para auferir vantagens pessoais, houvesse no hori-
c) Os relatórios sobre o aquecimento global, sem que
zonte a certeza de uma sanção.
se queresse, troxeram conclusões pessimistas sobre
a vida no planeta.
d) Alguns cientistas de todo o mundo tiveram sua repu- 12. (FCC/Bagas) Está correta a flexão verbal, bem como
tação abalada por fazerem previsões aleatórias, sem adequada a correlação entre os tempos e os modos na
base científica. frase:
e) Ninguém preveu com segurança as consequências a) Zeus teria irritado-se com a ousadia de Prometeu e
que o derretimento de geleiras poderia trazer para o havia condenado a estar acorrentado ao monte
diversas populações. Cáucaso.
b) Seu sofrimento teria durado várias eras, até que Hér-
7. (FCC/Bagas) Transpondo-se o segmento “João Gilberto cules intercedera, compadecido que ficou.
segue as duas estratégias” para a voz passiva, a forma c) O sofrimento de Prometeu duraria várias eras ainda,
verbal resultante é: não viesse Hércules a abater a águia e livrá-lo do su-
a) eram seguidos. plício.
b) segue-se. d) Irritado com a ousadia que Prometeu cometesse,
c) é seguido. Zeus o teria condenado e acorrentado ao monte
d) são seguidas. Cáucaso.
e) foram seguidas. e) Prometeu haveria de sofrer por várias eras, quando
Hércules o livrara do suplício, e abateu a águia.
8. (FCC/Sergas) Transpondo-se para a voz passiva a cons-
trução “um artista plástico pesquisando linguagem”, a 13. (FCC/Sergas) Está plenamente adequada a correlação
forma verbal resultante será: entre tempos e modos verbais na frase:
a) sendo pesquisada. a) Se separássemos drasticamente o visível do invisível,
b) estando a pesquisar. o efeito de beleza das obras de arte pode reduzir-se,
c) tendo sido pesquisada. ou mesmo perder-se.
d) tendo pesquisado. b) Diante do frêmito que notou na relva, o autor com-
e) pesquisava-se. pusera um verso que havia transcrito nesse texto.
c) Ambrosio Bierce lembraria que houvesse sons inau-
9. (FCC/Bagas) “Os relatórios do IPCC são elaborados por díveis, da mesma forma que nem todas as cores se
3000 cientistas de todo o mundo ...”. O verbo que ad- percebam no espectro solar.
mite transposição para a voz passiva, como no exemplo d) Se o próprio ar que respiramos é invisível, argumenta
grifado, está na frase: Mário Quintana, por que não viéssemos a crer que
a) Cientistas de todo o mundo oferecem dados para os pudesse haver cor na passagem do tempo?
relatórios sobre os efeitos do aquecimento global.
e) A caneta esferográfica, de onde saírem as mágicas
b) As geleiras do Himalaia estão sujeitas a um rápido der-
imagens de um escritor, é a mesma que repousará
retimento, em virtude do aquecimento do planeta.
sobre a cômoda, depois de o haver servido.
c) Os cientistas incorreram em erros na análise de dados
sobre o derretimento das geleiras do Himalaia.
d) Populações inteiras dependem da água resultante do (Cespe/Anatel/Analista) Durante muitos anos discutiu-se
derretimento de geleiras, especialmente na Ásia. apaixonadamente se as empresas multinacionais (EMNs) iam
e) São evidentes os efeitos desastrosos, em todo o mun- dominar o mundo, ou se serviam aos interesses imperialistas
do, do aquecimento global decorrente da atividade de seus países-sede, mas esses debates foram murchando,
humana. seja porque não fazia sentido econômico hostilizar as EMNs,
Língua Portuguesa

seja porque elas pareciam, ao menos nas grandes questões,


10. (FCC/PBGAS) “... de como se pensavam essas coisas antes alheias e inofensivas ao mundo da política.
dele”. A forma verbal grifada acima pode ser substituída 14. A substituição das formas verbais “iam” e “serviam” por
corretamente por iriam e serviriam preserva a coerência e a correção textual.
a) havia pensado.
b) deveriam ser pensadas. (Cespe/Anatel/Analista) Até agora, quando os países-mem-
c) eram pensadas. bros divergiam sobre assuntos comerciais, era acionado o
d) seria pensada. Tribunal Arbitral. Quem estivesse insatisfeito com o resul-
e) tinham sido pensados. tado do julgamento, no entanto, tinha de apelar a outras

Openbook Apostilas 65
instâncias internacionais, como a Organização Mundial do Em relação às ideias e a aspectos morfossintáticos do texto
Comércio (OMC). acima, julgue os itens a seguir.
15. Pelo emprego do subjuntivo em “estivesse”, estaria de 21. A substituição de “se decompõe” por é decomposto
acordo com a norma culta escrita a substituição de “ti- mantém a correção gramatical do período.
nha de apelar” por teria de apelar. 22. A substituição de “foi instalada” por instalou-se preju-
dica a correção gramatical do período.
(Cespe/IRBr/Diplamata) Píndaro nos preveniu de que o futu-
ro é muralha espessa, além da qual não podemos vislumbrar (Cespe/TRT 9 R) Relação é uma coisa que não pode exis-
um só segundo. O poeta tanto admirava a força, a agilidade tir, que não pode ser, sem que haja uma outra coisa para
e a coragem de seus contemporâneos nas competições dos completá-la.
estádios quanto compreendia a fragilidade dos seres huma- 23. O emprego do modo subjuntivo em “haja”, além de ser
nos no curto instante da vida. Dele é a constatação de que o exigido sintaticamente, indica que a existência de “uma
homem é apenas o sonho de uma sombra. Apesar de tudo, outra coisa” é uma hipótese ou uma conjectura.
ele se consolará no mesmo poema: e como a vida é bela!
16. Embora o efeito de sentido seja diferente, no lugar do É preciso sublinhar o fato de que todas as posições existen-
futuro do presente em “consolará”, estaria gramatical- ciais necessitam de pelo menos duas pessoas cujos papéis
mente correto e textualmente coerente o emprego do combinem entre si. O algoz, por exemplo, não pode continuar
futuro do pretérito consolaria ou do pretérito perfeito a sê-lo sem ao menos uma vítima. A vítima procurará seu
consolou. salvador e este último, uma vítima para salvar. O condicio-
namento para o desempenho de um dos papéis é bastante
(Cespe/STJ/Ttécnico) Tudo o que signifique para os negros sorrateiro e trabalha de forma invisível.
possibilidades de ascensão social mais amplas do que as 24. O uso do futuro do presente em “procurará” sugere mais
oferecidas pelo antigo e caricato binômio futebol/música uma probabilidade ou suposição decorrente da situação
popular representará um passo importante na criação de do que uma realização em tempo posterior à fala.
uma sociedade harmônica e civilizada.
17. O emprego do tempo futuro do presente do verbo re- (TRE-AP)
presentar é exigência do emprego do modo subjuntivo Nesse período foram implantados 2.343 projetos de
em signifique. assentamento (PA). A criação de um PA é uma das etapas
do processo da reforma agrária. Quando uma família de
A opinião é de Paul Krugman, um dos mais importantes e trabalhador rural é assentada, recebe um lote de terra para
polêmicos economistas do mundo, atualmente. Segundo ele, morar e produzir dentro do chamado assentamento rural.
países emergentes como o Brasil embarcaram, durante a dé- A partir da sua instalação na terra, essa família passa a ser
cada passada, na ilusão de que a adoção de reformas liberais beneficiária da reforma agrária, recebendo créditos de apoio
resolveria todos os seus problemas. Isso não aconteceu. E, (para compra de maquinários e sementes) e melhorias na
segundo ele, está claro que faltaram políticas de investimento infraestrutura (energia elétrica, moradia, água etc.), para se
em educação e em saúde. estabelecer e iniciar a produção. O valor dos créditos para
18. Como introduz a ideia de probabilidade, se a forma ver- apoio à instalação dos assentados aumentou. Os montantes
bal “resolveria” fosse substituída por poderia resolver, investidos passaram de R$ 191 milhões em 2003 para R$
estariam preservadas as relações semânticas e a corre- 871,6 milhões, empenhados em 2006.
ção gramatical. Também a partir do assentamento, essa família passa a
participar de uma série de programas que são desenvolvidos
O Brasil ratificou o Protocolo de Kyoto, para combater o au- pelo governo federal. Além de promover a geração de renda
mento do efeito estufa, e apresentou uma proposta à Rio+10 das famílias de trabalhadores rurais, os assentamentos da
de aumento da participação de energias renováveis na matriz reforma agrária também contribuem para inibir a grilagem
energética em todo o mundo. Se os líderes mundiais não de terras públicas, combater a violência no campo e auxiliar
foram capazes de dar um passo significativo em prol das na preservação do meio ambiente e da biodiversidade local,
energias do futuro, o Rio de Janeiro demonstrou que não especialmente na região Norte do país.
aceita mais os impactos ambientais negativos da energia do Na qualificação dos assentamentos, foram investidos R$
passado, apontando a direção a ser seguida por uma política 2 bilhões em quatro anos. Os recursos foram aplicados na
energética realmente sustentável no país. construção de estradas, na educação e na oferta de luz elétri-
19. Por fazer parte de uma estrutura condicional, a forma ca, entre outros benefícios. O governo também construiu ou
verbal “foram” pode ser substituída por fossem. reformou mais de 32 mil quilômetros de estradas e pontes,
beneficiando diretamente 197 mil assentados. Além disso, o
(Cespe/TRT-PE/Analista Judiciário) Talvez o habeas corpus da número de famílias assentadas beneficiadas com assistência
saudade consinta o teu regresso ao meu amor. técnica cresceu significativamente. Em 2006, esse número
20. O advérbio “Talvez” admite que a forma verbal “Consin- foi superior a 555 mil.
ta” seja alterada para Consente, no modo indicativo. O Programa Nacional de Educação na Reforma Agrá-
ria (PRONERA), que garante o acesso à educação entre os
Língua Portuguesa

(Cespe/TRT 9 R/Técnico) O material orgânico presente no trabalhadores rurais, promoveu, mediante convênios com
lixo se decompõe lentamente, formando biogás rico em instituições de ensino, a realização de 141 cursos. Com o
metano, um dos mais nocivos ao meio ambiente por con- programa Luz Para Todos – parceria do Ministério do Desen-
tribuir intensamente para a formação do efeito estufa. No volvimento Agrário, INCRA e Ministério das Minas e Energia
Aterro Bandeirantes, foi instalada, no ano passado, a Usina –, os assentamentos também ganharam luz elétrica. Mais de
Termelétrica Bandeirantes, uma parceria entre a prefeitura 132 mil famílias em 2,3 mil assentamentos já foram benefi-
e a Biogás Energia Ambiental. Lá, 80% do biogás é usado ciadas com o programa.
como combustível para gerar 22 megawatts, energia elétrica O fortalecimento institucional do INCRA, com a realiza-
suficiente para atender às necessidades de 300 mil famílias. ção de dois concursos públicos, e o aumento no número de

66 Openbook Apostilas
28 superintendências e sua modernização tecnológica tam- mais de 200 quilômetros para fora da costa, formando 25
bém foram algumas das ações realizadas no período. Foram extensos planaltos submersos com profundidades médias
nomeados 1.300 servidores aprovados no concurso realizado de 200 metros.
em 2005. Somado aos nomeados desde 2003, o número de 34. A redação para fora da costa e forma em lugar de “para
novos servidores passou para 1.800, o que representa um fora da costa, formando” mantém a correção gramatical
aumento de mais de 40% na força de trabalho do Instituto. do período.
Em questão, nº 481, Brasília, 14/2/2007 (com adaptações).
A Petrobras e o governo do Espírito Santo assinaram um
25. Estão empregadas em função adjetiva as seguintes pala- protocolo de intenções com o objetivo de identificar opor-
vras do texto: “investidos”, “aplicados”, “beneficiando” tunidades de negócios que potencializem o valor agregado
e “assentados”. da indústria de petróleo e gás no estado.
26. O vocábulo “Somado” é forma nominal no particípio e 35. O emprego do modo subjuntivo em “que potencializem”
introduz oração reduzida com valor condicional. justifica-se por tratar-se de uma hipótese.

(TCU) (PM-ES) A economia colonial brasileira gerou uma divisão


de classes muito hierarquizada e bastante simples. No topo
Veja – Dez anos não é tempo curto demais para mudanças da pirâmide, estavam os grandes proprietários rurais e os
capazes de afetar o clima em escala global? grandes comerciantes das cidades do litoral. No meio, loca-
Al Gore – Não precisamos fazer tudo em dez anos. De qual- lizavam-se os pequenos proprietários rurais e urbanos, os
quer forma, seria impossível. A questão é outra. De acordo pequenos mineradores e comerciantes, além dos funcioná-
com muitos cientistas, se nada for feito, em dez anos já não rios públicos.
teremos mais como reverter o processo de degradação da 36. A substituição de “localizavam-se” por estavam locali-
Terra. (Veja, 11/10/2006, com adaptações). zados prejudica a correção gramatical do período.
27. O emprego do futuro-do-presente do indicativo em “te-
remos” indica que a preposição “em”, que precede “dez (Petrobras/Advogado) Cabe lembrar que o efeito estufa
anos”, tem o sentido de daqui a. existe na Terra independentemente da ação do homem. É
importante que este fenômeno não seja visto como um pro-
Época – Em seu livro, o senhor diz que todos os países devem blema: sem o efeito estufa, o Sol não conseguiria aquecer
ter uma estratégia para se desenvolver. a Terra o suficiente para que ela fosse habitável. Portanto o
Vietor – Qualquer país precisa ter uma estratégia de cres- problema não é o efeito estufa, mas, sim, sua intensificação.
cimento. 37. Preservam-se a coerência da argumentação e a correção
28. A locução verbal “devem ter” expressa uma ação ocor- gramatical do texto ao se substituir “que este fenômeno
rida em um passado recente. não seja” por este fenômeno não ser.

(Cespe/Prefeitura de Rio Branco/AC) As sociedades indígenas Trabalho Semiescravo


acreanas dividem-se de maneira desigual em duas grandes
famílias linguísticas: Pano e Arawak. Alguns desses povos Autoridades europeias ameaçam impor barreiras não tari-
encontram-se também nas regiões peruanas e bolivianas fárias ao etanol e exigir certificados de que, desde o cultivo,
fronteiriças ao Acre. são observadas relações de trabalho não degradantes e pro-
29. A substituição de “dividem-se” por são divididas man- cessos autossustentáveis.
tém a correção gramatical do período. 38. No fragmento intitulado “Trabalho semiescravo”, pre-
30. Em “encontram-se”, o pronome “se” indica que o sujei- servam-se a correção gramatical e a coerência textual
to da oração é indeterminado, o que contribui para a ao se empregar forem em lugar de “são”.
impessoalização do texto.
(Inmetro) Atualmente, o PEFC é composto por 30 membros
A história do Acre começou a se definir em 1895, quando representantes de programas nacionais de certificação flo-
uma comissão demarcatória foi encarregada de estabelecer restal.
os limites entre o Brasil e a Bolívia, com base no Tratado de 39. A substituição da expressão “é composto” por com-
Ayacucho, de 1867. põem-se mantém a correção gramatical do período.
No processo demarcatório foi constatado, no ponto inicial
da linha divisória entre os dois países (nascente do Javari), Em dezembro de 2004, foi editado o Decreto nº 5.296.
que a Bolívia ficaria com uma região rica em látex, na época 40. A substituição de “foi editado” por editou-se mantém
ocupada por brasileiros. Internet: <www.agenciaamazonia. a correção gramatical do período.
com.br> (com adaptações).
O Inmetro tem realizado estudos aprofundados que visam
31. A substituição de “se definir” por ser definida prejudica
diagnosticar a realidade do país e encontrar melhores solu-
a correção gramatical e a informação original do período.
ções técnicas para que o Programa de Acessibilidade para
32. O emprego do futuro do pretérito em “ficaria” justifica-
Transportes Coletivos e de Passageiros seja eficaz. Idem,
-se por se tratar de uma ideia provável no futuro. ibidem (com adaptações).
41. O segmento “tem realizado” pode, sem prejuízo para
Língua Portuguesa

O Brasil tem-se caracterizado por perenizar problemas, para a correção gramatical do período, ser substituído por
os quais não se encontram soluções ao longo de décadas. qualquer uma das seguintes opções: vem realizando,
Ellen Gracie e Paulo Skaf. Folha de S. Paulo, 18/3/2007 está realizando, realiza.
33. Para o trecho “não se encontram soluções”, a redação
não são encontradas soluções mantém a correção gra- (MS/Agente) Não ingira nem dê remédio no escuro para que
matical do período. não haja trocas perigosas.
42. Em “para que não haja trocas perigosas”, o emprego do
Na região entre Caravelas, sul da Bahia, e São Mateus, norte modo subjuntivo justifica-se por se tratar de situação
do Espírito Santo, a plataforma continental prolonga-se por hipotética.

Openbook Apostilas 67
Os pequenos tecercam, perguntam se você será o pai delas, Em vez de transmitir seja lá o que for e de qualquer ma-
disputam o teu colo ou a garupa como que implorando pelo neira, a tradição oral é uma palavra organizada, elaborada,
toque físico, TE convidam para voltar, te perguntam se você estruturada, um imenso acervo de conhecimentos adquiridos
irá passear com elas. pela coletividade, segundo cânones bem determinados. Tais
43. O pronome “te” destacado pode ser corretamente subs- conhecimentos são, portanto, reproduzidos com uma meto-
tituído por lhe. dologia rigorosa. Existem, também, especialistas da palavra
cujo papel consiste em conservar e transmitir os eventos do
“Ações que não emancipam os usuários, pelo contrário, re- passado: trata-se dos griôs.
forçam sua condição de subalternização perante os serviços 51. O termo “cujo” refere-se a palavra.
prestados.”
44. O fragmento ações que não emancipam os usuários, (Terracap) Há cinquenta anos, a cidade artificial procura en-
pelo contrário, reforçam a condição deles de subalter- contrar uma identidade que lhe seja natural. “Nós queremos
nização perante os serviços prestados substitui corre- ação! Acabar com o tédio de Brasília, essa jovem cidade mor-
tamente o original. ta! Agitar é a palavra do dia, da hora, do mês!”, gritava Renato
Russo, com todas as exclamações possíveis, no fim dos anos 70,
(Terracap) A respeito do fragmento “qualquer país que passe quando era voz e baixo da banda punk Aborto Elétrico. Em
pela nossa mente – e alguns outros de cuja existência sequer meio à burocracia oficial, o rock ocupou o espaço urbano, os
desconfiávamos.” parques, as superquadras de Lucio Costa, cresceu e apareceu.
45. O pronome “cuja” tem valor possessivo, já que equivale Foi a primeira manifestação cultural coletiva a dizer ao país
a sua. que a cidade existia fora da Praça dos Três Poderes e que,
além disso, estava viva.
Ao coração, coube a função de bombear sangue para o res- 52. A palavra “que” pode ser substituída por o(a) qual em
to do corpo, mas é nele que se depositam também nossos todas as ocorrências do primeiro parágrafo.
mais nobres sentimentos. Qual é o órgão responsável pela
saudade, pela adoração? Quem palpita, quem sofre, quem Texto: A alternativa existente seria o aproveitamento da
dispara? O próprio. energia elétrica da Usina Hidroelétrica de Cachoeira Dourada
46. A repetição do pronome na frase “Quem palpita, quem 53. O tempo do verbo indica um fato passado em relação a
sofre, quem dispara?” cria destaque e certo suspense outro, ocorrido também no passado.
na informação.
47. A resposta “O próprio.”, dada às perguntas feitas ante- Texto: No que se refere às práticas assistenciais, tem sido
riormente, omite o nome (coração) ao qual se refere o comum a confusão na utilização dos termos assistência e
adjetivo, o que valoriza enfaticamente o termo “próprio”. assistencialismo.
54. O fragmento Referindo-se às práticas assistenciais, era
(Terracap) Foi pensando nisso que me ocorreu o seguinte: comum a confusão na utilização dos termos assistência
se alguém está com o coração dilacerado nos dois sentidos, e assistencialismo é uma reescrita correta, de acordo
biológico e emocional, e por ordens médicas precisa de um com as normas gramaticais, do original acima.
novo, o paciente irá se curar da dor de amor ao receber o
órgão transplantado? (Terracap) A respeito do fragmento “qualquer país que passe
Façamos de conta que sim. Você entrou no hospital com o pela nossa mente – e alguns outros de cuja existência sequer
coração em frangalhos, literalmente. Além de apaixonado por desconfiávamos.”, julgue.
alguém que não lhe dá a mínima, você está com as artérias 55. A forma verbal “desconfiávamos” indica a ideia de tempo
obstruídas e os batimentos devagar quase parando. A vida passado inacabado.
se esvai, mas localizaram um doador compatível: já para a
56. A forma verbal “passe” indica a ideia de possibilidade,
mesa de cirurgia.
um fato incerto de acontecer.
Horas depois, você acorda. Coração novo.
48. O pronome “Você” é empregado na frase como forma
(Iphan) Pode-se dizer que ele assume o papel de historiador
de indeterminar o agente da ação, traço característico
da oralidade brasileira. Assim, “Você entrou no hospital” se admitirmos que a história é sempre um reordenamento
corresponde a Entrou-se no hospital. dos fatos proposto pelo historiador.
49. A sequência “a mínima”, à qual falta o nome importân- 57. A forma verbal “é” pode ser substituída por seja.
cia, faz do qualificativo “mínima” o núcleo, o foco da
informação. GABARITO

(Adasa) Na história da humanidade, a formação de grandes 1. b 16. C 31. E 46. C


comunidades, com a sobrecarga do meio natural que ela 2. a 17. E 32. C 47. C
implica, priva cada vez mais os seres humanos de seu acesso 3. d 18. C 33. C 48. C
livre aos recursos de subsistência de que eles necessitam e re- 4. a 19. E 34. C 49. C
cai, necessariamente, sobre a sociedade enquanto sistema de 5. a 20. E 35. C 50. E
convivência, a tarefa (responsabilidade) de proporcioná-los. 6. d 21. C 36. E 51. E
Essa tarefa (responsabilidade) é frequentemente negada com 7. d 22. E 37. C 52. E
Língua Portuguesa

algum argumento que põe o ser individual como contrário ao 8. a 23. C 38. E 53. C
ser social. Isso é falacioso. A natureza é, para o ser humano, o 9. a 24. C 39. E 54. E
reino de Deus, o âmbito em que encontra à mão tudo aquilo 10. c 25. E 40. C 55. C
de que necessita, se convive adequadamente nela. 11. e 26. E 41. C 56. C
50. O pronome demonstrativo ‘Isso’ tem como referência 12. c 27. C 42. C 57. C
anafórica o termo “ser social” do período anterior. 13. e 28. E 43. E
14. C 29. C 44. C
(Iphan) Os povos da oralidade são portadores de uma cul- 15. C 30. E 45. C
tura cuja fecundidade é semelhante à dos povos da escrita.

68 Openbook Apostilas
CLASSES E FUNÇÕES DA PALAVRA “QUE”
Classes da Palavra “que” (Estudo Morfológico)

CLASSE GRAMATICAL EXEMPLOS E OBSERVAÇÕES


Ele tem um quê de mistério. Suas palavras aparentam um quê de
ironia. Obs.: Não se acentua quando especifica outro substantivo.
Substantivo: nomeia um ser e é acentuada. A palavra “que” tem muitas funções. (Qual palavra? – Foi especifica-
da: que.) O “que” não pode ser classificado como verbo. (Subentenda:
o termo “que”.)
Que alegrias um filho nos dá! (Quantas alegrias um filho nos dá! 
quantas = pronome adjetivo indefinido.)
Pronome: pode ser substituída por pronome equi- Em que espelho ficou perdida a minha face? (Em qual espelho ficou
valente. perdida a minha face?  qual = pronome adjetivo interrogativo.)
As questões que resolvi eram difíceis. (As questões as quais resolvi
eram difíceis.  as quais = pronome substantivo relativo.)
Que inteligente ela é! (Ela é muito inteligente!) Que longe ele traba-
Advérbio: apenas advérbio de intensidade.
lha! (Ele trabalha muito longe!)
Temos que estudar. (Temos de estudar.) Obs.: Este uso do “que” é
Preposição: liga verbo auxiliar com verbo principal
tido como linguagem coloquial.
na locução verbal.
Existe muito que aprender. (Existe muito a aprender.)
Falou que falou, mas não disse nada. (Falou e falou, mas não disse
nada.  que = e conjunção coordenativa aditiva.)
Diga esse absurdo de um doido que não dele. (Diga esse absurdo de
um doido, mas não dele.  que = mas conjunção coordenativa
Conjunção
adversativa.)
coordenativa
Corra, que a polícia vem aí. (Corra, pois a polícia vem aí. que =
pois conjunção coordenativa explicativa.)
Obs.: Uso coloquial: Saiu cedo de casa, só que chegou atrasado ao
trabalho. (só que = mas  conjunção coordenativa adversativa.)
Disse que viria cedo, mas chegou tarde. (Disse isso.  conjunção
subordinativa integrante.)
Conjunção: pode ser trocada Fiz-lhe sinal que se levantasse. (que = para que conjunção subor-
pela conjunção equivalente. dinativa final.)
Estudou tanto que gabaritou as questões. (sentido de resultado
conjunção subordinativa consecutiva.)
O olho está vermelho, que ela chorou. (que = porque conjunção
Conjunção subordinativa causal.)
subordinativa Chegados que foram à margem do rio, pararam para descansar.
(Quando chegaram à margem do rio, pararam para descansar.
conjunção subordinativa temporal.)
Que fosse domingo, ainda teria de trabalhar. (Embora fosse domingo,
ainda teria de trabalhar.  que = embora  conjunção subordina-
tiva concessiva.)
Obs.: Uso coloquial: Trabalhava que nem um relógio. (que nem =
como  conjunção subordinativa comparativa.)
Interjeição: exprime espanto. Quê! Isso é um abuso! Quê! Você ainda fez a tarefa?
Que vida agitada que eles levam! (Que vida agitada eles levam!)
Partícula de realce (expletiva): pode ser retirada da
Que felicidade que ela teve na formatura! (Que felicidade ela teve
frase, sem causar erro.
na formatura!)

Funções Sintáticas da Palavra “que” (Estudo Sintático)

CLASSE FUNÇÃO SINTÁTICA EXEMPLOS E OBSERVAÇÕES


Língua Portuguesa

Núcleo do sujeito Um quê de surpresa ficou em seu rosto.


Substantivo Núcleo do objeto Agora entendemos este que com facilidade.
Aposto especificativo A palavra que exerce várias funções.
Que questões fáceis nesta prova! (Quantas questões fáceis
Pronome adjetivo indefinido ou nesta prova!)
Adjunto adnominal
Pronome adjetivo interrogativo Em que espelho ficou perdida a minha face? (Em qual es-
pelho ficou perdida a minha face?)

Openbook Apostilas 69
O edital que saiu exige nível superior. (que = o edital o
Sujeito
edital saiu.)
Encontrei o livro de que você tinha necessidade. (que = o
Complemento nominal
livro  você tinha necessidade do livro.)
Não conheço mais o homem gentil que ele era. (que = o
Predicativo do sujeito
homem gentil  ele era o homem gentil.)
Cláudio se tornou esse professor que todos respeitam. (que
Pronome substantivo relativo Objeto direto
= esse professor todos respeitam esse professor.)
Vi o filme a que vocês se referiram. (que = o filme  vocês
Objeto indireto
se referiram ao filme.)
O bairro em que moramos apareceu na tevê. (que = o bairro
Adjunto adverbial
 moramos no bairro.)
O cachorro por que o menino foi mordido desapareceu.
Agente da passiva
(que = o cachorro  o menino foi mordido pelo cachorro.)
Adjunto adverbial de Que bonito é o apartamento de Flávio. (O apartamento de
Advérbio de intensidade
intensidade Flávio é muito bonito!)
Tinha que sair naquela hora. (Tinha de sair naquela hora.)
Preposição Não tem função sintática.
Havia tanto que falar. (Havia tanto a falar.)
Conjunção Não tem função sintática Disse que o filme foi ótimo. (Disse isso.)
Interjeição Não tem função sintática Quê! Isso é um roubo!
Nossa! Em qual cidade que vamos morar? (Nossa! Em qual
Partícula de realce (expletiva) Não tem função sintática
cidade vamos morar?)

EXERCÍCIOS cousa que tem que ver com haver gente que pensa...”
(Fernando Pessoa como Alberto Caeiro)
1. Indique a classe gramatical das palavras que em desta-
que nas frases a seguir: 5. Indique a função sintática da palavra que nas frases:
a) Ana rogou que parassem. a) “...saudade que eu sinto / de tudo que eu ainda não
b) Que seja só o amor que nos ligue. vi.” (Legião Urbana)
c) Que horas são? b) No quintal, que tinha uma árvore, pássaros cantavam.
d) Notei em teus olhos um quê de meiguice. c) Que esperto está você!
e) Que cor viva que tem esta flor! d) As mudanças que começamos a observar na última
f) Quê? Ele teve coragem de fazer isso? semana, já ocorriam há meses.
g) Andava que andava, mas não achava o endereço.
e) Um quê ficou no ar sem resposta.
h) Mas que saudade de um banho de chuva!
f) “Mas crianças, que sabem mais do que eu, e vão dire-
i) Logo vi que você é pai de primeira viagem.
j) Quanto carinho que existe nesse olhar! tas ao assunto, ouviram, pensaram e disseram: ‘Que
k) Que longa foi a estrada que percorremos! engraçado! Um bem-te-vi gago!” (Cecília Meireles)
l) Que foi feito do teu sorriso que era tão claro e tão g) O carteiro conseguiu achar a casa em que as notícias
perfeito? nunca apareciam.
m) Ele que disse que viu o acidente. h) “Que desforra para o chuchu!” (Manuel Bandeira)
n) Quê! Teremos que ficar sem reajuste! i) O vento, por que a porta foi fechada, só cessou ao
o) Que lutemos bravamente, haverá ainda muito que bater na vidraça.
fazer. j) Ele falou um que enfático.
p) Choveu que choveu, que o rio transbordou. k) Ficou provado o crime de que era culpado.
l) “É um teatro em que se apresentam todas as cenas
2. No trecho de poema de Carlos Drummond de Andrade, [...]” (Ferreira de Araújo)
classificar as palavras que: m) “Homens conturbados que corriam atrás da roda e
“Que é loucura: ser cavaleiro andante / ou segui-lo como do fogo [...]” (Tércio de Abreu)
escudeiro? / De nós dois, quem o louco verdadeiro? / n) Se fosse pelo nome que ele tem, seria ator.
O que, acordado, sonha doidamente? / O que, mesmo
vedado, / vê o real e segue o sonho / de um doido pelas
bruxas embruxado? / Eis-me, talvez, o único maluco, / e
GABARITO
me sabendo tal, sem grão, de siso, / sou – que doideira
– um louco de juízo.” 1. a) Conjunção subordinativa integrante: Ana rogou isso.
b) Partícula de realce (expletiva): pode ser retirada.
Língua Portuguesa

3. Nos versos seguintes, indique a que classe pertencem c) Pronome adjetivo interrogativo.
as palavras que: d) Substantivo (acompanhado de artigo “um”).
“O que será de nossas vidas / eu não sei dizer. / Só sei e) Partícula de realce (expletiva): pode ser retirada.
que juntos / seremos tudo / contra o que de mau vier.” f) Interjeição (espanto).
g) Conjunção coordenativa aditiva (que = e).
4. Nos versos seguintes, indique a que classe pertencem h) Pronome adjetivo indefinido (que = quanta).
as palavras que: i) Conjunção subordinativa integrante (Logo vi isso).
“Acho tão natural que não se pense, que me ponho a rir
j) Partícula de realce (expletiva): pode ser retirada.
às vezes, sozinho, não sei bem de quê, mas é de qualquer

70 Openbook Apostilas
k) Advérbio de intensidade (que longa = muito longa) FUNÇÕES DO “SE”
e pronome relativo (que = a qual), nesta ordem.
l) Pronome interrogativo e pronome relativo (que = o Como Pronome
qual).
m) Partícula de realce (expletiva, pode ser retirada) e Na voz passiva sintética, a palavra “SE” é partícula apas-
conjunção subordinativa integrante (Ele disse isso). sivadora, ou também chamada de pronome apassivador.
n) Interjeição e preposição (que = de). O sujeito é paciente. (Lembre-se: sujeito começa sem pre-
o) Conjunção subordinativa concessiva (que = embora) posição.)
e preposição (que = a). Ainda se planejava uma reforma. (Uma reforma ainda
p) Conjunção coordenativa aditiva (que = e), conjunção era planejada.)
subordinativa consecutiva (consequência). Descobriu-se que haveria cortes no orçamento. (Isso foi
descoberto).
2. Em ordem de ocorrência no texto: pronome interro-
gativo, pronome interrogativo, pronome interrogativo, Na voz reflexiva, a palavra “SE” é pronome reflexivo. E
pronome indefinido (que doideira = quanta doideira). como pronome reflexivo, pode ter função sintática de objeto
ou de sujeito.
3. Em ordem de aparecimento: pronome interrogativo A cozinheira cortou-se. (objeto direto)
(traz questionamento, interroga de forma indireta). Os parlamentares deram-se reajuste salarial. (objeto
Atenção: Não se trata de pronome relativo. Em “o que indireto)
será de nossas vidas”, devemos enxergar “o” como ex- O rapaz deixou-se ficar na rede. (sujeito do infinitivo “ficar”)
pletivo (pode ser retirado).
Conjunção integrante (Só sei isso.) Quando o sujeito não está escrito, nem se pode ter cer-
Pronome relativo (note agora que “o” = aquilo; por isso, teza, então o sujeito é indeterminado. Assim, a palavra “SE”
vamos entender o trecho assim: seremos tudo contra é chamada índice de indeterminação do sujeito (IIS).
aquilo que de mau vier. Assim, que = o qual: seremos Aqui se trabalha.
tudo contra aquilo o qual de mau vier.) Vai-se precisar de gente qualificada.
Nesta casa se é feliz.
4. Em ordem de aparecimento: conjunção subordinativa
integrante (Acho tão natural isso.), conjunção subordi- Quando o verbo é pronominal, o pronome “SE” é parte
nativa consecutiva (consequência de achar tão natural), integrante do verbo.
substantivo (acentuado é substantivo; note também o Aqui precisamos distinguir os verbos pronominais. Exis-
sentido: rir de algo), pronome relativo (qualquer cousa tem dois grupos de verbos pronominais:
a qual tem que ver...), preposição (qualquer cousa que • verbos pronominais essenciais, ou seja, sempre conju-
tem a ver com haver gente...), pronome relativo (haver gados com pronomes oblíquos átonos (me, te, se, nos,
gente a qual pensa...). vos). São alguns desses verbos: referir-se, ajoelhar-se,
5. a) objeto direto (que = saudade  eu sinto saudade), arrepender-se, suicidar-se, apoderar-se, queixar-se.
objeto direto (que = tudo  eu ainda não vi tudo). Veja a conjugação:
Eu me arrependo (certo)
b) Sujeito (que = o quintal  o quintal tinha uma árvore).
Eu arrependo (errado)
c) Adjunto adverbial de intensidade (que = muito 
Vargas se suicidou (certo)
você está muito esperto). Vargas suicidou (errado)
d) Objeto direto (que = as mudanças  [nós] começa-
mos a observar as mudanças). • verbos pronominais acidentais, ou seja, nem sempre
e) Núcleo do sujeito (Pergunte assim: o que ficou no são conjugados com pronomes oblíquos átonos. Tais
ar? Resposta = sujeito: um quê). verbos mudam de sentido e ou de regência. Compare:
f) Em ordem de aparecimento: sujeito (que = crianças O rapaz se dirigiu ao tribunal. (sentido de ir) pronome
crianças sabem), sem função sintática (conjunção “se” parte integrante do verbo
subordinativa comparativa [crianças sabem mais do O rapaz dirigiu o tribunal. (sentido de chefiar, comandar)
que eu  comparação], e conjunção não tem função O presidente se valeu de lacunas da lei. (sentido de
sintática), adjunto adverbial de intensidade (que = utilizar) => pronome “se” parte integrante do verbo
muito: muito engraçado). O carro valeu R$ 20.000,00. (sentido de valor)
g) Adjunto adverbial de lugar (que = a casa  as notí-
cias nunca apareciam na casa). Cuidado!
h) Adjunto adnominal (que = quanta  pronome adje- Compare:
tivo indefinido determinado o substantivo “desforra”, Ele matou o rato. (certo)
por isso adjunto adnominal). Ele se matou. (certo) => pronome reflexivo
i) Agente da passiva (que = o vento  a porta foi fe-
chada pelo vento). Note:
j) Núcleo do objeto direto (sujeito = ele, ele falou algo, O verbo da voz reflexiva admite ação sobre outro ser
então objeto direto = um que). diferente do sujeito.
Língua Portuguesa

k) Complemento nominal (que = o crime [ele] era Já o verbo pronominal não admite.
culpado do crime: note que “do crime” completa o Ele suicidou o rato. (errado)
adjetivo “culpado”). Ele se suicidou. (certo) => parte integrante do verbo
l) Adjunto adverbial de lugar (que = um teatro  todas
as cenas se apresentam em um teatro). Quando o verbo é intransitivo, o pronome “SE” é partí-
m) Sujeito (que = homens conturbados  homens cor- cula expletiva ou de realce. Pode ser retirada da frase sem
riam atrás da roda...) causar erro.
n) Objeto direto (que = o nome  ele tem o nome) Vão-se os anéis, ficam os dedos. (certo)
Vão os anéis, ficam os dedos. (certo)

Openbook Apostilas 71
Todos se riram. (certo) 5. “Catulo não morreu: luarizou-se...” (Mário Quintana)
Todos riram. (certo) Em “luarizou-se” o se indica
a) reciprocidade.
Como Conjunção b) reflexibilidade.
c) passividade.
Introduzindo oração subordinada substantiva, a palavra d) indeterminação.
“SE” é conjunção integrante. e) condição.
Ninguém sabe se ela vem.
Se Lula venceria eles não previam. 6. (FCC) “O corpo encontra-se estendido na sarjeta; o le-
gista aproxima-se do cadáver...”. Nesse trecho, o se deve
Introduzindo oração subordinada adverbial condicional,
ser classificado, respectivamente, como
a palavra “SE” é conjunção condicional.
O consumo pode aumentar, se os juros baixarem. a) partícula apassivadora – pronome pessoal reflexivo.
Se não chover, vamos sair. b) partícula expletiva – partícula expletiva.
c) partícula apassivadora – partícula apassivadora.
Introduzindo oração subordinada adverbial causal, a d) pronome pessoal reflexivo – partícula apassivadora.
palavra “SE” equivale a “porque” e se classifica como con- e) parte integrante do verbo – pronome pessoal reflexivo.
junção causal.
Se Nova Iorque venceu a guerra contra o fumo, então 7. (Cespe) “De repente da calma fez-se o vento / Que dos
São Paulo também pode vencer. olhos desfez a última chama” (Vinícius de Moraes”. Com
Se os juros baixaram, o consumo aumentou. a palavra vento escrita no plural, deve-se reescrever obri-
gatoriamente, assim
Dica: a) De repente da calma fez-se os ventos / Que dos olhos
Repare que o tempo verbal da condicional é hipotético desfizeram a última chama.
(se baixarem, se não chover). Já o tempo verbal da causa b) De repente da calma fizeram-se os ventos / Que dos
indica fato (se Nova Iorque venceu, se os juros baixaram). olhos desfez a última chama.
c) De repente da calma fizeram-se os ventos / Que dos
EXERCÍCIOS olhos desfizeram a última chama.
d) De repente da calma fez-se os ventos / Que dos olhos
1. “Sumiu-se por entre as matas e a cena não se pôde
descrever”. A palavra se, destacada no período, é, res- desfez a última chama.
pectivamente, e) De repente da calma fazem-se os ventos / Que dos
a) partícula expletiva – partícula apassivadora. olhos desfaz a última chama.
b) pronome reflexivo – partícula apassivadora.
c) partícula expletiva – pronome pessoal reflexivo. 8. (Cesgranrio) Assinale a opção em que houve incorreta
d) partícula apassivadora – índice de indeterminação análise do se.
do sujeito. a) Imagine se um dia as pessoas pudessem transformar
e) índice de indeterminação do sujeito – partícula ex- areia em ouro. (Conjunção subordinativa integrante)
pletiva. b) Logo adiante, estendia-se um tapete vermelho, ra-
ríssimo. (Partícula apassivadora)
2. Na frase “Não se sabe se é verdade ou não”, os monossíla- c) Então resolveu concentrar-se em decifrar palavras
bos destacados são identificados, respectivamente, como cruzadas. (Pronome reflexivo, objeto direto)
a) partícula apassivadora – pronome reflexivo, sujeito. d) Só bem mais tarde, lembrou-se do que tinha ouvido
b) partícula apassivadora – conjunção integrante. na mesquita. (Pronome reflexivo, objeto indireto)
c) parte integrante do verbo – conjunção condicional.
e) Suspendemos o plantio quando se vislumbrou a pos-
d) índice de indeterminação do sujeito – partícula ex-
pletiva. sibilidade de geadas. (Partícula apassivadora)
e) parte integrante do verbo – conjunção integrante.
9. (Esaf) Assinale a opção em que a identificação e/ou a
3. Assinale a opção em que o se é partícula apassivadora. descrição da função do se foi/foram feita(s) corretamente.
a) O tempo não se mede pelos ponteiros do relógio. a) Recolheram-se ao Tesouro as taxas legais correspon-
b) Faço questão de que os clientes se sintam à vontade. dentes ao objeto do contrato. (Pronome reflexivo,
c) No epílogo da vida, vão-se embora todos os belos empregado como objeto direto)
sonhos. b) Ana Lúcia deixou-se ficar calada, aguardando o de-
d) Não se esqueça das belas manhãs ensolaradas. senrolar da conversa das duas senhoras. (Pronome
e) Necessita-se de calma e perseverança para alcançar reflexivo, empregado na função de objeto direto)
o objetivo. c) O peregrino ajoelhou-se contrito e deslumbrado ante
tanta beleza da basílica. (Partícula apassivadora, sem
4. Aponte o período em que a palavra se é conjunção su- função sintática)
bordinativa integrante. d) O maior defeito dos homens é darem-se valores di-
Língua Portuguesa

a) A tristeza daquele jovem funda-se em problemas


vinos. (Pronome reflexivo, empregado como objeto
sociais.
b) Em suas palavras, não se separam mentiras e verdades. indireto)
c) Se esta obra fosse impressa no Brasil, teria o valor de e) Com efeito, se me escapa o retrato moral de minha
cem reais. mulher, para que serve esta narrativa? (Conjunção
d) Os indígenas indagaram se seriam ordens adequadas subordinativa integrante, sem função sintática)
a seus subalternos.
e) Os chefes administrativos mantêm-se atualizados 10. (Cespe) Em qual das opções o se não foi analisado cor-
quanto a questões existenciais das mais complexas. retamente?

72 Openbook Apostilas
a) Deitada de lado, a menina se vê nos dois espelhos ESTRUTURA E PROCESSOS DE FORMAÇÃO
negros. (Pronome pessoal reflexivo, na função de
DAS PALAVRAS
objeto direto)
b) Depois os dois deram os braços como há muito tempo
não se usava dar. (Partícula apassivadora, formando Estrutura das Palavras
a voz passiva sintética)
c) O cipreste inclina-se em fina reverência e as mar- Em geral, a palavra pode ser decomposta em partes: a
garidas estremecem. (Pronome pessoal reflexivo, na raiz, o radical, o tema, os afixos (sufixos e prefixos), a desi-
função de objeto direto) nência (nominal e verbal), a vogal temática; os infixos (a vogal
d) Não, não se trata de um congresso de gurus, bruxos e a consoante de ligação).
ou remanescentes. (Pronome pessoal reflexivo, na
função de objeto indireto) Raiz: é o elemento fundamental da palavra; não pode ser
e) Adriana deixou-se cair, no canapé, a rir. – Pronome decomposta e nele se concentra o sentido básico: é, além dis-
pessoal reflexivo, na função de sujeito. so, comum às palavras da mesma família (palavras cognatas):
(‑reg‑) é a raiz das palavras cognatas:
11. A palavra se é conjunção subordinativa integrante (por reger; régua; regular etc.
introduzir oração subordinada substantiva objetiva di-
reta) em qual das orações seguintes? A raiz chama-se também radical primário.
a) Ele se morria de ciúmes pelo patrão.
b) A Federação arroga-se o direito de cancelar o jogo. Radical (ou radical secundário): é a raiz acrescida de
c) O aluno fez-se passar por doutor. afixos, se houver. Não havendo qualquer afixo (sufixo ou
d) Precisa-se de pedreiros. prefixo) raiz e radical se confundem.
e) Não sei se o vinho está bom. Assim, na palavra “reger”, eliminando-se a desinência
“‑er” fica-se a raiz que, nessa palavra, é, também, o radical
12. Na frase “Trabalhou-se com prazer”, a palavra se é: primário. Mas na palavra “desregular”, eliminando-se a desi-
a) partícula de realce. nência “‑ar”, fica-se o radical “desregul –”, que é o radical se-
b) partícula expletiva. cundário, por ter sido ampliado com afixos (sufixo e prefixo).
c) pronome relativo.
d) índice de indeterminação do sujeito. Tema: é o radical acrescido de uma vogal, denominada
e) n.d.a. “vogal temática”. Nos nomes nem sempre é fácil apontar a
vogal temática, quando coincide com as desinências do gê-
13. “O herdeiro, longe de compadecer-se, sorriu e, por es- nero, ou não passa de simples semivogal; além disso, pode
nem existir. Nos verbos, obtemos o “tema” com a eliminação
mola, atirou-lhe três grãos de milho.” O se na oração é:
da desinência do infinitivo (r).
a) índice de indeterminação do sujeito.
Exemplo:
b) pronome apassivador.
“ama ‑” é o tema do verbo “amar”, “am” é o radical e
c) pronome reflexivo.
“a” a vogal temática (característica da primeira conjugação).
d) partícula de realce.
e) parte integrante do verbo.
Afixos: são os elementos de significação secundária que
se agregam à raiz para formar uma nova palavra, derivada da
14. Quanto ao uso do se, a gramática tradicional não admite
primeira. Os afixos chamam-se “prefixo” quando se antepõe
a construção:
à raiz e “sufixo” quando se pospõe a ela:
a) Vendem-se casas.
Exemplos:
b) Aluga-se apartamento.
reluzir ‑ “re” prefixo
c) Não se vá tão cedo!
sapateiro ‑ “eiro” sufixo
d) Trabalhou-se muito hoje.
e) Conserta-se sapatos.
Desinências: são os elementos que terminam as palavras,
indicando as flexões gramaticais. Dividem-se em:
15. A classificação da palavra se está correta em:
• desinências nominais: quando, nas palavras, indicam
a) Passavam-se os meses, e nenhuma notícia chegava.
as flexões de gênero e de número dos nomes;
(parte integrante do verbo)
• desinências verbais: quando indicam as flexões de
b) Venha à festa se estiver disposta. (conjunção inte-
número e pessoa, tempo e modo do verbo.
grante)
c) Quero perguntar-lhe se você está satisfeita. (conjun-
Assim, nas formas “menino”, “menina”, “o” e “a” são
ção subordinativa condicional)
desinências de gênero; já em “meninos” e “meninas” o “s”
d) Com o susto, deixou-se cair no sofá. (partícula de
é desinência de número (desinências nominais).
realce)
Língua Portuguesa

e) Compram-se bonecas de louça. (partícula apassiva-


Na palavra “amávamos”, temos:
dora)
“am” – raiz ou radical primário
“‑a”: vogal temática
gabarito “‑va” – desinência modo temporal
“‑mos” desinência número-pessoal => (desinências verbais).
1. a 4. d 11. e 14. e
2. b 5. b 12. d 15. e Vogal temática: é a vogal que se acrescenta ao radical de
3. a 6. a 13. e certas palavras; essa vogal amplia o radical e o prepara para

Openbook Apostilas 73
receber as desinências. Só tem importância, no momento, Obs.: essa palavra “entardecer” possui um significado,
a vogal temática dos verbos, pois caracteriza a conjugação: pois a agregação dos afixos (prefixo e sufixo) ocorreu de for-
“a”: vogal temática da primeira conjugação ma “simultânea”, quer dizer: “ao mesmo tempo”.
“‑ e ‑”: vogal temática da segunda conjugação en + tard + ecer = entardecer
“– i –”: vogal temática da terceira conjugação a + noit + ecer” = anoitecer.

Vogais e consoantes de ligação: são elementos, sem e) Regressiva: forma-se uma palavra nova pela subtração
quaisquer sentidos, que se intercalam entre outros para de um elemento da palavra primitiva.
facilitar a pronúncia.
café‑i‑cultor, gas-ô-metro, cha-l-eira, pau‑l‑ada, café‑t‑ei- primitiva derivada
ra etc. chorar choro
combater combate
Processo de Formação de Palavras
Observação:
Dois são os principais processos de formação de palavras Na derivação regressiva, formam-se, geralmente, subs-
tantivos abstratos indicativos de ação, através da queda do
na língua portuguesa: composição e derivação.
“r” da palavra primitiva (o verbo).
Composição f) Imprópria: formação de uma palavra nova sem que seja
Consiste na criação de palavras por meio de duas ou mais alterada a forma da palavra primitiva. É um caso especial de
palavras. A associação dos referidos elementos pode ser feita derivação, a palavra não sofre modificações em sua estrutura
por “justaposição” ou por “aglutinação”. básica, nem acréscimo nem redução, o que ocorre, na reali-
a) Justaposição dade, é uma mudança na função que a palavra exerce num
Na justaposição, os elementos conservam a sua indepen- determinado contexto; isso acontece quando uma palavra
dência, tendo cada radical o seu acento tônico, não havendo muda de classe gramatical.
perda de sons em qualquer dos componentes. Exemplo:
carro-dormitório, amor-perfeito, segunda-feira, mula- A palavra “não”, tomada isoladamente, é um advérbio
-sem-cabeça, vira-lata, guarda-comida, madrepérola, de negação; exerce essa função em frase do tipo: Não irei
passatempo, pontapé etc. ao cinema.
Entretanto, sua função pode ser modificada, dependendo
b) Aglutinação do contexto:
Na aglutinação, os dois elementos se fundem num todo O não é uma palavra terrível.
com um só acento tônico, havendo inclusive perda de sons. Nesse caso, a palavra “não” passa a ser um substantivo.
O mais comum na derivação imprópria é a mudança de
aguardente (água + ardente); embora (em + boa + hora);
verbos, adjetivos, advérbios e conjunções em substantivos.
outorga (outra + hora); pernalta (perna + alta) etc.
Observação:
Derivação Para sabermos se a palavra é substantivo ou verbo, usa-
Consiste na formação de palavras novas por meio de mos o seguinte critério: “Se o substantivo denota ação, será
prefixos ou sufixos. Daí a divisão em: palavra derivada, e o verbo palavra primitiva; mas, se o nome
a) Prefixação ou derivação prefixal: quando antepomos denota algum objeto ou substância, será palavra primitiva
ao radical da palavra, um elemento denominado “prefixo”, e o verbo derivada.” Desta forma, exemplifiquemos: caça
formando aí uma nova palavra. (substantivo, denota ação) vem do verbo caçar. O substantivo
in‑feliz = infeliz arquivo (denota um objeto) dá origem ao verbo arquivar.

b) Sufixação ou derivação sufixal: quando pospomos Outros Processos de Formação de Palavras


ao radical da palavra um elemento denominado “sufixo”,
formando, aí, uma nova palavra. Além dos dois principais processos de formação de pa-
feliz + mente = felizmente lavras, derivação e composição, temos alguns outros que
produziram um número razoável de palavras, destacamos
c) Prefixal e sufixal (junção não simultânea): quando an- os seguintes:
tepomos e pospomos, um elemento de cada vez, formando 1) Abreviação vocabular: consiste na redução de uma
com cada um deles, independentemente, uma palavra: “infe- palavra, normalmente longa, polissilábica, para uma comu-
liz” e “felizmente”, criando, em seguida, uma terceira palavra: nicação mais ágil, mais rápida. Observe que a palavra “mo-
tocicleta” é hoje usada em uma forma reduzida: moto; assim
in + feliz + mente = infelizmente.
como telefone – fone; automóvel – auto.
Entretanto, é fundamental não confundir “abreviação vo-
d) Parassíntese ou junção simultânea: consiste em agre- cabular”, com “abreviatura”. Abreviação vocabular consiste
garmos ao radical da palavra primitiva os afixos: (prefixo e na redução de uma palavra, e abreviatura consiste na repre-
sufixo), desde que, com agregação individual de cada um
Língua Portuguesa

sentação de uma palavra por algumas letras, como ocorre


deles não se forme nenhuma palavra de significação. em “obs.” – abreviatura de “observação”; “dr. – abreviatura
en + tarde de “doutor”; “i.e.” (abreviatura de “isto é”) etc.
tard + ecer
Obs.: essas duas palavras não têm significados isolada- Exemplos de abreviação vocabular mais comuns:
mente. cine ‑ cinema
foto ‑fotografia
Agora observe o exemplo que se segue: quilo ‑ quilograma
en + tard + ecer = entardecer rebu ‑ rebuliço

74 Openbook Apostilas
2) Siglas: as siglas não devem ser confundidas nem com 8. Assinale a alternativa em que ocorre uma palavra com
abreviação vocabular, nem com abreviatura. É discutível mes- um sufixo do mesmo valor que o da palavra sublinhada
mo chamar uma sigla de palavra; melhor seria definir a sigla na frase abaixo:
como um caso de abreviatura. “Depois o menino desceu e foi dar umas maniveladas
As siglas surgem, em geral, com iniciais das palavras que para o motor pegar.”
formam o nome de instituições, sociedades, partidos políti- a) meninada.
cos, associações etc. b) boiada.
SANBRA ‑ Sociedade Algodoeira do Nordeste do Brasil c) martelada.
OMS ‑ Organização Mundial de Saúde d) manada.
ONU ‑ Organização das Nações Unidas
9. “Era a declaração amorosa feita geralmente à dama ca-
3) Onomatopeia: consiste na imitação de sons, seja o som sada, mais de uma vez pelo fidalgo que o senhor feudal
das vozes dos animais, seja o som dos ruídos da natureza, criava no castelo.”
ou mesmo o som produzido pelos objetos e pelo próprio As palavras destacadas são respectivamente, formadas,
homem. por:
miau – voz do gato a) parassíntese, prefixação e sufixação.
tique‑taque – barulho do relógio b) sufixação, sufixação e aglutinação.
toc‑toc – batida da porta c) prefixação, parassíntese e aglutinação.
chuc‑chuc – ruído da roupa sendo lavada d) composição, sufixação e justaposição.

EXERCÍCIOS 10. Na palavra “avozinha” o elemento sublinhado classifica-


-se como:
1. (IBFC/Ideci-CE/Advogado) A palavra “imaturas” é for- a) desinência de gênero.
mada por b) desinência de número.
a) justaposição. c) desinência de infinitivo.
b) aglutinação. d) consoante de ligação.
c) derivação.
d) abreviação. 11. Na frase “nunca deponhas contra um teu semelhante,
antes de certificaste da verdade”, o verbo destacado
2. (IBFC/Seplag-MG/Analista) A palavra “grafiteiros” é for- pertence à:
mada por a) primeira conjugação.
a) aglutinação. b) segunda conjugação.
b) justaposição. c) terceira conjugação.
c) sufixação. d) quarta conjugação.
d) derivação imprópria.
12. As palavras antiamericano, petrodólar, moto, Sudene
3. A palavra “inquieta” é formada por derivação prefixal. e espaçonave são formadas, respectivamente, por:
( ) Certo ( ) Errado a) prefixação, aglutinação, abreviação, sigla, justaposição.
b) aglutinação, prefixação, regressão, sufixação, sigla,
4. Indique a palavra formada por “parassíntese”: justaposição.
a) ataque. c) sufixação, prefixação, regressão, justaposição, sigla.
b) emudecer. d) justaposição, aglutinação, sufixação, regressão, sigla.
c) passatempo.
d) automóvel. 13. Assinale a alternativa que descreve, corretamente, o pro-
cesso de formação das palavras destacadas no seguinte
5. As palavras “aguardente”, “livro”, “barco” e “bebedouro”, texto:
quanto ao processo de formação, classificam-se, respec- “Na feira-livre do arrabaldezinho, um homem loquaz
tivamente, em: apregoa balõezinhos coloridos.”
a) composta, primitiva, primitiva, derivada. a) derivação, composição, composição.
b) derivada, primitiva, primitiva, composta. b) derivação, derivação, derivação.
c) composta, derivada, primitiva, primitiva. c) composição, derivação, derivação.
d) derivada, derivada, derivada, composta. d) derivação, composição, derivação.
6. Assinale a série de palavras em que todas são formadas
14. Assinale a alternativa em que todas as palavras foram
por “parassíntese”:
formadas pelo mesmo processo de composição:
a) acorrentar, esburacar, despedaçar, amanhecer.
a) aeromoça, couve-flor, pernalta.
b) aguardente, infeliz, cinema, enrijecer.
Língua Portuguesa

b) girassol, guarda-civil, planalto.


c) deslealdade, moto, entardecer, girassol.
d) encontro, fidalgo, boquiaberto, felizmente. c) contramão, pontiagudo, aguardente.
d) furta-cor, verde-claro, vaivém.
7. O vocábulo “vaivém” constituiu-se através do processo de
a) derivação prefixal. 15. As palavras: claramente / bonzinho / homenzinho são
b) composição por aglutinação. formadas por derivação:
c) composição por justaposição. a) regressiva.
d) derivação parassintética. b) sufixal.

Openbook Apostilas 75
c) parassintética. SINTAXE DA ORAÇÃO
d) prefixal.
Relações Morfossintáticas e Semânticas no
16. Se a partir da palavra tarde formamos “tardar” e “entar-
decer”, essas duas últimas serão (quanto à formação):
Período Simples
a) derivação por sufixação e prefixação.
Conceituando frase, período e oração
b) derivação por sufixação e parassintetismo.
c) derivação por prefixação e parassintetismo.
Frase precisa ter sentido completo. Sem verbo, é frase
d) derivação por prefixação e prefixação.
nominal. Com verbo, é frase verbal. Início com maiúscula, fim
com ponto, exclamação, interrogação ou reticências.
17. Em qual dos exemplos abaixo está presente um caso de
Psiu! Chuva, fogo, vento, neve, tudo de uma vez. (frases
derivação parassintética:
nominais)
a) Lá vem ele vitorioso do combate.
Choveu, ventou, nevou, tudo de uma vez. (frase verbal)
b) Ora, vá plantar batatas.
O governo descobriu que mais sanguessugas havia. (frase
c) Começou o ataque.
verbal)
d) Não vou mais me entristecer, vou é cantar.
Período é frase com verbo, ou seja, é frase verbal. Sen-
18. A palavra “endomingado” ( = vestido com a melhor rou-
tido completo. Início com maiúscula, fim com ponto, excla-
pa) é formada pelo processo de:
mação, interrogação ou reticências.
a) parassíntese.
O período é simples quando tem só uma oração. Esta
b) prefixação.
oração é chamada de oração absoluta.
c) aglutinação .
Entre as várias oportunidades de trabalho no mercado,
d) justaposição.
destacam-se as vagas em concurso público. (período simples
tem apenas um verbo ou locução, com o mesmo sujeito; a
19. (Iades/CAU-RJ) No que tange ao processo de formação
oração é absoluta)
de palavras, é correto afirmar que a palavra inspiração
é formada por derivação
O período é composto quando tem mais de uma ora-
a) sufixal.
ção. Haverá oração principal, oração coordenada e oração
b) prefixal.
subordinada.
c) parassintética.
Choveu, ventou, nevou, tudo de uma vez. (período com-
d) regressiva.
posto tem dois ou mais verbos independentes. Orações in-
e) imprópria.
dependentes são coordenadas)
O governo descobriu que mais sanguessugas havia. (perí-
20. (Cetro/Botucatu) Em relação à estrutura e formação de
odo composto. Uma oração tem função sintática para outra:
palavras, leia o trecho.
uma é subordinada e a outra é principal).
A busca pela solução do mistério foi incessante, porém,
em vão.
Oração só precisa ter verbo. O sentido não precisa ser
Assinale a alternativa cujo vocábulo destacado se origina completo.
pela mesma forma de derivação que busca no trecho Choveu, ventou, nevou, tudo de uma vez. (três orações,
acima. porque são três verbos independentes)
a) “As pesquisas procuraram abordar a presença estran- O governo descobriu que mais sanguessugas havia. (duas
geira na capital paulista a partir de sua diversidade orações, porque são dois verbos com sentidos próprios, in-
de formas.” dependentes, ou seja, não formam locução verbal)
b) “Partimos da figura do estrangeiro, mais ampla, com Entre as várias oportunidades de trabalho no mercado,
maior heterogeneidade de inserções e experiências, destacam-se as vagas em concurso público. (uma oração
para tentar compreender como a cidade se trans- absoluta)
forma a partir dessa multiplicidade de encontros
possíveis.” Exercícios
c) “Os temas de investigação foram articulados e tive-
ram ajuda em duas linhas de pesquisa.” Identifique frases, períodos e orações
d) “As reflexões realizadas sobre os vários grupos de
estrangeiros e os aspectos relacionados aos trabalhos 1. Casa de ferreiro, espeto de pau.
foram associadas a outros recortes.” 2. Todos os que lançam mão da espada, à espada perece-
e) “O projeto também teve a preocupação de salvaguar- rão. (Mt. 26, 52)
dar parte dos acervos com os quais os pesquisado- 3. O temer ao Senhor é o princípio da sabedoria.
res trabalharam, que estavam sob a guarda da FAU 4. Foi escolhido o projeto que tinha sido mais bem elaborado.
e do MP.” 5. Dentre as mais belas histórias, uma não tão bela.
Língua Portuguesa

6. Sobre a mesa, um copo de leite.


Gabarito 7. O candidato da oposição está melhor do que os da situação.

1. c 6. a 11. b 16. b Termos da Oração


2. c 7. c 12. a 17. d
3. Certo 8. c 13. c 18. a • Termos essenciais: sujeito e predicado.
4. b 9. b 14. d 19. a • Termos integrantes: objeto, complemento nominal,
5. a 10. d 15. b 20. c agente da passiva.

76 Openbook Apostilas
• Termos acessórios: adjunto adnominal, adjunto ad- 26. ( ) Assaltaram um banco na cidade.
verbial, aposto. 27. ( ) Já é muito tarde.
• Vocativo. 28. ( ) São sete horas da noite.
29. ( ) ( ) Convém que o país cresça.
Estudo dos Termos em Sequência Didática 30. ( ) Abre a porta, Maria!
31. ( ) Chegaste antes da hora marcada.
1) Sujeito 32. ( ) Devagar, caminhavam os tropeiros na estrada.
33. ( ) Aquelas aves azuis cruzavam o céu cinzento.
O primeiro passo para uma análise sintática correta é 34. ( ) Nada o aborrecia.
encontrar o sujeito. 35. ( ) Poucos entenderam a palavra do chefe.
Para encontrar o sujeito, lembremos que o sujeito é o 36. ( ) Brincavam na calçada os meninos e as meninas.
assunto da oração. 37. ( ) Chegaram os primeiros imigrantes italianos.
Uma pergunta bem feita ajuda a encontrar o sujeito com 38. ( ) Ouviu-se uma voz de choro dentro da noite brasi-
segurança. Devemos perguntar antes do verbo: O que é que leira.
+ verbo? ou Quem é que + verbo? 39. ( ) Ao longe, tocavam os sinos da aldeia.
Aqui faltava um caderno. 40. ( ) Atropelaram um cão na estrada.
Pergunte: O que é que faltava?
Resposta (sujeito): um caderno. 41. (MJ/Adm.) Aparece uma oração sem sujeito em:
a) “... há uma linha divisória entre o trabalho formal e
A resposta pode estar onde estiver (antes ou depois do informal...”
verbo). Ela será o sujeito. Só depois de encontrar o sujeito, b) “No entanto, creditam à prática apenas um ‘jeito de
podemos procurar complementos para o verbo. ganhar a vida’ sem cometer crimes.”
c) “Todos gostariam de trabalhar tendo um patrão...”
São quatro casos de sujeito inexistente d) “Isso é quase um sonho para muitos”
e) “São pouquíssimos os que ganham mais de R$ 300
VERBO SENTIDO por mês.”
= existir 2) Predicativo Versus Aposto
haver = ocorrer
= tempo decorrido Observe a Questão:
= tempo (Cespe/Abin) A criação do Sistema Brasileiro de Inteligência
fazer (Sisbin) e a consolidação da Agência Brasileira de Inteligên-
= clima cia (Abin) permitem ao Estado brasileiro institucionalizar a
= tempo atividade de Inteligência, mediante uma ação coordenadora
ser = data, hora do fluxo de informações necessárias às decisões de governo,
= distância no que diz respeito ao aproveitamento de oportunidades,
aos antagonismos e às ameaças, reais ou potenciais, relativos
Fenômenos naturais: chover, ventar, nevar etc.
aos mais altos interesses da sociedade e do país.
Coloque nos parênteses que precedem as orações: 42. As vírgulas que isolam a expressão “reais ou potenciais”
(S) para sujeito simples (um só núcleo). são obrigatórias, uma vez que se trata de um aposto
(C) para sujeito composto (dois ou mais núcleos). explicativo.
(O) para sujeito oculto, elíptico ou implícito (subentendido
no contexto). Veja o quadro:
(I) para sujeito indeterminado (3ª plural; ou com índice e
verbo na 3ª singular). redicativo Aposto
P
(SS) para sujeito inexistente ou oração sem sujeito. É adjetivo ou equivalente. É substantivo ou equivalente.
(SO) para sujeito for uma oração (sujeito oracional).
Refere-se a um substantivo Refere-se a um substantivo
ou equivalente. ou equivalente.
8. ( ) Voavam, nas alturas, os pássaros.
9. ( ) Entraram, apressadamente na sala, o diretor e o Estado passageiro ou perma- Explica, resume, restringe,
secretário. nente. enumera.
10. ( ) Deixaremos a cidade amanhã. Separado explica, junto res-
Separado do nome.
11. ( ) Havia muitas pessoas no gabinete do diretor. tringe.
12. ( ) Todos os dias passavam muitos vendedores pelas
estradas. Exemplos de Predicativo
13. ( ) Entregaram a ela um bilhete anônimo.
14. ( ) Choveu copiosamente no dia de ontem. Nós somos estudantes. (substantivo na função de pre-
15. ( ) Apareceu um pássaro no jardim. dicativo)
16. ( ) Hoje, pela manhã, telefonaram muitas vezes para você. Nós somos vinte. (numeral na função de predicativo)
Língua Portuguesa

17. ( ) A mente humana é poderosa arma contra o mal. Eu sou seu. (pronome na função de predicativo)
18. ( ) A vida e a morte são os extremos da raça humana. Nós somos esforçados. (adjetivo na função de predicativo)
19. ( ) Necessitamos de muita paz. Nós somos de ferro. (locução adjetiva na função de pre-
20. ( ) O querer e o fazer são alcançáveis. dicativo)
21. ( ) ( ) ( ) Querer e fazer é alcançável. A solução é que você venha. (oração não função de pre-
22. ( ) Todos necessitam de ajuda. dicativo)
23. ( ) O valor do homem é medido pela cultura.
24. ( ) Houve dias de sol em pleno inverno. (SGA-AC/Administrador) Uma decisão singular de um juiz
25. ( ) Caíram ao solo os lápis e os cadernos. da Vara de Execuções Criminais de Tupã, pequena cidade a

Openbook Apostilas 77
534 km da cidade de São Paulo, impondo critérios bastante 53. A mãe carinhosa observava o filho.
rígidos para que os estabelecimentos penais da região pos- Morfologia:
sam receber novos presos, confirma a dramática dimensão Sintaxe:
da crise do sistema prisional. Semântica:
43. O trecho “pequena cidade a 534 km da cidade de São
Paulo” encontra-se entre vírgulas por exercer a função 54. A mãe, carinhosa, observava o filho.
de aposto. Morfologia:
Sintaxe:
(MS/Agente) A diretora-geral da OPAS, com sede em Washing- Semântica:
ton (EUA), Mirta Roses Periago, elogiou a iniciativa de estados
e municípios brasileiros de levar a vacina contra a rubéola 55. A mãe era carinhosa.
aos locais de maior fluxo de pessoas, especialmente homens, Morfologia:
como forma de garantir a maior cobertura vacinal possível. Sintaxe:
44. O nome próprio “Mirta Roses Periago” funciona como Semântica:
aposto de “A diretora-geral da OPAS”.
56. O trem atrasado chegou.
Indique se o termo destacado é aposto ou predicativo. Morfologia:
45. A moça, bonita, chegou. Sintaxe:
Morfologia: Semântica:
Sintaxe:
Semântica: 57. O trem chegou atrasado.
Morfologia:
46. A moça, chefe da seção, chegou. Sintaxe:
Morfologia: Semântica:
Sintaxe:
Semântica: 58. O trem, atrasado, chegou.
Morfologia:
47. A mãe, carinhosa, observava o filho. Sintaxe:
Morfologia: Semântica:
Sintaxe:
Semântica: 59. O trem continua atrasado.
Morfologia:
48. A mãe, fonte de carinho, observava o filho. Sintaxe:
Morfologia: Semântica:
Sintaxe:
Semântica: 60. Os inquietos meninos esperavam o resultado.
Morfologia:
49. As ameaças, reais ou potenciais, ainda existem. Sintaxe:
Morfologia: Semântica:
Sintaxe:
Semântica: 61. Os meninos esperavam o resultado inquietos.
Morfologia:
3) Adjunto Adnominal Versus Predicativo Sintaxe:
Semântica:
djunto adnominal Predicativo
62. Os meninos, inquietos, esperavam o resultado.
A
É adjetivo ou equivalente. É adjetivo ou equivalente.
Morfologia:
Refere-se ao substantivo. Refere-se ao substantivo. Sintaxe:
Estado passageiro ou perma- Semântica:
Estado permanente.
nente.
Restrição. Explicação. 63. O furioso Otelo matou Desdêmona.
Morfologia:
Indique se o termo sublinhado é adjunto adnominal ou Sintaxe:
predicativo. Semântica:
50. A moça bonita chegou.
Morfologia: 64. Otelo estava furioso.
Sintaxe: Morfologia:
Semântica: Sintaxe:
Semântica:
Língua Portuguesa

51. A moça, bonita, chegou.


Morfologia: 4) Adjunto Adnominal Versus Predicativo do Objeto
Sintaxe:
Semântica: Técnica. Fazer a voz passiva. Ver se fica junto ou separado,
quando faz mais sentido.
52. A moça parece bonita. Lembrar que junto é adjunto adnominal.
Morfologia: Lembrar que separado é predicativo.
Sintaxe: Obs.: separado significa fora do objeto, quando anali-
Semântica: samos.

78 Openbook Apostilas
65. O juiz considerou a jogada ilegal. Analise os termos destacados colocando ADN para adjunto
Na voz passiva: A jogada foi considerada ilegal pelo juiz. adnominal e ADV para adjunto adverbial.
Note: “ilegal” separado de “a jogada”. Então: 74. Muitos animais da floresta são perigosos.
Morfologia: adjetivo. 75. Estes belos animais vieram da floresta.
Sintaxe: predicativo do objeto. 76. Ele é um narciso às avessas.
Semântica: estado. 77. Ele sempre agiu às avessas.
78. Investigaram em sigilo os escândalos de alguns políticos.
66. O juiz observou a jogada ilegal. 79. Uma investigação em sigilo desvendou alguns mistérios.
Na voz passiva: A jogada ilegal foi observada pelo juiz. 80. É saudável caminhar de manhã.
Note: “ilegal” junto de “a jogada”. Então: 81. Passeios de manhã fazem bem à saúde.
Morfologia: adjetivo.
82. Devemos dirigir com cautela.
Sintaxe: adjunto adnominal.
83. Manobras com cautela são mais seguras.
Semântica: característica.
84. As enchentes causam muito prejuízo à população.
67. O edital deixou a turma agitada. 85. A população sofre muito com as enchentes.
Morfologia:
Sintaxe: 6) Adjunto Adverbial
Semântica:
Indique a circunstância expressa pelos adjuntos adverbiais
68. Um fraco rei faz fraca a forte gente. destacados.
Morfologia: 86. No Pátio do Colégio afundem meu coração paulistano.
Sintaxe: 87. As cores das janelas e da porta estão lavadas de velhas.
Semântica: 88. Clara passeava no jardim com as crianças.
89. Ainda era muito cedo, não podia aparecer ninguém.
69. Gosto de vocês alegres. 90. Foi para vós que ontem colhi, senhora, este ramo de
Morfologia: flores que ora envio.
Sintaxe: 91. A gente não pode dormir com os oradores e os perni-
Semântica: longos.
92. Quando Ismália enlouqueceu, pôs-se na torre a sonhar...
70. O pai tornou o filho um vencedor. 93. És tão mansa e macia, que teu nome a ti mesma acaricia.
Morfologia: 94. Sigo depressa machucando a areia.
Sintaxe: 95. Saio de meu poema como quem lava as mãos.
Semântica: 96. O céu jamais me dê a tentação funesta de adormecer
ao léu, na lomba da floresta.
71. Helena virou professora.
97. A bunda, que engraçada. Está sempre sorrindo, nunca
Morfologia:
é trágica.
Sintaxe:
98. Talvez um dia o meu amor se extinga.
Semântica:

72. A vida fez dele um lutador. 7) Predicativo Versus Adjunto Adverbial


Morfologia:
Sintaxe: redicativo Adjunto adverbial
P
Semântica: É advérbio ou locução ad-
É adjetivo ou equivalente.
verbial.
73. (Idene-MG/Analista) No fragmento a seguir (...) não con- Refere-se a um verbo, um
sidero desertor um jogador que, por qualquer motivo, Refere-se ao substantivo.
adjetivo ou um advérbio.
não queira defender a seleção de seu país), o termo Estado passageiro ou perma- Tempo, modo, lugar, causa,
“desertor” desempenha a função de nente. intensidade etc.
a) predicativo do sujeito.
Varia. Não varia.
b) predicativo do objeto direto.
c) predicativo do objeto indireto.
Analise os termos destacados colocando PDV para predica-
d) adjunto adverbial de modo.
tivo e ADV para adjunto adverbial.
e) adjunto adverbial de causa.
99. A moça chegou bonita.
5) Adjunto Adnominal Versus Adjunto Adverbial 100. A moça chegou rápido.
101. A moça chegou rápida.
102. A moça chegou rapidamente.
Língua Portuguesa

djunto adnominal Adjunto adverbial


103. A cerveja desceu redondo.
A
É advérbio ou locução ad- 104. A cerveja desceu redonda.
É adjetivo ou equivalente.
verbial. 105. Dona Vitória entrou lenta.
Refere-se a um verbo, um 106. Dona Vitória lentamente entrou.
Refere-se a um substantivo.
adjetivo ou um advérbio. 107. Dona Vitória, lento, entrou.
Varia. Não varia. 108. Dona Vitória, lenta, entrou.
Tempo, modo, lugar, causa, 109. Vivem tranquilos os anões do orçamento.
Estado, situação.
intensidade etc. 110. Vivem na tranquilidade os anões do orçamento.

Openbook Apostilas 79
8) Complemento Nominal Versus Adjunto Adnominal d) “de jovens e idosos” é locução adjetiva e funciona
como complemento nominal de ingresso.
Complemento nominal Adjunto adnominal e) O emprego dos parênteses em “(o que acho válido)”
deve-se à intercalação de um comentário à margem.
Pode ser agente, posse ou
É alvo, é passivo.
espécie. 129. (Idene-MG/Analista) O segmento inicial do Hino Na-
Completa adjetivo, advérbio cional Brasileiro diz o seguinte: “Ouviram do Ipiranga
Só determina substantivo.
ou substantivo abstrato. as margens plácidas// De um povo heroico o brado
retumbante”. Mantendo o sentido original do excerto,
Identifique os termos destacados conforme o código: CN reescrevendo seus versos a partir do sujeito da oração
para complemento nominal e ADN para adjunto adnominal. original e desfazendo as inversões nele ocorrentes, o
111. Foi forte o chute do jogador na bola. texto resultaria em
112. O mergulho do atleta no mar causou espanto. a) As margens plácidas do Ipiranga ouviram o brado
113. A comunicação do crime à polícia deixou revoltada a retumbante de um povo heroico.
população do bairro. b) As plácidas margens ouviram do Ipiranga o heroico
114. O ataque dos EUA ao Iraque promoveu inimizade do brado retumbante de um povo.
povo árabe contra o Ocidente. c) As margens do Ipiranga, plácidas, ouviram de um
115. Nenhum de nós seria capaz de tanto. povo o retumbante brado heroico.
116. Rumor suspeito quebra a doce harmonia da seta. d) Do Ipiranga as margens plácidas ouviram o brado
117. As outras filhas do latim se mantiveram mais ou menos retumbante de um povo heroico.
fiéis às suas tradições. e) Ouviram as margens plácidas do Ipiranga de um povo
118. Quebrei a imagem dos meus próprios sonhos! o heroico brado retumbante.
119. As leis de assistência ao proletariado ainda não são
muito eficientes. 9) Função Sintática dos Pronomes Oblíquos
120. O interesse do povo não diminuiu.
121. Minha terra tem macieiras da Califórnia. Indique a função sintática dos pronomes oblíquos destaca-
122. Os vigilantes, enérgicos, regularizavam a ocupação dos dos:
(OD) objeto direto
lugares.
(OI) objeto indireto
123. O tempo rodou num instante nas voltas do meu coração.
(CN) complemento nominal
124. (...) fez o paraíso cheio de amores e frutos, e pôs o (ADN) adjunto adnominal
homem nele. (S) sujeito
125. O olho da vida inventa luar.
126. Lá vem o acendedor de lampiões da rua! Técnica: trocar o pronome por o menino e analisar.
127. O estudante de Direito elogiou o leitor de alfarrábios.
130. Agora, meu filho, diga-me toda a verdade.
(Jucerja/Administrador)
Trocando por “o menino”: Agora, meu filho, diga toda a
“Velhos e novos” verdade AO MENINO.
Assim, temos “diga” como VTDI e “AO MENINO” como
Rio de Janeiro, 22 de outubro de 2006. objeto indireto. Portanto, o pronome “me” também será
objeto indireto.
Quero discutir uma questão que vem há muito me in-
comodando. Há alguns anos, o governo e a sociedade se 131. O vento batia-me gostosamente no rosto.
preocupam com o ingresso no mercado de trabalho de jovens
e idosos (o que acho válido). E a faixa intermediária, como Trocando por “o menino”: O vento batia gostosamente
fica? Sendo velhos para o mercado de trabalho e novos para no rosto DO MENINO.
se aposentarem, ficam esquecidos, sujeitos a todo tipo de Assim, temos “DO MENINO” conectado a “rosto”, que
humilhação, caindo muitas vezes na depressão, no alcoolis- é substantivo concreto. Portanto, “do menino” só pode ser
mo, com baixa autoestima. Por que até o momento ainda adjunto adnominal e, portanto, o pronome “me” também
não foram lembrados? Alguém já fez alguma pesquisa a esse será adjunto adnominal.
respeito, para saber o número dos cidadãos brasileiros que
passam por esse momento? Agora, continue seguindo o modelo acima.
132. Aquele mal atormentou-me durante muito tempo.
133. Deixei-me ficar ali em paz.
Atenciosamente,
134. O processo me foi favorável.
Jussimar de Jesus
135. Comuniquei-lhe os fatos ontem de manhã.
136. Os meus conselhos foram-lhe bastante úteis.
128. Com referência às palavras e expressões empregadas
Língua Portuguesa

137. Vejo-lhe na fronte uma certa amargura.


no texto, está incorreto o que se afirma em: 138. Confiei-lhe todos os meus segredos.
a) A carta foi escrita em linguagem formal, e as inter- 139. Sempre te considerei um grande amigo.
rogações cumprem um papel retórico. 140. Vocês devem ser-me sempre fiéis.
b) A maioria dos verbos está no presente do indicativo, 141. Contou-nos essa jovem uma triste história.
mas “ainda não foram lembrados” está no pretérito 142. Deixou-nos o moribundo uma bela obra.
perfeito passivo. 143. Eles nos viram entrar aqui.
c) “que vem há muito me incomodando”, que refere-se 144. O resultado nos será benéfico.
à questão e é sujeito de vem. 145. Chora-lhe de saudade o coração.

80 Openbook Apostilas
146. O leitor deve permitir-se repousar um pouco. a cidadania, muitas vezes com o hino nacional de fundo, seja
147. O leitor deve perguntar-se a razão da leitura. exercida em outras atividades do dia-a-dia. Por exemplo? Na
148. O professor deu-se férias. cobrança de transparência das ações de políticos, no con-
149. A minha paz vos dou. trole do dinheiro arrecadado pelos impostos, no banimento
150. Esta regra vos permitirá entender o caso. da vida pública daqueles que nos roubam recursos, mas,
151. Batei na porta e abrir-se-vos-á. sobretudo sonhos.
153. Os pronomes pessoais são muito versáteis quanto aos
(Jucerja/Administrador) valores sintáticos que expressam, em função dos con-
textos frasais em que se encontrem. Considerando essa
Operário em construção (fragmento) reflexão, compare, nos dois fragmentos retirados do
texto de Grecco, o emprego dos pronomes pessoais
Era ele que erguia casas nele presentes e indique a alternativa que contém a
Onde antes só havia chão. indicação correta das funções que eles desempenham
Como um pássaro sem asas nas orações.
Ele subia com as casas I. “que nos roubam recursos”
Que lhe brotavam da mão. II. “que me incomodam”
Mas tudo desconhecia Ambos os termos desempenham a função de:
De sua grande missão: a) objeto direto tanto de roubar quanto de incomodar.
Não sabia, por exemplo b) objeto indireto tanto de roubar quanto de incomodar.
Que a casa de um homem é um templo c) objeto direto e indireto, respectivamente.
Um templo sem religião d) objeto indireto e direto, respectivamente.
Como tampouco sabia e) adjunto adnominal e complemento nominal.
Que a casa que ele fazia
Sendo a sua liberdade 10) Podem ser Verbos de Ligação
Era a sua escravidão.
Veja o mnemônico: CAFÉ SPP MTV
De fato, como podia
Um operário em construção C Continuar
Compreender por que um tijolo A Andar
Valia mais do que um pão?
F Ficar
Tijolos ele empilhava
Com pá, cimento e esquadria E Estar
Quanto ao pão, ele o comia... Obs.: somente serão verbos de liga-
Mas fosse comer tijolo! S Ser ção se tiverem predicativo do sujeito.
E assim o operário ia P Parecer
Com suor e com cimento Nota: Outros verbos sinônimos des-
Erguendo uma casa aqui P Permanecer tes podem ser de ligação.
Adiante um apartamento
Além uma igreja, à frente M Manter-se
Um quartel e uma prisão: T Tornar-se
Prisão de que sofreria
V Virar
Não fosse, eventualmente
Um operário em construção. Classifique os verbos.
154. Ana estava tranquila.
(MORAES, Vinícius de. Poesia completa e prosa. Org.
Eucanaã Ferraz. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 2004, p. 461)
155. Ana estava em casa.
156. Fernando foi elogiado.
152. Considere as afirmações a seguir sobre o emprego dos 157. Fernando era calmo.
pronomes nos versos. 158. O país anda preocupado.
159. O país anda depressa com as reformas.
I – “Era ele que erguia casas” – pronome pessoal reto,
160. João continua esforçado.
em função de sujeito.
161. João continua no trabalho.
II – “Que lhe brotavam da mão.” – pronome pessoal
162. A moça chegou bonita.
oblíquo, em função de objeto indireto. 163. A moça chegou rápido.
III – “Que a casa que ele fazia” – pronome relativo, em 164. A moça chegou a piloto.
função de objeto direto. 165. Ela vive despreocupada.
IV – “Sendo a sua liberdade” – pronome possessivo, 166. Ela vive bem aqui.
em função de adjunto adnominal. 167. Ele tornou o setor mais produtivo.
168. Ele tornou-se mais produtivo.
É correto apenas o que se afirma na alternativa:
Língua Portuguesa

a) I e II. 11) Termo Essencial: Predicado


b) I e III.
c) I, II e IV.
d) I, III e IV. V.LIG. + P.S. => P.N.
e) I, II e III. SUJEITO V. NÃO LIG. + SEM P.S. => P.V.
V. NÃO LIG. + COM predvo.=> P.V.N.
(Prefeitura Cel. Fabriciano-MG/) Há duas expressões no fute-
bol que me incomodam. (...) Sem ditar regras, e muito menos Classifique os predicados: verbal, nominal ou verbo-nominal.
sem a pretensão de dar aula de educação cívica, prefiro que 169. Todo aquele monumento foi restaurado.

Openbook Apostilas 81
170. Muitos vícios são curados pelas boas leituras. • Aposto resumitivo consiste de termo que sintetiza uma
171. Ana continua a mesma doçura. lista de elementos já citados. Veja:
172. Elogiaram Pafúncio. Lemos Castro Alves, Casimiro de Abreu, Álvares de Azevedo,
173. Faz quatro noites que me estão observando. todos poetas do Romantismo.
174. A cantora apareceu sorridente e parecia cansada. Obs.: aposto resumitivo: todos.
175. Alguém chegou atrasado.
176. Eles falaram sério. 194. A cidade, os campos, as plantações, as montanhas, tudo
177. Elas falaram sérias. era mar.
178. Joana e eu entramos apressados no cinema. 195. João, Maria, Lúcio e Teresa, ninguém acreditava.
196. Piratas modernos, os sequestradores precisam ser de-
12) Aposto Versus Vocativo tidos.
197. Piratas modernos, os sequestradores, serão detidos.
posto Vocativo 198. Nem todos estavam escalados. Restavam alguns: Robi-
A
Fala sobre. Fala com. nho, Fernando e Franco.
Explica, resume, restringe ou enumera. Chama.
EXERCÍCIOS
Identifique predicativos, adjuntos adnominais, apostos e
vocativos nas orações. (Idene-MG/Analista)
179. Bem-vindo sejas às terras dos Tabajaras, senhores da 199. O termo “Brasil”, presente no estribilho a seguir repro-
aldeia. duzido, desempenha a função sintática de
180. Bem-vindo sejas às terras dos Tabajaras, senhor da al-
deia. Terra adorada,
181. A mãe, dona de bela voz, entre cantos dizia: Entre outras mil,
– Vá ao mercado para mim, filho! És tu, Brasil,
182. Durante sete anos, Jacó serviu Labão, pai de Raquel, Ó Pátria amada!,
serrana, bela.
183. Jacó serviu ao pai de Raquel, serrana bela. a) adjunto.
b) aposto.
Tipos de Aposto c) predicativo.
d) sujeito.
Aposto Explicativo Versus Aposto Restritivo e) vocativo.

Restrição significa atributo dado a uma parte do todo. 200. (Ibama/Analista) No período que se inicia abaixo, o su-
Explicação significa atributo dado à totalidade. jeito da oração principal está posposto ao verbo.
“E ela veio na quarta-feira 10, no palco do Teatro Plácido
Entendendo restrição e explicação de Castro, em Rio Branco, na forma de uma portaria
184. homem honesto. assinada pelo ministro da Justiça, Tarso Genro. Antes,
185. homem mortal. porém, realizou-se uma sessão de julgamento da Co-
186. pedra amarela. missão de Anistia, cujo resultado foi o reconhecimento,
187. pedra dura. por unanimidade, da perseguição política sofrida por
188. homem fiel. Chico Mendes no início dos anos 80 do século passado.
189. céu azul. A viúva do líder seringueiro, Izalmar Gadelha Mendes,
vai receber uma pensão vitalícia de 3 mil reais mensais,
Entendendo aposto explicativo e aposto restritivo
além de indenização de 337,8 mil reais.”
• Aposto restritivo é nome próprio atribuído a um substan-
tivo anterior, com a finalidade de particularizar um ser
(M.C.) Do sucesso no circuito comunicacional dependem a
entre outros.
• Aposto explicativo repete o sentido com outras palavras, existência e a felicidade pessoal.
igualando o sentido das expressões. 201. Na assertiva, o sujeito composto – “a existência e a feli-
cidade pessoal” – está posposto ao núcleo do predicado
190. Gosto do poeta Fernando Pessoa e do Drummond, mi- verbal.
neirão ensimesmado.
191. A obra de Drummond é orgulho da citada de Itabira. (MMA/Analista) O bom momento que vive a economia na-
192. O rio São Francisco nasce na serra da Canastra, no es- cional estimula suas vendas, mas a indiscutível preferência
tado de Minas Gerais. do consumidor pelo modelo flex tem outras razões.
193. O rio Amazonas nasce na Cordilheira dos Andes, maior 202. No trecho “O bom momento que vive a economia nacio-
acidente geográfico das Américas. nal estimula suas vendas”, o sujeito das formas verbais
“vive” e “estimula” é o mesmo.
Língua Portuguesa

Aposto Enumerativo Versus Aposto Resumitivo


(MS/Redação Oficial) Segundo a observação de H. von Stein,
• Aposto enumerativo constitui lista de seres que especifica ao ouvir a palavra “natureza”, o homem dos séculos XVII e
um termo genérico antecedente. Veja: XVIII pensa imediatamente no firmamento; o do século XIX
Lemos autores românticos: Castro Alves, Casimiro de pensa em uma paisagem.
Abreu, Álvares de Azevedo. 203. Em “o homem dos séculos XVII e XVIII pensa imediata-
=> Aposto enumerativo: Castro Alves, Casimiro de Abreu, mente no firmamento; o do século XIX pensa em uma
Álvares de Azevedo. paisagem”, o núcleo do sujeito está elíptico, na segunda
Termo genérico antecedente: autores românticos. ocorrência do verbo pensar.

82 Openbook Apostilas
(PM/Vila Velha-ES) Apenas 1% de toda a água existente no do petróleo, que chega a US$ 114 o barril, e dos fertili-
planeta é apropriado para beber ou ser usado na agricultura. zantes; o aumento do consumo em países como China,
O restante corresponde à água salgada dos mares (97%) e Índia e Brasil; a seca e a quebra de safras em vários
ao gelo nos pólos e no alto das montanhas. Administrar essa países; e a crise norte-americana, que levou investi-
cota de água doce já desperta preocupação. dores a apostar no aumento dos preços de alimentos
204. A oração “Administrar essa cota de água doce” exerce em fundos de hedge. Foi de olho nessa situação que o
função sintática de sujeito. diretor-geral do FMI rompeu o silêncio constrangedor
que pairava sobre os escritórios de Washington.”
(Sebrae-BA) Falido e perplexo, o homem que descobriu a lei
da gravidade, conjecturou: “consigo calcular os movimentos (Banco do Brasil/Escriturário) O código de acesso exigido em
dos corpos celestes, mas não a loucura dos homens”. Pode transações nos caixas eletrônicos do Banco do Brasil é uma
ser discurso de mau perdedor, mas na verdade foi uma gran- sequência de letras, gerada automaticamente pelo sistema.
de sacada. Sem saber, Newton estava prevendo a criação de Até o dia 17/12/2007, o código de acesso era composto por
uma nova ciência, cujas descobertas podem ajudar a enten- 3 letras maiúsculas. Os códigos de acessos gerados a partir
der a crise atual: a neuroeconomia, que vasculha a mente de 18/12/2007 utilizam, também, sílabas de 2 letras – uma
humana em busca de explicações para o comportamento letra maiúscula seguida de uma letra minúscula.
do mercado. Exemplos de código de acesso no novo modelo:
205. O “homem que descobriu a lei da gravidade” é o sujei- Ki Ca Be; Lu S Ra; T M Z.
to enunciador da sentença “Pode ser discurso de mau 212. Os termos “automaticamente” e “a partir de
perdedor, mas na verdade foi uma grande sacada”. 18/12/2007” acrescentam, às orações em que se in-
serem, informações circunstanciais de modo e tempo,
(Detran/Analista de Trânsito) O poluente associado à maior respectivamente.
probabilidade de morte dos fetos é o monóxido de carbono
(CO), um gás sem cor nem cheiro que resulta da queima (Abin/Analista) Do esquema grego, montado em colabora-
incompleta dos combustíveis. ção com sete países – Estados Unidos da América (EUA),
206. O trecho “um gás sem cor nem cheiro que resulta da Austrália, Alemanha, Inglaterra, Israel, Espanha e Canadá
queima incompleta dos combustíveis” exerce a função –, faz parte o sistema de navegação por satélite da Agência
de aposto. Espacial Europeia.
213. A presença da preposição em “Do esquema grego” é
(MCT) O pesquisador Lambert Lumey, principal autor do estu- uma exigência sintática justificada pela regência da pa-
do, afirmou que o resultado dessa pesquisa “é a prova, mais lavra “sistema”.
uma vez, de que o ambiente tem um poder muito grande
sobre os nossos genes. Da terra, ar e água, 70 mil policiais, bombeiros, guarda cos-
207. A expressão “principal autor do estudo” tem natureza teira e mergulhadores da Marinha vão zelar pela segurança.
explicativa e faz referência ao termo que a antecede. Até a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) em-
prestará sua experiência militar no combate ao terrorismo.
(Min. Esportes) Talento só não basta”, disse Phelps na entre- 214. A substituição do trecho “Da terra, ar e água” por Da
vista coletiva após a sexta medalha de ouro. “Muito trabalho, terra, do ar e da água representaria uma transgressão ao
muita dedicação, é uma combinação de tudo... Tentar dormir estilo próprio do texto informativo, pois se trata de um
e se recuperar, armar cada sessão de treino da melhor forma recurso de subjetividade próprio dos textos literários.
possível e acumular muito treino.
208. No último parágrafo, o sujeito dos verbos “Tentar”, “re- A alternativa existente seria o aproveitamento da energia
cuperar”, “armar” e “acumular” é o pronome “tudo”, elétrica da Usina Hidroelétrica de Cachoeira Dourada, das
que funciona como aposto. Centrais Elétricas de Goiás S/A-CELG, no Rio Parnaíba, divisa
dos estados de Minas Gerais e Goiás, distante quase 400 km
(MPE-RR/Analista) Mais preocupante, no entanto, é a situa- de Brasília.
ção criada pelo relator da ONU para o direito à alimentação, 215. A expressão “divisa dos estados de Minas Gerais e Goi-
Jean Ziegler, que classificou os biocombustíveis como “um ás” está entre vírgulas por ser um vocativo.
crime contra a humanidade”,...
209. O nome “Jean Ziegler” está entre vírgulas por constituir Na perspectiva de quem não tem o mínimo, o fundamental
um vocativo. é não morrer de fome e ver supridas certas necessidades
básicas.
(TCE-TO) Marx, herdeiro e defensor das postulações do Ilu- 216. Na frase “o fundamental é não morrer de fome e ver
minismo, indagou se as relações de produção e as forças supridas certas necessidades básicas.”, os verbos “mor-
produtivas do capitalismo permitiriam, de fato, a realização rer” e “ver” têm sujeitos diferentes.
da Liberdade, da Igualdade e da Fraternidade.
210. O trecho “herdeiro e defensor das postulações do Ilumi- (Funiversa/Sejus) Os resultados mostram que os adolescen-
nismo” exerce, na oração, a função sintática de vocativo. tes são induzidos ao encontro da marginalidade pela de-
Língua Portuguesa

sestrutura familiar, dos quais quase a metade (48%) vem


211. (TCE-AC/ACE) Nos trechos “cinco fatores estão atuan- de famílias com pais separados; pela baixa escolaridade,
do, em escala mundial, nessa crise”, “e a crise norte- quando a maioria (81%) é excluída do sistema educacional;
-americana” e “o diretor-geral do FMI rompeu o silêncio pela entrada precoce no mundo do trabalho, pois 83% dos
constrangedor...”, os termos sublinhados qualificam os adolescentes já tinham experiência laborativa antes de co-
nomes aos quais se referem. meter o ato infracional e pelo uso de drogas lícitas e ilícitas
“Em geral, cinco fatores estão atuando, em escala mun- por 97,6% dos meninos. No atual sistema, após entrar no
dial, nessa crise: o aumento da produção subsidiada de mundo infracional e de proferida a sentença de internação,
biocombustíveis; o incremento dos custos com a alta passam a vivenciar a violência dentro do centro educacional,

Openbook Apostilas 83
que não os profissionaliza, não os torna livres da dependên- águas transparentes.”, assinale a alternativa que apre-
cia química, e onde inexistem programas que os reintegrem senta termos exercendo a mesma função sintática.
saudavelmente e os acompanhem após o desligamento. a) “submersa” – “transparentes”
217. O sujeito do verbo “passam” é “resultados”. b) “ondulados” – “traçando”
c) “de areia” – “desenhos”
(Funiversa/Terracap) A partir da análise morfossintática da d) “por baixo” – “Bancos”
frase “Só em Brasília se anda de camelo ou de baú”, julgue: e) “de areia” – “das águas”
218. Brasília é o sujeito da oração, pois protagoniza a frase.
219. As expressões “de camelo” e “de baú” transmitem ideia GABARITO
de lugar.
1. frase nominal.
O português de todas as origens, 2. frase verbal, período composto, duas orações.
o modo de falar da capital 3. frase verbal, período simples, oração absoluta.
4. frase verbal, período composto, duas orações.
O sotaque não é carioca. Mesmo assim, o erre é carrega- 5. frase nominal.
do. Não é nordestino, mas, ao ser contrariado, o brasiliense 6. frase nominal.
imediatamente dispara um “ôxe”. Brasília tem ou não tem 7. frase verbal, período composto, duas orações (note
sotaque, afinal? Sim e não. Stella Bortoni, doutora em linguís- verbo subentendido: estão).
tica e organizadora do livro O Falar Candango, a ser publicado 8. S 27. SS
pela Editora Universidade de Brasília em 2010, explica: “A 9. C 28. SS
marca do dialeto do Distrito Federal é justamente a falta de 10. O 29. SO,S
marcas. A mistura faz com que os sotaques das diferentes 11. SS 30. O
regiões do país percam muito de sua peculiaridade”. 12. S 31. O
13. I 32. S
220. (Funiversa/Terracap) Ao se analisar a frase “Não é nor- 14. SS 33. S
destino, mas, ao ser contrariado, o brasiliense imedia- 15. S 34. S
tamente dispara um ‘ôxe’, é correto afirmar que 16. I 35. S
a) o sujeito do verbo “é” é inexistente. 17. S 36. C
b) o sujeito referente a “ser contrariado” é simples e está 18. C 37. S
alocado de acordo com a ordem direta da oração. 19. O 38. S
c) as expressões verbais “é”, “ser contrariado” e “dis- 20. C 39. S
para” possuem o mesmo sujeito. 21. I,I,SO 40. I
d) a expressão “ôxe” está entre parênteses por ser um 22. S 41. a
neologismo muito conhecido no Brasil. 23. S 42. E
e) o sujeito da oração “Não é nordestino (...)” pode ser 24. SS 43. C
recuperado na primeira oração do texto. 25. C 44. C
26. I
221. (Funiversa/Adasa) No trecho “Onde a chuva caía, quase 45. Morfologia: adjetivo
todo dia, já não chove nada”, a expressão sublinhada Sintaxe: predicativo
desempenha a função de sintática de Semântica: estado
a) objeto direto. 46. Morfologia: substantivo (chefe)
b) complemento nominal. Sintaxe: aposto
c) conectivo conjuntivo. Semântica: explicação
d) adjunto adnominal. 47. Morfologia: adjetivo
e) adjunto adverbial. Sintaxe: predicativo
Semântica: estado
222. (Funiversa/Adasa) O rio que desce as encostas, já quase 48. Morfologia: substantivo (mãe)
sem vida, parece que chora. O sujeito do verbo “parece” é Sintaxe: aposto
a) “as encostas”. Semântica: explicação
b) “a vida”. 49. Morfologia: adjetivo
c) “O rio”. Sintaxe: predicativo
d) “o lamento das águas”. Semântica: estado
e) “o triste lamento”. 50. Morfologia: adjetivo
Sintaxe: adj. adn.
223. (Funiversa/Adasa) Assinale a alternativa em que o termo Semântica: característica
sublinhado desempenha a função a ele relacionada. 51. Morfologia: adjetivo
a) “A segunda campanha do Projeto Brasil das Águas” Sintaxe: predicativo
– objeto direto. Semântica: estado
52. Morfologia: adjetivo
Língua Portuguesa

b) “Mas também encontramos muitos outros” – conec-


tivo prepositivo. Sintaxe: predicativo
c) “várias coletas foram feitas” – sujeito paciente. Semântica: estado
d) “Cientes da preocupação dos índios” – adjunto ad- 53. Morfologia: adjetivo
nominal. Sintaxe: adj. adn.
e) “houve um incidente” – sujeito. Semântica: característica:
54. Morfologia: adjetivo
224. (Funiversa/Adasa) Quanto ao trecho “Bancos de areia Sintaxe: predicativo
submersa traçando desenhos ondulados por baixo das Semântica: estado

84 Openbook Apostilas
55. Morfologia: adjetivo 85. ADV
Sintaxe: predicativo 86. lugar
Semântica: estado 87. causa
56. Morfologia: adjetivo 88. companhia
Sintaxe: adj. adn. 89. tempo, intensidade, tempo, negação
Semântica: característica 90. finalidade
57. Morfologia: adjetivo 91. causa
Sintaxe: predicativo 92. lugar
Semântica: estado 93. intensidade
58. Morfologia: adjetivo 94. modo
Sintaxe: predicativo 95. lugar
Semântica: estado 96. negação, lugar, lugar
59. Morfologia: adjetivo 97. tempo, negação/tempo
Sintaxe: predicativo 98. negação
Semântica: estado 99. PDV
60. Morfologia: adjetivo 100. ADV
Sintaxe: adj. adn. 101. PDV
Semântica: característica 102. ADV
61. Morfologia: adjetivo 103. ADV
Sintaxe: predicativo 104. PDV
Semântica: estado 105. PDV
62. Morfologia: adjetivo 106. ADV
Sintaxe: predicativo 107. ADV
Semântica: estado 108. PDV
63. Morfologia: adjetivo 109. PDV
Sintaxe: adj. adn. 110. ADV
Semântica: característica 111. CN
64. Morfologia: adjetivo 112. ADN, CN
Sintaxe: predicativo 113. CN, CN, ADN
Semântica: estado 114. AND, CN, ADN, CN
65. Morfologia: adjetivo 115. CN
Sintaxe: predicativo do objeto 116. ADN
Semântica: estado 117. CN
66. Morfologia: adjetivo 118. ADN
Sintaxe: adj. adn. 119. CN
Semântica: característica 120. ADN
67. Morfologia: adjetivo 121. ADN
Sintaxe: predicativo 122. CN
Semântica: estado 123. ADN
68. Morfologia: adjetivo 124. CN
Sintaxe: adj. adn. 125. ADN
Semântica: característica 126. ADN
69. Morfologia: adjetivo 127. ADN, ADN
Sintaxe: predicativo do objeto 128. D (ADN)
Semântica: estado. 129. A
70. Morfologia: substantivo (vencedor) 130. OI
Sintaxe: predicativo do objeto 131. ADN
Semântica: estado 132. OD
71. Morfologia: substantivo 133. S
Sintaxe: predicativo do sujeito 134. CN
Semântica: estado 135. OI
72. Morfologia: substantivo 136. CN
Sintaxe: predicativo do sujeito 137. ADN
Semântico: estado 138. OI
73. b 139. OD
74. ADN 140. CN
75. ADV 141. OI
76. ADN 142. OI
Língua Portuguesa

77. ADV 143. S


78. ADV 144. CN
79. ADN 145. ADN
80. ADV 146. S
81. ADN 147. OI
82. ADV 148. OI
83. ADN 149. OI
84. ADN 150. OI

Openbook Apostilas 85
151. OI SINTAXE DO PERÍODO
152. D
153. D Relações Morfossintáticas e Semânticas no
154. VL Período Composto
155. VI
156. VTD (loc. verbal) Período Composto por Coordenação
157. VL
158. VL No período composto por coordenação, as orações re-
159. VI cebem o nome de orações coordenadas e podem ser assin-
160. VL déticas ou sindéticas.
161. VI • São assindéticas quando não são introduzidas por co-
162. VI
nectivos (conjunções).
163. VI
• São sindéticas quando são introduzidas por conectivos
164. VL (conjunções).
165. VL
166. VI Observe:
167. VL No período:
168. VL Compramos, vendemos, fazemos qualquer negócio.
169 - PV Há quatro orações coordenadas e todas assindéticas.
170. PV
171. PN Porém no período:
172. PV As casas estavam fechadas e as ruas desertas.
173. PV, PV Há duas orações coordenadas, sendo a primeira assin-
174. PVN, PN dética e a segunda sindética.
175. PVN
176. PV As orações coordenadas sintédicas podem ser:
177. PVN
178. PVN 1. Orações coordenadas sindéticas aditivas
179. aposto Quando simplesmente ligadas à anterior, sendo introdu-
180. vocativo zidas por conjunções ou locuções conjuntivas coordenativas
181. aposto, vocativo aditivas, que são: e, nem, e não, mas também, bem como,
182. aposto também etc.
183. aposto Ele não toma uma atitude nem nos apoia.
184. restrição A casa foi vendida e o carro trocado.
185. explicação Ele comprou o carro e não comprou a casa.
186. restrição
187. explicação 2. Orações coordenadas sindéticas adversativas
188. restrição Quando o seu sentido se opõe ao da anterior, sendo in-
189. explicação troduzidas por conjunções ou locuções conjuntivas coorde-
190. restritivos: Fernando Pessoa, Drummond. nativas adversativas, que são: mas, porém, todavia, contudo,
Explicativo: Mineirão ensimesmado. entretanto, no entanto, não obstante etc.
191. ADN: de Drummond. Queremos lutar, mas ninguém nos apoia.
Aposto restritivo: de Itabira. Estou estudando, porém preciso parar.
192. apostos restritivos: São Francisco, da Canastra, de Ele estudou, contudo não passou.
Minas Gerais. ADV: no estado de Minas Gerais.
193. apostos restritivos: Amazonas, dos Andes. 3. Orações coordenadas sindéticas alternativas
Aposto explicativo: maior acidente geográfico das Quando têm significados que se excluem (ou um ou ou-
Américas. ADN: das Américas. tro), sendo introduzidas por conjunções ou locuções conjun-
194. aposto resumitivo: TUDO. tivas coordenativas alternativas, que são: ou, ou... ou, já...
195. aposto resumitivo: NINGUÉM. já, ora... ora, seja... seja, quer... quer etc.
196. aposto explicativo: piratas modernos. Ou ele resolve tudo, ou tenho de ir eu mesmo.
197. aposto explicativo: os sequestradores. Quer estude, quer trabalhe, ele não muda.
198. aposto enumerativo: Robinho, Fernando e Franco. Esta terra é assim mesmo, ora chove, ora faz sol.
199. e 212. C
200. E 213. E 4. Orações coordenadas sindéticas conclusivas
201. C 214. E Quando exprimem uma conclusão, sendo introduzidas
202. E 215. E por conjunções ou locuções conjuntivas coordenativas con-
203. C 216. E
Língua Portuguesa

clusivas, que são: logo, portanto, então, por isso, por con-
204. C 217. C seguinte, pois (depois do verbo) etc.
205. E 218. C Houve algum engano, por isso vamos verificar.
206. C 219. E Ele estudou muito, logo venceu na vida.
207. C 220. e Ele pagou seus compromissos, então merece crédito.
208. E 221. e
209. E 222. e 5. Orações coordenadas sindéticas explicativas
210. E 223. e Quando encerram uma explicação daquilo que vem ex-
211. C 224. e presso na anterior, sendo introduzidas por conjunções ou

86 Openbook Apostilas
locuções conjuntivas coordenativas explicativas, que são: eríodo Composto por Subordinação

P
pois (antes do verbo), que, porque, por quanto etc.
Saia logo, pois já são nove horas. Vimos no período composto por coordenação que as
Ele está lutando, pois precisa vencer. orações são independentes, não havendo nenhuma ligação
Não a prejudique, porque ela é doente. de subordinação entre elas, ou seja, uma principal e uma,
ou várias subordinadas.
Quanto ao período composto por subordinação, haverá
Exercícios uma espécie de dependência entre elas, havendo é claro,
uma principal e uma ou mais subordinadas.
Coloque nos parênteses que precedem os períodos a seguir, As orações de um período composto por subordinação
em relação às orações sublinhadas: podem ser.
(A) para oração coordenada assindética. • substantivas
(B) para oração coordenada sindética adversativa. • adjetivas
(C) para oração coordenada sindética aditiva. • adverbiais
(D) para oração coordenada sindética alternativa.
(E) para oração coordenada sindética explicativa. • Orações Subordinadas Substantivas
(F) para oração coordenada sindética conclusiva.
As orações subordinadas substantivas, além de desempe-
1. ( ) O vaqueiro do Sul ou está cavalgando ou está par- nharem as funções de substantivo, desempenham também
ticipando de corrida. as funções dos elementos de um período simples, ou seja:
2. ( ) Havia muita gente na sala, mas ninguém socorreu a) Sujeito – oração subordinada substantiva subjetiva
Desempenha a função de sujeito da oração principal.
a vítima.
Veja:
3. ( ) O vaqueiro no Norte conhece bem os seus espaços, Período simples:
pois nasceu nas caatingas. É necessário a morte do peru.
4. ( ) Ele devia estar muito enfraquecido, pois desmaiou. (sujeito)
5. ( ) O trabalho do vaqueiro é duro, portanto ele tem de Período composto:
ser um homem forte. É necessário que o peru morra.
6. ( ) Você vem comigo, ou vai-se embora com eles? (oração subordinada substantiva subjetiva)
7. ( ) Telefonei-lhe ontem, mas você tinha saído.
8. ( ) Meus amigos, o verdadeiro homem não foge, en- b) Objeto direto – oração subordinada substantiva ob-
frenta tudo. jetiva direta
Desempenha a função de objeto direto da oração prin-
9. ( ) Ele foi a São Paulo de automóvel e voltou de avião.
cipal.
10. ( ) Passou a noite, veio o novo dia e ele continuava Veja:
dormindo. Período simples:
11. ( ) Você não estuda, portanto não passará de ano. Eu quero a tua colaboração.
12. ( ) Tudo parecia difícil, mas ela não reclamava, nem (objeto direto)
perdia o ânimo. Período composto:
13. ( ) Havia problemas, mas ninguém tentava resolvê-los. Eu quero que tu colabores.
14. ( ) Ninguém nos atendeu; ou estavam dormindo, ou (oração subordinada substantiva objetiva direta)
tinham saído.
15. ( ) Não perturbes teu pai, que ele está trabalhando. c) Objeto indireto – oração subordinada substantiva
16. ( ) Nós o prevenimos; portanto ele acautelou-se. objetiva indireta
Desempenha a função de objeto indireto da oração
17. ( ) Ele não só me atrapalha, como também me preju-
principal.
dica. Veja:
18. ( ) Nós o prevenimos, mas ele descuidou-se. Período simples:
19. ( ) Vocês sentem-se prejudicados; ninguém, no entan- Eu preciso de tua colaboração.
to, protesta. (objeto indireto)
20. ( ) Certamente ele acautelou-se, pois nós o prevenimos. Período composto:
21. ( ) Tudo já está terminado, portanto vamo-nos embora. Eu preciso de que tu colabores.
22. ( ) Provavelmente seremos punidos, porque transgre- (oração subordinada substantiva objetiva indireta)
dimos a lei.
23. ( ) O professor não veio; logo não haverá aula. d) Complemento nominal – oração subordinada subs-
tantiva completiva nominal
24. ( ) Transgredimos a lei, logo seremos punidos.
Desempenha a função de complemento nominal da
25. ( ) Você se diz meu amigo, todavia nem sempre o en- oração principal.
tendo. Veja:
Período simples:
Gabarito Sou favorável à execução da fera.
Língua Portuguesa

(complemento nominal)
1. D 8. A 15. E 22. E Período composto:
2. B 9. C 16. F 23. F Sou favorável a que executem a fera.
(oração subordinada substantiva completiva nominal)
3. E 10. A 17. C 24. A
4. E 11. F 18. B 25. B e) Predicativo – oração subordinada substantiva pre-
5. F 12. B 19. B dicativa
6. D 13. A 20. E Desempenha a função de predicativo do sujeito da ora-
7. B 14. D 21. F ção principal.

Openbook Apostilas 87
Período simples: 13. Observe as orações sublinhadas nos períodos seguintes:
Meu desejo é a vossa felicidade. I – Era necessário que Tistu compreendesse.
(predicativo do sujeito) II – Todos esperavam que vencêssemos.
Período composto: III – Tistu precisava de que o ajudassem.
Meu desejo é que sejais feliz.
(oração subordinada substantiva predicativa) São respectivamente:
f) Aposto – oração subordinada substantiva apositiva a) objetiva direta, objetiva direta e subjetiva.
Desempenha a função de aposto da oração principal. b) subjetiva, objetiva direta e objetiva indireta.
Veja: c) subjetiva, subjetiva e completiva nominal.
Período simples: d) predicativa, completiva nominal e subjetiva.
Só quero uma coisa: a tua absolvição. e) subjetiva, objetiva indireta e objetiva direta.
(aposto)
Período composto: 14. Numere corretamente, de acordo com a classificação
Só quero uma coisa: que sejais absolvido. das orações subordinadas substantivas:
(oração subordinada substantiva apositiva)
(1) Subjetiva
(2) Objetiva direta
Observação: (3) Objetiva indireta
Você deve ter notado que as orações subordinadas subs- (4) Predicativa
tantivas começaram todas por: (5) Completiva nominal
• Conjunção integrante: que ou se (6) Apositiva
Todavia podem também ser introduzidas por:
• Advérbio interrogativo: por que? onde? quando? ( ) Fabiano viu que tudo estava perdido.
como? ( ) O seu desespero era que os bichos se finavam.
• Pronomes interrogativos: que? quem? qual? quanto? ( ) Era preciso que chovesse.
• Pronomes indefinidos: quem? quantos? ( ) Tudo dependia de que Deus fizesse um milagre.
( ) Eles só esperavam uma coisa: que chovesse.
Exercícios ( ) Sinhá Vitória fez referência a que Fabiano a acom-
panhasse.
Coloque nos parênteses que precedem os períodos a seguir,
analisando o que estiver sublinhado. Assinale a sequência obtida:
(OSSSU) para oração subordinada substantiva subjetiva. a) 2 – 4 – 1 – 3 – 6 – 5
(OSSSOD) para oração subordinada substantiva objetiva di- b) 2 – 4 – 3 – 1 – 5 – 6
reta. c) 1 – 2 – 3 – 4 – 5 – 6
(OSSSOI) para oração subordinada substantiva objetiva in- d) 2 – 4 – 1 – 6 – 5 – 3
direta.
(OSSSPR) para oração subordinada substantiva predicativa. Gabarito
(OSSSAP) para oração subordinada substantiva apositiva.
(OSSSCN) para oração subordinada substantiva completava 1. OD 5. CN 9. SU 13. b
nominal. 2. SU 6. AP 10. PR 14. a
1. ( ) Ali, bem ali, esperávamos que os balões caíssem. 3. OD 7. PR 11. c
2. ( ) É necessário que você colabore. 4. CN 8. SU 12. d
3. ( ) Alberto disse que não morava na cidade.
4. ( ) Ficamos à espera de que o barco se aproximasse.
5. ( ) Somos gratos a quem nos ajuda. • Orações Subordinadas Adjetivas
6. ( ) Reconheço-lhe uma qualidade: você é sincera.
7. ( ) O sonho do pai era que o filho se formasse. A oração subordinada adjetiva é aquela que tem o valor
8. ( ) Convém que te justifiques. de um adjetivo e funciona como adjunto adnominal de um
termo que a antecede. Observe:
9. ( ) Está provado que esta doença já tem cura.
Na hora da despedida, o japonês disse uma frase co-
10. ( ) Roberto era quem mais reclamava.
movente.
A palavra sublinhada funciona como adjunto adnominal
11. No período: “Que conversassem de amores, é possível”.
da palavra frase.
A primeira oração classifica-se como:
a) subordinada substantiva predicativa.
Veja agora a substituição:
b) subordinada substantiva apositiva.
Na hora da despedida, o japonês disse uma frase que
c) subordinada substantiva subjetiva. me comoveu.
d) subordinada substantiva objetiva direta. O termo sublinhado, que substitui a palavra comovente
e) Principal. da oração, recebe o nome de oração subordinada adjetiva,
Língua Portuguesa

e está sendo introduzida pelo pronome relativo que.


12. A oração sublinhada em: “Não permita Deus que eu
morra...” tem: Veja outros exemplos:
Valor de função sintática de Restavam-se as conversas interrompidas à noite.
a) adjetivo objeto direto Restavam-se as conversas que eram interrompidas à noite.
b) substantivo sujeito Algumas fábricas liberam gases prejudiciais à saúde.
c) advérbio adjunto adverbial Algumas fábricas liberam gases que prejudicam à saúde.
d) substantivo objeto direto As orações subordinadas adjetivas são introduzidas por
e) adjetivo sujeito um pronome relativo (que, quem, qual, cujo, onde, quando).

88 Openbook Apostilas
Que: Mulher que muito se mira, pouco fiado tira. • Oração Subordinada Adjetiva
Quem: Sou eu quem perde.
1. Restritiva
Observação:
Para analisar orações em que entre o relativo quem, é Características
necessário desdobrá-lo em: aquele que. a) Restringe a significação do substantivo ou do pronome
Qual: Dê-me o troco do dinheiro com o qual você pagou antecedente .
a entrada. b) É indispensável ao sentido da frase.
Cujo: Xadrez é um jogo cujas regras nunca entendi. c) Não se separa por vírgula da oração principal.
Onde: Conheço a rua onde mora o professor. O livro que ela lia era a loucura do homem agoniado.

Observação: 2. Explicativa
Onde = em que
Quanto: Tudo quanto existe é obra divina. Características
a) Acrescenta uma qualidade acessória ao antecedente.
A oração subordinada adjetiva pode ser: b) É dispensável ao sentido da frase.
c) Vem separada por vírgulas da oração principal.
Restritiva ou Explicativa Jorge de Lima, que foi um poeta da segunda fase, do
Modernismo brasileiro, escreveu uma obra junto com
É restritiva quando restringe ou limita o sentido do nome Murilo Mendes.
ou pronome a que se refere. A qualidade ou propriedade
expressa pela oração subordinada adjetiva, nesses casos, não Exercícios
é intrínseca, não é essencial ao nome ou pronome a que se
reporta a oração. Coloque nos parênteses que precedem os períodos seguin-
O homem que crê, nunca se desespera. tes, em relação à oração que estiver sublinhada.
Oração principal: O homem nunca se desespera. (R) para oração subordinada adjetiva restritiva.
Oração subordinada adjetiva: que crê. (E) para oração subordinada adjetiva explicativa.
Justificativa: Nem todo homem crê.
Logo, a crença não é qualidade comum a todos os ho- 1. ( ) Os alunos que chegarem atrasados serão advertidos.
mens. 2. ( ) A vida, que é curta, deve ser bem aproveitada.
3. ( ) A perseverança, que a marca dos fortes, leva a su-
A oração restringe ou limita o sentido do termo homem, cessos na vida.
pois o autor refere-se somente ao homem que crê, e não a
4. ( ) Quero somente as fotos que saírem perfeitas.
todo e qualquer homem.
5. ( ) Pedra que rola fica lisa.
6. ( ) O carro que bateu vinha a mais de oitenta.
É explicativa quando exprime uma qualidade inerente,
7. ( ) O Amazonas, que é o maior rio do mundo em vo-
essencial ao nome com que se relaciona.
O homem, que é mortal, tem no túmulo o epílogo da vida. lume d’água, nasce nos Andes.
Oração principal: O homem tem no túmulo o epílogo da 8. ( ) O cavalo que ganhou o grande prêmio Brasil chama-
vida. -se Sun Set.
Oração subordinada adjetiva explicativa: que é mortal. 9. ( ) Os carros que não tiverem placa serão multados.
Justificativa: todo homem é mortal. 10. ( ) O homem, que é um ser mortal, tem uma missão
Logo, a morte é inerente à natureza do homem. sobre a terra.
11. ( ) A lua, que é um satélite da terra, recebe a luz solar.
Os exemplos apresentados revelam-nos que a adjetiva 12. ( ) O negro que está faminto precisa de cuidados especiais.
restritiva é indispensável ao sentido do período, enquanto 13. ( ) A vida, que é boa, deve ser aproveitada.
que a adjetiva explicativa pode ser retirada do período sem 14. ( ) Ali fica o consultório que pertence a meu amigo.
prejudicar o sentido. A adjetiva explicativa vem sempre en- 15. ( ) As justificativas, que escutei, são do pobre coitado.
tre vírgulas e as restritivas aceitam vírgulas apenas, onde 16. ( ) Ontem vi o amigo que vai viajar comigo.
terminam. 17. ( ) O médico, que está a serviço do povo, atendeu a
um chamado.
Importante: 18. ( ) Era um homem que tinha muita coragem.
Se, no entanto, as palavras: quem, qual, onde, quan- 19. ( ) O médico prestou favores que não podem ser esti-
to, quando e como figuram na oração, sem antecedente mados.
expresso, as orações por eles introduzidas não mais serão 20. ( ) É deliciosa a sensação inusitada que senti.
adjetivas, mas sim, subjetivas. 21. ( ) Ontem examinei a senhora gorda que está diabética.
Exemplifiquemos comparando adjetivas com subjetivas: 22. ( ) O cliente que chegar atrasado será advertido.
Conheço a rua onde mora o professor. 23. ( ) O médico que ajudou o preto chama-se Jamur.
Antecedente expresso: rua 24. ( ) O Rio de Janeiro, que é a cidade rica em belezas
Or. sub. adj. restr.: onde mora o professor naturais, é hospitaleira.
25. ( ) O homem que desmaiou vinha mal intencionado.
Língua Portuguesa

Diga-me onde mora o professor.


oração sub. sub. ob. direta Gabarito
Ficamos admirados todos quantos o viram. 1. R 6. R 11. E 16. R 21. R
Antecedente expresso: todos 2. E 7. E 12. R 17. E 22. R
Or. sub. adj. restr.: quantos o viram 3. E 8. R 13. E 18. R 23. R
4. R 9. R 14. R 19. R 24. E
Veja quanto pode emprestar-me. 5. R 10. E 15. E 20. R 25. R
or. sub. sub. obj. direta

Openbook Apostilas 89
• Orações Subordinadas Adverbiais toras são: antes que, quando, assim que, logo que, até que,
depois que, mal, apenas.
Além das orações subordinadas substantivas e adjeti- Assim que deu o sinal, os alunos saíram.
vas, existem as adverbiais, que exercem a função de adjunto
adverbial, ou seja, funcionam como adjunto adverbial de Exercícios
outras orações e vêm, normalmente, introduzidas por uma
conjunção subordinativa (com exceção das integrantes). 1. No período: “As nuvens são cabelos crescendo como
São classificadas de acordo com a conjunção ou locução rios” (JCMN).
conjuntiva que as introduz. A oração sublinhada é classificada como:
1) Causal a) adverbial consecutiva.
Indica a causa da ação expressa pelo verbo da oração b) adverbial final.
principal. As principais conjunções introdutoras são: porque, c) adverbial proporcional.
visto que, já que, uma vez que, como. d) adverbial comparativa.
Só não morri à míngua, porque o povo daqui me socorreu.
2. Nos versos:
“... delas se emite um canto
2) Comparativa
de uma tal continuidade
Estabelece uma comparação com a ação indicada pelo que continua cantando (1)
verbo da oração principal. As principais conjunções introdu- se deixa de ouvi-lo a gente;
toras são: que e do que (precedidos do mais, menos, melhor, como a gente às vezes canta (2)
pior, maior, menor), como. para sentir-se existente” (3)
Obs.: frequentemente, omite-se nas comparativas o ver- (J.C.M.N.)
bo da oração subordinada.
Ela é tão bela como uma flor. Temos nos versos (1), (2) e (3) sublinhados, respectiva-
mente, orações subordinadas adverbiais:
3) Concessiva a) consecutiva ‑ comparativa – final.
Indica uma concessão às ações do verbo da oração prin- b) final – proporcional – comparativa.
cipal. Isto é, admite uma contradição ou um fato inesperado. c) Causal – conformativa – final.
As principais conjunções introdutoras são: embora, a menos d) causal – comparativa – final.
que, se bem que, ainda que, contanto etc.
Fiz a prova, embora tivesse chegado atrasado. 3. No período: “Não permita Deus que eu morra sem que
eu volte para lá”. (Gonçalves Dias)
4) Condicional A oração subordinada adverbial deve ser classifica como:
Indica a situação necessária à ocorrência da ação do a) comparativa.
verbo da oração principal. As principais conjunções condi- b) consecutiva.
cionais que as introduzem são: se, salvo se, exceto, desde c) condicional.
d) final.
que, contanto que, sem que.
Só irei com vocês, se me pagarem a passagem.
4. No período: “Como havia pouca gente presente, a reu-
nião foi suspensa”.
5) Conformativa A oração destacada apresenta uma circunstância de:
Indica uma conformidade entre o fato que expressa e a a) tempo.
ação do verbo da oração principal. As principais conjunções b) condição.
introdutórias são: como, consoante, segundo, conforme. c) causa.
Como havíamos previsto, a festa esteve ótima. d) consequência.

6) Consecutiva 5. Coloque nos parênteses que precedem os períodos


Indica a consequência resultante da ação do verbo da abaixo, em relação às orações subordinadas adverbiais
oração principal. As principais conjunções introdutórias são: sublinhadas:
(tão)... que, (tanto) ... que, (tamanho)... que etc. (1) para causal
Tremia tanto, que mal podia andar. (2) para comparativa
(3) para concessiva
7) Final (4) para condicional
Indica o fim, o objetivo a que se destina o verbo da oração (5) para conformativa
principal. As principais conjunções que as introduzem são: (6) para consecutiva
para que, afim de que, (= para que). (7) para final
Fiz-lhe sinal, para que viesse. (8) para proporcional
(9) para temporal
8) Proporcional
a) ( ) À medida que o trem se aproximava, o barulho
Língua Portuguesa

Indica uma relação de proporcionalidade com o verbo aumentava.


da oração principal. As principais conjunções introdutoras b) ( ) Ele agia, como devia.
são: à medida que, enquanto, quanto mais... mais, quanto c) ( ) Nada farei, sem que me auxilies.
mais... menos, à proporção que. d) ( ) Leem, como analfabetos.
À medida que caminhávamos, víamos aparecer a casa. e) ( ) Sempre que posso, leio alguma coisa.
f) ( ) Ainda que as estatísticas comprovem, não acre-
9) Temporal dito no que dizem.
Indica a circunstância de tempo em que ocorre a ação do g) ( ) A inflação está tão acelerada, que os preços dos
verbo da oração principal. As principais conjunções introdu- gêneros alimentícios aumentam diariamente.

90 Openbook Apostilas
h) ( ) Os preços dos gêneros alimentícios aumentam (Teresina-PI/Agente Fiscal) A produtividade industrial, que
diariamente, porque a inflação está acelerada. se mede dividindo o volume da produção pelo número de
i) ( ) Semeie hoje, para que colha bons frutos amanhã. trabalhadores, vem crescendo há bastante tempo, mas, até
j) ( ) Os deveres tomam-se agradáveis, se os cumpri- recentemente, o crescimento era fruto da redução do nível
mos com boa vontade. de emprego.
k) ( ) Os outros nos tratam, conforme os tratamos. 5. A oração “que se mede dividindo o volume da produ-
l) ( ) À proporção que lemos, vamos adquirindo mais ção pelo número de trabalhadores” está entre vírgulas
cultura. porque tem natureza restritiva.
m) ( ) Só valorizamos certas coisas, quando as perdemos.
n) ( ) Tanto vai o vaso à fonte, que um dia se rompe. Emprego das Conjunções
o) ( ) O amor só floresce, se o regarmos com muito
carinho. 1) Conjunções subordinativas e locuções prepositivas
p) ( ) O silêncio pode comunicar tanto, quanto a palavra. Causais: porque, pois, visto que, já que, na medida em
q) ( ) Habituai-vos a obedecer, para aprender a mandar que, que, visto como, uma vez que, como (anteposto à oração
(R.R.) principal), porquanto.
r) ( ) Se eu não fosse imperador, desejaria ser profes- Os turistas desistiram da visita, visto que chovia.
sor (D. Pedro II) Já que o país não crescia, o investidor se retirava.
s) ( ) Os olhos nunca enganam; nem mesmo quando
pretendem enganar. Concessivas: embora, ainda que, se bem que, mesmo
t) ( ) Se os espelhos falassem, haveria menos gente que, posto que, apesar de que, por mais que, por menos que,
diante deles.
apesar de, não obstante, malgrado, conquanto.
Embora chova, sairei.
Gabarito Por mais que tente, não te entendo.
A fé ainda move montanhas, posto que esteja abalada.
1. d c) 4 i) 7 o) 4 Malgrado seja domingo, ela está trabalhando.
2. a d) 2 j) 4 p) 2
3. c e) 9 k) 5 q) 7 Condicionais: se, caso, desde que, contanto que, a não
4. c f) 3 l) 8 r) 4 ser que, sem que.
5. a) 8 g) 6 m) 9 s) 9 O amor não se rompe, desde que sejam fortes os laços.
b) 5 h) 1 n) 6 t) 4 Se viagens instruíssem homens, os marinheiros seriam
o mais sábios.
A não ser que trabalhe, não prosperará.
Exercícios
Consecutivas: tal que, tanto que, de sorte que, de modo
(MMA) Foram expedidas cerca de 7 mil cartas de expulsão que, de forma que, tamanho que.
de brasileiros no ano passado. O medo faz parte da rotina A fé era tamanha que muitos milagres se operavam.
de boa parte dos cerca de 60 mil brasileiros sem papéis, Choveu tanto que a ponte caiu.
que vivem de casa para o trabalho e do trabalho para casa,
receosos de serem detidos e repatriados. Conformativas: conforme, como, segundo, consoante.
1. O uso das vírgulas justifica-se por isolar oração subor- Chorarão as pedras das ruas, como diz Jeremias sobre as
dinada adjetiva restritiva.
de Jerusalém destruída.
(MMA/Analista) Quando, há cerca de cinco anos, chegou ao
Comparativas: como, assim como, tal qual, que, do que,
mercado brasileiro o primeiro modelo de carro bicombustí-
(tanto) quanto / como.
vel, que pode utilizar gasolina e álcool em qualquer propor-
ção, ninguém apostava no seu êxito imediato e muito menos Janete estuda mais que trabalha.
na sua permanência no mercado por muito tempo. Elias canta tal qual Zezé.
2. A vírgula após “bicombustível” isola oração subordinada Jesus crescia tanto em estatura quanto em sabedoria.
adjetiva explicativa.
Finais: para que, porque, a fim de que, para, a fim de.
(MPE-RR/Atendente) Os Estados Unidos da América (EUA), O gerente deu ordens para que nada faltasse aos hós-
que desde a última década vinham relegando para um segun- pedes.
do plano esforços direcionados à conservação de energia – os Estudei porque vencesse na vida.
carros grandes têm hoje maior participação relativa, no total
da frota norte-americana, que a registrada antes do primeiro Proporcionais: à medida que, à proporção que, ao pas-
choque do petróleo, em 1973/1974 –, até estabeleceram me- so que, quanto mais... mais, quanto mais... menos, quanto
tas ambiciosas de redução do consumo de óleo no setor de menos... mais, quanto menos... menos.
transportes, contando com expressiva produção de etanol. Quanto mais conhecia os homens, mais Pafúncio confiava
3. A vírgula empregada após “transportes” isola oração em Deus.
adjetiva restritiva. À medida que enxergava, o ex-cego se alegrava.
Língua Portuguesa

(MRE/Assistente de chancelaria) Segundo o ex-assessor es- Temporais: quando, enquanto, logo que, antes que, de-
pecial de Lula, Frei Betto, que chegou recentemente de Cuba, pois que, mal, sempre que.
onde esteve com Raúl Castro, de quem é amigo pessoal, os Sempre que corríamos à janela, assistíamos ao pôr-do-sol.
cubanos fazem sérias ressalvas ao processo chinês, exata- Mal as provas chegaram, os alunos se agitaram.
mente por valorizar o crescimento econômico sem levar em
conta o desenvolvimento social. 2) Conjunções coordenativas (para comparar e distin-
4. O trecho “que chegou recentemente de Cuba” está entre guir)
vírgulas por tratar-se de oração subordinada adjetiva Aditivas: e, nem ( = e não), mas também.
restritiva. Astolfo não cantou nem dançou.

Openbook Apostilas 91
Anita trabalhou e estudou. contra 1.044 da Boeing. No entanto, a Airbus entregou 434
O povo não só exige respeito, mas também paga im- aviões a jato; sua concorrente, 398.
postos. 10. O termo “enquanto” pode, sem prejuízo para a correção
gramatical do período, ser substituído por ao passo que.
Adversativas: mas, porém, todavia, contudo, no entanto,
entretanto, não obstante. (Banco do Brasil/Escriturário) Uma pesquisa realizada em 16
O país cresceu, mas não gerou empregos. países mostrou que os jovens brasileiros são os que colecio-
nam o maior número de amigos virtuais. A média brasileira
Alternativas: ou, ou...ou, ora...ora, quer...quer, seja...seja. de contatos é mais do que o dobro da mundial, que tem como
Ou saio para ir com você ou fico em casa. base países como Estados Unidos da América (EUA) e China.
11. Em “mais do que”, a eliminação de “do” prejudica a cor-
Conclusivas: logo, pois (após o verbo da oração e entre reção gramatical do período.
vírgulas), portanto, assim, por isso, por conseguinte, dessar-
te/destarte, posto isso. (Banco do Brasil/Escriturário) O século XX testemunhou o
Mílvio estuda Português faz dois anos, portanto já sabe desenvolvimento de grandes eventos esportivos, tanto em
muito. escala mundial – como os Jogos Olímpicos e a Copa do Mun-
do – quanto regional, com disputas nos vários continentes.
Explicativas: pois (antes do verbo), que ( = porque), por- 12. O emprego de “tanto” está articulado ao emprego de
que, porquanto. “quanto” e ambos conferem ao período o efeito de sen-
Feche a porta, que está frio. tido de comparação.
O país cresceu, porque o desemprego diminuiu. 13. Subentende-se após “quanto” a elipse da expressão
como.
Exercícios
(CBM-ES/Soldado) Exigências da paz
(Banco do Brasil/Escriturário) As empresas que pretendem
fazer um investimento social mais eficaz tendem a não ser as 1 Acredito na paz e na sua possibilidade como forma
executoras dos projetos, contratando consultores ou orga- normal de existência humana. Mas não acredito nas ca-
nizações especializadas para desenvolvê-los. Ao adotar essa ricaturas de paz que nos são constantemente propostas,
estratégia, a empresa compartilha o papel de produtora so- 4 e até inculcadas. Há por aí uma paz muito proclamada,
cial com a organização executora. mas que na realidade atrapalha a verdadeira paz.
6. A substituição de “Ao adotar” por Quando adota man- A paz não é uma abstração. É uma forma de convi-
tém a correção gramatical e o sentido original do perí- 7 vência humana. Expressa o modo existencial como os
odo. homens trabalham, se relacionam e conduzem o destino
da História.
(Banco do Brasil/Escriturário) O número de mulheres no 10 Sendo assim, não adianta apregoar a sublime paz.
mercado de trabalho mundial é o maior da História, tendo Que não passe de fórmula sem conteúdo. Pois o
alcançado, em 2007, a marca de 1,2 bilhão, segundo relatório que importa são as situações concretas em que vive a
da Organização Internacional do Trabalho (OIT). Em dez anos, 13 humanidade.
houve um incremento de 200 milhões na ocupação feminina. Sociedade pacífica não é a sociedade que usa e con-
Ainda assim, as mulheres representaram um contingente some slogans de paz, mas a que desenvolve concreta-
distante do universo de 1,8 bilhão de homens empregados. 16 mente formas de existência social em que os homens
7. O desenvolvimento das ideias do texto confere à ora- vivam com dignidade, e possam participar dos valores
ção reduzida iniciada por “tendo alcançado” um valor materiais e espirituais que respondam às necessidades
adjetivo, correspondente a que tem alcançado. 19 básicas da vida humana.
8. A relação de sentidos entre as orações do 1º parágrafo Se a humanidade quiser a paz efetiva, deve estar
do texto permite substituir “Ainda assim” por No en- disposta a remover tudo aquilo que a impede. E a buscar
tanto ou por Apesar disso, sem prejuízo da correção 22 tudo aquilo que a possibilita. Antes de tudo, remover a
gramatical do texto. falsa paz: A paz concordista que aceita, com tolerância
descabida, situações injustas.
(Banco do Brasil/Escriturário) Vale notar, também, que os 25 A paz conformista que adia soluções contorna pro-
bons resultados dos bancos médios brasileiros atraíram gran- blemas, silencia dramas sob a alegação de que o mun-
des instituições do setor bancário internacional interessa- do sempre foi assim, e de que é preciso esperar com
das em participação segmentada em forma de parceria. O 28 paciência.
Sistema Financeiro Nacional só tem a ganhar com esse tipo A paz alienante que distrai a consciência para que
de integração. Dessa forma, o cenário, no médio prazo, é não se percebam os males que machucam o corpo e
de acelerado movimento de fusões entre bancos médios, 31 encolerizam a alma da humanidade. A paz cúmplice que
processo que já começou. Será um novo capítulo da história disfarça absurdos, desculpa atrocidades, justifica opres-
bancária do país. sões e torna razoáveis espoliações desumanas.
9. A relação semântico-sintática entre o período que ter- 34 A paz não tem a missão de camuflar erros, mas
mina em “parceria” e o que começa com “O Sistema de diagnosticá-los com lucidez. Não é um subterfúgio
Língua Portuguesa

Financeiro” seria corretamente explicitada por meio da para evitar a solução reclamada. Existe para resolver o
conjunção Entretanto. 37 problema.
Pode haver paz onde há fome crônica? Pode haver
(Banco do Brasil/Escriturário) A Airbus mantém 4.463 aerona- paz no lar em que a criança está morrendo por falta de
ves em operação, enquanto a Boeing tem 24 mil – incluindo 40 remédios? Pode haver paz onde há desemprego? Pode
5 mil Boeing 737, o principal rival do Airbus 320, o mesmo haver paz onde o ódio domina? Pode haver paz onde a
modelo do envolvido em recente acidente aéreo. As duas perseguição age bem acobertada? Nesses casos, o pri-
empresas travam um duelo à parte pelo mercado da aero- 43 meiro passo é suprimir a fome, a doença, o desemprego,
náutica. No ano passado, a Airbus recebeu 791 encomendas o ódio, a perseguição.

92 Openbook Apostilas
E então a paz começa a chegar. 23. As ocorrências da preposição “para” nas linhas 7 e 18
46 A paz é uma infatigável busca de valores para o bem introduzem, no desenvolvimento da argumentação, fi-
de todos. É o esforço criador da humanidade gerando nalidades para as ações centradas em “relacionar” (l. 6)
recursos econômicos, culturais, sociais, morais, espiri- e em “desenrolaram-se” (l. 20), respectivamente.
49 tuais, que são indispensáveis à subsistência, ao cresci-
mento e ao relacionamento consciente e fraterno da (MMA/Analista) Por ironia, as notícias mais frequentes pro-
humanidade. duzidas pelas pesquisas científicas relatam não a descober-
ta de novos seres ou fronteiras marinhas, mas a alarmante
Acerca das ideias e da sintaxe do texto, julgue os itens. escalada das agressões impingidas aos oceanos pela ação
14. A oração “Pois o que importa são as situações concretas” humana.
(l.11-12) estabelece uma relação de causa com a oração 24. O termo “mas” corresponde a qualquer um dos seguin-
anterior.
tes: todavia, entretanto, no entanto, conquanto.
15. A oração “Se a humanidade quiser a paz efetiva” (l. 20)
estabelece uma relação de condição.
16. Nos períodos “A paz conformista que adia soluções” (MPE-RR/Atendente) Enquanto autoridades internacionais
(l. 25), “A paz alienante que distrai a consciência” (l. 28) vêm condenando duramente a expansão da produção de
e “A paz cúmplice que disfarça absurdos” (l. 31), o vo- biocombustíveis, o governo federal arma-se, acertadamente,
cábulo “que” é um pronome relativo que exerce função para enfrentar a onda de rejeição daí nascida.
de sujeito. 25. A substituição do termo “Enquanto” por À medida que
17. Na oração “A paz é uma infatigável busca de valores” prejudica a correção gramatical do período.
(l. 46), a expressão sublinhada é predicativo do sujeito.
(MRE/Assistente de Chancelaria) O boom no preço das com-
Julgue os itens subsequentes, relativos à sintaxe do trecho: modities exportadas pelo Brasil amplia o fôlego da economia
“Expressa o modo existencial como os homens trabalham, nacional para absorver importações crescentes sem ameaçar
se relacionam e conduzem o destino da História”. o equilíbrio externo. O nível do câmbio, entretanto, também
18. Subentende-se a expressão essa forma de convivência produz efeitos adversos, não neutralizados pela política eco-
como sujeito da forma verbal “Expressa”. nômica.
19. Antes de “se relacionam” e de “conduzem” subentende- 26. O termo “entretanto” pode, sem prejuízo para a corre-
-se o conector “como”. ção gramatical e a informação original do período, ser
20. A expressão “o destino da história” é complemento substituído por qualquer um dos seguintes: contudo,
direto das formas verbais “trabalham”, “relacionam” e mas, porém, todavia, conquanto.
“conduzem”.
(MRE/Assistente de Chancelaria) Certamente, o recorde de
(CPC) Se a Holanda tivesse vencido os portugueses no Nor-
atração de investimentos externos confirmado agora tem
deste no século XVII, nosso herói não seria Matias de Albu-
relação direta com o fato de o país ter-se transformado de
querque, mas Domingos Fernandes Calabar, senhor de terras
e contrabandista que traiu os portugueses e se passou para devedor em credor internacional. Ao assegurar um volume
o lado dos batavos. de reservas cambiais superior ao necessário para garantir o
21. A substituição de “Se a Holanda tivesse vencido” por pagamento da dívida externa, o Brasil tranquilizou os credo-
Tivesse a Holanda vencido preserva a correção e o sig- res sobre a sua possibilidade de honrar os compromissos.
nificado. 27. A substituição de “Ao assegurar” por Quando assegurou
prejudica a correção gramatical do período e altera as
(Seplag/DFTrans/Técnico) suas informações originais.

1 A compreensão dos processos históricos relacio- (MRE/Assistente de Chancelaria) O afastamento de Fidel Cas-
nados a determinados assuntos é possível quando se tro, como quer que deva ser analisado de diversos pontos
levam em consideração manifestações concretas que de vista, tem certamente significado simbólico. Ele aponta
4 acontecem na vida das pessoas, contextualizando-as no para o fim de uma singular experiência revolucionária no
espaço e no tempo. Assim sendo, é de suma importância hemisfério, que, não obstante o que aparece como sobrevi-
relacionar fatos históricos brasileiros ao desenvolvimen- da melancólica nas condições de hoje, ao nascer incendiou
7 to dos meios de transporte para facilitar o entendimento romanticamente a imaginação de muitos de nós e nos mo-
da participação e da importância destes na integração bilizou.
das regiões brasileiras e no seu desenvolvimento so- 28. O termo “não obstante o” pode, sem prejuízo para a
10 cioeconômico. correção gramatical e para as informações originais do
Tão antigos quanto a existência do próprio homem período, ser substituído por apesar do ou a despeito do.
são o desejo e a necessidade humanos de se deslocar, de
13 se mover, de transportar, enfim, de transitar, fato que se
(Teresina-PI/Agente Fiscal) No ano passado, a produção in-
antecipa mesmo ao surgimento dos meios de transporte.
dustrial cresceu 6%, enquanto o emprego aumentou 2,2% e o
Foi exatamente pela necessidade de transitar que, há
16 500 anos, os europeus chegaram ao continente ameri- total de horas pagas pela indústria aumentou 1,8%. Isso quer
cano e fizeram do território que hoje se chama Brasil o dizer que a produtividade cresceu sem necessidade de de-
Língua Portuguesa

seu espaço de exploração. Entretanto, para descobrir as missões de trabalhadores, como ocorreu entre 1990 e 2003.
19 potencialidades de um país com tamanha vastidão terri- 29. O termo “enquanto” pode, sem prejuízo para a correção
torial e conhecê-lo em sua totalidade, desenrolaram-se gramatical e para as informações originais do período,
muitas histórias. ser substituído por qualquer um dos seguintes: ao passo
que, na medida que, conquanto.
22. A relação que o período iniciado por “Assim sendo”
(l. 5-6) mantém com as ideias do período imediatamente (Teresina-PI/Agente Fiscal) A despeito da desaceleração
anterior permite que esse termo seja substituído por econômica nas nações ricas, as cotações das commodities
Desse modo ou Por isso. agrícolas, minerais e energéticas persistem em ascensão.

Openbook Apostilas 93
30. A expressão “A despeito da” pode, sem prejuízo para a e) “Os preços dos bens duráveis (fogões, geladeiras e
correção gramatical e as informações originais do perí- carros, por exemplo, que são impactados pela de-
odo, ser substituída por qualquer uma das seguintes: cisão dos juros) não estão aumentando”, disse ele
Apesar da, Embora haja, Não obstante a. a jornalistas. O ministro avaliou, entretanto, que o
impacto maior se dará nas operações de comércio
(Prefeitura de Vila Velha-ES) O restante corresponde à água exterior. Isso porque a decisão sobre juros tende a
salgada dos mares (97%) e ao gelo nos polos e no alto das trazer mais recursos para o Brasil “Isso porque a de-
montanhas. Administrar essa cota de água doce já desperta cisão sobre juros tende a trazer mais recursos para
preocupação. o Brasil”. (conclusão)
31. A oração “Administrar essa cota de água doce” exerce
função sintática de sujeito. (SGA-AC) A sentença determina, entre outras medidas, que
as penitenciárias somente acolham presos que residam em
Ele só descobre que um bem é fundamental quando dei- um raio de 200 km. Segundo o juiz, as medidas que tomou
xa de possuí-lo. Preso naquele porão, eu descobria que a são previstas pela Lei de Execução Penal. Sua sentença foi
liberdade mais importante que existia era a liberdade de ir muito elogiada. Contudo, o governo estadual anunciou que
e vir, a liberdade de movimento. Eu tinha todas as outras irá recorrer ao Tribunal de Justiça.
liberdades, preso no porão. 37. As orações subordinadas “que as penitenciárias somente
32. A oração “que um bem é fundamental” exerce a mesma acolham presos”, “que tomou” e “que irá recorrer ao
função sintática que “todas as outras liberdades”. Tribunal de Justiça” desempenham a função de com-
plemento do verbo.
33. No trecho “de que me adiantava isso”, o pronome “isso”
complementa a forma verbal “adiantava”. (SGA-AC) Sua sentença foi muito elogiada. Contudo, o gover-
no estadual anunciou que irá recorrer ao Tribunal de Justiça.
(Abin/Analista) A criação do Sistema Brasileiro de Inteligência 38. O emprego da conjunção “Contudo” estabelece uma
(Sisbin) e a consolidação da Agência Brasileira de Inteligência relação de causa e efeito entre as orações.
(Abin) permitem ao Estado brasileiro institucionalizar a ativi-
(SGA-AC) Falara com voz sincera, exaltando a beleza da pai-
dade de Inteligência, mediante uma ação coordenadora do
sagem e revelando que, se dependesse só dele, passaria o
fluxo de informações necessárias às decisões de governo, no
resto da vida ali, morreria na varanda, abraçado à visão do
que diz respeito ao aproveitamento de oportunidades, aos
rio e da floresta. Era isso o que mais queria, se Alícia estivesse
antagonismos e às ameaças, reais ou potenciais, relativos
ao seu lado.
aos mais altos interesses da sociedade e do país. 39. As orações “se dependesse só dele” e “se Alícia estivesse
34. O primeiro período sintático permaneceria gramatical- ao seu lado” estabelecem circunstância de condição em
mente correto e as informações originais estariam pre- relação às orações às quais se subordinam.
servadas com a substituição da palavra “mediante” por
qualquer uma das seguintes expressões: por meio de, (SGA-AC) Não parecia estar no iate, e sim em sua casa, em
por intermédio de, com, desencadeando, realizando, Manaus: sentado, pernas e pés juntos, tronco ereto, a cabeça
desenvolvendo, empreendendo, executando. oscilando, como se fizesse um não em câmera lenta.
40. A oração “como se fizesse um não em câmera lenta”
O dinheiro foi aplicado em um poderoso esquema para evitar expressa uma comparação estabelecida pelo narrador.
ataques terroristas, como ocorreu nos Jogos de Munique, em
1972, quando palestinos da organização Setembro Negro (SGA-AC) Eu esperava o fim da tarde com ansiedade.
invadiram a Vila Olímpica e mataram dois atletas israelenses. 41. A correção gramatical e o sentido do texto seriam manti-
35. A inserção de o que imediatamente antes de “ocorreu” dos se a preposição a fosse incluída após a forma verbal
prejudicaria a sintaxe do período e modificaria o sentido “esperava”: Eu esperava ao fim da tarde com ansiedade.
da informação original.
(DFTrans/Analista) Acho que se compreenderia melhor o
36. (TRT 1ª R/Analista)As conjunções destacadas nos trechos funcionamento da linguagem supondo que o sentido é um
a seguir estão associadas a uma determinada interpre- efeito do que dizemos, e não algo que existe em si, inde-
tação. Assinale a opção que apresenta trecho do texto pendentemente da enunciação, e que envelopamos em um
seguido de interpretação correta da conjunção desta- código também pronto.
cada. 42. O valor condicional da oração iniciada por “supondo”
a) A série de dados do Caged tem início em 1992. Con- permite sua substituição, no texto, por se supusermos,
tra os três primeiros meses de 2007, quando foram sem que sejam prejudicadas a coerência ou a correção
criadas 399 mil vagas (recorde anterior), segundo gramatical.
informações do MTE, o crescimento no número de
empregos formais criados foi de 38,7%. (proporcio- (MS/Agente) Para aumentar o volume de doações e trans-
nalidade) plantes de órgãos no país, o ministro da Saúde lançou a Cam-
b) “Esse primeiro trimestre, como dizem meus filhos, panha Nacional de Incentivo à Doação de Órgãos.
bombou”, afirmou o ministro do Trabalho a jornalis- 43. A primeira oração do texto estabelece com a segunda
Língua Portuguesa

tas. (comparação) uma relação de tempo.


c) “É um erro imaginar que há inflação no Brasil. ‘É um
erro imaginar que há inflação no Brasil’. (consequência) (MS/Agente) Acredito que todos possam fazer uma reflexão
d) “Os preços dos bens duráveis (fogões, geladeiras e diante disso: 28,6% das intoxicações por medicamentos ocor-
carros, por exemplo, que são impactados pela decisão ridas com 25 crianças são acidentais, portanto, poderiam ser
dos juros) não estão aumentando”, disse ele a jorna- evitadas, observa a coordenadora.
listas. O ministro avaliou, entretanto, que o impacto 44. O termo “portanto” estabelece uma relação adversativa
maior se dará nas operações de comércio exterior. entre as informações da oração que o precede e as da
(oposição) oração subsequente.

94 Openbook Apostilas
(Abin/Oficial de Inteligência) Há histórias, no plural; o mundo CONCORDÂNCIA VERBAL
tornou-se intensamente complexo e as respostas não são
diretas nem estáveis. Mesmo que não possamos olhar de • Sujeito composto com pessoas gramaticais diferentes.
um curso único para a história, os projetos humanos têm um Verbo no plural e na pessoa de número mais baixo.
assentamento inicial que já permite abrir o presente para a Carlos, eu e tu vencemos.
construção de futuros possíveis. Carlos e tu vencestes ou venceram.
45. A relação que a oração iniciada por “e as respostas” man-
tém com a anterior mostra que a função da conjunção • Sujeito composto posposto ao verbo. Verbo no plural ou
“e” corresponde à função de por isso. de acordo com o núcleo mais próximo.
Vencemos Carlos, eu e tu. Ou:
(Detran/Analista de Trânsito) Construções e usos de interesse Venceu Carlos, eu e tu.
particular desrespeitam sistematicamente os códigos de obra
e as leis de ocupação do solo. Invadem o espaço público, e • Sujeito composto de núcleos sinônimos (ou quase) ou em
o resultado é uma cidade de edificação monstruosa e hostil gradação. Verbo no plural ou conforme o núcleo próximo.
ao transeunte. É preciso, portanto, que o espírito da blitz na A alegria e o contentamento rejuvenescem. Ou:
avenida Paulista seja estendido para toda a cidade. A alegria e o contentamento rejuvenesce.
46. A palavra “portanto” estabelece relação de condição Os EUA, a América, o mundo lembraram ontem o Onze de
entre segmentos do texto. Setembro. Ou:
Os EUA, a América, o mundo lembrou ontem o Onze de
(Detran/Analista de Trânsito) Há, porém, outras mais graves,
Setembro.
que se instalam lentamente no organismo, como o aumento
da pressão arterial e a ocorrência de paradas cardíacas. Estas
• Núcleos no infinitivo, verbo no singular.
podem passar despercebidas, já que nem sempre apresen-
Obs.: artigo e contrários, verbo no plural.
tam uma relação tão clara e direta com o fator ambiental.
De imediato, existe o alerta: onde morar em metrópoles? Cantar e dançar relaxa.
47. A locução “já que” estabelece uma relação de compa- Obs.: O cantar e o dançar relaxam.
ração no período. Subir e descer cansam.

(Detran/Analista de Trânsito) Todavia, foi somente após a • Sujeito = mais de, verbo de acordo com o numeral.
Independência que começou a se manifestar explicitamente, Obs.: repetição ou reciprocidade, só plural.
no Brasil, a preocupação com o isolamento das regiões do Mais de um político se corrompeu.
país como um obstáculo ao desenvolvimento econômico. Mais de dois políticos se corromperam.
48. O termo “Todavia” estabelece uma relação de causa Obs.: Mais de um político, mais de um empresário se cor-
entre as ideias expressas no primeiro e no segundo pe- romperam. Mais de um político se cumprimentaram.
ríodos do texto.
• Sujeito coletivo, partitivo ou percentual, verbo concorda
(Detran/Analista de Trânsito) Observe o trecho: com o núcleo do sujeito ou com o adjunto.
linguagem. S.f. 1. o uso da palavra articulada ou escrita como Obs.: coletivo distante do verbo fica no singular ou no plural.
meio de expressão e de comunicação entre as pessoas. O bando assaltou a cidade (assaltar, no passado).
49. No texto do verbete de dicionário, o valor de comparação O bando de meliantes assaltou ou assaltaram a cidade.
da palavra “como” deixa subentender uma expressão A maior parte das pessoas acredita nisso. Ou:
mais complexa: assim como. A maior parte das pessoas acreditam nisso.
A maior parte acredita.
(Ibama/Analista) Preso em diversas ocasiões, só foi defini- Oitenta por cento da turma passaram ou passou.
tivamente absolvido em 1º de março de 1984, quatro anos Obs.: O povo, apesar de toda a insistência e ousadia, não
depois, portanto, de iniciadas as perseguições. De acordo conseguiu ou conseguiram evitar a catástrofe.
com a conselheira Sueli Bellato, embora o relatório não tenha
se aprofundado na questão, foi possível constatar que Chico • Sujeito = pronome pessoal preposicionado
Mendes também foi torturado enquanto estava sob custódia a) núcleo singular, verbo singular.
de policiais federais. Algum de nós errou. Qual de nós passou.
50. Os termos “portanto” e “enquanto” estabelecem idên- b) núcleo plural, verbo plural ou com o pronome pessoal.
ticas relações de sentido. Alguns de nós erraram ou erramos. Quais de nós
erraram ou erramos.
GABARITO
• Sujeito = nome próprio que só tem plural
1. E 14. E 27. E 40. C a) Não precedido de artigo, verbo no singular.
2. C 15. C 28. C 41. E Estados Unidos é uma potência. Emirados Árabes fica
3. E 16. C 29. E 42. E no Oriente Médio.
4. E 17. C 30. C 43. E b) precedido de artigo no plural, verbo no plural.
5. E 18. E 31. C 44. E Os Estados Unidos são uma potência. Os Emirados Ára-
Língua Portuguesa

6. C 19. C 32. C 45. C bes ficam no Oriente Médio.


7. E 20. E 33. E 46. E
• Parecer + outro verbo no infinitivo, só um deles varia.
8. C 21. C 34. C 47. E
Os alunos parecem gostar disso. Ou:
9. E 22. C 35. E 48. E
Os alunos parece gostarem disso.
10. C 23. C 36. d 49. E
11. E 24. E 37. E 50. E
• Pronome de tratamento, verbo na 3ª pessoa.
12. C 25. E 38. E
Vossas Excelências receberão o convite.
13. E 26. E 39. C Vossa Excelência receberá seu convite.

Openbook Apostilas 95
• Sujeito = que, verbo de acordo com o antecedente. EXERCÍCIOS
Fui eu que prometi.
Foste tu que prometeste. Regra Básica
Foram eles que prometeram.
O núcleo do sujeito conjuga o verbo.
• Sujeito = quem
a) verbo na 3ª pessoa singular; ou Dica:
Fui eu quem prometeu. (prometer, passado) Núcleo do sujeito começa sem preposição.
Foste tu quem prometeu. Foram eles quem prometeu.
b) verbo concorda com o antecedente. 1. (TRT 1ª R/Analista) Julgue os fragmentos de texto apre-
Fui eu quem prometi. Foste tu quem prometeste. Foram sentados nos itens a seguir quanto à concordância verbal.
eles quem prometeram. I – De acordo com o respectivo estatuto, a proteção
à criança e ao adolescente não constituem obrigação
• Dar, bater, soar exclusiva da família.
a) Se o sujeito for número de horas, concordam com nú- II – A legislação ambiental prevê que o uso de água para
mero. o consumo humano e para a irrigação de culturas de
Deu uma hora. Deram duas horas. subsistência são prioritários em situações de escassez.
Soaram dez horas no relógio. III – A administração não pode dispensar a realização
b) Se o sujeito não for número de horas. do EIA, mesmo que o empreendedor se comprometa
O relógio deu duas horas. Soou dez horas no relógio. expressamente a recuperar os danos ambientais que,
porventura, venham a causar.
• Faltar, restar, sobrar, bastar, concordam com seu sujeito IV – A ausência dos elementos e requisitos a que se
normalmente. referem o CPC pode ser suprida de ofício pelo juiz, em
Obs.: sujeito oracional, verbo no singular. qualquer tempo e grau de jurisdição, enquanto não for
Faltam cinco minutos para o fim do jogo. proferida a sentença de mérito.
Restavam apenas algumas pessoas.
Sobraram dez reais. A quantidade de itens certos é igual a
Basta uma pessoa. a) 0.
Obs.: Ainda falta depositar dez reais. (note o sujeito ora- b) 1.
cional) c) 2
d) 3.
• Com os verbos mandar, deixar, fazer, ver, ouvir e sentir e) 4.
a) seguidos de pronome oblíquo, o infinitivo não se fle-
xiona. Obs.: 1
Mandei-os sair da sala. Ele deixou-as falar. O professor Depois que o primeiro núcleo do sujeito já está escrito,
o segundo que houver deve estar escrito ou representado
viu-os assinar o papel. Eu os senti bater à porta.
por um pronome.
b) seguidos de substantivo, o infinitivo pode se flexionar
O uso de água e o de combustível são prioritários. (dois
ou não.
núcleos)
Mandei os rapazes sair ou saírem. Ele deixou as amigas
Veja a repetição do “o”. O segundo é pronome. Sem
falar ou falarem. O professor viu os diretores assinar ou
preposição. É núcleo.
assinarem.
Mas em: O uso de água e de combustível é prioritário.
c) seguidos de infinitivo reflexivo, este pode se flexionar (um só núcleo = uso)
ou não.
Cuidado: Na locução verbal, o infinitivo é impessoal Obs.: 2
(sem variação). O pronome relativo pode exercer a função de sujeito,
Vi-os agredirem-se no comício. Ou: Vi-os agredir-se no de objeto, de complemento etc., sempre dentro da oração
comício. Ele prefere vê-las abraçarem-se ou abraçar-se. adjetiva.
Cuidado: Os números da fome podem ficar piores. (fi-
carem: errado) Cuidado!
O pronome relativo refere-se a um termo antes, mas
• Concordância especial do verbo ser. esse termo faz parte de outra oração. O termo referido pre-
a) se sujeito indica coisa no singular, e predicativo indica enche, supre apenas o sentido. Esse termo referido não é o
coisa no plural, ser prefere o plural, mas admite o sin- sujeito, o objeto etc. da oração subordinada adjetiva.
gular. A casa / que comprei / era velha.
Tua vida são essas ilusões. (presente). Ou: Tua vida é
essas ilusões. Oração principal: A casa era velha
b) se sujeito ou predicativo for pessoa, ser conforme a Sujeito = A casa
Língua Portuguesa

pessoa. Oração subordinada adjetiva: que comprei


Você é suas decisões. Seu orgulho eram os velhinhos. Sujeito = eu
O motorista sou eu. Ou: Eu sou o motorista. Objeto direto (sintático) = que
c) data, hora e distância, verbo conforme o numeral.
É primeiro de junho. (presente) São ou é quinze de maio. Atenção:
É uma hora. São vinte para as duas. É uma légua. São Somente o sentido é que nos leva a ver que: comprei a casa.
três léguas. Porém, o pronome relativo está no lugar da casa. O pronome
d) indicando quantidade pura, verbo na 3ª pessoa singular. relativo é o objeto sintático.
Quinze quilos é pouco. Três quilômetros é suficiente. Podemos chamar de objeto semântico o termo “A casa”,

96 Openbook Apostilas
mas apenas pelo sentido, jamais pela análise sintática. A aná- 12. ( ) Na sala, existiam vinte pessoas.
lise sintática deve ser feita dentro de cada oração. 13. ( ) Na sala, existia vinte pessoas.
14. ( ) No carnaval, houve menos acidentes.
(TCU) “Se virmos o fenômeno da globalização sob esta luz, 15. ( ) No carnaval, houveram menos acidentes.
creio que não poderemos escapar da conclusão de que o pro- 16. ( ) No carnaval, ocorreram menos acidentes.
cesso é totalmente coerente com as premissas da ideologia 17. ( ) No carnaval, ocorreu menos acidentes.
econômica que têm se afirmado como a forma dominante 18. ( ) Haverá dois meses que não o vejo.
de representação do mundo ao longo dos últimos 100 anos, 19. ( ) Haverão dois meses que não o vejo.
aproximadamente.” 20. ( ) Jamais pode haver incoerências no texto.
2. A forma verbal “têm” em “têm se afirmado” estabele- 21. ( ) Jamais podem haver incoerências no texto.
ce relação de concordância com o termo antecedente 22. ( ) Jamais podem existir incoerências no texto.
“ideologia”. 23. ( ) Jamais pode existir incoerências no texto.
3. Qual é o sujeito sintático de “têm”? 24. ( ) Haviam sido eleitos novos presidentes.
4. Qual é o sujeito semântico de “têm”? 25. ( ) Havia sido eleito novos presidentes.
5. Qual é a função sintática de “as premissas da ideologia”?
Julgue os fragmentos de texto apresentados nos itens a se-
(TCU) “Dentro de um mês tinha comigo vinte aranhas; no guir quanto à concordância verbal.
mês seguinte cinquenta e cinco; em março de 1877 contava
quatrocentas e noventa.” 26. (TRT 9ª R) Na redação da peça exordial, deve haver indi-
6. O verbo ter está empregado no sentido de haver, existir, cações precisas quanto à identificação das partes bem
por isso mantém-se no singular, sem concordar com o como do representante daquele que figurará no polo
sujeito da oração – “vinte aranhas”. ativo da eventual ação.

Obs.: Verbo sem sujeito chama-se verbo impessoal. (TCU) “O melhor é afrouxar a rédea à pena, e ela que vá
A regra é ficar na 3ª pessoa do singular. Ver verbo haver. andando, até achar entrada. Há de haver alguma”.
27. Na expressão Há de haver verifica-se o emprego impes-
“Novos instrumentos vêm ocupar o lugar dos instrumentos soal do verbo haver na forma “Há”.
velhos e passam a ser utilizados para fazer algo que nunca
tinha sido imaginado antes.” (DFTrans) “As estradas da Grã-Bretanha tinham sido cons-
7. É gramaticalmente correta e coerente com a argumen- truídas pelos romanos, e os sulcos foram escavados por car-
tação do texto a seguinte reescrita para o período final: ruagens romanas”.
Cada novo instrumento que vêm ocupar o lugar dos ins- 28. Devido ao valor de mais-que-perfeito das duas formas
trumentos antigos passam a ser utilizados para fazer algo verbais, preservam-se a coerência textual e a correção
que ainda não fôra imaginado. gramatical ao se substituir “tinham sido” por havia sido.

“Agora, ao vê-lo assim, suado e nervoso, mudando de lugar (PMDF) “Jamais houve tanta liberdade e o crescimento das
o tempo todo e murmurando palavras que me escapavam, democracias foi extraordinário”.
temia que me abordasse para conversar sobre o filho.” 29. A substituição do verbo impessoal haver, na sua forma
8. A forma verbal “temia” concorda com o sujeito de tercei- flexionada “houve”, pelo verbo pessoal existir exige
ra pessoa do singular ele, que foi omitido pelo narrador. que se faça a concordância verbal com “liberdade” e
“crescimento”, de modo que, fazendo-se a substituição,
9. A substituição de “teria” por teriam não altera o sentido deve-se escrever existiram.
nem a adequação gramatical do trecho “o valor de suas
casas, que serviam de garantia para os empréstimos, (Abin) “Melhorar o mecanismo de solução de controvérsias
teria de continuar subindo indefinidamente”. é um dos requisitos para o fortalecimento do Mercosul, vide
as últimas divergências entre Brasil e Argentina”.
Regras Especiais 30. Mantém-se a obediência à norma culta escrita ao se
substituir a palavra “vide” por haja visto, uma vez que
Verbo haver com sujeito. as relações sintáticas permanecem sem alteração.
Eles haviam chegado.
Outros Verbos Impessoais
Verbo haver sem sujeito tem o sentido de existir, acon-
tecer ou tempo decorrido. Verbo fazer indicando tempo ou clima.

Regra: 31. (Metro-DF) Assinale a opção correspondente ao período


Verbo sem sujeito (impessoal) fica no singular (3ª pessoa). gramaticalmente correto.
Aqui havia uma escola. → Aqui existia uma escola. a) Fazem dez anos que eles iniciaram as suas pesquisas,
uma escola = objeto direto mas até agora eles não tem nenhum resultado con-
uma escola = sujeito clusivo.
Língua Portuguesa

b) Faz dez anos que eles iniciaram suas pesquisas. En-


Aqui havia duas escolas. → Aqui existiam duas escolas. tretanto, até agora, eles não têm nenhum resultado
Cuidado: Aqui haviam duas escolas. (errado) conclusivo.
c) Fazem dez anos que eles iniciaram as suas pesquisas,
Obs.: O verbo haver no sentido de existir é invariável. mas, até agora eles não têm nenhum resultado con-
clusivo.
Certo ou errado? d) Faz dez anos que eles iniciaram suas pesquisas en-
10. ( ) Na sala, havia vinte pessoas. tretanto, até agora, eles não tem nenhum resultado
11. ( ) Na sala, haviam vinte pessoas. conclusivo.

Openbook Apostilas 97
Sujeito com Núcleo Coletivo, Partitivo ou Percentual Sujeito Composto Escrito após o Verbo

Regra: Regra:
O núcleo conjuga o verbo, ou o adjunto adnominal Os núcleos conjugam o verbo no plural, ou o núcleo
conjuga o verbo. próximo conjuga o verbo.

(Ibram-DF) “Um caso de amor e ódio. A maioria dos estudio- “Palavra puxa palavra, uma ideia traz outra, e assim se faz
sos evita os clichês como o diabo foge da cruz, mas as frases um livro, um governo, ou uma revolução”.
39. No trecho “assim se faz um livro”, a expressão “um livro”
feitas dão o tom do uso da língua.”
exerce a função de sujeito.
32. No segundo período do texto, a forma verbal “evita”, em-
pregada no singular, poderia ser substituída pela forma Atenção:
flexionada no plural, evitam, caso em que concordaria Com a palavra se, o verbo de ação não tem objeto direto.
com “estudiosos”, sem que houvesse prejuízo gramatical Quando temos a palavra se, o objeto direto vira sujeito pacien-
para o período. te. Então, chamamos a palavra se de partícula apassivadora.

(MPU) “A maioria dos países prefere a paz.” “Acho que se compreenderia melhor o funcionamento da lin-
33. Está de acordo com a norma gramatical escrever “pre- guagem supondo que o sentido é um efeito do que dizemos,
ferem”, em lugar de “prefere”. e não algo que existe em si, independentemente da enun-
ciação, e que envelopamos em um código também pronto.
(PF) “Hoje, 13% da população não sabe ler.” Poderiam mudar muitas perspectivas: se o sentido nunca
34. A forma verbal “sabe”, no texto, está flexionada para é prévio, empregar ou não um estrangeirismo teria menos a
concordar com o núcleo do sujeito. ver com a existência ou não de uma palavra equivalente na
língua do falante. O que importa é o efeito que palavras es-
trangeiras produzem. Pode-se dar a entender que se viajou,
(PCDF) “Uma equipe de policiais está junta por dez anos e
que se conhecem línguas. Uma palavra estrangeira em uma
aprenderam a investigar.”
placa ou em uma propaganda pode indicar desejo de ver-se
35. Está adequada à norma culta a redação do texto. associado a outra cultura e a outro país, por seu prestígio.”
40. Para se manter o paralelismo com o primeiro e o último
(TCU) “Os meus pupilos não são os solários de Campanela períodos sintáticos do texto, o segundo período também
ou os utopistas de Morus; formam um povo recente, que admitiria uma construção sintática de sujeito indeter-
não pode trepar de um salto ao cume das nações seculares.” minado, podendo ser alterado para Poderia se mudar
36. A forma verbal “formam” está flexionada na 3ª pessoa muitas perspectivas.
do plural para concordar com a ideia de coletividade
que a palavra “povo” expressa. Atenção:
Muito cuidado com as duas opções de análise! Em lo-
Cuidado com a exceção! cução verbal com a palavra SE na função de partícula apas-
Quando o núcleo coletivo, partitivo ou percentual está sivadora, podemos analisar como sujeito simples nominal,
após o verbo, somente o núcleo conjuga o verbo. (regra: o núcleo conjuga o verbo) ou como sujeito oracional,
(regra: o verbo fica no singular).
(Iema-ES) “Quando se constrói um transgênico, os objetivos
41. A flexão de plural em lugar de “Pode-se” respeita as
são previsíveis, bem como seus benefícios. Entretanto, os
regras de concordância com o sujeito oracional “dar a
riscos de efeitos indesejáveis ao meio ambiente e à saúde
entender”.
humana são imprevisíveis, a não ser que se gere também
uma série de estudos para avaliar suas reais consequências.” Regra:
37. Seria mantida a correção gramatical do período caso a Sujeito oracional pede verbo no singular.
forma verbal “gere” estivesse flexionada no plural, em Cantar e dançar relaxa. (certo) => O sujeito de “relaxa”
concordância com a palavra “estudos”. é oração: cantar e dançar.
Cantar e dançar relaxam (errado).
Sujeito com Núcleos Sinônimos ou Quase
Atenção:
Regra: Caso os verbos do sujeito oracional expressem sentidos
Os núcleos conjugam o verbo no plural, ou o núcleo opostos, teremos plural.
próximo conjuga o verbo. Subir e descer cansam. (certo) => Note os opostos: subir
A paz e a tranquilidade descansam a alma. e descer.
A paz e a tranquilidade descansa a alma. Subir e descer cansa. (errado)

Verbo no Infinitivo
(Abin) “A criação do Sistema Brasileiro de Inteligência (Sisbin)
Língua Portuguesa

e a consolidação da Agência Brasileira de Inteligência (Abin)


Regra 1:
permitem ao Estado brasileiro institucionalizar a atividade de Como verbo principal, não pode ser flexionado.
Inteligência.” Temos de estudarmos. (errado)
38. Como o sujeito do primeiro período sintático é formado Temos de estudar. (certo)
por duas nominalizações articuladas entre si pelo sentido
– “criação” e “consolidação” –, estaria também gramati- Observe:
calmente correta a concordância com o verbo permitir Os países precisam investir em novas tecnologias e oti-
no singular – permite. mizarem os processos burocráticos. (errado)

98 Openbook Apostilas
Os países precisam investir em novas tecnologias e oti- Regra:
mizar os processos burocráticos. (certo) A flexão volta a ser opcional, mesmo que o sujeito
do infinitivo seja representado por pronome.
Note: Mandei-os abraçar-se. (certo)
Subentendemos “precisam” antes de “otimizar”. Então, Mandei-os abraçarem-se. (certo também)
“otimizar” é verbo principal. Forma locução verbal. Note que o sentido de “abraçar” é fazer ação um ao
outro (recíproca).
Dica:
O verbo principal é o último da locução verbal. O pri- (MI) “A primeira ideia do Pádua, quando lhe saiu o prêmio,
meiro é auxiliar. Conforme o padrão da Língua Portuguesa, foi comprar um cavalo do Cabo, um adereço de brilhantes
só o verbo auxiliar se flexiona. para a mulher, uma sepultura perpétua de família, mandar
vir da Europa alguns pássaros etc.”
Regra 2: 45. Em “mandar vir da Europa alguns pássaros”, a forma
Como verbo que complementa algum termo, o infinitivo verbal “vir” poderia concordar com a expressão nominal
pode se flexionar ou não. É facultativo. Claro que precisa se “alguns pássaros”, que é o sujeito desse verbo.
referir, pelo menos, a um sujeito semântico no plural.
Regra 4:
(TRT 9ª R) “E a crise norte-americana, que levou investidores Infinitivo após o verbo parecer.
a apostar no aumento dos preços de alimentos em fundos
de hedge.” Regra:
42. No trecho “que levou investidores a apostar no aumento Flexionamos o verbo parecer, mas não o verbo no infini-
dos preços de alimentos em fundos de hedge”, a substi- tivo; ou deixamos o verbo parecer no singular e flexionamos
tuição de “apostar” por apostarem manteria a correção o verbo no infinitivo.
gramatical do texto. Os meninos parecem brincar. (certo)
Os meninos parece brincarem. (certo também)
(Iema-ES) “O Ibama tem capacitado seus quadros para au-
xiliar as comunidades a elaborarem o planejamento do uso Atenção:
sustentável de áreas de proteção ambiental, florestas nacio- Somente quando flexionamos apenas o verbo auxiliar é
nais e reservas extrativistas.” que se pode considerar de fato uma locução verbal.
43. Se a forma verbal “elaborarem” estivesse no singular Os meninos parecem brincar.
elaborar, a correção gramatical seria preservada.
Portanto, não temos locução verbal em
(HFA) “Essa fartura de tal modo contrasta com o padrão de Os meninos parece brincarem.
vida médio, que obriga aquelas pessoas a se protegerem Trata-se de uma figura de linguagem de ordem sintáti-
do assédio, do assalto e da inveja, sob forte esquema de ca que consiste em antepor a uma oração parte da oração
segurança.” seguinte (prolepse).
44. Se o infinitivo em “se protegerem” fosse empregado, Traduzindo: a oração subordinada substantiva subjetiva
alternativamente, na forma não flexionada, o texto man- tem seu sujeito escrito antes do verbo da oração principal,
teria a correção gramatical e a coerência textual. mas o predicado da oração subordinada substantiva subjetiva
permanece após o verbo da principal.
Regra 3:
Muita atenção com os verbos causativos mandar, fazer, Os meninos parece brincarem. É o mesmo que, na ordem
deixar e semelhantes e os sensitivos ver, ouvir, notar, per- direta: Os meninos brincarem parece.
ceber, sentir, observar e semelhantes. Oração principal: parece.
Esses verbos não são auxiliares do infinitivo, ou seja, não Oração subordinada substantiva subjetiva: Os meninos
formam locução verbal como verbo principal do infinitivo. brincarem.
É simples: basta ver que o sujeito de um, geralmente,
não é o mesmo do outro. E verbos que formam locução Regra especial do verbo ser.
verbal devem possuir o mesmo sujeito sintático.
Sujeito “Ser” varia Predicativo
Vejamos as regras em três situações diferentes:
a) O sujeito do infinitivo é representado por substantivo.
Regra: Coisa Singular Singular ou Plural Coisa Plural
A flexão do infinitivo é opcional. Obs.: o plural é preferível.
Mandei os meninos entrar. (certo) Seu orgulho são os livros.
Mandei os meninos entrarem. (certo também) Seu orgulho é os livros.

b) O sujeito do infinitivo é representado por pronome. Cuidado!


Língua Portuguesa

Regra: Se o plural vier primeiro, somente verbo no plural.


A flexão do infinitivo é proibida. Os livros são seu orgulho.
Mandei-os entrar. (certo)
Coisa Com a Pessoa Pessoa
Mandei-os entrarem. (errado)
Obs.: a ordem não importa.
Observação: Seu orgulho eram os filhos.
Note o pronome “OS” no lugar de “os meninos”. Os filhos eram seu orgulho.
As alegrias da casa será Gabriela.
c) O sentido do infinitivo é de reciprocidade. Gabriela será as alegrias da casa.

Openbook Apostilas 99
Sem Sujeito Com o Numeral Hora Substantivos + Adjetivo
Distância Adjetivo concorda com substantivo mais próximo ou com
Data todos. No plural, o masculino prevalece sobre o feminino.
Acordo e relação diplomática / diplomáticos
São nove horas.
Proposta e relação diplomática / diplomáticas
Eram vinte para a uma da tarde.
Relação e acordos diplomáticos
É uma e quarenta da manhã.
Até lá são duzentos quilômetros.
Adjetivo + Substantivo
Adjetivo concorda com substantivo mais próximo.
Obs.: nas datas, o núcleo do predicativo conjuga o verbo.
Novo acordo e relação, nova relação e acordo.
Hoje são 19.
Amanhã serão 20.
Substantivo + Adjetivos
É dia 20.
Artigo e substantivo no plural + adjetivos no singular.
(núcleo = dia)
Artigo e substantivo no sing. + adjetivos no sing. (2º com
Quantidade pura Singular Nada artigo)
Pouco As embaixadas brasileira e argentina.
Bastante... A embaixada brasileira e a argentina.
Dois litros é bastante. O mercado europeu e o americano.
Vinte milhões de reais é muito. Os mercados europeu e americano.
Três quilômetros será suficiente.
Quinze quilos é pouco. Ordinais + Substantivo
Ordinais com artigo => substantivo no singular ou no plural.
(PMDF) “Antes da Revolução Industrial, um operário só pos- Só o 1º ordinal com artigo => substantivo no plural.
suía a roupa do corpo. Sua maior riqueza eram os pregos O penúltimo e o último discurso / discursos
de sua casa.” O penúltimo e último discursos.
46. A flexão de plural na forma verbal “eram” deve-se à
concordância com “os pregos”; mas as regras gramaticais É bom, é necessário, é proibido
permitiriam usar também a flexão de singular, era. Não variam com sujeito em sentido vago ou geral (sem
artigo definido, pronome...)
Gabarito É necessário aprovação rápida do acordo.
É necessária a aprovação rápida do acordo.
1. a 20. C
2. E 21. E Um e outro, nem um nem outro
3. que, pronome relativo 22. C Substantivo seguinte no singular, adjetivo no plural.
com função de sujeito 23. E Um e outro memorando foi encaminhado.
sintático. 24. C O governo não aprovou nem uma nem outra medida
4. As premissas da ideolo- 25. E provisória.
gia econômica, referen- 26. C
te do pronome relativo. 27. C Particípio
5. Complemento nominal 28. E Só não varia nos tempos compostos (com ter ou haver)
do adjetivo “coerente”. 29. E – voz ativa.
6. E 30. E O Ministério havia obtido informações.
7. E 31. b Informações foram obtidas. Terminada a conferência,
8. E 32. C procedeu-se ao debate.
9. E 33. C
7. C 34. E De + Adjetivo
8. C 35. E Adjetivo não varia ou concorda com termo a que se refere.
9. E 36. E Essa decisão tem pouco de sábio / de sábia.
10. C 37. E
11. E 38. E Meio, bastante, barato e caro
12. C 39. C Variam quando adjetivos (modificam substantivo).
13. E 40. E Não variam quando advérbios (modificam verbo ou ad-
14. C 41. E jetivo).
15. E 42. C Bastantes índios invadiram o Ministério. Reivindicações
16. C 43. C de meias palavras, porém protestos meio confusos.
17. E 44. C Atendê-las custa caro, pois não são baratos os prejuízos.
18. C 45. C
19. E 46. C Possível
Língua Portuguesa

O mais, o menos, o maior... + possível.


Os mais, os menos, os maiores... + possíveis.
CONCORDÂNCIA NOMINAL Quanto possível não varia.
Haverá reuniões o mais curtas possível.
Regra Geral Haverá reuniões as mais curtas possíveis.
As reuniões serão tão curtas quanto possível.
Adjetivo concorda com substantivo
Acordo diplomático, relação diplomática, acordos diplo- Só
máticos, relações diplomáticas. Varia = sozinho.

100 Openbook Apostilas


Não varia = somente. Julgue os itens seguintes.
Não estamos sós na sala. “Ainda estava sob a impressão da cena meio cômica entre
Só nós estamos na sala. sua mãe e seu marido”.
21. O vocábulo meio é um advérbio, por isso não concorda
Variam com cômica.
• Mesmo, próprio
Os membros mesmos / próprios ignoram a solução. “Existe toda uma hierarquia de funcionários e autoridades re-
• mesmo = realmente ou até: não varia presentados pelo superintendente da usina, o diretor-geral,
A solução será mesmo essa. o presidente da corporação, a junta executiva do conselho
Mesmo os membros criticaram. de diretoria e o próprio conselho de diretoria.”
• extra 22. Com relação à norma gramatical de concordância, o
As horas extras serão pagas. autor poderia ter usado, sem incorrer em erro, a forma
• quite funcionários e autoridades representadas.
Os servidores estão quites com suas obrigações.
• nenhum “Não podia tirar os olhos daquela criatura de quatorze anos,
Não entregaremos propostas nenhumas. alta, forte e cheia, apertada em um vestido de chita, meio
• obrigado desbotado.”
– Obrigada, disse a secretária. 23. No texto lido seria gramaticalmente correta a construção
• anexo, incluso apertada em uma roupa de chita, meia desbotada.
As planilhas estão anexas / inclusas.
Em anexo não varia (Iades) “Oitenta e cinco por cento dos casos estudados foram
As planilhas estão em anexo. muito bem-sucedidos”.
• todo 24. O verbo ser, conjugado como “foram”, pode ser empre-
As regras todas foram estabelecidas. gado também no singular.
Não variam (Iades) “O fundamental é não morrer de fome e ver supridas
• alerta certas necessidades básicas”.
Os vigias do prédio estão alerta. 25. O termo “supridas” poderia ser usado no masculino
• menos
singular, sem prejuízo gramatical.
Essas eram nações menos desenvolvidas.
• haja vista
(Iades) “Essa é uma questão delicada, daí a importância que
Haja vista as negociações, os americanos não cederão.
se tenha clareza sobre ela, pois, quando se trabalha com a
• em via de
Os europeus estão em via de superar os americanos. política de assistência social nos espaços”,
• em mão 26. O verbo “trabalha” poderia ser usado no plural, sem
Entregue em mão os convites. prejuízo gramatical.
• a olhos vistos
A reforma agrária cresce a olhos vistos. (Funiversa/Terracap) “São emissoras transmitidas de qual-
• de maneira que, de modo que, de forma que quer país que passe pela nossa mente – e alguns outros de
Os ouvintes silenciaram, de maneira que estão do nosso cuja existência sequer desconfiávamos.”
lado. 27. A forma verbal “passe”, se usada no plural, provocaria
• cor com nome proveniente de objeto mudança inaceitável de sentido, uma vez que remeteria
Papéis rosa, tecidos abóbora. Carros vinho. a emissoras, e não mais a país.

Exercícios (Funiversa/Terracap) “Já existem vários portais ativos e em


crescimento que disponibilizam para o internauta canais de
Julgue os itens seguintes quanto à concordância nominal. televisão. O wwitv, por exemplo, oferece atualmente nada
1. É proibida entrada de pessoas não autorizadas. menos de 1.827 estações on-line (número de 4 de dezembro,
2. Fica vedada visita às segundas-feiras. crescendo à razão de duas por dia). São emissoras transmiti-
3. Os consumidores não somos nenhuns bobocas. das de qualquer país que passe pela nossa mente – e alguns
4. Traga cervejas o mais geladas possível. outros de cuja existência sequer desconfiávamos.”
5. Houve menas gente no comício hoje. 28. A forma verbal “São” é usada no plural porque concorda
6. Vai inclusa à relação o recibo dos depósitos. com o sujeito implícito duas por dia.
7. Era deserta a vila, a casa, o campo.
8. É necessária muita fé. (Funiversa/Terracap) “Em meio à burocracia oficial, o rock
9. Em sua juventude, escreveu bastantes poemas. ocupou o espaço urbano, os parques, as superquadras de
10. Ele usava uma calça meia desbotada. Lucio Costa, cresceu e apareceu.”
11. A Marinha e o Exército brasileiro participaram do desfile. 29. Os verbos “cresceu” e “apareceu” deveriam vir flexio-
12. A Marinha e o Exército brasileiros participaram do desfile. nados no plural para concordar com seus referentes, os
13. Remeto-lhe incluso uma fotocópia do certificado. parques e as superquadras.
14. O garoto queria ficar a só.
Língua Portuguesa

15. Os Galhofeiros é um ótimo filme dos Irmãos Marx. Gabarito


16. Descontado o imposto, restou apenas R$10.000,00.
17. Muito obrigada – disse-me ela – eu mesma resolverei o 1. E 7. C 13. E 19. E 25. E
problema: vou comprar trezentos gramas de presunto. 2. C 8. E 14. E 20. E 26. E
18. Necessitam-se de leis mais rigorosas para controlar os 3. C 9. C 15. C 21. C 27. E
abusos dos motoristas inescrupulosos. 4. C 10. E 16. E 22. C 28. E
19. Já faziam duas semanas que a reunião estava marcada,
5. E 11. C 17. C 23. E 29. E
mas os diretores não compareciam para concretizá-la.
6. E 12. C 18. E 24. E
20. Senhor diretor, já estamos quite com a tesouraria.

Openbook Apostilas 101


REGÊNCIA NOMINAL E VERBAL 15. O plano visa ao combate da inflação.
16. O plano visa combater a inflação.
Observe: 17. O plano visa a combater a inflação.
18. O policial visou o sequestrador e atirou.
19. O policial visou ao sequestrador e atirou.
Todos leram o relatório. 20. O combate que o plano visa exige rigor.
Todos se referiram ao rela- Verbo + objeto 21. O combate a que o plano visa exige rigor.
Regência
tório. 22. O combate ao qual o plano visa exige rigor.
verbal
Todos chegaram ao colégio. Verbo + adjunto 23. O combate a quem o plano visa exige rigor.
adverbial 24. O sequestrador que o policial visou fugiu.
Todos fizeram referência ao 25. O sequestrador a que o policial visou fugiu.
26. O sequestrador a quem o policial visou fugiu.
relatório. Nome +
Regência Obs.: o pronome relativo “quem” sempre é preposicio-
O voto foi favorável ao re- complemento nado, quando seu papel é complemento.
nominal
latório. nominal 27. O sequestrador ao qual o policial visou fugiu.

Problemas estudados pela regência: Verbo Prep. Complemento Sentido


1) Diferença entre o uso formal e o uso informal: Chegamos implicar algo = acarretar
em São Paulo. (informal) x Chegamos a São Paulo. (formal) implicar com alguém = embirrar
2) Diferença de sentido com diferentes regências: Assis-
timos ao filme. (sentido de “ver”) x Assistimos os doentes. Julgue os itens.
(sentido de “ajudar”) 28. A crise implicou em desemprego.
29. A crise implicou desemprego.
Atenção! 30. Ele implica com a sogra.
Os verbos que serão estudados aqui exigem cuidado, 31. Foi grande o desemprego em que a crise implicou.
porque podem receber diferentes tipos de complemen- 32. Foi grande o desemprego que a crise implicou.
to e mudar de sentido. CUIDADO também para notar 33. O estudo implica vitória.
que pode existe uma forma culta (correta) e uma forma 34. O estudo implica na vitória.
coloquial (incorreta). E as provas podem pedir que o can-
didato saiba a diferença. Verbo Prep. Complemento
Verbos Importantes: obedecer a algo/alguém
assistir, avisar, informar, comunicar, visar, aspirar, custar, cha-
mar, implicar, lembrar, esquecer, obedecer, constar, atender, Julgue os itens.
proceder. 35. Os motoristas obedecem o código de trânsito.
36. Os motoristas obedecem ao código de trânsito.
Para as provas de diversas bancas, é importante estudar 37. Eles estudaram o código e o obedecem.
e saber a maneira correta de completar esses verbos. 38. Eles estudaram o código e lhe obedecem.
39. Eles estudaram o código e obedecem a ele.
40. O código que eles obedecem é rigoroso.
Verbo Prep. Complemento Sentido 41. O código a que eles obedecem é rigoroso.
Assistir a algo = ver 42. Os funcionários obedecem o chefe.
Assistir (a) alguém = ajudar 43. Os funcionários obedecem ao chefe.
44. Eles ouvem o chefe e o obedecem.
Obs.: Entre parênteses (a) quando for elemento facultativo. 45. Eles ouvem o chefe e lhe obedecem.
46. Eles ouvem o chefe e obedecem a ele.
Julgue os itens a seguir. 47. O chefe que eles obedecem é rigoroso.
1. Ontem, assistimos ao jogo do Vasco. 48. O chefe a que eles obedecem é rigoroso.
2. Ontem, assistimos o jogo do Vasco. 49. O chefe a quem eles obedecem é rigoroso.
3. O bombeiro assistiu o acidentado.
4. O bombeiro assistiu ao acidentado.
avisar algo a alguém
5. Foi bom o jogo que assistimos.
6. Foi bom o jogo a que assistimos. informar alguém de / algo
7. Foi bom o jogo ao qual assistimos. comunicar sobre
8. Foi bom o jogo o qual assistimos.
9. O acidentado que o bombeiro assistiu melhorou. Julgue os itens.
10. O acidentado a que o bombeiro assistiu melhorou. 50. Avise o prazo aos estudantes.
11. O acidentado a quem o bombeiro assistiu melhorou. 51. Avise os estudantes sobre o prazo.
12. O acidentado ao qual o bombeiro assistiu melhorou. 52. Avise do prazo os estudantes.
13. O acidentado o qual o bombeiro assistiu melhorou. 53. Avise aos estudantes o prazo.
Língua Portuguesa

54. Avise aos estudantes sobre o prazo.


55. Avise-lhes o prazo.
Verbo Prep. Complemento Sentido 56. Avise-lhes do prazo.
visar a algo = almejar 57. Avise-os do prazo.
visar (a) verbo = almejar 58. Avise-os o prazo.
visar algo/alguém = mirar 59. Avise-o a eles.
60. O prazo que lhes avisei expirou.
Julgue os itens a seguir. 61. O prazo de que lhes avisei expirou.
14. O plano visa o combate da inflação. 62. O prazo de que os avisei expirou.

102 Openbook Apostilas


63. O prazo que os avisei expirou. 91. Atendi o telefonema.
64. Avisamos-lhe que é feriado. 92. Atendi ao telefonema.
65. Avisamos-lhe de que é feriado. 93. Vi o cliente e o atendi.
66. Avisamo-lo que é feriado. 94. Vi o cliente e lhe atendi.
67. Avisamo-lo de que é feriado.
Verbo Prep. Complemento Sentido
Verbo Prep. Complemento Sentido proceder a algo = realizar, fazer
aspirar a algo = almejar proceder = ter fundamento
aspirar algo = respirar, sorver proceder de lugar = ser originário de
Julgue os itens. proceder = agir, comportar-se
68. Estava no centro de São Paulo. Ali, aspirava o ar puro
do campo. Julgue os itens seguintes.
69. Estava no centro de São Paulo. Ali, aspirava ao ar puro 95. O delegado procedeu ao inquérito.
do campo. 96. O delegado procedeu o inquérito.
70. Estava na fazenda. Ali, aspirava o ar puro do campo. 97. Os argumentos do advogado procedem.
71. Estava na fazenda. Ali, aspirava ao ar puro do campo. 98. O delegado procede de Brasília.
  99. O delegado procedeu com firmeza.
Verbo Prep. Complemento Sentido  
chamar alguém = convidar, invocar Verbo Prep. Complemento Sentido
chamar (a) alguém = qualificar, atribuir constar de partes = ser formado de
característica partes
constar em um todo = estar dentro de um
Julgue os itens. todo
72. Chamaram o delegado para o evento. constar = estar presente
73. Chamaram ao delegado para o evento.
74. Chamaram o delegado de corajoso. Julgue os itens.
75. Chamaram ao delegado de corajoso. 100. O nome do candidato constava na lista de aprovados.
76. Chamaram corajoso o delegado. 101. O nome do candidato constava da lista de aprovados.
77. Chamaram corajoso ao delegado.
102. O relatório consta de dez páginas.
78. Chamaram-lhe corajoso.
103. O relatório consta com dez páginas.
79. Chamaram-lhe de corajoso.
80. Chamaram-no de corajoso. 104. Tais informações constam.
81. Chamaram-no corajoso. 105. Consta uma multa.
   
Verbo Prep. Complemento Verbo Prep. Complemento Sentido
esqueci algo ou alguém custar adverbial = valor
esqueci-me de algo ou alguém Julgue os itens.
esqueci-me (de) algo ou alguém 106. O carro custa R$20.000,00.
Aatenção! O sentido não pode ser “demorar”:
Lembre-se: entre parênteses (de), preposição facultativa. 107. O desfile custou a terminar.
Cuidado! O sujeito não pode ser pessoa.
Julgue os itens. 108. O pai custou a acreditar no filho.
82. Esqueci dos eventos. Importante! O sentido adequado é algo (sujeito) custar
83. Esqueci os eventos. (ser difícil) para alguém (complemento). Veja:
84. Esqueci-me dos eventos. O relatório custou ao especialista.
85. Esqueci-me que era feriado. Custou-me acreditar. (Sentido: acreditar foi difícil para
86. Esqueci-me de que era feriado. mim). Aqui o sujeito é oracional: acreditar.
87. Esqueci de que era feriado.
Custou ao pai acreditar no filho. (Certo). Aqui o sujeito
88. Esqueci que era feriado.
é a oração: acreditar no filho. O complemento é: ao pai.
Atenção! Existe um uso literário raro:
Esqueceu-me o seu aniversário. Sentido: o seu aniversário Julgue os itens.
saiu de minha memória. (PMDF/Médico) A leitura crítica pressupõe a capacidade do
Sujeito: o seu aniversário (não é complemento). Aqui o com- indivíduo de construir o conhecimento, sua visão de mundo,
plemento é representado pelo pronome “me”. sua ótica de classe.
Obs.: A mesma regra do verbo “esquecer” vale também para 109. O trecho “de construir o conhecimento” estabelece
os verbos “lembrar” e “recordar”. relação de regência com o termo “capacidade”, espe-
Língua Portuguesa

  cificando-lhe o significado.
Verbo Prep. Complemento (TRT 9 R/Técnico) Ao realizar leilões de créditos de carbono
atender (a) algo no mercado internacional, São Paulo dá o exemplo a outras
atender (a) alguém cidades brasileiras de como transformar os aterros, de fontes
de poluição e de encargos onerosos para as finanças muni-
Julgue os itens a seguir. cipais, em fontes de receitas, inofensivas ao meio ambiente.
89. Atendi o cliente. 110. Em “de como transformar”, o emprego da preposição
90. Atendi ao cliente. “de” é exigido pela regência de “transformar”.

Openbook Apostilas 103


(TRT 9 R/Analista) Há séculos os estudiosos tentam entender a) A causa por que lutou ao longo de uma década po-
os motivos que levam algumas sociedades a evoluir mais deria tornar-se prioridade de programas sociais de
rápido que outras. Só recentemente ficou patente que, além seu estado.
da liberdade, outros fatores intangíveis são essenciais ao b) Seria implementado o plano no qual muitos funcio-
desenvolvimento das nações. nários falaram a respeito durante a assembleia anual.
O principal deles é a capacidade de as sociedades criarem c) A equipe que a instituição mantinha parceria a lon-
regras de conduta que, caso desrespeitadas, sejam impla- go tempo manifestou total discordância da linha de
cavelmente seguidas de sanções. pesquisa escolhida.
111. O emprego da preposição de separada do artigo que d) Todos concordavam que as empresas que a licença
determina “sociedades”, em “a capacidade de as socie- de funcionamento não estivesse atualizada deveriam
dades”, indica que o termo “as sociedades” é o sujeito ser afastadas do projeto.
da oração subordinada. e) Alheio aos assuntos sociais, o diretor não se afinava
com a nova política que devia adequar-se para de-
(Crea-DF) Caso uma indústria lance uma grande concentra- senvolver os projetos.
ção de poluentes na parte alta do rio, por exemplo, a coleta
de uma amostra na parte baixa não será capaz de detectar (Detran-DF) Das 750 filiadas ao Instituto Ethos, 94% dos car-
o impacto, mesmo que esta seja feita apenas um minuto gos das diretorias são ocupados por homens brancos.
antes de a onda tóxica atingir o local. Esse tipo de controle, 118. A substituição de “Das” por Nas não acarretaria pro-
portanto, pode ser comparado à fotografia de um rio. blema de regência no período, que se manteria gama-
112. No trecho “antes de a onda tóxica atingir o local”, a ticalmente correto.
substituição da parte grifada por da resulta em um su-
jeito preposicionado. De janeiro a maio, as vendas ao mercado chinês atingiram
US$ 1,774 bilhão.
(HUB) É possível comparar a saúde mental de pessoas que 119. Pelos sentidos textuais, a substituição da preposição a,
vivem em uma região de conflitos à das pessoas que vivem imediatamente antes de “mercado”, por em não alte-
em favelas ou na periferia das grandes cidades brasileiras? raria os sentidos do texto.
113. Considerando, para a regência do verbo comparar, o se-
guinte esquema: comparar X a Y, é correto afirmar que, (MRE/Assistente) O Brasil só conseguiu passar da condição de
no texto, X corresponde a “a saúde mental de pessoas país temerário para a aplicação de recursos, em uma época
que vivem em uma região de conflitos” e Y corresponde de prosperidade mundial, para a de mercado preferencial dos
a “[a saúde mental] das pessoas que vivem em favelas investidores, justamente no auge de um período de turbu-
ou na periferia das grandes cidades brasileiras”. lência financeira nos mercados internacionais, porque está
colhendo agora os resultados de uma política econômica
ortodoxa. (Zero Hora (RS), 26/2/2008 – com adaptações).
114. (MPE-RS/Agente Administrativo) “... para aprovar, até o
120. Imediatamente após “para a”, subentende-se o termo
final de 2009, um texto ...” O verbo que exige o mesmo
elíptico condição.
tipo de complemento que o sublinhado está na frase:
a) De fato, o resultado é modesto.
A ética aponta o caminho por meio da consideração daquilo
b) como fugir aos temas ...
que se convencionou chamar de direitos e deveres.
c) já respondem por 20% do total das emissões globais. 121. O pronome “daquilo” pode ser substituído, sem prejuízo
d) que já estão na atmosfera ... para a correção gramatical do período, por do ou por
e) só prejudica formas insustentáveis de desenvolvimento. de tudo.
115. (Metrô-SP/Advogado) “... que preferiu a vida breve glorio- Estudo do Banco Mundial (BIRD) sobre políticas fundiá-
sa a uma vida longa obscurecida”. O verbo que apresenta rias em todo o mundo defende que a garantia do direito à
o mesmo tipo de regência que o destacado está na frase: posse de terra a pessoas pobres promove o crescimento
a) para finalizar com uma celebridade do contagiante econômico.
futebol. 122. As regras de regência da norma culta exigem o emprego
b) “as fronteiras entre a ficção e realidade são cada vez da preposição “a” imediatamente antes de “pessoas
mais vagas”. pobres” para que se complemente sintaticamente o
c) e retirou a menininha do berço incendiado. termo garantia.
d) Lembrei o exemplo de mártires...
e) Não foram estes homens combatentes de grandes A cocaína é um negócio bilionário que conta com a proteção
feitos militares ... das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), cujo
contingente é estimado em 20.000 homens.
116. (Seplan-MA) Está correto o emprego da expressão des- 123. No texto, “cujo”, pronome de uso culto da língua, corres-
tacada na frase: ponde à forma mais coloquial, mas igualmente correta,
a) É vedada a exposição às cenas de violência a que do qual.
estão sujeitas as crianças.
b) Os fatos violentos de que se deparam as crianças (TRF) Um dos motivos principais pelos quais a temática das
multiplicam-se dia a dia. identidades é tão frequentemente focalizada tanto na mídia
Língua Portuguesa

c) O autor refere-se a um tempo em cujo os índices de assim como na universidade são as mudanças culturais.
violência eram bem menores. 124. Preserva-se a correção gramatical e a coerência textual
d) As tensões urbanas à que se refere o autor já estão ao usar o pronome relativo que em lugar de “quais”,
banalizadas. desde que precedido da preposição por.
e) As mudanças sociais de cujas o autor está tratando
pioraram a qualidade de vida. (TRF) A busca de sentido para o cosmos se engata com a
procura de sentido para a existência da família humana.
117. (AFRF) Marque o item em que a regência empregada 125. Substituir “com a” por na não prejudicaria os sentidos
atende ao que prescreve a norma culta da língua escrita. originais ou a correção gramatical do texto.

104 Openbook Apostilas


(TJBA) Por seis julgamentos passou Cristo, três às mãos dos mesmo tempo, dois verbos que têm a mesma regên-
judeus, três às dos romanos, e em nenhum teve um juiz. Aos cia: confiar em, acreditar em. Do mesmo modo, está
olhos dos seus julgadores refulgiu sucessivamente a inocên- também correta a seguinte construção: Preferimos
cia divina, e nenhum ousou estender-lhe a proteção da toga. a) ignorar e desconfiar das coisas...
126. “Lhe” equivale à expressão a Ele e se refere a “Cristo”. b) subestimar e descuidar das coisas...
c) não suspeitar e negligenciar as coisas...
(TJBA) Julgue o trecho abaixo quanto à correção gramatical. d) nos desviar e evitar as coisas...
127. Exatamente no processo do justo por excelência, daquele e) nos contrapor e resistir às coisas...
em cuja memória todas as gerações até hoje adoram por
excelência o justo, não houve no código de Israel norma 133. (Ipea) Ambos os elementos destacados estão empre-
que escapasse à prevaricação dos seus magistrados. gados de modo correto na frase:
a) Nas sociedades mais antigas, em cujas venerava-
(DFTrans/Analista) Seja qual for a função ou a combinatória -se a sabedoria dos ancestrais, não se manifestava
de funções dominantes em um determinado momento de qualquer repulsa com os valores tradicionais.
comunicação, postula-se que preexiste a todas elas a função b) Os pais experientes, a cujas recomendações o ado-
pragmática de ferramenta de atuação sobre o outro, de recur- lescente não costuma estar atento, não devem es-
so para fazer o outro ver/conceber o mundo como o emissor/ morecer diante das reações rebeldes.
locutor o vê e o concebe, ou para fazer o destinatário tomar c) A autoridade da experiência, na qual os pais julgam
atitudes, assumir crenças e eventualmente desejos do locutor. estar imbuídos, costuma mobilizar os filhos em bus-
128. No período sintático “postula-se que (...) desejos do lo­ car seu próprio caminho.
cutor”, as três ocorrências da preposição “de” estabelecem d) Quando penso em fazer algo de que ninguém tenha
a dependência dos termos que regem para com o termo
ainda experimentado, arrisco-me a colher as desven-
“função pragmática”, como mostra o esquema seguinte.
turas com que me alertaram meus pais.
e) A autoridade dos pais, pela qual os adolescentes cos-
de ferramenta tumam se esquivar, não deve ser imposta aos jovens,
de atuação sobre o outro cuja a reação tende a ser mais e mais libertária.
função pragmática:
de recurso para fazer o outro con-
ceber o mundo 134. (Codesp) A matança ............estão sujeitas as baleias é
preocupação da Comissão Baleeira Internacional, ........
(MS/Agente) A diretora-geral da OPAS, com sede em Washing- atuação se iniciou em 1946 e ........ participam mais de
ton (EUA), Mirta Roses Periago, elogiou a iniciativa de estados 50 países.
e municípios brasileiros de levar a vacina contra a rubéola As formas que preenchem corretamente as lacunas na
aos locais de maior fluxo de pessoas, especialmente homens, frase acima são, respectivamente:
como forma de garantir a maior cobertura vacinal possível. a) a que – cuja – de que
129. O emprego de preposição em “aos locais” justifica-se b) que – cujo – de que
pela regência de “vacina”. c) à que – cuja – com que
d) à que – cuja a – com que
130. (TRT 21 R) Está correto o emprego do elemento desta- e) a que – cuja a – de que
cada na frase:
a) Quase todas as novidades à que os moradores tive- GABARITO
ram acesso são produtos da moderna tecnologia.
b) O gerador a diesel é o meio pelo qual os moradores 1. C 28. E 55. C 82. E 109. C
de Aracampinas têm acesso à luz elétrica. 2. E 29. C 56. E 83. C 110. E
c) A hipertensão na qual foram acometidos muitos mo- 3. C 30. C 57. C 84. C 111. C
radores tem suas causas na mudança de estilo de vida.
4. C 31. E 58. E 85. C 112. C
d) O extrativismo, em cujo os caboclos tanto se empe-
5. E 32. C 59. C 86. C 113. C
nhavam, foi substituído por outras atividades.
6. C 33. C 60. C 87. E 114. e
e) Biscoitos e carne em conserva são alguns dos alimen-
7. C 34. E 61. E 88. C 115. c
tos dos quais o antropólogo exemplifica a mudança
8. E 35. E 62. C 89. C 116. a
dos hábitos alimentares dos caboclos.
9. C 36. C 63. E 90. C 117. a
10. C 37. E 64. C 91. C 118. C
131. (Sesep-SE) Isso proporciona à fábula a característica de
ser sempre nova. A mesma regência do verbo detacado 11. C 38. E 65. E 92. C 119. E
na frase acima repete-se em: 12. C 39. C 66. E 93. C 120. C
a) Histórias criadas por povos primitivos desenvolviam 13. C 40. E 67. C 94. C 121. C
explicações fantasiosas a respeito de seu mundo. 14. E 41. C 68. E 95. C 122. C
b) As narrativas de povos primitivos constituem um rico 15. C 42. E 69. C 96. E 123. E
acervo de fábulas, tanto em prosa quanto em versos. 16. C 43. C 70. C 97. C 124. C
c) Pequenas narrativas sempre foram instrumento, 17. C 44. E 71. E 98. C 125. C
nas sociedades primitivas, de transmissão de va- 18. C 45. C 72. C 99. C 126. C
Língua Portuguesa

lores morais. 19. E 46. C 73. E 100. C 127. C


d) Nas fábulas, seus autores transferem atitudes e 20. E 47. E 74. C 101. E 128. E
características humanas para animais e seres ina- 21. C 48. C 75. C 102. C 129. e
22. C 49. C 76. C 103. E 130. b
nimados.
23. E 50. C 77. C 104. C 131. d
e) Fábulas tornaram-se recursos valiosos de transmissão
24. C 51. C 78. C 105. C 132. e
de valores, desde sua origem, em todas as sociedades.
25. E 52. C 79. C 106. C 133. b
26. C 53. C 80. C 107. E 134. a
132. (Ipea) Preferimos confiar e acreditar nas coisas ..., a
27. E 54. E 81. C 108. E
expressão destacada complementa corretamente, ao

Openbook Apostilas 105


Emprego dos sinais de pontuação • Antes de citações.
Ana gritava: “Eu faço tudo!”.
• Antes de explicação ou esclarecimento.
Aspectos Sintáticos, Semânticos, Estilísticos – Sombra e água fresca: as férias começaram.
Prática Aplicada Festa no prédio: o síndico se mudou.
• Depois da invocação nas correspondências.
Vírgula Cara amiga:
• Depois de exemplo, nota, observação.
• Separa objeto direto ou indireto antecipado e com Nota: aos domingos o preço será maior.
pleonástico. • Depois de a saber, tais como, por exemplo.
Ao injusto, nada lhe devo. Combate doenças, tais como: dengue, tifo e malária.
• Separa adjunto adverbial longo e deslocado.
Antes do início do mês, começam as obras.
• Separa predicativo do sujeito deslocado, com verbo Aspas
intransitivo ou transitivo.
Descrente, chorou. Ivo, aflito, pedia explicações. • No início e no final das transcrições.
• Separa aposto explicativo. O preso se defendia: “Não fui eu”.
Salvador, minha cidade natal, tem muitas igrejas. • Só aparecem após a pontuação final se abrangem o
• Separa vocativo. período inteiro.
Não diga isso, Mariana. “Fica, amor”. Quantas vezes eu te disse isso.
• Separa expressões explicativas e corretivas. • Destacam palavras ou expressões nos enunciados de
Falei, quer dizer, explodi! São, aliás, somos felizes. regras.
• Separa nome de lugar antes de data. A preposição “de” não cabe aqui.
Brasília, 17 de janeiro de 1998. • Indicam estrangeirismos, gírias, arcaísmos, formas po-
• Entre elementos enumerados. pulares etc. (tais expressões podem vir sublinhadas ou
Estão aí Júlio, Carlos, Maria e Sílvia. em itálico).
• Indica verbo oculto. Você foi muito “legal” com a gente.
O pai trabalha na capital; a mãe, no interior. Ortografia é o seu maior “problema”.
• Antes de subordinada substantiva apositiva. • Destacam palavras empregadas em sentido irônico.
Teve um pressentimento, que morreria jovem. Foi “gentilíssimo”: gritou comigo e bateu a porta.
• Antes de subordinada adjetiva explicativa. • Destacam títulos de obras.
Esta é a minha casa, que recebeu tanta gente. “Quincas Borba” é o meu livro preferido.
• Separa subordinada adverbial deslocada.
Se perder o emprego, vou para outra cidade. Reticências
• Entre coordenadas assindéticas.
Entrou no carro, ligou o rádio, ficou à espera. • Indicam interrupção ou suspensão por hesitação, sur-
• Separa conjunção coordenativa deslocada. presa, emoção.
Não se defende; quer a própria condenação, portanto. Você... Aqui... Para sempre... Não acredito!
• Antes de conjunção coordenativa. • Para realçar uma palavra ou expressão seguinte.
Decida logo, pois seu concorrente age rápido. Abriu a caixa de correspondência e... nada.
• Antes de e e nem só em oração com sujeito diferente
• Indicam interrupção por ser óbvia a continuação da
do da anterior.
frase.
A vida continua, e você não muda.
Eu cumpro cada um dos meus deveres; já você...
• Antes de mas também, como também (em correlação
com não só). • Indicam a supressão de palavras num texto transcrito.
Não só reclama, mas também torce contra nós. Ficar ou fugir, “... eis a questão”.
• Podem vir entre parênteses, se o trecho suprimido é
longo.
Ponto e vírgula “São onze jogadores: José, Mário (...) e Paulo”.
• Para fazer uma pausa maior que a da vírgula e menor
que a do ponto.
Parênteses
A sala está cheia de móveis; o quadro cheira a mofo.
• Separa coordenadas adversativas e conclusivas com • Separam a intercalação de uma explicação ou de um
conjunção deslocada. comentário.
Não estuda; não quer, pois, a aprovação. Ativistas (alguns armados) exigiam reforma.
• Separa orações que já tem vírgula no seu interior. • Separam a indicação da fonte da transcrição.
Ivo, sozinho, lutava; Ana, sem forças, rezava. “Todo óbvio é ululante.” (Nelson Rodrigues).
• Separa coordenadas que formam um paralelismo ou • Separam a sigla de estado ou de entidade após seu
um contraste. nome completo.
Muitos entendem pouco; poucos entendem muito. Vitória (ES). Programa de Integração Social (PIS).
Língua Portuguesa

• Aparece no final dos itens de uma enumeração. • Separam uma unidade (moeda, peso, medida) equi-
Há duas hipóteses para o seu gesto: a) não conseguiu valente a outra.
o emprego; b) saúde da filha pirou. O animal pesaria 10 arrobas (150 kg).
• Separam números e letras, numa relação de itens, e
Dois-pontos asterisco.
(1), (2), (a), (b), (*).
• Antes de aposto (explicativo ou enumerativo) e de • Deslocado para a linha seguinte, basta usar o segundo
oração apositiva. parêntese.
Tem um sonho: viajar. Leu três itens: “a”, “c” e “i”. 1), 2), a), b).

106 Openbook Apostilas


• Separa o latinismo sic (confirma algo exagerado ou 4. A substituição dos sinais de ponto e vírgula por ponto
improvável). final, no último tópico, mesmo com ajuste na letra ini-
Levava na mala US$20 milhões (sic). cial para maiúscula da palavra seguinte, prejudicaria a
• O ponto sempre vem após o segundo parêntese, salvo correção gramatical do período.
se um período inteiro estiver entre parênteses.
Todos votaram contra (alguns rasgaram a célula). (Banco do Brasil) Representantes dos maiores bancos brasi-
O perigo já passara. (A mão ainda tremia.) leiros reuniram-se no Rio de Janeiro para discutir um tema
desafiante.
Travessão 5. Mantendo-se a correção gramatical e a coerência do
texto, é possível deslocar a oração “para discutir um
• É usado, duplamente, para destacar uma palavra ou tema desafiante”, que expressa uma finalidade, para
expressão. o início do período, fazendo-se os devidos ajustes nas
A vida – quem sabe? – pode ser melhor. letras maiúsculas e acrescentando-se uma vírgula logo
• Aparece, nos diálogos, antes da fala de um interlocutor após “desafiante”.
e, depois dela, quando se segue uma identificação de
quem falou. 6. (Pref. Mun. S.P.) A frase corretamente pontuada é:
– Agora? – indaguei. a) Nas cidades europeias; onde foram implantados pe-
– imediatamente! – explodiu Júlio. dágios o fluxo de automóveis se reduziu, diminuindo
• Liga palavras ou expressões que indicam início e final o número, e a extensão dos engarrafamentos.
de percurso. b) Nas cidades, europeias onde foram, implantados pe-
Inaugurada a nova estrada Rio-Petrópolis. dágios o fluxo de automóveis se reduziu; diminuindo
• É usando duplamente quando um trecho extenso se o número e a extensão dos engarrafamentos.
intercala em outro. c) Nas cidades europeias onde foram implantados pe-
Vi Roma – quase me perdi pelas vielas – e Paris. dágios o fluxo de automóveis se reduziu diminuindo,
o número e a extensão, dos engarrafamentos.
Ponto d) Nas cidades europeias onde foram implantados pe-
dágios; o fluxo de automóveis se reduziu diminuindo
• Aparece no final da frase, quando se conclui todo o o número, e a extensão dos engarrafamentos.
pensamento. e) Nas cidades europeias onde foram implantados pe-
Mudemos de assunto. O povo espera fortes medidas. dágios, o fluxo de automóveis se reduziu, diminuindo
• É usado nas abreviaturas. o número e a extensão dos engarrafamentos.
Gen., acad., ltda.
• Estando a abreviatura no final da frase, não há outro 7. (TCE-AL) Está inteiramente correta a pontuação da se-
ponto. guinte frase:
Comprou ações da Multimport S.A.
a) É realmente muito difícil, cumprir propósitos de Ano
• Separa as casas decimais nos números, salvo os indi-
Novo, pois não há como de fato alguém começar algo
cativos de ano.
inteiramente do nada.
127.814; 22.715.810. Nasceu em 1976.
b) É realmente muito difícil: cumprir propósitos de Ano
Novo; pois não há como, de fato, alguém começar
Questões de Concursos algo inteiramente do nada.
c) É, realmente, muito difícil – cumprir propósitos de
(TST) Os trabalhadores cada vez mais precisam assumir novos
Ano Novo: pois não há como de fato, alguém começar
papéis para atender às exigências das empresas.
algo inteiramente do nada.
1. Por constituir uma expressão adverbial deslocada para
d) É, realmente, muito difícil cumprir propósitos de Ano
depois do sujeito, seria correto que a expressão “cada
Novo, pois não há como, de fato, alguém começar
vez mais” estivesse, no texto, escrita entre vírgulas.
algo inteiramente do nada.
(TST) O cenário econômico otimista levou os empresários e) É realmente muito difícil, cumprir propósitos de Ano
brasileiros a aumentarem a formalização do mercado de Novo; pois não há como de fato alguém começar algo,
trabalho nos últimos cinco anos. inteiramente do nada.
2. Preservam-se a coerência e a correção do texto ao se
deslocar o trecho “nos últimos cinco anos” para depois (MMA) O alívio dos que, tendo a intenção de viver irregular-
de “brasileiros”, desde que esse trecho seja seguido de mente na Espanha, conseguem passar pelo controle de imi-
vírgula. gração do Aeroporto Internacional de Barajas não dura muito
tempo. A polícia está pelas ruas, uniformizada ou à paisana,
(TJDFT) Investir no país é considerado uma burrice; constituir e constantemente faz batidas em lugares que os imigrantes
uma família e mantê-la saudável, um atraso de vida. frequentam ou onde trabalham. Foram expedidas cerca de
7 mil cartas de expulsão de brasileiros no ano passado.
Língua Portuguesa

3. A vírgula depois da oração “e mantê-la saudável” indica


que essa oração constitui um aposto explicativo para a 8. As vírgulas da primeira linha justificam-se por isolar ora-
oração anterior. ção reduzida de gerúndio intercalada na principal.

(MS) Pílulas coloridas, embalagens e garrafas bonitas, bri- 9. (TRF 5 R) A frase cuja pontuação está inteiramente cor-
lhantes e atraentes, odor e sabor adocicados despertam a reta é:
atenção e a curiosidade natural das crianças; não estimule a) Momentos de extrema felicidade, sabe-se, costumam
essa curiosidade; mantenha medicamentos e produtos do- ser raros e efêmeros; por isso, há quem busque tirar
mésticos trancados e fora do alcance dos pequenos. o máximo proveito de acreditar neles e antegozá-los.

Openbook Apostilas 107


b) É muito comum que as pessoas valendo-se do sen- 14. No segundo parágrafo do texto, os dois travessões de-
so comum, vejam o pessimismo e o otimismo como marcam a inserção de uma informação que define o que
simples oposições: no entanto, não é esta a posição é “Per Capita”.
do autor do texto.
c) Talvez, se não houvesse a expectativa da suprema (STF/Analista) A ação ética só é virtuosa se for livre e só o
felicidade, também não haveria razão para sermos será se for autônoma, isto é, se resultar de uma decisão
pessimistas, ou otimistas, eis uma sugestão, das en- interior do próprio agente e não de uma pressão externa.
trelinhas do texto. Evidentemente, isso leva a perceber que há um conflito entre
d) O autor nos conta que outro dia, interessou-se por um a autonomia da vontade do agente ético (a decisão emana
fragmento de um blog; e o transcreveu para melhor apenas do interior do sujeito) e a heteronomia dos valores
explicar a relação entre otimismo e pessimismo. morais de sua sociedade (os valores são dados externos ao
e) Quem acredita que o pessimismo é irreversível, não sujeito).
observa que, na vida, há surpresas e espantos que 15. Os sinais de parênteses têm a função de organizar as
deveriam nos ensinar algo, sobre a constante impre- ideias que destacam e de inseri-las na argumentação do
visibilidade de tudo.
texto; por isso, sua substituição pelos sinais de travessão
preservaria a coerência textual e a correção do texto.
(DFtrans) As estradas da Grã-Bretanha tinham sido constru-
ídas pelos romanos, e os sulcos foram escavados por carru-
agens romanas: (STF/Analista) Muito da experiência humana vem justamente
10. A vírgula que precede a conjunção “e” indica que esta de nos constituirmos como sujeitos. Esse papel é pesado. Por
liga duas orações de sujeitos diferentes; mas a retirada isso, quando entra ele em crise — quando minha liberdade
desse sinal de pontuação preservaria a correção e a co- de escolher amorosa ou política ou profissionalmente resulta
erência textual. em sofrimento —, posso aliviar-me procurando uma solução
que substitua meu papel de sujeito pelo de objeto.
(TCU/Analista) Ao apresentar a perspectiva local como infe- 16. O deslocamento do travessão para logo depois de “pro-
rior à perspectiva global, como incapaz de entender, de ex- fissionalmente” preservaria a correção gramatical do
plicar e, em última análise, de tirar proveito da complexidade texto e a coerência da argumentação, com a vantagem
do mundo contemporâneo, a concepção global atualmente de não acumular dois sinais de pontuação juntos.
dominante tem como objetivo fortalecer a instauração de um
único código unificador de comportamento humano, e abre o (Banco do Brasil/Escriturário) O século XX testemunhou o
caminho para a realização do sonho definitivo de economias desenvolvimento de grandes eventos esportivos, tanto em
globais de escala. escala mundial — como os Jogos Olímpicos e a Copa do Mun-
11. A supressão da vírgula logo após o termo “humano” não do — quanto regional, com disputas nos vários continentes.
prejudica a correção gramatical do texto. 17. A substituição dos travessões por parênteses prejudica
a correção gramatical do período.
12. (TRT 18 R) Está inteiramente adequada a pontuação da
seguinte frase: 18. (SADPB/Agente Seg.Penitenciaria) “O estudo do cérebro
a) Quem cuida da saúde, conta com os recursos do conheceu avanços sem precedentes nas últimas duas
corpo, já quem cultiva uma amizade, conta com o décadas, com o surgimento de tecnologias que permi-
conforto moral. tem observar o que acontece durante atividades como
b) No que me diz respeito, não me interessam os amigos o raciocínio, a avaliação moral e o planejamento. Ao
de ocasião: prezo apenas os verdadeiros, os que me mesmo tempo, essa revolução na tecnologia abre novas
apoiam incondicionalmente. possibilidades para um campo da ciência que sempre
c) De que pode valer, gozarmos um momento de felici- despertou controvérsias de caráter ético – a interferên-
dade, se não dispomos de alguém, a quem possamos cia no cérebro destinada a alterar o comportamento de
estendê-la?
pessoas.
d) Confio sempre num amigo; pois minha confiança
– a interferência no cérebro destinada a alterar o com-
nele, certamente será retribuída com sua confiança
portamento de pessoas”.
em mim.
e) São essas enfim, minhas razões para louvar a amiza-
de: diga-me você agora quais as suas? O emprego do travessão indica, considerando-se o con-
texto,
13. (TCESP/Agente Fiscal) O emprego das vírgulas assinala a) enumeração de fatos de caráter científico.
a ocorrência de uma ressalva em: b) retomada resumida do assunto do parágrafo.
a) onde é vista como a pequena, mas muito respeitada, c) repetição destinada a introduzir o desenvolvimento
irmã. posterior.
b) que a Petrobras já detém, com reconhecido mérito, d) retificação de uma afirmativa feita anteriormente.
no restrito clube... e) especificação de uma expressão usada anteriormente.
Língua Portuguesa

c) de que as reservas de gás de Bahia Blanca, ao sul de


Buenos Aires, se estão esgotando. 19. (Metrô-SP) No trecho “– e comerciais, por meio das pa-
d) abrindo, ao mesmo tempo, novas oportunidades. tentes.” O emprego do travessão
e) O gás associado de Tupi, na proporção de 15% das a) confere pausa maior no contexto, acrescentando
reservas totais, é úmido e rico em etano... sentido de crítica ao segmento.
b) introduz segmento desnecessário no contexto, pois
(TST/Técnico) É preciso “investir no povo”, recomenda o Per repete o que foi afirmado anteriormente.
Capita — um centro pensante, criado recentemente na Aus- c) assinala apenas escolha pessoal do autor, sem signi-
trália —, com seus dons progressistas. ficação importante no parágrafo.

108 Openbook Apostilas


d) indica a aceitação de um fato real e comum, sem 23. Preservam-se a coerência da argumentação e a correção
qualquer observação particular. gramatical do texto ao se inserir um sinal de dois-pontos
e) introduz enumeração das possibilidades decorrentes depois da primeira ocorrência de “é” e um ponto de
das descobertas antes citadas. interrogação depois de “DNA”.

24. (TCEAM/Analista Controle Externo) Está inteiramente


(Banco do Brasil/Escriturário) Os brasileiros com idade entre correta a pontuação da seguinte frase:
14 e 24 anos têm em média 46 amigos virtuais, enquanto a) A realização de estudos com primatas não humanos,
a média global é de 20. No mundo, os jovens costumam tem revelado que a inteligência ao contrário do que
ter cerca de 94 contatos guardados no celular, 78 na lista se pensa, não é nosso dom exclusivo.
de programas de mensagem instantânea e 86 em sítios de b) A conclusão é, na verdade, surpreendente: a cons-
relacionamento como o Orkut. ciência humana, longe de ser um dom sobrenatural,
20. O emprego da vírgula após “celular” justifica-se por iso- emerge da consciência dos animais.
lar oração de natureza explicativa. c) Ernst Mayr, eminente biólogo do século passado não
teve dúvida em afirmar que, a nossa consciência, é
(Banco do Brasil) Nas Américas, os jogos estimulam a reflexão uma evolução da consciência dos animais.
sobre as possibilidades de um continente unido, pacífico, d) Sejam sinfonias sejam equações de segundo grau, há
próspero, com a construção de uma rede de solidariedade operações que de tão sofisticadas, não são acessíveis
e cooperação por meio do esporte, uma das principais ex- à inteligência de outros animais.
pressões do pan-americanismo. e) O que caracteriza efetivamente o verdadeiro altruís-
21. O emprego de vírgulas após “unido” e após “pacífico” mo, é o comportamento cooperativo que se adota,
tem justificativas diferentes. de modo desinteressado.

22. (Metrô-SP/Téc.Segurança) Apontado por entidades 25. (GOVBA/Soldado/PMBA) Analise as frases a seguir:
internacionais como um dos mais bem estruturados e I – Este quadro moral levou a duas situações dramáticas:
bem geridos programas ambientais do mundo, o Projeto o gosto do mal e o mau gosto.
Tietê está sob ameaça de ser interrompido. Sua segunda II – O grande desafio de hoje é de ordem ética: construir
etapa está terminando e, apesar do cumprimento do uma vida em que o outro não valha apenas por satisfazer
cronograma e do vulto das obras – que permitiram sig- necessidades sensíveis.
nificativo avanço nos serviços de coleta e de tratamento
de esgoto –, a diretoria de Controle Ambiental da Cetesb Considerando-se o emprego dos dois-pontos nos perí-
alerta: a meta de aumentar o número de empresas no odos acima, é correto o que se afirma em:
monitoramento de efluentes despejados no rio não foi a) Os dois-pontos introduzem segmentos de sentido
cumprida. O não atendimento dessa exigência do con- enumerativo e conclusivo, respectivamente, assina-
trato de financiamento, firmado pelo governo estadual lando uma pausa maior em cada um deles.
com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), b) Os segmentos introduzidos pelos dois-pontos apre-
poderá impedir a liberação dos recursos para a terceira sentam sentido idêntico, de realce.
etapa do programa. Essa fase prevê a universalização da c) Os sinais marcam a presença de afirmativas redun-
coleta de esgoto e o combate à poluição nos afluentes dantes no contexto, mas que reforçam a opinião do
do rio. autor.
d) Os dois-pontos indicam a interferência de um novo
Considere as afirmativas seguintes, a respeito dos sinais interlocutor no contexto, representando o diálogo
de pontuação empregados no texto. com o leitor.
I – Os travessões isolam um segmento explicativo, mar- e) Os dois segmentos introduzidos pelos dois-pontos
cado por uma pausa maior do que haveria caso esse são inteiramente dispensáveis, pois seu sentido está
segmento estivesse separado por vírgulas. exposto com clareza nas afirmativas anteriores a eles.
II – Os dois-pontos (9ª linha) assinalam a causa da amea-
ça referida anteriormente, introduzida pela forma verbal Na frase: “Ela encontrou um bebê recém-nascido em um
alerta. terreno baldio em frente de sua casa, em Curitiba.”
III – A vírgula que aparece após a expressão do mundo 26. No trecho “de sua casa, em Curitiba”, a eliminação da
(3ª linha) pode ser corretamente substituída por ponto- vírgula e a substituição da preposição “em” por de man-
-e-vírgula. têm o sentido original da frase.

Está correto o que se afirma em 27. (Funiversa/Terracap) A vírgula da frase “Ao coração, cou-
a) I e II, somente. be a função de bombear sangue para o resto do corpo”
b) I e III, somente. justifica-se pelo deslocamento do termo “Ao coração”,
c) II e III, somente. com finalidade estilística de criar ênfase.
d) III, somente.
Língua Portuguesa

e) I, II e III. (Funiversa/Terracap) Acerca da frase “São emissoras trans-


mitidas de qualquer país que passe pela nossa mente – e
(Banco do Brasil) A turbulência decorrente do estouro de alguns outros de cuja existência sequer desconfiávamos.”
mais essa bolha ainda não teve suas consequências totalmen- 28. O travessão foi usado para enfatizar trecho do enuncia-
te dimensionadas. A questão que se coloca é até que ponto do. Efeito similar se conseguiria com o uso de negrito,
é possível injetar alguma previsibilidade em um mercado tão ou, no discurso oral, com entonações enfáticas.
interconectado, gigantesco e que tem o risco no DNA. O único
consenso é que o mercado precisa ser mais transparente. 29. (Funiversa/Sejus/Téc. Adm.) Cada uma das alternativas
(Veja, 12/3/2008 0 com adaptações). a seguir apresenta reescritura de fragmento do texto.

Openbook Apostilas 109


Assinale aquela em que a reescritura não apresenta erro Hoje, a Capital Federal conta com a CEB, Companhia
de pontuação. Energética de Brasília, que já recebeu vários prêmios. Em
a) A cooperação entre seus países, permitiria à região novembro de 2009, ela conquistou uma importante vitória
fazer frente a outras potências, como os Estados Uni- em seu esforço pela melhoria no atendimento aos clientes.
dos e o Japão, e assim, assegurar o bem-estar social Venceu o prêmio IASC - Índice Aneel de Satisfação do Con-
e a segurança da população. sumidor, pela quinta vez. A empresa foi escolhida a melhor
b) Com o passar dos anos o bloco incorporou nações distribuidora de energia elétrica do Centro-Oeste, a partir
menos desenvolvidas do continente; e instituiu uma de pesquisa que abrange toda a área de concessão das 63
moeda única – o euro que atraiu investidores e che- distribuidoras no Brasil.
gou a ameaçar o domínio do dólar como reserva in- Na premiação, que ocorreu na sede da Aneel, a CEB
ternacional de valor. foi apontada como uma das cinco melhores distribuidoras
c) Mas, a crise financeira mundial fez emergir as fragi- de energia elétrica do País. O Índice Aneel de Satisfação do
lidades na estrutura econômica de algumas nações Consumidor para a CEB, de 70,33 pontos, ficou acima da mé-
do bloco: à medida que, a turbulência dos mercados dia nacional, de 66,74 pontos. Anteriormente, a Companhia
se acentuou, veio à tona a irresponsabilidade fiscal obteve o Prêmio IASC em 2003, 2004, 2006 e 2008.
de alguns países, sobretudo a Grécia. Entre suas importantes iniciativas sociais, destaca-se o
d) Diante do risco de que o deficit crescente no orça- Programa CEB Solidária e Sustentável, um projeto de inser-
mento grego pudesse contaminar outros europeus ção e reinserção social de crianças, denominado “Gente de
com situação fiscal semelhante e pôr em xeque a Sucesso”, que foi implementado em parceria com o Instituto
confiabilidade do bloco, líderes regionais reuniram- de Integração Social e Promoção da Cidadania — INTEGRA
-se, às pressas, na semana passada. e com a Vara da Infância e da Juventude do Distrito Federal.
e) Levar as reformas adiante terá um custo político. Na Internet: <http://www.ceb.com.br> (com adaptações).
semana passada, as ruas de Atenas, foram tomadas Acesso em 3/1/2010.
por manifestantes e os funcionários públicos entra-
ram em greve. 31. (Funiversa/CEB – Adaptada) Em cada uma das alternativas
a seguir, há uma reescritura de parte do texto. Assinale
(Funiversa/HFA/Ass.Téc.Adm.) Na frase: “As demissões re- aquela em que a reescritura altera o sentido original.
cordes nas companhias americanas devido à crise fizeram a) A empresa foi escolhida a melhor distribuidora de
vítimas inusitadas – os próprios executivos de recursos hu- energia elétrica do Centro-Oeste / Escolheu-se a em-
manos.” presa como a melhor distribuidora de energia elétrica
30. Não haverá incorreção gramatical, caso o travessão seja do Centro-Oeste.
substituído por vírgula. b) A partir de pesquisa que abrange toda a área de con-
cessão das 63 distribuidoras no Brasil / A partir de
Reescritura de Frases e Parágrafos – Substituição de pesquisa que abrange todas as áreas de concessão
palavras ou de trechos de texto de todas as distribuidoras no Brasil.
c) O suprimento de energia elétrica foi um dos sérios
Texto para responder à questão seguinte. problemas que os responsáveis pela construção da
Nova Capital da República enfrentaram / O suprimen-
O suprimento de energia elétrica foi um dos sérios pro-
to de energia elétrica foi um dos sérios problemas
blemas que os responsáveis pela construção da Nova Capital
enfrentados pelos responsáveis pela construção da
da República enfrentaram, desde o início de suas atividades
Nova Capital da República.
no Planalto Central, em fins de 1956.
d) O prazo, imposto pela data fixada para a inauguração
A região não contava com nenhuma fonte de geração de
da capital – 21 de abril de 1960 –, era relativamente
energia elétrica nas proximidades, e o prazo, imposto pela
data fixada para a inauguração da capital — 21 de abril de curto para a instalação de uma fonte de energia local /
1960 —, era relativamente curto para a instalação de uma O prazo (...) era relativamente curto para a instalação,
fonte de energia local, em caráter definitivo. em caráter definitivo, de uma fonte de energia local.
A alternativa existente seria o aproveitamento da ener- e) Paralelamente à adoção de providências / Paralela-
gia elétrica da Usina Hidroelétrica de Cachoeira Dourada, das mente ao fato de se adotarem providências.
Centrais Elétricas de Goiás S/A-CELG, no Rio Parnaíba, divisa
dos estados de Minas Gerais e Goiás, distante quase 400 km Texto para responder à questão seguinte.
de Brasília. Assim, tendo em vista o surgimento da nova Ca-
pital do Brasil, as obras foram aceleradas, e a primeira etapa A preocupação com o planeta intensificou-se a partir
da Usina de Cachoeira Dourada foi inaugurada em janeiro de dos anos 1970, com a crise petroleira, ocasião em que as
1959, com 32 MW e potência final prevista para 434 MW. questões ambientais começaram a ser tratadas de forma
Entretanto, paralelamente à adoção de providências relevante e participativa nos diversos setores socioeconômi-
para o equacionamento do problema de suprimento de ener- cos. Preservar o ambiente e economizar os recursos naturais
gia elétrica da nova Capital após sua inauguração, outras me- tornou-se importante tema de discussão, com ênfase no uso
Língua Portuguesa

didas tiveram de ser tomadas pela Companhia Urbanizadora racional, em especial de energia elétrica.
da Nova Capital do Brasil — NOVACAP — objetivando à ins- O processo de reciclagem é muito relevante na medida
talação de fontes de energia elétrica necessárias às ativida- em que o lixo recebe o devido destino, retornando à cadeia
des administrativas desenvolvidas no gigantesco canteiro de produtiva.
obras. Assim sendo, já nos primeiros dias de 1957, a energia Uma economia de 15,3 gigawatts.hora (GWh) em dois
elétrica de origem hidráulica era gerada, pela primeira vez, anos foi um dos resultados do projeto desenvolvido pela
no território do futuro Distrito Federal, pela usina pioneira Companhia Energética do Ceará (COELCE). O montante é
do Catetinho, de 10 HP, instalada em pequeno afluente do equivalente ao suprimento de quase oito mil residências
Ribeirão do Gama. com perfil de consumo da ordem de 80 kilowatts.hora/mês.

110 Openbook Apostilas


O Programa Ecoelce de troca de resíduos por bônus na Em uma manhã de inverno de 1978, a assistente social Zé-
conta de luz gerou créditos de R$ 570 mil a 88 mil clientes res- lia Machado, 49 anos de idade, encontrou um bebê recém-
ponsáveis pelo recolhimento de pouco mais de quatro mil tone- -nascido em um terreno baldio.
ladas de lixo reciclável, como vidro, plástico, papel, metal e óleo. 33. A expressão “a assistente social”, caso seja colocada após
A COELCE instalou 62 pontos de coleta no Ceará a partir o substantivo próprio a que se refere, cria, necessaria-
de pesquisas em comunidades de baixa renda de Fortaleza e mente, uma falha gramatical.
região metropolitana da capital, para montar a arquitetura
do programa. Essa é uma questão delicada, daí a importância que se tenha
Para participar, o cliente procura o posto de coleta ou a clareza sobre ela.
associação comunitária e solicita o cartão do Programa Ecoel- 34. A frase Essa é uma questão delicada, por isso é impor-
ce. A cada entrega, o operador do posto registra o volume de tante que se tenha clareza sobre ela é uma reescrita
resíduos, com informações sobre o tipo de material e peso, e, adequada da original registrada.
por meio da máquina de registro de coleta, calcula o bônus a
ser creditado na conta do cliente. Os resíduos recebidos são Parte da população torna-se receptora de “benefícios” não
separados e encaminhados para a indústria de reciclagem. no sentido do patamar do direito e, sim, na perspectiva da
Reconhecido pela Organização das Nações Unidas troca votos-favores.
(ONU), o programa tem como vantagens estimular a eco- 35. A frase parte da população torna-se receptora de “be-
nefícios” não somente no sentido do patamar do direi-
nomia de energia com melhoria da qualidade de vida das
to, mas também na perspectiva da troca votos-favores
comunidades envolvidas, tanto pela diminuição da conta
é uma reescrita adequada da original.
de luz quanto pela redução dos resíduos nas vias urbanas.
Alberto B. Gradvohl et alii. Programa Ecoelce de troca de
resíduos por bônus na conta de energia. Agência Nacional de (Funiversa/Terracap) Acerca da frase “São emissoras trans-
Energia Elétrica (Brasil). In: Revista pesquisa e desenvolvimento mitidas de qualquer país que passe pela nossa mente – e
da ANEEL, n.º 3, jun./2009, p. 115-6 (com adaptações). alguns outros de cuja existência sequer desconfiávamos.”
36. A sequência “de qualquer país” pode ser reescrita, sem
32. (Funiversa/CEB – Adaptada) Em cada uma das alternativas perda de sentido, como por seja qual for o país.
a seguir, há uma reescritura de uma parte do texto. Assi-
nale aquela em que a reescritura mantém a ideia original. (Funiversa/Terracap) A respeito do fragmento “qualquer país
a) A preocupação com o planeta intensificou-se a partir que passe pela nossa mente – e alguns outros de cuja exis-
dos anos 1970, com a crise petroleira, ocasião em que tência sequer desconfiávamos.”
as questões ambientais começaram a ser tratadas de 37. A conjunção “e” poderia ser substituída, sem perda de
forma relevante e participativa nos diversos setores sentido, pela locução além de.
socioeconômicos. / A preocupação com o planeta
intensificou-se com a crise petroleira, a partir dos (Funiversa/Terracap) A vida se esvai, mas localizaram um
anos 1970, pois as questões ambientais começaram doador compatível: já para a mesa de cirurgia.
a ser tratadas de forma relevante e participativa nos 38. A seguinte reescritura do trecho está gramaticalmente
diversos setores socioeconômicos. correta: localizaram um doador compatível; portanto,
b) O processo de reciclagem é muito relevante na medi- vá urgente para a mesa de cirurgia. Porém, ela perde em
da em que o lixo recebe o devido destino, retornan- qualidade para a original, mais sintética e mais expressiva.
do à cadeia produtiva. / O processo de reciclagem é
muito relevante à medida que o lixo recebe o devido 39. (Funiversa/Adasa) O trecho “É a conduta dos seres hu-
manos, cegos entre si mesmos e ao mundo na defesa da
destino, retornando à cadeia produtiva.
negação do outro, o que tem feito do presente humano
c) A COELCE instalou 62 pontos de coleta no Ceará a
o que ele é.” pode ser reescrito, sem que haja alteração
partir de pesquisas em comunidades de baixa renda
de sentido, da seguinte forma:
de Fortaleza e região metropolitana da capital, para a) É o agir humano, cego ao outro e ao mundo na negação
montar a arquitetura do programa. / Por causa de de outro mundo, o que faz do presente o que ele é.
pesquisas em comunidades de baixa renda de For- b) É o mal inerente ao homem, que o torna cego em
taleza e região metropolitana da capital, a COELCE relação ao próximo e ao mundo, que faz do presente
instalou 62 pontos de coleta no Ceará, para montar o que ele é.
a arquitetura do programa. c) É a maneira de agir do homem, alienado ao negar o
d) Para participar, o cliente procura o posto de coleta outro seja na forma do semelhante ou na forma do
ou a associação comunitária e solicita o cartão do mundo, que faz do presente o que ele é.
Programa Ecoelce. / O cliente, para participar, assim d) É a forma de agir dos homens que se tornam cegos
que procura o posto de coleta ou a associação comu- para com os outros e para com o mundo que faz deste
nitária, solicita o cartão do Programa Ecoelce. mundo o que ele é.
e) Reconhecido pela Organização das Nações Unidas e) É a conduta da humanidade, cega entre si e ao mundo
(ONU), o programa tem como vantagens estimular por negar o outro, o que torna o homem mau como
a economia de energia com melhoria da qualidade
Língua Portuguesa

o presente em que ele vive.


de vida das comunidades envolvidas, tanto pela di-
minuição da conta de luz quanto pela redução dos Texto para responder às questões 40 e 41.
resíduos nas vias urbanas. / Reconhecido pela ONU,
o programa tem como vantagens estimular a econo- Cidadezinha qualquer
mia de energia com melhoria da qualidade de vida
das comunidades envolvidas, em virtude tanto da Casas entre bananeiras
diminuição da conta de luz quanto da redução dos mulheres entre laranjeiras
resíduos nas vias urbanas. pomar amor cantar.

Openbook Apostilas 111


Um homem vai devagar. d) Um bom “tratamento penal” resiste a um processo
Um cachorro vai devagar. de superação de uma história de conflitos.
Um burro vai devagar. e) Um bom “tratamento penal” supõe a superação dos
conflitos da história, promovendo direitos e recom-
Devagar... as janelas olham. pondo os vínculos da sociedade, para que o sujeito
Eta vida besta, meu Deus. se torne mais responsável.
Carlos Drummond de Andrade. Reunião, 10.ª ed.
Rio de Janeiro: José Olympio, 1980, p. 17.
1 A União Europeia inaugurou um novo patamar de
integração política e econômica no globo. A cooperação
40. (Funiversa/Iphan) Com base no texto, assinale a alter- entre seus países permitiria à região fazer frente a outras
nativa incorreta. 4 potências, como os Estados Unidos e o Japão, e, assim,
a) Para o autor, em uma visão integral, porém dinâmica assegurar o bem-estar social e a segurança de sua po-
da cidade, a ausência de artigos na primeira estrofe pulação. Com o passar dos anos, o bloco incorporou na-
do texto reflete a similaridade conceitual estabele- 7 ções menos desenvolvidas do continente e instituiu uma
cida entre os substantivos. moeda única, o euro, que atraiu investidores e chegou a
b) A fusão dos elementos humanos à paisagem natu- ameaçar o domínio do dólar como reserva internacional
ral, em uma visão panorâmica, ratifica a ausência de 10 de valor. Mas a crise financeira mundial fez emergir as
artigos na primeira estrofe. fragilidades na estrutura econômica de algumas nações
c) Ao longo do texto, quase não há inserção de adje- do bloco. À medida que a turbulência dos mercados
tivos, dado o fato de a dinamicidade do texto não 13 se acentuou, veio à tona a irresponsabilidade fiscal de
promover espaço para o detalhamento. alguns países, sobretudo a Grécia. Diante do risco de que
d) O emprego da pontuação ao longo do texto sugere o deficit crescente no orçamento grego pudesse conta-
ausência de conhecimento sintático, promovendo 16 minar outros europeus com situação fiscal semelhante e
lentidão e morosidade na leitura. pôr em xeque a confiabilidade do bloco, líderes regionais
e) É empregada a sinonímia de estruturação sintática e reuniram-se às pressas na semana passada. Ao fim do
lexical na segunda estrofe. 19 encontro, chegou-se a um acordo para ajudar a Grécia.
Ainda que não tenha sido feita menção formal a um
41. (Funiversa/Iphan) Com base no texto, assinale a alter- resgate financeiro, a reunião serviu para acalmar o te-
nativa incorreta. 22 mor dos investidores internacionais. In: Veja, 17/2/2010,
a) Se, ao penúltimo verso, for dada a seguinte redação:
p. 57 (com adaptações).
Devagar... às janelas olham ter-se-á modificação se-
mântica da estrutura textual.
b) A variação da abordagem semântica na estrutura 43. (Funiversa) Cada uma das alternativas a seguir apresenta
sintática do texto tornou-o incoeso e inacessível ao reescritura de fragmento do texto. Assinale aquela em
leitor. que a reescritura mantém a ideia original.
c) Nenhum atributo é legado aos substantivos da se- a) A União Europeia lançou um novo andar para a inte-
gunda estrofe, porém, apesar desta característica, é gração política e econômica no globo (linhas 1 e 2).
perceptível a introdução de movimentação espacial. b) A cooperação entre seus países faria que a região
d) No texto, é possível verificar a ocorrência de artigo esbarrasse em outras potências, como os Estados
indefinido. Unidos e o Japão (linhas de 2 a 4).
e) No trecho “Devagar... as janelas olham.”, foi emprega- c) A crise, contudo, trouxe à tona a solidez da econo-
da a personificação, processo que humaniza objetos. mia de certos países que integram a União Europeia
(linhas de 10 a 12).
Partindo-se desse entendimento, vê-se que um bom “trata- d) Diante do risco de que o deficit crescente no or-
mento penal” não pode residir apenas na abstenção da vio- çamento grego pudesse influenciar outros países
lência física ou na garantia de boas condições para a custódia europeus que apresentam situação fiscal similar e
do indivíduo, em se tratando de pena privativa de liberdade: comprometer a confiabilidade da União Europeia, lí-
deve, antes disso, consistir em um processo de superação de deres regionais encontraram-se às pressas na semana
uma história de conflitos, por meio da promoção dos seus passada (linhas de 14 a 18).
direitos e da recomposição dos seus vínculos com a socie- e) Ainda que não tenha sido discutida uma solução fi-
dade, visando criar condições para a sua autodeterminação nanceira, o encontro teve como objetivo reduzir o
responsável. medo dos investidores internacionais (l. 20 a 22).
42. (Funiversa/Sejus) Nas alternativas a seguir, são apresen- GABARITO
tadas reescrituras de trechos do segundo parágrafo do
texto. Assinale aquela em que se preserva o sentido do
trecho original. 1. C 12. b 23. C 34. C
a) Um tratamento eficaz da pena não pode dispensar 2. E 13. a 24. b 35. E
3. E 14. C 25. a 36. C
Língua Portuguesa

a agressão física ou a garantia de uma permanência


prolongada do indivíduo por um certo tempo privado 4. E 15. C 26. E 37. C
de sua liberdade. 5. C 16. E 27. C 38. E
b) A abstenção da violência física e a garantia de boas 6. e 17. E 28. C 39. c
condições para a custódia do indivíduo correspondem 7. d 18. e 29. d 40. d
a um bom “tratamento penal”. 8. C 19. a 30. C 41. b
c) Em se tratando de pena privativa de liberdade, um bom 9. a 20. E 31. b 42. c
“tratamento penal” não é garantido pela falta de vio- 10. C 21. E 32. e 43. d
lência física ou pela boa guarda do detento na prisão. 11. C 22. a 33. E

112 Openbook Apostilas
.

.
SUMÁRIO
.

. Matemática
.
Números inteiros, racionais e reais ....................................................................................................................................... 3
.
Equações e inequações de 1º e de 2º graus ....................................................................................................................... 18
.
Sistema legal de medidas .................................................................................................................................................... 24
.
Razões e proporções ............................................................................................................................................................ 31

Divisão proporcional............................................................................................................................................................ 33

Regras de três simples e compostas.................................................................................................................................... 33

Percentagens........................................................................................................................................................................ 40

Juros simples e compostos: capitalização e descontos....................................................................................................... 43

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Openbook Apostilas
Matemática
Júlio Lociks

NÚMEROS NATURAIS a∈Neb∈N⇒a·b∈N

O conjunto dos números naturais é formado pelos • Numa multiplicação temos:


números cardinais, ou seja, aqueles que são usados para a· b = c
nos referirmos ao resultado de uma contagem de objetos. a e b são os fatores
0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, ... c é o produto

Representamos o conjunto dos números naturais como N. • O Elemento Neutro da multiplicação é, o 1 (um):
1·a=a·1=a
Sucessor
Sucessor de um número natural n é o número n + 1. • A multiplicação é comutativa:
• Todo número natural tem sempre um único sucessor. sempre vale a · b = b · a
• O sucessor de n é maior que n, ou seja, n + 1 > n.
• A multiplicação é associativa:
• O sucessor também pode ser chamado de sucessivo
sempre vale (a · b) · c = a · (b · c)
ou de consecutivo.
• Se n + 1 é o sucessor de n, então dizemos que n é o • A multiplicação é distributiva para a adição:
antecessor de n + 1. a · (b + c) = (a · b) + (a · c)
• O antecessor de n é n – 1.
• O antecessor também pode ser chamado de antece- • A multiplicação é distributiva para a subtração:
dente ou de precedente. a · (b – c) = (a · b) – (a · c)
• O antecessor de n é sempre menor que n, ou seja,
n – 1 < n. - Divisão
• A divisão de dois números naturais nem sempre
Operações com números naturais resulta número natural.
• A divisão é definida como a operação inversa da
- Adição multiplicação:
• A adição de dois números naturais sempre resulta a÷b=c⇒c·b=a
número natural.
a∈Neb∈N⇒a+b∈N • Numa divisão temos:
a÷b=c
• Numa adição temos: a é o dividendo
a+b=c b é o divisor
a e b são as parcelas c é o quociente de a por b
c é a soma ou total
• A divisão não é comutativa:
• O Elemento Neutro da adição é o zero: nem sempre vale a ÷ b = b ÷ a
0+a=a+0=a
• A divisão não é associativa:
• A adição é comutativa: nem sempre vale (a ÷ b) ÷ c = a ÷ (b ÷ c)
sempre vale a + b = b + a
• A divisão é distributiva à direita para a adição:
• A adição é associativa: (b ÷ c) ÷ a = (b ÷ a) + (c ÷ a)
sempre vale (a + b) + c = a + (b + c)
• A divisão é distributiva à direita para a subtração:
- Subtração (b – c) ÷ a = (b ÷ a) – (c ÷ a)
• A subtração de dois números naturais nem sempre
resulta número natural. Divisão Inteira (ou Divisão Euclideana)
• A subtração é definida como a operação inversa da
adição: A÷D→ → A = (Q · D) + R e 0 ≤ R < D
a–b=c⇔c+b=a
A é o dividendo
• Numa subtração temos: D é o divisor
a–b=c Q é o quociente
a é o minuendo R é o resto
b é o subtraendo
c é o resto ou a diferença entre a e b Divisibilidade e Números Primos
• A subtração não é comutativa: Múltiplo de um Número
nem sempre vale a – b = b – a
Múltiplo de um número inteiro é o produto deste nú-
Matemática

• A subtração não é associativa: mero por um inteiro qualquer.


nem sempre vale (a – b) – c = a – (b – c) Todo número inteiro não nulo tem infinitos múltiplos.
Assim, sendo n um número inteiro positivo qualquer, pode-
- Multiplicação mos indicar o conjunto dos múltiplos de n por:
• A multiplicação de dois números naturais sempre
resulta número natural. M(n) = {0, ±1n, ±2n, ±3n, ±4n, ±5n, ±6n, ±7n, ±8n, ....}

Openbook Apostilas 3
• Qualquer número inteiro é um múltiplo de 1: O número 74.022 é divisível por 3 pois 7 + 4 + 0 + 2 + 2
M(1) = {0, ±1, ±2, ±3, ±4, ±5, ...} = 15 que é divisível por 3.
• Somente o próprio zero é múltiplo de zero:
M(0) = {0} Divisibilidade por 9
• O zero é múltiplo de todos os números inteiros (zero Um número é divisível por 9 quando a soma dos valores
é o múltiplo universal). absolutos dos algarismos do número é divisível por 9.
O número 8.514 é divisível por 9, pois 8 + 5 + 1 + 4 = 18
Divisor de um Número que é divisível por 9.
Divisor de um número inteiro a é qualquer inteiro d tal Divisibilidade por 6
que a = d × n para algum inteiro n. Um número é divisível por 6 quando for divisível por 2
Deste modo, podemos indicar o conjunto dos divisores e também por 3.
de um inteiro a por:
O número 317.100 é divisível por 2 porque é par e tam-
bém é divisível por 3 pois 3+1+7+1+0+0 = 12.
D(a) = {d ∈ Z / ∃ n ∈ Z, d × n = a}
Logo o número 317.100 é divisível por 6.
• Quando d é um divisor de n diz-se que n é divisível
por d. Divisibilidade por 12
• O menor divisor positivo de um inteiro n qualquer é 1. Um número é divisível por 12 quando for divisível por
• O maior divisor de um inteiro n qualquer é n. 3 e também por 4.
• O número 1 é divisor de todos os números inteiros (1 O número 231.456, por exemplo, é divisível por 3 pois 2
é o divisor universal). + 3 + 1 + 4 + 5 + 6 = 21 e também é divisível por 4, pois
• O zero não pode ser divisor de qualquer número os dois últimos algarismos formam o número 56 que é
inteiro. divisível por 4. Logo 231.456 é divisível por 12.

Critérios de Divisibilidade Divisibilidade por 7


Um número é divisível por 7 quando a diferença entre
Um critério de divisibilidade é uma regra que permite as suas dezenas e o dobro do valor do seu algarismo
decidir se uma divisão é exata ou não, sem que seja preciso das unidades é divisível por 7.
executar a divisão. Assim, em 819 temos 81 dezenas e 9 unidades. Como
81 – (9 × 2) = 81 – 18 = 63 é divisível por 7, então o
Divisibilidade por 2 número 819 também é divisível por 7.
Um número é divisível por 2 sempre que o algarismo
das unidades for 0, 2, 4, 6 ou 8. Divisibilidade por 11
Assim, 91.596 é divisível por 2, pois seu algarismo das Um número é divisível por 11 quando a diferença entre
unidades é 6. a soma dos valores absolutos dos algarismos de ordem
ímpar (a partir das unidades) e a soma dos valores abso-
Divisibilidade por 5 lutos dos algarismos de ordem par é um múltiplo de 11.
Um número é divisível por 5 sempre que o algarismo No número 23.859, os algarismos de ordem ímpar, a
das unidades for 0 ou 5. partir das unidades, são 9, 8 e 2 cuja soma resulta 9 + 8 +
Então 74.380 é divisível por 5, pois seu algarismo das
2 = 19. Os algarismos de ordem par são 5 e 3 cuja soma
unidades é zero.
nos dá 5 + 3 = 8. Como a diferença entre estas duas so-
Divisibilidade por 10, 100, 1000 etc. mas é 19–8 = 11, o número 23.859 será divisível por 11.
Um número é divisível por 10, 100, 1.000 etc. quando
termina, respectivamente, com 1, 2, 3 etc. zeros à direita. Divisibilidade por 13
Então 2.900, 14.000 e 780 são divisíveis, respectivamen- Um número é divisível por 13 quando a soma das suas
te, por 100, por 1.000 e por 10. dezenas com o quádruplo do valor do seu algarismo
das unidades é divisível por 13.
Divisibilidade por 4 O número 351 é divisível por 13 pois 35 + (1 × 4) = 35
Um número é divisível por 4 quando os seus dois últimos + 4 = 39 que é divisível por 13.
algarismos formam um número divisível por 4.
Deste modo, 73.996, que termina em 96, é divisível por Números Primos
4, pois o próprio 96 é divisível por 4.
Dizemos que um número inteiro é primo quando ele
Divisibilidade por 8 tem exatamente dois divisores positivos.
Um número é divisível por 8 quando os seus três últimos
algarismos formarem um número divisível por 8. p é primo ↔ D(p) = {1, p}
Assim, 158.960 é divisível por 8 porque os seus três
últimos algarismos formam o número 960 que é divi-
sível por 8. Exemplos:
O número 19 é primo, pois tem exatamente dois divi-
Divisibilidade por 25 sores positivos, que são: 1 e 19.
Um número é divisível por 25 quando os seus dois últi- Já o número 91 não é primo, pois tem mais de 2 divisores
mos algarismos formam 25, 50, 75 ou 00. Portanto, os inteiros: 1, 7, 13 e 91.
Matemática

números 17.475, 854.325, 79.000 e 123.450 são todos O número 1 também não é primo, pois tem apenas um
divisíveis por 25. divisor positivo: ele próprio.

Divisibilidade por 3 Existem infinitos números primos. Citando apenas os


Um número é divisível por 3 quando a soma dos valores primeiros números primos positivos, teríamos: 2, 3, 5, 7, 11,
absolutos dos algarismos do número é divisível por 3. 13, 17, 19, 23, 29, 31, 37, ....

4 Openbook Apostilas
Números Compostos (Nº de divisores naturais de N)
= (a+1) × (b+1) × (c+1) × ..... × (n+1)
Denominamos número composto a todo número que
tenha mais que dois divisores positivos. Exemplo:
Decompondo o número 12 em fatores primos obtemos:
Exemplos: 12 = 22 × 31, onde os expoentes são 2 e 1.
O número 18 é composto pois tem mais que dois divi- Então, o total de divisores naturais de 12 é (2  +  1)  ×
sores positivos: 1, 2, 3, 6, 9 e 18. (1+1) = 3 × 2 = 6.
O número 1 não é composto pois tem apenas um divisor
positivo: ele próprio.
Exercícios Resolvidos
Reconhecimento de Números Primos
1. Determinar o algarismo de menor valor pelo qual se pode
Para saber se um inteiro n é primo ou não, pode-se substituir a letra x em cada um dos números abaixo, de
proceder da seguinte forma: modo que se obtenha o que é afirmado:
a) 872x é divisível por 2.
1o Consideramos as divisões de n por todos os números b) 872x é divisível por 2 e por 3.
primos p, tais que o quociente da divisão de n por p c) 514x é divisível por 4 e por 9.
seja, em valores absolutos, maior que o próprio p;
2o n será primo se, e só se, nenhuma destas divisões Soluções:
for exata. a) 872x será divisível por 2 somente se x for 0, 2, 4, 6 ou
8. O menor valor para x é 0.
Exemplo: b) Se 872x é divisível por 2, então x é 0, 2, 4, 6 ou 8. Por
Deseja-se saber se o número 131 é ou não primo. outro lado, se 872x é divisível por 3, então 8 + 7 + 2 + x
Ao considerarmos as divisões 131 ÷ 2, 131 ÷ 3, 131 ÷ 5, = 17 + x também é divisível por 3.
131 ÷ 7 e 131 ÷ 11, observamos (aproveitar os critérios Então x é 4, pois é o único valor de x que faz a soma
de divisibilidade apresentados) que nenhuma delas é divisível por 3: 17 + 4 = 21.
exata e que a divisão 131÷13 já apresenta quociente c) 514x será divisível por 4 somente se 4x for divisível por
menor que o próprio 13. Então 131 é primo. 4. Temos 40 → x = 0, 44 → x = 4, ou 48 → x = 8.
Por outro lado, se 514x é divisível por 9, então 5 + 1 + 4
Decomposição de um número em fatores primos + x = 10 + x também é divisível por 9.
Então x deverá ser 8, pois é o único valor de x que faz a
Todo número composto pode ser expresso com um soma divisível por 9: 10 + 8 = 18.
produto de dois ou mais fatores, todos primos.
Para decompor um número composto qualquer em 2. Qual é o menor número que se deve subtrair de 57.638
fatores primos, devemos: para que se obtenha um múltiplo de 4?
• dividir o número dado pelo menor de seus divisores
primos positivos;
• repetir este procedimento com cada um dos quocien- Solução:
tes obtidos, até que o quociente encontrado seja ±1; A divisão de 57.638 por 4 tem resto igual ao resto da
• o número composto será igual ao produto de todos divisão de 38 (são os dois últimos algarismos) por 4, ou
os divisores primos utilizados. seja, tem resto 2. Se subtraíssemos este 2 ao 57.638, a
diferença, 57.636, seria divisível por 4 e, portanto, seria
Exemplo: um múltiplo de 4. Assim, deve-se subtrair 2.
Decompor o número 126 em fatores primos.
Anotando o menor divisor primo sempre à direita de 3. Qual é o menor número que se deve adicionar a 3.421
cada valor considerado e cada quociente imediatamente para que se obtenha um múltiplo de 3?
abaixo do dividendo anterior, poderemos apresentar a
fatoração como segue: Solução:
A divisão de 3.421 por 3 tem resto igual ao resto da divi-
126 ÷2 são de 10 (que é 3 + 4 + 2 + 1) por 3, ou seja, tem resto
63 ÷3 1. O menor valor que se pode acrescentar a este 1 de
21 ÷3 modo que a soma seja divisível por 3 é 2, pois 1 + 2 = 3.
7 ÷7 Assim, deve-se adicionar 2.
1
4. Determinar se o número 343 é primo ou se é composto.
Então a decomposição de 126 em fatores primos nos deu
Solução:
2 × 3 × 3 × 7 = 21 × 32 × 71. Utilizando os critérios de divisibilidade concluímos que
343 não é divisível por 2, nem por 3, nem por 5, mas
Total de Divisores Naturais de um Número Composto a divisão dele por 7 será exata. Logo 343 não é primo.

Se a decomposição em fatores primos de um número 5. Determinar se o número 151 é primo ou se é composto.


Matemática

composto N é
Solução:
N = pa × qb × rc × .... × tn Considerando as divisões de 151 por 2, por 3, por 5, por
7, por 11 e por 13, observamos que nenhuma delas é
onde a, b, c, ...,n são os expoentes dos fatores primos exata e ainda 151 por 13 tem quociente menor que o
p, q, r, ..., t , então, o total de divisores naturais do número N é próprio 13. Então 151 é primo.

Openbook Apostilas 5
6. Decompor o número 1.260 em fatores primos: Mínimo Múltiplo Comum e
Solução:
Máximo Divisor Comum
1260 ÷2
630 ÷2 Múltiplos Comuns e Mínimo Múltiplo Comum
315 ÷3
105 ÷3 Dados dois ou mais números inteiros não nulos, os
35 ÷5 conjuntos dos múltiplos destes números terão sempre infi-
7 ÷7 nitos elementos comuns a todos eles, aos quais chamamos
1 múltiplos comuns.
Observe os conjuntos dos múltiplos dos números 3, 4
Então, temos: 1.260 = 22 × 32 × 51 × 71 e 6, que são respectivamente:

M(3) = {0, ±3, ±6, ±9, ±12, ±15, ±18,


Exercícios propostos
±21, ±24, ±27, ±30, ±33, ±36 ....},
1. Qual o menor algarismo que deve ocupar o lugar de x no
número 2x59 para que se obtenha um múltiplo de 3? M(4) = {0, ±4, ±8, ±12, ±16, ±20, ±24,
2. Qual o maior algarismo que deve ocupar o lugar de x no ±28, ±32, ±36, ±40, ±44, ...}
número 259x para que se obtenha um múltiplo de 4?
3. Qual o algarismo que deve ocupar o lugar de x no nú- e M(6) = {0, ±6, ±12, ±18, ±24,
mero 432x para que se obtenha um múltiplo de 7? ±30, ±36, ±42,.........}.
4. Determinar se o número 1.701 é primo ou se é composto.
5. Determinar se o número 973 é primo ou se é composto.
­ Neles podemos notar os primeiros múltiplos comuns
6. Determinar se o número 151 é primo ou se é com­posto. a 3, 4 e 6 que estão destacados em negrito nos conjuntos
7. Qual é o menor número que se deve subtrair de 52.647 acima: 0, ±12, ±24 e ±36.
para que se obtenha um múltiplo de 9? Denominamos mínimo múltiplo comum (MMC)
8. Decompor o número 6.600 em fatores primos. de dois ou mais números inteiros e não nulos ao menor nú-
9. Qual é o menor número que se deve adicionar a 316.436 mero positivo que seja múltiplo de todos os números dados.
para que se obtenha um múltiplo de 5? Assim, no exemplo dado o MMC dos números 3, 4 e 6
10. Determinar o conjunto de todos os divisores positivos é o 12, pois ele é o menor número positivo que é múltiplo,
de 36. simultaneamente, de 3, de 4 e de 6.
11. Qual é o menor número inteiro positivo cujo triplo é
divisível por 9, 11 e 14?
MMC(3, 4, 6) = 12
12. Qual o menor número natural não nulo que se deve
multiplicar por 4.500 para se obter um número divisível
Determinação do MMC por decomposições em fatores
por 2.520?
primos
13. Numa lista de números há dez números primos distintos,
dez números pares distintos e dez números ímpares
distintos. Qual é a menor quantidade de números que Determinar o MMC dos números 36, 45 e 60:
esta lista pode ter?
14. Sophia guardou 972 figurinhas em várias caixas de tal 1º Decompor os números dados em fatores primos:
modo que a segunda caixa ficou com o dobro do número
de figurinhas da primeira; a terceira caixa ficou com o 36 = 22 × 32
dobro do número de figurinhas das duas primeiras caixas 45 = 32 × 51
juntas; a quarta, com o dobro do total de figurinhas das 60 = 22 × 31 × 51
três primeiras; e assim por diante até a última caixa.
Sabendo que o número de caixas empregado foi o maior 2º O MMC de 36, 45 e 60 será o produto de todos os
possível, quantas caixas Sophia usou ao todo? fatores primos encontrados, tomados sempre com
15. Considere todos os números inteiros e positivos m tais os maiores expoentes com os quais cada um deles
que as divisões do tipo 120 ÷ m tenham sempre resto ocorreu dentre todos os números decompostos:
igual a 18. Nestas condições, qual é o valor da soma de
todos os valores possíveis de m? MMC(36, 45, 60) = 22 × 32 × 51
= 4 × 9 × 5 = 180
GABARITO Determinação do MMC pelo processo simplificado

1. x = 2 9. 4 Determinar o MMC dos números 36, 45 e 60:


2. x = 6 10. {1, 2, 3, 4, 6, 9, 12, 18, 36}
3. x = 6 11. 462 1º Traçar uma linha vertical, anotando à sua esquerda
Matemática

4. Composto 12. 14 todos os números dados;


5. Composto 13. 20
6. Primo 14. 6 caixas 36, 45, 60
7. 6 15. 187
8. 23 × 3 × 52 × 11

6 Openbook Apostilas
2º Escrever à direita da linha vertical o menor número Determinação do MDC pelo processo simplificado
primo capaz de dividir algum dos números da
esquerda, anotando abaixo destes o resultado da Determinar o MDC dos números 360, 420, 600:
divisão (se divisível) ou repetindo o número (se a
divisão não for exata), e repetir o procedimento até 1º Traçar uma linha vertical, anotando à sua esquerda
que todos estes sejam reduzidos à unidade: todos os números dados;

36, 45, 60 2 360, 420, 600


18, 45, 30 2
9, 45, 15 3
3, 15, 5 3
1, 5, 5 5
1, 1, 1 2º Escrever à direita da linha vertical o menor número
primo capaz de dividir todos os números da esquer-
3º O MMC de 36, 45 e 60 será o produto de todos os da, anotando abaixo destes o resultado de cada
números primos encontrados à direita: divisão e repetir o procedimento até que algum
deles seja reduzido à unidade ou que não seja mais
MMC(36, 45, 60) = 2 × 2 × 3 × 3 × 5 = 180 possível encontrar um número primo que divida
todos os números restantes:
Divisores Comuns e Máximo Divisor Comum
360, 420, 600 2
Dados dois ou mais números inteiros não nulos, os con- 180, 210, 300 2
juntos dos divisores destes números terão sempre dois ou 90, 105, 150 3
mais elementos comuns a todos eles, aos quais chamamos 30, 35, 50 5
15, 7, 10
divisores comuns.
Observe os conjuntos dos divisores dos números 12, 18
3º O MDC de 360, 420, 600 será o produto de todos os
e 30. Neles podemos notar os divisores comuns, que estão
números primos encontrados à direita:
destacados em negrito:
MDC(360, 420, 600) = 2 × 2 × 3 × 5 = 60
D(12) = {± 1, ± 2, ± 3, ± 4, ± 6, ± 12},

D(18) = {± 1, ± 2, ± 3, ± 6, ± 9, ± 18} Propriedades do MMC e do MDC

e D(30) = {± 1, ± 2, ± 3, ± 5, ± 6, ± 10, ± 15, ±30}. • Se o MDC(a, b) = 1, então a e b são denominados


primos relativos ou primos entre si.
Denominamos máximo divisor comum (MDC) de dois Exemplo: MMC(25, 36) = 1. Então 25 e 36 são primos
ou mais inteiros não nulos, ao maior dos divisores comuns entre si.
aos números apresentados.
• MMC(a, n × a) = n × a e MDC(a, n × a) = a.
Assim, o MDC dos números 12, 18 e 30 é 6, pois ele é
Exemplo: MMC(15, 30) = 30 e MDC(15, 30) = 15, pois
o maior número que divide, simultaneamente, 12, 18 e 30.
30 = 2 × 15.
MDC(12, 18, 30) = 6
• MMC(a, b) × MDC(a, b) = a × b.
Exemplo: 84 × 90 = 7.560. Então MMC(84, 90) ×
O conjunto dos divisores comuns (DC) a dois ou mais
MDC(84, 90) = 7.560.
inteiros não nulos sempre coincide com o conjunto dos
divisores do MDC destes números:
• Se MMC(a, b) = m, então MMC(ka, kb) = km (k ≠ 0).
Exemplo: MMC(6,8) = 24. Então MMC(60, 80) = 240
DC(12, 18, 30) = D(6) = {± 1, ± 2, ± 3, ± 6}
(que é 24 × 10).
Determinação do MDC por decomposições em fatores
• Se MDC(a, b) = d então MDC(ka, kb) = kd (k ≠ 0).
primos
Exemplo: MDC(6,8) = 2. Então MDC(60, 80) = 20 (que
é 2 × 10).
Determinar o MDC dos números 120, 140 e 200:
• Dois números consecutivos são sempre primos entre
1º Decompor os números dados em fatores primos: si, ou seja, MDC(n, n + 1) = 1.
Exemplo: MDC(25, 26) = 1.
120 = 23 × 31 × 51
140 = 22 × 51 × 71 • Se dois ou mais números são, dois a dois, primos entre
200 = 23 × 52 si, o seu MMC será o produto deles.
Exemplo: MMC(4, 5, 9) = 4 × 5 × 9 = 180, pois 4, 5 e 9
2º O MDC de 120, 140 e 200 será o produto dos são, dois a dois, primos entre si.
Matemática

fatores primos comuns, tomados sempre com


os menores expoentes com os quais cada um deles Exercícios Resolvidos
ocorreu dentre todos os números decompostos:
1. Determinar o menor número positivo que é múltiplo, ao
MDC(120, 140, 200) = 22 × 51 = 4 × 5 = 20 mesmo tempo, de 3, de 4, de 5 e de 7.

Openbook Apostilas 7
Solução: Solução:
O menor número positivo que é múltiplo comum a 3, 4, Se N deixa resto 3 nas três divisões, então N–3 é divisível
5 e 7 é o MMC(3, 4, 5, 7). por 6, por 8 e por 10. Portanto, N–3 é um múltiplo comum
de 6, 8 e 10, que tem três alga­rismos.
3, 4, 5, 7 2 O MMC(6, 8, 10) é 120, que já tem três algarismos. Assim,
3, 2, 5, 7 2 o valor procurado é 120.
3, 1, 5, 7 3
1, 1, 5, 7 5 6. Quantos divisores inteiros têm em comum os números
1, 1, 1, 7 7 72 e 120?
1, 1, 1, 1
Solução:
MMC(3, 4, 5, 7) = 2 × 2 × 3 × 5 × 7 = 420
Os divisores comuns de 72 e 120 serão os divisores do
seu MDC, que é 24.
2. Determinar o menor inteiro positivo de três algarismos
O número 24 tem, ao todo, 16 divisores:
que é divisível, ao mesmo tempo, por 2, por 3 e por 4.

Solução: ± 1, ± 2, ± 3, ± 4, ± 6, ± 8, ± 12 e ± 24
Ser divisível por 2, 3 e 4 é ser múltiplo de 2, 3 e 4. Assim,
procuramos o menor múltiplo comum a 2, 3 e 4 que seja Que são os divisores comuns de 72 e 120.
positivo e tenha três algarismos.
MMC(2, 3, 4) = 12 Exercícios PROPOSTOS

Como 12 não tem três algarismos, o número procurado 1. Ao proceder-se a divisão de um certo número N por 12
deverá ser um múltiplo de 12 que tenha três algarismos: ou por 15 ou por 27, obteve-se sempre o mesmo resto
4 e quocientes maiores que zero. Determinar o menor
12 × 1 = 12 12 × 2 =24 12 × 3 valor positivo possível para N.
= 36 ... 12 × 9 = 108 2. Quantos divisores positivos têm em comum os números
48 e 204?
O menor múltiplo positivo de 12 com três algarismos é 3. Sejam A = 24 × 32 × 54 e B = 23 × 33 × 51 × 72, determinar
108, que, deste modo, é o número procurado. o MMC(A, B).
4. Sejam A = 32 × 53 × 114 e B = 23 × 33 × 51 × 72, determinar
3. Sabe-se que os números 36, 48 e 204 têm vários divisores o MDC(A, B).
comuns, como, por exemplo, o 2 e o 4. Determinar o maior 5. Sejam A = 32 × 53 × 72, B = 23 × 33 × 51 × 114 e C = 22 × 73 ×
dos divisores comuns a 36, 48 e 204. 112 determinar o MDC(A, B, C).
6. Sejam A = 23 × 3x × 5y e B = 104 × 38. Se o MDC(A, B) é
Solução:
360, então quanto vale x + y?
O maior dos divisores comuns a 36, 48 e 204 é o MDC
7. Um trenzinho de brinquedo percorre uma pista circular
destes números, ou seja:
parando de 6 em 6 estações. Quantas voltas na pista o
trenzinho deverá dar até parar novamente na estação
36, 48, 204 2
de onde partiu se a pista tem ao todo 20 estações?
18, 24, 102 2
8. Um trenzinho de brinquedo percorre uma pista
9, 12, 51 3
circular parando de 6 em 6 estações. Quantas paradas o
3, 4, 17
trenzinho fará até encontrar-se novamente na estação
de onde partiu se a pista tem ao todo 20 estações?
MDC(36, 48, 204) = 2 × 2 × 3 = 12
9. A soma de dois números maiores que 20 é 216. Deter-
4. Determine os menores números inteiros positivos pelos mine-os sabendo que o seu MDC é 18.
quais devem ser divididos os números 72 e 120 de modo 10. Quantos números inteiros positivos e não maiores que
que se obtenham divisões exatas com quocientes iguais. 432 são primos relativos com 432?

Solução: GABARITO
O quociente comum às duas divisões deverá ser o
MDC(72, 120), que é 24. 1. 544
2. 6 divisores comuns
72 ÷ 24 = 3 e 120 ÷ 24 = 5 3. MMC(A,B) = 24 × 33 × 54 × 72
portanto: 72 ÷ 3 = 24 e 120 ÷ 5 = 24 4. MDC(A,B) = 32 × 51
5. MDC(A,B,C) = 1
Matemática

Assim, os números procurados são 3 e 5. 6. x + y = 2 + 1 = 3


7. 3 voltas
5. O número N é um inteiro positivo de três algarismos que 8. 10 paradas
deixa o mesmo resto 3 nas divisões por 6, por 8 e por 10. 9. 90 e 126
Qual é o menor valor possível para N? 10. 144

8 Openbook Apostilas
Números inteiros O oposto de 5 é –5.
operações e propriedades O simétrico de 6 é –6.
O oposto de zero é o próprio zero.
Neste capítulo será feita uma revisão dos aspectos
mais importantes sobre as operações de adição, subtração, Dois números simétricos sempre têm o mesmo módulo.
multiplicação e divisão com números inteiros.
Exemplo:
|–3| = 3 e |3| = 3
Adição
Operações com números inteiros (Z)
Os termos da adição são chamados parcelas e o resul-
tado da operação de adição é denominado soma ou total.
Qualquer adição, subtração ou multiplicação de dois
números inteiros sempre resulta também um número inteiro.
1ª parcela + 2ª parcela = soma ou total
Dizemos então que estas três operações estão bem definidas
em Z ou, equivalentemente, que o conjunto Z é fechado para
• A ordem das parcelas nunca altera o resultado de
qualquer uma destas três operações.
uma adição:
As divisões, as potenciações e as radiciações entre dois
a+b=b+a
números inteiros nem sempre têm resultado inteiro. Assim,
dizemos que estas três operações não estão bem definidas
• O zero é elemento neutro da adição:
no conjunto Z ou, equivalente­mente, que Z não é fechado
0+a=a+0=a
para qualquer uma destas três operações.
Subtração Adições e subtrações com números inteiros
O primeiro termo de uma subtração é chamado mi-
Existe um processo que simplifica o cálculo de adições
nuendo, o segundo, subtraendo e o resultado da operação
e subtrações com números inteiros. Observe os exemplos
de subtração é denominado resto ou diferença.
seguintes:
minuendo − subtraendo = resto ou diferença
Exemplo1:
Calcular o valor da seguinte expressão:
• A ordem dos termos pode alterar o resultado de uma
10 – 7 – 9 + 15 – 3 + 4
subtração:
a – b ≠ b – a (sempre que a ≠ b)
Solução:
• Se adicionarmos uma constante k ao minuendo, o
Faremos duas somas separadas
resto será adicionado de k.
– uma só com os números positivos:
• Se adicionarmos uma constante k ao subtraendo, o
10 + 15 + 4 = +29
resto será sub­traído de k.
– outra só com os números negativos:
• A subtração é a operação inversa da adição:
(–7) + (–9) + (–3) = –19
M − S = R ↔ R + S = M
Agora calcularemos a diferença entre os dois totais
• A soma do minuendo com o subtraendo e o resto é
encontrados.
sempre igual ao dobro do minuendo.
+29 – 19 = +10
M+S+R=2×M
Atenção!
Valor absoluto
É preciso dar sempre ao resultado o sinal do nú-
mero que tiver o maior valor absoluto!
O valor absoluto de um número inteiro indica a distância
deste número até o zero quando consideramos a represen-
tação dele na reta numérica. Exemplo2:
Calcular o valor da seguinte expressão:
Atenção: –10 + 4 – 7 – 8 + 3 – 2
• O valor absoluto de um número nunca é negativo,
pois representa uma distância. 1º passo: Achar os totais (+) e (–):
• A representação do valor absoluto de um número (+): +4 + 3 = +7
n é | n |. (Lê-se “valor absoluto de n” ou “módulo (–): –10 – 7 – 8 – 2 = –27
de n”.)
2º passo: Calcular a diferença dando a ela o sinal do total
que tiver o maior mó­dulo:
–27 + 7 = –20
Números simétricos
Dois números a e b são ditos simétricos ou opostos
Multiplicação
Matemática

quando:
a+b=0
Os termos de uma multiplicação são chamados fatores
Exemplos: e o resultado da operação de multiplicação é denominado
–3 e 3 são simétricos (ou opostos) pois (–3) + (3) = 0. produto.
4 e – 4 são simétricos (ou opostos) pois (4) + (–4) = 0. 1º fator × 2º fator = produto

Openbook Apostilas 9
• O primeiro fator também pode ser chamado multipli- Multiplicações e divisões com números inteiros
cando enquanto o segundo fator pode ser chamado
multiplicador. Nas multiplicações e divisões de dois números inteiros
é preciso observar os sinais dos dois termos da operação:
• A ordem dos fatores nunca altera o resultado de uma
multiplicação: Exemplos:
a×b = b×a
SINAIS IGUAIS → (+) SINAIS OPOSTOS → (–)
• O número 1 é elemento neutro da multiplicação:
(+5) × (+2) = +10 (+5) × (–2) = –10
1×a = a×1 = a
(–5) × (–2) = +10 (–5) × (+2) = –10
• Se adicionarmos uma constante k a um dos fatores, (+8) ÷ (+2) = +4 (+8) ÷ (–2) = –4
o produto será adicionado de k vezes o outro fator: (–8) ÷ (–2) = +4 (–8) ÷ (+2) = –4
a×b = c ↔ (a+k)×b = c+(k×b)
Exercícios Resolvidos
• Se multiplicarmos um dos fatores por uma constante
k, o produto será multiplicado por k. 1. Numa adição com duas parcelas, se somarmos 8 à pri-
meira parcela, e subtrairmos 5 da segunda parcela, o
a×b = c ↔ (a×k)×b = k×c
que ocorrerá com o total?
• Podemos distribuir um fator pelos termos de uma Solução:
adição ou subtração qualquer: Seja t o total da adição inicial.
Ao somarmos 8 a uma parcela qualquer, o total é acres-
a×(b±c) = (a×b) ± (a×c) cido de 8 unidades:

Divisão Inteira t+8

Na divisão inteira de N por D ≠ 0, existirá um único par Ao subtrairmos 5 de uma parcela qualquer, o total é
de inteiros, Q e R, tais que: reduzido de 5 unidades:

Q × D + R = N e 0 ≤ R < D(onde D é o valor t+8–5 = t+3


absoluto de D)
Portanto o total ficará acrescido de 3 unidades.
A segunda condição significa que R (o resto) nunca pode
2. Numa subtração, a soma do minuendo com o subtraendo
ser negativo.
e o resto é igual a 264. Qual é o valor do minuendo?
Os quatro números envolvidos na divisão inteira são
assim denominados: Solução:
N é o dividendo; D é o divisor (sempre diferente de Sejam m o minuendo, s o subtraendo e r o resto de uma
zero); subtração qualquer, é sempre verdade que:
Q é o quociente; R é o resto (nunca negativo). m–s=r →s+r=m
(a soma de s com r nos dá m)
Exemplos:
1) Na divisão inteira de 60 por 7 o dividendo é 60, o Ao somarmos os três termos da subtração, m + s + r ,
divisor é 7, o quociente é 8 e o resto é 4. observamos que a adição das duas últimas parcelas, s +
r, resulta sempre igual a m. Assim poderemos escrever:
8 × 7 + 4 = 60 e 0 ≤ 4 < 7 m + (s + r) = m + m = 2m

2)
Na divisão inteira de – 60 por 7 o dividendo é – 60, O total será sempre o dobro do minuendo.
o divisor é 7, o quociente é –9 e o resto é 3. Deste modo, temos:
m + s + r = 264
–9 × 7 + 3 = – 60 e 0 ≤ 3 < 7 2m = 264
m = 264 ÷ 2 = 132
• Quando ocorrer R = 0 na divisão de N por D, teremos Resp.: O minuendo será 132.
Q × D = N e diremos que a divisão é exata indicando-a
como N ÷ D = Q. 3. Numa divisão inteira, o divisor é 12, o quociente é 5 e o
• Quando a divisão de N por D for exata diremos que N resto é o maior possível. Qual é o dividendo?
é divisível por D e D é divisor de N ou, equivalente-
mente, que N é múltiplo de D e D é fator de N. Solução:
Se o divisor é 12, então o maior resto possível é 11,
• O zero é divisível por qualquer número não nulo: D ≠
pois o resto não pode superar nem igualar-se ao divisor.
0 → 0 ÷ D = 0. Assim, chamando de n o dividendo procurado, teremos:
• Todo número inteiro é divisível por 1: ∀N, N ÷ 1 = N.
Matemática

n = (quociente) × (divisor) + (resto)


• Se multiplicarmos o dividendo (N) e o divisor (D) de n = 5 × 12 + 11
uma divisão por uma constante k ≠ 0, o quo­ciente (Q) n = 60 + 11
não será alterado mas o resto (R) ficará multiplicado n = 71
por k, se R × k < D, ou será igual ao resto da divisão
de R × k por D, se R × k ≥ D. O dividendo procurado é 71.

10 Openbook Apostilas
Exercícios PROPOSTOS Números racionais
1. Numa adição com três parcelas, o total era 58. Somando- Operações e Propriedades
-se 13 à primeira parcela, 21 à segunda e subtraindo-se
10 da terceira, qual será o novo total? Conceito
2. Numa subtração a soma do minuendo com o sub­traendo
e o resto resultou 412. Qual o valor do mi­nuendo? Dados dois números inteiros a e b, com b ≠ 0, denomina-
3. O produto de dois números é 620. Se adicionássemos a
5 unidades a um de seus fatores, o produto ficaria au- mos número racional a todo número x =  , tal que x × b = a .
b
mentado de 155 unidades. Quais são os dois fatores?
a
4. Numa divisão inteira, o divisor é 12, o quociente é uma x= ↔ x ⋅ b = a (com a ∈ Z e b ∈ Z*)
b
unidade maior que o divisor e o resto, uma unidade
menor que o divisor. Qual é o valor do dividendo?
5. Certo prêmio será distribuído entre três vendedores de Representação Fracionária
modo que o primeiro receberá R$ 325,00; o segundo
receberá R$ 60,00 menos que o primeiro; o terceiro Denominamos representação fracionária ou simples-
receberá R$ 250,00 menos que o primeiro e o segundo mente fração à expressão de um número racional na forma
a.
juntos. Qual o valor total do prêmio repartido entre os
b
três vendedores?
6. Um dicionário tem 950 páginas; cada página é dividida
em 2 colunas; cada coluna tem 64 linhas; cada linha tem, Representação Decimal de um Número Racional
em média, 35 letras. Quantas letras há nesse dicionário?
7. Uma pessoa ganha R$ 40,00 por dia de trabalho e gasta A representação decimal de um número racional poderá
R$ 800,00 por mês. Quanto ela economizará em um ano resultar em um do três casos seguintes:
se ela trabalhar, em média, 23 dias por mês?
Inteiro
8. Um negociante comprou 8 barricas de vinho, to-
das com a mesma capacidade. Tendo pago R$ 7,00 Neste caso, a fração correspondente ao inteiro é deno-
o litro e vendido a R$ 9,00, ele ganhou, ao todo, minada fração aparente.
R$ 1.760,00. Qual era a capacidade de cada barrica?
9. Em um saco havia 432 balinhas. Dividindo-as em três 14 –9 0
montes iguais, um deles foi repartido entre 4 meninos =7 = –1 =0
2 9 13
e os dois montes restantes foram repartidos entre 6
meninas. Quantas balinhas recebeu cada menino e cada Expansão Decimal Finita
menina?
10. Marta, Marisa e Yara têm, juntas, R$ 275,00. Mari- Neste caso, há sempre uma quantidade finita de alga-
sa tem R$ 15,00 mais do que Yara e Marta possui rismos na representação decimal.
R$ 20,00 mais que Marisa. Quanto tem cada uma das
três meninas?
–3 5 3
11. Do salário de R$ 3.302,00, Seu José transferiu uma = –1,5 = 1,25 0,375
parte para uma conta de poupança. Já a caminho 2 4 8
de casa, Seu José considerou que se tivesse trans-
Expansão Decimal Infinita Periódica
ferido o dobro daquele valor, ainda lhe restariam
R$ 2.058,00 do seu salário em conta corrente. De quanto
Esta representação também é conhecida como dízima
foi o depósito feito?
periódica pois, nela, sempre ocorre alguma sequência finita
12. Renato e Flávia ganharam, ao todo, 23 bombons. Se
de algarismos que se repete indefinidamente. Esta sequência
Renato comesse 3 bombons e desse 2 para Flávia, eles
é denominada período.
ficariam com o mesmo número de bombons. Quantos
bombons ganhou cada um deles?
1 1
= 0,333... = 0,1666...
GABARITO 3 6

Determinação de uma Fração Geratriz


1. 82
2. 206
Todos os números com expansão decimal finita ou infi-
3. 20 e 31
4. 167 nita e periódica sempre são números racionais. Isto significa
5. R$ 930,00 que sempre existem frações capazes de representá-los. Estas
6. 4.256.000 frações são denominadas frações geratrizes.
7. R$ 1.440
Matemática

8. 110 litros Como determinar uma fração geratriz


9. Cada menino recebeu 36 e cada menina, 48
10. Marta: R$ 110,00, Marisa: R$ 90,00 e Yara: R$ 75,00 1o Caso - Números com expansão decimal finita
11. R$ 622,00 A quantidade de algarismos depois da vírgula
12. Renato: 15 e Flávia: 8 dará o número de “zeros” do denominador:

Openbook Apostilas 11
816 Se numa divisão inteira não exata o valor absoluto do
8,16 = dividendo for maior que o do divisor, então, pode-se repre-
100 sentar o seu resultado por um número misto.
524 Exemplo:
52,4 =
10 A divisão inteira de 30 por 7 não é exata, dando quo-
ciente 4 e resto 2. Então, pode-se escrever:
0035 35
0,035 = = 30 2
1000 1000 =4
7 7
2o Caso -
Dízimas Periódicas
Seja a,bc...nppp... uma dízima periódica onde Adição e Subtração de Frações
os primeiros algarismos, indicados generica-
mente por a , b , c...n , não fazem parte do Com Denominadores Iguais
período p.
abc... np − ab... n Conserva-se o denominador, adicionando ou subtraindo
A fração será uma gera­triz da os numeradores.
99...900...0
dízima perió­dica a,bc...nppp... se: 3 5 7 3+5−7 1
1o - o número de ‘noves’ no denominador for + − = =
20 20 20 20 20
igual à quantidade de algarismos do período;
2o - houver um ‘zero’ no denominador para Com Denominadores Diferentes
cada algarismo aperiódico (bc...n) após a
vírgula. Substituem-se as frações dadas por outras, equivalentes,
cujo denominador será o MMC dos denominadores dados:
Exemplo:
período: 32 (dois “noves” no denomina- 1 3 1 m.m.c(6, 4, 2 )=12 2 9 6 2+9−6 5
+ −  → + − = =
dor) 6 4 2 12 12 12 12 12
atraso de 1 casa (1 “zero” no denominador)
parte não-periódica: 58 5 1 1 10 3 6 10 + 3 − 6 7
+ − = + − = =
fração geratriz: 6 4 2 12 12 12 12 12
5832 − 58 5774
990
=
990
Multiplicação de Frações

Para multiplicar duas ou mais frações deve-se:


período: 4 (1 “nove” no denominador) 1o) multiplicar os numeradores, encontrando o novo
atraso de duas casas (2 “zeros”) numerador;
parte não-periódica: 073 2o) multiplicar os denominadores, encontrando o novo
fração geratriz: denominador.

0734 − 073 734 − 73 661 2 3 1 2 × 3 ×1 6 simplific. por 6 1


= = × × = =   →
900 900 900 5 4 6 5 × 4 × 6 120 20

1 2 7 1 × 2 × 7 14 simplif . por 2 7
período: 034 (três “noves” no denomi- × × = =  → =
nador) 6 5 4 6 × 5 × 4 120 60
não houve atraso do período (não ha-
verá “zeros” no denominador) 1 1 1 2 1 1× 2 ×1 2
×2× = × × = =
parte não periódica: 6 3 5 3 1 5 3 × 1 × 5 15
fração geratriz: 6034 − 6
999 Divisão Envolvendo Frações
período: 52 (dois “noves”) Para efetuar uma divisão onde pelo menos um dos
não houve atraso do período (não haverá números envolvidos é uma fração, devemos multiplicar o pri-
“zeros” no denominador) meiro número (dividendo) pelo inverso do segundo (divisor).
parte não periódica: 0
052 − 0 52 2 4 2 7 2 × 7 14 simplif. por 2 7 1
fração geratriz: = ÷ = × = =  → = 1
99 99 3 7 3 4 3 × 4 12 6 6

1 4 1 5 1× 5 5
Números Mistos ÷ = × = =
3 5 3 4 3 × 4 12
Matemática

Dados três números inteiros n, a, e b, com n ≠ 0 e 0 <


3 2 5 2 × 5 10
a < b, denomina-se número misto à representação de um 2÷ = × = =
número racional escrito sob a forma 5 1 3 1× 3 3
a a 1 1 1 1×1 1
n =n+ ÷5= × = =
b b 6 6 5 6 × 5 30

12 Openbook Apostilas
Atenção: 4. Se três quartos de x valem 360, então quanto vale x?
Não faça contas com dízimas periódicas.
Troque todas as dízimas periódicas por frações geratrizes Solução:
antes de fazer qualquer conta. 3 de x 3⋅ x
= 360 → = 360
4 4
Exemplo: 4 × 360
3 ⋅ x = 4 × 360 → x = = 480
3
Calcular:
0,6 ÷ 0,222... = ? Então, x vale 480.
6 2
= ÷ 5. Determinar uma fração que corresponda a dois terços
10 9
de quatro quintos.
6 9 54
= × = = 2,7
10 2 20 Solução:

Exercícios Resolvidos 2 4 2 4 2×4 8


de = × = =
3 5 3 5 3 × 5 15
8
1. Calcular os resultados das expressões abaixo: Então, uma fração correspondente será .
1 2 15
a) 8 + 3 c) 2 1 × 4
2 5 3 5
6. Cínthia gastou em compras três quintos da quantia que
b) 15 5 − 2 3 d) 1 ÷ 1 3 levava e ainda lhe sobraram R$ 90,00. Quanto levava
6 4 2 4 Cínthia, inicialmente?

Solução:
Soluções:
O problema menciona quintos da quantia que Cínthia
F I F I F I
a) 8 + 1 + 3 + 2 = (8 + 3) + 1 + 2
H 2 K H K
5 H K
2 5
levava. Pode-se indicar a quantia inicial por 5x (pois 5x
tem quintos exatos).
= 11 + F + I = 11 +
1 2 F 5 4I 9
H 2 5 K H 10 + 10 K = 1110 aInicialf R|Sgastos: 35 de 5x = 3x
F 5 I F
3 I F5 3 I 5x |Tsobram: 90,00
H
b) 15 +
6 K H
− 2+
4 K
= (15 − 2) +
H −
6 4
=
K
Assim, tem-se:
F 10 − 9 I = 13 1 gasto
= 13 + H 12 12 K 12 inicial
  resto

5x − 3x = 90
2x = 90
F 1 I
4 2 × 3 +1 4 7 4 x = 45
H
c) 2 +
3 5K
× =
3
× = × =
5 3 5
Como a quantia inicial foi representada por 5x, tem-se:
7 × 4 28 13 13
= = =1+ =1 5x = 5 × 45 = 225,00
3 × 5 15 15 15
Cínthia levava, inicialmente, R$ 225,00.
1 3F I
1 1× 4 + 3 1 7
d) ÷ 1 +
2 4H= ÷
2 4 K= ÷ =
2 4 7. Um rapaz separou 1/10 do que possuía para comprar
um par de sapatos; 3/5 para roupas, restando-lhe, ainda,
1 4 4 simplif. por 2 2 R$ 180,00. Quanto o rapaz tinha?
× =  →
2 7 14 7
Solução:
2. Determinar a fração geratriz de 0,272727... . Seja 10x a quantia inicial (pois tem décimos e tem
quintos exatos)
Solução:
27 27 ÷ 9 3
R|sapatos: 1 de 10x = x
10

0,272727...= = =
99 99 ÷ 9 11 || 3
10x Sroupas: de 10x = 6x

3. Quanto valem dois terços de 360?


|| 5

|Trestante: 180,00
Matemática

Solução:
2 2 2 × 360
7  7
inicial gastos resto
10 x − x − 6 x = 180
de 360 = × 360 = = 240
3 3 3 3x = 180
Então, dois terços de 360 são 240. x = 60

Openbook Apostilas 13
Portanto, o valor inicial era: Solução:
Como o preço do estojo foi indicado para dois terços a
10x = 10 × 60 = 600,00 reais mais que o preço da caneta, faremos:

O rapaz tinha, inicialmente, R$ 600,00. caneta: 3x


2
1 estojo: 3x + de 3x = 3x + 2x = 5x
8. De um reservatório, inicialmente cheio, retirou-se do 3
4 Juntos eles valem R$ 16,00:
2
volume e, em seguida, mais 21 litros. Restaram, então estojo
5 caneta
 
3x + 5x = 16
do volume inicial. Qual a capacidade deste reservatório?
8x = 16

x=2
Solução:
Então:
Seja 20x o volume do reservatório (pois tem quartos e
a caneta custa: 3x = 3 × 2 = 6 reais
quintos exatos).
o estojo custa: 5x = 5 × 2 = 10 reais
R|1ª retirada: 1 de 20x = 5x 11. Um pai distribui certo número de balas entre suas três
| 4
20x S2ª retirada: 21 litros
1
filhas de tal modo que a do meio recebe do total, a
||resto: 2 de 20x = 8x 3
mais velha recebe duas balas a mais que a do meio,
T 5 enquanto a mais nova recebe as 25 balas restantes.
Quantas balas, ao todo, o pai distribuiu entre suas filhas?
8  
inicial retiradas
20 x − 5x − 21 = 8x
resto

Solução:
Seja o total de balas representado por 3x:
isolando os termos em “x” tem-se:
20x – 5x – 8x = 21 R|a do meio: 1 de 3x = x
7x = 21 ( total ) | 3
x=3 3x |
S a mais velha: x + 2

Como a capacidade do reservatório foi representada


|Ta mais nova: 25
por 20x, tem-se:
Juntando todas as balas tem-se:
20x = 20 × 3 = 60 litros 3x = x + x + 2 = 25
isolando “x” na igualdade tem-se:
1 3x – x – x = 2 + 25
9. Rogério gastou 2 do que tinha e, em seguida, x = 27
3 4
do resto, ficando ainda com R$ 300,00. Quanto Rogério Logo, o total de balas é: 3x = 3 × 27 = 81 balas.
possuía inicialmente?
Exercícios PROPOSTOS
Solução:
Seja 12x a quantia inicial de Rogério: 1. Efetue as expressões abaixo.
1 2 3 1 1 1
2 1 a) + − b) 5 + 2 − 4
− de 12x − de 4x 2 3 4 3 5 2
3 4
2. Efetue as multiplicações abaixo.
= 300,00 (resto)
(–8x) (–x) 2 15 1 1
a) × b) 1 × 2
5 16 3 2
3x = 300 3. Efetue as divisões abaixo.
x = 100 3 6
a) ÷ b) 2 1 ÷ 1 1
4 7 2 3
Logo, a quantia inicial de Rogério era:
4. Julgue os itens abaixo em verdadeiros (V) ou falsos (F).
12x = 12 × 100 = 1.200 reais
( ) 0,321321321...= 107
333
Matemática

Rogério possuía, inicialmente, R$ 1.200,00.


( ) 0,00333...= 1
2 300
10. Um estojo custa a mais que uma caneta. Juntos eles
3
1114
. 557
( ) 12,37777... = =
valem R$ 16,00. Quanto custa cada objeto? 90 45

14 Openbook Apostilas
5. Quanto valem três quintos de 1.500 ? GABARITO
6. Se cinco oitavos de x são 350, então, qual é o valor de x?
7. Que fração restará de x se subtrairmos três sétimos do
5 3
seu valor? 1. a) 2. a) 3. a) 7
8. Se subtrairmos três sétimos do valor de x e, em seguida, 12 8 8
retirarmos metade do restante, que fração restará de x? 1 1 7
9. Determine o valor da expressão 6,666... × 0,6. b) 3 b) 3 b) 1
30 3 8
10. Determine o valor da expressão 0,5 ÷ 0,16666... .
2 4. V, V, V 5. 900 6. 560
11. Um garoto possui da altura de seu pai que correspon 4
3 7. 8. 2 9. 4
7 7
dem a 4 da altura de seu irmão mais moço. Qual é a 10.3 11. 90 cm 12. 200km
3
13. R$ 210,00
altura deste último se a altura do pai é 180 cm? 14. Antônio: 6 anos, Benedito: 36 anos, César: 3 anos e
3 Dilson: 9 anos
12. No primeiro dia de uma jornada, um viajante fez do
5 15. 60
16. R$ 180,00; R$ 60,00; R$ 30,00
percurso. No segundo dia, andou 1 do restante. Quanto 17. R$ 50,00
3 18. R$ 700,00
falta para completar a jornada se o percurso completo 19. 18
é de 750 km? 20. R$ 60,00 no bolso esquerdo e R$ 56,00 no bolso direito
13. Se um rapaz separar o dinheiro que tem em três partes,
sendo a primeira igual à terça parte e a segunda igual à Expressões Numéricas
metade do total, então a terceira parte será de R$ 35,00.
Quanto dinheiro tem este rapaz? Resolver as seguintes expressões numéricas.
1
14. A idade de Antônio é da idade de Benedito, César tem 1. 448 ÷ 8 + 64 ÷ 32 – 32 ÷ 16 – (16 ÷ 8 – 8 ÷ 4)
6
2. 11 × 3 – 5 + 1.700 ÷ 100 – (40 ÷ 10 – 6 ÷ 3)
metade da idade de Antônio e Dilson tem tantos anos 3. 7 × (29 – 3 × 7) + 5 × 4 – 8 × (5 + 32 ÷ 8)
quantos César e Antônio juntos. Quais são as idades de 4. 7 × 3 – 18 × [28 – 7 × (8 – 24 ÷ 6)]
cada um deles se a soma das quatro idades é 54 anos? 5. [42 × 5 – (16 ÷ 2) ] × (42 – 5 × 8 – 1) + 2 × (70 – 35 ×2)
15. A soma de três números é 110. Determinar o maior deles 6. [7 × 5 – 24 ÷ (56 ÷ 8 – 2 × 3)] – [34 – 4 × 6 + 3 × (9 ÷ 3 – 18 ÷ 6)]
sabendo que o segundo é um terço do primeiro e que o 7. (3 + 5 × 9 – 4 × 7) × [52 ÷ 4 – (7 + 2 × 3)]
3 8. 3 × {18 – 16 ÷ 4 – 10 + [18 – (26 – 2 × 4)]}
terceiro é da soma dos dois primeiros.
8 9. 54 – 2 × {10 + 32 ÷ 4 – [8 × 6 – 40 × (17 – 4 × 4)]}
16. Dividir R$ 270,00 em três partes tais que a segunda seja 10. 2 × 3 + 5 × {3 × 4 + 2 × [20 – (56 ÷ 8 – 3)]}
um terço da primeira e a terceira seja igual à soma de 11. (1 – 4)2 × (–2 + 1)3 × (–1)4
12. 13 – (–2 – 2)2 × (–3) + (– 4)2 ÷ 8
um duodécimo da primeira com um quarto da segunda.
13. (–5) × (–2 – 2)2 – [–(6 + 2)2 ÷ (–2 + 3)2]
17. Determine o preço de custo de uma mercadoria sabendo
1 14. [(–2 – 3)3 ÷ (–1 – 4)] × [–2 + 3 × (–1)]
que haveria um lucro de do preço de custo se ela fosse 15. {[(–8 + 2 – 3)2 ÷ (–3)3 + 5 × (–3)] – 32} – (–5 + 9)
vendida por R$ 60,00. 5 F I F I F I F I 2
16. −3 + 1 × − 3 − 2 + 1 − 3 − 1 ÷ − 11
1
H K H 2 4 5 K H K H K 4 4
18. Um comerciante gastou do que tinha em sua conta cor-
5 L F 2I O 2
F 3 I
17. M−3 × H − K + 1P × ( −3) − H − − 0,5K
2
2
rente. Em seguida, gastou do restante ficando ainda com
7
N 3 Q 2

18. F − 1 I ÷ L2 − 1 ÷ F1 − 1 I O
3
um saldo de R$ 2.000,00. Considerando que havia inicial-
H 2 K MN 2 H 9 K PQ
mente na conta corrente 5 do total que o comerciante 19. 2 − × F −1 + 3 − I
−1
−3 1 1
6 2 H 2K

20. F − 3 + 1 I × F − 5 I
possuía entre uma conta de poupança e a conta corren- −2
te, determine o valor que havia na conta de poupança.
19. Se adicionarmos a terça parte de um número à sua
H 4 4K H 2K
metade o resultado obtido será 3 unidades menor que
o número inicial. Qual é este nú­mero? GABARITO
20. Márcio tinha R$ 116,00 que estavam divididos em partes
Matemática

diferentes entre os dois bolsos da calça que usava. Se ele 1. 56 6. 1 11. –9 16. 25/8
gastasse a quinta parte do que havia no bolso esquerdo 2. 43 7. 0 12. 63 17. –1
e a sétima parte do que havia no bolso direito restariam 3. 4 8. 12 13. –16 18. –2/23
quantias iguais nos dois bolsos. Quanto havia em cada 4. 21 9. 34 14. –125 19. –5/24
bolso? 5. 202 10. 226 15. –54 20. –2/25

Openbook Apostilas 15
POTENCIACÃO E RADICIAÇÃO Como se vê no desenvolvimento da expressão, o sinal
negativo não é da base, mas, sim, um indicativo do número
–1 que multiplica a potência toda.
Potenciação Da mesma forma também teremos:
Seja a um número inteiro qualquer e n um número
(–3)2 = +9 enquanto –32 = –1 × 32 = –9
inteiro positivo, definem-se:
(–10) = +10.000 enquanto –104 = –1 × 104 = –10.000
4

I. a 0 = 1 (com a ≠ 0) Radiciação
n n −1
II. a = a ⋅ a
Seja a um número inteiro qualquer e n um número
O número a é chamado base, n é o expoente e o resul- inteiro positivo, define-se a raiz n-ésima aritmética de a
tado, an, é chamado potência n-ésima de a. como sendo o número x = n a tal que:

R|
base = 5 n
I. a = x , quando xn = a e n for ímpar;
S|
53 = 125 expoente = 3 n
II. a =| x| , quando xn = a e n for par.
T
potência = 125
R|radical:
Da definição anterior pode-se concluir que para todo n
3
4 = 64 → 3
64 = 4 Sradicando: 64
≥ 2, o resultado de an será o produto de n fatores iguais a a. ||índice: 3
Traiz cúbica de 64: 4
a n = a×
a × ....×
a × a Atenção:
n fatores 1) Devemos lembrar que a raiz aritmética, que é
representada pelo radical ( ), é uma operação
aritmética e, como tal, deve apresentar resultado
Propriedades Operatórias com Potências único sempre que estiver bem definida. É incorreto
Para simplificar expressões envolvendo potências é útil afirmar, por exemplo, que 2 25 = ±5 . O certo é
2
conhecermos as seguintes propriedades: 25 = 5 . Conforme se pode observar na definição
dada anteriormente, quando o radical apresenta
1. a n × a m = a n + m
um índice par o resultado da operação é um valor
2. a n ÷ a m = a n − m absoluto (que nunca é negativo). Deste modo, (±5)2
3. (a n ) m = a n × m = 25 → 2 25 = ±5 = 5.

4. (a × b) n = a n × b n 2) Nem sempre as radiciações têm resultados inteiros.


Por exemplo, o valor de 30 não é um número
n n n 2
5. (a ÷ b) = a ÷ b
inteiro pois não existe um número inteiro cujo
Regras de sinais nas potenciações quadrado seja igual a 30. Tais casos serão tratados
com mais detalhes no capítulo sobre números
O sinal da potência depende sempre do sinal da base (+ irracionais.
ou –) e da paridade do expoente (par ou ímpar).
Cálculo de Raízes Quadradas Exatas de números entre 100
O resultado de uma potenciação e 10.000
só é negativo em um único caso:
O cálculo das raízes quadradas exatas de números me-
nores que 100 é considerado bastante simples pois exige
Quando a base é negativa
somente o conhecimento dos resultados das tabuadas de
e
multiplicação. Entretanto, para números maio­res que 100,
o expoente é ímpar.
tal cálculo pode tornar-se bastante traba­lhoso.
Embora seja possível determinar qualquer raiz exata
Exemplos:
fatorando-se o radicando, apresentaremos, a seguir, um mé-
(+2)4 = +16
todo alternativo que “funciona” apenas para raízes quadra-
(–2)4 = +16
das de números entre 100 e 10.000, mas, em compensação,
(+2)5 = +32
é muito mais rápido em tais casos que, aliás são os que mais
(–2)5 = –32 ← base negativa e expoente ímpar ocorrem em exercícios de cálculos com radicais grandes.
Cuidado! Exemplo:
Não confunda: (–2)4 = +16 enquanto que –24 = –16 Calcular 1369
.
Matemática

Vejamos por que o resultado da segunda expressão é Solução:


negativo: 1o passo: Ignoramos sempre os dois últimos algaris-
mos do radicando (neste exemplo, são 6 e
–24 = –1 × 24 = –1 × 16 = –16 9), calculando a raiz quadrada inteira, por

16 Openbook Apostilas
falta, do número formado pelos algarismos 2. Determinar o valor de (0,222...)2.
restantes no radicando. Este resultado será
o algarismo das dezenas da raiz procurada. Solução:
Como 13 está entre 32 = 9 e 42 = 16. Então,
13 , por falta, dá 3. 2
Como 0,222... = , pode-se escrever:
9
13 ≅ 3 ⇒ 1369 =3? 22
2
 2 4
( 0,222...) 2 =  = 2 =
 9
= 0,0493827. ..
9 81
2o passo: Para determinarmos o algarismo das
unidades da raiz procurada, devemos
procurar responder à seguinte pergunta: 3. Simplifique as seguintes expressões com radicais:
Qual o algarismo que, elevado ao quadra- a) 12 × 3
do, termina com o mesmo algarismo que
o das unidades do radicando? b) 50 ÷ 2
6
No nosso caso o algarismo das unidades c) x3 × 2 x3
do radicando é 9. d) 3 8 + 7 50
Qual o algarismo que termina em 9 quando
elevado ao quadrado?
Resposta: Há dois: o 3 e o 7. Soluções:
Portanto, a nossa raiz será 33 ou 37.
a) 12 × 3 = 12 × 3 = 36 = 6
3 passo:
Elevamos ao quadrado cada um dos dois
o

números encontrados. Aquele que resultar


igual ao radicando, será a raiz procurada. b) 50 ÷ 2 = 50 ÷ 2 = 25 = 5
332 = 1.089 (não serve)
66
372 = 1.369. Logo 1369
. = 37. c) x 33 × 22 x 33 = 66÷÷ 33 x 33÷÷ 33 × 22 x 33 =
22
Propriedades Operatórias com Radicais x 11 × 22 x 33 = 22 x 11 × x 33 = 22 x 44 = x 22

Para simplificar expressões envolvendo radicais, é útil


conhecermos as seguintes propriedades: d) 3 8 + 7 50 = 3 4 × 2 + 7 25 × 2 =
n n n
1. a × b = a × b 3 4 × 2 + 7 25 × 2 =
n n n
2. a ÷ b = a ÷ b 3 × 2 × 2 + 7 × 5 × 2 = 6 2 + 35 2 =

3. d ai
n
m n
= a m
(6 + 35) 2 = 41 2
n m
4. a = n×m a
n m n×k m×k
5. a = a 4. Calcular o valor de 2 0,444... .
n

6. ad = d an Solução:
4
Como 0,444... = , pode-se escrever:
Exercícios Resolvidos 9

1. Simplificar as seguintes expressões com potências, indi- 2 4 4 2


0,444... = 2 = = = 0,666...
cando os resultados com uma única potência: 9 9 3
a) x6 ÷ x–3
b) 25 × 43 × 162
c) (x–2 × x5) ÷ (x–3)2 EXERCÍCIOS PROPOSTOS
d) (–22)3 × (–23)2
1. Julgue os itens abaixo em verdadeiros (V) ou fal­sos (F).
Soluções: a) ( ) –23 = (–2)3
a) x6 ÷ x–3 = x6 – (–3) = x6+3 = x9 b) ( ) (–5)2 = –52
c) ( ) a–6 ÷ a–3 = a–9
2
2
b) 25 × 43 × 162 = 25 × (22)3 × (24)2 = d) ( ) (82)2 = 8
25 × 22×3×24×2 = 25×26×28 = 25+6+8 = 219 3 3
e) ( ) (83)3 = 8
c) (x–2 × x5) ÷ (x–3)2 = x–2+5 ÷ x–3×2 =
Matemática

x3 ÷ x–6 = x3–(–6) = x3+6 = x9 2. Assinale a alternativa que corresponda ao valor da


expressão (22 × 9–6 )–1 × (25 × 93)2.
d) (–22)3× (–23)2 = (–1)3× (22)3× (–1)2× (23)2 = a) (23 × 92)2 d) (22 × 93)4
(–1)× 22×3×(+1)×23×2 = –1× 26×1×26 = b) (2 × 9 )
7 –3 –2
e) (210 × 9–18)–2
–1 × 26+6 = –212 c) (26 × 9–2)4

Openbook Apostilas 17
3. Determine o valor da expressão Equação
1,777... ÷ 0,02777... Equação é toda sentença matemática que representa
uma igualdade e na qual existe uma ou mais letras que
indicam um número desconhecido.
4. O valor de n que satisfaz à igualdade
8 × 10 n Exemplos:
= 55 × 2 8
10 é: 3x+7 = 40
a) –3 b) –1 c) 2 d) 5 e) 6 12−5x = 2x−3
−3x2+15x = 18
5. Determinar, na forma decimal, o valor da potência 4x2−12xy+9y2 = 0
(0,666...)2.
Incógnita
6. Se 2 + 2 = 3 , então o valor de 4 + 4 é:
x –x x –x
As letras que indicam os números desconhecidos
a) 5 b) 6 c) 7 d) 9 e) 11 chamam-se incógnitas da equação.

Exemplos:
7. O valor de 13 + 7 + 2 + 4 é: As três equações seguintes têm uma única incógnita
que é x.
a) 4 b) 5 c) 6 d) 7 e) 8
3x+7 = 40
12−5x = 2x−3
8. Simplifique as expressões com radicais:
−3x2+15x = 18
a) 9 x 6 y 3
b) 3 5 + 2 20 A equação seguinte tem duas incógnitas que são x e y.
c) 3 9m × 3 3m 2
d) 3 2 × 2 3 4x2−12xy+9y2 = 0

e) 5 4 x 3 × 10 x Raiz

9. Determinar o valor de 0,111.... na forma decimal. Raiz é o nome que recebe qualquer valor numérico que
seja capaz de produzir uma igualdade verdadeira quando
substituído na equação.
10. Calcule:
a) 1764 c) 5476 e) 1089 Exemplos:
b) 2304 d) 5776 f) 6561 1. O valor x = 11 é raiz da equação
2. 3x+7 = 40

11. O valor da expressão 1 FI 0,5


F 1I 0,2
é: Uma vez que
4 HK ÷
H 32 K
a) 0,125 3(11)+7 = 40
b) 0,25 33+7 = 40
(verdade)
c) 0,5
d) 0,75 3. O valor x = 3 é raiz da equação
e) 1 4. −3x2+15x = 18

gabarito Dado que

−3(3)2+15(3) = 18
1. V, F, F, V, F −3⋅9+45 = 18
2. d −27+45 = 18
3. 8 (verdade)
4. e
5. 0,444... 5. O valor x = 1 não é raiz da equação
6. c
7. a −3x2+15x = 18
3 2
8. a) x y d) 6 2 2 × 33 = 6 108
Visto que
Matemática

b) 7 5 e) 5 x
c) 3 33 m3 = 3m
−3(1)2+15(1) = 18
9. 0,333...
10. a) 42 b) 48 c) 74 d) 76 e) 33 f) 81 −3⋅1+15 = 18
11. e −3+15 = 18
(falso)

18 Openbook Apostilas
6. Não existem raízes para a equação Equações
• do 1º grau a uma variável;
3x+7−3x = +18 • do 2º grau a uma variável;
• Biquadradas;
Visto que • Modulares;
• Polinomiais;
3x+7−3x = +18 • Inteiras;
3x−3x+7 = +18 • Racionais;
0+7 = +18 • Irracionais;
(nunca será verdade) • do tipo Produto;
• do tipo Quociente;
Conjunto-Universo • Exponenciais;
• Logarítmicas;
Denomina-se conjunto-universo de uma equação ao • Trigonométricas.
conjunto numérico no qual se deve buscar raízes para uma
equação.
De modo geral, o conjunto-universo de uma equação Equações do 1º Grau
costuma ser um dos conjuntos numéricos fundamentais
como o conjunto dos naturais, o dos inteiros, o dos racionais São todas as equações redutíveis à forma:
ou o dos reais.
ax + b = 0 (com a ≠ 0)
Conjunto-Solução ou Conjunto-Verdade

Denomina-se conjunto-solução ou conjunto-verdade de Raiz


uma equação ao conjunto que compreende todas as raízes
de uma equação num dado conjunto-universo. É qualquer valor para x que satisfaça a equação.
Resolver uma equação em um dado conjunto-universo Toda equação do 1o grau na forma dada acima tem uma
significa determinar o conjunto-solução da equação para o única raiz real dada por
conjunto-universo dado.
Assim, dizer que uma equação deve ser resolvida em Z - b/a
significa que se deve descobrir o conjunto que com­preende
todos os elementos de Z que sejam raízes da equação. Exercício Resolvido
Exemplos: 1. Resolva a equação 3x + 7 = 2x - 15.
1- Resolvendo em Z a equação
Solução:
2x+7 = −13 Subtraindo 7 de cada membro da equação teremos:

Percebemos que só existe uma única raiz que é x = −10. 5x + 7 = 2x - 14


-7 -7
Assim, o conjunto-solução da equação dada, em Z é: 5x = 2x - 21

S = {−10} Subtraindo 2x de cada membro da equação vem:

2- Resolvendo em R a equação 5x = 2x - 21
-2x -2x
x2= −9 3x = - 21

Percebemos que nenhum número real poderá ser raiz, Dividindo por 3 cada membro da equação obtemos:
uma vez que o quadrado de qualquer número real resultará
sempre positivo. 3x = − 21
Assim, o conjunto-solução da equação dada, em R é ÷3 ÷3
vazio: x = − 7
S=∅ Então a raiz da equação dada é x = −7.
Tipos Notáveis de Equações

O caminho para a resolução de uma equação pode Exercícios PROPOSTOS


variar muito de um tipo para outro de equação. Por isso
procuramos agrupar as equações por tipos de modo a fim 1. Julgue os itens em certos (C) ou errados (E).
A raiz da equação 5x + 3 = 3x + 19 é:
Matemática

de poder estudar melhor as técnicas para a resolução de


cada um desses tipos. 1) um quadrado perfeito.
A seguir, ilustramos brevemente os nomes de alguns 2) um número primo.
destes tipos, lembrando que a apresentação das técnicas de 3) um cubo perfeito.
resolução deste ou daquele tipo específico será deixada para 4) a raiz cúbica de 2.
capítulos futuros, limitando-nos ao conteúdo de nossa prova. 5) um número par.

Openbook Apostilas 19
2. Julgue os itens em certos (C) ou errados (E). Equações do 2º grau
Dada a equação do primeiro grau Ax + B = 0, pode-se
afirmar, quanto à sua raiz, que: Denominamos equação do 2º grau a toda equação da
1) será positiva semlpre que A e B tenham o mesmo sinal. forma
2) será negativa sempre que A e B tenham sinais opostos. ax2 + bx + c = 0, (a ≠ 0)
3) será inteira sempre que A for igual a 1.
4) será inteira somente se A for igual a 1. ou qualquer equação redutível a esta forma.
5) será igual a zero somente se B for igual a zero.
Exemplos:
3. Resolvendo a equação a) x2 – 5x + 6 = 0
b) 3x2 + 2 = 0
x + 3 x + 2 −1 c) –3x2 + 27 = 0
− =
2 3 2 Resolver uma equação do 2º grau significa determinar
obteremos: valores da incógnita que tornem a equação verdadeira.
1) x = −8 Cada valor nestas condições será então chamado raiz
2) x = +8 da equação.
3) x = −5
4) x = +5 Resolução Algébrica
5) x = −5/8
A determinação algébrica das raízes de uma equação
na forma ax2 + bx + c = 0, com a ≠ 0, pode ser obtida com a
4. Resolvendo a equação
fórmula de Báskara:
1+ x 2 − x 1
− − =0 −b ± ∆
6 3 2 x=
2a
obteremos:
a) x = 1 onde ∆ = b2 – 4ac (discriminante da equação)
b) x = 2
c) x = 3 O sinal do discriminante, ∆, determina a quantidade de
d) x = 4 raízes da equação do segundo grau:
e) x = 5 • ∆ > 0 ↔ duas raízes reais e distintas;
• ∆ = 0 ↔ uma única raiz real (duas raízes iguais);
5. Resolvendo a equação • ∆ < 0 ↔ nenhuma raiz real.

3+ x x −1 Determinação de Raízes usando a Soma e o


− (1 + x) =
2 4 Produto
obteremos: Frequentemente, as raízes das equações quadráticas com
a) x = −1 que nos deparamos são números racionais ou até inteiros.
b) x = 1 Nestes casos, podemos usar um “atalho” para determi-
c) x = 3 nar as raízes, comparando o produto e a soma das mesmas,
d) x = 5 como ilustraremos a seguir.
e) x = 7
1º caso – Raízes Inteiras
6. Resolvendo a equação
Vamos determinar as raízes das equações nos exemplos
2( x − 1) 3(1 + x) 1 x − 1 a seguir:
+ = −
3 2 2 3
a) –3x2 + 30x - 72 = 0
obteremos: − b −30
a) x = −1,75 S= = = 10 (soma das raízes)
a −3
b) x = 3/4 c −72
c) x = 2,8 P= = = 24 ( produto das raízes)
a −3
d) x = 0
e) x = 0,3333.... Começaremos pelo produto, fazendo uma lista ordenada
de todos os produtos possíveis e iniciando sempre pelos
GABARITO menores fatores:

1. E, E, C, E, C P = 24
Matemática

2. E, E, E, E, C
3. 1
4. b


deste lado

R| 2 12
1 24

5. b
ficam os
menores
S| 3 8
6. d T 4 6
20 Openbook Apostilas
Depois daremos os sinais aos fatores, do seguinte modo: 2º caso – Raízes Fracionárias (usando Soma e Produto)
1º - o Sinal da Soma Sempre na Segunda coluna;
2º - na primeira coluna usaremos: a) –12x2 + x + 6 = 0
• mesmo sinal de S - se P é positivo.
• sinal oposto de S - se P é negativo. Se você já estudou este assunto anteriormente,
P = 24 provavel­mente ouviu dizer que casos como este
eram”impossíveis” ou “muito difíceis” de se re-
mesmo sinal R| + 1 + 24 R| Sinal da Soma na solver por soma e produto. Mas não é bem assim.


de S, pois
P = (+) S| + 2
+ 3
+ 12
+8 S| Segunda Coluna
S = (+)
T + 4 +6 T Na verdade é até bem fácil. Veja como:

Finalmente, procuramos em qual das linhas se encon- • Método “Locikiano”


tra o par que nos dá a soma correta (S = 10), pois aí
estarão as raízes: Primeiro, devemos sempre trabalhar com o coe-
ficiente principal (a) positivo.
P = 24 Isto é feito multiplicando a equação por –1, que
não altera as raízes:
+ 1 + 24

+ 2 + 12 × ( −1)
–12x2 + x + 6 = 0  → 12x2 – x – 6 = 0
+ 3 + 8
Este par faz S = 10 → + 4 + 6 → As raízes são Agora “passaremos” o coeficiente principal (a =
+4 e +6 12) para o termo independente, multiplicando-os
e conseguindo uma nova equação:
b) 2x2 + 28x + 48 = 0
nova equação
− b −28  
S= = = − 14 12x – x – 6 = 0
2 12 × ( −6 ) = − 72
  → 2
x − x − 72 = 0
a 2
c 48
P= = = 24
a 2 Nesta equação nova, procuraremos as raízes:
x2 – x – 72 = 0
Fazendo a lista dos produtos e colocando os sinais,
teremos: −b 1
S= = =1
a 1
P = 24
R| – 1 – 24 R| Sinal da Soma na P=
c −72
= = − 72


Mesmo sinal,
de S, pois
S| –– 3 2 – 12
– 8 S| Segunda Coluna a 1

P = (+) T – 4 – 6 T S = (–) P = –72



A segunda linha nos deu a soma correta (S = –14). – 1 + 72

– 2 + 36
Portanto: – 3 + 24
– 4 + 18
as raízes são –2 e –12. – 6 + 12
– 8 + 9 → raízes da equação
c) –5x2 + 25x + 120 = 0 nova: –8 e +9.
− b −25
S= = = 5 Finalmente, obteremos as raízes da equação original
a −5 dividindo as raízes da equação nova por |a| (|a| = +12).
c 120
P= = = − 24
a −5 −8 +9 −2 +3
e que, simplificadas, dão: e
12 12 3 4
Fazendo a lista dos produtos e colocando os sinais:
Então, as raízes da equação –12x2 + x + 6 = 0 são:
P = –24
R| – 1 + 24 R| −2
3
e
+3
4


Sinal oposto
de S, pois
S| – 2
– 3
+ 12
S|
Sinal da Soma na
+ 8
Segunda Coluna
P = (–) T – 4 + 6 T
S = (+) b) 2x2 + 9x – 5 = 0
Matemática


A terceira linha nos deu a soma correta (S = 5). 1º) “Passando” o coeficiente principal (que já é po-
sitivo)
Logo:
nova equação
 
2 × ( −5 ) = −10 2
As raízes são –3 e +8. 2x + 9x – 5 = 0
2    → x + 9x − 10 = 0

Openbook Apostilas 21
2º) Resolvendo a nova equação: x2 + 9x – 10 = 0 6. Calcular m na equação mx2 – 3x + (m – 1) = 0, de modo
que uma de suas raízes seja igual a 1.
P = –10
+1 –10 ← raízes da equação 7. Determine m na equação 2x2 – mx + x + 8 = 0, de modo
+2 –5 nova: +1 e –10 que a soma de suas raízes seja igual a 5.

3º) Dividindo as raízes encontradas por |a| = +2: 8. Determine m tal que as raízes de 4x2 + (m + 1)x +
(m + 6) = 0 sejam iguais.
+1 −10 1
e , ou sejam: e −5
2 2 2 9. Determine dois números cuja soma seja –2 e o produto
seja –15.
1
Então as raízes de 2x2 + 9x – 5 = 0 são: e −5
2 10. Decompor o número 21 em duas parcelas tais que o
produto entre elas seja 110.
EXERCÍCIOS PROPOSTOS
11. A soma de um número natural com o seu quadrado é
1. Resolva as seguintes equações incompletas do segundo igual a 72. Determine este número.
grau:
a) x2 – 25 = 0 12. A soma de certo número inteiro com o seu inverso é
b) 3x2 – 108 = 0 igual a 50/7. Qual é esse número?
c) 5x2 – 980 = 0
d) x2 – 1225 = 0 13. Determine dois números inteiros e consecutivos tais que
e) 2x2 – 16 = 0 a soma dos seus inversos seja 5/6.
f) –3x2 + 60 = 0
14. Determine dois números pares, positivos e conse­cutivos
2. Resolva as seguintes equações incompletas do segundo cujo produto seja 120.
grau:
a) x2 – 6x = 0 15. A diferença entre o quadrado e o triplo de um mesmo
b) x2 + 6x = 0 número natural é igual a 54. Determine esse número.
c) 2x2 – 3x = 0
d) –5x2 + 7x = 0
e) 19x2 – 15x = 0
f) 0,5x2 + 3x = 0 GABARITO

3. Resolva as seguintes equações completas do segundo 1. a) ± 5 2. a) {0; 6}


grau. b) ± 6 b) {0; –6}
a) x2 – 13x + 12 = 0 c) ± 14 c) {0; 3/2}
b) x2 – 8x + 12 = 0 d) ± 35 d) {0; 7/5}
c) x2 + 7x + 12 = 0 2 2
e) ± e) {0; 15/19}
d) x2 – 20x + 36 = 0
f) ± 2 5 f) {0; –6}
e) x2 + 15x + 36 = 0
f) x2 – 11x – 12 = 0
g) x2 + 11x – 12 = 0 3. a) {1; 12} 4. a) {1/2; –2}
h) x2 – x – 12 = 0 b) {2; 6} b) {1/3; 1/5}
i) x2 + x – 12 = 0 c) {–3; –4} c) {–1/3; –1}
j) x2 – 9x – 36 = 0
d) {2; 18} d) {1/2; 2}
k) –x2 + 8x + 20 = 0
e) {–3; –12}
l) –x2 + x + 20 = 0
m) –x2 + x + 12 = 0 f) {–1; +12} 5. –2 é raiz.
n) –x2 – 35x + 36 = 0 g) {1; –12} 6. m = 2
o) –x2 + 37x – 36 = 0 h) {–3; 4} 7. m = 11
i) {3; –4} 8. m = –5 ou m = 19
4. Resolva as seguintes equações completas do segundo j) {–3; 12} 9. 3 e –5
grau. k) {–2; 10} 10. 10 e 11
a) 2x2 + 3x – 2 = 0
l) {–4; 5} 11. 8
Matemática

b) 15x2 – 8x + 1 = 0
m) {–3; 4} 12. 7
c) 3x2 + 4x + 1 = 0
d) 2x2 – 5x + 2 = 0 n) {1; –36} 13. 2
o) {1; 36} 14. 10 e 12
5. Verifique se –2 é raiz da equação 2x2 – 5x – 18 = 0. 15. 9

22 Openbook Apostilas
Problemas com Números Inteiros 15. A soma de dois números pares e consecutivos é 126.
Quais são eles?
1. Certo prêmio será distribuído entre três vendedores de 16. A soma de três números inteiros e consecutivos é 249.
modo que o primeiro receberá R$ 325,00; o segundo Quais são eles?
receberá R$ 60,00 menos que o primeiro; o terceiro 17. A soma de três números ímpares e consecutivos é 303.
receberá R$ 250,00 menos que o primeiro e o segundo Quais são eles?
juntos. Qual o valor total do prêmio repartido entre os 18. A soma de onze números inteiros e consecutivos é 352.
três vendedores? Qual é o maior deles?
2. Um dicionário tem 950 páginas; cada página é dividida 19. A fim de receber um mês de serviços prestados, um
em 2 colunas; cada coluna tem 64 linhas; cada linha tem, lavrador aceita que o fazendeiro lhe dê como parte do
em média, 35 letras. Quantas letras há nesse dicionário? pagamento, uma vaca ou um bezerro. O fazendeiro,
3. Uma pessoa ganha R$ 40,00 por dia de trabalho e gasta estimando que a vaca e o bezerro, juntos, valham R$
R$ 800,00 por mês. Quanto ela economizará em um ano 600,00, diz que se desse o bezerro, ainda ficaria devendo
se ela trabalhar, em média, 27 dias por mês? R$ 100,00 ao empregado e que o lavrador é que ficaria
4. Um negociante comprou 8 barricas de vinho, todas devendo ao fazendeiro R$ 100,00 se recebesse a vaca.
com a mesma capacidade. Tendo pago R$ 7,00 o litro e Qual é a quantia devida ao lavrador?
vendido a R$ 9,00, ele lucrou, ao todo R$ 1.760,00. Qual 20. Quatro sócios dividiram um lucro de R$ 1.570,00 de tal
era a capacidade de cada barrica? modo que ao 2o coube R$ 70,00 a menos que ao 3o e
5. Em um saco havia 432 balinhas. Dividindo-as em três R$ 50,00 a mais que ao 1o, enquanto, ao quarto coube
montes iguais, um deles foi repartido entre 4 meninos R$ 80,00 a mais que ao 3o. Quanto recebeu cada um
e os dois montes restantes foram repartidos entre 6 dos quatro sócios?
meninas. Quantas balinhas recebeu cada menino e cada 21. Dois peões recebem diárias de igual valor. O fazendeiro
menina? pagou a um deles R$ 200,00 e mais 4 kg de carne por
6. Marta, Marisa e Yara têm, juntas, R$ 275,00. Marisa tem 20 dias de serviço e pagou ao outro R$ 390,00 e mais
R$ 15,00 mais do que Yara, e Marta possui R$ 20,00 mais 10 kg de carne por 40 dias de serviço. Qual o valor da
que Marisa. Quanto tem cada uma das três meninas? diária paga a cada peão?
7. Do salário de R$ 3.302,00, Seu José transferiu uma parte 22. Um floricultor encomendou certo número de dúzias
para uma conta de poupança. Já a caminho de casa, de rosas. O fornecedor mandou-lhe, como cortesia,
Seu José considerou que se tivesse transferido o dobro duas rosas a mais em cada dúzia encomendada, de tal
daquele valor, ainda lhe restariam R$ 2.058,00 do seu modo, que o floricultor acabou recebendo um total de
salário em conta corrente. De quanto foi o depósito 42 dúzias. Quantas dúzias de rosas foram encomendadas
feito? pelo floricultor?
8. Renato e Flávia ganharam, ao todo, 23 bombons. Se 23. Um pai tem 32 anos e seus três filhos, 10, 7 e 5 anos.
Renato comesse 3 bombons e desse 2 para Flávia, eles Daqui a quantos anos a soma das idades dos três filhos
ficariam com o mesmo número de bombons. Quantos será igual à idade do pai?
bombons ganhou cada um deles? 24. Qual é o menor número inteiro positivo cujo triplo é
9. Dois homens, três mulheres e seis crianças conseguem divisível por 9, 11 e 14?
carregar juntos um total de 69 quilos. Cada homem 25. Com os algarismos x, y e z formam-se os números de
carrega tanto quanto uma mulher e uma criança, dois algarismos xy e yx, cuja soma é o número de três
enquanto cada mulher consegue carregar tanto quanto algarismos zxz. Quanto valem x, y e z ?
três crianças. Quanto cada um deles consegue carregar? 26. O percurso de um autódromo é de 20 km. Os pontos
10. Num atelier de costura empregam-se 4 gerentes, 8 marcantes do autódromo são: A, que é o ponto de
costureiras e 12 ajudantes. Cada gerente ganha por dia partida; B, que dista 5 km de A; C, que dista 3 km de B;
tanto quanto 2 costureiras ou 4 ajudantes. Qual o valor D, que dista 4 km de C e E, que dista 5 km de D. Todas as
da diária de cada gerente, costureira e ajudante, se a distâncias indicadas foram tomadas no mesmo sentido
folha mensal desta equipe é de R$ 26.400,00? de percurso. Um carro percorre nesse autódromo 367
11. O dono de uma papelaria adquiriu um certo número de km nesse mesmo sentido de percurso e pára. Qual
pastas escolares que seriam revendidas ao preço unitário o ponto marcante mais próximo de onde esse carro
de R$ 5,00. Ao conferir as pastas constatou que entre parou?
elas havia 15 com defeito. Fazendo as contas, descobriu 27. Quantos números inteiros positivos e não maiores que
então que se ele vendesse as pastas restantes ao preço 432 são primos relativos com 432?
unitário de R$ 8,00, a sua margem de lucro continuaria 28. Qual o menor número natural não nulo que se deve
sendo a mesma de antes. Quantas pastas perfeitas o multiplicar por 4.500 para se obter um número divisível
dono da papelaria recebeu? por 2.520?
12. Se eu der 4 balinhas a cada um dos alunos de uma classe 29. Numa lista de números há dez números primos distintos,
sobram-me 7 das 135 que eu tenho. Quantos alunos há dez números pares distintos e dez números ímpares
nessa classe? distintos. Qual é a menor quantidade de números que
Matemática

13. Quero dividir 186 figurinhas igualmente entre certo essa lista pode ter?
número de crianças. Para dar duas dúzias a cada criança 30. Dois pintores, A e B, são capazes de pintar o mesmo
faltariam 6 figurinhas. Quantas são as crianças? muro em 20 e 24 horas, respectivamente. Em cada metro
14. A soma de dois números inteiros e consecutivos é 91. quadrado do muro, o pintor B leva 5 minutos a mais que
Quais são eles? o pintor A. Quantos metros quadrados tem esse muro?

Openbook Apostilas 23
31. O produto de dois números naturais, A e B, é 600. Qual Equações do Segundo Grau
é o maior valor possível para o máximo divisor comum
de A e B? 1. As raízes da equação x2 + 5x + 3 = 0 são p e q. Se a
32. Sophia guardou 972 figurinhas em várias caixas de equação x2 + ax + b = 0 tem raízes p2 e q2, então quais
tal modo, que a segunda caixa ficou com o dobro do são os valores de a e b ?
número de figurinhas da primeira; a terceira caixa 2. Quantas raízes reais e distintas tem a equação 1998x2 +
ficou com o dobro do número de figurinhas das duas 1997x + 1996 = 0 : nenhuma, uma ou duas?
primeiras caixas juntas; a quarta, com o dobro do total 3. Ao multiplicar dois números positivos, sendo que um é
de figurinhas das três primeiras; e assim por diante maior que o outro em 36 unidades, um aluno cometeu
até a última caixa. Sabendo que o número de caixas um erro diminuindo em 8 unidades o algarismo das
empregado foi o maior possível, quantas caixas Sophia dezenas do produto. Em seguida, com o objetivo de
usou ao todo? tirar a prova da operação realizada dividiu o produto
33. Considere todos os números inteiros e positivos m tais encontrado pelo menor dos fatores encontrando
que divisões 120 ÷ m tenham sempre resto igual a 18. quociente 53 e resto 4. Sabendo que esta divisão não
Nessas condições, qual é o valor da soma de todos os estava errada, qual era o produto correto dos dois
valores possíveis de m ? números?
34. Se o dia 1º de janeiro de um ano bissexto for uma 4. Considere a igualdade x4y4 –10x2y2 + 9 = 0. Quantos pares
segunda-feira, em que dia da semana cairá o dia 7 de de números naturais (x, y) satisfazem esta equação?
dezembro desse mesmo ano? 5. Se f é uma função do segundo grau tal que f(x – 1) = x2,
então qual é o valor de f( 2 ) ?
GABARITO 6. As raízes da equação x2 –7x + c = 0 são números inteiros
e consecutivos. Qual é o valor de c ?
1. R$930,00 7. Duas torneiras enchem um tanque em 6 horas. A
2. 4.256.000 primeira gasta 5 horas mais do que a segunda para
3. R$ 3.360,00 encher o tanque sozinha. Em quanto tempo a segunda
torneira, sozinha, enche o tanque?
4. 110 litros
8. Um tonel estava cheio com 100 litros de vinho puro.
5. Cada menino recebeu 36 e cada menina 48
Um comerciante desonesto retirou certa quantidade
6. Marta: R$ 110,00 Marisa: R$ 90,00 e Yara: R$ 75,00 do vinho deste tonel completando-o com água. Em
7. R$ 622,00 seguida retirou desta mistura uma quantidade igual
8. Renato: 15 e Flávia: 8 àquela retirada na primeira vez e completou novamente
9. Homem: 12 kg, mulher: 9 kg e criança: 3 kg com água. Uma análise feita posteriormente revelou
10. Gerente: R$ 80,00; costureira: R$ 40,00; ajudan- que restaram no tonel apenas 64 litros do vinho puro
te: R$ 20,00 original. Quantos litros (vinho ou mistura) foram
11. 25 retirados de cada vez?
9. Uma quantia de R$ 1.200,00 foi paga a dois grupos,
12. 32
um de carpinteiros e outro de auxiliares. A diferença
13. 8 entre o valor pago a cada carpinteiro e aquele pago a
14. 45 e 46 cada auxiliar foi de R$ 80,00. Entretanto o total pago ao
15. 62 e 64 grupo de carpinteiros resultou igual ao total pago aos
16. 82, 83 e 84 auxiliares. Entre carpinteiros e auxiliares, eram ao todo
17. 99, 101 e 103 20 trabalhadores. Quantos eram os carpin­teiros?
18. 37
19. R$ 300,00 GABARITO
20. 1º: R$ 300,00; 2º: R$ 350,00; 3º: R$ 420,00 e
4º: R$ 500,00 1. a = –19 ; b = 9
21. R$ 11,00 2. duas
3. Resp. 1.197
22. 36 dúzias
4. Três: (1 ; 1), (1 ; 3) e (3 ; 1)
23. 5 anos 5. 9
24. 462 6. 12
25. x =2; y = 9 e z = 1 7. 10 horas
26. O ponto C 8. 20 litros
27. 144 9. 5 carpinteiros
28. 14
29. 20
30. 48 m2 SISTEMA LEGAL DE MEDIDAS
Matemática

31. 10 Medir uma grandeza significa compará-la com outra


32. 6 caixas grandeza da mesma natureza, tomada como unidade de
33. 187 medida.
34. Em um domingo Para exemplificar, vejamos na tabela seguinte apenas
as mais comuns entre as unidades decimais de medidas.

24 Openbook Apostilas
NATUREZA NOME DA UNIDADE SÍMBOLO Os múltiplos do metro são:
DA FUNDAMENTAL
GRANDEZA DE MEDIDA decâmetro (dam) hectômetro (hm) quilômetro (km)
comprimento metro m 1dam = 10m 1 hm = 100m 1 km = 1.000m
superfície metro quadrado m2
volume metro cúbico m3 Os submúltiplos do metro são:
(capacidade) litro 
decímetro (dm) centímetro (cm) milímetro (mm)
massa grama g
1dm = 0,1m 1cm = 0,01m 1mm = 0,001m
Atenção:
Os símbolos são sempre invariáveis. Portanto, não Conversão entre unidades de comprimento
mudam para indicar plural, nem admitem outras formas Comparando os múltiplos e submúltiplos do metro,
de escrita. verificamos que cada um deles é 10 vezes maior ou 10 vezes
menor que as unidades imediatamente vizinhas a eles.
Exemplos:
Estão certos: 20m, 30, 16g. Exemplo:
Estão errados: 20mts, 30lts, 16grs. 1km = 10hm = 100dam = 1.000m = ...
e
Múltiplos e submúltiplos das unidades fundamentais 1mm = 0,1cm = 0,01dm = 0,001m = ...
de medidas decimais
Assim sendo, se quisermos trocar a unidade em que uma
Para tornar mais cômodas as expressões de valores
medida de comprimento está representada por qualquer
muito grandes ou muito pequenos em relação ao valor da
outra, poderemos usar a seguinte regra prática:
unidade fundamental de uma grandeza, podemos indicar
o valor da grandeza medida utilizando um múltiplo ou um
submúltiplo da unidade fundamental. A vírgula sempre se desloca para o lado da menor das
Os múltiplos de uma unidade de medida decimal po- duas unidades consideradas, sendo uma casa para cada
dem ser 10, 100, 1.000 etc. vezes maiores que a unidade vez que mudarmos do nome de uma unidade para o nome
fundamental. da unidade vizinha.
Cada múltiplo da unidade fundamental é identificado
por um prefixo e um símbolo correspondente que são jus- Exemplos:
tapostos ao nome e ao símbolo da unidade fundamental, 1º) Converter 6,78dm para milímetros.
respectivamente. Para usar a regra prática, precisamos montar uma
igualdade que começará sempre pela unidade dada
e terminará sempre pela unidade desejada:
quilo = k
6,78dm = ....? mm
hecto = h A unidade menor (mm) está à direita.
Então, a vírgula será deslocada para a direita:
deca = da
6,78dm = 6 78 mm
unidade fundamental ,

Ao descer a “escada” dos submúltiplos indo de
Os submúltiplos de uma unidade de medida decimal decímetros para milímetros mudamos de unidade
podem ser 10, 100, 1.000 etc. vezes menores que a unidade duas vezes:
fundamental.
Cada submúltiplo da unidade fundamental é identifica-
do por um prefixo e um símbolo correspondentes que são
justapostos ao nome e ao símbolo da unidade fundamental,
respectivamente.

unidade fundamental Assim sendo, o deslocamento da vírgula para a direita


será de duas casas:
deci = d
6,78dm = 6 78, mm
centi = c
2 casas

mili = m Ou seja, 6,78dm representam o mesmo que 678mm.
Matemática


Medidas de Comprimento 2º) Converter 65.300dm para hectômetros.

A unidade fundamental das medidas de comprimento 65.300dm = 65 300 hm


é o metro. ,

Openbook Apostilas 25
A menor unidade (dm) está à esquerda. Então, a vírgula Exemplos:
será deslocada para a esquerda. 1º) Converter 2.630cg para hg.

Dos decímetros para os hectôme­tros, na “escada” dos º


múltiplos e submúltiplos, mudamos de unidade 3 vezes: º
º
º

2.630cg = 0,2630 hg = 0,263hg

Assim, o deslocamento da vírgula para a esquerda será 4 casas


de três casas:
Medidas de Volume
65.300dm = 65,300hm
Ou seja: 65.300dm representam o mesmo que 65,3hm. Frequentemente, o metro cúbico é apresentado como
unidade fundamental das medidas de volume, apontando-se
Atenção: o litro como unidade fundamental das medidas de capacida-
Para efetuar qualquer operação entre medidas de uma de. A diferença é feita por motivos meramente didáticos, uma
mesma grandeza, devemos ter todas as medidas numa vez que as transformações entre os múltiplos e submúltiplos
mesma unidade. do metro cúbico têm comportamento bem diverso das trans-
formações entre os múltiplos e submúltiplos do litro, como
Exemplo: veremos adiante. Além disso, 1 metro cúbico é 1000 vezes
Qual é o perímetro, em metros, de um terreno retangular maior que 1 litro. Entretanto, volume e capacidade indicam
que tem 0,75hm de comprimento por 305dm de largura? grandezas de mesma natureza e devem ser entendidas como
palavras sinônimas.
Solução:
0,75hm = 75m (comprimento) O litro
305dm = 30,5m (largura)
perímetro (soma das medidas dos lados): Os múltiplos e submúltiplos do litro são:

decalitro (da) hectolitro (h) quilolitro (k)


1dal = 10 1h = 100 1k = 1.000

decilitro (d) centilitro (c) mililitro (m)


1d = 0,1 1c = 0,01 1ml = 0,001
per = 75m + 30,5m + 75m + 30,5m = 211m
Observe que cada múltiplo ou submúltiplo do litro é 10
vezes maior ou 10 vezes menor que aqueles imediatamente
Portanto, o perímetro do terreno é de 211m. vizinhos a ele. Assim, para converter uma medida de volume
de um múltiplo ou submúltiplo qualquer do litro para outro,
Medidas de Massa podemos aplicar a mesma regra prática que vimos para a
conversão entre medidas de comprimento.
A unidade fundamental das medidas de massa é o gra-
ma (g). Nos enunciados das questões de provas de concursos O metro cúbico
é bastante comum encontrarmos o uso incorreto da palavra
peso como sinônimo de massa. Os múltiplos e submúltiplos do metro cúbico são:
Os múltiplo do grama são:
decâmetro cúbico (dam3)
decagrama (dag) hectograma (hg) quilograma (kg) 1 dam3 = 1.000m3
1dag = 10g 1hg = 100g 1kg = 1.000g
hectômetro cúbico (hm3)
1hm3 = 1.000.000m3
Os submúltiplos do grama são:
quilômetro (km3)
decigrama (dg) centigrama (cg) miligrama (mg) 1km3 = 1.000.000.000m3
1dg = 0,1g 1cg = 0,01g 1mg = 0,001g
(Cada múltiplo é 1.000 vezes maior que o anterior.)
Matemática

Conversão entre Unidades de Massa decímetro cúbico (dm3)


1dm3 = 0,001m3
As conversões entre duas unidades quaisquer de massa
são feitas do mesmo modo que as conversões entre unidades centímetro cúbico (cm3)
de comprimento que vimos anteriormente. 1cm3 = 0,000.001m3

26 Openbook Apostilas
milímetro cúbico (mm3) RS decímetro quadrado: 1 dm2 = 0,01 m2
1mm3 = 0,000.000.001m3 submúltiplos
T centímetro quadrado: 1 cm2 = 0,000.1 m2
milímetro quadrado: 1 mm2 = 0,000.001 m2

(Cada submúltiplo é 1.000 vezes menor que o anterior.) Cada múltiplo ou submúltiplo do metro quadrado é 100
vezes maior ou 100 vezes menor que aqueles ime­diatamente
Conversão entre múltiplos e submúltiplos do metro vizinhos a ele.
cúbico
Regra prática para transformações:
Como cada múltiplo ou submúltiplo do metro cúbico é
1.000 vezes maior ou 1.000 vezes menor que aqueles ime- A vírgula sempre se desloca para o lado da menor unidade,
diatamente vizinhos a ele, poderemos usar a seguinte regra sendo duas casas para cada “degrau”.
prática para as conversões.
Exemplos:
A vírgula sempre se desloca para o lado da menor das 1º) Converter 23.450 dm2 para decâmetros quadrados.
duas unidades consideradas, sendo três casas para cada
vez que mudarmos do nome de uma unidade para o nome Solução:
da unidade vizinha. De dm2 para dam2 mudamos de unidade duas vezes:

dam2 Os expoentes nos lembram que deve-


Exemplos:


mos deslocar a vírgula 2 casas para
1º) Converter 68.320dm3 para decâmetros cúbicos. m2 cada degrau:
dm2 (2 degraus) x (2 casas) = 4 casas
Solução:
De decímetros cúbicos para decâme­tros cúbicos muda- 23.450 dm2 = dam2 = 2,345 dam2
mos de unidade duas vezes:
4 casas
os expoentes nos lembram que
devemos deslocar a vírgula 3 casas
2º) Converter 0,32 km2 em metros quadrados.
para cada “degrau”:
(2 degraus) x (3 casas) = 6 casas Solução:
De km2 para m2 são 3 “degraus”.

68.320dm3 = 0,068.320 dam3 = 0,06832dam3
(3 degraus) × (2 casas) = 6 casas
6 casas
0,32 km2 = m2 = 320.000 m2
2º) Converter 0,00032m para milímetros cúbicos.
3
6 casas
Solução: Foi preciso acrescentar mais quatro “zeros” para com-
De metros cúbicos para milímetros cúbi­cos descemos pletar as seis casas necessárias.
três “degraus”:
CORRESPONDÊNCIAS ENTRE UNIDADES DE
(3 degraus) × (3 casas) = 9 casas MEDIDAS
Unidades de Volume

Frequentemente, são exploradas nas questões de con-


cursos as seguintes equivalências entre unidades de volumes:

0,00032m = 0.000.320.000,mm = 320.000mm
3 3 3

9 casas 1m3 = 1k 1dm3 = 1 1cm3 = 1m

Obs.: As casas que faltaram para 9 foram completadas com Atenção:


zeros enquanto os zeros que sobraram à esquerda do Como as equivalências acima mostram correspondência
número, antes da vírgula, foram eliminados. de 1 para 1 entre unidades de mesma natureza (volu-
mes), as grandezas equivalentes deverão, nestes três
casos, ser usadas como sinônimas. Portanto, dizer 32
Medidas de Superfície dm3 é rigorosamente o mesmo que dizer 32; dizer
470 m é exatamente o mesmo que dizer 470 cm3; 2
A unidade fundamental das medidas de superfície é o
k é o mesmo que 2 m3.
Matemática

metro quadrado.
Os múltiplos e submúltiplos do metro quadrado são:
Exemplo:
RS decâmetro quadrado: 1 dam = 100 m
2 2 Um reservatório tem o formato de paralelepípedo e
suas dimensões são 2m, por 3m por 5m. Determine a
múltiplos
T hectômetro quadrado: 1 hm2 = 10.000 m2
quilômetro quadrado: 1 km2 = 1.000.000 m2 capacidade deste reservatório em litros.

Openbook Apostilas 27
Solução: Portanto, o peso do aquário mais a água nele contida é:
Se transformarmos as três dimensões dadas para decí-
3kg + 72kg = 75kg
metros, obteremos o volume diretamente em decíme-
tros cúbicos (e sabemos que dm3 = ):
Medidas Não Decimais
2m = 20 dm RS Volume = 20×30×50 = 30.000 dm Medidas de tempo
3m = 30 dm
T
3

5m = 50 dm De maneira geral, os múltiplos e submúltiplos das me-


didas de tempo não se relacionam por fatores de 10, 100,
Portanto, a capacidade do reservatório é de 30.000 . 1.000 etc.
Cada uma das medidas de tempo relaciona-se com as
Unidades de Volume e de Massa outras por fatores que dependem da medida considerada,
conforme veremos:
Quando se propõe alguma correspondência entre a
massa de uma substância e o seu volume, admite-se que 1 segundo (1s) = subdivide-se em décimos, centésimos etc.
elas são diretamente proporcionais entre si. 1 minuto (1 min) = 60s
1 hora (1 h) = 60min
1 dia = 24h
Sendo assim, diremos que:
1 semana = 7 dias
Se 10m3 de uma substância pesam 4.000kg,
1 mês = 30 dias (mês comercial)
então, 5m3 da mesma substância pesarão 2.000kg
1 ano = 12 meses = 360 dias (ano comercial)
e 20m3 da mesma substância pesarão 8.000kg.

A razão constante entre a massa e o volume corres- Outras unidades de tempo frequentemente utilizadas
pondente de uma substância é chamada densidade da são:
substância. 1 quinzena = 15 dias
1 decêndio = 10 dias
massa 1 bimestre = 2 meses
densidade =
volume 1 trimestre = 3 meses
1 quadrimestre = 4 meses
Exemplo: 1 semestre = 6 meses
Para determinarmos qual é a densidade da substância 1 biênio = 2 anos
discutida linhas acima, basta calcular a razão entre a 1 triênio = 3 anos
massa e o volume correspondente: 1 quinquênio = 5 anos
1 década = 10 anos
4.000 kg 1 século = 100 anos
densidade = = 400 kg / m 3
10 m 3 1 milênio = 1000 anos

O caso especial da água Medidas de Ângulo


Para a água pura e sob condições especiais de tem- Existem três sistemas de medidas para ângulos.
peratura e pressão (temperatura de 4°C e pressão de 1 As unidades fundamentais de cada um destes três sis-
atmosfera), vale a seguinte correspondência: temas são o grau (°), o grado (gr) e o radiano (rd).
Pode-se encontrar a equivalência entre duas quaisquer
1 litro de água pesa 1kg destas três medidas, sabendo-se que:

Esta correspondência também é a base de muitas ques- 180° = 200gr = π rd (onde π ≅ 3,14)
tões de concursos públicos, embora as condições necessárias
de temperatura e pressão raramente sejam lembradas.
O sistema de medida de ângulos em graus é o único
dos três a caracterizar-se como sistema sexagesimal. Isto
Exemplo:
significa que a relação de grandeza entre as unidades deste
Um aquário tem o formato de um paralelepípedo e suas
sistema dá-se por um fator igual a 60.
dimensões são 60 cm de largura, 40 cm de altura e 30 cm
de comprimento. Quantos quilogramas o aquário pesará
depois que estiver cheio d’água se, vazio, ele pesa 3 kg? • Cada grau vale 60 minutos: 1° = 60’
• Cada minuto vale 60 segundos: 1’ = 60”
Solução:
Conversão entre unidades de medidas não decimais
Como cada kg de água corresponde a 1, devemos
determinar a capacidade do aquá­rio em litros:
Para converter uma unidade de medida não-decimal
Matemática

60cm = 6dm
40cm = 4dm
RS volume = 6×4×3 = 72dm = 72 em outra, é preciso observar quantas vezes a unidade menor
cabe dentro da maior.
T
3

30cm = 3dm
Exemplos:
72 de água pesam 72 kg. 1) Quantos minutos há em 1 dia?

28 Openbook Apostilas
Solução: 2. Transformar para centímetros:
1d = 24h RS
1d = 24h = 24×(60min) = 1.440min
a) 1,3m c) 28mm
1h = 60min T b) 42,7dm d) 1,036dam

2) Quantos segundos há em 3 dias? 3. Um retângulo tem 30 cm de largura por 0,5m de com-


primento. Calcule, em decímetros, o perímetro deste
retângulo.
Solução:
4. O perímetro de um quadrado é igual a 0,48m. Deter-
1d = 24h
RS
1h = 60min 3d = 3×24×60×60s = 259.200s
mine, em centímetros a medida de cada lado deste

1min = 60s T quadrado.


5. Calcule, em metros, o perímetro de um terreno retan-
gular de 3 dam de frente (largura) por 400dm de fundos
3) Quantos minutos mede um ângulo de 4°? (comprimento).
6. Um terreno retangular tem 720dm de perímetro. Calcule
Solução: suas dimensões, em metros, sabendo que uma delas é
o dobro da outra.
1° = 60’ ⇒ 4° = 4 × 60’ = 240’ 7. As dimensões de um terreno retangular estão entre si
assim como 3 está para 4. Determine a maior delas, em
4) Quantos segundos mede um ângulo de 3°? metros, sabendo que o perímetro do terreno é igual a
0,98hm.
Solução: 8. Um terreno retangular tem 0,2km de perímetro. Saben-
do que ele é 300 dm mais comprido que largo, calcule
1° = 60’ RS
3° = 3 × 60 × 60” = 10.800” qual é a largura deste terreno, em metros.
1’ = 60” T 9. No ar seco, o som percorre 340m por segundo. Nestas
condições, quantos quilômetros o som percorreria em
5) Quantos segundos há em 5h 40min? 1 hora?
10. Um terreno retangular com 50m de frente por 0,4hm de
fundos deve ser cercado com 3 voltas de fio. Quantos
Solução:
metros de fio serão necessários?
5h = 5 × 60min = 5 × 60 × 60s = 18.000s RS 11. A iluminação de uma auto-pista é feita por lâmpadas
40min = 40 × 60s = 2.400s T que estão em postes colocados a cada 30m, todos do
mesmo lado da pista. Se o primeiro e o último postes
5h 40min = 18.000 + 2.400 = 20.400s ficam afastados exatamente 15km, quantos postes
fazem a iluminação desta pista?
1 12. A placa que anuncia o nome de certa loja tem 3m de
6) Quantas horas e minutos há em de um dia?
10 largura por 2m de comprimento e é cercada de peque-
nas lâmpadas que são colocadas a cada 10cm umas das
Solução: outras, ao longo de cada lado, ficando uma lâmpada em
cada canto da placa. Deste modo, quantas lâmpadas ao
1dia 24 h
= = 2h +
4h U| todo são empregadas?
10 10 10 1dia
4 h 4 × 60 min 240 min 10
V|
= 2 h 24 min 13. Um terreno retangular com 96m de perímetro será cer-
cado com estacas de 10cm de largura, deixando sempre
10
=
10
=
10
= 24 min
|W entre elas um vão livre de 4dm. Quantas estacas ao todo
serão necessárias?
14. Uma fábrica comprou 1.500 m de tecido R$ 2.700,00.
Portanto, 1 de um dia é igual a 2h 24min. Após o tingimento e secagem, constatou-se que a peça
10
1
original tinha encolhido de . Nestas condições, de
7) Quantas horas, minutos e segundos há em 1 de um 10
dia? 100
quanto foi o custo real (após o encolhimento) do metro
de tecido?
1 dia 24 h 24 × 60 min 1.440 min 40 min 15. Um comerciante desonesto vendeu 48m de tecido
= × = = 14 min + como se fossem 50m, pois usou um “metro” mais curto.
100 100 100 100 100
Quantos centímetros tinha, realmente, o “metro” deste
40 min 40 × 60s 2.400s comerciante?
= = = 24s
100 100 100 II. Medidas de Área

1 1. Transformar para metros quadrados:


Portanto, de um dia é igual a 14min 24s. a) 0,03km2 c) 6,4dam2
100
b) 0,58hm2
EXERCÍCIOS PROPOSTOS 2. Transformar para decâmetros quadrados:
a) 580m2 c) 53.700cm2
Matemática

I. Medidas de Comprimento b) 68.000dm2


1. Transformar para metros: 3. Transformar para centímetros quadrados:
a) 6,12km c) 0,52hm a) 0,06m2 c) 480mm2
b) 6,4dm d) 8.200cm b) 53dm
2

Openbook Apostilas 29
4. Um quadrado tem 20dm de lado. Qual é a sua área, em 8. Calcule, em hectolitros, a capacidade de um reservatório
metros quadrados? com formato de paralelepípedo cujo comprimento é o
5. Um quadrado tem 2.400cm de perímetro. Qual é a área triplo da largura e esta, o dobro da altura, sabendo que
desse quadrado, em metros quadrados? a soma das três dimensões é igual a 18m.
6. A área de um quadrado é igual a 1,44m2. Quantos cen- 9. A capacidade total de dois reservatórios juntos é de 20hl.
tímetros mede cada um de seus lados? 3
O primeiro contém água até de sua capacidade e o
7. A área de um terreno quadrado é de 6.400dm2. Quantos 4
metros de tela serão necessários para cercar este ter-
reno, se quisermos deixar apenas uma abertura de 3m segundo, até a metade. Se colocamos a água do primeiro
para o portão de entrada? no segundo, este ficará cheio. Qual é a capacidade total
8. As dimensões de um terreno retangular estão na pro- do segundo, em metros cúbicos?
porção de 3 para 5. Determine o tamanho do lado maior 10. Na construção de uma piscina cavou-se um fosso que
deste terreno, sabendo que sua área é de 240m2. mede 50m de comprimento, por 12m de largura, por 2m
9. Um terreno retangular com 750m2 de área tem os seus de profundidade. Quantas viagens, ao todo, devem dar
lados na proporção de 5 para 6. Quantos metros de fio 5 caminhões para transportar a terra retirada, se esta
de arame serão gastos para cercá-lo com 4 voltas de fio? aumenta de 1 o seu volume ao ser revolvida e cada
10. Determine a medida do menor lado de um retângulo, 5
sabendo que suas dimensões estão entre si assim como caminhão leva somente 12m3 em cada viagem?
2 para 3 e que a diferença entre o número que expres-
sa a sua área, em metros quadrados, e o número que IV. Medidas de Massa
expressa o seu perímetro, em metros, é igual a 24.
11. Ao medir uma sala, encontrei 10 passos mais 2 pés de 1. Transformar para decigramas:
comprimento e 6 passos mais 1 pé de largura. Conside- a) 0,03kg
rando que o comprimento do meu passo é de 40 cm e o b) 3.200mg
de meu pé, 20cm. Quantos metros quadrados tem esta c) 5,2hg
sala? d) 200cg
12. Um terreno de 200m2 foi dividido em duas partes. A
quarta parte da primeira é igual em área à sexta parte
2. Se um litro de óleo pesa 920g, qual o volume ocupado
da segunda. Quantos metros quadrados tem a primeira
por 1.840kg deste óleo em litros?
parte?
3. Quantos metros cúbicos correspondem a uma massa de
III. Medidas de Volume 3.000kg de água?
4. Um quilograma de água ocupa o mesmo volume que
1. Transformar para metros cúbicos: 400g de certo sorvete. Quantos quilogramas deste
a) 7.500dm3 c) 35.800.000cm3 sorvete poderão ser acomodados num pote que tem
b) 0,002hm3 capacidade para 5 litros?
5. Um vaso cheio de um determinado liquido pesa 1kg a
2. Transformar para litros: mais do que se estivesse cheio de água. Sabe-se que 1dal
a) 13,52hl c) 5,72dl desse líquido pesa 12kg. Quantos quilogramas desse
b) 32.000cl líquido o vaso pode comportar?
6. A massa de certo volume de tinta é de 6kg. Se substituir-
3. Transformar para a unidade pedida: mos metade do volume desta tinta por água, a massa da
a) 23,5m3 para kl e) 2,85dl para cm3 mistura será de 5kg. Quanto pesa cada litro desta tinta?
b) 4,3dm para l
3
f) 32,7hl para dm3 7. Sabe-se que 1 litro de tinta pura pesa 1.200g. Numa
c) 58,6cm3 para ml g) 0,6dam3 para kl mistura de tinta e água, cada litro pesa 1.120g. Qual é a
d) 16,7m3 para dal h) 3.200mm3 para dl razão entre a massa de água e a de tinta, nesta ordem,
que estão presentes na mistura?
4. Uma caixa d’água de formato cúbico tem 0,60m de
aresta. Qual é o volume, em litros, que ela conterá se V. Medidas Não Decimais
2
estiver cheia até de sua capacidade total?
3 1. Transforme para horas, minutos e segundos:
5. As dimensões internas de uma geladeira são de 6dm a) 5,125h d) 190,8min
de largura, 50cm de profundidade e 0,8m de altura. b) 3,6h e) 5684s
Determine, em litros, a capacidade total desta geladeira. c) 14,3min f) 3400s
6. Vinte e quatro metros cúbicos de certo produto devem
ser acondicionados em frascos de 800ml. Quantos fras- 2. Quantos minutos há em
3
de uma hora?
cos serão necessários? 4
Matemática

3
7. Um tanque tem formato de paralelepípedo e suas di- 3. Quantas horas há em de um dia?
4
mensões são diretamente proporcionais aos números
2, 3 e 4. Determine a capacidade, em decalitros, deste 4. Que fração da hora corresponde a 5 minutos?
tanque, sabendo que a maior de suas dimensões supera
a menor em 0,04hm. 5. Que fração do dia corresponde a 6 horas?

30 Openbook Apostilas
6. Uma emissora de televisão põe 2min de intervalo Razões E proporções
comercial para cada 20min de filme, precisamente.
Sabendo que um filme com duração original de 2 horas Chama-se razão de dois números, dados numa certa
será apresentado por esta emissora a partir das 19h de ordem e sendo o segundo diferente de zero, ao quo­ciente
certo dia, a que horas o filme deverá terminar? do primeiro pelo segundo.
Assim, a razão entre os números a e b pode ser dita
Sistemas de Medidas “razão de a para b” e representada como:
I. Medidas de Comprimento a
ou a : b
b
1. a) 6.120m 6. 12m e 24m
b) 0,64m 7. 28m Onde a é chamado antecedente enquanto b é chamado
c) 52m 8. 35m consequente da razão dada.
d) 82m 9. 1.224km/h Ao representar uma razão frequentemente simplifi-
2. a) 130cm 10. 540m camos os seus termos procurando, sempre que possível,
b) 427cm 11. 501 postes torná-los inteiros.
c) 2,8cm 12. 100 lâmpadas
d) 1.036cm 13. 192 estacas
Exemplos:
3. 16dm 14. R$ 2,00
4. 12cm 15. 96 cm A razão entre 0,25 e 2 é:
5. 140m F I
1
0,25
=
H K
4 1 1 1
= ⋅ = (1 para 8)
II. Medidas de Área 2 2 4 2 8
1. a) 30.000m2 4. 4m2
b) 5.800m2 5. 36m2 F 1I
c) 640m2 6. 120cm 1
A razão entre e
5
é:
H 6 K = 1 ⋅ 12 = 2 (2 para 5)
2. a) 5,8dam2 7. 29m 6 12 F 5I 6 5 5
b) 6,8dam2
c) 0,0537dam2
8. 20m
9. 440m
H 12 K
3. a) 600cm2 10. 6m 6 5 30
A razão entre 6 e 1 é: = 6⋅ = (30 para 1)
b) 5.300cm2 11. 11,44m
5 1 FI
1 1

c) 4,8cm2 12. 80m2
5 HK
III. Medidas de Volume
Proporção é a expressão que indica uma igualdade entre
1. a) 7,5m 3
4. 144 duas ou mais razões.
b) 2.000m3 5. 240 A proporção a = c pode ser lida como “a está para b
c) 35,8m3 6. 30.000 frascos b d
2. a) 1.352 7. 19.200da assim como c está para d” e representada como a : b : : c :

b) 320 8. 960h d. Nesta proporção, os números a e d são os extremos e os
c) 0,572 9. 1,2m3
números b e c são os meios.
3. a) 23,5k 10. 120 viagens
b) 4,3
c) 58,6m Em toda proporção o produto dos extremos
d) 1.670da é igual ao produto dos meios.
e) 285cm3
f) 3.270dm3 Quarta proporcional de três números dados a, b e c
g) 600k nesta ordem, é o número x que completa com os outros
h) 0,032d três uma proporção tal que:

IV. Medidas de Massa a c


=
b x
1. a) 300dg 3. 3m3
b) 32dg 4. 2kg Exemplo:
c) 5.200dg 5. 6kg Determinar a quarta proporcional dos números 3 , 4 e
d) 20dg 6. 1,5kg 6 nesta ordem.
2. 2000 7. 5/9
Solução:
. Medidas Não Decimais 3 6
= → 3x = 4 × 6 → x = 8
V
4 x
1. a) 5h 7min 30s 2. 45min
Matemática

b) 3h 36min 3. 18h Proporção contínua é aquela que tem meios iguais.


c) 14min 18s 4. 1/12 de uma hora
d) 3h 10min 48s 5. 1/4 de um dia Exemplo:
e) 1h 34min 44s 6. 21h 10min A proporção 9 : 6 : : 6 : 4 é contínua pois tem os seus
f) 56min 40s meios iguais a 6.

Openbook Apostilas 31
Numa proporção contínua temos: Agora que descobrimos que cada parte vale 14 (p = 14),
• O valor comum dos meios é chamado média propor- podemos concluir que:
cional (ou média geométrica) dos extremos. o valor de x é → x = 2p = 2⋅(14) = 28
Ex.: 4 é a média proporcional entre 2 e 8, pois 2 : o valor de y é → y = 5p = 5⋅(14) = 70
4::4:8
• O último termo é chamado terceira proporcional. x y z
3. Na proporção múltipla = = , determinar os valores
Ex.: 5 é a terceira proporcional dos números 20 3 5 6
e 10, pois 20 : 10 : : 10 : 5 de x, de y e de z sabendo que x + y + z = 112.

Proporção múltipla é a igualdade simultânea de três Solução:


ou mais razões. A proporção múltipla nos mostra que:
x tem 3 partes.....................................(x = 3p)
enquanto y tem 5 partes....................(y = 5p)
Exemplo: e z tem 6 partes ............................... (z = 6p)
2 3 4 5 Como a soma das três partes vale 112, temos:
= = = 3p + 5p + 6p = 112
4 6 8 10
14p = 112
Razões inversas são duas razões cujo produto é igual a 1. p = 112 ÷ 14
p=8
Exemplo: Agora que descobrimos que cada parte vale 8, podemos
3 10 concluir que:
× = 1 então dizemos que “3 está para 5 na razão
5 6 o valor de x é → x = 3p = 3⋅(8) = 24
o valor de y é → y = 5p = 5⋅(8) = 40
inversa de 10 para 6’’ ou então que “3/5 está na razão
o valor de z é → z = 6p = 6⋅(8) = 48
inversa de 10/6’’ ou ainda que “3/5 e 10/6 são razões
inversas”. 4. Sabendo que a está para b assim como 8 está para 5 e
que 3a – 2b = 140, calcular a e b.
Quando duas razões são inversas, qualquer uma delas
forma uma proporção com o inverso da outra. Solução:
Pela proporção apresentada, a tem 8 partes enquanto
Exemplo: b tem 5 partes:
3/5 e 10/6 são razões inversas. Então, 3/5 faz proporção a = 8p e b = 5p
com 6/10 (que é o inverso de 10/6) enquanto 10/6 faz
então teremos: 3a = 3 × (8p) = 24p e 2b = 2 × (5p) = 10p
proporção com 5/3 (que é o inverso de 3/5).
portanto: 3a – 2b = 140 → 24p – 10p = 140 → 14p =
140 → p = 10
Exercícios Resolvidos como p = 10 temos: a = 8p = 8 × 10 = 80 e b = 5p =
5 × 10 = 50
1. Numa prova com 50 questões, acertei 35, deixei 5 em
branco e errei as demais. 5. Dois números positivos estão entre si assim como 3 está
Qual é a razão do número de questões certas para o de para 4. Determine-os sabendo que a soma dos seus
erradas? quadrados é igual a 100.
Solução: Solução:
Das 50 questões, 35 estavam certas e 5 ficaram em Se os números estão entre si na proporção de 3 para 4,
branco. Logo, o número de questões erradas é: então um deles é 3p e o outro é 4p.

50 – 35 – 5 = 10 Deste modo, a soma dos quadrados fica sendo:


(3p)2 + (4p)2 = 100
Assim, a razão do número de questões certas (35) para 9p2 + 16p2 = 100
25p2 = 100
35 7 p = 4 → p = 2 (pois os números
2
o de erradas (10) é = ou 7 para 2.
10 2 são positivos)

2. Calcular dois números positivos na proporção de 2 para Portanto, os dois números são:
5 sabendo que a diferença do maior para o menor é 42.
3p = 3 × 2 = 6
Solução: e
Sejam x o menor e y o maior dos números pro­curados. 4p = 4 × 2 = 8
A proporção nos mostra que x está para 2 assim como
y está para 5. eXErcícios PROPOSTOS
Então, podemos dizer que:
x tem 2 partes ....................... (x = 2p) 1. Calcule a quarta proporcional dos números dados:
Matemática

enquanto y tem 5 partes ........ (y = 5p) 1 1 1


a) 2; 5 e 10 b) 3; 4 e 5 c) ; e
Mas como a diferença y – x deve valer 42, teremos: 2 3 4
42 2. Calcule a terceira proporcional dos números dados:
5p − 2p = 42 → 3p = 42 → p = → p = 14 1 1
3 a) 3 e 6 b) 4 e 12 c) e
y x 2 4

32 Openbook Apostilas
3. Calcule a média proporcional entre os números dados: Divisão proporcional
1
a) 3 e 12 b) 6 e 24 c) e 128
2
Grandezas Diretamente Proporcionais
4. Determine dois números na proporção de 3 para 5,
sabendo que a soma deles é 48.
5. Determine dois números na proporção de 3 para 5, sa- Dada a sucessão de valores (a1, a2, a3, a4, ...), dizemos
bendo que o segundo supera o primeiro em 60 unidades. que estes valores são diretamente proporcionais aos cor-
6. A razão entre dois números é igual a 4/5. Determine-os respondentes valores da sucessão (b1, b2, b3, b4, ...) quando
sabendo que eles somam 72. forem iguais as razões entre cada valor de uma das sucessões
7. A razão entre dois números é igual a 4/5. Determine- e o valor correspondente da outra.
-os sabendo que o segundo supera o primeiro em 12
unidades.
a1 a 2 a 3
8. Determine dois números na proporção de 2 para 7 sa- = = =.....
bendo que o dobro do primeiro mais o triplo do segundo b1 b 2 b 3
resulta igual a 100.
9. Determine dois números na proporção de 2 para 7 sa- O resultado constante das razões obtidas de duas su-
bendo que o quíntuplo do primeiro supera o segundo cessões de números diretamente proporcionais é chamado
em 48 unidades. de fator de proporcio­nalidade.
10. Dois números positivos encontram-se na proporção de
11 para 13. Determine-os sabendo que a soma de seus
quadrados resulta igual a 29.000. Exemplo:
11. Dois números negativos encontram-se na proporção Os valores 6, 7, 10 e 15, nesta ordem, são diretamente
de 7 para 3. Determine-os sabendo que o quadrado do proporcionais aos valores 12, 14, 20 e 30 respectiva-
primeiro supera o quadrado do segundo em 360. 15
12. Dois números inteiros encontram-se na proporção de mente, pois as razões 6 , 7 , 10 e são todas iguais,
12 14 20 30
3 para 5. Determine-os sabendo que o produto deles é
1
igual a 60. sendo igual a o fator de proporcionalidade da primeira
13. Encontre os três números proporcionais a 5, 6 e 7, sa- 2
bendo que a soma dos dois menores é igual a 132. para a segunda.
14. Encontre os três números proporcionais a 3, 4 e 5, tais
que a diferença entre o maior deles e o menor é igual a
40. Como se pode observar, as sucessões de números
15. Três números proporcionais a 5, 6 e 7 são tais que a diretamente proporcionais formam proporções múltiplas
diferença do maior para o menor supera em 7 unida- (já vistas no capítulo de razões e proporções). Assim sendo,
des a diferença entre os dois maiores. Quais são estes podemos aproveitar todas as técnicas estudadas no capítulo
números? sobre proporções para resolver problemas que envolvam
16. Três números são tais que o primeiro está para o se- grandezas diretamente proporcionais.
gundo assim como 2 está para 5 enquanto a razão do
terceiro para o primeiro é 7/2. Quais são estes números,
se a soma dos dois menores é igual a 49? Grandezas Inversamente Proporcionais
17. Para usar certo tipo de tinta concentrada, é necessário
diluí-la em água na proporção de 3 : 2 (proporção de Dada a sucessão de valores (a1, a2, a3, a4, ...), todos dife-
tinta concentrada para água). Sabendo que foram com- rentes de zero, dizemos que estes valores são inversamente
prados 9 litros dessa tinta concentrada, quantos litros
de tinta serão obtidos após a diluição na proporção proporcionais aos correspondentes valores da sucessão (b1,
recomendada? b2, b3, b4, ...), todos também diferentes de zero, quando forem
18. Três números são proporcionais a 2, 3 e 5 respectiva- iguais os produtos entre cada valor de uma das sucessões e
mente. Sabendo que o quíntuplo do primeiro, mais o o valor correspondente da outra.
triplo do segundo, menos o dobro do terceiro resulta
18, quanto vale o maior deles? Exemplo:
19. Dois números estão entre si na razão inversa de 4 para
Os valores 2, 3, 5 e 12 são inversamente proporcionais
5. Determine-os sabendo que a soma deles é 36.
20. A diferença entre dois números é 22. Encontre estes aos valores 30, 20, 12 e 5, nesta ordem, pois os produtos
números, sabendo que eles estão entre si na razão 2 × 30, 3 × 20, 5 × 12 e 12 × 5 são todos iguais.
inversa de 5 para 7.
Relação entre Proporção Inversa e Proporção
GABARITO
Direta
1. a) 25; b) 20/3; c) 1/6 2. a) 12; b) 36; c) 1/8
3. a) 6; b) 12; c) 8 4. 18 e 30 Sejam duas sucessões de números, todos diferentes
5. 90 e 150 6. 32 e 40 de zero. Se os números de uma são inversamente propor-
7. 48 e 60 8. 8 e 28 cionais aos números da outra, então os números de uma
9. 32 e 112 10. 110 e 130
Matemática

11. –21 e –9 12. 6 e 10 ou –6 e –10 delas serão diretamente proporcionais aos inversos dos
13. 60, 72 e 84 14. 60, 80 e 100 números da outra.
15. 35, 42 e 49 16. 14, 35 e 49 Esta relação nos permite trabalhar com sucessões de
17. 15 litros 18. 10 números inversamente proporcionais como se fossem dire-
19. 20 e 16 20. 77 e 55 tamente proporcionais.

Openbook Apostilas 33
Divisão em Partes Proporcionais Indicando as partes procuradas por:

1º caso: Divisão em partes diretamente proporcionais A = 2p, B = 3p e C= 4p


Dividir um número N em partes diretamente A+B+C = 45 → 2p + 3p + 4p = 45 → 9p = 45 →
proporcionais ao números a, b, c, ..., significa p=5
encontrar os números A, B, C, ..., tais que
Assim, concluímos que: A = 2p = 2 × 5 = 10,
A B C
= = =... B = 3p = 3 × 5 = 15 e
a b c C = 4p = 4 × 5 = 20
A + B + C + ... = N
2º caso: Divisão em partes inversamente proporcionais
Exercícios Resolvidos
Dividir um número N em partes inversamente
1. Dividir o número 72 em três partes diretamente propor­ proporcionais a números dados a, b, c,..., significa
cionais aos números 3, 4 e 5. encontrar os números A, B, C, ... tais que
a × A = b × B = c × C = ...
Indicando por A, B, e C as partes procuradas, temos que:
e
A = 3p, B = 4p, C = 5p e A+B+C = 72
A + B + C + ... = N
portanto: 3p + 4p + 5p = 72 → 12p = 72 → p = 6
valor de A → 3p = 3 × 6 = 18 4. Dividir 72 em partes inversamente proporcionais aos
números 3, 4 e 12.
valor de B → 4p = 4 × 6 = 24
valor de C → 5p = 5 × 6 = 30 Usando a relação entre proporção inversa e proporção
direta vista na página 70, podemos afirmar que as
Portanto, as três partes procuradas são 18, 24 e 30. partes procuradas serão diretamente proporcionais a
1 1 1.
2. Dividir o número 46 em partes diretamente proporcio- , e
1 2 3 3 4 12
nais aos números , e .
2 3 4 Reduzindo as frações ao mesmo denominador, teremos:
Reduzindo as frações ao mesmo denominador, teremos: 4 3 1
, e
12 12 12
6 8 9
, e
12 12 12
Desprezar os denominadores (iguais) manterá as pro-
porções e ainda simplificará nossos cálculos.
Desprezar os denominadores (iguais) não afetará os Então, poderemos dividir 72 em partes diretamente
resultados finais, pois a proporção será mantida e ainda proporcionais a 4, 3 e 1 (numeradores).
simplificará nossos cálculos. Indicando por A, B e C as três partes procuradas, te-
Então, poderemos dividir 46 em partes diretamente remos:
proporcionais a 6, 8 e 9 (os numeradores).
Indicando por A, B e C as três partes procuradas, te- A = 4p, B = 3p, C = 1p
remos: A + B + C = 72 → 4p + 3p + 1p = 72 →
8p = 72 → p = 9
A = 6p, B = 8p, C = 9p
Assim, concluímos que: A = 4p = 4 × 9 = 36,
A + B + C = 46 → 6p + 8p + 9p = 46 → 23p = 46 → p = 2
B = 3p = 3 × 9 = 27 e
Assim, concluímos que: A = 6p = 6 × 2 = 12, C = 1p = 1 × 9 = 9.
B = 8p = 8 × 2 = 16 e
Portanto, as partes procuradas são 36, 27 e 9.
C = 9p = 9 × 2 = 18
3º caso: Divisão composta direta
As partes procuradas são 12, 16 e 18.
Chamamos de divisão composta direta à divisão
3. Dividir o número 45 em partes diretamente proporcio- de um número em partes que devem ser direta-
nais aos números 200, 300 e 400. mente proporcionais a duas ou mais sucessões
de números dados, cada uma.
Inicialmente dividiremos todos os números dados por Para efetuarmos a divisão composta direta,
100. Isto não alterará a proporção com as partes procu- devemos:
radas, mas simplificará os nossos cálculos. 1º) encontrar uma nova sucessão onde cada
Matemática

valor será o produto dos valores correspon-


(200, 300, 400) ÷ 100 = (2, 3, 4) dentes das sucessões dadas;
2º) efetuar a divisão do número em partes dire-
Então poderemos dividir 45 em partes diretamente tamente proporcionais aos valores da nova
proporcionais aos números 2, 3 e 4. sucessão encontrada.

34 Openbook Apostilas
5. Dividir o número 270 em três partes que devem ser dire- Exercícios PROPOSTOS
tamente proporcionais aos números 2, 3 e 5 e também
diretamente proporcionais aos números 4, 3 e 2, respec-
1. Determine x, y e z de modo que as sucessões (15, x, y,
tivamente.
z) e (3, 8, 10, 12) sejam diretamente propor­cionais.
Indicando por A, B e C as três partes procuradas, devemos ter: 2. Determine x, y e z de modo que as sucessões (x, 32, y,
z) e (3, 4, 7, 9) sejam diretamente proporcionais.
A será ser proporcional a 2 e 4 → 2 × 4 = 8 → A = 8p
3. Determine x e y de modo que as sucessões (20, x, y) e
B será ser proporcional a 3 e 3 → 3 × 3 = 9 → B = 9p
(3, 4, 5) sejam inversamente proporcionais.
C será ser proporcional a 5 e 2 → 5 × 2 = 10 → C = 10p
4. Determine x, y e z de modo que as sucessões (6, x, y, z)
e (20, 12, 10, 6) sejam inversamente propor­cionais.
A + B + C = 270 → 8p + 9p + 10p = 270
5. Determine x e y de modo que as sucessões (3, x, y) e (4,
27p = 270 → p = 10
6, 12) sejam inversamente proporcionais.
A = 8p = 8 × 10 = 80
6. Dividir 625 em partes diretamente proporcionais a 5, 7
B = 9p = 9 × 10 = 90
e 13.
C = 10p = 10 × 10 = 100
7. Dividir 1.200 em partes diretamente proporcionais a 26,
34 e 40.
Portanto, as três partes procuradas são: 80, 90 e 100.
8. Dividir 96 em partes diretamente proporcionais a 1,2;
2 e 8.
4º caso: Divisão composta mista
5
Chamamos de divisão composta mista à divisão 9. Dividir 21 em partes inversamente proporcionais a
de um número em partes que devem ser direta- 3 e 4.
mente proporcionais aos valores de uma sucessão 10. Dividir 444 em partes inversamente proporcionais a 4,
dada e inversamente proporcionais aos valores 5 e 6.
de uma outra sucessão dada. 11. Dividir 1.090 em partes inversamente proporcionais a
Para efetuarmos uma divisão composta mista,
devemos: 2 4 7
, e .
1º) inverter os valores da sucessão que indica 3 5 8
proporção inversa, recaindo assim num caso
de divisão composta di­reta; 12. Dividir 108 em partes diretamente proporcionais a 2 e
3 e inversamente proporcionais a 5 e 6.
2º) aplicar o procedimento explicado anterior-
mente para as divisões compostas diretas. 13. Dividir 560 em partes diretamente proporcionais a 3,
6 e 7 e inversamente proporcionais a 5, 4 e 2.
6. Dividir o número 690 em três partes que devem ser direta- 14. Repartir uma herança de R$ 460.000,00 entre três pes-
mente proporcionais aos números 1, 2 e 3 e inversamente soas na razão direta do número de filhos de cada uma e
proporcionais aos números 2, 3 e 4, respectivamente. na razão inversa das idades delas. As três pessoas têm,
respectivamente, 2, 4 e 5 filhos e as idades respectivas
Invertendo os valores da sucessão que indica proporção são 24, 32 e 45 anos.
inversa, obtemos: 15. Dois irmãos repartiram uma herança em partes direta-
mente proporcionais às suas idades. Sabendo que cada
1 1 1 um deles ganhou, respectivamente, R$ 3.800,00 e R$
, e 2.200,00, e que as suas idades somam 60 anos, qual é
2 3 4
a idade de cada um deles?
Reduzindo as frações a um denominador comum, teremos:
GABARITO
6 4 3
, e → 6, 4 e 3
12 12 12 1. X = 40, Y = 50 e Z = 60
2. X = 24, Y = 56 e Z = 72
3. X = 15 e Y = 12
Então, indicando por A, B e C as três partes pro­curadas,
4. X = 10, Y = 12 e Z = 20
devemos ter:
5. X = 2 e Y = 1
A será proporcional a 1 e 6 → 1 × 6 = 6 → A = 6p 6. 125, 175 e 325
B será proporcional a 2 e 4 → 2 × 4 = 8 → B = 8p 7. 312, 408 e 480
C será proporcional a 3 e 3 → 3 × 3 = 9 → C = 9p 8. 12, 4 e 80
9. 12 e 9
A + B + C = 690 → 6p + 8p + 9p = 690 10. 180, 144 e 120
Matemática

→ 23p = 690 → p = 30 11. 420, 350 e 320


A = 6p = 6 × 30 = 180, B = 8p = 8 × 30 = 240 e 12. 48 e 60
C = 9p = 9 × 30 = 270 13. 60, 150 e 350
14. R$ 120.000,00, R$ 180.000,00 e R$ 160.000,00
Portanto, as três partes procuradas são: 180, 240 e 270. 15. 38 anos e 22 anos

Openbook Apostilas 35
Regra de três Exemplo:
Considere as duas grandezas variáveis:
Chamamos de regras de três ao processo de cál­culo
utilizado para resolver problemas que envolvam duas ou mais FH
Velocidade de
um automóvel
IK FH
Tempo de duração
da viagem
IK
grandezas direta ou inversamente proporcionais.
Quando o problema envolve somente duas grandezas é
costume denominá-lo de problema de regra de três simples. A 20 km/h............ a viagem dura.......... 6 horas
A 40 km/h............ a viagem dura.......... 3 horas
Exemplos: A 60 km/h............ a viagem dura.......... 2 horas
Se um bilhete de ingresso de cinema custa R$ 5,00, então,
quanto custarão 6 bilhetes? Observamos que quando a velocidade tornou-se o
As grandezas são: o número de bilhetes e o preço dos dobro, o triplo do que era, o tempo de duração da viagem
bilhetes. tornou-se correspondente­mente a metade, a terça parte
do que era. Portanto, as grandezas “velocidade” e “tempo
Um automóvel percorre 240 km em 3 horas. Quantos de duração da viagem” são inversamente proporcionais.
quilômetros ele percorrerá em 4 horas?
As grandezas são: distância percorrida e tempo ne- Cuidado!
cessário. Não basta observar que o aumento de uma das gran-
dezas implique no aumento da outra. É preciso que
Poderemos chamar a regra de três simples de direta exista proporção.
ou inversa, dependendo da relação existente entre as duas
grandezas envolvidas no problema. Por exemplo, aumentando o lado de um quadrado, a
Quando o problema envolve mais de duas grandezas
área do mesmo também aumenta. Mas não há pro-
é costume denominá-lo de problema de regra de três
porção, pois ao dobrarmos o valor do lado, a área não
composta.
dobra e sim quadruplica!
Exemplo:
Se 5 homens trabalhando durante 6 dias constroem Grandezas Proporcionais a Várias Outras
300m de uma cerca, quantos homens serão necessários
para construir mais 600m desta cerca em 8 dias? Uma grandeza variável é proporcional a várias outras se
A grandezas são: o número de homens, a duração do for diretamente ou inversamente proporcional a cada uma
trabalho e o comprimento da parte construída. dessas outras, quando as demais não variam.

Para resolver um problema qualquer de regra de três Exemplo:


devemos ini­cialmente determinar que tipo de relação de O tempo necessário para construir certo trecho de uma
proporção existe entre a grandeza cujo valor pretendemos ferrovia é diretamente proporcional ao comprimento
determinar e as demais grandezas. do trecho considerado e inversamente proporcional ao
número de operários que nele trabalham.
Relação de Proporção Direta
Observe:
Duas grandezas variáveis mantêm relação de propor- 1º) Vamos fixar o comprimento do trecho feito.
ção direta quando aumentando uma delas para duas, três, Em 30 dias, 10 operários fazem 6 km.
quatro etc. vezes o seu valor, a outra também aumenta res- Em 15 dias, 20 operários também fazem 6 km.
pectivamente para duas, três, quatro etc. vezes o seu valor. Em 10 dias, 30 operários também fazem 6 km.

Exemplo: Aqui, observa-se que o tempo é inversamente


Considere as duas grandezas variáveis: propor­cional ao número de operários.

(comprimento de um tecido) (preço de venda da peça) 2º) Agora vamos fixar o número de operários.
30 operários, em 10 dias, fazem 6 km.
1 metro ............custa .......................... R$ 10,00 30 operários, em 20 dias, farão 12 km.
2 metros.............custam ....................... R$ 20,00 30 operários, em 30 dias, farão 18 km.
3 metros ............custam ....................... R$ 30,00
4 metros ............custam ....................... R$ 40,00 Agora, vemos que o tempo é diretamente propor-
cional ao comprimento do trecho feito.
Observamos que quando o comprimento do tecido
tornou-se o dobro, o triplo etc., o preço de venda da peça PROPRIEDADE
também aumentou na mesma proporção. Portanto as gran-
dezas “comprimento do tecido” e “preço de venda da peça” Se uma grandeza for diretamente proporcio­nal a algu-
são diretamente proporcionais. mas grandezas e inversamente proporcional a outras,
então, a razão entre dois dos seus valores será igual:
Relação de Proporção Inversa ao produto das razões dos valores correspon-
Matemática

dentes das grandezas diretamente proporcionais a


Duas grandezas variáveis mantêm relação de proporção ela...
inversa quando aumentando uma delas para duas, três, ... multiplicado pelo produto das razões in-
quatro etc. vezes o seu valor, a outra diminuir respectiva- versas dos valores correspondentes das grandezas
mente para metade, um terço, um quarto etc. do seu valor. inversamente proporcionais a ela.

36 Openbook Apostilas
Exemplo: A flecha do x indica que seu valor, inicialmente, era
Vimos no exemplo anterior que o tempo necessário para R$ 30,00:
construir certo trecho de uma ferrovia é diretamente inicialmente tinha-se x = 30
proporcional ao comprimento do trecho considerado
e inversamente proporcional ao número de operários A outra flecha (a da quantidade de tecido) indica uma
que nele trabalham. fração, apontando sempre do numerador para o deno-
minador. Como neste exemplo a flecha aponta do 33
Vimos também, entre outros, os seguintes valores 33
correspondentes: para o 5 a fração é . Esta fração nos dá a variação
5

(Tempo (Comprimento do (Número de causada em x (o preço) pela mudança da outra grandeza


necessário) trecho construído) operários) (a quantidade de tecido comprado).

30 dias 6 km 10 Multiplicando o valor inicial de x por esta fração pode-


20 dias 12 km 30 mos armar a igualdade que nos dará o valor final de x:

Aplicando a propriedade vista acima, teremos: 33


x = 30 × ⇒ x = 198
5
30 6 30
= × (verifique a igualdade!)
20 12 10 Portanto, os 33 metros de tecido custarão R$ 198,00.

Exercícios Resolvidos 2. Em 180 dias 24 operários constroem uma casa. Quantos


operários serão necessários para fazer uma casa igual
1. Se 5 metros de certo tecido custam R$ 30,00, quanto em 120 dias?
custarão 33 metros do mesmo tecido?
Solução:
Solução: O problema envolve duas grandezas, tempo de constru-
O problema envolve duas grandezas, quantidade de ção e número de operários necessários.
tecido comprada e preço total da compra. Montaremos, então uma tabela com duas colunas, uma
Podemos, então, montar a seguinte tabela com duas para cada grandeza:
colunas, uma para cada grandeza:
Tempo (em dias) Nº de operários
Quant. de tecido Preço total 180..................................... 24
(em metros) (em R$) 120.......................................x
5..................................... 30,00
33........................................x Na coluna onde a incógnita x aparece, vamos colocar
uma flecha apontada para o valor inicial do x que é 24:
Na coluna onde a incógnita x aparece, vamos colocar
uma flecha: Tempo (em dias) Nº de operários
180..................................... 24
Quant. de tecido Preço total 120.......................................x ↑
(em metros) (em R$)
5..................................... 30,00 Lembre-se que esta flecha está indicando que se o tem-
33........................................x ↑ po de construção permanecesse o mesmo, o número de
operários necessá­rios, x, continuaria sendo 24.
Note que a flecha foi apontada para o R$ 30,00 que é Agora, devemos avaliar o modo como a variação no
o valor inicial do x indicando que se a quantidade de tempo de construção afetará o número de operários
tecido comprado não fosse alterada, o preço total da necessários:
compra, x, continuaria sendo R$ 30,00.
Agora devemos avaliar o modo como a variação na - Quanto menos tempo houver para realizar a obra,
quantidade de tecido afetará o preço total: proporcionalmente maior será o número de operários
necessários. Assim as grandezas tempo de construção e
- Quanto mais tecido comprássemos, proporcionalmente número de operários são inversamente proporcionais.
maior seria o preço total da compra. Assim as grandezas
preço total e quantidade de tecido são diretamente Na tabela onde estamos representando as variações das
proporcionais. grandezas, isto será indicado colocando-se uma flecha
na coluna da quantidade de tecido no sentido inverso
Na tabela onde estamos representando as variações das ao da flecha do x.
grandezas, isto será indicado colocando-se uma flecha
na coluna da quantidade de tecido no mesmo sentido Tempo (em dias)................ Nº de operários
da flecha do x. 180..................................... 24
Matemática

↓ 120.......................................x ↑
Quant. de tecido Preço total
(em metros) (em R$) A flecha do x indica que seu valor, inicialmente, era 24:
5..................................... 30,00
↑ 33........................................x ↑ inicialmente, tinha-se x = 24

Openbook Apostilas 37
Como no exercício anterior, a outra flecha indica uma EXERCÍCIOS PROPOSTOS
fração que nos dá a variação causada em x (o número de
operários) pela mudança da outra grandeza (o tempo) 1. Julgue os itens abaixo em Certos ou Errados.
apontando sempre do numerador para o denominador. ( ) Dadas duas grandezas diretamente proporcionais,
Como neste exemplo a flecha aponta do 180 para o 120 a quando uma delas aumenta a outra também au-
180
fração é . menta na mesma proporção.
120 ( ) Dadas duas grandezas diretamente proporcionais,
quando uma delas diminui a outra aumenta na
Multiplicando o valor inicial de x por esta fração, arma- mesma proporção.
mos a seguinte igualdade que nos dará o valor final de x: ( ) Dadas duas grandezas inversamente proporcionais,
quando uma delas aumenta a outra diminui na
180 mesma proporção.
x = 24 × ⇒ x = 36
120 ( ) Dadas duas grandezas inversamente proporcionais,
quando uma delas diminui a outra também diminui
Portanto, serão necessários 36 operários para fazer a na mesma proporção.
casa em 120 dias.
2. Julgue os itens abaixo em Certos ou Errados.
3. Em 12 dias de trabalho, 16 costureiras fazem 960 calças. ( ) Se duas grandezas A e B são tais que ao duplicarmos
Em quantos dias 12 costureiras poderão fazer 600 calças o valor de A, o valor de B também duplica então A
iguais às primeiras? e B são grandezas diretamente proporcionais.
( ) Se duas grandezas A e B são tais que ao reduzirmos
Solução: para um terço o valor de A, o valor de B também
O problema envolve três grandezas, tempo necessário reduz-se para um terço, então A e B são grandezas
para fazer o trabalho, número de costureiras emprega- inversamente proporcionais.
das e quantidade de calças produzidas. ( ) Se duas grandezas A e B são tais que ao triplicarmos
Podemos, então, montar uma tabela com três colunas, o valor de A, o valor de B fica reduzido para um terço
uma para cada grandeza: do que era, então A e B são grandezas inversamente
proporcionais.
Tempo Nº de Quantidade ( ) Se A é uma grandeza inversamente proporcional à
(em dias) costureiras de calças grandeza B, então B é diretamente proporcional a A.
12 16 960 ( ) Se duas grandezas A e B são tais que ao aumen-
↑ x 12 600 tarmos o valor de A em x unidades, o valor de B
também aumenta em x unidades então A e B são
Para orientar as flechas das outras duas grandezas é grandezas diretamente proporcionais.
preciso compará-las uma de cada vez com a grandeza
do x e de tal forma que, em cada comparação, conside- 3. Determine, em cada caso, se a relação entre as grandezas
raremos como se as demais grandezas permanecessem é de proporção direta (D) ou inversa (I).
constantes. a) O número de máquinas funcionando e a quantidade
- Quanto menos costureiras forem empregadas maior de peças que elas produzem durante um mês. ( )
será o tempo necessário para fazer um mesmo servi- b) O número de operários trabalhando e o tempo que
ço. Portanto, número de costureiras é inversamente levam para construir uma estrada de 10 km. ( )
proporcional ao tempo.
c) A velocidade de um ônibus e o tempo que ele leva
- Quanto menor a quantidade de calças a serem fei-
para fazer uma viagem de Brasília a São Paulo. ( )
tas menor também será o tempo necessário para
d) A velocidade de um ônibus e a distância percorrida
produzi-las com uma mesma equipe. Portanto, a
quantidade de calças produzidas e o tempo ne­ por ele em três horas. ( )
cessário para fazê-las são diretamente proporcionais. e) A quantidade de ração e o número de animais que
podem ser alimentados com ela durante uma sema-
Tempo Nº de Quantidade na. ( )
(em dias) costureiras de calças f) O tamanho de um tanque e o tempo necessário para
12 16 960 enchê-lo. ( )
↑ x ↓ 12 ↑ 600 g) O número de linhas por página e o total de páginas
de um livro. ( )
A flecha do x, como sempre, está indicando o seu valor h) A eficiência de um grupo de operários e o tempo
inicial (x = 12). necessário para executarem certo serviço. ( )
As outras duas flechas indicam frações que nos dão as i) A dificuldade de uma tarefa e o tempo necessário
variações causadas em x (o tempo) pelas mudanças das para uma pessoa executá-la. ( )
outras grandezas (o número de costureiras e a quantida- j) A facilidade de uma tarefa e o tempo necessário para
de de calças). Lembre-se de que elas apontam sempre uma pessoa executá-la. ( )
do numerador para o denominador. k) O número de horas trabalhadas por dia e a quanti-
Multiplicando o valor inicial de x por estas frações, temos dade de trabalho feito em uma semana. ( )
a igualdade que nos dará o valor final de x: l) O número de horas trabalhadas por dia e o número
Matemática

de dias necessário para fazer certo trabalho. ( )


16 600
x = 12 × × ⇒ x = 10
12 960 4. (Cespe/MPU/Assistente/1996) É comum em nosso
cotidiano surgirem situações-problema que envolvem
Portanto, serão necessários 10 dias para fazer o serviço relações entre grandezas. Por exemplo, ao se decidir a
nas novas condições do problema. quantidade de tempero que deve ser usada na comida,

38 Openbook Apostilas
a quantidade de pó necessária para o café, a velocidade 18. Um gato está 72m à frente de um cão que o persegue.
com que se deve caminhar ao atravessar uma rua etc., Enquanto o gato corre 7m, o cão corre 9m. Quantos
está-se relacionando, mentalmente, grandezas entre si, metros o cão deverá percorrer para diminuir a metade
por meio de uma proporção. Em relação às proporções, da terça parte da distância que o separa do gato?
julgue os itens abaixo. 19. Um gato persegue um rato. Enquanto o gato dá dois pulos,
( ) A quantidade de tinta necessária para fazer uma o rato dá 3, mas, cada pulo do gato vale dois pulos do rato.
pintura depende diretamente da área da região a Se a distância entre eles, inicialmente, é de 30 pulos de
ser pintada. gato, quantos pulos o gato terá dado até alcançar o rato?
( ) O número de pintores e o tempo que eles gastam 20. Um gato e meio come uma sardinha e meia em um
para pintar um prédio são grandezas inversamente minuto e meio. Em quanto tempo 9 gatos comerão uma
proporcionais. dúzia e meia de sardinhas?
21. Se 2/5 de um trabalho foram feitos em 10 dias por
( ) A medida do lado de um triângulo equilátero e o
24 operários que trabalhavam 7 horas por dia, então
seu perímetro são grandezas diretamente propor-
quantos dias serão necessários para terminar o trabalho,
cionais. sabendo que 4 operários foram dispensados e que o
( ) O número de ganhadores de um único prêmio de restante agora trabalha 6 horas por dia?
uma loteria e a quantia recebida por cada ganhador 22. Um grupo de 15 mineiros extraiu em 30 dias 3,5 tone-
são grandezas inversamente proporcionais. ladas de carvão. Se esta equipe for aumentada para 20
( ) A velocidade desenvolvida por um automóvel e mineiros, em quanto tempo serão extraídos 7 toneladas
o tempo gasto para percorrer certa distância são de carvão?
grandezas diretamente proporcionais. 23. Dois cavalos, cujos valores são considerados como
diretamente proporcionais às suas forças de trabalho
5. Se 3 kg de queijo custam R$ 24,60, quanto custarão 5 e inversamente proporcionais às suas idades, têm o
kg deste queijo? primeiro, 3 anos e 9 meses e o segundo, 5 anos e 4
6. Se 3 kg de queijo custam R$ 24,60, quanto deste queijo meses de idade. Se o primeiro, que tem 3/4 da força
poderei comprar com R$ 53,30? do segundo, foi vendido por R$ 480,00, qual deve ser o
7. Cem quilogramas de arroz com casca fornecem 96 kg preço de venda do segundo?
de arroz sem casca. Quantos quilogramas de arroz com 24. Se 27 operários, trabalhando 6 horas por dia levaram
casca serão necessários para produzir 300 kg de arroz 40 dias para construir um parque de formato retangular
sem casca? medindo 450m de comprimento por 200m de largura,
8. Em 8 dias 5 pintores pintam um prédio inteiro. Se fossem quantos operários serão necessários para construir um
3 pintores a mais, quantos dias seriam necessários para outro parque, também retangular, medindo 200m de
pintar o mesmo prédio? comprimento por 300m de largura, em 18 dias e traba-
lhando 8 horas por dia?
9. Um veículo trafegando com uma velocidade média de 60
25. Uma turma de 15 operários pretende terminar em 14
km/h, faz determinado percurso em duas horas. Quanto
dias certa obra. Ao cabo de 9 dias, entretanto, fizeram
tempo levaria um outro veículo para cumprir o mesmo somente 1/3 da obra. Com quantos operários a turma
percurso se ele mantivesse uma velocidade média de original deverá ser reforçada para que a obra seja con-
80 km/h? cluída no tempo fixado?
10. Uma roda-d’água dá 390 voltas em 13 minutos. Quantas
voltas terá dado em uma hora e meia?
11. Duas rodas dentadas estão engrenadas uma na outra.
GABARITO
A menor delas tem 12 dentes e a maior tem 78 dentes.
Quantas voltas terá dado a menor quando a maior der 1. C-E-C-E
10 voltas? 2. C-E-C-E-E
12. Qual é a altura de um edifício que projeta uma sombra 3. D-I-I-D-D-D-I-I-D-I-D-I
de 12m, se, no mesmo instante, uma estaca vertical de 4. V-V-V-V-F
1,5m projeta uma sombra de 0,5m? 5. R$ 41,00
13. Se um relógio adianta 18 minutos por dia, quanto terá 6. 6,5kg
7. 312,5kg
adiantado ao longo de 4h 40min?
8. 5 dias
14. Um relógio que adianta 15 minutos por dia estava mar-
9. 1h 30min
cando a hora certa às 7h da manhã de um certo dia. 10. 2.700 voltas
Qual será a hora certa quando, neste mesmo dia, este 11. 65 voltas
relógio estiver marcando 15h 5min? 12. 36m
15. Um comerciante comprou duas peças de um mesmo 13. 3min 30s
tecido. A mais comprida custou R$ 660,00 enquanto a 14. 15h
outra, 12 metros mais curta, custou R$ 528,00. Quanto 15. 60 metros
media a mais comprida? 16. Para 3/4 da quantidade original
16. Um navio tinha víveres para uma viagem de 15 dias. 17. 110m
Três dias após o início da viagem, contudo, o capitão do 18. 54m
navio recebe a notícia de que o mau tempo previsto para 19. 120 pulos
o resto da viagem deve atrasá-la em mais 4 dias. Para 20. 3 minutos
Matemática

quanto terá de ser reduzida a ração de cada tripulante? 21. 21 dias


17. Um rato está 30 metros à frente de um gato que o per- 22. 45 dias
segue. Enquanto o rato corre 8m, o gato corre 11m. Qual 23. R$ 450,00
a distância que o gato terá de percorrer para alcançar o 24. 30 operários
rato? 25. 39 operários

Openbook Apostilas 39
PORCENTAGENS Logo:

Razão Centesimal x 20
x é 20% de 250 ↔ =
250 100
Chamamos de razão centesimal a toda razão cujo con- 100 . x = 20 × 250
sequente (denominador) seja igual a 100.
20 × 250 5000
x= = = 50
Exemplos: 100 100
37 em cada 100 → 37/100 x = 50
19 em cada 100 → 19/100
Então, 20% de 250 dá 50.
Diversas outras razões não centesimais podem ser facil-
mente reescritas na forma centesimal. 2) 30 é igual a 20% de quanto?

Exemplos: Solução: Da definição de porcentagem temos:


3 em cada 10 → 3/10 = 30/100 → 30 em cada 100
30 20
2 em cada 5 → 2/5 = 40/100 → 40 em cada 100 30 é 20% de x ↔ =
1 em cada 4 → 1/4 = 25/100 → 25 em cada 100 x 100
20 . x = 30×100
Outros nomes usados para uma razão centesimal são
razão porcentual, índice porcentual e percentil. 100 × 30
x= = 150
20
Forma Porcentual Portanto, 30 é igual a 20% de 150.

Uma razão centesimal pode ser indicada na forma por- 3) 21 representa quanto por cento de 15?
centual anotando-se o antecedente (numerador) da razão
centesimal seguido do símbolo % (lê-se “por cento”). Solução: Da definição de porcentagem temos:
21 x
21 é x% de 15 ↔ =
Exemplos: 15 100

12 15 . x = 21 × 100
100
= 12% (doze por cento)
2100
3 x= = 140
= 3% (três por cento) 15
100

Porcentagem Logo, 21 representa 140% de 15.

Dados dois números quaisquer, A e B (B ≠ 0) dizemos Forma Unitária


que A é igual a p% de B quando a razão A/B for igual a p%.
Além da forma porcentual, existe uma outra forma de
A p expressarmos uma razão porcentual a qual chamamos de
A é p% de B ↔ = forma unitária.
B 100 A forma unitária da razão p/100 é o número decimal
que obtemos dividindo o valor p por 100.
Na expressão acima, o valor B é a referência do cálculo
porcentual. Dizemos então que A é uma porcentagem do Exemplos:
número B. 23% = 23/100 = 0,23
Todo problema de porcentagens depende, basicamente, 6% = 6/100 = 0,06
de determinarmos um dos valores dados na expressão acima, 133% = 133/100 = 1,33
A, B ou p em função dos outros dois. 0,5% = 0,5/100 = 0,005

Observação: Aumentos e Reduções Porcentuais


Nas questões de concursos públicos é comum en-
contrarmos: Quando queremos calcular um aumento ou uma re-
- lucro, rendimento, desconto, abatimento, prejuízo dução de p% sobre determinado valor, é comum calcular o
etc. indicando uma porcentagem em situações resultado em duas etapas:
específicas;
- a expressão “principal” indicando o valor de refe- 1ª – Calculamos a porcentagem p% do valor dado.
rência que corresponde a 100%. 2ª – Adicionamos ou subtraímos do valor original a
porcentagem encontrada, para obter, respectivamente,
Matemática

o valor aumentado ou reduzido em p% do valor dado,


Exemplos:
conforme o caso desejado.
1) Calcular 20% de 250. Usando a forma unitária, poderemos calcular au­men­tos
e reduções percentuais de modo mais rápido, usando um
Solução: O número procurado é igual a 20% de 250. dos seguintes raciocínios:

40 Openbook Apostilas
Para Calcular um Aumento de p%: Exercícios Resolvidos
Quando aumentamos em p% um valor V, ficamos com 1. A conta de um restaurante indicava uma despesa de R$
(100+p)% de V. 26,00 e trazia a seguinte observação: “Não incluí­mos os
Então, basta multiplicar o valor V pela forma decimal de 10% de serviço”. Calcular, em dinheiro, os 10% de serviço
(100+p)% para termos o resultado desejado. e o total da despesa se nela incluirmos a porcentagem
referente ao serviço.
Exemplos:
1) Aumentar o valor 230 em 30%. Solução:
Solução: (100+30)% = 130% = 1,30 Serviço =10% de 26,00 = 2,60
→ 230 × 1,30 = 299 Portanto, os 10% cobrados como serviço representam
R$ 2,60.
2) Aumentar o valor 400 em 3,4%. Incluindo esta porcentagem na despesa original, teremos:
Solução: (100+3,4)% = 103,4% = 1,034
→ 400 × 1,034 = 413,6 26,00 + 2,60 = 28,60
Assim, o total da despesa passa a ser de R$ 28,60.
Para Calcular uma Redução de p%:
2. Num laboratório, 32% das cobaias são brancas e as
Quando reduzimos em p% um valor V, ficamos com outras 204 são de cor cinza. Quantas cobaias há neste
(100 – p)% de V. laboratório?
Então, basta multiplicar o valor V pela forma decimal de
(100 – p)% para termos o resultado desejado. Solução:
O total de cobaias corresponde a 100%:
Exemplos:
1) Reduzir o valor 300 em 30%. brancas (32%) + cinza (x%) = total (100%)
Solução: (100 – 30)% = 70% = 0,70 32% + x% = 100%
→ 300 × 0,70 = 210 x% = 100% – 32% = 68%

2) Reduzir o valor 400 em 2,5%. Então, as 204 cobaias de cor cinza são 68% do total.
Solução: (100 – 2,5)% = 97,5% = 0,975 Chamando o total de cobaias de C, poderemos escrever:
→ 400 × 0,975 = 390
68% de C = 204
Aumentos Sucessivos: 68
× C = 204
100
Para aumentarmos um valor V sucessivamente em p1%, 204 ×100
p2 %, ...., pn %, de tal forma que cada um dos aumentos, a C= = 300
68
partir do segundo, incida sobre o resultado do aumento
C = 300
anterior, basta multiplicar o valor V sucessivamente pelas
formas unitárias de (100+p1 )%, (100+p2)%, ..... , (100+pn)% .
Portanto, há 300 cobaias no laboratório.
Exemplos: 3. O preço de um produto A é 30% maior que o de B e o preço
1) Aumentar o valor 2.000 sucessivamente em 10%, deste é 20% menor que o de C. Sabe-se que A, B e C custa-
20% e 30%. ram, juntos, R$ 28,40. Qual o preço de cada um deles?
Solução: 2.000 × 1,10 × 1,20 × 1,30 = 3.432
Solução:
2) Se o valor 4.000 sofrer três aumentos sucessivos de Digamos que os preços de A, B e C são a, b e c, respec-
5%, qual será o valor resultante? tivamente:
Solução: 4.000 × 1,05 × 1,05 × 1,05 = 4.630,5 a = (100%+30%) de b = 130% de b → a = 1,3 b
Reduções Sucessivas: b = (100% - 20%) de c = 80% de c → b = 0,8 c
Comparando as duas igualdades acima, temos:
Para reduzirmos um valor V sucessivamente em p1%,
p2 %, ...., pn %, de tal forma que cada uma das reduções, a b = 0,8c e a = 1,3b, portanto a = 1,3 × 0,8c
partir da segunda, incida sobre o resultado da anterior, basta a = 1,04c
multiplicar o valor V sucessivamente pelas formas decimais
de (100 – p1)%, (100 – p2)% , ..... , (100 – pn )% . O preço dos três, juntos, é R$ 28,40:

Exemplos: a + b + c = 28,40
1,04c + 0,8c + 1c = 28,40
1) Reduzir o valor 5.000 sucessivamente em 10%, 20%
2,84c = 28,40
e 30%.
Matemática

c = 10,00 (valor de C)
Solução: 5.000 × 0,90 × 0,80 × 0,70 = 2.520 b = 0,8c = 0,8 × 10 = 8,00 (valor de B)
a = 1,04c = 1,04 × 10 = 10,40 (valor de A)
2) Se o valor 4.000 sofrer três reduções sucessivas de
5%, qual será o valor resultante? Então, os preços são: A custa R$ 10,40, B custa R$ 8,00
Solução: 4.000 × 0,95 × 0,95 × 0,95 = 3.429,5 e C custa R$ 10,00.

Openbook Apostilas 41
4. Uma mercadoria foi vendida com um lucro de 20% sobre EXERCÍCIOS PROPOSTOS
a venda. Qual o preço de venda desta mercadoria se o
seu preço de custo foi de R$ 160,00? 1. Em um concurso havia 15.000 homens e 10.000 mulhe-
res. Sabe-se que 60% dos homens e 55% das mulheres
Solução: foram aprovados. Do total de candidatos, quantos por
cento foram reprovados?
2. Uma cidade possui uma população de 100.000 habi-
A expressão “sobre a venda” significa que o valor de tantes, dos quais alguns são eleitores. Na eleição para a
referência para o cálculo porcentual do lucro, neste prefeitura da cidade havia 3 candidatos. Sabendo-se que
exercício, deverá ser o preço de venda (ao contrário o candidato A obteve 20% dos votos dos eleitores, que o
do que é comum!). Portanto, devemos fazer o preço de candidato B obteve 30%, que os votos nulos foram 10%,
venda corresponder a 100%. que o candidato C obteve 12.000 votos e que não houve
abstenções, a parte da população que não é eleitora é
Observe, então, o esquema: de quantos habitantes.
3. (Metrô/Técnico de Contabilidade/2ºG-IDR/1994) João,
Antônio e Ricardo são operários de uma certa empresa.
(Preço de Custo) + (Lucro) = (Preço de Venda)
Antônio ganha 30% a mais que João, e Ricardo, 10% a me-
x % + 20% = 100% nos que Antônio. A soma dos salários dos três, neste mês,
foi de R$ 4.858,00. Qual a quantia que coube a Antônio?
x % + 20% = 100% 4. Fiz em 50min o percurso de casa até a escola. Quanto
logo: x% = 80% tempo gastaria na volta, se utilizasse uma velocidade
20% menor?
Então, o preço de custo (R$ 160,00) corresponde a 80% 5. A população de uma cidade aumenta à taxa de 10% ao
do preço de venda (V): ano. Sabendo-se que em 1990 a população era de 200.000
hab.. Quantos habitantes esta cidade terá em 1994?
80% de V = 160,00 (custo) 6. (UnB/1993) A soma de dois números x e y é 28 e a razão
entre eles é de 75%. Qual é o maior desses números?
Resolvendo, nos dá: 7. Calcular:
a) 30% de 20% de 40% b) 81%
160 × 100
V= = 200 8. Um depósito de combustível de capacidade de 8m3
80 tem 75% de sua capacidade preenchida. Quantos m3
de combustível serão necessários para preenchê-lo?
O preço de venda foi de R$ 200,00 9. (CEF/1991) Num grupo de 400 pessoas, 70% são do
sexo masculino. Se, nesse grupo, 10% dos homens são
5. Para atrair fregueses, um supermercado anuncia por R$ casados e 20% das mulheres são casadas. Qual o número
10,00 um determinado produto que lhe custou R$ 13,00. de pessoas casadas?
Determine a taxa porcentual de prejuízo sobre o preço 10. (CEB/Contador/IDR/1994) Para obter um lucro de 25%
sobre o preço de venda de um produto adquirido por
de venda. R$ 615,00, o comerciante deverá vendê-lo por quanto?
11. (Metrô/Assist. Administrativo/IDR/1994) Uma merca-
Solução: doria custou R$ 100,00. Para obter-se um lucro de 20%
sobre o preço de venda, por quanto deverá ser vendida?
A expressão “sobre o preço de venda” significa que o 12. (TTN/2ºG/1989) Antônio comprou um conjunto de sofás
valor de referência para o cálculo porcen­tual do prejuízo com um desconto de 20% sobre o preço de venda. Saben-
deverá ser o preço de venda: do-se que o valor pago por Antônio foi de R$ 1.200,00,
de quanto era o preço de venda da mercadoria?
13. (TTN/1989) Um produto é vendido com um lucro bruto
Observe o esquema:
de 20%. Sobre o preço total da nota, 10% correspon­dem
a despesas. De quantos por cento foi o lucro líquido do
(Preço de Custo) – (Prejuízo) = (Preço de Venda) comerciante?
(100 + x) % – x% = 100% 14. Um cliente obteve de um comerciante desconto de 20%
no preço da mercadoria. Sabendo-se que o preço de
O valor do prejuízo, em dinheiro, pode ser determinado venda, sem desconto, é superior em 20% ao do custo,
pela diferença entre os preços de custo e de venda: pode-se afirmar que houve, por parte do comerciante
um lucro ou um prejuízo e de quanto?
13,00 – 10,00 = 3,00 15. Quanto por cento sobre o custo corresponde a um lucro
de 60% sobre a venda?
Assim, podemos dizer que o prejuízo (R$ 3,00) é igual a
x% do preço de venda (R$ 10,00): GABARITO
x% de 10 = 3 1. 42% 8. 2m3
2. 70.000 9. 52
Resolvendo a expressão, encontramos: 3. R$ 1.820,00 10. R$ 820,00
Matemática

4. 62min 30s 11. R$ 125,00


100× 3 5. 292.820 hab. 12. R$ 1.500,00
x= = 30
10 6. 16 13. 8%
7. a) 2,4% 14. Prejuízo de 4%
O porcentual de prejuízo sobre a venda é de 30%. b) 90% 15. 150%

42 Openbook Apostilas
Juros Simples Taxa de Juros

Conceito de Juros A taxa de juros é aquela que indica a proporção entre


os juros e o capital num dado intervalo de tempo.
Quando um capital é emprestado a alguém durante al- A taxa de juros deve, portanto, estar sempre associada
gum tempo, o dono do capital tem direito, como pagamento a um período de tempo.
pelo empréstimo, a uma quantia a qual denominamos juro. Em muitos casos a indicação escrita do prazo de tempo
Ao capital acrescido de juros é comum chamarmos associado às taxas será feita de forma abreviada, de modo
montante. que o prazo seja indicado por sua letra inicial.
Assim teremos:
Capital → Montante
x% a.d. = x% ao dia
(+ Juros)
x% a.m. = x% ao mês
x% a.b. = x% ao bimestre
Assim, os juros são a variação entre o capital e o x% a.t. = x% ao trimestre
montante de uma operação financeira. x% a.q. = x% ao quadrimestre
x% a.s. = x% ao semestre
(Juros) = (Montante) – (Capital)
x% a.a. = x% ao ano
Regimes de Capitalização Exemplo:

O resultado do cálculo dos juros de uma operação Se um capital de R$2.000,00 rendeu R$300,00 de ju-
financeira dependerá, entre outros fatores, do modo como ros ao fim de dois meses, então a taxa de juros para esse
decidiremos que deve ocorrer a variação destes juros em período será:
relação ao prazo da operação.
Denomina-se regime de capitalização ao modo esco- 100% +x% (100 + x) %
lhido para a variação dos juros em relação ao prazo das
Capital → Montante
operações consideradas.
Existem basicamente três regimes de capitalização: (+ Juros)
– Capitalização Simples.
(Juros) = x% do (Capital)
– Capitalização Composta.
300 = x% de 2.000
– Capitalização Contínua. x
300 = × 2.000
100
Uma vez que os resultados de uma operação financeira
dependem do regime de capitalização escolhido, este deve 300 × 100
ser sempre indicado de algum modo nos textos das questões =x = 15
de matemática financeira. Isso é feito, na maioria das vezes, 2000
usando-se “simples” / “composto” / “contínuo” como adjeti-
vo ou de juros ou de desconto ou de taxa ou de capitalização. Logo, a taxa de juros é de 15% no bimestre.

Exemplos: Taxas Proporcionais

... calcular os juros simples ... Duas taxas são proporcionais quando seus valores são
... a juros compostos de ... diretamente proporcionais aos respectivos tempos, sendo
... admitindo juros contínuos ... estes considerados numa mesma unidade.
... no regime de capitalização simples ...
Exemplo:
... determine o desconto composto ...
As taxas de 72% ao ano e de 6% ao mês são propor-
Juros Simples cionais.
Isso pode ser comprovado verificando uma regra de três
Chamamos de juros simples àquele no qual se admite direta como a indicada a seguir:
que o total de juros seja diretamente proporcional ao tempo
da operação considerada. (%) (prazos)
Como os juros são a variação entre o capital e o mon- 72 → 12 (meses)
tante e como esta variação, na prática, ocorre num dado
6 → 1 (mês)
intervalo de tempo, o valor dos juros deve estar sempre as-
sociado ao período de tempo que foi necessário para gerá-lo. 72%×1 = 6%×12
Exemplo:
Matemática

72% = 72%
Se dissermos que um empréstimo de R$1.000,00 cobra
juros de R$2,00, isso representará uma variação grande ou A igualdade obtida na última linha confirma que os 72%
pequena? Depende. Se ela ocorreu em um ano, podemos estão para 12 meses (1 ano) assim como os 6% para 1 mês.
dizer que é bem pequena. Mas se ocorreu em um dia, já não Ou seja, as taxas de 72% ao ano e de 6% ao mês são mesmo
teremos a mesma opinião. proporcionais.

Openbook Apostilas 43
Exercício Resolvido • Prazo comercial – Consideram-se todos os meses
com 30 dias (mês comercial) e o ano com 360 dias
Qual é a taxa trimestral proporcional à taxa quadrimes- (ano comercial). Este é o caso mais frequente nos
tral de 20%? problemas de juros simples, e os juros calculados de
acordo com esta convenção são chamados de juros
(%) (prazos) comerciais ou juros ordinários.
20 → 4 (meses) Exemplos:
x → 3 (mês)

x%×4 = 20%×3 Prazo dado Total de dias (prazo


comercial)
x% = 60% ÷ 4 Dois meses e meio 2×30 + 15 = 75 dias

x% = 15% Três meses e vinte dias 3×30 + 20 = 110 dias


Um ano 12×30 = 360 dias
Portanto, a taxa de 15% a.t. (15% ao trimestre) é pro- De 01/07/X a 01/09/X 2×30 = 60 dias
porcional à de 20% a.q. (20% ao quadrimestre).
De 06/02/X a 06/03/X 1×30 = 30 dias
Taxas Equivalentes
Exercício Resolvido
Duas taxas são equivalentes quando produzem juros
iguais ao serem aplicadas a capitais iguais e por pe­ríodos Qual a taxa de juros simples equivalente a 12% ao mês
de tempo também iguais. para um prazo de 3 meses e 10 dias, considerando a conven-
ção do prazo comercial?
Exemplo:
A aplicação de uma dada quantia qualquer, por certo Solução:
período, à taxa de juros simples de 2% ao mês nos daria um 1 mês = 30 dias
total de juros igual àquele que obteríamos se aplicássemos 3 meses e 10 dias = 3×30 dias + 10 dias = 100 dias
a mesma quantia, durante o mesmo tempo, mas à taxa de
juros simples de 6% ao trimestre. Então dizemos que a taxa Como as taxas equivalentes, a juros simples, devem ser
de juros simples de 2% a.m. é equivalente à taxa de juros proporcionais aos seus respectivos tempos, temos:
simples de 6% a.t.
Notemos que 2% a.m. e 6% a.t. são também taxas pro-
porcionais, pois: (prazos) (%)
No regime de juros simples, taxas equivalentes serão 30 dias ......................... 12%
sempre proporcionais e vice-versa. 100 dias ......................... x%

Exercício Resolvido 30x = 100×12


x = 40
Qual é a taxa semestral equivalente à taxa quadrimestral
de 7,5%? A taxa equivalente, para os 3 meses e 10 dias, é 40%.

(%) (prazos) • Prazo exato – Considera-se o total exato de dias trans-


corridos no período da aplicação. Assim, contam-se
7,5 → 4 (meses)
com 30 dias os meses de abril, junho, setembro e
x → 6 (mês) novembro, 28 dias para fevereiro (29 se o ano for
bissexto) e com 31 dias os demais meses do ano.
x%×4 = 7,5%×6
O ano terá um total de 365 dias (ou 366 dias se for
bissexto). Os juros calculados de acordo com esta
x% = 45% ÷ 4
convenção são chamados juros exatos.
x% = 11,25%
Exemplos:
Portanto, a taxa de 7,5% a.s. (7,5% ao semestre) é pro-
porcional à de 11,25% a.q. (11,25% ao quadrimestre). Prazo dado Total de dias (prazo exato)
Um ano 365 dias
Juros Comerciais e Juros Exatos
De 01/07/X a 01/09/X 31 + 31 = 62 dias (conta-se o dia
Existem situações onde o prazo de uma operação finan- inicial mas não o final)
ceira é contado em dias enquanto a taxa de juros é indicada De 06/02/X a 06/03/X 28 dias (se nada for dito,
Matemática

em alguma outra unidade de tempo maior (mês, bimestre, presume-se o ano não bissexto)
quadrimestre, semestre ou ano).
Em tais situações todos os prazos devem ser contados Obs.: Expressões como “dois meses e meio”, “três
em dias. A contagem do número de dias envolvidos na meses e vinte dias” etc. não fazem sentido na contagem
operação (prazo da operação), entretanto, deve ser feita, de prazos exatos, pois o total dependeria de quais meses
na prática, de acordo com uma das seguintes convenções: seriam considerados.

44 Openbook Apostilas
Exercício Resolvido (prazos) ($$)
365 dias ............................ R$720,00
Quantos dias, exatamente, durou uma aplicação que
teve início em 18 de março de certo ano e término em 10 de 73 dias ............................ x

setembro do mesmo ano?
365×x = 73×720
Solução:
Quando esta situação ocorre no meio de um problema 73 × 720
=x = 144
em provas de concursos, quase sempre somos obrigados a 365
resolvê-la sem o auxílio da chamada “tabela para contagem
de dias entre datas”. Entretanto, é possível resolvê-la com o
seguinte procedimento: O valor dos juros exatos é de R$144,00.
Se as datas de início e término da operação estiverem
no mesmo ano, pode-se determiná-la da seguinte forma: II – Considerando o prazo comercial:
Na contagem do prazo comercial os ajustes relativos ao
∆M = (mês final) − (mês inicial) número exato de dias não são considerados.
∆D = (dia final) − (dia inicial)
Ajustes = Prazo comercial = 30×∆M + ∆D
+1 dia para cada dia 31 compreendido entre as datas Prazo comercial = 30×(2) + (14)
de início e fim; Prazo comercial = 60 + 14
−2 dias se o período da operação passar de fevereiro Prazo comercial = 74 dias
para março.
Juros comerciais:
Prazo exato = 30×∆M + ∆D + Ajustes
JC = 10% de R$7.200,00
Em nosso caso, temos: JC = 720,00 (anual)
∆M = (mês final) − (mês inicial) = 9 − 3 = 6
∆D = (dia final) − (dia inicial) = 10 − 18 = −8 (prazos) ($$)
Ajustes = (31/mar.) + (31/maio) + (31/jul.) + (31/ago.)
360 dias .................... R$720,00
=1+1+1+1=4
74 dias .................... x
Prazo exato = 30×∆M + ∆D + Ajustes
Prazo exato = 30×(6) + (−8) + (4) 360×x = 74×720
Prazo exato = 180 −8 + 4
Prazo exato = 176 74 × 720
=x = 148
360
Obs.: O prazo comercial entre duas datas pode ser
conseguido fazendo-se: O valor dos juros comerciais é de R$148,00.
Prazo comercial = 30×∆M + ∆D
Prazo comercial = 30×(6) + (−8) Prazo Médio e Taxa Média
Prazo comercial = 180 −8
Prazo comercial = 172 Considere um conjunto com duas ou mais aplicações a
juros simples, cada qual com seus próprios valores de capital,
suas taxas e seus prazos.
Exercício Resolvido
Prazo médio é um prazo único tal que, substituindo
Um capital de R$7.200,00 foi aplicado de 6 de fevereiro os prazos de cada uma das aplicações dadas, produzirá o
até 20 de abril do mesmo ano. Considerando uma taxa de mesmo total de juros das aplicações originais.
juros simples de 10% a.a., qual o total de juros desta aplica- O prazo médio é sempre a média aritmética ponderada
ção se considerarmos o prazo exato? E qual o total de juros dos prazos, tendo como pesos os produtos das taxas e capi-
se considerarmos o prazo comercial? tais a eles associados.

Solução: Exercício Resolvido


∆M = (mês final) − (mês inicial) = 4 − 2 = 2
∆D = (dia final) − (dia inicial) = 20 − 6 = 14 Três capitais de R$ 1.000,00, R$ 2.000,00 e R$ 3.000,00
Ajustes = (fev./mar.) + (31/mar.) = −2 + 1 = −1 foram aplicados às taxas simples de 2%, 3% e 4% ao mês
durante 3 meses, 2 meses e 1 mês, respectivamente. Qual
I – Considerando o prazo exato: seria o prazo médio para estas três aplicações?
Prazo exato = 30×∆M + ∆D + Ajustes
Prazo exato = 30×(2) + (14) + (−1) A a B C B × C A a×B×C
Matemática

Prazo exato = 60 + 14 −1
Prazo exato = 73 dias PRAZOS CAPITAIS TAXAS PESOS PRAZOS × PESOS

Juros exatos: 3 meses 1 2 1 x 2 = 2 3x1x2=6


JE = 10% de R$7.200,00 2 meses 2 3 2 x 3 = 6 2 x 2 x 3 = 12
JE = 720,00 (anual) 1 mês 3 4 3 x 4 = 12 1 x 3 x 4 = 12

Openbook Apostilas 45
(soma _ de _ prazos × pesos) Neste esquema, poderíamos determinar quer os juros,
prazo médio = quer o montante através de uma simples regra de três. Mas
(soma _ dos _ pesos) o problema pediu o valor dos juros. Logo, faremos:

6 + 12 + 12 30 (%) ($$)
prazo médio
= = = 1,5 (meses)
2 + 6 + 12 20 100% ..................... 800 (capital)
6% ..................... J = ? (juros)
Portanto, o prazo médio seria de 1 mês e 15 dias.
Isso significa que se nós trocássemos os prazos das três Resolvendo a regra de três, vem:
aplicações por 1 mês e 15 dias, o total de juros produzidos pe-
100×J = 6×800
las três aplicações, ao final desse prazo, continuaria inalterado.
Taxa média é uma taxa única tal que, substituindo as 6×800
taxas de cada uma das aplicações dadas, produzirá o mesmo J= = 48
total de juros das aplicações originais. 100
A taxa média é sempre a média aritmética ponderada
das taxas, tendo como pesos os produtos dos prazos e capi- Portanto, os juros da aplicação são de R$ 48,00.
tais a eles correspondentes.
2. Um capital de R$ 23.500,00 foi aplicado durante 8
Exercício Resolvido meses à taxa simples de 9% a.a. Determine o montante
desta aplicação.
Considerando as aplicações do exemplo anterior:
R$ 1.000,00, R$ 2.000,00 e R$ 3.000,00, às taxas de 2%, 3% Solução:
e 4% ao mês, durante 3, 2 e 1 mês, respectivamente. Qual
seria a taxa média para estas três aplicações? A taxa é de 9% ao ano, mas a aplicação durou 8 meses.

A B C B × C A×B×C (prazo) (%)


TAXAS CAPITAIS PRAZOS PESOS TAXAS×PESOS 12 meses ................... 9%
2% a.m. 1 3 1 x 3 = 3 2x1x3=6 8 meses ................... x
3% a.m. 2 2 2 x 2 = 4 3 x 2 x 2 = 12
4% a.m. 3 1 3 x 1 = 3 4 x 3 x 1 = 12 Resolvendo a regra de três, vem:

(soma _ de _ taxas × pesos) 12×x = 8×9%


Taxa média =
(soma _ dos _ pesos)
8 × 9%
6 + 12 + 12 30 =x = 6%
Taxa média
= = = 3 12
3+ 4+3 10
Desse modo, podemos escrever:
Portanto, a taxa média seria de 3% ao mês.
100% + 6% 106%
Isso significa que se nós trocássemos as três taxas (2%, C = 23.500 → M=?
3% e 4%) para 3% a.m., o total de juros produzidos pelas três
aplicações continuaria inalterado. +J=?

Exercícios Resolvidos Veja que o montante é 106% do capital!

1. Um capital de R$ 800,00 foi aplicado pelo prazo de 2 106% de 23.500,00 = 24.910,00


meses, à taxa de juros simples de 3% ao mês. Qual o valor
dos juros desta aplicação? Portanto, o montante foi de R$ 24.910,00.

Solução: 3. Uma aplicação de R$ 50.000,00 pelo prazo de 8 meses


resultou num montante de R$ 66.000,00. Qual foi a taxa
Inicialmente, vemos que a taxa de juros é de 3% ao mês. mensal de juros simples desta aplicação?
Como o prazo de aplicação é de 2 meses, temos a se-
guinte proporção: Solução:
Lembrando que os juros são a variação (diferença) do
(prazos) (%) capital aplicado para o montante, teremos:
1 mês ......................... 3%
2 meses ......................... x% 100% +x% (8 meses) (100+x)%

1×x = 2×3% C = 50.000 → M = 66.000


x = 6% + J = 16.000
Matemática

Assim, podemos montar o seguinte esquema: Pelo esquema vemos que:

100% + 6% 106% ($$) (%)


C = 800 → M=? 50.000 .................... 100%
+J=? 16.000 .................... x

46 Openbook Apostilas
Desse modo teremos: 360 × x = 115×36%

50.000 × x = 16.000×100% 115×36%


x= =11,5%
360
16.000×100%
x= = 32%
50.000 J = 11,5% de R$2.000,00 = R$230,00

Como foi pedida uma taxa mensal, faremos: Portanto, os juros comerciais serão de R$230,00.

6. Um capital de R$ 5.300,00 foi aplicado no dia 25 de


(prazo) (%) março de certo ano, à taxa anual de 10%. Considerando o
8 meses .................... 32% critério de juros simples exatos, qual o valor do montante
1 mês .................... x desta aplicação em 6 de junho do mesmo ano?

8×x = 1×32% Solução:

1×32% ∆M = (mês final) − (mês inicial) = 6−3 = 3


x= = 4% ∆D = (dia final) − (dia inicial) = 6−25 = −19
8
Ajustes = (31/mar.) + (31/maio) = 1+1 = 2

Portanto, a taxa é de 4% ao mês. Prazo exato:


Prazo exato = 30×∆M + ∆D +Ajustes
4. De quanto será o juro produzido por um capital de Prazo exato = 30×(3)+(−19)+(2)
R$ 2.300,00, aplicado durante 3 meses e 10 dias, à taxa Prazo exato = 90−19+2
simples de 12% ao mês? Prazo exato = 73 dias

Solução: Juros exatos:


JE = 10% de R$5.300,00
O enunciado apresentou um prazo em meses e dias, mas JE = 530,00 (anual)
não indicou se o juro deve ser comercial ou exato. Em casos
como este, presume-se que o juro desejado é o comercial. (prazo) ($$)
Pela convenção do prazo comercial, 3 meses e 10 dias
nos dão: 365 dias .................... 530,00
73 dias .................... x
3 meses + 10 dias = (3×30) + 10 dias = 90 + 10 dias =
100 dias 365×x = 73×530,00

Agora, calculamos a taxa equivalente para os 100 dias 73×530%


x= =106
(regra de três). 365

(prazo) (%) Juros exatos: R$106,00.


30 dias .................... 12%
100 dias .................... x EXERCÍCIOS PROPOSTOS
30×x = 100×12% Juros Simples
100×12% Taxas proporcionais e equivalentes
x= = 40%
30
1. A alternativa que indica a taxa mensal proporcional à
taxa de 24% a.a. é:
Finalmente, determinamos o juro pedido: a) 1% a.m. d) 6% a.m.
b) 2% a.m. e) 12% a.m.
40% de R$ 2.300,00 = R$920,00 c) 4% a.m.
Portanto, o juro é de R$920,00. 2. A taxa bimestral que é proporcional à taxa de 18% a.a. é
a) 1% a.b.
5. Aplicando R$2.000,00 à taxa de juros simples comer- b) 2% a.b.
ciais de 36% a.a., qual o total de juros ao fim de 115 dias? c) 3% a.b.
d) 6% a.b.
Solução:
Matemática

e) 9% a.b.

(prazo) (%) 3. A alternativa que indica a taxa trimestral equivalente à


taxa de 20% a.a. é:
360 dias .................... 36% a) 1% a.t.
115 dias .................... x b) 2% a.t.

Openbook Apostilas 47
c) 4% a.t. 12. De 4 de janeiro a 10 de maio do mesmo ano, segundo
d) 5% a.t. o critério de contagem de prazo exato, temos
e) 10% a.t. a) 126 dias.
b) 127 dias.
4. A taxa semestral que equivale à taxa de 24% a.a. é c) 125 dias.
a) 12% a.s. d) 3% a.s. d) 128 dias.
b) 6% a.s. e) 2% a.s. e) 124 dias.
c) 4% a.s.
Juros simples comerciais
5. A alternativa que indica a taxa mensal que é proporcio­
nal à taxa de 12% a.s. é: 13. O valor dos juros simples comerciais produzidos em
a) 1% a.m. três meses pela aplicação de um capital de R$1.200,00
b) 2% a.m. à taxa de 4% a.m. é
c) 3% a.m. a) R$120,00.
d) 4% a.m. b) R$124,00.
e) 6% a.m. c) R$140,00.
d) R$144,00.
6. A taxa bimestral que é equivalente à taxa de 12% a.t. é e) R$148,00.
a) 10% a.b.
b) 9% a.b. 14. Um capital de R$2.200,00 foi aplicado à taxa de juros
c) 8% a.b. simples de 60% a.a. Qual o total dos juros ao fim de 7
d) 6% a.b. meses?
e) 4% a.b. a) R$250,00
b) R$350,00
Contagens de prazos comerciais e exatos c) R$530,00
d) R$700,00
7. O total de dias que correspondem a quatro meses e dez e) R$770,00
dias, de acordo com o prazo comercial, é
a) 100 dias. 15. Aplicando R$1.500,00 por 1 mês e 10 dias, à taxa sim-
b) 110 dias. ples de 6% a.b., qual será o montante obtido?
c) 120 dias. a) R$1.530,00
d) 130 dias. b) R$1.560,00
e) 140 dias. c) R$1.580,00
d) R$1.610,00
8. O total de dias que correspondem a cinco meses e meio, e) R$1.620,00
de acordo com o prazo comercial, é
a) 150 dias. 16. Qual o capital necessário para produzir R$196,00 de
b) 165 dias. juros após 2 meses e 10 dias se a taxa trimestral de
c) 170 dias. juros simples comerciais é de 18%?
d) 175 dias. a) R$2.800,00
e) 180 dias. b) R$2.020,00
c) R$1.400,00
9. O total de dias que correspondem a três meses e vinte d) R$1.202,00
e dois dias, de acordo com o prazo comercial, é e) R$1.196,00
a) 102 dias.
b) 106 dias. 17. Um investidor aplicou R$3.000,00 no dia 10/7/2000 a
c) 108 dias. juros simples comerciais de 72% a.a. Qual o montante
d) 110 dias. desta aplicação em 15/9/2000?
e) 112 dias. a) R$3.270,00
b) R$3.390,00
10. O número de dias que se contam de 5 de julho a 10 c) R$3.720,00
de setembro do mesmo ano, pelo critério do prazo d) R$3.930,00
comercial, é e) R$3.980,00
a) 65 dias.
b) 70 dias. 18. Que taxa anual de juros simples seria necessária para
c) 75 dias. gerar um montante de R$2.880,00 após 8 meses de
d) 80 dias. aplicação se o capital aplicado fosse de R$2.400,00?
e) 85 dias. a) 10% b) 16% c) 20% d) 26% e) 30%

11. O número de dias contados de 12 de julho a 6 de ou- 19. Se um capital de R$3.100,00 resultou, ao fim de 2 meses
tubro do mesmo ano, segundo a convenção do prazo e 20 dias, num montante de R$3.348,00 ao ser aplicado
comercial, é a juros simples, qual a taxa mensal?
Matemática

a) 82 dias. a) 3,0%
b) 84 dias. b) 3,5%
c) 86 dias. c) 4,0%
d) 88 dias. d) 4,5%
e) 90 dias. e) 5,0%

48 Openbook Apostilas
20. Se R$4.200,00, aplicados à taxa simples de 6% a.m., re- 27. Considere o total dos juros simples obtidos pelas aplica-
sultaram num montante de R$4.368,00, então quantos ções de R$300,00 por 1 mês à taxa de 2% a.m., R$100,00
dias durou a aplicação? por 3 meses à taxa de 4% a.m. e R$200,00 por 2 meses
a) 10 dias à taxa de 3% a.m. Qual a taxa única que resultaria o
b) 15 dias mesmo total de juros se as demais condições de capitais
c) 20 dias e prazos fossem mantidas nas três aplicações?
d) 25 dias a) 3,0% a.m.
e) 40 dias b) 2,9% a.m.
c) 2,8% a.m.
Juros simples exatos d) 2,7% a.m.
e) 2,6% a.m.
21. Um capital de R$2.700,00 foi aplicado em 13/3/2009 à
taxa anual de 36,5% e resgatado em 01/6/2009. Qual o
total de juros simples exatos obtidos nesta operação? GABARITO
a) R$216,00
b) R$228,00 1. b 8. b 15. b 22. b
c) R$236,00 2. c 9. e 16. c 23. c
d) R$238,00 3. d 10. a 17. b 24. d
e) R$246,00 4. a 11. b 18. e 25. d
5. b 12. a 19. a 26. e
22. Qual o montante de uma aplicação de R$5.400,00 feita 6. c 13. d 20. c 27. a
no período de 13/4/2009 a 7/6/2009 se a taxa foi de 7. d 14. e 21. a
73% a.a. e os juros foram calculados com prazos exatos?
a) R$5.972,00
b) R$5.994,00 estes – Juros Simples
T
c) R$6.134,00
d) R$6.172,00 1. (TTN/1985) Se 6/8 de uma quantia produzem 3/8 desta
e) R$6.224,00 mesma quantia de juros em 4 anos, qual é a taxa apli-
cada?
23. Um capital de R$2.000,00 investido em 22/2/2000 a) 20% ao ano d) 200% ao ano
totalizava R$2.520,00 em 17/7/2000. Considerando os b) 125% ao ano e) 10% ao ano
juros exatos, qual a taxa anual de juros desta operação? c) 12,5% ao ano
a) 63% c) 65% e) 67%
b) 64% d) 66% 2. (TTN/1985) Um capital de $ 14.400 aplicado a 22%
ao ano rendeu $ 880 de juros. Durante quanto tempo
24. Um capital de R$4.320,00 aplicado em 10/4/2001 esteve empregado?
foi aplicado à taxa de 36,5% a.a., rendendo juros de a) 3 meses e 3 dias d) 3 meses e 10 dias
R$432,00. Considerando os juros exatos, qual a data b) 3 meses e 8 dias e) 27 dias
do final desta aplicação? c) 2 meses e 23 dias
a) 16/7/2001
b) 17/7/2001 3. (TTN/1989) Calcular os juros simples que um capital de
c) 18/7/2001 $ 10.000,00 rende em um ano e meio aplicado à taxa
d) 19/7/2001 de 6% a.a. Os juros são de:
e) 20/7/2001 a) $ 700,00 d) $ 600,00
b) $ 1.000,00 e) $ 900,00
Prazo médio e taxa média c) $ 1.600,00
25. Três capitais iguais são aplicados por prazos também 4. (AFTN/1991) Um capital no valor de 50, aplicado a juro
iguais às taxas de juros simples mensais de 3%, 5% e
simples a uma taxa de 3,6% ao mês, atinge, em 20 dias,
10%. Qual a taxa única (taxa média) que proporcionaria
um montante de:
um mesmo total de juros das três aplicações reunidas
a) 51 c) 52 e) 68
sendo mantidos os mesmos capitais e prazos?
a) 3%a.m. d) 6%a.m. b) 51,2 d) 53,6
b) 4%a.m. e) 7%a.m.
c) 5%a.m. 5. (TTN/1994) Qual é o capital que diminuído dos seus
juros simples de 18 meses, à taxa de 6% a.a., reduz-se
26. Três capitais iguais são aplicados a uma mesma taxa a R$ 8.736,00?
de juros simples, um deles por três meses e os outros a) R$ 9.800,00 d) R$ 10.308,48
dois por seis meses. Qual o prazo único (prazo médio) b) R$ 9.760,66 e) R$ 9.522,24
que proporcionaria um mesmo total de juros das três c) R$ 9.600,00
aplicações reunidas sendo mantidos os mesmos capitais
e as mesmas taxas? 6. (TTN/1989) O capital que, investido hoje a juros simples
Matemática

a) 3 meses e 20 dias. de 12% a.a., se elevará a $ 1.296,00 no fim de 8 meses,


b) 4 meses. é de:
c) 4 meses e 10 dias. a) $ 1.100,00 d) $ 1.200,00
d) 4 meses e 20 dias. b) $ 1.000,00 e) $ 1.399,68
e) 5 meses. c) $ 1.392,00

Openbook Apostilas 49
7. (TTN/1992) Se em 5 meses o capital de $ 250.000,00 a) 5 meses e 20 dias. d) 4 meses.
rende $ 200.000,00 de juros simples à taxa de 16% ao b) 5 meses. e) 6 meses e 5 dias.
mês, qual o tempo necessário para se ganhar os mes- c) 4 meses e 10 dias.
mos juros se a taxa fosse de 160% ao ano?
a) 6m c) 8m e) 10m 16. (At.Jud./TST-ES/1990) O capital de $ 1.200.000,00 está
b) 7m d) 9m para seus juros assim como 4 está para 3. Determinar
a taxa de juros, considerando que o capital esteve em-
8. (Ag.Seg./TRT-ES/1990) Obtendo-se, em 10 meses, $ pregado 1 ano e 3 meses.
120.000,00 de juros simples pelo empréstimo de um a) 6% a.m. c) 5% a.a. e) 50% a.a.
capital de $ 200.000,00 à taxa de 6% a.m. Determine o b) 60% a.a. d) 66% a.a.
tempo necessário para se ganharem os mesmos juros,
caso a taxa seja de 60% a.a. 17. (AFC/TCU/1992) Um investidor aplicou $ 2.000.000,00,
a) 8 meses. d) 10 meses. no dia 6/1/86, a uma taxa de 22,5% ao mês. Esse capital
b) 1 ano e 3 meses. e) 13 meses. terá um montante de $ 2.195.000,00
c) 1 ano. a) 5 dias após sua aplicação
b) após 130 dias de aplicação
9. (Ag.Seg./TRT-ES/1990) Em março de 1990, o governo c) aos 15/5/86
brasileiro, numa tentativa de acabar com a inflação, d) aos 19/1/86
reteve o dinheiro do povo. Uma pessoa verificou que, e) após 52 dias de sua aplicação
ao final de 45 dias, à taxa de 4,2% ao mês obteve, de
acordo com seu saldo em cruzados novos, juros de 18. (Aux.Proc./PG-RJ/1990) Certo investidor aplicou
$ 630,00. Qual foi a quantia retida? $ 870,00 à taxa de 12% ao mês. Qual o montante, no
a) $ 18.000,00 d) $ 5.000,00 final de 3 anos?
b) $ 20.000,00 e) $ 10.000,00 a) $ 4.628,40 d) $ 35.780,40
c) $ 36.000,00 b) $ 35.078,40 e) $ 4.860,40
c) $ 4.800,40
10. (Ag.Seg./TRT-ES/1990) Emprestei 1/4 do meu capital, a
8% ao ano, 2/3 a 9% ao ano, e o restante a 6% ao ano. 19. (Aux.Proc./PG-RJ/1990) Um imposto no valor de
No fim de um ano recebi $ 102,00 de juros. Determine $ 488,00 esta sendo pago com atraso de 3 meses. Se a
o capital. Prefeitura cobrar juros de 25% ao ano, o contribuinte
a) $ 680,00 d) $ 2.530,00 terá de pagar um acréscimo de:
b) $ 840,00 e) $ 12.600,00 a) $ 30,20 d) $ 30,50
c) $ 1.200,00 b) $ 30,30 e) $ 30,60
c) $ 30,40
11. (Ag.Seg./TRT-ES/1990) A que taxa mensal deverá a firma
“O Dura” aplicar seu capital de $ 300.000,00, para que, 20. (Aux.Proc./PG-RJ/1990) Certo capital, aplicado durante
em 2 anos e 4 meses, renda juros equivalentes a 98% 9 meses à taxa de 35% ao ano, rendeu $ 191,63 de juros.
de si mesmo? O valor desse capital era de:
a) 42% a.m. c) 35% a.m. e) 18% a.m. a) $ 690,00 d) $ 720,00
b) 3,5% a.m. d) 4,2% a.m. b) $ 700,00 e) $ 730,00
c) $ 710,00
12. (At.Jud./TRT-GO/1990) Calcule o capital que se deve
empregar à taxa de 6% a.m., a juros simples, para se 21. (TTN-RJ/1992) Um fogão é vendido por $ 600.000,00 à
obter $ 6.000,00 de juros em 4 meses. vista ou com uma entrada de 22% e mais um pagamen-
a) $ 10.000,00 d) $ 180.000,00 to de $ 542.880,00, após 32 dias. Qual a taxa de juros
b) $ 25.000,00 e) $ 250.000,00 mensal envolvida na operação?
c) $ 100.000,00 a) 5% c) 15% e) 20%
b) 12% d) 16%
13. (At.Jud./TRT-GO/1990) Se uma pessoa deseja obter um
rendimento de $ 27.000,00, dispondo de $ 90.000,00 de 22. (TTN/1992) Quanto se deve aplicar a 12% ao mês, para
capital, a que taxa de juros simples quinzenal o dinheiro que se obtenha os mesmos juros simples que os pro-
deverá ser aplicado no prazo de 5 meses? duzidos por $ 400.000,00 emprestados a 15% ao mês,
a) 10% c) 3% e) 5,5% durante o mesmo período?
b) 5% d) 8% a) $ 420.000,00 d) $ 520.000,00
b) $ 450.000,00 e) $ 500.000,00
14. (At.Jud./TST-ES/1990) Qual a taxa necessária para que c) $ 480.000,00
um capital, colocado a juros simples, decuplique de
valor em 7 anos? 23. (TTN/1992) Se em 5 meses o capital de $ 250.000,00
a) 50% a.a. d) 1 2/7% a.m. rende $ 200.000,00 de juros simples à taxa de 16% ao
b) 128 4/7% a.a. e) 12% a.m. mês, qual o tempo necessário para se ganhar os mes-
c) 142 6/7% a.a. mos juros se a taxa fosse de 160% ao ano?
Matemática

a) 6m c) 8m e) 10m
15. (At.Jud./TST-ES/1990) Depositei certa importância em b) 7m d) 9m
um Banco e, depois de algum tempo, retirei os juros de
$ 1.600.000,00, que representavam 80% do capital. 24. (TTN/1992) Três capitais são colocados a juros simples:
Calcular o tempo em que o capital esteve empregado, o primeiro a 25% a.a., durante 4 anos; o segundo a 24%
se a taxa contratada foi de 16% a.m. a.a., durante 3 anos e 6 meses e o terceiro a 20% a.a.,

50 Openbook Apostilas
durante 2 anos e 4 meses. Juntos renderam um juro de Descontos Simples
$ 27.591,80. Sabendo que o segundo capital é o dobro
do primeiro e que o terceiro é o triplo do segundo, o Desconto é o abatimento que se faz no valor de uma dívi-
valor do terceiro capital é de: da quando ela é negociada antes da data do seu vencimento.
a) $ 30.210,00 d) $ 20.140,00 O documento que atesta a dívida é denominado gene-
b) $ 10.070,00 e) $ 5.035,00 ricamente por título de crédito.
c) $ 15.105,00 São exemplos de títulos de crédito as notas promissó-
rias, as duplicatas e as letras de câmbio.
25. (TTN/1994) Mário aplicou suas economias, a juros sim- Valor nominal, ou valor de face, é o valor do título de
ples comerciais, em um banco, a juros de 15% a.a., crédito, ou seja, aquele que está escrito no título e que seria
durante 2 anos. Findo o prazo reaplicou o montante e pago na data de vencimento do título.
mais R$ 2.000,00 de suas novas economias, por mais Valor líquido é o valor pelo qual o título acabou sendo
4 anos, à taxa de 20% a.a., sob mesmo regime de capi- negociado antes de sua data de vencimento. É sempre me-
talização. Admitindo-se que os juros das 3 aplicações nor que o valor nominal, pois o título sofreu um desconto.
somaram R$ 18.216,00, o capital inicial da primeira O valor líquido também é chamado de valor atual, valor
aplicação era de R$: descontado (que sofreu desconto – não confundir com “valor
a) 11.200,00 d) 12.700,00 do desconto’’), valor pago.
b) 13.200,00 e) 12.400,00 Prazo de antecipação é o intervalo de tempo entre a
c) 13.500,00 data em que o título é negociado e a data de vencimento
do mesmo.
26. (TTN/1994) Carlos aplicou 1/4 de seu capital a juros Vamos resumir o que temos até agora num esquema:
simples comerciais de 18% a.a., pelo prazo de 1 ano,
(ANTES DO VENCIMENTO) (VENCIMENTO)
e o restante do dinheiro a uma taxa de 24% a.a., pelo (PRAZO DE ANTECIPAÇÃO)
mesmo prazo e regime de capitalização. Sabendo-se
+ DESCONTO
que uma das aplicações rendeu R$ 594,00 de juros a VALOR LÍQUIDO VALOR NOMINAL
mais do que a outra, o capital inicial era de R$:
a) 4.600,00 c) 4.200,00 e) 4.900,00 Observe que o desconto sempre é a diferença entre o valor
b) 4.400,00 d) 4.800,00 nominal e o valor líquido.

27. (AFTN/1985) O preço à vista de uma mercadoria é de $ Estudaremos dois tipos de desconto:
100.000. O comprador pode, entretanto, pagar 20% de
entrada no ato e o restante em uma única parcela de $ 1º) Desconto “por dentro”, ou desconto racional, é aquele
100.160, vencível em 90 dias. Admitindo-se o regime de onde a referência para o cálculo porcentual do desconto
juros simples comerciais, a taxa de juros anuais cobrada é o valor líquido.
na venda a prazo é de:
a) 98,4% c) 100,8% e) 103,2% Desconto por dentro ou
b) 99,6% d) 102,0% racional ⇒ 100% é o valor líquido

28. (AFTN/1985) João colocou metade de seu capital a juros Nesse caso, o nosso esquema será
simples pelo prazo de 6 meses e o restante, nas mes-
mas condições, pelo período de 4 meses. Sabendo‑se 100% (100 + d)%
que, ao final das aplicações, os montantes eram de $ + d%
117.000 e $ 108.000, respectivamente, o capital inicial VALOR LÍQUIDO VALOR NOMINAL
do capitalista era de: DESCONTO
a) $ 150.000 d) $ 180.000
b) $ 160.000 e) $ 200.000
c) $ 170.000 tenção: O valor do desconto é sempre diretamente
A
proporcional ao prazo de antecipação do título.
29. (AFTN/1985) Dois capitais foram aplicados a uma taxa de
72% a.a., sob regime de juros simples. O primeiro pelo 2º) Desconto “por fora”, ou desconto comercial, é aquele
prazo de 4 meses e o segundo por 5 meses. Sabendo-se onde a referência para o cálculo porcentual do desconto
que a soma dos juros totalizaram $ 39.540 e que os juros é o valor nominal.
do segundo capital excederam os juros do primeiro em
$ 12.660, a soma dos dois capitais iniciais era de: Desconto por fora ou comercial ⇒ 100% é o valor nominal
a) $ 140.000 d) $ 147.000
b) $ 143.000 e) $ 115.000 Nesse caso, o nosso esquema será
c) $ 145.000
(100 – d)% + d% 100%
GABARITO VALOR LÍQUIDO VALOR NOMINAL
DESCONTO
Matemática

1.c 6. d 11. b 16. b 21. c 26. b Para resolver um problema de desconto simples, tudo que
2. d 7. a 12. b 17. d 22. e 27. c temos a fazer é:
3. e 8. c 13. c 18. a 23. a 28. d 1º identificar qual o tipo do desconto no problema;
4. b 9. e 14. b 19. d 24. a 29. b 2º procurar preencher o “esquema” correspondente de
5. c 10. c 15. b 20. e 25. e acordo com os dados do problema;

Openbook Apostilas 51
3º calcular o valor de que precisarmos, no esquema, usando Resolvendo a regra de três:
regra de três. Se 76% correspondem a $ 608,00 (valor líquido),
então 100% correspondem a N (valor nominal).
Macete 608 × 100
N= = 800,00
Pense numa garrafa: 76
O que há dentro dela? O líquido!
Então, o valor nominal foi de R$ 800,00.
(por dentro: 100% é o líquido)
Equivalência entre as taxas de descontos simples
O que há fora dela? O nome!
(por fora: 100% é o nominal) 3. Uma nota promissória foi descontada comercialmente
à taxa simples de 5% a.m. 15 meses antes do seu venci-
mento. Se o desconto fosse racional simples, qual deveria
Exercícios Resolvidos ser a taxa adotada para produzir um desconto de igual
valor?
1. Determinar o desconto por dentro sofrido por um título
de R$ 650,00, descontado 2 meses antes do vencimento 1ª solução:
à taxa de 15% a.m. Consideremos N = $ 100,00
5% a.m. dariam, em 15 meses: 15 × 5% = 75%.
Solução: Então, o esquema para o desconto comercial seria
Primeiramente, devemos determinar, pelo tipo do des-
conto, qual valor será a referência (100%).
Como o problema pede desconto por dentro, o 100%
será o valor líquido. Nosso esquema, portanto, será

100% (2 meses) 130% Agora consideremos os valores encontrados sendo apli-


⇓ + 30% ⇓ cados a um esquema de desconto racional.

VALOR LÍQUIDO R$ 650,00
DESCONTO = ?

(observe a taxa

ajustada para 2
meses) Temos a seguinte regra de três:

25,00 ____________ 100%
Agora, é só resolver a regra de três.
75,00 ____________ 15x%
Se 130% correspondem a $ 650,00 (valor nominal), então
30% correspondem a D (valor do desconto). 75 × 100
15x = = 300
650 × 30 25
D= = 150,00
130
15x = 300 ⇒ x = 20% (é a taxa racional)
Portanto, o desconto foi de R$ 150,00. 2ª solução:

2. Determinar o valor nominal de um título que, descontado Sejam


comercialmente, 60 dias antes do vencimento e à taxa C% = taxa comercial simples por período (C = 5)
de 12% ao mês, resultou em um valor descontado de R$ R% = taxa racional simples por período (R = ?)
608,00. n = número de períodos de antecipação (n = 15)

Solução: Pode-se provar que vale sempre a relação


A expressão “descontado comercialmente” indica que
o desconto é comercial, ou por fora. Logo, o 100% é o 100 100
− =n
valor nominal, e o nosso esquema será C R

Logo
100 100
(100 – 24)% − = 15
5 R
100 100
20 − = 15 ⇒ = 5 ⇒ R = 20 ⇒ 20% a. m.
76% (60 dias = 2 meses) 100% R R
Matemática


+ 24%
608,00 VALOR NOMINAL
Relação entre os descontos comercial (DC) e racional (DR)

Sejam DC e DR os valores dos descontos comercial e ra-


(pelos 2 meses, a taxa ficou em 24%.) cional, respectivamente, ambos calculados para um mesmo

52 Openbook Apostilas
título, a uma mesma taxa de d% ao período, e ambos nego- 7. A que taxa anual, um título de R$ 2.000,00 dá um des-
ciados com um mesmo prazo de antecipação de p pe­ríodos. conto por fora igual a R$ 400,00 se for antecipado em 6
Nessas condições, teremos que: meses?
a) 40% b) 30% c) 20% d) 10% e) 5%
O valor do desconto racional (DR) acrescido de d% ao
8. Descontado por fora, à taxa de 4% a.m., três meses
período sobre seu valor é igual ao valor do desconto
antes do vencimento, um título sofreu um desconto de
comercial (DC).
R$2.400,00. Qual era o valor nominal desse título?
a) R$ 18.400,00 d) R$ 22.400,00
100% (100 + pd)% b) R$ 19.600,00 e) R$ 24.200,00
+ (p.d)%
c) R$ 20.000,00
$ DR $ DC
9. Uma nota promissória foi descontada, por fora, três
Ou, algebricamente: meses e dez dias antes do seu vencimento, à taxa de
10% a.m., produzindo um desconto de R$ 400,00. Qual
DR + (p.d%) . DR = DC era o valor de face da promissória?
a) R$ 1.120,00 d) R$ 1.320,00
EXERCÍCIOS PROPOSTOS b) R$ 1.200,00 e) R$ 1.330,00
c) R$ 1.230,00
Descontos Simples
10. A diferença entre os descontos comercial e racional in-
cidentes sobre um mesmo título é de R$ 3,00. Sabendo
1. Um título com valor nominal de R$ 3.200,00 foi res-
que ambos foram calculados à taxa de 15% a.a. e 4 meses
gatado dois meses antes do seu vencimento, com um
antes do vencimento, qual o valor nominal deste título?
desconto racional simples à taxa de 30% a.m. De quanto
a) R$ 1.060,00 d) R$ 1.200,00
foi o valor pago pelo título?
b) R$ 1.120,00 e) R$ 1.260,00
a) R$2.000,00 d) R$1.200,00
c) R$ 1.160,00
b) R$1.920,00 e) R$1.180,00
c) R$1.280,00
11. Qual o prazo de antecipação para o qual uma taxa de
desconto comercial simples quadrimestral de 12,5% é
2. Qual o valor do desconto por dentro sofrido por uma equivalente a uma taxa de desconto racional simples
nota promissória de R$ 4.160,00, descontada 8 meses quadrimestral de 20%?
antes do seu vencimento, à taxa de 6% a.a.? a) 2 meses d) 8 meses
a) R$166,40 d) R$146,60 b) 4 meses e) 12 meses
b) R$164,00 e) R$140,00 c) 6 meses
c) R$160,00
12. (AFTN/1996) Você possui uma duplicata cujo valor de
3. Qual o prazo de antecipação de um título que, desconta- face é $ 150,00. Esta duplicata vence em 3 meses. O ban-
do racionalmente, à taxa de juros de 4% a.m., produziu co com o qual você normalmente opera, além da taxa
um desconto de R$300,00, se o seu valor nominal era normal de desconto mensal (simples por fora), também
de R$1.800,00? fará uma retenção de 15% do valor de face da duplicata,
a) 4 meses e 5 dias. a título de saldo médio, permanecendo bloqueado em
b) 5 meses. sua conta este valor desde a data do desconto até a
c) 5meses e 10 dias. data do vencimento da duplicata. Caso você desconte
d) 5 meses e 15 dias. a duplicata no banco, você receberá líquidos, hoje, $
e) 5 meses e 20 dias. 105,00. A taxa de desconto que mais se aproxima da
taxa praticada por este banco é
4. O valor atual racional de um título é igual a 4/5 de seu a) 4,2%. b) 4,6%. c) 4,8%. d) 5,0%. e) 5,2%.
valor nominal. Sabendo-se que o pagamento desse
título foi antecipado de 6 meses, qual é a taxa anual de 13. (AFTN/1998) O desconto comercial simples de um título,
desconto? quatro meses antes do seu vencimento, é de R$ 600,00.
a) 15% b) 20% c) 25% d) 35% e) 50% Considerando uma taxa de 5% ao mês, obtenha o valor
correspondente no caso de um desconto racional sim-
5. Tendo sido descontado por dentro a 9% a.a., uma dupli- ples.
cata teve um desconto de R$ 1.000,00. Qual era o valor a) R$ 400,00
nominal da duplicata se ela foi paga 1 ano, 1 mês e 10 b) R$ 600,00
dias antes do vencimento? c) R$ 800,00
a) R$ 9.320,00 d) R$11.000,00 d) R$ 700,00
b) R$10.000,00 e) R$11.152,77 e) R$ 500,00
c) R$10.138,88

6. Qual é o valor do desconto bancário (comercial) sofrido


GABARITO
Matemática

por uma promissória de R$ 3.000,00, à taxa de 8% a.m.,


3 meses antes do seu vencimento? 1. a 5. d 9. b 13. e
a) R$ 270,00 d) R$ 720,00 2. c 6. d 10. e
b) R$ 384,42 e) R$ 765,46 3. b 7. a 11. e
c) R$ 580,65 4. e 8. c 12. d

Openbook Apostilas 53
Juros Compostos • taxa de X% a.a. capitalizados semestralmente – indi-
cando juros compostos e capitalização semestral;
Chamamos de regime de juros compostos aquele em que • capitalização composta, montante composto – indi-
os juros de cada período são calculados sobre o montante cando o regime de juros compostos.
do período anterior.
Montante no Regime de Juros Compostos
Ou seja, os juros produzidos ao fim de cada período
passam a integrar o valor do capital ou montante que serviu Como vimos anteriormente, no regime de juros compos-
de base para o seu cálculo de modo que o total assim conse- tos, o montante ao fim de um determinado período resulta
guido será a base do cálculo dos juros do próximo período. de um cálculo de aumentos sucessivos. Então, sejam:

Exemplo: C = Capital aplicado


M = Montante da aplicação ao fim de n períodos
Vamos acompanhar os montantes, mês a mês, de uma i = forma unitária da taxa efetiva da aplicação
aplicação de R$ 1.000,00 à taxa de 10% a.m. por um período n = número de períodos de capitalizações
de 4 meses no regime de juros compostos:
Poderemos expressar o montante (M) em função dos
outros três elementos do seguinte modo:
Período Juros no fim do período Montante
1º mês 10% de R$ 1.000,00 = R$ 100,00 R$ 1.100,00
2º mês 10% de R$ 1.100,00 = R$ 110,00 R$ 1.210,00 M = C × (1 + i ) × (1 + i )... × (1 + i ) = C × (1 + i ) n
 
3º mês 10% de R$ 1.210,00 = R$ 121,00 R$ 1.331,00 n fatores
4º mês 10% de R$ 1.331,00 = R$ 133,10 R$ 1.464,10
ou seja: M = C × (1 + i ) n (fórmula fundamental)
Observe que:
• os juros e o montante, no fim do 1º mês, são iguais Na fórmula apresentada acima, o montante está isolado.
aos que seriam produzidos no regime de juros Mas poderemos calcular qualquer um dos quatro elemen-
simples; tos nela envolvidos desde que conheçamos os outros três
• cada novo montante é obtido calculando-se um e isolemos convenientemente o elemento a ser calculado
aumento de 10% sobre o montante anterior, o que em cada caso.
resulta em aumentos sucessivos a uma taxa fixa de Para poupar o trabalho algébrico necessário para isolar
10%; cada um dos outros três elementos da fórmula básica dada
acima, apresentamos a seguir os outros elementos também
• os juros vão se tornando maiores a cada mês, de
isolados:
modo que, após o 1º mês, a diferença entre um
F MI
montante calculado no regime de juros compostos
( Mc ) e o correspondente valor no regime de juros M F MI −1 log
H CK
simples ( Ms ) vai se tornando cada vez maior (ver
C=
(1 + i ) n
i=n
H CK n=
log(1 + i )
gráfico abaixo).
(convenção exponencial) Se as duas últimas fórmulas lhe parecem assustadoras,
não se desespere, pois felizmente existem as chamadas ta-
belas financeiras que foram desenvolvidas justamente para
livrá-lo das contas mais complicadas. Assim, nós aprendere-
mos a consultar estas tabelas e poderemos trocar o trabalho
mais pesado por umas poucas multiplicações e divisões.

Exercícios Resolvidos
1. Um capital de R$ 200,00 foi aplicado em regime de
juros compostos a uma taxa de 20% ao mês. Calcular o
montante desta aplicação após três meses.

Solução:
Dá-se o nome de capitalização ao processo de incor- Resumindo os dados do problema, temos:
poração dos juros ao capital ou montante de uma operação
financeira. Contudo, é comum encontrarmos as expressões Capital - C = 200
regime de capitalização simples e regime de capitalização Taxa - i = 20% = 0,2
composta no lugar de regime de juros simples e regime de Períodos de Capitalização - n = 3
juros compostos, respectivamente.
Matemática

Frequentemente encontraremos, nos enunciados dos Devemos calcular o montante:


problemas, outras expressões usadas para indicar o regime
de juros compostos: M = C × (1 + i ) n
• taxa composta de X% a.m. – indicando juros compos- Substituindo os elementos dados na fórmula do mon-
tos com capitalização mensal; tante, obteremos:

54 Openbook Apostilas
M = 200 × (1 + 0, 2 ) 3 Solução:

M = 200 × (1, 2 ) 3 Primeiramente observaremos que o número de perío-


M = 200 × 1, 728 = 345, 60 dos não é inteiro.

Ou seja, o montante da aplicação, após os três meses, 8 anos e 4 meses = 8 anos + 1/3 de ano
será de R$ 345,60.
Nesta situação, o cálculo será feito usando-se uma
2. Um comerciante consegue um empréstimo de técnica denominada de convenção linear que nos
R$ 60.000,00 que deverão ser pagos, ao fim de um ano, dará uma aproximação bem razoável para o valor do
acrescidos de juros compostos de 2% ao mês. Quanto o co- montante composto procurado.
merciante deverá pagar ao fim do prazo combinado?
A técnica consiste em calcular o montante em duas
Solução:
etapas:
São dados no enunciado:

C = 60.000 1ª etapa – Calcular o montante composto para o maior


i = 2% = 0,02 número possível de períodos inteiros;
n = 12 2ª etapa – Acrescentar ao resultado da 1ª etapa
os juros simples proporcionais à parte
Substituindo estes elementos na fórmula do montante, fracionária restante do tempo de aplicação,
teremos: calculados sobre o montante obtido na 1ª
etapa do cálculo.
12
M = 60.000 × (
1 +0
,02
)
consultar tabela Assim, no nosso problema teremos:

A tabela 1 (ver no final desta matéria) nos mostra os re- 1º - Cálculo do montante composto, à taxa de 6% a.a.,
após os 8 anos:
sultados do cálculo de (1+ i ) n , para diversos valores de i
(que varia a cada coluna) e de n (que varia a cada linha).
M = 10.000 × (1,06)8 (o resultado da potên-
Em nosso caso, procuramos o resultado da potência no M = 10.000 × 1,59385 cia foi encontrado na
cruzamento da coluna que indica i = 2% com a linha que M = 15.938,50 tabela 1)
indica n = 12, encontrando 1,26824.
2º - Acréscimo dos juros simples proporcionais a 1
valores de i de ano: 3
valores de i
Se em 1 ano.................... temos 6% de juros,

n 1% 2% ....... 1
então, em de ano.............. teremos 2% de juros.
1 1,01000 1,02000 ....... 3
(regra de três)
. . . .
. . . . Portanto, o acréscimo de juros simples deverá ser
. . . . de 2% sobre o montante da 1ª etapa e o montante
final será:
12 1,12683 1,26824 .......
. . . . M = 15.938,50 × (1,02) = 16.257,27
. . . .
. . . . O montante procurado é, portanto, de R$ 16.257,27.

Assim, a expressão do montante será dada por: Observação:

M = 60.000 x 1,26824 = 76.094,40 • Se calculássemos o mesmo montante como


M = C . (1,06)8 . (1,06)1/3 obteríamos o resultado
O comerciante deverá pagar, ao fim do prazo combinado,
exato do montante, denominado de convenção
R$ 76.094,40.
exponencial e que é ligeiramente menor que o
Matemática

Convenção linear da convenção linear.

3. Calcular o montante para um capital inicial de 4. Calcular o capital que aplicado à taxa composta de 2%
R$ 10.000,00 aplicado a juros compostos de 6% a.a. du- a.m. daria origem a um montante de R$ 3.656,97 ao
rante 8 anos e 4 meses, considerando a convenção linear. fim de 10 meses.

Openbook Apostilas 55
Solução: a) Seriam dados os valores prontos dos logaritmos de
M
e de 1+i .
São dados no problema: C
Neste caso, deveríamos dividir um valor pelo outro,
M = 3.656,97 como indicado na fórmula, para obter n.
i = 2% = 0,02
n = 10 b) As alternativas indicariam n em função de expressões
com logaritmos.
Precisamos calcular o capital que, isolado a partir da Neste caso, a resposta correta seria aquela que
fórmula fundamental, nos dará: apresentasse a expressão dada pela fórmula.
Restaria-nos apenas assinalar a alternativa correspon-
M dente.
C= n
(1 + i ) 6. Certa loja anunciou um aparelho de som por R$ 466,56
com pagamento somente após 60 dias da compra, sem
Substituindo os dados do problema nesta expressão, entrada. Porém, se o comprador resolvesse pagar à vista,
teremos: o mesmo aparelho sairia por R$ 400,00. Calcular a taxa
mensal de juros compostos praticada pela loja.
3.656,97 3.656,97
C= = = 3.000
(1,02 )
10 1,21899 Solução:

1º - Usando uma tabela financeira


Então, o capital procurado é de R$ 3.000,00. Os dados do problema são:

5. Um capital de R$ 8.000,00 foi aplicado à taxa composta C = 400


de 12% a.a., gerando um montante de R$ 15.790,56. M = 466,56
Determinar quanto tempo durou esta aplicação. n = 2 (60 dias = 2 meses)

Substituindo estes dados na fórmula fundamental,


Solução:
teremos:
2
466,56 = 400 × (1 + i )
1º - Usando uma tabela financeira 
?
Substituindo os dados do problema na fórmula
Poderemos determinar o resultado da potência,
fundamental, teremos:
isolando-a na expressão acima:
n
15.790,56 = 8.000 × (1,12 )
 466,56
? 2
(1 + i ) = = 1,1664
400
Podemos determinar o resultado da potência
isolando-a:
Agora, com o auxílio da tabela 1 procuramos o
resultado da potência na linha de n = 2, encontrando-o
n 15.790,56
(1,12 ) = = 1, 97382 na coluna referente a 8%.
8.000 Concluímos, assim, que a taxa mensal de juros
compostos praticada pela loja é de 8%.
Agora, com o auxílio da tabela 1 procuramos o resul-
tado da potência na coluna de 12%, encontrando‑o 2º - Sem o uso de tabelas financeiras
na linha referente a n = 6.
Concluímos, portanto, que a duração da aplicação Se as tabelas financeiras não fossem fornecidas, seria
foi de 6 anos. necessário empregarmos a fórmula que expressa a
taxa (i) em função dos outros elementos:
2º - Usando logaritmos
F I
M (apresentada no início deste
Se as tabelas financeiras não fossem fornecidas, i =
n
H K
C
−1
capítulo)
seria necessário empregarmos a fórmula que
Substituindo os dados do problema na fórmula,
expressa o número de períodos (n) em função dos
teríamos:
outros elementos:

log F I
466,56
M i=2 − 1 = 2 1,1664 − 1
H C K (já apresentada no início deste
400
Matemática

n=
log(1 + i ) capítulo) A única dificuldade, a partir deste ponto, seria o
cálculo da raiz.
Numa prova de concurso, esta situação poderia ser Numa prova de concurso, duas situações poderiam
proposta basicamente de duas formas: ocorrer a partir deste ponto:

56 Openbook Apostilas
a) O valor da raiz seria dado pronto, ao fim do enunciado Se em 12 meses (1 ano) .......temos 72% de juros,
do problema. então, em 1 mês .. teremos 72 ÷ 12 = 6% de juros.
Então, bastaria efetuar a subtração final para termos
a taxa na forma unitária ( i = 0,08 )
Portanto, a taxa nominal de 72% ao ano corre-
b) As alternativas indicariam i em função de expressões sponde a uma taxa efetiva de 6% ao mês (i = 0,06).
com radicais.
Neste caso, a resposta correta seria aquela que apre- 2. Uma aplicação financeira paga juros compostos de
sentasse a expressão dada pela fórmula. 8% ao ano, capitalizados trimestralmente. Qual é
Restaria-nos apenas assinalar a alternativa correspon- a taxa de juros efetiva trimestral praticada nesta
dente. aplicação?

Taxas Efetivas e Taxas Nominais Solução:

Quando a unidade de tempo indicada pela taxa de juros As capitalizações são trimestrais. Logo, devemos
coincide com a unidade de tempo do período de capitalização ajustar a taxa nominal anual de 8% para uma taxa
dizemos que a taxa é efetiva. trimestral, usando uma regra de três:
Exemplos:
• taxa de 2% ao mês com capitalização mensal; Se em 12 meses (1 ano) ...... temos 8% de juros,
• juros de 6% ao trimestre capitalizados trimestral- então em 3 meses ..teremos 2% de juros (i = 0,02).
mente.
Portanto, a taxa efetiva praticada é de 2% ao
Nos enuncidados de problemas de juros compostos trimestre.
onde se dá a taxa efetiva, frequentemente se omite o pe­ríodo
de capitalização, ficando subentendido que este é o mesmo Exercício Resolvido
indicado pela taxa.
1. Calcular o montante que resultará de um capital de
Exemplos: R$ 5.000,00, ao fim de 2 anos, aplicado a juros compostos
• taxa de 2% ao mês – significando 2% ao mês, com de 32% ao ano com capitalização trimestral.
capitalização mensal.
• juros de 6% ao trimestre – significando 6% ao trimes-
Solução:
tre, com capitalização trimestral.

Entretanto, é comum encontrarmos também em pro- Como a capitalização é trimestral, a taxa efetiva, bem
blemas de juros compostos expressões como: como a duração da aplicação deverão ser indicadas em
trimestres.
“juros de 72% ao ano, capitalizados mensalmente”
“taxa de 24% ao ano com capitalização bimes­tral” taxa efetiva:
em 12 meses .............................................32%
Em tais expressões, observamos o que se con­ven­cionou em 3 meses .................................................8%
chamar de taxa nominal que é aquela cuja unidade de
tempo não coincide com a unidade de tempo do período duração da aplicação:
de capitalização.
Podemos entender a taxa nominal como uma “taxa
falsa”, geralmente dada com período em anos, que não 24 ÷ 3 = 8
2 anos = 24 meses  → 8 trimestres ⇒ n = 8
devemos utilizar diretamente nos cálculos de juros compos- Agora, resumindo os dados do problema, temos:
tos, pois não produzem resultados corretos. Em seu lugar,
devemos usar uma taxa efetiva.
Capital .................................. C = 5.000
Conversão da Taxa Nominal (Proporcional) em Taxa Efetiva Taxa efetiva .......................... i = 8% = 0,08
Períodos de capitalização ...... n = 8
A conversão da taxa nominal em taxa efetiva é feita
ajustando-se o valor da taxa nominal proporcio­nalmente ao Devemos calcular o montante:
período de capitalização. Isto pode ser feito com uma regra
de três simples e direta. M = C × (1 + i)n

Exemplos: Substituindo os elementos dados na fórmula, obtemos:


1. Um problema de juros compostos faz referência
a uma taxa de juros de 72% ao ano com M = 5.000 × (1,08)8
capitalizações mensais. Qual deverá ser a taxa
mensal que usaremos para calcular o montante?
M = 5.000 × 1,85093 (o resultado da po­tência foi
Matemática

Solução: consultado na tabela 1)


M = 9.254,65
Como as capitalizações são mensais, devemos
ajustar a taxa nominal anual de 72% para uma Assim, concluímos que o montante procurado é de
taxa mensal, usando uma regra de três: R$ 9.254,65.

Openbook Apostilas 57
Taxas Equivalentes (1 + i) = (1 + 0,005)22
(1 + i) = 1,11597
Dizemos que duas taxas são equivalentes quando, i = 0,11597 = 11,597%
aplicadas a capitais iguais, por prazos iguais, produzem juros
também iguais. Ou seja, a taxa efetiva da operação é de 11,597%.

Exemplo: 3. Um capital de R$ 20.000,00 foi aplicado à taxa over de


Qual a taxa trimestral de juros compostos equivalente 15%. Qual será o montante desta aplicação se durante
à taxa composta de 20% a.m.? este período contam-se somente 20 dias úteis?

Solução:
Solução:
A taxa efetiva diária desta operação é:
Pretendemos determinar uma taxa trimestral (it)
15% ÷ 30 = 0,5% = 0,005
equivalente a uma taxa mensal dada (im = 0,20).
O cálculo do montante, para 20 dias úteis, é:
Como 1 trimestre equivale a 3 meses, teremos 1 e 3
como expoentes: M = 20.000 × (1,005)20
M = 20.000 × 1,10490
(1 + it)1 = (1 + im)3 M = 22.098,00
(1 + it)1 = (1,20)3
(1 + it)1 = 1,728 Portanto, o montante da aplicação é de R$ 22.098,00.
Sendo assim, it = 0,728 = 72,8% Taxa Real e Taxa Aparente
Portanto, a taxa trimestral composta equivalente a Consideremos que um banco tenha oferecido uma
20% a.m. é 72,8%. determinada aplicação pagando uma taxa efetiva de 10%
a.a. Se no mesmo período for registrada uma inflação da
Taxa Over ordem de 6% a.a., então diremos que a taxa de 10% a.a.
oferecida pelo banco não foi a taxa real de remuneração
Algumas operações no mercado financeiro pagam juros do investimento mas uma taxa aparente, pois os preços, no
somente para os dias úteis do período da operação. mesmo pe­ríodo, tiveram um aumento de 6%.
Denominamos taxa over a taxa nominal igual a 30 Se compararmos o que ocorreria com dois investimen-
vezes a taxa efetiva diária de uma operação financeira cuja tos de $100,00, o primeiro sendo remunerado à taxa de 10%
remuneração ocorra somente para os dias úteis do período a.a. e o segundo recebendo apenas a correção monetária
da operação, sendo comum indicá-la somente como um devida à inflação de 6% a.a., teremos:
percentual. Assim, diríamos “taxa over de 5%” e não “taxa
over de 5% a.m.” Montante da aplicação a juros de 10%:

Exemplos: 100,00 × 1,10 = 110,00

1. Calcular a taxa efetiva diária correspondente à taxa over Montante da aplicação sujeita apenas à taxa de correção
de 6%. monetária de 6%:

Solução: 100,00 × 1,06 = 106,00


Como a taxa over é igual a trinta vezes a taxa efetiva
diária, temos: Se o investidor recebesse, ao fim do investimento
exatamente $106,00 não teria havido ganho nenhum pois o
único acréscimo recebido teria sido o da correção monetária.
30 × i = 6% Como o investidor recebeu $110,00, o seu ganho real foi de
i = 6% ÷ 30 $4,00 em relação a $106,00, ou seja:
i = 0,2%
4
Assim, a taxa efetiva é de 0,2% a cada dia útil. = 0,0377.. = 3,77...%
106
2. Uma operação financeira com prazo de 31 dias corridos Sejam as taxas unitárias e referentes a um mesmo prazo:
tem uma taxa over de 15%. Qual é a taxa efetiva desta iR = a taxa real
operação se, neste perío­do, houver apenas 22 dias úteis? iI = a taxa de inflação
iA = a taxa aparente
Solução:
A taxa efetiva diária é: Poderíamos chegar ao mesmo resultado utilizando a
15% ÷ 30 = 0,5% relação:
(1 + iR) × (1 + iI) = (1 + iA)
Matemática

A taxa efetiva correspondente à taxa over considera (1 + iR) × (1 + 0,06) = (1 + 0, 10)


apenas os dias úteis. Dessa forma, a taxa efetiva da (1 + iR) × 1,06 = 1,10
operação será a taxa de 22 dias equivalente à taxa (1 + iR) = 1,10 ÷ 1,06
diária encontrada.Chamando de i a taxa efetiva da (1 + iR) = 1,0377...
operação, temos: iR = 0,0377... = 3,77...%

58 Openbook Apostilas
Observe que, ao contrário do que possa parecer a b) de $ 13.000,00.
princípio, a taxa aparente iA não é igual à soma da taxa de c) inferior a $ 13.000,00.
inflação iI com a taxa real iR, mas sim: d) superior a $ 13.000,00.
e) menor do que aquele que seria obtido pelo regime
iA = iI + iR + (iI . iR) de juros simples.

3. (Esaf) Se um capital cresce sucessiva e cumulativamente


Funções Exponenciais e Logarítmicas – Propriedades
durante 3 anos, na base de 10% ao ano, seu montante
final é
Algumas propriedades das funções exponenciais e
a) 30% superior ao capital inicial.
logarítmicas podem ser úteis em problemas de matemática
b) 130% do valor do capital inicial.
financeira. Assim, apresentaremos a seguir uma lista das
c) aproximadamente 150% do capital inicial.
propriedades mais importantes.
d) aproximadamente 133% do capital inicial.
e) aproximadamente 155% do capital inicial.
Expressões Exponenciais – Propriedades
4. (TCDF/1994) Um investidor aplicou a quantia de
1. A função exponencial y = (1 + i)n é crescente, ou seja,
$ 100.000,00 à taxa de juros compostos de 10% a.m.
quanto maior o n, maior também o seu resultado.
Que montante este capital irá gerar após 4 meses?
2. A função exponencial y = (1 − i)n é decrescente, ou
a) $ 140.410,00
seja, quanto maior o n, menor o seu resultado, que
b) $ 142.410,00
tenderá para zero quando n for muito grande.
c) $ 144.410,00
3. (1 + i)n × (1 + i)m = (1 + i)n+m d) $ 146.410,00
4. (1 + i)n ÷ (1 + i)m = (1 + i)n–m e) $ 148.410,00
5. (1 + i)–n = 1/(1 + i)n
n
5. (Assistente Administrativo/1994) Um capital de
6.
(1 + i ) m = m (1 + i ) m = d m
1+ i i n
US$ 2.000,00, aplicado à taxa de juros compostos de
5% a.m., produz em um ano um montante de quantos
Obs.: As propriedades 3, 4, 5 e 6 valem também quando dólares? Dado: (1,05)12 = 1,79586.
usamos (1 − i) no lugar de (1 + i). a) US$ 3.291,72
b) US$ 3.391,72
Expressões Logarítmicas – Propriedades c) US$ 3.491,72
d) US$ 3.591,72
Em determinados problemas de matemática financeira, e) US$ 3.691,72
o uso de certas propriedades das funções logarítmicas pode
ser muito útil quando se pretende determinar o valor do 6. (CEB/Contador/1994) A caderneta de poupança remu-
expoente n em expressões do tipo (1 − i)n e (1 + i)n. nera seus aplicadores à taxa nominal de 6% a.a., capitali-
Dentre as propriedades da função logarítmica, destaca- zada mensalmente no regime de juros compostos. Qual
remos aquelas de especial interesse para os problemas mais é o valor do juro obtido pelo capital de R$ 80.000,00
comuns na matemática financeira. durante 2 meses?
a) R$ 801,00
1. Se A = B , então log(A) = log(B) b) R$ 802,00
2. log(A × B) = log(A) + log(B) c) R$ 803,00
3. log(A ÷ B) = log(A) − log(B) d) R$ 804,00
4. log(A × 10n) = log(A) + n e) R$ 805,00
5. log(A ÷ 10n) = log(A) − n
7. (TCDF/1994) No Brasil as cadernetas de poupança pa-
gam, além da correção monetária, juros compostos à
Exercícios propostos taxa nominal de 6% a.a., com capitalização mensal. A
taxa efetiva bimestral é, então, de
Testes – Juros Compostos a) 1,00025% a.b.
b) 1,0025% a.b.
Utilize, se necessário, as tabelas, nesta matéria. c) 1,025% a.b.
d) 1,25% a.b.
1. (CEB/Contador/1994) A aplicação de R$ 5.000,00 à taxa e) 1,00% a.b.
de juros compostos de 20% a.m. irá gerar, após 4 meses,
o montante de: 8. (Banco Central/1994) A taxa de 30% ao trimestre, com
a) R$ 10.358,00 capitalização mensal, corresponde a uma taxa efetiva
b) R$ 10.368,00 bimestral de
c) R$ 10.378,00 a) 20%. b) 21%. c) 22%. d) 23%. e) 24%.
d) R$ 10.388,00
e) R$ 10.398,00 9. (AFTN/1996) A taxa de 40% ao bimestre, com capitali-
zação mensal, é equivalente a uma taxa trimestral de
Matemática

2. (Esaf) A aplicação de um capital de $10.000,00, no re- a) 60,0%.


gime de juros compostos, pelo período de três meses, b) 66,6%.
a uma taxa de 10% ao mês, resulta, no final do terceiro c) 68,9%.
mês, num montante acumulado d) 72,8%.
a) de $ 3.000,00. e) 84,4%.

Openbook Apostilas 59
10. (AFC/1993) Um banco paga juros compostos de 30% 18. (AFTN/1998) O capital de R$ 1.000,00 é aplicado do dia 10
ao ano, com capitalização semestral. Qual a taxa anual de junho ao dia 25 do mês seguinte, a uma taxa de juros
efetiva? compostos de 21% ao mês. Usando a convenção linear,
a) 27,75% calcule os juros obtidos, aproximando o resultado em real.
b) 29,50% a) R$ 331,00
c) 30% b) R$ 340,00
d) 32,25% c) R$ 343,00
e) 35% d) R$ 342,00
e) R$ 337,00
11. (AFCE/1992) Um certo tipo de aplicação duplica o valor
da aplicação a cada dois meses. Essa aplicação renderá 19. (AFC/1993) Um título de valor inicial $ 1.000,00, ven-
700% de juros em cível em um ano com capitalização mensal a uma taxa
a) 5 meses e meio. de juros de 10% ao mês, deverá ser resgatado um mês
b) 6 meses. antes do seu vencimento. Qual o desconto comercial
c) 3 meses e meio. simples à mesma taxa de 10% ao mês?
d) 5 meses. a) $ 313,84
b) $ 285,31
e) 3 meses.
c) $ 281,26
d) $ 259,37
12. (AFC/Esaf/1993) Em quantos meses o juro ultrapassará
e) $ 251,81
o valor do capital aplicado se a taxa de juros for de 24%
ao ano, capitalizados trimestralmente? 20. (AFCE/1995) Para que se obtenha R$ 242,00, ao final de
a) 12 b) 20 c) 24 d) 30 e) 36 seis meses, a uma taxa de juros de 40% a.a., capitalizados
trimestralmente, deve-se investir, hoje, a quantia de
13. (TCDF) Uma empresa solicita um empréstimo ao Banco a) R$ 171,43.
no regime de capitalização composta à taxa efetiva de b) R$ 172,86.
44% ao bimestre. A taxa equivalente composta ao mês c) R$ 190,00.
é de d) R$ 200,00.
a) 12%. b) 20%. c) 22%. d) 24%. e) 26%. e) R$ 220,00.

14. (AFTN/1991) Uma aplicação é realizada no dia primeiro 21. (AFCE/1995) Determinada quantia é investida à taxa de
de um mês, rendendo uma taxa de 1% ao dia útil, com juros compostos de 20% a.a., capitalizados trimestral-
capitalização diária. Considerando que o referido mês mente. Para que tal quantia seja duplicada, o prazo de
possui 18 dias úteis, no fim do mês o montante será o aplicação, em trimestres, deve ser:
capital inicial aplicado mais a) (log 5 / log 1,05)
a) 20,324%. b) (log 2 / log 1,05)
b) 19,615%. c) (log 5 / log 1,2)
c) 19,196%. d) (log 2 / log 1,2)
d) 18,174%. e) (log 20 / log 1,2)
e) 18,000%.
22. (AFCE/1995) A renda nacional de um país cresceu
15. (AFTN/1996) Uma empresa aplica $ 300 à taxa de juros 110% em um ano, em termos nominais. Nesse mesmo
compostos de 4% ao mês por 10 meses. A taxa que período, a taxa de inflação foi de 100%. O crescimento
mais se aproxima da taxa proporcional mensal dessa da renda real foi, então, de
a) 5%. b) 10%. c) 15%. d) 105%. e) 110%.
operação é
a) 4,60%. d) 5,20%.
23. (CEB/Contador/1994) Se uma aplicação rendeu 38% em
b) 4,40%. e) 4,80%. um mês e, nesse período, a inflação foi de 20%, a taxa
c) 5,00%. real de juros foi de
a) 14%. b) 15%. c) 16%. d) 17%. e) 18%.
16. (AFTN/1998) Indique qual é a taxa de juros anual que é
equivalente à taxa de juros nominal de 8% ao ano, com 24. (Técnico em Contabilidade/1994) Se uma aplicação foi
capitalização semestral. feita a uma taxa de juros de 28,8% em um mês, e se neste
a) 8,20% mês a inflação foi de 15%, a taxa real de juros foi de
b) 8,16% a) 12% a.m.
c) 8,10% b) 13% a.m.
d) 8,05% c) 14% a.m.
e) 8,00% d) 15% a.m.
e) 16% a.m.
17. (AFTN/1985) Uma pessoa aplicou $ 10.000 a juros
compostos de 15% a.a., pelo prazo de 3 anos e 8 me- 25. (Banco Central/1994) Um investimento rendeu 68%
ses. Admitindo-se a convenção linear, o montante da em um mês no qual a inflação foi de 40%. O ganho real
aplicação ao final do prazo era de nesse mês foi de
Matemática

a) $ 16.590. a) 20%.
b) $ 16.602. b) 22%.
c) $ 16.698. c) 24%.
d) $ 16.705. d) 26%.
e) $ 16.730. e) 28%.

60 Openbook Apostilas
26. (Assistente Administrativo/1994) Um capital foi apli- Desconto Racional Composto
cado por 2 meses à taxa composta racional efetiva de
50% a.m. Nestes dois meses, a inflação foi de 40% no Considere um título com valor nominal N, vencível em n
primeiro mês e de 50% no segundo. períodos e um valor atual A que produz um montante igual
Pode-se concluir que a taxa real de juros neste bimestre a N quando aplicado por n períodos a uma taxa composta
foi de aproximadamente de i por período:
a) 7,1%.
b) 8,1%. A × (1 + i)n = N
c) 9,1%.
d) 10,1%.
Denomina-se desconto racional composto à taxa i, com
e) 11,1%.
n períodos de antecipação, à diferença entre o valor nominal
(N) e o valor atual (A) do título, conforme definidos acima.
27. (AFCE) Uma financeira pretende ganhar 12% a.a. de
juros reais em cada financiamento. Supondo que a
inflação anual seja de 2.300%, a financeira, a título de D=N–A
taxa de juros nominal anual, deverá cobrar
a) 2.358%. Exercícios Resolvidos
b) 2.588%.
c) 2.858%. 1. Determinar o desconto racional composto sofrido por um
d) 2.868%. título cujo valor nominal é de R$ 16.872,90, se a taxa de
e) 2.888%. juros compostos for de 4% a.m. e ele for descontado 3
meses antes do seu vencimento.
28. (AFTN/1985) Um capital de $ 100.000 foi depositado
por um prazo de 4 trimestres à taxa de juros de 10% Solução:
ao trimestre, com correção monetária trimestral igual à
inflação. Admitamos que as taxas de inflação trimestrais São dados no problema:
observadas foram de 10%, 15%, 20% e 25% respecti-
vamente. A disponibilidade do depositante ao final do N = 16.872,90 i = 0,04 a.m. n = 3 meses
terceiro trimestre é de, aproximadamente:
a) $ 123.065 Substituindo os dados na fórmula, temos:
b) $ 153.065
c) $ 202.045 A × (1,04)3 = 16.872,90
d) $ 212.045 A × 1,12486 = 16.872,90
e) $ 222.045 16.872, 90
A= = 15.000, 00
29. (AFCE/1992) Deseja-se comprar um bem que custa X 1,12486
cruzeiros, mas dispõe-se apenas de 1/3 desse valor.
A quantia disponível é, então, aplicada em um Fundo Portanto, o desconto é de R$ 1.872,90.
de Aplicações Financeiras, à taxa mensal de 26%, en-
quanto que o bem sofre mensalmente um reajuste de 2. Um título foi pago dois meses antes do seu vencimento,
20%. Considere as aproximações: log 3 = 0,48; log 105 obtendo, assim, um desconto racional composto à taxa de
= 2,021; log 0,54 = – 0,27. 20% a.m. Sendo de R$ 1.728,00 o valor nominal do título,
quanto foi pago por ele?
Assinale a opção correta.
a) Ao final do primeiro ano de aplicação, o bem poderá Solução:
ser adquirido com o montante obtido.
b) O número n de meses necessários para o investimen- Temos: N = 1.728, i = 0,2 a.m. e n = 2
to alcançar o valor do bem é dado pela fórmula: X/3
+ n 0,26 X/3 = X + n 0,2X
A × (1,2)2 = 1.728
c) O número mínimo de meses de aplicação necessá-
A × 1,44 = 1.728
rios à aquisição do bem será 23.
d) Decorridos 10 meses, o montante da aplicação será A = 1.728 ÷ 1,44 = 1.200
40% do valor do bem naquele momento.
e) O bem jamais poderá ser adquirido com o montante Portanto, o valor pago pelo título foi de R$ 1.200,00.
obtido.
Testes – Desconto Racional Composto
GAbarito
1. (CEB/IDR/Contador/Nível Superior/1994) Ante­cipando
Testes – Juros Compostos em dois meses o pagamento de um título, obtive um
desconto racional composto, que foi calculado com
1. b 7. b 13. b 19. a 25. a base na taxa de 20% a.m. Sendo R$ 31.104,00 o valor
Matemática

2. d 8. b 14. b 20. d 26. a nominal do título, quanto paguei por ele?


3. d 9. d 15. e 21. b 27. b a) R$ 21.600,00
4. d 10. d 16. b 22. a 28. c b) R$ 21.700,00
5. d 11. b 17. e 23. b 29. c c) R$ 21.800,00
6. b 12. a 18. e 24. a d) R$ 21.900,00

Openbook Apostilas 61
2. (TCDF/IDR/Analista de Finanças e Controle Externo/ Exemplo:
Nível Superior/1994) Uma empresa tomou emprestada Um título de R$ 1.000,00 deve ser resgatado três meses
de um banco, por 6 meses, a quantia de $ 1.000.000,00 antes do seu vencimento, pelo critério do desconto comercial
à taxa de juros compostos de 19,9% a.m. No entanto, 1 composto e a uma taxa de 10% a.m.
mês antes do vencimento a empresa decidiu liquidar a O valor líquido pelo qual o título será resgatado é:
dívida. Qual o valor a ser pago, se o banco opera com
uma taxa de desconto racional composto de 10% a.m.?
Considere 1,1996 = 2,97.
a) $ 2.400.000,00 c) $ 2.600.000,00


b) $ 2.500.000,00 d) $ 2.700.000,00
Três descontos sucessivos de 10%
3. (Esaf) Uma empresa descontou uma duplicata de
$ 500.000,00, 60 (sessenta) dias antes do vencimento,
Como o valor nominal era R$ 1.000,00 mas foi resgatado por
sob o regime de desconto racional composto. Admitin-
R$ 729,00 então o valor do desconto foi de:
do-se que o banco adote a taxa de juros efetiva de 84%
a.a., o líquido recebido pela empresa foi de (desprezar
$ 1.000,00 – $ 729,00 = $ 271,00
os centavos no resultado final):
a) $ 429.304,00 d) $ 449.785,00
b) $ 440.740,00 e) $ 451.682,00 Observação:
c) $ 446.728,00 O valor líquido ao final dos três descontos sucessivos poderia
ser calculado multiplicando-se o valor nominal do título três
Obs.: vezes por 0,90 (pois 100% – 10% = 90%)
3 1,84 = 1,22538514 6 1,84 = 110697115
,
4 1,84 = 11646742
$ LÍQUIDO = $ 1.000 × 0,9 × 0,9 × 0,9
, $ LÍQUIDO = $ 1.000 × (0,9) 3 = $ 1.000 × 0,729 =
$ 729,00
4. (AFTN/1991) Um “comercial paper” com valor de face
de US$ 1,000,000.00 e vencimento daqui a três anos Valor Líquido no Desconto Comercial Composto
deve ser resgatado hoje a uma taxa de juros compostos
de 10% ao ano e considerando o desconto racional, Generalizando o procedimento que descrevemos no
obtenha o valor do resgate. exemplo anterior, podemos dizer que um título de valor
a) US$ 751,314.80 d) US$ 729,000.00 nominal N descontado pelo critério do desconto comercial
b) US$ 750,000.00 e) US$ 700,000.00 composto, n períodos antes do seu vencimento e a uma taxa
c) US$ 748,573.00 igual a i por período apresentará um valor líquido L igual a:

5. (TCDF) Uma empresa estabelece um contrato de L = N × (1 – i)n


“leasing” para o arrendamento de um equipamento
e recebe como pagamento uma promissória no valor
Exemplo:
nominal de $ 1.166.400,00, descontada dois meses an-
Um título de R$ 2.000,00 será resgatado três anos antes
tes de seu vencimento, à taxa de 8% a.m. Admitindo-se
do seu vencimento pelo critério do desconto composto
que foi utilizado o sistema de capitalização composta,
comercial à taxa de 20% a.a. com capitalizações semes-
o valor do desconto racional será de: trais. Qual será o valor líquido? (dado: (0,9)6 = 0,531441)
a) $ 194.089,00 c) $ 166.400,00
b) $ 186.624,00 d) $ 116.640,00
Solução:
GABARITO taxa (nominal): 20% a.a. taxa efetiva: 10% a.a.

1. a capitalizações: semestrais i = 0,10


2. d
3. e
prazo de antecipação = 3 anos = 6 semestres ⇒ n=6
4. a
5. c L = 2.000 × (1 – 0,10)6
L = 2.000 × (0,9)6
DESCONTO COMERCIAL COMPOSTO L = 2.000 × 0,531441
L = 1.062,882 ≅ 1.062,88
Dado um título de valor nominal N, denominamos des-
conto comercial composto para n períodos de antecipação e Observação:
a uma taxa de d% ao período ao abatimento ocasionado por Os valores de (1 – i)n normalmente não são tabelados.
n descontos sucessivos de d% calculados a partir do valor Assim as questões relativas a desconto comercial composto
nominal do título, N. usualmente fornecem o resultado da potência.
Matemática

Podemos representar o desconto comercial composto Equivalência entre as Taxas de Desconto Racional e
pelo seguinte esquema: Comercial Compostos
Duas taxas de desconto são equivalentes se, e somente
VALOR DESCONTOS SUCESSIVOS VALOR se, produzem descontos iguais quando aplicadas a um

LÍQUIDO NOMINAL mesmo título e por igual prazo de antecipação.

62 Openbook Apostilas
Considerando o mesmo período de capitalização para taxa de 60% a.a. com capitalização mensal. O valor do
uma taxa iR de desconto racional e uma outra iC de desconto desconto será:
comercial, poderemos afirmar que a equivalência entre iR e a) R$ 487,50 d) R$ 4.512,50
iC nos dará: b) R$ 464,85 e) R$ 4.535,15
c) R$ 512,50
DC = DR
N – DC = N – DR 2. Considerando que uma mesma taxa i seja utilizada para
LC = L R determinação dos descontos compostos racional, DR, e
comercial, DC, de um mesmo título e para um mesmo
N prazo de antecipação, pode-se afirmar que:
N ⋅ (1 − i C ) n =
(1 + i R ) n a) DC = DR para qualquer prazo.
b) DC ≥ DR para qualquer prazo.
c) DC ≤ DR para qualquer prazo.
dividindo os dois membros por N e multiplicando-os
d) dependendo do prazo, podem ocorrer DC > DR, DC <
por (1 + iR)n, teremos:
DR e DC = DR.
e) para prazos menores que 1 período de capitalização
(1 - iC)n . (1 + iR)n = 1 tem-se DC < DR.
finalmente, calculando a raiz n-ésima de cada membro, 3. Uma duplicata de R$ 3.000,00 deverá ser descontada 3
encontraremos: anos antes do seu vencimento a uma taxa de 25% a.a.
pelo critério do desconto racional composto. Qual seria
a taxa anual a ser adotada para obter-se um desconto
n (1 − i C ) n ⋅ (1 + i R ) n = n 1
igual pelo critério de desconto comercial composto?
(1 - iC) . (1 + iR) = 1 a) 33,3% a.a. d) 20% a.a.
b) 28% a.a. e) 18% a.a.
Exemplo: c) 25% a.a.
Determinar a taxa mensal de desconto racional equi-
valente à taxa de desconto comercial de 20% a.m. 4. Uma duplicata, no valor de R$ 2.000,00, é resgatada dois
i C = 20 UV
(1 + i R ) ⋅ (1 − 0,20) = 1
meses antes do vencimento, obedecendo ao critério de
desconto comercial composto. Sabendo-se que a taxa
iR = ? W de desconto é de 10% ao mês, o valor descontado e o
valor do desconto são, respectivamente, de:
(1 + i R ) ⋅ 0,8 = 1 a) R$ 1.600,00 e R$ 400,00.
b) R$ 1.620,00 e R$ 380,00.
1 c) R$ 1.640,00 e R$ 360,00.
1 + iR = = 1,25 ⇒ i R = 0,25 = 25% a. m. d) R$ 1.653,00 e R$ 360,00.
0,8
e) R$ 1.666,67 e R$ 333,33.

Testes – Desconto Comercial Composto GABARITO


1. Um título de R$ 5.000,00 será descontado 2 meses antes 1. a 2. b 3. d 4. b
do vencimento pelo critério de desconto comercial à

Matemática

Openbook Apostilas 63
Questões AOCP 7. (AOCP/Ebserh/Técnico de enfermagem/2015) Lucas ti-
nha uma quantia total de R$ 1.240,00. Dessa quantia,
1. (AOCP/Casan/Advogado/2016) Por usar o limite de ele gastou R$ 496,00 para pagar seu cartão de crédito.
sua conta bancária, o Sr. João teve que pagar, pelos Sabendo disso, qual foi a porcentagem que Lucas gastou
três meses de atraso, juros compostos de 25% ao mês do total para pagar seu cartão de crédito?
sobre o valor devido. Se o valor sobre o qual incidem a) 24%
os juros corresponde a R$1600,00, o valor total pago b) 26%
pelo Sr. João, contabilizando o valor devido e os juros c) 32%
correspondentes, foi de d) 40%
a) R$ 2800,00. e) 46%
b) R$ 1200,00.
c) R$ 3125,00. 8. (AOCP/Ebserh/ Técnico de Enfermagem/2015) Um bar-
d) R$ 3000,00. ril está cheio de água. Se forem retirados 4/7 de sua
e) R$ 2000,00. capacidade, ainda restará 138 litros de água. Qual é a
capacidade total desse barril?
2. (AOCP/Casan/Advogado/2016) Três pessoas investiram a) 322 litros.
certo capital para a abertura de uma lanchonete. O b) 325 litros.
sócio A investiu R$12 000,00, o sócio B investiu R$18 c) 356 litros.
000,00 e o sócio C investiu R$30 000,00. Ao fim de dois d) 421 litros.
anos, perceberam que seria possível fazer uma retira- e) 450 litros.
da de R$420 000,00. Sabendo que cada sócio recebeu
uma parte desses R$420 000,00 e que essa parte era 9. (AOCP/UFC/Técnico de Enfermagem/2014) Quando
diretamente proporcional ao seu investimento, o sócio calculamos 7,2% de 300, obtemos
C recebeu a) 21,6.
a) R$126 000,00. b) 20,4.
b) R$84 000,00. c) 19,5.
c) R$42 000,00. d) 19,1.
d) R$210 000,00. e) 18,2.
e) R$300 000,00.
10. (AOCP/BRDE/Assistente Administrativo/2012) Um pro-
3. (AOCP/Casan/Técnico de Laboratório/2016) Paulo e duto é vendido à vista por R$ 2 000,00 ou em duas par-
André têm, juntos, R$ 2500,00. Sabe-se que um deles celas, sendo a primeira de R$ 400,00, no ato da compra,
tem o quádruplo do valor que o outro tem. O que possui e, a segunda, dois meses após, no valor de R$ 1 760,00.
menos dinheiro tem Qual a taxa mensal de juros simples utilizada?
a) R$300,00. a) 3%
b) R$400,00. b) 3,5%
c) R$450,00. c) 4%
d) R$500,00. d) 4,5%
e) R$800,00. e) 5%
4. (AOCP/Casan/Assistente Administrativo/2016) Se 300g 11. (AOCP/BRDE/Assistente Administrativo/2012) Ao se
de atum custam R$5,10, então quanto custa 1 kg de
aplicar capitalização composta a um capital de R$ 1
atum?
000,00, observou-se que, em 4 meses, o montante pas-
a) R$ 20,00
sou a ser de R$ 16 000,00. Nessas condições, a taxa
b) R$ 17,50
mensal foi de
c) R$ 15,30
a) 40%.
d) R$ 17,00
e) R$ 15,00 b) 50%.
c) 100%.
5. (AOCP/Casan/Assistente Administrativo/2016) Bia tinha d) 200%.
11 cédulas em sua carteira, entre notas de R$2,00 e e) 400%.
notas de R$5,00, totalizando R$46,00. Quantas são as
notas de R$2,00? 12. (AOCP/BRDE/Assistente Administrativo/2012) Um in-
a) 8 vestidor comprou por R$ 1000,00 um lote de ações de
b) 3 uma empresa e o revendeu, após n meses, por R$ 4
c) 5 000,00. Admitindo-se que a valorização mensal dessas
d) 40 ações tenha sido de 8% ao mês e utilizando as aproxi-
e) 6 mações log 2 = 0,3 e log 3 = 0,48, o valor de n é
a) 9 meses.
6. (AOCP/Casan/Assistente Administrativo/2016) Para b) 10 meses.
pagamento um mês após a data da compra, certa loja c) 12 meses.
cobrava juros de 25%. Se certa mercadoria tem preço d) 15 meses.
e) 18 meses.
Matemática

a prazo igual a R$ 1500,00, o preço à vista era igual a


a) R$ 1200,00.
b) R$ 1750,00. 13. (AOCP/BRDE/Assistente Administrativo/2012) Um fun-
c) R$ 1000,00. cionário de um banco deseja saber o valor atual de uma
d) R$ 1600,00. série de 12 prestações mensais, iguais e consecutivas,
e) R$ 1250,00. de R$ 150,00, capitalizadas a uma taxa de 5% ao mês.

64 Openbook Apostilas
Utilizou a fórmula do valor presente e efetuou os cálcu- Gabarito
los corretamente, utilizando a aproximação (1 ,05) 12 =
1,80. Assinale a alternativa que apresenta o valor atual, 1. c 5. b 9. a 13. b
da série em questão, mais próximo do encontrado por 2. d 6. a 10. e 14. a
esse funcionário. 3. d 7. d 11. c 15. b
a) R$ 1 315,50 4. d 8. a 12. d 16. a
b) R$ 1 333,50
c) R$ 1 365,50
d) R$ 1 383,50
e) R$ 1 395,50

14. (AOCP/BRDE/Assistente Administrativo/2012) Taxa é


um índice numérico relativo aplicado sobre um capital
para a realização de alguma operação financeira. Um
economista, em três situações, afirmou , durante con-
versas com seus clientes:
Situação 1:“120% ao mês com capitalização mensal”.
Situação 2: “120% ao ano com capitalização mensal”.
Situação 3: “120% ao mês com capitalização mensal
corrigida pela taxa inflacionária do período da opera-
ção”.

Assinale a alternativa que se refere à taxa efetiva.


a) Apenas a situação 1.
b) Apenas a situação 2.
c) Apenas a situação 3.
d) Apenas as situações 1 e 2.
e) Apenas as situações 2 e 3.

15. (AOCP/BRDE/Assistente Administrativo/2012) Um títu-


lo de crédito com valor de face de R$ 20 000,00 será
resgatado 6 meses antes do vencimento, com taxa de
desconto comercial composto de 3% ao mês. Qual o
valor desse desconto? (Considere a aproximação: (0,97)
3
= 0,913)
a) R$ 4 779,00
b) R$ 3 328,62
c) R$ 2 840,46
d) R$ 2 370,48
e) R$ 1 740,00

16. (AOCP/BRDE/Assistente Administrativo/2012) A respei-


to do conceito de Taxa Interna de Retorno (TIR), analise
as assertivas a seguir e assinale a alternativa que aponta
a(s) correta(s).
I – A TIR é a taxa de juros que iguala, em determinado
momento do tempo, o valor presente das entradas com
o das saídas previstas de caixa.
II – A TIR é a taxa de desconto que iguala, em determi-
nado momento do tempo, o valor presente dos rece-
bimentos com o dos pagamentos previstos de caixa.
III – A TIR é usada como método de análise de inves-
timentos, onde o investimento será economicamente
atraente se a taxa mínima de atratividade for maior do
que a TIR.
IV – A TIR é utilizada na comparação entre dois ou mais
projetos de investimentos, quando estes não são mu-
tuamente excludentes.
Matemática

a) Apenas I e II.
b) Apenas I e III.
c) Apenas I e IV.
d) Apenas II e III.
e) Apenas II e IV.

Openbook Apostilas 65
Openbook Apostilas
.
SUMÁRIO

Raciocínio Lógico

Sequências (com números, com figuras e de palavras), proposições, conectivos, argumentos válidos, equivalência
e implicação lógica................................................................................................................................................................. 3

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Raciocínio Lógico
Júlio Lociks

SEQUÊNCIAS 3. Determinar na sequência abaixo o valor do termo


indicado por x:
Denominaremos genericamente como sequência a toda (1, 1, 2, 3, 5, 8, 13, x)
fila ordenada de termos (números, letras, figuras, palavras,
etc) que obedeçam a um padrão de formação. Solução:
Cada termo, a partir do terceiro, foi obtido somando‑se
Exemplos: os dois anteriores.
1. Na sequência (13, 18, 23, 28, 33, 38) cada termo, a par‑ Veja: 1+1=2, 1+2=3, 2+3=5, 3+5=8, 5+8=13.
tir do segundo, é igual ao anterior adicionado de 5 unidades.
Então, seguindo o mesmo padrão teremos:
2. Na sequência (A, D, G, J) as letras foram tomadas de
três em três, em ordem alfabética, a partir do “A”, ou seja: x = 8+13 = 21
A, b, c, D, e, f, G, h, i, J.
4. Determinar na sequência abaixo a letra que deve
3. Na sequência (triângulo – 0, quadrado – 2, pentágo‑ ocupar o lugar do x:
no – 5, hexágono – 9) tem‑se os nomes de figuras planas a (B, F, J, O, x)
partir de três lados, acompanhados do número de diagonais Obs.: As letras K, W e Y não devem ser consideradas.
em cada um deles, isto é: triângulo  – nenhuma diagonal;
quadrado – duas diagonais; pentágono – cinco diagonais e Solução:
hexágono – nove diagonais.
As letras foram tomadas de quatro em quatro, a partir
de “B”.
Determinação de um Termo por Indução Continuando a sequência temos:
São comuns as questões de concurso onde se deve B, c, d, e, F, g, h, i, J, l, m, n, O, p, q, r, S.
encontrar o valor de um termo de uma dada sequência sem
que seja declarado o padrão de formação de seus termos. Em
Deste modo, a letra que deve ocupar o lugar de x deve
tais questões é necessário descobrir o padrão de formação e
isto exige um tipo de raciocínio, conhecido como raciocínio ser o “S”.
indutivo ou indução, no qual nossas conclusões justificam‑se
apenas por sua coerência em relação aos casos anteriores. Determinação de um Termo dada uma Fórmula
Algo como: ‘se todos os casos anteriores obedeceram a Geral
este padrão, então o próximo deverá obedecê‑lo também’.
É importante salientar que não há nenhum tipo de ga‑ Nas sequências numéricas, é bastante comum encon‑
rantia lógica ou matemática de que as conclusões obtidas por trarmos uma fórmula ou expressão matemática que permita
indução estejam certas. Existem, aliás, na matemática alguns determinarmos o valor de um dado termo conhecendo‑se
exemplos célebres de conclusões incorretas obtidas a partir somente a posição ocupada por ele.
de raciocínios indutivos. Entretanto, o que se pretende veri‑
ficar com as questões que envolvem a percepção de padrões Exemplos:
é a capacidade do candidato de formular e testar hipóteses.
1. Considere a sequência numérica (a1, a2, a3, .....) onde
Exemplos: cada termo an é dado pela expressão:
1. Determinar na sequência abaixo o valor do termo an = 3n + 4
indicado por x:
(2, 8, 32, 128, x) Onde n indica a posição ocupada pelo termo na sequên‑
cia. Nestas condições, qual será o valor do vigésimo termo
Solução: da sequência?
Cada termo, a partir do segundo, é igual ao quádruplo
Solução:
do anterior.
Usando a fórmula geral dada, o valor do vigésimo termo
Deste modo, seguindo o mesmo padrão o valor do
termo x será será:

128×4 = 512 a20 = 3×20 + 4

2. Determinar na sequência abaixo o valor do termo a20 = 60 + 4 = 64


indicado por x:
Raciocínio Lógico

(2, 3, 5, 8, 12, x) 2. Considere a sequência numérica (a1, a2, a3, .....) onde
cada termo an é dado pela expressão:
Solução:
Cada termo, a partir do segundo, foi obtido do termo an = 2n2 – 3
anterior somando‑se 1, 2, 3, e 4, respectivamente.
Assim, seguindo o mesmo padrão o valor do termo x será Onde n indica a posição ocupada pelo termo na sequ‑
ência. Nestas condições, qual será o valor encontrado na
12 + 5 = 17 décima posição desta sequência?

Openbook Apostilas 3
Solução: EXERCÍCIOS PROPOSTOS
Usando a fórmula geral dada, o valor do décimo termo
será: Nas questões de 1 a 13 cada uma das sequências apresen‑
tadas segue um determinado padrão de formação. Procure
a10 = 2×10  – 3
2
descobrir qual é o padrão de cada sequência e encontre o
valor que deve ocupar o lugar de cada incógnita, x ou y. (Note
a10 = 2×100 – 3 que em algumas das sequências é possível encontrarmos
mais de um padrão que se ajuste a todos os termos.)
a10 = 200 – 3 = 197
1. (30, 37, 44, 51, x)
Determinação de um Termo dada uma Fórmula a) 55 b) 56 c) 57 d) 58 e) 59
de Recorrência
2. (9876, 7654, 5432, x)
Frequentemente pode‑se estabelecer uma fórmula de a) 1234
recorrência capaz de produzir o valor de um certo termo b) 2345
conhecendo‑se os valores de alguns dos termos anteriores c) 3.210
da sequência.
d) 3456
Exemplo: e) 4321

1. Considere a sequência numérica (a1, a2, a3, .....) onde 3. (17, 20, 21, 24, 25, 28, x)
cada termo an , a partir do segundo, é dado pela expressão an a) 31 b) 29 c) 30 d) 27 e) 28
= 2×an – 1 + 3 , onde n e n–1 indicam as posições ocupadas por
termos consecutivos na sequência. Sabendo que a1 = 0, qual 4. (2, 3, 4, 5, 8, 7, x, y)
será o valor encontrado na sexta posição desta sequência? a) x = 16 e y = 9
b) x = 9 e y = 16
Solução: c) x = 6 e y = 5
Analisando a fórmula dada, vemos que o valor de cada d) x = 5 e y = 6
termo é calculado dobrando o valor do termo anterior e e) x = 16 e y = 9
adicionado 3 unidades ao resultado. Deste modo os valores
dos seis primeiros termos da sequência são: 5. (50, 360, 140, 180, 230, 90, x, y)
a1 = 0 a) x = 45 e y = 320
a2 = 2×0 + 3 = 3 b) x = 360 e y = 50
a3 = 2×3 + 3 = 9 c) x = 50 e y = 30
a4 = 2×9 + 3 = 21 d) x = 180 e y = 50
a5 = 2×21 + 3 = 45 e) x = 320 e y = 45
a6 = 2×45 + 3 = 93
6. (243, 424, 245, 426, 247, x)
No nosso exemplo, para obtermos o valor do sexto ter‑ a) 248 b) 249 c) 428 d) 429 e) 250
mo tivemos que usar a fórmula de recorrência cinco vezes.
Daí já é possível notar que a determinação de algo como o
trigésimo ou o quinquagésimo termo de uma sequência,
usando somente uma fórmula de recorrência, não seria nada 7. ( 124 , 36
9
, 30
6
, 48
8
, 63
x )
‘confortável’ caso não dispuséssemos do valor de um termo
próximo ao termo desejado. Em tais casos, seria melhor a) 5 b) 6 c) 7 d) 8 e) 9
encontrar uma outra saída para o problema.
8. (1.568, 1586, 1658, x, y)
2. Considere a sequência numérica (a1, a2, a3, .....) onde a) x = 1.856 e y = 1.685
cada termo an , a partir do terceiro, é dado pela seguinte fór‑ b) x = 1.685 e y = 1.856
mula de recorrência an = an – 1 + an – 2 . Sabendo que os valores
c) x = 1.658 e y = 1.865
dos dois primeiros termos da sequência são definidos como
a1 = 3 e a2 = 4, determinar o valor do oitavo termo. d) x = 1.865 e y = 1.658
e) x = 1.568 e y = 1.568
Solução:
De acordo com a fórmula apresentada, o valor de cada 9. (37, 26, 17, 10, 5, x)
termo é conseguido adicionando‑se os valores dos dois ter‑ a) 5 b) 4 c) 3 d) 2 e) 1
mos imediatamente anteriores a ele na sequência. Assim,
teremos: 10. (3, 6, 10, 15, 21, x)
a) 28 b) 27 c) 26 d) 25 e) 24
a1 = 3
a2 = 4 11. (2, 6, 12, 20, 30, x)
Raciocínio Lógico

a3 = 3 + 4 = 7 a) 32 b) 38 c) 42 d) 48 e) 52
a4 = 4 + 7 = 11
a5 = 7 + 11 = 18
12. (3, 10, 13, 23, 36, x)
a6 = 11 + 18 = 29
a7 = 18 + 29 = 47 a) 56 b) 57 c) 58 d) 59 e) 60
a8 = 29 + 47 = 76
13. (77, 49, 36, 18, x)
O valor do oitavo termo da sequência é 76. a) 7 b) 8 c) 9 d) 10 e) 11

4 Openbook Apostilas
Nas questões de 14 a 17 encontre a letra que deve ocupar o 26. Numa sequência o valor do primeiro termo é 1 e cada
lugar de x em cada uma das sequências alfabéticas apresen‑ termo, a  partir do segundo, pode ser descrito como
tadas (considere o alfabeto sem as letras K, W e Y): an = 2⋅an–1 + 5. Determine o valor do 11o termo desta
sequência.
14. (E, J, O, R, x) a) 6.193
a) T b) A c) L d) B e) D b) 3.619
c) 6.139
15. (R, O, L, H, x) d) 3.916
a) A b) B c) C d) D e) E e) 9.631

27. (FCC/TRF 1ª Reg./2006) Assinale a alternativa que com‑


16. (B, D, G, L, x) pleta a série seguinte:
a) P b) Q c) R d) S e) T
C3, 6G, L10,...
17. (S, Q, N, I, x)
a) A b) B c) C d) D e) E a) C4 b) 13M c) 9I d) 15R e) 6Y

Nas questões de 18 a 21 complete a última sequência se‑ 28. (FCC/ TRF 1ª Reg./2006) Assinale a alternativa que com‑
guindo o mesmo padrão da anterior (considere o alfabeto pleta a série seguinte:
sem as letras K, W e Y):
9, 16, 25, 36,...
18. (B, E, G, J) → (C, F, H, ?)
a) M b) J c) L d) P e) Q a) 45 b) 49 c) 61 d) 63 e) 72

19. (E, G, A, C) → (L, N, G, ?) 29. (FCC/ TRF 1ª Reg./2006) Qual dos cinco desenhos repre‑
a) E b) F c) G d) H e) I senta a comparação adequada?

20. (E, B, F, A) → (M, I, N, ?)


a) E b) F c) G d) H e) I

21. (J, L, N, H) → (D, E, G, ?) a)


a) Z b) A c) B d) C e) D

22. Considere a sequência numérica tal que o valor do ter‑


mo na n‑ésima posição é determinado pela expressão
an = n2  – 2n. Qual é o valor do vigésimo termo desta b)
sequência?
a) 420 b) 360 c) 280 d) 220 e) 180
c)
23. Dada a sequência numérica cujo termo geral é expresso
por an = 2n – 1, qual o valor da soma dos seis primeiros
termos desta sequência?
a) 36 b) 38 c) 46 d) 48 e) 56 d)

24. Sabe‑se que os valores da sequência cujo termo geral


e)
e dado por dn = n×(n–3)÷2 correspondem, a partir do
terceiro termo, ao número de diagonais de um polígono
com n lados. Assim, por exemplo, um quadrado (n = 4) 30. (FCC/CEAL/Assist. Téc./2005) No esquema abaixo, ob‑
tem d4 = 4×(4–3)÷2 = 2 diagonais enquanto um hexágo‑ serve que há uma certa relação entre as duas primeiras
no (n =6) tem d6 = 6×(6–3)÷2 = 9 diagonais. A questão é: palavras.
Qual o polígono no qual o número de diagonais é igual
ao número de lados? GATO – GALO : : LEÃO – ?
a) Octógono.
b) Hexágono. A mesma relação deve existir entre a terceira palavra e
c) Pentágono. a quarta, que está faltando. Essa quarta palavra é
d) Heptágono. a) cachorro.
e) Eneágono. b) cobra.
Raciocínio Lógico

c) cavalo.
25. Numa sequência cujo valor do primeiro termo é 4, cada d) golfinho.
termo, a partir do segundo, pode ser descrito como e) sabiá.

an = an–1 + 5. 31. (FCC/CEAL/Assist. Téc./2005) Chama‑se persistência de


um número inteiro e positivo o número de etapas ne‑
Qual é o valor do quinto termo desta sequência? cessárias para, através de operações sucessivas, obter‑se
a) 34 b) 54 c) 44 d) 64 e) 24 um número de um único algarismo.

Openbook Apostilas 5
Como é mostrado no exemplo seguinte, a persistência
do número 1 642 é 3:

Com base na definição e no exemplo dados, é correto


afirmar que a persistência do número 27 991 é
a) menor que 4.
b) 4 Nessas condições, a soma dos elementos da 30ª linha
c) 5 desse triângulo é um número compreendido entre
d) 6 a) 2 500 e 3 000
e) maior que 6. b) 3 000 e 3 500
c) 20 000 e 25 000
32. (FCC/CEAL/Assist. Téc./2005) Na sentença seguinte há d) 25 000 e 30 000
duas palavras grifadas, cada qual seguida de uma lacuna. e) 30 000 e 35 000
Essas lacunas devem ser preenchidas por palavras, de
modo que a primeira palavra tenha, para a segunda, 37. (FCC/CEAL/Assist. Téc./2005) No início de certo mês,
a mesma relação que a terceira tem para com a quarta. Frida e Sada elaboraram um relatório no qual constava
Primeiro está para ............ assim como janeiro está para o número de pessoas que cada uma delas havia aten‑
.................. .
dido no mês anterior. Observou‑se, então, que Frida
atendera a 361 pessoas, 15 a mais que o dobro do que
Assim, as palavras que preenchem a primeira e a segun‑
Sada havia atendido. Para calcular quantas pessoas Sada
da lacunas são, respectivamente,
atendeu, Frida efetuou 361 + 15 e, em seguida dividiu
a) fileira e mês.
b) ganho e verão. por 2 o resultado obtido, concluindo que 188 pessoas
c) vitória e reis. foram atendidas por Sada. Relativamente aos cálculos
d) último e dezembro. efetuados por Frida, é verdade que
e) número e mês. a) estão corretos.
b) não estão corretos, pois ela deveria ter efetua­do 188
33. (FCC/CEAL/Assist. Téc./2005) Em quatro das alternativas 2 e obtido 376.
que seguem, os  pares de números apresentam uma c) não estão corretos, pois ela deveria ter efetua­do 15
característica comum. A alternativa cujo par não tem 2 e a resposta correta seria 361 – 30 331.
tal característica é d) não estão corretos, pois ela deveria ter efetua­do
a) (6;36) 361 – 15 e a resposta correta seria 346 : 2 173.
b) (9;54) e) não estão corretos, pois ela deveria ter efetua­do 188
c) (11;63) 2 e a resposta correta seria 376 – 15 361.
d) (12;72)
e) (15;90) Instruções: Para responder às questões de números 38 e
39, você deve observar que, em cada um dos dois primeiros
34. (FCC/CEAL/Assist. Téc./2005) Considere que os termos pares de palavras dadas, a palavra da direita foi formada a
da sequência (5, 12, 10, 17, 15, 22, 20,...) obedecem a partir da palavra da esquerda segundo um determinado
uma lei de formação. Assim, o termo que vem após o critério. Você deve descobrir esse critério e usá‑lo para as‑
número 20 é sociar a terceira palavra àquela que deve ser corretamente
a) menor que 25. colocada no lugar do ponto de interrogação.
b) maior que 30.
c) a metade de 52. 38. (FCC/CEAL/Assist. Téc./2005)
d) o triplo de 9. capitular – lar
e) par. loucura – cura
batalho – ?
35. (FCC/CEAL/Assist. Téc./2005) Dos cinco grupos de 4 le‑ a) alho
tras que aparecem nas alternativas abaixo, quatro têm b) bolha
uma característica comum. c) atola
Se a ordem alfabética adotada exclui as letras K, W e Y, d) atalho
então o único grupo que NÃO tem a característica dos e) talho
outros é
a) GHJI
39. (FCC/CEAL/Assist. Téc./2005)
b) CDGF
Raciocínio Lógico

telefonar – arte
c) STXV
robustecer – erro
d) QRUT
e) NORP cadastro – ?
a) troca
36. (FCC/CEAL/Assist. Téc./2005) O  triângulo seguinte é b) roca
composto de uma sucessão de números ímpares positi‑ c) cada
vos. Observe que, em cada linha, a soma dos elementos d) caro
sugere uma regra geral. e) orca

6 Openbook Apostilas
40. (FCC/CEAL/Assist. Téc./2005) Você faz parte de um grupo 46. Qual a palavra que não pertence ao mesmo grupo das
de pessoas que estão sentadas em torno de uma grande demais?
mesa circular. Um pacote com 25 balas deve ser passado a) Carro
sucessivamente para as pessoas ao redor da mesa, de b) Canapé
modo que cada uma se sirva de uma única bala e passe c) Camisa
o pacote com as balas restantes para a pessoa sentada à d) Colo
sua direita. Se você pegar a primeira e a última balas do e) Carícia
pacote, considerando que pode ter se servido de outras,
o total de pessoas sentadas nessa mesa poderia ser 47. Colocando as letras em ordem, qual a palavra que não
a) 7 b) 9 c) 12 d) 13 e) 15 pertence ao mesmo grupo das demais?
a) CUÉ
41. (FCC/CEAL/Assist. Téc./2005) Em um dado instante, um b) UNORA
elevador estava parado no andar médio de um prédio. c) SÉVUN
A partir de então, ele recebeu algumas chamadas que d) TRAME
o fizeram deslocar‑se sucessivamente: subiu quatro e) ARTRE
andares, desceu seis, subiu oito e, quando subiu mais
quatro andares, chegou ao último andar do edifício. 48. Que número completa a sequência:
O total de andares desse prédio era
a) 21 b) 19 c) 15 d) 13 e) 11 livro (5) olho (4) castor (6) noite (?)

42 Colocando as letras em ordem, qual a palavra que não a) 3


pertence ao mesmo grupo das demais? b) 4
a) HOILF c) 5
b) OIT d) 6
c) IPA e) 7
d) ROMAÇ
e) OTEN 49. Observe a sequência abaixo e descubra quais os números
que faltam.
43. Qual a letra que deve ser colocada no lugar do asterisco 1 8 9 64 25 ? 49
1 4 27 16 125 ? 343
para completar corretamente a se­quência:
a) 16
64
108( C ) 648( S ) 325( T ) 214( * )
b) 36
216
a) A b) B c) C d) D e) E
c) 32
128
44. Observe o exemplo:
d) 216
36
SOPA ( PALA ) GERAL e) 128
32
No exemplo dado, a palavra do meio, entre parênteses,
segue uma lei de formação que depende das outras duas 50. Colocando as letras em ordem, qual a palavra que não
palavras. Seguindo a mesma lei, qual a palavra que se pertence ao mesmo grupo das demais?
deve colocar entre os parênteses no caso abaixo? a) ORTEP
b) LARAMEO
FOCA ( ..... ) ATLAS c) ZALU
d) FORRE
a) FALA e) TIVOLEA
b) CALA
c) FALTA 51. Observe o exemplo:
d) FACA
e) CASA 28 ( 82 ) 13

45. Observe o exemplo: No exemplo dado, o número do meio, entre parênteses,


segue uma lei de formação que depende dos outros dois
326 ( 20 ) 423 números. Seguindo a mesma lei, qual o número que se
deve colocar entre os parênteses no caso abaixo?
Raciocínio Lógico

No exemplo dado, o número do meio, entre parênteses,


segue uma lei de formação que depende dos outros dois 16 ( ..... ) 17
números. Seguindo a mesma lei, qual o número que se
deve colocar entre os parênteses no caso abaixo? a) 17
b) 61
427 ( ..... ) 113 c) 67
d) 71
a) 20 b) 21 c) 41 d) 45 e) 73 e) 76

Openbook Apostilas 7
SENHA ALFABÉTICA 55. Assinale a alternativa que corresponde à palavra‑chave.
M A D R E: 0 – 0
Nas questões 52 a 58 deve‑se descobrir uma pala‑ M Ó V E L: 3 – 0
vra‑chave. Para deduzir qual é a palavra‑chave são mos‑
N A V I O: 2 – 1
tradas, como pistas, cinco outras palavras‑teste, cada uma
delas seguida de dois números: F R A C O: 0 – 2
• o primeiro número, em negrito, indica a quantidade C A S A L: 2 – 0
coincidências exatas entre as letras da palavra tes‑
tada e da palavra‑chave (letras certas nos lugares a) CANAL d) BANAL
certos); b) COVIL e) SENIL
• o segundo número indica a quantidade de coincidên‑ c) CANIL
cias parciais (letras certas mas em lugares errados).
56. Assinale a alternativa que corresponde à palavra‑chave.
Assim, para a palavra‑chave CERTO teríamos:
F I L M E: 0 – 0
PERTO: 4-0 (4 coincidências exatas: E, R, T, O e nenhuma
coincidência parcial) F O R M A: 2 – 0
NERVO: 3-0 (3 coincidências exatas: E, R , O e nenhuma L I M A R: 0 – 1
coincidência parcial) S U M I A: 1 – 2
TERNO: 3-1 (3 coincidências exatas: E, R, O e 1 coinci‑ P L U M A: 3 – 0
dência parcial: T)
uma palavra‑chave é sempre formada por letras dis‑ a) POUSA
tintas. b) LOUSA
c) PAUSA
52. Assinale a alternativa que corresponde à palavra‑chave. d) LOURA
M Ê S 0 – 0 e) CAUSA
S I M 0 – 1
R Ó I 1 – 0 57. Assinale a alternativa que corresponde à palavra‑chave.
R O L 0 – 1 V I S T O: 0 – 0
M O A 0 – 1 R O G U E: 3 – 1
R O S N E: 1 – 1
a) ALI G O S T A: 1 – 1
b) LIA R E V O A: 3 – 0
c) ELA
d) RIA a) RENOVA d) RANGE
e) DIA b) VERONA e) RÉGUA
c) RAVINA
53. Assinale a alternativa que corresponde à palavra‑chave.
R I J O 0 – 2 58. Assinale a alternativa que corresponde à palavra‑chave.
T R E M 0 – 2 B E S T A: 0 – 0
P U M A 0 – 2 T U M B A: 0 – 2
S O L A 0 – 2 P O B R E: 1 – 2
A M B A R: 0 – 2
a) AMOR
b) ROMA B R U T O: 3 – 0
c) MORA
a) PRIMO d) PRUMO
d) ROAM
e) ARMO b) ROMPE e) SURTO
c) CURTO
54. Assinale a alternativa que corresponde à palavra.
P U N H O: 0 – 0
Gabarito
C O N T A: 3 – 0
1. d 11. c 21. c 31. a 41. a 51. b
S U R D O: 0 – 1
2. c 12. d 22. b 32. d 42. d 52. a
P R E S O: 0 – 2 3. b 13. b 23. a 33. c 43. d 53. a
Raciocínio Lógico

P O L A R: 0 – 1 4. a 14. a 24. c 34. d 44. e 54. c


5. e 15. e 25. e 35. a 45. d 55. b
a) BESTA 6. c 16. b 26. c 36. d 46. d 56. a
b) CORTA 7. e 17. d 27. d 37. d 47. a 57. e
c) CESTA 8. b 18. c 28. b 38. d 48. c 58. d
d) CARTA 9. d 19. e 29. e 39. b 49. d
e) NESTA 10. a 20. d 30. e 40. c 50. d

8 Openbook Apostilas
Noções de Lógica “não”, “e”, “ou”, “se ... então” e “se e somente se” aos quais
denominamos conectivos lógicos ou estruturas lógicas.
O Que é uma Proposição?
Exemplo: A sentença “Se x não é maior que y, então x
Denomina‑se proposição a toda sentença, expressa é igual a y ou x é menor que y” é uma proposição composta
em palavras ou símbolos, que exprima um juízo ao qual se na qual se pode observar alguns conectivos lógicos (“não” ,
possa atribuir, dentro de certo contexto, somente um de dois “se ... então” e “ou”) que estão agindo sobre as proposições
valores lógicos possíveis: verdadeiro ou falso. simples “x é maior que y”, “x é igual a y” e “x é menor que y”.
Somente às sentenças declarativas pode‑se atribuir va‑
lores de verdadeiro ou falso, o que ocorre quando a sentença Os conectivos lógicos agem sobre as proposições a que
é, respectivamente, confirmada ou negada. De fato, não se estão ligados de tal modo que o valor lógico (verdadeiro
pode atribuir um valor de verdadeiro ou de falso às demais ou falso) de uma proposição composta depende somente:
formas de sentenças como as interrogativas, as exclamativas – do valor lógico de cada uma de suas proposição
e outras, embora elas também expressem juízos. componentes;
São exemplos de proposições as seguintes sentenças – e da forma como estas proposições componentes
declarativas: sejam ligadas pelos conectivos lógicos utilizados.

O número 6 é par. Exemplo: Compare as seguintes proposições e seus


O número 15 não é primo. respectivos valores lógicos:
Todos os homens são mortais.
Nenhum porco espinho sabe ler.
Alguns canários não sabem cantar. Proposições Valores Lógicos
Se você estudar bastante, então aprenderá tudo. O número 10 é inteiro. V
Eu falo inglês e espanhol.
Míriam quer um sapatinho novo ou uma boneca. O número 10 ímpar. F
O número 10 é inteiro e é ímpar. F
Não são proposições:
O número 10 é inteiro ou é ímpar. V
Qual é o seu nome?
Preste atenção ao sinal. V = verdadeiro ; F = falso
Caramba!
Algumas proposições compostas recebem denomina‑
Proposição Simples ções especiais de acordo com a estrutura usada para ligar
as proposições componentes.
Uma proposição é dita proposição simples ou proposi‑ O reconhecimento de tais estruturas é muito importante
ção atômica quando não contém qualquer outra proposição para a análise e a resolução dos problemas de raciocínio
como sua componente. lógico que estudaremos mais adiante.
Isto significa que não é possível encontrar como parte de A tabela seguinte mostra as seis principais estruturas
uma proposição simples alguma outra proposição diferente lógicas e suas denominações. A  partir deste ponto, pas‑
dela. Não se pode subdividi‑la em partes menores tais que saremos a nos referir a estas estruturas como estruturas
alguma delas seja uma nova proposição. fundamentais:
Exemplo:
A sentença “Cínthia é irmã de Maurício” é uma proposi‑ Estruturas fundamentais Denominações
ção simples, pois não é possível identificar como parte dela Não‑A Negação
qualquer outra proposição diferente. Se tentarmos separá‑la A ou B Disjunção
em duas ou mais partes menores nenhuma delas será uma Ou A ou B Disjunção Exclusiva
proposição nova. AeB Conjunção
Proposição Composta Se A, então B Condicional
A se e somente se B Bicondicional
Uma proposição que contenha qualquer outra como
sua parte componente é dita proposição composta ou Negação: Não‑A
proposição molecular. Isto quer dizer que uma proposição
é composta quando se pode extrair como parte dela uma Dada uma proposição qualquer A denominamos ne‑
nova proposição. gação de A a proposição composta que se obtém a partir
da proposição A acrescida do conectivo lógico “não” ou de
Exemplo: A sentença “Cínthia é irmã de Maurício e de outro equivalente.
A negação “não‑A” pode ser representada simbolica‑
Raciocínio Lógico

Júlio” é uma proposição composta, pois é possível retirar‑se


dela duas outras proposições: “Cínthia é irmã de Maurício” mente como:
e “Cínthia é irmã de Júlio”.
~A
Conectivos Lógicos (ou Estruturas Lógicas) ou
A
Existem alguns termos e expressões que estão frequen‑ ou ainda
temente presentes nas proposições compostas tais como ¬A

Openbook Apostilas 9
Podem‑se empregar também, como equivalentes de A disjunção A ou B pode ser representada simbolica‑
“não‑A” as seguintes expressões: mente como:

Não é verdade que A; A∨B


É falso que A.
Exemplo: Dadas as proposições simples:
Uma proposição A e sua negação “não‑A” terão sempre
A: Alberto fala espanhol.
valores lógicos opostos.
B: Alberto é universitário.
Tabela‑Verdade da Negação (~A)
Na tabela apresentada a seguir, denominada tabela‑ver‑ A disjunção “A ou B” pode ser escrita como:
dade, podemos observar os resultados possíveis da negação
“~A” para cada um dos valores lógicos que A pode assumir. A ∨ B: Alberto fala espanhol ou é universitário.

A Não‑A Para que a disjunção “A ou B” seja verdadeira basta


que pelo menos uma de suas proposições componentes
V F
seja verdadeira.
F V Em outras palavras, se A for verdadeira ou se B for
verdadeira ou mesmo se ambas, A e B, forem verdadeiras,
Como se pode observar na tabela‑verdade, uma propo‑ então a disjunção “A ou B” será verdadeira.
sição qualquer e sua negação nunca poderão ser simultane‑ Ou seja, a disjunção “A ou B” é falsa somente quando
amente verdadeiras ou simultaneamente falsas. A é falsa e B é falsa também.
Conjunção: A e B
Tabela‑Verdade da Disjunção (A ∨ B)
Denominamos conjunção a proposição composta for‑ Na tabela‑verdade apresentada a seguir podemos ob‑
mada por duas proposições quaisquer que estejam ligadas servar os resultados da disjunção “A ou B” para cada um dos
pelo conectivo “e”. valores que A e B podem assumir.
A conjunção “A e B” pode ser representada simbolica‑
mente como: B A∨B
A
V V V
A∧B V F V
F V V
Exemplo: Dadas as proposições simples:
F F F
A: Elisabeth é mãe de Cínthia.
Disjunção Exclusiva: ou A ou B
B: Elisabeth é mãe de Maurício.
Denominamos disjunção exclusiva a proposição com‑
A conjunção A e B pode ser escrita como:
posta formada por duas proposições quaisquer onde cada
uma delas esteja precedida pelo conectivo “ou”.
A ∧ B: Elisabeth é mãe de Cínthia e de Maurício. A disjunção exclusiva ou A ou B pode ser representada
simbolicamente como:
Uma conjunção é verdadeira somente quando as duas
proposições que a compõem forem verdadeiras. Ou seja, A∨B
a  conjunção “A ∧ B” é verdadeira somente quando A é
verdadeira e B é verdadeira também. (observe o sublinhado no símbolo ∨)

Tabela‑Verdade da Conjunção (A ∧ B) Exemplo: Dadas as proposições simples:


Na tabela apresentada a seguir (tabela‑verdade) pode‑
mos observar todos os resultados possíveis da conjunção “A e A: O número 19 é par.
B” para cada um dos valores lógicos que A e B podem assumir. B: O número 19 é ímpar.

A disjunção exclusiva “ou A ou B” pode ser escrita como:


B A∧B
A
V V V A ∨ B: Ou o número 19 é par ou o número 19 é ímpar.
V F F
F V F Uma disjunção exclusiva é verdadeira somente quando
Raciocínio Lógico

F F F uma e apenas uma das proposições que a compõem for


verdadeira.
Disjunção: A ou B Ou seja, a disjunção exclusiva “ou A ou B” é verdadeira
somente quando A e B têm valores lógicos contrários (A é
Denominamos disjunção a proposição composta for‑ verdadeira e B é falsa ou vice‑versa).
mada por duas proposições quaisquer que estejam ligadas Se A e B tiverem o mesmo valor lógico (ambas verdadei‑
pelo conectivo “ou”. ras ou ambas falsas) então a disjunção exclusiva será falsa.

10 Openbook Apostilas
Tabela‑Verdade da Disjunção Exclusiva (A ∨ B) Alguns dos resultados da tabela acima podem parecer
Na tabela‑verdade apresentada a seguir podemos ob‑ absurdos à primeira vista.
servar os resultados da disjunção exclusiva “ou A ou B” para A fim de esclarecer o significado de cada um dos re‑
cada um dos valores que A e B podem assumir. sultados possíveis numa sentença condicional, considere a
seguinte situação: numa tarde de domingo um casal está
sentado no sofá da sala de seu apartamento assistindo a
A
B ∨B um filme quando a campainha toca. A mulher, que se diz

A
V V F sensitiva, diz: “Se for uma mulher, então ela estará trazendo
V F V um pacote nas mãos”. O marido, que não costuma dar muita
F V V importância às previsões da mulher, resmunga “Vamos ver
se você está mesmo certa!” e vai abrir a porta.
F F F Em que conjunto de situações poderemos dizer que a
previsão da mulher estava errada?
Condicional: Se A então B Há quatro situações a serem analisadas:
1a – Quem tocou a campainha era realmente uma
Denominamos condicional a proposição composta for‑ mulher que estava mesmo trazendo um pacote nas mãos.
mada por duas proposições quaisquer que estejam ligadas Neste caso teremos que reconhecer que a previsão da mu‑
pelo conectivo “Se ... então” ou por uma de suas formas lher era correta (este caso corresponde ao que está descrito
equivalentes. na primeira linha da tabela‑verdade apresentada para a
A proposição condicional “Se A, então B” pode ser condicional).
representada simbolicamente como: 2a – Quem tocou a campainha era realmente uma mu‑
lher, mas ela não estava trazendo um pacote nas mãos. Neste
caso podemos dizer que a previsão da mulher mostrou‑se
A→B errada (este caso corresponde ao que está descrito na segun‑
Exemplo: Dadas as proposições simples: da linha da tabela‑verdade apresentada para a condicional).
3a – Quem tocou a campainha não era uma mulher
A: José é alagoano. embora estivesse mesmo trazendo um pacote nas mãos.
B: José é brasileiro. Neste caso não podemos dizer que a previsão da mulher
estava errada, pois ela não disse que somente uma mulher
A condicional “Se A, então B” pode ser escrita como: poderia estar trazendo um pacote nas mãos. Acontece que
toda proposição deve ser ou verdadeira ou falsa e esta não
A → B: Se José é alagoano, então José é brasileiro. é falsa. Então é verdadeira! (Este caso corresponde ao que
está descrito na terceira linha da tabela‑verdade apresentada
para a condicional)
Na proposição condicional “Se A, então B” a proposição
4a – Quem tocou a campainha não era uma mulher e
A, que é anunciada pelo uso da conjunção “se”, é denomi‑ nem mesmo estava trazendo um pacote nas mãos. Neste
nada condição ou antecedente enquanto a proposição B, caso também não podemos dizer que a previsão da mu‑
apontada pelo advérbio “então” é denominada conclusão lher estava errada, pois a previsão de que a pessoa traria
ou consequente. um pacote nas mãos estava condicionada ao fato de que
As seguintes expressões podem ser empregadas como a pessoa fosse uma mulher. Não sendo uma mulher, não
equivalentes de “Se A, então B”: teria necessariamente que trazer um pacote nas mãos. No‑
vamente, a proposição não é falsa. Logo, é verdadeira (este
Se A, B; caso corresponde ao que está descrito na quarta linha da
B, se A; tabela‑verdade apresentada para a condicional).
Todo A é B;
Cuidado: Usualmente, quando empregarmos uma sen‑
A implica B;
tença do tipo “se A então B” esperamos que exista alguma
A somente se B; forma de relacionamento entre A e B ou que guardem entre
A é suficiente para B; si alguma relação de causa e efeito.
B é necessário para A. Neste sentido, aceitaríamos com facilidade, por exem‑
plo, a  proposição “Se um número inteiro termina com o
Uma condicional “Se A então B” é falsa somente quando algarismo 8 então este número é par”.
sua condição (A) é verdadeira e sua conclusão (B) é falsa, No mesmo sentido, tenderíamos a recusar proposições
sendo verdadeira em todos os outros casos. como:
Isto significa que numa proposição condicional, a única
situação inaceitável é termos uma condição verdadeira e “se um triângulo tem três lados então o número sete
uma conclusão falsa. é primo”
Na tabela‑verdade apresentada a seguir podemos ob‑
Ou, ainda:
servar os resultados da proposição condicional “Se A então
B” para cada um dos valores que A e B podem assumir.
Raciocínio Lógico

“se um quadrado tem sete lados então fala‑se o por‑


tuguês no Brasil”
B A→B
A
V V V Provavelmente recusaríamos a primeira dizendo algo
como:
V F F
F V V “O que é que tem a ver um triângulo ter três lados com
F F V o fato de o número sete ser primo?”

Openbook Apostilas 11
Quanto à segunda, é quase certo que alguém a recusasse Assim, percebemos que, para a Lógica, o valor lógico
alegando algo como: de uma proposição composta independe da existência de
qualquer relação entre as proposições dadas.
“Para começar, um quadrado não tem sete lados, mas
quatro. E mesmo que tivesse, isto não tem nada a ver com Bicondicional: A se e somente se B
falar‑se ou não o português no Brasil”.
Denominamos bicondicional a proposição composta
Esse tipo de recusa parece razoável, pois nestas afirma‑ formada por duas proposições quaisquer que estejam ligadas
ções falta algo que relacione a primeira parte da proposição pelo conectivo “se e somente se”.
(condição) com a segunda (conclusão). A proposição bicondicional “A se e somente se B” pode
No entanto, segundo as regras da Lógica, estas duas ser representada simbolicamente como:
proposições são verdadeiras!
Para verificarmos isto, basta analisarmos cada uma delas A↔B
seguindo as regras estudadas: Exemplo: Dadas as proposições simples:
Vejamos:
A: Adalberto é meu tio.
Proposição: Se um triângulo tem três lados então o B: Adalberto é irmão de um de meus pais.
número sete é primo.
A proposição bicondicional “A se e somente se B” pode
Esta é uma proposição do tipo “Se A então B”. ser escrita como:

A condição da proposição é: A ↔ B: Adalberto é meu tio se e somente se Adalberto


A: Um triângulo tem três lados. é irmão de um de meus pais.
(verdade)
Como o próprio nome e símbolo sugerem, uma propo‑
A conclusão é: sição bicondicional “A se e somente se B” equivale à propo‑
B: O número sete é primo. sição composta “se A então B e se B então A”.
(verdade) Podem‑se empregar também como equivalentes de “A
se e somente se B” as seguintes expressões:
Como sabemos, uma proposição condicional onde a
condição e a conclusão sejam, ambas, verdadeiras será ela A se e só se B;
mesma, também, verdadeira. Todo A é B e todo B é A;
Todo A é B e reciprocamente;
Confira na tabela‑verdade: Se A então B e reciprocamente;
A é necessário e suficiente para B;
B A→B A é suficiente para B e B é suficiente para A;
A é necessário para B e B é necessário para A.
A
V V V
V F F A proposição bicondicional “A se e somente se B” é
F V V verdadeira somente quando A e B têm o mesmo valor lógico
F F V (ambas são verdadeiras ou ambas são falsas), sendo falsa
quando A e B têm valores lógicos contrários.
Proposição: Se um quadrado tem sete lados então Na tabela‑verdade apresentada a seguir podemos
fala‑se o português no Brasil” observar os resultados da proposição bicondicional “A se e
somente se B” para cada um dos valores que A e B podem
A proposição é do tipo “Se A então B”. assumir.

Condição da sentença: B A↔B


A
A: Um quadrado tem sete lados. V V V
(falso) V F F
F V F
Conclusão da sentença é:
B: Fala‑se o português no Brasil. F F V
(verdade)
Sentenças Abertas
Como sabemos, TODA proposição condicional com con‑
dição FALSA é, sempre, VERDADEIRA (independentemente Dizemos que uma expressão P(x) é uma sentença
de a conclusão ser verdadeira ou falsa). aberta na variável x se, e somente se, P(x) se tornar uma
proposição sempre que substituirmos a variável x por qual‑
quer elemento pertencente a certo conjunto denominado
Raciocínio Lógico

Confira na tabela‑verdade:
universo de discurso.
Note que, ao substituirmos a variável da sentença aberta
B A→B por um elemento dado do seu universo de discurso, a pro‑
A
V V V posição resultante não tem que ser Verdadeira.
V F F
Exemplo: A expressão 2x + 5 = 25 é uma sentença aberta
F V V
na variável x. Quando substituímos a variável pelo número 5
F F V obtemos uma proposição Falsa: 2⋅(5) + 5 = 25.

12 Openbook Apostilas
Tautologia Assim, quando uma proposição composta for uma
contingência, a última coluna de sua tabela‑verdade deverá
Uma proposição composta é uma tautologia se e so‑ apresentar o valor lógico V (verdadeiro) pelo menos uma
mente se ela for sempre verdadeira, independentemente vez e, também, o valor lógico F (falso) pelo menos uma vez.
dos valores lógicos das proposições que a compõem.
Deste modo, quando uma proposição composta for uma Exemplo:
tautologia, a última coluna de sua tabela‑verdade será o valor A proposição “Se A então B” é uma contingência, pois
lógico V (verdadeiro) em todas as suas linhas. será Falsa quando A for Verdadeira e B Falsa, sendo Verda‑
deira em todos os outros casos.
Exemplo:
A proposição “Se (A e B) então (A ou B)” é uma tau‑ As Três Leis Fundamentais do Pensamento Lógico
tologia, pois é sempre verdadeira independentemente
dos valores lógicos de A e de B, como se pode observar na Alguns autores citam três princípios como sendo funda‑
tabela‑verdade abaixo: mentais para o pensamento lógico.

B AeB A ou B (A e B) → (A ou B) Princípio da Identidade


A
V V V V V
Se uma proposição qualquer é verdadeira, então ela é
V F F V V
verdadeira.
F V F V V Em símbolos:
F F F F V P→P

Contradição Princípio da Não Contradição

Uma proposição composta formada por duas ou mais Nenhuma proposição pode ser verdadeira e também
proposições é uma contradição se e somente se ela for ser falsa.
sempre falsa, independentemente dos valores lógicos das Em símbolos:
proposições que a compõem. ~(P ∧ ~P)
Portanto, quando uma proposição composta for uma
contradição a última coluna de sua tabela‑verdade será o Princípio do Terceiro Excluído
valor lógico F (falso) em todas as suas linhas.
Uma proposição ou é verdadeira ou é falsa.
Exemplo: Em símbolos:
A proposição “A se e somente se não A” é uma con‑ ou P ou ~P
tradição pois é sempre falsa, independentemente dos
valores lógicos de A e de não A, como se pode observar na
Implicação Lógica
tabela‑verdade abaixo:
Dizemos que a proposição A implica (ou acarreta) a
~A A ↔ ~A proposição B se, e somente se, for impossível termos simulta‑
A
V F F neamente A verdadeira e B falsa na proposição condicional
F V F “Se A então B” (em símbolos: A→B).
Quando A implica B anotamos:
O exemplo acima mostra que uma proposição qualquer
A e sua negação, ~A, nunca serão ambas verdadeiras nem A⇒B
ambas falsas. (lê‑se: A implica B ou A acarreta B)

Relação entre Tautologia e Contradição Propriedades da Implicação Lógica

Sabemos que uma tautologia é sempre verdadeira en‑ São propriedades da relação de implicação lógica:
quanto uma contradição, sempre falsa, daí pode‑se concluir 1ª – A ⇒ A (reflexiva);
que: 2ª – Se A ⇒ B e se B ⇒ C então A ⇒ C (transitiva);
3ª – A implicação lógica NÃO é simétrica.
A negação de uma tautologia é sempre uma contradição.
Proposições Logicamente Equivalentes
e
Dizemos que duas proposições são logicamente equi‑
A negação de uma contradição é sempre uma tautologia. valentes ou simplesmente equivalentes quando satisfazem
Raciocínio Lógico

às duas condições seguintes:


Contingência 1o – são compostas pelas mesmas proposições simples;
2o – têm tabelas‑verdade idênticas.
Uma proposição composta formada por duas ou mais
proposições é uma contingência se e somente se for possível Uma consequência prática da equivalência lógica é que
que ela seja verdadeira tanto quanto que ela também seja ao trocar uma dada proposição por qualquer outra que lhe
falsa, dependendo dos valores lógicos das proposições que seja equivalente, estamos apenas mudando a maneira de
a compõem. dizê‑la.

Openbook Apostilas 13
A equivalência lógica entre duas proposições, A e B, A tabela a seguir mostra as equivalências mais comuns
pode ser representada simbolicamente como: para as negações de algumas proposições compostas:

A⇔B Equivalente da
(lê‑se: A é equivalente a B) Proposição Negação direta
Negação
AeB Não (A e B) Não A ou não B
As proposições A e B serão equivalentes se, e somente
se, for impossível termos simultaneamente A verdadeira A ou B Não (A ou B) Não A e não B
com B falsa ou A falsa com B verdadeira na proposição Se A então B Não (se A então B) A e não B
bicondicional “ A se, e somente se, B” (em símbolos: A↔B). A se e Não (A se e Ou A ou B
somente se B somente se B)
Regras de Equivalência Todo A é B Não (todo A é B) Algum A não é B
Algum A é B Não (algum A é B) Nenhum A é B
Da definição de equivalência lógica podem‑se demons‑
trar as seguintes equivalências:
1. A ⇔ A (reflexiva); Diagramas Lógicos
2. Se A ⇔ B então B ⇔ A (simétrica);
Um diagrama lógico é um esquema que busca repre‑
3. Se A ⇔ B e se B ⇔ C então A ⇔ C (transitiva);
sentar as relações existentes entre as diversas partes que
4. Se A e B são duas tautologias então A ⇔ B; compõem uma proposição.
5. Se A e B são duas contradições então A ⇔ B. O modelo mais comum para diagramas lógicos é o dos
diagramas de Venn‑Euler.
Leis de comutatividade Neste capítulo aprofundaremos nossos estudos sobre
6. A ∧ B ⇔ B ∧ A os digramas lógicos estudando uma variação do modelo
7. A ∨ B ⇔ B ∨ A de Venn‑Euler que nos permitirá uma representação mais
8. A ∨ B ⇔ B ∨ A precisa do que aquela vista anteriormente.
9. A ↔ B ⇔ B ↔ A
Universo de discurso (U)
Leis de associatividade
10. (A ∧ B) ∧ C ⇔ A ∧ (B ∧ C) Denomina‑se universo de discurso o conjunto de tudo o
11. (A ∨ B) ∨ C ⇔ A ∨ (B ∨ C) que se admite como possível em um dado contexto.
Deste modo, qualquer proposição possível será um
Leis de distributividade subconjunto do universo de discurso.
12. A ∧ (B ∨ C) ⇔ (A ∧ B) ∨ (A ∧ C) O universo de discurso será sempre indicado pela região
13. A ∨ (B ∧ C) ⇔ (A ∨ B) ∧ (A ∨ C) interna de um retângulo.
Cada proposição é indicada por uma região delimitada
Lei da dupla negação dentro do universo de discurso.
14. ~(~A) ⇔ A

Equivalências da Condicional
15. A → B ⇔ ~A ∨ B
16. A → B ⇔ ~B → ~A

Equivalências da Bicondicional
17. A ↔ B ⇔ (A → B) ∧ (B → A)
18. A ↔ B ⇔ (A ∧ B) ∨ (~B ∧ ~A)
19. A ↔ B ⇔ ~(A ∨ B)
U = universo de discurso
Leis de De Morgan A = proposição
20. ~(A ∨ B) ⇔ ~A ∧ ~B
21. ~(A ∧ B) ⇔ ~A ∨ ~B Uma proposição é verdadeira em qualquer ponto dentro
de sua região sendo falsa em todos os demais pontos do
universo de discurso.
Negação de Proposições Compostas
Um problema de grande importância para a lógica é
o da identificação de proposições equivalentes à negação
de uma proposição dada. Negar uma proposição simples é
uma tarefa que não oferece grandes obstáculos. Entretanto
podem surgir algumas dificuldades quando procuramos
Raciocínio Lógico

identificar a negação de uma proposição composta.


Como vimos anteriormente, a negação de uma propo‑
sição deve ter sempre valor lógico oposto ao da proposição
dada. Deste modo, sempre que uma proposição A for ver‑
dadeira, a sua negação não‑A deve ser falsa e sempre que
A for falsa, não‑A deve ser verdadeira.
Em outras palavras a negação de uma proposição deve Na região 1 a proposição A é verdadeira.
ser contraditória com a proposição dada. Na região 2 a proposição A é falsa.

14 Openbook Apostilas
Diagrama Lógico da Disjunção Exclusiva
Na região 1 A e B são falsas.
Na região 2 A é verdadeira e B é falsa. Se as proposições A e B forem representadas como
Na região 3 A e B são verdadeiras. conjuntos através de um diagrama, a  disjunção exclusiva
Na região 4 A é falsa e B é verdadeira. “A ∨ B” corresponderá à união da parte do conjunto A que
não está em B (A−B) com a parte do conjunto B que não
Ao representar uma estrutura lógica por um diagrama está em A (B−A).
lógico somente as regiões para as quais o resultado da
(A−B) ∪ (B−A)
tabela‑verdade da estrutura representada for verdadeiro
serão sombreadas.

Diagrama Lógico da Negação

Num diagrama de conjuntos, se a proposição A for


representada pelo conjunto A, então a negação “não‑A”
corresponderá ao conjunto complementar de A.

Observe que isto equivale à diferença entre a união e a


interseção dos conjuntos A e B.

(A∪B) − (A ∩B)

Diagramas Lógicos da Condicional “A → B”

Se as proposições A e B forem representadas como


conjuntos através de um diagrama, a proposição condicional
“Se A então B” poderá ser indicada de dois modos:

Diagrama Lógico da Conjunção 1º Como nos casos anteriores, sombreando somente as


regiões dos conjuntos A e B correspondentes às linhas cujo
Se as proposições A e B forem representadas como resultado é V na tabela‑verdade da proposição condicional.
conjuntos através de um diagrama, a  conjunção “A ∧ B”
corresponderá à interseção do conjunto A com o conjunto
B, A ∩ B.

2º Como a inclusão do conjunto A no conjunto B (A está


contido em B).
Raciocínio Lógico

Diagrama Lógico da Disjunção

Se as proposições A e B forem representadas como


conjuntos através de um diagrama, a  disjunção “A ∨ B”
corresponderá à união do conjunto A com o conjunto B.

Openbook Apostilas 15
Diagramas Lógicos da Bicondicional Representações Gráficas

Se as proposições A e B forem representadas como Deve‑se ao matemático suíço Leonhard Euler (1707-
conjuntos através de um diagrama, a  proposição bicondi‑ 1783) a ideia de representar as proposições categóricas por
cional “A se e somente se B” corresponderá à igualdade meio de diagramas que, por isto, são denominados diagra‑
dos conjuntos A e B. mas de Euler ou diagramas lógicos.
Nas representações gráficas das proposições categóricas
considere o significado dos seguintes sinais que aparecerão
em certas regiões dos conjuntos citados:

Sinal Significado
x Esta região tem pelo menos um elemento.
? Esta região pode ter elementos ou não.

Todo A é B.

Algum A é B.

Proposições Categóricas
Na lógica clássica (também chamada lógica aristotélica)
o estudo da dedução era desenvolvido usando‑se apenas
quatro tipos especiais de proposições, denominadas pro‑
posições categóricas.
As proposições categóricas podem ser universais ou
particulares, cada uma destas podendo ser afirmativa ou
negativa. Temos, portanto, quatro proposições categóricas
possíveis. Nenhum A é B.
As quatro proposições categóricas possíveis, em suas
formas típicas, são apresentadas no quadro seguinte:

Afirmativas Negativas
Universais Todo A é B. Nenhum A é B.
Particulares Algum A é B. Algum A não é B.

Sujeito e Predicado de uma Proposição Categórica

Dada uma proposição categórica em sua forma típica Algum A não é B.


chamamos de:
– sujeito o elemento da sentença relacionado ao quan‑
tificador da proposição;
– predicado o elemento que se segue ao verbo.

Exemplos:
Raciocínio Lógico

Proposições
Sujeito Predicado
Categóricas
Todo atleta nato é um ven‑ atleta nato um vencedor
cedor Neste último caso é importante lembrar que o conjunto
B não poderá resultar totalmente vazio. Isto se deve em
Nenhum ser vivo é imortal ser vivo imortal
obediência a um dos princípios da lógica das proposições
Algum quadro é obra de arte quadro obra de arte categóricas que estabelece que “toda classe tem que possuir
Algum político não é honesto político honesto pelo menos um elemento”.

16 Openbook Apostilas
Quantificação

A quantificação é uma forma de estabelecer uma relação


entre sujeito e predicado de uma proposição.
Quando dizemos “Todo atleta é um batalhador”, es‑
tamos fazendo referência a dois conjuntos  – o conjunto
daqueles que são atletas e o conjunto daqueles que são ba‑
talhadores. Assim, o sentido da sentença é que “todo aquele
que pertença ao conjunto dos atletas, também pertence ao
conjunto dos batalhadores”.
Na teoria dos conjuntos, os elementos de um conjunto
é que são quantificados para que se possa estabelecer sua
relação de pertinência com um outro conjunto.
1. Contraditórias – Uma proposição categórica qualquer
Representação Simbólica e sua negação lógica são ditas contraditórias.

Os quantificadores são representados por símbolos es‑ “Todo A é B” e “Algum A não é B” são contraditórias.
peciais e sua leitura é feita de modo ligeiramente diferente
daquela como usamos nas proposições categóricas. “Nenhum A é B” e “Algum A é B” são contraditórias.

Duas proposições contraditórias não podem ser am‑


Quantificador Símbolo Significado bas verdadeiras nem ambas falsas, tendo sempre valores
Todo, lógicos opostos.
Universal ∀ Para todo ou
– Se soubermos que uma proposição qualquer é ver‑
Qualquer que seja
dadeira, poderemos garantir que a sua contraditória
Particular ∃ Existe algum será falsa.
– Se soubermos que uma proposição qualquer é falsa,
Particular negativo Não existe poderemos garantir que a sua contraditória será
∃/ verdadeira.
Particular exclusivo ∃I Existe um único
2. Contrárias – Uma afirmativa universal e a correspon‑
dente negativa universal são ditas contrárias.
Exemplos:
“Todo A é B” e “Nenhum A é B” são contrárias.
Universal afirmativa:
Todo A é B. Duas sentenças contrárias nunca são ambas verdadei‑
∀x, x∈A → x∈B ras, mas podem ser ambas falsas.
(para todo x, se x∈A então x∈B)
– Se soubermos que uma universal qualquer é verda‑
Universal negativa: deira poderemos garantir que a sua contrária é falsa.
Nenhum A é B. – Por outro lado se soubermos que uma universal
∀x, x∈A → x∉B qualquer é falsa não poderemos garantir que a sua
(para todo x, se x∈A então x∉B) contrária seja falsa também.
Particular afirmativa: 3. Subcontrárias – Uma afirmativa particular e a cor‑
Algum A é B. respondente negativa particular são ditas subcontrárias.
∃x, x∈A ∧ x∈B
(existe algum x tal que x∈A e x∈B) “Algum A é B” e “Algum A não é B” são subcontrárias.

Particular negativa: Duas sentenças subcontrárias nunca são ambas falsas,


Nenhum A é B. mas podem ser ambas verdadeiras.
∃/ x, x∈A ∧ x∈B
(não existe x tal que x∈A e x∈B) – Se soubermos que uma proposição particular é falsa,
poderemos garantir que a sua subcontrária é verda‑
Relações Quantificacionais deira.
– Por outro lado, se soubermos que uma proposição
Duas proposições categóricas distintas, que tenham particular é verdadeira não poderemos garantir que
mesmo sujeito e mesmo predicado, ou não poderão ser sua subcontrária seja verdadeira também.
Raciocínio Lógico

ambas verdadeiras ou não poderão ser ambas falsas, ou as


duas coisas. 4. Subalternas  – Duas afirmativas ou duas negativas
Dizemos que estarão sempre em oposição. (sendo uma universal e sua particular correspondente) são
ditas subalternas.
São quatro os tipos de oposição.
“Todo A é B” e “Algum A é B” são subalternas.
Observe o quadro a seguir que é conhecido como qua‑
dro de oposições. “Nenhum A é B” e “Algum A não é B” são subalternas.

Openbook Apostilas 17
– Se soubermos que uma proposição universal é verda‑ premissa = hipótese
deira então poderemos garantir que sua subalterna conclusão = tese
particular também será verdadeira. A recíproca (da
particular para a universal) não pode ser garantida. Silogismo
– Se soubermos que uma proposição particular
é falsa então poderemos garantir que sua subalterna Um argumento formado por exatamente três proposi‑
universal será falsa também. A recíproca (da univer‑ ções, sendo duas como premissas e a outra como conclusão,
sal para a particular) não pode ser garantida. é denominado silogismo.
{ P1, P2 } ⇢ C
Existe uma forma simples de resumirmos o comporta‑ Assim, são exemplos de silogismos os seguintes argu‑
mento de duas proposições subalternas. mentos:
1º  – Monte uma sentença condicional colocando as
proposições subalternas na seguinte ordem: I. P1: Todos os artistas são apaixonados.
P2: Todos os apaixonados gostam de flores.
Se (Universal) então (Particular) C : Todos os artistas gostam de flores.

2º – Marque o valor lógico (V ou F) junto da parte que II. P1: Todos os apaixonados gostam de flores.
contém a proposição cujo valor lógico é conhecido. P2: Míriam gosta de flores.
C : Míriam é uma apaixonada.
3º  – Deduzimos quais valores lógicos poderão ter a
subalterna restante de modo que a sentença condicional Silogismos Categóricos
seja verdadeira. Um silogismo é denominado categórico quando:
1o É composto por três proposições categóricas;
Exemplos: 2 o  As três proposições categóricas devem conter,
1. Sabemos que a proposição universal é verdadeira. ao todo, três únicos termos;
3o Cada um dos termos deve ocorrer em exatamente
Se (universal) então (particular) duas das três proposições que compõem o silogismo.
V → V Exemplo:
No silogismo:
Portanto, a proposição particular também é verdadeira. P1: Todo bom atleta é persistente.
P2: Hudson é um bom atleta.
2. Sabemos que a proposição universal é falsa. C: Hudson é persistente.

Se (universal) então (particular) Os três termos são:


F → V ou F bom atleta – que ocorre nas duas premissas, P1 e P2;
persistente  – que ocorre na primeira premissa e na
Portanto, a proposição particular pode ser verdadeira conclusão;
ou falsa. Hudson – que ocorre na segunda premissa e na conclusão.

3. Sabemos que a proposição particular é verdadeira. Termos de um Silogismo


Cada um dos termos que ocorrem num silogismo cate‑
górico tem um nome especial:
Se (universal) então (particular) • Termo médio (M): é aquele que ocorre nas duas
V ou F ← V premissas.
• Termo maior (T): é o termo que ocorre como predi‑
Portanto, a proposição universal pode ser verdadeira cado da conclusão.
ou falsa. • Termo menor (t): é o termo que ocorre como sujeito
da conclusão.
4. Sabemos que a proposição particular é falsa.
Forma Típica de um Silogismo Categórico
Se (universal) então (particular)
Um silogismo categórico é dito de forma típica quando
F ← F
satisfaz às três seguintes condições:
1o As três proposições categóricas que o integram estão
Portanto, a proposição universal também é falsa. em suas formas típicas;
2o A primeira premissa (premissa maior) tem o predi‑
Argumento cado da conclusão (termo maior) como um de seus termos;
3o A segunda premissa (premissa menor) tem o sujeito
Raciocínio Lógico

Denomina‑se argumento a relação que associa um da conclusão (termo menor) como um de seus termos.
conjunto de proposições P1, P2, ... Pn, chamadas premissas
do argumento, a  uma proposição C a qual chamamos de Exemplo:
conclusão do argumento. Observe o silogismo categórico seguinte:
{P1, P2, ... Pn} ⇢ C
No lugar dos termos “premissa” e “conclusão” podem P1: Todo artista é brincalhão.
ser empregados os termos correspondentes “hipótese” e P2: Todo brincalhão é cortês.
“tese”, respectivamente. C: Todo artista é cortês.

18 Openbook Apostilas
Este silogismo não está na forma típica, pois o seu 1 AAA
termo maior (cortês) está presente na segunda premissa e 2 AAE
não na primeira. 3 AAI
Para colocá‑lo na forma típica, no entanto, basta permu‑ 4 AAO
tarmos a premissas entre si. Assim teremos: 5 AEA
6 AEE
P1: Todo brincalhão é cortês. 7 AEI
P2: Todo artista é brincalhão. : :
C: Todo artista é cortês. : :
: :
Figura 64 OOO
Num silogismo categórico, na forma típica a posição do
termo médio em cada uma das duas premissas varia de um Forma
silogismo para outro havendo quatro situações possíveis. Como podemos observar dos conceitos que estudamos
Cada uma dessas quatro situações corresponde a uma de figura e de modo, um silogismo não é completamente
figura, conforme segue: caracterizado somente por sua figura nem somente por seu
Primeira Figura – O termo médio ocorre “nos extremos”, modo.
ou seja, o  termo médio ocorre como sujeito da primeira Ou seja, podemos ter dois silogismos categóricos de mo‑
premissa e como predicado da segunda premissa. dos diferentes mas de mesma figura, assim como podemos
Segunda Figura – O termo médio ocorre como predica‑ ter dois silogismos categóricos de figuras diferentes mas de
do nas duas premissas. mesmo modo.
Para caracterizarmos completamente um silogismo
Terceira Figura – O termo médio ocorre como sujeito
categórico, devemos identificar, conjuntamente, tanto seu
nas duas premissas.
modo quanto sua figura.
Quarta Figura  – O termo médio ocorre “nos meios”, Ao definirmos tanto o modo quanto a figura de um
ou seja, o termo médio ocorre como predicado da primeira silogismo, estamos identificando a sua forma.
premissa e como sujeito da segunda premissa. É, portanto
o inverso da primeira figura. ( modo ) + ( figura ) = ( forma )

Modo Exemplo:
O modo de um silogismo de forma típica é determina‑ Considere o seguinte silogismo categórico:
do pelos tipos de proposições categóricas usados em sua
“Todo elemento perigoso é potencialmente nocivo à
construção.
sociedade;
Cada modo é representado por três vogais, cada uma Todo motorista desatento é um elemento perigoso;
delas indicando uma proposição categórica de modo que: Logo, todo motorista desatento é potencialmente nocivo
– A primeira vogal indica o tipo da proposição categó‑ à sociedade”
rica da premissa maior;
– A segunda vogal indica o tipo da proposição categó‑ é um silogismo da forma AAA-1 (modo AAA – primeira figura)
rica da premissa menor;
– A terceira vogal indica o tipo da proposição categórica Número de Formas Possíveis de Silogismos
da conclusão. Cada um dos 64 modos possíveis de um silogismo pode
ocorrer em qualquer uma das 4 figuras.
As vogais representativas das proposições categóricas Portanto temos
são:
A: Universal Afirmativa – Todo X é Y. 64×4 = 256
E: Universal Negativa – Nenhum X é Y.
Este é o total de formas diferentes possíveis para os
I : Particular Afirmativa – Algum X é Y. silogismos.
O: Particular Negativa – Algum X não é Y. De todos os 256 silogismos categóricos possíveis, so‑
mente uma pequena parte constitui argumentos válidos,
Exemplo: conceito este que passaremos a estudar a seguir.
O silogismo
“Todos os cantores são pessoas vaidosas; Argumento Válido
Algumas pessoas vaidosas são chatas.
Logo, alguns cantores são pessoas chatas.” Dizemos que um argumento é válido ou ainda que ele é
legítimo ou bem construído quando a sua conclusão é uma
É um silogismo do modo AII pois a primeira premissa é consequência obrigatória do seu conjunto de premissas.
Posto de outra forma:
Raciocínio Lógico

do tipo A (universal afirmativa) enquanto a segunda premissa


é do tipo I (particular afirmativa) e a conclusão é do tipo I
(particular afirmativa). Um argumento é válido quando, ao assumirmos as pre‑
Além disso, podemos dizer também que este silogismo missas do argumento como verdadeiras, a  verdade da
conclusão fica logicamente estabelecida.
é da quarta figura, pois o termo médio ocorre nos “meios”
das duas premissas. Isto significa que, num argumento válido, jamais pode‑
Se enumerarmos todos os modos possíveis para um remos ter uma conclusão falsa quando as premissas forem
silogismo, verificaremos que eles são, ao todo, 64. verdadeiras.

Openbook Apostilas 19
É importante observar que o estudo dos argumentos Na tabela abaixo podemos ver um resumo das situações
ocupa‑se tão somente da validade destes e não leva em possíveis para um argumento:
conta se as proposições que o compõem são realmente
verdadeiras ou não. Se um argumento e as premissas... então a conclusão
Deste modo, ao se discutir a validade de um argumento é... será:
é irrelevante saber se as premissas são realmente verda‑
são todas verda‑ n e ce s s a r i a m e nte
deiras ou não.
Válido deiras Verdadeira.
Tudo que precisamos fazer é assumir que as premissas
sejam todas verdadeiras e verificar se isto obriga ou não a (bem construído) não são todas ver‑ ou Verdadeira ou
conclusão a ser também verdadeira. dadeiras Falsa.

Exemplo: Se um argumento e as premissas... então a conclusão


Considere o silogismo: é... será:
“Todos os pardais adoram jogar xadrez. Independente‑
Nenhum enxadrista gosta de óperas. Inválido mente de serem ou Verdadeira ou
Portanto, nenhum pardal gosta de óperas.” (mal construído) ou não todas ver‑ Falsa.
dadeiras
Este silogismo está perfeitamente bem construído (veja
Noções sobre Cálculo de Predicados de 1a Ordem
o diagrama abaixo), sendo, portanto, um argumento válido
muito embora a verdade das premissas seja questionável.
Não existe um meio efetivo de testar a validade de
todos os argumentos possíveis. Daí surge o interesse no
desenvolvimento de um método que permita a dedução
da conclusão de um argumento qualquer, ou seja, o cálculo
axiomático de predicados.
Este assunto é vasto e uma abordagem completa exigiria,
primeiramente, que se fundamentasse axiomaticamente o
cálculo proposicional.
Faremos a seguir um breve resumo do assunto.
Op = Conjunto dos que gostam de Óperas
X = Conjunto dos que adoram jogar xadrez Sentenças Abertas
P = Conjunto dos pardais
Pelo diagrama pode‑se perceber que nenhum elemento o Considere uma expressão p(x) capaz de ser lida como
conjunto P (pardais) pode pertencer ao conjunto Op (os que uma proposição para cada valor atribuído a x num dado
gostam de Óperas). conjunto U não vazio, ou seja, p(x) ou é verdadeira ou é falsa
para todo x pertencente a U.
Argumento Inválido Nessas condições dizemos que p(x) é uma sentença
aberta em U.
Dizemos que um argumento é inválido, também de‑ Se p(x) é uma sentença aberta no conjunto U então
nominado ilegítimo, mal construído ou falacioso, quando esse conjunto é chamado conjunto-universo de discussão
a verdade das premissas não é suficiente para garantir a da sentença enquanto x é chamado variável de discussão
verdade da conclusão. da sentença.
Exemplo:
O silogismo: Exemplos:

“Todos os alunos do curso, passaram. Sentença aberta p(x) Universo Valor de p(2)
Maria não é aluna do curso.
Portanto, Maria não passou.” x>3 Z Falso
2x+1 = 5 Z Verdadeiro
é um argumento inválido, falacioso, mal construído, 3x=10 Z Falso
pois as premissas não garantem (não obrigam) a verdade
da conclusão (veja o diagrama abaixo). Quando p(u) for verdadeira para algum u ∈ U dizemos
que esse u confirma p(x) ou ainda que u é uma solução de
p(x).
É preciso ficar bem claro que as sentenças abertas não
são verdadeiras nem são falsas. Ao substituirmos as variáveis
das sentenças abertas por valores específicos as sentenças
tornam-se proposições. Estas sim é que são ou verdadeiras
ou falsas. Por esse motivo é que as sentenças abertas tam‑
Raciocínio Lógico

bém são chamadas de funções proposicionais.


P = Conjunto das pessoas que passaram.
C = Conjunto dos alunos do curso. Conjunto-Verdade
m = Maria.
Pelo diagrama vê‑se que Maria pode ter passado mesmo Chama-se conjunto-verdade de p(x) em U, ou conjunto‑
sem ser aluna do curso. -solução de p(x) em U, ao  conjunto que reúne todos os
(a primeira premissa não afirmou que somente os alunos do elementos de U que sejam solução de p(x), ou seja, para os
curso haviam passado). quais p(x) é verdadeira.

20 Openbook Apostilas
O conjunto-verdade é representado costumeiramente P3. O conjunto-verdade da conjunção p(x) ∧ q(x) é a
por V ou por S. interseção dos seus conjuntos-verdade.

V = {u ∈ U| p(u) é verdadeira}. Vp∧q = Vp ∩ Vq

Exemplos: P4. O conjunto-verdade da condicional p(x) → q(x) é a


união dos conjuntos-verdade de ~p(x) e de q(x).
Sentença aberta Universo Conjunto-Verdade
x>3 Z V={4, 5, 6, 7, 8, ...} Vp→q = V~p ∪ Vq
2x+1 = 5 Z V={2}
P5. O  conjunto-verdade da bicondicional p(x) ↔ q(x)
3x=10 Q V={10/3}
é a interseção dos conjuntos-verdade de ~p(x) e de ~q(x).
3x=10 Z V=∅
Vp↔q = V~p ∩ V~q
Sentenças com duas ou mais Variáveis

Uma sentença aberta pode ter duas ou mais variáveis. Quantificação


p(x, y) sentença aberta nas variáveis, x e y. Existem duas maneiras de se transformar uma sentença
p(x, y, z) sentença aberta nas variáveis, x, y e z. aberta em uma proposição. Uma delas é atribuindo valores
p(x, y, z, w) sentença aberta nas variáveis, x, y, z e w. a suas variáveis. A outra é fazer uso da quantificação.
As quantificações estabelecem relações de inclusão ou
No conjunto-verdade de uma sentença aberta com duas exclusão entre sujeito e predicado em certas sentenças que
ou mais variáveis os elementos serão representados por funcionarão como proposições.
pares ordenados ou por seus análogos para mais variáveis. O quadro seguinte resume as quatro proposições quan‑
tificacionais fundamentais:
Exemplos:

– O conjunto-verdade da sentença aberta xy = 5 em Z Afirmativa Negativa


será: Universal Todo A é B. Nenhum A é B.
V={(1;5), (5;1), (−1; −5), (−5; −1)} Particular Algum A é B. Algum A não é B.

– O conjunto-verdade da sentença aberta 0 < (x+y+z) <


4 em N será: Símbolos Quantificacionais

V={(1; 1; 2), (1; 2; 1), (2; 1; 1)} Quando dizemos “Todo atleta é um batalhador.” estamos
fazendo referência a dois conjuntos – o conjunto daqueles
Operações lógicas sobre sentenças abertas que são atletas e o conjunto daqueles que são batalhadores.
Assim, o sentido da sentença é que “todo aquele que per‑
As operações lógicas proposicionais podem ser associa‑ tença ao conjunto dos atletas, também pertence ao conjunto
das às sentenças abertas criando outras sentenças abertas. dos batalhadores”.
Assim, se p(x) e q(x) forem duas sentenças abertas quais‑ Na teoria dos conjuntos os elementos de um conjunto
quer, serão também sentenças abertas: é que são quantificados para que se possa estabelecer sua
relação de pertinência com outro conjunto.
~p(x) Os quantificadores são representados por símbolos espe‑
~q(x) ciais e sua leitura é usualmente feita de modo ligeiramente
p(x) ∧ q(x) diferente daquela como usamos nas proposições categóricas.
p(x) ∨ q(x)
p(x) → q(x)
Quantificador Símbolo Significado
p(x) ↔ q(x)
etc. Universal ∀ Todo,
Para todo
Propriedades ou
Qualquer que seja
Se p(x) e q(x) são sentenças abertas discutidas no uni‑
Particular ∃ Existe algum
verso U e Vp representa o conjunto-verdade de p(x), então
valem as seguintes propriedades: Particular negativo ∃/ Não existe

P1. O conjunto-verdade da negação ~p(x) é o comple‑ Particular exclusivo ∃I Existe um único


Raciocínio Lógico

mento do conjunto verdade de p(x).


Exemplos
V~p = U − Vp
Universal afirmativa:
P2. O conjunto-verdade da disjunção p(x) ∨ q(x) é a
união dos seus conjuntos-verdade. Todo A é B.
∀x, x∈A → x∈B
Vp∨q = Vp ∪ Vq (para todo x, se x∈A então x∈B)

Openbook Apostilas 21
Universal negativa: 8. silogismo disjuntivo
A ∨ B , ~A ∴ B
Nenhum A é B. A ∨ B , ~B ∴ A
∀x, x∈A → x∉B
(para todo x, se x∈A então x∉B) 9. dilema construtivo
(A→B) ∧ (C→D), A ∨ C ∴ B ∨ D
Particular afirmativa:
10. dilema destrutivo
Algum A é B. (A→B) ∧ (C→D), ~B ∨ ~D ∴ A ∨ C
∃x, x∈A ∧ x∈B
(existe algum x tal que x∈A e x∈B) Teoremas
Particular negativa: T1- (A ∨ B) , B→C ∴ (A ∨ C)
Nenhum A é B. T2- A→B ∴ ∼B→ ∼A
∃/ x, x∈A ∧ x∈B Rec- ∼B→ ∼A ∴ A→B
(não existe x tal que x∈A e x∈B)
T3- A→B , (∼A→B) ∴ B
Particular exclusiva:
T4- (A ∧ B) → C ∴ A → (B→C)
Só existe um número real que satisfaz a igualdade x+2 = 6 Rec- A → (B→C) ∴ (A ∧ B) → C
∃I x, x ∈ ℝ, x+2 = 6
(existe um único x tal que x∈ ℝ e x+2 = 6) T5- (A ∧ ∼B) → (C ∧ ∼C) ∴ A→B ( princ. da não con‑
tradição)
Variáveis Livres
T6- A → (B ∨ C) , ∼B ∴ A→C
Dizemos que uma variável é livre em uma dada sentença
se ela não está ligada a algum quantificador.
Proposições Dependentes
Exemplos
Sejam P1 e P2 duas proposições quaisquer. Dizemos que
x ≤ 3 (x é variável livre) P2 é dependente de P1 se, e somente se, o valor lógico de P2
depende do valor lógico dado a P1.
∃x (x ≠ w) (x não é variável livre mas w é) Ou seja, pelo menos uma das seguintes situações deve
ocorrer:
∀x (∃y (x ≥ y) ) (nem x nem y é livre) P1 Verdadeira obriga P2 Verdadeira
ou
Regras de Inferência P1 Verdadeira obriga P2 Falsa
ou
Nas regras apresentadas abaixo: P1 Falsa obriga P2 Verdadeira
– uma vírgula separa duas premissas; ou
– o sinal ∴ lê‑se portanto e separa as premissas da P1 Falsa obriga P2 Falsa
conclusão;
– as premissas estão sempre à esquerda do sinal ∴; Dependência entre Proposições
– a conclusão está sempre à direita do sinal ∴; Quanto à dependência entre duas proposições dadas,
– Rec. significa teorema recíproco do apresentado na P1 e P2, podem ocorrer somente duas situa­ções distintas:
linha anterior. 1ª Nenhuma das duas proposições tem seu o valor lógico
dependente do valor lógico da outra. Neste caso dizemos
1. modus ponens que não existe dependência ou ainda que as proposições
A , A→B ∴ B consideradas são independentes.
2ª  Cada uma das proposições tem seu o valor lógico
2. modus tollens dependente do valor lógico da outra. Neste caso dizemos
A→B , ~B ∴ ~A que existe dependência ou ainda que as proposições consi‑
deradas são dependentes.
3. dupla negação
~(~B) ∴ B Exemplos: Considere as seguintes proposições:
A: Ana é alta;
4. introdução da conjunção
B: Beto é baixo;
A, B ∴ A ∧ B
C: Ana não é alta;
5. eliminação da conjunção D: Se Ana é Alta então Beto é baixo.
Raciocínio Lógico

A∧B∴A
A∧B∴B As proposições A e B são independentes, pois, em prin‑
cípio, pode‑se ter qualquer uma delas verdadeira ou falsa in‑
6. adição dependentemente do valor lógico que seja atribuído à outra.
A, B ∴ A ∨ B As proposições A e C são dependentes. De fato uma
vez que se tenha atribuído algum valor lógico a uma delas,
7. silogismo hipotético a  outra, necessariamente ficará obrigada ao valor lógico
A→B , B→C ∴ A→C oposto, dado que C é a negação de A.

22 Openbook Apostilas
As proposições A e D também são dependentes. Isto II)
pode ser constatado observando que ao colocarmos qual‑
quer uma das duas com Falsa a outra, obrigatoriamente,
será Verdadeira.

Número de Linhas de uma Tabela‑Verdade

Se uma tabela‑verdade tem como componentes as


proposições P1, P2, ..., Pn, duas a duas independentes, então
o número de linhas desta tabela‑verdade será igual a: III e IV)
n
Ln = 2
Exemplo: Sejam P1, P2 e P3, três proposições inde‑
pendentes entre si, então a tabela verdade da proposição
composta “(P1 e P2) ou não‑P3” terá 23 = 8 linhas, como se
pode ver abaixo:

P1 P2 P3 (P1 e P2) não‑P3 (P1 e P2) ou não‑P3 V)


1 V V V V F V
2 V V F V V V
3 V F V F F F
4 V F F F V V
5 F V V F F F
6 F V F F V V
7 F F V F F F
3. Dê uma negação para cada uma das proposições abaixo.
8 F F F F V V
a) O tempo será frio e chuvoso.
b) Ela estudou muito ou teve sorte na prova.
Exercícios Resolvidos c) Maria não é morena ou Regina é baixa.
d) Se o tempo está chuvoso então está frio.
1. Todos os bons estudantes são pessoas tenazes. Assim
e) Todos os corvos são negros.
sendo:
f) Nenhum triângulo é retângulo.
a) Alguma pessoa tenaz não é um bom estudante.
b) O conjunto dos bons estudantes contém o conjunto g) Alguns sapos são bonitos.
das pessoas tenazes. h) Algumas vidas não são importantes.
c) Toda pessoa tenaz é um bom estudante.
d) Nenhuma pessoa tenaz é um bom estudante. Solução:
e) O conjunto das pessoas tenazes contém o conjunto a) O tempo não será frio ou não será chuvoso.
dos bons estudantes. b) Ela não estudou muito e não teve sorte na prova.
c) Maria é morena e Regina não é baixa.
Solução: d) O tempo está chuvoso e não está frio.
Alternativa: e e) Algum corvo não é negro.
Dizer que “todos os bons estudantes são pessoas f) Algum triângulo é retângulo.
tenazes” equivale a dizer que dentro do conjunto que g) Nenhum sapo é bonito.
reúne todas as pessoas tenazes acharemos todos os h) Todas as vidas são importantes.
bons estudantes. Assim sendo, podemos dizer que o
conjunto das pessoas tenazes contém o conjunto dos 4. Todo baiano gosta de “axé music”. Sendo assim:
bons estudantes. Isto poderia ser visualizado com um a) Todo aquele que gosta de “axé music” é baiano.
diagrama de conjuntos (diagrama de Euler‑Venn). b) Todo aquele que não é baiano não gosta de “axé
music”.
2. Represente com diagramas de conjuntos: c) Todo aquele não gosta de “axé music” não é baiano.
I) Algum A é B. d) Algum baiano não gosta de “axé music”.
II) Algum A não é B. e) Alguém que não goste de “axé music” é baiano.
III) Todo A é B.
IV) Se A, então B. Solução:
V) Nenhum A é B. Alternativa: c
Assumindo que “todo baiano gosta de ‘axé music’”
Solução: podemos dizer que o conjunto dos baianos (conjunto
Raciocínio Lógico

I) B) encontra‑se completamente dentro do conjunto


dos que gostam de ‘axé music’ (conjunto A). Qualquer
um que esteja fora do conjunto A não poderá estar no
conjunto B pois B está dentro de A. Mas todos os que
não gostam de ‘axé music’ estão fora do conjunto A.
Logo todos os que não gostam de ‘axé music’ estão fora
do conjunto B. Ou seja: todo aquele que não gosta de
‘axé music’ não é baiano.

Openbook Apostilas 23
5. Se Ana é altruísta então Bruna é benevolente. Se Bruna é simplesmente que A é suficiente para B. Por outro lado,
benevolente então Cláudia é conservadora. Sabe‑se que sabemos que a não ocorrência de B implica a não ocor‑
Cláudia não é conservadora. Nestas condições pode‑se rência de A, ou seja: sem a ocorrência de B certamente
concluir que: A também não ocorreria. Por este motivo dizemos que
a) Ana não é benevolente. B é uma condição necessária para a ocorrência de A, ou
b) Bruna não é altruísta. simplesmente que B é necessária para A. No contexto
c) Ana não é conservadora. da questão: Chuva é condição suficiente para frio. Frio
d) Cláudia não é altruísta. é condição necessária para chuva.
e) Ana não é altruísta.
8. Numa competição de enigmas, três espertas participan‑
Solução: tes de uma das equipes propõem um desafio dizendo o
Alternativa: e seguinte:
Esta questão faz uso de uma estrutura bem conhecida Míriam: A Ana Flávia mente.
na Lógica: a cadeia de proposições condicionais  – A Ana Flávia: A Anna Laryssa é que mente.
implica B que implica C ..... Por outro lado, toda vez Anna Laryssa: A Míriam e a Ana Flávia é que mentem.
que uma proposição condicional como ‘Se A então B’ O desafio consiste em descobrir, de acordo com as
for verdadeira será verdadeira também ‘Se não‑B então afirmações feitas, quem está mentindo e quem está
não‑A’(repare a ordem!), onde não‑B e não‑A são as dizendo a verdade. Nestas condições, marque a alter‑
negações das proposições B e A, respectivamente. Deste nativa correta:
modo, quando sabemos que ‘Se A então B’ e sabemos a) A única mentirosa é Míriam.
que B não ocorre, podemos concluir que A também não b) A única mentirosa é Ana Flávia.
ocorre. Neste problema podemos representar a cadeia c) Míriam e Anna Laryssa mentem.
de proposições condicionais dada como A implica B d) Ana Flávia e Míriam mentem.
que implica C que implica D. Como temos a negação e) Anna Laryssa e Ana Flávia mentem.
de D, teremos também não‑C, não‑B e não‑A consecu‑
tivamente. Ou seja: Cláudia não é conservadora, Bruna Solução:
não é benevolente e Ana não é altruísta. As  demais Alternativa: c
opções não podem ser aceitas como conclusões pois Míriam diz: “A Ana Flávia mente”. Suponha que o que
não há dados suficientes no enunciado para decidir se Míriam diz seja verdade. Então Ana Flávia é mesmo
são verdadeiras ou se são falsas. mentirosa. Sendo a Ana Flávia mentirosa, o que ela diz
é mentira e, portanto, a Anna Laryssa diz a verdade. Por
6. Todo atleta é bondoso. Nenhum celta é bondoso. Daí sua vez, se Anna Laryssa diz a verdade, então Míriam
pode‑se concluir que: deve ser mentirosa. Ora, isto contradiz a suposição inicial
a) Algum atleta é celta. de que Míriam diz a verdade. Logo, não é possível que
b) Nenhum atleta é celta. Míriam tenha dito a verdade. Então Míriam mente e,
c) Nenhum atleta é bondoso. se Míriam mente, Ana Flávia diz a verdade e, portanto,
d) Alguém que seja bondoso é celta. Anna Laryssa mente.
e) Ninguém que seja bondoso é atleta.
9. Um antiquário acordou assustado quando o alarme ins‑
Solução: talado em sua casa acusou, às 2 horas da madrugada,
Alternativa: b que sua loja estava sendo invadida. Chamou a polícia
Sejam A = o conjunto dos atletas, B o conjunto das por telefone e saiu correndo para a loja que ficava
pessoas bondosas e C o conjunto dos celtas. De acordo apenas a uma quadra de sua residência. Tudo o que
com o enunciado, o conjunto A esta totalmente dentro o pobre antiquário conseguiu ver foi um carro saindo
de B pois ‘todo atleta é bondoso’. O  conjunto C está em disparada, mas não conseguiu ver quem estava no
completamente fora de B pois ‘nenhum celta é bondoso’. carro e nem mesmo soube dizer quantos eram os seus
Sendo assim os conjunto A e C não podem ter qualquer ocupantes. Após investigar o caso, o detetive Berloque
elemento em comum, pois o primeiro está dentro de B Gomes conseguiu apurar os seguintes fatos:
e o segundo, fora. Ou seja: nenhum atleta é celta. – O carro visto pelo antiquário foi realmente o carro
usado para a fuga;
7. Se chove então faz frio. Assim sendo: – Ninguém mais, exceto três conhecidos delinquentes,
a) Chover é condição necessária para fazer frio. Ário, Bário e Cário, poderiam estar envolvidos no
b) Fazer frio é condição suficiente para chover. assalto;
c) Chover é condição necessária e suficiente para fazer – Cário nunca pratica um assalto sem usar, pelo menos,
frio. Ário como cúmplice;
d) Chover é condição suficiente para fazer frio. – Bário não sabe dirigir.
e) Fazer frio é condição necessária e suficiente para
chover. Admitindo que os fatos apurados por Berloque Gomes
sejam verdadeiros, pode‑se concluir logicamente que:
Raciocínio Lógico

Solução: a) Bário é necessariamente inocente.


Alternativa: d b) Cário é necessariamente inocente.
Esta questão faz referência aos conceitos de necessi‑ c) Ário é necessariamente inocente.
dade e de suficiência e às relações destes conceitos d) Cário é necessariamente culpado.
com as proposições condicionais. Como já vimos, numa e) Ário é necessariamente culpado.
proposição condicional ‘Se A então B’ a ocorrência de A
implica (garante) a ocorrência de B. Então dizemos que Solução:
A é uma condição suficiente para a ocorrência de B, ou Alternativa: e

24 Openbook Apostilas
Existem somente três hipóteses razoáveis: Solução:
1. Ário cometeu o crime sozinho. Alternativa: b
2. Cário é culpado – Neste caso Ário também é culpado. – Se aquela que usava o vestido azul fosse Alba, ela teria
3. Bário é culpado  – Neste caso, alguém o ajudou a mentido ao dizer “Alba está de branco” mas sabemos
que Alba diz a verdade. Logo Alba não pode estar de
dirigir o carro da fuga (pois ele não sabe dirigir). Se
azul.
o motorista foi Cário, então Ário também é culpado – Alba também não pode estar de branco pois aquela
(pois Cário nunca pratica um roubo sem Ário). Se o que estava de branco disse “Eu sou Bianca” e sabe‑se
motorista foi Ário, não se pode provar nada sobre que Alba não poderia mentir dizendo ser Bianca.
Cário, mas Ário já está novamente implicado. – Ora, se Alba não está de azul e também não está de
Como se pode notar, em qualquer das três hipóteses branco, então Alba só pode estar usando o vestido
Ário está necessariamente envolvido. carmim.
Então concluímos que a afirmação de Alba (que estava de
10. Considere as afirmativas seguintes: carmim) foi “Clara está de branco” e como sabemos que
Alba diz a verdade o vestido de Clara é mesmo o branco.
I – A bolinha amarela está depois da branca. Por exclusão, resta o vestido azul para Bianca e, de quebra,
II – A bolinha azul está antes da verde. ainda poderíamos concluir que Bianca também mentiu!
III – a bolinha que está imediatamente após a azul é Resumindo o que descobrimos, as cores dos vestidos
maior que a que está antes desta. de Alba, Bianca e Clara, nesta ordem são Carmim, Azul,
IV – A bolinha verde é a menor de todas. e Branco.

Com base nas quatro afirmativas anteriores, a ordem 12. (Esaf) Se Beto briga com Glória, então Glória vai ao
correta das quatro bolinhas é: cinema. Se Glória vai ao cinema, então Carla fica em
casa. Se Carla fica em casa, então Raul briga com Carla.
a) Branca, amarela, azul, verde.
Ora, Raul não briga com Carla. Logo,
b) Branca, azul, amarela, verde. a) Carla não fica em casa e Beto não briga com Glória.
c) Branca, azul, verde, amarela. b) Carla fica em casa e Glória vai ao cinema.
d) Azul, branca, amarela, verde. c) Carla não fica em casa e Glória vai ao cinema.
e) Azul, branca, verde, amarela. d) Glória vai ao cinema e Beto briga com Glória.
e) Glória não vai ao cinema e Beto briga com Glória.
Solução:
Alternativa: b Solução:
As afirmativas I e II estão satisfeitas em todas as alter‑ Alternativa: a
Se Beto brigasse com Glória, Glória iria ao cinema, Carla
nativas de resposta dadas. Assim, concentremos nossa ficaria em casa e Raul brigaria com Carla.
atenção nas afirmativas III e IV: Raul não brigou com Carla. Logo, Beto não briga com
– A afirmativa III indica a existência de ao menos uma Glória, Glória não vai ao cinema e Carla não fica em
bolinha ANTES e ao menos uma bolinha DEPOIS da Casa. A única alternativa concordante com estas con‑
bolinha azul. Portanto, a bolinha azul não pode ser clusões é a letra A: “Carla não fica em casa e Beto não
a primeira nem pode ser a última. Isto elimina as briga com Glória”.
alternativas de resposta D e E.
– Ainda na afirmativa III temos que a bolinha que está EXERCÍCIOS PROPOSTOS
imediatamente após a azul é MAIOR do que a bolinha
que está antes desta. Além disto, sabemos pela afir‑ Noções de Lógica
mativa IV que a bolinha verde é a MENOR DE TODAS.
Portanto a bolinha que está imediatamente após a 1. Sejam A e B duas proposições distintas quaisquer, então
pode‑se garantir que:
azul não pode ser a verde. Isto elimina as alternativas a) Sendo A verdadeira e B falsa a proposição composta
de resposta A e C. “A e B” será verdadeira.
Por exclusão, resta‑nos apenas a alternativa de resposta B. b) Sendo A falsa e B verdadeira a proposição composta
“A e B” será verdadeira.
11. Alba, Bianca e Clara foram a uma festa com vestidos de c) Sendo A falsa e B falsa a proposição composta “A e
cores diferentes, sendo um azul, um branco e um carmim, B” será verdadeira.
mas não necessariamente nesta ordem. Atraído pela d) Sendo A verdadeira e B verdadeira a proposição
beleza das três jovens, um rapaz aproximou‑se delas e composta “A e B” será falsa.
e) Sendo A verdadeira e B verdadeira a proposição
lhes perguntou quem era cada uma delas. A de azul res‑
composta “A e B” será verdadeira.
pondeu: “Alba está de branco.”. A que estava de branco
retrucou: “Eu sou Bianca!”. Então aquela que estava 2. Sejam A e B duas proposições distintas quaisquer, então
vestindo carmim disse: “Clara é que está de branco.”. pode‑se garantir que:
Perplexo, o rapaz pensou “Nossa, mas que confusão!”. a) Sendo A verdadeira e B falsa a proposição composta
Sabendo que Alba disse a verdade e que Clara mentiu, “A ou B” será falsa.
Raciocínio Lógico

deduza as cores dos vestidos de Alba, de Bianca e de b) Sendo A falsa e B verdadeira a proposição composta
Clara, nesta ordem: “A ou B” será falsa.
a) Carmim, branco e azul. c) Sendo A falsa e B falsa a proposição composta “A ou
B” será verdadeira.
b) Carmim, azul e branco. d) Sendo A verdadeira e B verdadeira a proposição
c) Azul, carmim, e branco. composta “A ou B” será verdadeira.
d) Azul, branco e carmim. e) Sendo A verdadeira e B verdadeira a proposição
e) Branco, azul e carmim. composta “A ou B” será falsa.

Openbook Apostilas 25
3. Considere a proposição composta X = “Se A então B”, 9. Se Ana é altruísta então Bruna é benevolente. Se Bruna
onde A (condição) e B (conclusão) são duas outras pro‑ é benevolente então Cláudia é conservadora. Sabe‑se
posições quaisquer, A ≠ B. Nestas condições, assinale a que Bruna não é benevolente. Nestas condições pode‑se
única correta: concluir que:
a) X será verdadeira somente se a condição for falsa, a) Ana é altruísta.
independentemente de a conclusão ser verdadeira b) Ana não é altruísta mas Cláudia é conservadora.
ou falsa. c) Ana não é altruísta e Cláudia não é conservadora.
b) X será falsa sempre que a conclusão for verdadeira, d) Cláudia não é conservadora.
independentemente de a condição ser verdadeira ou e) Ana não é altruísta.
falsa.
c) X será verdadeira somente se A e B tiverem valores 10. (Esaf) Ou Celso compra um carro, ou Ana vai à África, ou
lógicos iguais , ou seja, A e B ambas verdadeiras ou Rui vai a Roma. Se Ana vai à África, então Luís compra
então ambas falsas. um livro. Se Luís compra um livro, então Rui vai a Roma.
d) X será falsa somente quando a condição e a conclusão Ora, Rui não vai a Roma, logo:
tiverem valores lógicos opostos, ou seja, A verdadeira a) Celso compra um carro e Ana não vai à África
com B falsa ou A falsa com B verdadeira. b) Celso não compra um carro e Luís não compra o livro
e) X será falsa somente quando a conclusão for falsa. c) Ana não vai à África e Luís compra um livro
d) Ana vai à África ou Luís compra um livro
4. Uma proposição X é dita logicamente equivalente a uma e) Ana vai à África e Rui não vai a Roma
outra, Y, quando ocorrer que elas tenham sempre o
mesmo valor lógico, ou seja, sempre que uma das duas 11. (Esaf) Considere as afirmações:
é verdadeira a outra também é verdadeira e sempre que A – Se Patrícia é uma boa amiga, Vítor diz a verdade;
uma das duas é falsa a outra também é falsa. Com base B – Se Vítor diz a verdade, Helena não é uma boa amiga;
nesta definição assinale a única proposição abaixo que C – Se Helena não é uma boa amiga, Patrícia é uma boa
não é equivalente da proposição “Se A então B”: amiga.
a) Todo A é B.
b) A é condição suficiente para B. A análise do encadeamento lógico dessas três afirma‑
c) Se B então A. ções permite concluir que elas:
d) Se não‑B então não‑A. a) São equivalentes a dizer que Patrícia é uma boa amiga
e) B é condição necessária para A. b) Implicam necessariamente que Patrícia é uma boa
amiga
5. Entre as proposições abaixo assinale a única que não c) Implicam necessariamente que Vítor diz a verdade e
corresponde corretamente à negação da proposição “A que Helena não é uma boa amiga
e B”: d) São consistentes entre si, quer Patrícia seja uma boa
a) Não é verdade que A ou B. amiga, quer Patrícia não seja uma boa amiga
b) Não ocorre A ou não ocorre B. e) São inconsistentes entre si
c) Não ocorre A ou não ocorre B ou não ocorrem ambos.
d) É falso que tem‑se A e B. 12. Todo atleta é bondoso. Nenhum celta é bondoso. Daí
e) Não se tem A e B. pode‑se concluir que:
a) Algum atleta é celta.
6. Sabe‑se que a proposição “A ou B” é verdadeira. Assim b) Nenhum atleta é celta.
sendo: c) Nenhum atleta é bondoso.
a) Se soubermos também que a proposição A é verda‑ d) Alguém que seja bondoso é celta.
deira poderemos concluir que proposição B é falsa. e) Ninguém que seja bondoso é atleta.
b) Se soubermos também que a proposição A é falsa
poderemos concluir que proposição B é falsa. 13. (Esaf) Há três suspeitos de um crime: o cozinheiro,
c) Se soubermos também que a proposição A é falsa a  governanta e o mordomo. Sabe‑se que o crime foi
poderemos concluir que proposição B é verdadeira. efetivamente cometido por um ou por mais de um deles,
d) Se soubermos também que a proposição A é ver‑ já que podem ter agido individualmente ou não. Sabe‑se,
dadeira poderemos concluir que proposição B é ainda, que:
verdadeira. A – se o cozinheiro é inocente, então a governanta é
e) Se soubermos também que a proposição A tem um culpada;
valor lógico (verdadeira ou falsa) poderemos concluir B – ou o mordomo é culpado ou a governanta é culpada,
que proposição B tem o valor lógico oposto (falsa ou mas não os dois;
verdadeira). C – o mordomo não é inocente.

7. Se é verdade que “Nenhum A é B”, então é necessaria‑ Logo:


mente verdadeiro que: a) a governanta e o mordomo são os culpados.
a) Algum A não é B. b) o cozinheiro e o mordomo são os culpados.
b) Algum A é B. c) Somente a governanta é culpada.
c) Todo A é B. d) Somente o cozinheiro é inocente.
d) Algum B é A. e) Somente o mordomo é culpado.
Raciocínio Lógico

e) Todo B é A.
14. (Esaf) Três irmãs – Ana, Maria e Cláudia – foram a uma
8. Todo artista é um boêmio. Sendo assim: festa com vestidos de cores diferentes. Uma vestiu azul,
a) Todo boêmio é um artista. a outra branco e a terceira preto. Chegando à festa o
b) Todo aquele que não é artista não é boêmio. anfitrião perguntou quem era cada uma delas. A de azul
c) Todo aquele não é boêmio não é artista. respondeu: “Ana é a que está de branco.” A de branco
d) Algum artista não é boêmio. falou: “Eu sou Maria.” E a de preto disse: “Cláudia é
e) Alguém que não é boêmio é artista. quem está de branco.” Como o anfitrião sabia que Ana

26 Openbook Apostilas
sempre diz a verdade, que Maria às vezes diz a verdade a) Anaís será professora e Anelise não será cantora
e que Cláudia nunca diz a verdade, ele foi capaz de iden‑ b) Anaís não será professora e Ana não será atleta
tificar corretamente quem era cada pessoa. As cores dos c) Anelise não será cantora e Ana será atleta
vestidos de Ana, Maria e Cláudia eram, respectivamente: d) Anelise será cantora ou Ana será atleta
a) preto, branco, azul. e) Anelise será cantora e Anamélia não será pianista
b) preto, azul, branco.
c) azul, preto, branco. 20. (TFC/SFC/2000) Se é verdade que “Nenhum artista é
d) azul, branco, preto. atleta”, então também será verdade que:
e) branco, azul, preto. a) todos não artistas são não atletas
b) nenhum atleta é não artista
15. (Esaf) Quatro amigos, André, Beto, Caio e Dênis, obtive­ c) nenhum artista é não atleta
ram os quatro primeiros lugares em um concurso de d) pelo menos um não atleta é artista
oratória julgado por uma comissão de três juízes. Ao co‑ e) nenhum não atleta é artista
municarem a classificação final, cada juiz anunciou duas
colocações, sendo uma delas verdadeira e a outra falsa: 21. (Gestor/2000) Dizer que “André é artista ou Bernardo
Juiz 1: “André foi o primeiro; Beto foi o se­gundo” não é engenheiro” é logicamente equivalente a dizer
Juiz 2: “André foi o segundo; Dênis foi o ter­ceiro” que:
Juiz 3: “Caio foi o segundo; Dênis foi o quarto”
a) André é artista se e somente se Bernardo não é en‑
Sabendo que não houve empates, o primeiro, o segundo,
genheiro.
o terceiro e o quarto colocados foram, respectivamente,
a) André, Caio, Beto, Dênis. b) Se André é artista, então Bernardo não é engenheiro.
b) Beto, André, Caio, Dênis. c) Se André não é artista, então Bernardo é engenheiro
c) Beto, André, Dênis, Caio. d) Se Bernardo é engenheiro, então André é artista.
d) André, Caio, Dênis, Beto. e) André não é artista e Bernardo é engenheiro
e) Caio, Beto, Dênis, André.
22. Todos os bons estudantes são pessoas tenazes. Assim
16. (AFC/SFC/2000) Os cursos de Márcia, Berenice e Priscila sendo:
são, não necessariamente nesta ordem, Medicina, Bi­ a) Alguma pessoa tenaz não é um bom estudante.
ologia e Psicologia. Uma delas realizou seu curso em b) O conjunto dos bons estudantes contém o conjunto
Belo Horizonte, a outra em Florianópo­lis, e a outra em das pessoas tenazes.
São Paulo. Márcia realizou seu curso em Belo Horizonte. c) Toda pessoa tenaz é um bom estudante.
Priscila cursou Psicolo­gia. Berenice não realizou seu d) Nenhuma pessoa tenaz é um bom estudante.
curso em São Paulo e não fez Medicina. Assim, os cursos e) O conjunto das pessoas tenazes contém o conjunto
e os respectivos locais de estudo de Márcia, Berenice e dos bons estudantes.
Priscila são, pela ordem:
a) Medicina em Belo Horizonte, Psicologia em Florianó‑ 23. (Esaf) Se é verdade que “Alguns A são R” e que “Nenhum
polis, Biologia em São Paulo G é R”, então é necessariamente verdadeiro que
b) Psicologia em Belo Horizonte, Biologia em Florianó‑ a) Algum A não é G
polis, Medicina em São Paulo b) Algum A é G
c) Medicina em Belo Horizonte, Biologia em Florianó‑ c) Nenhum A é G
polis, Psicologia em São Paulo d) Algum G é A
d) Biologia em Belo Horizonte, Medicina em São Paulo, e) Nenhum G é A
Psicologia em Florianópolis
e) Medicina em Belo Horizonte, Biologia em São Paulo, 24. Todo baiano gosta de ‘axé music’. Sendo assim:
Psicologia em Florianópolis a) Todo aquele que gosta de ‘axé music’ é baiano.
b) Todo aquele que não é baiano não gosta de ‘axé
17. (AFC/SFC/2000) Se Vera viajou, nem Camile nem Carla music’.
foram ao casamento. Se Carla não foi ao casamento, c) Todo aquele não gosta de ‘axé music’ não é baiano.
Vanderléia viajou. Se Vanderléia viajou, o navio afundou. d) Algum baiano não gosta de ‘axé music’.
Ora, o navio não afundou. Logo, e) Alguém que não goste de ‘axé music’ é baiano.
a) Vera não viajou e Carla não foi ao casa­mento
b) Camile e Carla não foram ao casamento 25. Se chove então faz frio. Assim sendo:
c) Carla não foi ao casamento e Vanderléia não viajou a) Chover é condição necessária para fazer frio.
d) Carla não foi ao casamento ou Vanderléia viajou b) Fazer frio é condição suficiente para chover.
e) Vera e Vanderléia não viajaram c) Chover é condição necessária e suficiente para fazer
frio.
18. (Analista/2002) Se M=2x+3y, então M=4p+3r. Se d) Chover é condição suficiente para fazer frio.
M=4p+3r, então M=2w−3r. Por outro lado, M=2x+3y e) Fazer frio é condição necessária e suficiente para
ou M=0. Se M=0 então M+H = 1. Ora, M+H ≠ 1. Logo, chover.
a) 2w−3r = 0
b) 4p+3r ≠ 2w−3r 26. (Esaf) Seis pessoas – A, B, C, D, E, F – devem sentar‑se em
c) M ≠ 2x+3y torno de uma mesa redonda para discutir um contrato.
Raciocínio Lógico

d) 2x+3y ≠ 2w−3r Há exatamente seis cadeiras em torno da mesa, e cada


e) M = 2w−3r pessoa senta‑se de frente para o centro da mesa e numa
posição diametralmente oposta à pessoa que está do
19. (TFC/SFC/2000) Ou Anaís será professora, ou Anelise outro lado da mesa. A disposição das pessoas à mesa
será cantora, ou Anamélia será pianista. Se Ana for atle‑ deve satisfazer às seguintes restrições:
ta, então Anamélia será pianista. Se Anelise for cantora, F não pode sentar‑se ao lado de C
então Ana será atleta. Ora, Anamélia não será pianista. E não pode sentar‑se ao lado de A
Então: D deve sentar‑se ao lado de A

Openbook Apostilas 27
Então uma distribuição aceitável das pessoas em torno 33. Assinale a alternativa que apresenta uma contradição
da mesa é: lógica:
a) F, B, C, E, A, D a) Todo dramaturgo não é perspicaz e algum perspicaz
b) A, E, D, F, C ,B é dramaturgo.
c) A, B, F, C, D, E b) Todo dramaturgo é perspicaz e algum perspicaz não
d) F, D, A, C, E, B é dramaturgo.
e) F, E, D, A, B, C c) Nenhum dramaturgo é perspicaz e algum dramaturgo
não é perspicaz.
27. (Esaf) Dizer que é verdade que “para todo x, se x é uma d) Algum dramaturgo é perspicaz e algum dramaturgo
rã e se x é verde, então x está saltando” é logicamente não é perspicaz.
equivalente a dizer que não é verdade que e) Algum dramaturgo não é perspicaz e todo perspicaz
a) “algumas rãs que não são verdes estão saltando” é dramaturgo.
b) “algumas rãs verdes estão saltando”
c) “nenhuma rã verde não está saltando” 34. Todo criança gosta de brincar.
d) “existe uma rã verde que não está saltando” Logo:
e) “algo que não seja uma rã verde está saltando” a) Se Miriam não gosta de brincar, então Miriam não é
uma criança.
28. (Gestor/2000) A partir das seguintes premissas: b) Se Miriam é uma criança, então Miriam não gosta de
Premissa 1: “X é A e B, ou X é C” brincar.
Premissa 2: “Se Y não é C, então X não é C” c) Se Miriam gosta de brincar então Miriam é uma
Premissa 3: “Y não é C” criança.
Conclui‑se corretamente que X é: d) Se Miriam não é uma criança então Miriam não gosta
a) A e B. de Brincar.
b) não A ou não C. e) Se Miriam não é uma criança então Miriam gosta de
c) A ou B. Brincar.
d) A e não B.
e) não A e não B. 35. Altair é alto ou Bruna é bela.
Altair não é alto.
29. A proposição “Todo A é B” não é equivalente a: Logo:
a) Se A, então B. a) Bruna não é bela.
b) Se não B, então não A. b) Altair é alto.
c) Se não A, então não B. c) Bruna é bela.
d) B é necessário para A. d) Altair é alto e Bruna é bela.
e) A é suficiente para B. e) Altair não é alto e Bruna não é bela.

30. Se é verdade que todo atávico é belicoso, então: também 36. Todo atleta é batalhador.
é verdade que: Sophia é atleta.
a) Todo belicoso é atávico. Logo:
b) Algum atávico não é belicoso. a) Sophia é atleta e batalhadora.
c) Nenhum atávico é belicoso. b) Sophia é atleta, mas não é necessariamente batalha‑
d) Se não é atávico então não é belicoso. dora.
e) Se não é belicoso então não é atávico. c) Sophia é batalhadora, mas não necessariamente é
atleta.
31. Se Ana é atenciosa, então Bruna é bagunceira. d) Sophia não é atleta e nem batalhadora.
Se Bruna é bagunceira, então Carla é carinhosa. e) Ou Sophia é atleta ou Sophia é batalhadora.
Sabe‑se que Bruna não é bagunceira. Logo:
37. Todo ator é bonachão.
a) Ana é atenciosa e Carla é carinhosa.
Luís não é bonachão.
b) Ana não é atenciosa e Carla não é carinhosa.
Logo:
c) Ana não é atenciosa e Carla é carinhosa.
a) Luís é ator.
d) Carla é carinhosa, mas nada se pode afirmar sobre b) Luís pode ser ator, bem como pode não sê‑lo.
Ana. c) Luís é bonachão e não é ator.
e) Ana não é atenciosa, mas nada se pode afirmar sobre d) Luís não é ator.
Carla. e) Ou Luís não é ator ou Luís não é Bonachão.
32. Se Bruna brinca, Rita ri. 38. Todo homem que gosta de andar tem muitas bermudas.
Se Rita ri, Carla canta. Todo homem que come couve gosta de andar.
Se Carla canta, Diana dança. Logo:
Se Diana dança, Lulu late. a) Todo homem que tem muitas bermudas come couve.
b) Todo homem que come couve tem muitas bermudas.
Com base nestas proposições, pode‑se concluir que: c) Todo homem que tem muitas bermudas gosta de
a) Se Bruna não brinca, então Rita não ri, Carla não andar.
canta, Diana não dança e Lulu não late.
Raciocínio Lógico

d) Alguém que come couve pode não gostar de andar.


b) Se Rita não ri, então Carla não canta, Diana não dança, e) Alguém que gosta de andar pode não ter muitas
Lulu não late e Bruna não brinca. bermudas.
c) Se Carla não canta, então Diana não dança, Lulu não
late, Bruna não brinca e Rita não ri. 39. Todo animal que tenha pelagem arlequim é belicoso.
d) Se Diana não dança, então Lulu não late, Bruna não Nenhum dos meus cães é belicoso.
brinca, Rita não ri e Carla não canta. Logo:
e) Se Lulu não late, então Bruna não brinca, Rita não ri, a) Todo animal belicoso tem pelagem arlequim.
Carla não canta e Diana não dança. b) Algum animal belicoso não tem pelagem arlequim.

28 Openbook Apostilas
c) Nenhum animal belicoso tem pelagem arlequim. 44. Com base em um conjunto de hipóteses uma pessoa de‑
d) Algum dos meus cães pode ter pelagem arlequim e duziu que um determinado evento ocorreria. Conforme
não ser belicoso. o previsto, o tal evento ocorreu mesmo. Assim sendo:
e) Nenhum dos meus cães tem pelagem arlequim. a) Todas as hipóteses que a pessoa usou para deduzir
que o evento ocorreria são necessariamente verda‑
40. Todo objeto que é acessório é sempre barato. deiras.
Tudo o que é barato é descartável. b) Várias das hipóteses que a pessoa usou para deduzir
Logo: que o evento ocorreria são verdadeiras, mas não
a) Se eu tenho um objeto que é acessório então ele é necessariamente todas elas.
necessariamente barato e é descartável. c) Pelo menos uma das hipóteses que a pessoa usou
b) Se eu tenho um objeto que é acessório então ele é para deduzir que o evento ocorreria tem que ser
barato, mas não é necessariamente descartável. verdadeira.
c) Se eu tenho um objeto que é acessório então ele é d) Pelo menos uma das hipóteses que a pessoa usou
descartável, mas não é necessariamente barato. para deduzir que o evento ocorreria é falsa.
d) Existe algum objeto barato que não é um acessório. e) Nada se pode garantir sobre a verdade das hipóteses
e) Existe algum objeto descartável que não é barato. que a pessoa usou para deduzir que o evento ocor‑
reria.
41. Todo anel é brilhante.
Tudo o que é brilhante é caro. 45. Considere o seguinte argumento: “Sei que uma moeda
Meu presente não é caro. normal não pode dar ‘cara’ em vinte lances consecutivos.
Logo: Sei também que você jogou uma moeda vinte vezes e
a) Existe alguma coisa que é brilhante, mas que não é que esta moeda é normal. Com base nisto posso concluir
cara. que você não obteve uma sequência de vinte ‘caras’
b) Meu presente é um anel e não é brilhante. consecutivas.”
c) Meu presente é brilhante, mas não é um anel. Admita que a conclusão dada neste argumento tenha se
d) Meu presente não é um anel e não é brilhante. mostrado verdadeira. Nestas condições pode‑se garantir
e) Existe alguma coisa cara que não é brilhante. que:
a) O argumento não é válido, ou seja, não está bem
42. Com base em um conjunto de hipóteses uma pessoa construído e, por isso, um conjunto com hipóteses
deduziu logicamente que um determinado evento ocor‑ não todas verdadeiras puderam levar a uma conclu‑
reria. Porém, ao contrário do previsto, o tal evento não são verdadeira.
ocorreu. Assim, esta pessoa deve logicamente concluir b) O argumento é falacioso, ou seja, embora bem cons‑
que: truído o conjunto das hipóteses, ainda que todas
a) Todas as hipóteses que ela usou para deduzir que o verdadeiras, não seria capaz de garantir que aquela
evento ocorreria são falsas. conclusão fosse sempre verdadeira.
b) Várias das hipóteses que ela usou para deduzir que c) O argumento não é válido, ou seja, não está bem
o evento ocorreria são falsas. construído e, portanto, pelo menos uma das duas
c) Pelo menos uma das hipóteses que ela usou para hipóteses é falsa.
deduzir que o evento ocorreria é falsa. d) O argumento é legítimo, ou seja, está bem construído
d) Várias das hipóteses que ela usou para deduzir que e a verdade de suas premissas levaria necessariamente
o evento ocorreria são verdadeiras. a uma conclusão verdadeira. Mas a recíproca não está
e) Pelo menos uma das hipóteses que ela usou para garantida, ou seja, uma conclusão verdadeira não
deduzir que o evento ocorreria é verdadeira. implica em que as premissas sejam todas verdadeiras.
Este, alias, é o caso aqui, pois sabemos que, embora
43. “Sei que todos os cisnes são brancos. Sei também que muito improvável, é possível que uma moeda normal
o animal que você me trouxe é um cisne. Logo, posso possa dar ‘cara’ vinte vezes consecutivamente.
concluir que o animal que você me trouxe é branco.” e) O argumento é legítimo, ou seja, está bem construído
Considere que a conclusão dada no texto acima tenha e a verdade de suas premissas levaria necessaria‑
se mostrado errada. Nestas condições pode‑se afirmar mente a uma conclusão também verdadeira. Como
corretamente que: a conclusão mostrou‑se verdadeira as duas premissas
a) O argumento não é válido, ou seja, não está bem utilizadas têm que ser necessariamente verdadeiras.
construído e, portanto, duas hipóteses verdadeiras
levaram a uma conclusão falsa. 46. Considere o seguinte argumento: “ Todas as pessoas
b) O argumento é falacioso, ou seja, embora bem cons‑ nascidas sob o signo de peixes são sensíveis e criativas e
truído duas premissas verdadeiras levaram a uma eu notei que você é sensível e criativo. Assim eu deduzi
conclusão falsa. que você só pode ser do signo de peixes! “
c) O argumento não é válido, ou seja, não está bem Com relação ao argumento acima é correto que:
construído e, portanto, pelo menos uma das duas a) Este é um argumento falacioso, ou seja, está mal
hipóteses é falsa. construído e, assim sendo, mesmo que as premissas
d) O argumento é legítimo, ou seja, está bem construído apresentadas sejam verdadeiras isto não garantirá
e a verdade de suas premissas levaria necessaria‑ que a conclusão seja verdadeira nem implicará que
mente a uma conclusão também verdadeira. Como seja falsa.
Raciocínio Lógico

a conclusão mostrou‑se falsa as duas premissas b) Este é um argumento falacioso, ou seja, está bem
utilizadas têm que ser necessariamente falsas. construído, mas ainda que suas premissas sejam
e) O argumento é legítimo, ou seja, está bem construído verdadeiras não se pode garantir que a conclusão
e a verdade de suas premissas levaria necessaria‑ será verdadeira.
mente a uma conclusão também verdadeira. Como a c) Este é um argumento inválido, ou seja, está mal
conclusão mostrou‑se falsa pelo menos uma das duas construído, mas ainda que suas premissas sejam
premissas utilizadas tem que ser necessariamente verdadeiras sua conclusão será necessariamente
falsa. falsa.

Openbook Apostilas 29
d) Este é um argumento legítimo, ou seja, está bem b) A negação de “A ou B” pode ser corretamente enun‑
construído e, portanto, uma vez que suas premissas ciada como “Não A e não B”.
sejam verdadeiras sua conclusão será necessariamen‑ c) A negação de “Todo A é B” pode ser corretamente
te verdadeira também. enunciada como “Algum A não é B”.
e) Este é um argumento válido, ou seja, está bem cons‑ d) A negação de “Se A então B” pode ser corretamente
truído e, portanto, uma vez que alguma de suas pre‑ enunciada como “A e não B”.
missas seja falsa sua conclusão será necessariamente e) A negação de “Nenhum A é B” pode ser corretamente
falsa também. enunciada como “Todo A é B”.

47. (AFC/STN/2000) Em uma pequena comunidade sabe‑se 54. (Vunesp) Todo A é B e todo C não é B. Portanto:
que nenhum filósofo é rico e que alguns professores são a) Algum A é C.
filósofos. Assim, pode‑se afirmar corretamente que, b) Nenhum A é C.
nesta comunidade, c) Nenhum A é B.
a) Alguns filósofos são professores. d) Algum B é C.
b) Alguns professores são filósofos. e) Nenhum B é A.
c) Nenhum filósofo é professor.
d) Alguns professores não são filósofos. 55. (Vunesp) Se você se esforçar, então irá vencer. Assim
e) Nenhum professor é filósofo. sendo:
a) Seu esforço é condição suficiente para vencer.
48. Entre as proposições abaixo a única verdadeira é: b) Seu esforço é condição necessária para vencer.
a) 5 é par e 3 é par. c) Se você não se esforçar, então não irá vencer.
b) 5 é ímpar e 3 é par. d) Você só vencerá caso se esforce.
c) 5 é par e 3 é ímpar. e) Mesmo que se esforce, você não vencerá.
d) 5 é ímpar e 3 é ímpar.
e) 5 e 3 são pares. 56. (Vunesp) Se os tios de músicos sempre são músicos,
então:
49. Entre as proposições abaixo a única falsa é: a) Os sobrinhos de não músicos nunca são músicos.
a) 10 é ímpar ou 5 é ímpar. b) Os sobrinhos de não músicos sempre são músicos.
b) 10 é par ou 5 é ímpar. c) Os sobrinhos de músicos sempre são músicos.
c) 10 é par ou 5 é par. d) Os sobrinhos de músicos nunca são músicos.
d) 10 ≥ 5. e) Os sobrinhos de músicos quase sempre são músicos.
e) 10 ≤ 5.
57. (AFC/CGU/2004) Ana é prima de Bia, ou Carlos é filho
50. Entre as proposições abaixo a única verdadeira é: de Pedro. Se Jorge é irmão de Maria, então Breno não
a) Ou 6 é ímpar ou 5 > 10. é neto de Beto. Se Carlos é filho de Pedro, então Breno
b) Ou 6 é par ou 5 é ímpar. é neto de Beto. Ora, Jorge é irmão de Maria. Logo:
c) Ou 6 é inteiro ou 5 < 10. a) Carlos é filho de Pedro ou Breno é neto de Beto.
d) Ou 6 > 10 ou 5 é par. b) Breno é neto de Beto e Ana é prima de Bia.
e) Ou 6 é ímpar ou 5 é inteiro. c) Ana não é prima de Bia e Carlos é filho de Pedro.
d) Jorge é irmão de Maria e Breno é neto de Beto.
51. Seja X a proposição composta “se A então B”, onde A e) Ana é prima de Bia e Carlos não é filho de Pedro.
e B são duas proposições quaisquer. Assinale a única
58. (AFC/CGU/2006) Se X está contido em Y, então X está
incorreta:
contido em Z. Se X está contido em P, então X está
a) Caso A seja uma proposição verdadeira e B uma
contido em T. Se X não está contido em Y, então X está
proposição falsa, X será falsa.
contido em P. Ora, X não está contido em T. Logo:
b) Caso A e B sejam proposições falsas, X será uma
a) Z está contido em T e Y está contido em X.
proposição verdadeira.
b) X está contido em Y e X não está contido em Z.
c) Caso A seja uma proposição falsa e B uma proposição
c) X está contido em Z e X não está contido em Y.
verdadeira, X será falsa. d) Y está contido em T e X está contido em Z.
d) Caso A e B sejam proposições verdadeiras, X será uma e) X não está contido em P e X está contido em Y.
proposição verdadeira.
e) A proposição X é equivalente à proposição “se não B 59. (AFC/CGU/2004) Uma professora de matemática faz as
então não A”. três seguintes afirmações:
“X > Q e Z < Y”;
52. A proposição composta “A se e somente se B” , onde A “X > Y e Q > Y, se e somente se Y > Z”;
e B são duas proposições quaisquer, é verdadeira: “R ≠ Q, se e somente se Y = X”.
a) Somente quando A e B são ambas falsas.
b) Somente quando A é verdadeira e B é falsa. Sabendo‑se que todas as afirmações da professora são
c) Somente quando A é falsa e B é verdadeira. verdadeiras, conclui‑se corretamente que:
d) Somente quando A e B são ambas verdadeiras. a) X > Y > Q > Z
e) Somente quando A e B têm o mesmo valor lógico, ou b) X > R > Y > Z
Raciocínio Lógico

seja, A e B são ambas verdadeiras ou A e B são ambas c) Z < Y < X < R
falsas. d) X > Q > Z > R
e) Q < X < Z < Y
53. Entre as proposições abaixo assinale a única falsa con‑
siderando que A e B representam duas proposições 60. (AFC/CGU/2006) Márcia não é magra ou Renata é ruiva.
quaisquer: Beatriz é bailarina ou Renata não é ruiva. Renata não é
a) A negação de “A e B” pode ser corretamente enun‑ ruiva ou Beatriz não é bailarina. Se Beatriz não é bailarina
ciada como “Não A ou não B”. então Márcia é magra. Assim,

30 Openbook Apostilas
a) Márcia não é magra, Renata não é ruiva, Beatriz é Caixa 1: “O livro está na caixa 3.”
bailarina. Caixa 2: “A caneta está na caixa 1.”
b) Márcia é magra, Renata não é ruiva, Beatriz é baila‑ Caixa 3: “O livro está aqui.”
rina. Pedro sabe que a inscrição da caixa que contém o livro
c) Márcia é magra, Renata não é ruiva, Beatriz não é pode ser verdadeira ou falsa. Sabe, ainda, que a inscrição
bailarina. da caixa que contém a caneta é falsa, e que a inscrição
d) Márcia não é magra, Renata é ruiva, Beatriz é bailarina. da caixa que contém o diamante é verdadeira. Com tais
e) Márcia não é magra, Renata é ruiva, Beatriz não é informações, Pedro conclui corretamente que nas caixas
bailarina. 1, 2 e 3 estão, respectivamente,
a) a caneta, o diamante, o livro.
61. (AFC/CGU/2006) Ana é artista ou Carlos é compositor. b) o livro, o diamante, a caneta.
Se Mauro gosta de música, então Flávia não é fotógrafa. c) o diamante, a caneta, o livro.
Se Flávia não é fotógrafa, então Carlos não é compositor. d) o diamante, o livro, a caneta.
Ana não é artista e Daniela não fuma. Pode‑se, então, e) o livro, a caneta, o diamante.
concluir corretamente que:
a) Ana não é artista e Carlos não é compositor. 66. (AFC/CGU/2006) Um professor de lógica encontra‑se
b) Carlos é compositor e Flávia é fotógrafa. em viajem em um país distante, habitado pelos verda‑
c) Mauro gosta de música e Daniela não fuma. manos e pelos mentimanos. O que os distingue é que
d) Ana não é artista e Mauro gosta de música. os verdamanos sempre dizem a verdade, enquanto os
e) Mauro não gosta de música e Flávia não é fotógrafa. mentimanos sempre mentem. Certo dia, o  professor
depara‑se com um grupo de cinco habitantes locais.
62. (AFC/CGU/2004) Homero não é honesto, ou Júlio é justo. Chamemo‑los de Alfa, Beta, Gama, Delta e Épsilon.
Homero é honesto, ou Júlio é justo, ou Beto é bondoso. O professor sabe que um e apenas um no grupo é ver‑
Beto é bondoso, ou Júlio não é justo. Beto não é bondo‑ damano, mas não sabe qual deles o é. Pergunta, então,
so, ou Homero é honesto. Logo, a cada um do grupo quem entre eles é verdamano e
a) Beto é bondoso, Homero é honesto, Júlio não é justo. obtém as seguintes respostas:
b) Beto não é bondoso, Homero é honesto, Júlio não é Alfa: “Beta é mentimano”
justo. Beta: “Gama é mentimano”
c) Beto é bondoso, Homero é honesto, Júlio é justo. Gama: “Delta é verdamano”
d) Beto não é bondoso, Homero não é honesto, Júlio Delta: “Épsilon é verdamano”
não é justo.
Épsilon, afônico, fala tão baixo que o professor não con‑
e) Beto não é bondoso, Homero é honesto, Júlio é justo.
segue ouvir sua resposta. Mesmo assim, o professor de
lógica conclui corretamente que o verdamano é:
63. (AFC/CGU/2006) Três meninos estão andando de bicicle‑
a) Delta.
ta. A bicicleta de um deles é azul, a do outro é preta, a do
b) Alfa.
outro é branca. Eles vestem bermudas destas mesmas
c) Gama.
três cores, mas somente Artur está com bermuda de
mesma cor que sua bicicleta. Nem a bermuda nem a d) Beta.
bicicleta de Júlio são brancas. Marcos está com bermuda e) Épsilon.
azul. Desse modo,
a) a bicicleta de Júlio é azul e a de Artur é preta. 67. (AFC/CGU/2004) Três homens são levados à presença
b) a bicicleta de Marcos é branca e sua bermuda é preta. de um jovem lógico. Sabe‑se que um deles é um ho‑
c) a bermuda de Júlio é preta e a bicicleta de Artur é nesto marceneiro, que sempre diz a verdade. Sabe‑se,
branca. também, que um outro é um pedreiro, igualmente ho‑
d) a bermuda de Artur é preta e a bicicleta de Marcos nesto e trabalhador, mas que tem o estranho costume
é branca. de sempre mentir, de jamais dizer a verdade. Sabe‑se,
e) a bicicleta de Artur é preta e a bermuda de Marcos ainda, que o restante é um vulgar ladrão que ora mente,
é azul. ora diz a verdade. O problema é que não se sabe quem,
entre eles, é quem. À frente do jovem lógico, esses três
64. (AFC/CGU/2006) Amigas desde a infância, Beatriz, Dalva homens fazem, ordenadamente, as seguintes declara‑
e Valna seguiram diferentes profissões e hoje uma delas ções:
é arquiteta, outra é psicóloga, e  outra é economista. O primeiro diz: “Eu sou o ladrão.”
Sabe‑se que ou Beatriz é a arquiteta ou Dalva é a ar‑ O segundo diz: “É verdade; ele, o que acabou de falar,
quiteta. Sabe‑se, ainda, que ou Dalva é a psicóloga ou é o ladrão.”
Valna é a economista. Sabe‑se, também, que ou Beatriz O terceiro diz: “Eu sou o ladrão.”
é a economista ou Valna é a economista. Finalmente,
sabe‑se que ou Beatriz é a psicóloga ou Valna é a psicó‑ Com base nestas informações, o  jovem lógico pode,
loga. As profissões de Beatriz, Dalva e Valna são, pois, então, concluir corretamente que:
respectivamente, a) O ladrão é o primeiro e o marceneiro é o terceiro.
a) psicóloga, economista, arquiteta. b) O ladrão é o primeiro e o marceneiro é o segundo.
b) arquiteta, economista, psicóloga. c) O pedreiro é o primeiro e o ladrão é o segundo.
c) arquiteta, psicóloga, economista. d) O pedreiro é o primeiro e o ladrão é o terceiro.
Raciocínio Lógico

d) psicóloga, arquiteta, economista. e) O marceneiro é o primeiro e o ladrão é o segundo.


e) economista, arquiteta, psicóloga.
68. (AFC/CGU/2006) Perguntado sobre as notas de cinco
65. (AFC/CGU/2006) Pedro encontra‑se à frente de três alunas (Alice, Beatriz, Cláudia, Denise e Elenise), um
caixas, numeradas de 1 a 3. Cada uma das três caixas professor de Matemática respondeu com as seguintes
contém um e somente um objeto. Uma delas contém afirmações:
um livro; outra, uma caneta; outra, um diamante. Em 1. “A nota de Alice é maior do que a de Beatriz e menor
cada uma das caixas existe uma inscrição, a saber: do que a de Cláudia”;

Openbook Apostilas 31
2. “A nota de Alice é maior do que a de Denise e a nota Questões AOCP
de Denise é maior do que a de Beatriz, se e somente
se a nota de Beatriz é menor do que a de Cláudia”; 1. (AOCP/Casan/Assistente Administrativo/2016) A tabela
3. “Elenise e Denise não têm a mesma nota, se e so‑ verdade apresenta os estados lógicos das entradas e
mente se a nota de Beatriz é igual à de Alice”. das saídas de um dado no computador. Ela é a base
para a lógica binária que, igualmente, é a base de todo
Sabendo‑se que todas as afirmações do professor são
o cál­culo computacional. Sabendo disso, assinale a al‑
verdadeiras, conclui‑se corretamente que a nota de:
a) Alice é maior do que a de Elenise, menor do que a ternativa que apresenta a fórmula que corresponde ao
de Cláudia e igual à de Beatriz. resultado da tabela verdade dada.
b) Elenise é maior do que a de Beatriz, menor do que a
de Cláudia e igual à de Denise.
c) Beatriz é maior do que a de Cláudia, menor do que
a de Denise e menor do que a de Alice.
d) Beatriz é menor do que a de Denise, menor do que
a de Elenise e igual à de Cláudia.
e) Denise é maior do que a de Cláudia, maior do que a
de Alice e igual à de Elenise. a) (p ^ q)
b) (p v q)
69. (AFC/CGU/2006) Cinco irmãs nasceram, cada uma, em
um Estado diferente do Brasil. Lúcia é morena como a c) (p → q)
cearense, é mais moça do que a gaúcha e mais velha d) (¬ p)
do que Maria. A cearense, a paulista e Helena gostam e) (¬ q)
de teatro tanto quanto Norma. A paulista, a mineira e
Lúcia são, todas, psicólogas. A  mineira costuma ir ao 2. (AOCP/Ebserh/Técnico de enfermagem/2015) Observe
cinema com Helena e Paula. A paulista é mais moça do a sequência a seguir:
que a goiana, mas é mais velha do que a mineira; esta,
por sua vez, é mais velha do que Paula. 1; 2; 3; 4; 11; 22; 33; 44;111; 222; 333; ...
Logo:
a) Norma é gaúcha, a  goiana é mais velha do que a Seguindo esse padrão, qual deverá ser o próximo termo?
mineira, e Helena é mais moça do que a paulista. a) 33
b) Paula é gaúcha, Lúcia é mais velha do que Helena, b) 3333
e a mineira é mais velha do que Maria. c) 444
c) Norma é mineira, a  goiana é mais velha do que a d) 4444
gaúcha, e Maria é mais moça do que a cearense. e) 555
d) Lúcia é goiana, a gaúcha é mais moça do que a cea‑
rense, e Norma é mais velha do que a mineira. 3. (AOCP/Ebserh/Enfermeiro/2015) A negação de “Todos
e) Paula é cearense, Lúcia é mais velha do que a paulista, os candidatos vão passar no concurso” é
e Norma é mais moça do que a gaúcha.
a) “Existe candidato que não passará no concurso”.
b) “Existe apenas um candidato que vai passar no con‑
Gabarito curso”.
c) “Existe apenas um candidato que não vai passar no
1. e 27. d 53. e concurso”.
2. d 28. a 54. b d) “Nenhum candidato vai passar no concurso”.
3. e 29. c 55. a e) “Todos os candidatos não vão passar no concurso”.
4. c 30. e 56. a
5. a 31. e 57. e 4. (AOCP/Ebserh/Enfermeiro/2015) Na sequência dos nú‑
6. c 32. e 58. e meros pares iniciada pelo número 14, qual é a soma do
7. a 33. a 59. b terceiro termo com o quinto termo?
8. c 34. a 60. a a) 32
9. e 35. c 61. b b) 36
10. a 36. a 62. c c) 40
11. d 37. d 63. c d) 42
12. b 38. b 64. d e) 48
13. b 39. e 65. c
14. b 40. a 66. d 5. (AOCP/Ebserh/Advogado/2015) Em um escritório, foi
15. d 41. d 67. b realizada uma pesquisa para saber que tipo de bebida
16. c 42. c 68. b seus funcionários bebiam pela manhã. Participaram da
17. e 43. e 69. e pesquisa 70 funcionários e com o resultado foi constru‑
18. e 44. e ído o seguinte quadro:
19. a 45. d
Raciocínio Lógico

20. d 46. a
21. d 47. d
22. e 48. d
23. a 49. e
24. c 50. e
25. d 51. c Completando corretamente o quadro, assinale a alter‑
26. d 52. e nativa correta.

32 Openbook Apostilas
a) 12 mulheres bebem café. a) a proposição composta é falsa apenas se p for falsa.
b) Exatamente 7 homens bebem chá. b) a proposição composta é falsa apenas se r for falsa.
c) O total de homens é 45. c) para que a proposição composta seja verdadeira é
d) 32 pessoas bebem café. necessário que p e r tenham valores lógicos iguais.
e) 23 pessoas bebem leite. d) para que a proposição composta seja verdadeira é ne‑
cessário que p e r tenham valores lógicos diferentes.
6. (AOCP/Ebserh/Advogado/2015) A negação de “Todas e) para que a proposição composta seja falsa é neces‑
as tortas são doces” é sário que ambas, p e r sejam falsas.
a) “Nenhuma torta é doce”.
b) “Existe torta que não é doce”. 13. (AOCP/Ebserh/Assistente Administrativo/2015) Assinale
c) “Existe apenas uma torta doce”. a proposição equivalente a p → ( q ∧ p ).
d) “Existe apenas uma torta que não é doce”. a) p → q.
e) “Todas as tortas são salgadas”. b) ( p → q ) ∧ ~ q.
c) ( ~ p ∧ q ) → ~ q.
7. (AOCP/Ebserh/Pedagogo/2015) Na sequência de pala‑ d) q → p.
vras A, BU, CAI, DADO, ESTAR, ......., a sexta palavra é e) ~(~p ∧ ~q ) → ( p ∨ q ).
a) FOFOCA.
b) BANANA. 14. (AOCP/Ebserh/Assistente Administrativo/2015) Ao
c) ÁRVORE. negarmos a proposição composta “Comi carne e bebi
d) CAFÉ suco”, obtemos
e) FANTOCHE. a) “não comi carne nem bebi suco”.
b) “não comi carne, mas bebi suco”.
8. (AOCP/EBSERH/Pedagogo/2015) Sabendo que a impli‑ c) “não comi carne ou não bebi suco”.
cação “Se a canoa não virar, eu chego lá” é falsa, então, d) “comi carne, mas não bebi suco”.
a) “A canoa vira”. e) “não comi carne ou bebi suco”.
b) “Eu chego, independente da canoa”.
c) “A canoa vira e eu chego”. 15. (AOCP/UFPEL/Assistente Administrativo/2015) Consi‑
d) “A canoa não virou e eu não cheguei”. dere a sequência (SACO, SECO, SICO, SOCO, SUCO) e
e) “Se não virar a canoa, eu não chego”. admita que a mesma lógica seja usada para (MARA,
MERA, ? , MORA, MURA). A interrogação ocupa o lugar
9. (AOCP/EBSERH/Advogado/2015) Sabendo que a pro‑ de onde poderia constar
posição “João está feliz e João passou no concurso” é a) MERO.
falsa, é correto afirmar que b) MURO.
a) “João não está feliz ou João não passou no concurso”. c) MIRA.
b) “João está feliz” d) MEIRA.
c) “João passou no concurso”. e) MARIA.
d) “Se João está feliz, então João passa”.
e) “Se João passa, então João está feliz”. 16. (AOCP/UFPEL/Assistente Administrativo/2015) A nega‑
ção da proposição “Todo homem é forte” é
10. (AOCP/Fundasus/Agente comunitário de saúde/2015) a) “nenhum homem é forte”.
Considere a seguinte sequência: b) “algum homem é forte”.
c) “nenhum homem é fraco”.
d) “algum homem não é forte”.
e) “todo homem é fraco”.

17. (AOCP/Ebserh/Nutricionista/2015) A proposição p → q


é equivalente a
a) ~ p → ~ q
Qual é o valor de X e Y respectivamente? b) ~ p ∨ q.
a) 10 e 8. c) ~ q ∧ p.
b) 7 e 11. d) q → p.
c) 11 e 7. e) ~ p → q.
d) 11 e 8.
e) 10 e 11. 18. (AOCP/Ebserh/Técnico em Citopatologia/2015) Consi‑
dere a sequência de números: {-3, 2, 7, 12, ...}. Qual é
11. (AOCP/Ebserh/Assistente Administrativo/2015) Consi‑ o décimo número da sequência?
dere a sequência de onze números: {-11, -3, ..., 61, 69}. a) 42
Qual é o termo central da sequência? b) 34
a) 20. c) 38
Raciocínio Lógico

b) 29. d) 44
c) 30. e) 48
d) 39.
e) 41. 19. (AOCP/Ebserh/Técnico em Citopatologia/2015) Consi‑
derando a proposição composta ( p ∨ r ) , é correto
12. (AOCP/Ebserh/Assistente Administrativo/2015) Consi‑ afirmar que
derando a proposição composta (p ↔ r ) , é correto a) a proposição composta é falsa se apenas p for falsa.
afirmar que b) a proposição composta é falsa se apenas r for falsa.

Openbook Apostilas 33
c) para que a proposição composta seja verdadeira é 26. (AOCP/UFPEL/Advogado/2015) Sabendo que as propo‑
necessário que ambas, p e r sejam verdadeiras. sições p, q e r têm valores lógicos, respectivamente, V, V
d) para que a proposição composta seja verdadeira é e F, assinale a proposição composta a seguir que tenha
necessário que ambas, p e r sejam falsas. F como valor lógico.
e) para que a proposição composta seja falsa é neces‑ a) ( ~ p ∨ q ) → ~ r
sário que ambas,p e r sejam falsas. b) ( p ∨ r ) → ~ r
c) ( p ∧ r ) → q
20. (AOCP/Ebserh/Técnico em Citopatologia/2015) Assinale d) r → p ∧ r
a proposição tautológica. e) p → q ∧ r
a) ( p → q ) ∨ ( p → ~ q )
b) ( p → q ) ∧ ~ q 27. (AOCP/UFPEL/Advogado/2015) Considere as proposi‑
c) ( ~ p ∨ q ) → ~ q ções: p = “Maringá é uma cidade”, q = “Pedro gosta
d) p → (p ∧ q ) de viajar”. Assinale a alternativa que corresponde à
e) ~ (~ p ∧ q ) → ( p ∨ q ) proposição (p → ~ q).
a) “Maringá é uma cidade ou Pedro gosta de viajar”
21. (AOCP/Ebserh/Técnico em Citopatologia/2015) Consi‑ b) “Maringá é uma cidade e Pedro não gosta de viajar”
dere as proposições: p = “Ana gosta de frutas” e q = “A c) “Se Maringá é uma cidade então Pedro não gosta de
lâmpada está acesa”. Assim, a proposição ~ ( p ∨ q) é viajar”.
equivalente a d) “Se Maringá não é uma cidade então Pedro gosta de
a) Ana não gosta de frutas e a lâmpada está acesa. viajar”.
b) Ana gosta de frutas, mas a lâmpada não está acesa. e) “Maringá é uma cidade ou Pedro não gosta de viajar”.
c) Ana gosta de frutas e a lâmpada não está acesa.
d) Ana não gosta de frutas ou a lâmpada está acesa. 28. (AOCP/UFPEL/Advogado/2015) A proposição ~ ( p ∨ q )
e) Ana não gosta de frutas e a lâmpada não está acesa. é equivalente a
a) ~ p ∨ ~ q.
22. (AOCP/Ebserh/Cirurgião-dentista/2015) Assinale a b) ~ p ∨ q.
alternativa que representa a negação da proposição c) ~ p ∧ q.
“Todo homem joga futebol”. d) p ∧ q.
a) “Toda mulher joga futebol”. e) ~ p ∧ ~ q.
b) “Nenhum homem joga futebol”.
c) “Algum homem não joga futebol”. 29. (AOCP/Ebserh/Médico/Diagnóstico por Imagem/2015)
d) “Todo homem joga vôlei”. João é A. Se todo A é B e todo B é C, então
e) “Nem toda mulher joga futebol”. a) nenhum A é C.
b) algum C é A.
23. (AOCP/Ebserh/Cirurgião-dentista/2015) Considere as c) nenhum C é A.
proposições: p = “João gosta de maçãs”, q = “Está cho‑ d) todo B é A.
vendo aqui”. Assinale a alternativa que corresponde à e) todo C é B.
proposição (~p ˄ ~q).
a) “João gosta de maçãs ou está chovendo aqui”. 30. (AOCP/EBSERH/Médico/Diagnóstico por Imagem/2015)
b) “João não gosta de maçãs ou não está chovendo Considere a sequência numérica a seguir, na qual omi‑
aqui”. timos dois elementos:
c) “João gosta de maçãs e está chovendo aqui”.
d) “João não gosta de maçãs e está não chovendo aqui”. (0, 1, 4, ? , 16, 25, ? , 49, 64)
e) “Se João gosta de maçãs, então não está chovendo
aqui”. Supondo que seja mantida a regra que determina cada
um dos elementos da sequência, a razão entre o maior
24. (AOCP/UFPEL/Advogado/2015) Observe a sequência a e o menor dos números omitidos é
seguir em que todos os múltiplos de quatro são omiti‑ a) 4.
dos e, em seu lugar, aparece a “palavra” PIM: b) 9.
c) 11.
(1, 2, 3, PIM, 5, 6, 7, PIM, 9, 10, 11, PIM, ...) d) 36.
e) 15.
O 20º PIM ocupa o lugar em que deveria aparecer o
número GABARITO
a) 20.
b) 4.
c) 40. 1. a 9. a 17. b 25. e
d) 80. 2. c 10. c 18. a 26. e
e) 100. 3. a 11. b 19. e 27. c
4. c 12. c 20. a 28. e
Raciocínio Lógico

25. (AOCP/UFPEL/Advogado/2015) Se LEÃO, então VACA. 5. d 13. a 21. e 29. b


Se VACA, então PORCO. Se PORCO, então PATO. Sabe-se 6. b 14. c 22. c 30. a
que NÃO PATO, então 7. a 15. c 23. d
a) PORCO e NÃO VACA. 8. d 16. d 24. d
b) VACA e NÃO PORCO.
c) LEÃO e VACA.
d) VACA.
e) NÃO LEÃO.

34 Openbook Apostilas
.

SUMÁRIO
.

.
Informática

Conceitos e fundamentos básicos ......................................................................................................................................... 8


.
Conhecimento e utilização dos principais softwares utilitários (compactadores de arquivos, chat, clientes de e-mails,
.
reprodutores de vídeo, visualizadores de imagem, antivírus) ............................................................................................. 3
.
Identificação e manipulação de arquivos ........................................................................................................................... 19
.
Backup de arquivos.............................................................................................................................................................. 15
.
Conceitos básicos de Hardware (Placa-mãe, memórias, processadores (CPU) e disco de armazenamento HDs, CDs
e DVDs)................................................................................................................................................................................... 8
.
Periféricos de computadores............................................................................................................................................... 12
.
Ambientes operacionais: utilização dos sistemas operacionais Windows XP Profissional e Windows 7 ................... 16/22
.
Conceitos básicos sobre Linux e Software Livre.................................................................................................................. 27
.
Utilização dos editores de texto (Microsoft Word e LibreOffice Writer) ...................................................................... 30/50
.
Utilização dos editores de planilhas (Microsoft Excel e LibreOffice Calc) .................................................................... 39/56
.
Utilização do Microsoft PowerPoint.............................................................................................................................. 44/62

Utilização e configuração de e-mail no Microsoft Outlook ................................................................................................ 64

Conceitos de tecnologias relacionadas à Internet e Intranet, busca e pesquisa na Web, Mecanismos de busca na Web,
Navegadores de internet: Internet Explorer, Mozilla Firefox, Google Chrome ............................................67/72/75/83/88

Segurança na Internet, Vírus de computadores, Spyware, Malware, Phishing ............................................................... 108

Transferência de arquivos pela internet ............................................................................................................................. 64

Openbook Apostilas
Openbook Apostilas
Informática
Jorge Fernando / Marcelo Andrade

Jorge Fernando permite compactar arquivos nos formatos 7Z, ARC, BZ2, GZ,
PAQ/ZPAQ, PEA, QUAD/BALZ, TAR, UPX, ZIP e extrair 98 for-
CONHECIMENTO E UTILIZAÇÃO DOS matos, incluindo ACE, ARJ, CAB, DMG, ISO, LHA, RAR, UDF e
muito mais PeaZip permite ainda criptografar os arquivos,
PRINCIPAIS SOFTWARES UTILITÁRIOS
criar arquivos autoexecutáveis, dividir e juntar arquivos, com-
parar o conteúdo de arquivos compactados, gerar senhas
Compactadores de Arquivos aleatórias etc.
Peazip está disponível em versão portátil e instalável para
Compactadores de arquivos ou compactadores de fichei-
Windows 9x, 2k, XP e Vista (32 e 64 bits) e Linux.
ros são softwares especializados em gerar uma representa-
ção mais eficiente de vários arquivos dentro de um único
arquivo, fazendo com que ocupem menos espaço na mídia 3. JZIP
de armazenamento ou o tempo de transferência deles seja O JZIP é um compactador de arquivos gratuito baseado
reduzido. Entretanto, nem sempre a compactação de arqui- na mesma tecnologia do 7-Zip, porém ele se destaca pela
vos gera redução de espaço em disco. facilidade de uso que o torna acessível a todos os níveis de
Os compactadores foram muito utilizados no passado, usuários, seja um geek ou novato.
quando as mídias de armazenamento tinham preços eleva- O JZIP se integra com o shell do Windows e permite que
dos e era necessário economizar espaço para armazenamen- você compacte e descompacte rapidamente arquivos dos
to. Atualmente, o uso deles é mais voltado à transferência formatos mais populares, como ZIP, RAR, TAR, GZip e 7-Zip.
de arquivos pela Internet para reduzir a massa de dados a É compatível com todas as versões do Windows.
ser transferida pela rede. É muito comum nos “downloads”
de músicas e fotos. 4. ZIPGENIUS
O ZipGenius é uma poderosa ferramenta gratuita de
Compressão de Dados compactação de arquivos, no entanto, com uma interface
simplificada ao máximo para que qualquer pessoa consiga
O funcionamento de um compactador de disco é muito realizar as tarefas sem dificuldades.
simples, pois não há acréscimo e nem perda de dados. Os Ele suporta mais de 20 formatos de compressão de arqui-
compactadores de arquivo utilizam algoritmos de compres- vos, se integra ao menu de contexto do Windows, permite a
são de dados sem perdas para gerar a representação mais criação de arquivos autoxecutáveis, abre múltiplos arquivos
eficiente combinando diversas técnicas conhecidas para um simultaneamente em abas e possibilita o envio dos arquivos
melhor desempenho. Uma das técnicas usadas por estes compactados por e-mail. É compatível com todas as versões
algoritmos é reduzir a redundância de sequências de bits re- do Windows.
correntes gerando uma representação que utiliza menos bits
para representar estas sequências. Um exemplo de processo 5. IZARC
para reduzir a redundância é a Codificação de Huffman. Al- O IZArc é um compactador de arquivos gratuito que
guns formatos de arquivo incluem esquemas de compressão oferece compatibilidade com diversos formatos. Ao todo o
com perda de dados como os vídeos em DVD e as músicas ar- usuário pode abrir quase 50 tipos de arquivos pelo IZArc,
mazenadas no formato MP3. Porém, os esquemas utilizados extraindo com rapidez qualquer conteúdo.
nestes casos são diferentes dos compactadores de arquivos, Confira os formatos que o IZArc suporta: 7-Zip (7Z), A,
porque possibilitam perdas que se refletem na redução da
ACE, ARC, ARJ, B64, BH, BIN, BZ2, BZA, C2D, CAB, CDI, CPIO,
qualidade da imagem ou do som.
DEB, ENC, GCA, GZ, GZA, HA, IMG, ISO, IZE, JAR, LHA, LIB,
LZH, MBF, MDF, MIM, NRG, PAK, PDI, PK3, RAR, RPM, TAR,
Principais Compactadores de Arquivos
TAZ, TBZ, TGZ, TZ, UUE, WAR, XXE, YZ1, Z, ZIP, ZOO.
1. 7-ZIP Outro recurso interessante do IZArc é que ele suporta
O 7-Zip é um eficiente programa gratuito de compressão formatos de imagem de CD e DVD. Seja ISO, IMG ou até
de arquivos com alta taxa de compressão no formato 7Z com mesmo o formato do Nero (NRG).
LZMA, sem comprometer a velocidade do processo. • Compatível com todas as versões do Windows.
Além disso, ele suporta uma ampla gama de formatos
para compactação e descompactação, tais como 7z, ZIP, GZIP, 6. SHARPARCHIVER
BZIP2, TAR, RAR, ISO, LZH, LZMA etc. O SharpArchiver é um programa gratuito que lhe permi-
Ele também se integra com o menu de contexto (shell tirá compactar e descompactar seus arquivos rapidamente.
do Windows), tem opção para criação de arquivos compac- SharpArchiver suporta 47 extensões de arquivo, tais como
tados autoexecutáveis e uma poderosa versão de linha de Zip, 7Zip, Tar, GZip, BZip2, Arc, Arj, Ace, Cab, Lha, Lzh, etc.
Informática

comando. É compatível com todas as versões do Windows. Ele também se integra ao menu de contexto do Windows
e inclui ferramentas para extração de múltiplos arquivos, con-
2. PEAZIP versão de arquivos e criptografia que lhe permite proteger
O PeaZip é um compactador de arquivos gratuito que o conteúdo de seus arquivos compactados.
suporta vários formatos de arquivos de compactação. Ele • Compatível com todas as versões do Windows.

Openbook Apostilas 3
7. TUGZIP gráfica da próxima geração do sistema operacional da Micro-
O TUGZip é um aplicativo para a compressão de arqui- soft — o Windows Vista —, e também possui algumas novas
vos que suporta dezenas de formatos diferentes, tanto para ferramentas para facilitar a vida e trazer mais conforto ao
compactação quanto para descompactação. usuário. Confira agora as características do novo Windows
Entres os formatos reconhecidos pelo TUGZip estão o Media Player.
7Z, ACE, ARC, ARJ, A, LIB, BH, BZ, BZ2, TBZ, CAB, CPIO, DEB,
GCA, IMP, JAR, WAR, EAR, LHA, LZH, RAR, CBZ, RPM, SQX,
TAR, TGZ, GZ, TAZ, Z, TZS, YZ1, ZIP, ZOO, PK2, PK3, PK4,
WSZ e WAL. BS.PLAYER: o Bs Player é um reprodutor multi-
Além disso, o programa é capaz de manipular arquivos mídia gratuito (free) que se destaca por tocar todos os tipos
de imagem nos formatos BIN, C2D, IMG, ISO e NRG. de arquivos de áudio e vídeo tanto no Windows quanto no
• Compatível com todas as versões do Windows. Android. O programa não utiliza muito os recursos de pro-
cessamento do computador para a reprodução de arquivos
8. ICEOWS multimídia, o que o torna adequado principalmente para
O Iceows é um compactador de arquivos que se destaca ser executado em computadores com menor capacidade de
pela facilidade de uso. Com ele você pode manipular gran- processamento.
des quantidades de arquivos com apenas alguns cliques do Com o player você assiste a vídeos com legendas nos
mouse. Além disso, ele se integra no menu de contexto do formatos mais populares, tais como MicroDVD .sub, VobSub
Windows e permite a criação de arquivos executáveis de .sub + .idx, SubViewer .sub, (Advanced) SubStation Alpha .ssa
autoextração. ou .ass, SubRip .srt, VPlayer .txt...
Entre os formatos de arquivos suportados pelo Iceows,
estão o ICE, ARJ, ZIP, TAR, TGZ, CAB, RAR, ACE, PK3, LZS, BFL,
SFV, BZIP2, MIME, Mac HQX, UUEncode, XXEncode, Base64,
JAR, EAR, WAR, LHA, IMP. ITUNES 12: é a mais recente atualização do pro-
• Compatível com todas as versões do Windows. grama da Apple, que permite ao usuário reproduzir, comprar
e organizar todo o seu conteúdo de mídia (músicas, filmes e
9. FREEZIP mais) no Mac OS, iOS e Windows (32 ou 64 bits), com total
O FreeZip é um pequeno utilitário eficaz para compac- segurança aliada à facilidade.
tação e descompactação de arquivos e diretórios. Ele pode
ser instalado rapidamente e se integra ao menu de contexto
do Windows, de onde você pode compactar e descompactar
arquivos e subdiretórios rapidamente. O Media Player Classic Home Cinema: o MPC-
O FreeZip também pode ser usado a partir de linha de -HC (Media Player Classic Home Cinema) é um player mul-
comando e suporta a compactação e descompactação de timídia para Windows que suporta praticamente todas as
arquivos em lote. extensões de áudio e de vídeo encontradas na web. Com
• Compatível com todas as versões do Windows. a sua vasta gama de opções, o MPC-HC pode ser personali-
zado para suprir as necessidades de usuários que possuem
10. KGB ARCHIVER muitos arquivos com diferentes formatos de mídia. Entre
O KGB Archiver é um compactador de arquivos que con- outras coisas, esta versão traz uma barra de ferramentas que
segue taxas de compressão impressionantes. Dependendo pode ser personalizada e transmissão de vídeos digitais de
do tipo de arquivo ele é capaz de reduzir 20 MB em um diversas partes do mundo.
arquivo compactado de 1.5 MB. Alguns dos formatos de arquivos de vídeo suportados
Entretanto, para fazer essa mágica, o processo de com- pelo MPC-HC são: FLV, AMV, MP4, DivX, Windows Media e
pactação ou descompactação é lento e requer uma boa con- MPEG2. O software também utiliza diversos codecs compa-
figuração de hardware. Ele suporta os formatos ZIP e KGB. tíveis com a extensão AVI que é utilizada em grande parte
• Compatível com Windows XP, Vista, 2003 e 2000.
de arquivos de vídeos que circulam pela internet. Todas as
funções comuns a um player de vídeo estão presentes no
Reprodutores de Vídeo MPC-HC, inclusive a compatibilidade de ler filmes em DVD,
reproduzir arquivos de áudio e também conta com suporte
Reprodutores de vídeo podem ser chamados de diversos a arquivos de legendas.
nomes como: player de vídeo, tocador de vídeo etc. O toca-
dor de mídia (português brasileiro) ou reprodutor de media
(português europeu), ou o estrangeirismo media player, é
um programa de computador que executa arquivos contendo VLC Media Player: é um reprodutor de mídia
multimídia em Geral como: MP3, WMA, WAV, MPEG, AAC, gratuito disponível para plataformas diversas, como Windo-
VCDs, DVDs etc. ws, Windows Phone, Mac, Linux, Androide iOS. O programa
Informática

Os principais reprodutores de vídeo são: tem como principal atrativo uma interface básica voltada
aos usuários leigos. Além disso, ele ainda possui a versão
Portable. O software vem recheado de recursos para aten-
WINDOWS MEDIA PLAY: o WMP agora conta com der até mesmo as pessoas mais exigentes, como efeitos de
um visual diferente, preparando-se para a nova interface áudio e vídeo.

4 Openbook Apostilas
Além disso, é possível cortar, endireitar, adicionar textos,
inserir efeitos, e muito mais.
WINAMP: vendido pela AOL para a empresa
Radionomy, é um reprodutor de mídia para Windows e para
OS X. O programa reproduz músicas e vídeos, junto com
recursos online e um profundo sistema de personalização.
É capaz de abrir diversos formatos de som, como mp3, wav
ou OGG; e de vídeos, como avi, mpeg ou mkv. O aplicativo
não está mais disponível para Android e o site oficial parece Um dos grandes destaques do Picasa é sua poderosa
abandonado, já que suas últimas publicações foram feitas biblioteca de imagens. Ele possui um sistema inteligente de
em 2014. Mesmo assim, estão disponíveis para downloads armazenamento capaz de filtrar imagens que contenham
os links para versão do sistema operacional da Microsoft e apenas rostos. Assim você consegue visualizar apenas as
da Apple. fotos que contêm pessoas.
Depois de tudo organizado em seu computador, você
pode escolher diversas opções para salvar e/ou compartilhar
KMPlayer: é um reprodutor multimídia, para suas fotos e imagens com amigos e parentes. Isso pode ser
feito gravando um CD/DVD ou enviando via Web. O programa
Windows, Android e iOS, capaz de tocar diversos formatos
possui integração com o PicasaWeb, o qual possibilita enviar
de arquivos de áudio e vídeo sem se limitar apenas aos co-
um álbum inteiro pela internet em poucos segundos.
decs instalados no computador. Desse modo, ele elimina a
árdua tarefa de encontrar um player para cada extensão. O
Irfanview
programa possui uma compatibilidade surpreendente, pois
reconhece arquivos DivX, RMVB, WMV, MP4 e até mesmo
filmes, rodando direto de DVDs.
O player é gratuito, livre de spywares e consegue des-
O IrfanView é um visualizador de imagem
bancar muitos softwares pagos e renomados. Totalmente
muito leve e com uma interface gráfica simples, otimizada
em português, ele conta com um visual bastante moderno.
e fácil de utilizar, mesmo para quem não tem familiaridade
Suas funções podem ser acessadas através de um simples
com este tipo de programa. Ele também dispõe de alguns re-
clique com o botão direito do mouse, garantindo agilidade
cursos simples de editor. Com ele é possível fazer operações
nas configurações.
como copiar e deletar imagens até o efeito de remoção de
olhos vermelhos em fotos. O programa oferece alternativas
Visualizadores de Imagens para aplicar efeitos como texturas e alteração de cores em
sua imagem por meio de apenas um clique.
Atualmente, devido à evolução da internet com os Conta ainda com recursos para montar slideshow, permi-
mais variados tipos de páginas pessoais e redes sociais, há tindo escolher quanto tempo o programa terá de intervalo
uma grande demanda por programas para trabalhar com entre a mudança das imagens, ordem de exibição (inclusive
imagens. E, como sempre é esperado, em resposta a isso, aleatória), inserção de música e textos (que podem ser uma
também há no mercado uma ampla gama de ferramentas espécie de legenda ou mensagem) nas apresentações. Este
existentes que fazem algum tipo de tratamento ou conver- recurso conta também com opções de salvar no disco rígido
são de imagens. ou gravar para um CD.
Caso o que você precise seja apenas um programa para Outra ferramenta interessante é um conversor de ima-
visualizar imagens e aplicar tratamentos e efeitos simples ou gem, fornecendo uma série de opções para o formato de
montar apresentações de slides, confira alguns aplicativos saída dela. Há, ainda, opções para renomear os arquivos,
mais leves e com recursos mais enxutos como os visualiza- além de escolher a pasta na qual eles serão salvos tempo-
dores de imagens. rariamente. Além disso, ele possui diversas outras funções
A seguir, lista dos principais visualizadores de imagens: como separar cada frame de imagens no formato GIF e aplicar
imagens visualizadas diretamente como papel de parede da
Picasa área de trabalho ou mudar as propriedades de qualquer foto
ou ilustração.

Faststone Image Viewer


O Picasa está com uma versão cheia de inova-
ções que faz dele um aplicativo completo para visualização de O FastStone Image Viewer é um progra-
fotos e imagens. Além disso, ele possui diversas ferramentas ma que além de ser um visualizador de imagens, apresenta
úteis para editar, organizar e gerenciar arquivos de imagem diversos recursos integrados, de forma que você pode exe-
do computador. cutar várias tarefas com ilustrações sem a necessidade de
Informática

As ferramentas de edição possuem os métodos mais instalar outros programas. Suporta todos formatos populares
avançados para automatizar o processo de correção de ima- de imagens, tais como: BMP, JPEG, JPEG 2000, GIF, PNG, PCX,
gens. No caso de olhos vermelhos, por exemplo, o programa PSD (formato Photoshop), TIFF, WMF, ICO e TGA.
consegue identificar e corrigir todos os olhos vermelhos da Com ele você tem acesso a recursos de navegador, visua-
foto automaticamente sem precisar selecionar um por um. lizador, conversor, editor de imagens, incluindo ferramentas

Openbook Apostilas 5
para redimensionar, renomear, ajustar cores, redução de As imagens são armazenadas em pastas de acordo com
olhos vermelhos, criação de logos, gerenciar todas as suas a data e hora em que foram transferidas. No caso de álbuns
fotografias, comparações entre imagens, transformação de vindos do Windows Live Space, as fotos serão armazenadas
imagens em papel de parede, enviar arquivos por e-mail, por nome, data ou título.
ferramenta printscreen, criação de slideshow e até um editor O programa dispõe de alguns recursos de editor de ima-
semelhante ao Paint. gens como ajuste de cores, luminosidades, exposições, deta-
O programa possui um recurso para localização de pastas lhes, recortes e correção de olhos vermelhos. Outro recurso
permitindo que imagens possam ser rapidamente localiza- bem interessante é a possibilidade de criar fotos panorâmicas
das por seu intermédio. O aplicativo oferece rápido acesso a partir de uma imagem ou uma sequência.
às informações de imagens contendo um visualizador de Ainda há a possibilidade de se criar proteções de tela
thumbnails (miniaturas) em que você pode administrar e para seu computador a partir de suas fotos, e opções para
ver todas as suas fotos. o envio de imagens por e-mail, exibição no Windows Live
Space ou Flickr.
Acdsee Além disso, para facilitar a localização de imagens, o
programa possui um sistema de busca interna por palavras
chave.
O ACDSee é um programa que conta com
ABC Visualizador JPP
uma interface amigável para ajudá-lo na visualização de di-
versos tipos de imagens, suportando formatos como: GIF,
JPG, BMP, PSD, TIF e outros. Possui recursos para exibição
de miniaturas e basta um duplo clique para que ela seja O ABC Visualizador Jpp é outro visualizador
exibida em seu tamanho normal. Este programa é gratuito de imagens e fotos superleve, que suporta os formatos: JPG,
para testar durante um período de 30 dias. JPEG, EMF, ICO, WMF, BMP, GIF e GIF Animado. Possui ferra-
Entre as características gerais desta ferramenta, ela mentas de editor de imagem como ajuste de zoom, inversão
possui um mecanismo de busca rápida de imagens que e rotação de imagens, visualização em tela cheia, tamanho
permite a localização delas por nome ou propriedades, por original, catálogo de imagens em tamanho reduzido, monta-
exemplo, permitindo a inclusão de parâmetros como cate- gem de slideshow, ajuste de brilho, contraste, posterização,
gorias, pasta e palavras-chave. O ACDSee possui uma função entre outras. Conta com a vantagem de estar inteiramente
para criação de slideshow com possibilidade de salvar em no idioma português e possuir recurso para localização rá-
disco rígido ou gravar para um CD/DVD com interface “clica pida de imagens.
e arrasta”.
Com ele ainda é possível utilizar algumas funções de edi- Twins Visions
tor de imagens como procurar imperfeições e corrigindo-as
com ferramentas para remoção de olhos vermelhos, aplica-
ção de Zoom, rotação e inversão de imagens, correção de O Twins Visions é um visualizador e ge-
erros, entre outras. Você pode também inserir legendas e renciador de imagens que conta com diversos recursos e
frases nas figuras. uma interface gráfica diferente e muito elegante. Com ele
O programa conta ainda com ferramentas parar criar um é possível visualizar imagens em uma galeria em terceira
álbum virtual em HTML e criação de protetores de telas base- dimensão totalmente interativa, organizá-las e editá-las.
ados em apresentação de slides com suas fotos ou imagens e É um programa que visa atender aos mais variados níveis
uma função que permite sincronizar suas pastas de imagens de usuário, desde iniciantes até os mais experientes com
com um disco rígido externo ou rede para evitar perdê-las. programas do gênero.
Este programa possui uma função inteligente para a bus-
Galeria de Fotos Windows Live 2009 ca de imagens, monitorando o disco rígido por inteiro e rela-
cionando apenas as pastas e subpastas que contêm imagens.
Assim, você evita a perda de tempo buscando imagens em
pastas onde elas não existem. Uma vez relacionadas, basta
Galeria de Fotos Windows Live 2009 é uma um duplo clique sobre a pasta desejada para ela ser lançada
ferramenta desenvolvida pela Microsoft para gerenciar e na galeria em terceira dimensão.
compartilhar imagens com facilidade. Ele é bem semelhante O grande diferencial deste programa é sua galeria, pois
ao visualizador de imagens do Windows Vista. nela não se visualizam apenas miniaturas das imagens, pos-
Importante: para instalar o programa é imprescindível sibilitando um acesso entre as várias pastas agrupadas e em
estar com todas as atualizações do Windows devidamente terceira dimensão, com disponibilidade de organizar sua vi-
feitas. Sem isto, uma série de erros e dificuldades para a sualização de seis formas diferentes.
instalação ocorrerá. A ferramenta de edição do Twins Visions é destinada à
Informática

Com este programa é possível importar fotografias a par- aplicação de ajustes, efeitos e correções nas imagens. Ótima
tir de uma câmera digital, dispensando a necessidade de para tratar e personalizar fotografias. Praticamente todos os
possuir o software específico para descarregar as imagens. recursos do editor permitem que se definam preferências.
Também há uma função que permite efetuar download de Além disso, ele exibe resultado da modificação antes mes-
álbuns do Windows Live Space, inclusive em alta resolução. mo do efeito, correção ou ajuste ser efetuado. Ao término,

6 Openbook Apostilas
pode-se salvar as imagens em JPG, PNG, GIF, TIF e BMP. Para suas funções para manter tudo protegido em tempo real,
mais comodidade, o programa permite definir um formato realizar varreduras e proteger o sistema com um firewall
como padrão para as atividades posteriores. não deixam a desejar.

Antivírus Pagos:

O antivírus é o programa que detecta, identifica, anula Kaspersky Antivírus


ações e remove os vírus do computador. Logo, essa ferra- A quantidade de bons programas antivírus pagos é gran-
menta de segurança é muito importante para um ambiente de, mas, sem dúvida, o Kaspersky está entre os melhores.
computacional e eu apresentarei alguns antivírus gratuitos Desenvolvido pela empresa homônima, uma das mais respei-
e pagos para que ninguém erre uma questão desse gênero. tadas do ramo da segurança do mundo, costuma frequentar
o top 3 das principais listas de melhores antivírus do mundo
Gratuitos: há tempos. Ele oferece recursos avançados de varredura e
limpeza, além de ser capaz de desfazer ações realizadas por
360 Total Security malwares e por isso está no topo desta lista. Acesse o site
Uma das mais poderosas opções para quem quer manter oficial.
o PC protegido sem pagar nada, o 360 Total Security apre-
senta quatro motores antivírus — dois próprios da desen- Bitdefender Antivírus Plus
volvedora Qihoo, mais um da Bitdefender e outro Avira. O Outro frequentador costumeiro do topo da lista dos
esquema pesado de segurança costuma render ótimas aná- principais antivírus do mundo, o Bitdefender Antivírus Plus
lises de sites especializados em antivírus e deve dar conta na oferece proteção completa para quem quer se ver livre de
hora de manter tudo protegido no seu PC. Faça download malwares. Ele conta com ferramentas de recuperação para
no site oficial. vírus persistentes, gerenciamento de senhas e ainda incre-
menta a segurança do seu navegador para você realizar tran-
Avira Free Antivírus sações financeiras. Acesse o site oficial.
Um dos mais conhecidos sistemas antivírus da atualida-
de, o Avira oferece uma excelente versão gratuita para os F-Secure Antivírus
seus usuários. Ele não tem a mais simples e compreensível Uma das características mais marcantes do F-Secure An-
das interfaces, mas apresenta conteúdo de sobra para deixar tivírus é a velocidade do seu modo de varredura rápida — e
sua máquina protegida, monitorando tudo em tempo real, essa agilidade consegue ser ainda maior quando você refaz
vasculhando o sistema em busca de problemas e tudo mais o processo. Isso garante praticidade e rapidez na hora de
que um bom antivírus precisa fazer. Faça download no site manter seu computador seguro. Além disso, ele tem recursos
oficial. especiais para combater a ação de malwares, bloqueando
e monitorando a ação de arquivos suspeitos. Acesse o site
Avg Antivírus Free oficial.
Se você é um usuário mais antigo da internet, deve ficar
um pé atrás quando ouve falar em AVG, mas isso não é MCafee Antivírus Plus
necessário. A empresa evoluiu e seu produto acompanhou A versão Plus do McAfee Antivírus não deixa nada a dese-
este processo, tornando-se uma opção discreta e robusta jar na hora de proteger um computador. O sistema apresenta
para manter o computador protegido. Ele ainda sofre com um excelente desempenho na hora de bloquear o acesso
problemas, como os banners de propaganda que exibe na a sites suspeitos, algo essencial para evitar que você fique
tela do próprio antivírus, mas nada que realmente com- exposto simplesmente ao carregar uma determinada página
prometa o seu excelente funcionamento. Faça download em seu navegador. Acesse o site oficial.
no site oficial.
Eset Nod32 Antivírus
Avast Free Antivírus Um adicional bem interessante que o ESET NOD32 An-
Mais um programa que virou uma espécie de pária dos tivírus apresenta é sua tecnologia de autodefesa. Ameaças
antivírus, mas que já não merece uma fama assim, o Avast que consistem em enganar o antivírus e o atingir diretamen-
também teve um salto evolutivo considerável nos últimos te, deixando seu computador indefeso, são drasticamente
anos e oferece recursos essenciais para a segurança de um reduzidas. A ferramenta também se destaca por apresentar
computador. Com uma interface limpa e intuitiva e desem- taxa de falso erro (quando o antivírus detecta uma ameaça
penho sempre entre intermediário para bom nos principais onde não existe) bem abaixo de outros concorrentes. Acesse
testes com antivírus, ele também pode dar conta do recado. o site oficial.
Faça download no site oficial.
Symantec Norton Antivírus
Windows Defender Por fim, a lista é completa com um dos nomes mais clás-
Informática

Alçado a condição de sistema de defesa padrão da Mi- sicos do gênero. Desenvolvido pela Symantec, referência em
crosoft a partir do Windows 8, o Windows Defender costu- segurança digital, o Norton Antivírus é uma solução avançada
ma dar conta do recado e já foi inclusive premiado como o em questão de proteção para o seu computador. E ele está
melhor antivírus gratuito há alguns anos. O sistema é fácil cada vez melhor, agora com recursos exclusivos para verificar
de ser compreendido, tem uma interface bem amigável e ameaças na web e no seu computador.

Openbook Apostilas 7
Marcelo Andrade Múltiplo Quantidade de bytes
Equivale a
1 Kilobyte (KB) 1.024 bytes (210)
Conceitos e fundamentos básicos:
hardware e software 1 Megabyte (MB) 1.048.576 bytes (220) 1.024 KB
1 Gigabyte (GB) 1.073.741.824 bytes (2 )30
1.024 MB
Sistemas de Informação 1 Terabyte (TB) 1.099.511.627.776 bytes (240) 1.024 GB

De um modo geral, o  termo Sistema de Informação O número 1.024 foi escolhido, pois é a potência de duas
refere-se a uma estrutura organizada de pessoas, equipa- mais próxima de 1.000 (103). Para efeitos práticos, podemos
mentos e processos que coletam, manipulam, armazenam adotar que 1 KB equivale a mil bytes, 1 MB a um milhão de
e distribuem os dados e informações e fornecem um meca- bytes e 1 GB a um bilhão de bytes.
nismo de feedback. Uma visão comum desse sistema está
no uso dos computadores, máquinas capazes de aceitar uma Hardware
ENTRADA DE DADOS estruturada, realizar seu PROCESSA-
MENTO através de regras preestabelecidas e produzir uma Os principais componentes de um computador en-
SAÍDA DE INFORMAÇÃO com resultados aceitáveis. contram-se instalados dentro de um gabinete (conhecido
erroneamente como CPU) em uma placa-mãe (mainboard
ou motherboard), como o processador, a memória principal,
as unidades de armazenamento e o chipset.
Itens de hardware conectados à placa-mãe e acessíveis
ao usuário, fora do gabinete, são periféricos.

Processador

Processador, UCP (Unidade Central de Processamento)


ou CPU, conhecido como “cérebro” da máquina, é o principal
circuito eletrônico (chip) de um computador, onde acontece
o processamento dos dados. Entre suas funções estão:
1) execução dos cálculos necessários ao processamento;
2) processamento das instruções (comandos); e
3) gerenciamento do fluxo de informações entre o pro-
O funcionamento do computador depende da interação cessador, memórias, periféricos e demais itens de hardware.
entre os elementos que o compõe: o Peopleware (usuários)
É composto pela Unidade de Controle (UC), Unidade
manipula o Software, parte lógica (programas, instruções) que
Lógica e Aritmética (ULA) e Registradores.
controla o Hardware, parte física, tangível (dispositivos, equi-
É na CPU que os dados são convertidos em informações.
pamentos), fazendo com que atividades úteis sejam realizadas. São chips responsáveis pela execução de cálculos, testes
lógicos e instruções que resultam em todas as tarefas que
Linguagem Binária um computador pode fazer. Embora haja poucos fabricantes
(essencialmente, Intel, AMD e VIA), o mercado conta com
Existem duas maneiras de representar uma informação: uma variedade de processadores.
analógica ou digitalmente. Um equipamento analógico ma-
nipula a eletricidade variando-a de forma contínua, irregular,
permitindo que a mesma assuma qualquer valor entre o
mínimo (zero) e o máximo. O equipa­mento digital, como os
nossos computadores pessoais, permite que a eletricidade
assuma apenas dois valores bem definidos: o mínimo, 0
(zero), e o máximo, 1 (um). Cada um desses valores recebe
o nome de bit (binary digit, ou dígito binário).
Qualquer tipo de informação, seja um texto, imagem ou
programa, será processado e armazenado pelo computador na
forma de uma grande sequência de uns e zeros. Um conjunto
de 8 bits forma um byte (binary term, ou termo binário) que
é usado para representar caracteres (A=01000001 no padrão
ASCII) e medir capacidades de armazenamento de informação.
A representação através de um “B” maiúsculo significa
byte, enquanto o bit é representado por um “b” minúsculo.
Quando uma questão apresentar um valor em bytes e for ne-
cessário convertê-lo em bits, basta multiplicá-lo por 8 (oito);
se, por outro lado, apresentar um valor em bits, consiga o
equivalente em bytes dividindo-o por 8 (oito).

30 Bytes = 240 bits 32 bits = 4 Bytes


Informática

Como um byte é uma unidade com valor muito peque-


no (armazena apenas um caractere), é comum que sejam
utilizados prefixos multiplicadores, conhecidos da nossa
linguagem decimal, como o kilo, para apresentar grandes
quantidades de informação:

8 Openbook Apostilas
Microfone: transmite sons para uma placa de som que
os converte para sinais digitais, possibilitando seu armaze-
namento e transmissão.
Centrino: nome comercial da combinação de Joystick: dispositivo de controle de ações do computador
três componentes de hardware com a marca Intel, num para aplicações especiais, como jogos e programas gráficos.
mesmo equipamento – processador (Pentium M, Core, Core Drives de CD-ROM (Leitoras de CD): equipamentos que
2 ou Core i7), chipset e interface de rede wireless. A partir de fazem apenas a leitura de dados gravados em um CD e os
janeiro de 2010 o nome Centrino passa a se referir apenas transfere ao computador, usando tecnologia ótica (laser).
a dispositivos sem fio.
Periféricos de Saída
Impressora e plotter: periférico exclusivamente de saída
Atom: processador de 15 mm desenvolvido que permite a visualização de textos e imagens em diversos
para netbooks (subnotebooks), smart phones e computado- substratos como papéis especiais, transparências, lona, PVC,
tecido, cerâmica etc.
res ultraportáteis (nettops), privilegiando baixo consumo de
Monitor: serve de interface visual para o usuário, permi-
energia em detrimento de perfomance (baixa frequência
tindo a visualização de informações na tela e sua interação
interna e pouca memória cache). Podem ter um ou dois
com elas.
núcleos e GPU integrada.
Periféricos de Entrada e Saída (Híbridos ou Mistos)
Clock Interno
Monitor Touch Screen (tela sensível ao toque): tecnologia
presente na tela de um monitor ou acoplado a ela que detecta
a presença e localização de um toque, permitindo interação
direta com o usuário que envia dados (sem a necessidade
de outros periféricos) e recebe de volta novas informações.
Drive de Disquete (FDD, Floppy Disk Drive): dispositivo
eletromecânico que lê e grava dados em um pedaço de
plástico circular revestido de material ferromagnético, de
forma semelhante a uma fita cassete. Expondo esse disco a
um campo magnético, ele ficará permanentemente magne-
Frequência de trabalho do processador que identifica a
tizado, armazenando a informação.
capacidade do processador de realizar cálculos e processar
Gravadoras de CD, DVD e Blu-ray: equipamentos que
instruções. É medido em bilhões de operações por segundo
transferem dados entre um disco de 12 cm (5¼”) de diâmetro
(GHz). Atualmente, encontrada nas frequências de 1,4 a e o computador, usando tecnologia ótica (laser). Podem ser
4,2 GHz. chamadas de unidade CD-RW ou unidade DVD-RAM.
Drive de Fita Magnética (streamer, hexabyte ou DAT):
Clock Externo dispositivo de armazenamento de grande capacidade em
fita plástica revestida de material magnético, assim como as
Frequência de trabalho da placa-mãe, ou FSB, é o ritmo fitas de áudio ou vídeo. Normalmente utilizada nas cópias
(velocidade) com que ocorre a comunicação entre o proces- de segurança (backup).
sador e as outras partes da máquina. É medido em milhões Zip e Jaz Drives: dispositivos que permitem o armaze-
de acessos por segundo (MHz). Atualmente, encontrada nas namento de dados em discos magnéticos de média capa-
frequências de 266 a 1.600 MHz. cidade (Zip Disks de 100, 250 e 750 MB; Jaz Disks de 1 e 2
GB), criados pela Iomega em 1994. Os discos apresentam a
Periféricos conveniência do disquete 3.5”, mas armazenam mais dados
e são mais rápidos.
São equipamentos que ligam o usuário ao computador, USB Flash Drive (UFD): conhecido como Pen Drive, é um
permitindo a entrada de dados que serão levados ao pro- dispositivo de armazenamento de dados em massa, com-
cessador (periféricos de entrada, input devices) onde serão posto por uma memória flash (EEPROM) integrada a uma
analisados e, posteriormente, apresentados ao usuário, interface USB para conexão com o computador.
através de periféricos de saída (output devices). Hard Disk Drive (HDD, HD, Disco Rígido, Disco Local ou
Winchester): dispositivo que armazena dados em discos de
Periféricos de Entrada metal recobertos por material magnético onde os dados são
gravados através de cabeçotes de leitura e gravação. É a me-
Scanner: aparelho de leitura ótica que permite converter mória permanente do computador, não volátil, que fornece
imagens e textos em papel para um formato digital que pode um meio de armazenamento para o sistema operacional,
ser manipulado em computador. dados do usuário e demais programas.
Teclado: principal meio de comunicação entre o usuário
e o computador. Transforma os toques em códigos para o Barramentos e Slots de Expansão
computador. É  semelhante a uma máquina de escrever e
permite a inserção de dados através de caracteres. Slot é um termo em inglês para designar ranhura, fenda,
Mouse: utilizado em softwares com ambiente gráfico, conector, encaixe ou espaço. Tem a finalidade de dotar a pla-
Informática

permite a movimentação de um ponteiro na tela e a execu- ca-mãe de novos recursos ou melhorar o seu desempenho.
ção de algumas ações através de cliques com seus botões. Barramentos são as vias de comunicação que levam
Webcam: câmera de vídeo de baixo custo que capta a informação de um componente a outro no computador
imagens e as transfere para o computador, sendo utilizada (normalmente, essa ligação liga o chipset da placa-mãe
em videoconferência, em editores de vídeo, editores de aos demais equipamentos, como impressora, placa de som
imagem e monitoramento de ambientes. etc.). Há vários tipos de barramentos em um computador,

Openbook Apostilas 9
para ligar diversos equipamentos diferentes. Todos os barra- – Ótica: armazenam informações em uma superfície
mentos existentes na placa-mãe vão culminar em conectores capaz de refletir a luz e usam laser para sua leitura
(slots) que podem estar na própria placa-mãe (barramentos (CD e DVD).
internos) ou na traseira do gabinete do computador (portas
ou barramentos externos). Nosso computador tem vários tipos de memórias, que
Em algumas provas, pode-se encontrar o termo Interface podem ser classificadas (didaticamente) em:
para representar também a palavra barramento.
DRAM SDRAM
(dinâmica) (DDR)
Barramentos Externos: ligam os componentes que ficam RAM
SRAM
fora do gabinete. O Barramento Paralelo transmite sinais em Primária
(estática)
vários condutores elétricos em paralelo (8 bits simultanea-
ROM

mente), enquanto o Barramento Serial envia bit a bit, em Secundária


Unidades de
Armazenamento
Disquete, HD, CD,
DVD, Pen Drive
série, por um condutor elétrico único.
Memórias
Cache
Barramento Paralelo: LPT (Linha Paralela de Transmis- Intermediária (SRAM)
são), DB 25 (conector tipo A, host), IEEE 1284. Apoio Virtual (HD)
Taxas de transferência: entre 150 Kbps e 16 Mbps.
Usado para: impressoras, scanners, Zip e Jaz Drive.
Observações: barramento antigo está em desuso devido Memória Primária (Principal)
à grande possibilidade de falhas na transmissão de dados e
Memória essencial, indispensável para o funcionamento
comprimento limitado do cabo (2 m).
do computador. São endereçadas diretamente pelo proces-
sador e usadas durante o processamento. É capaz de arma-
Barramento Serial RS-232 (Recommended Standard):
zenar não somente os dados, mas também os programas
COM1, COM2, ... DB9, EIA232 (Electronic Industries Alliance).
que irão manipular esses dados. É dividida em ROM e RAM.
Usado para: monitores, mouses, canetas óticas e joys-
ticks.
Taxas de Transferência: 115 Kbps (14,4 KB/s).
Memória RAM (Random Access Memory)
Observações: barramento antigo (usa-se preferencial-
mente a USB).

Barramento Serial PS/2 (Personal System): conector


miniDIN 6.
Usado para: mouse e teclado.
Taxas de Transferência: 115 Kbps.
Observações: barramento que veio substituir o barra-
mento RS232 para mouses e o DIN 5 pinos para teclados
(antigo padrão AT).

Barramento Serial USB (Universal Serial Bus): conector


padrão USB tipo A, B, mini A e mini B, micro A e Micro B,
fornecendo até 6 amperes a voltagens de 5, 12 ou 24 V. Memória de acesso aleatório que pode ser lida ou gra-
Usado para: qualquer equipamento externo (impressora, vada pelo processador e outros dispositivos, responsável
scanner, teclado, mouse, caneta óptica, joystick, câmeras pelo armazenamento temporário das informações para a
fotográficas, webcam etc.). CPU. Quando um programa está em execução, seus dados e
Taxas de Transferência: USB1.1 = 12 Mbps (Full-speed, instruções estão na memória RAM, e por isso ela é também
1996), USB2.0 = 480 Mbps (Hi-speed, 2000) e USB3.0 = 4,8 chamada de memória de trabalho. Armazena informações na
Gbps (Super-speed, 2007). forma de pulsos elétricos e, por isso, é considerada VOLÁTIL,
Observações: permite conectar até 127 equipamentos si- ou seja, seu conteúdo é totalmente apagado com a falta de
energia elétrica.
multaneamente. Esse barramento usa as tecnologias Hotbus
Um programa que não está aberto não está na RAM,
(é possível conectar e remover dispositivos sem reinicializar
mas armazenado em outro tipo de memória, dita auxiliar
o computador) e Plug and Play (dispositivos conectados são
ou secundária. Quando o usuário abre o programa, suas
reconhecidos pelo sistema operacional sem reinicializar o
instruções e dados são jogados na memória RAM, de onde
computador). a CPU passa a trazer essas instruções e dados para permitir
que o programa seja executado. Portanto, a capacidade de
Memórias armazenamento e “velocidade” da memória RAM influen-
ciam diretamente no desempenho do computador.
Memória é todo componente eletrônico capaz de arma-
zenar dados e informações. Há vários tipos de memórias, Tipos de Memória RAM
desde as utilizadas o tempo todo pelo computador até as
raramente solicitadas; desde as que armazenam dados por De acordo com a sua fabricação, a memória RAM pode
muito tempo (mesmo com o computador desligado) até ser de dois tipos principais: a DRAM (RAM Dinâmica) e a
aquelas que só armazenam informações enquanto o com- SRAM (RAM Estática):
putador está sendo utilizado. – DRAM: menos rápida, mais barata e encontrada em
Informática

De acordo com o meio de armazenamento, as memórias maior quantidade em nossos computadores. São
podem ser classificadas em: fabricadas com capacitores (pequenas pilhas) que
– Semicondutoras: armazenam informações em chips se descarregam com o tempo e devem sofrer atua­
de silício (RAM, ROM, EPROM, Cache). lizações frequentes (refresh, realimentação). Esse
– Magnéticas: armazenam informações em uma super- processo toma tempo do processador e aumenta o
fície magnetizável (disquete, HD, fita). tempo final de processamento.

10 Openbook Apostilas
• A SDRAM (DRAM Síncrona) tinha uma velocidade – EEPROM (ROM programável e apagável eletricamen-
boa e acessos com frequências sincronizadas com te) pode ser gravada e apagada milhares de vezes
a frequência da placa-mãe (uma revolução em por meio do aumento da tensão elétrica em seus
relação aos modelos anteriores). conectores. Quando um chip EEPROM permite que
• Atualmente as memórias mais comuns são chama- múltiplos endereços sejam apagados ou escritos numa
das de DDR-SDRAM ou simplesmente DDR (Dupla só operação, é então conhecido como Memória Flash
Taxa de Dados). São mais rápidas que a SDRAM e usado em pen drives.
convencional porque utilizam duas vezes cada ciclo
de sua frequên­cia para transmitir/receber dados. A principal característica em comum entre esses tipos
– SRAM: mais rápida, mais cara, e, por isso, aparece em de memória é que NÃO SÃO VOLÁTEIS, ou seja, o conteúdo
menor quantidade em nossos micros. São usadas na dessas memórias é mantido mesmo quando não houver
construção de memória cache e nos registradores. Não energia elétrica alimentando o computador.
há a necessidade de refresh nesse tipo de RAM, porque No computador, um exemplo de memória ROM é o chip
utiliza semicondutores ao invés de capacitores. que armazena o BIOS (Sistema Básico de Entrada e Saída),
que existe em toda placa-mãe:
Memória ROM (Read Only Memory) – BIOS (Basic Input Output System): é a primeira camada
de software do sistema, a mais intimamente ligada ao
Memória não volátil que, uma vez gravada, não pode ser hardware. É encarregado de reconhecer os componen-
alterada. Normalmente é usada por fabricantes de hardware para tes de hardware instalados, realizar o boot e prover
armazenar nela o programa básico que determina o funciona- informações básicas para o funcionamento do micro.
mento de um equipamento (Firmware ou software embarcado).
Nos computadores é possível encontrar chips de memó- Memória Secundária (Memória Auxiliar)
ria ROM e outros com variações da ROM original:
– PROM (ROM Programável): vem de fábrica “limpa” Qualquer dispositivo capaz de armazenar dados perma-
e pode ser gravada uma única vez por equipamentos nentemente, mesmo na ausência de energia elétrica (não
especiais. voláteis). Podem conter programas que controlam o com-
– EPROM (ROM programável e apagável): pode ser putador, como o Sistema Operacional, e ainda os arquivos
gravada e apagada por meio de luz ultravioleta. de dados e programas do usuário.

Memória Tecnologia de Leitura e Gravação Capacidade de armazenamento


HD (disco rígido) magnética, acesso direto
160 GB a 2 TB
Fita de backup magnética, acesso sequencial
Disquete de 3½” magnética 1,44 MB ≈ 1.474 KB (1,38 MB utilizáveis)
Zip Disk magnética 100, 250 e 750 MB
Jaz Disk magnética 1 e 2 GB
CD ótica 800 MB
DVD ótica 4,7 (padrão) a 17 GB
Blu-ray ótica (laser azul) 23 a 54 GB
Pen Drive elétrica, flash, EEPROM 1 a 256 GB

Memória Cache (Memória Intermediária) chamada de Arquivo de Troca, Permuta ou Paginação, Swap
File e Memória Paginada.
Além da RAM principal (SDRAM), há uma pequena quan- A memória virtual é um recurso de armazenamento tem-
tidade de memória RAM estática (SRAM) nos nossos compu- porário usado por um computador para executar programas
tadores. Essa memória é muito rápida e fica localizada dentro
do processador (5 ns contra 70 ns da SDRAM), interposta entre que precisam de mais memória do que ele dispõe. Quando
ele e a RAM principal. O nome cache vem do francês e significa o computador está com pouca memória RAM e precisa de
“escondida”, pois quem controla o que entra e o que sai dela é mais, imediatamente, para completar a tarefa atual, o Win-
a própria CPU, e não os programas ou o sistema operacional. dows usará um espaço reservado em disco rígido para simular
A cache serve para armazenar os dados e instruções que a RAM do sistema.
foram mais frequentemente trazidos da memória principal. Ou O Windows XP define o tamanho inicial do arquivo de
seja, se um dado está sendo requisitado na RAM, ele é arma- paginação como 1,5 vezes e o tamanho máximo como duas
zenado na cache para que, quando for requisitado novamente, vezes a quantidade de RAM instalada no computador. Essa
não precise ser buscado na RAM, que está mais distante e é “reserva” de espaço é feita quando o Windows é carregado
menos rápida, aumentando a performance do processador e
reduzindo o tempo de acesso aos dados e instruções. (inicialização), mas a área em si de memória virtual só será
De acordo com a proximidade em relação ao núcleo de utilizada quando (e se) necessário.
processamento, a  memória cache recebe níveis: a cache Usando a memória virtual, se o processador procurar
primária (L1) é a mais próxima, a mais rápida e a mais cara. por um dado na memória RAM, poderá encontrar apenas
A cache secundária (L2) está ainda dentro do processador, um endereço, um atalho, para o dado que está de fato ar-
porém um pouco mais afastada do núcleo e tem capacidade mazenado no HD.
de armazenamento superior à L1. Alguns processadores para Quando um programa está sendo mais usado que outro,
servidores possuem um terceiro nível (L3), como o Xeon e o
eles trocam de lugar: o programa mais usado, se estiver na
Informática

Itanium, da Intel, e o Opteron, da AMD.


Virtual, é transposto para a real e o programa menos usado,
Memória Virtual (Memória de Apoio) se estiver na real, é transposto imediatamente para a virtual.
Se a memória virtual estiver sendo utilizada.
É a parte do HD usada como memória RAM, ou é a parte O desempenho do computador será bastante prejudica-
da memória fixa usada como memória provisória. Pode ser do, pois o acesso ao HD é mais lento que à RAM.

Openbook Apostilas 11
Periféricos e Unidades de no monitor de vídeo por um cursor (ponto de inserção) “|”.
Armazenamento É, geralmente, dividido em cinco partes:
1. Telado alfanumérico: apresenta as mesmas letras,
números, símbolos e pontuações de uma máquina de es-
São equipamentos que ligam o usuário ao computador,
crever tradicional, incluindo as teclas especiais Tab, Caps
permitindo a entrada de dados que serão levados ao pro-
Lock, Shift, Enter e Backspace, normalmente dispostas no
cessador (periféricos de entrada, input devices), onde serão
padrão QWERTY.
analisados e, posteriormente, apresentados ao usuário, 2. Teclado numérico: as teclas estão agrupadas em um
mediante periféricos de saída (output devices). bloco, como numa calculadora, é útil para digitar números
com rapidez – inclui teclas com as operações matemáticas
Periféricos de Entrada comuns, ponto, vírgula, Enter e Num Lock.
3. Teclas de Controle: podem ser usadas sozinhas ou em
Scanner: aparelho de leitura ótica que permite converter combinação com outras teclas para a realização de ações
imagens e textos em papel para um formato digital que pode específicas – Ctrl, Alt, Esc, Print Screen, Scroll Lock, Pause/
ser manipulado em computador. Break, Winkey e Tecla de Contexto (Shift + F10).
Teclado: principal meio de comunicação entre o usuário 4. Teclas de Navegação: usadas para movimentação e edi-
e o computador. Transforma os toques em códigos para o ção de textos em documentos e páginas web – incluem as setas
computador. É semelhante a uma máquina de escrever e per- direcionais, Insert, Delete, Home, End, Page Up e Page Down.
mite a inserção de dados por meio de caracteres. A posição 5. Teclas de Função: realizam tarefas específicas, de acor-
que irá receber o próximo caractere a ser digitado é indicada do com o programa utilizado, com nomes variam de F1 a F12.

Figura 1: Layout de um teclado QUERTY.

O layout do teclado pode mudar de acordo com o idioma movimentar o cursor e ativar os botões esquerdo,
da região onde é usado. O teclado brasileiro é caracterizado direito e scroll.
pela presença do caractere Ç (cedilha) e se chama ABNT ou – Pointing Stick (TrackPoint): espécie de botão (ou
ABNT2. pino) localizado no meio do teclado de notebooks.
Combina flexibilidade e sensibilidade para identificar
Mouse: utilizado em softwares com ambiente gráfico, os movimentos que o usuário lhe aplica com o dedo
permite a movimentação de um ponteiro na tela e a execução para guiar o cursor na tela.
de algumas ações mediante cliques com seus botões. O que – Tablets (mesa digitalizadora): dispositivo com uma
torna os vários tipos de mouse diferentes entre si são justa- área plana que captura o movimento de uma caneta
mente as técnicas utilizadas para permitir a movimentação ou mouse e envia ao computador orientações para
do cursor e os cliques. que este reproduza o desenho na tela.
– Mouses biométricos: identifica usuários por meio de
– Mouse com esfera: popularmente conhecido como impressão digital, permitindo acesso ao sistema ou
“mouse de bolinha”, é geralmente recoberta por uma a determinados recursos do computador somente a
camada de borracha que, quando girada, faz o cursor usuários autorizados.
se movimentar na tela.
– Mouse ótico e a laser: usam um mecanismo óptico Webcam: câmera de vídeo de baixo custo que capta
no lugar da esfera para orientar a movimentação do imagens e as transfere para o computador, sendo utilizada
cursor. Como vantagens apresentam tempo de vida em videoconferência, em editores de vídeo, em editores de
útil maior, acumulam menos sujeira e têm maior imagem, e monitoramento de ambientes.
precisão de movimentos. Microfone: transmite sons para uma placa de som que
– Trackball: mouse semelhante ao mouse de “bolinha”, os converte para sinais digitais, possibilitando seu armaze-
Informática

mas com a esfera localizada na sua parte superior. namento e transmissão.


Como esse dispositivo exige menos movimentação Joystick: dispositivo de controle de ações do computador
por parte do usuário, é indicado para prevenir lesões para aplicações especiais, como jogos e programas gráficos.
por esforço repetitivo. Drives de CD-ROM (leitoras de CD): equipamentos que
– Touchpad: comum em notebooks. Trata-se de uma fazem apenas a leitura de dados gravados em um CD e os
pequena superfície sensível ao toque que permite transfere ao computador, usando tecnologia ótica (laser).

12 Openbook Apostilas
Periféricos de Saída • Desvantagens: dimensões e peso, consumo eleva-
do de energia, efeito de cintilação (flicker), possi-
Impressora e plotter: periférico exclusivamente de saída bilidade de emissão de raios x, danosos à saúde.
que permite a visualização de textos e imagens em diversos – LCD (Liquid Cristal Display): tecnologia mais moderna
substratos como papéis especiais, transparências, lona, PVC, para monitores, em que a tela é composta por cristais
tecido, cerâmica etc. Existem vários modelos com diferentes que são polarizados para gerar as cores.
velocidades de impressão – medida em CPS (caracteres por • Vantagens: baixo consumo de energia, dimensões
segundo, LPM (linhas por minuto) ou PPM (páginas por minu-
reduzidas, não emissão de radiações nocivas, for-
to), qualidades de impressão – medida em DPI (dots per inch)
ou PPP (pontos por polegada) e tecnologias de impressão: ma imagens praticamente perfeitas, estáveis, sem
– Impressora a Laser: usam o mesmo princípio xero- cintilação e que cansam menos a visão.
gráfico das fotocopiadoras – aderem o toner (plástico • Desvantagens: maior custo de fabricação, ângulo
microfino) a um cilindro foto sensível usando laser ou de visão limitado, baixa qualidade de imagem
LEDs, transferem o toner usando eletricidade estática quando operando numa resolução diferente da-
para o meio da impressão ao qual é fundido com calor quela para a qual foi projetada, cor preta mostrada
e pressão. As impressoras a laser são conhecidas por com aspecto acinzentado ou azulado.
apresentarem cópias de alta qualidade e com boa ve-
locidade a um baixo custo-por-cópia (preto e branco). A qualidade da imagem de um monitor é medida em
– Impressora a Jato de Tinta: funcionam por aspersão pixels (pontos) – quanto maior o número de pontos, melhor a
de gotas de tinta líquida, colorida e preta, sob o papel. imagem. A distância entre os núcleos dos pontos é conhecida
É o tipo mais comum de impressora para o consumi- como dot pitch (ideal entre 0,26 e 0,28 mm – quanto menor,
dor geral devido a seu baixo custo, alta qualidade de
melhor a nitidez da imagem). O tamanho de um monitor é
impressão, impressão em cores vívidas e facilidade de
uso. medido em polegadas entre as diagonais da tela.
– Impressora de Tinta Sólida ou Jato de Cera: forma
imagens derretendo “cubos” de cera colorida em Periféricos de Entrada e Saída (Híbridos ou Mistos)
um cilindro revestido de óleo e transferindo-as para
o papel. Oferece excelente qualidade de imagem, Monitor Touch Screen (tela sensível ao toque): tecnolo-
consumindo muita energia e demorando a gerar uma gia presente na tela de um monitor ou acoplado a ela que
primeira impressão quando fria. detecta a presença e localização de um toque, permitindo
– Impressora de Sublimação: cria excelentes impressões interação direta com o usuário que envia dados (sem a
em cores a um custo alto. Semelhante à impressora necessidade de outros periféricos) e recebe de volta novas
de tinta sólida, usa um filme plástico colorido que é informações. Muito utilizado atualmente no design de aplica-
vaporizado em papel especial, PVC, alumínio e plás- ções digitais como computadores de mão, GPSs e celulares.
ticos. Drive de Disquete (FDD, Floppy Disk Drive): dispositivo
– Impressora Térmica: pinos aquecidos entram em
eletromecânico que lê e grava dados em um pedaço de
contato com um papel sensível ao calor, gerando os
caracteres. São rápidas, econômicas e silenciosas, plástico circular revestido de material ferromagnético, de
mas o papel térmico é frágil e desbota com o tempo, forma semelhante a uma fita cassete. Expondo esse disco a
umidade e exposição à luz. É  utilizado em alguns um campo magnético, ele ficará permanentemente magne-
modelos de fax e impressoras de caixas eletrônicos, tizado, armazenando a informação.
comprovantes de compras com cartão e caixas regis- Gravadoras de CD, DVD e Blu-ray: equipamentos que
tradoras. transferem dados entre um disco de 12 cm (5¼”) de diâmetro
– Impressora de Impacto: baseiam-se no princípio e o computador, usando tecnologia ótica (laser). Podem ser
da decalcação, pressionando agulhas (Matricial) ou chamadas de unidade CD-RW ou unidade DVD-RAM. Podem
uma roda de caracteres (Margarida) contra uma fita ser oferecidos no mercado com 3 velocidades: 24x10x40x
de tinta, marcando o papel. É barulhenta, lenta, tem (gravação, regravação e leitura). O “x” representa uma ve-
péssima resolução e seu custo de aquisição não é bai- locidade padrão para cada tecnologia:
xo. Apresenta baixíssimo custo de cópia e é bastante
utilizada para a impressão de notas fiscais em várias
vias carbonadas. VelocidadeComprimento
Velocidade
– Plotter: impressora com tecnologia jato de tinta ou Tecnologia atual de onda
padrão “x”
laser que apresenta uma entrada de papel larga (80 para leitura
e cor do laser
cm a 5 m), permitindo a impressão de projetos arqui- infraverme-
tetônicos e banners, em vários substratos. CD 150 KB/s 72x (10 MB/s)
lho – 780 nm
vermelho –
Monitor: serve de interface visual para o usuário, permi- DVD 1,35 MB/s 20x (27 MB/s)
650 nm
tindo a visualização de informações na tela e sua interação
com elas. violeta –
Blu-ray 4,5 MB/s 12x (54 MB/s)
Os monitores são classificados de acordo com a tecno- 405 nm
logia de formação da imagem:
As mídias óticas CD-R (Compact Disc-Recordable) e
Informática

– CRT (Cathodic Ray Tube): monitor “tradicional”, em


que a tela é repetidamente atingida por um feixe de DVD-R (Digital Video Disc-Recordable) são conhecidas como
elétrons, que atuam no material fosforescente que a WORM (Write Once, Read Many), pois podem ter dados
reveste, formando assim as imagens. “escritos” uma única vez e lidos várias. As tabelas a seguir
• Vantagens: longa vida útil, baixo custo de fabrica- mostram variações das mídias DVD com suas capacidades
ção, variedade de resoluções. de armazenamento:

Openbook Apostilas 13
Tipos Lados Camadas Diâmetro (cm) Capacidade (GB)
DVD-1 SS SL 1 1 8 1,46
DVD-2 SS DL 1 2 8 2,66
DVD-3 DS SL 2 2 8 2,92
DVD-4 DS DL 2 4 8 5,32
DVD-5 SS SL 1 1 12 4,70
DVD-9 SS DL 1 2 12 8,54
DVD-10 DS SL 2 2 12 9,40
DVD-14 DS DL/SL 2 3 12 13,24
DVD-18 DS DL 2 4 12 17,08

SS = single-sided, DS = double-sided, SL = single-layer, DL = dual-layer


O DVD padrão tem 12 cm de diâmetro, enquanto a variedade de 8 cm é chamada MiniDVD.

Tipos Lados Camadas Diâmetro (cm) Capacidade (GB)


DVD-R SS SL (1.0) 1 1 12 3,95
DVD-R SS SL (2.0) 1 1 12 4,70
DVD-RW SS SL 1 1 12 4,70
DVD+R SS SL 1 1 12 4,70
DVD+RW SS SL 1 1 12 4,70
DVD-R DS SL 2 2 12 9,40
DVD-RW DS SL 2 2 12 9,40
DVD+R DS SL 2 2 12 9,40
DVD+RW DS SL 2 2 12 9,40
DVD-RAM SS SL 1 1 8 1,46
DVD-RAM DS SL 2 2 8 2,65
DVD-RAM SS SL (1.0) 1 1 12 2,58
DVD-RAM SS SL (2.0) 1 1 12 4,70
DVD-RAM DS SL (1.0) 2 2 12 5,16
DVD-RAM DS SL (2.0) 2 2 12 9,40

Drive de Fita Magnética (streamer, hexabyte ou DAT): Hard Disk Drive (HDD, HD, Disco Rígido, Disco Local ou
dispositivo de armazenamento de grande capacidade em Winchester): dispositivo que armazena dados em discos de
fita plástica revestida de material magnético, assim como as metal recobertos por material magnético onde os dados
fitas de áudio ou vídeo. Normalmente utilizada nas cópias são gravados por meio de cabeçotes de leitura e gravação.
de segurança (backup). É  a memória permanente do computador, não volátil,
Zip e Jaz Drives: dispositivos que permitem o armaze- que fornece um meio de armazenamento para o sistema
namento de dados em discos magnéticos de média capa- operacional, dados do usuário e demais programas. O HD
cidade (Zip Disks de 100, 250 e 750 MB; Jaz Disks de 1 e 2
também é utilizado para expandir a memória RAM, através
GB), criados pela Iomega em 1994. Os discos apresentam a
da gestão de memória virtual. Além da capacidade que pode
Informática

conveniência do disquete 3.5”, mas armazenam mais dados


e são mais rápidos. chegar a alguns poucos Terabytes, outras características
USB Flash Drive (UFD): conhecido como Pen Drive, é um são sua velocidade de rotação, com 5.400 ou 7.200 rpm e
dispositivo de armazenamento de dados em massa, com- a DMA (Acesso Direto à Memória), que permite que o HD
posto por uma memória flash (EEPROM) integrada a uma acesse dados na memória RAM sem o intermédio do pro-
interface USB para conexão com o computador. cessador.

14 Openbook Apostilas
Backup Tipos de Backup
O termo backup é usado para descrever uma cópia de Normal
segurança. Caso dados originais sejam apagados ou substi-
tuídos por engano ou se tornem inacessíveis devido a falhas, O backup Normal copia todos os arquivos indicados,
é possível usar a cópia para restaurá-los. não verificando dentre eles quais possuem marcação. Após
a realização do processo de cópia, marca todos os arquivos
Fazer backup NÃO significa compactar arquivos para que como tendo passado por backup. Pode realizar a compressão
ocupem menos espaço e liberarem espaço em disco. dos arquivos copiados, é demorado e ocupa muito espaço
em mídia.
O procedimento de arrastar o ícone de arquivos e pastas para É utilizado quando os arquivos são copiados pela primeira
um local qualquer, criando uma cópia deles, é considerado vez ou no início de uma estratégia de backup, podendo ser
uma forma de backup de dados. seguido por repetidos processos de backup diferencial ou
incremental.
A realização de backups objetiva minimizar a probabilida- O backup Normal pode também é conhecido por Total,
de de perda de dados importantes, enquanto a realização de Global, Full ou Completo.
restauração visa recuperar dados previamente armazenados.
Qualquer mídia não volátil pode ser usada para armaze- Incremental
namento de dados “backupeados”, sendo comum o uso de
fita magnética, pois sendo uma unidade de armazenamento Backup que copia somente os arquivos criados ou alte-
removível, possui a vantagem de permitir transporte de rados desde o último backup normal ou incremental (veri-
dados de maneira prática e rápida. fica marcação) e marca todos os arquivos como tendo sido
Dispositivos como pen drives, disquetes de 3½” e discos submetidos a backup, ou seja, o atributo de arquivamento
rígidos locais ou acessíveis em rede também são úteis para é desmarcado.
a realização de cópias de segurança. Quando se está executando uma combinação de backups
Existem softwares capazes de automatizar o processo de normais e incrementais para restaurar os dados, será preciso
criação de backups, como o Microsoft Backup, incluído no ter o último backup normal e todos os conjuntos de backups
Windows XP e acessível em Iniciar / Todos os programas / incrementais criados deste o último backup normal.
Acessórios / Ferramentas do Sistema / Backup. Este utiliza a Usa menor quantidade de mídia porque apenas os dados
extensão .bkf (backup files) em seus arquivos e pode realizar que foram modificados ou criados desde o último backup
os procedimentos mais comuns de backup: Cópia Simples, total ou incremental são copiados. Entretanto, a restaura-
Diário, Normal, Diferencial e Incremental. ção de arquivos gravados em backups incrementais é mais
trabalhosa do que a restauração de um arquivo em um
Marcação backup completo ou diferencial, porque diferentes arquivos
de backup incremental podem conter versões diferentes do
No Windows, todos os arquivos têm três atributos mesmo arquivo.
básicos: Oculto, Somente Leitura e Arquivamento. Se este
último estiver marcado, o  arquivo deverá ser copiado no Diferencial
próximo backup.
Backup que copia somente os arquivos criados ou alte-
rados desde o último backup normal (verifica marcação) e
não os marca como arquivos que passaram por backup (não
remove a marcação). Usa maior quantidade de mídia que o
backup incremental, porque todos os dados que foram modi-
ficados ou criados desde o último backup total são copiados.
Quando se está executando uma combinação de backups
normal e diferencial, para restaurar arquivos e pastas serão
necessários apenas o último backup normal e o último ba-
ckup diferencial. Portanto, a restauração de arquivos grava-
dos em backups diferenciais é mais simples e rápida do que
a restauração de um arquivo em um backup incremental.

Cópia Simples

O backup de cópia copia todos os arquivos selecionados,


mas não marca cada arquivo como tendo sofrido backup.
É útil no caso de se efetuar backup de arquivos entre os ba-
ckups normal e incremental, pois ele não afeta essas outras
operações de backup.
Novos arquivos têm, por padrão, o  atributo marcado.
Informática

Alguns processos de backup removem essa marcação quando


realizados. Nesses casos, os arquivos que tiveram a opção O
Diário
arquivo está pronto para ser arquivado desativada são ditos
identificados ou “marcados” como tendo participado de pro- O backup diário copia todos os arquivos selecionados que
cesso de backup ou “perderam a marcação”. Se o usuário mo- tenham sido criados ou modificados na data da execução
dificar e salvar o arquivo, o atributo será ativado novamente. do backup.

Openbook Apostilas 15
WINDOWS XP
Multitarefa Preemptiva
Introdução
Multitarefa é a capacidade apresentada pelo sistema
operacional de repartir a utilização do processador entre
O sistema operacional Windows XP é um software
várias tarefas (instruções de programas), “quase” simulta-
básico encarregado de permitir a interação entre o usuário
neamente.
e os itens de hardware disponíveis no computador; controla A Preempção (direito de “recompra”) é um esquema de
os drivers dos dispositivos de entrada e saída; controla o processamento computacional onde o kernel tem o controle
acesso à memória pelos demais componentes de hardware; do tempo que será usado por cada processo, e tem o poder
gerencia os programas abertos e divide o tempo de proces- de tomar de volta esse tempo e dá-lo para outro processo
sador entre eles; instala, gerencia e permite a utilização de segundo seu esquema de prioridades.
outros softwares, comportando-se como a base, sobre a qual
rodam as demais partes do sistema operacional; controla o Multiusuário e Multissessão
armazenamento de arquivos e permite sua manipulação.
Capacidades de criar diversos perfis de usuários e permi-
Módulos tir seu acesso (logon) simultâneo ao computador. Cada usuá-
rio deverá utilizar um conjunto de nome e senha para acesso
Kernel é o núcleo do sistema operacional, a camada do ao sistema operacional, carregando suas características
sistema operacional mais próxima ao hardware. Gerencia especiais, como: plano de fundo, pasta Meus Documentos,
o acesso aos dados, os recursos de hardware e a execução Histórico, Favoritos, Documentos Recentes, tipo de usuário
de programas. (Administrador ou Limitado) ao início de sua sessão de uso.
Shell é a camada mais externa do sistema operacional e A multissessão no Windows XP é percebida quando o
é responsável pela interação com o usuário. No Windows XP, usuário atual permite a criação de uma nova sessão de uso
o Shell é uma área gráfica (GUI – Graphic User Interface): o do sistema sem realizar o seu logoff (encerrar sua sessão).
desktop (área de trabalho), onde a manipulação de janelas, Seus programas e arquivos abertos são mantidos em funcio-
namento e é possível alternar para outra conta de usuário,
ícones e outros objetos facilita bastante a utilização e confi-
usando o recurso Troca Rápida de usuário.
guração do sistema operacional.

Sistema Operacional Gráfico (GUI) Utilização do Windows XP


Ao iniciar o Windows XP, o usuário é recepcionado por uma
A partir do Windows 95 tem-se um sistema operacional
tela de boas-vindas, onde se deve informar o nome do usuário
autônomo e que oferece interface gráfica com o usuário: e sua senha para que o Windows efetue o logon (entrada no
itens visuais como ícones, janelas, menus, ponteiros são usa- sistema) e nos apresente a área de trabalho personalizada.
dos para comandar o sistema de forma amigável e intuitiva.
Área de Trabalho
Plug and Play (PnP)
Ao inicializar o Windows todo o ambiente gráfico visua-
A instalação automática de itens de hardware, sem a lizado é definido como área de trabalho, onde encontra-se
necessidade de desligar ou reiniciar o computador (hotbus), apenas um ícone, a Lixeira, uma barra horizontal, localizada
encontra suporte no Windows XP. Quando conectado um na parte inferior da tela, chamada Barra de Tarefas (Taskbar)
dispositivo através de um barramento adequado, como o e um plano de fundo (papel de parede ou desktop). Outros
USB, o sistema operacional o identifica e busca informações ícones (representações gráficas de arquivos, pastas e recur-
sobre seu funcionamento no próprio dispositivo (firmware) sos do sistema) podem ser adicionados à área de trabalho
ou em uma lista própria de drivers, permitindo sua utilização. e ativados por um duplo clique.
Informática

16 Openbook Apostilas
Barra de Tarefas pesquisar arquivos, pastas e programas, ajustar configura-
ções do computador, obter ajuda para o uso do sistema,
Parte da área de trabalho que é, por padrão, visível todo desligar o computador, fazer logoff ou alternar para outra
o tempo (mesmo com várias janelas de programas abertos) e conta de usuário. O Menu Iniciar é apresentado verticalmen-
que contém o botão Iniciar, Barras de Ferramentas (como a te com duas colunas, um cabeçalho e um rodapé. Alguns
Inicialização Rápida), botões que representam os programas comandos do menu Iniciar têm uma seta para a direita, sig-
abertos pelo usuário, barra de idiomas e a área de notificação nificando que há opções adicionais disponíveis em um menu
(Systray, bandeja do sistema). secundário.
O botão Iniciar é o principal elemento da Barra de Tare- Pode ser acionado pelo mouse, pela tecla de atalho CTRL
fas. É a maneira mais fácil de iniciar um programa que estiver
instalado no computador, fazer alterações nas configurações
do computador e localizar ou abrir um arquivo. + ESC, TAB ou pela tecla do Windows , também cha-
A Barra de Ferramentas Inicialização Rápida mostra mada de WinKey.
atalhos para os programas mais usados, apresentando íco-
nes que permitem executar o Internet Explorer 6, Windows

Media Player e Mostrar a área de Trabalho (minimiza


todas as janelas de programas abertos). Outros atalhos po-
dem ser acrescentados e removidos.
A Barra de Tarefas mostra, em sua região intermediária,
quais janelas estão abertas no momento da operação, mes-
mo que algumas estejam minimizadas ou ocultas sob outra
janela, permitindo assim, alternar entre essas janelas (ou
programas) com rapidez e facilidade.
A Barra de Idiomas é uma barra de ferramentas que apa-
rece na área de trabalho automaticamente quando serviços
de texto, como idiomas de entrada e layouts do teclado são
ativados. Fornece uma maneira rápida para alterar o idioma
de entrada ou o layout do teclado.
A Área de Notificação (região clara mais à direita da Barra
de Tarefas, onde se localiza o relógio do sistema) contém
atalhos para programas e informações de status importantes.

Propriedades da Barra de Tarefas

A Barra de Tarefas pode ser personalizada através do


Painel de Controle, usando-se o ícone Barra de Tarefas e
Menu iniciar ou clicando-se em uma área livre da barra com
o botão direito do mouse e a opção Propriedades. O menu
de contexto apresentado após o clique com o botão direito
em uma área livre da Barra de Tarefas permite realizar as
seguintes atividades:
• Barras de Ferramentas: acrescenta ou remove barras
com funcionalidades adicionais à Barra de Tarefas,
como a Inicialização Rápida. O lado esquerdo do Menu Iniciar permite acesso a to-
• Janelas: organiza automaticamente as janelas de dos os programas instalados no computador, inclusive aos
programas abertos. Acessórios do Windows e Ferramentas do Sistema. É atu-
alizado com links para os 6 (seis) programas abertos com
Mostrar a Área de Trabalho: minimiza todas as janelas mais frequência pelo usuário atual e, na parte superior são
abertas e, com isso, permite a visualização da área de traba- fixados os atalhos para o navegador e gerenciador de email,
lho. Esse recurso pode ainda ser ativado pelo botão da barra os quais aparecerão independentemente de utilização fre-
de ferramentas Inicialização Rápida ou pela tecla de atalho quente. Atalhos para outros programas podem ser levados
winkey + D. para essa região.
• Gerenciador de Tarefas: mostra a janela do Geren- O lado direito permite acessar pastas especiais do Win-
ciador de Tarefas (CTRL + ALT + DEL ou CTRL + SHIFT dows criadas para cada usuário e outros recursos do sistema.
+ ESC). O Menu Iniciar pode ser configurado para ser visualizado
• Bloquear a Barra de Tarefas: impede ou permite que usando o estilo de versões antigas do Windows, chamado
a barra de tarefas seja movida ou redimensionada. Menu Iniciar clássico. Clique na barra de tarefas com o botão
direito do mouse e selecione propriedades e então clique na
Menu Iniciar
Informática

guia menu Iniciar e em menu Iniciar Clássico.


O cabeçalho do Menu Iniciar mostra uma imagem de
O botão Iniciar é o principal elemento da Barra de Tare- exibição (a mesma da tela de boas-vindas) e o nome do
fas. Ele dá acesso ao Menu Iniciar, que mostra uma lista de usuário que realizou logon e está utilizando o sistema. Clicar
opções onde o usuário pode iniciar a utilização do sistema, a imagem de exibição abrirá Contas de Usuário do Painel
como iniciar programas, abrir pastas usadas com frequência, de Controle.

Openbook Apostilas 17
O rodapé apresenta dois botões que permitem alternar – Vídeo: altera a aparência da área de trabalho, como
entre os usuários registrados e desligar o computador: plano de fundo, proteção de tela, cores, tamanhos de
fonte e resolução de tela. Pode ser acessado também
clicando com o botão direito do mouse na área de
trabalho do Windows e escolhendo a opção Proprie-
dades no menu de contexto.

Alterar a Resolução da Tela


As configurações de resolução de tela determinam a
quantidade de informações que o monitor exibe e a clareza
com que textos e imagens são exibidos na tela (definição).
– Fazer Logoff: abre uma janela onde duas opções Os itens aparecem mais definidos e também menores em
estão disponíveis. Trocar usuário (permite alternar resoluções mais altas. Em resoluções mais baixas, há menos
para outro usuário, mantendo a sessão atual aberta itens na tela, mas eles são maiores e mais fáceis de ler. Em
e disponíveis os programas e arquivos abertos do resoluções muito baixas, porém, as  imagens podem ficar
usuário atual) e Fazer logoff (permite a entrada de um com bordas serrilhadas.
novo usuário, fechando todos os programas abertos
do usuário atual, encerrando sua sessão).
quantidade tamanho dos
– Desligar o Computador: abre uma janela onde quatro resolução
de pixels pixels
opções estão disponíveis. Desativar (fecha todos os
arquivos e programas abertos e encerra o Windows,
para que o computador seja desligado com seguran- tamanho dos área de informações
ça), Reiniciar (encerra o Windows e o reinicia), Em objetos trabalho útil na tela
Espera (coloca o computador num estado de baixo
consumo de energia, permitindo rápido retorno às Contas de Usuário: cria novos usuários e altera configu-
atividades) e Hibernar (desliga o computador salvando rações como senha, imagem de exibição e opções de logon.
o estado da área de trabalho, permitindo o retorno às Tela de boas-vindas: ativa, mostra todas as contas de
atividades quando o Windows for reiniciado). usuário com imagens. Inativa exige a digitação do nome do
usuário (prompt de logon clássico).
Executar: apresenta uma janela onde, de maneira prática, Troca Rápida de Usuário: quando ativa, permite alternar
é possível abrir programas instalados no Windows, arquivos, para outra conta de usuário sem ter que fechar os programas.
pastas e – quando conectado à Internet – sites.

Documentos Recentes: exibe uma lista de atalhos para


os 15 últimos arquivos abertos pelo usuário atual. Essa lista
pode ser totalmente excluída e também desativada em Pro-
priedades da Barra de Tarefas e menu Iniciar / Personalizar /
Avançado. A limpeza da lista Documentos recentes não exclui
os arquivos correspondentes.
Painel de Controle: personaliza as configurações do
computador, altera a aparência e o funcionamento do
Windows XP, adiciona e remove programas ou dispositivos Uma conta de usuário é um conjunto de dados que in-
de hardware, configura as conexões de rede e as contas de forma ao Windows quais arquivos e pastas um determinado
usuário, entre outras opções. usuário pode acessar, quais alterações podem ser efetuadas
no computador e quais são suas preferências pessoais, como
Categoria Aparência e Temas a cor de fundo da área de trabalho ou o tema das cores. Com
– Barra de Tarefas e Menu Iniciar: personaliza a aparên- as contas de usuário, pode-se compartilhar um computador
cia e comportamento da Barra de Tarefas e do Menu com várias pessoas, mas ainda ter seus próprios arquivos e
Iniciar, indicando os tipos de itens a serem exibidos configurações. Cada pessoa acessa a sua conta com um nome
e a maneira como devem ser mostrados – bloquear, de usuário e senha. Cada um deles oferece ao usuário um
Informática

ocultar, agrupar botões semelhantes e manter a Barra nível diferente de controle do computador. A conta padrão
de Tarefas sobre as outras janelas, mostrar o relógio e é a que deve ser usada para o uso cotidiano. A  conta de
ocultar ícones inativos na Área de Notificação; estilos administrador fornece mais controle do computador e deve
visuais (Windows XP ou Clássico), programas fixos e ser usada apenas quando necessário. A conta de convidado
itens do Menu Iniciar; limpar lista de documentos destina-se às pessoas que precisam de acesso temporário
recentes e programas usados com mais frequência. ao computador.

18 Openbook Apostilas
Central de Segurança: ajuda a aumentar a segurança do segurança, atualizações críticas e service packs importantes
computador inspecionando o status de três componentes para a correção de falhas e vulnerabilidades do sistema
fundamentais da segurança do computador, incluindo con- operacional. Elas ajudam a proteger o computador contra
figurações de firewall, atualizações automáticas do Windows novos vírus e outras ameaças.
e configurações de antivírus. Se o Windows detectar um
problema em um desses componentes fundamentais da se- Windows Explorer
gurança (por exemplo, se o programa antivírus estiver obso-
leto), a Central de Segurança exibe uma notificação e coloca É o gerenciador de arquivos do Windows. No Windows
um ícone da Central de Segurança na área de notificação. Explorer o usuário pode ver a hierarquia das pastas em seu
computador e todos os arquivos e pastas localizados em
– Firewall: software que funciona como uma barreira cada pasta selecionada. Ele é especialmente útil para copiar
protetora, monitorando e restringindo as informações e mover arquivos.
transferidas entre o seu computador e uma rede ou
a internet. Ajuda a impedir que hackers ou softwares Elementos das Janelas
mal-intencionados (como worms) obtenham acesso
ao computador ou sejam enviados para outros com- Embora o conteúdo de cada janela seja diferente, todas
putadores. têm alguma coisa em comum. Em primeiro lugar, elas sem-
pre aparecem na área de trabalho, a principal área da tela.
– Atualizações Automáticas: são fornecidas pela Micro- Além disso, a maioria das janelas possui as mesmas partes
soft e incluem revisões importantes, como as atualizações de básicas:

Barra de Título: na área livre exibe o nome do documento O Windows Explorer é composto de uma janela dividida em
e do programa (ou o nome da pasta, se o usuário estiver dois painéis: o painel da esquerda, o Painel de Pastas, é uma
trabalhando em uma pasta). No canto esquerdo, aparece um árvore de pastas hierarquizada que mostra todas as unidades
ícone que representa o programa que está usando a janela. de disco, a Lixeira, a área de trabalho ou Desktop (também
No canto direito, os botões Minimizar, Maximizar e Fechar, tratada como uma pasta); o painel da direita exibe o conteúdo
os quais permitem ocultar a janela, alargá-la para preencher do item selecionado à esquerda e funciona de maneira idêntica
a tela inteira e fechá-la, respectivamente. às janelas do Meu Computador (no Meu Computador, como pa-
Barra de Menus: contém itens nos quais o usuário pode drão, ele traz a janela sem divisão e é possível dividi-la também
clicar para fazer escolhas em um programa. clicando no ícone Pastas na Barra de Ferramentas).
Outras janelas podem ter botões, caixas ou barras adi- Para abrir o Windows Explorer, clique no botão Iniciar, vá
cionais, mas normalmente também têm as partes básicas. para opção Todos os Programas / Acessórios e clique sobre
A  janela do Windows Explorer apresenta duas barras de Windows Explorer ou clique sob o botão Iniciar com o botão
Informática

ferramentas: Botões padrão e Barra de Endereços. direito do mouse e selecione a opção Explorar.
O usuário pode alternar para a janela anterior pres- No Painel de Pastas podemos visualizar sinais de e antes
sionando ALT+TAB, ou percorrer todas as janelas abertas das pastas ou unidades. O sinal de indica que dentro da uni-
e a área de trabalho mantendo pressio­nada a tecla ALT e dade ou pasta podemos encontrar outra(s) pasta(s). O sinal
pressionando repetidamente a tecla TAB. Solte ALT para de indica que já estamos visualizando a(s) outra(s) pasta(s)
mostrar a janela selecionada. existente(s) naquela pasta ou unidade.

Openbook Apostilas 19
Botões Padrão

Imagem Nome Atalho Menu

Voltar ALT + ← Exibir / Ir para / Voltar

Exibe pastas anteriormente selecionadas, no sentido anterior da navegação.

Avançar ALT + → Exibir / Ir para / Avançar

Após o uso do recurso Voltar, exibe pastas anteriormente selecionadas, no sentido posterior da navegação.

Exibir / Ir para /
Acima Backspace
Um nível acima

Seleciona a pasta hierarquicamente acima da atual.

Exibir / Barras do
Pesquisar CTRL + E
Explorer / Pesquisar

Mostra o Search Companion (ferramenta de pesquisa) no painel à esquerda. O Search Companion facilita a procura por arquivos
e pastas, impressoras, computadores (na rede local) e pessoas (no Catálogo de Endereços) e permite pesquisar na internet.

Exibir / Barra do
Pastas ---
Explorer / Pastas
Mostra ou oculta o Painel de Pastas.
Exibir / Película, Miniaturas,
Modos de Exibição --- Lado a lado, Ícones, Lista,
Detalhes
Altera a visualização dos ícones no Painel de Conteúdo.
– Miniaturas: permite uma pré-visualização do conteúdo dos arquivos em seus ícones.
– Lado a lado: exibe os arquivos e pastas como ícones, menores que as miniaturas, e as informações de classificação
escolhidas são exibidas abaixo do nome da pasta ou arquivo.
– Ícones: exibe os arquivos e pastas como ícones. O nome do arquivo é exibido abaixo do ícone; entretanto, as informa-
ções classificadas não são exibidas.
– Lista: exibe o conteúdo de uma pasta como uma lista de nomes de arquivos e pastas precedidas por ícones pequenos.
Este modo será útil se a sua pasta contiver vários arquivos e o usuário desejar examinar a lista levando em conta o
nome do arquivo.
– Detalhes: lista o conteúdo da pasta aberta e fornece informações detalhadas sobre seus arquivos, incluindo nome, tipo,
tamanho e data de modificação.
– Película: essa opção está disponível nas pastas de imagens. As suas imagens são exibidas em uma única linha de imagens
em miniatura. E ao clicar em uma imagem, ela será exibida como uma imagem ampliada acima das outras imagens.
Informática

Ações com Arquivos – não adjacentes: clique no 1º arquivo, mantenha


pressionada a tecla CTRL, clique nos outros arquivos.
Selecionar vários Arquivos e/ou Pastas
Renomear uma Pasta ou Arquivo Selecionado
– adjacentes: clique no 1º arquivo, mantenha pressio-
nada a tecla SHIFT, clique no último arquivo. – pressionar F2.

20 Openbook Apostilas
– clique sobre o nome da pasta ou arquivo. Lixeira
– Arquivo / Renomear.
– botão direito sobre o arquivo/pasta e clicar Renomear. Lixeira é uma pasta especial do Windows que pode ser
– Painel de Tarefas / Renomear. acessada através de seu ícone na área de trabalho ou Win-
– Caixa de diálogo Propriedades do arquivo.
dows Explorer .
Mover e Copiar Arquivos e Pastas
Características da Lixeira
Usando o botão esquerdo do mouse, a partir do painel
– Armazena em uma pasta especial do sistema, tem-
da direita, arrastando seu ícone para o painel da esquerda,
porariamente, arquivos excluídos até que o usuário
de um local em uma unidade de armazenamento para outro
decida removê-los definitivamente ou restaurá-los.
local...
– Por padrão, uma caixa de diálogo é apresentada ao
– na mesma unidade, MOVE.
usuário para confirmar a exclusão de uma pasta ou
– pressionando simultaneamente CTRL, COPIA.
arquivo, exceto quando arrastados para a Lixeira. Essa
– em outra unidade, COPIA.
caixa de diálogo é uma ferramenta de segurança do
– pressionando simultaneamente SHIFT, MOVE.
Windows que tenta impedir exclusões acidentais.
– Para excluir definitivamente arquivos ou pastas, sem
Usando o botão esquerdo do mouse, a partir do painel
passar pela lixeira, é  preciso selecionar os ícones,
da direita, arrastando-se uma pasta ou arquivo e soltando-o
manter pressionada a tecla SHIFT e:
em qualquer local pressionando simultaneamente a tecla
• pressionar a tecla DEL, confirmando a exclusão,
ALT (ou CTRL + SHIFT), será criado um atalho para o arquivo.
• clicar a opção Excluir do menu de contexto do ar-
Usando o botão direito do mouse, a partir do painel da
quivo ou pasta, confirmando a exclusão,
direita, arrastando-se um arquivo para o painel da esquerda
• arrastar o ícone para a lixeira.
e soltando-o em qualquer local será mostrada uma lista com
– Não é possível restaurar arquivos excluídos defini-
opções para copiar, mover ou criar atalho para o arquivo.
tivamente, usando ferramentas disponíveis numa
instalação padrão do Windows.
Criar uma Pasta
– Apenas arquivos de discos rígidos (HDs, mesmo ex-
ternos) conectados diretamente ao computador vão
1. Abra a pasta ou unidade de disco que deverá conter
para a lixeira.
a nova pasta que será criada.
– O Windows reserva, por padrão, 10% da capacidade
2. Clique no menu Arquivo / Novo / Pasta.
de armazenamento de cada disco local ou partição
3. Aparecerá na tela uma Nova Pasta selecionada para
para a Lixeira, até o limite de 3,99 GB.
que o usuário digite um nome.
– Não é possível abrir, renomear ou copiar arquivos que
4. Digite o nome e tecle ENTER.
estão na Lixeira.
– É possível esvaziar toda a Lixeira, confirmando a exclusão.
Menu Arquivo e Menu de Contexto (botão direito do mouse)
– Ao restaurar um arquivo ou pasta da Lixeira, o mes-
mo voltará para o local de origem, usando opções
O menu Arquivo do Windows Explorer mostra opções
do clique duplo / Restaurar, botão direito ou menu
de ações diferenciadas, de acordo com o objeto atualmente
Arquivo. É possível restaurá-los para qualquer outro
selecionado na sua área de trabalho. Essas mesmas opções
local usando Recortar / Colar ou arrastando-os.
aparecem no menu de contexto, obtido ao se clicar sobre
ícones com o botão direito do mouse. Algumas das opções
Atalhos do Natural Keyboard
mostradas são específicas para o objeto clicado, como:
– para unidades de armazenamento – Formatar, Gravar
arquivos no CD, Ejetar. Pressione Para
– para pastas e unidades  – Compartilhar, Pesquisar, Exibir ou ocultar o menu Iniciar.
Explorar, Recolher e Expandir.
– para arquivos – Imprimir e Novo. +D Mostrar a área de trabalho.

Se nenhum objeto estiver selecionado no Painel de Abrir o Windows Explorer, mostrando o


+E conteúdo da pasta Meu computador.
conteúdo, o menu de contexto mostrará as opções NOVO
(pasta, atalho, arquivo, pasta compactada), COLAR e COLAR +F Procurar um arquivo ou uma pasta.
ATALHO e OPÇÕES DO MENU EXIBIR e EDITAR.
CTRL+ +F Procurar computadores.
Bloquear o computador se o usuário estiver
conectado a um domínio de rede ou alternar
+L usuários se o usuário não estiver conectado a
um domínio de rede.
+M Minimizar todas as janelas.

+Shift+M Restaurar as janelas minimizadas.


+R Abrir a caixa de diálogo Executar.
Abrir o Gerenciador de utilitários.
Informática

+U
+BREAK Exibir a caixa de diálogo Propriedades do sistema.

+F1 Exibir a Ajuda do Windows.

Exibir o menu de atalho para o item selecionado.

Openbook Apostilas 21
Windows 7 e 10 A Preempção (direito de “recompra”, mudança de con-
texto) é um esquema de processamento computacional no
Características Gerais dos Sistemas Operacionais qual o kernel tem o controle do tempo que será usado por
cada processo e o poder de tomar de volta esse tempo e
Definição e Funções dá-lo para outro processo, segundo seu esquema de priori-
dades. Isso significa que a preferência pelo controle da CPU
Um sistema operacional é um conjunto de programas é sempre do sistema operacional e retorna para ele depois
que trabalham de modo cooperativo para permitir geren- de repassado a um programa qualquer.
ciamento dos recursos do computador e intermediar o re-
lacionamento entre o hardware e o usuário. Multiusuário e Multissessão
Deve ser o primeiro programa instalado e executado,
funcionando como uma plataforma, ou seja, uma espécie de Capacidades de criar diversos perfis de usuários e per-
base sobre a qual são executados os programas usados em mitir seu acesso (logon) simultâneo ao computador. Cada
um computador. Além disso, traduz as tarefas requisitadas usuário deverá utilizar um conjunto de nome e senha para
pelo usuário ou por programas para uma linguagem que o acesso ao sistema operacional, carregando suas característi-
computador compreenda. cas especiais como plano de fundo, pasta Meus Documentos,
O Windows é um software básico (indispensável ao fun- Histórico, Favoritos, Documentos Recentes, tipo de usuário
cionamento do computador) com as seguintes funções: (Administrador ou Limitado) ao início de sua sessão de uso.
• gerenciar os programas abertos e dividir o tempo de A Multissessão no Windows é percebida quando o usu-
processador entre eles (gerenciamento da memória e ário atual permite a criação de uma nova sessão de uso do
do processador); sistema sem encerrar sua sessão. Seus programas e arquivos
• instalar, gerenciar e permitir a utilização de outros sof- abertos são mantidos em funcionamento e é possível al-
twares; ternar para outra conta de usuário, usando o recurso Troca
• controlar o acesso e integridade dos dados das memó- Rápida de usuário (Trocar usuário).
rias secundárias (sistema de arquivos);
• controla os drivers dos dispositivos de entrada e saída Sistema de Arquivos FAT32 ou NTFS
(gerenciamento dos periféricos – dispositivos de E/S);
• controlar o acesso à memória pelos demais compo- Um sistema de arquivos é um conjunto de estruturas
nentes de hardware; lógicas e de rotinas que permitem ao sistema operacional
• reconhecimento dos comandos do usuário em uma controlar o acesso ao disco rígido. Diferentes sistemas ope-
interface simplificada (shell). racionais usam diferentes sistemas de arquivos [CGU - Ana-
lista de Finanças e Controle - TI - ESAF 2004]. Sistema de
Módulos (partes) dos Sistemas Operacionais arquivo refere-se à forma como os dados são armazenados,
organizados e acessados pelo sistema operacional [EMBA-
Kernel é o núcleo do sistema operacional encarregado SA - Analista Saneamento – Téc. Programação e Suporte TI/
de controlar o acesso à memória de demais componentes de Rede - 02/2010].
hardware, gerenciar os programas abertos, dividir o tempo
de processador entre eles. É a base sobre a qual rodam as Windows 32 x 64 bits
demais partes do sistema operacional, drives de dispositivo e
programas; funciona como a camada mais baixa de interface O Windows 7 (assim como Windows XP e Vista) suporta
com o hardware, sendo responsável por gerenciar os recursos tecnologias de 32 bits (x86) e de 64 bits (x64) nos proces-
do sistema como um todo. sadores e oferece duas versões: a de 32 bits e a de 64 bits.
Shell é a camada mais externa do sistema operacional, o A maioria dos programas feitos para a versão de 32 bits
elo entre o usuário e o sistema, funcionando como intérprete do Windows funciona com uma versão de 64 bits do Windo-
entre os dois. Ele traduz os comandos digitados pelo usuário ws. Os programas antivírus são uma notável exceção a isso.
para a linguagem usada pelo Kernel e vice-versa. Sem o Shell
Entretanto, os drivers de dispositivos feitos para a versão
a interação entre usuário e o Kernel seria bastante complexa.
de 32 bits do Windows não funcionam em computadores
com uma versão de 64 bits do Windows. Uma impressora
Sistema Operacional Gráfico (GUI) x Textual
ou outro dispositivo que somente tenha drivers de 32 bits
disponíveis não funcionará corretamente em uma versão de
O usuário pode executar tarefas no computador sem usar
a interface gráfica do Windows. O Prompt de Comando é 64 bits do Windows.
um recurso do Windows que oferece um ponto de entrada Os programas e drivers de dispositivos especialmente
(não amigável) para a digitação de comandos, na forma de projetados para a versão de 64 bits do Windows não fun-
texto, do MS-DOS (Microsoft Disk Operating System). No cionam na versão de 32 bits .
Windows, o Prompt de Comando pode ser obtido por meio
do arquivo executável cmd.exe e pelo menu Iniciar/Progra- Utilização do Windows
mas/Acessórios.
Ao iniciar o Windows 7, o usuário é recepcionado por
Multitarefa Preemptiva uma Tela de Boas-vindas, em que se deve informar o nome
do usuário e sua senha para que o Windows faça seu logon
Multitarefa ou Multiprogramação é a capacidade de o (entrada no sistema) e apresente a sua área de trabalho
Informática

sistema operacional executar concorrentemente vários pro- personalizada.


cessos, alternando-os entre CPU e memória. A multiprogra-
mação tem como vantagem evitar que a CPU fique ociosa Conta da Microsoft
enquanto outros processos em execução realizam operações
que não requerem seu uso, por exemplo, as operações de O endereço de e-mail e a senha usados no Outlook.com,
entrada/saída. Hotmail, Office 365, OneDrive, Skype, Xbox ou Windows po-

22 Openbook Apostilas
dem ser utilizados conta da Microsoft. Ela oferece acesso a Listas de Atalhos (Lista de Saltos, Jump List)
aplicativos e jogos da Windows Store e permite que o usuário
veja suas configurações e outras coisas em vários dispositivos Novidade do Windows 7 são listas de itens abertos recen-
Windows 10. temente, como arquivos, pastas ou sites, organizados pelo
programa que o usuário usa para abri-los. Além de poder
Área de Trabalho abrir itens recentes usando uma Lista de Atalhos, o usuário
também pode fixar favoritos na Lista de Atalhos; dessa forma,
Ao inicializar o Windows todo o ambiente gráfico visuali- é possível acessar de maneira rápida os itens usados diaria-
zado é definido como área de trabalho, em que se encontra mente. Ao se clicar com o botão direito do mouse o ícone
apenas um ícone, a Lixeira, uma barra horizontal, localizada de um programa na barra de tarefas, serão listados atalhos
na parte inferior da tela, chamada Barra de Tarefas (Taskbar) relacionados a esse programa. Caso o programa Windows
e um plano de fundo (papel de parede ou desktop). Outros Media Player esteja na barra de tarefas, por exemplo, e se
ícones (representações gráficas de arquivos, pastas e recur- clique com o botão direito do mouse o ícone desse programa,
sos do sistema) podem ser adicionados à área de trabalho serão listados os atalhos de acesso a músicas e vídeos que
e ativados por um duplo clique. são acessados diariamente, bem como será habilitada uma
lista de tarefas.
Barra de tarefas
O que é mostrado em uma Lista de Atalhos depende
totalmente do programa. A Lista de Atalhos do Internet Ex-
Parte da área de trabalho que é, por padrão, visível todo
plorer 8 mostra os sites visitados com frequência. Windows
o tempo (mesmo com várias janelas de programas abertos),
foi completamente reprojetada para ajudar o usuário a ge- Media Player 12 lista músicas que o usuário escuta mais. É
renciar e acessar mais facilmente seus arquivos e programas possível ainda fixar um arquivo na lista para encontrá-lo ali
mais importantes. Ela contém o botão Iniciar, botões fixos da sempre que necessário.
barra de tarefas e botões de programas em execução. Cada Também é possível arrastar um ícone de arquivo ou um
programa aparece como um botão único sem rótulo, mesmo atalho do menu Iniciar ou da área de trabalho para a barra
quando vários itens de um programa estão abertos, para se de tarefas. Isso fixa o item na Lista de Atalhos e também
obter uma aparência limpa e organizada. fixa o programa à barra de tarefas, caso não esteja fixado
A Área de Notificação apresenta ícones que permanecem ainda. Pastas são consideradas itens do Windows Explorer e
ativos em segundo plano e informações de status importan- aparecem na Lista de Atalhos do Windows Explorer quando
tes. No passado, a área de notificação podia às vezes ficar fixadas ou abertas.
cheia de ícones. Agora, o usuário pode escolher quais ícones As Listas de Atalhos não mostram apenas atalhos de
estão sempre visíveis e manter o restante deles disponíveis arquivos. Às vezes, elas também fornecem acesso rápido
em uma área de excedentes, onde estarão acessíveis com a comandos para coisas como redigir novas mensagens de
apenas um clique de mouse. e-mail ou reproduzir músicas.
O botão Mostrar área de trabalho foi movido para a
extremidade oposta da barra de tarefas do botão Iniciar, Efeitos Visuais do grupo AERO para a área de trabalho
facilitando clicar ou apontar para o botão sem abrir aciden- (Windows Home Premium em diante)
talmente o menu Iniciar.
Com o Aero, o usuário pode apreciar efeitos e aparência
Barra de Pesquisa na Barra de Tarefas visualmente atraentes e também se beneficiar de um melhor
acesso aos seus programas. O hardware e a placa de vídeo
A barra de tarefas permite pesquisar no computador e do computador devem atender aos requisitos de hardware
na Web para encontrar ajuda, aplicativos, arquivos, configu- para exibir os gráficos do Aero.
rações. Depois de digitar um termo de pesquisa, clicar em Aero Glass: estilo visual diferenciado das janelas combi-
Meu conteúdo mostrará resultados para arquivos, aplicati- nando uma aparência leve e translúcida (envidraçada) com
vos, configurações, fotos, vídeos e músicas no computador poderosos avanços gráficos, permitindo ao usuário se con-
do usuário e no OneDrive. centrar no conteúdo das janelas abertas. É possível ajustar
as cores e aparência das janelas, do menu Iniciar e da barra
de tarefas, tingindo essas janelas translúcidas para conseguir
uma visão mais aberta. Para desativar o Aero Glass: Painel de
Controle / Sistema / Configurações avançadas do sistema /
Desempenho / Configurações / Habilitar vidro transparente.
Aero Snap: novo e rápido jeito de redimensionar as jane-
las abertas, simplesmente arrastando-as para as bordas da
tela. O recurso Ajustar facilita o trabalho com janelas aber-
tas. Com esse recurso, para maximizar uma janela, deve-se
arrastar a barra de título da janela para a parte superior da
tela e liberar a janela para expandi-la e preencher toda a
área de trabalho. Dependendo de onde o usuário arrastar
uma janela, será possível expandi-la verticalmente, colocá-la
na tela inteira (maximizar) ou exibi-la lado a lado com outra
Informática

janela. Para ajustar uma janela ativa para o lado da área de


trabalho usando o teclado, pressione +← ou +→.
Aero Shake: recurso da área de trabalho que permite
minimizar todas as janelas abertas, de forma relativamente
rápida, exceto a janela ativa, na qual se deseja trabalhar.

Openbook Apostilas 23
Blocos Dinâmicos
Para ativar o Shake, pode-se ainda pressionar +Home para
minimizar todas as janelas exceto a janela ativa no momento.
No menu de contexto, o usuário tem as opções de de-
Pressione +Home novamente para restaurar todas as sativar a animação dinâmica, ajustar seu tamanho ou tirá-lo
janelas. do menu.
Aero Peek: exibe temporariamente a área de trabalho É possível alterar os nomes dos grupos de blocos clicando
apontando para o botão Mostrar área de trabalho, na extre- sobre a barra acima deles, arrastá-los para outros grupos ou
midade da barra de tarefas. As janelas abertas esmaecem para o Menu Iniciar, ajustar seu tamanho clicando nas suas
da exibição, revelando a área de trabalho. Isso pode ser útil bordas e removê-los.
para exibir rapidamente gadgets e pastas de área de trabalho
ou quando o usuário não deseja minimizar todas as janelas
abertas e depois precisar restaurá-las.
O Aero Peek também é acionado quando o ponteiro do
mouse é colocado sobre a miniatura de uma janela aberta
na Barra de Tarefas e quando o ALT + TAB é usado para alter-
nar entre as janelas abertas – apenas a janela selecionada
é exibida e as demais ficam transparentes. A tecla de atalho
+Barra de Espaços também pode ser usada.
Para minimizar janelas abertas de modo que elas fiquem Botão Desligar
minimizadas, deve-se clicar no botão Mostrar área de traba-
lho ou pressionar +D. Para restaurar as janelas abertas, Localizado na parte inferior direita do menu Iniciar, o
basta clicar no botão Mostrar área de trabalho novamente botão mostra duas partes (bipartido) com funções distintas:
clicar a porção esquerda do botão em que, por padrão, lê-se
ou pressionar +D novamente.
Desligar, executa o desligamento do computador – fecham-se
todos os arquivos e programas abertos e encerra-se o Windo-
AERO no Windows 10
ws, para que o computador seja desligado com segurança. A
seta ao lado da opção Desligar permite realizar outras ações:
Glass: efeito removido, indisponível nas janelas dessa • Reiniciar: encerra o Windows, desliga o computador
versão do SO – pode ser usado no Menu Iniciar por meio e o reinicia.
de Configurações / Personalização / Cores / Deixar o menu • Trocar usuário: se houver mais de uma conta de usu-
Iniciar transparente. ário no computador, caso a troca rápida de usuários
Snap: pode ser desativado em Configurações / Sistema esteja ativada, quando o usuário fizer logoff e outro,
/ Multitarefas. logon, os programas do primeiro permanecerão sendo
Peek: +vírgula é o novo atalho para esse recurso, que executados no computador. Também disponível após
não pode mais ser ativado pelo ícone no canto inferior direito pressionamento de CTRL + ALT + DEL, a opção de troca
da área de trabalho. de usuários, após a realização do login no sistema Win-
dows, permite a execução de tarefas por um usuário
Menu Iniciar sem a interferência de outro usuário, que pode acessar
o sistema usando conta e senha próprios.
O botão Iniciar é o principal elemento da Barra de Tarefas. • Fazer logoff: realiza a troca de usuário no Windows,
Ele dá acesso ao Menu Iniciar, exibindo as opções de uso sem desligar o computador, a fim de encerrar a sessão
atual de trabalho e deixar o computador disponível
do sistema operacional, tanto para fins de administração
para outro usuário.
da máquina quanto para uso de seus aplicativos de diversas
• Suspensão: estado de economia de energia que permi-
finalidades – pesquisar arquivos, pastas e programas, ajus- te que o computador reinicie rapidamente a operação
tar configurações do computador, obter ajuda para o uso de energia plena quando o usuário desejar continuar
do sistema, desligar o computador, fazer logoff ou alternar o trabalho. Então, o modo de suspensão, por meio do
para outra conta de usuário. O Menu Iniciar é apresentado qual é possível manter o computador em estado de
verticalmente com duas colunas. baixo consumo de energia, possibilita o retorno rápido
ao ponto do trabalho, sem apresentar risco de perda
O Menu Iniciar não pode mais ser configurado para de dados.
ser visualizado usando o estilo de versões antigas do • Hibernar: estado de economia de energia projetado
Windows, chamado Menu Iniciar clássico. O cabe- principalmente para laptops. Enquanto a suspensão
çalho do menu Iniciar, contendo o nome e imagem coloca o trabalho atual e as configurações na memória
de exibição do usuário atual, foi transferido para o e usa uma pequena quantidade de energia, a hiberna-
painel da direita. As opções dos botões do rodapé ção permite fechar os aplicativos que estejam em uso,
do menu Iniciar do Windows XP foram adaptadas em desligar o computador e, quando este for religado, car-
único botão e incluído na base do painel da direita regar os mesmos aplicativos fechados anteriormente.
do menu Iniciar.
Windows Explorer – Gerenciamento de Arquivos
INFORMÁTICA

Menu Iniciar em tela inteira e Pastas


Para exibir o menu Iniciar em tela inteira (como no Win-
dows 8) e ver tudo em uma única exibição, selecione o botão No Windows Explorer, é possível ver a hierarquia das pas-
Iniciar, Configurações > Personalização > Iniciar e ative Usar tas no computador e todos os arquivos e pastas localizados
Iniciar em tela inteira. em cada pasta selecionada. Ele é especialmente útil para

24 Openbook Apostilas
facilitar o gerenciamento das informações em um computa- Grupo Doméstico, Redes e Pesquisas salvas. Quando uma
dor, permitindo criar, excluir e renomear arquivos e pastas. das pastas deste Painel é clicado, seu conteúdo é mostrado
no Painel do Conteúdo (único sempre visível).
Elementos das Janelas No Windows 7 padrão, as pastas e os arquivos são clas-
sificados, em uma janela de pasta, pelo nome, em ordem
Embora o conteúdo de cada janela seja diferente, todas alfabética, e todas as subpastas são apresentadas antes de
têm algumas coisas em comum. A maioria das janelas possui todos os arquivos, sendo possível alterar a ordem dos itens
as mesmas partes básicas: no painel de conteúdo, classificando-os de acordo com qual-
quer uma das propriedades disponíveis no modo de exibição
Barra de Título Detalhes. As unidades de armazenamento que representam
memórias permanentes do computador são identificadas,
Na área superior livre, exibe o título do arquivo em uso no Windows, por uma letra seguida do sinal de dois-pontos,
e o nome do programa aberto. No canto esquerdo, aparece como C:, A:, D: etc.
um ícone que representa o programa que está usando a ja-
nela (no Windows Explorer a Barra de Título não apresenta Conceitos e utilização de Arquivos e Pastas
ícone do programa ou título do objeto selecionado). No canto
direito são mostrados os botões Minimizar, Restaurar, Maxi- Selecionar arquivos e/ou pastas
mizar e Fechar, os quais permitem ocultar a janela, reduzi-la, Para selecionar um grupo de arquivos ou pastas con-
alargá-la para preencher a tela inteira e fechá-la, respectiva- secutivos:
mente. Ainda na Barra de Título, são mostrados os botões • clicar no primeiro item, manter a tecla SHIFT pressiona-
Voltar e Avançar, a Barra de Endereços, Botão Atualizar e da e clicar no último item da lista de arquivos a serem
Caixa de Pesquisa. selecionados.
• arrastar o ponteiro do mouse para criar uma seleção
Barra de Acesso Rápido em torno da área externa de todos os itens que se
desejam incluir.
Inclui o ícone do programa, Propriedades, Nova pasta
e Personalizar. Para selecionar arquivos ou pastas não consecutivos,
manter a tecla CTRL pressionada e clicar em cada um dos
Barra de menus
itens que se desejam selecionar.
Contém itens nos quais o usuário pode clicar para ativar
Renomear uma pasta ou arquivo selecionado
recursos e comandos em um programa. Por padrão não é
O nome de um arquivo é composto de duas partes, se-
mostrada no Windows Explorer do Windows 7, pois os co-
paradas por um ponto (.). A primeira é geralmente definida
mandos de menu mais comuns agora podem ser acessados
pelo usuário ou pelo programa que cria o arquivo e pode
pela Barra de Ferramentas. Quando necessário, o pressiona-
mento do ALT ou F10 permite visualizá-la temporariamente. identificar o conteúdo ou a finalidade do arquivo. A segunda
Para fixá-la, deve-se clicar em Organizar / Layout / Barra parte representa a extensão do arquivo e segue padrões que
de menus. identificam o tipo de arquivo, como exe, doc e ini.

Faixa de Opções Para renomear um arquivo:


• pressionar F2;
Acompanhando o leiaute dos menus do pacote Office, os • clicar sobre o nome da pasta ou arquivo já selecionado;
menus e a barra de ferramentas estão fundidos em um único • Menu Arquivo (ou menu de contexto) / Renomear;
elemento: as Faixas de Opções Arquivo, Compartilhar e Exi- • Arquivo / Propriedades (ALT + ENTER).
bir, além dos menus sob demanda Rede, Grupo Doméstico,
Ferramentas de Lixeira, Imagem, Vídeo e Música. O nome do computador deve usar nomes curtos (quinze
caracteres, no máximo) e facilmente reconhecíveis. Convém
Barra de Ferramentas usar somente caracteres padrão da Internet no nome do
computador. Os caracteres padrão são os números de 0 a 9,
De forma geral, uma Barra de Ferramentas apresen- letras maiúsculas e minúsculas de A a Z e o hífen (-). Nomes
ta botões e menus dropdown distribuídos para facilitar a de computador não podem ser formados apenas por núme-
ativação de recursos do programa, facilitando a execução ros nem incluir espaços. O nome também não pode conter
de tarefas comuns. No Windows Explorer do Windows 7, a caracteres especiais, como ? : * < > “ / | \ .
Barra de Ferramentas e o Painel de Tarefas do Windows XP
foram fundidos e a Barra de Ferramentas atual não apresenta Mover e copiar arquivos e pastas
mais botões para ativar comandos. Sempre que um objeto Usando o botão esquerdo do mouse, a partir do painel
é selecionado, as ações que podem ser executadas junto a da direita, arrastando seu ícone para o painel da esquerda,
este objeto são mostradas na barra, como em um menu de de um local em uma unidade de armazenamento para outro
contexto, mostrando apenas as tarefas que são relevantes. local...
• na mesma unidade, MOVE;
Informática

Painel de Navegação • pressionando simultaneamente a tecla CTRL nessa ope-


ração, o arquivo arrastado é COPIADO para a pasta de
Substituto do Painel de Pastas, é um painel à esquerda destino, mesmo que ela esteja na mesma unidade que
da área de trabalho do WE que mostra uma árvore de pastas a pasta de origem;
hierarquizada com atalhos para todas as unidades de disco, • em outra unidade, COPIA;
a Lixeira, a área de trabalho, Atalhos Favoritos, Bibliotecas, • pressionando simultaneamente a tecla SHIFT, MOVE.

Openbook Apostilas 25
Lixeira • Ao restaurar um arquivo da Lixeira, o mesmo voltará
para o local de origem, usando opções do clique duplo
Lixeira é uma pasta especial do Windows que pode ser / Restaurar, botão direito / Restaurar, menu Arquivo
/ Restaurar ou clicar o botão Restaurar este item da
Barra de Ferramentas.
acessada através de seu ícone na área de trabalho ou • É possível restaurar arquivos e pastas da Lixeira para
qualquer outro local usando Recortar / Colar ou arras-
Windows Explorer . Quando o usuário exclui tando-os.
um arquivo do computador, ele apenas é movido para a Li- • Para mostrar novamente o ícone da Lixeira na área de
xeira onde fica temporariamente armazenado até a Lixeira trabalho do Windows: Painel de Controle / Personali-
ser esvaziada. Com isso, o usuário tem a oportunidade de zação / Alterar ícones da área de trabalho.
recuperar arquivos excluídos e restaurá-los para os locais
originais. Características da Lixeira: Ferramentas do Sistema
• Para excluir arquivos e levá-los para a Lixeira, pode-se
adotar, inicialmente, os seguintes procedimentos: As Ferramentas do Sistema são utilitários do Windows
1. pressionar a tecla delete; que podem ser acessados a partir do menu Iniciar / Todos
2. clicar com o botão direito do mouse sobre o objeto os Programas / Acessórios / Ferramentas do Sistema. Algu-
a ser excluído e escolher a opção Excluir no menu mas dessas ferramentas podem ser acessadas pelo Windows
de contexto; Explorer, clicando com o botão direito do mouse sobre o
3. clicar a opção de menu Arquivo / Excluir; ícone de uma unidade de disco rígido e selecionando a opção
4. recortar o objeto e colar na pasta Lixeira; Propriedades e, em seguida, Ferramentas.
5. arrastar o ícone do objeto para a Lixeira.
• No Windows, um arquivo excluído nem sempre irá Verificação de Erros
para a Lixeira. Para excluir definitivamente arquivos
ou pastas, sem passar pela lixeira, é possível realizar as Também conhecido como Scandisk, é um utilitário que
mesmas tarefas acima, mantendo pressionada a tecla procura e corrige erros nas unidades de disco, falhas que
SHIFT. envolvam a organização de arquivos e outras estruturas de
• Por padrão, uma caixa de diálogo é apresentada ao dados.
usuário para confirmar a exclusão de uma pasta ou No Windows 10 a Verificação de Erros é executada na
arquivo, exceto quando arrastados para a Lixeira. Essa sessão atual, sem a necessidade de reinicialização do sistema.
caixa de diálogo é uma ferramenta de segurança do
Windows que tenta impedir exclusões acidentais; Desfragmentador de Disco
No Windows 10, por padrão, não é exibida a caixa de
diálogo de confirmação de exclusão. Se em razão de ter gravado, de forma separada, informa-
• Um arquivo, enquanto armazenado na Lixeira, ainda ções no disco rígido, o computador comece a operar de forma
ocupa espaço no disco rígido de onde foi excluído. Seu lenta, requerendo tempo maior que o usual para acessar os
espaço será liberado quando o arquivo for removido arquivos, nessa situação, para tornar o computador mais
da Lixeira; rápido, recomenda-se a utilização da ferramenta de desfrag-
• Não é possível restaurar arquivos excluídos definitiva- mentação, que é um utilitário que reorganiza os dados no
mente, usando ferramentas disponíveis numa instala- disco rígido, de modo que cada arquivo seja armazenado em
ção padrão do Windows; blocos contíguos, ao invés de serem dispersos em diferentes
• Apenas arquivos de discos rígidos (HDs), internos ou áreas do disco e elimina os pequenos espaços em branco.
externos, conectados diretamente ao computador, No Windows 10 o nome do recurso passa a ser Otimizar (e
podem usar a lixeira. desfragmentar) Unidades.
• O Windows reserva um espaço no disco rígido para o
uso da lixeira, por padrão, igual a 10% dos primeiros 40 Limpeza de Disco
GB (4 GB) e mais 5% da capacidade de armazenamento
do disco local (ou partição onde estiver instalado o A limpeza de disco (cleanmgr) ajuda a reduzir o núme-
sistema) acima dos 40 GB iniciais. ro de arquivos desnecessários no disco rígido selecionando
• O usuário pode configurar esse tamanho até o limite automaticamente arquivos que possam ser excluídos com
da capacidade total do disco. segurança, possibilitando a liberação de espaço no disco rí-
• O tamanho mínimo personalizado da lixeira é de 1 MB. gido do computador e ajudando, em alguns casos, a tornar
• Ao excluir arquivo de forma que a capacidade de arma- mais rápida a execução do computador.
zenamento atual da lixeira seja excedida, ela eliminará Ela pesquisa a unidade e mostra os arquivos que o usuário
os mais antigos para liberar espaço e, assim, armazenar pode excluir com segurança.
o atual.
• Ao excluir arquivo que, individualmente, exceda a capa- Novidades do Windows 10
cidade total de armazenamento da lixeira, o Windows
avisa ao usuário que a exclusão será definitiva. Windows Store (Loja)
Informática

• É possível configurar a Lixeira para que os arquivos


não sejam para ela movidos, mas sempre removidos O Windows 10 tem aplicativos nativos interessantes,
permanentemente. como o Skype e OneDrive, mas o usuário pode baixar e ins-
• Não é possível abrir arquivos que estão na Lixeira. talar vários outros programas gratuitos e pagos através da
• É possível esvaziar toda a Lixeira, confirmando a exclu- Loja, os quais estarão disponíveis em quaisquer dispositivos
são. acessados com uma conta Microsoft.

26 Openbook Apostilas
Windows Hello LINUX E SOFTWARE LIVRE
O Windows Hello é uma maneira mais pessoal para iniciar Histórico
o uso de dispositivos com Windows 10. Com ele é possível o
reconhecimento da face, impressão digital ou íris se o com- Em 1971, quando Richard Stallman iniciou sua carreira
putador tiver um leitor de impressão digital ou uma câmera no Laboratório de Inteligência Artificial do Massachusetts
compatível. Institute of Technology (MIT), fazia parte de uma comunidade
que incluía empresas e programadores onde havia coopera-
Onde se pode digitar, também pode-se escrever ção entre seus membros, compartilhando programas. Porém,
no início dos anos 1980, quase todos os softwares passaram
O Microsoft Edge não é o único aplicativo em que o usuá­ a ser proprietários, proibindo e impedindo a livre troca de
rio pode escrever. Usando uma caneta eletrônica, o dedo ou softwares entre os usuários.
o mouse é possível escrever em todos os lugares onde antes Em uma tentativa de trazer de volta o espírito cooperativo
apenas se digitava. que prevalecia na comunidade de informática nos seus pri-
mórdios, Stallman idealizou o Projeto GNU (Gnu não é Unix)
Fotos em 1983, com a intenção de criar um sistema operacional
livre e tornar a cooperação possível outra vez, removendo
O aplicativo Fotos reúne todas as fotos e vídeos em um os obstáculos impostos pelos donos dos softwares proprie-
único local, sejam do telefone, computador ou OneDrive. Em tários. Como o interesse pelo Projeto GNU e seus softwares
seguida, ele organiza as memórias em álbuns para melhor começou a crescer, outras pessoas se envolveram no projeto
aproveitamento e compartilhamento. e, em 1985, foi criada a Free Software Foundation, uma ins-
tituição filantrópica para o desenvolvimento dos softwares
Família livres e arrecadar fundos para ajudar a desenvolver o GNU.
O  primeiro objetivo do projeto deveria ser a construção
O recurso Família permite adicionar com rapidez mem- de um sistema operacional, que serviria como base para a
bros da família a cada computador com Windows 10 em que instalação de qualquer outro software livre.
o usuário entrar com sua conta da Microsoft. O sistema operacional Unix foi escolhido como modelo
Configurado como adulto em uma família, esse usuário por ser um software com design geral já testado e portável,
pode ver relatórios das atividades online das crianças, limitar e  porque a compatibilidade tornava fácil para os atuais
o tempo de utilização de seus dispositivos Windows 10, de- usuários do Unix a mudança para o GNU. De 1984 ao início
finir limites inteligentes nos gastos das crianças e assegurar dos anos 1990 o Projeto GNU já havia conseguido produzir
que elas não vejam sites, aplicativos ou jogos inadequados, todos os componentes principais do sistema operacional,
e as configurações de restrição serão aplicadas a qualquer exceto um, compiladores, editores, formatadores de texto,
dispositivo Windows 10 no qual a criança entrar. software de e-mail e muitos outros estavam prontos, mas
Depois que uma criança foi adicionada à família no Win- faltava o kernel, o núcleo do sistema.
dows, pode-se acessar account.microsoft.com/family e en- Em 1991, o estudante finlandês Linus Torvalds desenvol-
trar com a conta da Microsoft para realizar a configuração veu um kernel Unix-like, batizou-o Linux e o disponibilizou
de restrições dos membros. em 1992. A  combinação do Linux com o quase completo
sistema GNU resultou em um sistema operacional completo:
Email e Calendário o sistema GNU/Linux.
A meta do Projeto GNU era dar liberdade aos usuários,
O Windows 10 tem os aplicativos Email e Calendário não apenas ser popular. Então, foram criadas algumas regras
nativos, encontrados na Pesquisa do Windows e nos blocos de distribuição que evitassem a transformação do software
dinâmicos do menu Iniciar. GNU em software proprietário. O método utilizado é cha-
mado de Copyleft, o qual usa a lei de direitos autorais dos
Groove Música softwares licenciados (copyright), mas no sentido oposto de
seu propósito habitual: em vez de um meio de privatização
do software, torna-se um meio de manter o software livre.
Torna mais fácil reproduzir e gerenciar as músicas e listas
A GNU General Public License (Licença Pública Geral),
de reprodução do usuário. Adicionando músicas ao One-
GNU GPL ou simplesmente GPL é a licença com maior uti-
Drive, o Groove permite que o usuário as reproduza — de
lização por parte de projetos de software livre, em grande
graça — em todos os seus dispositivos favoritos: computador, parte devido à sua adoção para o Linux.
Xbox, Android, iPhone, telefone Windows, Sonos e na Web. Em termos gerais, a GPL baseia-se em quatro liberdades:
Mapas
LIBERDADE NRO 0 – Executar o programa, para qual-
O aplicativo Mapas mostra o caminho até lugares para os quer propósito.
quais se desejam obter trajetos, informações sobre empresas LIBERDADE NRO 1 – Estudar como o programa funciona
e avaliações, realizando navegação por voz e os trajetos curva e adaptá-lo para as suas necessidades.
a curva de automóvel, do trânsito e a pé. Permite ainda viaje LIBERDADE NRO 2 – Redistribuir cópias de modo que
virtualmente pelo mundo com imagens aéreas e vistas em o usuário possa ajudar ao seu próximo.
360° no nível da rua. LIBERDADE NRO 3 – Aperfeiçoar o programa e liberar os
seus aperfeiçoamentos, de modo que toda a comunidade
Informática

Pessoas se beneficie deles.

Aplicativo confiável da Windows Store, centraliza o ar- Software livre é o software que vem com permissão para
mazenamento de dados online das pessoas com as quais o qualquer um copiar, usar e distribuir, com ou sem modifi-
usuário se relaciona, como e-mails e contatos do Facebook cações, gratuitamente ou por um preço. Em particular, isso
e Skype. significa que o código fonte deve estar disponível.

Openbook Apostilas 27
Kernel e Distribuições em FAT e NTFS. Entre os sistemas nativos, destacam-se o EXT2
(similar ao FAT32), o EXT3 (similar ao NTFS), EXT4 e o Reiser.
No Linux, o kernel é o próprio sistema operacional – o
restante é acessório. O kernel do Linux em si é muito pequeno Shell e Usuários
e não tem muita coisa, mas claro que tem o mais importante,
já que ele é o sistema propriamente dito. Porém, para que O Linux, assim como qualquer sistema operacional
o Linux seja utilizável, é necessário que existam, também, moderno, é  perfeitamente capaz de oferecer interação
outros programas que, junto com o kernel, façam o sistema com o usuário por meio de gráficos, fazendo com que seja
completo e amigável para um usuário qualquer. possível utilizar a maioria de seus recursos através do mouse.
É aí que entram os Shell (ambientes onde o usuário Porém, em dado momento, o modo gráfico pode não estar
pode comandar o sistema por meio de comandos de texto), disponível, restando apenas o modo texto (para a inserção
as interfaces gráficas (ambientes que apresentam ícones e de comandos). Além disso, determinadas tarefas só podem
janelas, como o Windows), os aplicativos (para digitar tex- ser executadas por comandos digitados.
tos, construir planilhas, desenhar e acessar a Internet, por Quando o comando é inserido, cabe ao interpretador de
exemplo) e outros mais. comandos, o shell, executá-lo. O Linux conta com mais de
Muitas empresas e programadores obtêm o Kernel do um, sendo os mais conhecidos o bash e o sh.
Linux e juntam a ele outros programas que julgam importan- Quando um terminal é acessado, uma informação apare-
tes. Cada uma dessas mesmas pessoas ou instituições relança ce no campo de inserção de comandos. É importante saber
o Linux com seu próprio nome, ou com algum “apelido”, interpretá-la. Para isso, veja os exemplos abaixo:
chamado Distribuição Linux.
Algumas distribuições são bem pequenas (cabendo em
Exemplo 1 Exemplo 2
um disquete ou em um CD) e outras já são bem maiores (com
root@tosha: /root# marrrcelo@queijominas:~$
centenas de programas juntos). O  que diferencia uma da
outra é a maneira como são organizados e pré-configurados
Nos exemplos, a palavra existente antes do símbolo @
os aplicativos e como será feita a instalação do sistema. São
diz qual o nome do usuário que está usando o terminal.
exemplos de distribuições: Red Hat, Slackware, Suse, Fedora,
Os nomes que aparecem depois do @ indicam o computador
Debian, Mandrake, Conectiva, Mandriva, Kurumin, Ubuntu,
que está sendo acessado seguido do diretório.
Gentoo, Knopix, Turbo Linux, Mint.
O caractere que aparece no final indica qual o poder do
usuário. Se o símbolo for #, significa que usuário tem poderes
Dual Boot
de administrador (root). Por outro lado, se o símbolo for $,
significa que este é um usuário comum, incapaz de acessar
Dual boot ou multi boot é a possibilidade de se escolher
todos os recursos que um administrador acessa. Indepen-
um entre vários sistemas operacionais disponíveis para um
dentemente de qual seja, é depois do caractere $ ou # que
mesmo computador. Quando dois ou mais sistemas estão
o usuário pode digitar os comandos.
instalados em um mesmo disco rígido particionado, é neces-
Interface Gráfica: o sistema Linux pode se apresentar
sária a instalação de um gerenciador de boot (boot manager)
que consiste em um programa instalado a partir do Linux que para o usuário do mesmo modo amigável que o Windows.
gerencia o setor de boot do HD (MBR – Master Boot Record) O Linux tem ambientes gráficos, permite o uso do mouse
permitindo a inicialização seletiva do sistema operacional, ou e ícones, janelas e menus. As  interfaces gráficas mais co-
seja, ele apresenta um menu de opções para que o usuário nhecidas são a KDE, Gnome (GNU Network Object Model
possa escolher um entre os sistemas operacionais disponíveis Environment), Blackbox e X11 (X Windows System).
para aquela inicialização.
Entre os gerenciadores de boot mais comuns estão Comandos
o GNU/Grub (GRand Unified Bootloader) e o LILO (LInux
LOader). Para utilizar os comandos em Linux, basta digitá-los e
pressionar a tecla Enter. É importante frisar que, dependendo
Conceitos Gerais da distribuição Linux utilizada, um ou outro comando pode
estar indisponível. Além disso, alguns comandos só podem
Sistemas de arquivos: um sistema de arquivos é uma ser executados por usuários com privilégios de administrador.
estrutura que indica como os dados devem ser gravados em A relação a seguir mostra os principais comandos segui-
dispositivos de gravação. É de acordo com os recursos ofere- dos de uma descrição:
cidos por essa estrutura que é possível determinar o espaço
disponível e ocupado em disco, e gerenciar como partes de cal (calendar) – exibe um calendário.
um arquivo podem ficar “distribuídas” nas áreas de armaze- cat arquivo (concatenate) – concatena arquivos ou mos-
namento. É também o sistema de arquivos que determina tra o conteúdo de um arquivo.
como os dados podem ser acessados, copiados, movidos, cat info.txt
renomeados, protegidos e eliminados. Portanto, sem um resultado: mostra o conteúdo do arquivo info.txt na tela.
sistema de arquivos, é impossível utilizar um disco rígido (e cat info.txt info2.txt
resultado: concatena os arquivos info.txt e info2.txt e
Informática

outros dispositivos) para armazenamento de informações.


O Linux possui suporte de leitura e escrita a vários sistemas mostra o resultado na tela.
de arquivos, de diversos sistemas operacionais, além de cd diretório (change directory) – abre um diretório. Por
alguns sistemas nativos. Por isso, quando o Linux é instala- exemplo, para abrir a pasta /mnt, basta digitar cd /mnt. Para
do em dual boot com outros sistemas, como Windows, por ir ao diretório raiz a partir de qualquer outro, digite cd / ou
exemplo, ele poderá ler e escrever nas partições formatadas cd ~ para ir à pasta pessoal do usuário atual.

28 Openbook Apostilas
clear – elimina todo o conteúdo visível, deixando a linha resultado: vai para a pasta do usuário marrrcelo, mostra o
de comando no topo, como se o sistema acabasse de ter conteúdo do arquivo info.txt, aguarda 60 segundos e desliga
sido acessado. o computador em 5 minutos.
cp origem destino (copy) – copia um arquivo ou diretório Para a execução de comandos em segundo plano (back-
para outro local. Por exemplo, para copiar o arquivo info.txt ground), deixando o Shell livre para a execução de outros co-
com o nome info2.txt para /home, basta digitar cp info.txt mandos, deve-se usar o “&” (E comercial) ao final do comando:
/home/info2.txt.
df – mostra o espaço livre/ocupado pelas partições. find – name info.txt &
du diretório (directory usage) – mostra o espaço em disco resultado: procura pelo arquivo de nome info.txt em
ocupado por um diretório recursivamente. segundo plano, liberando o Shell para a digitação de outros
emacs – abre o editor de textos emacs. comandos.
find diretório parâmetro termo – o comando find serve Para a execução de comandos concatenados (encadeados
para localizar informações. Para isso, deve-se digitar o co- ou conectados) onde o segundo aproveite o resultado do
mando seguido do diretório da pesquisa mais um parâmetro primeiro na sua execução pode-se utilizar o caractere “|”
(pipe, barra vertical).
e o termo da busca. Parâmetros:
– name – busca por nome
ls – R | lpr
– type – busca por tipo
resultado: lista diretórios e sub-diretórios recursivamente
– size – busca pelo tamanho do arquivo
e envia essa informação para o próximo comando, que irá
– mtime – busca por data de modificação
imprimi-la.
halt – desliga o computador.
kill – encerra (mata) processos em andamento. Diretórios
ls (list) – lista os arquivos e diretórios da pasta atual.
lpr arquivo – imprime o arquivo especificado. No Linux, o sistema de diretórios e arquivos começa na
mv origem destino (move) – move o arquivo ou o dire- raiz, simbolizada por “/”. Abaixo dela é possível achar os dire-
tório para o destino especificado. tórios dos usuários, das configurações globais, dos programas
mkdir diretório (make directory)  – cria um ou vários instalados e dos dispositivos disponíveis no computador. Essa
diretórios (separados por espaços) dentro do diretório atual. estrutura foi inspirada no Unix e é usada em quase todas as
passwd usuário (password) – cadastra ou altera senha, distribuições Linux.
bloqueia (-l) e desbloqueia (-u) usuários.
ps (process stat) – mostra os processos em execução. /bin – contém arquivos programas do sistema que são
pwd (pathway directory) – mostra o diretório em que o usados com frequência pelos usuários.
usuário está. /boot – contém arquivos necessários para a inicialização
rm arquivo (remove) – apaga o arquivo especificado. do sistema.
rmdir diretório (remove directory) – apaga o diretório /cdrom – ponto de montagem da unidade de CD-ROM.
especificado, desde que vazio. /media – ponto de montagem de dispositivos diversos do
shutdown – desliga ou reinicia o computador. sistema (rede, pendrives, CD-ROM em distribuições mais novas).
su (subsitute user) – alterna o usuário atual. /dev – contém arquivos usados para acessar dispositivos
tar -xzvf arquivo.tar.gz – extrai um arquivo compactado (periféricos) existentes no computador.
em tar.gz. /etc – arquivos de configuração de seu computador local.
who – mostra os usuários conectados ao sistema, o ter- /floppy – ponto de montagem de unidade de disquetes.
minal, data e hora da conexão. /home – diretórios contendo os arquivos dos usuários.
whoami – exibe o nome do usuário que está conectado. /lib  – bibliotecas compartilhadas pelos programas do
sistema e módulos do kernel.
Praticamente todos os comandos citados possuem parâ- /lost+found – local para a gravação de arquivos/diretórios
metros que permitem incrementar suas funcionalidades. Por recuperados pelo utilitário fsck.ext2. Cada partição possui
seu próprio diretório lost+found.
exemplo, se o usuário digitar o comando ls com o parâmetro
/mnt – ponto de montagem temporário.
-R (/s -R), este mostrará todos os arquivos do diretório atual
/proc – sistema de arquivos do kernel. Este diretório não
e subdiretórios, inclusive os arquivos ocultos (o parâmetro R
existe em seu disco rígido, ele é colocado lá pelo kernel e
gera uma operação recursiva, pois varre diretórios).
usado por diversos programas que fazem sua leitura, verificam
A forma mais prática de conhecer os parâmetros disponí-
configurações do sistema ou modificar o funcionamento de
veis para cada comando é consultando as informações de aju- dispositivos do sistema através da alteração em seus arquivos.
da. Para isso, pode-se usar a chave --help após o comando para /root – diretório do usuário root.
o qual se deseja conseguir informações. Também é possível /sbin – diretório de programas usados pelo superusuário
utilizar os comandos man, help ou info, seguidos do comando (root) para administração e controle do funcionamento do
para o qual se deseja obter informações mais detalhadas. sistema.
Alguns comandos podem ser utilizados em conjunto, um /tmp – diretório para armazenamento de arquivos tem-
após o outro, na mesma linha de comando, usando alguns ca-
Informática

porários criados por programas.


racteres especiais. Para a execução de dois ou mais comandos /usr – contém maior parte de seus programas. Normal-
de forma sequencial, sem nenhuma relação de dependência mente acessível somente como leitura.
entre eles, usa-se o caractere “;” (ponto e vírgula): /var – contém maior parte dos arquivos que são gravados
com frequência pelos programas do sistema, e-mails, spool
cd /home/marrrcelo;cat info.txt;sleep 60;shutdown – h +5 de impressora, cache etc.

Openbook Apostilas 29
Word 2013 Faixas de Opções
Também chamadas de menus horizontais, guias ou abas
① foram introduzidas no Office 2007. Esse novo componen-
te substitui menus, barras de ferramentas e a maioria dos
painéis de tarefas das versões anteriores do Word por um
mecanismo único simples e fácil de explorar. Os novos menus
O Microsoft Office Word 2013 é a 15ª versão do proces- agrupam as ferramentas por tarefa, mantendo os comandos
sador de textos mais usado do mundo, lançado em 1983 para usados com mais frequência sempre à mão.
DOS e em 1989 para Windows. É um software que facilita O local onde o Excel (e Word) mantém os botões faz parte
a criação, edição e publicação de textos, permitindo ainda da composição da barra de ferramentas do software, nome
a inserção de imagens, tabelas e gráficos. A instalação do comum inclusive em diversos aplicativos Microsoft. O nome
Office 2013 exige um computador com processador de 1 faixa de opções faz menção inclusive à barra de ferramentas
GHz (32 ou 64 bits), 1 GB (32 bits) ou 2 GB (64 bits) de RAM, (equivalente ao conjunto de ícones na parte superior do sof-
3 GB de espaço livre no HD, sistema operacional Windows tware, onde o usuário pode acessar diversas funcionalidades
7, 8, Server 2008 ou 2012. do software através de um único clique).

Os antigos menus e barras de ferramentas do Word A sequência, os nomes e os botões dos menus podem
2003 foram fundidos e se estendem em sentido horizontal ser alterados.
de uma ponta à outra da interface. Cada uma das nove guias
básicas (Arquivo, Página Inicial, Inserir, Design, Layout da Localização dos Comandos nos Menus
Página, Referências, Correspondências, Revisão e Exibição)
possui vários Grupos ② que mostram os comandos agru- De forma generalizada, os programas guardam em seus
pados por funcionalidade. Um Comando ③ pode ser um menus todos os comandos disponíveis aos usuários, organi-
botão, uma caixa ou um menu (galeria). Mais opções de zados em uma ou outra lista de acordo com alguma caracte-
cada grupo podem ser acessadas em uma janela, clicando rística comum entre eles. Mais importante do que memorizar
nos Iniciadores de caixa de diálogo ④, marcas em forma quais comandos estão dispostos em certo menu é conseguir
de seta diagonal existentes no canto inferior direito de al- perceber em qual deles deve estar certo comando, asso-
guns grupos. ciando seu funcionamento e características principais às de
Guias adicionais aparecerão sob demanda ⑤, sem- outros pertencentes ao mesmo menu.
pre que imagens, tabelas, desenhos, diagramas (SmartArts) Não existe uma definição oficial a respeito do tipo de co-
e gráficos forem selecionados. Essas ferramentas contextuais mando que pertence a cada menu. Obtida com a prática, uma
permitem trabalhar com um conjunto específico de coman- proposta para essa definição, apresentando o conteúdo dos
dos voltados para o objeto selecionado, que aparecem com menus e seus representantes de uso mais comum ,vem a seguir.
uma cor de ênfase, próximo às guias padrão.
Um clicar duplo sobre qualquer guia irá ocultar/mi- Menu Página Inicial
nimizar toda a Faixa de Opções, até que uma das guias seja
clicada duas vezes novamente. A tecla de atalho CTRL+F1 ou Em entrevistas com usuários, a Microsoft registrou os
o botão ⑥ também podem ser usados com a mesma comandos utilizados com maior frequência e os dispôs numa
finalidade. guia exibida sempre que o Word é iniciado. Com isso, co-
Menu Arquivo/Opções ou clicar com o botão direi- mandos dos antigos menus Editar e Formatar, como Fonte,
to numa área livre da Faixa de Opções mostra opções que Parágrafo e Estilo, do Word 2003, entre os mais usados, são
permitem: facilmente encontrados no Menu Página Inicial.
• adicionar o botão clicado à Barra de Acesso Rápido ⑦; No Word, ao se selecionar um trecho de texto e se cli-
• personalizar a Barra de Acesso Rápido; car o menu Página Inicial, é exibido um menu com diversas
• mostrar a Barra de Acesso Rápido abaixo da Faixa de opções, entra as quais, a opção Copiar, que permite copiar
Opções; o trecho selecionado para a área de transferência, além de
• personalizar a Faixa de Opções; funcionalidade que permite localizar palavras no documento
• minimizar a Faixa de Opções. que está sendo editado.
Informática

30 Openbook Apostilas
Menu Arquivo

Comandos usados com menor frequência durante a edição do texto e que executam ações no documento como um
todo, sem alterar seu conteúdo. Então, como durante a utilização dos itens do menu Arquivo não há necessidade de en-
xergar o documento, o visual do menu Arquivo foi alterado para ocupar todo o espaço destinado à visualização e edição
do texto com opções dos comandos desse menu, denominado Backstage. Muito do que se faz no Word tem a ver com o
gerenciamento de arquivos, executando-se tarefas comuns como abrir, fechar, salvar, imprimir e criar novos documentos.
A organização dos comandos no menu Arquivo mostra as tarefas de “bastidores” no programa - em resumo, tudo aquilo
que o usuário faz para um arquivo e não no arquivo.

Menu Layout da Página

Apresenta comandos para configurar as páginas, onde os mais importantes alteram todo o documento, ou partes dele,
gerando modificações na formatação do seu conteúdo.

Menu Exibição

Mostra recursos já disponibilizados pelo Word que alteram a visualização do documento e não necessitam configuração
antes de exibidos ao redor do documento, para orientar o trabalho do usuário.

Menu Inserir

Em oposição aos itens do menu Exibição, o menu Inserir mostra recursos que poderão ser trazidos de fora do Word e
necessitam configuração antes de inseridos dentro do documento.
Informática

Menu Referências

Disponibiliza comandos para a inserção de Sumários (índices analítico, remissivo, de ilustrações e autoridades), Legenda
e Notas de rodapé.

Openbook Apostilas 31
Menu Revisão

Mostra comandos usados após a edição do documento, como revisão da ortografia, inserção de comentários e controle
de alterações do revisor.

Menu Correspondências

Mostra comandos para a criação de Malas Diretas, Envelopes e etiquetas.

Menu Página Inicial Considerando-se que o computador em uso esteja exe-


cutando o sistema operacional Windows, é correto afirmar
Grupo Área de Transferência

A Área de Transferência (clipboard, em inglês – prancheta)


é um espaço da memória RAM do computador usado como que, por meio do ícone , pode-se saber se a área de
área de armazenamento temporário para os itens que são co- transferência do Windows está vazia.
piados ou recortados e podem ser depois aplicados (colados)
no mesmo aplicativo ou em outro. Os comandos do Word que, Colar Especial (CTRL + ALT + V)
de alguma forma, usam a área de transferência do Windows A parte inferior do botão Colar permite optar por um
ficam dispostos neste grupo, como Recortar, Copiar, Colar. formato de colagem diferente do padrão – Colar Especial...
A seguinte sequência de ações permitirá copiar a palavra Um trecho de planilha do Excel será colado, por padrão,
“fértil” em outro ponto do texto: aplicar um clicar duplo sobre como tabela comum no Word se usado CTRL+V, simples-
mente. Caso se necessite aplicar de outra forma a planilha
a palavra “fértil”; clicar o botão ; clicar no local onde
no documento atual, como uma imagem, apenas seu texto
ou mantendo vínculo com a planilha de origem (colar como
se deseja colocar a cópia da palavra; clicar o botão . objeto), o atalho de teclado CTRL+ALT+V pode ser usado,
Como as teclas de atalho para os comandos Copiar
(CTRL+C) e Colar (CTRL+V) são amplamente usadas e conhe- assim como o pequeno ícone que aparece
cidas, é comum que sejam exigidas as imagens dos botões ao lado do trecho colado de forma simples, permitindo es-
associadas a eles. Memorize-as. colher entre as opções:
Informática

32 Openbook Apostilas
Grupo Parágrafo
Pincel de Formatação

Copia a FORMATAÇÃO de um trecho de texto ou elemen-


to gráfico para outro. Basta selecionar o trecho que possui
a formatação desejada, clicar no pincel e selecionar o tre-
cho que receberá a formatação. Clicar duas vezes no botão
mantém a ferramenta ativa enquanto a formatação copiada
é colada em vários trechos de texto.
① Marcadores, ②Numeração e ③Lista de Vários Ní-
Página Inicial / Área de Transferência / Pincel de For-
veis: criam listas destacando o início de cada pa-
matação ou (CTRL + SHIFT + C – copiar formatação e CTRL + rágrafo com símbolos ou números. Podem-se criar
SHIFT + V – colar formatação). listas com vários níveis, usando quaisquer símbolos,
imagem, letras e números variados.
3.3. Grupo Fonte ④ Diminuir Recuo (esquerdo): CTRL + SHIFT + M.
⑤ Aumentar recuo (esquerdo): CTRL + M.
⑥ Classificar: coloca o texto selecionado em ordem al-
fabética ou classifica dados numéricos.
⑦ Mostrar Tudo (CTRL+*): mostra os caracteres não
imprimíveis, como marcas de parágrafo e outros
símbolos de formatação ocultos.

Alinhamento: define a posição dos parágrafos com


① Tipo da Fonte (CTRL+SHIFT+F).
relação a qualquer formatação de recuo. Para alinhar os
② Tamanho da Fonte (CTRL+SHIFT+P): tamanhos de 8 a parágrafos com relação às margens esquerda e direita do
72. Limites: mínimo 1 e máximo 1638, com variações documento, deve-se remover qualquer formatação de recuo.
de 0,5 ponto.
③ Aumentar Fonte: CTRL + > (lista pré-definida) ou CTRL ⑧ ⑨
+ ] (um ponto mais). Alinhar à Esquerda Centralizar
④ Reduzir Fonte: CTRL + < (lista pré-definida) ou CTRL CTRL + Q CTRL + E
+ [ (um ponto menos).
⑤ Maiúsculas e Minúsculas: altera a capitalização do
⑩ ⑪
texto selecionado. O atalho de teclado SHIFT+F3
Alinhar à Direita Justificar
alterna o texto selecionado entre maiúsculas e mi-
CTRL+G CTRL + J
núsculas, como no ciclo representado a seguir, fun-
cionando como alternativa ao uso desse botão.
⑫ Espaçamento entre linhas: define o espaço vertical
⑥ Limpar Formatação: remove formatos de fonte (CTRL entre as linhas dentro dos parágrafos selecionados
+ Espaço) e parágrafo (CTRL + F), devolvendo o texto texto.
selecionado ao estilo Normal, padrão de formatação
que o documento usava quando criado.
O comando Limpar Formatação não removerá o re-
alce do seu texto. Para limpá-lo, selecione o texto
realçado e clique na seta ao lado de Cor de Realce Simples (CTRL + 1) 1,5 (CTRL + 5) Duplo (CTRL + 2)

de Texto e clique em Sem Cor. ⑬ Sombreamento: colore o plano de fundo atrás do
⑦ Negrito: CTRL + N ou CTRL + SHIFT + N texto ou parágrafo selecionado.
⑭ Bordas
⑧ Itálico: CTRL + I ou CTRL + SHIFT + I.
⑨ Sublinhado: aplica à seleção o último estilo de su- Estilos (e formatação)
blinhado selecionado nas opções da seta. A tecla de
atalho sempre aplica sublinhado simples (CTRL + S Conjunto de ações de formatação que podem ser apli-
ou CTRL + SHIFT + S). cadas ao texto, tabelas e listas do documento para alterar
⑩ Tachado
rapidamente sua aparência. Ao aplicar um estilo, todo um
grupo de formato é aplicado em uma simples operação.
⑪ Subscrito: CTRL + =
⑫ Sobrescrito: CTRL + +
Informática

⑬ Efeitos de texto: aplica um efeito visual ao texto se-


lecionado como sombra, brilho e reflexo.
⑭ Realce
⑮ Cor da Fonte.

Openbook Apostilas 33
É possível criar e modificar os estilos. As modificações http://office.microsoft.com/client/helppreview14.aspx
em um estilo serão aplicadas automaticamente a todos os ?AssetId=HA010355788&lcid=1046&NS=WINWORD&Versi
trechos de texto que usem esse estilo no documento atual. on=14&tl=2&pid=CH010369342&CTT=4
No Word, as opções de modificação de um estilo, por
exemplo, o Normal, incluem alterações na formatação de • PDF ou XPS – publica uma cópia do documento como
fonte e de tabulação do texto. um arquivo PDF ou XPS.
Um índice analítico pode ser inserido no Word para faci-
litar a identificação de conteúdos de um documento, sendo PDF (Portable Document Format) PDF é um formato
necessárias configurações específicas que atribuam estilos de arquivo eletrônico de layout fixo que preserva a
de títulos como entradas para formar o índice. É necessário formatação do documento e possibilita o comparti-
aplicar estilos apropriados aos títulos do documento a serem lhamento de arquivo. O formato PDF garante que
quando o arquivo é exibido online ou é impresso,
inseridos no sumário, para, dessa forma, o programa poder
mantenha exatamente o formato pretendido e os da-
identificar tais títulos.
dos no arquivo não podem ser facilmente alterados.
O formato PDF também é útil para documentos que
Menu Arquivo (ALT + A) serão reproduzidos usando métodos de impressão
comercial.
Substitui o Botão Office da versão anterior, apresentando XPS (XML Paper Specification) XPS é um formato de
várias opções do menu Arquivo do Word 2003, como Novo, arquivo eletrônico de layout fixo que preserva a for-
Abrir, Salvar, Salvar como, Imprimir, Fechar. Uma nova coluna matação do documento e possibilita o compartilha-
com várias opções aparece à direita dos botões mostrando mento de arquivo. O formato XPS garante que quando
recursos adicionais, como em Recente, Novo e Imprimir. o arquivo é exibido online ou é impresso, mantenha
A exibição padrão Informações, que mostra informações exatamente o formato pretendido e os dados no ar-
sobre o arquivo em uso, como tamanho, número de palavras quivo não podem ser facilmente alterados.
e páginas e a data da última alteração. É aqui também onde
se converte um arquivo de versão anterior, definem per- Um documento elaborado no Microsoft Word pode ser
missões, prepara o compartilhamento de um documento e convertido em um arquivo no formato pdf, o que impede
gerencia diferentes versões que tenham sido salvas. que ele seja alterado.
A principal vantagem do formato pdf é a consistência
Salvar Como... (F12) obtida em todos os tipos de computadores, ou seja, o docu-
mento aparecerá de maneira idêntica independentemente
da plataforma em que ele estiver sendo lido.

• Outros formatos – abre a caixa de diálogo Salvar como


Mostra uma lista de opções para que o usuário salve o para selecionar entre todos os tipos de arquivos pos-
documento atual com outro nome, em outro local (cria cópias síveis
de segurança) e com outras extensões: – TXT – texto sem formatação (compatibilidade com
• Documento do Word – mantém a extensão DOCX ou Bloco de Notas)
DOTX (modelo de arquivo, sem macro). – RTF – Rich Text Format (compatibilidade com Wor-
• Documento Habilitado para Macro – extensão DOCM dPad, editor de textos do Windows)
ou DOTM (modelo do Word com macro). – HTML – página Web
– XML – linguagem de marcação extensível
No Word, um modelo pode assumir as extensões .dotx
ou .dotm. O tipo de terminação de arquivo .dotx permite No Word, por meio do recurso de compartilhamento de
habilitar macros no arquivo. documento, diferentes usuários podem editar um mesmo
Documentos, planilhas e apresentações criados na ver- documento, ao mesmo tempo, mantendo a sincronia das
são 2010 do Office são salvos no formato XML e, por isso, alterações efetuadas.
apresentam as letras “x” ou “m” nas extensões de nome É possível definir senhas para proteger um documen-
de arquivo; “x” significa um arquivo XML sem macros. Por to, permitindo que somente os revisores autorizados mo-
exemplo, ao salvar um documento no Word, o arquivo utili- difiquem o conteúdo de um arquivo. Na caixa de diálogo
zará, por padrão, a extensão .docx em vez da extensão .doc. Salvar como, o item Ferramentas / Opções Gerais... mostra
• Documento do Word 97-2003 – salva uma cópia do as seguintes opções:
documento que será totalmente compatível com o
Word 97-2003.
• Documento do Works – salva uma cópia com formato
WPS.
• Texto OpenDocument – salva o documento no formato
Documento Aberto (ODT).
Informática

Quando o usuário trabalha com dois formatos de arquivo,


como .docx e .odt, pode haver diferenças de formatação e
nem todos os recursos estarão disponíveis. O usuário po-
derá converter dados e conteúdo, mas a maneira como se
trabalha com o conteúdo pode ser diferente, dependendo
dos formatos usados.

34 Openbook Apostilas
No Word, as informações de um documento podem ser Próxima Página: insere uma quebra de seção e começa
protegidas/desprotegidas, por meio de senha, de modo a a nova seção na próxima página. Útil para iniciar novos ca-
restringir/permitir a determinados usuários os processos de pítulos em um documento.
formatação e de edição do texto. Por meio dessa opção, é
possível atribuir funções específicas apenas aos usuários aos
quais foi concedida permissão.

Menu Layout da Página


Colunas (estilo de boletim informativo)

Contínua: insere uma quebra de seção e começa a nova


seção na mesma página. Útil para criar uma alteração de
formatação, como um número diferente de colunas em uma
mesma página.
Em colunas em estilo de boletim informativo, o texto
flui continuamente do fim de uma coluna para o início da
coluna seguinte. O usuário pode especificar o número de
colunas que deseja em estilo de boletim informativo, ajus-
tar suas larguras e adicionar linhas verticais entre colunas.
Também é possível adicionar um título de faixa que abranja
a largura da página.

Quebras

Página Ímpar ou Página Par: insere uma quebra de seção


Seção é uma parte independente de um documento em e inicia a nova seção na próxima página de número ímpar ou
que o usuário define determinadas opções de formatação par. Útil para que os capítulos do documento sejam sempre
de página, como numeração de linha, número de colunas ou
iniciados em uma página ímpar ou par.
cabeçalhos e rodapés. As seções permitem variar o layout de
Quando uma linha, coluna ou página é preenchida com
um documento em uma página ou entre páginas.
texto ou elementos gráficos, o Word insere uma quebra “au-
tomática” (ou involuntária) e cria uma nova. O usuário pode
forçar uma quebra em um local específico inserindo uma
quebra de linha, coluna ou página “manual” (ou forçada).

① Seção formatada como uma única coluna


② Seção formatada como duas colunas

Quebras de seção dividem o documento em seções que, ① Quebra de página automática


depois, podem ser formatadas independentemente. É possí- ② Quebra de página manual
vel formatar um documento em seções diferentes para que
uma use orientação retrato e, outra, paisagem.
Por exemplo, o usuário pode forçar uma quebra de página
Numa monografia onde a capa não deve mostrar núme-
para assegurar que o título de um capítulo comece sempre
ros de página, o índice deve ter numeração romana e o corpo
em uma nova página.
do trabalho numeração arábica, a quebra do documento em
três seções permite que todas estas partes permaneçam jun-
tas num arquivo único.
Tipos de quebras de seção (a linha pontilhada dupla re-
presenta uma quebra de seção):

Quebra de página: o Word insere uma quebra de página


automaticamente quando o texto digitado atinge o final de
uma página. Se for necessário que a página seja quebrada
Informática

em um local diferente, o usuário poderá inserir uma quebra


de página manual, que marca o ponto em que uma página
termina e outra página começa.
Quebra de linha: a quebra de linha manual encerra a
linha atual e faz com que o texto continue na linha seguinte.

Openbook Apostilas 35
• Referência Cruzada: insere um hiperlink automático
para o local atual, que pode mais tarde ser citado em
outros pontos do documento e trazer o usuário de
volta àquele local específico.
• Cabeçalho e Rodapé: áreas situadas nas margens su-
perior e inferior, de cada página de um documento,
em que se pode inserir textos ou elementos gráficos
Quebra de coluna: leva o texto após o cursor para uma – como números de página, data, logotipo de uma em-
nova coluna. presa, o nome de arquivo do documento— que são
impressos no início ou no fim de cada página de um
documento.
Os cabeçalhos e rodapés aparecem apenas no modo
de exibição de layout de impressão (modo de exibição
de um documento da forma como ele aparecerá quan-
do for impresso. Por exemplo, itens como cabeçalhos,
Quebra Automática de Texto: separa o texto ao redor do notas de rodapé, colunas e caixas de texto aparecem
objeto. Por exemplo, separa o texto das legendas do corpo em suas posições reais) e em documentos impressos.
do texto. Eles não aparecem nem são impressos nos documen-
tos da Web exibidos em navegadores. No entanto, são
quebras atalhos (ENTER) mantidos no documento da Web, de modo que apa-
coluna CTRL + SHIFT + ENTER reçam quando o usuário retornar ao formato .docx do
documento.
linha SHIFT + ENTER
• Número de Página: insere numeração da página com
página CTRL + ENTER formatações e posições pré-definidas. A numeração
da página pode ser formatada pelo usuário para iniciar
No MS Word, a opção de inclusão de uma quebra de em numeração específica e usar algarismos romanos
seção contínua possibilita, na seção selecionada, atribuir al- ou letras
guns recursos de formatação, exclusivos à seção desejada, • Caixa de Texto: insere caixas de texto pré-formatadas,
sem que os mesmos recursos sejam efetivos nas demais se- que podem ser redimensionadas, colocadas sobre
ções do documento, como formatação de colunas, margens qualquer parte do texto e apresentar formatação in-
e parágrafos. dependente do restante do texto no documento.
• Partes Rápidas: cria, armazena, localiza e insere partes
Menu Inserir reutilizáveis de conteúdo, incluindo AutoTexto, proprie-
dades do documento, como título e autor, e campos.
• Folha de Rosto: insere uma página no início do do- – AutoTexto: conteúdo reutilizável que pode ser arma-
cumento, completamente formatada, com alguns zenado e acessado sempre que necessário. O usuá-
campos para preenchimento com informações sobre rio pode salvar o AutoTexto na galeria de AutoTexto
o arquivo, autor e data. selecionando o texto que deseja reutilizar, clicando
• Página em Branco: insere uma nova página em branco em AutoTexto e em Salvar Seleção na Galeria de
na posição do cursor.
AutoTexto (ALT+F3), definindo um pequeno nome
• Quebra de Página: insere quebra de página na posição
pelo qual o bloco de texto deve ser conhecido e ar-
do cursor, levando o texto à sua direita dele para uma
mazenado. Para reutilizá-lo basta digitar seu nome
nova página, na mesma seção.
e pressionar F3.
• Imagem: abre caixa de diálogo para seleção de imagem
– Propriedade de Documento: permite escolher em
a ser inserida na posição atual do cursor.
• Clip-Art: mostra um painel para pesquisa por imagem uma lista de propriedades que o usuário pode inserir
vetorial, filmes, sons ou fotos de catálogo no docu- no documento.
mento. campo para inserir campos que podem fornecer
• Formas: insere formas geométricas prontas, como cír- informações atualizadas automaticamente, como a
culos, quadrados e setas. hora, título, números de página e assim por diante.
• SmartArt: um elemento gráfico SmartArt é uma re- – Organizador de Blocos de Construção: mostra todos
presentação visual das informações que podem ser os blocos de construção disponíveis no Word. Tam-
criadas com rapidez e facilidade, escolhendo entre bém é possível editar propriedades, excluir e inserir
vários layouts diferentes, para comunicar mensagens blocos de construção.
ou ideias com eficiência. • WordArt: forma rápida de fazer o texto se destacar com
• Gráfico: insere vários tipos de gráficos de dados, como efeitos especiais. Após definição do efeito artístico a
gráficos de colunas linhas, pizza, barras, área, disper- ser aplicado ao texto selecionado, a guia contextual
são, ações, superfície, rosca, bolha e radar. Ferramentas de Desenho permite configurar o efeito
• Instantâneo: tira uma foto de todas as janelas aber- aplicado.
tas no computador ou de parte delas e as adiciona ao • Letra Capitular: transforma a primeira letra do parágrafo
documento. selecionado em letra maiúscula grande, destacando-o.
• Hyperlink (CTRL+K): cria uma ligação entre o objeto • Linha de Assinatura: insere uma linha de assinatura
Informática

selecionado e um outro objeto (página da web, arqui- que especifica quem deve assinar.
vo, outro local do mesmo documento, envio de email • Data e Hora: adiciona rapidamente a data e hora atuais
ou criação de novo documento). no ponto de inserção, permitindo escolher o formato
• Indicador: atribui um nome ao ponto do documento e solicitar atualização automática.
onde está o cursor, para que um hiperlink possa ser • Objeto: insere um objeto externo que permanecerá
criado apontando para este local específico. vinculado ao programa que o criou. Quando clicado

36 Openbook Apostilas
duas vezes o programa será executado para modificar Criado o sumário dessa maneira, pode-se atualizá-lo fa-
o objeto, como planilhas, apresentações, imagens, cilmente após alterações no documento, clicando sobre ele
fórmulas e gráficos. com o botão direito do mouse, a opção Atualizar Sumário
• Equação (ALT+=): para criar e editar equações e fórmu- da guia Referências ou o atalho de teclado F9.
las as versões anteriores do Word usavam o suplemen-
to Microsoft Equation 3.0. O Word 2013 inclui suporte Notas de Rodapé
interno para escrever e editar equações.
• Símbolo: adiciona ao texto caracteres que não estão
disponíveis no teclado, como letras gregas, símbolos
matemáticos, de moeda, etc.

Tabela

O Word oferece diversas maneiras de criar uma tabela. A


Notas de Rodapé são usadas para apresentar informa-
melhor maneira depende do grau de complexidade desejado.
ções adicionais que são inapropriadas para o corpo do texto
Tabelas Rápidas: modelos de tabelas para inserir uma
e para identificar as citações incluídas no documento. São
tabela com base em uma galeria de tabelas pré-formatadas.
exibidas ao final da página onde a nota foi inserida e o Word
Os Converter Texto em Tabela...: transforma o texto sele-
acrescenta automaticamente uma marca no ponto de sua
cionado em tabela, usando caracteres separadores – como
inserção no texto.
vírgulas ou tabulações – para indicar onde se deseja dividir
As notas de fim são idênticas às notas de rodapé, exceto
o texto em colunas e marcas de parágrafo para indicar onde
pelo fato de aparecerem ao final do documento, e não no
se deseja começar uma nova linha.
fim da página onde foram inseridas.
É possível criar uma tabela dentro de outra tabela
(tabela aninhada) para elaborar páginas da Web ou inserir
textos e elementos gráficos em diferentes células de tabela Menu Revisão
compondo um layout diferenciado. Uma tabela pode ainda
ser copiada para dentro de outra. Ortografia e Gramática
Planilha do Excel: insere uma pasta de trabalho do Excel
no ponto de inserção, como um objeto, a qual pode ser edi- No Microsoft Word, é possível encontrar recursos como
tada no Word, usando-se todas as ferramentas e recursos dicionário de sinônimos, verificação ortográfica, controle de
alterações e, ainda, criar restrições de formatação e edição
do Excel.
do documento.
Inserir Tabela... : arrastar o mouse sobre a grade selecio-
na o número de linhas e colunas que se deseja inserir no local
AutoVerificação
do cursor. O comando Inserir Tabela... permite que o usuário:
Sinaliza trechos de texto usando um sublinhado ondulado
– Especifique as dimensões e o formato da tabela antes
vermelho para indicar possíveis problemas de ortografia e
da inserção da tabela no documento.
sublinhado ondulado verde para indicar possíveis problemas
– Em Tamanho da tabela, insira o número de colunas e
gramaticais, facilitando sua identificação e posterior corre-
linhas. ção, usando as seguintes opções:
– Em Comportamento de AutoAjuste, escolha as opções 1) clicar com botão direito no trecho sublinhado com
para ajustar o tamanho da tabela. ondulado vermelho ou verde
Após criar uma tabela, o Word oferece diversas maneiras
2) clicar em na barra de status
de formatar essa tabela. Se o usuário decidir usar Estilos
3) ALT + F7
de tabela (guia contextual Ferramentas de Tabela/Design),
poderá formatar sua tabela de uma vez e até mesmo ter
uma visualização de como será a aparência de sua Tabela
formatada em um determinado estilo antes de aplicar de 4) na Guia Revisão
fato o estilo (Visualização Dinâmica). 5) F7
6) alteração direta no texto
Menu Referências 7) alterar o idioma da revisão

Sumário (Índice Analítico) Durante a correção, é possível ignorar, adicionar ao
Dicionário ou alterar os erros baseado em sugestões que o
Word apresenta. Os erros gramaticais mais comuns são: con-
cordância nominal e verbal, pontuação, excesso de espaços,
crase, capitalização.
No Microsoft Word, o recurso de verificação de ortografia
e gramática é útil para o usuário corrigir termos ou trechos
que são marcados conforme determinada convenção. Por
exemplo, quando a marcação aparece como uma linha ver-
O Sumário é um campo do Word que prepara uma pe- melha ondulada abaixo do termo, significa que esse termo
Informática

quena lista organizada e enumerada para exibir a sequência apresenta grafia incorreta; se a marcação aparece como uma
dos assuntos abordados em um documento. linha verde ondulada abaixo do segmento marcado, há indí-
A preparação para a criação de um sumário consiste na cios de potenciais erros gramaticais nesse segmento.
aplicação de estilos de título — por exemplo, Título 1, Título
2 e Título 3 — ao texto que deseja incluir no sumário. O Word Controlar Alterações (CTRL+SHIFT+E): para evitar que o
pesquisa esses títulos e os insere no sumário do documento. usuário distribua documentos inadvertidamente contendo

Openbook Apostilas 37
alterações controladas e comentários, o Word exibe as alte- elementos em um documento. Podem ser ocultadas e pos-
rações controladas e os comentários por padrão. sibilitam controlar a formatação das margens, cabeçalho e
rodapé, recuos, tabulação.

Margens: clicar duas vezes a região escura da régua mos-


tra a caixa de diálogo Configurar Página, onde pode-se definir
o tamanho das margens.

Tabulação e Recuos: as marcas de tabulação sobre a ré-


Novo Comentário: insere uma observação ou anotação gua permitem indicar onde começa um recuo ou uma coluna
ao documento. O Word exibe o comentário em um balão na de texto, indicando o alinhamento do texto à esquerda, à
margem direita ou no Painel de Revisão com as iniciais do direita, centralizado ou de acordo com um caractere decimal
usuário que inseriu o comentário. Eles podem ser impressos. ou de barra.
Os recuos determinam a distância das linhas dos pará-
grafos selecionados em relação às margens esquerda ou
direita.

Menu Correspondências
No Word, é possível criar uma mala direta a partir de
um modelo de carta. Nesse caso, o modelo é conectado a Recuo especial de primeira linha
uma fonte de dados, a qual é um arquivo que contém as Recuo especial de deslocamento
informações a serem mescladas no documento principal. Recuo à esquerda
Mala direta Recuo à direita

No Microsoft Word, pode-se usar a mala direta para Botão esquerdo 2x: Página Inicial / Parágrafo ou
enviar e-mails personalizados a uma lista de endereços de (CTRL + M) - os recuos especiais não podem ser negativos.
e-mail contida no Outlook ou em um banco de dados.
Visualização Dinâmica

Área de Trabalho Mostra uma visualização da forma como um recurso


afeta o documento ao passar o mouse sobre uma opção de
Réguas formatação de fonte, estilo, imagem, etc. A formatação será
aplicada ao documento apenas após o clicar com o mouse
As réguas horizontais e verticais no Word são normal- (desativação em Arquivo / Opções / Geral / Visualização Di-
mente usadas para alinhar texto, gráficos, tabelas e outros nâmica).

Seleção com o Mouse

Local clicar... seleciona...


2x sobre uma palavra a palavra
1x sobre uma palavra, com a tecla CTRL pressionada a frase onde está a palavra
3x sobre uma palavra o parágrafo onde está a palavra
texto

e arrastar ou com a tecla SHIFT pressionada do início ao fim do trecho


selecionando um trecho, segurar CTRL, selecionar outros trechos trechos não adjacentes
e arrastar sob qualquer trecho, com a tecla ALT pressionada uma área retangular
1x a linha mais próxima do clicar
esquerda
margem

2x o parágrafo próximo ao clicar


3x (ou CTRL + clicar) o documento todo (texto todo)

Minibarra de Ferramentas
Informática

Ao selecionar texto em um documento, a Minibarra de


ferramentas aparecerá de maneira desbotada. Apontar o
mouse para ela fará com que fique sólida e será possível
clicar em uma opção de formatação nela.

38 Openbook Apostilas
Excel 2013 bética, da esquerda para a direita, e 1.048.576 linhas (220)②
numeradas de cima para baixo.
No MS Excel, a planilha corresponde às páginas dispo-
níveis ou criadas para uso dentro de um arquivo do Excel,
enquanto a pasta de trabalho é o nome do arquivo propria-
O Microsoft Office Excel 2013 é a 15ª versão da planilha mente dito. Ao se salvar um arquivo, salvam-se todas as
eletrônica mais usada no mundo, lançado em 1987 para Win- planilhas nele contidas.
dows. É um software que facilita a análise de dados inseridos
em uma grande tabela (folha de cálculo), realizando cálculos Guia das Planilhas④: mostra a planilha atual de tra-
e construindo gráficos. Excel é destinado à elaboração de balho e, por padrão, outras duas disponíveis. Podem ser
tabelas e planilhas eletrônicas para cálculos numéricos, além renomeadas e coloridas, excluídas ou adicionadas, movidas
de servir para a produção de textos organizados por linhas e ou duplicadas.
colunas identificadas por números e letras. Para se alterar o nome da planilha é suficiente dar um

Área de Trabalho duplo clique em ; digitar o nome e pressionar


a tecla Enter.
Pasta: arquivo do Excel criado com três planilhas (pági- Página Inicial / Células / Inserir / Inserir Planilha
nas) prontas para edição.
(SHIFT + F11) ou
Planilha: tabela, folha ou página de cálculo, formada por Página Inicial / Células / Formatar / Renomear Pla-
16.384 colunas (214)①, dispostas na vertical, em ordem alfa- nilha

Célula③: retângulo formado pelo cruzamento de uma


Conteúdo x Resultado: o que é mostrado na barra
coluna e uma linha, onde são inseridos os dados e cálculos.
de fórmulas é o conteúdo – o que é mostrado na célula é a
O nome, endereço ou referência de uma célula é dado pela
representação do conteúdo, ou o seu resultado.
coluna, seguida da linha que a formam. O Excel 2010 possui
17.179.869.184 células (234). Quando é inserido um cálculo
na célula, esta pode ser chamada célula de absorção ou cé- Caracteres Especiais
lula de resultado.
Para se inserir dados em uma planilha do Microsoft Excel, Iniciadores de Cálculo
deve-se, inicialmente, selecionar a célula onde os dados serão
inseridos. Esse procedimento pode ser realizado com o uso do caractere nome características
mouse, posicionando o cursor na célula desejada, ou a partir
= igual caractere amplamente utilizado
das setas do teclado, ou teclando ENTER, para, em seguida, se
digitar os dados na célula e, por fim, confirmar a operação com. mesma funcionalidade do =, menos
+ mais
usado
Caixa de nome⑤: identifica a célula ativa, gráfico ou - menos altera o sinal do primeiro valor
objeto de desenho selecionado, localiza uma célula qualquer,
@ arroba usado apenas para funções
atribui nome a uma célula ou intervalo de células.
Página Inicial / Edição / Localizar e Selecionar / Ir Operadores Matemáticos
para...
Fórmulas / Nomes Definidos / Definir Nome... ou prioridade caractere operação
Gerenciador de Nomes
1º ()e% Parênteses e Porcentagem
Informática

Barra de fórmulas⑥: mostra o CONTEÚDO da célula Potenciação (Exponenciação)


ativa e permite editá-lo. 2º ^ e ^(1/x)
e Radiciação
Ao se realizar um cálculo no Excel, a fórmula é inserida
3º *e/ Multiplicação e Divisão
na barra de fórmulas, no campo e
o resultado é disponibilizado em uma célula. 4º +e- Soma e Subtração

Openbook Apostilas 39
Operadores de Comparação

caractere operação caractere operação


= igual a >= maior ou igual a
> maior que <= menor ou igual a
< menor que <> diferente de

Operadores de Referência

SÍMBOLO FUNÇÃO / EXEMPLO LEITURA


Representa intervalos de células (células adjacentes) Soma de
: dois pontos
=SOMA(A1:A20) A1 ATÉ A20
Operação de união, usada para unir células ou interva-
Soma de
; ponto-e-vírgula los distintos
A1 E A20
=SOMA(A1;A20)
Operação de interseção. O espaço em branco é usado
Soma da interseção de A1 até A10
espaço simples para destacar células comuns a dois intervalos
com A1 até C5
=SOMA(A1:A10 A1:C5)
Cria referências mistas e absoluta. Fixa o endereço da
A1 multiplicado
$ cifrão célula.
por B2
=$A$1*B$2
Identifica uma célula de outra planilha, na mesma pasta Multiplica a célula A1, da planilha
! exclamação
=Plan2!A1*B5 Plan2 por B5 da planilha atual
Multiplica a célula A1, da planilha
Identifica uma célula de outra planilha, em outra pasta
[] colchetes Plan2, da pasta Teste.xls por B5 da
=[Teste.xls]Plan2!A1*B5
planilha atual

Operador de Texto

caractere operação
& conecta, ou concatena, valores de células diferentes para produzir um valor de texto único

Precedência (prioridade)

Funções seguir. Para obter uma lista das funções disponíveis, clique
em uma célula e pressione SHIFT+F3.
Funções são fórmulas predefinidas que efetuam cálculos Argumentos ③: os argumentos podem ser números,
usando valores específicos, denominados argumentos, em texto, valores lógicos, como VERDADEIRO ou FALSO, matri-
uma determinada ordem ou estrutura. As funções podem zes, valores de erro como #N/D ou referências de célula. O
ser usadas para executar cálculos simples ou complexos. argumento que o usuário atribuir deve produzir um valor
Por exemplo, a função ARRED arredonda um número na válido para esse argumento. Os argumentos também podem
célula A10. ser constantes, fórmulas ou outras funções.

Sintaxe (estrutura) de uma função Principais Funções do Excel

=SOMA(núm1; núm2;...)
• Retorna a soma de todos os números na lista de argu-
mentos.
• núm1, núm2,... são argumentos de 1 a 255 que se de-
Estrutura ①: a estrutura de uma função começa com um seja somar.
Informática

sinal de igual (=), seguido do nome da função, um parêntese


de abertura, os argumentos da função separados por ; e um =MÍNIMO(núm1;núm2;...)
parêntese de fechamento. • Retorna o menor número na lista de argumentos.
Nome da função ②: comando que indica qual o cálculo • núm1, núm2,... são de 1 a 255 números dos quais se
ou avaliação será realizada com os argumentos da lista a deseja saber o valor mínimo.

40 Openbook Apostilas
• Caso o texto e os valores lógicos não devam ser igno- • valor1; valor2, ... são argumentos de 1 a 255 que con-
rados, utilize a função MÍNIMOA. têm ou se referem a uma variedade de diferentes tipos
• Se os argumentos não contiverem números, MÍNIMO de dados, mas somente os números são contados.
retornará 0. • Os argumentos que são números, datas ou representa-
ções de texto de número são calculados; os argumen-
=MÁXIMO(núm1;núm2;...) tos que são valores de erro ou texto que não podem
• Idem MÍNIMO, retorna o maior número na lista de ser traduzidos em números são ignorados.
argumentos.
=CONT.SE(intervalo;critérios)
=MENOR(matriz;k) • Calcula o número de células não vazias em um intervalo
• Retorna o k-ésimo menor valor do conjunto de dados. que corresponde a determinados critérios.
Use esta função para retornar valores com uma posição • intervalo é o intervalo de células no qual se deseja
específica relativa em um conjunto de dados. contar células não vazias.
• matriz é um intervalo de dados numéricos cujo menor • critérios é o critério na forma de um número, expressão
k-ésimo valor se deseja determinar. ou texto que define quais células serão contadas. Por
• k é a posição (a partir do menor) no intervalo de dados exemplo, os critérios podem ser expressos como 32,
a ser fornecido. “32”, “>32”, “maçãs”.
• Se matriz estiver vazia, MENOR retornará o valor de
erro #NÚM!. =SE(teste_lógico;valor_se_verdadeiro;valor_se_falso)
• Se k ≤ 0 ou k exceder o número de pontos de dados, • Retorna um valor se uma condição especificada for
MENOR retornará o valor de erro #NÚM!. avaliada como VERDADEIRO e um outro valor se for
• Se n for o número de pontos de dados em ma- avaliado como FALSO. Use SE para conduzir testes con-
triz, MENOR(matriz;1) será igual ao menor valor, e dicionais sobre valores e fórmulas.
MENOR(matriz;n) será igual ao maior valor. teste_lógico é qualquer valor ou expressão que possa
ser avaliado como VERDADEIRO ou FALSO. Esse argu-
=MAIOR(matriz;k) mento pode usar qualquer operador de comparação.
• Idem MENOR, retorna o k-ésimo maior valor do con- valor_se_verdadeiro é o valor retornado se teste_ló-
junto de dados. gico for VERDADEIRO e pode ser uma fórmula, uma
outra função, texto ou simplesmente um número.
=MÉDIA(núm1;núm2; ...)
valor_se_falso é o valor retornado se teste_lógico for
• Retorna a média aritmética dos argumentos.
FALSO.
• núm1; núm2;... são de 1 a 255 argumentos numéricos
Se teste_lógico for FALSO e valor_se_falso for omitido
para os quais se deseja obter a média.
(ou seja, se não houver ponto-e-vírgula após valor_se_
• Se uma matriz ou argumento de referência contiver
verdadeiro), o valor lógico FALSO será retornado. Se
texto, valores lógicos ou células vazias, estes valores
teste_lógico for FALSO e valor_se_falso for vazio (ou
serão ignorados; no entanto, células com valor zero
seja, se houver um ponto-e-vírgula após valor_se_ver-
serão incluídas (devem ser consideradas no cálculo).
dadeiro seguida dos parênteses de fechamento), o va-
=MED(núm1;núm2;...) lor 0 (zero) será retornado.
• Retorna a mediana dos números indicados. A mediana É possível aninhar até sete funções SE como argumen-
é o número no centro de um conjunto de números tos valor_se_verdadeiro e valor_se_falso para cons-
ORGANIZADOS; isto é, metade dos números possui truir testes mais elaborados.
valores que são maiores do que a mediana e a outra
metade possui valores menores. Ao se executar a função Se do Excel, verifica-se se uma
• núm1; núm2;... são de 1 a 255 números dos quais se condição é satisfeita ou não. Caso a condição seja satisfeita,
deseja obter a mediana. haverá o retorno de um valor relativo a verdadeiro, se a con-
• Se houver uma quantidade par de números no conjun- dição for falsa, haverá o retorno de outro valor.
to, MED calculará a média dos dois números do meio. No Microsoft Excel, a função SE pode avaliar uma con-
dição e retornar um valor, se a condição for verdadeira, ou
=MODO(núm1;núm2;...) retornar outro valor, se a condição for falsa.
• Retorna o valor que ocorre com mais frequência em
uma matriz ou intervalo de dados. =SOMASE(intervalo;critérios;intervalo_soma)
• núm1, núm2,... são argumentos de 1 a 255 para os • Adiciona as células especificadas por um determinado
quais se deseja calcular o modo. critério.
• Se o conjunto de dados não contiver pontos de dados • intervalo é o intervalo de células que se deseja calcular.
duplicados (amodal), MODO retornará o valor de erro • critérios são os critérios na forma de um número, ex-
#N/D. pressão ou texto, que define quais células serão adi-
• Numa amostra bimodal, o Excel mostrará como res- cionadas.
posta o valor que aparecer primeiro, entre aqueles • intervalo_soma são as células que serão realmente
somadas.
Informática

que se repetem, na sequência de leitura e escrita (da


esquerda para direita e de cima para baixo). • As células em intervalo_soma são somadas somente se
suas células correspondentes em intervalo coincidirem
=CONT.NÚM(valor1;valor2;...) com os critérios estipulados.
• Conta quantas células contêm números e também os • Se intervalo_soma for omitido, as células em intervalo
números na lista de argumentos. serão somadas.

Openbook Apostilas 41
Atualização de Cálculos 1999, 2000 2001, 2002, 2003
1-Jan, 1-Mar 1-Mai, 1-Jul, 1-Set,...
Quando células que contenham cálculos com referências
são arrastadas pela alça de preenchimento, as células são Trim3 (T3 ou Trim4, Trim1, Trim2,...
preenchidas com uma atualização do conteúdo da célula Trimestre3)
original. texto1, textoA texto2, textoA, texto3, textoA,...
Essa operação pode ser usada para automatizar a cons- 1o Período 2o Período, 3o Período,...
trução de cálculos repetitivos, construindo nas demais células Produto 1 Produto 2, Produto 3,...
cálculos com a mesma estrutura da original, porém com re-
ferências de célula atualizadas, de acordo com o movimento Para preencher a célula ativa com o conteúdo da célula
realizado a partir da primeira. posicionada acima (preencher para baixo), pressione CTRL+D.
As referências nos cálculos serão atualizadas também Para preencher com o conteúdo da célula posicionada à es-
quando copiadas e coladas em outra célula, sem a neces- querda (preencher à direita), pressione CTRL+R.
sidade da alça. Recortar e colar não irá atualizá-las, apenas Para obrigar o Excel a repetir um valor que está sendo
movê-las. atualizado quando arrastado pela alça de preenchimento,
mantenha o CTRL pressionado. Essa mesma ação irá atua-
Referências Relativas, Absolutas e Mistas lizar um número, acrescendo-o em uma unidade, quando
arrastado pela alça.
No aplicativo Excel, um sinal de cifrão ($) deve ser utili-
zado imediatamente antes de uma referência absoluta a ser
É possível usar Opções de AutoPreenchimento
fixada. Esse procedimento evita que a referência da célula
para escolher opções de como preencher a seleção. Por
possa ser alterada ao ser usada uma alça de preenchimento
exemplo, pode-se escolher Preencher Formatação Somente
ou comandos, como copiar e colar.
ou Preencher sem Formatação.
A inserção do símbolo $ na identificação de uma célula,
como, por exemplo, em $A$1, NÃO permite a proteção do
conteúdo dessa célula contra alterações. AutoSoma

O Excel disponibiliza aos usuários um recurso que facilita


Alça de Preenchimento
a soma de um conjunto de valores contidos em células. O
A alça de preenchimento é o pequeno quadrado preto botão (ALT + =) pode ser usado de diversas formas,
visível sempre no canto inferior direito da seleção. Quando o automatizando o uso da função SOMA.
ponteiro está sobre a alça sua aparência muda de uma cruz
Página Inicial / Edição / Soma ou Fórmulas / Auto-
branca e grossa para uma cruz preta e fina.
Soma
Arrastar a alça de preenchimento de uma célula copia o
As funções MÉDIA, CONT.NÚM, MÁXIMO e MÍNIMO tam-
conteúdo de uma célula para outras células na mesma linha bém podem ser automatizadas através do clique na seta ao
ou coluna. Entretanto, o Excel pode preenchê-las rapidamen- lado da imagem do botão Soma, que ainda dá acesso a um
te com vários tipos de séries de dados como, por exemplo, assistente de funções, permitindo acesso a todas as outras
meses do ano, dias da semana, datas, sequências numéricas
(Editar/Preencher/Série). funções do Excel - SHIFT + F3 ou .
É possível criar séries de preenchimento personalizadas
através do menu Ferramentas/Opções/Listas personalizadas. Seleção da célula de resposta e aceitação da sugestão
Arrastar a alça de preenchimento para baixo ou para a • Selecionar a célula onde se deseja que o resultado da
direita (no sentido crescente das linhas e colunas) cria uma soma apareça.
sequência progressiva. • Clicar uma vez na imagem do botão Soma.
Arrastar a alça de preenchimento para cima ou para a • Visualizar a sugestão de intervalo dada pelo Excel (su-
esquerda (no sentido decrescente das linhas e colunas) cria gere somar os valores adjacentes à célula selecionada).
uma sequência regressiva. O intervalo de sugestão será interrompido por células
Por exemplo, as seleções iniciais na tabela a seguir são com funções, vazias ou com texto.
estendidas da forma mostrada. Os itens separados por vír- • Mostrar o resultado, pressionando ENTER (move célula
gulas estão em células adjacentes. ativa para baixo), TAB (move célula ativa para a direita),
clicando Inserir ou novamente no botão Soma (man-
Seleção inicial Série expandida têm a seleção na mesma célula).
1, 2, 3 4, 5, 6
Seleção da célula de resposta e alteração da sugestão
9:00 10:00, 11:00, 12:00 • Selecionar a célula onde se deseja que o resultado da
Seg Ter, Qua, Qui soma apareça.
Segunda-feira Terça-feira, Quarta-feira • Clicar uma vez na imagem do botão Soma.
Informática

Jan Fev, Mar, Abr • Visualizar e alterar a sugestão de intervalo dada pelo
Excel, editando-a ou selecionando-se um novo inter-
Jan, Abr Jul, Out, Jan
valo de células a serem somadas.
Jan-99, Abr-99 Jul-99, Out-99, Jan-00 • Mostrar o resultado, pressionando ENTER, TAB, clican-
15-Jan, 15-Abr 15-Jul, 15-Out do Inserir ou novamente no botão Soma.

42 Openbook Apostilas
• Reduzir para caber: reduz o tamanho dos caracteres
para que todos os dados de uma célula selecionada
caibam dentro da coluna. O tamanho dos caracteres
será ajustado automaticamente caso a largura da co-
luna seja modificada.
• Mesclar células: combina duas ou mais células selecio-
nadas em uma única célula. A referência de célula de
uma célula mesclada será a da célula superior esquerda
da faixa original de células selecionadas. Caso várias cé-
lulas com conteúdos diferentes estejam selecionadas,
mesclar as células irá manter apenas o dado da célula
superior esquerda, desprezando os demais. Pode-se

usar ainda o botão Mesclar e centralizar .

Seleção do intervalo a ser somado


• Selecionar o intervalo de células que se deseja somar.
• Clicar uma vez na imagem do botão Soma.
• A função soma será automatizada, mostrando o resul-
tado na primeira célula livre e adjacente aos valores
previamente selecionados.
• Caso mais de um valor tenha sido selecionado numa
mesma coluna, o Excel os somará em colunas.

No Excel, o recurso de mesclar células de uma planilha


permite criar uma célula de planilha a partir de células vizi-
nhas selecionadas.

Congelar Painéis
Quando se rola para baixo numa planilha para ver as
linhas de dados, mas, ao chegar no final da tela, os nomes
das colunas na primeira superior desaparecem, ou deixam de
Formatação e Alinhamento de Células estar visíveis. Para corrigir isso, a opção de congelar painéis
no programa Excel permite que, a partir do menu Exibição/
Menu Página Inicial / Número Janela, seja fixada, em tela, uma parte desejada da tabela
para que essa parcela permaneça visível mesmo quando a
Este grupo oferece ao usuário as principais opções de tabela estiver sendo rolada.
formatação das células e seus valores, permitindo ainda a É possível congelar quantas linhas e colunas forem ne-
formatação de itens selecionados de gráficos. A tecla de ata- cessárias, desde que esteja selecionada, antes de aplicar o
lho CTRL + 1 pode ser usada para abrir uma caixa de diálogo congelamento, selecionada a linha abaixo da última que se
e acessar configurações da célula ou objeto selecionado. pretende congelar e selecionada a coluna à direita da última
Para exibir mais ou menos dígitos após a vírgula decimal, que se pretende congelar, clicando então em Congelar Pai-
pode-se também utilizar os botões Aumentar casas decimais néis. Todas as colunas à esquerda e linhas acima da célula que
estiver selecionada serão impedidas de se movimentarem
e Diminuir casas decimais . quando a planilha for rolada.
O recurso Congelar Painéis não impede a alteração
Alinhamento de Texto
das informações nas células congeladas.

Orientação : altera a inclinação do texto nas Classificar – Menu Dados


células selecionadas e permite criar texto empilhado. Pode
ser usada para economizar espaço em células, na direção A classificação de dados permite colocar uma lista de
horizontal. nomes em ordem alfabética, compilar uma lista de níveis
de inventário de produtos do mais alto para o mais baixo,
Controle de texto: ajusta a maneira como o texto deve por exemplo. A classificação de dados ajuda a visualizar e a
ser exibido em uma célula. compreender os dados de modo mais rápido e melhor, or-
Informática

ganizar e localizar dados desejados e por fim tomar decisões


mais efetivas.
• Quebrar texto automaticamente: divide o tex- O usuário pode classificar dados por texto (A a Z ou Z a A),
to automaticamente em várias linhas dentro de uma números (dos menores para os maiores ou dos maiores para
célula. O número de linhas depende da largura da co- os menores) e datas e horas (da mais antiga para o mais nova
luna e do comprimento do conteúdo da célula. e da mais nova para a mais antiga) em uma ou mais colunas.

Openbook Apostilas 43
PowerPoint 2013

Interface (Área de Trabalho) Novo Slide: adiciona um slide à sequência da apresen-


tação com o MESMO LAYOUT do anterior.
Painel de Slides

Grande espaço de trabalho central ①, com áreas me- • Guia Página Inicial / Grupo Slides / Novo slide…
nores ao redor. Os textos podem ser digitados diretamente (CTRL + M)
nas caixas com uma borda tracejada, chamadas de espaços • Copiar e colar no painel de miniaturas
reservados. Todo o texto digitado em um slide fica em uma • Segurar CTRL e arrastar com o botão esquerdo
caixa como essa.
• Arrastar um slide com o botão direito
A maioria dos slides inclui um ou mais espaços reserva-
dos para títulos, corpo de texto, como listas ou parágrafos
normais, e outros conteúdos, como imagens ou gráficos. Adicionar Seção: no PowerPoint é possível usar o novo
recurso Seções para organizar os slides, muito semelhante
à maneira como usam-se pastas para organizar arquivos. O
usuário pode usar seções nomeadas para controlar grupos
de slides e pode atribuir seções a colegas para esclarecer a
propriedade durante a colaboração. Se estiver começando
do zero, as seções poderão até ser usadas para destacar os
tópicos na apresentação.
Painel de Miniaturas
Layout do Slide: aplica um layout (distribuição de con-
Região que apresenta versão em miniatura do slide no teúdo predefinida) aos slides selecionados.
qual está trabalhando ②. O usuário pode clicar nas minia-
turas lá exibidas para navegar entre os slides, num painel Guia Página Inicial / Grupo Slides / Layout
chamado Slides. Clicar essas miniaturas com o botão direito
do mouse mostra um menu de contexto com opções. Os layouts de slides contêm formatação, posicionamento
Em um slide em branco de uma apresentação criada uti- e espaços reservados para todo o conteúdo que aparece
lizando-se o Microsoft PowerPoint (em português), uma das em um slide. Os espaços reservados são os contêineres em
maneiras de acessar alguns dos comandos mais importantes layouts que retêm esse conteúdo como texto (incluindo
é clicando-se com o botão direito do mouse sobre a área vazia texto do corpo, listas com marcadores e títulos), tabelas,
do slide. Dentre as opções presentes nesse menu, estão as gráficos, gráficos SmartArt, filmes, sons, imagens e clip-art.
que permitem mudar o layout do slide e a formatação do E um layout também contém o tema (cores, fontes, efeitos
plano de fundo do slide. e plano de fundo) de um slide.
Informática

44 Openbook Apostilas
do autor abaixo do slide que contém as anotações) e usá-las
para si mesmo enquanto executa a apresentação, ou então,
se forem anotações a serem fornecidas ao público, podem ser
distribuídas para que acompanhem a apresentação de slides.
No MS PowerPoint, o usuário pode utilizar o modo de
anotações para fazer comentários sobre conteúdos ou partes
dos slides, na condução de uma apresentação ou para im-
pressão do material. No entanto, durante a transição de um
slide para outro, essas anotações não são exibidas em tela no
modo tela cheia, ficando invisíveis durante a apresentação,
inclusive para o apresentador.

Modos de Exibição

Os modos de exibição do PowerPoint 2013 que o usuário


pode usar para editar e imprimir apresentações são:
1. Modo de exibição Normal ④
2. Modo de exibição de Estrutura de Tópicos
3. Modo de exibição de Classificação de Slides
4. Modo de exibição de Anotações
5. Modo de exibição Apresentação de Slides (inclui o
modo de exibição Apresentador)
Redefinir slide: remove todas as formatações aplicadas 6. Modo de exibição Leitura
ao slide, devolvendo-o ao formato do slide mestre. 7. Modos de exibição mestres: Slide, Folheto e Anotações

Ocultar slide: oculta os slides selecionados para impres- Normal: visualização padrão, mais usada, mostra todas
são e apresentação, mantendo a possibilidade de edição. as ferramentas de edição. O modo de exibição Normal é o
principal modo de exibição de edição, no qual o usuário pode
Guia Apresentação de Slides / Configurar / Ocultar
escrever e criar sua apresentação.

Classificação de Slides: amplia o painel Slides para fa-


slide cilitar a reorganização dos slides e visualização ampla da
apresentação. Clique duplo edita o slide clicado no modo
Normal. Esse modo de exibição facilita a classificação e a
organização da sequência de slides à medida que o usuário
cria a apresentação e também quando prepara a apresen-
tação para impressão. Nesse modo, também é possível
adicionar seções.
Um eslaide oculto é mostrado, no modo de Classificação
de Slides ou na guia Slides, com um símbolo especial, para Modo de exibição Leitura: fornece a apresentação não
informar que ele está oculto. Quando se faz a apresentação, para um público (por exemplo, em uma tela grande), mas,
os eslaides ocultos são ignorados automaticamente. em vez disso, para uma pessoa que a visualizará no próprio
computador.
Estrutura de Tópicos
Apresentação de Slides (F5): inicia a apresentação dos
slides em tela cheia (ESC para sair) e mostra a apresentação
à audiência. O primeiro slide da apresentação é exibido. Esse
modo ocupa toda a tela do computador, exatamente como a
apresentação será vista pela audiência em uma tela grande.
Para iniciar a apresentação a partir do slide atual, deve-se
O painel de Slides pode ser alternado para outro cha- executar o seguinte atalho de teclado SHIFT + F5.
mado Tópicos, onde a visualização dos slides em forma de
tópicos permite a leitura dos títulos e tópicos, o que facilita Anotações: localizado abaixo do painel Slide, permite
a revisão do texto, sem características de edição de leiaute
digitar anotações que se apliquem ao slide atual. Mais tarde,
e design – opção do Menu Exibição.
o usuário poderá imprimir suas anotações e consultá-las ao
fornecer a apresentação.
Painel de Anotações
Modo de Exibição do Apresentador: maneira de exibir
a apresentação com as anotações do orador em um com-
putador (o laptop, por exemplo), ao mesmo tempo que o
Informática

público-alvo exibe a apresentação sem anotações em um


Painel no modo de exibição normal ③ usado para incluir monitor diferente.
anotações no slide, as quais serão impressas ou salvas com a A função do Modo de Exibição do Apresentador, presente
apresentação. O usuário pode imprimir anotações como pá- no MS Powerpoint, é exibir as anotações na tela do laptop/
ginas de anotações (páginas impressas que exibem anotações desktop, mas não no projetor.

Openbook Apostilas 45
Slide Mestre paçamento entre caracteres de um texto da apresentação
que for selecionado.
Exibe uma guia especial onde é possível editar os slides
com layout padrão, os quais poderão ser aplicados a qual-
quer outro slide.

É possível se alterar a orientação (de horizontal para ver-


tical) do texto que está dentro do retângulo tracejado com

O eslaide mestre é um elemento do modelo de design o auxílio da ferramenta .


que armazena informações sobre o modelo, inclusive esti-
los de fontes, tamanhos e posições de espaços reservados,
design do plano de fundo e esquemas de cores.
Quando se deseja que no PowerPoint 2010 todos os
slides contenham as mesmas fontes e imagens (como lo-
gotipos), essas alterações devem ser feitas no Slide Mestre.
Cada apresentação contém, pelo menos, um slide mes-
tre. O principal benefício de modificar e usar slides mestres
é que o usuário pode fazer alterações de estilo universal
em todos os slides de sua apresentação, inclusive naqueles
adicionados posteriormente a ela. Ao usar um slide mestre,
o usuário poupa tempo, pois não precisa digitar as mesmas
Menu Inserir
informações em mais de um slide.
O eslaide mestre serve de modelo para os eslaides da
apresentação, de modo que modificações feitas na estru-
tura desse eslaide refletirão em todos os outros eslaides da
apresentação.
Para que uma apresentação contenha dois ou mais estilos
ou temas diferentes (como planos de fundo, esquemas de
cores, fontes e efeitos), o usuário precisa inserir um slide
mestre para cada tema diferente. Durante a criação de uma apresentação no PowerPoint
2007, para inserir uma figura, deve-se clicar na guia Inserir,
Folheto Mestre: visualiza a impressão de vários slides por no grupo Ilustrações, clicar em Imagem e, em seguida, sele-
página e mostra as opções para edição dos folhetos (1, 2, 3, cionar a figura que se deseja a partir de seu local.
4, 6 e 9 slides por página), incluindo cabeçalho e rodapé.

Anotações Mestras: personaliza a impressão das anota-


ções, incluindo cabeçalho e rodapé.

Faixas de Opções
Menu Página Inicial

Menu com opções semelhantes àquelas encontradas no


mesmo menu do Word 2013. Novo Slide, Layout, Redefinir
e Seção aparecem também no menu de contexto das minia-
turas do painel Slides.

No Microsoft PowerPoint, as caixas de texto são elemen-


tos gráficos que podem ser dimensionados com a finalidade
de inclusão, no eslaide, de letras, palavras ou textos que se
deseje digitar e inserir em qualquer espaço do eslaide, dentro
de uma apresentação.
Utilizando-se o Microsoft PowerPoint, é possível importar
para um mesmo slide tanto planilha do Excel quanto texto
do Word.
Informática

A ferramenta correspondente ao botão pode


ser usada em uma sequência de ações para se ajustar o es-

46 Openbook Apostilas
Ao se criar uma apresentação no MS Power Point, é Formatos de arquivo de vídeo compatíveis:
possível inserir textos do MS Word ou da Internet e ainda
inserir planilha do MS Excel bem como imagens e vídeos de Formato de arquivo Extensão
diversos tipos.
Uma vantagem do PowerPoint 2010, em relação às ver- Adobe Flash Media .swf
sões anteriores, é o suporte aos arquivos de vídeo do tipo Arquivo do Windows Media .asf
MPEG. Arquivo de vídeo do Win-
Com o Microsoft PowerPoint 2013, o usuário pode sal- .avi
dows
var sua apresentação em qualquer um dos tipos de arquivo
Arquivo de filme .mpg ou .mpeg
listados na tabela a seguir:
Arquivo Windows Media
.wmv
Video
Salvar Como tipo de arquivo Extensão
Apresentação do PowerPoint .pptx Guia sob Demanda – Ferramentas de Desenho
Apresentação do PowerPoint Habilitada
.pptm Depois de inseridos com opção do menu Inserir, selecio-
para Macro
nar uma imagem, SmartArt, tabela ou desenho faz com que
Apresentação do PowerPoint 97-2003 .ppt seja exibida uma guia especial com comandos específicos
Formato de Documento PDF .pdf adaptados para o objeto selecionado. Selecionar um desenho
faz com a guia abaixo seja mostrada:
Formato de Documento XPS .xps
Modelos de Design do PowerPoint .potx
Modelo de Design Habilitado para Macros
.potm
do PowerPoint
Modelo de Design do PowerPoint 97-2003 .pot
Tema do Office .thmx
Apresentação do PowerPoint .pps; ppsx
Apresentação de Slides Habilitada para
.ppsm
Macro
Apresentação do PowerPoint 97-2003 .ppt
Suplementos do PowerPoint .ppam
Suplemento do PowerPoint 97-2003 .ppa
A inserção, por meio da guia Inserir, de uma caixa de texto
Vídeo do Windows Media wmv no slide mostrado causa a exibição do comando Ferramentas
GIF (Graphics Interchange Format) .gif de Desenho. Nesse caso, se, em seguida, for aplicado um
clique na guia Formatar, serão disponibilizadas ferramentas
JPEG (Joint Photographic Experts Group) .jpg
que permitem definir o estilo do texto e a cor de preenchi-
Formato PNG (Portable Network Graphics) .png mento para a caixa de texto.
TIFF (Tag Image File Format) .tif No Microsoft PowerPoint, a opção de agrupar objetos
permite que sejam unidas em uma única autoforma diversos
Bitmap independente de dispositivo .bmp itens de um eslaide, de modo que se atribua a todos eles um
Metarquivo do Windows .wmf único comando, como, por exemplo, alterar o tamanho dos
Metarquivo Avançado do Windows .emf objetos por proporção.

Estrutura de tópicos/RTF .rtf Menu Design


Apresentação de Imagens do PowerPoint .pptx
Apresentação OpenDocument .odp

Formatos de arquivo de áudio compatíveis:

Formato de arquivo Extensão


Arquivo de áudio AIFF .aiff No Microsoft PowerPoint, conjuntos de eslaides para
Arquivo de áudio AU .au apresentação podem ser criados em mesmo tamanho,
respeitando-se as dimensões padrão dos eslaides para que
Arquivo MIDI .mid ou .midi
caibam na tela ou possam ser projetados em superfícies.
Arquivo de áudio MP3 .mp3
Informática

Arquivo de áudio do Windo-


.wav
ws
Arquivo Windows Media
.wma
Audio

Openbook Apostilas 47
No PowerPoint, a ferramenta Pincel de Animação permi-
te copiar efeitos de animação de um objeto para outro, de
forma semelhante à cópia de formatação de texto realizada
com a ferramenta Pincel de Formatação.

Na guia Design, encontra-se a opção que permite defi-


nir, para o slide mostrado na figura, a aparência do plano
de fundo, o layout de espaço reservado, além das cores e
estilos de fonte.

Menu Transições Menu Apresentação de Slides

No aplicativo PowerPoint, o tipo de efeito de animação


em que o slide é apresentado por meio de um efeito do tipo
padrão quadriculado ou de exibição gradativa é chamado
Transição.

Para se iniciar a apresentação dos eslaides a partir do

eslaide atual, é suficiente clicar o botão .


No PowerPoint, em uma apresentação definida como
personalizada, apenas os slides que tenham sido seleciona-
dos serão exibidos.
No aplicativo Microsoft PowerPoint, uma das maneiras
possíveis de se iniciar a apresentação dos slides de um arqui-
vo em edição é clicar no menu Apresentações e selecionar a
opção Exibir Apresentação.

No PowerPoint, é possível controlar a velocidade de cada No PowerPoint, é possível associar a emissão de sons a
efeito de transição de eslaides e também adicionar a execu- um slide, devendo esse slide ser adequadamente configu-
ção de som em cada transição. rado para indicar o momento exato em que será iniciada a
No PowerPoint, os slides podem ter imagens animadas execução do som.
do tipo gif e a transição de um slide para o próximo pode Uma narração pode ser adicionada a uma apresentação
ocorrer de forma automática, por meio da configuração de de eslaides nos seguintes casos: para uma apresentação com
um temporizador. base na Web; para arquivar uma reunião de modo que os
oradores possam examiná-la mais tarde e ouvir os comen-
Menu Animações tários feitos durante a apresentação; e para apresentações
executadas automaticamente.
Uma das funções do recurso Testar Intervalos do MS Po-
werpoint é gravar o tempo utilizado em cada slide e trocar
automaticamente os slides com base neste tempo.

Menu Revisão
Informática

48 Openbook Apostilas
Para exibir um slide mestre no Microsoft PowerPoint ou
no BrOffice.org Impress, deve-se clicar, sucessivamente, o
menu Exibir, a opção Mestre e a subopção Slide Mestre.
No MS PowerPoint, os mestres que contêm e refletem os
elementos de estilo, usados na apresentação toda, podem
ser aplicados em slides, anotações e folhetos.

Menu Exibição

Menu Arquivo

No Microsoft PowerPoint, é possível enviar uma cópia de


uma apresentação a outra(s) pessoa(s) por meio do comando
Enviar que se encontra, por padrão, no menu Arquivo.

Se, como anexo à mensagem em questão, constar um ar- Converter apresentação em vídeo
quivo de nome recibo.gif, é correto afirmar que esse arquivo Agora, no PowerPoint 2010, o usuário pode salvar a apre-
pode ter sido criado por meio de funcionalidades disponibi- sentação em um arquivo Windows Media Video (.wmv) e
lizadas na opção Salvar como do PowerPoint. distribuí-la com tranquilidade, sabendo que sua apresen-
Uma apresentação elaborada no MS PowerPoint 2003 tação em multimídia, animada e narrada, será exibida sem
pode ser impressa na forma de folhetos para consultas. Es- nenhuma falha. Caso não queira usar o formato de arquivo
paços em linhas para que se façam anotações sobre as apre- .wmv, use um utilitário preferido de terceiros para converter
sentações são reservados no folheto de três slides por página. o arquivo em outro formato (.avi, .mov etc.).
Por intermédio do Microsoft PowerPoint, é possível sal- O usuário pode gravar, sincronizar a narração de voz
var uma apresentação como vídeo, sendo possível, ainda, e movimentar o apontador laser no vídeo.
visualizar a apresentação mesmo por meio de computador
O usuário pode controlar o tamanho do arquivo mul-
sem o PowerPoint instalado em seu sistema, e configurar a
timídia e a qualidade do vídeo.
resolução e o tamanho desses arquivos de vídeo tanto para
O usuário pode incluir animações e transições no vídeo.
Informática

dispositivos móveis como para monitores de computadores


de alta resolução HD. As pessoas que vão assisti-lo não precisam ter o Po-
No programa PowerPoint do Microsoft Office, quando se werPoint instalado em seus computadores.
grava um pacote de apresentações em um CD, essas apresen- Se a sua apresentação contiver um vídeo inserido,
tações são configuradas, por padrão, para serem executadas o vídeo será reproduzido corretamente sem que o usuário
automaticamente. precise controlá-lo.

Openbook Apostilas 49
Sobre o LibreOffice • pode ser livremente copiado, distribuído e usado.
A propriedade intelectual da norma é feita irrevoga-
A origem do LibreOffice remonta a meados da década de velmente disponível em uma base livre de royalties.
1990, quando a empresa alemã Star Division criou um pacote • é padronizado e mantido um fórum independente,
de escritório chamado StarOffice e começou a distribuí‑lo aberto (também chamado de “organização de nor-
gratuitamente para as plataformas Windows e Linux. mas”) usando um processo aberto.
Em 1999, a  Star Division foi adquirida pela empresa
americana Sun Microsystems. Logo após lançar o StarOffice A The Document Foundation tem a missão de facilitar a
5.2, em 13 de outubro de 2000, a Sun Microsystems doou evolução do LibreOffice em uma organização aberta, merito-
parte do código fonte do StarOffice para a comunidade de crática e democrática. Uma fundação independente reflete
código aberto, tornando‑se colaboradora e patrocinadora melhor o valor dos contribuidores, usuários e apoiadores,
principal do recém lançado projeto OpenOffice.org. A ini- e  permitirá uma comunidade mais agregadora, efetiva,
ciativa ganhou o apoio de diversas organizações do mundo eficiente e transparente. A TDF protegerá os investimentos
tecnológico como Novell, Red Hat, Debian, Intel, Mandriva, anteriores ao construir sobre as conquistas da primeira déca-
além das importantes contribuições de desenvolvedores da, estimulará a participação ampla dentro da comunidade,
independentes, ONGs e agências governamentais. e coordenará as atividades dentro da comunidade.
No Brasil, uma comunidade de voluntários se formou Em um manifesto disponibilizado em seu site  – www.
com a missão de adaptar o OpenOffice.org para o português documentfoundation.org/foundation – a TDF divulga seus
brasileiro. Em fevereiro de 2002, a um grupo de brasileiros foi comprometimentos:
destinada a primeira grande tarefa do projeto: a tradução do 1. eliminar a exclusão digital na sociedade, dando a todos
glossário padrão, que daria o subsídio para a compilação das o acesso a ferramentas de produtividade de escritório
primeiras versões do OpenOffice.org em português do Brasil. livres de cobrança que lhes permitam participar, como
A partir de então, além da tradução, o projeto OpenOffice. cidadãos plenos, do século 21;
org.br passou a organizar e desenvolver funcionalidades
2. apoiar a preservação da língua materna, incentivan-
específicas para a versão brasileira do pacote.
do todos os povos a traduzir, documentar, apoiar e
Em 2004, no entanto, devido a problemas com a marca
promover as nossas ferramentas de produtividade
Open Office, registrada anteriormente por uma empresa do
de escritório na sua língua materna;
Rio de Janeiro, foi necessário trocar o nome da comunidade
3. permitir que usuários de software de escritório man-
e do produto. Surgiu assim o BrOffice.org.
No dia 25 de janeiro de 2006 foi anunciado oficialmente tenham a propriedade intelectual dos documentos
o lançamento da ONG BrOffice.org que passou a organizar que criam através da utilização de formatos abertos
as atividades da comunidade OpenOffice.org.br. Apesar da de documentos e padrões abertos; e
mudança de nome, o BrOffice.org continuou representando 4. manter um processo de desenvolvimento de software
o OpenOffice.org, com a garantia de todos os instrumentos aberto e transparente, onde a excelência técnica é
jurídicos de proteção à marca BrOffice.org. valorizada.
Em 2010, com a aquisição da Sun Microsystems pela
Oracle, a  comunidade OpenOffice.org sofreu uma grande LibreOffice 3.5
avaria devido à forma que a Oracle trata os projetos de código
aberto, trazendo um grande prejuízo ao projeto, se traduzin-
do na insatisfação dos voluntários do projeto, o que resultou
um fork, ou derivação, deste projeto surgindo o LibreOffice.
Como o nome OpenOffice pertence à Oracle, os membros
da comunidade de desenvolvedores da suíte de aplicativos
de mesmo nome decidiram dar o novo nome LibreOffice
ao software e um nome diferente para a comunidade: The
Document Foundation (TDF).
A TDF é uma empresa alemã independente e sem fins
lucrativos, criada em setembro de 2010 por membros da
comunidade OpenOffice para desenvolver uma suíte de apli-
cativos para escritório livre (seguindo a LGPL), com suporte
a ODF (formato de arquivo aberto e público, padrão para
aplicativos de escritório segundo a ISO/IEC 26300, baseado
em XML) e sem direitos autorais.

Formato (padrão) de arquivo aberto: um padrão aberto O pacote de escritório livre e gratuito LibreOffice oferece
oferece um meio de fazer algo que é independente do fabri- os programas: Writer – processador de textos equivalente
cante ou fornecedor, permitindo assim competir programas ao Word, do pacote da Microsoft; Calc – planilha eletrônica,
de software para usar livremente os mesmos formatos de equivalente ao Excel; Impress – cria apresentações em slides,
arquivo. HTML, XML e ODF são exemplos de padrões abertos equivalente ao Powerpoint; Base – bancos de dados, equiva-
Informática

para documentos. Um padrão aberto atende aos seguintes lente ao Access; Draw – programa para desenhos vetoriais,
requisitos: sem um equivalente no Microsoft Office, mas semelhante
• é bem documentado com a especificação completa ao Publisher.
disponível para o público, gratuitamente ou a um custo Como vantagens do pacote LibreOffice podem‑se des-
nominal; tacar:

50 Openbook Apostilas
1) Sem taxas de licenciamento. O  LibreOffice é livre uma extensão (incluída): a capacidade de importar e
para qualquer um usá‑lo e distribuí‑lo sem custos. Em editar alguns arquivos PDF.
outros pacotes de escritório, muitas funcionalidades 9) Sem dependência do fornecedor. O LibreOffice usa
são oferecidas adicionalmente, a  um custo extra os formatos de arquivo ODF, um formato baseado
(como exportação para o formato PDF), enquanto em XML (eXtensible Markup Language) desenvol-
no LibreOffice estão disponíveis gratuitamente. Não vido como um padrão para a indústria pelo OASIS
existem taxas ocultas, nem hoje, nem nunca. (Organization for the Advancement of Structured
2) Código aberto. O  usuário pode distribuir, copiar e Information Standards). Esses arquivos podem ser
modificar o software o quanto quiser, de acordo com facilmente descompactados e lidos por qualquer
as licenças de código aberto do LibreOffice. editor de texto, e seu modelo e aberto e público.
3) Multiplataforma. O LibreOffice roda em varias arqui- 10) O usuário tem voz. Melhorias, correções e datas de
teturas de hardware e múltiplos sistemas operacio- lançamento são decididas pela comunidade. O usuá-
nais, como o Microsoft Windows, Mac OS X e Linux. rio pode se juntar a comunidade e influenciar o rumo
4) Extenso suporte a idiomas. A interface de usuário do do produto que utiliza.
LibreOffice esta disponível em mais de 40 idiomas,
e o projeto LibreOffice oferece corretor ortográfico, Extensão nativa dos programas do pacote
hifenização e dicionário léxico em mais de 70 dialetos.
5) Interface de usuário consistente. Todos os compo- Formato do documento Extensão de arquivo
nentes possuem uma aparência semelhante, o que Texto .odt (open document text)
faz com que sejam fáceis de usar e controlar.
Modelo de texto .ott (open template text)
6) Integração. Os  componentes do LibreOffice estão
bem integrados entre si. Planilha .ods (open document spreadsheet)
• Todos os componentes compartilham um corretor Modelo de planilha .ots
ortográfico comum além de outras ferramentas, Desenho .odg (graphic)
que são utilizadas de maneira consistente por todo Modelo de desenho .otg
o pacote. Por exemplo, as ferramentas de desenho Apresentação .odp (presentation)
disponível no Writer também são encontradas no
Modelo de apresentação .otp
Calc, com versões parecidas, mas melhoradas no
Impress e no Draw. Fórmula .odf (formula)
• O usuário não precisa saber qual aplicativo foi Banco de dados .odb (base)
usado para criar um arquivo em particular. Por
exemplo, pode abrir um arquivo do Draw direto LibreOffice Writer 3.5
no Writer.
7) Granularidade. Normalmente, se o usuário muda uma
opção, isso afeta todos os componentes. Entretanto,
as opções do LibreOffice podem ser ajustadas a nível
de componente ou do documento.
8) Compatibilidade com arquivos. Além dos formatos O Writer é o editor de textos do pacote de
de Documentos Abertos nativos, o LibreOffice tem a escritório gratuito e livre da LibreOffice, concorrente direto
capacidade de exportar para os formatos PDF e Flash, do Word da Microsoft. É  uma ferramenta onde o usuário
assim como pode abrir e salvar arquivos nos formatos pode criar documentos usando os mais diversos recursos
mais populares, incluindo o Microsoft Office, HTML, de edição e formatação, inserção e manipulação de objetos
XML, WordPerfect, e Lotus 1-2-3 formats. Utilizando (como gráficos, imagens, tabelas, molduras).

1. Área de Trabalho
Informática

Openbook Apostilas 51
1.1. Barra de Menus ①: mostra os comandos do Writer O Navegador exibe as diferentes partes do documento,
em listas verticais. como títulos, tabelas, quadros, objetos ou hyperlinks e per-
mite uma rápida movimentação entre eles.
ALT + Letra sublinhada (teclas de acesso) ou F10
1.2. Barra de Ferramentas Padrão ②: apresenta coman-
dos de todos os menus (exceto Janela) acessíveis na forma
de botões e listas de opções.
1.3. Barra de Ferramentas Formatação ③: apresenta
comandos do menu Formatar, permitindo aplicar efeitos e
formatos ao texto de forma prática. Quando uma imagem
é selecionada, a Barra de Ferramentas Quadro é mostrada
em seu lugar.
1.4. Barra de Ferramentas Desenho ④: apresenta botões
que permitem inserir, editar e formatar figuras, imagens e
FontWork (semelhante ao WordArt do Word).
Exibir/ Barras de ferramentas / Desenho 
1.5. Réguas ⑤: as réguas horizontais e verticais no
Word são normalmente usadas para alinhar texto, gráficos,
tabelas e outros elementos em um documento. Possibilitam
controlar a formatação das margens, cabeçalho e rodapé,
recuos, tabulação.
1.5.1. Margens da página ⑥: espaço em branco em
volta das bordas da página, fora da área de impressão.
Em geral, texto e elementos gráficos são inseridos na área
imprimível entre as margens. No entanto, é possível posicio-
nar alguns itens nas margens, como cabeçalhos, rodapés e
números da página.
1.5.2. Cabeçalho e Rodapé ⑦: áreas situadas nas re-
giões superior e inferior de cada página de um documento,
em que se pode inserir textos ou elementos gráficos – como
números de página, data, logotipo de uma empresa, o nome
de arquivo do documento – que são impressos no início ou
no fim de cada página de um documento.
Inserir / Cabeçalho e Inserir / Rodapé ① Clique no sinal de +: mostra a lista de objetos exis-
1.5.3. Recuos ⑧: determinam a distância das linhas dos tentes na categoria.
parágrafos selecionados em relação às margens esquerda ② Clique duplo no objeto: leva a visualização até o
ou direita. objeto no documento.
③ Clique com o botão direito/Objeto/Renomear: per-
mite alterar o nome padrão para facilitar a identificação do
① Recuo de Primeira ② Recuo Antes do objeto.
Linha Texto

③Recuo Depois 1.9. Modos de Exibição: visualizações diferenciadas do


do Texto documento em edição, adequadas à tarefa realizada. No
Writer, os modos de exibição estão disponíveis apenas
Botão esquerdo 2x: Formatar / Pará- no menu Exibir e com as opções Layout de Impressão e
grafo...
da Web.

1.6. Janela/Dividir: no Word, divide a janela em dois • Layout de Impressão: mostra como o texto, os ele-
painéis, permitindo a visualização e edição de duas regiões mentos gráficos e outros elementos serão posiciona-
diferentes do documento ao mesmo tempo. Não está dis- dos na página impressa. Itens como cabeçalhos, notas
ponível no Writer. de rodapé, colunas e caixas de texto aparecem em
1.7. Barras de Rolagem ⑨: permitem navegar e visuali- suas posições reais. É o único modo de exibição onde
zar regiões diferentes do documento sem alterar a posição se pode visualizar e editar o cabeçalho e o rodapé.
do cursor. Mostra todas as ferramentas de edição disponíveis
1.8. Navegação ⑩: permite navegar pelo documento, no Word.
Informática

acessando com agilidade alguns objetos como páginas, • Layout da Web: apresenta o documento sem a divi-
gráficos, tabelas e seções. são entre as páginas, útil para documentos que serão
apresentados em um navegador. A  opção Arquivo/
Editar / Localizar e Substituir... (CTRL + F) e Exibir /
Visualizar no navegador da Web pré‑visualiza o do-
Navegador  (F5) cumento no navegador padrão.

52 Openbook Apostilas
1.10. Barra de Status

Status Significado Clique ...


Está sendo visualizada a página 1 de um total de 11
① duplo: abre a janela Navegador.
páginas existentes no documento.
duplo: abre a janela Estilo de página.
② Estilo de página em uso no documento atual. com o botão direito: menu suspenso com estilos de
página .
Idioma de verificação de ortografia e gramática em simples ou duplo: mostra um menu com idiomas dis-

uso no trecho atual. poníveis.
simples: alterna entre INSER e SOBRE (sobrescrever,
④ Modo de inserção atual.
ativado também pela tecla Insert).
simples: alterna entre PADRÃO, EXT (SHIFT), ADIC
⑤ Ativa os modos de seleção extensão, adição e bloco.
(CTRL) e BLOCO (ALT) .
⑥ O arquivo foi alterado e ainda não foi salvo. duplo: salva o documento.
duplo ou com o botão direito: Arquivo / Assinaturas
⑦ Assinatura digital.
digitais ...
Informações sobre o objeto selecionado, como figuras duplo: abre uma caixa de diálogo para formatação do

e tabelas. objeto selecionado.
em cada imagem para ativar um layout de visualização
diferente: Página Individual (exibe as páginas uma em
baixo da outra e nunca lado a lado), Colunas (páginas
⑨ Layouts de visualização.
lado a lado) e Modo de Livro (a primeira página é uma
página à direita com um número de página ímpar e as
demais lado a lado como em um livro aberto).
na guia deslizante aumenta ou diminui o zoom.
Os símbolos de + e – alteram o zoom em 5% a cada cli-
⑩ e ⑪ Zoom.
que e com o botão direito é mostrado um menu para
seleção de valor de zoom.

2. Seleção de Texto com o Mouse 3. Menu Arquivo

clicar... seleciona...
2x sobre uma palavra a palavra
3.1. Novo (CTRL + N): quando acionado pela
3x sobre uma palavra a frase onde está a palavra imagem do botão ou tecla de atalho cria, imediatamente, um
o parágrafo onde está a documento novo, em branco, pronto para edição, em uma
4x sobre uma palavra
palavra nova janela, sem alterar o documento atual.
e arrastar ou a tecla SHIFT
do início ao fim do trecho Se o comando for acionado pelo menu Arquivo/Novo ou
pressionada
pela seta ao alado da imagem do botão serão apresentadas
com a tecla CTRL
trechos não adjacentes opções para criação de novos arquivos de qualquer programa
pressionada
do pacote BrOffice, como planilhas, apresentações e modelos
e arrastar sob qualquer para formulários e etiquetas.
trecho, uma área retangular
pressionando a tecla ALT
3.2. Abrir (CTRL + O): mostra uma caixa de
Diferentemente do que acontece no Word, clicar na diálogo (janela) que permite ao usuário escolher arquivos,
margem esquerda do Writer não realiza nenhuma forma previamente gravados em uma unidade de armazenamento
de seleção especial.
qualquer, que serão recolocados na memória RAM e altera-
dos no Writer.
Informática

Para selecionar todo o documento, pode usar o


menu Editar / Selecionar tudo, o atalho CTRL + A ou o botão
3.3. Fechar (CTRL + F4 ou CTRL + W): fecha a
. Se o cursor estiver dentro de uma tabela, o CTRL + A janela atual (encerra a sessão de uso do documento atual),
selecionará inicialmente a célula, depois a tabela e, só então, mantendo o Writer aberto. Também está disponível no
o documento todo. menu Janela.

Openbook Apostilas 53
3.3.1. Sair (ALT + F4 ou CTRL + Q): fecha o programa. 4. Menu Editar

4.1. Desfazer (CTRL + Z): desfaz as ações realiza-


3.4. Salvar (CTRL + S): salva as alterações das na sessão de uso atual do documento. Clicar na imagem
realizadas no documento atual, usando as mesmas infor- do botão desfaz apenas a última ação.
mações do arquivo aberto (nome, local de armazenamento, A setinha preta ao lado da ferramenta dá acesso a uma
extensão). Se o arquivo foi aberto como somente leitura ou listagem das ações que podem ser desfeitas, sempre em
estiver sendo salvo pela primeira vez, a janela Salvar como... conjunto. Por padrão, podem ser desfeitas 100 ações.
aparecerá. Através do menu Ferramentas / Opções / BrOffice / Me-
mória pode‑se o número de etapas para qualquer valor
3.5. Salvar como... (CTRL + SHIFT + S): abre uma janela entre 1 e 999.
onde o usuário poderá salvar o documento atual com ou-
tro nome e em outro local (duplica o arquivo original sem 4.2. Refazer (CTRL + Y): refaz as ações desfeitas
alterá‑lo, cria backup). Permite ainda alterar a extensão do pelo comando Desfazer. Clicar na setinha preta à direita da
arquivo, criar pastas, salvar com senha. ferramenta dá acesso a uma lista das ações que se pode
refazer. As  ações devem ser refeitas imediatamente após
.odt (documento completo ODF) desfeitas, sob pena de se desabilitar a ferramenta.
.ott (modelo de documento ODF)
.doc (documento completo) 4.3. Repetir (CTRL + SHIFT + Y): disponível quando
.docx (documento completo) não há ações a serem refeitas, repete o último comando.
.sxw (documento do OpenOffice)
.txt (texto sem formatação) 5. Menu Formatar
.rtf (rich text format)
.html (página web)
.xml (xtensible markup language) 5.1. Formatar/Caractere: para se formatar toda
.xls (planilha Excel) não disponível uma palavra não é necessário selecioná‑la. Basta que o cursor
.pdf (portable document format) não disponível esteja dentro da palavra (entre dois caracteres quaisquer da
palavra) – exceto com o uso do botão cor da fonte, que exige
3.6. Salvar tudo: salva alterações realizadas em todos os seleção de texto.
arquivos do Writer atualmente abertos.

3.7. Recarregar: substitui o documento atual pela


última versão salva. Todas as alterações efetuadas após o
último salvamento serão perdidas.

3.8. Exportar... e Exportar como PDF...: abrem uma


janela para configuração de opções de criação de arquivo PDF
a partir do documento atual, como definição do intervalo
de páginas, qualidade das imagens e senhas de abertura e ① Fonte: permite selecionar um tipo de letra (fonte)
permissão do arquivo gerado. a ser aplicado, disponibilizadas pelo Windows. A  escolha
da fonte pode ser realizada digitando‑se o nome da fonte
3.9. Exportar diretamente como PDF: abre uma pelo teclado.
janela para definição do local onde um arquivo PDF será ② Tamanho da Fonte: apresenta uma lista de tamanhos
criado a partir do documento atual, sem a possibilidade de de fontes sugeridas, com valores de 6 a 96 (em intervalos
configurar o intervalo de páginas, qualidade das imagens irregulares). Esta ferramenta aceita a digitação e aplicação
e senhas para o arquivo gerado. O documento atual não é de qualquer tamanho de fonte entre 2 e 999,9 (com varia-
fechado ou alterado. ções de 0,1).
3.10. Enviar: permite enviar o documento atual por ③Negrito (CTRL + B – bold): aplica o efeito (também
email, criar documento mestre e arquivo HTML, estrutura chamado estilo) negrito ao texto selecionado, dando‑lhe
de tópicos para apresentação e autorresumo. O documento destaque.
poderá ser enviado anexado com a extensão de arquivo atual ④Itálico (CTRL + I): aplica o efeito itálico ao texto sele-
( Email com o documento anexado...), como ODT (Email cionado, dando‑lhe destaque.
com o documento em formato OpenDocument...), DOC ⑤Sublinhado (CTRL + U – underline): aplica uma linha
(Email com o documento em formato Microsoft Word...), ou contínua sob todo o trecho de texto selecionado, dando‑lhe
PDF (Email com o documento em formato PDF...). destaque. A opção Formatar / Caractere / Efeitos de fonte /
Sublinhado permite a escolha de cores e outros tipos de
3.11. Imprimir (CTRL + P): quando acionado pelo sublinhado, como duplo, pontilhado e ondulado.
botão da barra de ferramentas, imprime imediatamente
uma cópia, de todo o documento (independentemente Os estilos negrito, itálico e sublinhado (aplicado pelo
da seleção atual), na impressora padrão, sem apresentar botão ou tecla de atalho) acompanham a cor da fonte em
Informática

qualquer opção ao usuário. Se o comando for acionado uso e não apresentam opções: podem apenas ser aplicados
pelo menu Arquivo/Imprimir ou através da tecla de atalho, ou removidos. A ativação de um desses estilos não desativa
uma janela com opções da impressão será aberta, onde é outro e podem ser ativados todos ao mesmo tempo.
possível, além de enviar o documento para a impressora, ⑥ Sobrescrito (CTRL + SHIFT + P): eleva a posição e
escolher determinadas opções, como intervalos de páginas, reduz o tamanho da fonte do trecho de texto selecionado.
quantidade de cópias, qualidade de impressão. Exemplos: 23 – 1º.

54 Openbook Apostilas
⑦ Subscrito (CTRL + SHIFT + B): rebaixa a posição e pequena quantidade de espaço adicional. A quantidade de
reduz o tamanho da fonte do trecho de texto selecionado. espaço adicional varia de acordo com a fonte usada. O es-
Exemplo: H2O. paçamento 1,5 ⑥ aplica uma vez e meia o espaçamento
⑧ Aumentar Fonte: aumenta o tamanho da fonte do simples entre linhas e o duplo ⑦, o dobro. Outras opções
texto selecionado de dois em dois pontos. estão disponíveis no menu Formatar / Parágrafo.
⑨ Reduzir Fonte :: diminui o tamanho da fonte do texto ⑧ Ativar/Desativar numeração: destaca e recua o início
selecionado de dois em dois pontos. de cada parágrafo selecionado com uma sequencia numérica.
⑩ Cor da Fonte: aplica a última cor utilizada ao texto se- ⑨ Ativar/Desativar marcadores: destaca e recua o início
lecionado. A pequena seta permite selecionar uma nova cor. de cada parágrafo selecionado com um símbolo.
⑪ Realce: faz o texto selecionado parecer marcado com ⑩Diminuir recuo: reduz em 1,25 cm o recuo esquerdo
marca‑texto ou ativa a ferramenta Realce com a última cor do parágrafo.
usada. A  pequena seta permite escolher cores e remover ⑪Aumentar recuo: aumenta em 1,25 cm o recuo es-
o realce. querdo do parágrafo.

Sobrelinha: aplica uma linha contínua sobre todo o tre- 5.2.1. Fluxo do Texto
cho de texto selecionado, dando‑lhe destaque. Controle de linhas órfãs/viúvas: evita que o Writer im-
Intermitente: cria texto que pisca a cada dois segundos. prima a última linha do parágrafo sozinha no início de uma
Tachado: marca a parte central de um trecho de texto página (viúva) ou a primeira linha do parágrafo sozinha no
com um ou dois traços, com / ou X. final de uma página (órfã).
Rotação/Dimensionamento: gira e altera a comprimento
do trecho de texto selecionado, dentro do parágrafo. 6. Verificação da Ortografia
Efeitos/Maiúsculas: faz com que todas as letras tenham
o mesmo formato e tamanho das letras maiúsculas. 6.1. AutoVerificação: sinaliza trechos de texto usando
Efeitos/Minúsculas: faz com que todas as letras tenham um sublinhado ondulado vermelho para indicar possíveis
o mesmo formato e tamanho das letras minúsculas. problemas de ortografia, facilitando sua identificação e
Título: faz com que todas as primeiras letras do trecho posterior correção. Para remover o sublinhado dos trechos
selecionado apresentem letras maiúsculas. marcados, as seguintes opções podem ser usadas:
Caixa alta (Versalete): faz com que todas as letras tenham 1) clique com botão direito no trecho sublinhado com
o mesmo formato das letras maiúsculas e tamanho reduzido.
ondulado vermelho ou verde
Formatar / Formatação Padrão (CTRL + M): desfazer toda
as formatações diretas (que não foram aplicadas por estilos). 2) 
Oculto: transforma o trecho selecionado em caracteres 3) F7
não imprimíveis. Para visualizar o trecho novamente, o botão 4) Ferramentas/Ortografia e Gramática
Caracteres não imprimíveis deverá ser ativado. Outros
caracteres não imprimíveis serão também mostrados: Durante a correção, é possível ignorar, adicionar ao
Dicionário ou alterar os erros baseado em sugestões que o
Writer apresenta.

A AutoVerificação pode ser desativada com um clique


5.2. Formatar/Parágrafo: para se formatar um pa- sobre o botão ou pelo menu Ferramentas/Opções/
rágrafo não é necessário selecioná‑lo todo. Basta selecionar Configurações de idioma/Recursos para redação/Verificar
uma parte qualquer ou manter o cursor dentro dele. ortografia ao digitar.

6.2. AutoCorreção: corrige automaticamente a ortogra-


fia e a gramática ao digitar, sem precisar confirmar cada
correção. É possível alterar a lista de palavras automatica-
mente corrigidas, acrescentando novos pares ou excluindo
alguns já inseridos através do menu Ferramentas/Opções
da autocorreção.

7. Reutilização de Formatação

① Alinhar à Esquerda (CTRL + L): mantêm as linhas 7.1. Pincel: copia a formatação de um trecho de
do parágrafo alinhadas apenas à esquerda em relação aos texto ou elemento gráfico para outro. Basta selecionar o
recuos definidos. trecho que possui a formatação desejada, clicar no pincel e
② Centralizar (CTRL + E): mantêm as linhas do parágrafo selecionar o trecho que receberá a formatação.
alinhadas pelo centro em relação aos recuos definidos.
③ Alinhar à Direita (CTRL + R): mantêm as linhas do 7.2. Estilos e formatação: conjunto de ações de
parágrafo alinhadas apenas à direita em relação aos recuos formatação que podem ser aplicadas ao texto, tabelas e
definidos. listas do documento para alterar rapidamente sua aparência.
Informática

④ Justificado (CTRL + J): mantêm as linhas do parágra- Ao aplicar um estilo, todo um grupo de formatos é aplicado
fo alinhadas ao mesmo tempo pela direita e esquerda em com um clique do mouse. Clicar o botão ou acessar o menu
relação aos recuos definidos aplica. Formatar/Esilos e formatação (F11) mostrará uma janela
Espaçamento de linhas: altera o espaçamento entre com estilos para parágrafos, caracteres, quadros, página e
as linhas dentro do parágrafo selecionado. O espaçamento listas que podem ser aplicados ao documento com um clique
simples ⑤ acomoda a maior fonte na linha, além de uma duplo sobre o nome do estilo ou usando o botão Modo Pincel

Openbook Apostilas 55
de formato . Novos estilos podem ser criados usando a Editar arquivo: ativa ou desativa o modo de edi-
seleção atual, usando o botão  . ção. Para desativá‑lo, será necessário salvar as alterações
no documento, ele se tornará Somente leitura e não será
8. Recursos Especiais possível realizar modificações.

LibreOffice Calc 3.5
Galeria (Ferramentas/Galeria): mostra uma faixa
horizontal entre as Barras de Ferramentas e a régua com listas
de imagens que podem inseridas no documento arrastando
e soltando.
Fontes de dados (F4 ou Exibir/Fontes de Dados):
mostra uma faixa horizontal entre as Barras de Ferramentas O Calc é o editor de planilhas eletrônicas
e a régua mostrando os bancos de dados registrados. A exibi- do pacote de escritório gratuito e livre da BrOffice.org, con-
ção da fonte de dados pode ser usada para arrastar campos corrente direto do Excel da Microsoft. É um software que
de tabela de bancos de dados registrados e soltá‑los nos facilita a análise de dados inseridos em uma grande tabela
documentos, bem como para criar arquivos de mala direta. (folha de cálculo), realizando cálculos e construindo gráficos.

1. Área de Trabalho

1.1. Pasta: arquivo do Calc criado com três planilhas 1.5. Linha de Entrada ⑥: mostra o conteúdo da célula
(páginas) prontas para edição. ativa e permite editá‑lo.
1.2. Planilha: tabela, folha ou página de cálculo, formada Conteúdo x Resultado: o que é mostrado na barra
por 1.024 colunas (AMJ) ①, dispostas na vertical, em ordem de fórmulas é o conteúdo – o que é mostrado na célula é a
alfabética, da esquerda para a direita, e 1.048.576 linhas ② representação do conteúdo, ou o seu resultado.
numeradas de cima para baixo. 1.6. Autocálculo ⑦: recurso presente na barra de status
1.2.1. Guia das Planilhas ④: mostra a planilha atual de que mostra, por padrão, a soma dos valores selecionados na pla-
trabalho e, por padrão, outras duas disponíveis. Podem ser nilha. Pode mostrar ainda média, contagens, mínimo, máximo.
renomeadas e coloridas, excluídas ou adicionadas, movidas 1.7. Janela/Dividir ⑧: ferramenta presente na ponta das
ou duplicadas. barras de rolagem vertical e horizontal, permite dividir a janela
Inserir / Planilha atual em quatro painéis que mostram regiões diferentes da
mesma planilha.
Formatar / Planilha...
Editar / Planilha... 2. Seleção e Edição de Células
1.3. Célula ③: retângulo formado pelo cruzamento
de uma coluna e uma linha, onde são inseridos os dados e clicar... seleciona...
cálculos. O nome, endereço ou referência de uma célula é
1x em uma célula a célula
dado pela coluna, seguida da linha que a formam.
2x em uma célula edita o conteúdo na célula
Informática

1.4. Caixa de Nome ⑤: identifica a célula ou intervalo


selecionado, localiza uma célula qualquer, atribui nome a intervalo de células
e arrastar
uma célula ou intervalo de células. (células adjacentes)
em uma célula, manter a
Exibir / Navegador (F5) intervalo de células
tecla SHIFT pressionada,
(células adjacentes)
Inserir / Nomes / Definir... (Ctrl+F3) clicar em outra célula

56 Openbook Apostilas
em uma célula, manter a adiciona células à seleção Diferentemente do Excel, as funções que utilizam acen-
tecla CTRL pressionada, anterior (seleciona células tos, como MÉDIA, MÍNIMO e MÁXIMO, devem ser acentu-
clicar em outra célula não adjacentes) adas pelo usuário para que sejam aceitas no Calc.
no cabeçalho da coluna
toda a coluna ou linha 3.2. Operadores Matemáticos
ou linha
no retângulo entre os cabe- todas as células da
çalhos das colunas e linhas planilha atual Prioridade Caractere Operação
altera a largura da coluna 1º ( ) Parênteses (transfere prioridade)
no ponto médio entre duas 2º ^ Potenciação (exponenciação)
anterior ou altura da linha
colunas ou linhas e arrastar
anterior 3º * / Multiplicação e divisão
4º + - Soma e subtração
2.1. Alinhamento padrão de valores
3.3. Operadores de Comparação
Texto Número Resultado de testes lógicos Erros
Mengão 1983 VERDADEIRO #DIV/0! Caractere Operação
= igual a
3. Caracteres Especiais
> maior que
3.1. Iniciadores de Cálculo < menor que
No Calc, apenas os caracteres igual (=), mais (+) e menos >= maior ou igual a
(-) podem ser usados como iniciadores de cálculos, para fór- <= menor ou igual a
mulas ou funções. O arroba (@), usado no Excel, não inicia
<> diferente de
cálculos, inserindo apenas texto nas células do Calc.

3.4. Operadores de Referência

SÍMBOLO FUNÇÃO / EXEMPLO LEITURA


Representa intervalos de
Soma de
: dois pontos células (células adjacentes)
A1 ATÉ A20
=SOMA(A1:A20)
Operação de união, usada
para unir células ou Soma de
; ponto e vírgula
intervalos distintos A1 E A20
=SOMA(A1;A20)
Operação de interseção,
Soma da interseção de
usado para destacar células
! exclamação A1 até A10
comuns a dois intervalos
com A1 até C5
=SOMA(A1:A10!A1:C5)
Cria referências mistas e
absolutas. Fixa o endereço A1 multiplicado
$ cifrão
da célula. por B2
=$A$1*B$2
Identifica uma célula
Multiplica a célula A1,
de outra planilha, na
. ponto da planilha Plan2 por
mesma pasta
B5 da planilha atual
=Plan2.A1*B5
Identifica uma célula Multiplica a célula A1,
de outra planilha, em da planilha Plan2, da
# cerquilha
outra pasta pasta Teste.xls por B5
=‘Teste.ods’#Plan2.A1*B5 da planilha atual

3.5. Operador de Texto 4. Funções

Caractere Operação Funções são fórmulas predefinidas que efetuam cálculos


usando valores específicos, denominados argumentos, em
Conecta, ou concatena, valores de uma determinada ordem ou estrutura. As  funções podem
& células diferentes para produzir um valor de ser usadas para executar cálculos simples ou complexos. Por
texto único. exemplo, a função ARRED arredonda um número na célula A10.
Informática

3.6. Precedência (prioridade) 4.1. Sintaxe (estrutura) de uma Função

Openbook Apostilas 57
①Estrutura: a estrutura de uma função começa com um • matriz é um intervalo de dados numéricos cujo menor
sinal de igual (=), seguido do nome da função, um parêntese k‑ésimo valor se deseja determinar.
de abertura, os argumentos da função separados por ponto • k é a posição (a partir do menor) no intervalo de dados
e vírgula (;) e um parêntese de fechamento. a ser fornecido.
②Nome da função: comando que indica qual o cálculo • Se matriz estiver vazia, MENOR retornará o valor de
ou avaliação será realizada com os argumentos da lista a erro #VALOR!. Se k ≤ 0 a função MENOR retornará o
seguir. Para obter uma lista das funções disponíveis, clique valor de erro Erro:502 (argumento inválido). Se k ex-
em uma célula e pressione SHIFT+F3. ceder o número de pontos de dados, a função MENOR
③Argumentos: os argumentos podem ser números, retornará o valor de erro #VALOR!.
texto, valores lógicos, como VERDADEIRO ou FALSO, ma- • Se n for o número de pontos de dados em ma-
trizes, valores de erro como #N/D ou referências de célula. triz, MENOR(matriz;1) será igual ao menor valor,
O argumento que o usuário atribuir deve produzir um valor e MENOR(matriz;n) será igual ao maior valor.
válido para esse argumento. Os argumentos também podem
ser constantes, fórmulas ou outras funções. =MAIOR(matriz;k)
• Idem MENOR, retorna o k‑ésimo maior valor do con-
Se um argumento for uma matriz ou referência, apenas junto de dados.
os números nesta matriz ou referência serão contados.
Células vazias, valores lógicos, texto ou valores de erro na =ARRED(núm;núm_dígitos)
matriz ou referência são ignorados. Nos cálculos simples, • Arredonda um número até uma quantidade especifi-
onde apenas referências e operadores matemáticos são cada de dígitos.
utilizados, células com texto geram erro e células vazias • núm é o número que você deseja arredondar.
• núm_dígitos especifica o número de dígitos para o
são tratadas como zero.
qual você deseja arredondar núm.
• Se núm_dígitos for maior que 0, então núm será
arredondado para o número especificado de casas
decimais.
• Se núm_dígitos for 0, então núm será arredondado
para o inteiro mais próximo.
• Se núm_dígitos for menor que 0, então núm será
arredondado para a esquerda da vírgula decimal.

Os argumentos que são valores de erro ou texto que não =HOJE( )


podem ser traduzidos em números geram erros. • Retorna o número de série da data atual. O número
de série é o código de data‑hora usado pelo Calc para
4.2. Principais Funções do Calc cálculos de data e hora.
=SOMA(núm1; núm2;...)
• Retorna a soma de todos os números na lista de argu- O Calc armazena datas como números de série sequenciais
mentos. para que eles possam ser usados em cálculos. Por padrão,
• núm1, núm2,... são argumentos de 1 a 30 que se deseja 30 de dezembro de 1899 é o número de série 0 (zero) e 1º
somar. de janeiro de 2010 é o número de série 40179 porque está
40.179 dias após 30 de dezembro de 1899.
=MULT(núm1;núm2;...)
• Multiplica todos os números fornecidos como argu- =AGORA( )
mentos e retorna o produto. • Retorna o número de série sequencial da data e hora
• núm1, núm2,... são números de 1 a 30 que se deseja atuais.
multiplicar. • Os números à direita da vírgula decimal no número
de série representam a hora; os números à esquerda
=SOMAQUAD(núm1;núm2; ...) representam a data. Por exemplo, o número de série
• Retorna a soma dos quadrados dos argumentos. 0,5 representa a hora 12:00 (meio‑dia).
• núm1, núm2,... são argumentos de 1 a 30 para os quais • A função AGORA só muda quando a planilha é cal-
se deseja a soma dos quadrados. culada ou quando a macro que contém a função é
executada (ao abrir a pasta, por exemplo), não sendo
=MÍNIMO(núm1;núm2;...) atualizada continuamente.
• Retorna o menor número na lista de argumentos.
• núm1, núm2,... são de 1 a 30 números dos quais se =MÉDIA(núm1;núm2; ...)
deseja saber o valor mínimo. • Retorna a média aritmética dos argumentos.
• Caso o texto e os valores lógicos não devam ser igno- • núm1; núm2;... são de 1 a 30 argumentos numéricos
rados, utilize a função MÍNIMOA. para os quais se deseja obter a média.
• Se os argumentos não contiverem números, MÍNIMO • Se uma matriz ou argumento de referência contiver
retornará 0. texto, valores lógicos ou células vazias, estes valores
serão ignorados; no entanto, células com valor zero
=MÁXIMO(núm1;núm2;...) serão incluídas (devem ser consideradas no cálculo).
• Idem MÍNIMO, retorna o maior número na lista de
Informática

argumentos. =MED(núm1;núm2;...)
• Retorna a mediana dos números indicados. A mediana
=MENOR(matriz;k) é o número no centro de um conjunto de números
• Retorna o k‑ésimo menor valor do conjunto de dados. ORGANIZADOS; isto é, metade dos números possui
Use esta função para retornar valores com uma posição valores que são maiores do que a mediana e a outra
específica relativa em um conjunto de dados. metade possui valores menores.

58 Openbook Apostilas
• núm1; núm2;... são de 1 a 30 números dos quais se • intervalo é o intervalo de células que se deseja calcular.
deseja obter a mediana. • critérios  são os critérios na forma de um número,
• Se houver uma quantidade par de números no conjun- expressão ou texto, que define quais células serão
to, MED calculará a média dos dois números do meio. adicionadas.
• intervalo_soma  são as células que serão realmente
=MODO(núm1;núm2;...) somadas.
• Retorna o valor que ocorre com mais frequência em • As células em intervalo_soma são somadas somente se
uma matriz ou intervalo de dados. suas células correspondentes em intervalo coincidirem
• núm1, núm2,... são argumentos de 1 a 30 para os quais com os critérios estipulados.
se deseja calcular o modo.
• Se intervalo_soma é omitido, as células em intervalo
• Se o conjunto de dados não contiver pontos de dados
são somadas.
duplicados (amodal), MODO retornará o valor de erro
#VALOR!.
• Numa amostra bimodal, o Calc mostrará como resposta 5. Atualização de Cálculos
o menor valor entre aqueles que se repetem.
Quando células que contenham cálculos com referências
=CONT.VALORES(valor1;valor2;...) são arrastadas pela alça de preenchimento, as células são
• Calcula o número de células não vazias e os valores na preenchidas com uma atualização do conteúdo da célula
lista de argumentos. original.
• valor1; valor2;... são argumentos de 1 a 30 que repre- Essa operação pode ser usada para automatizar a cons-
sentam os valores que se deseja calcular. Neste caso, trução de cálculos repetitivos, construindo nas demais células
um valor é qualquer tipo de informações, incluindo cálculos com a mesma estrutura da original, porém com re-
texto vazio (“”), mas não incluindo células em branco. ferências de célula atualizadas, de acordo com o movimento
• Se um argumento for uma matriz ou referência, as cé- realizado a partir da primeira.
lulas vazias na matriz ou referência são ignoradas. As referências nos cálculos serão atualizadas também
quando copiadas e coladas em outra célula, sem a neces-
=CONT.NÚM(valor1;valor2;...) sidade da alça. Recortar e colar não irá atualizá‑las, apenas
• Conta quantas células contêm números e também os movê‑las.
números na lista de argumentos.
• valor1; valor2, ... são argumentos de 1 a 30 que contêm
ou se referem a uma variedade de diferentes tipos de
dados, mas somente os números são contados.
• Os argumentos que são números, datas ou representa-
ções de texto de número são calculados; os argumen-
tos que são valores de erro ou texto que não podem
ser traduzidos em números são ignorados.

=CONT.SE(intervalo;critérios) 5.1. Referências Relativas, Absolutas e Mistas


• Calcula o número de células não vazias em um intervalo
que corresponde a determinados critérios.
• intervalo  é o intervalo de células no qual se deseja
contar células não vazias.
• critérios é o critério na forma de um número, expressão
ou texto que define quais células serão contadas. Por
exemplo, os critérios podem ser expressos como 32,
“32”, “>32”, “maçãs”.
5.1.1. Referências relativas: uma referência relativa em
=SE(teste_lógico;valor_se_verdadeiro;valor_se_falso) uma fórmula, como A1, é  baseada na posição relativa da
• Retorna um valor se uma condição especificada for célula que contém a fórmula e da célula à qual a referência
avaliada como VERDADEIRO e um outro valor se for se refere. Se a posição da célula que contém a fórmula se
avaliado como FALSO. Use SE para conduzir testes alterar, a referência será alterada. Se você copiar a fórmula
condicionais sobre valores e fórmulas. ao longo de linhas ou colunas, a referência se ajustará auto-
maticamente. Por padrão, novas fórmulas usam referências
teste_lógico é qualquer valor ou expressão que possa relativas. Por exemplo, se você copiar uma referência rela-
ser avaliado como VERDADEIRO ou FALSO. Esse argumento tiva que está na célula B2 para a célula B3, a referência será
pode usar qualquer operador de comparação. automaticamente ajustada de =A1 para =A2.
valor_se_verdadeiro é o valor retornado se teste_lógico
for VERDADEIRO e pode ser uma fórmula, uma outra função,
texto ou simplesmente um número.
valor_se_falso é o valor retornado se teste_lógico for
FALSO.
É possível aninhar até sete funções SE como argumentos
Informática

valor_se_verdadeiro e valor_se_falso para construir testes


mais elaborados.
5.1.2. Referências absolutas: uma referência absoluta
=SOMASE(intervalo;critérios;intervalo_soma) de célula em uma fórmula, como $A$1, sempre se refere a
• Adiciona as células especificadas por um determinado uma célula em um local específico. Se a posição da célula
critério. que contém a fórmula se alterar, a referência absoluta per-

Openbook Apostilas 59
manecerá a mesma. Se você copiar a fórmula ao longo de Para obrigar o Calc a repetir um valor que está sendo
linhas ou colunas, a referência absoluta não se ajustará. Por atualizado quando arrastado pela alça de preenchimento,
padrão, novas fórmulas usam referências relativas e você mantenha o CTRL pressionado.
precisa trocá‑las para referências absolutas. Por exemplo, se
você copiar uma referência absoluta na célula B2 para a célula 7. AutoSoma
B3, ela permanecerá a mesma em ambas as células =$A$1.
5.1.3. Referências mistas: uma referência mista tem uma O Calc disponibiliza aos usuários um recurso que facilita
coluna absoluta e linha relativa, ou linha absoluta e coluna a soma de um conjunto de valores contidos em células.
relativa. Uma referência de coluna absoluta tem o formato
$A1, $B1 e assim por diante. Uma referência de linha absoluta O botão pode ser usado de diversas formas, auto-
tem o formato A$1, B$1 e assim por diante. Se a posição da matizando o uso da função SOMA. Este botão não permite,
célula que contém a fórmula se alterar, a referência relativa como acontece no Excel, automatizar também o uso de
será alterada e a referência absoluta não se alterará. Se você outras funções além da soma.
copiar a fórmula ao longo de linhas ou colunas, a referência
relativa se ajustará automaticamente e a referência absoluta 7.1. Seleção da célula de resposta e aceitação da su-
não se ajustará. Por exemplo, se você copiar uma referência gestão
mista da célula A2 para B3, ela se ajustará de =A$1 para =B$1. • Selecionar a célula onde se deseja que o resultado da
soma apareça.
• Clicar uma vez na imagem do botão Soma.
• Visualizar a sugestão de intervalo dada pelo Calc (suge-
re somar os valores adjacentes à célula selecionada).
O intervalo de sugestão será interrompido por células
com funções, vazias ou com texto.
• Mostrar o resultado, pressionando ENTER (move célula
ativa para baixo), TAB (move célula ativa para a direita)
6. Alça de Preenchimento ou clicando Aceitar – clicar novamente o botão Soma
não mostra o resultado, como no Excel.
A alça de preenchimento é o pequeno quadrado preto
visível sempre no canto inferior direito da seleção. Quando o
ponteiro está sobre a alça sua aparência muda de uma cruz
branca e grossa para uma cruz preta e fina.
Arrastar a alça de preenchimento de uma célula copia o
conteúdo de uma célula para outras células na mesma linha
ou coluna. Entretanto, o Calc pode preenchê‑las rapidamente
com vários tipos de séries de dados como, por exemplo,
meses do ano, dias da semana, datas, sequências numéricas
(Editar / Preencher).
É possível criar séries de preenchimento personalizadas
através do menu Ferramentas / Opções / LibreOffice Calc /
Listas de Classificação. 7.2. Seleção da célula de resposta e alteração da su-
Arrastar a alça de preenchimento para baixo ou para a gestão
direita (no sentido crescente das linhas e colunas) cria uma • Selecionar a célula onde se deseja que o resultado da
soma apareça.
sequência progressiva.
• Clicar uma vez na imagem do botão Soma.
Arrastar a alça de preenchimento para cima ou para a
• Visualizar e alterar a sugestão de intervalo dada pelo
esquerda (no sentido decrescente das linhas e colunas) cria Calc, editando‑a ou selecionando‑se um novo intervalo
uma sequência regressiva. de células a serem somadas.
Por exemplo, as seleções iniciais na tabela a seguir são • Mostrar o resultado, pressionando ENTER, TAB ou
estendidas da forma mostrada. Os itens separados por vír- Aceitar.
gulas estão em células adjacentes.

Seleção inicial Série expandida


1, 2, 3 4, 5, 6
1 2,3,4
Seg Ter, Qua, Qui
Segunda‑feira Terça‑feira, Quarta‑feira
Jan Fev, Mar, Abr
Jan, Abr Jul, Out, Jan
texto1, textoA texto2, textoA, texto3, textoA,...
1º Período 2º Período, 3º Período,... 7.3. Seleção do intervalo a ser somado
Produto 1 Produto 2, Produto 3,... • Selecionar o intervalo de células que se deseja somar.
Informática

• Clicar uma vez na imagem do botão Soma.


• A função soma será automatizada, mostrando o resul-
tado na primeira célula livre e adjacente aos valores
previamente selecionados.
• Caso mais de um valor tenha sido selecionado numa
mesma coluna, o Calc os somará em colunas.

60 Openbook Apostilas
• Texto: exibe células com formato de texto mesmo
quando houver um número na célula – a célula é exi-
bida exatamente como digitada.

8.1.2. Alinhamento de Texto


8.1.2.1.1. Horizontal: altera o posicionamento horizontal
do conteúdo das células. As alterações no alinhamento dos
dados não alteram os tipos de dados.
8.1.2.1.2. Vertical: altera o posicionamento vertical do
conteúdo das células.
8.1.2.1.3. Recuo: recua o conteúdo das células a partir de
qualquer borda da célula, dependendo das opções escolhidas
em Horizontal e Vertical. Cada incremento na caixa Recuo
equivale à largura de um caractere.
8.1.2.1.4. Orientação do texto: altera a inclinação do
texto nas células selecionadas e permite criar texto empi-
lhado. Pode ser usada para economizar espaço em células,
8. Formatação de Células na direção horizontal.
8.1.2.1.5. Propriedades: ajusta a maneira como o texto
8.1. Formatar/Células
deve ser exibido em uma célula.
Este menu oferece ao usuário as principais opções de
formatação das células e seus valores, permitindo ainda a • Quebrar texto automaticamente: divide o texto auto-
formatação de itens selecionados de gráficos. A tecla de ata- maticamente em várias linhas dentro de uma célula.
lho CTRL + 1 pode ser usada para abrir uma caixa de diálogo O número de linhas depende da largura da coluna e
e acessar configurações da célula selecionada. do comprimento do conteúdo da célula.
• Reduzir para caber no tamanho da célula: reduz o
8.1.1. Números tamanho dos caracteres para que todos os dados de
8.1.1.1. Categoria: mostra opções para um formato uma célula selecionada caibam dentro da coluna. O ta-
numérico. A caixa Exemplo mostra como ficarão as células manho dos caracteres será ajustado automaticamente
selecionadas com a formatação escolhida. Clicar em Defini- caso a largura da coluna seja modificada.
do pelo usuário permite criar formatos personalizados para
números. 8.2. Formatar/Mesclar células
• Número: usada em células que devem mostrar nú- Combina duas ou mais células selecionadas em uma
meros em geral. É  possível escolher quantas casas única célula. A referência de célula de uma célula mesclada
decimais e zeros a esquerda serão mostrados, ativar será a da célula superior esquerda da faixa original de células
o separador de milhar e escolher o estilo de número selecionadas. Caso várias células com conteúdos diferentes
negativo. Para exibir mais ou menos dígitos após a estejam selecionadas, mesclar as células poderá manter
vírgula decimal, pode‑se também utilizar os botões apenas o dado da célula superior esquerda, desprezando os
Adicionar casa decimal e Excluir casa decimal demais ou agrupar todos os conteúdos na célula mesclada,
separados por espaços. Pode‑se usar ainda o botão Mesclar
, na barra de ferramentas Formatação.
células .
• Moeda (CTRL + $): usado para quantias mone-
tárias em geral – permite selecionar a quantidade de 9. Assistente de Gráfico
casas decimais e zeros à esquerda, símbolo de moeda
e estilo de número negativo. Os gráficos são a forma mais simples de mostrar ao seu
público o que seus números estão dizendo, e o assistente de
gráfico do Calc o ajuda a criá‑los com apenas alguns cliques.
O coração de um gráfico do Calc é a área de plotagem, a área
que exibe os dados graficamente. A  área de plotagem é
envolvida por elementos de gráfico opcionais, como títulos,
legendas ou rótulos, que o usuário pode usar para explicar
exatamente o que a área de plotagem está mostrando.
A criação de um gráfico personalizado, em quatro etapas,
será iniciada clicando‑se o botão Gráfico ou pelo menu
• Data e hora: exibem números de série de data e hora Inserir / Gráfico.
como valores de data e hora – valores numéricos po- • Etapa 1 de 4 – tipo de gráfico: definição do estilo do
dem ser apresentados na forma de data e vice‑versa. gráfico a ser usado. O Calc oferece nove tipos – coluna,
• Porcentagem: multiplica o valor das células selecio- barra, pizza, área, linha, XY (dispersão), rede (radar),
nadas por 100 e exibe o resultado com um símbolo cotações (ações), coluna e linha. Muitos deles podem
de porcentagem. Pode ser ativado através do uso do ser apresentados com efeito 3D.
botão Estilo de porcentagem (com duas casas • Etapa 2 de 4 – intervalo de dados: permite selecionar
Informática

decimais) ou pelo atalho CTRL + %. e alterar os dados que participarão da construção do


• Fração: mostra o valor atual na forma de um número gráfico.
inteiro acrescido de uma fração, na base escolhida, • Etapa 3 de 4 – série de dados: personaliza a sequencia
que represente seus valores decimais. com que os dados serão mostrados no gráfico.
• Científico: usa notação científica para representar • Etapa 4 de 4 – elementos do gráfico: acrescenta título
número de valores elevados. e subtítulo, configura legenda, eixos e grades.

Openbook Apostilas 61
Mesmo depois de pronto, todas as configurações do gráfi- Excluir tudo: exclui todo o conteúdo do intervalo de
co podem ser alteradas, inclusive seus valores. Sempre que o células selecionado.
valor de uma célula que tenha participado da construção do Texto: exclui somente o texto. Os formatos, as fórmulas,
gráfico for alterado, o gráfico será automaticamente atualizado. os números e as datas não são afetados.
Números: exclui somente números. Os  formatos e as
10. Exclusão Seletiva: Editar / Excluir conteúdo ou fórmulas permanecem inalterados.
Tecla BACKSACE Data e hora: exclui os valores de data e hora. Os formatos,
o texto, os números e as fórmulas permanecem inalterados.
Especifica o conteúdo a ser excluído da célula ativa ou Fórmulas: exclui fórmulas. O texto, os números, os for-
de um intervalo de células selecionado. Pressionar a tecla matos, as datas e as horas permanecem inalterados.
BACKSPACE não excluirá os valores das células selecionadas: Anotações: exclui as anotações adicionadas às células.
mostrará a caixa de diálogo representada a seguir, permitindo Todos os demais elementos permanecem inalterados.
que o usuário defina quais tipos de valores pretende excluir, Formatos: exclui os atributos de formato aplicados às
entre os vários selecionados. células. Todo o conteúdo das células permanece inalterado.
Objetos: exclui objetos. Todo o conteúdo das células
permanece inalterado.

LibreOffice Impress 3.5
O LibreOffice Impress é uma versão do editor de apre-
sentações de slides que compõe o pacote de escritório
livre e gratuito LibreOffice. É um software que facilita a
criação e animação de slides, permitindo a inserção de
imagens, sons, vídeos, tabelas e gráficos, apresentando‑se
como programa funcionalmente idêntico ao Microsoft
Office PowerPoint.

1. Principais comandos do menu Arquivo 2. Principais comandos do menu Editar

1.1. Novo (CTRL + N): cria arquivos novos de qualquer 2.1. Duplicar... (SHIFT + F3): cria cópias do objeto
programa do pacote LibreOffice. selecionado, permitindo identificar a quantidade de có-
1.2. Salvar tudo: salva todos os arquivos abertos do pias, deslocamento, ampliação e cores dos novos objetos
pacote LibreOffice. criados.
1.3. Recarregar: desfaz todas as alterações realizadas 2.2. Pontos (F8): permite a modificação das bordas de
Informática

desde a última gravação do arquivo. uma figura geométrica (para arredondar os cantos de um
1.4. Versões: salva, mostra e compara versões da apre- quadrado, por exemplo).
sentação atual. 2.3. Mapa de imagem: permite definir uma URL a
1.5. Exportar: cria uma cópia da apresentação para for- uma região de uma imagem de modo que, quando essa
matos como HTML, SWF (Flash), PDF e arquivos de imagem, região for clicada, o usuário será levado a abrir uma página
como BMP, JPG e GIF. web.

62 Openbook Apostilas
3. Principais comandos do menu Exibir 5.6. Alterar caixa: altera o uso de maiúsculas e minúsculas
nos caracteres selecionados ou, se o cursor estiver em uma
3.1. Normal: alterna para a exibição normal na qual é palavra, altera o uso de maiúsculas e minúsculas de todos
possível criar e editar slides. os caracteres nela.
3.2. Estrutura de tópicos: alterna para a exibição de es- 5.7. Posição e tamanho (F4): redimensiona, move, gira
trutura de tópicos onde é possível reordenar slides e editar ou inclina o objeto selecionado.
os títulos e cabeçalhos dos slides. 5.8. Modelos de slides...: exibe a caixa de diálogo Mo-
3.3. Classificador de slides: exibe miniaturas dos slides. delos de slides, para selecionar um esquema de layout para
3.4. Apresentação de slides (F5): inicia a apresentação o slide atual. Os objetos no modelo de slides são inseridos
de slides. atrás dos objetos contidos no slide atual.
3.5. Exibição de notas: alterna para a exibição de página 5.9. Layout de slide...: abre o painel Layout de slide no
de notas, onde você pode adicionar notas aos slides. Duran- painel Tarefas.
te a apresentação, o público não consegue vê‑las porque elas 5.10. Estilos e formatação (F11): lista os estilos disponí-
permanecem ocultas. veis em uma janela flutuante.
3.6. Exibição de folhetos: alterna para a exibição da pá- 5.11. Agrupar: agrupa os objetos selecionados de forma
gina mestre de folhetos, onde é possível dimensionar vários que possam ser movidos ou formatados como um único
slides para que se ajustem a uma página impressa. objeto.
3.7. Mestre: alterna para uma das várias exibições mes-
tre, onde é possível adicionar elementos que deverão ser 6. Principais comandos do menu Ferramentas
exibidos em todos os slides da apresentação.
3.8. Navegador (CTRL+SHIFT+F5): abre o um painel com 6.1. Ortográfica (F7): verifica a ortografia manualmente.
o qual é possível saltar para outros slides ou mover entre 6.2. Galeria: abre a Galeria, onde encontram‑se figuras
arquivos abertos. e sons para inserir no documento.
3.9. Cabeçalho e rodapé...: adiciona ou altera o texto em 6.3. Substituir cores: abre a caixa de diálogo do con-
espaços reservados na parte superior ou inferior dos slides ta‑gotas para substituir cores em figuras de meta‑arquivo
e dos slides mestre. e de bitmap.
6.4. Player de mídia: abre a janela do Player de mídia,
4. Principais comandos do menu Inserir para poder visualizar arquivos de filme e som e inseri‑los no
documento atual.
4.1. Slide: insere um slide depois do slide atual. 6.5. Macros: permite gravar, organizar e editar macros.
4.2. Duplicar slide: insere uma cópia do slide após o 6.6. Opções da Autocorreção: define as opções para a
slide atual. substituição automática de texto à medida que você digita.
Expandir slide 6.7. Personalizar: personaliza menus, teclas de atalho,
4.3. Slide de resumo: cria um novo slide com uma lista barras de ferramentas e atribuições de macros do LibreOffice.
de marcadores contendo os títulos dos slides seguintes ao org para eventos.
slide selecionado. O  slide de resumo é inserido atrás do 6.8. Opções: abre uma caixa de diálogo para configuração
último slide. personalizada do programa.
4.4. Número da página, Data e hora, Campos, Anotação, 6.9. Compactar apresentação...: ativa assistente para
Caractere especial (símbolo), Marca de formatação, Hyper- reduzir o tamanho da apresentação atual, comprimindo
link, Tabela, Figura, Objeto de desenho, Gráfico, Quadro imagens e removendo dados desnecessários.
flutuante.
4.5. Imagem animada: cria uma animação personalizada 7. Principais comandos do menu Apresentação de
no slide atual. Só é possível usar objetos existentes para criar Slides
uma animação.
4.6. Arquivo: insere um arquivo no slide ativo. Você pode 7.1. Apresentação de slides (F5): inicia a apresentação
inserir arquivos do LibreOffice.org Draw ou Impress, ou textos de slides.
de um documento HTML ou de um arquivo de texto. 7.2. Configurações da apresentação de slides: define as
4.7. Filme e som: insere um arquivo de vídeo ou de som configurações da apresentação de slides, inclusive com que
no documento, com os formatos: AIF Audio (.aiff), AU Audio slide iniciar, o tipo de apresentação, o modo como os slides
(.au), AVI (.avi), CD Audio (.cda), MIDI Audio (.midi), MPEG avançam e as opções de ponteiro.
Audio (.mp2, .mp3, .mpa), MPEG Video (.mpg, .mpeg, .mpv, 7.3. Cronometrar: inicia uma apresentação de slides com
.mp4), Ogg Bitstream (.ogg), Quicktime Video (.mov), Vivo um temporizador no canto inferior esquerdo.
Video (.viv), WAVE Audio (.wav). 7.4. Interação: define como o objeto selecionado se
comportará quando ele for clicado durante uma apresen-
5. Principais comandos do menu Formatar tação de slides.
7.5. Animação personalizada: atribui um efeito ao objeto
5.1. Formatação padrão: remove a formatação direta e a selecionado que será executado durante a apresentação
formatação por estilos de caracteres da seleção. de slides.
5.2. Caractere: muda a fonte e a formatação de fonte dos 7.6. Transição de slides: define o efeito especial que
caracteres selecionados. será executado quando um slide for exibido durante uma
5.3. Parágrafo: modifica o formato do parágrafo atual, apresentação de slides.
Informática

por exemplo, alinhamento e recuo. 7.7. Ocultar slide: oculta o slide selecionado para que não
5.4. Marcadores e numeração: adiciona marcadores ou seja exibido durante uma apresentação de slides.
numeração ao parágrafo atual e permite que você edite o 7.8. Apresentação de slides personalizada: define uma
formato da numeração ou dos marcadores. apresentação de slides personalizada utilizando slides con-
5.5. Página: define a orientação da página, as margens da tidos na apresentação atual. Podem‑se selecionar os slides
página, o plano de fundo e outras opções de layout. que atendem às necessidades do público.

Openbook Apostilas 63
MSOffice Outlook 2010 Tarefas Pendentes, o usuário pode organizar e localizar ra-
pidamente a informação que precisa. Com o Office Outlook
O Office Outlook 2010 proporciona ao usuário um 2010 é mais fácil priorizar e controlar seu tempo, para que
gerenciador completo de tempo e informação. Usando o usuário possa se concentrar nas coisas que têm mais
novos recursos como a Busca Instantânea e a Barra de importância.

Visão Geral procura rapidamente nos dados do seu Outlook, realçando


os locais em que esse termo de busca aparece. A Busca
O cliente de mensagens e colaboração do Office Outlook Instantânea faz “seleção de palavras”, o que significa que os
2010 proporciona uma solução integrada para ajudá-lo a resultados começam a aparecer assim que o usuário começa
gerenciar melhor seu tempo e informações, conectar-se a digitar seus termos de busca. A Busca Instantânea consegue
além das fronteiras, e permanecer mais seguro e no controle. procurar amplamente por meio de todos os itens e pastas
Esse gerenciador completo de informações e tempo ajuda de seu Outlook, ou o usuário pode especificar uma busca
a organizar e buscar rapidamente pela informação que o dentro de uma pasta específica em um determinado local.
usuário precisa. Com o Office Outlook 2010, o usuário pode
compartilhar informações com colegas de trabalho, amigos Categorias de Cor
e família, com segurança aperfeiçoada, não importa onde
estejam localizados. As novas categorias de cor proporcionam um modo
visual rápido de personalizar e distinguir itens um do outro,
facilitando a localização de informações. Vamos supor, por
Gerencie Tempo e Informações
exemplo, que o usuário quer atribuir uma categoria de cor a
todos os itens relacionados a certo projeto. O usuário pode
Busca Instantânea
Informática

adicionar a mesma categoria de cor aos itens de e-mail,


calendário ou tarefa, para que possa facilmente localizar
Com a nova e potente Busca Instantânea integrada, o todos os itens de um projeto num relance. Quando o usuário
usuário pode rapidamente localizar as informações que precisar encontrar as informações mais tarde, pode buscar
precisa, estejam elas em seus e-mails, calendário, contatos e classificar por categoria de cor para identificar de modo
ou tarefas. Digite uma palavra-chave e a Busca Instantânea rápido e visual o que o usuário está procurando.

64 Openbook Apostilas
Pré-Visualizador de Anexos Integração com Feeds RSS

Acessar anexos é geralmente um processo tedioso e de O Office Outlook 2010 tem suporte à agregação nativa
muitos passos. Nas versões anteriores do Outlook, não havia para Feeds (fragmentos de informações ou notícias) RSS
um modo fácil de ter uma visão do anexo sem abri-lo. Com o (Really Simple Syndication), portanto o usuário pode facil-
novo Pré-Visualizador de Anexos, o usuário pode visualizar
mente assinar e manter-se atualizado com os sites e blogs
seus anexos com um clique diretamente a partir do painel de
leitura. Assim o usuário poupa tempo porque pode visualizar de notícias mais recentes. Com a assinatura desse tipo de
os anexos em contexto com a mensagem do e-mail. alerta informacional é mais fácil acompanhar as informa-
ções relevantes sobre negócios e indústrias, ou as últimas
Gerencie Facilmente Suas Prioridades Diárias informações sobre seus hobbies e interesses pessoais. O
usuário pode gerenciar suas Feeds RSS no Office Outlook
O Office Outlook 2010 oferece as ferramentas que o 2010 como faz com outros e-mails, portanto pode sinalizá-
usuário precisa para gerenciar sua lista diária de tarefas pen- -las para follow-up, atribuir categorias de cor, ou automatizar
dentes, com tecnologias integradas na interface de usuário qualquer processo usando o mecanismo de regras.
para priorizar e classificar suas tarefas.
Instalação Automática de Contas
Barra de Tarefas Pendentes
Com o Office Outlook 2010, o usuário pode instalar e
Acompanhar suas tarefas pode consumir muito tempo,
acessar todas as suas contas de e-mail a partir da interface
pois normalmente elas estão contidas de modo implícito
dentro de e-mails, ou armazenadas em outros locais. A nova do Outlook. A Instalação Automática de Contas facilita essas
Barra de Tarefas Pendentes integra suas tarefas, e-mails tarefas. Basta digitar o nome e a senha para sua conta de
sinalizados para acompanhamento, compromissos futuros e-mail do Exchange Server, POP ou IMAP. O Office Outlook
e informações de calendário em um só lugar conveniente. 2010 configura a conta para o usuário. O usuário não precisa
A Barra de Tarefas Pendentes dá a o usuário uma visualiza- lembrar do nome do servidor ou de qualquer informação
ção sólida de suas prioridades para aquele dia, portanto o oculta, configurar as portas, ou fazer qualquer outra coisa.
usuário não precisa perder tempo verificando vários locais
para planejar seus horários.
Compartilhe Informações com Qualquer Pessoa,
Sinalizando E-mails Como Tarefas em Qualquer Lugar

Com frequência as tarefas estão contidas dentro de e- Capacidades de Compartilhamento de Calendário


-mails, portanto incluí-las em sua lista de tarefas costumava Aprimoradas
referir-se a digitar manualmente as informações. Com a nova
sinalização de e-mails do Office Outlook 2010, já não é mais Com as capacidades aprimoradas de compartilhamento
assim. Com o recurso Sinalizando E-mails como Tarefas, o
de calendário do Office Outlook 2010, o usuário pode com-
usuário pode criar uma tarefa a partir de seu e-mail em um
simples passo. Basta clicar com o botão direito para sinalizar partilhar calendários com pessoas tanto dentro como fora
sua mensagem e designar uma data para a conclusão. O de sua organização, dando aos seus contatos importantes
item é então adicionado à sua Barra de Tarefas Pendentes acesso aos seus horários. Com o novo suporte nativo para
e as datas de vencimento são integradas automaticamente calendários da Internet, o usuário pode facilmente criar um
ao seu calendário. novo calendário da Internet a partir do Office Outlook 2010
e publicá-lo no Microsoft Office On-line. Ou o usuário pode
Integração de Tarefas no Calendário usar as Cópias Instantâneas do Calendário para enviar uma
cópia instantânea em HTML de seu calendário por meio do
No passado talvez o usuário tenha agendado compro- e-mail, facilitando o agendamento de reuniões com qualquer
missos falsos em seu calendário para justificar o tempo que pessoa, com pouco tempo de espera.
suas tarefas levariam. O Office Outlook 2010 integra tarefas
no calendário na Lista de Tarefas Diárias, para que o usuário
as veja exibidas abaixo de suas reuniões e compromissos Superposição de Calendário
diários. Para separar o tempo para trabalhar em uma tarefa,
o usuário simplesmente arrasta a tarefa para o calendário. Quando o usuário visualiza calendários no modo de
Quando o usuário completa uma tarefa em determinado superposição, pode navegar por múltiplos calendários, um
dia, ela se mantém naquele dia, proporcionando um registro em cima do outro, facilitando a comparação de seu calen-
visual do trabalho que o usuário realizou. As tarefas que o dário com o de um colega de trabalho ou o da equipe, para
usuário não completou são movidas para o dia seguinte e encontrar um horário livre para a reunião.
acumulam até que o usuário as marque como completas.
Cartões de Visitas Eletrônicos
Conecte-se Além das Fronteiras da Empresa
Informática

Tenha as Informações Relevantes ao seu Alcance No Office Outlook 2010, o usuário pode criar e compar-
tilhar Cartões de Visitas Eletrônicos personalizados, obtendo
O Office Outlook 2010 põe o usuário em contato com assim um modo personalizado de comunicar suas informa-
a informação que precisa todos os dias, trazendo as infor- ções. O usuário pode compartilhar seu cartão como anexo
mações relevantes diretamente para sua caixa de entrada. ou como parte de sua assinatura de e-mail.

Openbook Apostilas 65
Permaneça Mais Seguro e no Controle a certo custo ao enviar essa mensagem e como resultado,
uma mensagem com selo acaba na caixa de entrada em vez
Controle Efetivamente quais E-Mails Chegam até o da caixa de lixo eletrônico.
Usuário
O Office Outlook 2010 não cria selos de e-mail quando:
Selo Eletrônico de E-Mail do Outlook • os destinatários são todos de sua organização;
O Selo Eletrônico de E-Mail do Outlook é uma nova tec- • a mensagem é assinada, protegida pelo gerenciamento
nologia da Microsoft para ajudar a reprimir o lixo eletrônico. de direitos de informação, ou criptografada;
Essa tecnologia pede ao computador do remetente para • o usuário escolheu desativar esse recurso como opção
realizar uma computação ou resolver um enigma, e então durante a implantação.
atribui esse trabalho como um símbolo de legitimidade ao
e-mail. Criar um Selo Eletrônico de E-Mail do Outlook torna Tecnologias Anti-Phishing e Lixo Eletrônico
difícil e cansativo para os spammers (pessoas que enviam
lixo eletrônico) enviar e-mails de massa, mas não altera sua O Office Outlook 2010 apresenta um filtro aperfeiçoado
experiência quando envia e-mails legítimos. de lixo eletrônico que separa ainda mais e-mails indesejáveis.
Quando um e-mail com selo é recebido pelo Office Há também uma nova proteção aperfeiçoada contra phishing
Outlook 2010, o sistema pode facilmente verificar a validez ou e-mails fraudulentos que levam o usuário a divulgar
dessa mensagem (levando em conta algumas das caracte- informações pessoais. O Office Outlook 2010 rastreia men-
rísticas peculiares da mensagem) e entrega a mensagem sagens de e-mail suspeitas e ajuda a protegê-lo desativando
em sua caixa de entrada ou sua pasta de lixo eletrônico, automaticamente os links dentro delas até que o usuário as
conforme for apropriado. Se o selo for válido, então é uma aprove. O usuário é alertado sobre os sites potencialmente
evidência de que o computador do remetente ficou sujeito ameaçadores ou malignos dentro do correio.

Criando Mensagens de Email

Campos Nenhum dos campos de destinatário é de preenchimento


• De: endereço de e-mail que será usado para enviar a obrigatório.
mensagem (remetente) – Só aparece se forem confi- • Assunto: resumo da mensagem – Deve ser preenchido,
guradas ao menos duas contas de email. mas não tem preenchimento obrigatório.
Informática

• Anexar: arquivos selecionados para envio junto com


• Para: endereços de e-mail dos destinatários principais,
a mensagem.
separados por vírgula ou ponto e vírgula.
• Corpo da Mensagem: espaço disponível para redigir
• Cc: destinatários secundários que receberão uma cópia a mensagem. É possível inserir texto de um arquivo,
da mensagem (com cópia, ou cópia carbono). imagem, linha horizontal, mudar o plano de fundo e
• Cco: destinatários ocultos para os demais. aplicar papel de carta.

66 Openbook Apostilas
Conceitos de Internet e Intranet empresa. Consequentemente, todos os conceitos aplicados
à Internet podem ser também aplicados à Intranet, que
Redes e Internet pode ser então considerada uma Internet “em miniatura”
ou “privada”.
Uma rede de computadores é qualquer estrutura física Extranet é a parte de uma Intranet que usa a Internet
e lógica que permita a conexão de computadores, com a para compartilhar parte de suas informações. Uma Extranet
finalidade de troca de informações e compartilhamento de também pode ser entendida como uma porção da rede da
recursos. empresa que é disponibilizada a usuários externo. Outro uso
A Internet é o conjunto das redes, em escala mundial, comum do termo Extranet se dá na designação da “parte
interligadas utilizando uma mesma tecnologia (protocolos privada” de um site, onde somente “usuários registrados”
TCP/IP), permitindo o acessoà informações e transferência podem navegar, previamente autenticados por sua senha
de dados. (login de acesso).
Normalmente, um computador que se conecta a Inter-
net pode acessar informações a partir de uma vasta gama VPN (Rede Privada Virtual)
de servidores disponíveis e outras informações a partir de
computadores, movendo-os para a memória do computador
Uma VPN é uma rede privada que usa a infraestrutura
local. A  mesma conexão permite que o computador para
das redes públicas para transmitir dados. Porém, como as
enviar informações para servidores da rede e que, por sua
redes são públicas há, normalmente, necessidade de se
vez, a informação é acessada e potencialmente modificada
por uma variedade de outros computadores interligados. utilizar protocolos de segurança para que os dados sejam
A maioria das informações amplamente acessíveis na Inter- transmitidos de forma sigilosa.
net consiste de hipertexto (documentos interligados) e de As VPNs seguras utilizam protocolos de segurança e con-
outros recursos da World Wide Web (WWW). troles de acesso (criptografia e firewall). A VPN é bloqueada
A circulação de informações na Internet é alcançada por da parte pública para assegurar que mesmo estando fisica-
meio de um sistema de redes interconectadas que compar- mente hospedada, apenas os usuários autorizados tenham
tilham dados com comutação por pacotes padronizados. acesso a ela, garantindo assim a integridade dos dados e a
Trata-se de uma “rede de redes”, que consiste de milhões confidencialidade da comunicação.
de redes públicas e privadas, acadêmicas, empresariais, As redes VPNs também são conhecidas pelos termos
governamentais e de redes de âmbito local ao global que “Túneis Virtuais” ou simplesmente “tunelamento”.
estão ligados por fios de cobre, fibra óptica, cabos, ligações
sem fios, e outras tecnologias. Classificação das Redes quanto a Extensão
Geográfica

PAN (Personal Area Network): rede pessoal; dispositivos


ligados a um único computador.

LAN (Local Area Network): rede local, de pequena ex-


tensão (1 km), capaz de conectar salas e prédios vizinhos.

MAN (Metropolitan Area Network): rede metropolitana,


com a extensão de uma cidade (10 km) – campus de univer-
sidades e TV a cabo.

WAN (Wide Area Network): rede extensa, sem limita-


ção geográfica – grandes bancos e operadoras de cartão de
crédito.

Os termos Internet e World Wide Web são frequente-


mente utilizados sem muita distinção. No entanto, a Internet
e a World Wide Web não são a mesma. A Internet é um siste-
ma de comunicações de dados global. É uma infraestrutura
de hardware e software que fornece conectividade entre os
computadores. Em contraste, a Web é um dos serviços de co-
municação através da Internet. É uma coleção interligada de
documentos e outros recursos, ligadas por hiperlinks e URLs.
Informática

Intranet e Extranet
A Intranet é uma rede privada que se baseia na mesma
tecnologia da Internet, mas que é utilizada para agilizar e
incrementar a comunicação e a produtividade dentro de uma

Openbook Apostilas 67
Meios Físicos de Transmissão
Com Fios

coaxial par trançado fibra ótica


cabeamento

tipos fino ou grosso UTP ou STP monomodo ou multimodo


conector BNC, formato de T e terminadores RJ 45 SC, FC, ST, FDDI
velocidade de
10 Mbps 10, 100 ou 1.000 Mbps 100 ou 1.000 Mbps
transmissão
padrão 10base2 e 10base5 10, 100 ou 1.000baseT 100baseF, 1.000baseS ou L

não sofre interferência


características eletromagnética. Resistente à
corrosão

Sem Fios (ondas eletromagnéticas)

tipos infravermelho (IrDA) microondas (radiofrequência RF)


obstáculos entre os dispositivos não podem existir podem existir
alcance máximo 1m 1 m a 50 km
velocidade de transmissão 4 a 16 Mbps 3 a 108 Mbps
características requer “sight line”: ponto focal e desvio máximo de 15 o
Bluetooth, WiFi, WiMAX

Topologias e Arquiteturas
Topologias são formas de construção das redes que definem a forma de conexão (física) e o funcionamento da rede (lógica).

BARRA ANEL ESTRELA


através de cabo central diretamente um ao outro, por meio do concentrador,
ligação entre os PCs
compartilhado formando caminho fechado ou núcleo da rede
se um computador falha a rede NÃO para a rede PARA a rede NÃO para
tipo de cabo coaxial UTP ou fibra UTP ou fibra
chega a todos da rede e é chega ao destinatário, que o passa sempre pelo núcleo
distribuição da
descartada, exceto pelo destinatário copia e reenvia até o emissor, da rede e de lá segue até
informação
(difusão, ou broadcast) cruzando todo o anel seu destino

A arquitetura de uma rede é um conjunto de características padronizadas que especificam como uma rede funciona
(cabos, conectores, concentradores, placas de rede, protocolos, regras). É o “modelo” da rede. Todos os equipamentos
usados em uma mesma rede devem ter as mesmas especificações (mesma arquitetura).

arquiteturas Ethernet FDDI Token Ring Wi-Fi


IEEE 802.3 802.4 802.5 802.11
Informática

topologia barra (coaxial) ou estrela (par trançado) anel duplo anel barra, sem cabos
A mais usada atualmente. Gerações:
Com 4 ou 16 Mbps,
1. Ethernet 10 Mbps (coaxial ou PT) Self Healing Estrutura de WLAN mais
características é pouco usada
2. Fast Ethernet 100 Mbps (PT ou FO) CDDI (PT) usada atualmente
atualmente
3. Giga Ethernet 1.000 Mbps (PT ou FO)

68 Openbook Apostilas
Wi-Fi: Modos de funcionamento

Infraestrutura: requer equipamento central (concentrador sem fio), chamado ponto de acesso.
Ad-Hoc: as placas de rede dos computadores se comunicam diretamente entre si, sem a necessidade de concentradores.

Subpadrões Wi-Fi

802.11b 802.11a 802.11g 802.11n


velocidade de 104 Mbps
11 Mbps (6) 54 Mbps (30) 54 Mbps
transmissão (600-MIMO)
frequência 2,4 GHz 5 GHz 2,4 GHz 2,4 e 5 GHz
alcance 100 m 50 m 100 m 500 m
telefones sem fio,
interferência rede menos saturada
microondas, bluetooth
mais cara, usada em compatível com o
mais usado em hotspots,
características empresas, não se comunica “b” e mais rápido
mais barato (2001)
com outros padrões (2002) (2006)

Protocolos sucessivamente de uma camada a outra chegar à camada


Física que levará a solicitação ao destinatário. Ao se chegar
Até o fim dos anos de 1970 cada desenvolvedor de ao destino, o caminho é feito ao inverso.
tecnologias para redes era responsável por criar seu pró- As camadas são dividas em três grupos: Aplicação (Apli-
prio método de transporte que se encarregasse de fazer a cação, Apresentação, Sessão), Transporte (Transporte) e Rede
comunicação entre dois computadores em uma rede. Como (Rede, Link de Dados e Física), onde em cada uma alguns
os padrões eram muito divergentes a ISO (International Or- softwares específicos (protocolos) atuarão.
ganization for Standardization – Organização Internacional Um Protocolo é um conjunto de regras que estabelece
para Padronização) criou um modelo chamado OSI (Open um padrão de comunicação entre os computadores de uma
Systems Interconnection  – 1977) para que os fabricantes rede. Ou seja, para que esses computadores possam inte-
pudessem criar tecnologias a partir deste modelo. ragir, se entender, devem seguir a mesma regra de envio e
O modelo OSI é estruturado em sete camadas: Aplicação, recebimento de informações. Com isso pode-se dizer que o
Apresentação, Sessão, Transporte, Rede, Link de Dados e protocolo é uma linguagem que permite aos computadores
Física. Quando uma informação é solicitada, deverá passar ligados a uma rede se comuniquem.

Modelo de camadas OSI

• define o protocolo a ser usado de acordo com a solicitação do aplicativo


7 – APLICAÇÃO
e usuário (SMTP, POP, IMAP, HTTP, FTP, ONS)

6 – Apresentação • traduz as mensagens para um formato padrão universal

• negocia o método de comunicação, estabelece e encerra as sessões de


5 – Sessão
comunicação

4 – TRANSPORTE • divide a mensagem em pacotes sequenciais e adiciona um número de


controle (TCP, UDP)

3 – REDE • adiciona aos pacotes um endereço para que localizem o destino, trans-
formando-os em datagramas (IP, roteador)

2 – Link de Dados • adiciona o mac e transforma datagramas em quadros – conjuntos de


bits (placas de rede, switch)
Informática

1 – Física • os bits são transferidos (cabos, conectores, hub, repetidor)

Openbook Apostilas 69
Protocolos da Camada de Aplicação vez recebida a mensagem, está impossibilitado o acesso à
mesma em outros computadores.
SMTP (Simple Mail Tranfer Protocol): usado para o IMAP4 (Internet Message Access Protocol): recebe men-
envio de e-mails do remetente para o servidor de saída de sagens do servidor de correio eletrônico, mantendo uma cópia
mensagens e entre os servidores de e-mails. e permitindo que a mesma mensagem seja vista em diferentes
POP3 (Post Office Protocol): usado no recebimento de computadores. Útil para situações em que o usuário utiliza o
e-mails e, por regra, os apaga do servidor de entrada. Uma correio eletrônico em dois ou mais ambientes distintos.

HTTP (Hyper Text Tranfer Protocol): realiza a transfe- são gratuitas, enquanto chamadas de VoIP para rede pública
rência de documentos hipermídia (hipertexto), escritas em podem ter custo.
linguagem HTML (HyperText Markup Language) entre um SNMP (Simple Network Management Protocol): pro-
servidor Web e um programa cliente (navegador, browser), tocolo de gerência e monitoramento de redes TCP/IP, que
os  quais interpretam as páginas e as descarregam para o facilita a troca de informação entre os dispositivos de rede,
computador do usuário final. A implementação do protocolo como placas e comutadores. O SNMP permite aos adminis-
HTTP sobre uma camada adicional, SSL (Secure Socket Layer) tradores de rede verificar o desempenho da rede, encontrar
ou TLS (Transport Layer Security), fazem com que as informa- e resolver problemas, e reunir informações para planejar sua
ções sejam enviadas através de uma conexão criptografada expansão, dentre outras.
e autenticada entre servidor e cliente e cria uma variação DNS (Domain Name Service): protocolo que realiza o ser-
do HTTP, o HTTPS (o “S” lembra seguro). viço de consulta a um banco de dados hierárquico, realizando
FTP (File Transfer Protocol): transfere arquivos entre a tradução (resolução, transformação) de um nome amigável,
dois computadores usando a arquitetura servidor/cliente, nome domínio ou URL (fácil de guardar na memória, como
sendo um dos mais utilizados na Internet. Pode-se usar um www.google.com.br) em um endereço IP (74.125.93.103),
navegador ou programas específicos para acessar, copiar, usado para acessar recursos em redes.
apagar e renomear arquivos remotos. Todos os recursos presentes em servidores na Internet
TELNET (Terminal Emulator): protocolo para acesso são localizados por meio de um endereço padronizado – o
remoto a um computador numa intranet ou na Internet, URL (Uniform Resource Locator), que obedece ao formato
permitindo controle sobre seus recursos – simula a presença protocolo://domínio/recurso. O nome de domínio deve ser
de um usuário diante da máquina de outro. adquirido junto a um órgão competente e será único na
SSH (Secure Shell): conecta dois computadores na rede, Internet, para que não haja confusões no acesso às páginas.
permitindo que um envie comandos que serão executados No Brasil, a responsável pela distribuição dos nomes de do-
na unidade remota. Tem as mesmas funções do TELNET, mínio é a Registro.br, ligada ao Comitê Gestor da Internet
com a vantagem da conexão entre o cliente e o servidor ser Brasileira (CGI.br).
criptografada e, consequentemente, segura, criando um Quando desejamos visualizar o site do Google, por
túnel de dados. exemplo, informamos ao navegador sua URL (www.google.
VoIP (Voice over Internet Protocol): voz sobre IP, tele- com.br), o qual enviará a requisição de consulta ao servidor
fonia IP, telefonia Internet, telefonia em banda larga ou voz DNS do provedor de acesso à Internet. Caso seja encontrado
sobre banda larga é o roteamento de conversação humana o endereço IP correspondente, o servidor DNS retorna ao
Informática

usando a Internet ou qualquer outra rede de computadores usuário essa informação que será usada para, então, trazer
baseada na pilha de protocolos TCP/IP, tornando a transmis- os arquivos da página.
são de voz mais um dos serviços suportados pela rede de Cada provedor de acesso possui um servidor DNS que é
dados. Usa softwares como o Skype e um conjunto de proto- alimentado pelo servidor DNS principal no Brasil. Os regis-
colos especiais nas camadas de aplicação (SIP) e transporte tros DNS brasileiros (.br) começaram a ser feitos na Fapesp
(RTCP). Ligações de sistemas VoIP para VoIP normalmente (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo),

70 Openbook Apostilas
de forma espontânea. Atualmente, quem mantém o registro IRC (Internet Relay Chat): utilizado em salas de bate-
de domínios brasileiros é a NIC.br (Núcleo de Informação e -papo (chat) e para a troca de arquivos, permite conversa
Coordenação do Ponto Br), ligada ao CGI. em grupo ou privada. No fim da década de 1990, o IRC foi
A localização do endereço IP pelo DNS, a partir da URL substituído por mensageiros instantâneos como o MSN e
solicitada, obedece a uma sequência hierárquica, em três sites de relacionamento como o Orkut. O IRC é hoje usado
níveis, analisando o nome de domínio da direita para a para fins específicos como troca de arquivos e suporte
esquerda: domínio geográfico ou de 1º nível (indica o país técnico.
onde o domínio foi registrado  – .br indica que o registro WAP (Wireless Application Protocol): conjunto de proto-
aconteceu no Brasil), domínio de tipo ou 2º nível (indica a colos que define um ambiente semelhante à web, mas que
natureza do domínio, ou tipo da instituição – .com mostra funciona em redes de aparelhos sem fio e em velocidades
fins comerciais) e nome da instituição ou 3º nível (mostra o mais baixas, como celulares e PDAs. O acesso à web é feito
nome adquirido – google). através de um browser miniatura que interpreta linguagem
WML ou XML, disponibilizada por alguns sites.
IDNA (Internationalizing Domain Names in Applica- NNTP (Network News Transfer Protocol): protocolo da
tions): nome de Domínio Internacionais em Aplicação é uma Internet para grupo de discussão, ou fórum. Especifica o
tecnologia que permite o registro de nomes de domínios modo de distribuição, busca, recuperação e postagem de
com caracteres permitidos na língua portuguesa (vogais informações usando um sistema de transmissão confiável.
acentuadas e a cedilha exclusivamente). O IDNA converte
uma URL com caracteres especiais em uma URL compreendia Protocolos da Camada de Transporte
pelo serviço DNS.
DHCP (Dynamic Host Configuration Protocol): protocolo Na camada de transporte atuam, basicamente, dois
de serviço da pilha de protocolos TCP/IP que configura de protocolos de suma importância: o TCP e o UDP. Têm como
forma dinâmica os terminais, concedendo endereços IP de responsabilidade dividir as mensagens em pacotes no com-
host e outros parâmetros de configuração para clientes de putador de origem, recebê-las e montá-las no computador
rede. É um protocolo sucessor do limitado BOOTP. de destino.

TCP UDP
(Transmission Control Protocol) (User Datagram Protocol)
Serviço orientado por conexão Serviço sem conexão
(é estabelecida uma sessão entre os hosts) (nenhuma sessão é estabelecida entre os hosts)
Garante a entrega através de confirmações e entrega sequen- Não garante e nem confirma a entrega dos dados
ciada dos dados
Numera os pacotes e garante sua entrega no destino; controla o Não numera os pacotes e não garante sua entrega no destino;
fluxo para que o destino não receba mais do que pode processar não controla o fluxo e não dá falta por nenhum pacote extraviado
É confiável, porém mais lento Não é confiável, porém é rápido
Usado em quase todos os serviços: páginas, email, transferência Usado em situações de menor prioridade, como músicas e
de arquivos vídeos, VoIP

Protocolos da Camada de Rede atribuição a operadores se esgote é de Outubro de 2010,


o que mostra que a implantação do IPv6 era inevitável.
IPv4 (Internet Protocol): é um dos mais importantes Como os endereços IPv6 usam agora 128 bits em sua
protocolos da pilha TCP/IP. Sua função é criar meios para que construção, são escritos em 8 grupos de 4 dígitos hexadeci-
as informações trafeguem pela estrutura física das redes, mais cada, separados por dois pontos (:), como estes:
facilitando a decisão do melhor caminho a ser tomado pela
mensagem para a chegada ao destino. 8000:0000:0000:0000:0123:4567:89AB:CDEF
O IP é o identificador numérico de um computador,
definindo um endereço de origem e outro de destino para Como os endereços IPv6 possuem muitos bytes usando
cada pacote entregue pela camada de transporte. Cada o valor 0 (zero), duas otimização dos números podem ser
computador conectado à Internet possui um número que o realizadas:
identifica na rede. Ele deve ser único para que as informações • zeros podem ser omitidos no início do grupo. Assim,
possam chegar até este computador. Este endereço pode ser 0123 pode ser escrito como 123.
estático (fixo) ou dinâmico. • grupos com 4 bytes usando o valor 0 (zero) podem ser
As informações são enviadas para a camada física em omitidos, e substituídos por um par de dois pontos.
pacotes que têm o endereço do remetente, do destinatário
e o tempo de vida do pacote. O IP é um protocolo de ende- IPSec (IP Security Protocol): é um protocolo da camada
reçamento e permite roteamento dos pacotes. de rede (ou camada 3) do modelo OSI. Outros protocolos de
O protocolo IP não garante a entrega dos pacotes no segurança como SSL e TLS trabalham da camada de trans-
destino. Essa função é do TCP. porte (camada 4) até a camada de aplicação (camada 7).
É uma variação do protocolo IP que visa fornecer privacidade
IPv6: é a versão mais atual do protocolo IP. Ele está sendo ao usuário (aumentando a confiabilidade das informações
Informática

implantado gradativamente na Internet e deve funcionar em fornecidas pelo usuário), integridade dos dados (garantindo
conjunto com o IPv4, numa situação temporária chamada que o mesmo conteúdo que chegou ao seu destino seja a
de “pilha dupla” ou “dual stack”. A longo prazo, o IPv6 deve mesma da origem) e autenticidade das informações ou
substituir o IPv4, que aceita criar cerca de 4 bilhões (4 x 109) identity spoofing (garantia de que uma pessoa é quem diz
de endereços, contra 3.4 x 1038 endereços do novo protocolo. ser), quando se transferem informações através de redes IP
A previsão para que todos os endereços livres do IPv4 para pela internet.

Openbook Apostilas 71
Noções Básicas Sobre a Pesquisa do [ iraque site:.gov ] somente retornará resultados de
sites com domínio .gov, enquanto [ iraque site:.iq ]
Google somente retornará resultados de sites iraquianos.
• Termos a serem excluídos (-) : Colocar um sinal de
Pesquisar é simples: basta digitar o que quiser na caixa
menos antes de uma palavra indica que o usuário
de pesquisa, pressionar Enter ou clicar o botão Pesquisar,
não deseja que apareçam nos resultados as páginas
e o Google pesquisará na web conteúdos relevantes para
que contenham essa palavra. O sinal de menos deve
a pesquisa.
aparecer imediatamente antes da palavra, precedida
Na maioria das vezes, o usuário encontrará exatamente
por um espaço. Por exemplo, na consulta [ couve‑flor ]
o que procura fazendo uma consulta básica (a palavra ou
o sinal de menos não será interpretado como um
frase pesquisada). Porém, as dicas a seguir poderão ajudá‑lo
símbolo de exclusão, enquanto que a consulta [ couve
a obter o máximo das suas pesquisas. No artigo, serão usados
-flor ] pesquisará por ocorrências de “couve” em sites
colchetes [] para assinalar uma consulta de pesquisa, por-
que não apresentem a palavra flor. O usuário poderá
tanto [ Preto e branco ] é uma consulta, enquanto [ preto ]
excluir quantas palavras desejar, usando o sinal – antes
e [ branco ] são duas consultas distintas.
de todas, como, por exemplo [ universal -studios -canal
-igreja ]. O sinal – pode ser usado para excluir mais do
Algumas Noções Básicas que palavras. Por exemplo, coloque um hífen antes
do operador “site:” (sem espaço) para excluir um site
• Todas as palavras são importantes. Geralmente, todas específico dos resultados de pesquisa.
as palavras inseridas na consulta serão usadas. • Preenchimento de espaços (*) : O asterisco * ou
• As pesquisas nunca diferenciam o uso de maiúsculas caractere curinga é um recurso pouco conhecido que
e minúsculas. Uma pesquisa sobre [new york times ] pode ser muito útil. Se o usuário incluir o * em uma
gera os mesmos resultados que uma pesquisa sobre consulta, o Google considerará o asterisco como um
[ New York Times ]. espaço reservado para termos desconhecidos e ten-
• Geralmente, a pontuação é ignorada, incluindo tará encontrar os resultados que melhor correspon-
@#$%^&*()=+[]\ e outros caracteres especiais. derem. Por exemplo, a pesquisa [ Google * ] retornará
resultados sobre muitos dos produtos Google (vá para
Para garantir que as pesquisas do Google retornem os a página seguinte, e para a seguinte -- nós temos di-
resultados mais relevantes, existem algumas exceções às versos produtos). A consulta [ * ganhou oscar de * ]
regras citadas acima. Mesmo os usuários mais avançados, retornará resultados sobre diferentes ganhadores do
como os membros do grupo de pesquisa do Google, utilizam Oscar. Observe que o operador * funciona somente
os recursos avançados de pesquisa em menos de 5% do com palavras completas, e não com partes de palavras.
tempo. Geralmente, a pesquisa básica é suficiente. • Pesquisa exata (+) : O Google emprega sinônimos
• Pesquisa de frase (“”) : Ao colocar conjuntos de pala- automaticamente, de maneira que sejam encontradas
vras entre aspas, o usuário estará dizendo ao Google páginas que mencionem, por exemplo, “catavento” nas
para procurar exatamente essas palavras, nessa consultas por [ cata vento ] (com espaço), ou prefeitura
mesma ordem, sem alterações. O Google já utiliza a de Porto Alegre para a consulta [ prefeitura de poa ].
ordenação e o fato de palavras estarem juntas como No entanto, às vezes o Google ajuda um pouco além da
um forte sinal e desviará desse padrão somente por um conta, fornecendo um sinônimo quando o usuário não
bom motivo. Portanto, as aspas são desnecessárias. o deseja. Colocar um sinal + antes de uma palavra, sem
A insistência na pesquisa de frases poderá fazer com deixar um espaço entre o sinal e a palavra, o usuário
que o usuário não tenha acesso a bons resultados. Por estará informando ao Google que está procurando por
exemplo, uma pesquisa por [ “Pedro Cabral” ], entre resultados idênticos ao que digitou. Colocar palavras
aspas, excluirá páginas que possam se referir a Pedro entre aspas também funcionará do mesmo modo.
Álvares Cabral. • O operador OR : Por padrão, o Google considera todas
• Pesquisa em um site específico (site:) : O Google as palavras em uma pesquisa. Se o usuário deseja que
permite que se especifique de qual site deverão sair qualquer uma das palavras pesquisadas retornem
os resultados de pesquisa. Por exemplo, a  consulta resultados, poderá usar o operador OR (observe que o
[ iraque site:estadao.com.br ] retornará páginas sobre usuário precisará digitar OR em LETRAS MAIÚSCULAS).
o Iraque, mas somente dentro do site estadao.com.br. Por exemplo, [ campeão brasileiro 1994 OR 2005 ]
As consultas mais simples [ iraque estadao.com.br ] retornará resultados sobre qualquer um desses anos,
ou [ iraque Estadão ] geralmente funcionarão com a enquanto [ campeão brasileiro 1994 2005 ] (sem OR)
mesma eficiência, ainda que possa haver resultados mostrará páginas que incluam ambos os anos na mesma
de outros sites que mencionem o Estadão. Também página. O símbolo | pode substituir OR. A propósito,
é possível especificar um tipo de site, por exemplo, o operador AND é o padrão; portanto, não é necessário.

Resumo dos Principais Operadores de Pesquisa

Função (operador) Exemplo Descrição


“sorvete de morango” Busca pelo termo completo, exatamente como aparece
Pesquisa exata “aspas” ou (+)
sorvete+de+morango entre as aspas (com a expressão)
Mostra resultados para sorvete sem o termo morango (sem
Exclusão de termos (-) sorvete -morango
as palavras)
Informática

sorvete morango OR cho- Procura por sorvete com quaisquer dos dois termos, moran-
Busca alternativa (OR)
colate go ou chocolate (com qualquer uma das palavras)
Curingas (*) “receitas de * com morango” Permite trocar o * por qualquer palavra na busca
Pesquisa em site específico Busca por sorvete no site da Globo. site:com (sem espaço)
sorvete site:globo.com
(site:) procuraria em todos os sites .com

72 Openbook Apostilas
Busca por tipo de arquivo
sorvete filetype:pdf Procura por sorvete apenas em arquivos do tipo pdf
(filetype:)
Busca na URL (inurl:) inurl:wiki Busca por sites que tenham o termo wiki em sua URL
Busca no título (intitle:) intitle:wiki Busca por sites que tenham o termo wiki em seu título
Busca por conceitos (define:) define:sorvete Busca pela definição de sorvete em sites da internet
Visualizar página em cache cache:www.google.com. Mostra a página do Google armazenada no cache com o
(cache:) br gmail termo gmail destacado
Links para sites (link:) link:globo.com Lista sites que possuam links para a página indicada
Páginas similares (related:) related:cespe.unb.br Lista sites que sejam similares ao indicado
Informações sobre sites info:www.globo.com Mostra informações sobre o site

O uso desses operadores pode ser feito também, de e o nome da sua cidade ou seu código postal. A  maioria
forma simplificada, usando a Pesquisa Avançada do Google. das consultas não necessitam de operadores avançados ou
sintaxes incomuns. A simplicidade é eficaz.
Exceções • Pense em como a página que você busca foi escrita
Um mecanismo de pesquisa não é um ser humano,
A pesquisa raramente é absoluta. Os mecanismos de pes- é um programa que combina as palavras pesquisadas
quisa utilizam uma variedade de técnicas para imitar como com páginas da web. Use as palavras com maior pos-
as pessoas pensam e para aproximar seu comportamento. sibilidade de aparecer na página. Por exemplo, em vez
Consequentemente, a maioria das regras têm exceções. Por de dizer [ minha cabeça dói ], diga [ dor de cabeça ],
exemplo, a consulta [ to be or not to be ] (em inglês) não porque esse é o termo usado em uma página sobre
será interpretada pelo Google como uma consulta que uti- medicina. A consulta [ em que país os morcegos são
lize o operador OR, e sim, como uma expressão conhecida. considerados prenúncio de boa sorte? ] é bastante cla-
O Google mostrará resultados matemáticos [ 34 * 87 ] em vez ra para uma pessoa, mas o documento que responde
de utilizar o operador para “preencher espaços em branco”. a essa pergunta pode não ter essas palavras. Em vez
Ambos os casos seguem a óbvia intenção da consulta. disso, use a consulta [ morcegos são considerados boa
sorte em ] ou até mesmo [ morcegos boa sorte ], já
Exceções para a regra “Todas as palavras são que é o que a página certa irá dizer.
importantes” • Descreva o que você precisa com o menor número
de termos possível. O  objetivo de cada palavra em
• Palavras de uso comum, como “a”, “um” e “de” geral- uma consulta é aumentar o seu foco. Como todas as
mente são ignoradas, porque são conhecidas como “stop palavras são usadas, cada palavra adicional limita o
words” ou palavras de parada. Também há exceções número de resultados. Se a limitação for demasiada,
nessa exceção. A pesquisa [ a fazenda ] provavelmente informações úteis serão perdidas. A maior vantagem
estará se referindo ao programa de TV, enquanto que de começar com um número menor de palavras‑chave
a consulta [ fazenda ] provavelmente estará buscando é que, se o usuário não encontrar o que busca, os re-
informações sobre o Ministério da Fazenda. O Google sultados provavelmente indicarão quais palavras adi-
não irá ignorar o termo “a” na primeira pesquisa. cionais serão necessárias para refinar seus resultados
• Sinônimos poderão substituir algumas palavras em sua na próxima pesquisa. Por exemplo, [ tempo cancun ] é
consulta original. (Como adicionar o + antes de uma uma forma simples de encontrar informações sobre o
palavra desativa sinônimos). tempo e é provável que forneça melhores resultados
• Uma palavra específica pode não aparecer em uma pá- do que [ previsão do tempo para cancun méxico ].
gina de resultados se ficar comprovado que a página é • Escolha palavras descritivas. Quanto mais específica for
relevante. A comprovação poderá vir de uma análise do a palavra, maior será a chance de obter resultados re-
idioma que o Google faz ou de outras fontes. Por exem- levantes. Palavras que não são muito descritivas, como
plo, a consulta [visão aérea do Maracanã] trará imagens “documento”, “website”, “empresa” ou “informação”,
aéreas de páginas que não apresentem a palavra “aérea”. geralmente não são necessárias. Porém, lembre‑se de
que se a palavra tiver o significado correto, mas não for a
A pontuação não é ignorada mais usada pelas pessoas, ela poderá não corresponder
às páginas que o usuário busca. Por exemplo, [ toques
• Pontuações existentes em termos comuns, com signifi- de celebridades ] é uma pesquisa mais descritiva e
cados específicos, como [C++ ] ou [ C# ], que são nomes específica do que [ sons de celebridades ].
de linguagens de programação, não são ignoradas.
• O sinal de cifrão ($) é usado para indicar preços. [nikon Resultados da pesquisa no Google
400 ] e [ nikon $400 ] trará resultados diferentes.
• O hífen – poderá ser usado como sinal de que as duas
palavras unidas por ele têm forte relação. No entanto,
isso somente ocorrerá se não houver um espaço antes
e depois de -. Nesse caso, significará que se trata de
um sinal negativo.
• O caractere de sublinhado _ não será ignorado quando
conectar duas palavras. Ex.: [ quick_sort ]. Título: a primeira linha de qualquer resultado da pes-
quisa é o título da página da web. Clicar no título acessa a
Dicas para aperfeiçoar as pesquisas página da web.
Informática

Snippet: abaixo do título, há uma descrição dessa página


Mantenha a simplicidade. Se estiver procurando por da web, que pode incluir um trecho real do texto. Os termos
uma empresa em particular, insira apenas o nome ou a parte de pesquisa aparecerão em negrito para que o usuário decida
dele que o usuário souber. Se estiver procurando por um mais facilmente se a página contém o que a busca desejava.
conceito, lugar ou produto específico comece pelo nome. No URL: o endereço da página da web relativa a cada resul-
caso de estar buscando uma pizzaria, insira apenas “pizza” tado é exibido em verde.

Openbook Apostilas 73
Em cache: o Google rastreia a web e obtém imagens ins- • Mapas :: Digite o nome ou código postal dos EUA de
tantâneas de cada página. Ao clicar em Em cache, o usuário um local e a palavra “mapa”. Exibiremos um mapa
terá acesso à versão da página exibida no momento da última dessa região. Se o usuário clicar no mapa, acessará
indexação. O link “Em cache” não estará disponível para sites uma visualização ampliada no Google Maps.
que não tenham sido indexados ou para qualquer site cujo
conteúdo, a pedido do proprietário, não tenha sido indexado mapa Brasília
pelo Google.
Similares: clicar em Similares mostrará outros websites • Refinamentos de consulta – Operador de adição (+) ::
relacionados ao mesmo resultado. O Google ignora palavras e caracteres comuns como
Resultados secundários: quando o Google encontra vá- onde, o/a, como e outros dígitos e letras que afetam o
rios resultados do mesmo website, o resultado mais relevan-
te é listado em primeiro lugar e as outras páginas relevantes desempenho da pesquisa sem melhorar os resultados.
desse site são relacionadas abaixo. Se encontrados mais Se uma palavra comum for essencial para obter os resul-
de dois resultados no mesmo site, os resultados restantes tados desejados, coloque o sinal “+” antes dessa palavra.
poderão ser acessados ao clicar no link Mais resultados de.
Resultados integrados: a tecnologia de pesquisa do Google queijo + goiabada
busca as informações mais relevantes em todos os tipos de
conteúdo da Internet, e por isso seus resultados podem incluir • Preencha a lacuna :: Às vezes, a melhor maneira de fazer
imagens, mapas, vídeos, artigos de notícias, livros e muito mais. uma pergunta é deixar que o Google “preencha a lacuna”
Resultados marcados com uma estrela: um resultado adicionando um asterisco (*) como parte da sentença ou
de pesquisa específico pode ser salvo pelo usuário ao clicar pergunta que deseja fazer à caixa de pesquisa do Google.
em . Quando tiver feito login na sua Conta do Google,
o usuário verá seus resultados marcados com estrela sempre Isaac Newton descobriu*
que fizer pesquisas iguais ou semelhantes.
Pré‑visualizações do Instant: clicar no ícone de lupa • Rastreamento de pacotes :: O usuário pode acompa-
ao lado do resultado da pesquisa mostra uma prévia da nhar os pacotes digitando o número de rastreamento
página antes de clicar no resultado. do seu pacote UPS, Fedex ou USPS (correio america-
no) diretamente na caixa de pesquisa. Os resultados
Outros Recursos de Pesquisa incluirão links rápidos para acompanhar o status do
envio com facilidade.
A página de pesquisas do Google inclui um botão cha-
mado Estou com sorte (I’m Felling Lucky). 1Z9999W99999999999
• Definições de dicionário :: Para ver a definição de uma
palavra ou frase, digite a palavra “definir”, coloque um
espaço e, em seguida, a palavra desejada. Para obter
Quando um usuário clica esse botão, será levado direta- uma lista com diferentes definições de várias fontes
mente para o primeiro resultado de pesquisa, ignorando a on‑line, digite “definir:” seguido por uma palavra ou
página completa de resultados. A ideia é que, se um usuário está frase. Os resultados definirão a frase inteira.
“com sorte”, o motor de pesquisa irá abrir de imediato a página
desejada sem ter que procura‑la nos resultados da pesquisa. Definir pescar
Além de fornecer acesso fácil a bilhões de páginas da
web, o Google tem muitos recursos especiais para ajudar • Corretor ortográfico :: O software de correção ortográfica
o usuário a encontrar exatamente o que está procurando. do Google verifica automaticamente se a sua consulta usa
Alguns dos recursos mais populares estão listados abaixo. a ortografia mais comum de uma determinada palavra.
• Meteorologia :: Para ver a previsão do tempo de mui- Se o programa considerar que o usuário provavelmente
tas cidades dos EUA e do mundo todo, digite “tempo” teria melhores resultados com uma ortografia alternati-
seguido pela cidade e pelo estado, pelo CEP dos EUA
ou pela cidade e pelo país. va, fará a pergunta “O usuário quis dizer: (ortografia mais
comum)?”. Clique na ortografia sugerida para iniciar uma
pesquisa do Google para esse termo.
Tempo Brasília
imobiriaria
• Calculadora :: Para usar a função de calculadora inte-
grada do Google, basta inserir o calculo que o usuário • Pesquisa local :: Se o usuário estiver procurando uma loja,
gostaria que fosse feito na caixa de pesquisa. um restaurante ou alguma outra empresa local, poderá
pesquisar pela categoria da empresa e pelo local. Retor-
(5*9)+3= naremos os resultados na lateral direita da página, junto
• Conversão de unidades :: O usuário pode usar o com um mapa, comentários e informações de contato.
Google para converter diferentes unidades de medida
de altura, peso e massa, entre outras. Basta inserir a pizzaria Rio de Janeiro
conversão desejada e pesquisar.
• Horários de exibição de filmes :: Para encontrar co-
mentários e horários de exibição de filmes perto de o
10,5 cm em pol usuário, digite “filmes” ou o nome de um filme atual na
caixa de pesquisa do Google. Se sua localização já tiver
Informática

• Conversão de moeda :: Para usar o nosso conversor de


sido salva em uma pesquisa anterior, o primeiro resulta-
moeda, basta inserir a conversão que o usuário gostaria
de fazer na caixa de pesquisa do Google e forneceremos do de pesquisa mostrará horários de cinemas próximos
a resposta diretamente na página de resultados. de o usuário que estão exibindo o filme escolhido.

250 libras em reais Filmes Rio de Janeiro

74 Openbook Apostilas
Internet Explorer 11

1. Área de Trabalho

Seguindo a tendência minimalista dos demais navegadores, a interface (janela, área de trabalho, sessão) do Internet
Explorer está bastante enxuta – alguns de seus recursos foram removidos ou agrupados para dar mais espaço às páginas
e aos serviços web. Com essas mudanças, o Internet Explorer 9 é o browser com maior espaço para as páginas web ④,
dando ao navegador sua real função: a de palco de teatro, não a de espetáculo*.

2. Barra de Título • Clicar e manter pressionado um desses botões mos-


tra um menu com atalhos para os dez últimos sites
acessados na guia atual e para o Histórico, a ser usado
caso o site desejado não se encontre nessa relação.
• Quando um atalho de site fixado na Barra de Tarefas
do Windows (Pinned Site) é aberto, um ícone o re-
presenta ao lado do botão Voltar e a cor dos botões
é alterada para o tom predominante desse ícone (o
botão Home fica indisponível).

2.2 Sites Fixos (Pinned Sites)

Podem ser abertos diretamente da Barra de Tarefas do


Windows 7 – sem ter que abrir o Internet Explorer antes.
Para fixar um site pode‑se clicar no ícone à esquerda do
endereço da web na barra de endereços, na guia do site ou
2.1 Voltar e Avançar
o ícone do site na página nova guia e, em seguida, arrastá‑lo
Os botões Voltar (ALT+ ←) e Avançar (ALT+ →) ② re- para a Barra de Tarefas. Uma vez que um site é fixado, ele
tornam e avançam para páginas visitadas anteriormente. aparece como sua própria miniatura, separado do Internet
Explorer. Cada site fixado na Barra de Tarefas tem uma Lista
Os  botões 1permitem recuar ou avançar, de Atalhos (Jump List).
de maneira linear, nas páginas que foram abertas no IE. Alguns mostrarão tarefas especiais do site, como contro-
Informática

• Funcionam de forma independente para cada aba. les de visualização em miniatura (tocar ou pausar um vídeo);
• O comando Voltar ficou maior por ter sido identificado sobreposições de ícone, que fornecem informações sobre
como o botão mais utilizado pelos internautas. o status de um site, como o número de novas mensagens
na caixa de entrada. Fixando um site, ele estará no centro
*
http://info.abril.com.br/downloads/windows/internet‑explorer-9.
da experiência, não o navegador.

Openbook Apostilas 75
2.3 Barras de Endereços Ⓐ e Pesquisa Ⓑ integradas –
One Box (F4) que estará disponível no lugar do botão Atualizar
Ⓔ, o site será carregado na guia atual – ALT+ENTER abre o
Permite digitar o endereço do site que se deseja visitar site digitado em nova guia e SHIFT+ENTER abre a primeira
e, pressionando a tecla ENTER ou clicando‑se o botão Ir página sugerida na guia atual.

Basta o usuário começar a digitar na barra de endereços 2.3.1 Realce de domínio


➀ qualquer texto que não seja uma URL válida ou se o texto O Internet Explorer 8 é o primeiro navegador a fornecer
começa com as palavras “pesquisar,” “encontrar,” “ir” ou realce de domínio, para que o usuário sempre saiba ime-
um ponto de interrogação e o Internet Explorer recomenda diatamente qual site está visitando. Com o realce de domí-
automaticamente sites ② (Sites Sugeridos, que podem ser nio, o usuário pode interpretar URLs com mais facilidade,
abertos com o pressionamento de SHIFT+ENTER), termos de ajudando‑o a evitar sites enganosos, que tentam levá‑lo para
pesquisa com base nos sites que o usuário mais visita ③, endereços errados. É mais fácil identificar os sites visitados
em seus favoritos ④ ou nos termos de pesquisa populares com o realce de domínio porque o nome do domínio na barra
⑤. Sites sugeridos não funcionam em janelas de Navegação de endereço é exibido de forma destacada, em preto, com o
InPrivate. restante da URL aparecendo em cinza mais claro.

2.4 Modo de Exibição de Compatibilidade Ⓓ enquanto a página é carregada, interromper; depois de


carregada, atualizar.
O conjunto de botões pode ocupar o lado esquerdo
da barra de endereços: clicar com o botão direito o botão
Atualizar / Exibir os botões Parar e Atualizar antes da Barra
de endereços.
O Modo de Exibição de Compatibilidade ajuda a me- F5, CTRL + R ou CTRL + F5, menu Exibir / Atualizar, ou
lhorar a aparência dos sites desenvolvidos para navega- ainda no menu de contexto das guias Atualizar e Atualizar
dores mais antigos quando exibidos no Internet Explorer. Tudo, são opções para a ativação do comando Atualizar.
Às vezes, um site que o usuário está visitando não tem a
aparência que se espera. Podem estar faltando imagens, 2.6 Interromper (ESC) Ⓔ
os menus podem estar fora do lugar e o texto pode estar
todo amontoado. Isso pode ser causado por um problema
de compatibilidade entre o Internet Explorer e o site visita-
do. Quando um site é incompatível com o Internet Explorer,

o botão Modo de Exibição de Compatibilidade aparece Interrompe o carregamento do sítio mostrado na guia
na barra de endereços. Ativando o Modo de Exibição de atual. Não interrompe downloads de arquivos em janelas
Compatibilidade, a página da Web que está sendo exibida diferentes da atual, nem desconecta o computador da In-
é recarregada e será mostrada como se estivesse usando ternet ou fecha a janela do navegador.
uma versão anterior do Internet Explorer. A opção de menu Exibir / Parar também permite a
ativação do comando Interromper.
2.5 Atualizar (F5) Ⓔ
Caso haja processo de download em execução no acesso

acima referido, o  uso do botão permite que esse


processo seja interrompido.

Recarrega (refresh, refresca) a página atual usando, 2.7 Abas (guias, separadores de molduras) ➑
quando possível, arquivos da pasta de Arquivos da Internet
Informática

Temporários, o que faz a página ser exibida mais rapida- O Internet Explorer é um browser que permite acessar
mente. Os comandos Atualizar, Interromper e Ir comparti- mais de um site da Internet em uma mesma sessão de usos.
lham um único botão na extremidade direita da barra de A  navegação por abas caracteriza‑se pela possibilidade
endereços, que muda de acordo com a necessidade do de abrir várias páginas na mesma janela do navegador da
usuário: enquanto se digita na barra, exibe‑se o botão ir; Internet.

76 Openbook Apostilas
2.8.2 Exibir favoritos, feeds e histórico (ALT+C) – Central
de Favoritos
De forma semelhante às versões anteriores do navegador,
clicar o botão com formato de estrela ➋ exibe uma janela
suspensa apresentando três guias com listas de atalhos
2.7.1 Nova Guia (CTRL + T) armazenados pelo usuário e pelo navegador, para acesso
Cria uma nova guia, pronta para navegação, mais à futuro facilitado:
direita da última guia aberta, mostrando uma página local • Favoritos (CTRL+I) Ⓐ  – Atalhos para páginas web
(about:Tabs). Essa nova guia apresenta as seguintes opções: armazenados em arquivo HTML, criados pelo usuário
• clicar um dos dez atalhos para as páginas mais aces- (páginas preferenciais).
sadas pelo usuário, exibidas na forma de um mosaico, • Feeds (CTRL+G) Ⓑ – Atalhos para pastas com resumos
onde um ícone, a cor principal de cada site e barras de novidade de conteúdos atualizados em servidores
com o grau de atividade de cada uma delas (muito web, criados pelo usuário.
ativo, ativo, menos ativo) facilitam a identificação de • Histórico (CTRL+H) Ⓒ – Atalhos para as páginas web
cada site; acessadas pelo usuário nos últimos 20 dias, registradas
• remover um dos atalhos para sites frequentemente pelo próprio navegador.
usados, que será substituído por outro;
• reabrir uma guia fechada recentemente, disposta em
uma lista;
• reabrir a última sessão de navegação.
• iniciar navegação InPrivate.

Para abrir uma nova janela do Internet Explorer, já se


estando em uma janela desse aplicativo, é suficiente pres-
sionar simultaneamente as teclas CTRL+N.
Para abrir uma nova guia quando segue‑se um link
em uma página da Web, deve‑se pressionar a tecla CTRL
enquanto o link é clicado ou clicar com o botão direito do
mouse no link e clicar em Abrir na Nova Guia. Se um mouse
com scroll está sendo usado, pode‑se clicar em um link com
o scroll para abri‑lo em uma nova guia.
Quando uma nova guia é aberta, o IE11 pode exibir a
primeira home page definida pelo usuário. Para isso, deve‑se
clicar no menu Ferramentas / Opções da Internet, clicar na
guia Geral / Guias / Guias. Na caixa de diálogo Configura- O botão Adicionar a Favoritos Ⓓ permite, por meio de
ções de Navegação com Guias, clicar na lista em Quando caixa de diálogo mostrada, acrescentar à lista de Favoritos
uma nova guia é aberta, abrir: clicar em Sua primeira home um atalho para a página atual através da utilização da janela
page e, em seguida, clicar em OK duas vezes. Outras opções ilustrada abaixo (CTRL + D). É possível atribuir um nome ao
disponíveis são Uma página em branco e, o padrão, A página atalho e gravá‑lo em uma pasta existente ou criar uma nova.
da nova guia. A seta ao lado do botão (ALT + Z) permite Adicionar à Barra
de Favoritos, Adicionar Guias Atuais a Favoritos..., Importar
e Exportar e Organizar Favoritos (criar novas pastas, arrastar
2.8 Início, Central de Favoritos e Ferramentas
atalhos para elas).
Para acessar sites favoritos ainda mais rapidamente,
é possível salvá‑los na Barra de Favoritos. Basta clicar no bo-
tão Favoritos , clicar a seta para baixo ao lado de Adicionar
a Favoritos e selecione Adicionar à Barra de Favoritos. Todo
atalho criado nessa pasta será exibido na Barra de Favoritos,
abaixo da barra de endereços, quando solicitada sua exibi-
ção, clicando‑se com o botão direito na barra de título e, no
Com a simplificação do visual da área de trabalho do IE11, menu de contexto, Barra de Favoritos. Essa tarefa pode ser
apenas três botões de função são exibidos na extremidade
direita da tela, logo após a última guia aberta e o botão Nova facilitada usando‑se o botão , da Barra de Comandos.
Guia – eles abrigam as funções mais úteis do navegador, de
uso mais frequente. 2.8.2.1 Feeds
Exibe a lista dos sites cadastrados para receber atualiza-
ções de conteúdo de forma prática e rápida.
Informática

2.8.1 Início (ALT+HOME) RSS é uma tecnologia que começou a ser desenvolvida
Quando clicado o botão Início ➊, carregam‑se todas as em 1999 pela Netscape com o nome de Rich Site Summary
páginas iniciais (máximo oito) definidas pelo usuário, a partir (RSS 0.91) e hoje é amplamente utilizada como Really Simple
da guia atualmente selecionada. Não é possível configurar Syndication (RSS 2.0). Permite a criação e envio de arquivos
páginas iniciais com recursos desse botão. (chamados Feeds, ou alimentadores) em linguagem RSS e

Openbook Apostilas 77
Atom, baseados em XML, contendo resumos de informa-
ções atualizadas disponibilizadas por um sítio nos formatos pelos sítios, onde o botão fica ativo (muda de cinza
de texto, áudio (podcasting) ou vídeo. Esses arquivos serão para laranja) e permite fácil inscrição. Alternativamente,
enviados, sempre que disponíveis, ao usuário que se inscre- deve‑se procurar por outros ícones dentro da página, como
va nesse serviço, evitando visitas constantes ao sítio para ou . Inscreva‑se no RSS do MTE (por exemplo,
manter‑se informado. Um gerenciador de correio eletrônico incluindo o endereço http://www.mte.gov.br/imprensa/rss/
ou um software chamado Agregador (leitor RSS) recebe RSSdoMTE.xml ao seu agregador) e resumos das últimas
automaticamente os arquivos enviados por todos os sítios notícias lhe serão enviadas assim que publicadas. Se forem
onde o usuário se cadastrou. O  IE11 apresenta um leitor do seu interesse, clicar neles para ser levado ao sítio, onde
RSS integrado e monitora o fornecimento da tecnologia RSS a notícia completa estará disponível.

Quando um site de notícias, como o PCIConcursos, des- primeiros duzentos caracteres da novidade, por exemplo,
cobre um edital novo lançado por algum órgão ou prefeitura é  criado e armazenado em arquivo .XML, normalmente
ele é copiado e deve ser publicado no site www.pciconcursos. na forma de texto, e armazenado numa pasta especial do
com.br na forma de uma novidade ①, a ser consultada pelos servidor web ③. Vários destes feeds (alimentadores) são
visitantes do site. criados, um para cada novidade do site, e aguardam a visita
De forma automatizada, um resumo ② contendo os dos usuários.

Usando o IE11, um usuário acessa a página inicial do Clicar no cabeçalho do Feed levará o usuário até o site
servidor da PCI e percebe que o botão Feeds, antes sem cor, da PCI onde a novidade completa, postada anteriormente,
estará disponível para leitura de forma completa. Para
Informática

se acende e torna‑se laranja ④: é um sinal do navegador ao


usuário que o site oferece a tecnologia de RSS Feeds para sua receber os resumos das novidades desse site com maior
consulta e inscrição. Clicar o botão laranja trará o conteúdo facilidade, basta assinar seu Feed – copiar um atalho para a
pasta FEEDS da PCI e deixá‑lo pronto para uso na guia Feeds
da pasta FEEDS da PCI para o leitor de RSS Feeds embutido da Central de Favoritos. Isso é sinônimo de realizar a inscrição
no IE11 ⑤ para que o usuário defina se o conteúdo real- ou assinatura nos Feeds da PCI. Para isso, o botão Assinar
mente o interessa. este Feed na página mostrada ou na Central de Favoritos.

78 Openbook Apostilas
Feed é um conteúdo frequentemente atualizado e Rastreamento se refere à maneira como sites, provedo-
publicado por um sítio. O recurso RSS (Rich Site Summary res de conteúdo terceirizados, anunciantes e outros ficam
ou Really Simple Syndication) é uma forma simplificada sabendo sobre o modo como o usuário interage com sites.
de apresentar o conteúdo de um sítio, permitindo, por Eles podem, por exemplo, monitorar as páginas que o usuário
exemplo, que o usuário receba notícias do MTE em tem- visita, os links em que o usuário clica e os produtos que o
po reala. É uma forma de agregar notícias e blogs por meio usuário compra ou avalia. Isso ajuda esses sites a oferecer
de assinatura. conteúdo personalizado como anúncios ou recomendações,
Podcasting é uma forma de publicação de arquivos de mas também significa que a sua atividade de navegação está
mídia digital que permite aos usuários acompanhar a sua sendo coletada e, muitas vezes, compartilhada com outras
atualização. empresas.
O recurso Proteção contra Rastreamento ajuda a evi-
tar que as informações de navegação sejam enviadas a
provedores de conteúdo terceirizados nos sites visitados,
bloqueando o conteúdo desses provedores. Isso ajuda
a manter sua atividade de navegação mais privada. Para
Web Slices: conteúdos ou porção específica de uma ativar a Proteção contra Rastreamento, é preciso instalar
página da Web que o usuário pode monitorar por meio de uma Lista de Proteção contra Rastreamento. Uma Lista de
assinatura, que permite saber quando um conteúdo atuali-
Proteção contra Rastreamento é como um aviso de “não
zado (como a temperatura atual ou a alteração do preço de
um leilão) está disponível nos sites favoritos. perturbe”. O Internet Explorer bloqueia todo o conteúdo
Após a assinatura do Web Slice, ele será exibido como um de terceiros proveniente dos sites dessa lista e limita as
link na barra de Favoritos. Quando o Web Slice for atualizado, informações que esses sites de terceiros podem coletar
o link na barra Favoritos será exibido em negrito. O usuário sobre o usuário.
pode, então, clicar no link para visualizar o conteúdo atua­ Enviar uma solicitação Do Not Track não garante a
lizado. Quando um Web Slice estiver disponível em uma proteção da sua privacidade. Alguns sites podem respeitar a
página da Web, aparecerá o botão do Web Slice na barra de solicitação, mas outros podem continuar realizando ativida-
Comandos. O botão Web Slice também irá aparecer na página des que o usuário consideraria rastreamento mesmo depois
da Web, próximo ao conteúdo que está disponível quando de o usuário ter expressado sua preferência. Tudo depende
esse conteúdo for apontado com o mouse. das práticas de privacidade de cada site.
2.8.2.2 Histórico
Exibe a lista dos atalhos para os sites visitados pelo usuá- 3. Barra de Comandos
rio (criados pelo IE8), facilitando o acesso a eles. Por padrão
são armazenados todos os sítios visitados nos últimos vinte 3.1 Home
dias (três semanas). Este valor pode ser alterado com nú-
meros entre 0 e 999. É possível pesquisar dentro dos sítios
visitados e excluí‑los, usando opções disponíveis no menu
Ferramentas / Opções da Internet / Geral / Histórico de Na-
vegação. Com essa ação, os sítios deixarão de ser sugeridos
na barra de endereços até que uma nova visita seja feita.
Durante a navegação, o pressionamento da imagem do
2.8.3 Ferramentas botão mostra as páginas definidas como iniciais em abas
separadas, na ordem em que foram configuradas. A pequena
seta ao lado da imagem do botão permite visualizar apenas
Informática

2.8.3.1 Do Not Track
Quando o recurso Do Not Track está ativado, o Internet uma das páginas iniciais na aba atual, adicionar, alterar e
Explorer envia uma solicitação Do Not Track aos sites que o remover páginas iniciais.
usuário visita e a terceiros cujo conteúdo está hospedado ALT + HOME mostra as páginas iniciais e ALT + M ativa
nesses sites para informar a eles que o usuário prefere não as opções da seta do botão.
ser rastreado. Exibir / Ir Para / Home Page.

Openbook Apostilas 79
3.2 Feeds e Web Slices (ALT+J) 3.5.1 Excluir Histórico de Navegação...

O IE11 procura feeds e Web Slices em cada página da Arquivos de Internet Temporários são arquivos (ele-
Web visitada. Quando encontra feeds disponíveis, o botão mentos gráficos, pequenos aplicativos) e informações que
passa de cinza a laranja e emite um som. Se encontrar Web o IE armazena no computador, incluindo uma lista de sites
Slices, o botão muda para o botão do Web Slice. visitados, cookies, informações digitadas em formulários
da Web, senhas de site e outras informações salvas tem-
3.3 Ler Email porariamente. Um programa navegador na Internet pode
armazenar uma cópia dos itens acessados recentemente.
A vantagem desse procedimento é permitir acelerar a visão
novamente desses itens. A desvantagem é o gasto de espaço
de armazenamento.
Excluir regularmente o histórico de navegação ajuda a
Abre o cliente de email padrão, substituindo algumas proteger a privacidade, especialmente se o usuário estiver
funções do botão Correio do IE6. usando um computador compartilhado ou público. O usuário
pode configurar o Internet Explorer para excluir seu histórico
3.4 Página (ALT+G) toda vez que o usuário fechar uma sessão de navegação ou
excluir manualmente todos os arquivos de internet tempo-
rários, usando o menu Ferramentas/Opções da Internet/
Geral, ou atalho de teclado CTRL SHIFT+DEL.

3.5.2 Filtro do SmartScreen


Conjunto de botões que permite ativar, de forma prática,
comandos disponíveis em alguns menus  – Arquivo (Nova
janela, Salvar como, Enviar Página por Email, Enviar Link por
Email, Editar com), Editar (Recortar, Copiar, Colar) e Exibir
(Zoom, Tamanho da fonte, Codificação, Exibir Código‑Fonte).
Ajuda a detectar sites de phishing, fraude online, sites
3.4.1 Salvar como...: armazena o conteúdo completo ou
falsos e sites que distribuem softwares mal‑intencionados
apenas o HTML da página atual.
ou malwares, que são programas que manifestam compor-
3.4.2 Editar com...: copia o conteúdo da página atual para
tamento ilegal, viral, fraudulento ou mal‑intencionado.
uma pasta temporária e abre o HTML em um editor padrão.
Não é possível republicar o conteúdo modificado. Se o usuário visitar um site e acreditar que o SmartScreen
3.4.3 Enviar por email: abre o gerenciador de correio deve avisá‑lo no futuro, poderá relatar o site para a Microsoft.
Para isso, deve clicar o botão Ferramentas , apontar para
eletrônico padrão e inclui o link da página atual ou Segurança e escolha Relatar Site Não Seguro, ou através do
seu conteúdo completo por email em uma janela de botão Segurança/Filtro SmartScreen.
nova mensagem.
3.5.3 Navegação InPrivate
3.4.4 Navegação por Cursor
Em vez de usar um mouse para selecionar texto e mo-
ver‑se pela página da Web, o usuário pode usar as teclas de
navegação padrão do teclado – HOME, END, PAGE UP, PAGE
DOWN e as teclas de seta. Esse recurso é chamado Navega-
Navegadores da Web podem ser configurados para não
ção por Cursor e é conhecido como o sinal de intercalação
registrar os registros (logs) de navegação ou para excluí‑los
ou – cursor – que aparece quando se edita um documento.
automaticamente. Esse tipo de ação dificulta o exame de
A Navegação por Cursor pode ser ativa usando a tecla informações acerca de sítios web visitados a partir de de-
F7, no menu Exibir/Navegação por cursor ou Ferramentas/ terminado sistema.
Opções da Internet/Avançado/Acessibilidade/Habilitar Na-
Caso se Deseje, na Sessão de Uso do Ie, Dar Início a uma
vegação por Cursor para novas janelas e guias.
Navegação Inprivate, Buscando Evitar, Dessa Forma, Deixar
3.5 Segurança (ALT+S) Vestígios nos Arquivos de Armazenamento do Ie Acerca de
Informações Referentes a Sítios Visitados, é Correto o Uso
da Opção Navegação Inprivate, que Pode Ser Selecionada a
Partir do Menu Ferramentas.
Quando o usuário navegar usando a Navegação InPriva-
te, o Internet Explorer armazenará algumas informações,
Informática

como cookies e arquivos de Internet temporários, de forma


Conjunto de botões que permite ativar, de forma prática, que as páginas da Web visitadas funcionem corretamente.
comandos disponíveis no menu Ferramentas relacionados Entretanto, no final da sessão da Navegação InPrivate, es-
à segurança e privacidade da navegação – Navegação InPri- sas informações são descartadas. Esse modo de navegação
vate, Filtro do SmartScreen, Excluir Histórico de Navegação, permite, então, que o usuário navegue na Web sem deixar
Filtragem InPrivate, Windows Update. vestígios, impedindo que qualquer outra pessoa que possa

80 Openbook Apostilas
estar usando o computador veja quais páginas foram visita- podem ter sua visualização limitada ou bloqueada, de acordo
das e o que foi procurado na Web. com configuração do usuário.
O modo de navegação InPrivate impede que o IE ar- Nesse navegador, é  possível habilitar bloqueador de
mazene informações sobre os websites visitados. No entanto, pop‑ups. O Internet Explorer fornece alguns recursos que
é possível que os websites visitados ainda tenham registros ajudam a proteger a privacidade e a tornar o computador e
da visita do usuário. Além disso, os  arquivos e favoritos as informações de identificação pessoal mais seguras, como,
salvos no computador serão mantidos após o fechamento por exemplo, alertas de privacidade que informam quando o
da janela anônima. usuário está tentando acessar um sítio que não atende aos
critérios das configurações de privacidade.
Durante a navegação na janela InPrivate, as barras de
ferramentas e extensões são desabilitadas por padrão, uma 3.6.2 Exibir Downloads
vez que poderiam armazenar informações sobre a navegação O Internet Explorer possui um modo integrado para o
do usuário sem controle do navegador. usuário acessar, monitorar e interagir com os arquivos que
No IE, com a ativação da opção Navegação InPrivate baixar: o Gerenciador de Download. Trata‑se de um único
no menu Segurança, informações da sessão de navegação, programa que lhe permite ver o status dos downloads,
tais como cookies, arquivos de Internet temporários e fornece informações sobre eles serem, possivelmente,
histórico, são excluídas quando o IE é fechado. Para ativar perigosos ou não, oferece uma ampla gama de verificações
a Navegação InPrivate, pode‑se usar o botão Segurança e, de segurança nos arquivos baixados e mostra ao usuário a
em seguida, clicar em Navegação InPrivate ou simplesmente localização final dos downloads.
pressionar CTRL+SHIFT+P. O Gerenciador de Download está integrado à pasta de
download do Windows. É um modo fácil de interagir com
3.5.4 Filtragem ActiveX os downloads de arquivos, o  que significa que o usuário
O ActiveX é uma tecnologia inserida em muitos dos prin- pode classificar, imprimir ou enviar seus downloads para
cipais sites para aprimorar sua experiência de navegação. Ele outro local, da mesma forma que faria com outros arquivos.
pode ser usado para ações como reproduzir vídeos, exibir Também é possível usar o Gerenciador de Download para
animações e visualizar determinados tipos de arquivos. controlar seus downloads, inclusive tudo desde executar ou
Entretanto, o  ActiveX também pode representar riscos à abrir arquivos até pausar ou cancelar downloads. O usuário
segurança e tornar seu computador lento. pode até excluir downloads do Gerenciador de Download.
Os controles ActiveX e os complementos do navegador da
Web são pequenos programas bastante usados na Internet. 3.6.3 Gerenciar Complementos
Eles permitem que o usuário use barras de ferramentas,
barras de cotação de ações, podem reproduzir áudio, vídeo
ou mostrar imagens em uma página da Web. Entretanto,
às vezes, esses programas podem funcionar mal ou fornecer
conteúdo indesejado.
Browsers como Mozilla Firefox, Google Chrome ou
Em alguns casos, esses programas podem ser usados
Microsoft Internet Explorer podem ser customizados, adi-
para coletar informações, danificar informações e instalar
cionando‑se novas funcionalidades, por meio de extensões,
software em seu computador sem o consentimento do também denominadas add‑ons.
usuário ou permitir que outra pessoa controle o computador O Internet Explorer 9.0 permite que sejam instaladas
remotamente. Esses controles podem ainda exercer impacto extensões que acrescentem funcionalidades ao navegador.
sobre o desempenho, a segurança e a confiabilidade do In- Complementos, são aplicativos usados pelo Internet Ex-
ternet Explorer. Com a Filtragem ActiveX, é possível navegar plorer para interagir com conteúdo da Web como vídeos e jo-
pela Web com esses controles desativados. Quando o usuário gos, também conhecidos como controles ActiveX, extensões
exibe uma página da Web que tenha Controles ActiveX, parte do navegador, objetos auxiliares ou barras de ferramentas
do conteúdo dessa página pode ser desabilitada. do navegador, os quais podem melhorar a experiência de
navegação em um site habilitando conteúdo, como anima-
3.6 Ferramentas (ALT+T) ções de alta qualidade. No entanto, alguns complementos
também podem funcionar incorretamente ou exibir conte-
údo indesejado, como anúncios pop‑up.
Os complementos podem ser identificados, habilita-
dos, desabilitados e localizados através do menu Ferramentas /
Conjunto de botões que permite ativar, de forma práti- Gerenciar complementos ou Gerenciar complementos
ca, comandos disponíveis em alguns menus – Ferramentas no Botão Ferramentas. A janela mostrada permite também
(Opções da Internet, Bloqueador de Pop‑ups, Gerenciar configurar Provedores de Pesquisa, Aceleradores e Proteção
Complementos, Configurar o Modo de Exibição de Compa- contra Rastreamento.
tibilidade), Arquivo (Trabalhar Offline), Exibir (Tela Inteira, Nem todos os complementos podem ser removidos.
Barras de Ferramentas e Barras do Explorer). Alguns deles são necessários ao funcionamento correto do
Internet Explorer e do computador.
3.6.1 Bloqueador de pop‑up
3.6.3.1 Acelerador
Informática

Pop‑up é pequena janela do navegador que aparece


sobre a página em exibição, geralmente, assim que se entra Cria um link instantâneo para executar tarefas como abrir
em um site e quase sempre é criada por anunciantes. Pop‑ups um endereço físico em um site de mapeamento da Web,

Openbook Apostilas 81
tradução ou pesquisa quando uma palavra ou frase em uma 5.2 Proteção Contra Click‑Jacking
página da Web é realçada. O usuário também pode esco-
lher os serviços da Web ou sites que os Aceleradores usam Click‑jacking é uma ameaça online em que a página
para executar vários tipos de tarefas. O Internet Explorer é de um invasor faz com que o usuário clicar em conteúdo
fornecido com uma seleção de Aceleradores incluídos por mal‑intencionado, apresentando‑o como conteúdo legítimo.
padrão, mas o usuário pode adicionar outros ou removê‑los Por exemplo, uma página da Web legítima pode ser oculta
como desejar. como um “quadro” dentro de uma página mal‑intencionada.
Para usar um Acelerador, basta selecionar um trecho de Ao clicar nela, na verdade, o usuário está clicando em outras
locais: comprando algo do site, alterando algumas configu-
texto da página e clicar no botão para exibir uma lista rações do seu navegador ou computador ou visualizando
de Aceleradores. Se o usuário passar o ponteiro do mouse anúncios pelos quais os criminosos cibernéticos são pagos.
sobre cada Acelerador, terá uma visualização de informações O Internet Explorer permite que os desenvolvedores de sites
ou conteúdo. Em muitos casos, a visualização trará o que protejam seus sites desses tipos de ataques, evitando que
o usuário procura, como a definição ou tradução de uma páginas legítimas sejam “enquadradas”.
palavra. Caso contrário, clicar em Acelerador e em Internet
Explorer para abrir o serviço da Web usando o texto que o 5.3 Dashboard de Desempenho
usuário realçou.
Para gerenciar os Aceleradores disponíveis, clicar Esta ferramenta exibe em tempo real informações como
no botão Ferramentas / Gerenciar Complementos / Tipos taxa de quadros por segundo, uso de CPU e outras.
de Complemento / Aceleradores para exibir uma lista dos
Aceleradores atuais.

4. Barra de Notificações

A Barra de notificação é uma barra dourada e branca


exibida na parte inferior de uma página da Web contendo
informações sobre o status do navegador, de uma página da
Web ou de um download. Ela geralmente fornece ao usuário
uma ou mais ações que podem ser executadas, como Abrir
ou Salvar, e, em seguida, desaparece se o usuário navegar
Clicar em uma das quatro informações disponíveis mos-
para fora da página da Web. trará detalhes sobre ela no Dashboard, que pode ser posicio-
Essas notificações permitem uma navegação mais rápida nado em qualquer posição da área de trabalho do navegador
e fluida, exibindo informações sobre segurança, downloads,
Para acessar a ferramenta, o  usuário pode usar o
janelas pop‑up bloqueadas e outras atividades. No lugar de
menu Ferramentas ou a combinação de teclas CTRL+SHIFT+U.
caixas de diálogo sendo abertas inesperadamente na frente
do usuário, todas as mensagens de notificação são conso- 5.4 Modo de Exibição de Leitura
lidadas na Barra de Notificação, localizada na parte inferior
do quadro do navegador. O Internet Explorer no Windows 8.1 fornece um modo
de exibição de leitura para proporcionar uma experiência de
5. Recursos Diversos leitura de páginas da Web mais simplificada e semelhante à
leitura de um livro, sem a distração de conteúdo secundário
5.1 Filtro XSS (Cross‑Site Scripting) ou não relacionado na página. O modo de exibição de leitura
é um modo do Internet Explorer na nova interface de usuário
Os ataques de scripts entre sites tentam explorar vul- do Windows que, quando disponível para uma determinada
nerabilidades nos sites que o usuário visita. Em um ataque página, pode ser ligado ou desligado no modo de exibição
desse tipo, o usuário poderá clicar em um link e ser dire- Alternar para o botão do modo de exibição de leitura / Sair
cionado a um site legítimo comprometido com conteúdo do modo de exibição de leitura (ícone do livro) na barra de
endereços (ou com CTRL+SHIFT+R).
mal‑intencionado, que pode capturar os toques nas teclas
e registrar seu login e senha. Esses ataques surgiram como Esse recurso não tem suporte no IE11 no Windows
uma dominante ameaça online. 7 ou no Internet Explorer para a área de trabalho no Win-
O Internet Explorer inclui um filtro Cross‑Site Scripting dows 8.1.
(XSS), que pode detectar esses tipos de ataques e desativar
5.5 Sincronizando Dispositivos
scripts danosos, impedindo que sites mal‑intencionados
roubem as informações pessoais do usuário durante visita A sincronização de guias e configurações do usuário no
a sites confiáveis. Os níveis de segurança mais altos podem IE11 no Windows 8.1 permite que os usuários possam tran-
proteger de hackers e ataques na Web. O filtro XSS perma- quilamente ver e interagir com o site em seus dispositivos.
nece ativado por padrão para ajudar a protegê‑lo. Os novos recursos de sincronização do IE11 no Windows 8.1
O Filtro XSS analisa como os sites interagem e, quando
Informática

foram projetados com base na alternância entre dispositivos.


reconhece um ataque em potencial, ele bloqueia automati- Quando um usuário sai de um dispositivo, todas as guias
camente a execução do código de script. Se isso acontecer, abertas, com exceção das guias Navegação InPrivate, são
o usuário verá uma mensagem na Barra de notificação in- sincronizadas por meio dos servidores Microsoft OneDrive;
formando que a página da Web foi modificada para ajudar portanto, elas são prontamente disponibilizadas quando o
a proteger sua privacidade e segurança. usuário abre o IE em outro dispositivo.

82 Openbook Apostilas
Projeto Mozilla 1.7. Limpar tudo sobre este site: disponível nos menus
de contexto do painel Histórico e da janela Biblioteca, per-
O projeto Mozilla traduz-se numa comunidade global mite remover todos os dados de um site que constem nos
de pessoas que acreditam que a abertura da rede, inovação registros do Firefox, incluindo histórico, cookies e senhas
e oportunidade são elementos-chave para a continuidade memorizadas.
de uma Internet saudável. O projeto Mozilla foi criado em
1998 com a liberação do código-fonte do browser Netscape, 1.8. Novo autocompletar: ao digitar no campo de en-
que foi destinado a aproveitar o poder criativo de milhares dereço, são sugeridas páginas do histórico ou dos favoritos.
de programadores na internet e foi um incentivo sem pre- A relevância do resultado baseia-se em acessos anteriores
cedentes para a inovação no mercado de navegadores. No ao endereço. O Firefox 3 localiza pelo título ou endereço das
primeiro ano, novos membros da comunidade ao redor do páginas. A pesquisa pode ser feita por várias partes de um
mundo já tinham contribuído para novas funcionalidades, endereço, separando-as com espaço.
para melhorar os recursos existentes, e se envolveram na
gestão e no planejamento do projeto em si.
Ao criar uma comunidade aberta, o projeto Mozilla havia
se tornado maior do que qualquer empresa. Os membros
da comunidade se envolveram e expandiram o escopo do
projeto original: em vez de apenas trabalhar com o próximo
navegador Netscape, as  pessoas começaram a criar uma
variedade de navegadores, ferramentas de desenvolvimento
e uma série de outros projetos. Pessoas contribuíram para 1.9. Criando e editando favoritos: é possível adicionar
o Mozilla de diferentes maneiras, mas todo mundo estava a página visitada aos favoritos clicando na estrela do lado
apaixonado pela criação de softwares livres que permitiriam direito do endereço. Quando uma página salva nos favoritos
que as pessoas pudessem escolher como experimentariam é aberta, a estrela muda de cor. Clicar nela permite editar as
a Internet. propriedades ou removê-la dos favoritos.

Mozilla Firefox 3
Mozilla Firefox é um navegador livre e multiplataforma,
desenvolvido pela Fundação Mozilla com ajuda de centenas
de colaboradores. A intenção da fundação é desenvolver um
navegador leve, seguro, intuitivo e altamente extensível.

1. Novidades
1.1. Filtro para sugestão de endereços: para procurar
por um endereço que está nos favoritos, o  usuário pode 1.10. Biblioteca: substitui o gerenciador de favoritos das
digitar o filtro * no campo de endereços. O Firefox vai su- versões anteriores (Favoritos > Organizar favoritos). Engloba
gerir apenas os itens dos favoritos. Os outros filtros são: ^ favoritos e histórico; backup mais fácil (há um menu dedi-
histórico, + tags, # título da página, @ endereço, ~ endereços cado a essa função); propriedades de favoritos podem ser
que foram digitados. modificadas rapidamente; pastas de pesquisa – salva uma
pesquisa de forma permanente como uma pasta.

1.2. Botão na barra de abas: para abrir uma aba,


foi adicionado um botão do lado direito da última aba. Outra
mudança é que a barra de abas aparece mesmo quando há
apenas uma página aberta. Isso pode ser modificado pela
janela de preferência, painel Abas.

1.3. Reabrir janela: reabre uma janela com todas as suas


abas (menu Histórico > Reabrir janela ou CTRL+SHIFT+N).

1.4. Abas destacáveis: arrastar uma aba para fora da barra


de abas abre uma nova janela e a aba será movida para ela.
1.11. Navegação: os botões Voltar e Avançar foram
Mover uma aba para a barra de abas de outra janela a moverá
unificados. O  histórico das páginas recentes está reunido
para lá (menu de contexto da aba > Abrir em nova janela).
em uma única lista.
1.5. Navegação privativa: quando o Firefox está nesse
1.12. Novo memorizar senha: a janela Deseja memorizar
modo (Ferramentas > Iniciar navegação privativa), nenhum
esta senha foi removida. Agora o Firefox exibe os botões na
rastro da navegação é armazenado, incluindo histórico,
barra de notificação no topo da página. Isso permite ignorar
cookies e arquivos temporários.
a pergunta sem clicar em nada e o usuário pode memorizar
Informática

a senha só depois que o login tiver ocorrido.


1.6. Limpeza de dados pessoais com mais controle:
é possível remover os dados de navegação armazenados
pelo Firefox apenas de um determinado período, como, por
exemplo, apenas das últimas 4 horas (Ferramentas > Limpar
histórico recente).

Openbook Apostilas 83
1.13. Proteção contra download de malware: sites 1.14. Verificação de plugins e extensões: o Firefox 3
que reconhecidamente distribuem programas espiões são desativa versões que contém falhas de segurança tanto de
bloqueados pelo Firefox. É  um complemento à proteção plugins (como o Java) quanto de extensões do Firefox.
existente contra sites fraudados, que agora não exibe mais
o conteúdo da página, apenas o aviso de bloqueio.

1.15. Atualização segura: extensões sem suporte a um


método seguro de atualização são desativadas e não podem
ser instaladas.

2. Interface (Área de Trabalho)

3. Barra de Menus
Informática

84 Openbook Apostilas
Informática

Openbook Apostilas 85
4. Ferramentas / Opções
Informática

86 Openbook Apostilas
Informática

Openbook Apostilas 87
GOOGLE CHROME 11
O Google Chrome é um navegador multiplataforma (Windows, Linux, Mac OS) desenvolvido pela Google a partir de
setembro de 2008, com base em componentes de código aberto como o motor de renderização WebKit (baseado em
KHTML) e sua estrutura de desenvolvimento de aplicações (Framework). Em menos de três anos de uso, o Google Chrome
já é o terceiro browser mais usado do mundo, atrás apenas do Internet Explorer e Mozilla Firefox. Em janeiro de 2011,
cerca de 14% dos usuários de Internet do mundo mantinham o Google Chrome como seu browser principal. Está disponível
gratuitamente sob condições de serviço específicas, usa licenças BSD, LGPL e a Google V8 JavaScript Engine, um recurso de
compilação de Javascript de código fonte aberto desenvolvido pela Google. O nome do navegador deriva do termo usado
para a frame da interface gráfica do usuário em navegadores (“chrome”).

1. Interface (Área de trabalho)

2. Principais Características
2.1. Velocidade: segundo a própria Google, o Chrome é inicializado mais rapidamente, carrega páginas usando a tecno-
logia de mecanismo de renderização de código aberto WebKit e executa aplicativos da web mais rapidamente, usando o
mecanismo V8 para conseguir melhor aproveitamento de gráficos 3D e com aceleração de hardware. Para dar velocidade às
pesquisas do usuário, pode‑se usar a própria barra de endereços que, combinada a recursos de pesquisa com funcionalidade
de preenchimento automático, é chamada OmniBox e ajuda a obter os resultados esperados com menos toques de tecla.
2.2. Navegação segura: com a tecnologia “Navegação segura” ativada no Google Chrome, caso encontre um site suspeito
de conter phishing ou malware durante a navegação na web, o usuário receberá uma página de aviso como a página abaixo.
Informática

88 Openbook Apostilas
2.3. Validação de autenticidade: ajuda a impedir que um cookies criados durante a navegação no modo de navegação
malware se instale no computador ou use o que acontece em anônima são excluídos depois de fechada a janela anônima.
uma guia do navegador para afetar o que acontece na outra. Quando estiver navegando no modo anônimo, é possível ver
O processo de validação de autenticidade adiciona uma ca-
mada complementar de segurança ao navegador por meio
da proteção contra páginas da web maliciosas que tentam o ícone do modo de navegação anônima no canto
instalar programas no computador, monitorar atividades na da página.
web ou roubar as informações confidenciais do disco rígido. A navegação no modo de navegação anônima é parti-
cularmente útil, já que é uma maneira fácil de navegar na
2.4. Atualizações automáticas: garante que a versão do web de maneira privada sem a necessidade de alterar suas
Google Chrome seja automaticamente atualizada com os configurações de privacidade novamente entre as sessões
últimos recursos de segurança e correções, sem que seja de navegação.
necessária qualquer ação por parte do usuário.
2.6. Preferências de privacidade: é possível controlar
2.5. Navegação no modo anônimo: permite que as visitas todas as preferências de privacidade do Google Chrome na
a sites ou downloads não sejam registrados no histórico do caixa de diálogo “Opções”, na seção “Privacidade” localizada
navegador e no histórico de downloads. Além disso, todos os na parte superior da guia “Configurações avançadas”.

2.7. Chrome Web Store: mercado online no qual o usuário pode descobrir milhares de aplicativos, extensões e temas
interessantes usando a caixa de pesquisa ou navegando em diferentes categorias. Cada item da loja tem sua própria página,
na qual o usuário pode ler e contribuir com comentários e avaliações.

3. Opções de Menus

Informática

Openbook Apostilas 89
4. Configurações
Informática

http://www.google.com/chrome/intl/pt‑BR/more/index.html
http://en.wikipedia.org/wiki/Google_Chrome

90 Openbook Apostilas
Indicadores de Segurança do Site ça válido para o URL que você está tentando acessar. Certi-
ficados inválidos podem indicar que alguém está tentando
Quando você se conecta a um site, o  Google Chrome adulterar sua conexão com o site.
pode mostrar detalhes sobre sua conexão e alertar se não
for possível estabelecer uma conexão totalmente segura com
o site. Saiba mais sobre as configurações de segurança do Ícone O que significa?
Google Chrome. O certificado do site é válido, e sua identidade
foi confirmada por uma autoridade de terceiros
Veja se o site está usando uma conexão segura (SSL) confiável.
O site não forneceu um certificado ao nave-
Se você estiver digitando informações pessoais confi- gador.  Isso é normal em sites HTTP comuns
denciais em uma página, procure um ícone de cadeado à
esquerda do URL do site, na barra de endereço, para verifi- (procure o ícone    na barra de endereço),
car se o site utiliza SSL. SSL é um protocolo que fornece um pois, geralmente, os certificados são fornecidos
túnel criptografado entre seu computador e o site que você apenas se o site utilizar SSL.
está visualizando. Os sites podem usar SSL para evitar que O Google Chrome detectou problemas com o
terceiros interfiram no tráfego das informações pelo túnel. certificado do site.  Você deve prosseguir com
atenção porque o site pode estar fingindo ser
Ícone O que significa? outro site para persuadi‑lo a compartilhar infor-
mações pessoais ou confidenciais.
O site não está usando SSL. A maioria
dos sites não precisa usar SSL porque não Sua conexão com o site
lida com informações confidenciais. Evite O Google Chrome informa se sua conexão é totalmente
digitar informações confidenciais, como criptografada. Se sua conexão não for segura, terceiros
nomes de usuários e senhas, na página. poderão visualizar ou adulterar as informações que você
O Google Chrome estabeleceu uma fornecer no site.
conexão segura com o site. Procure esse
ícone e verifique o URL se for solicitado
que você faça login no site ou que digite Ícone O que significa?
informações pessoais na página. O Google Chrome estabeleceu uma conexão
Se o site utilizar um certificado EV‑SSL segura com o site que você está visualizando.
(Extended Validation SSL), o  nome da
organização também aparecerá em Sua conexão com o site não está criptografa-
verde ao lado do ícone. Certifique‑se da. Isso é normal em sites HTTP comuns (procu-
de que o navegador esteja configurado re o ícone   na barra de endereço).
para  Verificar revogação do certificado
do servidor a fim de identificar sites com Sua conexão com o site está criptografada,
certificados EV‑SSL. mas o Google Chrome detectou conteúdo mis-
to na página.  Tenha cuidado caso você esteja
O site usa SSL, mas o Google Chrome digitando informações nessa página. O  conte-
detectou conteúdo não seguro na pá- údo misto pode fornecer uma brecha para al-
gina.  Tenha cuidado caso você esteja guém manipular a página. Esse conteúdo pode
digitando informações confidenciais consistir de imagens, vídeos ou anúncios de ter-
nessa página. O  conteúdo não seguro ceiros incorporados à página.
pode fornecer uma brecha para alguém Conteúdo misturado é especialmente perigoso
manipular a página. se você estiver conectado à internet por meio
O site usa SSL, mas o Google Chrome de uma rede sem fio pública, porque é mais fá-
detectou conteúdo não seguro de alto cil adulterar redes sem fio do que redes com fio.
risco na página ou problemas com o cer-
tificado do site. Não digite informações Histórico de visitas
confidenciais nessa página. Um certifica- Isso mostrará se você já visitou o site antes. No entanto,
do inválido ou outros problemas sérios se você limpar o cache e os cookies, o  histórico visitado
com https podem indicar que alguém também estará limpo.
está tentando adulterar sua conexão
com o site.
Ícone O que significa?
Ver mais detalhes sobre o site Se você visitou o site antes, é possível que você
confie nele.
Clique no ícone de   ou no ícone de cadeado para ver
Você nunca visitou o site antes. Essa mensagem
mais detalhes sobre a identidade do site, sua conexão e seu
é normal se você souber que isso é verdade. No
histórico de visitas ao site. entanto, se o site parecer familiar e você não
Informática

tiver apagado seu histórico de navegação recen-


Identidade do site temente, ele pode estar fingindo ser outro site.
Sites que usam SSL apresentam certificados de segurança Continue com cuidado.
ao navegador para confirmarem suas identidades. Qualquer
pessoa pode configurar um site fingindo ser outro site, mas http://www.google.com/support/chrome/bin/answer.
somente o site verdadeiro possui um certificado de seguran- py?answer=95617&hl=pt‑BR

Openbook Apostilas 91
Criar favoritos Convém usar o gerenciador de favoritos se você estiver
Os favoritos (chamados da mesma forma no Internet reorganizando os favoritos em pastas diferentes.
Explorer) permitem que você visite as suas páginas da web
prediletas com apenas um clique. A maneira mais fácil de Excluir favoritos
Encontre o favorito que você deseja remover na barra
criar um favorito da página atual é clicar no ícone   ao de favoritos ou no gerenciador de favoritos. Clique com o
lado da barra de endereço. botão direito do mouse (ou clique na tecla Control no Mac)
A opção de adicionar esta página aos favoritos está no item e selecione Excluir. Se você excluir uma pasta de
na barra de favoritos no topo da janela de seu navegador. favoritos, também excluirá todos os favoritos contidos nela.
Clique nos favoritos para abrir a página na janela do seu
navegador. Gerenciador de favoritos
Use o gerenciador de favoritos para organizar os seus
Personalize suas configurações de favoritos favoritos e pastas. Para abrir o gerenciador, siga estas etapas:
Quando você clicar no ícone   para criar um favorito,
uma minicaixa de diálogo aparecerá para confirmar a adição. 1. Clique no ícone de chave inglesa   na barra de
Personalize seu novo favorito na caixa de diálogo: ferramentas do navegador.
• Edite o rótulo do favorito no campo “Nome”. 2. Selecione Gerenciador de favoritos.
• Por padrão, o  favorito é colocado na sua pasta de
favoritos usada mais recentemente. Você pode usar Veja algumas dicas para usar o gerenciador:
o menu “Pasta” para escolher outro local. Os favoritos • Mover favoritos ou pastas: basta clicar no item que
podem estar apenas em uma pasta por vez. deseja mover e arrastá‑lo até o seu novo destino na
• Se você criou o favorito por acidente, clique em Re- lista de pastas à esquerda.
mover para desfazer a adição do favorito. • Editar o nome ou o endereço da web de um favorito
• Se você quiser ajustar o URL do favorito, clique em Edi- ou um nome de pasta: selecione o item que você de-
tar. Caso contrário, clique em Fechar para adicionar seja editar, clique no menu Organizar e selecione Edi-
o favorito. tar. Você também pode editar facilmente favoritos e
pastas a partir da barra de favoritos. Para isso, clique
Outras maneiras de criar favoritos com o botão direito do mouse no item em questão e
• Use os atalhos do teclado: Ctrl+D (Windows e Chrome selecione Renomear.
OS); ⌘-D (Mac) • Pesquisar favoritos: use a caixa de pesquisa na parte
• Importar favoritos de outros navegadores. Você pode superior para localizar rapidamente um favorito no
exportar favoritos de outros navegadores como arqui- gerenciador.
vos HTML e importá‑los para o Google Chrome. • Adicionar uma nova pasta de favoritos: na lista de
• Adicionar um favorito manualmente. Clique com o pastas à esquerda, clique com o botão direito no
botão direito do mouse (ou clique na tecla Control em local em que você deseja que a nova pasta resida e
um Mac) na barra de favoritos e selecione Adicionar selecione Adicionar pasta.
• Excluir um favorito ou uma pasta: clique com o botão
página.
direito do mouse no item e selecione Excluir.
• Arraste um link da página que você está visualizando
até a barra de favoritos para criar um favorito para
Barra de favoritos
o link.
A barra de favoritos contém todos os seus favoritos e as
• Arraste o ícone ao lado do URL na barra de endereço pastas de favoritos criadas no Google Chrome. Você pode
até a barra de favoritos para criar um favorito da encaixar a barra embaixo da barra de endereço, na parte
página atual. superior da janela do navegador, para facilitar o acesso aos
seus sites favoritos.
Localizar e editar favoritos
Encaixar a barra de favoritos
Localizar favoritos
Todos os seus favoritos e pastas de favoritos são coloca- 1. Clique no ícone de chave inglesa   na barra de
dos na barra de favoritos. Você pode encaixá‑la abaixo da ferramentas do navegador.
barra de endereço para facilitar o acesso. Para encaixar a 2. Selecione Ferramentas.
barra, siga estas etapas: 3. Selecione Sempre mostrar a barra de favoritos.
1. Clique no ícone de chave inglesa na barra de Você também pode usar os atalhos do tecla-
ferramentas do navegador. do Ctrl+Shift+B (Windows e Chrome OS) e ⌘-Shift‑B (Mac)
2. Selecione Ferramentas. para ativar ou desativar a barra.
3. Selecione Sempre mostrar a barra de favoritos.
Ocultar ou desencaixar a barra de favoritos
Você também pode usar o gerenciador de favoritos para Clique com o botão direito do mouse (ou clique na tecla
navegar pelos seus favoritos. Para abrir o gerenciador, cli- Control em um Mac) na barra de favoritos e desmarque Sem-
que no ícone de chave inglesa e selecione Gerenciador de pre mostrar a barra de favoritos. Quando a barra de favoritos
favoritos. estiver desencaixada, você sempre poderá encontrá‑la na
Informática

parte superior da página “Nova guia”.


Editar favoritos
Se a barra de favoritos estiver sendo exibida, clique com Gerenciar itens na barra de favoritos
o botão direito do mouse em um favorito na barra e sele- • Mover favoritos ou pastas: basta clicar no item que
cione Editar. A caixa de diálogo “Editar favoritos” aparece e você deseja mover e arrastá‑lo para seu novo destino
nela você pode ajustar o nome, o URL e a pasta do favorito. na barra.

92 Openbook Apostilas
• Adicionar um novo favorito ou pasta de favoritos: cli- tão para abri‑lo. Todos os arquivos dos quais você já fez o
que com o botão direito do mouse em qualquer lugar download estão listados na página Downloads.
na barra e selecione Adicionar página ou Adicionar Se estiver fazendo o download de um arquivo executável
pasta. (como arquivos com extensões .exe, .dll ou .bat), primei-
• Editar um favorito ou uma pasta: clique com o botão ro confirme o download clicando em  Salvar  na barra de
direito do mouse (ou clique na tecla Control em um downloads. Essa etapa ajuda a impedir que softwares ma-
Mac) no item que você deseja editar e selecione Reno- liciosos sejam automaticamente instalados no seu compu-
mear (se for uma pasta) ou Editar (se for um favorito). tador. Se não tiver certeza sobre o conteúdo do download,
• Excluir um favorito ou uma pasta: clique com o botão clique em Descartar.
direito do mouse no item e selecione Excluir.
Pausar ou cancelar um download
Importar ou Exportar Favoritos • Para pausar um download, acesse a página “Down-
loads” e clique no link Pausar do download. Clique
Importar favoritos do Firefox ou do Internet Explorer em Retomar quando estiver pronto para continuar o
Este recurso não está disponível no Chrome OS. download.
• Para cancelar um download por completo, clique na
1. Clique no ícone de chave inglesa   na barra de seta ao lado do botão arquivo na barra de downloads
ferramentas do navegador. e selecione Cancelar.
2. Selecione Opções (Preferências no Mac).
3. Clique na guia  Coisas pessoais  e encontre a seção Localizar o arquivo no seu computador
“Dados de navegação”. Para ver onde o arquivo está localizado no seu compu-
4. Clique em “Importe dados de outro navegador”. tador, clique na seta ao lado do botão do arquivo na barra
5. Na caixa de diálogo “Importar favoritos e configura- de downloads e selecione Mostrar na pasta.
ções” exibida, selecione o aplicativo que contém as
configurações que você deseja importar. Abrir automaticamente certos tipos de arquivos
6. Verifique se todas as caixas de seleção dos itens que
Se você quiser que certos tipos de arquivos sempre se-
você deseja importar estão marcadas.
jam abertos após o término do download, clique na seta ao
7. Clique em Importar.
lado do botão do arquivo na barra de downloads e selecione
Sempre abrir arquivos deste tipo. Para impedir que possíveis
Os favoritos de outro navegador aparecerão agora como
uma subpasta dentro da pasta “Outros favoritos” no final arquivos maliciosos sejam automaticamente baixados no seu
da barra de Favoritos. computador, essa opção não está disponível para tipos de
arquivos executáveis, como os que têm as extensões .exe,
Importe favoritos de qualquer navegador .dll ou .bat (para Windows) e .dmg (para Mac).
1. Exporte favoritos de qualquer navegador como um É possível limpar as configurações de abertura automá-
arquivo HTML e salve esse arquivo no computador. tica por meio da caixa de diálogo “Opções” (“Preferências”
2. Clique no ícone de chave inglesa na barra de ferra- no Mac). Veja como:
mentas do navegador no Google Chrome.
3. Selecione Gerenciador de favoritos. 1. Clique no ícone de chave inglesa   na barra de
4. No gerenciador, clique no menu Organizar. ferramentas do navegador. Usuários de Mac: caso não
5. Selecione Importar favoritos. veja o ícone de chave inglesa, vá até a barra de menus
6. Abra o seu arquivo HTML salvo. na parte superior da sua tela e clique em Chrome.
2. Selecione Opções (Preferências no Mac).
Os favoritos de outro navegador aparecerão agora como 3. Clique na guia Configurações avançadas.
uma subpasta dentro da pasta “Outros favoritos” no final 4. Na seção “Downloads”, clique em Limpar configura-
da barra de Favoritos. ções de abertura automática. Isso limpa as configu-
rações de todos os tipos de arquivo.
Exportar favoritos do Google Chrome 5. Clique em Fechar quando terminar, se estiver usando
1. Clique no ícone de chave inglesa na barra de ferra- o Windows ou o Linux.
mentas do navegador.
2. Selecione Gerenciador de favoritos. Alterar o local de download
3. No gerenciador, clique no menu Organizar. Você pode escolher um local no seu computador em
4. Selecione Exportar favoritos. que os downloads serão salvos por padrão ou escolher um
5. Escolha um local em que deseja salvar o arquivo ex- destino específico para cada download.
portado e clique em Salvar.
1. Clique no ícone de chave inglesa   na barra de
O Google Chrome exportará os seus favoritos como um
ferramentas do navegador.
arquivo HTML.
2. Selecione Opções (Preferências no Mac).
3. Clique na guia Configurações avançadas e role a tela
Fazer o download de um arquivo
para baixo até a seção “Downloads”.
– Para alterar o local de download padrão, clique em Al-
Informática

Os arquivos baixados aparecem na sua barra de do-


wnloads terar e selecione o local em que deseja salvar seus
Quando você faz o download de algo da web no Google arquivos.
Chrome, é possível observar o progresso do download na – Se você preferir escolher um local específico para cada
barra de downloads na parte inferior da sua guia. Quando download, marque a caixa de seleção “Perguntar onde
o download do arquivo é concluído, apenas clique no bo- salvar cada arquivo antes de fazer download”.

Openbook Apostilas 93
Locais de download padrão 2. Clique no link da janela pop‑up que você deseja ver.
Se você não alterou o local de download padrão, o Google 3. Para ver sempre os pop‑ups do site, selecione “Sempre
Chrome fará o download dos arquivos nos seguintes locais: mostrar pop‑ups de [site].” O site será adicionado à
• Windows XP:  \Documents and Settings\<nome do lista de exceções, que pode ser gerenciada na caixa
usuário>\Meus Documentos\Downloads de diálogo “Configurações de conteúdo”.
• Windows Vista:  \Usuários\<nome do usuário>\Do-
wnloads Permitir todos os pop‑ups
• Mac: /Usuários/<nome do usuário>/Downloads Você pode permitir todos os pop‑ups desativando o
• Linux: home\<nome do usuário>\Downloads bloqueador de pop‑up. Siga estas etapas:

Limpar histórico de download 1. Clique no ícone de chave inglesa  na barra de


Você pode remover alguns ou todos os downloads da

 
ferramentas do navegador.
lista de downloads mantida pelo Google Chrome. 2. Selecione Opções (Preferências nos sistemas opera-
Essa ação não remove os arquivos reais do seu computador. cionais Mac e Linux; Configurações no Chrome).
3. Clique na guia “Configurações avançadas”.
Remover itens específicos do seu histórico de download 4. Clique em Configurações de conteúdo na seção “Pri-
vacidade”.
1. Clique no ícone de chave inglesa   na barra de 5. Na seção “Pop‑ups”, selecione Permitir que todos os
ferramentas do navegador. sites mostrem pop‑ups”. Personalize as permissões
2. Selecione Downloads. de sites específicos clicando em Gerenciar exceções.
3. Clique em Remover da lista para o item que deseja
excluir. Verificar ortografia
Você digita rápido demais? O corretor ortográfico inte-
Limpar o histórico de download de um período maior grado do Google Chrome pode verificar automaticamente
sua ortografia em formulários da web e em campos de texto.
1. Clique no ícone de chave inglesa   na barra de
ferramentas do navegador. Ajustar as configurações do corretor ortográfico
2. Selecione Ferramentas.
3. Selecione Limpar dados de navegação. 1. Clique no ícone de chave inglesa   na barra de
4. Marque a caixa de seleção “Limpar histórico de do- ferramentas do navegador.
wnload”. 2. Selecione Opções (Preferências no Mac e Linux).
5. Use o menu na parte superior para selecionar a quan- 3. Clique na guia Configurações avançadas.
tidade de dados que deseja excluir. 4. Na seção “Conteúdo da web”, clique em Configura-
6. Clique em Limpar dados de navegação. ções de idiomas e do corretor ortográfico.
5. Na caixa de diálogo “Idiomas e entrada”, use a caixa
Ver histórico de downloads de seleção “Ativar o corretor ortográfico” para ativar
A página de downloads exibe uma lista cronológica de ou desativar o corretor ortográfico.
todos os arquivos que você já fez download. Siga estas etapas
para abrir a página de downloads: Se você desejar usar o corretor ortográfico, selecione na
lista o idioma que deseja usar e clique em Usar este idioma
1. Clique no ícone de chave inglesa   na barra de para a correção ortográfica, à direita. Se o idioma não estiver
ferramentas do navegador. listado, adicione‑o como um de seus idiomas preferidos.
2. Selecione Downloads. É possível que o idioma adicionado ainda não tenha um
dicionário de corretor ortográfico disponível. Nesse caso, não
Você também pode usar Ctrl+T (Windows, Linux e Chro- será possível verificar a ortografia nesse idioma.
me OS) e ⌘-Shift‑J (Mac) para abrir rapidamente a página
de downloads. Adicionar uma nova palavra ao dicionário
Para abrir um arquivo, basta clicar no nome dele. Para Se o corretor ortográfico continua sublinhando uma pala-
ver onde o arquivo está localizado no seu computador, clique vra que você utiliza com frequência, clique nela com o botão
em Mostrar na pasta. Se você tiver movido o arquivo da pasta direito e selecione Adicionar ao dicionário. No momento,
original, esse link não funcionará. não é possível remover uma palavra do dicionário.
Pop‑ups Desativar temporariamente o corretor ortográfico
O Google Chrome impede que os pop‑ups apareçam Você pode desativar temporariamente o corretor or-
automaticamente e poluam a sua tela. Sempre que o nave- tográfico para o campo em que está digitando. Siga estas
gador bloquear pop‑ups de um site, o ícone   aparecerá etapas:
na barra de endereço. Clique no ícone para ver os pop‑ups 1. Clique com o botão direito no campo de texto.
que foram bloqueados ou para gerenciar as configurações 2. Selecione Opções do corretor ortográfico.
de pop‑up do site. 3. Desmarque “Verificar a ortografia deste campo”.

Ver pop‑ups de um site específico Se você usa a web regularmente em vários idiomas,
Informática

Para ver os pop‑ups bloqueados de um site, siga estas é possível alternar com facilidade entre dicionários de idio-
etapas: mas diferentes enquanto digita.
1. Se os pop‑ups tiverem sido bloqueados, você verá o
Senhas de site
ícone   na barra de endereço. Clique no ícone para O Google Chrome pode salvar os seus nomes de usuá­rios
ver uma lista de pop‑ups bloqueados. e senhas para diferentes sites. O navegador poderá, então,

94 Openbook Apostilas
preencher os campos de login automaticamente, na próxima Visite novamente o site e você verá a solicitação para
vez em que você visitar esses sites. salvar as informações de senha novamente, caso você tenha
Essas senhas são armazenadas no mesmo sistema que permitido que o Google Chrome mostre a solicitação.
contém suas senhas salvas de outros navegadores. No Mac,
o Google Chrome utiliza o Keychain Access para armazenar Plug‑ins
suas informações de login. Os plug‑ins ajudam o navegador a processar tipos espe-
Todas essas senhas, incluindo as senhas salvas de outros ciais de conteúdo da web, como arquivos Flash ou Windows
navegadores, podem ser  sincronizadas  com sua Conta do Media.
Google, para que estejam disponíveis em outros computa- Usando  Windows, Mac ou Linux? O Google Chrome
dores que você for usar. suporta os plug‑ins mais populares, incluindo Adobe Flash
Player, Adobe Reader, Java, Windows Media Player, Real
Decida se você quer salvar senhas Player, QuickTime, e Microsoft Silverlight.
Usando o  sistema operacional do Google Chrome? O
1. Clique no ícone de chave inglesa   na barra de Google Chrome suporta Adobe Flash Player e PDF.
ferramentas do navegador.
2. Selecione Opções (Preferências nos sistemas opera- Instalar plug‑ins
cionais Mac e Linux; Configurações no Chrome). Se você permitir que sites usem plug‑ins e o Google
3. Clique na guia Coisas pessoais. Chrome detectar que está faltando um plug‑in para uma
4. Ajuste as suas configurações de senha na seção “Se- determinada página, na parte superior da página da web
nhas”: será solicitado que você instale esse plug‑in.
– Selecione “Oferecer salvar senhas” se quiser que Clique em Instalar plug‑in na mensagem. Alguns plug‑ins
o Google Chrome pergunte se você deseja salvar começam o processo de instalação fazendo o download de
sua senha sempre que fizer login em um novo site; um arquivo de instalação no seu computador. Para esses
– Caso contrário, selecione “Nunca salvar senhas” plug‑ins, confirme o download clicando em “Salvar” na
se não quiser que o Google Chrome salve as suas barra de downloads que aparece na parte inferior da janela
senhas. do navegador. Depois que o download tiver sido concluído,
reinicie o Google Chrome fechando todas as janelas abertas
Excluir senhas salvas para concluir o processo de instalação.

Bloquear plug‑ins
1. Clique no ícone de chave inglesa   na barra de
Todos os plug‑ins são permitidos por padrão(a menos que
ferramentas do navegador.
o Google Chrome detecte que eles estejam desatualizados).
2. Selecione Opções (Preferências nos sistemas opera-
Utilize a caixa de diálogo “Configurações de conteúdo” para
cionais Mac e Linux; Configurações no Chrome).
bloquear determinados plug‑ins. Siga estas etapas:
3. Clique na guia Coisas pessoais.
4. Clique em Mostrar senhas salvas para ver uma lista
de todos os nomes de usuários e senhas que foram 1. Clique no ícone de chave inglesa   na barra de
salvas. ferramentas do navegador.
– Usuários do Windows, do Linux e do sistema opera- 2. Selecione Opções (Preferências nos sistemas opera-
cional do Chrome: na caixa de diálogo “Senhas”, passe cionais Mac e Linux; Configurações no Chrome).
o mouse por cima do site cuja senha você deseja 3. Clique na guia “Configurações avançadas”.
remover e clique no “X” que aparece à direita. 4. Clique em Configurações de conteúdo na seção “Pri-
– Usuários do Mac: você pode remover suas senhas na vacidade”.
caixa de diálogo “Keychain Access”. 5. Na seção “Plug‑ins”, selecione “Bloquear todos”. Você
pode personalizar as permissões de sites específicos
clicando em Gerenciar exceções.
Você também pode usar a caixa de diálogo “Limpar da-
dos de navegação” para remover registros de senha salvos Permitir a execução de plug‑ins bloqueados
durante um período específico. Se optou por não permitir plug‑ins, você verá um ícone 
Altere as configurações de senhas para sites específicos  na barra de endereço sempre que uma página conti-
Se você decidir deixar o Google Chrome salvar senhas de ver plug‑ins bloqueados. Para ajustar as configurações de
sites, você verá uma solicitação sempre que fizer login em um plug‑ins para o site, clique no ícone:
novo site. Se você clicar em Nunca para este site quando da • Para sempre permitir plug‑ins em um site, clique
solicitação, sua senha para esse site não será salva e o site em Sempre permitir plug‑ins no menu que aparece
será adicionado à lista de exceções de senhas. e, em seguida, em Concluído. Será adicionada uma
É possível editar essa lista de exceções: exceção para o site.
• Para permitir plug‑ins no site apenas uma vez, clique
1. Clique no ícone de chave inglesa   na barra de em Executar todos os plug‑ins.
ferramentas do navegador. • Para gerenciar suas configurações de plug‑ins para o
2. Selecione Opções (Preferências nos sistemas opera- navegador, clique em Gerenciar o bloqueio de plug‑in.
cionais Mac e Linux; Configurações no Chrome).
Informática

3. Clique na guia Coisas pessoais. Plug‑ins desatualizados são bloqueados por padrão. Você


4. Clique em Gerenciar senhas salvas. verá uma mensagem na parte superior da página sempre
5. Na caixa de diálogo “Senhas”, desça a barra de rolagem que o navegador tiver bloqueado plug‑ins desatualizados
até a seção “Exceções”, na parte inferior. na página. Clique em  Executar desta vez, na mensagem,
6. Para remover um site desta lista, selecione‑o e clique para permitir que o plug‑in desatualizado seja executado
no “X” que aparece ao final da linha. (não recomendado).

Openbook Apostilas 95
Uma caixa cinza aparece na página em que o plug-in foi enviará a solicitação de tradução por SSL. Essa comunicação
bloqueado. com o serviço de tradução do Google é protegida pela Política
de Privacidade do Google.
Desativar plug-ins específicos O serviço de tradução do Google usa tradução automáti-
Você também pode desativar completamente plug-ins ca. Lembre-se de que a tradução automática atualmente não
específicos. Diferente dos plug-ins bloqueados, não será é tão precisa quanto a tradução humana. Portanto, o recurso
possível permitir que o plug-in seja executado em uma de- de tradução do Google Chrome pode ajudá-lo a entender a
terminada página. Quando você visitar uma página com um ideia principal da página e palavras soltas. Porém, ele pro-
plug-in desativado, a mensagem “Plug-in ausente” aparecerá vavelmente não poderá ajudá-lo com poesia ou páginas que
no lugar do plug-in. apresentam uma gramática complexa ou vocabulário técnico.
Para desativar os plug-ins, visite a página “Plug-ins”
em chrome://plugins/. Encontre o plug-in que gostaria de Pesquisar em uma página da web (barra Localizar)
desativar e clique em Desativar. Também é possível reativar Use a barra de localização para localizar uma palavra ou
plug-ins desativados nessa página. frase específica em uma página da web. Veja como:
Outra forma de chegar à página “Plug-ins” é clicando
em Desativar plug-ins individuais na seção “Plug-ins” da 1. Clique no ícone de chave inglesa na barra de
caixa de diálogo “Configurações de conteúdo”. ferramentas do navegador.
2. Selecione Localizar.
Barra de tradução 3. Digite o seu termo de pesquisa na barra de localização
Parlez-vous français? A barra de tradução integrada do que aparece no canto superior direito da página.
Google Chrome ajuda você a ler mais na web, independen- 4. Pressione Enter para pesquisar na página.
temente do idioma da página.
Procure a barra de tradução na parte superior da página Você também pode usar os atalhos do teclado Ctrl+F (Win-
sempre que encontrar uma página escrita em um idioma que dows, Linux e Chrome OS) e ⌘-F (Mac) para abrir rapida-
não faz parte dos seus idiomas preferidos para páginas da mente a barra Localizar.
web. Para traduzir a página, clique em Traduzir. Para dispen- O Google Chrome pesquisa automaticamente a página
sar a barra de tradução sem traduzir a página, clique em Não. enquanto você digita, destacando possíveis correspondên-
cias em amarelo. Você também pode ver rapidamente onde
Ative ou desative a barra de tradução todas as correspondências estão localizadas em uma página
As instruções abaixo se aplicam ao Google Chrome nos da web usando os marcadores amarelos na barra de rolagem.
sistemas operacionais Windows, Mac, Linux e Chrome.
Alterar tamanhos de texto, imagem e vídeo (zoom)
1. Clique no ícone de chave inglesa na barra de Como configurar o zoom da página para todas as pá-
ferramentas do navegador. ginas da web
2. Selecione Opções (Preferências nos sistemas opera- Você pode ajustar o tamanho de tudo nas páginas da web
cionais Mac e Linux; Configurações no Chrome). que visitar, incluindo textos, imagens e vídeos.
3. Clique na guia Configurações avançadas.
4. Use a caixa de seleção “Sugerir a tradução das páginas
1. Clique no ícone de chave inglesa na barra de
que não estão em um idioma que eu conheça” para
ferramentas do navegador
ajustar esse recurso.
2. Selecione Opções (Preferências nos sistemas opera-
cionais Mac e Linux; Configurações no Chrome OS).
Ajuste as configurações da barra de tradução
3. Clique em Configurações avançadas.
• Configure as páginas escritas em um idioma específico 4. Na seção “Conteúdo da web”, use o menu “Zoom de
para que sejam sempre traduzidas automaticamente. páginas” para ajustar o zoom.
Clique em Opções no final da barra de tradução e
selecione Sempre traduzir [idioma] para português. Como configurar o zoom na página atual
• Controle se a barra de tradução deve aparecer para Use as opções de zoom no menu de ferramentas para
sites e idiomas específicos. Clique em Opções no final tornar tudo em uma página da web maior ou menor.
da barra de tradução e selecione uma das seguintes
opções: 1. Clique no ícone de chave inglesa na barra de
– Selecione Nunca traduzir do [idioma] se você não ferramentas do navegador.
quer ver a barra para o idioma que está visualizan- 2. Encontre a seção “Zoom” no menu e escolha uma das
do. seguintes opções:
– Selecione Nunca traduzir este site se você não quer
– Clique em para aumentar tudo na página. Você
ver a barra nas páginas do site que está visitando.
também pode usar os atalhos do tecladoCtrl e + (Win-
• Clique com o botão da direita em qualquer página e
selecione Traduzir para o português, mesmo se você dows, Linux e Chrome OS) e ⌘ e + (Mac).
desativar a barra de tradução para um site ou idioma. – Clique em para diminuir tudo. Você também pode
usar os atalhos do teclado Ctrl e - (Windows, Linux e
Como funciona a tradução automática Chrome OS) e ⌘ e - (Mac).
O conteúdo de uma página é enviado ao Google apenas
INFORMÁTICA

se você optar por traduzi-lo. Caso contrário, ele nunca é en- – Para entrar no modo de tela cheia, clique em .
viado ao Google para detectar o idioma. Se você optar por Você também pode usar os atalhos de tecla-
traduzir uma página, o texto da página é enviado ao serviço do F11 (Windows e Linux) e ⌘-Shift-F (Mac). Se você
de tradução do Google para gerar a tradução. Os seus cookies estiver usando o Chrome OS, também poderá pres-
não são enviados com a solicitação e, se a página acessada
estiver criptografada com SSL, o Google Chrome também sionar na parte superior do seu teclado.

96 Openbook Apostilas
Como configurar o tamanho da fonte para todas as salvem o texto digitado. Assim, o Google Chrome não poderá
páginas preencher formulários nesses sites.
Você pode ajustar o tamanho do texto nas páginas
da web. Gerenciar as suas entradas de preenchimento auto-
mático
1. Clique no ícone de chave inglesa   na barra de
ferramentas do navegador. 1. Clique no ícone de chave inglesa   na barra de
2. Selecione Opções (Preferências nos sistemas opera- ferramentas do navegador.
cionais Mac e Linux; Configurações no Chrome). 2. Selecione Opções (Preferências nos sistemas opera-
3. Clique em Configurações avançadas. cionais Mac e Linux; Configurações no Chrome).
4. Na seção “Conteúdo web”, use o menu “Tamanho da 3. Clique na guia  Coisas pessoais  e encontre a seção
fonte” para fazer ajustes. “Preenchimento automático de formulário”.
4. Clique em Gerenciar configurações de preenchimento
Alguns sites impedem que o navegador altere apenas o automático.
tamanho do texto. Para esses sites, o Chrome não poderá 5. Na caixa de diálogo que aparecer, você pode criar
ajustar o tamanho da fonte. quantos perfis desejar:
– Para salvar uma nova entrada de endereço, mo-
Preenchimento automático de formulário vimente a barra de rolagem até o fim da seção
Está cansado de sempre preencher formulários da web “Endereços” e clique em Adicionar novo endereço.
com as mesmas informações? O recurso Preenchimento – Para salvar uma nova entrada de cartão de crédito,
automático permite que formulários sejam preenchidos com movimente a barra de rolagem até o fim da seção
apenas um clique. “Cartões de crédito” e clique em Adicionar novo
cartão de crédito.
Como usar o recurso “Preenchimento automático”
– Para editar uma entrada existente, clique duas ve-
• Suas informações de endereço estão armazenadas no
zes na lista para abrir a caixa de diálogo de edição.
Google Chrome. Na primeira vez que você preenche
– Para excluir uma entrada existente, selecione‑a na
um formulário, o Google Chrome salva automatica-
lista e clique no “X” que aparece ao final da linha.
mente as informações de contato digitadas, como seu
nome, endereço, número de telefone ou endereço de – Se você estiver usando um Mac, os  endereços
e‑mail, como uma entrada de Preenchimento automá- do seu Catálogo de endereços serão incluídos
tico. E você pode armazenar vários endereços como por padrão como possíveis correspondências de
entradas separadas. preenchimento automático. Se você preferir não
• Informações de cartão de crédito também podem ver esses endereços, desmarque a caixa de seleção
ser armazenadas com segurança. O navegador pode “Incluir endereços do meu Catálogo de endereços”.
salvar suas informações de cartão de crédito, com
a sua permissão explícita. Quando você digita as Excluir seus dados de formulários
informações de cartão de crédito em um formulário,
o  Google Chrome pergunta, na parte superior da Excluir todas as entradas de Preenchimento automático
página, se você deseja salvar as informações. Clique e textos salvos
em Salvar informações se quiser que o cartão de cré-
dito seja salvo como uma entrada de preenchimento 1. Clique no ícone de chave inglesa  na barra de
 
automático. ferramentas do navegador.
• É necessário apenas um clique para preencher um 2. Selecione Ferramentas.
formulário. Quando você começar a preencher um 3. Selecione Limpar dados de navegação.
formulário, as entradas do Preenchimento automático 4. Na caixa de diálogo que aparecer, marque a caixa
que corresponderem às que você estiver digitando de seleção “Limpar dados salvos de formulário de
aparecerão em um menu. Selecione uma entrada preenchimento automático”.
para completar automaticamente o formulário com 5. Use o menu na parte superior para selecionar a quan-
as informações da entrada. tidade de dados que deseja excluir. Selecione desde
o começo para limpar tudo.
O Google Chrome também salva o texto que você digitou 6. Clique em Limpar dados de navegação.
em campos específicos de formulários. A próxima vez que
você preencher o mesmo campo, o texto que você digitou Excluir entradas específicas de preenchimento auto-
anteriormente aparecerá em um menu. Selecione o texto mático
que você deseja usar do menu para que seja inserido dire-
tamente no campo. 1. Clique no ícone de chave inglesa   na barra de
• Visualize um formulário antes de preenchê‑lo. Para
ferramentas do navegador.
ver como o Google Chrome preencherá um formulá-
2. Selecione Opções (Preferências nos sistemas opera-
rio antes que ele seja realmente preenchido, passe o
cionais Mac e Linux; Configurações no Chrome).
mouse sobre uma entrada do Preenchimento automá-
3. Clique na guia  Coisas pessoais  e encontre a seção
tico no menu. Os campos que podem ser preenchidos
“Preenchimento automático de formulário”.
Informática

automaticamente serão destacados em amarelo.


4. Clique em Gerenciar configurações de preenchimento
É importante usar o recurso Preenchimento automático automático.
somente em sites nos quais você confia, pois alguns sites 5. Na caixa de diálogo que aparecer, selecione a entrada
podem tentar captar suas informações em campos ocultos que deseja excluir da lista.
ou difíceis de ver. Alguns sites impedem que os navegadores 6. Clique no “X” que aparece ao final da linha.

Openbook Apostilas 97
Excluir textos salvos específicos • Desativar o leitor de PDF: pra desativar o leitor in-
Quando você preenche um campo de um formulário, um tegrado, insira about:plugins na barra de endereço e
menu pode ser exibido contendo textos que você digitou clique em Desativar embaixo da entrada do “Leitor
anteriormente no campo. Para excluir um texto específico, de PDF do Chrome.” Se você tiver o Adobe Reader
selecione‑o no menu usando as setas do teclado e pressio- instalado no computador, o plug‑in estará automati-
ne Shift+Delete. camente ativado.

Desativar o preenchimento automático Páginas e aplicativos de fundo


O Preenchimento automático está ativado por padrão. Muitas  extensões  e muitos  aplicativos da web  usam
Siga essas etapas para desativá‑lo. páginas de fundo para realizar suas funções. A  página de
fundo fica invisível para você, mas permanece trabalhando
em segundo plano, por exemplo, verificando seu e‑mail para
1. Clique no ícone de chave inglesa   na barra de
que você seja notificado quando houver novas mensagens.
ferramentas do navegador.
Para fornecer mais funcionalidade, alguns aplicativos
2. Selecione Opções (Preferências nos sistemas opera- podem permanecer em execução mesmo após você ter
cionais Mac e Linux; Configurações no Chrome). fechado a última janela do Google Chrome. Esses são os
3. Clique na guia  Coisas pessoais  e encontre a seção aplicativos de fundo. Para indicar que um processo ainda
“Preenchimento automático de formulário”. está sendo executado, um ícone do Google Chrome apare-
4. Desmarque a caixa de seleção “Ativar preenchimento cerá na bandeja do sistema no Windows e no dock do Mac.
automático para preencher formulários da web com Ao clicar com o botão direito no ícone, aparecerá uma lista
apenas um clique”. de aplicativos de fundo sendo executados.

Leitor de PDF Gerencie suas páginas e aplicativos de fundo


O Google Chrome tem um leitor de PDF integrado ativado As páginas de fundo permitem que extensões e apli-
por padrão. Você pode usá‑lo para visualizar, aplicar zoom, cativos realizem diversas tarefas, mas também consomem
salvar, imprimir, preencher formulários e encontrar textos muitos recursos do computador. Por isso, queremos que
rapidamente dentro de PDFs. você possa ver quando páginas de fundo estiverem sendo
• Abrir um PDF: basta clicar no link e o arquivo PDF será executadas e quantos recursos elas estão consumindo.
aberto dentro da janela do Google Chrome.
• Ajustar e aplicar zoom: quando o PDF for aberto 1. Clique no menu de ferramentas  , na barra de
pela primeira vez, quatro botões aparecerão na área ferramentas do navegador.
inferior direita da tela. Eles desaparecerão após alguns
segundos, mas passar o mouse na área fará os botões Se você tiver instalado uma extensão ou um aplicativo
aparecerem novamente. que use uma página de fundo, verá um item no menu que
diz Visualizar páginas de fundo. Clique nesse item para abrir
o gerenciador de tarefas, em que as extensões e os aplicativos
–  e  : faça a página do PDF se ajustar com páginas de fundo serão destacados.
verticalmente ou horizontalmente na janela. O gerenciador de tarefas mostra a quantidade de memó-
ria e de CPU sendo usados por suas extensões, suas guias
e seus aplicativos. Para interromper algum desses itens,
–  e  : aumente e diminua o zoom
selecione‑o na lista e clique em  Finalizar processo. Você
no texto.
também pode  desativar extensões  na página “Extensões“
• Salvar o PDF: estas são algumas maneiras de salvar
e desinstalar os aplicativos na página “Nova guia” para in-
seu PDF: terromper as páginas de fundo.
Use o atalho do teclado Ctrl+S. Para fechar o Google Chrome completamente quando os
– Clique com o botão direito do mouse no PDF e aplicativos de fundo estiverem sendo executados, selecio-
selecione Salvar como. ne Sair no menu de ferramentas (ou Sair no menu do Mac)
Como opção, você pode desinstalar os aplicativos.
– Clique no ícone de chave inglesa   na barra de
ferramentas do navegador e selecione  Salvar pági- Como pesquisar no Google Chrome
na como. Use a barra de endereço para pesquisar na web, em seus
• Imprimir: estas são algumas maneiras de imprimir favoritos e em seu histórico de navegação. Digite seu termo
seu PDF: de pesquisa na barra e pressione Enter para ver os resultados
Use o atalho do teclado Ctrl+P. do seu mecanismo de pesquisa padrão.
– Clique com o botão direito do mouse no PDF e Veja aqui todas as outras formas de pesquisa no Google
selecione Imprimir. Chrome:
Pesquisar sites específicos (Tab para pesquisar): comece
– Clique no ícone de chave inglesa   na barra de digitando o endereço do site que você deseja pesquisar na
ferramentas do navegador e selecione Imprimir. barra de endereço. Se o Google Chrome tiver um registro
• Preencher formulários: todo campo de formulário do mecanismo de pesquisa do site, ele oferecerá automa-
fica destacado em azul claro. Clique em um campo ticamente a opção de pesquisar nesse site. Caso se lembre
Informática

da palavra‑chave do mecanismo de pesquisa, você também


de formulário para digitar. Pressione Tab para ir para
pode digitar a palavra‑chave na barra de endereço. Pres-
o próximo campo.
sione Tab para escolher o mecanismo de pesquisa, digite o
• Pesquisar em seu PDF: pressione  Ctrl+F  para pes- termo de pesquisa e pressione Enter.
quisar o texto em seu PDF. As correspondências aos Pesquisar uma página: use a barra de localização para
termos de sua pesquisa ficarão destacadas. pesquisar palavras ou termos específicos na página que está

98 Openbook Apostilas
visualizando. Pressione os atalhos do teclado Ctrl+F (Windo-
ws, Linux e Chrome OS) e  ⌘-F (Mac) para mostrar a barra • O ícone   aparece próximo aos sites relacionados,
Localizar na página. quando o serviço de sugestão de sites estiver ativado.
Pesquisar o seu histórico de navegação, downloads e
favoritos: você também pode usar as caixas de pesquisa  Crie favoritos.
na parte superior da página “Histórico”, na página “Down- Se você encontrar um site interessante e quiser salvá‑lo,
loads” e no gerenciador de favoritos para pesquisar o seu clique no   na extremidade direita da barra de endereço
histórico de navegação, histórico de download e favoritos, para criar um favorito.
respectivamente. Esses recursos estão disponíveis no menu
Veja alertas para a página na qual você está.
de chave inglesa   na barra de ferramentas do navegador.

 
Você verá ícones na barra de endereço se houver algo
Pesquisa com o botão direito do mouse: realce qualquer sobre a página que você deva saber.
texto em uma página da web com o seu cursor. Clique com • Alertas de segurança: se o Google Chrome detectar
o botão direito do mouse (ou clique na tecla Control no que você está em um site criptografado corretamente,
Mac) e selecione a opção para realizar uma pesquisa sobre
o texto realçado. o ícone   será exibido no início da barra de endere-
Colar e pesquisar: realce qualquer texto em uma página ço. Se a identidade do site não puder ser confirmada,
da web com o seu cursor e o copie. Quando estiver pronto
para pesquisar, clique com o botão direito do mouse (ou você verá o ícone  . Clique nos ícones para obter
clique na tecla Control no Mac) na barra de endereço e detalhes.
selecione Colar e pesquisar. • Alertas pop‑up: sempre que o navegador bloquear
Pesquisa realçando e arrastando  (somente para Win- pop‑ups, o ícone   aparecerá na barra de ende-
dows): realce qualquer texto em uma página da web com o reço. Clique no ícone para ver os pop‑ups que foram
seu cursor e arraste‑o para a barra de endereço. O Google bloqueados ou para gerenciar as configurações de
Chrome automaticamente exibe os resultados da pesquisa pop‑up do site.
do texto destacado a partir do seu mecanismo de pesquisa • Alertas de extensão: as extensões são uma ótima
padrão. maneira de adicionar mais funcionalidades ao nave-
gador. Algumas extensões exibem um ícone na barra
Barra de endereço (omnibox) de endereço sempre que você estiver em uma página
A barra de endereço localizada na parte superior da com um tipo específico de conteúdo web. Você pode
janela do navegador (algumas vezes chamada de omnibox) clicar no ícone para acionar a extensão.
também funciona como uma caixa de pesquisa. Veja aqui
todas as maneiras de usar a barra de endereço: Gerenciar opções de mecanismo de pesquisa

 Pesquise na web e abra endereços da web O Google Chrome salva automaticamente uma lista dos
Basta digitar seu termo de pesquisa na barra de endereço mecanismos de pesquisa que você encontrou ao navegar
e pressionar Enter para ver os resultados do seu mecanismo na web. Por exemplo, se você visitar http //www.youtube.
de pesquisa padrão. Você também pode usá‑la para pesqui- com, o navegador detectará e adicionará automaticamente
sar sites específicos. Além dos termos de pesquisa, você pode o mecanismo de pesquisa do YouTube à lista de mecanismos
digitar o endereço da web de um site e pressionar Enter para de pesquisa que podem ser acessados a partir da barra de
acessar o site. endereço.
Pesquise e navegue mais rapidamente na web usando Para adicionar, editar ou remover mecanismos de pes-
o recurso Instant da barra de endereço. Com o Instant ativa- quisa manualmente a partir do navegador, siga estas etapas:
do, os resultados da pesquisa e páginas da web aparecerão
à medida que você digitar no barra de endereço, mesmo 1. Clique no ícone de chave inglesa   na barra de
antes de pressionar Enter. Se você não conseguir visualizar ferramentas do navegador.
os resultados desejados, continue tentando e os resultados 2. Selecione Opções (Preferências nos sistemas opera-
serão atualizados automaticamente. cionais Mac e Linux; Configurações no Chrome).
3. Clique na guia Básicas.
 Veja os favoritos, o histórico de navegação e itens 4. Clique em Gerenciar mecanismos de pesquisa  na
relacionados. seção “Pesquisar”.
Quando você digitar na barra de endereço, ela exibirá • Remover um mecanismo de pesquisa: selecione
o mecanismo de pesquisa na lista e clique no “X”
automaticamente as correspondências de seus favoritos e
que aparece ao final da linha.
do histórico de navegação. Além disso, o  Google Chrome
• Adicionar um mecanismo de pesquisa: desça a
usa um serviço de sugestões para mostrar sites e termos de
barra de rolagem até a parte inferior da caixa de
pesquisa relacionados. Estes ícones na barra de endereço
diálogo e preencha os seguintes campos:
ajudam a identificar os diferentes itens que você pode ver:
– Adicionar um novo mecanismo de pesquisa:
• O ícone   aparece ao lado dos sites adicionados informe um apelido para o mecanismo de pes-
como favoritos. quisa.
Informática

– Palavra‑chave: insira o atalho de texto que você


• O ícone   aparece ao lado de sites do seu histórico deseja usar para o mecanismo de pesquisa. Use
de navegação. a palavra‑chave para realizar  pesquisas com
• O ícone   aparecerá ao lado das pesquisas, incluin- palavra‑chave.
do pesquisas relacionadas, se as sugestões estiverem – URL: insira o endereço da web do mecanismo
ativadas. de pesquisa. Saiba como encontrar esse URL.

Openbook Apostilas 99
• Editar um mecanismo de pesquisa: selecione o de endereço, mesmo antes de pressionar Enter. Se você não
mecanismo de pesquisa na lista e clique no campo conseguir visualizar os resultados desejados, continue ten-
que deseja modificar. tando e os resultados serão atualizados automaticamente.
• Tornar um mecanismo de pesquisa padrão: sele-
cione o mecanismo de pesquisa que deseja usar Ativar ou desativar o Instant
como o mecanismo de pesquisa padrão e clique Ative o Instant na caixa de diálogo Opções.
no botão Tornar padrão.
1. Clique no ícone de chave inglesa   na barra de
Previsões na barra de endereço ferramentas do navegador.
Quando você digitar na  barra de endereço, o  Google 2. Selecione Opções (Preferências nos sistemas opera-
Chrome poderá usar um serviço de previsões para ajudar cionais Mac e Linux; Configurações no Chrome).
você a completar os endereços da web e os termos de 3. Clique na guia Básicas.
pesquisa que estiver inserindo. Por exemplo, digitar  nova 4. Na seção Pesquisar, use a caixa de seleção “Ativar o
york na barra de endereço pode trazer http://www.novayork. Instant para pesquisar mais rapidamente” para ativar
com  como uma previsão de site ou [  nova york turismo  ] ou desativar o recurso do Instant.
como uma previsão de pesquisa.
Para ajudá‑lo a distinguir entre endereços da web e Como usar o Instant
pesquisas, um ícone   aparece ao lado das pesquisas no 1. Comece a digitar na barra de endereço. Se você sou-
ber o endereço da página da web que deseja acessar,
menu da barra de endereço. Um ícone   aparece ao lado comece a digitá‑lo na barra de endereço. Você também
dos endereços da web. pode digitar termos de pesquisa na barra de endereço.
A não ser que seu mecanismo de pesquisa padrão use
um serviço de previsões diferente, os termos de pesquisa Veja os resultados da pesquisa e as páginas na janela. À
exibidos serão os mesmos que apareceriam se você estivesse medida que você digitar, itens do histórico de pesquisa e
pesquisando no Google.  Saiba mais sobre o algoritmo de navegação que corresponderem ao que você digitou apare-
preenchimento automático do Google cerão em um menu abaixo da barra de endereço. Se você
estiver usando um serviço de sugestões na barra de ende-
Desativar o serviço de previsões reço, pesquisas e sites populares semelhantes ao que você
Estas instruções se aplicam ao Google Chrome nos siste- digitou também aparecerão.
mas operacionais Windows, Mac, Linux e Chrome.
O serviço de previsões está ativado por padrão. Siga estas Com o Instant ativado, o navegador carrega automati-
etapas para desativá‑lo: camente a primeira correspondência do menu na janela.
– Se for um endereço da web, a  página será exibida
1. Clique no ícone de chave inglesa   na barra de instantaneamente.
ferramentas do navegador. – Se for um termo de pesquisa, os resultados de seu me-
2. Selecione Opções (Preferências nos sistemas opera- canismo padrão de pesquisa aparecerão.
cionais Mac e Linux; Configurações no Chrome).
3. Clique na guia Configurações avançadas. A correspondência aparece em cinza na própria barra
4. Na seção “Privacidade”, desmarque a caixa de seleção de endereço para que você saiba quais endereços da web
“Use um serviço de previsão para ajudar a preencher ou resultados de pesquisa estão sendo mostrados. Se você
as pesquisas e os URLs digitados na barra de endereço”. quiser ver apenas os resultados do texto que você digitou,
pressione Enter enquanto o texto correspondente ainda
Lembre‑se de que a barra de endereço mostra as cor- estiver em cinza. Se você pressionar Enter depois de o texto
respondências de seu histórico de navegação, além das ter mudado para azul, os resultados obtidos serão para o
previsões. Se você não quiser ver correspondências do seu item correspondente.
histórico de navegação, limpe seu histórico de navegação.
2. Digite mais, veja mais. Se você continuar digitando na
Informações sobre privacidade barra de endereço, o conteúdo na janela será alterado
Quando as previsões da barra de endereço estão ativa- dinamicamente para corresponder à primeira suges-
das, o Google Chrome envia o texto que você digita na barra tão para o que você digitou. Viu o que você estava
de endereço, juntamente com seus cookies e seu endereço procurando no menu da barra de endereço? Clique
IP, para seu mecanismo de pesquisa padrão para recuperar no item com o mouse. Você também pode usar as
os termos de pesquisa e os sites relevantes. As previsões são teclas de seta do teclado para rolar pela lista de itens
exibidas no menu da barra de endereço. de menu e visualizar os resultados que aparecem para
Consulte os termos de privacidade do seu mecanismo de cada item.
pesquisa para saber como as suas informações são tratadas.
Para as informações enviadas ao Google, o Google registra Não consegue ver nenhum resultado dinâmico?
aleatoriamente dois por cento das informações para ajudar a Há várias razões pelas quais você pode não conseguir ver
melhorar o serviço de sugestões, e as informações se tornam os resultados, mesmo se o Instant estiver ativado:
anônimas em 24 horas. No entanto, se você usar o Instant • Velocidade da conexão: se sua rede ou conexão com
do Chrome, seus dados poderão ser armazenados por até a Internet for muito lenta, você não verá os resultados
duas semanas antes de serem excluídos. Saiba mais sobre dinâmicos, pois queremos tornar sua experiência de
as Políticas de registro do Instant do Chrome.
Informática

pesquisa seja a mais rápida possível;


Instant do Chrome • Determinados tipos de pesquisa: certos tipos de
pesquisa que podem ser inadequados farão com que
O recurso Instant pode ajudá‑lo a fazer pesquisas mais os resultados não sejam exibidos automaticamente;
rapidamente na web mostrando resultados de pesquisa e pá- • Janelas desconhecidas: o Instant não está disponível
ginas da web no navegador à medida que você digita na barra nesse modo.

100 Openbook Apostilas


Organizar guias
Você pode reorganizar as guias com facilidade na parte superior da janela do seu navegador.
• Para reorganizar as suas guias, clique em uma guia e arraste‑a para uma posição diferente na parte superior da janela
do navegador.

• Para mover uma guia para uma nova janela, clique e arraste‑a para baixo e para fora da barra de endereço. Você verá
uma miniatura da guia que está movendo. Da mesma forma, para mover a guia para uma janela diferente, clique e
arraste‑a de sua janela original até a parte superior da janela de destino. A guia deve se encaixar automaticamente.

• Se não desejar que alguma guia apareça cada vez em Para abrir um link em uma nova guia, pressione Ctrl (Win-
um local diferente, você pode fixá‑la à esquerda da ja- dows e Linux) ou ⌘ (Mac) no seu teclado ao clicar no link.
nela do navegador. Clique na guia com o botão direito As guias relacionadas são agrupadas.
do mouse e selecione Marcar guia. Você saberá que Deseja que a mesma página da web seja aberta em diver-
uma guia está marcada se ela estiver menor e exibir sas guias? Clique com o botão direito do mouse na guia que
apenas o ícone do site. contém a página da web em questão e selecioneDuplicar.
Tente estes  atalhos de teclado:  Ctrl+T  (Windows e Li-
nux); ⌘-T (Mac)

Abrir uma nova janela


Tente estes atalhos de teclado:  Ctrl+N  (Windows e Li-
nux); ⌘-N (Mac).
Além das dicas listadas acima, você pode aproveitar
diversos atalhos de teclado disponíveis para janelas e guias Abrir um arquivo
no Google Chrome. • Arraste o arquivo da área de trabalho ou da pasta do
computador para o Google Chrome. O cursor exibirá
Informática

Abrir Guias, Janelas e Arquivos um pequeno sinal “+” se a ação for bem‑sucedida.
• Digite o local, também conhecido como caminho, do
Abrir uma nova guia arquivo na barra de endereço e pressione Enter.
Clique no ícone   ao lado da última guia para abrir • Tente estes atalhos de teclado:  Ctrl+O  (Windows e
a página “Nova guia”. Linux); ⌘-O (Mac)

Openbook Apostilas 101


Página “Nova guia” Fixar ou mover miniaturas
A página “Nova guia” é o que você verá quando (você As miniaturas de seus sites mais visitados podem apare-
adivinhou) abrir uma nova guia no Google Chrome. Ela foi cer e desaparecer com o tempo, à medida que seus hábitos
desenvolvida para levar você a seus aplicativos e sites favori- de navegação mudam.
tos o mais rápido possível. Sempre que você abrir uma nova • Para impedir que uma miniatura se movimente, fixe‑a
guia, a página “Nova guia” aparecerá, pré‑carregada com as à página: passe o mouse sobre a miniatura e clique
seguintes seções: no botão   no canto superior esquerdo do quadro.
Aplicativos: os ícones para os aplicativos que você ins- Para soltar o site, basta clicar no botão novamente.
talou da Chrome Web Store aparecem aqui. Clique em um • Para mover uma miniatura, clique e arraste‑a para
ícone para abrir o aplicativo; outra posição na seção “Mais visitados”.
Mais visitados: as miniaturas dos sites mais visitados
são mostradas aqui. Basta clicar em uma miniatura para O que são aplicativos?
visitar o site; Aplicativos baseados na web são programas criados para
Recentemente fechadas: clique em um link na barra serem usados no navegador. Com esses aplicativos, você
“Recentemente fechadas” na parte inferior da página para pode criar documentos, editar fotos e ouvir músicas sem
restaurar uma guia ou janela fechada. ter que instalar softwares complicados.
Atualmente, os sites apresentam a funcionalidade dinâ-
mica que você espera dos aplicativos em seu computador.
Para abrir a página “Nova guia”, clique no ícone   ao Chamamos esses sites robustos de aplicativos da web, ou
lado da última guia na parte superior da janela do navegador. apenas aplicativos. Se você usa serviços como o Gmail ou
Amplie as seções “Aplicativos” ou “Mais visitados” clicando o Google Maps, já está usando aplicativos. Os  aplicativos
em seus títulos. Você também pode usar os atalhos de tecla- da web apresentam as seguintes vantagens em relação aos
do Ctrl+T (Windows, Linux e sistema operacional do Chrome) aplicativos de computadores:
e ⌘-T (Mac) para abrir a página. • Os aplicativos da web são instalados em segundos,
com o simples clique de um botão. Você nem precisa
Personalizar a Página reiniciar seu navegador ou seu computador.
• Seus aplicativos estão sempre disponíveis.  Inde-
Minimizar ou ocultar seções da página pendentemente do computador sendo usado, você
Para minimizar as seções “Aplicativos” ou “Mais visi- sempre poderá acessar seus aplicativos. Saiba mais
tados”, clique nos títulos das seções. Clique em um título sobre a sincronização de aplicativos  em diversos
novamente para expandir uma seção. computadores.
• Os aplicativos estão sempre atualizados.  Como os
Você também pode ocultar completamente uma seção.
aplicativos são hospedados na web e podem ser atu-
Passe o mouse sobre o título da seção que deseja ocultar.
alizados instantaneamente, você pode ter certeza de
Por exemplo, para remover a seção “Mais visitados” da pá-
que estará sempre usando a versão mais recente do
gina, passe o mouse sobre o título da seção “Mais visitados”.
aplicativo.
Clique no ícone “x” que aparece à direita para remover a
• Os aplicativos não causam falhas em seu computa-
seção da página. dor. Se um aplicativo sofrer um erro, basta fechar sua
Agora, os itens da seção que você ocultou aparecem em guia no navegador. Seu navegador e seu computador
um novo menu na parte inferior da página. Para restaurar a não serão afetados.
seção, clique no título dela dentro do menu.
Qual a diferença entre aplicativos e sites?
Veja seus aplicativos instalados Alguns aplicativos são hospedados online, como sites
Se você instalou aplicativos no Google Chrome em outro normais. Portanto, alguns ícones de aplicativos na página
computador, use o recurso de sincronização para adicionar “Nova guia” poderão simplesmente direcioná‑lo ao site
esses aplicativos à página “Nova guia” no computador que correspondente (ex.: ver o aplicativo do Gmail).
estiver usando. Outros aplicativos são sites que foram desenvolvidos
especialmente para uso no Google Chrome e podem conter
Mover ou remover ícones de aplicativos recursos que não são encontrados em seus sites normais
Você pode reordenar os ícones de aplicativos clicando e (ex.: ver o aplicativo do New York Times).
arrastando os ícones na seção “Aplicativos”. Além disso, alguns aplicativos dependem de certos
recursos do Google Chrome, podendo apenas ser usados
Desinstale os aplicativos para remover os ícones deles
nesse navegador.
da seção “Aplicativos”. Além disso, você pode desativar os
aplicativos temporariamente que estão integrados ao nave-
Os benefícios de instalar aplicativos no Google Chrome
gador a fim de remover os ícones.
Você pode usar aplicativos hospedados online em
qualquer navegador que suporte as modernas tecnologias
Remover miniaturas de seus sites mais visitados da web. Mas existem certas vantagens em instalá‑los no
Informática

Para remover uma miniatura específica, passe o mouse Google Chrome:


sobre uma imagem. Em seguida, clique no x que aparece no • Obtenha ícones de aplicativos. Ao instalar um aplica-
canto superior direito do quadro. As miniaturas removidas tivo da loja no Google Chrome, um ícone é adicionado
não aparecerão novamente na página. Para redefinir a página à página “Nova guia”, para que você consiga encontrar
com miniaturas em branco, limpe seu histórico de navegação. e abrir o aplicativo facilmente.

102 Openbook Apostilas


• Escolha a forma de abrir um aplicativo. Você pode 4. Na caixa de diálogo que aparecer, escolha onde você de-
definir um aplicativo para sempre abrir em uma guia seja que os atalhos sejam colocados em seu computador.
normal, em uma guia marcada, ou ainda em modo 5. Clique em Criar.
de tela cheia. Clique com o botão direito no ícone
do aplicativo na página “Nova guia” e escolha uma Ao clicar duas vezes em um ícone de atalho, o aplicativo
configuração. será aberto em uma janela especial otimizada que não exibe
• Acesse seus aplicativos em qualquer computa- guias, botões, a barra de endereço ou menus. Para acessar
dor. Use o recurso de sincronização do Google Chrome opções comuns da página, clique no logotipo da página no
para salvar seus aplicativos em sua Conta do Google. canto superior esquerdo da janela.
Dessa forma, você poderá ver sua lista de aplicativos,
não importando o computador sendo usado. Modo de navegação anônima (navegação privada)
Quando você desejar navegar em modo invisível, o Goo-
Estou pronto para experimentar os aplicativos! gle Chrome oferece o modo de navegação anônima. Veja
Visite a Chrome Web Store em  http://chrome.google. como o modo de navegação anônima funciona:
com/webstore  para explorar aplicativos disponíveis. Quer • As páginas da web abertas e os arquivos dos quais
algumas sugestões? Acesse a seção aplicativos em destaque. você fez download no modo anônimo não são registra-
Assim que encontrar algo de que goste, instale e experimente. dos nos seus históricos de navegação e de download.
Obtenha mais informações sobre a instalação de aplicativos. • Todos os novos cookies são excluídos depois que você
fecha todas as janelas abertas no modo de navegação
Atalhos de aplicativos anônima.
É possível criar atalhos de aplicativos para sites que • As alterações feitas nos favoritos e nas configurações
você visita frequentemente, assim como para aplicativos gerais do Google Chrome durante o modo de nave-
instalados da Chrome Web Store. Esses atalhos podem ser gação anônima sempre são salvas.
colocados na área de trabalho do seu computador e em
menus, para acesso rápido e fácil. Dica: se estiver usando o sistema operacional do Chrome,
você poderá usar o recurso de navegação de visitante como
Crie atalhos de aplicativos instalados da Chrome alternativa ao modo anônimo. Quando navega como um
Web Store visitante, você pode navegar pela web e fazer download de
1. Clique no ícone  , na parte superior da janela de arquivos, normalmente. Quando for editar sua sessão de
navegação, para abrir a página “Nova guia”. visitante, todas as suas informações de navegação da sessão
2. Clique com o botão direito no ícone do aplicativo na serão completamente apagadas.
seção “Aplicativo” da página.
3. Selecione Criar atalho. Abrir uma janela anônima
4. Na caixa de diálogo que aparecer, escolha onde você
deseja que os atalhos sejam colocados em seu com- 1. Clique no ícone de chave inglesa   na barra de
putador. ferramentas do navegador.
5. Clique em Criar. 2. Selecione Nova janela anônima.

Crie atalhos para outros aplicativos


Você também pode criar atalhos para a área de trabalho
de outros sites e aplicativos usados frequentemente, mesmo Uma nova janela será aberta com o ícone   no
que não tenham sido instalados da Chrome Web Store. Siga canto. Você pode continuar navegando normalmente na
Informática

estas etapas: outra janela.


Você também pode usar os atalhos de tecla-
1. Clique no ícone de chave inglesa   na barra de do Ctrl+Shift+N (Windows e Linux e sistema operacional do
ferramentas do navegador. Chrome) e ⌘-Shift‑N (Mac) para abrir uma janela anônima.
2. Selecione Ferramentas. O modo de navegação anônima apenas impede que o
3. Selecione Criar atalhos de aplicativos. Google Chrome armazene informações sobre os sites visi-

Openbook Apostilas 103


tados. Os  sites que você visita ainda podem ter registros 2. Selecione Ferramentas.
da sua visita. Qualquer arquivo salvo no seu computador 3. Selecione Gerenciador de tarefas.
continuará nele.
Por exemplo, se você fizer login na sua Conta do Google, Você também pode usar o atalho de teclado Shift+Esc
em http://www.google.com, enquanto estiver no modo de (Windows, Linux e Chrome OS) para abrir o Gerenciador de
navegação anônima, as suas pesquisas subsequentes na web tarefas.
serão registradas no seu Histórico da web do Google. Nesse
caso, para impedir que as suas pesquisas sejam armazenadas Informações no gerenciador
na sua Conta do Google, será necessário pausar o rastrea- Para cada item ativo no Google Chrome, você pode mo-
mento do seu Histórico da web do Google. nitorar a quantidade de memória ocupada, a quantidade de
CPU usada e a atividade da rede (bytes enviados e recebidos).
Ver seu histórico de navegação
Use a página “Histórico” para ver uma lista de sites visi- Encerre um processo
tados nas últimas dez semanas usando o Google Chrome no Para forçar o fechamento de uma página da web ou de
modo padrão. Esta página não armazena as páginas de sites
um aplicativo no Google Chrome, selecione a página da web
seguros, as páginas visitadas no modo de navegação anôni-
e clique em Encerrar processo. Às vezes, vários sites podem
ma ou as páginas excluídas do seu histórico de navegação.
compartilhar um único processo, dependendo do modo
Abrir a página “Histórico” como foram abertos.

Redimensionar (ou encaixar) guias


1. Clique no ícone de chave inglesa  na barra de Se estiver usando o Windows, arraste uma guia para lo-
 
ferramentas do navegador. cais predefinidos, ou posições de encaixe, no monitor do seu
2. Selecione Histórico
computador ou na janela do navegador para redimensionar
rapidamente a janela do seu navegador. Quando o ícone de
Dicas para usar a página “Histórico”
• Você pode limpar os itens da página “Histórico” facil- encaixe aparecer, solte o mouse sobre o ícone para que a
mente. guia se encaixe no lugar.
• Use a caixa de pesquisa na parte superior da página Veja as diferentes posições de encaixe:
ou a barra de endereço para pesquisar o seu histórico. 1. Na parte superior do monitor, no meio: a guia aparece
• Para ver as páginas visitadas na sua sessão de nave- maximizada em uma nova janela quando liberada.
gação atual, clique e segure as setas avançar e voltar 2. Na parte inferior do monitor, no meio: a guia aparece
ao lado da barra de endereço. em uma nova janela que preenche a metade inferior
• Para ver os sites visitados com mais frequência, abra do monitor.
a página “Nova guia”. 3. Lados direito e esquerdo do monitor, no meio: a guia
é aberta em uma nova janela que preenche o lado
Gerenciador de tarefas direito ou esquerdo do monitor.
Use o Gerenciador de tarefas para obter detalhes sobre 4. Parte inferior da janela do navegador, no meio: a guia
um processo específico em execução no Google Chrome ou aparece em uma nova janela abaixo da janela do na-
para forçar o fechamento de uma guia ou de um aplicativo vegador existente. As duas janelas dividem o monitor
que está apresentando um comportamento inadequado. ao meio.
5. Lados direito e esquerdo da janela do navegador, no
Abra o Gerenciador de tarefas meio: a guia é aberta em uma nova janela que preen-
che o lado direito ou esquerdo do monitor. A janela do
1. Clique no ícone de chave inglesa   na barra de navegador existente toma a outra metade do monitor,
ferramentas do navegador. de forma que as duas janelas apareçam lado a lado.
Informática

104 Openbook Apostilas


Fechar guias, janelas e o Google Chrome Forçar o fechamento de uma página da web ou de um
aplicativo
Fechar guias e janelas
Guias: clique no ícone x na guia ou use os atalhos de tecla- 1. Clique no ícone de chave inglesa   na barra de
do Ctrl+W (Windows e Linux) e ⌘-W (Mac) para fechar uma guia. ferramentas do navegador.
Janelas: clique no ícone x no canto da janela ou use os ata- 2. Selecione Ferramentas.
lhos de teclado Alt+F4 (Windows e Linux) e ⌘-Shift‑Y (Mac) 3. Selecione Gerenciador de tarefas.
para fechar uma janela. Fechar a última guia em uma janela 4. Selecione a página da web que deseja fechar.
também fecha automaticamente a janela.
5. Clique em Encerrar processo.
Google Chrome: clique no ícone de chave inglesa 
Você também pode usar o atalho de teclado Shift+Esc
  na barra de ferramentas do navegador e selecio-
(Windows e Linux) para abrir o Gerenciador de tarefas. Usuá­
ne Sair para fechar todas as guias e janelas abertas. Usuários
rios do Mac: caso não veja o ícone de chave inglesa, abra o
do Mac: caso não veja o ícone de chave inglesa, selecio-
ne Chrome > Sair do Google Chrome na barra de menus na Gerenciador de tarefas acessando Exibir > Desenvolvedor >
parte superior da sua tela. Gerenciador de tarefas na barra de menus na parte superior
da sua tela.
Se você fechar acidentalmente uma guia ou janela, Clicar em  Encerrar processo  coloca a mensagem  “Ah,
recupere‑a facilmente na página “Nova guia”. não!” na guia afetada e nas guias abertas por essa guia.

Atalhos de Teclado do Windows

Atalhos de guia e janela

Ctrl+N Abre uma nova janela.


Ctrl+T Abre uma nova guia.
Ctrl+Shift+N Abre uma nova janela no modo de navegação anônima.
Pressionar Ctrl+O e, em seguida, selecionar arquivo. Abre um arquivo do seu computador no Google Chrome.
Pressionar Ctrl e clicar em um link. Ou clicar em um link com Abre o link em uma nova guia em segundo plano.
o botão do meio do seu mouse (ou rolar o mouse).
Pressionar Ctrl+Shift e clicar em um link. Ou pressionar Shift e Abre o link em uma nova guia e alterna para a guia
clicar em um link com o botão do meio do seu mouse (ou recém‑aberta.
rolar o mouse).
Pressionar Shift e clicar em um link. Abre o link em uma nova janela.
Ctrl+Shift+T Reabre a última guia que você fechou. O Google Chrome
lembra as dez últimas guias fechadas.
Arrastar um link para uma guia. Abre o link na guia.
Arrastar um link para uma área em branco na barra de guias. Abre o link em uma nova guia.
Arrastar uma guia para fora da barra de guias. Abre a guia em uma nova janela.
Arrastar uma guia para fora da barra de guias e em uma Abre a guia na janela existente.
janela existente.
Pressionar Esc ao arrastar uma guia. Retorna a guia para a posição original.
Ctrl+1 até Ctrl+8 Alterna para a guia no número de posição especificado
na barra de guias.
Ctrl+9 Alterna para a última guia.
Ctrl+Tab ou Ctrl+PgDown Alterna para a próxima guia.
Ctrl+Shift+Tab ou Ctrl+PgUp Alterna para a guia anterior.
Alt+F4 Fecha a janela atual.
Ctrl+W ou Ctrl+F4 Fecha a guia ou pop‑up atual.
Clicar em uma guia com o botão do meio do mouse (ou rolar Fecha a guia em que você clicou.
o mouse).
Clicar com o botão direito do mouse ou clicar e manter Exibe seu histórico de navegação na guia.
pressionada a seta Voltar ou Avançar na barra de ferramentas
do navegador.
Pressionar  Backspace  ou  Alt  e a seta para esquerda ao Vai para a página anterior no seu histórico de navegação
mesmo tempo. da guia.
Pressionar Shift+Backspace ou Alt e a seta para a direita ao Vai para a próxima página no seu histórico de navegação
mesmo tempo. da guia.
Informática

Pressionar Ctrl e clicar na seta Voltar, na seta Avançar ou no Abre o destino do botão em uma nova guia em segundo
botão Ir na barra de ferramentas. Ou clicar em um dos botões plano.
com o botão do meio do seu mouse (ou rolar o mouse).
Clicar duas vezes na área em branco na barra de guias. Maximiza ou minimiza a janela.
Alt+Home Abre sua página inicial na sua janela atual.

Openbook Apostilas 105


Atalhos de recursos do Google Chrome

Alt+F ou Alt+E Abre o menu de ferramentas, que permite personalizar e controlar as configurações no Google Chrome.
Ctrl+Shift+B Ativa e desativa a barra de favoritos.
Ctrl+H Abre a página “Histórico”.
Ctrl+J Abre a página “Downloads”.
Shift+Esc Abre o “Gerenciador de tarefas”.
Shift+Alt+T Define o foco na primeira ferramenta na barra de ferramentas do navegador. Você pode usar os se-
guintes atalhos para se mover na barra de ferramentas:
• Pressione Tab, Shift + Tab, Home, End, seta para a direita e seta para a esquerda para mover o foco
para diferentes itens na barra de ferramentas.
• Pressione Espaço ou Enter para ativar os botões da barra de ferramenta, incluindo ações da página
e do navegador.
• Pressione Shift + F10 para acessar qualquer menu de contexto associado, por exemplo, o histórico
de navegação do botão “Voltar”.
• Pressione Esc para mudar o foco da barra de ferramentas de volta à página.
F6 ou Shift+F6 Muda o foco para o próximo painel acessível pelo teclado. Os painéis incluem:
• barra de endereço;
• barra de favoritos (se visível);
• o conteúdo principal da web (incluindo qualquer barra de informações);
• barra de downloads (se visível).
Ctrl+Shift+J Abre as ferramentas de desenvolvedor.
Ctrl+Shift+Delete Abre a caixa de diálogo “Limpar dados de navegação”.
F1 Abre a Central de Ajuda em uma nova guia (nosso favorito).

Atalhos da barra de endereço

Use os seguintes atalhos na barra de endereço:

Digitar um termo de pesquisa e pressionar Enter. Executa uma pesquisa usando seu mecanismo de pes-
quisa padrão.
Digitar a palavra‑chave de um mecanismo de pesquisa, Executa uma pesquisa usando o mecanismo de pesquisa
pressionar Espaço, digitar um termo de pesquisa e pres- associado à palavra‑chave.
sionar Enter.
Começar a digitar o URL de um mecanismo de pesquisa, Executa uma pesquisa usando o mecanismo de pesquisa
pressionar Tab quando for solicitado, digitar um termo associado ao URL.
de pesquisa e pressionar Enter.
Ctrl+Enter Adiciona www. e .com à sua entrada na barra de endereço
e abre o URL resultante.
Digitar um URL e pressionar Alt+Enter. Abre o URL em uma nova guia.
Ctrl+L ou Alt+D Realça o URL.
Ctrl+K ou Ctrl+E Coloca um “?” na barra de endereço. Digite um termo de
pesquisa após o ponto de interrogação para realizar uma
pesquisa usando seu mecanismo de pesquisa padrão.
Pressionar Ctrl e a seta para a esquerda ao mesmo tempo. Move o cursor para o termo chave anterior na barra de
endereço.
Pressionar Ctrl e a seta para a direita ao mesmo tempo. Move o cursor para o próximo termo chave na barra de
endereço.
Ctrl+Backspace Exclui o termo chave anterior ao seu cursor na barra de
endereço.
Selecionar uma entrada no menu suspenso da barra Exclui a entrada do seu histórico de navegação, se for
de endereço com as setas do seu teclado e pressio- possível.
nar Shift+Delete.
Informática

Clicar em uma entrada no menu suspenso da barra de Abre a entrada em uma nova guia em segundo plano.
endereço com o botão do meio do mouse (ou rolar o
mouse).
Pressionar Page Up ou Page Down quando o menu sus- Seleciona a primeira ou a última entrada no menu sus-
penso da barra de endereço estiver visível. penso.

106 Openbook Apostilas


Atalhos de páginas da web

Ctrl+P Imprime sua página atual.

Ctrl+S Salva sua página atual.

F5 ou Ctrl+R Recarrega sua página atual.

Esc Interrompe o carregamento da sua página atual.

Ctrl+F Abre a barra de localização.

Ctrl+G ou F3 Localiza a próxima correspondência para sua entrada


na barra de localização.

Ctrl+Shift+G, Shift+F3 ou Shift+Enter Localiza a correspondência anterior para sua entrada


na barra de localização.

Clicar no botão do meio do mouse (ou rolar o Ativa o rolamento automático. Conforme você
mouse). movimenta o mouse, a página rola automaticamente
de acordo com a direção do mouse.

Ctrl+F5 ou Shift+F5 Recarrega sua página atual, ignorando o conteúdo


armazenado em cache.

Pressionar Alt e clicar em um link. Faz download do destino do link.

Ctrl+U Abre o código‑fonte da sua página atual.

Arrastar um link para a barra de favoritos Salva o link como um favorito.

Ctrl+D Salva sua página da web atual como um favorito.

Ctrl+Shift+D Salva todas as páginas abertas como favoritos em


uma nova pasta.

F11 Abre sua página no modo de tela cheia.


Pressione F11 novamente para sair desse modo.

Ctrl e + ou pressionar Ctrl e rolar o mouse para cima Aumenta tudo na página.

Ctrl e - ou pressionar Ctrl e rolar o mouse para baixo Diminui tudo na página.

Ctrl+0 Retorna tudo da página para o tamanho normal.

Barra de espaço Rola a página da web para baixo.

Home Vai para a parte superior da página.

End Vai para a parte inferior da página.

Pressionar Shift e rolar o mouse. Rola a página horizontalmente.

Atalhos de texto

Ctrl+C Copia o conteúdo realçado para a área de transferência.


Informática

Ctrl+V ou Shift+Insert Cola o conteúdo da área de transferência.

Ctrl+Shift+V Cola o conteúdo da área de transferência sem formatação.

Ctrl+X ou Shift+Delete Exclui o conteúdo realçado e o copia para a área de transferência.

Openbook Apostilas 107


SEGURANÇA DA INFORMAÇÃO envolvem Engenharia Social e que tentam persuadir o
usuário a fornecer seus dados pessoais e financeiros.
Ameaças aos Sistemas de Informação Em muitos casos, o usuário é induzido a instalar um
código malicioso (malware), preencher um formulário
São componentes que podem prejudicar, de forma tem- ou acessar uma página falsa, para que dados pessoais
porária ou permanente, o funcionamento de um sistema de e sensíveis possam ser furtados.
informação.
Malwares (Softwares Maliciosos)
Agentes Humanos
Vírus
Hacker: invasor passivo: tem conhecimentos avançados
de informática e explora falhas de segurança em sistemas Programa malicioso que infecta (parasita) outros progra-
de informação. Normalmente não é uma ameaça: invade, mas e arquivos (hospedeiros) fazendo cópias de si mesmo, na
espiona, copia, entra em contato com os responsáveis, sem tentativa de se espalhar para outros computadores.
gerar prejuízos. A principal característica do vírus, fora a sua capacidade
Cracker: invasor ativo, é um hacker que usa seus conhe- de destruição, é a capacidade de se propagarem de diversas
cimentos para quebrar sistemas de segurança, danificar os maneiras. Geralmente os vírus ficam alojados em outros
dados acessados e/ou obter vantagens ilícitas. Normalmente programas, após este programa hospedeiro ser executado
é uma ameaça e gera prejuízos. o vírus entra no sistema e faz seu papel malicioso. Por estas
semelhanças com os vírus biológicos: ser um programa pe-
SPAM queno, aloja-se dentro de um arquivo que contenha códigos
de instrução e por se autoreplicarem é que surgiu o nome
E-mail não solicitado, enviado para um grande número vírus. Alguns vírus podem também ficar em estado de dor-
de pessoas. Esse fenômeno é conhecido como spamming, mência no computador, atacando em datas programadas.
as mensagens em si como spam e seus autores como spam- Para ativar o vírus, o programa, parte do programa ou
mers. Como motivação para a manutenção dessa prática, arquivo que o esconde tem que ser executado, ou seja, tem
podemos citar seu baixo custo, automatização do processo que estar na memória RAM.
e anonimato dos spammers. A simples cópia do arquivo infectado não significa que o
Etimologia: SPiced hAM – presunto condimentado en- vírus ficou ativo, portanto, não significa que o computador
latado da Hormel Foods, associado ao envio de mensagens está infectado.
não solicitadas devido a um quadro do grupo de humoristas A maioria das contaminações ocorre pela ação do usuário
ingleses Monty Python. executando o anexo de um e-mail. Podem ocorrer por meio
de outras ações, como:
Tipos de SPAMs • abrir arquivos do pacote Office da Microsoft;
• abrir arquivos disponíveis em recursos compartilhados
• Corrente (Chain Letter): pede para que o usuário (redes);
(destinatário) repasse a mensagem “para todos os • abrir arquivos de qualquer tipo de mídia removível
amigos” ou “para todos que ama”. Prometem sorte, (FD, HD, CD, DVD, pen drive);
riqueza ou algum outro tipo de benefício àqueles • instalar programas não confiáveis, de procedência
que a repassarem. O texto pode contar uma história duvidosa ou desconhecida.
antiga, descrever uma simpatia (superstição) ou,
simplesmente, desejam sorte. Worm (Verme, Praga)
• Boato (Hoax): pessoas que necessitam urgentemente
de algum tipo de ajuda, alerta a algum tipo de ameaça Programa autônomo e autorreplicante que se copia
ou perigo, difamação de marcas e empresas ou ofertas usando a estrutura de uma rede de computadores (como a
falsas de produtos gratuitos. Internet ou intranets), tornando-as lentas.
• Ofensivo: divulga conteúdo agressivo e violento, como Normalmente, o  Worm não causa maiores danos aos
por exemplo: acusações infundadas contra indivíduos sistemas de computador, a não ser pelo fato de consumir
específicos, defesa de ideologias extremistas, apolo- recursos desnecessariamente (como o envio de milhares de
gia à violência contra minorias, racismo, xenofobia, e-mails com cópias dele mesmo), mas também pode deletar
pedofilia, pornografia. arquivos e enviar arquivos por e-mail.
• Propaganda: divulga desde produtos e serviços até O Worm não precisa de hospedeiro, ele é um malware
propaganda política. autônomo, que pode se copiar automaticamente para vários
• Golpe (scam): pirâmides, oportunidades enganosas e computadores, lotando caixas postais e HDs.
ofertas de produtos que prometem falsos resultados, Sua propagação se dá através da exploração de vulnera-
propostas para trabalhar em casa e empréstimos bilidades existentes ou falhas na configuração de softwares
facilitados. instalados em computadores.
• Spit (spam via Internet Telephony): mensagens não
solicitadas atingindo os usuários dos “telefones IP” Cavalo de Troia (Trojan Horse)
Informática

(VoIP).
• Spim (spam via Instant Messenge): envio de spam É um programa, normalmente recebido como um “pre-
por meio dos aplicativos de troca de mensagens ins- sente” (cartão virtual, álbum de fotos, protetor de tela, jogo
tantâneas como o Messenger e o ICQ. etc.), que além de executar as funções para as quais foi apa-
• Estelionato (Phishing): consiste no envio de e-mails, rentemente projetado, também executa funções maliciosas
mensagens instantâneas ou scraps com textos que e sem o conhecimento do usuário.

108 Openbook Apostilas


Entre as funções maliciosas executadas por um Trojan es- Princípios da Segurança da Informação
tão a instalação de malwares como keyloggers, screenloggers,
backdoors e spywares. Conjunto de técnicas, processos e componentes que
O Trojan distingue-se de um vírus ou de um worm por não visa garantir CONFIABILIDADE às transações digitais, ou seja,
infectar outros arquivos, nem propagar cópias de si mesmo
o Sistema de Informação funcionará de forma eficiente de
automaticamente.
acordo com suas atribuições – DICA.
Spyware

Programa automático que monitora informações sobre


o usuário e as transmite a uma entidade externa na Internet,
sem o conhecimento ou consentimento da vítima.
Diferem dos Trojans por não terem como objetivo que
o sistema do usuário seja dominado e manipulado por uma
entidade externa (hacker).
• Monitoramento de páginas acessadas na Internet;
• Varredura dos arquivos armazenados no disco rígido Disponibilidade: garantia de que um sistema estará
do computador; sempre disponível quando necessário (estar disponível,
• Alteração da página inicial do browser do usuário acessível).
(Hijacker);
Integridade: garantia de que uma informação não foi
• Monitoramento de teclas digitadas pelo usuário
(Keylogger) ou regiões da tela próximas ao clique do alterada durante seu trajeto do emissor ao receptor.
mouse (Screenlogger). Confidencialidade (Privacidade, Sigilo): garantia de que
os dados serão acessados apenas por pessoas autorizadas.
Adware é um tipo de software especificamente projetado Autenticidade: garantia da identidade de quem está
para apresentar propagandas por maio de um browser ou enviando a mensagem.
outro programa, como o MSN e Kazaa. Não repúdio: garantia de que um emissor não consiga
Ransomwares criptografam o conteúdo do HD, exigindo negar falsamente um ato ou documento de sua autoria.
da vítima o pagamento de um “resgate”.

Agentes de Segurança Criptografia

Processo matemático utilizado para reescrever uma


mensagem de forma ilegível para pessoas não autorizadas.
Do grego kryptos = enigma, oculto e graphe = escrita (escrita
enigmática, oculta). O emissor da mensagem realiza o proces-
so de embaralhar a mensagem original, tornado-a codificada
e a envia. Ao receber a mensagem, o receptor irá transformar
a mensagem codificada de volta em mensagem original.

Termos da criptografia :
• Algoritmo de criptografia: programa (sequên­cia
finita de passos) usado para realizar a encriptação e
decriptação.
• Chave: é um número binário, um código que o progra-
ma deve conhecer para cifrar e decifrar a mensagem.
• Tamanho da chave: é a medida, em bits, do tamanho
Firewall do número usado como chave. Quanto maior a chave,
mais complexa ela será para ser descoberta (mais
Pode ser definido como uma barreira de proteção, que segura).
controla o tráfego de dados entre seu computador e a Inter-
net (ou entre a rede onde seu computador está instalado e a Criptografia Simétrica (Chave Secreta)
Internet). Seu objetivo é permitir somente a transmissão e a
recepção de dados autorizados. Existem firewalls baseados Utiliza a mesma chave tanto para codificar quanto para
na combinação de hardware e software e firewalls baseados decodificar mensagens. Apesar de ser um método bastan-
somente em software. Este último é o tipo recomendado ao te eficiente em relação ao o tempo gasto para codificar e
uso doméstico e também é o mais comum.
decodificar mensagens tem como principal desvantagem
Explicando de maneira mais precisa, o  firewall é um
a necessidade de utilização de um meio seguro para que a
Informática

mecanismo que atua como “defesa” de um computador ou


de uma rede, controlando o acesso ao sistema por meio de chave possa ser compartilhada entre pessoas ou entidades
regras e a filtragem de dados. A vantagem do uso de firewalls que desejem trocar informações criptografadas  – a chave
em redes é que somente um computador pode atuar como precisa ser compartilhada entre emissor e receptor para que
firewall, não sendo necessário instalá-lo em cada máquina a mensagem possa ser cifrada ou decifrada, mas somente
conectada. os dois sujeitos podem possuir a chave.

Openbook Apostilas 109


Criptografia Assimétrica (Chaves Pública e Privada) A chave que encripta mensagens (chave de codificação,
ou chave de encriptação) será distribuída livremente e, por
Utiliza duas chaves distintas, uma que serve apenas para isso, pode ser chamada de Chave Pública, ou Chave Com-
encriptar e outra que serve apenas para decriptar mensa- partilhada.
gens – uma fecha, a outra abre. Por sua vez, a chave que decripta mensagens (chave de
As duas chaves são matematicamente relacionadas, não decodificação criptográfica, ou chave de decriptação) será
podendo haver uma delas sem a outra – ambas tem que ser armazenada secretamente com seu titular – servirá pra seu
geradas ao mesmo tempo. uso exclusivo. É a chamada Chave Privada.
Informática

110 Openbook Apostilas


Simétrica alteradas durante uma interceptação. Também não garante a
Assimétrica Autenticidade e, consequentemente, o não repúdio.
(Convencional)
Usa uma única chave para Usa duas chaves diferentes:
cifrar e decifrar mensagens. uma para cifrar e outra para Assinatura Digital
decifrar mensagens.
A assinatura digital consiste na criação de um código,
A chave tem que ser compar- Apenas a chave de cifragem através da utilização de uma chave privada, de modo que a
tilhada entre os usuários que é compartilhada (pública). pessoa ou entidade que receber uma mensagem contendo
irão se comunicar e deve ser A  chave de decifragem é este código possa verificar se o remetente é mesmo quem
distribuída por meio seguro. mantida em segredo (pri- diz ser e identificar qualquer mensagem que possa ter sido
vada). modificada. Garante, portanto, autenticidade aos documen-
Processo mais simples e Processo muito mais lento, tos digitais. Se as chaves forem reconhecidas por um terceiro
mais rápido, porém pouco porém quase impossível de de confiança (Autoridade Certificadora), a assinatura garante
seguro. ser quebrado. também não repúdio (irretratabilidade, irrefutabilidade) e
256 = 72 quatrilhões de com- validade jurídica. Na prática, é um hash + criptografia e o
binações, quebrada em me- algoritmo mais usado é o DSA.
nos de um dia usando força A Assinatura Digital será útil quando um emissor ne-
bruta cessitar transmitir uma mensagem autêntica e quer que o
Principais algoritmos: DES (40 Principal algoritmo: RSA, com receptor tenha certeza acerca de quem a enviou. Poderá
e 56 bits), 3DES (168 bits) e chaves de 256, 512, 1024 e então utilizar a sua chave privada para cifrar uma mensagem
AES (256 bits) 2048 bits e enviá-la para um ou mais destinatários.
O receptor pode decifrá-la por meio da chave pública do
A criptografia impede que uma mensagem seja entendida próprio emissor, tendo assim certeza de quem enviou e de
por pessoas não autorizadas atingindo, com isso, o princípio da que a mensagem não foi alterada na transmissão. Porém,
Confidencialidade (privacidade). Entretanto, a criptografia não qualquer pessoa pode decifrar a mensagem por que a chave
garante a Integridade das informações, porque elas podem ser pública está disponível a todos.

Certificado Digital Algumas das principais informações encontradas em um


certificado digital são:
Documento emitido por uma Autoridade Certificadora • dados que identificam o dono (nome, número de
(CA), que garante a identidade de uma pessoa ou empresa identificação, estado etc.);
em transações digitais. Garante autenticidade, irretrata- • nome da Autoridade Certificadora (AC) que emitiu o
bilidade e validade jurídica aos documentos e transações certificado;
comerciais realizadas pela Internet. • o número de série e o período de validade do certifi-
Instalado no browser e no programa de correio ele-
cado;
Informática

trônico do proprietário do certificado digital, contém as


seguintes informações: nome e endereço de e-mail do titular • a assinatura digital da AC.
do certificado, chave pública, data de validade da chave
pública, identificação e assinatura digital da CA, algoritmos O objetivo da assinatura digital no certificado é indicar
usados. Pode ser visto nos sites por meio de duplo clique no que outra entidade (a Autoridade Certificadora) garante a
cadeado da barra de status. veracidade das informações nele contidas.

Openbook Apostilas 111


EXERCÍCIOS a) Segura.
b) De risco.
1. (AOCP/Prefeitura de Valença-BA/Técnico Ambiental/2016) c) Deep web.
Considerando o MS-WORD 2007, versão português, d) Anônima.
para agilizar o acesso às funcionalidades, existem e) Abstrata.
combinações de teclas pré-definidas, como “Ctrl + C”
para copiar e “Ctrl + V” para colar. Essa “combinação 6. (AOCP/Prefeitura de Valença-BA/Técnico Ambiental/2016)
de teclas” é conhecida como Acerca da identificação de arquivos, considerando um
a) atalhos de teclado. arquivo armazenado no computador com o nome con-
b) tecla de Aderência. curso.RTF, através da extensão é correto afirmar que
c) tecla Key. a) trata-se de um arquivo no formato de planilha ele-
d) tecla Direta. trônica.
e) atalho Contínuo. b) trata-se de um arquivo no formato de documento
de texto.
2. (AOCP/Prefeitura de Valença-BA/Técnico Ambiental/2016) c) trata-se de um arquivo no formato de vídeo.
No Sistema Operacional Windows 7, ao pressionar a d) trata-se de um arquivo no formato de áudio.
e) trata-se de um arquivo no formato que surgiu em
tecla (Winkey), substituição ao PDF.
a) o sistema operacional será desligado.
b) o sistema operacional entrará em modo de economia 7. (AOCP/Prefeitura de Valença-BA/Técnico Ambiental/2016)
de energia. Considerando o MS-PowerPoint 2007, versão portu-
c) será acionado o Windows Explorer. guês, em sua configuração padrão, assinale a alterna-
d) será acionado o gerenciador de tarefas. tiva que apresenta a forma correta para iniciar uma
e) será acionado o menu iniciar. apresentação a partir do primeiro slide.
a) Pressionar a tecla F1.
3. (AOCP/Prefeitura de Valença-BA/Técnico Ambiental/2016) b) Executar a tecla de atalho Ctrl + X.
Considerando o MS-EXCEL 2007, versão português, e a c) Pressionar a tecla F5.
imagem da seguinte tabela, para a célula A1 assumir o d) Executar a tecla de atalho Ctrl + esc.
“tom de cinza” ilustrado, foi utilizada a tecla e) Executar a tecla de atalho Ctrl + Enter.

8. (AOCP/Prefeitura de Valença-BA/Técnico Ambiental/2016)


Acerca do motor de busca na internet www.google.com.
br, o serviço que possibilita visualizar mapas e obter
rotas de tráfego é o

a) – cor de preenchimento.

b) – cor de fundo.

c) – sombreamento.

d) – colorir.

e) – pintar. a) gps.google.com.br
b) bussola.google.com.br
4. (AOCP/Prefeitura de Valença-BA/Técnico Ambien- c) estradas.google.com.br
tal/2016) Analise as alternativas a seguir e assinale a d) maps.google.com.br
que apresenta um Software Livre. e) direcao.google.com.br
a) MS-Word.
b) Windows Media Player. 9. (AOCP/Prefeitura de Valença-BA/Técnico Ambiental/2016)
c) Writer.
Considerando o software CALC (LibreOffice) em portu-
d) MS-Excel.
guês, versão 4.1, a construção de uma fórmula é muito
e) Internet Explorer.
semelhante aos procedimentos utilizados no MS-EXCEL.
5. (AOCP/Prefeitura de Valença-BA/Técnico Ambiental/2016) Uma fórmula que seja capaz de somar os números 3 e
Considerando o Navegador Google Chrome, versão 48 7 deve iniciar com o caractere
em português, as imagens a seguir indicam que o na- a) &
vegador está em qual modo de navegação? b) =
c) %
d) $
Informática

e) !

10. (AOCP/Prefeitura de Valença-BA/Técnico Ambiental/2016)


Acerca dos conhecimentos básicos sobre Hardware, um
mouse que contenha o tipo de conector ilustrado na
imagem a seguir deve ser conectado na porta

112 Openbook Apostilas


a) SPICE.
b) TMEM.
c) RAM.
d) PLEX.
a) USB. e) EXA.
b) fone de ouvido.
c) HDMI. 17. (AOCP/Fundasus/Auxiliar Técnico/2015) Considerando
d) Blu-Ray. o MS-EXCEL 2007, versão português, e a planilha a se-
e) PS/2. guir, assinale a alternativa que apresenta o valor correto
que será exibido após a execução da seguinte fórmula:
11. (AOCP/Fundasus/Assistente Administrativo/2015) Con-
siderando o MS-WORD 2007 em sua instalação padrão, =B2*C1+B3
o recurso que permite ao Word quebrar linhas entre as
sílabas das palavras (separação de sílabas ao final de
cada linha) é
a) a separação.
b) a hifenização.
c) o vocábulo.
d) centralizar.
e) concatenar.
a) 0.
12. (AOCP/Fundasus/Assistente Administrativo/2015)Assi- b) 3.
nale a alternativa que descreve de forma correta uma c) 5.
mídia de armazenamento que utiliza a tecnologia óptica d) 10.
para leitura/ gravação. e) 15.
a) Memória RAM.
b) Memória CACHE. 18. (AOCP/Fundasus/Auxiliar Técnico/2015) Considerando
c) Cartão SD. a Área de Trabalho do sistema operacional Windows XP,
d) DVD. em sua instalação padrão, assinale a alternativa correta.
e) Pendrive. a) A hora atual do sistema é exibida na barra de tarefas.
b) O menu iniciar fica localizado no topo do desktop.
13. (AOCP/Fundasus/Assistente Administrativo/2015)Em c) O ícone da Lixeira não pode ser visualizado.
uma fórmula do MS-EXCEL 2007, versão português, que d) O papel de parede não pode ser alterado por uma
objetiva a soma total de um determinado intervalo de imagem pessoal.
células, pode ser utilizada a função e) O canto superior direito exibe o fuso horário mundial.
a) =SOMA()
b) =ADIÇÃO()
c) =TOTAL() 19. (AOCP/Fundasus/Auxiliar Técnico/2015) Acerca dos ter-
d) =GERAL() mos utilizados na internet, quando baixa-se um arquivo,
e) =ST() realiza-se
a) uma desfragmentação de disco.
14. (AOCP/Fundasus/Assistente Administrativo/2015)No b) uma compactação em seu tamanho físico.
sistema operacional Windows XP, em sua instalação c) uma compactação em seu tamanho lógico.
padrão, quando o usuário executa a tecla de atalho d) um UPLOAD.
ALT + F4, Obs. e) um DOWNLOAD.
O caractere “+” foi utilizado apenas para a interpretação
da questão. 20. (AOCP/Fundasus/Técnico/Contabilidade/2015) Consi-
a) abre-se o editor de texto Bloco de Notas. derando o MS-WORD 2007 em sua instalação padrão,
b) abre-se o utilitário para manutenção de disco Scan- assinale a alternativa que apresenta o recurso que per-
disk. mite a visualização de um “plano de fundo quadricu-
c) é permitido que o usuário encerre o programa em lado”, que pode ser usado para alinhar os objetos do
execução. documento.
d) é permitido que o usuário abra o Painel de Controle.
e) é acessado o Gerenciador de Tarefas.

15. (AOCP/Fundasus/Assistente Administrativo/2015)Acer-


ca dos termos utilizados na internet, quando anexamos
um arquivo a uma mensagem de e-mail, estamos rea-
lizando uma operação de
a) ROM. a) Eixo X,Y.
b) Boot. b) Linhas de Grade.
c) Hashtag. c) Quadricular.
Informática

d) Upload. d) Matriz.
e) UML. e) Riscar.

16. (AOCP/Fundasus/Auxiliar Técnico/2015) Assinale a al- 21. (AOCP/Fundasus/Técnico/Contabilidade/2015) Assinale


ternativa que apresenta um tipo de memória PRIMÁRIA a alternativa que apresenta um tipo de memória PRI-
existente nos Computadores Pessoais. MÁRIA existente nos Computadores Pessoais.

Openbook Apostilas 113


a) SPICE. 27. (AOCP/FUNDASUS/Técnico de Enfermagem/2016)Acer-
b) TMEM. ca dos termos utilizados na internet, quando anexamos
c) RAM. um arquivo a uma mensagem de e-mail, estamos rea-
d) PLEX. lizando uma operação de
e) EXA. a) ROM.
b) Boot.
22. (AOCP/Fundasus/Técnico/Contabilidade/2015) Con- c) Hashtag.
siderando o MS-EXCEL 2007, versão português, e a d) Upload.
planilha a seguir, assinale a alternativa que apresenta e) UML.
o valor correto que será exibido após a execução da
seguinte fórmula: 28. (AOCP/Fundasus/Agente Comunitário de Saúde/2015)
Considerando o MS-WORD 2007 em sua instalação pa-
=B2*C1+B3 drão, assinale a alternativa que apresenta o efeito de
fonte aplicado na palavra a seguir:

APROVADO
a) Negrito.
b) Itálico.
c) Sobrescrito.
d) Tachado.
a) 0. e) Sublinhado.
b) 3.
c) 5. 29. (AOCP/Fundasus/Agente Comunitário de Saúde/2015)
Assinale a alternativa que apresenta a porta de comuni-
d) 10.
cação (barramento) utilizada para conectar o PENDRIVE.
e) 15.

23. (AOCP/Fundasus/Técnico/Contabilidade/2015) Conside-


rando a Área de Trabalho do sistema operacional
Windows XP, em sua instalação padrão, assinale a al-
ternativa correta.
a) A hora atual do sistema é exibida na barra de tarefas. a) AGP.
b) O menu iniciar fica localizado no topo do desktop. b) USB.
c) O ícone da Lixeira não pode ser visualizado. c) Óptico.
d) O papel de parede não pode ser alterado por uma d) Bluetooth.
imagem pessoal. e) Blu-Ray.
e) O canto superior direito exibe o fuso horário mun-
dial. 30. (AOCP/Fundasus/Agente Comunitário de Saúde/2015)
Assinale a alternativa que apresenta a denominação
24. (AOCP/Fundasus/Técnico/Contabilidade/2015) Acerca correta para o Software representado na imagem a
dos termos utilizados na internet, quando baixa-se um seguir.
arquivo, realiza-se
a) uma desfragmentação de disco.
b) uma compactação em seu tamanho físico.
c) uma compactação em seu tamanho lógico.
d) um UPLOAD.
e) um DOWNLOAD.

25. (AOCP/FUNDASUS/Técnico de Enfermagem/2016) Assi-


nale a alternativa que descreve de forma correta uma
mídia de armazenamento que utiliza a tecnologia óptica
para leitura/ gravação.
a) Memória RAM.
b) Memória CACHE. a) MS-Excel.
c) Cartão SD. b) MS-Word.
d) DVD. c) Paint.
e) Pendrive. d) Internet.
e) E-Mail.
26. (AOCP/FUNDASUS/Técnico de Enfermagem/2016)Em
uma fórmula do MS-EXCEL 2007, versão português, que 31. (AOCP/Fundasus/Agente Comunitário de Saúde/2015)
objetiva a soma total de um determinado intervalo de Acerca dos periféricos relacionados a seguir, assinale a
alternativa que apresenta um mouse.
Informática

células, pode ser utilizada a função


a) =SOMA()
b) =ADIÇÃO()
c) =TOTAL()
d) =GERAL()
e) =ST() a)

114 Openbook Apostilas


37. (AOCP/Fundasus/Jornalista/2015) Assinale a alternativa
que apresenta o cliente de e-mail padrão do Sistema
b) Operacional Windows XP.
a) IncrediMail.
b) BrOffice.
c) c) Open Office.
d) Microsoft Writter
e) Outlook Express.

d) 38. (AOCP/TRE-AC/Analista Judiciário/2015) Um usuário do


MS-Excel 2010 ou superior, português – Brasil, necessita
referenciar a célula B5 da planilha 2, “Plan2”, na célula
A3 da planilha 1, “Plan1”. O comando correto a ser di-
gitado pelo usuário para a criação dessa referência é
e) a) =Plan2!B5Plan1 !A3
b) =Plan2!B5 + A3
32. (AOCP/Fundasus/Agente Comunitário de Saúde/2015) c) =Plan1 !A3
Acerca dos conceitos e fundamentos básicos da inter- d) =Plan2!B5
net, a nomenclatura E-MAIL representa e) =Plan1 !A3!B5
a) Editor de Vídeo.
b) Bloco de Notas. 39. (AOCP/TRE-AC/Analista Judiciário/2015) Um usuário
c) Planilha Eletrônica. necessita de uma aplicação para cadastrar rapidamen-
d) Correio Eletrônico. te seus clientes. Existe uma ferramenta do MS-Office
e) Música Online. Professional que permite a criação de uma base de da-
dos e de aplicações com essa finalidade. Esse programa
33. (AOCP/Fundasus/Jornalista/2015) Considerando o
denomina-se
MS-WORD 2007 versão português, em sua instalação
padrão, assinale a alternativa que apresenta a funcio- a) MS-Access.
nalidade da imagem (ícone) a seguir. b) MS-Excel.
c) MS-Word.
d) MS-Writer.
e) MS-Calc.
a) Recortar.
b) Copiar. 40. (AOCP/TRE-AC/Técnico/2015) Dentre os vários aplica-
c) Colar tivos para lidar com cálculos no dia a dia utilizando o
d) Correção Ortográfica. computador, está a planilha eletrônica. O LibreOffice
e) Ortografia e Gramática. possui um aplicativo gratuito de planiiha eletrônica que
é conhecido como
34. (AOCP/Fundasus/Jornalista/2015) Considerando o Sis- a) Excel.
tema Operacional LINUX, o “nome do login” do supe- b) Wrlter
rusuário padrão é c) Math.
a) root. d) Calc
b) super. e) Navegador.
c) usu.
d) master. 41. (AOCP/TRE-AC/Técnico/2015) O bit é a unidade essen-
e) primary. cial para o funcionamento do computador. Praticamen-
te, todo hardware comunica- se por meio desse sinal.
35. (AOCP/Fundasus/Jornalista/2015) Considerando o MS- O valor exato de 1KB (Um Kilobyte) é
-EXCEL 2007, em sua instalação padrão, o recurso que a) 999 Bytes.
tem a função de “impedir que dados inválidos sejam b) 1064 Bytes.
digitados em uma célula” é c) 2000 Bytes.
a) o bloqueio de célula.
d) 1048 Bytes.
b) a validação de dados.
e) 1024 Bytes.
c) a liberação de célula.
d) o filtro.
e) mesclar. 42. (AOCP/TRE-AC/Técnico/2015) Os softwares são essen-
ciais para a interação homem/máquina. Existem sof-
36. (AOCP/Fundasus/Jornalista/2015) Considerando o na- twares que são proprietários e outros que são livres.
vegador Mozilla Firefox, versão 38.0.5, em sua instala- Segundo a Fundação para o Software Livre, é conside-
ção padrão, para exibição do histórico de navegação, rado livre qualquer programa que pode ser copiado,
basta executar a tecla de atalho usado, modificado e redistribuído de acordo com as
Obs.: o caractere “+” foi utilizado apenas para a inter- necessidades do usuário. Dessa forma, assinale a al-
Informática

pretação das alternativas. ternativa que apresenta um exemplo de software livre.


a) Shift+F7 a) iOS.
b) Alt+F4 b) Windows Server.
c) Alt+F7 c) Ubuntu Linux.
d) Ctrl+H d) MS-Offíce.
e) Ctrl+I e) Windows 7.

Openbook Apostilas 115


43. (Cespe/Prefeitura de São Paulo-SP/Assistente de Ges- 47. (Cespe/CPRM/Técnico de Geociências/2016) A respeito
tão/2016) Assinale a opção correta acerca do sistema do Microsoft Word, assinale a opção correta.
operacional Linux. a) A opção Caixa de Texto, da guia Inserir, permite que
a) O Linux é um software que equivale ao pacote de o usuário inclua dentro do texto em edição partes
ferramentas Microsoft Office no ambiente Windows, de conteúdos pré-formatados e suplementos inde-
as quais são usadas para a edição de documentos, pendentes do texto original.
apresentações e planilhas. b) A função WordArt, da guia Inserir, permite, para fins
b) Os programas próprios para o sistema Linux do paco- decorativos, editar imagens e desenhos dentro do
te de produtos BROffice não funcionam no ambiente próprio documento que está sendo criado.
Windows. c) O Microsoft Word é uma ferramenta exclusiva para
c) O Linux e suas distribuições são softwares de código a edição de textos; ele não dispõe de recursos que
aberto que podem ser usados, copiados e redistri- permitam editar ou inserir equações ou símbolos
buídos sem restrições. matemáticos.
d) Para fins de segurança e também para evitar o uso de d) Na edição de cabeçalhos e rodapés, o texto editado
programas não autorizados, não é possível instalar no cabeçalho se repetirá automaticamente no roda-
o Windows em uma máquina na qual o Linux esteja pé, não havendo a necessidade de copiá-lo e colá-lo.
instalado. e) Ao se inserir a opção Número de Página, da guia
e) Por ser um sistema operacional muito rápido, o Li- Inserir, a numeração será localizada no rodapé da
nux funciona somente em máquinas que utilizem página, centralizada e com tamanho editável.
processadores Intel ou Pentium.
48. (Cespe/CPRM/Técnico de Geociências/2016) Assinale
44. (Cespe/Prefeitura de São Paulo-SP/Assistente de Ges- a opção correta acerca de ferramentas de navegação
tão/2016) O diretório /home, que faz parte da estrutu- na Internet.
ra do Linux, definida no momento da instalação desse a) O Internet Explorer permite que o usuário altere a
sistema, forma de visualização das páginas, como, por exem-
a) armazena os arquivos dos dispositivos do sistema. plo, a posição de textos e de imagens.
b) é o diretório de trabalho do usuário. b) No Internet Explorer, o menu Favoritos permite o
armazenamento de endereços de sítios preferidos,
c) contém os arquivos de inicialização do sistema.
de modo a facilitar novos acessos com um clique
d) armazena as ferramentas de administração do sis-
apenas, não havendo a necessidade de digitar no-
tema.
vamente esses endereços.
e) contém os arquivos de configuração dos principais
c) O bloqueador de pop-ups faz que imagens e anima-
serviços.
ções que ficam aparecendo na tela sejam fixadas e
não se movimentem, para não incomodar a leitura.
45. (Cespe/Prefeitura de São Paulo-SP/Assistente de Ges- d) Páginas da Internet acessadas não podem ser salvas
tão/2016) É procedimento correto de segurança da no computador: seu conteúdo é de propriedade ex-
informação clusiva do criador da página.
a) realizar transações bancárias usando computadores e) No Internet Explorer, é possível excluir o histórico
diferentes, ação que dificulta o mapeamento dos de navegação, o que impedirá o acesso a sítios já
computadores pelos crackers. visitados.
b) desativar a atualização de programas como Java e
os demais plug-ins.
c) não acessar sítios cujos endereços se iniciem com
GABARITO
https.
d) bloquear, por meio de mecanismos de controle no 1. a 14. c 27. d 40. d
computador, o acesso a notícias relacionadas à se- 2. e 15. d 28. e 41. e
gurança da Internet. 3. a 16. c 29. b 42. c
e) usar soluções de segurança como antivírus e fi- 4. c 17. d 30. a 43. c
rewalls. 5. d 18. a 31. c 44. b
6. b 19. e 32. d 45. e
7. c 20. b 33. c 46. a
46. (Cespe/Prefeitura de São Paulo-SP/Assistente de Ges-
8. d 21. c 34. a 47. a
tão/2016) Com relação aos acessórios disponíveis para
9. b 22. d 35. b 48. b
uso no ambiente Windows, assinale a opção correta.
10. e 23. a 36. d
a) O Windows Movie Maker permite editar e gravar
11. b 24. e 37. e
mídias e compartilhá-las por email ou pela Internet.
12. d 25. d 38. d
b) O Bloco de Notas, ferramenta semelhante ao Micro-
13. a 26. a 39. a
soft Word, é destinado à edição avançada de textos
e não precisa ser instalado junto com o pacote Mi-
crosoft Office.
c) O Paint, ferramenta básica utilizada para colorir de-
senhos, não suporta a edição de fotos.
Informática

d) O Windows Explorer, ferramenta de navegação


própria do Windows, é utilizado para acesso a pági-
nasweb da Internet.
e) A Calculadora é uma ferramenta utilizada para cál-
culos básicos e planilhas avançadas de dados finan-
ceiros.

116 Openbook Apostilas


.

.
SUMÁRIO
.
Legislação
.
Estatuto dos Militares do Estado do Ceará (Lei Estadual nº 13.729/2006, e suas alterações até a data de
.
publicação do Edital) ............................................................................................................................................................ 3

Código Disciplinar dos Militares do Estado do Ceará (Lei nº 13.407/2003 e suas alterações até a data de
publicação do Edital) .......................................................................................................................................................... 35

Lei Complementar Estadual nº 98/2011 e suas alterações até a data de publicação do Edital ....................................... 70

Constituição Federal de 1988:


Artigo 5º – Dos Direitos e Garantias Fundamentais ..................................................................................................... 78
Artigo 144 – Da Segurança Pública ............................................................................................................................... 94

Openbook Apostilas
Openbook Apostilas
Legislação
Welma Maia / Fabrício Sarmanho /
Eduardo Muniz Machado Cavalcanti

Welma Maia • Exercer a atividade de polícia judiciária militar esta‑


dual, relativa aos crimes militares definidos em lei,
ESTATUTO DOS MILITARES ESTADUAIS DO inerentes a seus integrantes.
CEARÁ (LEI ESTADUAL N° 13.729/2006, 3. Militares
Alterada pelas Leis nº 13.768/2006,
nº 14.113/2008, nº 14.930/2011, O serviço militar estadual ativo consiste no exercício de
nº 14.931/2011, nº 14.933/2011, atividades inerentes à Polícia Militar e ao Corpo de Bombei‑
ros Militar, compreendendo todos os encargos previstos na
nº 15.456/2013, nº 15.797/2015 e legislação especifica e relacionados com as missões funda‑
Lei Complementar nº 93/2011) mentais da Corporação.
A carreira militar estadual é caracterizada por atividade
1. Introdução continuada e inteiramente devotada às finalidades e missões
fundamentais das Corporações Militares estaduais, denomi‑
O Estatuto dos Militares Estaduais do Ceará regula a nada atividade militar estadual.
A carreira militar estadual é privativa do pessoal da ativa
situação, direitos, prerrogativas, deveres e obrigações dos
das Corporações Militares do Estado, iniciando‑se com o
militares do Estado do Ceará. ingresso e obedecendo‑se à sequencia de graus hierárquicos.
O disposto neste Estatuto aplica‑se, no que couber, Os militares estaduais somente poderão estar em uma
aos  militares estaduais da reserva remunerada e aos re‑ das seguintes situações:
formados.
A condição jurídica dos militares estaduais é definida 3.1 Na ativa
pelos dispositivos constitucionais que lhes forem aplicáveis, • Os militares estaduais de carreira;
por este Estatuto e pela legislação estadual que lhes outor‑ • Cadetes e Alunos‑Soldados de órgãos de formação
guem direitos e prerrogativas e lhes imponham deveres e de militares estaduais;
obrigações. • Os alunos dos cursos específicos de Saúde, Capelâ‑
Os atos administrativos do Comandante‑Geral, com re‑ nia e Complementar, na Polícia Militar e no Corpo
flexos exclusivamente internos, serão publicados em Boletim de Bombeiros Militar, conforme dispuser esta Lei e
Interno da respectiva Corporação Militar. regulamento específico;
• Os componentes da reserva remunerada, quando
convocados.
Atenção:
São militares estaduais do Ceará os membros das Corpo‑ O serviço militar estadual ativo consiste no exercício de
rações Militares do Estado (aí incluídos a Polícia Militar e o atividades inerentes à Polícia Militar e ao Corpo de Bombei‑
Corpo de Bombeiros Militar), instituições organizadas com ros Militar, compreendendo todos os encargos previstos na
base na hierarquia e disciplina, forças auxiliares e reserva legislação especifica e relacionados com as missões funda‑
do Exército, subordinadas ao Governador do Estado e mentais da Corporação.
vinculadas operacionalmente à Secretaria da Segurança
Pública e Defesa Social. Fique de olho:
A vinculação é ato ou efeito de ficarem as Corporações
Militares do Estado sob a direção operacional da Secretaria São equivalentes as expressões “na ativa”, “da ativa”, “em
da Segurança Pública e Defesa Social. serviço ativo”, “em serviço na ativa”, “em serviço”, “em
atividade” ou “em atividade militar”, conferida aos militares
estaduais no desempenho de cargo, comissão, encargo,
2. Missão da Polícia Militar do Estado do Ceará incumbência ou missão militar, serviço ou atividade militar
ou considerada de natureza ou interesse militar, nas
• Exercer a polícia ostensiva; respectivas Corporações Militares estaduais, bem como
• Preservar a ordem pública; em outros órgãos do Estado, da União ou dos Municípios,
• Proteger a incolumidade da pessoa e do patrimônio; quando previsto em lei ou regulamento.
• Garantir os Poderes constituídos no regular desempe‑
nho de suas competências, cumprindo as requisições 3.2 Na inatividade
emanadas de qualquer destes; • os componentes da reserva remunerada, pertencentes
• Exercer a atividade de polícia judiciária militar esta‑ à reserva da respectiva Corporação, da qual percebam
dual, relativa aos crimes militares definidos em lei, remuneração, sujeitos, ainda, à prestação de serviço
inerentes a seus integrantes. na ativa, mediante convocação;
2.1 Missão do Corpo de Bombeiro Militar do Estado Os militares estaduais da reserva remunerada poderão ser
do Ceará convocados para o serviço ativo e poderão também ser para
estes designados, em caráter transitório e mediante aceitação
• A proteção da pessoa e do patrimônio, visando à in‑ voluntária, por ato do Governador do Estado, quando:
Legislação

columidade em situações de risco, infortúnio ou de • se fizer necessário o aproveitamento dos conhecimen‑


calamidade, tos técnicos e especializados do militar estadual;
• A execução de atividades de defesa civil, devendo • não houver, no momento, no serviço ativo, militar
cumprimento às requisições emanadas dos Poderes estadual habilitado a exercer a função vaga existente
estaduais; na Corporação Militar estadual.

Openbook Apostilas 3
O militar estadual designado terá os direitos e deveres • no mínimo, 1,62 m de altura, se candidato do sexo
dos da ativa, em igual situação hierárquica, exceto quanto masculino, e 1,57m, se candidato do sexo feminino;
à promoção, à qual não concorrerá, contando esse tempo • conhecimento do Estatuto Policial em comento, da Lei
como de efetivo serviço. Para tal designação, serão ouvidas a Complementar nº 98, de 20 de junho de 2011, e do
Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social e a Secretaria Código de Disciplina da Polícia Militar e do Corpo de
da Administração. Bombeiros Militar do Estado do Ceará, (Lei Estadual n°
• os reformados, quando, tendo passado por uma das 13.407/2003 – que estudaremos posteriormente).
situações anteriores, estejam dispensados, defini‑ • ter obtido aprovação nas três etapas do concurso, a
tivamente, da prestação de serviço na ativa, mas saber:
continuem a perceber remuneração pela respectiva
Corporação. a) a primeira etapa constará dos exames intelectuais
(provas), de caráter classificatório e eliminatório,
4. Ingresso na Corporação Militar e títulos, quando estabelecido nesta Lei, esse último
de caráter classificatório;
O ingresso na Polícia Militar dar‑se‑á para o preenchi‑ b) a segunda etapa constará de exames médico‑odon‑
mento de cargos vagos, mediante prévia aprovação em tológico, biométrico e toxicológico, de caráter eli‑
concurso público de provas ou de provas e títulos, promovido minatório;
pela Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social em con‑ c) a terceira etapa constará do Curso de Formação
junto com a Secretaria do Planejamento e Gestão, na forma Profissional de caráter classificatório e eliminatório,
que dispuser o Edital do concurso, atendidos os seguintes durante o qual serão realizadas a avaliação psicológi‑
requisitos cumulativos, além dos previstos no Edital: ca, de capacidade física e a investigação social, todos
de caráter eliminatório.
1 Não:
• ser, nem ter sido, condenado judicialmente por prática 5. Atender:
criminosa; • a outras condições previstas nesta Lei, que tratam de
• estar em situação regular com as obrigações eleitorais ingresso específico, conforme cada Quadro ou Quali‑
e militares; ficação.
• ter sido isentado do serviço militar por incapacidade
definitiva; O Edital do concurso público estabelecerá os assuntos
• ter sido licenciado de Corporação Militar ou das Forças a serem abordados, as notas e as condições mínimas a se‑
Armadas no comportamento inferior ao “bom”; rem atingidas para obtenção de aprovação nas diferentes
• ter sido demitido, excluído ou licenciado ex officio “a etapas do concurso e, quando for o caso, disciplinará os
bem da disciplina”, “a bem do serviço público” ou por títulos a serem considerados, os quais terão apenas caráter
decisão judicial de qualquer órgão público, da admi‑ classificatório.
nistração direta ou indireta, de Corporação Militar ou O Edital do concurso público estabelecerá as notas mí‑
das Forças Armadas; nimas das provas do exame intelectual, as performances e
• possuir honorabilidade compatível com a situação de condições mínimas a serem alcançadas pelo candidato nos
futuro militar estadual, tendo, para tanto, boa repu‑ exames médico, biométrico, físico, toxicológico, psicológico
tação social e não estando respondendo a processo
e de habilidade específica, sob pena de eliminação no cer‑
criminal, nem indiciado em inquérito policial.
tame, bem como, quando for o caso, disciplinará os títulos
a serem considerados, os quais terão caráter classificatório.
2 Ser:
Somente será aprovado o candidato que atender a todas
• brasileiro;
• ser portador da carteira nacional de habilitação classifi‑ essas exigências, caso em que figurará entre os classificados
cada, no mínimo, na categoria “B”, na data da matrícula e classificáveis.
no Curso de Formação Profissional. O ingresso na corporação dar‑se‑á, exclusivamente:
• para a carreira de Praça, como Aluno‑Soldado do Curso
3 Se do sexo feminino: de Formação de Soldados;
• não estar grávida, por ocasião da realização do Curso • para a carreira de Oficial combatente, como Cadete
de Formação Profissional, devido à incompatibilidade do Curso de Formação de Oficiais;
desse estado com os exercícios exigidos. • para as carreiras de Oficial de Saúde, Oficial Capelão
e Oficial Complementar na Polícia Militar e no Corpo
4. Ter: de Bombeiros Militar, como aluno.
• na data da matrícula no Curso de Formação Profissional:
– idade igual ou superior a 18 (dezoito) anos e inferior As nomeações decorrentes dos Concursos Públicos
a 30 (trinta) anos, para as carreiras de praça e oficial das Corporações Militares serão processadas através da
do Quadro de Oficiais Policiais Militares – QOPM; Secretaria da Administração do Estado, sendo vedada a
– idade inferior a 35 (trinta e cinco) anos, para a mudança de quadro, salvo no caso de aprovação em novo
carreira de oficial do Quadro de Oficiais de Saúde concurso público.
da Polícia Militar – QOSPM, Quadro Complementar
Bombeiro Militar – QOCPM/BM e Quadro de Oficiais 4.1 Ingresso no Quadro de Oficiais de Saúde da Polícia
Capelães – QOCplPM/BM. Militar
– 30 (trinta) anos, quando militar, para as carreiras
Legislação

de Praça e Oficial. A seleção, para ingresso no Quadro de Oficiais de Saúde,


• ter concluído, na data da posse, o ensino médio para ocorre por meio de concurso público de provas, de caráter
ingresso na Carreira de Praças e curso de nível superior eliminatório, e títulos, de caráter classificatório, que visa à
para ingresso na Carreira de Oficiais, conforme dispuser o seleção e à classificação dos candidatos de acordo com o
edital, ambos reconhecidos pelo Ministério da Educação; número de vagas previamente fixado.

4 Openbook Apostilas
Atenção: prestar apoio espiritual aos militares estaduais, dentro das res‑
pectivas religiões que professam, ocorre por meio de concurso
O ingresso no Quadro de Oficiais de Saúde é feito no posto público de provas ou de provas e títulos, de caráter elimina‑
inicial de Primeiro‑Tenente tório e classificatório, que visa à seleção e à classificação dos
candidatos de acordo com o número de vagas previamente
O concurso de admissão tem como objetivo selecionar fixado, devendo atender às seguintes condições, além das
os candidatos que demonstrem possuir capacidade intelec‑ previstas no tópico (Ingresso na Corporação).
tual, conhecimentos fundamentais, vigor físico e condições
de saúde que lhes possibilitem desenvolver plenamente
1. Ser:
as condições do cargo pleiteado, bem como acompanhar
os estudos por ocasião do Curso de Formação de Oficiais. • sacerdote, ministro religioso ou pastor, pertencente a
Adicionalmente, para ingresso no Quadro de Saúde, os qualquer religião que não atente contra a hierarquia,
candidatos ao posto de Primeiro-Tenente, devem satisfazer as a disciplina, a moral e as leis em vigor;
seguintes condições, além das previstas no tópico 4 já estudado: • aprovado e classificado em prova escrita geral de
Português e específica de Teologia.
1. Ser:
• diplomado por faculdade reconhecida pelo Ministério 2. Possuir:
da Educação na área de saúde específica, conforme • o curso de formação teológica regular, de nível uni‑
dispuser o Edital do concurso; versitário, reconhecido pela autoridade eclesiástica
de sua religião;
2. Para os médicos: • pelo menos 2 (dois) anos de atividade pastoral como
• ter concluído o curso de especialização, residência ou sacerdote, ministro religioso ou pastor, comprovada
pós‑graduação até a data de inscrição do concurso, por documento expedido pela autoridade eclesiástica
conforme dispuser o Edital do concurso; da respectiva religião.
3. Para os farmacêuticos: 3. Ter:
• ter concluído o curso de Farmácia, com o apostila‑ • sido ordenado ou consagrado sacerdote, ministro
mento do diploma em Farmácia‑Bioquímica ou Far‑ religioso ou pastor;
mácia‑Industrial até a data de inscrição do concurso, • sua conduta abonada pela autoridade eclesiástica de
conforme dispuser o Edital do concurso.
sua religião;
4. Para os dentistas • o consentimento expresso da autoridade eclesiástica
• ter concluído o curso de especialização ou residência competente da respectiva.
até a data de inscrição no concurso, conforme dispuser
o Edital do concurso. Os candidatos aprovados no concurso, dentro do limite
de vagas estipuladas, participarão do Curso de Formação de
O concurso público para os cargos de Oficiais do Quadro Oficiais, num período de 6 (seis) meses, durante o qual serão
de Saúde dar‑se‑á na seguinte sequência: equiparados a Cadete do 3º ano do Curso de Formação de
Oficiais, fazendo jus à remuneração correspondente.
Exame Intelectual que constará de provas escritas geral
e específica. Atenção:
Inspeção de Saúde realizada por uma Junta de Inspeção O ingresso no Quadro de Oficiais Capelães é feito no posto
de Saúde Especial, com a convocação inicial de Primeiro‑Tenente
respectiva acontecendo de acordo
com a aprovação e classificação no Após o Curso de Formação de Oficiais, ou Curso de
Exame Intelectual, dentro do limite Formação Profissional, se considerado aprovado, o can‑
de vagas oferecidas. didato será nomeado 2º Tenente, por ato do Governador
do Estado.
Os candidatos aprovados no concurso, dentro do limite O Serviço Religioso Militar do Estado será proporcionado
de vagas estipuladas, participarão de Curso de Formação de pela Corporação, ministrado por Oficial Capelão, na condi‑
Oficiais, num período de 6 (seis) meses, durante o qual serão ção de sacerdote, ministro religioso ou pastor de qualquer
equiparados a Cadete do 3º ano do Curso de Formação de religião, desde que haja, pelo menos, um terço de militares
Oficiais, fazendo jus à remuneração correspondente. estaduais da ativa que professem o credo e cuja prática não
Após o Curso de Formação de Oficiais ou Curso de For‑ atente contra a Constituição e as leis do País, e será exercido
mação Profissional, se considerado aprovado, o candidato na forma estabelecida por esta Lei.
será nomeado 2º Tenente, por ato do Governador do Estado. O Oficial do Quadro de Capelães, quando afastado ou
As vagas fixadas para cada Quadro serão preenchidas impedido definitivamente ou licenciado do exercício do
de acordo com a ordem de classificação final no Curso de ministério eclesiástico, por ato da autoridade eclesiástica
Formação. competente de sua religião será demitido da Corporação, por
O Oficial do Quadro de Saúde, quando afastado ou impe‑
incompatibilidade para com a função de seu cargo, sendo‑lhe
dido definitivamente ou licenciado do exercício da medicina,
da farmácia ou da odontologia, por ato do Conselho compe‑ assegurado o contraditório e a ampla defesa.
tente, será demitido da Corporação, por incompatibilidade
para com a função de seu cargo, sendo‑lhe assegurado o 4.3 Quadro de Oficiais de Administração
contraditório e a ampla defesa.
O Quadro de Oficiais de Administração – QOA da Polícia
Legislação

4.2 Ingresso no Quadro de Oficiais Capelães da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros Militar serão constituídos de
Militar Segundos-Tenentes, Primeiros-Tenentes, Capitães e Majores.
O Quadro de Oficiais de Administração destina‑se a
A seleção, para posterior ingresso no Quadro de Oficiais prestar apoio às atividades da Corporação, mediante o
Capelães, do Serviço Religioso Militar do Estado, destinado a desempenho de funções administrativas e operacionais.

Openbook Apostilas 5
Os Oficiais do QOA exercerão as funções privativas de concluído o Curso de Habilitação de Oficiais com aprovei‑
seus respectivos cargos, nos termos estabelecidos nas nor‑ tamento, obterá o acesso ao posto de 2º Tenente do QOA.
mas dos Quadros de Organização da respectiva Corporação. Os cursos de Formação de Sargentos – CFS, de Habilita‑
A partir de 2015, com a edição da Lei nº 15.797 que ção a Sargento – CHS; de Aperfeiçoamento de Sargentos –
deu nova redação ao art. 22 do Estatuto, foi autorizada a CAS, ou o Curso de Habilitação a Subtenente  – CHST são
designação de Oficial do QOA para as funções de Comando e aqueles efetivados pela Corporação ou, com autorização
Comando Adjunto de subunidades, o que antes era proibido. do Comando‑Geral, em outra Organização Militar Estadual
Ressalvadas as restrições expressas nesta Lei, os Oficiais respectiva, não sendo admitidas equiparações destes com
do QOA têm os mesmos direitos, regalias, prerrogativas, quaisquer outros cursos diversos, como dispensa de requisito
vencimentos e atribuídas aos Oficiais de igual posto dos para ingresso no Curso de Habilitação de Oficiais ou para
demais Quadros. qualquer outro efeito.
O ingresso no Quadro de Oficiais de Administração  –
5. Seleção e Ingresso no Curso de Habilitação de QOA, e no Quadro de Oficiais Especialistas – QOE, dar‑se‑á
mediante aprovação e classificação no processo seletivo,
Oficiais e Ingresso no Quadro e após conclusão com aproveitamento no respectivo curso,
obedecido estritamente o número de vagas existente nos
Para a seleção e ingresso no Curso de Habilitação de respectivos Quadros.
Oficiais, deverão ser observados, necessária e cumula‑ As vagas fixadas para cada Quadro serão preenchidas
tivamente, até a data de encerramento das inscrições, de acordo com a ordem de classificação final no Curso de
os seguintes requisitos: Habilitação.
• ser Subtenente do serviço ativo da respectiva Corpo‑ Compete ao Comandante‑Geral estabelecer, em regula‑
ração, e: mento, publicado no Diário Oficial do Estado e Boletim Interno
da Corporação, o número de vagas e as condições de funcio‑
Estar namento do curso, obedecidas as disposições estabelecidas
• classificado, no mínimo, no “ótimo” comportamento; nesta Lei, e de conformidade com o número de vagas dispo‑
níveis no posto de Primeiro‑Tenente do respectivo Quadro.
Possuir:
• o Curso de Formação de Sargentos – CFS, ou o Curso de 5.1 Promoções nos Quadros
Habilitação a Sargento – CHS;
• o Curso de Aperfeiçoamento de Sargentos  – CAS, ou As promoções no QOA e no QOE obedecerão aos mesmos
Curso de Habilitação a Subtenente – CHST; requisitos e critérios estabelecidos neste Estatuto para a
• possuir diploma de curso superior de graduação, reco‑ promoção de oficiais da Corporação, até o posto de Capitão.
nhecido pelo Ministério da Educação. O preenchimento das vagas ao posto de Primeiro‑Tenente
obedecerá, rigorosamente, à  ordem de classificação final
Ser: obtida no Curso de Habilitação de Oficiais, dentro do número
• considerado apto, para efeito de curso, pela Junta de de vagas disponíveis.
Saúde de sua Corporação;
• considerado apto em exame físico. 6. Hierarquia e Disciplina na Corporação Militar
Ter:
• no mínimo, 15 (quinze) anos de efetivo serviço na Cor‑ A hierarquia e a disciplina são a base institucional das
poração Militar do Estado do Ceará, computados até a Corporações Militares do Estado, nas quais a autoridade
data de encerramento das inscrições do concurso. e a responsabilidade crescem com o grau hierárquico do
militar estadual.
• não estar enquadrado em nenhuma das situações a
abaixo: Hierarquia Disciplina
militar estadual
• submetido a Processo Regular (Conselho de Disciplina) É a ordenação da autoridade É a rigorosa observância e o
ou indiciado em inquérito policial militar; em níveis diferentes dentro acatamento integral às leis,
• condenado à pena de suspensão do exercício de cargo da estrutura da Corporação, regulamentos, normas e dis‑
ou função, durante o prazo que persistir a suspensão; obrigando os níveis inferio‑ posições que fundamentam
• cumprindo sentença, inclusive o tempo de sursis; res em relação aos supe‑ a Corporação Militar Estadual
• gozando Licença para Tratar de Interesse Particular – LTIP; riores. e coordenam seu funciona‑
• no exercício de cargo ou função temporária, estranha A ordenação é realizada por mento regular e harmônico,
à atividade policial ou bombeiro militar ou à Segurança postos ou graduações dentro traduzindo‑se pelo perfeito
Pública; de um mesmo posto ou de cumprimento do dever por
• estiver respondendo a processo‑crime, salvo quando uma mesma graduação e se parte de todos, com o correto
decorrente do cumprimento de missão policial militar faz pela antiguidade ou pre‑ cumprimento, pelos subordi‑
ou bombeiro militar; cedência funcional no posto nados, das ordens emanadas
• ter sido punido com transgressão disciplinar de natureza ou na graduação. dos superiores.
grave nos últimos 24 (vinte e quatro) meses. O respeito à hierarquia é A disciplina e o respeito à
consubstanciado no espírito hierarquia devem ser manti‑
Para o ingresso no QOE, o candidato deverá ser aprova‑ de acatamento à sequência dos em todas as circunstân‑
Legislação

do, também, em Exame de Suficiência Técnica da Especia‑ crescente de autoridade. cias entre os militares.
lidade, conforme disposto no disciplinamento do processo
seletivo. A subordinação não afeta, de nenhum modo, a dignidade
O candidato aprovado e classificado no Processo Seleti‑ do militar estadual e decorre, exclusivamente, da estrutura
vo e que, em consequência, tenha sido matriculado e haja hierarquizada e disciplinada da Corporação Militar.

6 Openbook Apostilas
6.1 Círculos Hierárquicos

Os círculos hierárquicos e a escala hierárquica nas Corporações Militares Estaduais estão fixados nestes três esquemas:

CÍRCULOS ESCALA HIERÁRQUICA


Coronel Comandante-Geral
Coronel
Superiores
Tenente‑Coronel
OFICIAIS POSTOS Major
Intermediários Capitão
Primeiro‑Tenente
Subalternos
Segundo-Tenente

CÍRCULOS ESCALA HIERÁRQUICA


Subtenentes
Subtenente
e
e
Primeiro, Segundo e
GRADU Primeiro, Segundo e Terceiro Sagento
PRAÇAS Terceiros Sargentos
GRADUAÇÕES
Cabos Cabo
e e
Soldados Soldado

Posto é o grau hierárquico do Oficial, conferido pelo Go‑ Em igualdade de postos ou graduações, entre os inte‑
vernador do Estado, correspondendo cada posto a um cargo. grantes da Polícia Militar do Ceará e do Corpo de Bombeiros
Graduação é o grau hierárquico da Praça, conferido Militar do Ceará, os  da Polícia Militar terão precedências
pelo Comandante‑Geral, correspondendo cada graduação hierárquicas sobre os do Corpo de Bombeiros Militar.
a um cargo. A precedência entre as praças especiais e as demais
Sempre que o militar estadual da reserva remunerada ou praças é assim regulada:
reformado fizer uso do posto ou graduação, deverá fazê‑lo • os Aspirantes‑a‑Oficial são hierarquicamente superio‑
mencionando essa situação. res às demais praças;
A precedência (prioridade) entre militares estaduais • os Cadetes são hierarquicamente superiores aos
da ativa, do mesmo grau hierárquico, é  assegurada pela Subtenentes, Primeiros‑Sargentos, Cabos, Soldados e
antiguidade no posto ou na graduação, salvo nos casos de Alunos‑Soldados.
precedência funcional abaixo estabelecida, em outra lei ou
regulamento. Será organizado o registro de todos os Oficiais e Gradua‑
A antiguidade entre os militares do Estado, em igualdade dos, em atividade, cujos resumos constarão dos Almanaques
de posto ou graduação, será definida, sucessivamente, pelas de cada Corporação. Os  Almanaques, um para Oficiais e
seguintes condições: outro para Subtenentes e Primeiros‑Sargentos, conterão
• data da última promoção; configurações curriculares, complementadas com fotos do
• prevalência sucessiva dos graus hierárquicos anteriores; tamanho 3 x 4, de frente e com farda, de todos os militares
• classificação no curso de formação ou habilitação; em atividade, distribuídos por seus Quadros e Qualificações,
• data de nomeação ou admissão; de acordo com seus postos, graduações e antiguidades,
• maior idade. observando‑se a precedência funcional.
A Polícia Militar manterá um registro de todos os dados
Nos casos de promoção a Segundo-Tenente ou admissão referentes ao pessoal da reserva remunerada, dentro das
de Cadetes ou Alunos-Soldados prevalecerá, para efeito de respectivas escalas numéricas, segundo instruções baixadas
antiguidade, a ordem de classificação obtida nos respectivos pelo respectivo Comandante‑Geral.
cursos ou concursos. Concluído o Curso de Formação de Oficiais, ou Curso de
Entre os alunos de um mesmo órgão de formação policial Formação Profissional, para o QOPM, QOSPM, QOCpIPM,
militar ou bombeiro militar, a antiguidade será estabelecida eo Curso de Habilitação de Oficiais , para o QOAPM, e obtid
de acordo com o regulamento do respectivo órgão. aprovação, serão os concludente nomeados ou obterão
Em igualdade de posto ou graduação, os militares es‑ acesso, por ordem de classificação mo respectivo curso, ao
taduais da ativa têm precedência sobre os da inatividade. posto de SegundoTenente, atraves de ato governamental.

7. Cargo, Função e Comando


Atenção:
Em igualdade de posto, na Polícia Militar do Ceará, as pre‑ 7.1 Cargos
cedências entre os Quadros se estabelecerão na seguinte
ordem: Os cargos de provimento efetivo dos militares estaduais
• Quadro de Oficiais Policiais Militares – QOPM são os postos e graduações previstos na Lei de Fixação de Efe‑
• Quadro de Oficiais de Saúde – QOSPM tivo de cada Corporação Militar, compondo as carreiras dos
Legislação

• Quadro de Oficiais Capelães – QOCplPM militares estaduais dentro de seus Quadros e Qualificações,
• Quadro de Oficiais de Administração – QOAPM somente podendo ser ocupados por militar em serviço ativo.
O provimento do cargo de Oficial é realizado por ato
Em igualdade de graduação, as praças combatentes têm governamental e o da Praça, por ato administrativo do
precedência sobre as praças especialistas. Comandante‑Geral.

Openbook Apostilas 7
Os cargos de provimento em comissão, inerentes a co‑ quando conduz subordinados ou dirige uma Organização
mando, direção, chefia e coordenação de militares estaduais, Militar Estadual, sendo vinculado ao grau hierárquico e
previstos na Lei de Organização Básica da Corporação Militar, constituindo uma prerrogativa impessoal, em cujo exercício
são de livre nomeação e exoneração pelo Chefe do Poder o militar estadual se define e se caracteriza como chefe.
Executivo, somente podendo ser providos por militares do O Oficial é preparado, ao longo da carreira, para o exer‑
serviço ativo da Corporação. cício do comando, da chefia e da direção das Organizações
O Comandante‑Geral poderá, provisoriamente, por Militares Estaduais.
necessidade institucional urgente devidamente motivada, Os Subtenentes e Sargentos auxiliam e complementam
designar o oficial para o cargo em comissão ou dispensá‑lo, as atividades dos oficiais na capacitação de pessoal e no
devendo regularizar a situação no prazo de 15 (quinze) dias emprego dos meios, na instrução, na administração e no
a contar do ato, sob pena de restabelecer‑se a situação comando de frações de tropa, mesmo agindo isoladamente
anterior. nas diversas atividades inerentes a cada Corporação.
A designação ou dispensa mencionada acima tem na‑
No exercício das atividades mencionadas no comando
tureza meramente acautelatória, não constituindo sanção
de elementos subordinados, os  Subtenentes e os Sar‑
disciplinar.
O militar estadual que ocupar cargo em comissão, de gentos deverão impor‑se pela lealdade, pelo exemplo e
forma interina, fará jus, após 30 (trinta) dias, às vantagens pela capacidade profissional e técnica, incumbindo‑lhes
e outros direitos a ele inerentes. assegurar a observância minuciosa e ininterrupta das or‑
A cada cargo militar estadual corresponde um conjunto dens, das regras do serviço e das normas operativas pelas
de atribuições, deveres e responsabilidades que se consti‑ praças que lhes estiverem diretamente subordinadas, e à
tuem em obrigações do respectivo titular. manutenção da coesão e do moral das mesmas praças em
As atribuições e obrigações inerentes a cargo militar todas as circunstâncias.
estadual devem ser, preferencialmente, compatíveis com Os Cabos e Soldados são, essencialmente, os responsá‑
o correspondente grau hierárquico, e  no caso do militar veis pela execução.
estadual do sexo feminino, preferencialmente, levando‑se Cabe ao militar estadual a responsabilidade integral
em conta as diferenciações físicas próprias, tudo definido pelas decisões que tomar, pelas ordens que emitir e pelos
em legislação ou regulamentação específicas. atos que praticar.

Fique de olho: 8. Compromisso


O cargo militar estadual é considerado vago:
• a partir de sua criação e até que um militar estadual dele O cidadão que ingressar na Corporação Militar Estadual
tome posse; prestará compromisso de honra, no qual afirmará aceitação
• desde o momento em que o militar estadual for exone‑ consciente das obrigações e dos deveres militares e mani‑
rado, demitido ou expulso; festará a sua firme disposição de bem cumpri‑los.
O compromisso terá caráter solene e será prestado na
Consideram‑se também vagos os cargos militares estadu‑ presença de tropa ou guarnição formada, tão logo o militar
ais cujos ocupantes: estadual tenha adquirido um grau de instrução compatível
• tenham falecido; com o perfeito entendimento de seus deveres como inte‑
• tenham sido considerados extraviados; grante da respectiva Corporação Militar Estadual.
• tenham sido considerados desertores.

É considerado ocupado para todos os efeitos o cargo Compromissos a serem prestados:


preenchido cumulativamente, mesmo que de forma provi‑ Quando se tratar de praça da Polícia Militar:
sória, por detentor de outro cargo militar. “Ao ingressar na Polícia Militar do Ceará, prometo regular
a minha conduta pelos preceitos da moral, cumprir
7.2 Função rigorosamente as ordens das autoridades a que estiver
subordinado e dedicar‑me inteiramente ao serviço
Função militar estadual é o exercício das obrigações policial‑militar, à polícia ostensiva, à preservação da ordem
inerentes a cargo militar estadual. pública e à segurança da comunidade, mesmo com o risco
da própria vida”.
Substituição de cargos e funções dentro da Corporação
Quando for promovido ao primeiro posto:
Dentro de uma mesma Organização Militar Estadual, “Perante a Bandeira do Brasil e pela minha honra, prometo
a  sequência de substituições para assumir cargos ou res‑ cumprir os deveres de Oficial da Polícia Militar do Ceará e
ponder por funções, bem como as normas, atribuições e dedicar‑me inteiramente ao serviço”.
responsabilidades relativas, são as estabelecidas em lei ou
regulamento, respeitada a qualificação exigida para o cargo 9. Direitos dos Militares Estaduais
ou exercício da função.
As obrigações que, pelas generalidades, peculiaridades, São direitos dos militares estaduais:
duração, vulto ou natureza, não são catalogadas em Quadro
• garantia da patente quando oficial e da graduação
de Organização ou dispositivo legal, são cumpridas como
encargo, incumbência, comissão, serviço, ou atividade militar quando praça em toda a sua plenitude, com as vanta‑
estadual ou de natureza militar estadual. gens, prerrogativas e deveres a elas inerentes;
Legislação

• estabilidade para o oficial, desde a investidura, e para


7.3 Comando a praça, quando completar mais de 3 (três) anos de
efetivo serviço;
Comando é a soma de autoridade, deveres e responsabi‑ • uso das designações hierárquicas;
lidades de que o militar estadual está investido legalmente, • ocupação de cargo na forma desta Lei;

8 Openbook Apostilas
• percepção de remuneração; grave irreversível, em tratamento específico, a fim de
• constituição de pensão de acordo com a legislação garantir o devido cuidado, comprovada a necessidade
vigente; por Junta Médica de Saúde da Corporação;
• promoção, na conformidade desta Lei; • alimentação;
• transferência para a reserva remunerada, a pedido, • a percepção de diárias quando se deslocar, a serviço,
ou reforma; da localidade onde tem exercício para outro ponto
• férias obrigatórias, afastamentos temporários do do território estadual, nacional ou estrangeiro, como
serviço e licenças, nos termos desta Lei; forma de indenização das despesas de alimentação e
• exoneração a pedido; hospedagem, na forma de Decreto do Chefe do Poder
• porte de arma, quando oficial em serviço ativo ou em Executivo.
inatividade, salvo por medida administrativa acaute‑
latória de interesse social, aplicada pelo Controlador 9.1 Elegibilidade
Geral de Disciplina dos Órgãos de Segurança Pública
e Sistema Penitenciário, inativação proveniente de Importante:
alienação mental, condenação que desaconselhe o O militar estadual alistável é elegível, ou seja, pode candi‑
porte ou por processo regular, observada a legislação
datar‑se a cargo eletivo, atendidas as seguintes condições:
aplicável;
• se contar menos de 10 (dez) anos de serviço, deverá
• porte de arma, quando praça, em serviço ativo ou
afastar‑se definitivamente da atividade militar estadual a
em inatividade, observadas as restrições impostas no
partir do registro de sua candidatura na Justiça Eleitoral,
inciso anterior, a regulamentação a ser baixada pelo
apresentada pelo Partido e autorizada pelo candidato, com
Comandante‑Geral e a legislação aplicável;
prejuízo automático, imediato e definitivo do provimento
• assistência jurídica gratuita e oficial do Estado, quando
do cargo, de promoção e da percepção da remuneração;
o ato for praticado no legítimo exercício da missão;
• se contar 10 (dez) ou mais anos de serviço, será agregado
• livre acesso, quando em serviço ou em razão deste,
por ato do Comandante‑Geral, sem perda da percepção
aos  locais sujeitos à fiscalização policial militar ou
da remuneração e, se eleito, passará automaticamente,
bombeiro militar;
• seguro de vida e invalidez em razão da atividade de no ato da diplomação, para a reserva remunerada, com
risco que desempenha; proventos proporcionais ao tempo de contribuição;
• assistência médico‑hospitalar, através do Hospital da • se suplente, ao assumir o cargo eletivo será inativado do
Polícia Militar; item anterior.
• tratamento especial, quanto à educação de seus de‑
9.2 Remuneração
pendentes, para os militares estaduais do serviço ativo,
através dos Colégios da Polícia Militar e do Corpo de A remuneração dos militares estaduais compreende ven‑
Bombeiros; cimentos ou subsídio fixado em parcela única, na forma do
• recompensas ou prêmios; art. 39, § 4º da Constituição Federal, e proventos, indeniza‑
• auxílio funeral; ções e outros direitos, sendo devida em bases estabelecidas
• fardamento ou valor correspondente, constituindo‑se em lei específica e, em nenhuma hipótese, poderão exceder
no conjunto de uniformes fornecidos, pelo menos uma o teto remuneratório constitucionalmente previsto.
vez ao ano, ao Cabo e Soldado na ativa, bem como O militar estadual ao ser matriculado nos cursos regu‑
aos Cadetes e Alunos‑Soldados, e, em casos especiais, lares previstos nesta Lei, exceto os de formação, e desde
aos demais militares estaduais; que esteja no exercício de cargo ou função gratificada por
• transporte ou valor correspondente, assim entendido período superior a 6 (seis) meses, não perderá o direito à
como os meios fornecidos ao militar estadual para percepção do benefício correspondente.
seu deslocamento, por interesse do serviço, quando Ao militar estadual conceder‑se‑á gratificação pela
o deslocamento implicar em mudança de sede ou participação em comissão examinadora de concurso e pela
de moradia, compreendendo também as passagens elaboração ou execução de trabalho relevante, técnico ou
para seus dependentes e a transição das respectivas científico de interesse da corporação militar estadual. O valor
bagagens, de residência a residência; será regulado por Decreto do Chefe do Poder Executivo.
• décimo terceiro salário; O Secretário da Segurança Pública e Defesa Social, o Che‑
• salário‑família, pago em razão do número de depen‑ fe da Casa Militar ou os Comandantes‑Gerais poderão:
dentes, nas mesmas condições e no mesmo valor dos • autorizar o militar estadual, ocupante de cargo efetivo
segurados do Regime Geral de Previdência Social, ou em comissão, a participar de comissões, grupos de
na proporção do número de filhos ou equiparados trabalho ou projetos, sem prejuízo dos vencimentos;
de qualquer condição de até 14 (quatorze) anos ou • conceder ao militar nomeado, a  gratificação pela
inválidos; participação em comissão examinadora de concurso
• fica assegurado ao Militar Estadual da ativa, quando ou pela elaboração de trabalho relevante, técnico ou
fardado e mediante a apresentação de sua identidade científico de interesse da Corporação Militar Estadual.
militar, acesso gratuito aos transportes rodoviários
coletivos intermunicipais, ficando estabelecida a cota O subsídio ou os vencimentos dos militares estaduais
máxima de 2 (dois) militares por veículo; são irredutíveis e não estão sujeitos à penhora, sequestro
• isenção de pagamento da taxa de inscrição em qual‑ ou arresto, exceto nos casos previstos em Lei.
quer concurso público para ingresso na Administração O valor do subsídio ou dos vencimentos é igual para o
Pública Estadual, Direta, Indireta e Fundacional; militar estadual da ativa, da reserva ou reformado, de um
Legislação

• assistência psicossocial pelo Hospital da Polícia Militar; mesmo grau hierárquico, exceto nos casos previstos em Lei.
• afastar‑se por até 2 (duas) horas diárias, por prorroga‑ Os proventos da inatividade serão revistos sempre que
ção do início ou antecipação do término do expediente se modificar o subsídio ou os vencimentos dos militares
ou de escala de serviço, para acompanhar filho ou estaduais em serviço ativo, na mesma data e proporção,
dependente legal, que sofra de moléstia ou doença observado o teto remuneratório previsto no art. 54 desta Lei.

Openbook Apostilas 9
Respeitado o direito adquirido, os proventos da inativida‑ • paternidade, por 10 (dez) dias;
de não poderão exceder a remuneração percebida pelo mili‑
tar estadual da ativa no posto ou graduação correspondente. A licença‑paternidade será iniciada na data do nas‑
Por ocasião de sua passagem para a inatividade, o militar cimento do filho
estadual terá direito a proventos proporcionais aos anos de
serviço, computáveis para a inatividade, até o máximo de • para tratar de interesse particular;
30 (trinta) anos, computando‑se, para efeito da contagem
naquela ocasião, o resíduo do tempo igual ou superior a 180 A licença para tratar de interesse particular é a auto‑
(cento e oitenta) dias como se fosse mais 1(um) ano. rização para afastamento total do serviço por até 2
(dois) anos, contínuos ou não, concedida ao militar
9.3 Férias e outros Afastamentos Temporários do Serviço estadual com mais de 10 (dez) anos de efetivo serviço
que a requerer com essa finalidade, implicando em
As férias traduzem o afastamento total do serviço, prejuízo da remuneração, da contagem do tempo de
concedidas anualmente, de acordo com portaria do serviço e/ou contribuição e da antiguidade no posto
Comandante‑Geral, de gozo obrigatório após a concessão, ou na graduação.
remuneradas com um terço a mais da remuneração normal, O tempo dessa licença será computado para obten‑
sendo atribuídas ao militar estadual para descanso, a partir ção de qualquer beneficio previdenciário, inclusive
do último mês do ano a que se referem ou durante o ano aposentadoria desde que haja recolhimento mensal
seguinte, devendo o gozo ocorrer nesse período. da alíquota de 33% (trinta e três por cento) incidente
A concessão e o gozo de férias não sofrerão nenhuma sobre o valor da última remuneração para fins de
restrição, salvo: contribuição previdenciária, que será destinada ao
• para cumprimento de punição disciplinar de natureza Sistema Único de Previdência Social dos Servidores
grave ou prisão provisória; Públicos Civis e Militares, dos Agentes Públicos e dos
• por necessidade do serviço, identificada por ato do Membros de Poder do Estado do Ceará – SUPSEC.
Comandante‑Geral, conforme conveniência e oportu‑
nidade da Administração, garantida ao militar estadual • para tratar da saúde de dependente, na forma des‑
nova data de reinício do gozo das férias interrompidas. ta Lei;
Não fará jus às férias regulamentares o militar estadual O militar poderá ser licenciado por motivo de doença
que esteja aguardando solução de processo de inatividade.
nas pessoas dos seguintes dependentes: pais; filhos;
As férias a que se refere este artigo poderão ser divididas
cônjuge do qual não esteja separado; e de compa‑
em 2 (dois) períodos iguais.
nheiro (a); em qualquer caso, desde que prove ser
O direito destacado neste artigo extende‑se aos mili‑
indispensável a sua assistência pessoal e esta não
tares que estão nos cursos de formação para ingresso na
possa ser prestada simultaneamente com o exercício
Corporação.
funcional, pelo prazo máximo de 2 (dois) anos, dos
quais os 6 (seis) primeiros meses sem prejuízo de
Fique de olho: sua remuneração. No período que exceder os 6 (seis)
Os militares estaduais têm direito, aos seguintes períodos meses até o limite de 2 (dois) anos, implicará em
de afastamento total do serviço, obedecidas as disposições prejuízo da remuneração, da contagem do tempo de
legais e regulamentares, por motivo de: serviço e/ou contribuição e da antiguidade no posto
• núpcias: 8 (oito) dias; ou na graduação
• luto: 8 (oito) dias, por motivo de falecimento de pais,
irmão, cônjuge, companheiro(a), filhos e sogros; • para tratar da saúde própria;
• instalação: até 10 (dez) dias; • à adotante:
• trânsito: até 30 (trinta) dias. – por 120 (cento e vinte) dias se a criança tiver até 1
(um) ano de idade;
O afastamento do serviço por motivo de núpcias ou luto – por 60 (sessenta) dias se a criança tiver entre 1 (um)
será concedido, no primeiro caso, se solicitado por antecipa‑ e 4 (quatro) anos de idade;
ção à data do evento, e, no segundo caso, tão logo a autori‑ – por 30 (trinta) dias se a criança tiver de 4 (quatro) a
dade a que estiver subordinado o militar estadual tome co‑ 8 (oito) anos de idade.
nhecimento, de acordo com portaria do Comandante‑Geral.
As férias e outros afastamentos são concedidos sem A licença‑maternidade só será concedida à adotante ou
prejuízo da remuneração prevista na legislação específica e guardiã mediante apresentação do respectivo termo
computados como tempo de efetivo serviço e/ou contribui‑ judicial.
ção para todos os efeitos legais.
As licenças poderão ser interrompidas a pedido ou nas
9.4 Licenças e Dispensas de Serviço seguintes condições:
• em caso de mobilização, estado de guerra, estado de
Licença é a autorização para o afastamento total do ser‑ defesa ou estado de sítio;
viço, em caráter temporário, concedida ao militar estadual, • em caso de decretação de estado ou situação de
obedecidas as disposições legais e regulamentares. emergência ou calamidade pública;
A licença pode ser: • para cumprimento de sentença que importe em res‑
Legislação

• à gestante, por 120 (cento e vinte) dias; trição da liberdade individual;


• para cumprimento de punição disciplinar, conforme
A licença à gestante será concedida, mediante inspeção determinado pelo Comandante‑Geral;
médica, a partir do 8º mês de gestação, salvo prescri‑ • em caso de prisão em flagrante ou de decretação de
ção em contrário. prisão por autoridade judiciária, a juízo desta;

10 Openbook Apostilas
• em caso de indiciação em inquérito policial militar, re‑ autoridade judiciária competente ou de autoridade militar
cebimento de denúncia ou pronúncia criminal, a juízo estadual competente, nos casos de transgressão disciplinar
da autoridade competente. ou de crime propriamente militar, definidos em lei.
Somente em casos de flagrante delito, o militar estadual
A interrupção de licença para tratamento de saúde de poderá ser preso por autoridade policial civil, ficando retido
dependente, para cumprimento de punição disciplinar que na Delegacia durante o tempo necessário à lavratura do
importe em restrição da liberdade individual, será regulada flagrante, comunicando‑se imediatamente ao juiz compe‑
em lei específica. tente e ao comando da respectiva Corporação Militar, após
As dispensas do serviço podem ser concedidas aos mi‑ o que deverá ser encaminhado preso à autoridade militar
litares estaduais: de patente superior mais próxima da Organização Militar da
• para desconto em férias já publicadas e não gozadas Corporação a que pertencer, ficando esta obrigada, sob pena
no todo ou em parte; de responsabilidade funcional e penal, a manter a prisão até
• em decorrência de prescrição médica. que deliberação judicial decida em contrário.
Cabe ao Secretário da Segurança Pública e Defesa Social
As dispensas do serviço serão concedidas com a remune‑
e ao Comandante‑Geral da respectiva Corporação responsa‑
ração integral e computadas como tempo de efetivo serviço
bilizar ou provocar a responsabilização da autoridade policial
e/ou contribuição militar.
civil e da autoridade militar que não cumprir o disposto neste
artigo e que maltratar ou consentir que seja maltratado
Atenção: qualquer militar estadual, preso sob sua custódia, ou, sem
As dispensas do serviço são autorizações concedidas aos razão plausível, não lhe der tratamento devido ao seu posto
militares estaduais para afastamento total do serviço, em ou graduação.
caráter temporário. Se, durante o processo e julgamento no foro civil hou‑
ver perigo de vida para qualquer militar estadual preso,
No tocante à concessão de licenças e dispensas de servi‑
o  Comandante‑Geral da respectiva Corporação Militar
ços, o militar que não se apresentar no primeiro dia útil após
providenciará os entendimentos com o Juiz de Direito do
o prazo previsto de encerramento da citada autorização,
feito, visando à garantia da ordem nas cercanias do foro ou
incorrerá nas situações de ausência e deserção conforme
disposto na legislação aplicável. Tribunal pela Polícia Militar.
O militar estadual da ativa, no exercício de função militar,
9.5 Recompensas de natureza militar ou de interesse militar, é dispensado do
serviço na instituição do Júri e do serviço na Justiça Eleitoral.
As recompensas constituem reconhecimento dos
bons serviços prestados pelos militares estaduais e serão 9.6.2 Uso dos uniformes
concedidas de acordo com as normas regulamentares da Os uniformes das Corporações Militares Estaduais, com
Corporação. seus distintivos, insígnias, divisas, emblemas, agildas e pe‑
São recompensas militares estaduais, além das previstas ças complementares são privativos dos militares estaduais
em outras leis: e representam o símbolo da autoridade militar, com as
• prêmios de honra ao mérito; prerrogativas a esta inerentes. Constituem crimes previstos
• condecorações por serviços prestados; na legislação específica o desrespeito ao disposto no caput
• elogios; deste artigo, bem como uso por quem a eles não tiver direito.
• dispensas do serviço. O militar estadual fardado tem as obrigações correspon‑
dentes ao uniforme que usa e aos distintivos, insígnias, divi‑
9.6 Prerrogativas sas, emblemas, agildas e peças complementares que ostenta.
O uso dos uniformes com os seus distintivos, insígnias,
9.6.1 Constituição e enumeração emblemas e agildas, bem como os modelos, descrição, com‑
As prerrogativas dos militares estaduais são constituídas posição e peças acessórias, são estabelecidos nas normas
pelas honras, dignidades e distinções devidas aos graus específicas de cada Corporação Militar Estadual.
hierárquicos e cargos que lhes estão afetos. É proibido ao militar estadual o uso dos uniformes e
São prerrogativas dos militares estaduais: acréscimos de que trata esta subseção, na forma prevista
• uso de títulos, uniformes, distintivos, insígnias, divisas, no Código Disciplinar e nas situações abaixo:
emblemas, agildas e peças complementares das res‑
• em manifestação de caráter político‑partidário;
pectivas Corporações, correspondentes ao posto ou à
• no estrangeiro, quando em atividade não relacionada
graduação;
com a missão policial militar ou bombeiro militar, salvo
• honras, tratamentos e sinais de respeito que lhes sejam
assegurados em leis e regulamentos; quando expressamente determinado e autorizado;
• cumprimento de pena de prisão ou detenção, mesmo • na inatividade, salvo para comparecer às solenidades
após o trânsito em julgado da sentença, somente em militares estaduais, cerimônias cívico‑comemorativas
Organização Militar da Corporação a que pertence, das grandes datas nacionais ou estaduais ou a atos
e cujo comandante, chefe ou diretor tenha precedên‑ sociais solenes, quando devidamente autorizado pelo
cia hierárquica sobre o militar; Comandante‑Geral.
• julgamento por crimes militares, em foro especial,
Legislação

na conformidade das normas constitucionais e legais Os militares estaduais na inatividade, cuja conduta
aplicáveis. possa ser considerada ofensiva à dignidade da classe, po‑
derão ser, temporariamente, proibidos de usar uniformes
O militar estadual só poderá ser preso em caso de por decisão do Comandante‑Geral, conforme estabelece o
flagrante delito ou por ordem escrita e fundamentada da Código Disciplinar.

Openbook Apostilas 11
É vedado a qualquer civil ou organizações civis o uso de 10.1.5 Promoção Requerida
uniforme ou a ostentação de distintivos, insígnias, agildas ou Essa modalidade de promoção é direcionada ao militar
emblemas, iguais ou semelhantes, que possam ser confun‑ estadual que completar 30 anos de contribuição, sendo, no
didos com os adotados para os militares estaduais. mínimo, 25 anos como de contribuição militar ao SUPSEC, e
São responsáveis pela infração, além dos indivíduos consistirá na sua elevação, a pedido, ao grau imediatamente
que a tenham cometido, os  diretores ou chefes de re‑ superior ao ocupado, observando-se obviamente, as condi‑
partições, organizações de qualquer natureza, firmas ou ções estabelecidas na Lei.
empregadores, empresas, institutos ou departamentos que
tenham adotado ou consentido sejam usados uniformes 13. Situações Especiais
ou ostentados distintivos, insígnias, agildas ou emblemas,
iguais ou que possam ser confundidos com os adotados 13.1 Agregação
para os militares estaduais.
A agregação é a situação na qual o militar estadual em
10. Promoção serviço ativo deixa de ocupar vaga na escala hierárquica do
seu Quadro, nela permanecendo sem número.
Atualmente, a promoção, direito do militar estadual, O militar estadual deve ser agregado quando:
• estiver aguardando transferência para a inatividade,
encontra-se regulada na Lei nº 15.797, de 25 de maio de
decisão acerca de demissão ou exclusão, por ter sido
2015, que revogou o Título IV do Estatuto em comento.
enquadrado em qualquer dos requisitos que as mo‑
A promoção consiste na elevação na carreira, e tem por
tivam, após transcorridos mais de 90 (noventa) dias
objetivo o estímulo ao constante aprimoramento funcional
de tramitação administrativa regular do processo,
com resultado no alcance dos graus hierárquicos superiores ficando afastado de toda e qualquer atividade a partir
nas corporações militares. da agregação;
• for afastado temporariamente do serviço ativo por
10.1 Modalidades de Promoção motivo de:
As promoções ocorrem nas seguintes modalidades:
a) ter sido julgado incapaz temporariamente,
• antiguidade; após um ano contínuo de tratamento de saúde;
• merecimento; b) ter sido julgado, por junta médica da Corpo‑
• bravura; ração, definitivamente incapaz para o serviço ativo
• post mortem; militar, enquanto tramita o processo de reforma,
• requerida. ficando, a partir da agregação, recolhendo para o
Supsec como se estivesse aposentado;
10.1.1 Promoção por antiguidade c) ter ultrapassado um ano contínuo de licença
A promoção por antiguidade baseia-se na precedência para tratamento de saúde própria;
hierárquica do militar estadual sobre os demais de igual d) ter ultrapassado 6 (seis) meses contínuos
posto ou graduação. de licença para tratar de interesse particular ou de
saúde de dependente;
10.1.2 Promoção por merecimento e) ter sido considerado oficialmente extraviado;
A promoção por merecimento tem por fundamento os f) houver transcorrido o prazo de graça e carac‑
valores funcionais agregados pelo militar no decorrer da terizado o crime de deserção;
carreira e que o destaquem na atuação funcional, preferen‑ g) deserção, quando Oficial ou Praça com esta‑
cialmente no posto ou graduação ocupado por ocasião da bilidade assegurada, mesmo tendo se apresentado
disputa pela promoção, sendo essa aferição promovida por voluntariamente, até sentença transitada em julgado
comissão específica de promoção. do crime de deserção;
h) ter sido condenado a pena restritiva de liber‑
10.1.3 Promoção por bravura dade superior a 6 (seis) meses e enquanto durar a
A promoção por bravura, a ser aferida por comissão de execução, excluído o período de suspensão condi‑
meritoriedade designada pelo Comandante-Geral, resulta cional da pena;
de ato, ou atos, não comuns de coragem e audácia, que, i) tomar posse em cargo, emprego ou função
ultrapassando os limites normais do cumprimento do dever, pública civil temporária, não eletiva inclusive da
representem feitos de notório mérito, em operação ou ação administração indireta;
inerente à missão institucional da corporação militar em j) ter sido condenado à pena de suspensão do
serviço ou de folga. exercício do cargo ou função.

10.1.4 Promoção post mortem A agregação do militar estadual, a que se refere o item i,
A promoção post mortem ocorre nas seguintes situações: é contada a partir da data da posse no novo cargo, emprego
• quando o militar estadual falecer em razão do desem‑ ou função até o retorno à Corporação ou transferência ex
penho da atividade militar estadual, ou em acidente officio para a reserva remunerada.
em serviço ou em consequencia de doença, moléstia A agregação do militar estadual a que se referem os itens
a, c e d é contada a partir do primeiro dia após os respectivos
Legislação

ou enfermidade que nele tenha causa imediata, confor‑


me aferição de comissão de meritoriedade designada prazos e enquanto durar o afastamento.
pelo Comandante-Geral; A agregação do militar estadual, a que se referem o s
• quando o militar fazia jus à promoção em vida, não itens b, e, f g, h e j é contada a partir da data indicada no ato
sendo esta efetivada a tempo, em razão do seu óbito. que torna público o respectivo afastamento.

12 Openbook Apostilas
A agregação do militar estadual que tenha 10 (dez) ou Compete ao Comandante‑Geral efetivar o ato de re‑
mais anos de serviço, candidato a cargo eletivo, é contada versão de que trata este artigo, devendo ser publicado no
a partir da data do registro da candidatura na Justiça Elei‑ Boletim Interno da Corporação até 10 (dez) dias, contados
toral até: do conhecimento oficial do fato que a motivou.
• 48 (quarenta e oito) horas após a divulgação do resul‑ A reversão da inatividade para o serviço ativo temporá‑
tado do pleito, se não houver sido eleito; rio é ato da competência do Governador do Estado ou de
• a data da diplomação; autoridade por ele designada.
• o regresso antecipado à Corporação Militar Estadual, A qualquer tempo, cessadas as razões, poderá ser de‑
com a perda da qualidade de candidato. terminada a reversão do militar estadual agregado, exceto
nos casos previstos nas alíneas “f,” g, h e j do inciso III do
O militar estadual agregado fica sujeito às obrigações § 1º do art. 172.
disciplinares concernentes às suas relações com os outros
militares e autoridades civis. 13.3 Excedente
O militar estadual não será agregado, sob nenhuma
hipótese, fora das condições especificadas neste artigo, Excedente é a situação transitória na qual, automatica‑
mormente para fins de geração de vagas a serem preenchidas mente, ingressa o militar estadual que:
para efeito de promoção, e, em especial, quando se encontrar • sendo o mais moderno na escala hierárquica do seu
em uma das seguintes situações: Quadro ou Qualificação, ultrapasse o efetivo fixado
• for designado, em boletim interno ou por qualquer em Lei, quando:
outro meio oficial, para o exercício de encargo, in‑
cumbência, serviço, atividade ou função no âmbito
de sua Corporação, administrativa ou operacional: – tiver cessado o motivo que determinou a sua
agregação ou a de outro militar estadual mais
antigo do mesmo posto ou graduação;
– não constante no respectivo Quadro de Organi‑ – em virtude de promoção sua ou de outro militar
zação e Distribuição; estadual em ressarcimento de preterição;
– prevista para militar estadual de posto ou gradu‑ – tendo cessado o motivo que determinou sua refor‑
ação inferior ou superior ao seu grau hierárquico; ma por incapacidade definitiva, retorne à atividade.
– prevista para militar estadual pertencente a outro
quadro ou qualificação. • é promovido por erro em ato administrativo.
• estiver frequentando curso de interesse da Corpora‑ O militar estadual cuja situação é a de excedente ocupará
ção, dentro ou fora do Estado; a mesma posição relativa em antiguidade que lhe cabe na
• estiver temporariamente sem cargo ou função militar, escala hierárquica, com a abreviatura “EXC” e receberá o
aguardando nomeação ou designação; número que lhe competir em consequência da primeira
• enquanto permanecer na condição de excedente, salvo vaga que se verificar.
quando enquadrado em uma das hipóteses previstas O militar estadual, cuja situação é a de excedente, é con‑
no § 1º deste artigo; siderado como em efetivo serviço para todos os efeitos e
• for denunciado em processo‑crime pelo Ministério concorre, respeitados os requisitos legais, em igualdade de
Público. condições e sem nenhuma restrição, a qualquer cargo ou
função militar estadual, bem como à promoção.
A agregação se faz por ato do Comandante‑Geral, deven‑
O militar estadual promovido por erro em ato adminis‑
do ser publicada em Boletim Interno da Corporação até 10
trativo retroagirá ao posto ou graduação anterior, recebendo
(dez) dias, contados do conhecimento oficial do fato que a
o número que lhe competir na escala hierárquica, podendo
motivou, recebendo o agregado a abreviatura “AG”.
concorrer às promoções subsequentes, desde que satisfaça
A agregação de militar para ocupar cargo ou função fora
os requisitos para promoção.
da Estrutura Organizacional das Corporações Militares deve
obedecer também ao que for estabelecido em Decreto do
Chefe do Poder Executivo. 13.4 Ausente
A Polícia Militar e o Corpo de Bombeiros Militar mante‑
rão atualizada a relação nominal de todos os seus militares, É considerado ausente o militar estadual que por mais
agregados ou não, no exercício de cargo ou função em órgão de 24 (vinte e quatro) horas consecutivas:
não pertencente à estrutura da Corporação. • deixar de comparecer a sua Organização Militar
A relação nominal será semestralmente publicada no Estadual, sem comunicar qualquer motivo de impe‑
Diário Oficial do Estado e no Boletim Interno da Corporação dimento;
e deverá especificar a data de apresentação do serviço e a • ausentar‑se, sem licença, da Organização Militar
natureza da função ou cargo exercido. Estadual onde serve ou local onde deve permanecer.

13.2 Reversão 14. Desligamento do Serviço Ativo


Legislação

Reversão é o ato pelo qual o militar estadual agregado, O desligamento do serviço ativo de Corporação Militar
ou inativado, retorna ao respectivo Quadro ou serviço ativo, Estadual é feito em consequência de:
quando cessado o motivo que deu causa à agregação ou • transferência para a reserva remunerada;
quando reconduzido da inatividade para o serviço tempo‑ • reforma;
rário, na forma desta Lei. • exoneração, a pedido;

Openbook Apostilas 13
• demissão; I – atingir as seguintes idades:
• perda de posto e patente do oficial e da graduação da
praça; a) nos Quadros de Oficiais Policiais Militares, Bombei‑
• expulsão; ros Militares, de Saúde, de Capelães e Complementares,
• deserção; nos seguintes postos:
• falecimento; a.1) Coronel: 59 (cinquenta e nove) anos;
• desaparecimento; a.2) Tenente‑Coronel: 58 (cinquenta e oito) anos;
• extravio. a.3) Major: 56 (cinquenta e seis) anos;
a.4) Capitão e Primeiro‑Tenente: 54 (cinquenta e
O desligamento do serviço ativo será processado após a quatro) anos;
expedição de ato do Governador do Estado. b) nos Quadros de Administração – QOAPM ou QO‑
O militar estadual da ativa aguardando transferência ABM e de Especialistas (QOEPM), nos seguintes postos:
para a reserva remunerada continuará, pelo prazo de 90 b.1) Capitão:59 (cinquenta e nove) anos;
(noventa) dias, no exercício de suas funções até ser desligado b.2) Primeiro‑Tenente: 58 (cinquenta e oito) anos;
da Corporação Militar Estadual em que serve. c) para as Praças, nas seguintes graduações:
O desligamento da Corporação Militar Estadual em que c.1) Subtenente: 59 (cinquenta e nove) anos;
serve deverá ser feito quando da publicação em Diário Oficial c.2) Primeiro‑Sargento: 58 (cinquenta e oito) anos;
do ato correspondente. c.3) Cabo: 56 (cinquenta e seis) anos;
c.4) Soldado: 54 (cinquenta e quatro) anos.
14.1 Transferência para a Reserva Remunerada
II – Atingir ou vier ultrapassar:
A passagem do militar estadual à situação da inativida‑
de, mediante transferência para a reserva remunerada, se a) 35 (trinta e cinco) anos de contribuição, com no míni‑
efetua: mo 25 (vinte e cinco) anos de contribuição militar estadual
• a pedido; ao Sistema Único de Previdência Social dos Servidores
• ex officio. Públicos Civis e Militares, dos Agentes Públicos e Membros
de Poder do Estado do Ceará (Suspec);
A transferência para a reserva remunerada, a pedido, b) para o Quadro de Oficiais Policiais Militares e Bom‑
será concedida, mediante requerimento do militar estadual beiros Militares 6 (seis) anos de permanência no último
que conte com 53 (cinquenta e três) anos de idade e 30 posto de seu Quadro, desde que conte com pelo menos
(trinta) anos de contribuição, dos quais no mínimo 25 (vinte 53 (cinquenta e três) anos de idade e no mínimo 30 (trinta)
e cinco) anos de contribuição militar estadual ao Sistema anos de contribuição, dentre os quais pelos menos 25 (vinte
Único de Previdência Social dos Servidores Públicos Civis e cinco) anos ou mais de contribuição militar estadual ao
e Militares, dos Agentes Públicos e Membros de Poder do Sistema Único de Previdência Social dos Servidores Públi‑
Estado do Ceará (Suspec). cos Civis e Militares, dos Agentes Públicos e Membros de
No caso do militar estadual estar realizando ou haver Poder do Estado do Ceará (Suspec), e haja excedente no
concluído qualquer curso ou estágio de duração superior a posto considerado.
6 (seis) meses, por conta do Estado, sem haver decorrido 3 c) para o Quadro de Oficiais de Administração e Especia‑
(três) anos de seu término, a transferência para a reserva listas Policiais Militares e Bombeiros Militares 6 (seis) anos
remunerada só será concedida mediante prévia indeni‑ de permanência no último posto de seu Quadro, desde que
zação de todas as despesas correspondentes à realização conte com pelo menos 53 (cinquenta e três) anos de idade
do referido curso ou estágio, inclusive as diferenças de e no mínimo 30 (trinta) anos ou mais de serviço, dentre os
vencimentos. quais pelo menos 25 (vinte e cinco) anos ou mais de con‑
Se o curso ou estágio for de duração igual ou superior a tribuição militar estadual ao Sistema Único de Previdência
18 (dezoito) meses, a transferência para a reserva remune‑ Social dos Servidores Públicos Civis e Militares, dos Agentes
rada só será concedida depois de decorridos 5 (cinco) anos Públicos e Membros de Poder do Estado do Ceará (Suspec)
se Oficial intermediário.
de sua conclusão, salvo mediante indenização.
d) para o Quadro de Oficiais de Saúde e Complementar
O cálculo das indenizações será efetuado pelo órgão
Policiais Militares e Bombeiros Militares 6 (seis) anos de
encarregado das finanças da Corporação.
permanência no posto, quando for o último da hierarquia
Não será concedida transferência para a reserva remu‑
de seu Quadro, desde que conte com pelo menos 53 (cin‑
nerada, a pedido, ao militar estadual que:
quenta e três) anos de idade e no mínimo 30 (trinta) anos
• estiver respondendo a processo na instância penal ou
ou mais de contribuição, dentre os quais pelo menos 25
penal militar, a Conselho de Justificação ou Conselho
(vinte e cinco) anos ou mais de contribuição militar esta‑
de Disciplina ou processo regular;
dual ao Sistema Único de Previdência Social dos Servidores
• estiver cumprindo pena de qualquer natureza.
Públicos Civis e Militares, dos Agentes Públicos e Membros
de Poder do Estado do Ceará (Suspec).
O direito à reserva, a  pedido, pode ser suspenso na
vigência de Estado de Guerra, Estado de Sítio, Estado de III – ultrapassar 2 (dois) anos de afastamento, contínuo
Legislação

Defesa, calamidade pública, perturbação da ordem interna ou não, agregado em virtude de ter sido empossado em car‑
ou em caso de mobilização. go, emprego ou função pública civil temporária não eletiva;
A transferência ex officio para a reserva remunerada IV – se eleito, for diplomado em cargo eletivo, ou se, na
verificar‑se‑á sempre que o militar estadual incidir em um condição de suplente, vier a ser empossado.
dos seguintes casos: V – for oficial abrangido pela quota compulsória.

14 Openbook Apostilas
VI – deixar o Comando‑Geral das Corporações Militares a) para Oficial Superior: 64 (sessenta e quatro) anos;
do Estado, desde que possua 20 (vinte) anos de tempo b) para Capitão e Oficial Subalterno: 60 (sessenta) anos;
de contribuição, com direito, em tal caso, a proventos c) para Praças:
integrais. c.1) Subtenente: 64 (sessenta e quatro) anos;
c.2) 1º Sargento: 63 (sessenta e três) anos;
As disposições da alínea b do inciso II deste artigo não c.3) Cabo: 61 (sessenta e um) anos;
se aplicam aos oficiais nomeados para os cargos de Chefe e c.4) Soldado: 59 (cinquenta e nove) anos.
Subchefe da Casa Militar do Governo, de Comandante‑Geral
e Comandante‑Geral Adjunto da Polícia Militar e Co‑ II – for julgado incapaz definitivamente para o serviço
mandante‑Geral e Comandante‑Geral Adjunto do Corpo de ativo, caso em que fica o militar inativo obrigado a realizar
Bombeiros Militar do Ceará, enquanto permanecerem no avaliação por junta médica da Corporação a cada 2 (dois)
exercício desses cargos. anos, para atestar que sua invalidez permanece irreversível,
Enquanto permanecer no exercício de cargo civil tem‑ respeitados os limites de idade expostos acima.
porário, não eletivo, de que trata o inciso II deste artigo o III – for condenado à pena de reforma, prevista no
militar estadual: Código Penal Militar, por sentença passada em julgado;
• tem assegurado a opção entre os vencimentos do IV – sendo Oficial, tiver determinado o órgão de Segun‑
cargo civil e os do posto ou da graduação; da Instância da Justiça Militar Estadual, em julgamento,
• somente poderá ser promovido por antiguidade; efetuado em consequência do Conselho de Justificação a
• terá seu tempo de serviço computado apenas para que foi submetido;
a promoção de que trata o inciso anterior e para a V – sendo Praça com estabilidade assegurada, for para
inatividade. tal indicado ao respectivo Comandante‑Geral, em julga‑
mento de Conselho de Disciplina.
O órgão encarregado de pessoal da respectiva Corpo‑
Excetua‑se das “idades‑limites” de que trata o item I,
ração Militar deverá encaminhar à Junta de Saúde da Cor‑
visto acima, o militar estadual enquanto revertido da ina‑
poração, para os exames médicos necessários, os militares
tividade para o desempenho de serviço ativo temporário,
estaduais que serão enquadrados nos itens I e II vistos acima,
conforme disposto em lei específica, cuja reforma somente
pelo menos 60 (sessenta) dias antes da data em que os mes‑
será aplicada ao ser novamente conduzido à inatividade
mos serão transferidos ex officio para a reserva remunerada.
por ter cessado o motivo de sua reversão ou ao atingir a
A idade de 53 (cinquenta e três) anos será exigida apenas
idade‑limite de 70 (setenta) anos.
do militar que ingressar na corporação a partir da publicação
Para os fins do que dispõem os itens II e III, vistos acima,
desta Lei.
antes de se decidir pela aplicação da reforma, deverá ser
O militar estadual na reserva remunerada poderá ser julgada a possibilidade de aproveitamento ou readaptação
revertido ao serviço ativo, ex officio, quando da vigência do militar estadual em outra atividade ou incumbência do
de Estado de Guerra, Estado do Sítio, Estado de Defesa, em serviço ativo compatível com a redução de sua capacidade.
caso de Mobilização ou de interesse da Segurança Pública. O órgão de recursos humanos da Corporação controlará e
Por aceitação voluntária, o militar estadual da reserva manterá atualizada a relação dos militares estaduais relativa
remunerada poderá ser designado para o serviço ativo, em às “idades‑limites” de permanência na reserva remunera‑
caráter transitório, por ato do Governador do Estado, des‑ da, a fim de serem oportunamente reformados. O militar
de que aprovado nos exames laboratoriais e em inspeção estadual da reserva remunerada, ao passar à condição de
médica de saúde aos quais será previamente submetido, reformado, manterá todos os direitos e garantias assegura‑
quando se fizer necessário o aproveitamento de conhe‑ das na condição anterior.
cimentos técnicos e especializados do militar estadual. A incapacidade definitiva pode sobrevir em conse­
O militar estadual terá os direitos e deveres dos da ativa de quência de:
igual situação hierárquica, exceto quanto à promoção, a que • ferimento recebido na preservação da ordem pública
não concorrerá. A designação terá a duração necessária ao ou no legítimo exercício da atuação militar estadual,
cumprimento da atividade que a motivou, sendo computado mesmo não estando em serviço, visando à proteção
esse tempo de serviço do militar. do patrimônio ou à segurança pessoal ou de terceiros
Por aceitação voluntária, o militar estadual da reserva em situação de risco, infortúnio ou de calamidade,
remunerada poderá ser designado para o serviço ativo, em bem como em razão de enfermidade contraída nessa
caráter transitório, por ato do Governador do Estado, desde situação ou que nela tenha sua causa eficiente;
que aprovado nos exames laboratoriais e em inspeção mé‑ • acidente em objeto de serviço;
dica de saúde aos quais será previamente submetido, para • doença, moléstia ou enfermidade adquirida, com
prestar serviço de segurança patrimonial de próprios do relação de causa e efeito inerente às condições de
Estado, conforme dispuser a lei específica, sendo computado serviço;
esse tempo de serviço do militar. • tuberculose ativa, alienação mental, neoplasia ma‑
ligna, cegueira, lepra, paralisia irreversível e incapa‑
14.2 Reforma citante, cardiopatia grave, mal de Parkinson, mal de
Alzeheimer, pênfigo, espondiloartrose anquilosante,
Legislação

A passagem do militar estadual à situação de inatividade, nefropatia grave, síndrome da imunodeficiência ad‑
mediante reforma, se efetua ex officio. quirida deficiência e outras moléstias que a lei indicar
A reforma será aplicada ao militar estadual que: com base nas conclusões da medicina especializada;
I – atingir as seguintes idades‑limites de permanência • acidente ou doença, moléstia ou enfermidade, sem
na reserva remunerada: relação de causa e efeito com o serviço.

Openbook Apostilas 15
Os três primeiros casos serão provocados por atestado O militar estadual da ativa, julgado incapaz definitiva‑
de origem ou inquérito sanitário de origem, sendo os termos mente por um dos motivos constantes dos incisos II, III, IV e
do acidente, baixa ao hospital, prontuários de tratamento V do art. 190, será reformado:
nas enfermarias e hospitais, laudo médico, perícia médica • com remuneração proporcional ao tempo de con‑
e os registros de baixa, utilizados como meios subsidiários tribuição, desde que possa prover‑se por meios de
para esclarecer a situação. subsistência fora da Corporação;
Nos casos de tuberculose, as Juntas de Saúde deverão • com remuneração integral do posto ou da graduação,
basear seus julgamentos, obrigatoriamente, em observações desde que, com qualquer tempo de contribuição, seja
clínicas, acompanhados de repetidos exames subsidiários, considerado inválido, isto é, impossibilitado total e
de modo a comprovar, com segurança, o estado ativo da permanentemente para qualquer trabalho.
doença, após acompanhar sua evolução por até 3 (três)
períodos de 6 (seis) meses de tratamento clínico‑cirúrgico O militar estadual reformado por incapacidade defini‑
metódico, atualizado e, sempre que necessário, nosocomial, tiva que for julgado apto em inspeção de saúde por junta
salvo quando se tratar de forma “grandemente avançadas”, superior, em grau de recurso ou revisão, poderá retomar ao
no conceito clínico e sem qualquer possibilidade de regressão serviço ativo por ato do Governador do Estado.
completa, as quais terão parecer imediato de incapacidade O retorno ao serviço ativo ocorrerá se o tempo decorrido
definitiva. na situação de reformado não ultrapassar 2 (dois) anos.
O parecer definitivo adotado, nos casos de tuberculose, O militar estadual reformado por alienação mental,
para os portadores de lesões aparentemente inativas, ficará enquanto não ocorrer à designação judicial do curador,
condicionado a um período de consolidação extranosoco‑ terá sua remuneração paga aos beneficiários, legalmente
mial, nunca inferior a 6 (seis) meses, contados a partir da reconhecidos, desde que o tenham sob responsabilidade e
época da cura. lhe dispensem tratamento humano e condigno.
Considera‑se alienação mental todo caso de distúrbio A interdição judicial do militar estadual, reformado por
mental ou neuro‑mental grave persistente, no qual, esgota‑ alienação mental, deverá ser providenciada, por iniciativa
dos os meios habituais de tratamento, permaneça alteração de beneficiários, parentes ou responsáveis, até 90 (noventa)
completa ou considerável na personalidade, destruindo a dias a contar da data do ato da reforma.
auto determinação do pragmatismo e tornando o indivíduo A interdição judicial do militar estadual e seu interna‑
total e permanentemente impossibilitado para o serviço mento em instituição apropriada deverão ser providenciados
ativo militar. pela respectiva Corporação quando:
Ficam excluídas do conceito da alienação mental as • não houver beneficiários, parentes ou responsáveis;
epilepsias psíquicas e neurológicas, assim julgadas pela • não forem satisfeitas as condições de tratamento
Junta de Saúde. exigidas neste artigo;
Considera‑se paralisia todo caso de neuropatia a mobili‑ • não for atendido o prazo de noventa dias.
dade, sensibilidade, troficidade e mais funções nervosas, no
qual, esgotados os meios habituais de tratamento, perma‑
Os processos e os atos de registros de interdição do
necem distúrbios graves, extensos e definitivos, que tornem
militar estadual terão andamento sumário e serão instruí‑
o indivíduo total e permanentemente impossibilitado para
dos com laudo proferido por Junta de Saúde, com isenção
o serviço ativo militar.
de custas.
São também equiparados às paralisias os casos de
afecção ósteo‑músculo‑articulares graves e crônicos
14.3 Reforma Administrativo‑Disciplinar
(reumatismo graves e crônicos ou progressivos e doença
similares), nos quais esgotados os meios habituais de trata‑
mento, permaneçam distúrbios extensos e definitivos, quer A reforma administrativo‑disciplinar será aplicada ao
ósteo‑músculo‑articulares residuais, quer secundários das militar estadual, mediante processo regular, conforme dis‑
funções nervosas, mobilidade, troficidade ou mais funções posto no Código Disciplinar da Polícia Militar do Ceará e do
que tornem o indivíduo total e permanentemente impossi‑ Corpo de Bombeiros Militar do Ceará.
bilitado para o serviço ativo militar.
São equiparados à cegueira, não só os casos de afecções 14.4 Demissão
crônicas, progressivas e incuráveis, que conduzirão à ceguei‑
ra total, como também os da visão rudimentar que apenas A demissão do militar estadual se efetua ex officio.
permitam a percepção de vultos, não suscetíveis de correção
por lentes, nem removíveis por tratamento médico cirúrgico. 14.5 Exoneração
O Atestado de Origem (AO), e o Inquérito Sanitário de
Origem (ISO), de que trata este artigo, serão regulados por A exoneração a pedido será concedida mediante reque‑
ato do Comandante‑Geral da Corporação. rimento do interessado:
Considera‑se acidente em objeto de serviço aquele • sem indenização aos cofres públicos, quando contar
ocorrido no exercício de atividades profissionais inerentes com mais de 5 (cinco) anos de oficialato no QOPM
ao serviço policial militar ou bombeiro militar ou ocorrido da respectiva Corporação Militar Estadual, ou 3 (três)
no trajeto casa‑trabalho‑casa. anos, quando se tratar de Oficiais do QOSPM, QOC‑
O militar estadual da ativa, julgado incapaz definitiva‑ plPM, QOCPM, ressalvado o disposto no § 1º deste
mente por um dos motivos constantes no artigo anterior será artigo;
reformado com qualquer tempo de contribuição. • sem indenização aos cofres públicos, quando contar
O militar estadual da ativa julgado incapaz definitiva‑ com mais de 3 (três) anos de graduado na respectiva
Legislação

mente por motivo de ferimento recebido na preservação Corporação Militar Estadual, ressalvado o disposto
da ordem pública ou no legítimo exercício da atuação militar no § 1º deste artigo;
estadual, mesmo que não esteja em serviço, será reformado, • com indenização das despesas relativas a sua prepa‑
com qualquer tempo de contribuição, com a remuneração ração e formação, quando contar com menos de 5
integral do posto ou da graduação de seu grau hierárquico. (cinco) anos de oficialato ou 3 (três) anos de graduado.

16 Openbook Apostilas
No caso do militar estadual estar realizando ou haver 14.7 Falecimento
concluído qualquer curso ou estágio de duração superior a
6 (seis) meses e inferior ou igual a 18 (dezoito) meses, por O falecimento do militar estadual da ativa acarreta o
conta do Estado, e  não tendo decorrido mais de 3 (três) desligamento ou exclusão do serviço ativo, a partir da data
anos do seu término, a exoneração somente será concedida da ocorrência do óbito.
mediante indenização de todas as despesas correspondentes
ao referido curso ou estágio. 14.8 Desaparecimento
No caso do militar estadual estar realizando ou haver
concluído curso ou estágio de duração superior a 18 (de‑ É considerado desaparecido o militar estadual da ativa
zoito) meses, por conta do Estado, aplicar‑se‑á o disposto que, no desempenho de qualquer serviço, em viagem, em
no parágrafo anterior, se não houver decorrido mais de 5 operações policiais militares ou bombeiros militares ou em
(cinco) anos de seu término. O cálculo das indenizações será
caso de calamidade pública, tiver paradeiro ignorado por
efetuado pela Organização Militar encarregada das finanças
mais de 8 (oito) dias.
da Corporação.
O militar estadual exonerado, a pedido, não terá direito a A situação de desaparecido só será considerada quando
qualquer remuneração, sendo a sua situação militar definida não houver indício de deserção.
pela Lei do Serviço Militar. O militar estadual que, na forma do artigo anterior,
O direito à exoneração, a pedido, pode ser suspenso na permanecer desaparecido por mais de 30 (trinta) dias, será
vigência de Estado de Guerra, Estado de Sítio, Estado de considerado oficialmente extraviado.
Defesa, calamidade pública, perturbação da ordem interna
ou em caso de mobilização. 14.9 Extravio
O militar estadual exonerado, a pedido, somente pode‑
rá novamente ingressar na Polícia Militar ou no Corpo de O extravio do militar estadual da ativa acarreta inter‑
Bombeiros Militar, mediante a aprovação em novo concurso rupção do serviço militar estadual com o consequente
público e desde que, na data da inscrição, preencha todos afastamento temporário do serviço ativo, a partir da data
os requisitos constantes desta Lei, de sua regulamentação em que o mesmo for oficialmente considerado extraviado.
e do edital respectivo. O desligamento do serviço ativo será feito 6 (seis) meses
Não será concedida a exoneração, a pedido, ao militar após a agregação por motivo de extravio.
estadual que: Em caso de naufrágio, sinistro aéreo, catástrofe, calami‑
• estiver respondendo a Conselho de Justificação, Con‑ dade pública ou outros acidentes oficialmente reconhecidos,
selho de Disciplina ou Processo Administrativo‑Disci‑ o  extravio ou o desaparecimento do militar estadual da
plinar; ativa será considerado como falecimento, para fins deste
• estiver cumprindo pena de qualquer natureza. Estatuto, tão logo sejam esgotados os prazos máximos de
possível sobrevivência ou quando se deem por encerradas
O militar estadual da ativa que tomar posse em cargo
as providências de salvamento.
ou emprego público civil permanente será imediatamente,
O reaparecimento do militar estadual extraviado ou
mediante demissão ex officio, por esse motivo, transferido
para a reserva, sem qualquer remuneração ou indenização. desaparecido, já desligado do serviço ativo, resulta em sua
A demissão e a expulsão do militar estadual, ex officio, reinclusão e nova agregação, enquanto se apura as causas
por motivo disciplinar, também é regulada pelo Código Dis‑ que deram origem ao seu afastamento.
ciplinar da Polícia Militar do Ceará e do Corpo de Bombeiros O militar estadual reaparecido será submetido a Conse‑
Militar do Ceará. lho de Justificação, a Conselho de Disciplina ou a Processo
O militar estadual que houver perdido o posto e a pa‑ Administrativo‑Disciplinar.
tente ou a graduação, nas condições deste artigo, não terá Lei específica, de iniciativa privativa do Governador do
direito a qualquer remuneração ou indenização, e terá a sua Estado, estabelecerá os direitos relativos à pensão, destinada
situação militar definida pela Lei do Serviço Militar. a amparar os beneficiários do militar estadual desaparecido
O militar estadual da ativa que perder a nacionalidade ou extraviado.
brasileira será submetido a processo judicial ou regular para
fins de demissão ex officio, por não preencher a condição 15. Tempo de Serviço e/ou Contribuição
de ser brasileiro.
Os militares estaduais começam a contar tempo de
14.6 Deserção serviço na Polícia Militar e no Corpo de Bombeiros Militar
do Ceará a partir da data da sua inclusão no posto ou na
A deserção do militar estadual acarreta interrupção do graduação.
serviço com a consequente perda da remuneração.
O Oficial ou a Praça, na condição de desertor, será
agregado ao seu Quadro ou Qualificação, na conformidade tenção!
A
do art. 172, inciso III, alínea g, até a decisão transitada em Considera‑se como data da inclusão:
julgado e não terá direito a remuneração referente a tempo • a data do ato em que o militar estadual é considerado
não trabalhado. incluído em Organização Militar Estadual;
O militar estadual desertor que for capturado, ou que • a data de matricula em órgão de formação de militares
se apresentar voluntariamente, será submetido à inspeção estaduais;
Legislação

de saúde e aguardará a solução do processo. • a data da apresentação pronto para o serviço, no caso
Compete à Justiça Militar Estadual processar e julgar o de nomeação.
militar estadual desertor, cabendo ao tribunal competente
decidir sobre a perda do posto e da patente dos oficiais e Na apuração do tempo de contribuição do militar esta‑
da graduação das Praças. dual será feita à distinção entre:

Openbook Apostilas 17
• tempo de contribuição militar estadual; LEI Nº 13.729, DE 2006 (DO 13/1/2006).
• tempo de contribuição não militar. (Projeto de Lei nº 6.790 e nº 6.795/2005 –
Será computado como tempo de contribuição militar: Executivo)
• todo o período que contribuiu como militar, podendo
ser contínuo ou intercalado; Dispõe sobre o Estatuto dos
• o período de serviço ativo das Forças Armadas; Militares Estaduais do Ceará e dá
• o tempo de contribuição relativo à outra Corporação outras providências.
Militar;
• o tempo passado pelo militar estadual na reserva O GOVERNADOR DO ESTADO DO CEARÁ
remunerada, que for convocado para o exercício de Faço saber que a Assembléia Legislativa decretou e eu
funções militares na forma do art. 185 desta Lei; sanciono a seguinte Lei:
• licença especial e férias não usufruídas contadas em
dobro, até 15 de dezembro de 1998. TÍTULO I
GENERALIDADES
Será computado como tempo de contribuição não
militar: Art. 1º Esta Lei é o Estatuto dos Militares Estaduais do
• o tempo de contribuição para o Regime Geral de Ceará e regula a situação, direitos, prerrogativas, deveres e
Previdência Social (RGPS); obrigações dos militares estaduais.
• o tempo de contribuição para os Regimes Próprios de Art. 2º São militares estaduais do Ceará os membros das
Previdência Social, desde que não seja na qualidade Corporações Militares do Estado, instituições organizadas
de militar. com base na hierarquia e disciplina, forças auxiliares e reserva
do Exército, subordinadas ao Governador do Estado e vincu‑
O tempo de contribuição será apurado em anos, meses ladas operacionalmente à Secretaria da Segurança Pública
e dias, sendo o ano igual a 365 (trezentos e sessenta e cinco) e Defesa Social, tendo as seguintes missões fundamentais:
dias e o mês 30 (trinta) dias. I – Polícia Militar do Ceará: exercer a polícia ostensiva,
preservar a ordem pública, proteger a incolumidade da pes‑
Para o cálculo de qualquer benefício previdenciário,
soa e do patrimônio e garantir os Poderes constituídos no
depois de apurado o tempo de contribuição, este será con‑
regular desempenho de suas competências, cumprindo as
vertido em dias, vedada qualquer forma de arredondamento.
requisições emanadas de qualquer destes, bem como exer‑
A proporcionalidade dos proventos, com base no tempo
cer a atividade de polícia judiciária militar estadual, relativa
de contribuição, é  a fração, cujo numerador corresponde
aos crimes militares definidos em lei, inerentes a seus in‑
ao total de dias de contribuição e o denominador, o tempo
tegrantes;
de dias necessário à respectiva inatividade com proventos
II – Corpo de Bombeiros Militar do Ceará: a proteção da
integrais, ou seja, 30 (trinta) anos que corresponde a 10.950
pessoa e do patrimônio, visando à incolumidade em situa‑
(dez mil novecentos e cinquenta) dias.
ções de risco, infortúnio ou de calamidade, a execução de
O tempo de contribuição, será computado à vista de
atividades de defesa civil, devendo cumprimento às requisi‑
certidões passadas com base em folha de pagamento.
ções emanadas dos Poderes estaduais, bem como exercer a
O tempo de serviço considerado até 15 de dezembro de
atividade de polícia judiciária militar estadual, relativa aos cri‑
1998 para efeito de inatividade, será contado como tempo
mes militares definidos em lei, inerentes a seus integrantes;
de contribuição.
Parágrafo único. A vinculação é ato ou efeito de ficarem
Não é computável para efeito algum o tempo: as Corporações Militares do Estado sob a direção operacional
• passado em licença para trato de interesse particular; da Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social.
• passado como desertor; Art. 3º Os militares estaduais somente poderão estar em
• decorrido em cumprimento de pena e suspensão de uma das seguintes situações:
exercício do posto, graduação, cargo ou função, por I – na ativa:
sentença passada em julgado. a) os militares estaduais de carreira;
b) os Cadetes e Alunos-Soldados de órgãos de formação
O tempo que o militar estadual vier a passar afastado do de militares estaduais; (Nova redação dada pela Lei n° 15.797,
exercício de suas funções, em consequência de ferimentos de 25.05.15)
recebidos em acidente quando em serviço, ou mesmo quan‑ c) os alunos dos cursos específicos de Saúde, Capelânia1 e
do de folga, em razão da preservação de ordem pública, de Complementar2, na Polícia Militar e no Corpo de Bombeiros
proteção do patrimônio e da pessoa, visando à sua incolu‑ Militar, conforme dispuser esta Lei e regulamento específico;
midade em situações de risco, infortúnio ou de calamidade, (Redação dada pela Lei n° 13.768, de 04.05.06)
bem como em razão de moléstia adquirida no exercício de d) os componentes da reserva remunerada, quando
qualquer função militar estadual, será computado como se convocados;
o tivesse no exercício efetivo daquelas funções. II – na inatividade:
O tempo de serviço passado pelo militar estadual no a) os componentes da reserva remunerada, pertencentes
exercício de atividades decorrentes ou dependentes de à reserva da respectiva Corporação, da qual percebam re‑
operações de guerra será regulado em legislação específica. muneração, sujeitos, ainda, à prestação de serviço na ativa,
A data limite estabelecida para final da contagem dos mediante convocação;
anos de contribuição, para fins de passagem para a inativida‑ b) os reformados, quando, tendo passado por uma das
de, será o término do período de 90 (noventa) dias posterior situações anteriores, estejam dispensados, definitivamente,
ao requerimento, no caso de reserva remunerada a pedido,
Legislação

ou a data da configuração das condições de implementação, 1


Crê-se ter havido erro na digitação, vez que o termo é Capelania e não Cape‑
no caso de reserva remunerada ex officio ou reforma. lânia como grafado.
Na contagem do tempo de contribuição, não poderá ser
2
O Art. 2º, da Lei nº 14.931, de 02 de junho de 2011 extinguiu o Quadro de Ofi‑
ciais Complementares da Polícia Militar do Ceará – QOCPM, e determinando
computada qualquer superposição dos tempos de qualquer que as vagas remanescentes dele serão distribuídas entre os demais Quadros
natureza. de Oficiais .

18 Openbook Apostilas
da prestação de serviço na ativa, mas continuem a perceber gos vagos, mediante prévia aprovação em concurso público
remuneração pela respectiva Corporação. de provas ou de provas e títulos, promovido pela Secretaria
Art. 4º O serviço militar estadual ativo consiste no exer‑ da Segurança Pública e Defesa Social em conjunto com a
cício de atividades inerentes à Polícia Militar e ao Corpo de Secretaria do Planejamento e Gestão, na forma que dispu‑
Bombeiros Militar, compreendendo todos os encargos pre‑ ser o Edital3 do concurso, atendidos os seguintes requisitos
vistos na legislação especifica e relacionados com as missões cumulativos, além dos previstos no Edital: (Redação dada
fundamentais da Corporação. pela Lei n° 14.113, de 12.05.08)
Art. 5º A carreira militar estadual é caracterizada por I – ser brasileiro;
atividade continuada e inteiramente devotada às finalidades II – ter, na data de inscrição no curso de formação para o
e missões fundamentais das Corporações Militares estaduais, qual convocado, idade igual ou superior a 18 (dezoito) anos
denominada atividade militar estadual. e, na data de inscrição no concurso:
Parágrafo único. A carreira militar estadual é privativa a) idade inferior a 30 (trinta) anos, para as carreiras de
do pessoal da ativa das Corporações Militares do Estado, praça e oficial do Quadro de Oficiais Policiais Militares –
iniciando-se com o ingresso e obedecendo-se à seqüência QOPM, ou Quadro de Oficiais Bombeiros Militares – QOBM;
de graus hierárquicos. b) idade inferior a 35 (trinta e cinco) anos, para a carreira
Art. 6º Os militares estaduais da reserva remunerada de oficial do Quadro de Oficiais de Saúde da Polícia Militar –
poderão ser convocados para o serviço ativo e poderão QOSPM, Quadro Complementar Bombeiro Militar – QOCPM/
também ser para este designados, em caráter transitório e BM e Quadro de Oficiais Capelães – QOCplPM/BM. (Nova
mediante aceitação voluntária, por ato do Governador do redação dada pela Lei nº 16.010, de 05.05.16)
Estado, quando: c) 30 (trinta) anos, quando militar, para as carreiras de
I – se fizer necessário o aproveitamento dos conhecimen‑ Praça e Oficial.
tos técnicos e especializados do militar estadual; III – possuir honorabilidade compatível com a situação
II – não houver, no momento, no serviço ativo, militar de futuro militar estadual, tendo, para tanto, boa reputação
estadual habilitado a exercer a função vaga existente na Cor‑ social e não estando respondendo a processo criminal, nem
poração Militar estadual. indiciado em inquérito policial;
§ 1º O militar estadual designado terá os direitos e deve‑ IV – não ser, nem ter sido, condenado judicialmente por
res dos da ativa, em igual situação hierárquica, exceto quanto prática criminosa;
à promoção, à qual não concorrerá, contando esse tempo V – estar em situação regular com as obrigações eleitorais
como de efetivo serviço. e militares;
§ 2º Para a designação de que trata o caput deste artigo, VI – não ter sido isentado do serviço militar por incapa‑
serão ouvidas a Secretaria da Segurança Pública e Defesa cidade definitiva;
Social e a Secretaria da Administração. VII – ter concluído, na data da posse, o ensino médio para
Art. 7º São equivalentes as expressões “na ativa”, “da ingresso na Carreira de Praças e curso de nível superior para
ativa”, “em serviço ativo”, “em serviço na ativa”, “em ser‑ ingresso na Carreira de Oficiais, conforme dispuser o edital,
viço”, “em atividade” ou “em atividade militar”, conferida ambos reconhecidos pelo Ministério da Educação; (Nova
aos militares estaduais no desempenho de cargo, comissão, redação dada pela Lei nº 16.010, de 05.05.16)
encargo, incumbência ou missão militar, serviço ou atividade VIII – não ter sido licenciado de Corporação Militar ou
militar ou considerada de natureza ou interesse militar, nas das Forças Armadas no comportamento inferior ao “bom”;
respectivas Corporações Militares estaduais, bem como em IX – não ter sido demitido, excluído ou licenciado ex offi-
outros órgãos do Estado, da União ou dos Municípios, quando cio “a bem da disciplina”, “a bem do serviço público” ou por
previsto em lei ou regulamento. decisão judicial de qualquer órgão público, da administra‑
Art. 8º A condição jurídica dos militares estaduais é ção direta ou indireta, de Corporação Militar ou das Forças
definida pelos dispositivos constitucionais que lhes forem Armadas;
aplicáveis, por este Estatuto e pela legislação estadual que X – ter, no mínimo, 1,62 m de altura, se candidato do
lhes outorguem direitos e prerrogativas e lhes imponham sexo masculino, e 1,57m, se candidato do sexo feminino;
deveres e obrigações. XI – se do sexo feminino, não estar grávida, por ocasião
Parágrafo único. Os atos administrativos do Comandante‑ da realização do Curso de Formação Profissional, devido à
-Geral, com reflexos exclusivamente internos, serão publi‑ incompatibilidade desse estado com os exercícios exigidos;
cados em Boletim Interno da respectiva Corporação Militar. (Redação dada pela Lei n° 14.113, de 12.05.08)
(Redação dada pela Lei n° 13.768, de 04.05.06) XII – ter conhecimento da legislação militar, conforme
Art. 9º O disposto neste Estatuto aplica-se, no que cou‑ dispuser o edital do concurso; (Nova redação dada pela Lei
ber, aos militares estaduais da reserva remunerada e aos nº 16.010, de 05.05.16)
reformados. XIII – ter obtido aprovação em todas as fases do concurso
Parágrafo único. O voluntário incluído com base na Lei público, que constará de 3 (três) etapas: (Redação dada pela
nº 13.326, de 15 de julho de 2003, estará sujeito a normas Lei n° 14.113, de 12.05.08)
próprias, a serem regulamentadas por Decreto do Chefe do a) a primeira etapa constará dos exames intelectuais
Poder Executivo, na conformidade do art. 2º da citada Lei. (provas), de caráter classificatório e eliminatório, e títulos,
quando estabelecido nesta Lei, esse último de caráter clas‑
TÍTULO II sificatório;
DO INGRESSO NA CORPORAÇÃO b) a segunda etapa constará de exames médico-odon‑
MILITAR ESTADUAL tológico, biométrico e toxicológico, de caráter eliminatório;
c) a terceira etapa constará do Curso de Formação Pro‑
Legislação

CAPÍTULO I fissional de caráter classificatório e eliminatório, durante o


Dos Requisitos Essenciais
3
A Lei nº 14.113, de 12 de maio de 2008 estabeleceu o prazo mínimo de 10
Art. 10. O ingresso na Polícia Militar e no Corpo de Bom‑ (dez) dias entre a publicação do Edital e o início das inscrições nos concursos
públicos realizados pela Polícia Militar e Corpo de Bombeiros Militar do Esta‑
beiros Militar do Ceará dar-se-á para o preenchimento de car‑ do do Ceará.

Openbook Apostilas 19
qual serão realizadas a avaliação psicológica, de capacidade Art. 14. Os candidatos devem satisfazer as seguintes con‑
física e a investigação social, todos de caráter eliminatório; dições, além das previstas no art. 10 desta Lei:
§ 1° O Edital do concurso público estabelecerá os assun‑ I – ser diplomado por faculdade reconhecida pelo Mi‑
tos a serem abordados, as notas e as condições mínimas a nistério da Educação na área de saúde específica, conforme
serem atingidas para obtenção de aprovação nas diferentes dispuser o Edital do concurso;
etapas do concurso e, quando for o caso, disciplinará os tí‑ II – (Revogado pela Lei n° 14.113, de 12.05.08)
tulos a serem considerados, os quais terão apenas caráter III – para os médicos, ter concluído o curso de especiali‑
classificatório. zação, residência ou pós-graduação até a data de inscrição
XIV – atender a outras condições previstas nesta Lei, do concurso, conforme dispuser o Edital do concurso;
que tratam de ingresso específico, conforme cada Quadro IV – para os farmacêuticos, ter concluído o curso de
ou Qualificação; Farmácia, com o apostilamento do diploma em Farmácia‑
XV – ser portador da carteira nacional de habilitação clas‑ -Bioquímica ou Farmácia-Industrial até a data de inscrição
sificada, no mínimo, na categoria “B”, na data da matrícula do concurso, conforme dispuser o Edital do concurso;
no Curso de Formação Profissional. (Nova redação dada pela V – para os dentistas, ter concluído o curso de especia‑
Lei nº 16.010, de 05.05.16) lização ou residência até a data de inscrição no concurso,
§ 1º O Edital do concurso público estabelecerá as notas conforme dispuser o Edital do concurso.
mínimas das provas do exame intelectual, as performances Art. 15. O concurso público para os cargos de Oficiais do
e condições mínimas a serem alcançadas pelo candidato nos Quadro de Saúde, dar-se-á na seguinte sequência:
exames médico, biométrico, físico, toxicológico, psicológico e I – Exame Intelectual, que constará de provas escritas
de habilidade específica, sob pena de eliminação no certame, geral e específica;
bem como, quando for o caso, disciplinará os títulos a serem II – Inspeção de Saúde, realizada por uma Junta de Inspe‑
considerados, os quais terão caráter classificatório. ção de Saúde Especial, com a convocação respectiva aconte‑
§ 2º Somente será aprovado o candidato que atender a cendo de acordo com a aprovação e classificação no Exame
todas exigências de que trata o parágrafo anterior, caso em Intelectual, dentro do limite de vagas oferecidas.
que figurará entre os classificados e classificáveis. § 1º Os candidatos aprovados no concurso, dentro do li‑
§ 3º (Revogado pela Lei n° 14.113, de 12.05.08) mite de vagas estipuladas, participarão de Curso de Formação
§ 4º Para aprovação no Curso de Formação Profissio‑ de Oficiais, num período de 6 (seis) meses, durante o qual
nal, a que se refere a alínea c do inciso XIII, deste artigo, o serão equiparados a Cadete do 3º ano do Curso de Forma‑
candidato deverá obter pontuação mínima na Avaliação de ção de Oficiais, fazendo jus à remuneração correspondente.
Verificação de Aprendizagem e na Nota de Avaliação de Con‑ § 2º Após o Curso de Formação de Oficiais, ou Curso de
duta, conforme estabelecido no Plano de Ação Educacional Formação Profissional, se considerado aprovado, o candidato
– PAE, do respectivo curso, a cargo da Academia Estadual de será nomeado 2º Tenente, por ato do Governador do Estado.
Segurança Pública do Ceará – AESP/CE. (Redação dada pela (Nova redação dada pela Lei nº 15.797, de 25/5/2015)
Lei nº 16.010, de 05.05.16) § 3º As vagas fixadas para cada Quadro serão preenchidas
Art. 11. O ingresso de que trata o artigo anterior, dar-se‑ de acordo com a ordem de classificação final no Curso de
-á, exclusivamente: Formação. (Redação dada pela Lei n° 13.768, de 4/5/2006)
I – para a carreira de Praça, como Aluno-Soldado do Curso Art. 16. O Oficial do Quadro de Saúde, quando afastado
de Formação de Soldados; ou impedido definitivamente ou licenciado do exercício da
II – para a carreira de Oficial combatente, como Cadete medicina, da farmácia ou da odontologia, por ato do Con‑
do Curso de Formação de Oficiais; selho competente, será demitido da Corporação, por in‑
III – para as carreiras de Oficial de Saúde, Oficial Cape‑ compatibilidade para com a função de seu cargo, sendo-lhe
lão e Oficial Complementar na Polícia Militar e no Corpo de assegurado o contraditório e a ampla defesa.
Bombeiros Militar, como aluno. (Redação dada pela Lei n°
13.768, de 04.05.06) CAPÍTULO III
§ 1º As nomeações decorrentes dos Concursos Públicos Do Quadro de Oficiais Capelães da Polícia Militar
das Corporações Militares serão processadas através da Se‑
cretaria da Administração do Estado. Art. 17. A seleção, para posterior ingresso no Quadro
§ 2º É vedada a mudança de quadro, salvo no caso de de Oficiais Capelães, do Serviço Religioso Militar do Estado,
aprovação em novo concurso público. destinado a prestar apoio espiritual aos militares estaduais,
dentro das respectivas religiões que professam, ocorre por
CAPÍTULO II meio de concurso público de provas ou de provas e títulos,
Do Ingresso no Quadro de Oficiais de caráter eliminatório e classificatório, que visa à seleção
de Saúde da Polícia Militar e à classificação dos candidatos de acordo com o número
de vagas previamente fixado, devendo atender às seguintes
Art. 12. A seleção, para ingresso no Quadro de Oficiais condições, além das previstas no art. 10 desta Lei:
de Saúde, ocorre por meio de concurso público de provas, I – ser sacerdote, ministro religioso ou pastor, pertencen‑
de caráter eliminatório, e títulos, de carácter classificatório, te a qualquer religião que não atente contra a hierarquia, a
que visa à seleção e à classificação dos candidatos de acordo disciplina, a moral e as leis em vigor;
com o número de vagas previamente fixado. II – (Revogado pela Lei n° 14.113, de 12.05.08)
Parágrafo único. O ingresso no Quadro de Oficiais de III – possuir o curso de formação teológica regular, de
Saúde deverá obedecer ao disposto no art. 92 desta Lei. nível universitário, reconhecido pela autoridade eclesiástica
(Redação dada pela Lei n° 13.768, de 04.05.06) de sua religião;
Art. 13. O concurso de admissão tem como objetivo se‑ IV – ter sido ordenado ou consagrado sacerdote, ministro
Legislação

lecionar os candidatos que demonstrem possuir capacidade religioso ou pastor;


intelectual, conhecimentos fundamentais, vigor físico e con‑ V – possuir pelo menos 2 (dois) anos de atividade pastoral
dições de saúde que lhes possibilitem desenvolver plenamen‑ como sacerdote, ministro religioso ou pastor, comprovada
te as condições do cargo pleiteado, bem como acompanhar por documento expedido pela autoridade eclesiástica da
os estudos por ocasião do Curso de Formação de Oficiais. respectiva religião;

20 Openbook Apostilas
VI – ter sua conduta abonada pela autoridade eclesiástica I – ser Subtenente do serviço ativo da respectiva Cor‑
de sua religião; poração, e:
VII – ter o consentimento expresso da autoridade ecle‑ a) possuir o Curso de Formação de Sargentos – CFS, ou
siástica competente da respectiva religião; o Curso de Habilitação a Sargento – CHS;
VIII – ser aprovado e classificado em prova escrita geral b) possuir o Curso de Aperfeiçoamento de Sargentos –
de Português e específica de Teologia. CAS, ou Curso de Habilitação a Subtenente – CHST;
§ 1º os candidatos aprovados no concurso, dentro do limi‑ c) ter, no mínimo, 15 (quinze) anos de efetivo serviço na
te de vagas estipuladas, participarão do Curso de Formação Corporação Militar do Estado do Ceará, computados até a
de Oficiais, num período de 6 (seis) meses, durante o qual data de encerramento das inscrições do concurso;
serão equiparados a Cadete do 3º ano do Curso de Forma‑ d) ser considerado apto, para efeito de curso, pela Junta
ção de Oficiais, fazendo jus à remuneração correspondente; de Saúde de sua Corporação;
§ 2º Após o Curso de Formação de Oficiais, ou Curso de e) ser considerado apto em exame físico;
Formação Profissional, se considerado aprovado, o candidato f) estar classificado, no mínimo, no “ótimo” comporta‑
será nomeado 2º Tenente, por ato do Governador do Estado. mento;
(Nova redação dada pela Lei nº 15.797, de 25.05.15) g) possuir diploma de curso superior de graduação, re‑
§ 3º O ingresso no Quadro de Oficiais Capelães obedecerá conhecido pelo Ministério da Educação.
II – não estar enquadrado em nenhuma das situações
ao disposto no art. 92 desta Lei. (Redação dada pela Lei n°
abaixo:
13.768, de 04.05.06)
a) submetido a Processo Regular (Conselho de Disciplina)
§ 4º O Serviço Religioso Militar do Estado será propor‑
ou indiciado em inquérito policial militar;
cionado pela Corporação, ministrado por Oficial Capelão, b) condenado à pena de suspensão do exercício de cargo
na condição de sacerdote, ministro religioso ou pastor de ou função, durante o prazo que persistir a suspensão;
qualquer religião, desde que haja, pelo menos, um terço de c) cumprindo sentença, inclusive o tempo de sursis;
militares estaduais da ativa que professem o credo e cuja d) gozando Licença para Tratar de Interesse Particular
prática não atente contra a Constituição e as leis do País, e – LTIP;
será exercido na forma estabelecida por esta Lei. (Redação e) no exercício de cargo ou função temporária, estranha à
dada pela Lei n° 13.768, de 04.05.06) atividade policial ou bombeiro militar ou à Segurança Pública;
Art. 18. O Oficial do Quadro de Capelães, quando afasta‑ f) estiver respondendo a processo-crime, salvo quando
do ou impedido definitivamente ou licenciado do exercício decorrente do cumprimento de missão policial militar ou
do ministério eclesiástico, por ato da autoridade eclesiástica bombeiro militar;
competente de sua religião, será demitido da Corporação, por g) ter sido punido com transgressão disciplinar de natu‑
incompatibilidade para com a função de seu cargo, sendo-lhe reza grave nos últimos 24 (vinte e quatro) meses.
assegurado o contraditório e a ampla defesa. § 1º Para o ingresso no QOE, o candidato deverá ser
aprovado, também, em Exame de Suficiência Técnica da
CAPÍTULO IV Especialidade, conforme disposto no disciplinamento do
Do Quadro de Oficiais de Administração processo seletivo.
§ 2º O candidato aprovado e classificado no processo
Art. 19. Os Quadros de Oficiais de Administração – QOA, seletivo e que, em consequência, tenha sido matriculado e
da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros Militar serão haja concluído o Curso de Habilitação de Oficiais com apro‑
constituídos de Segundos-Tenentes, Primeiros-Tenentes, veitamento, obterá o acesso ao posto de 2º Tenente do QOA.
Capitães e Majores. (Nova redação dada pela Lei nº 15.797, (Nova redação dada pela Lei nº 15.797, de 25/5/2015)
de 25.05.15) § 3º Os cursos de que tratam as alíneas a e b do inciso I
Art. 20. O Quadro de Oficiais de Administração destina‑ deste artigo são aqueles efetivados pela Corporação ou, com
-se a prestar apoio as atividades da Corporação, mediante autorização do Comando-Geral, em outra Organização Militar
o desempenho de funções administrativas e operacionais. Estadual respectiva, não sendo admitidas equiparações des‑
Art. 21. Os Oficiais do QOA exercerão as funções privati‑ tes com quaisquer outros cursos diversos dos previstos neste
vas de seus respectivos cargos, nos termos estabelecidos nas Capítulo, como dispensa de requisito para ingresso no Curso
normas dos Quadros de Organização da respectiva Corpora‑ de Habilitação de Oficiais ou para qualquer outro efeito.
ção, observando-se o disposto no artigo anterior. § 4º (Revogado pela Lei nº 15.797, de 25.05.15)
§ 5º (Revogado pela Lei nº 15.797, de 25.05.15)
Art. 22. Fica autorizada a designação de oficial integrante
Art. 25. O ingresso no Quadro de Oficiais de Adminis‑
do QOA para as funções de Comando e Comando Adjunto
tração – QOA, e no Quadro de Oficiais Especialistas – QOE,
de subunidades. (Nova redação dada pela Lei nº 15.797, de
dar-se-á mediante aprovação e classificação no processo se‑
25.05.15) letivo, e após conclusão com aproveitamento no respectivo
Art. 23. Ressalvadas as restrições expressas nesta Lei, os curso, obedecido estritamente o número de vagas existente
Oficiais do QOA têm os mesmos direitos, regalias, prerro‑ nos respectivos Quadros.
gativas, vencimentos e vantagens atribuídas aos Oficiais de § 1º As vagas fixadas para cada Quadro serão preenchidas
igual posto dos demais Quadros. (Nova redação dada pela de acordo com a ordem de classificação final no Curso de
Lei nº 14.931, de 02.06.11) Habilitação.
§ 2º (Revogado pela Lei nº 15.797, de 25.05.15)
Seção II
Da Seleção e Ingresso no Curso Seção III
de Habilitação de Oficiais e Ingresso no Quadro Das Promoções nos Quadros
Legislação

Art. 24. Para a seleção e ingresso no Curso de Habilitação Art. 26. As promoções no QOA e no QOE obedecerão aos
de Oficiais, deverão ser observados, necessária e cumula‑ mesmos requisitos e critérios estabelecidos neste Estatuto
tivamente, até a data de encerramento das inscrições, os para a promoção de oficiais da Corporação, até o posto de
seguintes requisitos: Capitão.

Openbook Apostilas 21
Parágrafo único. O preenchimento das vagas ao posto CAPÍTULO VI
de Segundo-Tenente obedecerá, rigorosamente, à ordem de Da Hierarquia e da Disciplina
classificação final obtida no Curso de Habilitação de Oficiais.
(Nova redação dada pela Lei nº 15.797, de 25.05.15) Art. 29. A hierarquia e a disciplina são a base institucional
Art. 27. As vagas do QOA e do QOE são estabelecidas nas das Corporações Militares do Estado, nas quais a autoridade
normas específicas de cada Corporação. e a responsabilidade crescem com o grau hierárquico do
militar estadual.
CAPÍTULO V § 1º A hierarquia militar estadual é a ordenação da autori‑
Do Quadro de Oficiais Complementar Bombeiro Militar dade em níveis diferentes dentro da estrutura da Corporação,
obrigando os níveis inferiores em relação aos superiores.
Art. 28. O Quadro de Oficiais Complementar Bombeiro § 2º A ordenação é realizada por postos ou graduações
Militar – QOCBM, é destinado ao desempenho de atividades dentro de um mesmo posto ou de uma mesma graduação
bombeirísticas integrado por oficiais possuidores de curso e se faz pela antigüidade ou precedência funcional no posto
de nível superior de graduação, reconhecido pelo Ministé‑ ou na graduação.
rio da Educação, em áreas de interesse da Corporação que, § 3º O respeito à hierarquia é consubstanciado no espírito
independente do posto, desenvolverão atividades nas áreas de acatamento à seqüência crescente de autoridade.
meio e fim da Corporação dentro de suas especialidades, § 4º A disciplina é a rigorosa observância e o acatamen‑
observando-se o disposto no art. 24, §4º, desta Lei. to integral às leis, regulamentos, normas e disposições que
§ 1º O Comandante-Geral do Corpo de Bombeiros Mi‑ fundamentam a Corporação Militar Estadual e coordenam
litar solicitará ao Governador do Estado, por intermédio da seu funcionamento regular e harmônico, traduzindo-se pelo
Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social, e ouvida a perfeito cumprimento do dever por parte de todos, com o
Secretaria de Planejamento e Gestão, a abertura de concurso correto cumprimento, pelos subordinados, das ordens ema‑
público para o preenchimento de posto de 2º Tenente de nadas dos superiores.
Oficiais do Quadro Complementar, com profissionais de nível § 5º A disciplina e o respeito à hierarquia devem ser
superior. (Nova redação dada pela Lei nº 15.797, de 25.05.15) mantidos em todas as circunstâncias entre os militares.
§2º Aplica-se, no que for cabível, em face da peculiari‑ § 6º A subordinação não afeta, de nenhum modo, a dig‑
dade dos Quadros, aos integrantes do QOCBM, o disposto nidade do militar estadual e decorre, exclusivamente, da
nesta Lei para os Quadros de Oficiais de Saúde e de Capelães estrutura hierarquizada e disciplinada da Corporação Militar.
da Polícia Militar. Art. 30. Os círculos hierárquicos e a escala hierárquica nas
§3º O ingresso no QOCBM obedecerá ao disposto no art. 92 Corporações Militares Estaduais são fixados nos esquemas
desta Lei. (Nova redação dada pela Lei nº 14.931, de 02.06.11) e parágrafos seguintes:

Esquema I
(Nova redação dada pela Lei nº 15.797, de 25.05.15)

CÍRCULOS ESCALA HIERÁRQUICA


CORONEL COMANDANTE-GERAL
CORONEL
SUPERIORES
TENENTE-CORONEL
OFICIAIS POSTOS MAJOR
INTERMEDIÁRIOS CAPITÃO
PRIMEIRO TENENTE
SUBALTERNOS
SEGUNDO TENENTE

Esquema II
(Nova redação dada pela Lei nº 15.797, de 25.05.15)

CÍRCULOS ESCALA HIERÁRQUICA


SUBTENENTE
SUBTENENTES EPRIMEIRO, PRIMEIRO
SEGUNDO E TERCEIROS SEGUNDO E
PRAÇAS SARGENTOS GRADUAÇÕES TERCEIRO
SARGENTO
CABOS E CABO
SOLDADOS SOLDADO

Esquema III
(Revogado pela Lei nº 15.797, de 25.05.15)

§ 1º Posto é o grau hierárquico do Oficial, conferido pelo § 4º Os graus hierárquicos dos diversos Quadros e Qualifi‑
Legislação

Governador do Estado, correspondendo cada posto a um cargo. cações são fixados separadamente para cada caso, de acordo
§ 2º Graduação é o grau hierárquico da Praça, conferido com a Lei de Fixação de Efetivo da respectiva Corporação.
pelo Comandante-Geral, correspondendo cada graduação § 5º Sempre que o militar estadual da reserva remune‑
a um cargo. rada ou reformado fizer uso do posto ou graduação, deverá
§ 3º (Revogado pela Lei nº 15.797, de 25.05.15) fazê-lo mencionando essa situação.

22 Openbook Apostilas
Art. 31. A precedência entre militares estaduais da ativa, § 1º Os Almanaques, um para Oficiais e outro para Sub‑
do mesmo grau hierárquico, é assegurada pela antigüidade tenentes e Sargentos, conterão configurações curriculares,
no posto ou na graduação, salvo nos casos de precedência complementadas com fotos do tamanho 3 x 4, de frente e
funcional estabelecida neste artigo, em lei ou regulamento. com farda, de todos os militares em atividade, distribuídos
§ 1º A antiguidade entre os militares do Estado, em igual‑ por seus Quadros e Qualificações, de acordo com seus pos‑
dade de posto ou graduação, será definida, sucessivamente, tos, graduações e antiguidades, observando-se a precedência
pelas seguintes condições: funcional, e serão editadas no formato digital. (Nova redação
I – data da última promoção; dada pela Lei nº 15.797, de 25.05.15)
II – prevalência sucessiva dos graus hierárquicos ante‑ § 2º A Polícia Militar e o Corpo de Bombeiros Militar
riores; manterão um registro de todos os dados referentes ao pes‑
III – classificação no curso de formação ou habilitação; soal da reserva remunerada, dentro das respectivas escalas
IV – data de nomeação ou admissão; numéricas, segundo instruções baixadas pelo respectivo
V – maior idade. Comandante-Geral.
§ 2º Nos casos de promoção a Segundo-Tenente ou ad‑ Art. 34. Concluído o Curso de Formação de Oficiais,
missão de Cadetes ou Alunos-Soldados prevalecerá, para ou Curso de Formação Profissional, para o QOPM, QOBM,
QOSPM, QOCBM e QOCplPM, e o Curso de Habilitação de
efeito de antiguidade, a ordem de classificação obtida nos
Oficiais, para o QOAPM e QOABM, e obtida aprovação, serão
respectivos cursos ou concursos. (Nova redação dada pela
os concludentes nomeados ou obterão acesso, por ordem
Lei nº 15.797, de 25.05.15)
de classificação no respectivo curso, ao posto de Segundo‑
§ 3º Entre os alunos de um mesmo órgão de formação -Tenente, através de ato governamental. (Nova redação dada
policial militar ou bombeiro militar, a antiguidade será esta‑ pela Lei nº 15.797, de 25.05.15)
belecida de acordo com o regulamento do respectivo órgão. Parágrafo único. O Aspirante-a-Oficial que não obtiver
§ 4º Em igualdade de posto ou graduação, os militares conceito favorável no estágio supervisionado referido no
estaduais da ativa têm precedência sobre os da inatividade. caput deste artigo assinalará o final da turma e será subme‑
§ 5º Em igualdade de posto, as precedências entre os tido a Conselho de Disciplina, conforme estabelecido em Lei.
Quadros se estabelecerão na seguinte ordem:
I – na Polícia Militar do Ceará: CAPÍTULO VII
a) Quadro de Oficiais Policiais Militares – QOPM; Do Cargo, da Função e do Comando
b) Quadro de Oficiais de Saúde – QOSPM;
c) Quadro de Oficiais Complementar – QOCPM;4 Art. 35. Os cargos de provimento efetivo dos militares
d) Quadro de Oficiais Capelães – QOCplPM; estaduais são os postos e graduações previstos na Lei de
e) Quadro de Oficiais de Administração – QOAPM; Fixação de Efetivo de cada Corporação Militar, compondo
f) Quadro de Oficiais Especialistas – QOEPM. (Redação as carreiras dos militares estaduais dentro de seus Quadros
dada pela Lei n° 13.768, de 04.05.06)5 e Qualificações, somente podendo ser ocupados por militar
II – no Corpo de Bombeiros Militar do Ceará: em serviço ativo.
a) Quadro de Oficiais Bombeiros Militares – QOBM; Parágrafo único. O provimento do cargo de Oficial é re‑
b) Quadro de Oficiais Complementar Bombeiro Militar alizado por ato governamental e o da Praça, por ato admi‑
– QOCBM; nistrativo do Comandante-Geral.
c) Quadro de Oficiais de Administração – QOABM. Art. 36. Os cargos de provimento em comissão, inerentes
§ 6º Em igualdade de graduação, as praças combatentes a comando, direção, chefia e coordenação de militares esta‑
têm precedência sobre as praças especialistas. duais, previstos na Lei de Organização Básica da Corporação
§ 7º Em igualdade de postos ou graduações, entre os Militar, são de livre nomeação e exoneração pelo Chefe do
integrantes da Polícia Militar do Ceará e do Corpo de Bom‑ Poder Executivo, somente podendo ser providos por militares
beiros Militar do Ceará, aqueles militares terão precedências do serviço ativo da Corporação.
hierárquicas sobre estes. § 1º O Comandante-Geral poderá, provisoriamente, por
§ 8º A precedência funcional ocorrerá quando, em igual‑ necessidade institucional urgente devidamente motivada,
dade de posto ou graduação, o oficial ou praça ocupar car‑ designar o oficial para o cargo em comissão ou dispensá-lo,
go ou função que lhe atribua superioridade funcional sobre devendo regularizar a situação na conformidade do caput,
no prazo de 15 (quinze) dias a contar do ato, sob pena de
os integrantes do órgão ou serviço que dirige, comanda ou
restabelecer-se a situação anterior.
chefia.
§ 2º A designação ou dispensa mencionada no parágrafo
Art. 32. A precedência entre as praças especiais e as de‑
anterior tem natureza meramente acautelatória, não cons‑
mais praças é assim regulada: tituindo sanção disciplinar.
I – os Aspirantes-a-Oficial são hierarquicamente superio‑ § 3º O militar estadual que ocupar cargo em comissão,
res às demais praças; de forma interina, fará jus, após 30 (trinta) dias, às vantagens
II – os Cadetes são hierarquicamente superiores aos Sub‑ e outros direitos a ele inerentes.
tenentes, Primeiros-Sargentos, Cabos, Soldados e Alunos‑ Art. 37. A cada cargo militar estadual corresponde um
-Soldados. conjunto de atribuições, deveres e responsabilidades que se
Art. 33. Na Polícia Militar e no Corpo de Bombeiros Mili‑ constituem em obrigações do respectivo titular.
tar será organizado o registro de todos os Oficiais e Gradua‑ Parágrafo único. As atribuições e obrigações inerentes a
dos, em atividade, cujos resumos constarão dos Almanaques cargo militar estadual devem ser, preferencialmente, com‑
de cada Corporação. patíveis com o correspondente grau hierárquico, e no caso
do militar estadual do sexo feminino, preferencialmente,
Legislação

4
O art. 2º da Lei nº 14.931, de 2 de junho de 2011, extinguiu o Quadro de Ofi‑ levando-se em conta as diferenciações físicas próprias, tudo
ciais Complementar da Polícia Militar do Ceará – QOCPM, determinando que definido em legislação ou regulamentação específicas.
as vagas dele remanescentes sejam distribuídas entres os demais Quadros de Art. 38. O cargo militar estadual é considerado vago:
Oficiais.
5
QOE extinto na PMCE e incluído no QOA nos termos do art. 3º da Lei nº I – a partir de sua criação e até que um militar estadual
14.931, de 2/6/2011. dele tome posse;

Openbook Apostilas 23
II – desde o momento em que o militar estadual for exo‑ Art. 49. O compromisso a que se refere o artigo anterior
nerado, demitido ou expulso; terá caráter solene e será prestado na presença de tropa
§ 1º Consideram-se também vagos os cargos militares ou guarnição formada, tão logo o militar estadual tenha
estaduais cujos ocupantes: adquirido um grau de instrução compatível com o perfeito
I – tenham falecido; entendimento de seus deveres como integrante da respectiva
II – tenham sido considerados extraviados; Corporação Militar Estadual, na forma seguinte:
III – tenham sido considerados desertores. I – quando se tratar de praça:
§ 2º É considerado ocupado para todos os efeitos o cargo a) da Polícia Militar do Ceará: “Ao ingressar na Polícia
preenchido cumulativamente, mesmo que de forma provi‑ Militar do Ceará, prometo regular a minha conduta pelos
sória, por detentor de outro cargo militar. preceitos da moral, cumprir rigorosamente as ordens das
Art. 39. Função militar estadual é o exercício das obriga‑ autoridades a que estiver subordinado e dedicar-me intei‑
ções inerentes a cargo militar estadual. ramente ao serviço policial-militar, à polícia ostensiva, à pre‑
Art. 40. Dentro de uma mesma Organização Militar Es‑ servação da ordem pública e à segurança da comunidade,
tadual, a seqüência de substituições para assumir cargos ou mesmo com o risco da própria vida”.
responder por funções, bem como as normas, atribuições e b) do Corpo de Bombeiros Militar do Ceará: “Ao ingressar
responsabilidades relativas, são as estabelecidas em lei ou no Corpo de Bombeiros Militar do Ceará, prometo regular
regulamento, respeitada a qualificação exigida para o cargo minha conduta pelos preceitos da moral, cumprir rigorosa‑
ou exercício da função. mente as ordens das autoridades a que estiver subordinado,
Art. 41. As obrigações que, pelas generalidades, peculia‑ dedicar-me inteiramente ao serviço de bombeiro militar e à
ridades, duração, vulto ou natureza, não são catalogadas em proteção da pessoa, visando à sua incolumidade em situação
Quadro de Organização ou dispositivo legal, são cumpridas de risco, infortúnio ou de calamidade, mesmo com o risco
como encargo, incumbência, comissão, serviço, ou atividade da própria vida”.
militar estadual ou de natureza militar estadual. II – (Revogado pela Lei nº 15.797, de 25.05.15)
Parágrafo único. Aplica-se, no que couber, ao encargo, III – quando for promovido ao primeiro posto: “Perante a
incumbência, comissão, serviço ou atividade militar estadual Bandeira do Brasil e pela minha honra, prometo cumprir
ou de natureza militar estadual, o disposto neste capítulo os deveres de Oficial da Polícia Militar/Corpo de Bombeiros
para cargo militar estadual. Militar do Ceará e dedicar-me inteiramente ao serviço”.
Art. 42. Comando é a soma de autoridade, deveres e res‑ Art. 50. O Código Disciplinar da Polícia Militar do Ceará
ponsabilidades de que o militar estadual está investido legal‑ e do Corpo de Bombeiros Militar do Ceará dispõe sobre o
mente, quando conduz subordinados ou dirige uma Organi‑ comportamento ético-disciplinar dos militares estaduais, es‑
zação Militar Estadual, sendo vinculado ao grau hierárquico e tabelecendo os procedimentos para apuração da responsabi‑
constituindo uma prerrogativa impessoal, em cujo exercício o lidade administrativo-disciplinar, dentre outras providências.
militar estadual se define e se caracteriza como chefe. § 1º (Revogado pela Lei nº 15.797, de 25.05.15)
Art. 43. O Oficial é preparado, ao longo da carreira, para § 2º Ao Cadete e ao Aluno-Soldado aplicam-se, cumula‑
o exercício do comando, da chefia e da direção das Organi‑ tivamente ao Código Disciplinar, as disposições normativas
zações Militares Estaduais. disciplinares previstas no estabelecimento de ensino onde
Art. 44. Os Subtenentes e Sargentos auxiliam e comple‑ estiver matriculado.
mentam as atividades dos oficiais na capacitação de pessoal § 3º O militar estadual que se julgar prejudicado ou ofen‑
e no emprego dos meios, na instrução, na administração e no dido por qualquer ato administrativo, poderá, sob pena de
comando de frações de tropa, mesmo agindo isoladamente prescrição, recorrer ou interpor recurso, no prazo de 120
nas diversas atividades inerentes a cada Corporação. (cento e vinte) dias corridos, excetuando-se outros prazos
Parágrafo único. No exercício das atividades mencionadas previstos nesta Lei ou em legislação específica. (Redação
neste artigo e no comando de elementos subordinados, os dada pela Lei n° 13.768, de 04.05.06)
Subtenentes e os Sargentos deverão impor-se pela lealdade, Art. 51. Os militares estaduais, nos crimes militares defi‑
pelo exemplo e pela capacidade profissional e técnica, incum‑ nidos em lei, serão processados e julgados perante a Justiça
bindo-lhes assegurar a observância minuciosa e ininterrupta Militar do Estado, em primeira instância exercitada pelos
das ordens, das regras do serviço e das normas operativas juízes de direito e Conselhos de Justiça, e em segunda ins‑
pelas praças que lhes estiverem diretamente subordinadas, tância pelo Tribunal de Justiça do Estado, enquanto não for
e à manutenção da coesão e do moral das mesmas praças criado o Tribunal de Justiça Militar do Estado.
em todas as circunstâncias. (Nova redação dada pela Lei nº § 1º Compete aos juízes de direito do juízo militar pro‑
15.797, de 25.05.15) cessar e julgar, singularmente, os crimes militares cometidos
Art. 45. Os Cabos e Soldados são, essencialmente, os contra civis e as ações judiciais contra atos disciplinares mili‑
responsáveis pela execução. tares, cabendo ao Conselho de Justiça, sob a presidência de
Art. 46. (Revogado pela Lei nº 15.797, de 25.05.15) Juiz de Direito, processar e julgar os demais crimes militares.
Art. 47. Cabe ao militar estadual a responsabilidade in‑ § 2º O disposto no caput não se aplica aos casos de com‑
tegral pelas decisões que tomar, pelas ordens que emitir e petência do júri quando a vítima for civil.
pelos atos que praticar.
TÍTULO III
DOS DIREITOS E DAS PRERROGATIVAS
CAPÍTULO VIII DOS MILITARES ESTADUAIS
Do Compromisso, do Comportamento Ético e da
Responsabilidade Disciplinar e Penal Militar CAPÍTULO ÚNICO
Legislação

Dos Direitos
Art. 48. O cidadão que ingressar na Corporação Militar
Estadual, prestará compromisso de honra, no qual afirmará Art. 52. São direitos dos militares estaduais:
aceitação consciente das obrigações e dos deveres militares I – garantia da patente quando oficial e da graduação
e manifestará a sua firme disposição de bem cumpri-los. quando praça em toda a sua plenitude, com as vantagens,

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prerrogativas e deveres a elas inerentes; (Veto Rejeitado em XXVII – isenção de pagamento da taxa de inscrição em
21.03.06 – 28.04.06). qualquer concurso público para ingresso na Administração
II – estabilidade para o oficial, desde a investidura, e para Pública Estadual, Direta, Indireta e Fundacional;
a praça, quando completar mais de 3 (três) anos de efetivo XXVIII – (Vetado.)
serviço; (Veto Rejeitado em 21.03.06 – 28.04.06). XXIX – assistência psico-social pelo Hospital da Polícia
III – uso das designações hierárquicas; Militar;
IV – ocupação de cargo na forma desta Lei; XXX – (Vetado.)
V – percepção de remuneração; XXXI – (Vetado.)
VI – constituição de pensão de acordo com a legislação XXXII – afastar-se por até 2 (duas) horas diárias, por pror‑
vigente; rogação do início ou antecipação do término do expediente
VII – promoção, na conformidade desta Lei; ou de escala de serviço, para acompanhar filho ou dependen‑
VIII – transferência para a reserva remunerada, a pedido, te legal, que sofra de moléstia ou doença grave irreversível,
ou reforma; em tratamento específico, a fim de garantir o devido cuidado,
IX – férias obrigatórias, afastamentos temporários do comprovada a necessidade por Junta Médica de Saúde da
serviço e licenças, nos termos desta Lei; Corporação; (Redação dada pela Lei n° 13.768, de 04.05.06)
X – exoneração a pedido;
XXXIII – alimentação conforme estabelecido em Decre‑
XI – porte de arma, quando oficial em serviço ativo ou em
to do Chefe do Poder Executivo; (Redação dada pela Lei n°
inatividade, salvo por medida administrativa acautelatória de
13.768, de 04.05.06)
interesse social, aplicada pelo Controlador Geral de Disciplina
dos Órgãos de Segurança Pública e Sistema Penitenciário, XXXIV – a percepção de diárias quando se deslocar, a
inativação proveniente de alienação mental, condenação que serviço, da localidade onde tem exercício para outro ponto
desaconselhe o porte ou por processo regular, observada a do território estadual, nacional ou estrangeiro, como forma
legislação aplicável. (Nova redação dada pela Lei nº 14.933, de indenização das despesas de alimentação e hospedagem,
de 08.06.11) na forma de Decreto do Chefe do Poder Executivo. (Redação
XII – porte de arma, quando praça, em serviço ativo ou dada pela Lei n° 13.768, de 04.05.06)
em inatividade, observadas as restrições impostas no inciso Art. 53. O militar estadual alistável é elegível, atendidas
anterior, a regulamentação a ser baixada pelo Comandante‑ as seguintes condições:
-Geral e a legislação aplicável; I – se contar menos de 10 (dez) anos de serviço, deverá
XIII – assistência jurídica gratuita e oficial do Estado, afastar-se definitivamente da atividade militar estadual a
quando o ato for praticado no legítimo exercício da missão; partir do registro de sua candidatura na Justiça Eleitoral,
XIV – livre acesso, quando em serviço ou em razão deste, apresentada pelo Partido e autorizada pelo candidato, com
aos locais sujeitos à fiscalização policial militar ou bombeiro prejuízo automático, imediato e definitivo do provimento
militar; do cargo, de promoção e da percepção da remuneração;
XV – seguro de vida e invalidez em razão da atividade de II – se contar 10 (dez) ou mais anos de serviço, será agre‑
risco que desempenha; gado por ato do Comandante-Geral, sem perda da percepção
XVI – assistência médico-hospitalar, através do Hospital da remuneração e, se eleito, passará automaticamente, no
da Polícia Militar; ato da diplomação, para a reserva remunerada, com proven‑
XVII – tratamento especial, quanto à educação de seus tos proporcionais ao tempo de contribuição;
dependentes, para os militares estaduais do serviço ativo, III – se suplente, ao assumir o cargo eletivo será inativado
através dos Colégios da Polícia Militar e do Corpo de Bom‑ na forma do inciso anterior.
beiros;
XVIII – recompensas ou prêmios, instituídos por lei; Seção I
XIX – auxílio funeral, conforme previsto em lei; Da Remuneração
XX – (Vetado.)
XXI – fardamento ou valor correspondente, constituindo‑ Art. 54. A remuneração dos militares estaduais compre‑
-se no conjunto de uniformes fornecidos, pelo menos uma ende vencimentos ou subsídio fixado em parcela única, na
vez ao ano, ao Cabo e Soldado na ativa, bem como aos Ca‑ forma do art. 39, § 4º da Constituição Federal, e proventos,
detes e Alunos-Soldados, e, em casos especiais, aos demais indenizações e outros direitos, sendo devida em bases esta‑
militares estaduais;
belecidas em lei específica e, em nenhuma hipótese, poderão
XXII – transporte ou valor correspondente, assim en‑
exceder o teto remuneratório constitucionalmente previsto.
tendido como os meios fornecidos ao militar estadual para
§ 1º O militar estadual ao ser matriculado nos cursos
seu deslocamento, por interesse do serviço, quando o des‑
locamento implicar em mudança de sede ou de moradia, regulares previstos nesta Lei, exceto os de formação, e desde
compreendendo também as passagens para seus dependen‑ que esteja no exercício de cargo ou função gratificada por
tes e a transição das respectivas bagagens, de residência a período superior a 6 (seis) meses, não perderá o direito à
residência; percepção do benefício correspondente. (Redação dada pela
XXIII – décimo terceiro salário; Lei n° 13.768, de 04.05.06)
XXIV – salário-família, pago em razão do número de de‑ § 2º Ao militar estadual conceder-se-á gratificação pela
pendentes, nas mesmas condições e no mesmo valor dos se‑ participação em comissão examinadora de concurso e pela
gurados do Regime Geral de Previdência Social, na proporção elaboração ou execução de trabalho relevante, técnico ou
do número de filhos ou equiparados de qualquer condição científico de interesse da corporação militar estadual. (Re-
de até 14 (quatorze) anos ou inválidos; dação dada pela Lei n° 13.768, de 04.05.06)
XXV – VETADO. § 3º O Secretário da Segurança Pública e Defesa Social,
Legislação

XXVI – fica assegurado ao Militar Estadual da ativa, quan‑ o Chefe da Casa Militar ou os Comandantes-Gerais poderão:
do fardado e mediante a apresentação de sua identidade (Redação dada pela Lei n° 13.768, de 04.05.06)
militar, acesso gratuito aos transportes rodoviários coletivos I – autorizar o militar estadual, ocupante de cargo efetivo
intermunicipais, ficando estabelecida a cota máxima de 2 ou em comissão, a participar de comissões, grupos de traba‑
(dois) militares por veículo; lho ou projetos, sem prejuízo dos vencimentos;

Openbook Apostilas 25
II – conceder ao militar nomeado, a gratificação prevista Art. 61. As férias e outros afastamentos mencionados
no § 2º deste artigo. nesta Seção são concedidos sem prejuízo da remuneração
§ 4º O valor das gratificações previstas no § 2º será re‑ prevista na legislação específica e computados como tempo
gulado por Decreto do Chefe do Poder Executivo. (Redação de efetivo serviço e/ou contribuição para todos efeitos legais.
dada pela Lei n° 13.768, de 04.05.06)
Art. 55. O subsídio ou os vencimentos dos militares es‑ Seção III
taduais são irredutíveis e não estão sujeitos à penhora, se‑ Das Licenças e das Dispensas de Serviço
qüestro ou arresto, exceto nos casos previstos em Lei.
Art. 56. O valor do subsídio ou dos vencimentos é igual Art. 62. Licença é a autorização para o afastamento total
para o militar estadual da ativa, da reserva ou reformado, do serviço, em caráter temporário, concedida ao militar es‑
de um mesmo grau hierárquico, exceto nos casos previstos tadual, obedecidas as disposições legais e regulamentares.
em Lei. § 1º. A licença pode ser:
Art. 57. Os proventos da inatividade serão revistos sem‑ I – à gestante, por 120 (cento e vinte) dias, prorrogáveis
pre que se modificar o subsídio ou os vencimentos dos mili‑ por mais 60 (sessenta) dias, nos termos dos §§ 8º e 9º; (Nova
tares estaduais em serviço ativo, na mesma data e proporção, redação dada pela Lei Complementar nº 159, de 14.01.16)
observado o teto remuneratório previsto no art. 54 desta Lei. II – paternidade, por 10 (dez) dias;
Parágrafo único. Respeitado o direito adquirido, os pro‑ III – para tratar de interesse particular;
ventos da inatividade não poderão exceder a remuneração IV – para tratar da saúde de dependente, na forma desta
percebida pelo militar estadual da ativa no posto ou gradu‑ Lei;
ação correspondente. V – para tratar da saúde própria;
Art. 58. Por ocasião de sua passagem para a inatividade, VI – à adotante:
o militar estadual terá direito a proventos proporcionais aos a) por 120 (cento e vinte) dias se a criança tiver até 1
anos de serviço, computáveis para a inatividade, até o máxi‑ (um) ano de idade;
mo de 30 (trinta) anos, computando-se, para efeito da conta‑ b) por 60 (sessenta) dias se a criança tiver entre 1 (um)
gem naquela ocasião, o resíduo do tempo igual ou superior e 4 (quatro) anos de idade;
a 180 (cento e oitenta) dias como se fosse mais 1(um) ano. c) por 30 (trinta) dias se a criança tiver de 4 (quatro) a 8
(oito) anos de idade.
Seção II § 2º A licença à gestante será concedida, mediante inspe‑
Das Férias e Outros Afastamentos ção médica, a partir do 8º mês de gestação, salvo prescrição
Temporários do Serviço em contrário.
§ 3º A licença-paternidade será iniciada na data do nas‑
Art. 59. As férias traduzem o afastamento total do ser‑ cimento do filho.
viço, concedidas anualmente, de acordo com portaria do § 4º A licença para tratar de interesse particular é a au‑
Comandante-Geral, de gozo obrigatório após a concessão, torização para afastamento total do serviço por até 2 (dois)
remuneradas com um terço a mais da remuneração normal, anos, contínuos ou não, concedida ao militar estadual com
sendo atribuídas ao militar estadual para descanso, a partir mais de 10 (dez) anos de efetivo serviço que a requerer com
do último mês do ano a que se referem ou durante o ano
essa finalidade, implicando em prejuízo da remuneração,
seguinte, devendo o gozo ocorrer nesse período.
da contagem do tempo de serviço e/ou contribuição e da
§ 1º A concessão e o gozo de férias não sofrerão nenhuma
antigüidade no posto ou na graduação.
restrição, salvo:
§ 5º As licenças para tratar de interesse particular, de
I – para cumprimento de punição disciplinar de natureza
saúde de dependente e para tratamento de saúde própria,
grave ou prisão provisória;
serão regulamentadas por portaria do Comandante-Geral,
II – por necessidade do serviço, identificada por ato do
no prazo de 120 (cento e vinte) dias, observado o disposto
Comandante-Geral, conforme conveniência e oportunidade
da Administração, garantida ao militar estadual nova data de nesta Lei.
reinício do gozo das férias interrompidas. § 6º. A licença-maternidade só será concedida à adotan‑
§ 2º Não fará jus às férias regulamentares o militar es‑ te ou guardiã mediante apresentação do respectivo termo
tadual que esteja aguardando solução de processo de ina‑ judicial.
tividade. § 7º. Na hipótese do inciso IV deste artigo o militar poderá
§ 3º As férias a que se refere este artigo poderão ser ser licenciado por motivo de doença nas pessoas dos seguin‑
divididas em 2 (dois) períodos iguais. tes dependentes: pais; filhos; cônjuge do qual não esteja
§ 4º O direito destacado neste artigo estende-se aos separado; e de companheiro (a); em qualquer caso, desde
militares que estão nos cursos de formação para ingresso que prove ser indispensável a sua assistência pessoal e esta
na Corporação. não possa ser prestada simultaneamente com o exercício
Art. 60. Os militares estaduais têm direito, aos seguintes funcional, pelo prazo máximo de 2 (dois) anos, dos quais os
períodos de afastamento total do serviço, obedecidas as dis‑ 6 (seis) primeiros meses sem prejuízo de sua remuneração.
posições legais e regulamentares, por motivo de: No período que exceder os 6 (seis) meses até o limite de 2
I – núpcias: 8 (oito) dias; (dois) anos, observar-se-á o que dispõe o § 4º deste artigo.
II – luto: 8 (oito) dias, por motivo de falecimento de pais, § 8º A prorrogação da licença de que trata o inciso I do
irmão, cônjuge, companheiro(a), filhos e sogros; § 1º deste artigo será assegurada à militar estadual, me‑
III – instalação: até 10 (dez) dias; diante requerimento efetivado até o final do terceiro mês
IV – trânsito: até 30 (trinta) dias. após o parto, e concedida imediatamente após a fruição da
Parágrafo único. O afastamento do serviço por motivo de licença-maternidade de que trata o art. 7º, inciso XVIII da
Legislação

núpcias ou luto será concedido, no primeiro caso, se solici‑ Constituição Federal.


tado por antecipação à data do evento, e, no segundo caso, § 9º Durante o período de prorrogação da licença-ma‑
tão logo a autoridade a que estiver subordinado o militar ternidade, a militar estadual terá direito à sua remuneração,
estadual tome conhecimento, de acordo com portaria do vedado o exercício de qualquer atividade remunerada pela
Comandante-Geral. beneficiária, não podendo também a criança ser mantida em

26 Openbook Apostilas
creches ou organização similar, sob pena da perda do direito Seção V
do benefício e consequente apuração da responsabilidade Das Prerrogativas
funcional.
§ 10. Em caso de aborto não criminoso, comprovado Subseção I
mediante atestado médico, a militar terá direito à licença Da Constituição e Enumeração
remunerada correspondente a 2 (duas) semanas. (Redação
dada pela Lei Complementar nº 159, de 14.01.16) Art. 69. As prerrogativas dos militares estaduais são cons‑
Art. 63. O tempo da licença de que trata o § 4º do artigo tituídas pelas honras, dignidades e distinções devidas aos
anterior, será computado para obtenção de qualquer bene‑ graus hierárquicos e cargos que lhes estão afetos.
ficio previdenciário, inclusive aposentadoria desde que haja Parágrafo único. São prerrogativas dos militares estadu‑
recolhimento mensal da alíquota de 33% (trinta e três por ais:
cento) incidente sobre o valor da última remuneração para I – uso de títulos, uniformes, distintivos, insígnias, divisas,
fins de contribuição previdenciária, que será destinada ao emblemas, agildas e peças complementares das respectivas
Sistema Único de Previdência Social dos Servidores Públicos Corporações, correspondentes ao posto ou à graduação;
Civis e Militares, dos Agentes Públicos e dos Membros de II – honras, tratamentos e sinais de respeito que lhes
Poder do Estado do Ceará – SUPSEC. sejam assegurados em leis e regulamentos;
Art. 64. As licenças poderão ser interrompidas a pedido III – cumprimento de pena de prisão ou detenção, mes‑
mo após o trânsito em julgado da sentença, somente em
ou nas seguintes condições:
Organização Militar da Corporação a que pertence, e cujo
I – em caso de mobilização, estado de guerra, estado de
comandante, chefe ou diretor tenha precedência hierárquica
defesa ou estado de sítio;
sobre o militar;
II – em caso de decretação de estado ou situação de IV – julgamento por crimes militares, em foro especial, na
emergência ou calamidade pública; conformidade das normas constitucionais e legais aplicáveis.
III – para cumprimento de sentença que importe em res‑ Art. 70. O militar estadual só poderá ser preso em caso
trição da liberdade individual; de flagrante delito ou por ordem escrita e fundamentada da
IV – para cumprimento de punição disciplinar, conforme autoridade judiciária competente ou de autoridade militar
determinado pelo Comandante-Geral; estadual competente, nos casos de transgressão disciplinar
V – em caso de prisão em flagrante ou de decretação de ou de crime propriamente militar, definidos em lei.
prisão por autoridade judiciária, a juízo desta; § 1º Somente em casos de flagrante delito, o militar es‑
VI – em caso de indiciação em inquérito policial militar, tadual poderá ser preso por autoridade policial civil, ficando
recebimento de denúncia ou pronúncia criminal, a juízo da retido na Delegacia durante o tempo necessário à lavratura
autoridade competente. do flagrante, comunicando-se imediatamente ao juiz compe‑
Parágrafo único. A interrupção de licença para tratamen‑ tente e ao comando da respectiva Corporação Militar, após
to de saúde de dependente, para cumprimento de punição o que deverá ser encaminhado preso à autoridade militar
disciplinar que importe em restrição da liberdade individual, de patente superior mais próxima da Organização Militar da
será regulada em lei específica. Corporação a que pertencer, ficando esta obrigada, sob pena
Art. 65. As dispensas do serviço são autorizações con‑ de responsabilidade funcional e penal, a manter a prisão até
cedidas aos militares estaduais para afastamento total do que deliberação judicial decida em contrário.
serviço, em caráter temporário. § 2º Cabe ao Secretário da Segurança Pública e Defesa
Art. 66. As dispensas do serviço podem ser concedidas Social e ao Comandante-Geral da respectiva Corporação
aos militares estaduais: responsabilizar ou provocar a responsabilização da autori‑
I – para desconto em férias já publicadas e não gozadas dade policial civil e da autoridade militar que não cumprir o
no todo ou em parte; disposto neste artigo e que maltratar ou consentir que seja
II – em decorrência de prescrição médica. maltratado qualquer militar estadual, preso sob sua custódia,
Parágrafo único. As dispensas do serviço serão concedi‑ ou, sem razão plausível, não lhe der tratamento devido ao
das com a remuneração integral e computadas como tempo seu posto ou graduação.
de efetivo serviço e/ou contribuição militar. § 3º Se, durante o processo e julgamento no foro civil
Art. 67. Para fins de que dispõe esta Seção, no tocante houver perigo de vida para qualquer militar estadual pre‑
à concessão de licenças e dispensas de serviços, o militar so, o Comandante-Geral da respectiva Corporação Militar
que não se apresentar no primeiro dia útil após o prazo providenciará os entendimentos com o Juiz de Direito do
feito, visando à garantia da ordem nas cercanias do foro ou
previsto de encerramento da citada autorização, incorrerá
Tribunal pela Polícia Militar.
nas situações de ausência e deserção conforme disposto na
Art. 71. O militar estadual da ativa, no exercício de função
legislação aplicável.
militar, de natureza militar ou de interesse militar, é dispen‑
sado do serviço na instituição do Júri e do serviço na Justiça
Seção IV Eleitoral.
Das Recompensas
Subseção II
Art. 68. As recompensas constituem reconhecimento dos Do Uso dos Uniformes
bons serviços prestados pelos militares estaduais e serão
concedidas de acordo com as normas regulamentares da Art. 72. Os uniformes das Corporações Militares Estadu‑
Corporação. ais, com seus distintivos, insígnias, divisas, emblemas, agildas
Parágrafo único. São recompensas militares estaduais, e peças complementares são privativos dos militares esta‑
Legislação

além das previstas em outras leis: duais e representam o símbolo da autoridade militar, com
I – prêmios de honra ao mérito; as prerrogativas a esta inerentes.
II – condecorações por serviços prestados; Parágrafo único. Constituem crimes previstos na legis‑
III – elogios; lação específica o desrespeito ao disposto no caput deste
IV – dispensas do serviço, conforme dispuser a legislação. artigo, bem como uso por quem a eles não tiver direito.

Openbook Apostilas 27
Art. 73. O militar estadual fardado tem as obrigações após transcorridos mais de 90 (noventa) dias de tramitação
correspondentes ao uniforme que usa e aos distintivos, in‑ administrativa regular do processo, ficando afastado de toda
sígnias, divisas, emblemas, agildas e peças complementares e qualquer atividade a partir da agregação;
que ostenta. III – for afastado temporariamente do serviço ativo por
Art. 74. O uso dos uniformes com os seus distintivos, motivo de:
insígnias, emblemas e agildas, bem como os modelos, des‑ a) ter sido julgado incapaz temporariamente, após um
crição, composição e peças acessórias, são estabelecidos ano contínuo de tratamento de saúde;
nas normas específicas de cada Corporação Militar Estadual. b) ter sido julgado, por junta médica da Corporação, de‑
Art. 75. É proibido ao militar estadual o uso dos uni‑ finitivamente incapaz para o serviço ativo militar, enquanto
formes e acréscimos de que trata esta subseção, na forma tramita o processo de reforma, ficando, a partir da agregação,
prevista no Código Disciplinar e nas situações abaixo: recolhendo para o SUPSEC como se estivesse aposentado;
I – em manifestação de caráter político-partidário;6 c) ter ultrapassado um ano contínuo de licença para tra‑
II – no estrangeiro, quando em atividade não relaciona‑ tamento de saúde própria;
da com a missão policial militar ou bombeiro militar, salvo d) ter ultrapassado 6 (seis) meses contínuos de licença
quando expressamente determinado e autorizado; para tratar de interesse particular ou de saúde de depen‑
III – na inatividadede, salvo para comparecer as soleni‑ dente;
dades militares estaduais, cerimônias cívico-comemorativas e) ter sido considerado oficialmente extraviado;
das grandes datas nacionais ou estaduais ou a atos sociais f) houver transcorrido o prazo de graça e caracterizado
solenes, quando devidamente autorizado pelo Comandante‑ o crime de deserção;
-Geral. g) deserção, quando Oficial ou Praça com estabilidade
Parágrafo único. Os militares estaduais na inatividade, assegurada, mesmo tendo se apresentado voluntariamente,
cuja conduta possa ser considerada ofensiva à dignidade até sentença transitada em julgado do crime de deserção;
da classe, poderão ser, temporariamente, proibidos de usar h) ter sido condenado a pena restritiva de liberdade su‑
uniformes por decisão do Comandante-Geral, conforme es‑ perior a 6 (seis) meses e enquanto durar a execução, excluído
tabelece o Código Disciplinar. o período de suspensão condicional da pena;
Art. 76. É vedado a qualquer civil ou organizações civis i) tomar posse em cargo, emprego ou função pública civil
o uso de uniforme ou a ostentação de distintivos, insígnias, temporária, não eletiva inclusive da administração indireta;
agildas ou emblemas, iguais ou semelhantes, que possam ser j) ter sido condenado à pena de suspensão do exercício
confundidos com os adotados para os militares estaduais. do cargo ou função.
Parágrafo único. São responsáveis pela infração das dis‑ § 2º (Revogado pela Lei n° 14.113, de 12.05.08)
posições deste artigo, além dos indivíduos que a tenham §3º A agregação do militar estadual, a que se refere a
cometido, os diretores ou chefes de repartições, organizações alínea “i” do inciso III do § 1º, é contada a partir da data
de qualquer natureza, firmas ou empregadores, empresas, da posse no novo cargo, emprego ou função até o retorno
institutos ou departamentos que tenham adotado ou con‑ à Corporação ou transferência ex offício para a reserva re‑
sentido sejam usados uniformes ou ostentados distintivos, munerada. (Redação dada pela Lei n° 14.113, de 12.05.08)
insígnias, agildas ou emblemas, iguais ou que possam ser §4º A agregação do militar estadual a que se referem as
confundidos com os adotados para os militares estaduais. alíneas “a”, “c” e “d” do inciso III do § 1º é contada a partir do
primeiro dia após os respectivos prazos e enquanto durar o
TÍTULO IV afastamento. (Redação dada pela Lei n° 14.113, de 12.05.08)
(Revogado pela Lei nº 15.797, de 25.05.15) §5º A agregação do militar estadual, a que se referem
as alíneas “b”, “e”, “f” “g”, “h” e “j” do inciso III do § 1º, é
TÍTULO V contada a partir da data indicada no ato que torna público o
DAS DISPOSIÇÕES DIVERSAS respectivo afastamento. (Redação dada pela Lei n° 14.113,
de 12.05.08)
CAPÍTULO I § 6º A agregação do militar estadual que tenha 10 (dez)
Das Situações Especiais ou mais anos de serviço, candidato a cargo eletivo, é con‑
tada a partir da data do registro da candidatura na Justiça
Seção I Eleitoral até:
Da Agregação7 I – 48 (quarenta e oito) horas após a divulgação do resul‑
tado do pleito, se não houver sido eleito;
Art. 172. A agregação é a situação na qual o militar es‑ II – a data da diplomação;
tadual em serviço ativo deixa de ocupar vaga na escala hie‑ III – o regresso antecipado à Corporação Militar Estadual,
rárquica do seu Quadro, nela permanecendo sem número. com a perda da qualidade de candidato.
§ 1º O militar estadual deve ser agregado quando: § 7º O militar estadual agregado fica sujeito às obrigações
I – (Revogado pela Lei n° 14.113, de 12.05.08) disciplinares concernentes às suas relações com os outros
II – estiver aguardando transferência para a inativida‑ militares e autoridades civis.
de, decisão acerca de demissão ou exclusão, por ter sido § 8º O militar estadual não será agregado, sob nenhuma
enquadrado em qualquer dos requisitos que as motivam, hipótese, fora das condições especificadas neste artigo, mor‑
mente para fins de geração de vagas a serem preenchidas
6
O Decreto-Lei nº 667, de 1969 proé a elementos das Policias Militares o com‑ para efeito de promoção, e, em especial, quando se encontrar
parecimento fardado, exceto em serviço em manifestações de caráter políti‑ em uma das seguintes situações:
co-partidário. I – for designado, em boletim interno ou por qualquer
Legislação

7
O art. 2º da Lei nº 14.113 de 12 de maio de 2008 estabelece que o militar
estadual que ocupar cargo ou função temporária na estrutura do Sistema de outro meio oficial, para o exercício de encargo, incumbência,
Segurança, na Casa Militar do Governo ou, ainda, tomar posse em cargo, em‑ serviço, atividade ou função no âmbito de sua Corporação,
prego ou função pública civil temporária considerada de interesse do serviço administrativa ou operacional:
militar, entre elas o comando de guarda municipal, não será agregado, sendo a) não constante no respectivo Quadro de Organização e
considerado, para todos os efeitos, em atividade policial militar ou bombeiro
militar. Distribuição;

28 Openbook Apostilas
b) prevista para militar estadual de posto ou graduação § 1º O militar estadual cuja situação é a de excedente ocu‑
inferior ou superior ao seu grau hierárquico; pará a mesma posição relativa em antiguidade que lhe cabe
c) prevista para militar estadual pertencente a outro qua‑ na escala hierárquica, com a abreviatura “EXC” e receberá
dro ou qualificação. o número que lhe competir em conseqüência da primeira
II – estiver freqüentando curso de interesse da Corpora‑ vaga que se verificar.
ção, dentro ou fora do Estado; § 2º O militar estadual, cuja situação é a de excedente, é
III – estiver temporariamente sem cargo ou função militar, considerado como em efetivo serviço para todos os efeitos e
aguardando nomeação ou designação; concorre, respeitados os requisitos legais, em igualdade de
IV – enquanto permanecer na condição de excedente, condições e sem nenhuma restrição, a qualquer cargo ou
salvo quando enquadrado em uma das hipóteses previstas função militar estadual, bem como à promoção, observado
no § 1º deste artigo; o disposto no Título IV desta Lei.
V – for denunciado em processo-crime pelo Ministério § 3º O militar estadual promovido por erro em ato admi‑
Público. nistrativo, nas condições previstas no caput do art. 137 e no
§ 9º A agregação se faz por ato do Comandante-Geral, caput do art. 167 retroagirá ao posto ou graduação anterior,
devendo ser publicada em Boletim Interno da Corporação recebendo o número que lhe competir na escala hierárquica,
até 10 (dez) dias, contados do conhecimento oficial do fato podendo concorrer às promoções subseqüentes, desde que
que a motivou, recebendo o agregado a abreviatura “AG”. satisfaça os requisitos para promoção.
§ 10. A agregação de militar para ocupar cargo ou função
fora da Estrutura Organizacional das Corporações Militares Seção IV
deve obedecer também ao que for estabelecido em Decreto Do Ausente
do Chefe do Poder Executivo.
Art. 173. A Polícia Militar e o Corpo de Bombeiros Mili‑ Art. 176. É considerado ausente o militar estadual que
tar manterão atualizada a relação nominal de todos os seus por mais de 24 (vinte e quatro) horas consecutivas:
militares, agregados ou não, no exercício de cargo ou função I – deixar de comparecer a sua Organização Militar Es‑
em órgão não pertencente à estrutura da Corporação. tadual, sem comunicar qualquer motivo de impedimento;
Parágrafo único. A relação nominal será semestralmente II – ausentar-se, sem licença, da Organização Militar Es‑
publicada no Diário Oficial do Estado e no Boletim Interno da tadual onde serve ou local onde deve permanecer.
Corporação e deverá especificar a data de apresentação do Art. 177. Decorrido o prazo mencionado no artigo an‑
serviço e a natureza da função ou cargo exercido. terior, serão observadas as formalidades previstas em lei.
Seção II CAPÍTULO II
Da Reversão Do Desligamento do Serviço Ativo
Art. 174. Reversão é o ato pelo qual o militar estadual Art. 178. O desligamento do serviço ativo de Corporação
agregado, ou inativado, retorna ao respectivo Quadro ou Militar Estadual é feito em conseqüência de:
serviço ativo, quando cessado o motivo que deu causa à I – transferência para a reserva remunerada;
agregação ou quando reconduzido da inatividade para o
II – reforma;
serviço temporário, na forma desta Lei.
III – exoneração, a pedido;
§ 1º Compete ao Comandante–Geral efetivar o ato de
IV – demissão;
reversão de que trata este artigo, devendo ser publicado no
V – perda de posto e patente do oficial e da graduação
Boletim Interno da Corporação até 10 (dez) dias, contados
da praça;
do conhecimento oficial do fato que a motivou.
VI – expulsão;
§ 2º A reversão da inatividade para o serviço ativo tem‑
VII – deserção;
porário é ato da competência do Governador do Estado ou
de autoridade por ele designada. VIII – falecimento;
§ 3º A qualquer tempo, cessadas as razões, poderá ser IX – desaparecimento;
determinada a reversão do militar estadual agregado, exceto X – extravio.
nos casos previstos nas alíneas “f,” g, h e j do inciso III do § Parágrafo único. O desligamento do serviço ativo será
1º do art. 172. processado após a expedição de ato do Governador do Es‑
tado.
Seção III Art. 179. O militar estadual da ativa aguardando trans‑
Do Excedente ferência para a reserva remunerada continuará, pelo prazo
de 90 (noventa) dias, no exercício de suas funções até ser
Art. 175. Excedente é a situação transitória na qual, au‑ desligado da Corporação Militar Estadual em que serve.
tomaticamente, ingressa o militar estadual que: Parágrafo único. O desligamento da Corporação Militar
I – sendo o mais moderno na escala hierárquica do seu Estadual em que serve deverá ser feito quando da publicação
Quadro ou Qualificação, ultrapasse o efetivo fixado em Lei, em Diário Oficial do ato correspondente.
quando:
a) tiver cessado o motivo que determinou a sua agre‑ Seção I
gação ou a de outro militar estadual mais antigo do mesmo Da Transferência para a Reserva Remunerada
posto ou graduação;
b) em virtude de promoção sua ou de outro militar es‑ Art. 180. A passagem do militar estadual à situação da
tadual em ressarcimento de preterição; inatividade, mediante transferência para a reserva remune‑
Legislação

c) tendo cessado o motivo que determinou sua reforma rada, se efetua:


por incapacidade definitiva, retorne à atividade. I – a pedido;
II – é promovido por erro em ato administrativo, nas II – ex officio.
condições previstas nos §§ 1º e 2º do art. 137 e nos §§ 1º Art. 181. A transferência para a reserva remunerada, a
e 2º do art. 167. pedido, será concedida, mediante requerimento do militar

Openbook Apostilas 29
estadual que conte com 53 (cinqüenta e três) anos de ida‑ § 1º As disposições da alínea b do inciso II deste artigo
de e 30 (trinta) anos de contribuição, dos quais no mínimo não se aplicam aos oficiais nomeados para os cargos de Chefe
25 (vinte e cinco) anos de contribuição militar estadual ao e Subchefe da Casa Militar do Governo, de Comandante‑
Sistema Único de Previdência Social dos Servidores Públicos -Geral e Comandante-Geral Adjunto da Polícia Militar e Co‑
Civis e Militares, dos Agentes Públicos e Membros de Poder mandante-Geral e Comandante-Geral Adjunto do Corpo de
do Estado do Ceará – SUSPEC. Bombeiros Militar do Ceará, enquanto permanecerem no
§ 1º No caso do militar estadual estar realizando ou haver exercício desses cargos.
concluído qualquer curso ou estágio de duração superior a § 2º Enquanto permanecer no exercício de cargo civil
6 (seis) meses, por conta do Estado, sem haver decorrido 3 temporário, não-eletivo, de que trata o inciso II deste artigo o
(três) anos de seu término, a transferência para a reserva militar estadual:
remunerada só será concedida mediante prévia indenização I – tem assegurado a opção entre os vencimentos do
de todas as despesas correspondentes à realização do referi‑ cargo civil e os do posto ou da graduação;
do curso ou estágio, inclusive as diferenças de vencimentos. II – somente poderá ser promovido por antiguidade;
§ 2º Se o curso ou estágio, mencionado no parágrafo an‑ III – terá seu tempo de serviço computado apenas para a
terior, for de duração igual ou superior a 18 (dezoito) meses, promoção de que trata o inciso anterior e para a inatividade.
a transferência para a reserva remunerada só será concedi‑ § 3º O órgão encarregado de pessoal da respectiva Cor‑
da depois de decorridos 5 (cinco) anos de sua conclusão, poração Militar deverá encaminhar à Junta de Saúde da Cor‑
salvo mediante indenização na forma prevista no parágrafo poração, para os exames médicos necessários, os militares
anterior. estaduais que serão enquadrados nos itens I e II do caput
§ 3º O cálculo das indenizações a que se referem os §§ deste artigo, pelo menos 60 (sessenta) dias antes da data em
1º e 2º deste artigo será efetuado pelo órgão encarregado que os mesmos serão transferidos ex officio para a reserva
das finanças da Corporação. remunerada.
§ 4º Não será concedida transferência para a reserva Art. 183. A idade de 53 (cinqüenta e três) anos a que se
remunerada, a pedido, ao militar estadual que: refere o caput do art. 181 e as alíneas b, c e d do inciso II, do
I – estiver respondendo a processo na instância penal artigo anterior, será exigida apenas do militar que ingressar
ou penal militar, a Conselho de Justificação ou Conselho de na corporação a partir da publicação desta Lei.
Disciplina ou processo regular; Art. 184. O militar estadual na reserva remunerada pode‑
II – estiver cumprindo pena de qualquer natureza. rá ser revertido ao serviço ativo, ex officio, quando da vigência
§ 5º O direito à reserva, a pedido, pode ser suspenso de Estado de Guerra, Estado do Sítio, Estado de Defesa, em
na vigência de Estado de Guerra, Estado de Sítio, Estado de caso de Mobilização ou de interesse da Segurança Pública.
Defesa, calamidade pública, perturbação da ordem interna Art. 185. Por aceitação voluntária, o militar estadual
ou em caso de mobilização. da reserva remunerada poderá ser designado para o ser‑
viço ativo, em caráter transitório, por ato do Governador
Art. 182. A transferência ex officio para a reserva remu‑
do Estado, desde que aprovado nos exames laboratoriais e
nerada verificar-se-á sempre que o militar estadual incidir
em inspeção médica de saúde aos quais será previamente
em um dos seguintes casos:
submetido, quando se fizer necessário o aproveitamento de
I – atingir a idade limite de 60 (sessenta) anos; (Nova
conhecimentos técnicos e especializados do militar estadual.
redação dada pela Lei nº 15.797, de 25.05.15)
§ 1º O militar estadual designado nos termos deste artigo
II – Atingir ou vier ultrapassar: terá os direitos e deveres dos da ativa de igual situação hie‑
a) 35 (trinta e cinco) anos de contribuição, com no míni‑ rárquica, exceto quanto à promoção, a que não concorrerá.
mo 25 (vinte e cinco) anos de contribuição militar estadual ao § 2º A designação de que trata este artigo terá a duração
Sistema Único de Previdência Social dos Servidores Públicos necessária ao cumprimento da atividade que a motivou, sen‑
Civis e Militares, dos Agentes Públicos e Membros de Poder do computado esse tempo de serviço do militar.
do Estado do Ceará – SUSPEC; Art. 186. Por aceitação voluntária, o militar estadual da
b) (Revogado pela Lei nº 15.797, de 25.05.15) reserva remunerada poderá ser designado para o serviço ati‑
c) (Revogado pela Lei nº 15.797, de 25.05.15) vo, em caráter transitório, por ato do Governador do Estado,
d) (Revogado pela Lei nº 15.797, de 25.05.15) desde que aprovado nos exames laboratoriais e em inspeção
III – ultrapassar 2 (dois) anos de afastamento, contínuo médica de saúde aos quais será previamente submetido,
ou não, agregado em virtude de ter sido empossado em car‑ para prestar serviço de segurança patrimonial de próprios do
go, emprego ou função pública civil temporária não eletiva; Estado, conforme dispuser a lei específica, sendo computado
IV – se eleito, for diplomado em cargo eletivo, ou se, na esse tempo de serviço do militar.
condição de suplente, vier a ser empossado.
V – for oficial abrangido pela quota compulsória; Seção II
VI – o Coronel Comandante-Geral que for substituído na Da Reforma
chefia da Corporação por Coronel promovido pelo Gover‑
nador do Estado; (Nova redação dada pela Lei nº 15.797, Art. 187. A passagem do militar estadual à situação de
de 25.05.15) inatividade, mediante reforma, se efetua ex officio.
VII – o Coronel que possuir 30 (trinta) anos de efetiva con‑ Art. 188. A reforma será aplicada ao militar estadual que:
tribuição e 3 (três) anos no posto respectivo, excetuando-se I – atingir a idade limite de 65 (sessenta e cinco) anos:
aquele que ocupar os cargos de provimento em comissão de (Nova redação dada pela Lei nº 15.797, de 25.05.15)
Comandante-Geral Adjunto e Secretário Executivo das Cor‑ a) para Oficial Superior: 64 (sessenta e quatro) anos;
porações Militares Estaduais e Chefe, Subchefe e Secretário b) para Capitão e Oficial Subalterno: 60 (sessenta) anos;
Legislação

Executivo da Casa Militar; (Nova redação dada pela Lei nº c) para Praças:
15.797, de 25.05.15) c.1) Subtenente: 64 (sessenta e quatro) anos;
VIII – o Major QOA que possuir 30 (trinta) anos de efetiva c.2) 1º Sargento: 63 (sessenta e três) anos;
contribuição e 3 (três) anos no posto respectivo. (Novo inciso c.3) Cabo: 61 (sessenta e um) anos;
incluído pela Lei nº 15.797, de 25.05.15) c.4) Soldado: 59 (cinquenta e nove) anos.

30 Openbook Apostilas
II – for julgado incapaz definitivamente para o serviço ativo, salvo quando se tratar de forma “grandemente avançadas”,
caso em que fica o militar inativo obrigado a realizar avaliação no conceito clínico e sem qualquer possibilidade de regressão
por junta médica da Corporação a cada 2 (dois) anos, para completa, as quais terão parecer imediato de incapacidade
atestar que sua invalidez permanece irreversível, respeitados definitiva.
os limites de idade expostos no inciso I do art. 182. § 3º O parecer definitivo adotado, nos casos de tubercu‑
III – for condenado à pena de reforma, prevista no Código lose, para os portadores de lesões aparentemente inativas,
Penal Militar, por sentença passada em julgado; ficará condicionado a um período de consolidação extrano‑
IV – sendo Oficial, tiver determinado o órgão de Segunda socomial, nunca inferior a 6 (seis) meses, contados a partir
Instância da Justiça Militar Estadual, em julgamento, efetu‑ da época da cura.
ado em conseqüência do Conselho de Justificação a que foi § 4º Considera-se alienação mental todo caso de dis‑
submetido; túrbio mental ou neuro-mental grave persistente, no qual,
V – sendo Praça com estabilidade assegurada, for para tal esgotados os meios habituais de tratamento, permaneça
indicado ao respectivo Comandante-Geral, em julgamento alteração completa ou considerável na personalidade, des‑
de Conselho de Disciplina. truindo a auto determinação do pragmatismo e tornando o
§ 1º Excetua-se das “idades-limites” de que trata o in‑ indivíduo total e permanentemente impossibilitado para o
ciso I deste artigo o militar estadual enquanto revertido da serviço ativo militar.
inatividade para o desempenho de serviço ativo temporário, § 5º Ficam excluídas do conceito da alienação mental
conforme disposto em lei específica, cuja reforma somente as epilepsias psíquicas e neurológicas, assim julgadas pela
será aplicada ao ser novamente conduzido à inatividade por Junta de Saúde.
ter cessado o motivo de sua reversão ou ao atingir a idade‑ § 6º Considera-se paralisia todo caso de neuropatia a
-limite de 70 (setenta) anos. mobilidade, sensibilidade, troficidade e mais funções ner‑
§ 2º Para os fins do que dispõem os incisos II e III deste vosas, no qual, esgotados os meios habituais de tratamento,
artigo, antes de se decidir pela aplicação da reforma, deverá permanecem distúrbios graves, extensos e definitivos, que
ser julgada a possibilidade de aproveitamento ou readapta‑ tornem o indivíduo total e permanentemente impossibilitado
ção do militar estadual em outra atividade ou incumbência do para o serviço ativo militar.
serviço ativo compatível com a redução de sua capacidade. § 7º São também equiparados às paralisias os casos de
Art. 189. O órgão de recursos humanos da Corporação afecção ósteo-músculo-articulares graves e crônicos (reu‑
controlará e manterá atualizada a relação dos militares esta‑ matismo graves e crônicos ou progressivos e doença simila‑
duais relativa às “idades-limites” de permanência na reserva res), nos quais esgotados os meios habituais de tratamento,
remunerada, a fim de serem oportunamente reformados.
permaneçam distúrbios extensos e definitivos, quer ósteo‑
Parágrafo único. O militar estadual da reserva remune‑
-músculo-articulares residuais, quer secundários das funções
rada, ao passar à condição de reformado, manterá todos os
nervosas, mobilidade, troficidade ou mais funções que tor‑
direitos e garantias asseguradas na condição anterior.
nem o indivíduo total e permanentemente impossibilitado
Art. 190. A incapacidade definitiva pode sobrevir em
para o serviço ativo militar.
conseqüência de:
I – ferimento recebido na preservação da ordem pública § 8º São equiparados à cegueira, não só os casos de afec‑
ou no legítimo exercício da atuação militar estadual, mesmo ções crônicas, progressivas e incuráveis, que conduzirão à
não estando em serviço, visando à proteção do patrimônio cegueira total, como também os da visão rudimentar que
ou à segurança pessoal ou de terceiros em situação de ris‑ apenas permitam a percepção de vultos, não suscetíveis de
co, infortúnio ou de calamidade, bem como em razão de correção por lentes, nem removíveis por tratamento médico
enfermidade contraída nessa situação ou que nela tenha cirúrgico.
sua causa eficiente; § 9º O Atestado de Origem – AO, e o Inquérito Sanitário
II – acidente em objeto de serviço; de Origem – ISO, de que trata este artigo, serão regulados
III – doença, moléstia ou enfermidade adquirida, com por ato do Comandante-Geral da Corporação.
relação de causa e efeito inerente às condições de serviço; § 10. Para fins de que dispõe o inciso II do caput deste
IV – tuberculose ativa, alienação mental, neoplasia ma‑ artigo, considera-se acidente em objeto de serviço aquele
ligna, cegueira, lepra, paralisia irreversível e incapacitante, ocorrido no exercício de atividades profissionais inerentes
cardiopatia grave, mal de Parkinson, mal de Alzeheimer, ao serviço policial militar ou bombeiro militar ou ocorrido
pênfigo, espondiloartrose anquilosante, nefropatia grave, no trajeto casa-trabalho-casa.
síndrome da imunodeficiência adquirida deficiência e ou‑ Art. 191. O militar estadual da ativa, julgado incapaz de‑
tras moléstias que a lei indicar com base nas conclusões da finitivamente por um dos motivos constantes no artigo an‑
medicina especializada; terior será reformado com qualquer tempo de contribuição.
V – acidente ou doença, moléstia ou enfermidade, sem Art. 192. O militar estadual da ativa julgado incapaz defi‑
relação de causa e efeito com o serviço; nitivamente por um dos motivos constantes do inciso I do art.
§ 1º Os casos de que tratam os incisos I, II e III deste ar‑ 190, será reformado, com qualquer tempo de contribuição,
tigo serão provocados por atestado de origem ou inquérito com a remuneração integral do posto ou da graduação de
sanitário de origem, sendo os termos do acidente, baixa ao seu grau hierárquico.
hospital, prontuários de tratamento nas enfermarias e hos‑ Art. 193. O militar estadual da ativa, julgado incapaz de‑
pitais, laudo médico, perícia médica e os registros de baixa, finitivamente por um dos motivos constantes dos incisos II,
utilizados como meios subsidiários para esclarecer a situação. III, IV e V do art. 190, será reformado:
§ 2º Nos casos de tuberculose, as Juntas de Saúde deve‑ I – com remuneração proporcional ao tempo de contri‑
rão basear seus julgamentos, obrigatoriamente, em observa‑ buição, desde que possa prover-se por meios de subsistência
Legislação

ções clínicas, acompanhados de repetidos exames subsidi‑ fora da Corporação;


ários, de modo a comprovar, com segurança, o estado ativo II – com remuneração integral do posto ou da gradua‑
da doença, após acompanhar sua evolução por até 3 (três) ção, desde que, com qualquer tempo de contribuição, seja
períodos de 6 (seis) meses de tratamento clínico-cirúrgico considerado inválido, isto é, impossibilitado total e perma‑
metódico, atualizado e, sempre que necessário, nosocomial, nentemente para qualquer trabalho.

Openbook Apostilas 31
Art. 194. O militar estadual reformado por incapacidade diante indenização de todas as despesas correspondentes
definitiva que for julgado apto em inspeção de saúde por jun‑ ao referido curso ou estágio.
ta superior, em grau de recurso ou revisão, poderá retornar § 2º No caso do militar estadual estar realizando ou haver
ao serviço ativo ou ser transferido para a reserva remunerada concluído curso ou estágio de duração superior a 18 (dezoito)
por ato do Governador do Estado. (Redação dada pelo art. meses, por conta do Estado, aplicar-se-á o disposto no pa‑
1º da Lei Complementar nº 93, de 25.01.2011) rágrafo anterior, se não houver decorrido mais de 5 (cinco)
Parágrafo único. O retorno ao serviço ativo ocorrerá se o anos de seu término.
tempo decorrido na situação de reformado não ultrapassar 2 § 3º O cálculo das indenizações a que se referem os §§
(dois) anos. (Redação dada pelo art. 1º da Lei Complementar 1º e 2º deste artigo, será efetuado pela Organização Militar
nº 93, de 25.01.2011) encarregada das finanças da Corporação.
Art. 195. O militar estadual reformado por alienação § 4º O militar estadual exonerado, a pedido, não terá
mental, enquanto não ocorrer à designação judicial do cura‑ direito a qualquer remuneração, sendo a sua situação militar
dor, terá sua remuneração paga aos beneficiários, legalmente definida pela Lei do Serviço Militar.
reconhecidos, desde que o tenham sob responsabilidade e § 5º O direito à exoneração, a pedido, pode ser suspenso
lhe dispensem tratamento humano e condigno. na vigência de Estado de Guerra, Estado de Sítio, Estado de
§ 1º A interdição judicial do militar estadual, reformado Defesa, calamidade pública, perturbação da ordem interna
por alienação mental, deverá ser providenciada, por iniciativa ou em caso de mobilização.
de beneficiários, parentes ou responsáveis, até 90 (noventa) § 6º O militar estadual exonerado, a pedido, somente
dias a contar da data do ato da reforma. poderá novamente ingressar na Polícia Militar ou no Corpo de
§ 2º A interdição judicial do militar estadual e seu interna‑ Bombeiros Militar, mediante a aprovação em novo concurso
mento em instituição apropriada deverão ser providenciados público e desde que, na data da inscrição, preencha todos
pela respectiva Corporação quando: os requisitos constantes desta Lei, de sua regulamentação
I – não houver beneficiários, parentes ou responsáveis; e do edital respectivo.
II – não forem satisfeitas as condições de tratamento § 7º Não será concedida a exoneração, a pedido, ao mi‑
exigidas neste artigo; litar estadual que:
III – não for atendido o prazo de que trata o § 1º deste I – estiver respondendo a Conselho de Justificação, Con‑
artigo. selho de Disciplina ou Processo Administrativo-Disciplinar;
§ 3º Os processos e os atos de registros de interdição do II – estiver cumprindo pena de qualquer natureza.
militar estadual terão andamento sumário e serão instruídos Art. 199. O militar estadual da ativa que tomar posse
com laudo proferido por Junta de Saúde, com isenção de em cargo ou emprego público civil permanente será ime‑
custas. diatamente, mediante demissão ex officio, por esse motivo,
transferido para a reserva, sem qualquer remuneração ou
Seção III indenização.
Da Reforma Administrativo-Disciplinar Art. 200. Além do disposto nesta Lei, a demissão e a ex‑
pulsão do militar estadual, ex officio, por motivo disciplinar,
Art. 196. A reforma administrativo-disciplinar será aplica‑ é regulada pelo Código Disciplinar da Polícia Militar do Ceará
da ao militar estadual, mediante processo regular, conforme e do Corpo de Bombeiros Militar do Ceará.
disposto no Código Disciplinar da Polícia Militar do Ceará e Parágrafo único. O militar estadual que houver perdido o
do Corpo de Bombeiros Militar do Ceará. posto e a patente ou a graduação, nas condições deste artigo,
não terá direito a qualquer remuneração ou indenização, e
Seção IV terá a sua situação militar definida pela Lei do Serviço Militar.
Da Demissão, da Exoneração e da Expulsão Art. 201. O militar estadual da ativa que perder a naciona‑
lidade brasileira será submetido a processo judicial ou regular
Art. 197. A demissão do militar estadual se efetua ex para fins de demissão ex officio, por incompatibilidade com
officio. o disposto no inciso I do art. 10 desta Lei.
Art. 198. A exoneração a pedido será concedida mediante
requerimento do interessado: Seção V
I – sem indenização aos cofres públicos, quando contar Da Deserção
com mais de 5 (cinco) anos de oficialato no QOPM ou no
QOBM da respectiva Corporação Militar Estadual, ou 3 (três) Art. 202. A deserção do militar estadual acarreta interrup‑
anos, quando se tratar de Oficiais do QOSPM, QOCplPM, ção do serviço com a conseqüente perda da remuneração.
QOCPM e QOCBM, ressalvado o disposto no § 1º deste artigo; § 1º O Oficial ou a Praça, na condição de desertor, será
(Redação dada pela Lei n° 13.768, de 04.05.06) agregado ao seu Quadro ou Qualificação, na conformidade
II – sem indenização aos cofres públicos, quando con‑ do art. 172, inciso III, alínea g, até a decisão transitada em
tar com mais de 3 (três) anos de graduado na respectiva julgado e não terá direito a remuneração referente a tempo
Corporação Militar Estadual, ressalvado o disposto no § 1º não trabalhado.
deste artigo; § 2º O militar estadual desertor que for capturado, ou que
III – com indenização das despesas relativas a sua pre‑ se apresentar voluntariamente, será submetido à inspeção
paração e formação, quando contar com menos de 5 (cinco) de saúde e aguardará a solução do processo.
anos de oficialato ou 3 (três) anos de graduado. § 3º Compete à Justiça Militar Estadual processar e julgar
Legislação

§ 1º No caso do militar estadual estar realizando ou haver o militar estadual desertor, cabendo ao tribunal competente
concluído qualquer curso ou estágio de duração superior a decidir sobre a perda do posto e da patente dos oficiais e da
6 (seis) meses e inferior ou igual a 18 (dezoito) meses, por graduação das Praças.
conta do Estado, e não tendo decorrido mais de 3 (três) anos § 4º As demais disposições de que tratam esta Seção
do seu término, a exoneração somente será concedida me‑ estão estabelecidas em Lei Especial.

32 Openbook Apostilas
Seção VI V – licença especial e férias não usufruídas contadas em
Do Falecimento, do Desaparecimento e do Extravio dobro, até 15 de dezembro de 1998.
§ 2º Será computado como tempo de contribuição não
Art. 203. O falecimento do militar estadual da ativa acar‑ militar:
reta o desligamento ou exclusão do serviço ativo, a partir da I – o tempo de contribuição para o Regime Geral de Pre‑
data da ocorrência do óbito. vidência Social – RGPS;
Art. 204. É considerado desaparecido o militar estadual II – o tempo de contribuição para os Regimes Próprios de
da ativa que, no desempenho de qualquer serviço, em via‑ Previdência Social, desde que não seja na qualidade de militar.
gem, em operações policiais militares ou bombeiros militares § 3º O tempo de contribuição a que alude o caput deste
ou em caso de calamidade pública, tiver paradeiro ignorado artigo, será apurado em anos, meses e dias, sendo o ano igual a
por mais de 8 (oito) dias. 365 (trezentos e sessenta e cinco) dias e o mês 30 (trinta) dias.
Parágrafo único. A situação de desaparecido só será con‑ § 4º Para o cálculo de qualquer benefício previdenciário,
siderada quando não houver indício de deserção. depois de apurado o tempo de contribuição, este será con‑
Art. 205. O militar estadual que, na forma do artigo ante‑ vertido em dias, vedada qualquer forma de arredondamento.
rior, permanecer desaparecido por mais de 30 (trinta) dias, § 5º A proporcionalidade dos proventos, com base no
será considerado oficialmente extraviado. tempo de contribuição, é a fração, cujo numerador corres‑
Art. 206. O extravio do militar estadual da ativa acarreta ponde ao total de dias de contribuição e o denominador, o
interrupção do serviço militar estadual com o conseqüente tempo de dias necessário à respectiva inatividade com pro‑
afastamento temporário do serviço ativo, a partir da data ventos integrais, ou seja, 30 (trinta) anos que corresponde
em que o mesmo for oficialmente considerado extraviado. a 10.950 (dez mil novecentos e cinqüenta) dias.
§ 1º O desligamento do serviço ativo será feito 6 (seis) § 6º O tempo de contribuição, será computado à vista
meses após a agregação por motivo de extravio. de certidões passadas com base em folha de pagamento.
§ 2º Em caso de naufrágio, sinistro aéreo, catástrofe, ca‑ § 7º O tempo de serviço considerado até 15 de dezem‑
lamidade pública ou outros acidentes oficialmente reconhe‑ bro de 1998 para efeito de inatividade, será contado como
cidos, o extravio ou o desaparecimento do militar estadual tempo de contribuição.
da ativa será considerado como falecimento, para fins deste § 8º Não é computável para efeito algum o tempo:
Estatuto, tão logo sejam esgotados os prazos máximos de I – passado em licença para trato de interesse particular;
possível sobrevivência ou quando se dêem por encerradas II – passado como desertor;
as providências de salvamento. III – decorrido em cumprimento de pena e suspensão de
Art. 207. O reaparecimento do militar estadual extraviado exercício do posto, graduação, cargo ou função, por sentença
ou desaparecido, já desligado do serviço ativo, resulta em sua
passada em julgado.
reinclusão e nova agregação, enquanto se apura as causas
Art. 211. O tempo que o militar estadual vier a passar
que deram origem ao seu afastamento.
afastado do exercício de suas funções, em conseqüência de
Parágrafo único. O militar estadual reaparecido será sub‑
ferimentos recebidos em acidente quando em serviço, ou
metido a Conselho de Justificação, a Conselho de Disciplina
ou a Processo Administrativo-Disciplinar. mesmo quando de folga, em razão da preservação de ordem
Art. 208. Lei específica, de iniciativa privativa do Gover‑ pública, de proteção do patrimônio e da pessoa, visando à
nador do Estado, estabelecerá os direitos relativos à pensão, sua incolumidade em situações de risco, infortúnio ou de
destinada a amparar os beneficiários do militar estadual de‑ calamidade, bem como em razão de moléstia adquirida no
saparecido ou extraviado. exercício de qualquer função militar estadual, será computa‑
do como se o tivesse no exercício efetivo daquelas funções.
CAPÍTULO III Art. 212. O tempo de serviço passado pelo militar estadu‑
Do Tempo de Serviço e/ou Contribuição al no exercício de atividades decorrentes ou dependentes de
operações de guerra será regulado em legislação específica.
Art. 209. Os militares estaduais começam a contar tem‑ Art. 213. A data limite estabelecida para final da conta‑
po de serviço na Polícia Militar e no Corpo de Bombeiros gem dos anos de contribuição, para fins de passagem para a
Militar do Ceará a partir da data da sua inclusão no posto inatividade, será a do pedido no caso de reserva remunerada
ou na graduação. “a pedido” ou a da configuração das condições de implemen‑
Parágrafo único. Considera-se como data da inclusão, tação, no caso de reserva remunerada ex officio ou reforma.
para fins deste artigo: Art. 214. Na contagem do tempo de contribuição, não
I – a data do ato em que o militar estadual é considerado poderá ser computada qualquer superposição dos tempos
incluído em Organização Militar Estadual; de qualquer natureza.
II – a data de matricula em órgão de formação de mili‑
tares estaduais; TÍTULO VI
III – a data da apresentação pronto para o serviço, no DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS
caso de nomeação.
Art. 210. Na apuração do tempo de contribuição do mi‑ Art. 215. Ao militar estadual são proibidas a sindicaliza‑
litar estadual será feita à distinção entre: ção e a greve.
I – tempo de contribuição militar estadual; § 1º O militar estadual poderá fazer parte de associações
II – tempo de contribuição não militar. sem qualquer natureza sindical ou político-partidária, desde
§ 1º Será computado como tempo de contribuição mi‑ que não haja prejuízo do exercício do respectivo cargo ou
litar: função militar que ocupe na ativa, salvo aqueles que este‑
I – todo o período que contribuiu como militar, podendo jam amparados pelo art. 169 combinado com o art. 176, §
ser contínuo ou intercalado; 13, da Constituição do Estado do Ceará. (Parágrafo único
II – o período de serviço ativo das Forças Armadas; renumerado pela Lei n° 13.768, de 04.05.06)
Legislação

III – o tempo de contribuição relativo à outra Corporação § 2º O militar estadual poderá fazer parte de associações,
Militar; sem qualquer natureza sindical ou político-partidária, desde
IV – o tempo passado pelo militar estadual na reserva que não haja prejuízo para o exercício do respectivo cargo ou
remunerada, que for convocado para o exercício de funções função militar que ocupe na ativa. (Parágrafo acrescentado
militares na forma do art. 185 desta Lei; pela Lei n° 13.768, de 04.05.06)

Openbook Apostilas 33
§ 3º O militar estadual da ativa quando investido em cargo III – afastado do serviço por motivo saúde, férias ou li‑
ou função singular de dirigente máximo de associação que cença, na forma deste Estatuto;
congregue o maior número de oficiais, de subtenentes e sar‑ IV – cumprindo sanções disciplinares.
gentos ou de cabos e soldados, distintamente considerados e § 7º A prioridade na escolha do militar que irá participar
pré-definidos por eleições internas, poderá ficar dispensado de do serviço de que cuida o § 2º deste artigo, observará, caso
suas funções para dedicar-se à direção da entidade. (Parágrafo o número de inscritos supere a demanda para o serviço ope‑
acrescentado pela Lei n° 13.768, de 04.05.06) racional especial, o critério da antiguidade. (Nova redação
§ 4º A garantia prevista no parágrafo anterior, além do dada pela Lei nº 16.009, de 05.05.16)
cargo singular de dirigente máximo, alcança um represen‑ § 8º O desempenho pelo militar de atividade de reforço
tante por cada 2.000 (dois mil) militares estaduais que con‑ ao serviço operacional com fundamento em convênio cele‑
gregue, não podendo ultrapassar a 3 (três) membros, além brado entre o Estado e a União, município ou órgão ou enti‑
do dirigente máximo. (Parágrafo acrescentado pela Lei n° dade da Administração direta e indireta dos Poderes, enseja
13.768, de 04.05.06) o pagamento da indenização prevista no § 3º deste artigo, de
§ 5º O disposto nos § § 3º e 4º em nenhuma hipótese cujo valor será ressarcido o erário estadual pelo convenente.
se aplica à entidade cuja direção máxima seja exercida por (Nova redação dada pela Lei nº 16.009, de 05.05.16)
órgão colegiado. (Parágrafo acrescentado pela Lei n° 13.768, § 9º As atividades de que cuida o § 2º deste artigo, serão
de 04.05.06) disciplinadas por decreto, o qual deverá estabelecer condi‑
Art. 33. Ficam alterados os anexos II e III da Lei nº 13.729, ções, requisitos, critérios e limites a serem observados em
de 11 de janeiro de 2006, que passam a vigorar na confor‑ relação à Indenização por Reforço do Serviço Operacional,
midade dos anexos desta Lei. inclusive quanto aos tipos de serviços em que serão empre‑
Art. 216. O militar estadual, enquanto em serviço ativo, gados os militares estaduais durante as escalas especiais e ao
não pode estar filiado a partido político. limite de despesas com a concessão da Indenização, ficando
Art. 217. Os militares estaduais são submetidos a regime o planejamento e a administração da execução das atividades
de tempo integral de serviço, inerente à natureza da ativida‑ a cargo dos Comandantes-Gerais das Corporações Militares.
de militar estadual, inteiramente devotada às finalidades e (Nova redação dada pela Lei nº 16.009, de 05.05.16)
missões fundamentais das Corporações Militares estaduais, Art. 218. Os critérios para nomeação e funcionamento
sendo compensados através de sua remuneração normal. de Junta de Saúde e Junta Superior de Saúde da Corporação
§ 1º Em períodos de normalidade da vida social, em que serão regulados, no prazo de 60 (sessenta) dias após aprova‑
não haja necessidade específica de atuação dos militares ção desta Lei, por meio de Decreto do Governador do Estado.
em missões de mais demorada duração e de mais denso Art. 219. Os critérios para julgamento da capacidade para
emprego, os militares estaduais observarão a escala normal o serviço ativo, bem como a possibilidade da readaptação do
de serviço, alternada com períodos de folga, estabelecida militar estadual para outra atividade dentro da Corporação
pelo Comando-Geral. quando reduzida sua capacidade, em razão de ferimento,
§ 2º Observado o interesse da otimização da segurança acidente ou doença, serão regulamentados por Decreto.
pública e defesa social do Estado, em períodos de normali‑ § 1º Sob pena de responsabilidade penal, administrativa
dade, conforme definido no parágrafo anterior, poderá vo‑ e civil, os integrantes de Junta de Saúde e de Junta Superior
luntariamente o militar da ativa, a critério discricionário da de Saúde da Corporação Militar deverão investigar a fundo
Administração, inscrever-se junto à Corporação respectiva a efetiva procedência da doença informada ou alegada pelo
para desempenhar atividade em caráter suplementar a tí‑ militar interessado, mesmo que apoiado em atestado ou lau‑
tulo de reforço ao serviço operacional, durante parte do seu do médico particular, sempre que a natureza da enfermidade
período de folga, guardando um intervalo de descanso de, permitir fraude que possibilite o afastamento gracioso do
pelo menos, 12 (doze) horas após sua jornada regular. (Nova serviço ativo militar.
redação dada pela Lei nº 16.009, de 05.05.16) § 2º O militar interessado flagrado na prática de frau‑
§ 3º O militar, na situação do § 2º, fará jus à Indenização de de nas condições previstas no parágrafo anterior terá sua
Reforço ao Serviço Operacional – IRSO, em retribuição ao ser‑ responsabilidade penal, administrativa e civil devidamente
viço executado além do expediente, escala ou jornada normal apurada.
à qual estiver submetido, sendo devida por hora de trabalho § 3º Todos os repousos médicos por período superior
executado. (Nova redação dada pela Lei nº 16.009, de 05.05.16) a 3 (três) dias deverão ser avaliados criteriosamente pelas
§ 4º O valor da hora trabalhada observará o disposto Junta de Saúde ou Junta Superior de Saúde da Corporação
no anexo IV desta Lei, e será reajustado de acordo com as Militar, mesmo quando apoiados em atestado ou laudo mé‑
revisões gerais, sem integrar a remuneração do militar sob dico particular.
qualquer título ou fundamento. (Nova redação dada pela Art. 220. O militar estadual que, embora efetivo e clas‑
Lei nº 16.009, de 05.05.16) sificado no Quadro de Organização e Distribuição de uma
§ 5º O militar que, indicado dentre os inscritos para parti‑ Organização Policial Militar ou Bombeiro Militar, venha a
cipar da escala especial, nos termos do § 2º, faltar ao serviço exercer atividade funcional em outra Organização Militar,
sem motivo justificável se sujeitará a procedimento discipli‑ ficará na situação de adido.
nar. (Nova redação dada pela Lei nº 16.009, de 05.05.16) Art. 221. Fica assegurado ao militar estadual que, até
§ 6º Não participará do reforço ao serviço operacional o a publicação desta Lei, tenha completado, no mínimo, 1/3
militar quando estiver nas seguintes situações: (Nova reda- (um terço) do interstício no posto ou graduação exigido pela
ção dada pela Lei nº 16.009, de 05.05.16) Lei nº 10.273, de 22 de junho de 1979, e pelos Decretos
I – denunciado em processo-crime, enquanto a sentença nºs. 13.503, de 26 de outubro de 1979, e 26.472, de 20 de
final não transitar em julgado, salvo quando o fato ocorrer no dezembro de 2001, o direito de concorrer ao posto ou à
exercício de missão de natureza ou interesse militar estadual, graduação subseqüente, na primeira promoção que vier a
ainda que durante o período de folga, e não envolver suposta ocorrer após a publicação desta Lei.
Legislação

prática de improbidade administrativa ou crime hediondo; Parágrafo único. O cômputo da pontuação para a pro‑
II – respondendo a procedimento administrativo disci‑ moção de que trata o caput será feito na conformidade das
plinar, mesmo que este esteja sobrestado, salvo quando o normas em vigor antes da vigência. *(Veto Rejeitado em
fato ocorrer no exercício de missão de natureza ou interesse 21.03.06 – 28.04.06).
militar estadual; Art. 222. Para fins de contagem de pontos para promoção

34 Openbook Apostilas
de militares estaduais, serão considerados equivalentes ao Código Disciplinar dos Militares do
Código Disciplinar da Polícia Militar e do Corpo de Bombei‑
ros Militar do Ceará as seguintes punições disciplinares de
Estado do Ceará
que tratam, respectivamente, os revogados Regulamentos
Disciplinares da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros Mi‑ 1. Introdução
litar do Ceará:
I – repreensão – repreensão; A Lei nº 13.407, de 2003, instituiu, no âmbito do Estado
II – detenção – permanência disciplinar; do Ceará, o Código Disciplinar da Polícia Militar e do Corpo de
III – prisão – custódia disciplinar. Bombeiros Militar, dispondo sobre o comportamento ético
Art. 223. Para fins de cancelamento de punições disci‑ dos militares estaduais e estabelecendo os procedimentos
plinares, aplica-se a equivalência prevista no artigo anterior, para a apuração da responsabilidade administrativo‑disci‑
obedecidos os prazos e demais condições estabelecidas no plinar.
Código Disciplinar da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros
Militar do Ceará.
Art. 224. Os remanejamentos funcionais, inclusive os Atenção:
de caráter temporário, que devem acontecer dentro dos • Subordinados à Lei:
originais interesses institucionais quanto à conveniência – Militares do serviço ativo
organizacional ou operacional, observarão o equilíbrio da – Militares da reserva remunerada
relação custo-benefício dos investimentos que foram efe‑ • Não subordinados à Lei:
tivados em programas de capacitação técnico-profissional,
– Militares ocupantes de cargos públicos não militares
dentro de regras estabelecidas em Decreto do Chefe do
Poder Executivo. ou eletivos
Art. 225. Excluem-se da exigência da letra g do inciso I – Magistrados da Justiça Militar (estes são regidos
do art. 24 os atuais 1º Sargentos e Sub-Tenentes, na data de pela LOMAN)
publicação desta Lei. – Militares reformados do Estado
Art. 226. É vedado o uso, por parte de sociedade simples
ou empresária ou de organização civil, de designação que pos‑ 2. O que são hierarquia e disciplina militar?
sa sugerir sua vinculação às Corporações Militares estaduais.
Parágrafo único. Excetua-se das prescrições deste artigo, A lei em comento, corroborando o disposto na Constitui‑
as associações, clubes e círculos que congregam membros
das Corporações Militares e que se destinem, exclusivamen‑ ção Federal, estabelece que a Polícia Militar é Corporação
te, a promover intercâmbio social, recreativo e assistencial organizada com base na hierarquia e na disciplina (art. 42).
entre militares estaduais e seus familiares e entre esses e
a sociedade, e os conveniados com o Comando-Geral da Art. 42. Os membros das Polícias Militares e Corpos
Corporação. de Bombeiros Militares, instituições organizadas
Art. 227. No que tange aos deveres e obrigações, além com base na hierarquia e disciplina, são militares
dos já estabelecidos nesta Lei, aplica-se ao militar estadual dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios.
o disposto no Código Disciplinar da Polícia Militar do Ceará
e do Corpo de Bombeiros Militar do Ceará.
Parágrafo único. A Lei nº 10.237, de 18 de dezembro de Então, o que significa hierarquia e disciplina na Corpo‑
1978, com suas alterações, permanece em vigor, dispondo ração Militar Estadual?
sobre o Serviço de Assistência Religiosa aos Militares Esta‑ A hierarquia militar estadual é a ordenação progressiva
duais, salvo quanto aos seus arts. 9º, 10, 11 e 12, que ficam da autoridade, em graus diferentes, da qual decorre a obe‑
revogados. diência, dentro da estrutura da Polícia Militar, culminando
Art. 228. Aplica-se à matéria não regulada nesta Lei, sub‑ no Governador do Estado, Chefe Supremo das Corporações
sidiariamente e no que couber, a legislação em vigor para o Militares do Estado.
Exército Brasileiro.
Art. 229. O disposto nesta Lei não se aplica ao soldado
temporário, do qual trata a Lei nº 13.326, de 15 de julho de Fique de olho:
2003, e sua regulamentação. A ordenação da autoridade se faz por postos e
Art. 230. Permanece em vigor o disposto na Lei nº 13.035, graduações, de acordo com o escalonamento hierárquico,
de 30 de junho de 2005, salvo no que conflitar com as dis‑ a antiguidade e a precedência funcional.
posições desta Lei. • Posto é o grau hierárquico dos oficiais, conferido por
Parágrafo único. Aplica-se o disposto no caput à legisla‑ ato do Governador do Estado e confirmado em Carta
ção em vigor, decorrente da Lei nº 13.035, de 30 de junho
Patente ou Folha de Apostila.
de 2005, que trata da remuneração dos militares estaduais.
Art. 231. Ficam revogadas as Leis nº 10.072, de 20 de • Graduação é o grau hierárquico das praças, conferido
dezembro de 1976, nº 10.186, de 26 de junho de 1976, nº pelo Comandante‑Geral da respectiva Corporação
10.273, de 22 de junho de 1979, nº 10.236, de 15 de dezem‑ Militar.
bro de 1978, e as alterações dessas Leis, e todas as disposi‑ • A antiguidade entre os militares do Estado, em
ções contrárias a este Estatuto. igualdade de posto ou graduação, será definida,
Art. 232. Esta Lei entra em vigor 60 (sessenta) dias após sucessivamente, pelas seguintes condições:
a sua publicação. – data da última promoção;
– prevalência sucessiva dos graus hierárquicos anterio‑
Legislação

PALÁCIO IRACEMA DO ESTADO DO CEARÁ, em Fortaleza, res;


11 de janeiro de 2006. – classificação no curso de formação ou habilitação;
– data de nomeação ou admissão;
Lúcio Gonçalo de Alcântara
GOVERNADOR DO ESTADO DO CEARÁ – maior idade.

Openbook Apostilas 35
Obs.: Nos casos de promoção a primeiro‑tenente, Corpo de Bombeiros, sendo‑lhes privativos os títulos, postos
de nomeação de oficiais, ou admissão de cadetes ou e uniformes militares.
alunos‑soldados prevalecerá, para efeito de antiguidade, § 2º As patentes dos oficiais da Polícia Militar e do Corpo
a ordem de classificação obtida nos respectivos cursos ou de Bombeiros são conferidas pelo Governador do Estado.
concursos. § 3º O militar em atividade que aceitar cargo público civil
permanente será transferido para a reserva.
• A precedência (ou prioridade) funcional ocorrerá quando,
§ 4º O militar da ativa que aceitar cargo, emprego ou fun‑
em igualdade de posto ou graduação, o oficial ou a praça:
ção pública temporária, ainda que da administração indireta,
– ocupar cargo ou função que lhe atribua superiori­dade ficará agregado ao respectivo quadro e somente poderá,
funcional sobre os integrantes do órgão ou serviço que enquanto permanecer nessa situação, ser promovido por
dirige, comanda ou chefia; antiguidade, sendo contado o tempo de serviço apenas para
– estiver no serviço ativo, em relação aos inativos. a promoção e transferência para a reserva; depois de dois
anos de afastamento, contínuos ou não, será transferido
A disciplina militar é o exato cumpri­mento dos deveres para a inatividade.
do militar estadual, traduzindo‑se na rigorosa observância §  5º Ao servidor militar são proibidas a sindicalização
e acatamento inte­gral das leis, regu­lamentos, normas e e a greve.
ordens, por parte de todos e de cada inte­grante da Corpo‑ § 6º O militar, enquanto em efetivo serviço, não pode
ração Mili­tar. estar filiado a partidos políticos.
A disciplina militar manifesta‑se essencialmente: §  7º Ao se candidatar a cargo eletivo, os  integrantes
• na observância rigorosa das prescrições legais e re­ das duas corporações militares estaduais – Polícia Militar e
gula­mentares; Corpo de Bombeiros:
• na obediência às ordens legais dos superiores; I – tendo menos de dez anos de serviço, deverão afas‑
• no emprego de todas as energias em benefício do tar‑se da atividade;
ser­viço; II – com mais de dez anos de serviço, serão agregados
• na correção de atitudes; pela autoridade superior à respectiva corporação e, se
• nas manifestações espontâneas de acatamento dos eleitos, passarão à inatividade, automaticamente, no ato
valo­res e deveres éticos; da diplomação.
• na colaboração espontânea na disciplina coletiva e na § 8º O oficial da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros
efi­ciência da Instituição. só perderá o posto e a patente, se for julgado indigno do
oficialato ou com ele incompatível, por decisão do Tribunal
de Justiça.
Fique ligado: § 9º O oficial judicialmente condenado à pena privativa
A disciplina e o respeito à hierarquia devem ser mantidos, de liberdade superior a dois anos, por sentença transitada
permanentemente, pelos militares do Estado, tanto no em julgado, será submetido ao julgamento previsto no
serviço ativo, quanto na inatividade. parágrafo anterior.
A camaradagem é indispensável à formação e ao convívio § 10 Os direitos, deveres e prerrogativas dos servidores
do militar, incumbindo aos comandantes incentivar militares do Estado, em serviço ativo ou na inatividade,
e manter a har­monia e a solidariedade entre os seus constarão em leis ou regulamentos, não lhes podendo
comandados, promovendo estímulos de apro­ximação e ser atribuída remuneração inferior à correspondente, em
cordialidade. igualdade de posto ou graduação, ao pessoal do Exército.8
A civilidade é parte integrante da educação policial‑militar, § 11. É vedada qualquer forma de discriminação, inclusive
cabendo a superiores e subordinados atitudes de respeito em razão de estado civil, no acesso a cursos e concursos que
e deferência mú­tuos. possibilitem a promoção do militar no seio da corporação.
As ordens legais devem ser prontamente acatadas e exe­ §  12. A praça condenada na Justiça Militar à pena
cutadas, cabendo inteira responsabilidade à autoridade privativa de liberdade superior a dois anos, por sentença
que as determinar. Quando a ordem parecer obscura, transitada em julgado, só perderá a graduação por decisão
do Tribunal de Justiça.
o  subor­dinado, ao  recebê‑la, poderá solicitar que os
§ 13. Aos servidores militares ficam assegurados todos os
esclarecimentos necessários sejam oferecidos de maneira
direitos garantidos, nesta Constituição, aos servidores civis,
formal.
ressalvados aqueles, cuja extensão aos militares colida com
Observação importante: a Constituição Federal.
Cabe ao executante que exorbitar no cumpri­m ento
da ordem recebida a responsabilidade pelo abuso ou
3. Regras Deontológicas
excesso que come­ter, salvo se o fato é cometido sob
coação irresistível ou sob estreita obediência à ordem, não A deontologia militar estadual é constituída pelos valores
manifestamente ilegal, de superior hierárquico, quando só e deveres éticos, traduzidos em normas de conduta, que se
será punível o autor da coação ou da ordem. impõem para que o exercício da profissão do militar estadual
atinja plenamente os ideais de realização do bem comum,
2.1 Disposições referentes aos Servidores Públicos mediante a preservação da ordem pública e a garantia dos
Militares na Constituição Estadual poderes constituídos. A deontologia policial militar, aplica‑
da aos componentes da corporação, independentemente
Legislação

Art. 176. São servidores públicos militares estaduais de posto ou graduação, reúne princípios e valores úteis e
os integrantes da Policia Militar e do Corpo de Bombeiros.
§ 1º As patentes, com prerrogativas, direitos e deveres 8
*Suspenso por medida cautelar a expressão: “não lhes podendo ser atribuída
a elas inerentes, são asseguradas em plenitude aos oficiais remuneração inferior à correspondente, em igualdade de posto ou graduação,
da ativa, da reserva ou reformados da Polícia Militar e do ao pessoal do exército”, deferida pelo STF na ADIn nº 145-1 – aguardando
julgamento do mérito. Ver ADIn n° 145-1 no Anexo I.

36 Openbook Apostilas
lógicos a valores espirituais superiores, destinados a elevar Abster‑se:
a profissão do militar estadual à condição de missão. • do uso do posto, graduação ou cargo para obter
O militar do Estado prestará compromisso de honra, em facilidades pessoais de qualquer natureza ou para
caráter solene, afirmando a consciente aceitação dos valores encaminhar ne­gócios parti­culares ou de terceiros,
e deve­res militares e a firme disposição de bem cumpri‑los. exercer sempre a função pública com honestidade, não
aceitando vantagem indevida, de qualquer espécie;
3.1 Valores Fundamentais • ainda que na inatividade, do uso das de­sig­nações
hierárquicas em:
A lei considera como valores fundamentais, determinan‑ – atividade político‑partidária, salvo quando candi­
tes da moral militar estadual, os seguintes: dato a cargo eletivo;
– atividade comercial ou industrial;
Patriotismo O patriotismo é o sentimento de amor e – pronunciamento público a respeito de assunto
devoção à pátria, aos  seus símbolos (por militar, salvo os de natureza técnica;
exemplo, a bandeira e o brasão). – exercício de cargo ou função de natureza civil.
Civismo O civismo refere‑se a atitudes e comporta‑ Atuar:
mentos que no dia a dia manifestam os cida‑ • com devotamento ao interesse público, co­lo­cando‑o
dãos na defesa de certos valores e práticas acima dos anseios particulares;
assumidas como fundamentais para a vida • de forma disciplinada e disciplinadora, com res­peito
coletiva, visando a preservar a sua harmonia mútuo a superiores e a subordinados, e com preocupa‑
e melhorar o bem‑estar de todos. ção para com a integridade física, moral e psíquica de
Hierarquia A hierarquia, conforme já visto acima, é a todos os militares do Estado, inclusive dos agregados,
ordenação (ou classificação) progressiva envi­dando esforços para bem encaminhar a solução
da autoridade, em graus diferentes, da qual dos problemas surgidos;
decorre a obediência, dentro da estrutura • com prudência nas ocorrências militares, evi­tando
da Polícia Militar. exacerbá‑las;
Disciplina A disciplina, conforme já visto acima, é  o • com eficiência e probidade, zelando pela economia e
exato cumpri­mento dos deveres do militar conservação dos bens públicos, cuja utilização lhe for
estadual, traduzindo‑se na rigorosa obser‑ con­fiada;
vância e acatamento inte­gral das leis, regu­ • onde estiver, mesmo não estando em serviço, para
preservar a ordem pública ou prestar socorro, desde
lamentos, normas e ordens, por parte de
que não exista, naquele momento, força de serviço
todos e de cada inte­grante da Corporação
suficiente.
Mili­tar.
Profissiona‑ Significa que a ação policial deve ser execu‑ Conduzir‑se:
lismo tada com certo grau de eficácia por parte • de modo não subserviente, sem ferir os princípios de
dos encarregados de promover a paz social, hierarquia, disciplina, respeito e decoro.
porém permeada de correção, respeito à
dignidade humana e, principalmente, a pre‑ Considerar:
servação da vida. • a verdade, a  legalidade e a responsabili­dade como
Lealdade Geralmente a lealdade é evocada no rela‑ fundamentos de dignidade pessoal.
cionamento entre superior e subordinado,
em que é exigido do comandado lealdade Cultuar:
a seu comandante. Ser leal, então, é servir • os símbolos e as tradições da Pátria, do Estado do
dignamente, é ser verdadeiro, ético, digno. Ceará e da respectiva Corporação Militar e zelar por
Constância Constância significa ação ininterrupta du‑ sua inviolabilidade.
rante todo o período de trabalho revelando
Cumprir:
firmeza na prestação dos bons serviços.
• os deveres de cidadão;
Verdade real A verdade real pressupõe a reconstrução • e fazer cumprir, dentro de suas atribuições legalmente
dos fatos com a finalidade de alcançar a definidas, a Constituição, as leis e as ordens legais das
maior fidelidade possível do ocorrido. autoridades com­petentes, exercendo suas atividades
Honra Consideração à virtude, ao talento, à cora‑ com res­ponsabili­dade, incutindo este senso em seus
gem, às boas ações ou qualidade de alguém. su­bordinados;
Dignidade Refere‑se a pessoas que mostram respeito, • o expediente ou serviços ordinário e extraordinário,
humana correção, integridade em suas ações. para os quais, nestes últimos, esteja nominalmente
escalado, salvo impedimento de força maior.
Honestidade Honrado, digno, íntegro, probo.
Coragem Energia moral ante as situações aflitivas Dedicar‑se:
ou difíceis. • em tempo integral ao serviço militar estadual, buscan‑
do, com todas as energias, o êxito e o aprimoramento
Legislação

3.2 Deveres Éticos técnico‑profissio­nal e moral.

Os deveres éticos, emanados dos valores fundamentais e Estar:


que conduzem a atividade profissional sob o signo da retidão • sempre disponível e preparado para as missões que
moral, são os seguintes: de­sempe­nhe.

Openbook Apostilas 37
Exercer: Servir:
• as funções com integridade e equilíbrio, se­gundo os • à comunidade, procurando, no exercício da su­prema
princípios que regem a administração pública, não missão de preservar a ordem pública e de proteger
sujeitando o cumpri­mento do dever a influências a pessoa, promover, sempre, o  bem‑estar comum,
indevidas; dentro da estrita observância das normas jurídicas e
• a profissão sem discriminações ou restri­ções de ordem das disposições deste Código.
reli­giosa, política, racial ou de condição social.
Zelar:
Manter: • pelo bom nome da Instituição Militar e de seus com‑
• ânimo forte e fé na missão militar, mesmo diante das ponentes, aceitando seus valores e cumprindo seus
dificuldades, demonstrando persistência no trabalho deveres éticos e le­gais.
para superá‑las;
• ambiente de harmonia e camaradagem na vida pro‑ Importante destacar que é assegurado ao militar do
fissional, solidarizando‑se com os colegas nas dificul‑ Estado inativo, o di­reito de opinar sobre assunto político e
dades, ajudando‑os no que esteja ao seu al­cance; externar pensamento e conceito ideoló­gico, filosófico ou
• atualizado seu endereço residencial, em seus registros relativo à matéria pertinente ao interesse público, devendo
funcionais, comunicando qualquer mudança. observar os preceitos da ética militar e preservar os valores
militares em suas manifesta­ções es­senciais.
Não:
• pleitear para si, por meio de terceiros, cargo ou função 3.3 Vedações
que esteja sendo exercido por outro militar do Estado;
• solicitar publicidade ou provocá‑lo visando a própria Ao militar estadual em serviço ativo é vedado:
promoção pessoal; • exer­cer atividade de segurança particular,
• usar meio ilícito na produção de traba­lho inte­lectual • exercer comércio;
ou em avaliação profissional, inclusive no âmbito do • ou tomar parte da administração ou gerência de
ensino; sociedade empresária ou dela ser sócio ou participar,
• abusar dos meios do Estado postos à sua dis­posição, exceto como acio­nista, cotista ou comanditário.
nem distribuí‑los a quem quer que seja, em detrimento
dos fins da adminis­tração pública, coibindo, ainda, Aos militares do Estado da ativa também são proibidas
a transferência, para fins particula­res, de tecnologia mani­festações coletivas sobre atos de superiores, de caráter
própria das funções militares. reivindicatório e de cunho político‑partidário, sujei­tando‑se
as manifestações de caráter indivi­dual aos precei­tos deste
Observar: Código.
• as normas de boa educação e de discrição nas atitudes, Compete aos Comandantes fiscalizar os subordinados
maneiras e na linguagem escrita ou falada; que apresentarem sinais exteriores de riqueza, incompatí‑
• os direitos e garantias fundamen­tais, agindo com isen‑ veis com a remuneração do respectivo cargo, provocando a
ção, equidade e absoluto respeito pelo ser humano, instauração de procedimento criminal e/ou administrativo
não se prevalecendo de sua condição de autoridade necessário à comprovação da origem dos seus bens.
pública para a prática de arbitrariedade.

Preservar: 4. Violação dos valores, dos deveres e da


• a natureza e o meio ambiente. disciplina

Prestar: A ofensa (transgressão) aos valores e aos deveres vulnera


• assistência moral e material ao lar, condu­zindo‑o como a disciplina militar, constituindo infração administrativa,
bom chefe de família. penal ou civil, iso­lada ou cumulativamente.
O militar do Estado é responsável pelas decisões que
Proceder: tomar ou pelos atos que praticar, inclusive nas missões ex‑
• de maneira ilibada na vida pública e par­ticular. pressamente determinadas, bem como pela não observância
ou falta de exação no cumprimento de seus deve­res.
Procurar manter: O superior hierárquico responderá solidaria­mente, na
• boas relações com outras cate­gorias profissionais, co‑ esfera administrativo‑disciplinar, incorrendo nas mesmas
nhecendo e respeitando‑lhes os limites de competên‑ sanções da transgressão praticada por seu subordinado
cia, mas ele­vando o conceito e os padrões da própria quando:
profissão, zelando por sua competência e autoridade. • presenciar o cometimento da transgressão dei­xando
de atuar para fazê‑la cessar imediatamente;
Proteger: • concorrer diretamente, por ação ou omissão, para o
• as pessoas, o  patrimônio e o meio am­bien­te com co­metimento da transgressão, mesmo não estando
abnegação e desprendimento pessoal. presente no local do ato.

Respeitar: A violação da disciplina militar será tão mais grave quanto


• a integridade física, moral e psíquica da pessoa do pre‑ mais elevado for o grau hierárquico de quem a cometer.
so ou de quem seja objeto de incriminação, evitando A disciplina e o comportamento do militar estadual estão
o uso desnecessário de violência. sujeitos à fiscalização, disciplina e orientação pela Controla‑
doria Geral de Disciplina dos Órgãos de Segurança Pública e
Legislação

Ser: Sistema Penitenciário, na forma da lei, e ainda:


• justo na apreciação de atos e méritos dos subordi­ • instaurar e realizar sindicância por suposta transgres‑
nados; são disciplinar que ofenda a incolumidade da pessoa
• fiel na vida militar, cumprindo os com­promissos rela‑ e do patrimônio estranhos às estruturas das Corpora‑
cionados às suas atribuições de agente público. ções Militares do Estado;

38 Openbook Apostilas
Excepcionalmente, Portaria do Secretário da 4.1.1 Transgressões disciplinares graves
Segurança Pública e Defesa Social poderá autorizar São consideradas transgressões disciplinares graves as
as Corporações Militares do Estado a instaurarem e seguintes, representadas pela letra (G):
realizarem sindicâncias, competindo à Corregedoria
Geral acompanhar as suas apurações e soluções. Abandonar:
• serviço para o qual tenha sido de­signado ou recusar‑se
• receber sugestões e reclamações, dando a elas o a executá‑lo na forma determinada (G).
devido encaminhamento, inclusive de denúncias que
cheguem ao seu conhecimento, desde que diversas Aconselhar:
das previstas no inciso I deste parágrafo, bem como • ou concorrer para não ser cum­prida qual­quer ordem
acompanhar as suas apurações e soluções; legal de autoridade competente, ou serviço, ou para
que seja retar­dada, prejudicada ou embaraçada a sua
• requerer a instauração de conselho de justificação ou
execução (G).
disciplina ou de processo administrativo‑disciplinar,
bem como acompanhar a sua apuração ou solução; Afastar‑se:
• realizar, inclusive por iniciativa própria, inspeções, • quando em atividade militar com veículo automotor,
vistorias, exames, investigações e auditorias admi‑ aeronave, embarcação ou a pé, da área em que deveria
nistrativas nos estabelecimentos das Corporações permane­cer ou não cumprir roteiro de patrulhamento
Militares do Estado; predeterminado (G).
• propor retificação de erros e exigir providências rela‑
tivas a omissões e à eliminação de abuso de poder; Agredir:
• requerer a instauração de inquérito policial ou policial • física, moral ou psicologicamente preso sob sua guarda
militar, bem como acompanhar a sua apuração ou ou permitir que outros o façam (G).
solução;
• realizar os serviços de correição, em caráter perma‑ Ameaçar, induzir ou instigar:
nente ou extraordinário, nos procedimentos penais • alguém para que não de­clare a verdade em procedi‑
militares realizados pelas Corporações Militares Esta‑ mento administrativo, civil ou penal (G).
duais;
• criar grupos de trabalho ou comissões, de caráter Andar:
transitório, para atuar em projetos e programas espe‑ • ostensivamente armado, em trajes civis, não se achan‑
cíficos, contando com a participação de outros órgãos do de serviço (G).
e entidades da Administração Pública do Estado.
Apropriar‑se:
4.1 Transgressão Disciplinar • de bens pertencentes ao pa­trimônio pú­blico ou parti‑
cular (G).
Transgressão disciplinar é a infração admi­nistrativa ca‑
racterizada pela violação dos deveres militares, cominando Comparecer:
ao infrator as sanções previstas neste Código, sem prejuízo • ou tomar parte de movimento reivindicatório, no qual
das responsabilidades penal e civil. os participantes portem qualquer tipo de armamento,
ou participar de greve (G).
Atenção: Dar:
São transgressões disciplinares: • receber ou pedir gratificação ou pre­sente com fi­
• todas as ações ou omissões contrárias à disciplina militar, nalidade de retardar, apressar ou obter solução favo‑
especificadas como transgressões graves, inclusive os rável em qualquer ato de ser­viço (G);
crimes previstos nos Códigos Penal ou Penal Militar; • por escrito ou verbalmente, ordem mani­festa­mente
– todas as ações ou omissões não classificadas como ilegal que possa acarretar responsabilidade ao subor‑
graves, mas que também violem os valores e deveres dinado, ainda que não chegue a ser cumprida (G).
mili­tares. Essas transgressões serão classificadas pela
auto­ridade competente como médias ou leves, con‑ Deixar:
sideradas as circunstâncias do fato. • de providenciar para que seja garantida a inte­gridade
física das pessoas que prender ou detiver (G);
Transgressões classificadas como graves: • de fiscalizar o subordinado que apre­sentar si­nais exte‑
• atentatórias aos Poderes Constituídos, às instituições riores de riqueza, incompatíveis com a remuneração
ou ao Estado; do cargo (G);
• atentatórias aos direitos humanos fundamentais; • de assumir a responsabilidade de seus atos ou pelos
• de natureza desonrosa. praticados por subordinados que agirem em cumpri‑
mento de sua ordem (G);
Ao militar do Estado, aluno de curso militar, aplica‑se, • de comunicar ao superior imediato ou, na au­sência
no que concerne à disciplina, além do previsto neste Código, deste, a qualquer autoridade superior toda informação
subsidiariamente, o  disposto nos regulamentos próprios que tiver sobre imi­nente perturbação da ordem pú‑
dos estabelecimentos de en­sino onde estiver matriculado. blica ou grave alteração do serviço ou de sua mar­cha,
Legislação

A aplicação das penas disciplinares previstas neste Códi‑ logo que tenha conhecimento (G);
go independe do resultado de eventual ação penal ou cível. • de assumir, orientar ou auxiliar o atendimento de ocor‑
Isto posto, vemos que as transgressões disciplinares são rência, quando esta, por sua natureza ou amplitude,
classificadas em graves (G), médias (M) e leves (L), de acordo assim o exigir (G);
com sua gravidade. • de apurar transgressão, tendo conhecimento dela (G).

Openbook Apostilas 39
Desconsiderar: Faltar:
• os direitos constitucionais da pessoa no ato da pri‑ • com a verdade (G);
são (G); • ao expediente ou ao serviço para o qual es­teja nomi‑
• ou desrespeitar, em pú­blico ou pela im­prensa, os atos nalmente escalado (G).
ou decisões das autoridades civis ou dos ór­gãos dos
Poderes Constituídos ou de qualquer de seus repre‑ Fazer:
sentantes (G); • uso, estar sob ação ou induzir outrem ao uso de
• desrespeitar ou ofender pessoa por pala­vras, atos ou substância proibida, entorpecente ou que determine
gestos, no atendimento de ocorrência militar ou em dependência física ou psí­quica, ou introduzi‑las em
outras situa­ções de serviço (G). local sob administração militar (G);
• diretamente ou por intermédio de ou­trem, agio­tagem
Dirigir: ou transação pecuniária envolvendo assunto de ser‑
• viatura ou pilotar aeronave ou embarcação policial viço, bens da adminis­tração pública ou material cuja
com imperícia, negligência, imprudência ou sem ha‑ comercialização seja proibida (G).
bilitação legal (G).
Ferir:
Dirigir‑se: • a hierarquia ou a disciplina, de modo comprometedor
• referir‑se ou responder a superior de modo desrespei‑ para a segurança da sociedade e do Estado (G).
toso (G).
Frequentar:
Disparar: • ou fazer parte de sindicatos, associa­ções profissionais
• arma por imprudência, negligência, imperí­cia, ou com caráter de sindicato, ou de associações cujos
desnecessariamente (G). estatutos não estejam de conformidade com a lei (G).
Divulgar, permitir ou concorrer: Ingerir:
• para a divulgação indevida de fato ou documento de • bebida alcoólica quando em serviço ou apre­sentar‑se
interesse da administração pública com classificação alcoolizado para prestá‑lo (G).
sigilosa (G).
Liberar:
Dormir:
• preso ou detido ou dispensar parte de ocorrên­cia sem
• em serviço de policiamento, vigilância ou segurança de
competência legal para tanto (G).
pessoas ou instalações, salvo quando autorizado (G).
Não cumprir:
Empregar:
• subordinado ou servidor civil, ou desviar qualquer • cumprir sem justo motivo, a  execução de qual­quer
meio material ou financeiro sob sua responsabilidade ordem legal recebida (G);
ou não, para a exe­cução de atividades diversas da‑ • obedecer às regras básicas de segurança ou não ter
quelas para as quais foram des­tinadas, em proveito cautela na guarda de arma própria ou sob sua respon‑
próprio ou de outrem (G). sabilidade (G).

Entrar, sair ou tentar fazê‑lo: Ofender:


• de Organização Militar, com tropa, sem prévio conhe‑ • provocar ou desafiar superior, igual ou subordinado
cimento da autoridade competente, salvo para fins de hierárquico ou qualquer pessoa, estando ou não de
instrução autori­zada pelo comando (G). serviço (G);
• a moral e os bons costumes por atos, pala­vras ou
Envolver: gestos (G).
• indevidamente o nome de outrem para es­quivar‑se
de responsabilidade (G). Omitir:
• em boletim de ocorrência, relatório ou qual­quer do‑
Evadir‑se: cumento, dados indispensáveis ao esclarecimento dos
• ou tentar evadir‑se de escolta, bem como re­sistir a fatos (G).
ela (G).
Passar:
Exercer: • a ausente (G).
• o militar do Estado em serviço ativo, a função de segu‑
rança particular ou administrar ou manter vínculo de Permitir:
qualquer natureza com empresa do ramo de segurança • que o preso, sob sua guarda, conserve em seu poder
ou vigilância (G); instrumentos ou outros objetos proibidos, com que
• qualquer atividade estranha à Instituição Militar com possa ferir a si próprio ou a outrem (G).
prejuízo do serviço ou com emprego de meios do
Estado ou manter vínculo de qualquer natureza com Portar:
organização voltada para a prática de atividade tipifi‑ • ou possuir arma em desacordo com as normas vigen‑
Legislação

cada como contravenção ou crime(G); tes (G).


• o militar do Estado em serviço ativo, o comér­cio ou to‑
mar parte na adminis­tração ou gerên­cia de sociedade Promover:
empresária ou dela ser só­cio, exceto como acio­nista, • ou participar de luta corporal com supe­rior, igual, ou
cotista ou comanditário (G). subordinado hierárquico (G).

40 Openbook Apostilas
Provocar: Assumir:
• desfalques ou deixar de adotar providên­cias, na esfera • compromisso em nome da Corporação Militar, ou
de suas atribuições, para evitá‑los (G). representá‑la em qualquer ato, sem estar devidamente
autorizado (M).
Publicar, divulgar ou contribuir:
• para a divulgação ir­restrita de fatos, documentos ou Autorizar:
assuntos administrativos ou técnicos de natureza • promover ou participar de petições ou ma­nifestações
militar ou judiciária, que possam concorrer para o de caráter reivindicatório, de cunho político‑partidário,
desprestígio da Corporação Militar (G). reli­gioso, de crí­tica ou de apoio a ato de superior, para
tratar de assuntos de natu­reza mili­tar, res­salvados os
Receber de natureza técnica ou científica havidos em razão do
• vantagem de pessoa interessada no caso de furto,
exercício da fun­ção militar (M);
roubo, objeto achado ou qualquer outro tipo de ocor‑
• promover ou executar mano­b ras peri­g osas com
rência ou procurá‑la para solicitar vantagem (G);
• ou permitir que seu subordinado receba, em ra­zão viaturas, aeronaves, embarcações ou animais, salvo
da função pública, qualquer objeto ou valor, mesmo quando essencial ao atendimento de ocorrência emer‑
quando oferecido pelo pro­prietário ou responsá‑ gencial (M).
vel (G).
Concorrer:
Recriminar: • para a discórdia, desarmonia ou cultivar inimizade
• ato legal de superior ou procurar des­consi­derá‑lo (G). entre companheiros (M).

Retirar: Comparecer:
• ou tentar retirar de local, sob admi­nistração militar, • ou tomar parte de movimento reivindicatório, no qual
material, viatura, aeronave, embarcação ou animal, ou os participantes não portem qualquer tipo de arma‑
mesmo deles servir‑se, sem ordem do responsável ou mento, que possa concorrer para o desprestígio da
proprietário (G). corporação militar ou ferir a hierarquia e a disciplina;
• uniformizado a manifestações ou reu­niões de caráter
Subtrair: político‑partidário, salvo por motivo de serviço (M).
• extraviar, danificar ou inutilizar docu­mentos de inte‑
resse da administração pública ou de terceiros (G). Causar ou contribuir:
• para a ocorrência de acidente de serviço ou instru‑
Usar: ção (M).
• de força desnecessária no atendimento de ocorrên­cia
ou no ato de efetuar prisão (G). Contrair:
• dívida ou assumir compromisso su­perior às suas
Utilizar‑se:
• do anonimato para fins ilícitos (G); possibilidades, desde que venha a expor o nome da
• da condição de militar do Estado para obter facilidades Corporação Militar (M).
pessoais de qualquer natureza ou para encaminhar
ne­gócios parti­culares ou de terceiros (G). Deixar:
• de prestar a superior hierárquico continência ou outros
Transgressões disciplinares médias sinais de honra e respeito previstos em regulamen‑
São consideradas transgressões disciplinares médias as to (M);
seguintes, representadas pela letra (M): • de corresponder a cumprimento de seu su­bordi­
nado (M);
Abrir ou tentar abrir: • de exibir, estando ou não uniformi­zado, do­cu­mento
• qualquer dependência da Organização Militar, desde de identidade funcional ou recusar‑se a declarar seus
que não seja a autoridade competente ou sem sua dados de identificação quando lhe for exigido por
ordem, salvo em si­tuações de emergência (M). autoridade competente (M);
• de fazer a devida comunicação discipli­nar (M);
Adentrar: • de punir o transgressor da disciplina, salvo se houver
• sem permissão ou ordem, aposen­tos des­ti­nados a su‑ causa de justificação (M);
perior ou onde este se encontre, bem como qualquer • de manifestar‑se nos processos que lhe forem enca‑
ou­tro lugar cuja en­trada lhe seja vedada (M). minhados, exceto nos casos de suspeição ou impedi‑
mento, ou de abso­luta falta de elementos, hipótese
Afastar‑se: em que essas circunstâncias serão declaradas (M);
• de qualquer lugar em que deva estar por força de • de encaminhar à autoridade compe­tente, no mais cur‑
dispositivo ou ordem legal (M). to prazo e pela via hierárquica, documento ou processo
que receber, se não for de sua alçada a solução (M);
Apresentar:
• comunicação disciplinar ou repre­sentação sem funda‑ • de se apresentar às autoridades competentes nos
mento ou interpor recurso disciplinar sem observar as casos de movimentação ou quando designa­do para
pres­crições regula­mentares (M). comissão ou serviço extraordiná­rio (M);
• o responsável pela segurança da Organização Mili‑
Legislação

Apresentar‑se: tar de cum­prir as prescrições regulamentares com


• em qualquer situação, mal uniformi­zado, com o unifor‑ respeito à entrada, saída e permanência de pessoa
me alterado ou diferente do previsto, contrariando o estranha (M);
Regulamento de Uniformes da Corporação Militar ou • ao entrar ou sair de Organização Militar onde não
norma a respeito (M). sirva, de dar ciência da sua presença ao Oficial‑de‑Dia

Openbook Apostilas 41
ou de serviço e, em se­guida, se ofi­cial, de procurar o • ter, pelo preparo próprio ou de seus subordi­nados ou
comandante ou o oficial de posto mais elevado ou seu instruendos, a dedicação imposta pelo sentimento do
substituto legal para expor a razão de sua presença, dever (M);
salvo as exceções regulamentares previstas (M); • se apresentar ao seu su­perior imediato ao término
• de exibir a superior hierárquico, quando por ele solici‑ de qualquer afastamento do serviço ou, ainda, logo
tado, objeto ou volume, ao entrar ou sair de qualquer que sou­ber que o mesmo tenha sido interrompido ou
Organização Militar (M); suspenso (M);
• de cumprir ou fazer cumprir as normas legais ou regu‑ • ter o devido zelo, danificar, extraviar ou inutili­zar, por
lamentares, na esfera de suas atribuições (M); ação ou omissão, bens ou animais pertencentes ao
• de identificar‑se quando solicitado, ou quando as patrimônio público ou particular, que estejam ou não
circunstâncias o exigirem (M). sob sua responsabilidade (M).

Desrespeitar: Negar‑se:
• medidas gerais de ordem militar, judi­ciá­ria ou admi‑ • a utilizar ou a receber do Estado farda­mento, ar‑
nistrativa, ou embaraçar sua execução (M); mamento, equipamento ou bens que lhe sejam
• regras de trânsito, de tráfego aéreo ou de navegação destinados ou devam ficar em seu poder ou sob sua
marítima, lacustre ou fluvial, salvo quando essencial responsabilidade (M).
ao atendimento de ocorrência emergencial (M).
Permutar:
Dificultar: • serviço sem permissão da autori­dade com­pe­tente (M).
• ao subordinado o oferecimento de re­pre­sen­tação ou
o exercício do direito de petição (M). Permitir
• que pessoa não autorizada adentre prédio ou local
Dormir: interditado (M);
• em serviço, salvo quando autori­zado (M). • simular doença para esquivar‑se ao cumpri­mento do
dever (M).
Entender‑se:
• com o preso, de forma velada, ou deixar que alguém o Permanecer:
faça, sem autorização de autoridade competente (M). • em dependência de outra Organização Militar ou lo­cal
de serviço sem consentimento ou ordem da autoridade
Espalhar: competente (M).
• boatos ou notícias tendenciosas em prejuízo da boa
ordem civil ou militar ou do bom nome da Corporação Procrastinar:
Militar (M). • injustificadamente expediente que lhe seja encami‑
nhado, bem como atrasar o prazo de conclusão de
Faltar: inquérito policial militar, conselho de justificação ou
• a qualquer ato em que deva tomar parte ou assis­tir, disciplina, processo administrativo‑disciplinar, sindi‑
ou ainda, retirar‑se antes de seu encerramento sem cância ou similar (M).
a devida autorização (M);
• a ato judiciário, administrativo ou similar, salvo motivo Procurar:
relevante a ser comunicado por escrito à autoridade a • desacreditar seu superior ou subordi­n ado hie­
que estiver subordinado, e assim considerado por esta, rárquico (M).
na primeira oportunidade, antes ou depois do ato, do
qual tenha sido previamente cientificado (M). Provocar:
• ou fazer‑se, voluntariamente, causa ou ori­gem de
Frequentar alarmes injustificados (M).
• lugares incompatíveis com o decoro social ou militar,
salvo por motivo de serviço (M). Recorrer:
• a outros órgãos, pessoas ou instituições para resolver
Interferir: assunto de interesse pessoal relacionado com a corpo‑
• na administração de serviço ou na exe­cução de ordem ração militar, sem observar os preceitos estabelecidos
ou missão sem ter a devida competência para tal (M). neste estatuto (M).

Introduzir: Retardar:
• bebidas alcoólicas em local sob admi­nistra­ção militar, • sem justo motivo, a execução de qualquer or­dem legal
salvo se devidamente autorizado (M). recebida (M);
• ou prejudicar o serviço de polícia judiciá­ria militar que
Manter: deva promover ou em que esteja investido (M).
• relações de amizade ou exibir‑se em público com
pessoas de notórios e desabonados antecedentes Reter:
criminais ou policiais, salvo por motivo relevante ou • o preso, a vítima, as testemunhas ou partes não de­
de serviço (M). finidas por mais tempo que o necessário para a solução
Legislação

do procedimento policial, administrativo ou penal (M).


Não:
• levar fato ilegal ou irregularidade que presenciar ou Retirar:
de que tiver ciência, e não lhe couber reprimir, ao co‑ • sem autorização da autoridade competente, qualquer
nhecimento da autoridade para isso competente (M); objeto ou documento da Corporação Militar (M).

42 Openbook Apostilas
Ter: Dar:
• em seu poder, introduzir, ou distribuir em local • toques ou fazer sinais, previstos nos re­gula­mentos,
sob administração militar, substância ou material sem ordem de autoridade competente (L).
inflamável ou ex­plosivo sem permissão da autoridade
competente (M). Discutir:
• ou provocar discussão, por qualquer veículo de comu‑
Trabalhar: nicação, sobre assuntos políticos, militares ou policiais,
• mal, intencionalmente ou por desí­dia, em qualquer excetuando‑se os de natureza exclusivamente técnica,
serviço, instrução ou missão (M). quando devidamente autorizado (L).

Usar: Entrar:
• no uniforme insígnia, medalha, con­decora­ção ou dis‑ • ou sair, de qualquer Organização Militar, por luga­res
tintivo, não regulamentares ou de forma indevida (M). que não sejam para isso designados (L).

4.1.2 Transgressões disciplinares leves Estar:


São consideradas transgressões disciplinares leves as • em desacordo com as normas regula­menta­res de
seguintes, representadas pela letra (L): apresentação pessoal (L).

Aceitar: Fumar:
• qualquer manifestação coletiva de su­bor­dina­dos, com • em local não permitido (L).
exceção das demonstrações de boa e sã camaradagem
e com prévio conhe­cimento do homenageado (L). Içar:
• ou arriar, sem ordem, bandeira ou in­sígnia de au­
Acionar: toridade (L).
• desnecessariamente sirene de viatura policial ou
bombeirística (L). Permanecer:
• alojado ou não, deitado em horário de ex­pediente no
Andar: interior da Organização Militar, sem autorização de
• a cavalo, a trote ou galope, sem necessi­dade, pelas quem de direito (L);
ruas da cidade ou castigar inutilmente a montada (L). • em dependência da própria Organização Militar ou
local de serviço, desde que a ele estranho, sem con‑
Deixar: sentimento ou ordem da autoridade competente (L).
• de comunicar ao superior a execução de or­dem dele
recebida, no mais curto prazo possível (L); Recusar
• tão logo seus afazeres o permitam, de apresen­tar‑se • ou devolver insígnia, salvo quando a re­gula­mentação
ao seu superior funcional, conforme prescrições o permitir (L).
regulamenta­res (L);
• nas solenidades, de apresentar‑se ao supe­rior hierár‑ Retirar‑se:
quico de posto ou graduação mais elevada e de saudar • da presença do superior hierárqui­co sem obediência
os demais, de acordo com as normas regulamenta‑ às normas regulamentares (L).
res (L);
• deixar de comunicar a alteração de dados de qualifi­ca­ Usar:
ção pessoal ou mudança de endereço residencial (L); • vestuário incompatível com a função ou des­curar do
• deixar de comunicar a tempo, à autoridade compe­ asseio próprio ou prejudicar o de outrem (L).
tente, a impossibilidade de comparecer à Organização
Militar (OPM ou OBM) ou a qual­quer ato ou serviço Tomar:
de que deva participar ou a que deva as­sistir (L). • parte em jogos proibidos ou jogar a di­nheiro os per‑
mitidos, em local sob administração militar, ou em
Chegar: qualquer ou­tro, quando uni­formizado (L).
• atrasado ao expediente, ao serviço para o qual esteja
nominalmente escalado ou a qualquer ato em que Transportar:
deva to­mar parte ou as­sistir (L). • na viatura, aeronave ou embarca­ção que esteja sob seu
comando ou responsabilidade, pessoal ou ma­terial,
Consentir: sem auto­rização da autoridade competente (L).
• o responsável pelo posto de ser­viço ou a sentinela, na
formação de grupo ou permanência de pessoas junto Ter:
ao seu posto (L). • em seu poder, introduzir ou distribuir, em local sob
administração militar, publicações, estampas ou jor‑
Conduzir: nais que atentem contra a disciplina, a moral ou as
• veículo, pilotar aeronave ou em­barca­ção oficial, sem instituições (L).
Legislação

autorização do órgão militar competente, mesmo


estando ha­bilitado (L). Transferir:
• o oficial a responsabilidade ao escrivão da elaboração
Conversar: de inquérito policial militar, bem como deixar de fazer
• ou fazer ruídos em ocasiões ou luga­res im­próprios (L). as devidas inquirições (L).

Openbook Apostilas 43
Aos procedimentos disciplinares, sempre serão garanti‑ O pedido de conversão elide o pedido de re­considera­
dos o direito a ampla defesa e o contraditório. ção de ato.
Nos casos em que o transgressor não possua nenhuma
5. Sanções Administrativas Disciplinares falta grave ou média, o pedido de conversão não elidirá o
pedido de reconsideração de ato.
As sanções disciplinares aplicáveis aos milita­res do Es‑
tado, inde­pendente­mente do posto, graduação ou função Para entender:
que ocupem, são: A prestação do serviço extraordinário consiste na realização
• advertência; de atividades, inter­nas ou externas, por período nunca
• repreensão; inferior a 6 (seis) ou superior a 8 (oito) ho­ras, nos dias em
• permanência disciplinar; que o militar do Estado estaria de folga.
• custódia disciplinar; O limite máximo de conversão da permanência disci­plinar
• reforma administrativa disciplinar; em serviço extraordinário é de 5 (cinco) dias.
• demissão; O militar do Estado, punido com período su­perior a 5 (cinco)
• expulsão; dias de permanência disciplinar, somente poderá pleitear
• proibição do uso do uniforme e do porte de arma. a conversão até o limite previsto no parágrafo anterior,
a qual, se concedida, será sempre cumprida na fase final
Todo fato que constituir transgressão deverá ser levado do período de punição.
ao conhecimento da autoridade competente para as provi‑ A prestação do serviço extraordinário não poderá ser
dências disciplinares. executada imediatamente após ou anteriormente a este,
ao término de um serviço ordinário.
5.1 Advertência
5.4 Custódia Disciplinar
A advertência, forma mais branda de sanção, é aplicada
verbalmente ao transgressor, podendo ser feita particular A custódia disciplinar consiste na retenção do militar
ou ostensivamente, sem constar de publicação, figurando, do Estado no âmbito de sua OPM ou OBM, sem participar
entretanto, no registro de informações de punições para de qualquer serviço, instrução ou atividade e sem estar
oficiais, ou na nota de corretivo das praças. circunscrito a determinado comportamento.
A advertência aplica‑se ex­clusivamente às faltas de Nos dias em que o militar do Estado permanecer cus‑
natureza leve, constituindo ato nulo quando aplicada em todiado perderá todas as vantagens e direitos decorrentes
relação à falta média ou grave. do exercício do posto ou gra­duação, inclusive o direito de
computar o tempo da pena para qualquer efeito.
5.2 Repreensão A custódia disciplinar somente poderá ser aplicada
quando da reincidência no cometimento de transgressão
A repreensão é a sanção feita por escrito ao transgressor, disciplinar de natureza grave.
publicada em boletim, devendo sempre ser averbada nos A custódia disciplinar será aplicada pelo Controlador Ge‑
assentamentos individuais. ral de Disciplina dos Órgãos de Segurança Pública e Sistema
A repreensão também é aplicada nas faltas de natureza
Penitenciário, pelo Secretário de Segurança Pública e Defesa
leve e média, constituindo ato nulo quando aplicada em
Social, Comandante Geral e pelos demais oficiais ocupantes
relação à falta grave.
de funções próprias do posto de Coronel. A autoridade que
entender necessária a aplicação da custódia disciplinar
5.3 Permanência Disciplinar
providenciará para que a documentação alusiva à respectiva
A permanência disciplinar é a sanção em que o trans‑ transgressão seja remetida à autoridade competente.
gressor ficará na OPM ou OBM, sem estar circunscrito a Ao Governador do Estado compete conhecer da sanção
determinado compartimento. disciplinar prevista neste artigo acima em grau de recur‑
O militar do Estado sob permanência disciplinar com­ so, quando tiver sido aplicada pelo Controlador Geral de
pa­recerá a todos os atos de instrução e serviço, internos Disciplina dos Órgãos de Segurança Pública e Sistema Peni‑
e externos. tenciário, cabendo ao Conselho de Disciplina e Correição o
A pedido do transgressor, o  cumprimento da sanção conhecimento do recurso.
de permanência disciplinar poderá, a  juízo devidamente
motivado, da autori­dade que apli­cou a puni­ção, ser con‑ 5.5 Reforma Administrativa Disciplinar
vertido em prestação de serviço extraordinário, desde que
não implique prejuízo para a manutenção da hie­rarquia e A reforma administrativa disciplinar poderá ser apli­cada,
da disciplina. Na hipótese da conversão, a classificação do mediante processo regular:
com­portamento do militar do Estado será feita com base na • ao oficial julgado incompatível ou indigno profissio­
sanção de perma­nência dis­ci­plinar. nalmente para com o oficialato, após sentença passada
Considerar‑se‑á 1 (um) dia de prestação de serviço ex‑ em julgado no Tribunal com­petente, ressalvado o caso
traordinário equivalente ao cumprimento de 1 (um) dia de de demissão;
perma­nência, salvo nos casos em que o transgressor não • à praça que se tornar incompatível com a função militar
possua nenhuma falta grave ou média, quando 1 (um) dia estadual, ou nociva à disciplina, e tenha sido julgada
Legislação

de prestação de serviço extraordinário equivalerá ao cum‑ passível de reforma.


primento de 2 (dois) dias de permanência.
O prazo para o encaminhamento do pedido de conversão O militar do Estado que sofrer reforma administrativa
será de 3 (três) dias úteis, contados da data da publicação disciplinar receberá remuneração proporcional ao tempo
da sanção de permanência. de serviço militar.

44 Openbook Apostilas
5.6 Demissão – for condenada à pena de perda da função pública, por
sentença passada em julgado;
A demissão será aplicada ao militar do Estado na se‑ – praticar ato ou atos que revelem incompatibilidade
guinte forma: com a função militar estadual, comprovado mediante
• Ao oficial quando: processo regular;
– for condenado na Justiça Comum ou Militar à pena – cometer transgressão disciplinar grave, estando há
privativa de liberdade por tempo superior a 2 (dois) mais de 2 (dois) anos consecutivos ou 4 (quatro) anos
anos, por sentença passada em julgado, observado o alternados no mau comportamento, apurado median‑
disposto no art. 125, § 4º, e art. 142, § 3º, VI e VII, da te processo regular;
Constituição Federal, e art. 176, §§ 8º e 9º da Consti‑ – houver cumprido a pena consequente do crime de
tuição do Estado; deserção, após apurada a motivação em procedimento
regular, onde lhe seja assegurado o contraditório e a
Constituição Federal. ampla defesa;
Art. 125. [...] – considerada desertora e capturada ou apresentada,
§ 4º Compete à Justiça Militar estadual processar e tendo sido submetida a exame de saúde, for julgada
julgar os militares dos Estados, nos crimes militares incapaz definitivamente para o serviço militar.
definidos em lei e as ações judiciais contra atos
disciplinares militares, ressalvada a competência do Atenção:
júri quando a vítima for civil, cabendo ao tribunal A praça demitida perderá a graduação.
competente decidir sobre a perda do posto e da
patente dos oficiais e da graduação das praças. 5.7 Expulsão
Art. 142, § 3º [...]
VI  – o oficial só perderá o posto e a patente A expulsão será aplicada, mediante pro­cesso regular,
se for julgado indigno do oficialato ou com ele à praça que atentar contra a segurança das instituições na‑
incompatível, por decisão de tribunal militar de cionais ou praticar atos desonrosos ou ofensivos ao decoro
caráter permanente, em tempo de paz, ou de profissio­nal.
tribunal especial, em tempo de guerra; A participação em greve ou em passeatas, com uso de
VII – o oficial condenado na justiça comum ou militar arma, ainda que por parte de terceiros, configura ato aten‑
a pena privativa de liberdade superior a dois anos, tatório contra a segurança das instituições nacionais.
por sentença transitada em julgado, será submetido
ao julgamento previsto no inciso anterior. 5.8 Proibição do Uso de Uniformes e de Porte de Arma

Constituição Estadual. A proibição do uso de uniformes mi­litares e de porte


Art. 176. [...] de arma será aplicada, temporariamente, ao  inativo que
§  8º O oficial da Polícia Militar e do Corpo de atentar contra o decoro ou a dignidade militar, até o limite
Bombeiros só perderá o posto e a patente, se de 1 (um) ano.
for julgado indigno do oficialato ou com ele
incompatível, por decisão do Tribunal de Justiça. 6. Recolhimento Transitório
§  9º O oficial judicialmente condenado à pena
privativa de liberdade superior a dois anos, por O recolhimento transitório não constitui sanção disci‑
sentença transitada em julgado, será submetido ao plinar, sendo medida preventiva e acautelatória da ordem
social e da disciplina militar, consistente no desarmamento
julgamento previsto no parágrafo anterior.
e recolhimento do militar à prisão, sem nota de punição
publicada em boletim, podendo ser excepcionalmente
– for condenado à pena de perda da função pública, por adotada quando houver fortes indícios de autoria de crime
sentença passada em julgado; propriamente militar ou transgressão militar e a medida
– for considerado moral ou profissionalmente inidôneo for necessária:
para a promoção ou revelar incompatibilidade para o • ao bom andamento das investigações para sua correta
exercício da função militar, por sentença passada em apuração; ou
julgado no Tribunal competente. • à preservação da segurança pessoal do militar e da
sociedade, em razão do militar:
Atenção:
O oficial demitido perderá o posto e a patente. a) mostrar‑se agressivo e violento, pondo em risco a
própria vida e a de terceiros; ou
• À praça quando: b) encontrar‑se embriagado ou sob ação de subs‑
– for condenada na Justiça Comum ou Militar à pena tância entorpecente.
privativa de liberdade por tempo superior a 2 (dois)
anos, por sentença passada em julgado, observado o A condução do militar do Estado à autoridade com­
disposto no art. 125, § 4º da Constituição Federal e petente para determinar o recolhimento transitório so‑
art. 176, § 12, da Constituição do Estado; mente poderá ser efetuada por superior hie­rár­quico ou
por oficial com precedência funcional ou hierárquica sobre
Constituição Estadual o conduzido.
Legislação

Art. 176. [...] São autoridades competentes para determinar o re­


§  12. A praça condenada na Justiça Militar à pena colhimento transitório as mesmas competentes para aplicar
privativa de liberdade superior a dois anos, por sanção disciplinar.
sentença transitada em julgado, só perderá a As decisões de aplicação do recolhimento transitório
graduação por decisão do Tribunal de Justiça. serão sempre fundamentadas e imediatamente comunicadas

Openbook Apostilas 45
ao Juiz Auditor, Ministério Público e Controlador Geral de Estando a autoridade convencida do cometimento da
Disciplina dos Órgãos de Segurança Pública e Sistema Pe‑ transgressão, providenciará o enquadramento disciplinar,
nitenciário, no caso de suposto cometimento deste crime, mediante nota de culpa ou, se determinar outra solução,
ou apenas a este último, no caso de suposta prática de deverá fundamentá‑la por despacho nos autos.
transgressão militar. Poderá ser dispensada a manifestação preliminar do in‑
O militar do Estado sob recolhimento transitório, nos diciado quando a autoridade competente tiver elementos de
termos deste artigo, somente poderá permanecer nessa convicção suficientes para a ela­boração do termo acusatório,
situação pelo tempo necessário ao restabelecimento da devendo esta circunstância constar do respectivo termo.
normalidade da situação considerada, sendo que o prazo A solução do procedimento disciplinar é da in­teira res‑
máximo será de 5 (cinco) dias, salvo determinação em con‑
ponsabilidade da autoridade competente, que deverá aplicar
trário da autoridade judiciária competente.
san­ção ou justi­ficar o fato, de acordo com este Código.
O militar do Estado não sofrerá prejuízo funcional ou
remuneratório em razão da aplicação da medida preventiva A solução será dada no prazo de 30 (trinta) dias, contados
de recolhimento transitório. a partir do recebimento da defesa do acusado, prorrogável,
no máximo, por mais 15 (quinze) dias, mediante declaração
de motivos.
Atenção: No caso de afastamento regulamentar do transgres­sor,
Ao militar preso é garantido os seguintes direitos: os  prazos supracitados serão interrompidos, reiniciada a
• justificação, por escrito, do motivo do recolhimento contagem a partir da sua reapresentação.
transitório; Em qualquer circunstância, o signatário da comu­ni­cação
• identificação do responsável pela aplicação da medida; disciplinar deverá ser notificado da respectiva solução, no
• comunicação imediata do local onde se encontra prazo máximo de 90 (noventa) dias da data da comunicação.
recolhido a pessoa por ele indicada; No caso de não cumprimento do prazo previsto acima,
• ocupação da prisão conforme o seu círculo hierárquico;
poderá o signatário da comunicação solicitar, obedecida a
• apresentação de recurso.
via hierárqui­ca, providências a respeito da solução.
O transitório recurso do recolhimento será interposto
perante o Comandante da Corporação Militar onde estiver 7.2 Representação
recolhido o militar.
Na hipótese do recolhimento transitório ser determi‑ Representação é toda comunicação que se refe­rir a ato
nado pelo Comandante da Corporação Militar para onde praticado ou aprovado por superior hierárquico ou funcional,
for recolhido o militar, o  recurso será interposto perante que se re­pute irregular, ofensivo, injusto ou ilegal.
esta autoridade, que imediatamente o encaminhará ao seu A representação será dirigida à autoridade funcio­nal
superior hierárquico, a quem incumbirá a decisão. imediatamente superior àquela contra a qual é atribuída a
A decisão do recurso será fundamentada e proferida prática do ato irregu­lar, ofensivo, injusto ou ilegal.
no prazo de 2 (dois) dias úteis. Expirado esse prazo, sem a A representação contra ato disciplinar será feita so­mente
decisão do recurso, o militar será liberado imediatamente. após solucionados os recursos disciplinares previstos neste
Código e desde que a matéria recorrida verse sobre a lega‑
7. Procedimento Disciplinar lidade do ato praticado.
A representação nos termos do parágrafo anterior será
7.1 Comunicação Disciplinar exercida no prazo estabelecido no § 3º do art. 58.
O prazo para o encaminhamento de representação será
A comunicação disciplinar dirigida à autori­dade com‑ de 5 (cinco) dias úteis, contados da data do conhecimento
petente destina‑se a relatar uma transgressão disciplinar do ato ou fato que a motivar.
cometida por subordinado hierárquico, quando houver
indícios ou provas de autoria. 8. Competência para aplicação das sanções
A comunicação disciplinar será formal, tanto quanto
possível, deve ser clara, con­cisa e precisa, contendo os da‑ disciplinares
dos capazes de identificar as pessoas ou coisas en­vol­vidas,
o  local, a  data e a hora do fato, além de caracterizar as A competência disciplinar é inerente ao cargo, função ou
circunstâncias que o envolveram, bem como as alegações posto, sendo autoridades competentes para aplicar sanção
do faltoso, quando presente e ao ser interpelado pelo sig‑ discipli­nar:
natário das razões da transgressão, sem tecer comentários
ou opiniões pessoais. o Governador do Estado a todos os militares do Estado
A comunicação disciplinar deverá ser apresentada no sujeitos a este Código.
prazo de 5 (cinco) dias, contados da constatação ou conhe‑ o Secretário de Segurança a todos os militares do Estado
cimento do fato, res­salva­das as disposições relativas ao re‑ Pública e Defesa Social; sujeitos a este Código.
colhimento transitório, que deverá ser feita imedia­tamente. o respectivo Comandante
A comunicação disciplinar deve ser a expressão da Geral;
verdade, cabendo à autoridade competente encaminhá‑la o Controlador Geral de
ao indiciado para que, por escrito, manifeste‑se preliminar‑ Disciplina dos Órgãos de
mente sobre os fatos, no prazo de 3 (três) dias. Segurança Pública e Siste‑
Conhecendo a manifestação preliminar e conside­rando
Legislação

ma Penitenciário.
praticada a transgressão, a autoridade competente elabo‑
rará termo acusatório motivado, com as razões de fato e os oficiais da ativa aos militares do Estado que
de direito, para que o militar do Estado possa exercitar, por estiverem sob seu comando
escrito, o seu direito a ampla defesa e ao contraditório, no ou integrantes das OPM ou
prazo de 5 (cinco) dias. OBM subordinadas.

46 Openbook Apostilas
os Subcomandantes da a todos sob seu comando e • legítima defesa própria ou de outrem;
Polícia Militar das unidades subordinadas e • obediência a ordem superior, desde que a ordem rece­
às praças inativas da reserva bida não seja manifestamente ilegal;
remunerada. • uso de força para compelir o subordinado a cumprir
ri­gorosa­mente o seu dever, no caso de perigo, neces‑
os oficiais da ativa
sidade urgente, calamidade pú­blica ou manutenção
da ordem e da disciplina.
Ao Controlador Geral de Disciplina e aos Comandantes
Gerais da Polícia Militar compete conhecer das sanções 9.2 Atenuantes
disciplinares aplicadas aos inativos da reserva remunerada,
em grau de recurso, respectivamente, se oficial ou praça. São circunstâncias atenuantes:
• estar, no mínimo, no bom comportamento;
8.1 Limites de Competência das Autoridades • ter prestado serviços relevantes;
• ter admitido a transgressão de autoria ignorada ou, se
O Governador do Estado é competente para aplicar todas conhecida, imputada a outrem;
as sanções disciplinares previstas neste Código, cabendo às • ter praticado a falta para evitar mal maior;
de­mais autoridades as seguintes competências: • ter praticado a falta em defesa de seus próprios direi‑
tos ou dos de outrem;
ao Controlador Geral de todas as sanções disciplinares • ter praticado a falta por motivo de relevante valor
Disciplina exceto a demissão de oficiais. so­cial;
ao respectivo Subcoman‑ as sanções disci­plinares de • não possuir prática no serviço;
dante da Corporação Mili‑ advertência, repreensão, per‑ • colaborar na apuração da transgressão disciplinar.
tar e ao Subchefe da Casa manência disciplinar, custódia
Militar disciplinar e proibição do uso 9.3 Agravantes
de uniformes, até os limites
má­ximos previstos. São circunstâncias agravantes:
aos oficiais do posto de as sanções disciplina­res de • estar em mau comportamento;
coronel advertência, repreensão, per‑ • prática simultânea ou conexão de duas ou mais trans­
manência disciplinar de até 20 gressões;
(vinte) dias e custódia discipli‑ • reincidência;
nar de até 15 (quinze) dias. • conluio de duas ou mais pessoas;
• ter sido a falta praticada durante a execução do ser­
aos oficiais do posto de as sanções disciplina­res de viço;
tenente‑coronel advertência, repreensão e
permanência disciplinar de
até 20 (vinte) dias. Atenção:
aos oficiais do posto as sanções disciplina­res de Não se aplica a circunstância agravante quando, pela sua
de major advertência, repreensão e natureza, a transgressão seja inerente à execução do ser­
permanência disciplinar de viço.
até 15 (quinze) dias.
aos oficiais do posto de as sanções discipli­na­res de • ter sido a falta praticada em presença de subordi­nado,
capitão advertência, repreensão e de tropa ou de civil;
permanência disciplinar de • ter sido a falta praticada com abuso de autoridade
até 10 (dez) dias. hie­rár­quica ou funcional ou com emprego imoderado
de violência manifestamente desnecessária.
aos oficiais do posto de as sanções discipli­na­res de
tenente advertência, repreensão e
Considera‑se reincidência o enquadra­mento da falta
permanência disciplinar de
praticada numa das transgressões leves, médias ou graves,
até 5 (cinco) dias.
ou ainda todas as ações ou omissões contrárias à disciplina
militar, inclusive os crimes previstos nos Códigos Penal ou
9. Considerações acerca do Julgamento das Penal Militar, bem como todas as ações ou omissões que
sanções disciplinares também violem os valores e deveres mili­tares.
Na aplicação das sanções disciplinares serão sempre 10. Aplicação das Sanções Disciplinares
considerados a natureza, a gravidade e os motivos deter‑
minantes do fato, os danos causados, a personalidade e os A aplicação da sanção disciplinar abrange a análise
antecedentes do agente, a intensidade do dolo ou o grau do fato, a análise das circuns­tâncias que determinaram a
da culpa. transgressão, o enquadramento e a decorrente publica­ção.
O enquadramento disciplinar é a descrição da trans‑
9.1 Causas justificadoras de Isenção de sanção gressão cometida, dele devendo constar, resumidamente,
o seguinte:
Não haverá aplicação de sanção disciplinar quando for • indicação da ação ou omissão que originou a trans‑
Legislação

reconhecida qualquer das seguintes causas de justificação: gressão;


• motivo de força maior ou caso fortuito, plenamente • tipificação da transgressão disciplinar;
comprovados; • alegações de defesa do transgressor;
• em preservação da ordem pública ou do interesse • classificação do comportamento policial‑militar em
coletivo; que o pu­nido permaneça ou ingresse;

Openbook Apostilas 47
• discriminação, em incisos e artigos, das causas de ressalvados os casos de necessidade da medida preventiva
jus­tificação ou das circunstâncias atenuantes e ou de recolhimento transitório, prevista neste Código.
agravantes; A sanção disciplinar não exime o militar estadual punido
• decisão da autoridade impondo, ou não, a sanção; da responsabilidade civil e criminal emanadas do mesmo
• observações, tais como: fato. A instauração de inquérito ou ação cri­minal não impede
– data do início do cumprimento da sanção discipli‑ a imposição, na esfera administrativa, de sanção pela prática
nar; de transgressão disciplinar sobre o mesmo fato.
– local do cumprimento da sanção, se for o caso; Na ocorrência de mais de uma transgressão, sem cone‑
– determinação para posterior cumprimento, se o xão entre elas, serão impostas as sanções correspondentes
trans­gressor estiver baixado, afastado do serviço isoladamente; em caso contrário, quando forem praticadas
ou à disposição de outra autoridade; de forma conexa, as de menor gravidade serão consideradas
– outros dados que a autoridade competente julgar como circunstâncias agravantes da transgressão principal.
ne­ces­sários. Na ocorrência de transgressão disciplinar en­volvendo
• assinatura da autoridade. militares do Estado de mais de uma Unidade, caberá ao
comandante da área territorial onde ocorreu o fato apurar
A publicação é a divulgação oficial do ato ad­ministrativo ou determinar a apuração e, ao final, se necessário, reme‑
referente à aplicação da sanção disciplinar ou à sua justifi‑ ter os autos à autoridade funcional superior comum aos
cação, e dá início a seus efeitos. envolvidos.
A advertência não deverá constar de pu­blicação em bo‑ Quando duas autoridades de níveis hierárqui­cos dife‑
letim, figurando, entretanto, no registro de informações de rentes, ambas com ação disciplinar sobre o transgressor,
punições para os oficiais, ou na nota de corretivo das praças. conhecerem da transgressão disciplinar, competirá à de
As sanções aplicadas a oficiais, alunos‑oficiais, subtenen­ maior hierarquia apurá‑la ou determinar que a menos gra‑
tes e sargentos serão publicadas somente para conheci­ duada o faça. Quando a apuração ficar sob a incum­bência
mento dos integrantes dos seus respectivos círculos e su‑ da autoridade menos graduada, a punição resultante será
periores hierárquicos, po­dendo ser dadas ao conhe­cimento aplicada após a aprovação da autoridade superior, se esta
geral se as circunstâncias ou a natureza da trans­gressão e o assim determinar.
bem da disciplina assim o recomenda­rem. A expulsão será aplicada, em regra, quando a praça mili‑
tar, independentemente da graduação ou função que ocupe,
10.1 Limites na aplicação das sanções disciplinares
for condenado judi­cial­mente por crime que também cons‑
titua infração disciplinar grave e que denote inca­pacidade
Na aplicação das sanções disciplinares serão rigorosa‑
moral para a continuidade do exercício de suas funções, após
mente observados os seguintes limites:
a instauração do devido processo legal, garantindo a ampla
• quando as circunstâncias atenuantes preponderarem,
defesa e o contraditório.
a sanção não será aplicada em seu limite máximo;
• quando as circunstâncias agravantes preponderarem,
10.2 Do Cumprimento e da Contagem de Tempo
poderá ser aplicada a sanção até o seu limite máximo;
• pela mesma transgressão não será aplicada mais de
uma sanção disciplinar, sendo nulas as penas mais A autoridade que tiver de aplicar sanção a su­bordinado
brandas quando indevidamente aplicadas a fatos de que esteja a serviço ou à disposição de outra autoridade
gravidade com elas incompatível, de modo que pre‑ requisitará a apresentação do transgressor.
valeça a penalidade devida para a gravidade do fato. Quando o local determinado para o cumprimento da san‑
ção não for a respectiva OPM ou OBM, a autoridade indicará
A sanção disciplinar será proporcional à gravi­dade e o local de­signa­do para a apresentação do militar punido.
natureza da infração, observados os seguintes limites: Nenhum militar do Estado será interrogado ou ser‑lhe‑á
aplicada sanção se estiver em estado de embriaguez, ou sob
a ação de substância en­torpecente ou que determine depen‑
Tipos de Punição Se houver dência física ou psíquica, devendo, se necessário, ser, desde
falta reincidência logo, recolhido transitoriamente, por medida preventiva.
leves puníveis com adver‑ e, na reincidência, com O cumprimento da sanção disciplinar, por mi­litar do Esta‑
tência ou repreen­ permanência disciplinar do afastado do serviço, deverá ocorrer após a sua apresenta‑
são. de até 5 (cinco) dias. ção na OPM ou OBM, pronto para o serviço militar, salvo nos
médias puníveis com perma‑ e, na reincidência, com casos de interesse da preservação da ordem e da disciplina.
nência disci­plinar de permanência disciplinar A interrupção de afastamento regu­la­mentar, para cum‑
até 8(oito) dias. de até 15(quinze) dias. primento de sanção disciplinar, somente ocorrerá quando
deter­mi­nada pelo Governador do Estado ou pelo Contro‑
graves puníveis com perma‑ e, na reincidência, com lador Geral dos Órgãos de Segurança Pública e Sistema
nência disciplinar de permanência de até 20 Penitenciário.
até 10 (dez) dias ou (vinte) dias ou custódia O início do cumprimento da sanção dis­cipli­nar deverá
custódia disciplinar disciplinar de até 15 ocorrer no prazo máximo de 5 (cinco) dias após a ciência,
de até 8 (oito) dias. (quinze) dias, desde que pelo militar pu­nido, da sua publicação.
não caiba demissão ou A contagem do tempo de cumprimento da sanção co­
expulsão. meça no momento em que o militar do Estado iniciá‑lo,
Legislação

computando‑se cada dia como período de 24 (vinte e quatro)


O início do cumprimento da sanção disciplinar dependerá horas. Não será computado, como cumprimento de san­ção
de aprovação do ato pelo Comandante da Unidade ou pela disciplinar, o tempo em que o militar do Estado passar em
autoridade funcional imediatamente superior, quando a gozo de afastamentos re­gu­lamentares, interrompendo‑se
sanção for por ele aplicada, e prévia publicação em boletim, a contagem a partir do momento de seu afastamento até o

48 Openbook Apostilas
seu retorno. O afastamento do militar do Estado do local A autoridade a quem for dirigido o pedido de re­con­
de cum­primento da sanção e o seu retorno a esse local, sideração de ato deverá, saneando se possível o ato pra‑
após esse afas­tamento regularmente, deverão ser objeto ticado, dar solução ao re­curso, no prazo máximo de 10
de publicação. (dez) dias, a contar da data de recebimento do docu­mento,
dando conhecimento ao interessado, mediante despacho
10.3 Comportamento fundamentado que deverá ser publicado.
O subordinado que não tiver oficialmente conhe­ci­mento
O comportamento da praça militar de­monstra o seu da solução do pedido de reconsideração, após 30 (trinta) dias
procedimento na vida profissional e particular, sob o ponto contados da data de sua solicitação, poderá interpor recurso
hierárquico no prazo de 5 (cinco) dias.
de vista disciplinar.
O pedido de reconsideração de ato deve ser redi­gido
Para fins disciplinares e para outros efeitos, o compor‑
de forma respeitosa, precisando o objetivo e as razões que
tamento militar classifica‑se em: o fundamentam, sem co­mentários ou insinuações des‑
necessários, podendo ser acompanhado de documentos
Excelente quando, no período de 10 (dez) anos, não lhe comprobató­rios.
tenha sido aplicada qualquer sanção discipli‑
nar, mesmo por falta leve. § 6º Não será conhecido o pedido de reconsideração
Ótimo quando, no período de 5 (cinco) anos, lhe te­ in­tempestivo, procrastinador ou que não apresente
nham sido aplicadas até 2 (duas) repreensões. fatos ou argumentos novos que modifiquem a deci­
Bom quando, no período de 2 (dois) anos, lhe te­ são anteriormente tomada, devendo este ato ser
nham sido aplicadas até 2 (duas) permanências publicado, no prazo de 10 (dez) dias.
disciplinares.
11.2 Recurso Hierárquico
Regular quando, no período de 1 (um) ano, lhe te­nham
sido aplicadas até 2 (duas) permanências O recurso hierárquico, interposto por uma única vez,
disciplinares ou 1 (uma) custódia disciplinar. terá efeito suspensivo e será redigido sob a forma de parte
Mau quando, no período de 1 (um) ano, lhe tenham ou ofício e en­dereçado diretamente à autoridade imediata‑
sido aplicadas mais de 2 (duas) permanências mente superior àquela que não reconsi­derou o ato tido por
disciplinares ou mais de 1 (uma) custódia irregular, ofensivo, injusto ou ilegal.
disciplinar. A interposição do recurso de que trata este artigo, a qual
deverá ser precedida de pedido de reconsideração do ato,
A contagem de tempo para melhora do comporta­mento somente poderá ocor­rer depois de conhecido o resultado
se fará automaticamente, de acordo com os prazos estabe‑ deste pelo requerente, exceto na hipótese pre­vista pelo § 4º
lecidos neste artigo. Bastará uma única sanção disciplinar do artigo anterior.
acima dos li­mites ora estabelecidos para alterar a categoria A autoridade que receber o recurso hierárquico de­verá
do comportamento. Para a classificação do comportamen‑ comunicar tal fato, por escrito, àquela contra a qual está
to fica estabe­le­cido que duas repreensões equivalerão a sendo interposto.
uma permanência disciplinar. Para efeito de classificação, Os prazos referentes ao recurso hierárquico são:
reclassificação ou me­lhoria do comportamento, ter‑se‑ão
como bases as datas em que as sanções foram pu­blicadas. Para interposição 5(cinco) dias, a  contar do co­nheci­
Ao ser admitida, a  praça militar será classificada no mento da solução do pedido de re‑
comportamento “bom”. consideração pelo interessado ou do
venci­mento do prazo de trinta dias.
11. Recursos Disciplinares Para comunicação 3 (três) dias, a contar do pro­tocolo
da OPM ou OBM da autoridade
O militar do Estado, que considere a si próprio, a  su­ destinatária.
bordinado seu ou a serviço sob sua responsabilidade Para solução 10 (dez) dias, a  contar do recebi­
prejudicado, ofendido ou in­justiçado por ato de superior mento da interposição do recurso
hierárquico, poderá interpor recursos disciplinares. no protocolo da OPM ou OBM da
São recursos disciplinares: autoridade destinatária.
• pedido de reconsideração de ato;
• recurso hierárquico. O recurso hierárquico, em termos respeitosos, pre­ci­
sará o objeto que o fundamenta de modo a esclarecer o
11.1 Pedido de Reconsideração de Ato ato ou fato, podendo ser acompanhado de documentos
comprobatórios.
O recurso hierárquico não poderá tratar de assunto
O pedido de reconsideração de ato é recurso interposto,
estranho ao ato ou fato que o tenha motivado, nem versar
mediante parte ou ofício, à  autoridade que praticou, ou sobre matéria impertinente ou fútil.
aprovou, o ato disciplinar que se reputa irregular, ofensivo, Não será conhecido o recurso hierárquico intem­pes­tivo,
injusto ou ilegal, para que o reexamine. procrastinador ou que não apresente fatos ou argumentos
O pedido de reconsideração de ato deve ser enca­mi­ novos que modifiquem a decisão anteriormente tomada,
nhado, diretamente, à  autoridade recorrida e por uma devendo ser cientificado o interessado, e publicado o ato
Legislação

única vez. em boletim, no prazo de 10 (dez) dias.


O pedido de reconsideração de ato, que tem efeito Solucionado o recurso hierárquico, encerra‑se para o
suspensivo, deve ser apresentado no prazo máximo de 5 recorrente a possibilidade administrativa de revisão do
(cinco) dias, a contar da data em que o militar do Estado ato disciplinar sofrido, exceto nos casos de representação
tomar ciência do ato que o motivou. previstos nos §§ 3º e 4º do art. 30.

Openbook Apostilas 49
Solucionados os recursos disciplinares e ha­vendo sanção São recompensas Particularidades
disciplinar a ser cumprida, o militar do Estado iniciará o seu militares
cumpri­mento dentro do prazo de 3 (três) dias:
O elogio O elogio individual, ato administra­
• desde que não interposto recurso hierárquico, no caso
tivo que coloca em relevo as qualida‑
de solução do pedido de reconsideração;
des morais e profissionais do militar,
• após solucionado o recurso hierárquico.
poderá ser formulado independen‑
Os prazos para a interposição do pedido de reconsidera‑
temente da classificação de seu
ção de ato e recurso hierárquico são decadenciais.
comportamento e será regis­trado
nos assentamentos.
11.3 Revisão dos Atos Disciplinares
A dispensa de ser‑ A dispensa do serviço é uma recom‑
As autoridades competentes para apli­car sanção discipli‑ viço pensa militar e somente poderá ser
nar, exceto as ocupantes dos postos de 1º tenente a major, concedida por oficiais dos postos
quando tive­rem conhe­cimento, por via recursal ou de ofício, de tenente‑coronel e coronel a seus
da possível existência de irregulari­dade ou ilegalidade na subordinados funcionais.
aplicação da sanção imposta por elas ou pelas autoridades A concessão de dispensas do
subordina­das, podem, de forma motivada e com publicação, serviço,fica limitada ao máximo de
praticar um dos seguintes atos: 6(seis) dias por ano, sendo sempre
publicada em boletim.
O cancelamento de O cancelamento de sanções discipli‑
Retificação A retificação consiste na correção de sanções, passíveis nares consiste na retirada dos regis‑
irregu­la­ridade formal sanável, contida na dessa medida tros realizados nos assentamentos
sanção disciplinar aplicada pela própria individuais do militar da ativa, rela‑
autori­dade ou por autoridade subordi‑ tivos às penas disciplinares que lhe
nada.
foram aplicadas, sendo inaplicável
A atenuação é a redução da sanção
às sanções de reforma administra‑
proposta ou aplicada, para outra menos
tiva disciplinar, de demissão e de
rigorosa ou, ainda, a redução do número
expulsão.
de dias da san­ção, até o limite de 5 (cinco)
dias, se assim o exigir o interesse da dis‑ O cancelamento de sanções é ato
ciplina e a ação educativa sobre o militar do Controlador Ge­ral de Disciplina,
do Estado. praticado a pedido do interessado,
e o seu deferimento dependerá do
Agravação A agravação é a ampliação do número dos reconhecimento de que o interessa‑
dias propostos para uma sanção discipli‑ do vem prestando bons serviços à
nar ou a aplicação de sanção mais rigoro‑ Corporação, comprovados em seus
sa, até o limite de 5 (cinco) dias, se assim assentamentos, e depois de decor‑
o exigir o interesse da disciplina e a ação
ridos os lapsos temporais a seguir
edu­ca­tiva sobre o militar do Estado. Não
indicados, de efetivo serviço sem
caberá agravamento da sanção em razão
da interposição de recurso disciplinar pelo qualquer outra sanção, a contar da
militar acusado. data da última pena imposta:
• para o cancelamento de adver‑
Anulação Anulação é a declaração de invalidade da tência: 2 anos;
san­ção disciplinar aplicada pela própria • para o cancelamento de repreen‑
autoridade ou por autoridade subordi‑ são: 3 anos;
nada, quando, na apreciação do recurso, • para o cancelamento de perma‑
verificar a ocorrência de ilegalidade,
nência disciplinar ou, anteriormen‑
devendo re­troagir à data do ato. A anula‑
te a esta Lei, de detenção: 7 anos;
ção de sanção administrativo‑disciplinar
so­mente poderá ser feita no prazo de 5 • para o cancelamento de custódia
(cinco) anos, a  contar da data da publi‑ disciplinar ou, anteriormente a
cação do ato que se pretende invalidar, esta Lei, de prisão administrativa:
ressalvado o disposto no inciso III do 10 anos.
art. 41 deste Código.
Art. 41. Independentemente dessas condições, o  Controlador
[...] Geral de Disciplina poderá cancelar uma ou mais punições
III – pela mesma transgressão não será do militar que tenha praticado qualquer ação militar consi‑
aplicada mais de uma sanção discipli‑ derada especialmente meritória, que não chegue a constituir
nar, sendo nulas as penas mais brandas ato de bravura.
quando indevidamente aplicadas a fatos Configurado ato de bravura, assim reconhecido,
de gravidade com elas incompatível, de o Comandante‑Geral poderá cancelar todas as punições do
modo que prevaleça a penalidade devida militar, independentemente de qualquer condição.
para a gravidade do fato. O cancelamento de sanções não terá efeito retroa­tivo
e não motivará o direito de revisão de outros atos adminis‑
12. Recompensas Militares trativos decorrentes das sanções canceladas.
Legislação

As recompensas militares constituem re­conhe­cimento 13. Processo Regular


dos bons serviços prestados pelo militar do Estado e
consubstan­ciam‑se em prêmios concedidos por atos meri‑ O processo regular de que trata este Código, para os
tórios e serviços relevantes. militares do Estado, será:

50 Openbook Apostilas
O Conselho de Justi‑ para oficiais. Fique de olho:
ficação Não podem fazer parte do Conselho de Justificação:
O Conselho de Dis‑ para praças com 10 (dez) ou mais • o Oficial que formulou a acusação;
ciplina anos de serviço militar no Estado. • os Oficiais que tenham entre si, com o acusador ou com
o acusado, parentesco consanguíneo ou afim, na linha
O processo adminis‑ para praças com menos de 10 (dez) reta ou até o quarto grau de consanguinidade colateral
trativo‑disciplinar anos de serviço militar no Estado. ou de natureza civil;
O procedimento • os Oficiais que tenham particular interesse na decisão
disciplinar do Conselho de Justificação; e
• os Oficiais subalternos.
O processo regular poderá ter por base investigação
preliminar, inquérito policial‑militar ou sindicância instau‑ O Conselho de Justificação funciona sempre com a
rada, realizada ou acompanhada pela Controladoria Geral totalidade de seus membros, em local que a autoridade
dos Órgãos de Segurança Pública e Sistema Penitenciário. nomeante, ou seu presidente, julgue melhor indicado para
A inobservância dos prazos previstos para o processo a apuração dos fatos.
regular não acarreta a nulidade do processo, porém os
O Conselho de Justificação dispõe de um prazo de 60
membros do Conselho ou da comissão poderão responder
(sessenta) dias, a contar da data de sua nomeação, para a
pelo retardamento injustificado do processo.
O militar do Estado submetido a processo re­gular deverá, conclusão de seus trabalhos relativos ao processo, e de mais
quando houver possibilidade de prejuízo para a hierar­quia, 15 (quinze) dias para deliberação, confecção e remessa do
disciplina ou para a apuração do fato, ser designado para o relatório conclusivo.
exercício de outras funções, en­quanto perdurar o processo, Reunido o Conselho de Justificação, convocado previa‑
podendo ainda a autoridade instauradora proibir‑lhe o uso mente por seu Presidente, em local, dia e hora designados
do uniforme e o porte de arma, como medida cautelar. com antecedência, presentes o acusado e seu defensor,
Não impede a instauração de novo processo regular, caso o  Presidente manda proceder à leitura e à autuação dos
surjam novos fatos ou evidências posteriormente à conclu‑ documentos que instruíram e os que constituíram o ato de
são dos trabalhos na instância administrativa, a absolvição, nomeação do Conselho; em seguida, ordena a qualificação e
administrativa ou judicial, do militar do Estado em razão de: o interrogatório do justificante, previamente cientificado da
• não haver prova da existência do fato; acusação, sendo o ato reduzido a termo, assinado por todos
• falta de prova de ter o acusado concorrido para a os membros do Conselho, pelo acusado e pelo defensor,
transgressão; ou, fazendo‑se a juntada de todos os documentos por este acaso
• não existir prova suficiente para a condenação. oferecidos em defesa.
Sempre que o acusado não for localizado ou deixar
Aplicam‑se a esta lei, subsidiariamente, pela ordem, de atender à intimação formal para comparecer perante
as normas do Código do Processo Penal Militar, do Código o Conselho de Justificação serão adotadas as seguintes
de Processo Penal e do Código de Processo Civil. providências:
• a intimação é publicada em órgão de divulgação com
13.1 Conselho de Justificação
circulação na respectiva OPM ou OBM;
O Conselho de Justificação destina‑se a apurar as trans‑ • o processo corre à revelia do acusado, se não atender
gressões disciplinares cometidas por oficial e a incapacidade à publicação, sendo desnecessária sua intimação para
deste para permanecer no ser­viço ativo militar. os demais atos processuais.
O Conselho de Justificação aplica‑se também ao oficial
inativo presumivelmente incapaz de permanecer na situação Ao acusado revel será nomeado defensor dativo, por so‑
de inatividade. licitação do Controlador Geral de Disciplina, para promover
O oficial submetido a Conselho de Justificação e consi‑ a defesa do oficial justificante, sendo o defensor intimado
derado culpado, por decisão unânime, deverá ser agregado para acompanhar os atos processuais.
disciplinarmente mediante ato do Comandante Geral, até Reaparecendo, o revel poderá acompanhar o processo
decisão final do Tribunal competente, fi­cando: no estágio em que se encontrar, podendo nomear advogado
• afastado das suas funções e adido à Unidade que lhe de sua escolha, em substituição ao defensor público.
for designada; Aos membros do Conselho de Justificação é lícito rein‑
• proibido de usar uniforme e de portar arma; quirir o acusado e as testemunhas sobre o objeto da acu‑
• mantido no respectivo Quadro, sem número, não con­ sação e propor diligências para o esclarecimento dos fatos.
correndo à promoção. O reconhecimento de firma somente será exigido quando
houver dúvida de autenticidade.
A constituição do Conselho de Justificação dar‑se‑á por Em sua defesa, pode o acusado requerer a produção,
ato do Governador do Estado, ou do Controlador Geral de perante o Conselho de Justificação, de todas as provas per‑
Disciplina, composto por no mínimo 3 (três) oficiais, sejam
mitidas no Código de Processo Penal Militar. A autenticação
Militares ou Bombeiros Militares Estaduais, ou das Forças
Armadas, tendo no mínimo 1 (um) Oficial intermediário, de documentos exigidos em cópias poderá ser feita pelo
recaindo sobre o mais antigo a presidência, e um assistente, órgão administrativo.
que servirá como secretário. As provas a serem colhidas mediante carta precatória
Quando o justificante for oficial superior do último posto, serão efetuadas por intermédio da autoridade Policial‑Militar
Legislação

o Conselho será formado por oficiais daquele posto, da ativa ou, na falta desta, da Policia Judiciária local.
ou na inatividade, mais antigos que o justificante, salvo na O acusado poderá, após o interrogatório, no prazo de
impossibilidade. Quando o justificante for oficial da reserva três dias, oferecer defesa prévia, arrolando até três teste‑
remunerada, um dos membros do Conselho poderá ser da munhas e requerer a juntada de documentos que entender
reserva remunerada. convenientes à sua defesa.

Openbook Apostilas 51
Apresentada ou não a defesa, proceder‑se‑á à inquirição No Tribunal de Justiça, distribuído o processo, o relator
das testemunhas, devendo as de acusação, em número de mandará citar o oficial acusado para, querendo, oferecer
até três, serem ouvidas em primeiro lugar. As testemunhas defesa, no prazo de 10 (dez) dias, sobre a conclusão do
de acusação que nada disserem para o esclarecimento dos Conselho de Justificação e a decisão do Governador do
fatos, a Juízo do Conselho de Justificação, não serão compu‑ Estado, em seguida, mandará abrir vista para o parecer do
tadas no número previsto no caput, sendo desconsiderado Ministério Público, no prazo de 10(dez) dias, e, na sequência,
seu depoimento. efetuada a revisão, o processo deverá ser incluído em pauta
O acusado e seu advogado, querendo, poderão compare‑ para julgamento.
cer a todos os atos do processo conduzido pelo Conselho de O Tribunal de Justiça, caso julgue procedente a acusação,
Justificação, sendo para tanto intimados, ressalvado o caso confirmando a decisão oriunda do Executivo, declarará o
de revelia. Esse dispositivo não se aplica à sessão secreta de oficial indigno do oficialato ou com ele incompatível, de‑
deliberação do Conselho de Justificação. cretando:
Encerrada a fase de instrução, o  oficial acusado será • a perda do posto e da patente; ou
intimado para apresentar, por seu advogado ou defensor • a reforma administrativa disciplinar, no posto que o
público, no prazo de 15 (quinze) dias, suas razões finais de oficial possui na ativa, com proventos proporcionais
defesa. ao tempo de serviço militar.
Apresentadas as razões finais de defesa, o Conselho de
Justificação passa a deliberar sobre o julgamento do caso, Publicado o acórdão do Tribunal, o Governador do Estado
em sessão, facultada a presença do advogado do militar
decretará a demissão ex officio ou a reforma administrativa
processado, elaborando, ao final, relatório conclusivo.
disciplinar do oficial transgressor.

Atenção: 13.2 Conselho de Disciplina


O relatório conclusivo, assinado por todos os membros
do Conselho de Justificação, deve decidir se o oficial O Conselho de Disciplina destina‑se a apurar as transgres‑
justificante: sões disciplinares cometidas pela praça da ativa ou da reserva
• é ou não culpado das acusações; remunerada e a incapacidade moral desta para permanecer
• está ou não definitivamente inabilitado para o acesso, no serviço ativo militar ou na situação de inatividade em
o oficial considerado provisoriamente não habilitado no que se encontra.
momento da apreciação de seu nome para ingresso em O Conselho de Disciplina será composto por no mínimo 3
Quadro de Acesso; (três) oficiais, sejam Militares ou Bombeiros Militares Estadu‑
• está ou não incapaz de permanecer na ativa ou na ais, ou das Forças Armadas, tendo no mínimo 1 (um) Oficial
situação em que se encontra na inatividade. intermediário, recaindo sobre o mais antigo a presidência,
e um assistente, que servirá como secretário.
A decisão do Conselho de Justificação será tomada por O mais antigo do Conselho, no mínimo um capi­tão,
maioria de votos de seus membros, facultada a justificação, será o presidente e o que se lhe seguir em antiguidade ou
por escrito, do voto vencido. precedência funcional será o in­ter­rogante, sendo o relator
Elaborado o relatório conclusivo, será lavrado termo de e escrivão o mais moderno.
encerramento, com a remessa do processo, pelo presiden‑ Entendendo necessário, o  presidente poderá no­mear
te do Conselho de Justificação, ao Governador do Estado, um subtenente ou sargento para funcionar como escrivão
por intermédio do Comandante Geral da Corporação e do no processo, o qual não integrará o Conselho.
Secretário da Segurança Pública e Defesa Social. Não podem fazer parte do Conselho de Disciplina:
Elaborado o relatório conclusivo, será lavrado termo
de encerramento, com a remessa do processo, pelo Pre‑ Fique de olho:
sidente do Conselho de Justificação, ao Controlador Geral
de Disciplina. Não podem fazer parte do Conselho de disciplina:
Recebidos os autos do processo regular do Conselho • o Oficial que formulou a acusação;
de Justificação, o Governador do Estado decidirá se aceita • os Oficiais que tenham entre si, com o acusador ou com
ou não o julgamento constante do relatório conclusivo, o acusado, parentesco consanguíneo ou afim, na linha
determinando: reta ou até o quarto grau de consanguinidade colateral
ou de natureza civil; e
• os Oficiais que tenham particular interesse na decisão
• o arquivamento do processo, caso procedente a justi‑ do Conselho de Disciplina.
ficação;
• a aplicação da pena disciplinar cabível, adotando as O Conselho de Disciplina funciona sempre com a totalida‑
razões constantes do relatório conclusivo do Conselho de de seus membros, em local que a autoridade nomeante,
de Justificação ou concebendo outros fundamentos; ou seu presidente, julgue melhor indicado para a apuração
• a adoção das providências necessárias à transferência dos fatos.
para a reserva remunerada, caso considerado o oficial A instauração de Conselho de Disciplina importa no afas‑
definitivamente não habilitado para o acesso; tamento da praça do exercício de qualquer função policial,
• a remessa do processo ao Auditor da Justiça Militar do para que permaneça à disposição do Conselho.
Estado, caso a acusação julgada administrativamente As autoridades outrora citadas poderão, com base na
procedente seja também, em tese, crime; natureza da falta ou na inconsistência dos fatos apontados,
Legislação

• a remessa do processo ao Tribunal de Justiça do Estado, consi­derar, desde logo, insuficiente a acusação e, em con‑
quando a pena a ser aplicada for a de reforma admi‑ sequência, deixar de instaurar o Conselho de Disciplina, sem
nistrativa disciplinar ou de demissão, em conformidade prejuízo de novas diligências.
com o disposto no art. 176, § 8º, da Constituição Esta‑ O Conselho de Disciplina poderá ser instaurado, indepen­
dual. dentemente da existência ou da instauração de inquérito po‑

52 Openbook Apostilas
licial comum ou militar, de processo criminal ou de sentença O acusado poderá, após o interrogatório, no prazo de
criminal transitada em julgado. Se no curso dos trabalhos três dias, oferecer defesa prévia, arrolando até três teste‑
do Conse­lho surgirem indícios de crime comum ou militar, munhas e requerer a juntada de documentos que entender
o presidente deverá extrair cópia dos autos, remetendo‑os, convenientes à sua defesa.
por ofício, à autoridade competente para início do respectivo Apresentada ou não a defesa, proceder‑se‑á à inquirição
inquérito policial ou da ação penal cabível. das testemunhas, devendo as de acusação, em número de
Será instaurado apenas um processo quando o ato ou até três, serem ouvidas em primeiro lugar. As testemunhas
atos motivadores tenham sido praticados em concurso de de acusação que nada disserem para o esclarecimento dos
agentes. Havendo 2 (dois) ou mais acusados pertencentes a fatos, a Juízo do Conselho de Disciplina, não serão compu‑
Corporações Militares diversas, o processo será instaurado tadas no número previsto no caput, sendo desconsiderado
pelo Secretário de Segurança Pública e Defesa Social, ou seu depoimento.
pelo Controlador Geral de Disciplina dos Órgãos de Segu‑ O acusado e seu advogado, querendo, poderão compa‑
rança Pública e Sistema Penitenciário. Existindo concurso ou recer a todos os atos do processo conduzido pelo Conselho
continuidade infracional, de­verão todos os atos censuráveis de Disciplina, sendo para tanto intimados, ressalvado o caso
constituir o libelo acusatório da portaria. Surgindo, após a de revelia. Esse dispositivo não se aplica à sessão secreta de
elaboração da portaria, elementos de autoria e materialida‑ deliberação do Conselho de Disciplina.
de de infração disciplinar conexa, em continuidade ou em Encerrada a fase de instrução, a  praça acusada será
con­curso, esta poderá ser aditada, abrindo‑se novos prazos intimada para apresentar, por seu advogado ou defensor
para a defesa. público, no prazo de 8 (oito) dias, suas razões finais de defesa.
O Conselho de Disciplina dispõe de um prazo de 45 Apresentadas as razões finais de defesa, o Conselho de
(quarenta e cinco) dias, a contar da data de sua nomeação, Disciplina passa a deliberar sobre o julgamento do caso, em
para a conclusão de seus trabalhos relativos ao processo, sessão, facultada a presença do advogado do militar proces‑
e  de mais 15 (quinze) dias para deliberação, confecção e sado, elaborando, ao final, o relatório conclusivo.
remessa do relatório conclusivo. O relatório conclusivo, assinado por todos os membros
Reunido o Conselho de Disciplina, convocado previa‑ do Conselho de Disciplina, deve decidir se a praça acusada:
mente por seu Presidente, em local, dia e hora designados • é ou não culpada das acusações;
com antecedência, presentes o acusado e seu defensor, • está ou não incapacitada de permanecer na ativa ou
o  Presidente manda proceder à leitura e à autuação dos na situação em que se encontra na inatividade.
documentos que instruíram e os que constituíram o ato de
nomeação do Conselho; em seguida, ordena a qualificação A decisão do Conselho de Disciplina será tomada por
e o interrogatório da praça, previamente cientificada da maioria de votos de seus membros, facultada a justificação,
por escrito, do voto vencido.
acusação, sendo o ato reduzido a termo, assinado por todos
Elaborado o relatório conclusivo, será lavrado termo de
os membros do Conselho, pelo acusado e pelo defensor,
encerramento, com a remessa do processo, pelo presidente
fazendo‑se a juntada de todos os documentos por este acaso
do Conselho de Disciplina, à autoridade competente para
oferecidos em defesa.
proferir a decisão, a qual, dentro do prazo de 20 dias, deci‑
Sempre que a praça acusada não for localizada ou deixar
dirá se aceita ou não o julgamento constante do relatório
de atender à intimação formal para comparecer perante o
conclusivo, determinando:
Conselho de Disciplina serão adotadas as seguintes provi‑ • o arquivamento do processo, caso improcedente a
dências: acusação, adotando as razões constantes do relatório
• a intimação é publicada em órgão de divulgação com conclusivo do Conselho de Disciplina ou concebendo
circulação na respectiva OPM ou OBM; outros fundamentos;
• o processo corre à revelia do acusado, se não atender • a aplicação da pena disciplinar cabível, adotando as
à publicação, sendo desnecessária sua intimação para razões constantes do relatório conclusivo do Conselho
os demais atos processuais. de Disciplina ou concebendo outros fundamentos;
• a adoção das providências necessárias à efetivação da
Ao acusado revel será nomeado defensor público, indi‑ reforma administrativa disciplinar ou da demissão ou
cado pela Defensoria Pública do Estado, por solicitação do da expulsão;
Comandante Geral da Corporação, para promover a defesa • a remessa do processo ao Auditor da Justiça Militar do
da praça, sendo o defensor intimado para acompanhar os Estado, caso a acusação julgada administrativamente
atos processuais. procedente seja também, em tese, crime.
Reaparecendo, o revel poderá acompanhar o processo
no estágio em que se encontrar, podendo nomear advogado A decisão proferida no processo deve ser publicado
de sua escolha, em substituição ao defensor público. oficialmente no Boletim da Corporação e transcrita nos
Aos membros do Conselho de Disciplina é lícito reinquirir assentamentos da Praça.
o acusado e as testemunhas sobre o objeto da acusação e A reforma administrativa disciplinar da Praça é efetivada
propor diligências para o esclarecimento dos fatos. O reco‑ no grau hierárquico que possui na ativa, com proventos
nhecimento de firma somente será exigido quando houver proporcionais ao tempo de serviço.
dúvida de autenticidade. O acusado ou, no caso de revelia, o seu Defensor que
Em sua defesa, pode o acusado requerer a produção, acompanhou o processo pode interpor recurso contra a
perante o Conselho de Disciplina, de todas as provas permi‑ decisão final proferida no Conselho de Disciplina, no prazo
tidas no Código de Processo Penal Militar. A autenticação de de 5 (cinco) dias, para a autoridade que instaurou o processo
documentos exigidos em cópias poderá ser feita pelo órgão regular. O prazo para a interposição do recurso é contado da
Legislação

administrativo. data da intimação pessoal do acusado ou de seu advogado


As provas a serem colhidas mediante carta precatória ou defensor, ou, havendo qualquer dificuldade para estas se
serão efetuadas por intermédio da autoridade policial‑militar efetivarem, da data da publicação no Boletim da Corporação.
ou bombeiro‑militar, na falta destas, da Polícia Judiciária Cabe à autoridade que instaurou o processo regular, em
local. última instância, julgar o recurso interposto contra a decisão

Openbook Apostilas 53
proferida no processo do Conselho de Disciplina, no prazo O GOVERNADOR DO ESTADO DO  CEARÁ: Faço saber
de 30 (trinta) dias, contados da data do recebimento do que a Assembleia Legislativa decretou e eu sanciono a
processo com o recurso. seguinte Lei:
A decisão do Secretário de Segurança Pública e Defesa
Social e do Controlador Geral de Disciplina, proferida em CAPÍTULO I
única instância, caberá revisão processual ao Governador Das Disposições Gerais
do Estado, e  nos demais casos ao Controlador Geral de
Disciplina, desde que contenha fatos novos, será publicada Art. 1º Esta Lei institui o Código Disciplinar da Polícia
em boletim, e o não atendimento desta descrição ensejará Militar do Ceará e do Corpo de Bombeiros Militar do Esta‑
o indeferimento liminar. do do Ceará, Corporações Militares Estaduais organizadas
com base na hierarquia e na disciplina, dispõe sobre o
13.3 Processo Administrativo‑Disciplinar comportamento ético dos militares estaduais e estabele‑
ce os procedimentos para apuração da responsabilidade
O processo administrativo‑disciplinar é o processo re‑ administrativo‑disciplinar dos militares estaduais.
gular, realizado por comissão processante, composta por 3 Art. 2º Estão sujeitos a esta Lei os militares do Estado
(três) membros que serão indicados por ato do Controlador do serviço ativo, os da reserva remunerada, nos termos da
Geral de Disciplina, ou a quem por delegação couber, dentre legislação vigente.
Delegados de Polícia ou Servidores Públicos Estáveis, sendo Parágrafo único. O disposto neste artigo não se aplica:
1 (um) presidente, 1 (um) secretário e 1 (um) membro. I – aos militares do Estado, ocupantes de cargos públicos
A comissão processante dispõe de um prazo de 30 (trinta) não militares ou eletivos;
dias, a contar da data de sua nomeação, para a conclusão de II – aos Magistrados da Justiça Militar;
seus trabalhos relativos ao processo, e de mais 15 (quinze) III – aos militares reformados do Estado.
dias para deliberação, confecção e remessa do relatório Art. 3º Hierarquia militar estadual é a ordenação progres‑
conclusivo. siva da autoridade, em graus diferentes, da qual decorre a
obediência, dentro da estrutura da Polícia Militar e do Corpo
14. Extinção da Punibilidade da Transgressão de Bombeiros Militar, culminando no Governador do Estado,
Disciplinar Chefe Supremo das Corporações Militares do Estado.
§  1º A ordenação da autoridade se faz por postos e
Extingue‑se a punibilidade da transgressão discipli‑ graduações, de acordo com o escalonamento hierárquico,
nar pela: a antiguidade e a precedência funcional.
• passagem do transgressor da reserva remunerada para § 2º Posto é o grau hierárquico dos oficiais, conferido
a reforma ou morte deste; por ato do Governador do Estado e confirmado em Carta
• prescrição. Patente ou Folha de Apostila.
§ 3º Graduação é o grau hierárquico das praças, conferi‑
Atenção: do pelo Comandante‑Geral da respectiva Corporação Militar.
Art. 4º. A antiguidade entre os militares do Estado, em
A prescrição se verifica: igualdade de posto ou graduação, será definida, sucessiva‑
• em 2 (dois) anos, para transgressão sujeita à advertên‑ mente, pelas seguintes condições:
cia e repreensão; I – data da última promoção;
• em 3 (três) anos, para transgressão sujeita à permanência II – prevalência sucessiva dos graus hierárquicos ante‑
disciplinar; riores;
• em 4 (quatro) anos, para transgressão sujeita à custódia III – classificação no curso de formação ou habilitação;
disciplinar; IV – data de nomeação ou admissão;
• em 5 (cinco) anos, para transgressão sujeita á reforma V – maior idade.
administrativa; disciplinar, demissão, expulsão e proibi‑ Parágrafo único. Nos casos de promoção a primeiro‑te‑
ção do uso do uniforme e do porte de arma; nente, de nomeação de oficiais, ou admissão de cadetes ou
• no mesmo prazo e condição estabelecida na legislação alunos‑soldados prevalecerá, para efeito de antiguidade,
penal, especialmente no código penal ou penal militar, a ordem de classificação obtida nos respectivos cursos ou
para transgressão compreendida também como crime. concursos.
Art. 5º A precedência funcional ocorrerá quando, em
O início da contagem do prazo de prescrição de qual‑ igualdade de posto ou graduação, o oficial ou a praça:
quer transgressão disciplinar é da data em que foi prati‑ I – ocupar cargo ou função que lhe atribua superiori­dade
cada, interrompendo‑se pela instauração de sindicância, funcional sobre os integrantes do órgão ou serviço que dirige,
de conselho de justificação ou disciplina ou de processo comanda ou chefia;
administrativo‑disciplinar ou pelo sobrestamento destes. II – estiver no serviço ativo, em relação aos inativos.
Lei nº 13.407, de 21 de Novembro de 2003 CAPÍTULO II
(DO, de 2/12/2003) Da Deontologia Policial‑Militar

Institui o Código Disciplinar da Seção I


Polícia Militar do Ceará e do Corpo Disposições Preliminares
de Bombeiros Militar do Estado do
Ceará, dispõe sobre o comporta- Art. 6º A deontologia militar estadual é constituída pelos
mento ético dos militares estadu- valores e deveres éticos, traduzidos em normas de conduta,
Legislação

ais, estabelece os procedimentos que se impõem para que o exercício da profissão do militar
para apuração da responsabilida- estadual atinja plenamente os ideais de realização do bem
de administrativo‑disciplinar dos comum, mediante:
militares estaduais e dá outras I – relativamente aos policiais militares, a preservação
providências. da ordem pública e a garantia dos poderes constituídos;

54 Openbook Apostilas
II – relativamente aos bombeiros militares, a proteção XI – exercer as funções com integridade e equilíbrio, se­
da pessoa, visando sua incolumidade em situações de risco, gundo os princípios que regem a administração pública, não
infortúnio ou de calamidade. sujeitando o cumpri­mento do dever a influências indevidas;
§ 1º Aplicada aos componentes das Corporações Milita‑ XII  – procurar manter boas relações com outras cate­
res, independentemente de posto ou graduação, a deontolo‑ gorias profissionais, conhecendo e respeitando‑lhes os
gia policial‑militar reúne princípios e valores úteis e lógicos a limites de competência, mas ele­vando o conceito e os
valores espirituais superiores, destinados a elevar a profissão padrões da própria profissão, zelando por sua competência
do militar estadual à condição de missão. e autoridade;
§ 2º O militar do Estado prestará compromisso de honra, XIII – ser fiel na vida militar, cumprindo os com­promissos
em caráter solene, afirmando a consciente aceitação dos relacionados às suas atribuições de agente público;
valores e deve­res militares e a firme disposição de bem XIV – manter ânimo forte e fé na missão militar, mesmo
cumpri‑los. diante das dificuldades, demonstrando persistência no tra‑
balho para superá‑las;
Seção II XV  – zelar pelo bom nome da Instituição Militar e de
Dos Valores Militares Estaduais seus componentes, aceitando seus valores e cumprindo seus
deveres éticos e le­gais;
Art. 7º Os valores fundamentais, determinantes da moral XVI  – manter ambiente de harmonia e camaradagem
militar estadual, são os seguintes: na vida profissional, solidarizando‑se com os colegas nas
I – o patriotismo; dificuldades, ajudando‑os no que esteja ao seu al­cance;
II – o civismo; XVII – não pleitear para si, por meio de terceiros, cargo
III – a hierarquia; ou função que esteja sendo exercido por outro militar do
IV – a disciplina; Estado;
V – o profissionalismo; XVIII  – proceder de maneira ilibada na vida pública e
VI – a lealdade; par­ticular;
VII – a constância; XIX – conduzir‑se de modo não subserviente, sem ferir
VIII – a verdade real; os princípios de hierarquia, disciplina, respeito e decoro;
IX – a honra; XX – abster‑se do uso do posto, graduação ou cargo para
X – a dignidade humana;
obter facilidades pessoais de qualquer natureza ou para
XI – a honestidade;
encaminhar ne­gócios parti­culares ou de terceiros, exercer
XII – a coragem.
sempre a função pública com honestidade, não aceitando
vantagem indevida, de qualquer espécie;
Seção III
XXI  – abster‑se, ainda que na inatividade, do uso das
Dos Deveres Militares Estaduais
de­sig­nações hierárquicas em:
Art. 8º Os deveres éticos, emanados dos valores militares a) atividade político‑partidária, salvo quando candi­dato
estaduais e que conduzem a atividade profissional sob o a cargo eletivo;
signo da retidão moral, são os seguintes: b) atividade comercial ou industrial;
I – cultuar os símbolos e as tradições da Pátria, do Estado c) pronunciamento público a respeito de assunto militar,
do Ceará e da respectiva Corporação Militar e zelar por sua salvo os de natureza técnica;
inviolabilidade; d) exercício de cargo ou função de natureza civil;
II – cumprir os deveres de cidadão; XXII – prestar assistência moral e material ao lar, condu­
III – preservar a natureza e o meio ambiente; zindo‑o como bom chefe de família;
IV – servir à comunidade, procurando, no exercício da XXIII – considerar a verdade, a legalidade e a responsabili­
su­prema missão de preservar a ordem pública e de proteger dade como fundamentos de dignidade pessoal;
a pessoa, promover, sempre, o bem estar comum, dentro da XXIV – exercer a profissão sem discriminações ou restri­
estrita observância das normas jurídicas e das disposições ções de ordem reli­giosa, política, racial ou de condição social;
deste Código; XXV  – atuar com prudência nas ocorrências militares,
V – atuar com devotamento ao interesse público, co­lo­ evi­tando exacerbá‑las;
cando‑o acima dos anseios particulares; XXVI – respeitar a integridade física, moral e psíquica da
VI – atuar de forma disciplinada e disciplinadora, com pessoa do preso ou de quem seja objeto de incriminação,
res­peito mútuo a superiores e a subordinados, e com pre‑ evitando o uso desnecessário de violência;
ocupação para com a integridade física, moral e psíquica XXVII – observar as normas de boa educação e de discri‑
de todos os militares do Estado, inclusive dos agregados, ção nas atitudes, maneiras e na linguagem escrita ou falada;
envi­dando esforços para bem encaminhar a solução dos XXVIII – não solicitar publicidade ou provocá‑lo visando
problemas surgidos; a própria promoção pessoal;
VII  – ser justo na apreciação de atos e méritos dos XXIX  – observar os direitos e garantias fundamen­tais,
subordi­nados; agindo com isenção, equidade e absoluto respeito pelo ser
VIII – cumprir e fazer cumprir, dentro de suas atribuições humano, não se prevalecendo de sua condição de autoridade
legalmente definidas, a  Constituição, as  leis e as ordens pública para a prática de arbitrariedade;
legais das autoridades com­petentes, exercendo suas ativi‑ XXX  – não usar meio ilícito na produção de traba­lho
dades com res­ponsabili­dade, incutindo este senso em seus inte­lectual ou em avaliação profissional, inclusive no âmbito
su­bordinados; do ensino;
Legislação

IX  – dedicar‑se em tempo integral ao serviço militar XXXI  – não abusar dos meios do Estado postos à sua
estadual, buscando, com todas as energias, o êxito e o apri‑ dis­posição, nem distribuí‑los a quem quer que seja, em de‑
moramento técnico‑profissio­nal e moral; trimento dos fins da adminis­tração pública, coibindo, ainda,
X – estar sempre disponível e preparado para as missões a transferência, para fins particula­res, de tecnologia própria
que de­sempe­nhe; das funções militares;

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XXXII – atuar com eficiência e probidade, zelando pela Art. 10. As ordens legais devem ser prontamente aca‑
economia e conservação dos bens públicos, cuja utilização tadas e exe­cutadas, cabendo inteira responsabilidade à
lhe for con­fiada; autoridade que as determinar.
XXXIII – proteger as pessoas, o patrimônio e o meio am­ § 1º Quando a ordem parecer obscura, o subor­dinado,
bien­te com abnegação e desprendimento pessoal; ao recebê‑la, poderá solicitar que os esclarecimentos neces‑
XXXIV  – atuar onde estiver, mesmo não estando em sários sejam oferecidos de maneira formal.
serviço, para preservar a ordem pública ou prestar socorro, § 2º Cabe ao executante que exorbitar no cumpri­mento
desde que não exista, naquele momento, força de serviço da ordem recebida à responsabilidade pelo abuso ou excesso
suficiente; que come­ter, salvo se o fato é cometido sob coação irresistí‑
XXXV – manter atualizado seu endereço residencial, em vel ou sob estreita obediência à ordem, não manifestamente
seus registros funcionais, comunicando qualquer mudança; ilegal, de superior hierárquico, quando só será punível o
XXXVI  – cumprir o expediente ou serviços ordinário e autor da coação ou da ordem.
extraordinário, para os quais, nestes últimos, esteja no‑
CAPÍTULO IV
minalmente escalado, salvo impedimento de força maior. Da Violação dos Valores, dos Deveres e da Disciplina
§ 1º Ao militar do Estado em serviço ativo é vedado exer­
cer atividade de segurança particular, comércio ou tomar Seção I
parte da administração ou gerência de sociedade empresária Disposições Preliminares
ou dela ser sócio ou participar, exceto como acio­nista, cotista
ou comanditário. Art. 11. A ofensa aos valores e aos deveres vulnera a
§ 2º Compete aos Comandantes fiscalizar os subordina‑ disciplina militar, constituindo infração administrativa, penal
dos que apresentarem sinais exteriores de riqueza, incompa‑ ou civil, iso­lada ou cumulativamente.
tíveis com a remuneração do respectivo cargo, provocando § 1º O militar do Estado é responsável pelas decisões
a instauração de procedimento criminal e/ou administrativo que tomar ou pelos atos que praticar, inclusive nas missões
necessário à comprovação da origem dos seus bens. expressamente determinadas, bem como pela não obser‑
§ 3º Aos militares do Estado da ativa são proibidas mani­ vância ou falta de exação no cumprimento de seus deve­res.
festações coletivas sobre atos de superiores, de caráter § 2º O superior hierárquico responderá solidaria­mente,
reivindicatório e de cunho político‑partidário, sujei­tando‑se na esfera administrativo‑disciplinar, incorrendo nas mesmas
as manifestações de caráter indivi­dual aos precei­tos deste sanções da transgressão praticada por seu subordinado
Código. quando:
§ 4º É assegurado ao militar do Estado inativo o di­reito I – presenciar o cometimento da transgressão dei­xando
de opinar sobre assunto político e externar pensamento e de atuar para fazê‑la cessar imediatamente;
conceito ideoló­gico, filosófico ou relativo à matéria perti‑ II – concorrer diretamente, por ação ou omissão, para o
co­metimento da transgressão, mesmo não estando presente
nente ao interesse público, devendo observar os preceitos
no local do ato.
da ética militar e preservar os valores militares em suas § 3º. A violação da disciplina militar será tão mais gra‑
manifesta­ções es­senciais. ve quanto mais elevado for o grau hierárquico de quem a
cometer.
CAPÍTULO III § 4º A disciplina e o comportamento do militar estadual
Da Disciplina Militar estão sujeitos à fiscalização, disciplina e orientação pela
Controladoria Geral de Disciplina dos Órgãos de Segurança
Art. 9º A disciplina militar é o exato cumpri­mento dos Pública e Sistema Penitenciário, na forma da lei: (Redação
deveres do militar estadual, traduzindo‑se na rigorosa dada pela Lei nº 14.933, de 8/6/2011)9
observância e acatamento inte­gral das leis, regu­lamentos, I  – instaurar e realizar sindicância por suposta trans‑
normas e ordens, por parte de todos e de cada inte­grante gressão disciplinar que ofenda a incolumidade da pessoa
da Corporação Mili­tar. e do patrimônio estranhos às estruturas das Corporações
§ 1º São manifestações essenciais da disciplina: Militares do Estado;
I  – a observância rigorosa das prescrições legais e re­ II – receber sugestões e reclamações, dando a elas o de‑
gula­mentares; vido encaminhamento, inclusive de denúncias que cheguem
II – a obediência às ordens legais dos superiores; ao seu conhecimento, desde que diversas das previstas no
III – o emprego de todas as energias em benefício do inciso I deste parágrafo, bem como acompanhar as suas
ser­viço; apurações e soluções;
IV – a correção de atitudes; III – requerer a instauração de conselho de justificação
ou disciplina ou de processo administrativo‑disciplinar, bem
V – as manifestações espontâneas de acatamento dos
como acompanhar a sua apuração ou solução;
valo­res e deveres éticos; IV – realizar, inclusive por iniciativa própria, inspeções,
VI – a colaboração espontânea na disciplina coletiva e vistorias, exames, investigações e auditorias administrativas
na efi­ciência da Instituição. nos estabelecimentos das Corporações Militares do Estado;
§  2º A disciplina e o respeito à hierarquia devem ser V – propor retificação de erros e exigir providências rela‑
mantidos, permanentemente, pelos militares do Estado, tivas a omissões e à eliminação de abuso de poder;
tanto no serviço ativo, quanto na inatividade. VI  – requerer a instauração de inquérito policial ou
§ 3º A camaradagem é indispensável à formação e ao policial militar, bem como acompanhar a sua apuração ou
convívio do militar, incumbindo aos comandantes incen‑ solução;
tivar e manter a har­monia e a solidariedade entre os seus
Legislação

comandados, promovendo estímulos de apro­ximação e 9


Apesar de a Lei não haver revogado expressamente os incisos I a VIII, enten‑
de-se que as atribuições da CGD estão dispostas na Lei Complementar nº 98,
cordialidade. de 13 de junho de 2011, publicada no DOE nº 117, de 20/6/2011. Dessarte,
§ 4º A civilidade é parte integrante da educação poli‑ os incisos do §4º se tornam letra morta, sem utilidade, até porque a própria
cial‑militar, cabendo a superiores e subordinados atitudes CGOSP foi extinta e, com ela, suas atribuições. Veja ainda que os incisos não
têm nada a ver com o artigo. A colocação dos dois pontos constantes no tér‑
de respeito e deferência mú­tuos. mino do parágrafo parece ter sido apenas um equívoco de digitação.

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VII – realizar os serviços de correição, em caráter perma‑ ou técnicos de natureza militar ou judiciária, que possam
nente ou extraordinário, nos procedimentos penais militares concorrer para o desprestígio da Corporação Militar:
realizados pelas Corporações Militares Estaduais; XI  – liberar preso ou detido ou dispensar parte de
VIII – criar grupos de trabalho ou comissões, de caráter ocorrên­cia sem competência legal para tanto (G);
transitório, para atuar em projetos e programas específicos, XII – receber vantagem de pessoa interessada no caso
contando com a participação de outros órgãos e entidades de furto, roubo, objeto achado ou qualquer outro tipo de
da Administração Pública do Estado. ocorrência ou procurá‑la para solicitar vantagem (G);
§ 5º Excepcionalmente, Portaria do Secretário da Segu‑ XIII – receber ou permitir que seu subordinado receba,
rança Pública e Defesa Social poderá autorizar as Corporações em ra­zão da função pública, qualquer objeto ou valor, mes‑
Militares do Estado a instaurarem e realizarem sindicâncias mo quando oferecido pelo pro­prietário ou responsável (G);
de que trata o inciso I deste artigo, competindo à Corregedo‑ XIV – apropriar‑se de bens pertencentes ao pa­trimônio
ria‑Geral acompanhar as suas apurações e soluções. pú­blico ou particular (G);
XV – empregar subordinado ou servidor civil, ou desviar
Seção II qualquer meio material ou financeiro sob sua responsabilida‑
Da Transgressão Disciplinar de ou não, para a exe­cução de atividades diversas daquelas
para as quais foram des­tinadas, em proveito próprio ou de
Art. 12. Transgressão disciplinar é a infração admi­ outrem (G);
nistrativa caracterizada pela violação dos deveres militares, XVI – provocar desfalques ou deixar de adotar providên­
cominando ao infrator as sanções previstas neste Código, cias, na esfera de suas atribuições, para evitá‑los (G);
sem prejuízo das responsabilidades penal e civil. XVII – utilizar‑se da condição de militar do Estado para
§ 1º As transgressões disciplinares compreendem: obter facilidades pessoais de qualquer natureza ou para
I  – todas as ações ou omissões contrárias à disciplina encaminhar ne­gócios parti­culares ou de terceiros (G);
militar, especificadas no artigo seguinte, inclusive os crimes XVIII – dar, receber ou pedir gratificação ou pre­sente com
previstos nos Códigos Penal ou Penal Militar; fi­nalidade de retardar, apressar ou obter solução favorável
II  – todas as ações ou omissões não especificadas no em qualquer ato de ser­viço (G);
artigo seguinte, mas que também violem os valores e de‑ XIX – fazer, diretamente ou por intermédio de ou­trem,
veres mili­tares. agio­tagem ou transação pecuniária envolvendo assunto
§ 2º As transgressões disciplinares previstas nos itens I de serviço, bens da adminis­tração pública ou material cuja
e II do parágrafo anterior, serão classificadas como graves, comercialização seja proibida (G);
desde que venham a ser: XX  – v exercer, o  militar do Estado em serviço ativo,
I – atentatórias aos Poderes Constituídos, às instituições a função de segurança particular ou administrar ou manter
ou ao Estado; vínculo de qualquer natureza com empresa do ramo de
II – atentatórias aos direitos humanos fundamentais; segurança ou vigilância (G);
III – de natureza desonrosa. XXI – exercer qualquer atividade estranha à Instituição
§ 3º As transgressões previstas no inciso II do § 1º e não Militar com prejuízo do serviço ou com emprego de meios
enquadráveis em algum dos itens do § 2º, deste artigo, serão do Estado ou manter vínculo de qualquer natureza com
classificadas pela auto­ridade competente como médias ou organização voltada para a prática de atividade tipificada
leves, consideradas as circunstâncias do fato. como contravenção ou crime(G);
§ 4º Ao militar do Estado, aluno de curso militar, aplica‑se, XXII  – exercer, o  militar do Estado em serviço ativo,
no que concerne à disciplina, além do previsto neste Código, o comér­cio ou tomar parte na adminis­tração ou gerên­cia
subsidiariamente, o disposto nos regulamentos próprios dos de sociedade empresária ou dela ser só­cio, exceto como
estabelecimentos de en­sino onde estiver matriculado. acio­nista, cotista ou comanditário (G);
§ 5º A aplicação das penas disciplinares previstas neste Có‑ XXIII – deixar de fiscalizar o subordinado que apre­sentar
digo independe do resultado de eventual ação penal ou cível. si­nais exteriores de riqueza, incompatíveis com a remune‑
Art. 13. As transgressões disciplinares são classificadas, ração do cargo (G);
de acordo com sua gravidade, em graves (G), médias (M) e XXIV – não cumprir, sem justo motivo, a execução de
leves (L), conforme disposto neste artigo. qual­quer ordem legal recebida (G);
§ 1º São transgressões disciplinares graves: XXV  – dar, por escrito ou verbalmente, ordem mani­
I – desconsiderar os direitos constitucionais da pessoa festa­mente ilegal que possa acarretar responsabilidade
no ato da prisão (G); ao subordinado, ainda que não chegue a ser cumprida (G);
II  – usar de força desnecessária no atendimento de XXVI  – deixar de assumir a responsabilidade de seus
ocorrên­cia ou no ato de efetuar prisão (G); atos ou pelos praticados por subordinados que agirem em
III  – deixar de providenciar para que seja garantida a cumprimento de sua ordem (G);
inte­gridade física das pessoas que prender ou detiver (G); XXVII – aconselhar ou concorrer para não ser cum­prida
IV – v agredir física, moral ou psicologicamente preso sob qual­quer ordem legal de autoridade competente, ou serviço,
sua guarda ou permitir que outros o façam (G); ou para que seja retar­dada, prejudicada ou embaraçada a
V – permitir que o preso, sob sua guarda, conserve em sua execução (G);
seu poder instrumentos ou outros objetos proibidos, com XXVIII – v dirigir‑se, referir‑se ou responder a superior
que possa ferir a si próprio ou a outrem (G); de modo desrespeitoso (G);
VI – faltar com a verdade (G); XXIX – recriminar ato legal de superior ou procurar des­
VII – ameaçar, induzir ou instigar alguém para que não consi­derá‑lo (G);
de­clare a verdade em procedimento administrativo, civil XXX – ofender, provocar ou desafiar superior, igual ou
ou penal (G); subordinado hierárquico ou qualquer pessoa, estando ou
Legislação

VIII – utilizar‑se do anonimato para fins ilícitos (G); não de serviço (G);


IX – envolver, indevidamente, o nome de outrem para XXXI – promover ou participar de luta corporal com supe­
es­quivar‑se de responsabilidade (G); rior, igual, ou subordinado hierárquico (G);
X – publicar, divulgar ou contribuir para a divulgação ir­ XXXII – ofender a moral e os bons costumes por atos,
restrita de fatos, documentos ou assuntos administrativos pala­vras ou gestos (G);

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XXXIII – desconsiderar ou desrespeitar, em pú­blico ou LVI – divulgar, permitir ou concorrer para a divulgação
pela im­prensa, os atos ou decisões das autoridades civis ou indevida de fato ou documento de interesse da administra‑
dos ór­gãos dos Poderes Constituídos ou de qualquer de seus ção pública com classificação sigilosa (G);
representantes (G); LVII – comparecer ou tomar parte de movimento reivin‑
XXXIV – desrespeitar, desconsiderar ou ofender pessoa dicatório, no qual os participantes portem qualquer tipo de
por pala­vras, atos ou gestos, no atendimento de ocorrência armamento, ou participar de greve (G);
militar ou em outras situa­ções de serviço (G); LVIII – v ferir a hierarquia ou a disciplina, de modo com‑
XXXV  – evadir‑se ou tentar evadir‑se de escolta, bem prometedor para a segurança da sociedade e do Estado (G).
como re­sistir a ela (G); § 2º São transgressões disciplinares médias:
XXXVI – tendo conhecimento de transgressão disciplinar, I – reter o preso, a vítima, as testemunhas ou partes não
dei­xar de apurá‑la (G); de­finidas por mais tempo que o necessário para a solução do
XXXVII – deixar de comunicar ao superior imediato ou, procedimento policial, administrativo ou penal (M);
na au­sência deste, a  qualquer autoridade superior toda II – espalhar boatos ou notícias tendenciosas em prejuízo
informação que tiver sobre imi­nente perturbação da ordem da boa ordem civil ou militar ou do bom nome da Corporação
pública ou grave alteração do serviço ou de sua mar­cha, logo Militar (M);
que tenha conhecimento (G); III  – provocar ou fazer‑se, voluntariamente, causa ou
XXXVIII – omitir, em boletim de ocorrência, relatório ou ori­gem de alarmes injustificados (M);
qual­quer documento, dados indispensáveis ao esclareci‑ IV – concorrer para a discórdia, desarmonia ou cultivar
mento dos fatos (G); inimizade entre companheiros (M);
XXXIX – subtrair, extraviar, danificar ou inutilizar docu­ V  – entender‑se com o preso, de forma velada, ou
mentos de interesse da administração pública ou de ter‑ deixar que alguém o faça, sem autorização de autoridade
ceiros (G); competente (M);
XL – deixar de assumir, orientar ou auxiliar o atendimento VI – v contrair dívida ou assumir compromisso su­perior
de ocorrência, quando esta, por sua natureza ou amplitude, às suas possibilidades, desde que venha a expor o nome da
assim o exigir (G); Corporação Militar (M);
XLI – passar a ausente (G); VII – retardar, sem justo motivo, a execução de qualquer
XLII – abandonar serviço para o qual tenha sido de­signado or­dem legal recebida (M);
ou recusar‑se a executá‑lo na forma determinada (G); VIII – interferir na administração de serviço ou na exe­
XLIII  – faltar ao expediente ou ao serviço para o qual cução de ordem ou missão sem ter a devida competência
es­teja nominalmente escalado (G); para tal (M);
XLIV  – afastar‑se, quando em atividade militar com IX – v procurar desacreditar seu superior ou subordi­nado
veículo automotor, aeronave, embarcação ou a pé, da área hie­rárquico (M);
em que deveria permane­cer ou não cumprir roteiro de pa‑ X – deixar de prestar a superior hierárquico continência
trulhamento predeterminado (G); ou outros sinais de honra e respeito previstos em regula‑
XLV – dormir em serviço de policiamento, vigilância ou mento (M);
segurança de pessoas ou instalações, salvo quando autori‑ XI – deixar de corresponder a cumprimento de seu su­
zado (G); bordi­nado (M);
XLVI – fazer uso, estar sob ação ou induzir outrem ao XII – deixar de exibir, estando ou não uniformi­zado, do­cu­
uso de substância proibida, entorpecente ou que determine mento de identidade funcional ou recusar‑se a declarar seus
dependência física ou psí­quica, ou introduzi‑las em local sob dados de identificação quando lhe for exigido por autoridade
administração militar (G); competente (M);
XLVII – ingerir bebida alcoólica quando em serviço ou XIII  – deixar de fazer a devida comunicação discipli­
apre­sentar‑se alcoolizado para prestá‑lo (G); nar (M);
XLVIII – portar ou possuir arma em desacordo com as XIV – deixar de punir o transgressor da disciplina, salvo
normas vigentes (G); se houver causa de justificação (M);
XLIX  – andar ostensivamente armado, em trajes civis, XV – v não levar fato ilegal ou irregularidade que pre‑
não se achando de serviço (G); senciar ou de que tiver ciência, e não lhe couber reprimir,
L – disparar arma por imprudência, negligência, imperí­ ao conhecimento da autoridade para isso competente (M);
cia, ou desnecessariamente (G); XVI  – deixar de manifestar‑se nos processos que lhe
LI – não obedecer às regras básicas de segurança ou não forem encaminhados, exceto nos casos de suspeição ou
ter cautela na guarda de arma própria ou sob sua respon‑ impedimento, ou de abso­luta falta de elementos, hipótese
sabilidade (G); em que essas circunstâncias serão declaradas (M);
LII – dirigir viatura ou pilotar aeronave ou embarcação XVII – deixar de encaminhar à autoridade compe­tente,
policial com imperícia, negligência, imprudência ou sem no mais curto prazo e pela via hierárquica, documento ou
habilitação legal (G); processo que receber, se não for de sua alçada a solução (M);
LIII – retirar ou tentar retirar de local, sob admi­nistração XVIII – trabalhar mal, intencionalmente ou por desí­dia,
militar, material, viatura, aeronave, embarcação ou animal, em qualquer serviço, instrução ou missão (M);
ou mesmo deles servir‑se, sem ordem do responsável ou XIX – retardar ou prejudicar o serviço de polícia judiciá­ria
proprietário (G); militar que deva promover ou em que esteja investido (M);
LIV – entrar, sair ou tentar fazê‑lo, de Organização Mi‑ XX – desrespeitar medidas gerais de ordem militar, judi­
litar, com tropa, sem prévio conhecimento da autoridade ciá­ria ou administrativa, ou embaraçar sua execução (M);
Legislação

competente, salvo para fins de instrução autori­zada pelo XXI – não ter, pelo preparo próprio ou de seus subordi­
comando (G); nados ou instruendos, a dedicação imposta pelo sentimento
LV – frequentar ou fazer parte de sindicatos, associa­ções do dever (M);
profissionais com caráter de sindicato, ou de associações XXII – causar ou contribuir para a ocorrência de acidente
cujos estatutos não estejam de conformidade com a lei (G); de serviço ou instrução (M);

58 Openbook Apostilas
XXIII  – apresentar comunicação disciplinar ou repre­ XLIV – permanecer em dependência de outra Organiza‑
sentação sem fundamento ou interpor recurso disciplinar ção Militar ou lo­cal de serviço sem consentimento ou ordem
sem observar as pres­crições regula­mentares (M); da autoridade competente (M);
XXIV – dificultar ao subordinado o oferecimento de re­ XLV  – deixar de exibir a superior hierárquico, quando
pre­sen­tação ou o exercício do direito de petição (M); por ele solicitado, objeto ou volume, ao entrar ou sair de
XXV – faltar a qualquer ato em que deva tomar parte ou qualquer Organização Militar (M);
assis­tir, ou ainda, retirar‑se antes de seu encerramento sem XLVI  – apresentar‑se, em qualquer situação, mal
a devida autorização (M); uniformi­zado, com o uniforme alterado ou diferente do
XXVI – afastar‑se de qualquer lugar em que deva estar previsto, contrariando o Regulamento de Uniformes da
por força de dispositivo ou ordem legal (M); Corporação Militar ou norma a respeito (M);
XXVII – permutar serviço sem permissão da autori­dade XLVII – usar no uniforme insígnia, medalha, con­decora­ção
com­pe­tente (M); ou distintivo, não regulamentares ou de forma indevida (M);
XXVIII – simular doença para esquivar‑se ao cumpri­mento XLVIII – comparecer, uniformizado, a manifestações ou
do dever (M); reu­niões de caráter político‑partidário, salvo por motivo de
XXIX – deixar de se apresentar às autoridades competen‑ serviço (M);
tes nos casos de movimentação ou quando designa­do para XLIX – v autorizar, promover ou participar de petições
comissão ou serviço extraordiná­rio (M); ou ma­nifestações de caráter reivindicatório, de cunho
XXX  – não se apresentar ao seu su­perior imediato ao político‑partidário, reli­gioso, de crí­tica ou de apoio a ato
término de qualquer afastamento do serviço ou, ainda, de superior, para tratar de assuntos de natu­reza mili­tar,
logo que sou­ber que o mesmo tenha sido interrompido ou res­salvados os de natureza técnica ou científica havidos em
suspenso (M); razão do exercício da fun­ção militar (M);
XXXI – dormir em serviço, salvo quando autori­zado (M); L – frequentar lugares incompatíveis com o decoro social
XXXII – introduzir bebidas alcoólicas em local sob admi­ ou militar, salvo por motivo de serviço (M);
nistra­ção militar, salvo se devidamente autorizado (M); LI – recorrer a outros órgãos, pessoas ou instituições para
XXXIII – comparecer ou tomar parte de movimento rei‑ resolver assunto de interesse pessoal relacionado com a
vindicatório, no qual os participantes não portem qualquer corporação militar, sem observar os preceitos estabelecidos
tipo de armamento, que possa concorrer para o desprestígio neste estatuto (M);
da corporação militar ou ferir a hierarquia e a disciplina; LII  – assumir compromisso em nome da Corporação
Militar, ou representá‑la em qualquer ato, sem estar devi‑
XXXIV – ter em seu poder, introduzir, ou distribuir em
damente autorizado (M);
local sob administração militar, substância ou material
LIII – deixar de cumprir ou fazer cumprir as normas legais
inflamável ou ex­plosivo sem permissão da autoridade com‑
ou regulamentares, na esfera de suas atribuições (M);
petente (M);
LIV  – faltar a ato judiciário, administrativo ou similar,
XXXV – desrespeitar regras de trânsito, de tráfego aéreo
salvo motivo relevante a ser comunicado por escrito à auto‑
ou de navegação marítima, lacustre ou fluvial, salvo quando
ridade a que estiver subordinado, e assim considerado por
essencial ao atendimento de ocorrência emergencial (M); esta, na primeira oportunidade, antes ou depois do ato, do
XXXVI  – autorizar, promover ou executar mano­bras qual tenha sido previamente cientificado (M);
peri­gosas com viaturas, aeronaves, embarcações ou ani‑ LV – deixar de identificar‑se quando solicitado, ou quan‑
mais, salvo quando essencial ao atendimento de ocorrência do as circunstâncias o exigirem (M);
emergencial (M); LVI – procrastinar injustificadamente expediente que lhe
XXXVII – não ter o devido zelo, danificar, extraviar ou seja encaminhado, bem como atrasar o prazo de conclusão
inutili­zar, por ação ou omissão, bens ou animais pertencentes de inquérito policial militar, conselho de justificação ou
ao patrimônio público ou particular, que estejam ou não sob disciplina, processo administrativo‑disciplinar, sindicância
sua responsabilidade (M); ou similar (M);
XXXVIII  – negar‑se a utilizar ou a receber do Estado LVII – manter relações de amizade ou exibir‑se em pú‑
farda­mento, armamento, equipamento ou bens que lhe blico com pessoas de nótorios e desabonados antecedentes
sejam destinados ou devam ficar em seu poder ou sob sua criminais ou policiais, salvo por motivo relevante ou de
responsabilidade (M); serviço (M);
XXXIX – deixar o responsável pela segurança da Orga‑ LVIII  – retirar, sem autorização da autoridade com‑
nização Militar de cum­prir as prescrições regulamentares petente, qualquer objeto ou documento da Corporação
com respeito à entrada, saída e permanência de pessoa Militar (M);
estranha (M); § 3º São transgressões disciplinares leves:
XL – permitir que pessoa não autorizada adentre prédio I – deixar de comunicar ao superior a execução de or­dem
ou local interditado (M); dele recebida, no mais curto prazo possível (L);
XLI – deixar, ao entrar ou sair de Organização Militar onde II – retirar‑se da presença do superior hierárqui­co sem
não sirva, de dar ciência da sua presença ao Oficial‑de‑Dia obediência às normas regulamentares (L);
ou de serviço e, em se­guida, se ofi­cial, de procurar o coman‑ III  – deixar, tão logo seus afazeres o permitam, de
dante ou o oficial de posto mais elevado ou seu substituto apresen­tar‑se ao seu superior funcional, conforme prescri‑
legal para expor a razão de sua presença, salvo as exceções ções regulamenta­res (L);
regulamentares previstas (M); IV – deixar, nas solenidades, de apresentar‑se ao supe­rior
XLII  – adentrar, sem permissão ou ordem, aposen­tos hierárquico de posto ou graduação mais elevada e de saudar
des­ti­nados a superior ou onde este se encontre, bem como os demais, de acordo com as normas regulamentares (L);
Legislação

qualquer ou­tro lugar cuja en­trada lhe seja vedada (M); V – consentir, o responsável pelo posto de ser­viço ou a
XLIII  – abrir ou tentar abrir qualquer dependência da sentinela, na formação de grupo ou permanência de pessoas
Organização Militar, desde que não seja a autoridade junto ao seu posto (L);
competente ou sem sua ordem, salvo em si­tuações de VI – içar ou arriar, sem ordem, bandeira ou in­sígnia de
emergência (M); au­toridade (L);

Openbook Apostilas 59
VII  – dar toques ou fazer sinais, previstos nos re­gula­ I – advertência;
mentos, sem ordem de autoridade competente (L); II – repreensão;
VIII – conversar ou fazer ruídos em ocasiões ou luga­res III – permanência disciplinar;
im­próprios (L); IV – custódia disciplinar;
IX – deixar de comunicar a alteração de dados de qualifi­ V – reforma administrativa disciplinar;
ca­ção pessoal ou mudança de endereço residencial (L); VI – demissão;
X  – chegar atrasado ao expediente, ao  serviço para o VII – v expulsão;
qual esteja nominalmente escalado ou a qualquer ato em VIII – proibição do uso do uniforme e do porte de arma.
que deva to­mar parte ou as­sistir (L); Parágrafo único. Todo fato que constituir transgressão
XI – deixar de comunicar a tempo, à autoridade compe­ deverá ser levado ao conhecimento da autoridade compe‑
tente, a impossibilidade de comparecer à Organização Militar tente para as providências disciplinares.
(OPM ou OBM) ou a qual­quer ato ou serviço de que deva
participar ou a que deva as­sistir (L); Seção II
XII – permanecer, alojado ou não, deitado em horário de Da Advertência
ex­pediente no interior da Organização Militar, sem autori‑
zação de quem de direito (L); Art. 15. A advertência, forma mais branda de sanção,
XIII – fumar em local não permitido (L); é aplicada verbalmente ao transgressor, podendo ser feita
particular ou ostensivamente, sem constar de publicação, fi‑
XIV – tomar parte em jogos proibidos ou jogar a di­nheiro
gurando, entretanto, no registro de informações de punições
os permitidos, em local sob administração militar, ou em
para oficiais, ou na nota de corretivo das praças.
qualquer ou­tro, quando uni­formizado (L); Parágrafo único. A sanção de que trata o caput aplica‑se
XV – conduzir veículo, pilotar aeronave ou em­barca­ção ex­clusivamente às faltas de natureza leve, constituindo ato
oficial, sem autorização do órgão militar competente, mesmo nulo quando aplicada em relação à falta média ou grave.
estando ha­bilitado (L);
XVI – transportar na viatura, aeronave ou embarca­ção Seção III
que esteja sob seu comando ou responsabilidade, pessoal Da Repreensão
ou ma­terial, sem auto­rização da autoridade competente (L);
XVII – andar a cavalo, a trote ou galope, sem necessi­dade, Art. 16. A  repreensão é a sanção feita por escrito ao
pelas ruas da cidade ou castigar inutilmente a montada (L); transgressor, publicada em boletim, devendo sempre ser
XVIII – permanecer em dependência da própria Organi‑ averbada nos assentamentos individuais.
zação Militar ou local de serviço, desde que a ele estranho, Parágrafo único. A sanção de que trata o caput aplica‑se
sem consentimento ou ordem da autoridade competente (L); às faltas de natureza leve e média, constituindo ato nulo
XIX – entrar ou sair, de qualquer Organização Militar, por quando aplicada em relação à falta grave.
luga­res que não sejam para isso designados (L);
XX  – ter em seu poder, introduzir ou distribuir, em Seção IV
local sob administração militar, publicações, estampas Da Permanência Disciplinar
ou jornais que atentem contra a disciplina, a moral ou as
instituições (L); Art. 17. A permanência disciplinar é a sanção em que o
XXI – usar vestuário incompatível com a função ou des­ transgressor ficará na OPM ou OBM, sem estar circunscrito
curar do asseio próprio ou prejudicar o de outrem (L); a determinado compartimento.
XXII – estar em desacordo com as normas regula­menta­ Parágrafo único. O militar do Estado sob permanência
res de apresentação pessoal (L); disciplinar com­pa­recerá a todos os atos de instrução e ser‑
XXIII – recusar ou devolver insígnia, salvo quando a re­ viço, internos e externos.
gula­mentação o permitir (L); Art. 18. A  pedido do transgressor, o  cumprimento da
XXIV – aceitar qualquer manifestação coletiva de su­bor­ sanção de permanência disciplinar poderá, a juízo devida‑
dina­dos, com exceção das demonstrações de boa e sã cama‑ mente motivado, da autori­dade que apli­cou a puni­ção, ser
radagem e com prévio conhe­cimento do homenageado (L); convertido em prestação de serviço extraordinário, desde
XXV  – discutir ou provocar discussão, por qualquer que não implique prejuízo para a manutenção da hie­rarquia
veículo de comunicação, sobre assuntos políticos, militares e da disciplina.
ou policiais, excetuando‑se os de natureza exclusivamente § 1º Na hipótese da conversão, a classificação do com­
técnica, quando devidamente autorizado (L). portamento do militar do Estado será feita com base na
XXVI – transferir o oficial a responsabilidade ao escrivão sanção de perma­nência dis­ci­plinar.
§ 2º Considerar‑se‑á 1 (um) dia de prestação de serviço
da elaboração de inquérito policial militar, bem como deixar
extraordinário equivalente ao cumprimento de 1 (um) dia
de fazer as devidas inquirições (L);
de perma­nência, salvo nos casos em que o transgressor
XXVII  – acionar desnecessariamente sirene de viatura
não possua nenhuma falta grave ou média, quando 1 (um)
policial ou bombeirística (L). dia de prestação de serviço extraordinário equivalerá ao
§  4º Aos procedimentos disciplinares, sempre serão cumprimento de 2 (dois) dias de permanência.
garantidos o direito a ampla defesa e o contraditório. §  3º O prazo para o encaminhamento do pedido de
conversão será de 3 (três) dias úteis, contados da data da
CAPÍTULO V publicação da sanção de permanência.
Das Sanções Administrativas Disciplinares §  4º O pedido de conversão elide o pedido de re­
considera­ção de ato.
Seção I § 5º Nos casos em que o transgressor não possua nenhu‑
Legislação

Disposições Gerais ma falta grave ou média, o pedido de conversão não elidirá


o pedido de reconsideração de ato.
Art. 14. As sanções disciplinares aplicáveis aos milita­res Art. 19. A prestação do serviço extraordinário, nos ter­
do Estado, inde­pendente­mente do posto, graduação ou mos do caput do artigo anterior, consiste na realização de
função que ocupem, são: atividades, inter­nas ou externas, por período nunca infe‑

60 Openbook Apostilas
rior a 6 (seis) ou superior a 8 (oito) ho­ras, nos dias em que a) for condenado na Justiça Comum ou Militar a pena
o militar do Estado estaria de folga. privativa de liberdade por tempo superior a 2 (dois) anos,
§ 1º O limite máximo de conversão da permanência disci­ por sentença passada em julgado, observado o disposto no
plinar em serviço extraordinário é de 5 (cinco) dias. art. 125, § 4º, e art. 142, § 3º, VI e VII, da Constituição Federal,
§ 2º O militar do Estado, punido com período su­perior a e art. 176, §§ 8º e 9º da Constituição do Estado;
5 (cinco) dias de permanência disciplinar, somente poderá b) for condenado a pena de perda da função pública, por
pleitear a conversão até o limite previsto no parágrafo an‑ sentença passada em julgado;
terior, a qual, se concedida, será sempre cumprida na fase c) for considerado moral ou profissionalmente inidôneo
final do período de punição. para a promoção ou revelar incompatibilidade para o exer‑
§ 3º A prestação do serviço extraordinário não poderá cício da função militar, por sentença passada em julgado no
ser executada imediatamente após ou anteriormente a este, Tribunal competente;
ao término de um serviço ordinário. II – à praça quando:
a) for condenada na Justiça Comum ou Militar a pena
Seção V privativa de liberdade por tempo superior a 2 (dois) anos,
Da Custódia Disciplinar por sentença passada em julgado, observado o disposto no
art. 125, § 4º. da Constituição Federal e art. 176, § 12, da
Art. 20. A custódia disciplinar consiste na retenção do Constituição do Estado;10
militar do Estado no âmbito de sua OPM ou OBM, sem parti‑ b) for condenada a pena de perda da função pública, por
cipar de qualquer serviço, instrução ou atividade e sem estar sentença passada em julgado;
cincrunscrito a determinado comportamento. c) praticar ato ou atos que revelem incompatibilidade
§ 1º Nos dias em que o militar do Estado permanecer com a função militar estadual, comprovado mediante pro‑
custodiado perderá todas as vantagens e direitos decorren‑ cesso regular;
tes do exercício do posto ou gra­duação, inclusive o direito de d) cometer transgressão disciplinar grave, estando
computar o tempo da pena para qualquer efeito. há mais de 2 (dois) anos consecutivos ou 4 (quatro) anos
§ 2º A custódia disciplinar somente poderá ser aplicada alternados no mau comportamento, apurado mediante
quando da reincidência no cometimento de transgressão processo regular;
disciplinar de natureza grave. e) houver cumprido a pena consequente do crime de de‑
Art. 21. A custódia disciplinar será aplicada pelo Contro‑ serção, após apurada a motivação em procedimento regular,
lador Geral de Disciplina dos Órgãos de Segurança Pública e onde lhe seja assegurado o contraditório e a ampla defesa.
Sistema Penitenciário, pelo Secretário de Segurança Pública f) considerada desertora e capturada ou apresentada,
e Defesa Social, Comandante Geral e pelos demais oficiais tendo sido submetida a exame de saúde, for julgada incapaz
ocupantes de funções próprias do posto de Coronel. (Reda- definitivamente para o serviço militar.
ção dada pela Lei nº 14.933, de 8/6/2011) Parágrafo único. O oficial demitido perderá o posto e a
§ 1º A autoridade que entender necessária a aplicação da patente, e a praça, a graduação.
custódia disciplinar providenciará para que a documentação
alusiva à respectiva transgressão seja remetida à autoridade Seção VIII
competente. Da Expulsão
§  2º Ao Governador do Estado compete conhecer da
sanção disciplinar prevista neste artigo em grau de recur‑ Art. 24. A  expulsão será aplicada, mediante pro­cesso
so, quando tiver sido aplicada pelo Controlador Geral de regular, à praça que atentar contra a segurança das insti‑
Disciplina dos Órgãos de Segurança Pública e Sistema Peni‑ tuições nacionais ou praticar atos desonrosos ou ofensivos
tenciário, cabendo ao Conselho de Disciplina e Correição o ao decoro profissio­nal.
conhecimento do recurso quando a aplicação da sanção Parágrafo único. A participação em greve ou em passeatas,
decorrer de ato das autoridades previstas no caput deste com uso de arma, ainda que por parte de terceiros, configura
artigo. (Redação dada pela Lei nº 14.933, de 8/6/2011) ato atentatório contra a segurança das instituições nacionais.

Seção VI Seção IX
Da Reforma Administrativa Disciplinar Da Proibição do Uso de Uniformes e de Porte de Arma

Art. 22. A reforma administrativa disciplinar poderá ser Art. 25. A  proibição do uso de uniformes mi­litares e
apli­cada, mediante processo regular: de porte de arma será aplicada, nos termos deste Código,
I – ao oficial julgado incompatível ou indigno profissio­ temporariamente, ao inativo que atentar contra o decoro
nalmente para com o oficialato, após sentença passada ou a dignidade militar, até o limite de 1 (um) ano.
em julgado no Tribunal com­petente, ressalvado o caso de
demissão; CAPÍTULO VI
II  – à praça que se tornar incompatível com a função Do Recolhimento Transitório
militar estadual, ou nociva à disciplina, e tenha sido julgada
passível de reforma. Art. 26. O recolhimento transitório não constitui sanção
Parágrafo único. O militar do Estado que sofrer reforma disciplinar, sendo medida preventiva e acautelatória da ordem
administrativa disciplinar receberá remuneração proporcio‑ social e da disciplina militar, consistente no desarmamento e
nal ao tempo de serviço militar. recolhimento do militar à prisão, sem nota de punição publica‑
da em boletim, podendo ser excepcionalmente adotada quan‑
Seção VII do houver fortes indícios de autoria de crime propriamente
Legislação

Da Demissão militar ou transgressão militar e a medida for necessária:

Art. 23. A demissão será aplicada ao militar do Estado O §12 do Art. 176 da Constituição Estadual estabelece que: “A praça conde‑
10

nada na Justiça Militar à pena privativa de liberdade superior a dois anos,


na seguinte forma: por sentença transitada em julgado, só perderá a graduação por decisão do
I – ao oficial quando: Tribunal de Justiça.”

Openbook Apostilas 61
I – ao bom andamento das investigações para sua correta Art. 28. A  comunicação disciplinar será formal, tanto
apuração; ou quanto possível, deve ser clara, con­cisa e precisa, contendo
II – à preservação da segurança pessoal do militar e da os dados capazes de identificar as pessoas ou coisas en­vol­
sociedade, em razão do militar: vidas, o local, a data e a hora do fato, além de caracterizar
a) mostrar‑se agressivo e violento, pondo em risco a as circunstâncias que o envolveram, bem como as alegações
própria vida e a de terceiros; ou, do faltoso, quando presente e ao ser interpelado pelo sig‑
b) encontrar‑se embriagado ou sob ação de substância natário das razões da transgressão, sem tecer comentários
entorpecente. ou opiniões pessoais.
§  1º A condução do militar do Estado à autoridade § 1º A comunicação disciplinar deverá ser apresentada no
com­petente para determinar o recolhimento transitório prazo de 5 (cinco) dias, contados da constatação ou conhe‑
somente poderá ser efetuada por superior hie­rár­quico ou cimento do fato, res­salva­das as disposições relativas ao re‑
por oficial com precedência funcional ou hierárquica sobre colhimento transitório, que deverá ser feita imedia­tamente.
o conduzido. § 2º A comunicação disciplinar deve ser a expressão da
§  2º São autoridades competentes para determinar o verdade, cabendo à autoridade competente encaminhá‑la
re­colhimento transitório aquelas elencadas no art. 31 deste ao indiciado para que, por escrito, manifeste‑se preliminar‑
Código. mente sobre os fatos, no prazo de 3 (três) dias.
§ 3º As decisões de aplicação do recolhimento transitório § 3º Conhecendo a manifestação preliminar e conside­
serão sempre fundamentadas e imediatamente comunica‑ rando praticada a transgressão, a autoridade competente
das ao Juiz Auditor, Ministério Público e Controlador Geral elaborará termo acusatório motivado, com as razões de fato
de Disciplina dos Órgãos de Segurança Pública e Sistema e de direito, para que o militar do Estado possa exercitar,
Penitenciário, no caso de suposto cometimento deste cri‑ por escrito, o seu direito a ampla defesa e ao contraditório,
me, ou apenas a este último, no caso de suposta prática de no prazo de 5 (cinco) dias.
transgressão militar. (Redação dada pela Lei nº 14.933, de § 4º Estando a autoridade convencida do cometimento
8/6/2011) da transgressão, providenciará o enquadramento disciplinar,
§ 4º O militar do Estado sob recolhimento transitório, mediante nota de culpa ou, se determinar outra solução,
nos termos deste artigo, somente poderá permanecer nes‑ deverá fundamentá‑la por despacho nos autos.
sa situação pelo tempo necessário ao restabelecimento da § 5º Poderá ser dispensada a manifestação preliminar do
normalidade da situação considerada, sendo que o prazo indiciado quando a autoridade competente tiver elementos
de convicção suficientes para a ela­boração do termo acusató‑
máximo será de 5 (cinco) dias, salvo determinação em con‑
rio, devendo esta circunstância constar do respectivo termo.
trário da autoridade judiciária competente.
Art. 29. A  solução do procedimento disciplinar é da
§ 5º O militar do Estado não sofrerá prejuízo funcional ou
in­teira responsabilidade da autoridade competente, que
remuneratório em razão da aplicação da medida preventiva
deverá aplicar san­ção ou justi­ficar o fato, de acordo com
de recolhimento transitório.
este Código.
§ 6º Ao militar estadual preso nas circunstâncias deste
§ 1º A solução será dada no prazo de 30 (trinta) dias,
artigo, são garantidos os seguintes direitos: contados a partir do recebimento da defesa do acusado,
I – justificação, por escrito, do motivo do recolhimento prorrogável, no máximo, por mais 15 (quinze) dias, mediante
transitório; declaração de motivos.
II – identificação do responsável pela aplicação da me‑ § 2º No caso de afastamento regulamentar do transgres­
dida; sor, os prazos supracitados serão interrompidos, reiniciada a
III  – comunicação imediata do local onde se encontra contagem a partir da sua reapresentação.
recolhido a pessoa por ele indicada; § 3º Em qualquer circunstância, o signatário da comu­
IV – ocupação da prisão conforme o seu círculo hierár‑ ni­cação disciplinar deverá ser notificado da respectiva
quico; solução, no prazo máximo de 90 (noventa) dias da data da
V – apresentação de recurso. comunicação.
§ 7º O recurso do recolhimento transitório será inter‑ § 4º No caso de não cumprimento do prazo do pará­grafo
posto perante o Comandante da Corporação Militar onde anterior, poderá o signatário da comunicação solicitar, obe‑
estiver recolhido o militar. decida a via hierárqui­ca, providências a respeito da solução.
§ 8º Na hipótese do recolhimento transitório ser deter‑
minado pelo Comandante da Corporação Militar para onde Seção II
for recolhido o militar, o  recurso será interposto perante Da Representação
esta autoridade, que imediatamente o encaminhará ao seu
superior hierárquico, a quem incumbirá a decisão. Art. 30. Representação é toda comunicação que se refe­
§ 9º A decisão do recurso será fundamentada e profe‑ rir a ato praticado ou aprovado por superior hierárquico ou
rida no prazo de dois dias úteis. Expirado esse prazo, sem a funcional, que se re­pute irregular, ofensivo, injusto ou ilegal.
decisão do recurso, o militar será liberado imediatamente. § 1º A representação será dirigida à autoridade funcio­nal
imediatamente superior àquela contra a qual é atribuída a
CAPÍTULO VII prática do ato irregu­lar, ofensivo, injusto ou ilegal.
Do Procedimento Disciplinar § 2º A representação contra ato disciplinar será feita so­
mente após solucionados os recursos disciplinares previstos
Seção I neste Código e desde que a matéria recorrida verse sobre a
Da Comunicação Disciplinar legalidade do ato praticado.
Legislação

§ 3º A representação nos termos do parágrafo anterior


Art. 27. A comunicação disciplinar dirigida à autori­dade será exercida no prazo estabelecido no § 3º, do art. 58.
competente destina‑se a relatar uma transgressão discipli‑ § 4º O prazo para o encaminhamento de representação
nar cometida por subordinado hierárquico, quando houver será de 5 (cinco) dias úteis, contados da data do conheci‑
indícios ou provas de autoria. mento do ato ou fato que a motivar.

62 Openbook Apostilas
CAPÍTULO VIII determinantes do fato, os danos causados, a personalida‑
Da Competência, do Julgamento, da Aplicação e do de e os antecedentes do agente, a intensidade do dolo ou
Cumprimento das Sanções Disciplinares o grau da culpa.
Art. 34. Não haverá aplicação de sanção disciplinar
Seção I quando for reconhecida qualquer das seguintes causas de
Da Competência justificação:
I – motivo de força maior ou caso fortuito, plenamente
Art. 31. A competência disciplinar é inerente ao cargo, comprovados;
função ou posto, sendo autoridades competentes para II – em preservação da ordem pública ou do interesse
aplicar sanção discipli­nar: coletivo;
II – o Secretário de Segurança Pública e Defesa Social, III – legítima defesa própria ou de outrem;
o respectivo Comandante Geral e o Controlador Geral de Dis‑ IV – obediência a ordem superior, desde que a ordem
ciplina dos Órgãos de Segurança Pública e Sistema Peniten‑ rece­bida não seja manifestamente ilegal;
ciário: a todos os militares do Estado sujeitos a este Código; V – uso de força para compelir o subordinado a cumprir
III  – os oficiais da ativa: aos militares do Estado que ri­gorosa­mente o seu dever, no caso de perigo, necessidade
estiverem sob seu comando ou integrantes das OPM ou urgente, calamidade pú­blica ou manutenção da ordem e
OBM subordinadas. (Redação dada pela Lei nº 14.933, de da disciplina.
8/6/2011) Art. 35. São circunstâncias atenuantes:
IV – os Subcomandantes da Polícia Militar e do Corpo de I – estar, no mínimo, no bom comportamento;
Bombeiros Militar: a todos sob seu comando e das unidades II – ter prestado serviços relevantes;
subordinadas e às praças inativas da reserva remunerada; III – ter admitido a transgressão de autoria ignorada ou,
V – os oficiais da ativa: aos militares do Estado que esti‑ se conhecida, imputada a outrem;
verem sob seu comando ou inte­grantes das OPM ou OBM IV – ter praticado a falta para evitar mal maior;
subordinadas. V  – ter praticado a falta em defesa de seus próprios
Parágrafo único. Ao Controlador Geral de Disciplina e aos direitos ou dos de outrem;
Comandantes‑Gerais da Polícia Militar e do Corpo de Bom‑ VI – ter praticado a falta por motivo de relevante valor
beiros Militar compete conhecer das sanções disciplinares so­cial;
aplicadas aos inativos da reserva remunerada, em grau de VII – não possuir prática no serviço;
recurso, respectivamente, se oficial ou praça. (Redação dada VIII – colaborar na apuração da transgressão disciplinar.
pela Lei nº 14.933, de 8/6/2011) Art. 36. São circunstâncias agravantes:
I – estar em mau comportamento;
Seção II II  – prática simultânea ou conexão de duas ou mais
Dos Limites de Competência das Autoridades trans­gressões;
III – reincidência;
Art. 32. O  Governador do Estado é competente para IV – v conluio de duas ou mais pessoas;
aplicar todas as sanções disciplinares previstas neste Código, V  – ter sido a falta praticada durante a execução do
cabendo às de­mais autoridades as seguintes competências: ser­viço;
I – ao Controlador Geral de Disciplina: todas as sanções VI – ter sido a falta praticada em presença de subordi­
disciplinares exceto a demissão de oficiais; (Redação dada nado, de tropa ou de civil;
pela Lei nº 14.933, de 8/6/2011) VII – ter sido a falta praticada com abuso de autoridade
II – ao respectivo Subcomandante da Corporação Militar hie­rár­quica ou funcional ou com emprego imoderado de
e ao Subchefe da Casa Militar, as sanções disci­plinares de violência manifestamente desnecessária.
advertência, repreensão, permanência disciplinar, custódia §  1º Não se aplica a circunstância agravante prevista
disciplinar e proibição do uso de uniformes, até os limites no inciso V quando, pela sua natureza, a transgressão seja
má­ximos previstos; inerente à execução do ser­viço.
III  – aos oficiais do posto de coronel: as sanções § 2º Considera‑se reincidência o enquadra­mento da falta
disciplina­res de advertência, repreensão, permanência praticada num dos itens previstos no art. 13 ou no inciso II
disciplinar de até 20 (vinte) dias e custódia disciplinar de do § 1º. do art. 12.
até 15 (quinze) dias;
IV – aos oficiais do posto de tenente‑coronel: as sanções Seção IV
disciplina­res de advertência, repreensão e permanência Da Aplicação
disciplinar de até 20 (vinte) dias;
V – aos oficiais do posto de major: as sanções disciplina­ Art. 37. A  aplicação da sanção disciplinar abrange a
res de advertência, repreensão e permanência disciplinar de análise do fato, nos termos do art. 33 deste Código, a aná‑
até 15 (quinze) dias; lise das circuns­tâncias que determinaram a transgressão,
VI – aos oficiais do posto de capitão: as sanções discipli­ o enquadramento e a decorrente publica­ção.
na­res de advertência, repreensão e permanência disciplinar Art. 38. O enquadramento disciplinar é a descrição da
de até 10 (dez) dias; transgressão cometida, dele devendo constar, resumida‑
VII – aos oficiais do posto de tenente: as sanções discipli­ mente, o seguinte:
na­res de advertência, repreensão e permanência disciplinar I – indicação da ação ou omissão que originou a trans‑
de até 5 (cinco) dias. gressão;
II – tipificação da transgressão disciplinar;
Legislação

Seção III III – alegações de defesa do transgressor;


Do Julgamento IV – classificação do comportamento policial‑militar em
que o pu­nido permaneça ou ingresse;
Art. 33. Na aplicação das sanções disciplinares serão V – discriminação, em incisos e artigos, das causas de jus­
sempre considerados a natureza, a gravidade e os motivos tificação ou das circunstâncias atenuantes e ou agravantes;

Openbook Apostilas 63
VI – decisão da autoridade impondo, ou não, a sanção; Art. 46. Na ocorrência de transgressão disciplinar en­
VII – v observações, tais como: volvendo militares do Estado de mais de uma Unidade, ca‑
a) data do início do cumprimento da sanção disciplinar; berá ao comandante da área territorial onde ocorreu o fato
b) local do cumprimento da sanção, se for o caso; apurar ou determinar a apuração e, ao final, se necessário,
c) determinação para posterior cumprimento, se o trans­ remeter os autos à autoridade funcional superior comum
gressor estiver baixado, afastado do serviço ou à disposição aos envolvidos.
de outra autoridade; Art. 47. Quando duas autoridades de níveis hierárqui­cos
d) outros dados que a autoridade competente julgar diferentes, ambas com ação disciplinar sobre o transgres‑
ne­ces­sários; sor, conhecerem da transgressão disciplinar, competirá à
VIII – assinatura da autoridade. de maior hierarquia apurá‑la ou determinar que a menos
Art. 39. A publicação é a divulgação oficial do ato ad­ graduada o faça.
ministrativo referente à aplicação da sanção disciplinar ou à Parágrafo único. Quando a apuração ficar sob a incum­
sua justificação, e dá início a seus efeitos. bência da autoridade menos graduada, a punição resultante
Parágrafo único. A advertência não deverá constar de será aplicada após a aprovação da autoridade superior, se
pu­blicação em boletim, figurando, entretanto, no registro esta assim determinar.
de informações de punições para os oficiais, ou na nota de Art. 48. A expulsão será aplicada, em regra, quando a
corretivo das praças. praça militar, independentemente da graduação ou função
Art. 40. As sanções aplicadas a oficiais, alunos‑oficiais, que ocupe, for condenado judi­cial­mente por crime que
subtenen­tes e sargentos serão publicadas somente para também constitua infração disciplinar grave e que denote
conheci­mento dos integrantes dos seus respectivos círculos inca­pacidade moral para a continuidade do exercício de
e superiores hierárquicos, po­dendo ser dadas ao conhe­ suas funções, após a instauração do devido processo legal,
cimento geral se as circunstâncias ou a natureza da trans­ garantindo a ampla defesa e o contraditório.
gressão e o bem da disciplina assim o recomenda­rem.
Art. 41. Na aplicação das sanções disciplinares previs­tas Seção V
neste Código, serão rigorosamente observados os seguintes Do Cumprimento e da Contagem de Tempo
limites:
I – quando as circunstâncias atenuantes preponderarem, Art. 49. A autoridade que tiver de aplicar sanção a su­
a sanção não será aplicada em seu limite máximo;
bordinado que esteja a serviço ou à disposição de outra
II – quando as circunstâncias agravantes preponderarem,
autoridade requisitará a apresentação do transgressor.
poderá ser aplicada a sanção até o seu limite máximo;
Parágrafo único. Quando o local determinado para o
III – pela mesma transgressão não será aplicada mais de
cumprimento da sanção não for a respectiva OPM ou OBM,
uma sanção disciplinar, sendo nulas as penas mais brandas
a autoridade indicará o local de­signa­do para a apresentação
quando indevidamente aplicadas a fatos de gravidade com
do militar punido.
elas incompatível, de modo que prevaleça a penalidade
devida para a gravidade do fato. Art. 50. Nenhum militar do Estado será interrogado ou
Art. 42. A sanção disciplinar será proporcional à gravi­ ser‑lhe‑á aplicada sanção se estiver em estado de embria‑
dade e natureza da infração, observados os seguintes limites: guez, ou sob a ação de substância en­torpecente ou que
I  – as faltas leves são puníveis com advertência ou determine dependência física ou psíquica, devendo, se
repreen­são e, na reincidência, com permanência disciplinar necessário, ser, desde logo, recolhido transitoriamente, por
de até 5 (cinco) dias; medida preventiva.
II – as faltas médias são puníveis com permanência disci­ Art. 51. O cumprimento da sanção disciplinar, por mi­
plinar de até 8(oito) dias e, na reincidência, com permanência litar do Estado afastado do serviço, deverá ocorrer após a
disciplinar de até 15(quinze) dias; sua apresentação na OPM ou OBM, pronto para o serviço
III – as faltas graves são puníveis com permanência dis‑ militar, salvo nos casos de interesse da preservação da ordem
ciplinar de até 10 (dez) dias ou custódia disciplinar de até 8 e da disciplina.
(oito) dias e, na reincidência, com permanência de até 20 Parágrafo único. A interrupção de afastamento regu­la­
(vinte) dias ou custódia disciplinar de até 15 (quinze) dias, mentar, para cumprimento de sanção disciplinar, somente
desde que não caiba demissão ou expulsão. ocorrerá quando deter­mi­nada pelo Governador do Estado
Art. 43. O início do cumprimento da sanção disciplinar ou pelo Controlador Geral dos Órgãos de Segurança Pública
dependerá de aprovação do ato pelo Comandante da Uni‑ e Sistema Penitenciário. (Redação dada pela Lei nº 14.933,
dade ou pela autoridade funcional imediatamente superior, de 8/6/2011)
quando a sanção for por ele aplicada, e prévia publicação em Art. 52. O início do cumprimento da sanção dis­cipli­nar
boletim, ressalvados os casos de necessidade da medida pre‑ deverá ocorrer no prazo máximo de 5(cinco) dias após a
ventiva de recolhimento transitório, prevista neste Código. ciência, pelo militar pu­nido, da sua publicação.
Art. 44. A sanção disciplinar não exime o militar estadual § 1º A contagem do tempo de cumprimento da sanção
punido da responsabilidade civil e criminal emanadas do co­meça no momento em que o militar do Estado iniciá‑lo,
mesmo fato. computando‑se cada dia como período de 24 (vinte e qua‑
Parágrafo único. A  instauração de inquérito ou ação tro) horas.
cri­minal não impede a imposição, na esfera administrativa, § 2º Não será computado, como cumprimento de san­ção
de sanção pela prática de transgressão disciplinar sobre o disciplinar, o tempo em que o militar do Estado passar em
mesmo fato. gozo de afastamentos re­gu­lamentares, interrompendo‑se
Art. 45. Na ocorrência de mais de uma transgressão, a contagem a partir do momento de seu afastamento até
Legislação

sem conexão entre elas, serão impostas as sanções corres‑ o seu retorno.
pondentes isoladamente; em caso contrário, quando forem §  3º O afastamento do militar do Estado do local de
praticadas de forma conexa, as de menor gravidade serão cum­primento da sanção e o seu retorno a esse local, após
consideradas como circunstâncias agravantes da transgres‑ o afas­tamento regularmente previsto no § 2º, deverão ser
são principal. objeto de publicação.

64 Openbook Apostilas
CAPÍTULO IX § 5º O pedido de reconsideração de ato deve ser redi­
Do Comportamento gido de forma respeitosa, precisando o objetivo e as razões
que o fundamentam, sem co­mentários ou insinuações
Art. 53. O comportamento da praça militar de­monstra o desnecessários, podendo ser acompanhado de documentos
seu procedimento na vida profissional e particular, sob o comprobató­rios.
ponto de vista disciplinar. § 6º Não será conhecido o pedido de reconsideração in­
Art. 54. Para fins disciplinares e para outros efeitos, tempestivo, procrastinador ou que não apresente fatos ou
o comportamento militar classifica‑se em: argumentos novos que modifiquem a deci­são anteriormente
I – Excelente – quando, no período de 10 (dez) anos, não tomada, devendo este ato ser publicado, obedecido o prazo
lhe tenha sido aplicada qualquer sanção disciplinar, mesmo do § 3º deste artigo.
por falta leve; Art. 58. O recurso hierárquico, interposto por uma única
II – Ótimo – quando, no período de 5 (cinco) anos, lhe vez, terá efeito suspensivo e será redigido sob a forma de
te­nham sido aplicadas até 2 (duas) repreensões; parte ou ofício e en­dereçado diretamente à autoridade
III – Bom – quando, no período de 2 (dois) anos, lhe te­ imediatamente superior àquela que não reconsi­derou o ato
nham sido aplicadas até 2 (duas) permanências disciplinares; tido por irregular, ofensivo, injusto ou ilegal.
IV – Regular – quando, no período de 1 (um) ano, lhe te­ § 1º A interposição do recurso de que trata este artigo,
nham sido aplicadas até 2 (duas) permanências disciplinares a qual deverá ser precedida de pedido de reconsideração
ou 1 (uma) custódia disciplinar; do ato, somente poderá ocor­rer depois de conhecido o re‑
V – Mau – quando, no período de 1 (um) ano, lhe tenham sultado deste pelo requerente, exceto na hipótese pre­vista
sido aplicadas mais de 2 (duas) permanências disciplinares pelo § 4º do artigo anterior.
ou mais de 1 (uma) custódia disciplinar. §  2º A autoridade que receber o recurso hierárquico
§ 1º A contagem de tempo para melhora do comporta­ de­verá comunicar tal fato, por escrito, àquela contra a qual
mento se fará automaticamente, de acordo com os prazos está sendo interposto.
estabelecidos neste artigo. § 3º Os prazos referentes ao recurso hierárquico são:
§  2º Bastará uma única sanção disciplinar acima dos I – para interposição: 5(cinco) dias, a contar do co­nheci­
li­mites estabelecidos neste artigo para alterar a categoria mento da solução do pedido de reconsideração pelo interes‑
do comportamento. sado ou do venci­mento do prazo do § 4º. do artigo anterior;
§ 3º Para a classificação do comportamento fica estabe­le­ II – para comunicação: 3 (três) dias, a contar do pro­tocolo
cido que duas repreensões equivalerão a uma permanência da OPM ou OBM da autoridade destinatária;
disciplinar. III – para solução: 10 (dez) dias, a contar do recebi­mento
§ 4º Para efeito de classificação, reclassificação ou me­ da interposição do recurso no protocolo da OPM ou OBM
lhoria do comportamento, ter‑se‑ão como bases as datas da autoridade destinatária.
em que as sanções foram pu­blicadas. §  4º O recurso hierárquico, em termos respeitosos,
Art. 55. Ao ser admitida, a praça militar será classificada
pre­ci­sará o objeto que o fundamenta de modo a esclarecer
no comportamento “bom”.
o ato ou fato, podendo ser acompanhado de documentos
comprobatórios.
CAPÍTULO X
§ 5º O recurso hierárquico não poderá tratar de assunto
Dos Recursos Disciplinares
estranho ao ato ou fato que o tenha motivado, nem versar
sobre matéria impertinente ou fútil.
Art. 56. O militar do Estado, que considere a si próprio,
§ 6º Não será conhecido o recurso hierárquico intem­
a  su­bordinado seu ou a serviço sob sua responsabilidade
prejudicado, ofendido ou in­justiçado por ato de superior pes­tivo, procrastinador ou que não apresente fatos ou ar‑
hierárquico, poderá interpor recursos disciplinares. gumentos novos que modifiquem a decisão anteriormente
Parágrafo único. São recursos disciplinares: tomada, devendo ser cientificado o interessado, e publicado
I – pedido de reconsideração de ato; o ato em boletim, no prazo de 10 (dez) dias.
II – recurso hierárquico. Art. 59. Solucionado o recurso hierárquico, encerra‑se
Art. 57. O pedido de reconsideração de ato é recurso para o recorrente a possibilidade administrativa de revisão
interposto, mediante parte ou ofício, à autoridade que pra‑ do ato disciplinar sofrido, exceto nos casos de representação
ticou, ou aprovou, o ato disciplinar que se reputa irregular, previstos nos §§ 3º e 4º do art. 30.
ofensivo, injusto ou ilegal, para que o reexamine. Art. 60. Solucionados os recursos disciplinares e ha­vendo
§ 1º O pedido de reconsideração de ato deve ser enca­ sanção disciplinar a ser cumprida, o militar do Estado iniciará
mi­nhado, diretamente, à  autoridade recorrida e por uma o seu cumpri­mento dentro do prazo de 3 (três) dias:
única vez. I – desde que não interposto recurso hierárquico, no caso
§ 2º O pedido de reconsideração de ato, que tem efeito de solução do pedido de reconsideração;
suspensivo, deve ser apresentado no prazo máximo de 5 II – após solucionado o recurso hierárquico.
(cinco) dias, a contar da data em que o militar do Estado Art. 61. Os prazos para a interposição dos recursos de
tomar ciência do ato que o motivou. que trata este Código são decadenciais.
§ 3º A autoridade a quem for dirigido o pedido de re­
con­sideração de ato deverá, saneando se possível o ato CAPÍTULO XI
praticado, dar solução ao re­curso, no prazo máximo de 10 Da Revisão dos Atos Disciplinares
(dez) dias, a contar da data de recebimento do docu­mento,
dando conhecimento ao interessado, mediante despacho Art. 62. As autoridades competentes para apli­car sanção
fundamentado que deverá ser publicado. disciplinar, exceto as ocupantes dos postos de 1º. tenente a
Legislação

§ 4º O subordinado que não tiver oficialmente conhe­ major, quando tive­rem conhe­cimento, por via recursal ou de
ci­mento da solução do pedido de reconsideração, após 30 ofício, da possível existência de irregulari­dade ou ilegalidade
(trinta) dias contados da data de sua solicitação, poderá na aplicação da sanção imposta por elas ou pelas autoridades
interpor recurso hierárquico no prazo previsto no inciso I subordina­das, podem, de forma motivada e com publicação,
do § 3º, do artigo seguinte. praticar um dos seguintes atos:

Openbook Apostilas 65
I – retificação; c) para o cancelamento de permanência disciplinar ou,
II – atenuação; anteriormente a esta Lei, de detenção: 7 anos;
III – agravação; d) para o cancelamento de custódia disciplinar ou, an‑
IV – anulação. teriormente a esta Lei, de prisão administrativa: 10 anos.
Art. 63. A retificação consiste na correção de irregu­la­ § 2º Independentemente das condições previstas neste
ridade formal sanável, contida na sanção disciplinar aplicada artigo, o  Controlador Geral de Disciplina poderá cancelar
pela própria autori­dade ou por autoridade subordinada. uma ou mais punições do militar que tenha praticado qual‑
Art. 64. A atenuação é a redução da sanção proposta ou quer ação militar considerada especialmente meritória, que
aplicada, para outra menos rigorosa ou, ainda, a redução do não chegue a constituir ato de bravura. Configurado ato de
número de dias da san­ção, nos limites do art. 42, se assim bravura, assim reconhecido, o  Comandante‑Geral poderá
o exigir o interesse da disciplina e a ação educativa sobre o cancelar todas as punições do militar, independentemente
militar do Estado. das condições previstas neste artigo. (Redação dada pela Lei
Art. 65. A agravação é a ampliação do número dos dias nº 14.933, de 8/6/2011)
propostos para uma sanção disciplinar ou a aplicação de § 3º O cancelamento de sanções não terá efeito retroa­
sanção mais rigorosa, nos limites do art. 42, se assim o exigir tivo e não motivará o direito de revisão de outros atos ad‑
o interesse da disciplina e a ação edu­ca­tiva sobre o militar ministrativos decorrentes das sanções canceladas.
do Estado.
Parágrafo único. Não caberá agravamento da sanção CAPÍTULO XIII
em razão da interposição de recurso disciplinar pelo militar Do Processo Regular
acusado.
Art. 66. Anulação é a declaração de invalidade da san­ção Seção I
disciplinar aplicada pela própria autoridade ou por autorida‑ Disposições Gerais
de subordinada, quando, na apreciação do recurso, verificar
a ocorrência de ilegalidade, devendo re­troagir à data do ato. Art. 71. O  processo regular de que trata este Código,
Parágrafo único. A  anulação de sanção administrati‑ para os militares do Estado, será:
vo‑disciplinar so­mente poderá ser feita no prazo de 5 (cinco) I – o Conselho de Justificação, para oficiais;
anos, a contar da data da publicação do ato que se pretende II – v o Conselho de Disciplina, para praças com 10 (dez)
invalidar, ressalvado o disposto no inciso III do art. 41 deste ou mais anos de serviço militar no Estado;
Código. III – o processo administrativo‑disciplinar, para praças
com menos de 10 (dez) anos de serviço militar no Estado;
CAPÍTULO XII IV – o procedimento disciplinar previsto no Capítulo VII
Das Recompensas Militares desta Lei.
§ 1º O processo regular poderá ter por base investigação
Art. 67. As recompensas militares constituem re­conhe­ preliminar, inquérito policial‑militar ou sindicância instau‑
cimento dos bons serviços prestados pelo militar do Estado rada, realizada ou acompanhada pela Controladoria Geral
e consubstan­ciam‑se em prêmios concedidos por atos me‑ dos Órgãos de Segurança Pública e Sistema Penitenciário.
ritórios e serviços relevantes. (Redação dada pela Lei nº 14.933, de 8/6/2011)
Art. 68. São recompensas militares: § 2º A inobservância dos prazos previstos para o proces‑
I – elogio; so regular não acarreta a nulidade do processo, porém os
II – dispensa de serviço; membros do Conselho ou da comissão poderão responder
III – cancelamento de sanções, passíveis dessa medida. pelo retardamento injustificado do processo.
Parágrafo único. O elogio individual, ato administra­tivo Art. 72. O militar do Estado submetido a processo re­
que coloca em relevo as qualidades morais e profissionais gular deverá, quando houver possibilidade de prejuízo
do militar, poderá ser formulado independentemente da para a hierar­quia, disciplina ou para a apuração do fato, ser
classificação de seu comportamento e será regis­trado nos designado para o exercício de outras funções, en­quanto
assentamentos. perdurar o processo, podendo ainda a autoridade instaura‑
Art. 69. A dispensa do serviço é uma recompensa militar dora proibir‑lhe o uso do uniforme e o porte de arma, como
e somente poderá ser concedida por oficiais dos postos de medida cautelar.
tenente‑coronel e coronel a seus subordinados funcionais. Parágrafo único. Não impede a instauração de novo
Parágrafo único. A concessão de dispensas do serviço, processo regular, caso surjam novos fatos ou evidências
observado o disposto neste artigo, fica limitada ao máximo posteriormente à conclusão dos trabalhos na instância
de 6(seis) dias por ano, sendo sempre publicada em boletim. administrativa, a absolvição, administrativa ou judicial, do
Art. 70. O cancelamento de sanções disciplinares consiste militar do Estado em razão de:
na retirada dos registros realizados nos assentamentos in‑ I – não haver prova da existência do fato;
dividuais do militar da ativa, relativos às penas disciplinares II – falta de prova de ter o acusado concorrido para a
que lhe foram aplicadas, sendo inaplicável às sanções de re‑ transgressão; ou,
forma administrativa disciplinar, de demissão e de expulsão. III – não existir prova suficiente para a condenação.
§ 1º O cancelamento de sanções é ato do Controlador Art. 73. Aplicam‑se a esta Lei, subsidiariamente, pela
Ge­ral de Disciplina, praticado a pedido do interessado, e o ordem, as normas do Código do Processo Penal Militar, do
seu deferimento dependerá do reconhecimento de que o Código de Processo Penal e do Código de Processo Civil.
interessado vem prestando bons serviços à Corporação, Art. 74. Extingue‑se a punibilidade da transgressão
comprovados em seus assentamentos, e depois de decorri‑ disciplinar pela:
Legislação

dos os lapsos temporais a seguir indicados, de efetivo serviço I  – passagem do transgressor da reserva remunerada
sem qualquer outra sanção, a contar da data da última pena para a reforma ou morte deste;
imposta:( Redação dada pela Lei nº 14.933, de 8/6/2011) II – v prescrição.
a) para o cancelamento de advertência: 2 anos; § 1º A prescrição de que trata o inciso II deste artigo se
b) para o cancelamento de repreensão: 3 anos; verifica:

66 Openbook Apostilas
a) em 2 (dois) anos, para transgressão sujeita à adver‑ Art. 79. Reunido o Conselho de Justificação, convocado
tência e repreensão; previamente por seu Presidente, em local, dia e hora desig‑
b) em 3 (três) anos, para transgressão sujeita à perma‑ nados com antecedência, presentes o acusado e seu defen‑
nência disciplinar; sor, o Presidente manda proceder à leitura e a autuação dos
c) em 4 (quatro) anos, para transgressão sujeita à cus‑ documentos que instruíram e os que constituíram o ato de
tódia disciplinar; nomeação do Conselho; em seguida, ordena a qualificação e
d) em 5 (cinco) anos, para transgressão sujeita á reforma o interrogatório do justificante, previamente cientificado da
administrativa; disciplinar, demissão, expulsão e proibição acusação, sendo o ato reduzido a termo, assinado por todos
do uso do uniforme e do porte de arma; os membros do Conselho, pelo acusado e pelo defensor,
e) no mesmo prazo e condição estabelecida na legislação fazendo‑se a juntada de todos os documentos por este acaso
penal, especialmente no código penal ou penal militar, para oferecidos em defesa.
transgressão compreendida também como crime. § 1º Sempre que o acusado não for localizado ou deixar
§  2º O início da contagem do prazo de prescrição de de atender à intimação formal para comparecer perante
qualquer transgressão disciplinar é da data em que foi pra‑ o Conselho de Justificação serão adotadas as seguintes
ticada, interrompendo‑se pela instauração de sindicância, providências:
de conselho de justificação ou disciplina ou de processo
a) a intimação é publicada em órgão de divulgação com
administrativo‑disciplinar ou pelo sobrestamento destes.
circulação na respectiva OPM ou OBM;
b) o processo corre à revelia do acusado, se não atender
Seção II
Do Conselho de Justificação à publicação, sendo desnecessária sua intimação para os
demais atos processuais.
Art. 75. O Conselho de Justificação destina‑se a apurar § 2º Ao acusado revel será nomeado defensor dativo,
as transgressões disciplinares cometidas por oficial e a in‑ por solicitação do Controlador Geral de Disciplina, para
capacidade deste para permanecer no ser­viço ativo militar. promover a defesa do oficial justificante, sendo o defensor
Parágrafo único. O  Conselho de Justificação aplica‑se intimado para acompanhar os atos processuais.(Redação
também ao oficial inativo presumivelmente incapaz de dada pela Lei nº 14.933, de 8/6/2011)
permanecer na situação de inatividade. § 3º Reaparecendo, o revel poderá acompanhar o pro‑
Art. 76. O oficial submetido a Conselho de Justificação e cesso no estágio em que se encontrar, podendo nomear ad‑
considerado culpado, por decisão unânime, deverá ser agre‑ vogado de sua escolha, em substituição ao defensor público.
gado disciplinarmente mediante ato do Comandante‑Geral, § 4º Aos membros do Conselho de Justificação é lícito
até decisão final do Tribunal competente, fi­cando: reinquirir o acusado e as testemunhas sobre o objeto da
I – afastado das suas funções e adido à Unidade que lhe acusação e propor diligências para o esclarecimento dos
for designada; fatos. O  reconhecimento de firma somente será exigido
II – proibido de usar uniforme e de portar arma; quando houver dúvida de autenticidade.
III – mantido no respectivo Quadro, sem número, não § 5º Em sua defesa, pode o acusado requerer a produção,
con­correndo à promoção. perante o Conselho de Justificação, de todas as provas per‑
Art. 77. A  constituição do Conselho de Justificação mitidas no Código de Processo Penal Militar. A autenticação
dar‑se‑á por ato do Governador do Estado, ou do Contro‑ de documentos exigidos em cópias poderá ser feita pelo
lador Geral de Disciplina, composto por no mínimo 3(três) órgão administrativo.
oficiais, sejam Militares ou Bombeiros Militares Estaduais, §  6º As provas a serem colhidas mediante carta pre‑
ou das Forças Armadas, tendo no mínimo 1 (um) Oficial catória serão efetuadas por intermédio da autoridade
intermediário, recaindo sobre o mais antigo a presidência, Policial‑Militar ou, na falta desta, da Policia Judiciária local.
e um assistente, que servirá como secretário. (Redação dada Art. 80. O  acusado poderá, após o interrogatório, no
pela Lei nº 14.933, de 8/6/2011) prazo de três dias, oferecer defesa prévia, arrolando até
§ 1º . Quando o justificante for oficial superior do último três testemunhas e requerer a juntada de documentos que
posto, o Conselho será formado por oficiais daquele posto, entender convenientes à sua defesa.
da ativa ou na inatividade, mais antigos que o justificante, Art. 81. Apresentada ou não a defesa, proceder‑se‑á à
salvo na impossibilidade. Quando o justificante for oficial da inquirição das testemunhas, devendo as de acusação, em
reserva remunerada, um dos membros do Conselho poderá
número de até três, serem ouvidas em primeiro lugar.
ser da reserva remunerada.
Parágrafo único. As testemunhas de acusação que nada
§ 2º Não podem fazer parte do Conselho de Justificação:
disserem para o esclarecimento dos fatos, a Juízo do Con‑
I – o Oficial que formulou a acusação;
II – os Oficiais que tenham entre si, com o acusador ou selho de Justificação, não serão computadas no número
com o acusado, parentesco consanguíneo ou afim, na linha previsto no caput, sendo desconsiderado seu depoimento.
reta ou até o quarto grau de consanguinidade colateral ou Art. 82. O acusado e seu advogado, querendo, poderão
de natureza civil; comparecer a todos os atos do processo conduzido pelo
III – os Oficiais que tenham particular interesse na decisão Conselho de Justificação, sendo para tanto intimados, res‑
do Conselho de Justificação; e salvado o caso de revelia.
IV – os Oficiais subalternos. Parágrafo único. O  disposto no caput não se aplica à
§ 3º O Conselho de Justificação funciona sempre com a sessão secreta de deliberação do Conselho de Justificação.
totalidade de seus membros, em local que a autoridade Art. 83. Encerrada a fase de instrução, o oficial acusado
nomeante, ou seu presidente, julgue melhor indicado para será intimado para apresentar, por seu advogado ou de‑
a apuração dos fatos. fensor público, no prazo de 15 (quinze) dias, suas razões
Legislação

Art. 78. O Conselho de Justificação dispõe de um prazo finais de defesa.


de 60(sessenta) dias, a  contar da data de sua nomeação, Art. 84. Apresentadas as razões finais de defesa, o Con‑
para a conclusão de seus trabalhos relativos ao processo, selho de Justificação passa a deliberar sobre o julgamento
e  de mais 15 (quinze) dias para deliberação, confecção e do caso, em sessão, facultada a presença do advogado do
remessa do relatório conclusivo. militar processado, elaborando, ao final, relatório conclusivo.

Openbook Apostilas 67
§ 1º O relatório conclusivo, assinado por todos os mem‑ (um) Oficial intermediário, recaindo sobre o mais antigo a
bros do Conselho de Justificação, deve decidir se o oficial presidência, e um assistente, que servirá como secretário.
justificante: (Redação dada pela Lei nº 14.933, de 8/6/2011)
I – é ou não culpado das acusações; § 2º O mais antigo do Conselho, no mínimo um capi­tão,
II – está ou não definitivamente inabilitado para o aces‑ será o presidente e o que se lhe seguir em antiguidade ou
so, o  oficial considerado provisoriamente não habilitado precedência funcional será o in­ter­rogante, sendo o relator
no momento da apreciação de seu nome para ingresso em e escrivão o mais moderno.
Quadro de Acesso; § 3º Entendendo necessário, o presidente poderá no­
III – está ou não incapaz de permanecer na ativa ou na mear um subtenente ou sargento para funcionar como
situação em que se encontra na inatividade. escrivão no processo, o qual não integrará o Conselho.
§ 2º A decisão do Conselho de Justificação será tomada § 4º Não podem fazer parte do Conselho de Disciplina:
por maioria de votos de seus membros, facultada a justifi‑ I – o Oficial que formulou a acusação;
cação, por escrito, do voto vencido. II – os Oficiais que tenham entre si, com o acusador ou
Art. 85. Elaborado o relatório conclusivo, será lavrado com o acusado, parentesco consanguíneo ou afim, na linha
termo de encerramento, com a remessa do processo, pelo reta ou até o quarto grau de consanguinidade colateral ou
Presidente do Conselho de Justificação, ao Controlador Geral de natureza civil; e,
de Disciplina. (Redação dada pela Lei nº 14.933, de 8/6/2011) III – os Oficiais que tenham particular interesse na decisão
Art. 86. Recebidos os autos do processo regular do do Conselho de Disciplina.
Conselho de Justificação, o Governador do Estado decidirá § 5º O Conselho de Disciplina funciona sempre com a
se aceita ou não o julgamento constante do relatório con‑ totalidade de seus membros, em local que a autoridade
clusivo, determinando: nomeante, ou seu presidente, julgue melhor indicado para
I  – o arquivamento do processo, caso procedente a a apuração dos fatos.
justificação; §  6º A instauração de Conselho de Disciplina importa
II – a aplicação da pena disciplinar cabível, adotando as no afastamento da praça do exercício de qualquer função
razões constantes do relatório conclusivo do Conselho de policial, para que permaneça à disposição do Conselho.
Justificação ou concebendo outros fundamentos; Art. 89. As autoridades referidas no artigo anterior po­
III – a adoção das providências necessárias à transferên‑ dem, com base na natureza da falta ou na inconsistência
cia para a reserva remunerada, caso considerado o oficial dos fatos apontados, consi­derar, desde logo, insuficiente a
definitivamente não habilitado para o acesso; acusação e, em consequência, deixar de instaurar o Conselho
IV – a remessa do processo ao Auditor da Justiça Militar de Disciplina, sem prejuízo de novas diligências.
do Estado, caso a acusação julgada administrativamente Art. 90. O Conselho de Disciplina poderá ser instaurado,
procedente seja também, em tese, crime; indepen­dentemente da existência ou da instauração de
V  – a remessa do processo ao Tribunal de Justiça do inquérito policial comum ou militar, de processo criminal
Estado, quando a pena a ser aplicada for a de reforma ad‑ ou de sentença criminal transitada em julgado.
ministrativa disciplinar ou de demissão, em conformidade Parágrafo único. Se no curso dos trabalhos do Conse­lho
com o disposto no art. 176, § 8º, da Constituição Estadual. surgirem indícios de crime comum ou militar, o presidente
Art. 87. No Tribunal de Justiça, distribuído o processo, deverá extrair cópia dos autos, remetendo‑os, por ofício,
o relator mandará citar o oficial acusado para, querendo, à autoridade competente para início do respectivo inquérito
oferecer defesa, no prazo de 10 (dez) dias, sobre a conclusão policial ou da ação penal cabível.
do Conselho de Justificação e a decisão do Governador do Art. 91. Será instaurado apenas um processo quando o
Estado, em seguida, mandará abrir vista para o parecer do ato ou atos motivadores tenham sido praticados em con‑
Ministério Público, no prazo de 10(dez) dias, e, na sequência, curso de agentes.
efetuada a revisão, o processo deverá ser incluído em pauta § 1º Havendo 2 (dois) ou mais acusados pertencentes a
para julgamento. Corporações Militares diversas, o processo será instaurado
§  1º O Tribunal de Justiça, caso julgue procedente a pelo Secretário de Segurança Pública e Defesa Social, ou pelo
acusação, confirmando a decisão oriunda do Executivo, Controlador Geral de Disciplina dos Órgãos de Segurança
declarará o oficial indigno do oficialato ou com ele incom‑ Pública e Sistema Penitenciário. (Redação dada pela Lei
patível, decretando: nº 14.933, de 8/6/2011)
I – a perda do posto e da patente; ou, § 2º Existindo concurso ou continuidade infracional, de­
II – a reforma administrativa disciplinar, no posto que verão todos os atos censuráveis constituir o libelo acusatório
o oficial possui na ativa, com proventos proporcionais ao da portaria.
tempo de serviço militar. § 3º Surgindo, após a elaboração da portaria, elementos
§ 2º Publicado o acórdão do Tribunal, o Governador do de autoria e materialidade de infração disciplinar conexa,
Estado decretará a demissão ex officio ou a reforma admi‑ em continuidade ou em con­curso, esta poderá ser aditada,
nistrativa disciplinar do oficial transgressor. abrindo‑se novos prazos para a defesa.
Art. 92. O Conselho de Disciplina dispõe de um prazo de
Seção III 45(quarenta e cinco) dias, a contar da data de sua nomeação,
Do Conselho de Disciplina para a conclusão de seus trabalhos relativos ao processo,
e  de mais 15 (quinze) dias para deliberação, confecção e
Art. 88. O Conselho de Disciplina destina‑se a apurar as remessa do relatório conclusivo.
transgressões disciplinares cometidas pela praça da ativa Art. 93. Reunido o Conselho de Disciplina, convocado
ou da reserva remunerada e a incapacidade moral desta previamente por seu Presidente, em local, dia e hora desig‑
Legislação

para permanecer no serviço ativo militar ou na situação de nados com antecedência, presentes o acusado e seu defen‑
inatividade em que se encontra. sor, o Presidente manda proceder a leitura e a autuação dos
§  1º O Conselho de Disciplina será composto por no documentos que instruíram e os que constituíram o ato de
mínimo 3(três) oficiais, sejam Militares ou Bombeiros Mili‑ nomeação do Conselho; em seguida, ordena a qualificação
tares Estaduais, ou das Forças Armadas, tendo no mínimo 1 e o interrogatório da praça, previamente cientificada da

68 Openbook Apostilas
acusação, sendo o ato reduzido a termo, assinado por todos § 2º A decisão do Conselho de Disciplina será tomada por
os membros do Conselho, pelo acusado e pelo defensor, maioria de votos de seus membros, facultada a justificação,
fazendo‑se a juntada de todos os documentos por este acaso por escrito, do voto vencido.
oferecidos em defesa. Art. 99. Elaborado o relatório conclusivo, será lavrado
§ 1º Sempre que a praça acusada não for localizada ou termo de encerramento, com a remessa do processo, pelo
deixar de atender à intimação formal para comparecer pe‑ presidente do Conselho de Disciplina, à autoridade compe‑
rante o Conselho de Disciplina serão adotadas as seguintes tente para proferir a decisão, a qual dentro do prazo de 20
providências: dias, decidirá se aceita ou não o julgamento constante do
a) a intimação é publicada em órgão de divulgação com relatório conclusivo, determinando:
circulação na respectiva OPM ou OBM; I  – o arquivamento do processo, caso improcedente
b) o processo corre à revelia do acusado, se não atender a acusação, adotando as razões constantes do relatório
à publicação, sendo desnecessária sua intimação para os conclusivo do Conselho de Disciplina ou concebendo outros
demais atos processuais. fundamentos;
§ 2º Ao acusado revel será nomeado defensor público, II – a aplicação da pena disciplinar cabível, adotando as
indicado pela Defensoria Publica do Estado, por solicitação razões constantes do relatório conclusivo do Conselho de
do Comandante‑Geral da Corporação, para promover a de‑ Disciplina ou concebendo outros fundamentos;
fesa da praça, sendo o defensor intimado para acompanhar III – a adoção das providências necessárias à efetivação
os atos processuais. da reforma administrativa disciplinar ou da demissão ou da
§ 3º Reaparecendo, o revel poderá acompanhar o pro‑ expulsão;
cesso no estágio em que se encontrar, podendo nomear ad‑ IV – a remessa do processo ao Auditor da Justiça Militar
vogado de sua escolha, em substituição ao defensor público. do Estado, caso a acusação julgada administrativamente
§  4º Aos membros do Conselho de Disciplina é lícito procedente seja também, em tese, crime.
reinquirir o acusado e as testemunhas sobre o objeto da § 1º A decisão proferida no processo deve ser publicado
acusação e propor diligências para o esclarecimento dos oficialmente no Boletim da Corporação e transcrita nos
fatos. O  reconhecimento de firma somente será exigido assentamentos da Praça.
quando houver dúvida de autenticidade. § 2º A reforma administrativa disciplinar da Praça é efeti‑
§ 5º Em sua defesa, pode o acusado requerer a produção, vada no grau hierárquico que possui na ativa, com proventos
perante o Conselho de Disciplina, de todas as provas permi‑ proporcionais ao tempo de serviço.
Art. 100. O acusado ou, no caso de revelia, o seu De‑
tidas no Código de Processo Penal Militar. A autenticação de
fensor que acompanhou o processo pode interpor recurso
documentos exigidos em cópias poderá ser feita pelo órgão
contra a decisão final proferida no Conselho de Disciplina,
administrativo.
no prazo de 5 (cinco) dias, para a autoridade que instaurou
§  6º As provas a serem colhidas mediante carta pre‑
o processo regular.
catória serão efetuadas por intermédio da autoridade
Parágrafo único. O prazo para a interposição do recurso
policial‑militar ou bombeiro‑militar, na falta destas, da Polícia
é contado da data da intimação pessoal do acusado ou de
Judiciária local. seu advogado ou defensor, ou, havendo qualquer dificuldade
Art. 94. O  acusado poderá, após o interrogatório, no para estas se efetivarem, da data da publicação no Boletim
prazo de três dias, oferecer defesa prévia, arrolando até da Corporação.
três testemunhas e requerer a juntada de documentos que Art. 101. Cabe à autoridade que instaurou o processo
entender convenientes à sua defesa. regular, em última instância, julgar o recurso interposto
Art. 95. Apresentada ou não a defesa, proceder‑se‑á à contra a decisão proferida no processo do Conselho de
inquirição das testemunhas, devendo as de acusação, em Disciplina, no prazo de 30 (trinta) dias, contados da data do
número de até três, serem ouvidas em primeiro lugar. recebimento do processo com o recurso.
Parágrafo único. As testemunhas de acusação que nada Art. 102. A decisão do Secretário de Segurança Pública e
disserem para o esclarecimento dos fatos, a Juízo do Conse‑ Defesa Social e do Controlador Geral de Disciplina, proferida
lho de Disciplina, não serão computadas no número previsto em única instância, caberá revisão processual ao Governa‑
no caput, sendo desconsiderado seu depoimento. dor do Estado, e nos demais casos ao Controlador Geral de
Art. 96. O acusado e seu advogado, querendo, poderão Disciplina, desde que contenha fatos novos, será publicada
comparecer a todos os atos do processo conduzido pelo em boletim, e o não atendimento desta descrição ensejará o
Conselho de Disciplina, sendo para tanto intimados, ressal‑ indeferimento liminar. (Redação dada pela Lei nº 14.933,de
vado o caso de revelia. 8/6/2011)
Parágrafo único. O  disposto no caput não se aplica à
sessão secreta de deliberação do Conselho de Disciplina. Seção IV
Art. 97. Encerrada a fase de instrução, a praça acusada Do Processo Administrativo‑Disciplinar
será intimada para apresentar, por seu advogado ou de‑
fensor público, no prazo de 8 (oito) dias, suas razões finais Art. 103. O  processo administrativo‑disciplinar é o
de defesa. processo regular, realizado por comissão processante, com‑
Art. 98. Apresentadas as razões finais de defesa, o Con‑ posta por 3 (três) membros que serão indicados por ato do
selho de Disciplina passa a deliberar sobre o julgamento do Controlador Geral de Disciplina, ou a quem por delegação
caso, em sessão, facultada a presença do advogado do militar couber, dentre Delegados de Polícia ou Servidores Públicos
processado, elaborando, ao final, o relatório conclusivo. Estáveis, sendo 1 (um) presidente, 1 (um) secretário e 1 (um)
§  1º O relatório conclusivo, assinado por todos os membro. (Redação dada pela Lei nº 14.933, de 8/6/2011)
Legislação

membros do Conselho de Disciplina, deve decidir se a praça Parágrafo único. A comissão processante dispõe de um
acusada: prazo de 30 (trinta) dias, a contar da data de sua nomeação,
I – é ou não culpada das acusações; para a conclusão de seus trabalhos relativos ao processo,
II – está ou não incapacitada de permanecer na ativa ou e  de mais 15 (quinze) dias para deliberação, confecção e
na situação em que se encontra na inatividade. remessa do relatório conclusivo.

Openbook Apostilas 69
CAPÍTULO XIV Valores da CGD
Disposições Finais • Respeito à dignidade da pessoa humana.
• Ética.
Art. 104. Para os efeitos deste Código, conside­ra‑se • Compromisso social.
Comandante de Unidade o oficial que estiver exercendo fun‑ • Compromisso institucional.
ções privativas dos postos de coronel e de tenente‑coronel. • Garantia do devido processo legal.
Parágrafo único. As  expressões diretor e chefe têm o • Transparência.
mesmo significado de Comandante de Unidade.
Art. 105. Os  Comandantes‑Gerais poderão baixar ins‑ Competências Institucionais da CGD
truções com­plementares conjuntas, necessárias à interpre‑
tação, orientação e fiel aplicação do disposto neste Código. Acessar
Art. 106. Esta Lei entra em vigor 60 (sessenta) dias após • diretamente quaisquer bancos de dados funcionais
a data de sua publicação, revogadas todas as disposições dos integrantes da Secretaria da Segurança Pública e
em contrário, em especial as Leis nºs 10.280, de 5 de julho Defesa Social e Secretaria de Justiça.
de 1989, e 10.341, de 22 de novembro de 1979, o Decreto
nº 14.209, de 19 de dezembro de 1980, e as constantes da Lei Aplicar e acompanhar
nº 10.072, de 20 de dezembro de 1976, e de suas alterações. • o cumprimento de punições disciplinares.
PALÁCIO DO GOVERNO DO ESTADO DO CEARÁ, em For‑
taleza, 21 de novembro de 2003. Auxiliar
• os órgãos estaduais nas atividades de investigação
Lúcio Gonçalo de Alcântara social dos candidatos aprovados em concurso público
GOVERNADOR DO ESTADO DO CEARÁ
para provimento de cargos.

Lei Complementar Estadual nº 98/2011 Avocar


• quaisquer processos administrativos disciplinares,
A Lei Complementar nº 98, de 13 de junho de 2011, criou sindicâncias civis e militares, para serem apurados e
a Controladoria Geral de Disciplina dos Órgãos de Segurança processados pela CGD.
Pública e Sistema Penitenciário do Estado do Ceará, estabele‑
cendo seus os objetivos e competências. Com a criação da Con‑ Criar
troladoria Geral de disciplina, foi extinta a antiga Corregedoria • grupos de trabalho ou comissões, de caráter transitó‑
Geral dos Órgãos de Segurança Pública e Defesa Social. Criou rio, para atuar em projetos e programas específicos,
também Comissões Civis Permanentes de Processos Disciplina‑ podendo contar com a participação de outros órgãos e
res e autorizou a criação de Conselhos Militares Permanentes entidades da Administração Pública Estadual, Federal
de Justificação e Conselhos Militares Permanente de Disciplina. e Municipal.
Foram criados os cargos de direção e assessoramento
para o novo órgão e disciplinada a designação de servidores
Encaminhar
públicos estaduais para nele servirem.
• à Procuradoria Geral de Justiça do Estado (PGJ) cópia
Por fim, a Lei criou o Grupo Tático de Atividade Correi‑
dos procedimentos e/ou processos cuja conduta apura‑
cional (GTAC).
da, também constitua ou apresente indícios de ilícitos
Vejamos os principais pontos trazidos pela Lei e que po‑
penais e/ou improbidade administrativa, e a Procura‑
dem ser objeto de avaliação em sua prova.
doria Geral do Estado (PGE) todos que recomendem
medida judicial e/ou ressarcimento ao erário.
Controladoria Geral de Disciplina
Exercer
A Controladoria Geral de Disciplina dos Órgãos de Se‑
• as funções de orientação, controle, acompanhamento,
gurança Pública e Sistema Penitenciário (CGD), criada pela
investigação, auditoria, processamento e punição disci‑
Emenda Constitucional Estadual nº 70, de 18 de janeiro de
plinares das atividades desenvolvidas pelos servidores
2011, e pela Lei Complementar nº 98, de 13 de junho de
integrantes do grupo de atividade de polícia judiciária,
2011, estruturada pelo Decreto nº 30.608, de 22 de julho
policiais militares, bombeiros militares e agentes peni‑
de 2011, e reestruturada pelo Decreto nº 30.993, de 11 de
setembro de 2012, constitui órgão da Administração Direta tenciários, sem prejuízo das atribuições institucionais
do Poder Executivo Estadual, com autonomia administrativa destes órgãos, previstas em lei.
e financeira, diretamente subordinado ao Governador do
Estado do Ceará. Expedir
• recomendações e provimentos de caráter correicional.
Missão da CGD
• Aumentar a transparência da gestão governamental. Instaurar, proceder e acompanhar,
• Combater a corrupção e o abuso no exercício da ativi‑ • de ofício ou por determinação do Governador do Es‑
dade policial ou de segurança penitenciária, buscando tado, os processos administrativos disciplinares, civis
uma maior eficiência dos serviços policiais e de segu‑ ou militares para apuração de responsabilidades.
rança penitenciária, prestados à sociedade.
Manter
Legislação

Em outras palavras, a CGD, órgão de controle externo • contato constante com os vários órgãos do Estado,
disciplinar, tem como missão prevenir e reprimir os desvios estimulando-os a atuar em permanente sintonia com
de conduta de integrantes dos Órgãos de Segurança Pública as atribuições da CGD e apoiar os órgãos de controle
e Sistema Penitenciário, contribuindo para a melhoria dos externo no exercício de suas missões institucionais,
serviços prestados à sociedade. inclusive firmando convênios e parcerias.

70 Openbook Apostilas
Participar e Colaborar Requisitar
• com a Academia Estadual de Segurança Pública (AESP), • a instauração e acompanhar as sindicâncias para a apu‑
na elaboração de planos de capacitação, bem como na ração de fatos ou transgressões disciplinares praticadas
promoção de cursos de formação, aperfeiçoamento e por servidores integrantes do grupo de atividade de po‑
especialização relacionados com as atividades desen‑ lícia judiciária, policiais militares, bombeiros militares,
volvidas pelo órgão. servidores da Perícia Forense, e agentes penitenciários;
• diretamente aos órgãos da Secretaria da Segurança
Realizar Pública e Defesa Social (SSPDS) e da Secretaria da Jus‑
• correições, inspeções, vistorias e auditorias administra‑ tiça e Cidadania (Sejus), toda e qualquer informação
tivas, visando à verificação da regularidade e eficácia ou documentação necessária ao desempenho de suas
dos serviços, e a proposição de medidas, bem como a atividades de orientação, controle, acompanhamento,
sugestão de providências necessárias ao seu aprimo‑ investigação, auditoria, processamento e punição dis‑
ramento. ciplinares.

Receber Ter
• sugestões, reclamações, representações e denúncias, • acesso a qualquer banco de dados de caráter público no
em desfavor dos servidores integrantes do grupo de âmbito do Poder Executivo do Estado, bem como aos
atividade de polícia judiciária, policiais militares, bom‑ locais que guardem pertinência com suas atribuições.
beiros militares, servidores da Perícia Forense, e agen‑
tes penitenciários, com vistas ao esclarecimento dos Vejamos, agora, a estrutura organizacional da Controla‑
fatos e a responsabilização dos seus autores. doria Geral de Disciplina (CGD).

Estrutura Organizacional da CGD11

Direção Superior • Controlador Geral de Disciplina


• Controlador Geral Adjunto de Disciplina
Gerência Superior • Secretaria Executiva
Órgãos de assessoramento 1. Assessoria Jurídica
2. Assessoria de Desenvolvimento Institucional
Órgãos de execução programática 3. Coordenadoria de Inteligência:
3.1 Célula de Monitoramento
3.2 Célula de Atividade de Campo
4. Coordenadoria de Disciplina Civil:
4.1 Célula de Sindicância Civil
4.2 Célula de Processo Administrativo Disciplinar Civil
4.3 Célula de Processo Administrativo Disciplinar Penitenciário
5. Coordenadoria de Disciplina Militar:
5.1 Célula de Sindicância Militar
5.2 Célula de Conselho de Justificação Militar
5.3 Célula de Conselho de Disciplina Militar
6. Grupo Tático de Atividade Correicional:
6.1 Célula de Investigação Preliminar
6.2 Célula de Fiscalização e Correição
7. Célula de Registro e Controle de Procedimentos Disciplinares
8. Célula Regional de Disciplina do Cariri
9. Célula Regional de Disciplina do Vale do Acaraú
10. Célula Regional do Sertão Central
Órgãos de Execução Instrumental 11. Coordenadoria Administrativo-Financeira:
11.1 Célula de Gestão Financeira
11.2 Célula de Gestão de Pessoas
11.3 Célula de Suporte Logístico
12. Célula de Tecnologia da Informação e Comunicação
Órgão de deliberação colegiada 13. Conselho de Disciplina e Correição dos Órgãos de Segurança Pública e Sistema
Penitenciário do Estado do Ceará.12

Conforme veremos quando de sua leitura, apenas al‑ órgãos e respectivas atribuições estão previstas no Decreto
guns órgãos foram tratados pela Lei em comento. Os demais nº 30.993/2012.

11
Atualmente, a organização administrativa da Controladoria Geral de Disci‑ Controlador Geral de Disciplina
plina dos órgãos de segurança pública e sistema penitenciário do Estado de
Ceará (CGD) está regulada no Decreto Estadual nº 30.993, de 11 de setembro O Controlador Geral de Disciplina de livre nomeação e
Legislação

de 2012.
12
Os membros integrantes do Conselho de Disciplina e Correição dos Órgãos exoneração pelo Governador do Estado, escolhido dentre
de Segurança Pública e Sistema Penitenciário do Estado do Ceará tem direito profissionais bacharéis em Direito, de conduta ilibada, sem
ao pagamento de verba indenizatória, por presença em sessão, equivalente vínculo funcional com os órgãos que compõem a Secretaria
a R$ 2.000,00 (dois mil reais), ficando o pagamento limitado ao máximo de
2 (duas) sessões mensais. O Regimento Interno do Conselho de Disciplina e
da Segurança Pública e Defesa Social e a Secretaria de Justiça
Correição está regulado no Decreto nº 30.716, de 21 de outubro de 2011. e Cidadania.

Openbook Apostilas 71
Atribuições do Controlador Geral de Disciplina Expedir
• provimentos correcionais ou de cunho recomendató‑
Assessorar rios.
• o Governador do Estado nos assuntos de sua compe‑
tência, elaborando pareceres e estudos ou propondo Fixar
normas, medidas e diretrizes, inclusive medidas de • a interpretação dos atos normativos disciplinares de
caráter administrativo/disciplinar. sua competência, editando recomendações a serem
uniformemente seguidas pelos Órgãos e entidades su‑
Controle, acompanhamento, investigação, auditoria, bordinados à Secretaria da Segurança Pública e Defesa
processamento e punição disciplinar Social e à Secretaria de Justiça e Cidadania.
• das atividades desenvolvidas pelos policiais civis, poli‑
ciais militares, bombeiros militares e agentes peniten‑ Integrar
ciários. • o Conselho de Segurança Pública previsto na Consti‑
tuição do Estado do Ceará.
Convocar
• quaisquer servidores públicos estaduais para presta‑ Instaurar
rem informações e esclarecimentos, no exercício de • o Conselho de Disciplina e o Conselho de Justificação,
sua competência, configurando infração disciplinar o de acordo com o art. 77 da Lei nº 13.407/2003.14
não comparecimento.
Processar
Dirigir, definir, planejar, controlar, orientar e estabelecer • as sindicâncias e processos administrativos disciplina‑
• as políticas, as diretrizes e as normas de organização res civis e militares avocados pela Controladoria Geral
interna, bem como as atividades desenvolvidas pelo de Disciplina e aplicar quaisquer penalidades, salvo as
Órgão. de demissão.

Dispor Ratificar
• sobre o Regimento Interno da Controladoria Geral de • ou anular decisões de sindicâncias e de processos ad‑
Disciplina, a ser aprovado por Decreto do Chefe do ministrativos disciplinares de sua competência, ressal‑
Poder Executivo. vadas as proferidas pelo Governador do Estado.

Editar Requisitar
• enunciados de súmula administrativa/disciplinar de • servidores dos órgãos estaduais, para o desempenho
sua competência, resultantes de jurisprudência itera‑ das atividades da Controladoria Geral de Disciplina
tiva dos Tribunais e das manifestações da Procuradoria sendo-lhes assegurados todos os direitos e vantagens
Geral do Estado; a que fazem jus no órgão ou entidade de origem, in‑
• e praticar os atos normativos inerentes às suas atribui‑ clusive a promoção.
ções, bem como exercer outras atribuições correlatas
ou que lhe venham a ser atribuídas, ou as delegadas Representar
pelo Governador do Estado, além das atribuições pre‑ • pela instauração de inquérito policial civil ou militar
vistas nos arts. 82 e 84 da Lei nº 13.875/2007.13 visando a apuração de ilícitos, acompanhando a do‑
cumentação que dispuser.
13
Veja o que diz os arts. 82 e 84 da Lei nº 13.875, de 7 de fevereiro de 2007:
Art. 82. Constituem atribuições básicas dos Secretários de Estado, além das
previstas na Constituição Estadual: I – promover a administração geral da do Poder Judiciário, ouvindo previamente a Procuradoria-Geral do Estado,
respectiva Secretaria, em estreita observância às disposições normativas e do Poder Legislativo; XIX – instaurar sindicâncias e determinar a abertura
da Administração Pública Estadual; II – exercer a representação política e de processo administrativo-disciplinar contra servidores públicos faltosos,
institucional do setor específico da Pasta, promovendo contatos e relações aplicando as penalidades de sua competência; XX – desempenhar outras
com autoridades e organizações de diferentes níveis governamentais; III tarefas que lhe forem determinadas pelo Governador do Estado, nos limi‑
– assessorar o Governador e colaborar com outros Secretários de Estado tes de sua competência constitucional e legal. §1º Os Secretários de Estado
em assuntos de competência da Secretaria de que é titular; IV – despachar terão honras compatíveis com a dignidade da função. § 2º São Secretários
com o Governador do Estado; V – participar das reuniões do Secretariado de Estado: o Procurador-Geral do Estado, o Controlador-Geral de Disciplina,
com Órgãos Colegiados Superiores quando convocado; VI – fazer indicação o Chefe da Casa Militar, o Presidente do Conselho Estadual de Educação, o
ao Governador do Estado para o provimento de cargos de Direção e As‑ Assessor para Assuntos Internacionais, o Assessor Especial de Acolhimento
sessoramento, atribuir gratificações e adicionais, na forma prevista em Lei, aos Movimentos Sociais. §3º Equipara-se aos Secretários de Estado o Asses‑
dar posse aos servidores e inaugurar o processo disciplinar no âmbito da sor Especial do Governador. (...) Art. 84. As atribuições e responsabilidades
Secretaria; VII – promover o controle e a supervisão das Entidades da Ad‑ específicas de cada um dos Secretários, Secretários Adjuntos e Secretários
ministração Indireta vinculada à Secretaria; VIII – delegar atribuições aos Executivos poderão ser complementadas em Regulamentos, editados pelo
Secretários Adjunto e Executivo; IX – atender às solicitações e convocações Chefe do Poder Executivo.
da Assembléia Legislativa; X – apreciar, em grau de recurso hierárquico, 14
Art. 77. A constituição do Conselho de Justificação dar-se-á por ato do Go‑
quaisquer decisões no âmbito da Secretaria, dos Órgãos e das Entidades a vernador do Estado ou do Controlador Geral de Disciplina, composto, cada
ela subordinadas ou vinculadas, ouvindo sempre a autoridade cuja decisão um, por 3 (três) Oficiais, sejam Militares ou Bombeiros Militares Estaduais,
ensejou o recurso, respeitados os limites legais; XI – decidir, em despacho ou das Forças Armadas, dos quais, um Oficial Intermediário, recaindo sobre
motivado e conclusivo, sobre assuntos de sua competência; XII – autorizar a o mais antigo a presidência da Comissão, outro atuará como interrogante e o
instalação de processos de licitação e ratificar a sua dispensa ou declaração último como relator e escrivão. § 1º. Quando o justificante for oficial superior
de sua inexigibilidade, nos termos da legislação específica; XIII – aprovar do último posto, o Conselho será formado por oficiais daquele posto, da ativa
a programação a ser executada pela Secretaria, Órgãos e Entidades a ela ou na inatividade, mais antigos que o justificante, salvo na impossibilidade.
subordinados ou vinculados, a proposta orçamentária anual e as alterações Quando o justificante for oficial da reserva remunerada, um dos membros
e ajustes que se fizerem necessários; XIV – expedir portarias e atos norma‑ do Conselho poderá ser da reserva remunerada. § 2º. Não podem fazer parte
tivos sobre a organização administrativa interna da Secretaria, não limitada do Conselho de Justificação: I – o Oficial que formulou a acusação; II – os
Legislação

ou restrita por atos normativos superiores e sobre a aplicação de Leis, De‑ Oficiais que tenham entre si, com o acusador ou com o acusado, parentesco
cretos ou Regulamentos de interesse da Secretaria; XV – apresentar, anu‑ consanguíneo ou afim, na linha reta ou até o quarto grau de consanguinidade
almente, relatório analítico das atividades da Secretaria; XVI – referendar colateral ou de natureza civil; III – os Oficiais que tenham particular interesse
atos, contratos ou convênios em que a Secretaria seja parte, ou firmá-los na decisão do Conselho de Justificação; e IV – os Oficiais subalternos. § 3º. O
quando tiver atribuição a si delegada pelo Governador do Estado; XVII – pro‑ Conselho de Justificação funciona sempre com a totalidade de seus membros,
mover reuniões periódicas de coordenação entre os diferentes escalões hie‑ em local que a autoridade nomeante, ou seu presidente, julgue melhor indi‑
rárquico da Secretaria; XVIII – atender requisições e pedidos de informações cado para a apuração dos fatos.

72 Openbook Apostilas
Unificar Observar
• a jurisprudência administrativa/disciplinar de sua com‑ • a utilização regular e adequada de bens e equipamen‑
petência, garantindo a correta aplicação das leis, preve‑ tos, especialmente de proteção a defesa, armamento
nindo e dirimindo as eventuais controvérsias entre os e munição.
órgãos subordinados à Secretaria da Segurança Pública
e Defesa Social e à Secretaria de Justiça e Cidadania. Exercer
• outras atribuições que lhe forem delegadas pelo Con‑
Fique de olho! trolador Geral.
Compete ao Governador do Estado e ao Controlador
Geral, sem prejuízo das demais autoridades legalmente Fique de olho!
competentes, afastar preventivamente das funções os Os policiais militares estaduais e outros servidores que
servidores integrantes do grupo de atividade de polícia desempenhem suas atividades na Controladora Geral
judiciária, policiais militares, bombeiros militares e agen‑ de Disciplina, inclusive presidentes, membros e secre‑
tes penitenciários que estejam submetidos à sindicância tários das Comissões Civis Permanentes e dos Conselhos
ou processo administrativo disciplinar, por prática de ato de Disciplina e de Justificação, terão seu desempenho
incompatível com a função pública, no caso de clamor e produtividade avaliados mensalmente e consolidado
público ou quando necessário á garantia da ordem pú‑ anualmente, com base nos seguintes critérios:
blica, à instrução regular da sindicância ou do processo • assiduidade, urbanidade, pontualidade e produtividade;
administrativo disciplinar e à viabilização da correta apli‑ • correção formal e jurídica dos processos administrati‑
cação de sanção disciplinar. vos e sindicâncias;
• cumprimento dos prazos processuais administrativos;
O afastamento das funções implicará a suspensão do • cumprimento dos planos de metas e das tarefas de‑
pagamento das vantagens financeiras de natureza eventual, terminadas pelo Controlador Geral.
e das prerrogativas funcionais dos servidores integrantes
do grupo de atividade de polícia judiciária, policiais milita‑ Por fim, outro ponto importante da Lei e que merece
res, bombeiros militares e agentes penitenciários, poden‑ destaque é a designação dos servidores estaduais para atu‑
do perdurar a suspensão por até 120 (cento e vinte) dias, arem na Controladoria Geral de Disciplina. De acordo com
prorrogável uma única vez, por igual período. Terminado o art. 27 da Lei Complementar nº 98/2011, são requisitos
esse prazo sem a conclusão do processo administrativo, os mínimos para servirem na Controladoria:
servidores retornarão às atividades meramente administra‑ • ser, preferencialmente, bacharel em Direito, Adminis‑
tração ou Gestão Pública;
tivas, com restrição ao uso e porte de arma, conforme o
• ser militar ou policial civil, possuir, preferencialmente,
caso, até decisão do mérito disciplinar, devendo o referido
no mínimo 3 (três) anos de serviço operacional pres‑
setor competente remeter à Controladoria Geral de Disci‑
tado na respectiva Instituição;
plina relatório de frequência e sumário de atividades por
• não estar respondendo a qualquer processo admi‑
estes desenvolvidas, por meio digital.
nistrativo disciplinar, Conselho de Justificação ou de
Na hipótese de decisão de mérito favorável ao servidor,
Disciplina;
cessarão, após a publicação, as restrições impostas, sendo
• possuir conduta ilibada;
o tempo de afastamento preventivo computado retroativa‑ • não estar denunciado ou respondendo a qualquer
mente para fim de promoção por merecimento e antigui‑ processo criminal;
dade. • não haver sido punido, nos últimos 6 (seis) anos, com
A autoridade que determinar a instauração ou presidir pena de custódia disciplinar ou suspensão superior a
processo administrativo disciplinar, bem como as Comissões 30 (trinta) dias.
e Conselhos, poderão, a qualquer tempo, propor, de forma
fundamentada, ao Controlador Geral a aplicação de afasta‑
mento preventivo ou cessação de seus efeitos.
Lei Complementar nº 98, de 13/6/2011
Dispõe sobre a criação da
Grupo Tático de Atividade Correicional Controladoria Geral de Disciplina
dos órgãos de segurança pública e
O Grupo Tático de Atividade Correcional é órgão de exe‑ sistema penitenciário, acrescenta
cução da Controladoria Geral de Disciplina. dispositivo à Lei nº 13.875, de 7
de fevereiro de 2007 e dá outras
Competências do GTAC providências.

Apurar
• condutas atribuídas a servidores civis, militares e bom‑ O GOVERNADOR DO ESTADO DO CEARÁ
beiros militares estaduais de que trata esta Lei Comple‑ Faço saber que a Assembleia Legislativa decretou e eu
mentar, inclusive, a observância dos aspectos relativos sanciono a seguinte:
a jornada de trabalho, área de atuação, apresentação Art. 1º Fica criada, no âmbito da Administração Direta
pessoal, postura e compostura, bem como a legalidade do Poder Executivo Estadual, a Controladoria Geral de Dis‑
de suas ações. ciplina dos Órgãos de Segurança Pública e Sistema Peniten‑
ciário do Estado do Ceará, com autonomia administrativa
Legislação

Realizar e financeira, com a competência para realizar, requisitar e


• atividades de fiscalização operacional, bem como ou‑ avocar sindicâncias e processos administrativos para apurar
tras necessárias investigações; a responsabilidade disciplinar dos servidores integrantes do
• correições preventivas e repressivas, por meio de ins‑ grupo de atividade de polícia judiciária, policiais militares,
peções em instalações, viaturas e unidades. bombeiros militares e agentes penitenciários, visando o

Openbook Apostilas 73
incremento da transparência da gestão governamental, o Geral do Estado todos que recomendem medida judicial e/
combate à corrupção e ao abuso no exercício da atividade ou ressarcimento ao erário;
policial ou de segurança penitenciaria, buscando uma maior XI – receber sugestões, reclamações, representações e
eficiência dos serviços policiais e de segurança penitenciária, denúncias, em desfavor dos servidores integrantes do grupo
prestados à sociedade. de atividade de polícia judiciária, policiais militares, bom‑
Parágrafo único. A Controladoria Geral de Disciplina po‑ beiros militares, servidores da Perícia Forense, e agentes
derá avocar qualquer processo administrativo disciplinar ou penitenciários, com vistas ao esclarecimento dos fatos e a
sindicância, ainda em andamento, passando a conduzi-los a responsabilização dos seus autores;
partir da fase em que se encontram. XII – ter acesso a qualquer banco de dados de caráter
Art. 2º Os trabalhos da Controladoria Geral de Disciplina público no âmbito do Poder Executivo do Estado, bem como
serão executados por meio de atividades preventivas, edu‑ aos locais que guardem pertinência com suas atribuições;
cativas, de auditorias administrativas, inspeções in loco, cor‑ XIII – manter contato constante com os vários órgãos do
reições, sindicâncias, processos administrativos disciplinares Estado, estimulando-os a atuar em permanente sintonia com
civis e militares em que deverá ser assegurado o direito de as atribuições da Controladoria Geral de Disciplina e apoiar
ampla defesa, visando sempre à melhoria e o aperfeiçoa‑ os órgãos de controle externo no exercício de suas missões
mento da disciplina, a regularidade e eficácia dos serviços institucionais, inclusive firmando convênios e parcerias;
prestados à população, o respeito ao cidadão, às normas e XIV – participar e colaborar com a Academia Estadual
regulamentos, aos direitos humanos, ao combate a desvios de Segurança Pública – AESP, na elaboração de planos de
de condutas e à corrupção dos servidores abrangidos por capacitação, bem como na promoção de cursos de forma‑
esta Lei Complementar. ção, aperfeiçoamento e especialização relacionados com as
Art. 3º São atribuições institucionais da Controladoria atividades desenvolvidas pelo Órgão;
Geral de Disciplina dos Órgãos de Segurança Pública e Sis‑ XV – auxiliar os órgãos estaduais nas atividades de inves‑
tema Penitenciário do Estado do Ceará: tigação social dos candidatos aprovados em concurso público
I – exercer as funções de orientação, controle, acompa‑ para provimento de cargos;
nhamento, investigação, auditoria, processamento e punição XVI – expedir recomendações e provimentos de caráter
disciplinares das atividades desenvolvidas pelos servidores correicional.
integrantes do grupo de atividade de polícia judiciária, poli‑ § 1º Para cumprimento de suas atribuições, a Controlado‑
ciais militares, bombeiros militares e agentes penitenciários,
ria Geral de Disciplina poderá requisitar, no âmbito do Poder
sem prejuízo das atribuições institucionais destes órgãos,
Executivo, documentos públicos necessários à elucidação e/
previstas em lei;
ou constatação de fatos objeto de apuração ou investigação,
II – aplicar e acompanhar o cumprimento de punições
sendo assinalados prazos não inferiores a 5 (cinco) dias para
disciplinares;
a prestação de informações, requisição de documentos pú‑
III – realizar correições, inspeções, vistorias e auditorias
administrativas, visando à verificação da regularidade e efi‑ blicos e realização de diligências.
cácia dos serviços, e a proposição de medidas, bem como a § 2º O descumprimento do disposto no parágrafo ante‑
sugestão de providências necessárias ao seu aprimoramento; rior ensejará a apuração da responsabilidade do infrator e,
IV – instaurar, proceder e acompanhar, de ofício ou por em sendo o caso de improbidade administrativa, comunica‑
determinação do Governador do Estado, os processos ad‑ ção ao Ministério Público.
ministrativos disciplinares, civis ou militares para apuração § 3º Quando se tratar de documentos de caráter sigiloso,
de responsabilidades; reservado ou confidencial, será anunciado com estas classi‑
V – requisitar a instauração e acompanhar as sindicân‑ ficações, devendo ser rigorosamente observadas as normas
cias para a apuração de fatos ou transgressões disciplinares legais, sob pena de responsabilidade de quem os violar.
praticadas por servidores integrantes do grupo de atividade Art. 4º Fica criado o Cargo de Controlador Geral de Disci‑
de polícia judiciária, policiais militares, bombeiros militares, plina, de provimento em comissão, equiparado a Secretário
servidores da Perícia Forense, e agentes penitenciários; de Estado, de livre nomeação e exoneração pelo Governador
VI – avocar quaisquer processos administrativos discipli‑ do Estado, escolhido dentre profissionais bacharéis em Direi‑
nares, sindicâncias civis e militares, para serem apurados e to, de conduta ilibada, sem vínculo funcional com os órgãos
processados pela Controladoria Geral de Disciplina; que compõem a Secretaria da Segurança Pública e Defesa
VII – requisitar diretamente aos órgãos da Secretaria de Social e a Secretaria de Justiça e Cidadania.
Segurança Pública e de Defesa Social e da Secretaria de Justi‑ Art. 5º São atribuições do Controlador Geral de Disci‑
ça e Cidadania toda e qualquer informação ou documentação plina:
necessária ao desempenho de suas atividades de orientação, I – o controle, o acompanhamento, a investigação, a au‑
controle, acompanhamento, investigação, auditoria, proces‑ ditoria, o processamento e a punição disciplinar das ativi‑
samento e punição disciplinares; dades desenvolvidas pelos policiais civis, policiais militares,
VIII – criar grupos de trabalho ou comissões, de caráter bombeiros militares e agentes penitenciários;
transitório, para atuar em projetos e programas específi‑ II – dirigir, definir, planejar, controlar, orientar e estabe‑
cos, podendo contar com a participação de outros órgãos lecer as políticas, as diretrizes e as normas de organização
e entidades da Administração Pública Estadual, Federal e interna, bem como as atividades desenvolvidas pelo Órgão;
Municipal; (Nova redação dada pela Lei Complementar nº III – assessorar o Governador do Estado nos assuntos de
104, de 6/12/2011) sua competência, elaborando pareceres e estudos ou pro‑
IX – acessar diretamente quaisquer bancos de dados fun‑ pondo normas, medidas e diretrizes, inclusive medidas de
cionais dos integrantes da Secretaria da Segurança Pública e caráter administrativo/disciplinar;
Legislação

Defesa Social e da Secretaria de Justiça e Cidadania; IV – fixar a interpretação dos atos normativos disciplina‑
X – encaminhar à Procuradoria Geral de Justiça do Esta‑ res de sua competência, editando recomendações a serem
do cópia dos procedimentos e/ou processos cuja conduta uniformemente seguidas pelos Órgãos e entidades subordi‑
apurada, também constitua ou apresente indícios de ilícitos nados à Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social e à
penais e/ou improbidade administrativa, e a Procuradoria Secretaria de Justiça e Cidadania;

74 Openbook Apostilas
V – unificar a jurisprudência administrativa/disciplinar comporem Comissão de Processos Administrativos, Conse‑
de sua competência, garantindo a correta aplicação das leis, lhos de Disciplina e/ou Justificação.
prevenindo e dirimindo as eventuais controvérsias entre os Art. 10. O Controlador Geral de Disciplina, poderá soli‑
órgãos subordinados à Secretaria da Segurança Pública e citar ao Governador do Estado a cessão de Oficiais das For‑
Defesa Social e à Secretaria de Justiça e Cidadania; ças Armadas, Oficiais de outras Polícias Militares Estaduais,
VI – editar enunciados de súmula administrativa/disci‑ Procuradores de Estado, Membros da Carreira da Advocacia
plinar de sua competência, resultantes de jurisprudência Geral da União, Delegados da Polícia Federal ou outros Ser‑
iterativa dos Tribunais e das manifestações da Procuradoria vidores Estaduais, Municipais e Federais, para comporem
Geral do Estado; Comissão de Processo Administrativo Disciplinar, Conselhos
VII – dispor sobre o Regimento Interno da Controladoria de Disciplina e/ou Justificação.
Geral de Disciplina, a ser aprovado por Decreto do Chefe do Art. 11. Ficam criadas Comissões Civis Permanentes de
Poder Executivo; Processos Disciplinares, compostas por 3 (três) membros,
VIII – processar as sindicâncias e processos administrati‑ que serão indicados mediante ato do Controlador-Geral de
vos disciplinares civis e militares avocados pela Controladoria Disciplina, ou a quem por delegação couber, dentre Delega‑
Geral de Disciplina e aplicar quaisquer penalidades, salvo as dos de Polícia ou Servidores Públicos Estáveis, sendo:
de demissão; I – um presidente;
IX – ratificar ou anular decisões de sindicâncias e de pro‑ II – um secretário;
cessos administrativos disciplinares de sua competência, res‑ III – um membro.
salvadas as proferidas pelo Governador do Estado; § 1º Os relatórios finais dos processos administrativos
X – convocar quaisquer servidores públicos estaduais disciplinares serão decididos pelo Controlador-Geral de Dis‑
para prestarem informações e esclarecimentos, no exercí‑ ciplina, antes do envio para publicação ou, se for o caso, do
cio de sua competência, configurando infração disciplinar o envio ao Governador do Estado, para decisão que seja de
não comparecimento; competência legal; podendo este determinar quaisquer ou‑
XI – requisitar servidores dos órgãos estaduais, para o tras providências que se fizerem necessárias à regularidade
desempenho das atividades da Controladoria Geral de Dis‑ do processo e decisão.
ciplina sendo-lhes assegurados todos os direitos e vantagens § 2º Nos processos administrativos disciplinares em que
a que fazem jus no órgão ou entidade de origem, inclusive a pena seja a de demissão, após decididos pelo Controla‑
a promoção; dor-Geral de Disciplina e, antes do envio ao Governador do
XII – representar pela instauração de inquérito policial Estado, deverá ser encaminhado para a Procuradoria Geral
civil ou militar visando a apuração de ilícitos, acompanhando do Estado, com o fito de atestar a regularidade do procedi‑
a documentação que dispuser; mento. (Nova redação dada pela Lei Complementar nº 104,
XIII – expedir provimentos correcionais ou de cunho re‑ de 6/12/2011)
comendatórios; Art. 12. Fica autorizada a criação, por ato do Controlador‑
XIV – integrar o Conselho de Segurança Pública previsto -Geral de Disciplina, de Conselhos Militares Permanentes de
na Constituição do Estado do Ceará; Justificação, compostos, cada um, por 3 (três) Oficiais, sejam
XV – instaurar o Conselho de Disciplina e o Conselho de Militares e Bombeiros Militares Estaduais, ou das Forças Ar‑
Justificação, de acordo com o art. 77 da Lei nº 13.407, de 21 madas, dos quais, um Oficial Superior, recaindo sobre o mais
de novembro de 2003; antigo a presidência da comissão outro atuará como inter‑
XVI – editar e praticar os atos normativos inerentes às rogante e o último como relator e escrivão. (Nova redação
suas atribuições, bem como exercer outras atribuições cor‑ dada pela Lei Complementar nº 104, de 6/12/2011)
relatas ou que lhe venham a ser atribuídas, ou as delegadas Art. 13. Fica autorizada a criação, por ato do Controlador‑
pelo Governador do Estado, além das atribuições previstas -Geral de Disciplina, de Conselhos Militares Permanente de
nos arts. 82 e 84 da Lei nº 13.875, de 7 de fevereiro de 2007. Disciplina, compostos, cada um, por 3 (três) Oficiais, sejam
XVII – constituir comissões formadas por um militar e um Militares e Bombeiros Militares Estaduais, ou das Forças Ar‑
servidor civil estável para apurarem, em sede de sindicância, madas, dos quais, um Oficial Intermediário, recaindo sobre
fatos que envolvam, nas mesmas circunstâncias, servidores o mais antigo a presidência da Comissão, outro atuará como
civis e militares estaduais; (Redação dada pela Lei Comple- interrogante e o último como relator e escrivão. (Nova reda-
mentar nº 104, de 6/12/2011) ção dada pela Lei nº 104, de 6/12/2011)
XVIII – delegar a apuração de transgressões disciplinares. Parágrafo único. Quando a apuração dos fatos pratica‑
(Redação dada pela Lei Complementar nº 104, de 6/12/2011) dos por policiais militares e bombeiros militares estaduais
Art. 6º Fica criado o Cargo de Controlador Geral Adjunto revelar conexão, sobretudo envolvendo praças estáveis e não
de Disciplina, de provimento em comissão, de livre nomeação estáveis, a competência para apuração será do Conselho de
e exoneração pelo Governador do Estado, escolhido dentre Disciplina previsto no caput deste artigo.
Bacharéis em Direito, de reputação ilibada, sendo o substitu‑ Art. 14. Fica criada, no âmbito da Controladoria Geral
to do Controlador Geral em suas ausências e impedimentos, de Disciplina dos Órgãos de Segurança Pública e Sistema
com atribuições previstas na forma dos arts. 83 e 84 da Lei Penitenciário do Estado do Ceará o Grupo Tático de Atividade
nº 13.875, de 7 de fevereiro de 2007. Correicional – GTAC, com as seguintes competências:
Art. 7º Fica criado o Cargo de Secretário Executivo de I – realizar atividades de fiscalização operacional, bem
Disciplina, de provimento em comissão, de livre nomeação como outras necessárias investigações;
e exoneração pelo Governador do Estado. II – realizar correições preventivas e repressivas, por meio
Art. 8º A estrutura organizacional da Controladoria Geral de inspeções em instalações, viaturas e unidades;
de Disciplina será definida em Decreto do Chefe do Poder III – apurar condutas atribuídas a servidores civis, mili‑
Legislação

Executivo. tares e bombeiros militares estaduais de que trata esta Lei


Art. 9º O Controlador Geral de Disciplina, atendendo Complementar, inclusive, a observância dos aspectos rela‑
solicitação do Controlador Geral Adjunto e/ou dos Coorde‑ tivos a jornada de trabalho, área de atuação, apresentação
nadores de Disciplina, poderá, em caráter especial, designar pessoal, postura e compostura, bem como a legalidade de
integrantes das Comissões Permanentes Civil ou Militar, para suas ações;

Openbook Apostilas 75
IV – observar a utilização regular e adequada de bens e § 4º Os processos administrativos disciplinares em que
equipamentos, especialmente de proteção a defesa, arma‑ haja suspensão tramitarão em regime de prioridade nas res‑
mento e munição; pectivas Comissões e Conselhos.
V – exercer outras atribuições que lhe forem delegadas § 5º Findo o prazo do afastamento sem a conclusão do
pelo Controlador Geral. processo administrativo, os servidores mencionados nos
Art. 15. Os policiais civis, militares e bombeiros milita‑ parágrafos anteriores retornarão às atividades meramente
res estaduais e outros servidores que desempenhem suas administrativas, com restrição ao uso e porte de arma, até
atividades na Controladora Geral de Disciplina, inclusive os decisão do mérito disciplinar, devendo o referido setor com‑
presidentes, membros e secretários das Comissões Civis Per‑ petente remeter à Controladoria Geral de Disciplina relatório
manentes e dos Conselhos de Disciplina e de Justificação, te‑ de freqüência e sumário de atividades por estes desenvolvi‑
rão seu desempenho e produtividade avaliados mensalmente das, por meio digital.
e consolidado anualmente, com base nos seguintes critérios § 6º O período de afastamento das funções será compu‑
sem prejuízo de outros estabelecidos em regulamento: tado, para todos os efeitos legais, como de efetivo exercício,
I – assiduidade, urbanidade, pontualidade e produtivi‑ salvo para fins de promoção, seja por merecimento ou por
dade; antiguidade.
II – correção formal e jurídica dos processos administra‑ § 7º Na hipótese de decisão de mérito favorável ao ser‑
tivos e sindicâncias; vidor, cessarão, após a publicação, as restrições impostas,
III – cumprimento dos prazos processuais administrativos; sendo o tempo de afastamento preventivo computado re‑
IV – cumprimento dos planos de metas e das tarefas troativamente para fim de promoção por merecimento e
determinadas pelo Controlador Geral. antiguidade. (Nova redação dada pela Lei Complementar nº
Art. 16. Cabe ao Controlador Geral de Disciplina, ao Se‑ 106, de 28/12/11)
cretário da Justiça e Cidadania, ao Secretario da Segurança § 8º A autoridade que determinar a instauração ou pre‑
Pública e Defesa Social e aos Comandantes Gerais da Polícia sidir processo administrativo disciplinar, bem como as Co‑
Militar e do Corpo de Bombeiros Militar, respectivamente, a missões e Conselhos, poderão, a qualquer tempo, propor, de
informação do oficial ou da praça a ser submetido a Conselho forma fundamentada, ao Controlador Geral a aplicação de
de Justificação e de Disciplina, acompanhada da documen‑ afastamento preventivo ou cessação de seus efeitos.
tação necessária.
Art. 17. Cabe ao Controlador Geral de Disciplina, ao Se‑ DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS
cretário da Justiça e Cidadania, ao Secretário da Segurança
Pública e Defesa Social e quando for o caso, ao Delegado Art. 19. Os policiais civis e os militares e os bombeiros
Geral da Polícia Civil, ao Perito Geral da Perícia Forense do militares estaduais requisitados para servir na Controladoria
Estado do Ceará e ao Diretor da Academia Estadual de Se‑ Geral de Disciplina serão considerados, para todos os efei‑
gurança Pública, respectivamente, a informação do servidor tos, como no exercício regular de suas funções de natureza
a ser submetido a sindicância ou a processo administrativo policial civil, policial militar ou bombeiro militar.
disciplinar, acompanhada da documentação necessária. Art. 20. Fica o Chefe do Poder Executivo autorizado a
Art. 18. Compete ao Governador do Estado e ao Contro‑ instituir o Conselho de Disciplina e Correição dos Órgãos
lador Geral, sem prejuízo das demais autoridades legalmente
de Segurança Pública e Sistema Penitenciário do Estado do
competentes, afastar preventivamente das funções os servi‑
Ceará, cuja composição e atribuições constarão de Decreto
dores integrantes do grupo de atividade de polícia judiciária,
do Chefe do Poder Executivo.
policiais militares, bombeiros militares e agentes peniten‑
Parágrafo único. Será assegurado aos Membros integran‑
ciários que estejam submetidos à sindicância ou processo
tes do Conselho previsto no caput deste artigo, o pagamento
administrativo disciplinar, por prática de ato incompatível
de verba indenizatória, por presença em sessão, equivalente
com a função pública, no caso de clamor público ou quando
a R$ 2.000,00 (dois mil reais), ficando o pagamento limitado
necessário á garantia da ordem pública, à instrução regular
da sindicância ou do processo administrativo disciplinar e à ao máximo de 2 (duas) sessões mensais.
viabilização da correta aplicação de sanção disciplinar. Art. 21. Fica instituída a Gratificação por Atividade Dis‑
§ 1º O afastamento de que trata o caput deste artigo é ciplinar e Correição – GADC, não cumulativa entre si, devida
ato discricionário, atendendo à sugestão fundamentada do pelo exercício:
Secretário da Segurança Pública e Defesa Social e do Secretá‑ I – das atribuições de Presidente e Membro de Comis‑
rio de Justiça e Cidadania, do Controlador Geral Adjunto, dos sões Permanentes ou Especiais de Processos Administrativos
Coordenadores de Disciplina Militar e Civil e dos Presidentes Disciplinares Civis e de Conselhos Militares, no valor de RS
de Comissão. 2.000,00 (dois mil reais);
§ 2º O afastamento das funções implicará na suspensão II – das atribuições de Presidentes de Sindicância, no valor
do pagamento das vantagens financeiras de natureza eventu‑ de R$1.200,00 (um mil e duzentos reais);
al, e das prerrogativas funcionais dos servidores integrantes III – das atividades desenvolvidas no GTAC, no valor de
do grupo de atividade de polícia judiciária, policiais militares, R$ 2.000,00 (dois mil reais) para oficiais, delegados e peritos;
bombeiros militares e agentes penitenciários, podendo per‑ IV – das atividades desenvolvidas no GTAC, no valor de R$
durar a suspensão por até 120 (cento e vinte) dias, prorro‑ 1.200,00 (um mil e duzentos reais) para as praças, policiais
gável uma única vez, por igual período. civis e servidores civis;
§ 3º Os servidores dos Órgãos vinculados à Secretaria da V – das atividades desenvolvidas na Coordenação de In‑
Segurança Pública e Defesa Social e os agentes penitenciários teligência, no valor de R$ 1.200,00 (um mil e duzentos reais)
afastados de suas funções, ficarão à disposição da unidade de para as praças, policiais civis e servidores civis;
Recursos Humanos a que estiverem vinculados, que deverá § 1º As gratificações previstas nos itens III e IV do caput
Legislação

reter a identificação funcional, distintivo, arma, algema ou deste artigo serão concedidas exclusivamente aos servidores
qualquer outro instrumento funcional que esteja em posse lotados e em exercício no Grupo Tático de Atividades Cor‑
do servidor, e remeter à Controladoria Geral de Disciplina reicionais e na Coordenadoria de Inteligência da Controla‑
cópia do ato de retenção, por meio digital, e relatório de doria Geral de Disciplina dos Órgãos de Segurança Pública
sua frequência. e Sistema Penitenciário, que exerçam atividades típicas de

76 Openbook Apostilas
inteligência ou contribuam diretamente para a atividade-fim Art. 27. Os servidores estaduais designados para servirem
e preencham os seguintes requisitos: na Controladoria Geral de Disciplina deverão ter, no mínimo,
I – exerçam atividades que necessitem estar de sobrea‑ os seguintes requisitos:
viso, em razão da necessidade do exercício permanente de I – ser, preferencialmente, Bacharel em Direito, em Ad‑
atividades especializadas; ministração ou Gestão Pública;
II – exerçam atividades em escalas de serviços em reve‑ II – se militar ou policial civil, possuir, preferencialmente,
zamento, e os que na mesma condição estejam sujeitos a no mínimo 3 (três) anos de serviço operacional prestado na
permanentes acionamentos de urgência. respectiva Instituição;
§ 2º As gratificações de que tratam este artigo poderão III – não estar respondendo a qualquer processo adminis‑
ser percebidas cumulativamente com a representação de trativo disciplinar, Conselho de Justificação ou de Disciplina;
cargo em comissão da estrutura administrativa da Contro‑ IV – possuir conduta ilibada;
ladoria Geral de Disciplina. V – não estar denunciado ou respondendo a qualquer
§ 3º As gratificações de que tratam os incisos I a V deste processo criminal;
artigo serão concedidas por ato do Controlador Geral de VI – não haver sido punido, nos últimos 6 (seis) anos,
Disciplina, não sendo essas acumuláveis entre si. (Nova re- com pena de custódia disciplinar ou suspensão superior a
dação dada pela Lei Complementar nº 106, de 28/12/2011) 30 (trinta) dias.
Art. 22. Ficam criados 46 (quarenta e seis) Cargos de Art. 28. As Comissões, Conselhos, sindicâncias e os Pro‑
Direção e Assessoramento Superior, sendo 7 (sete) símbolo cessos Administrativos Disciplinares seguirão o rito esta‑
DNS-2, 23 (vinte e três) símbolo DNS-3, 13 (treze) símbolo belecido nas respectivas leis. (Nova redação dada pela Lei
DAS-1, 1 (um) símbolo DAS-2 e 2 (dois) símbolo DAS-3 . Complementar nº 104, de 6/12/11)
Parágrafo único. Os Cargos a que se refere o caput deste Art. 28-A. O Controlador-Geral de Disciplina após o re‑
artigo serão consolidados por Decreto no quadro de Cargos cebimento do processo proferirá a sua decisão.
de Direção e Assessoramento Superior da Administração § 1º Se a penalidade a ser aplicada exceder a alçada da
Direta e Indireta. sua competência, o processo será encaminhado ao Gover‑
Art. 23. Fica autorizada a instituição de estágio acadê‑ nador do Estado.
mico no âmbito da Controladoria Geral de Disciplina para § 2º Havendo mais de um indiciado e diversidade de
estudantes do curso de graduação em Direito, Administração, sanções, o julgamento caberá à autoridade competente para
Gestão Pública, Sociologia, Psicologia, Informática, dentre a imposição da pena mais grave.
outros, conforme decreto regulamentador. § 3º Reconhecida pela comissão a inocência do servidor,
Art. 24. Fica criada a Delegacia de Assuntos Internos, o Controlador-Geral de Disciplina determinará o seu arqui‑
vinculada administrativamente à Superintendência da Polícia vamento, salvo se flagrantemente contrária às provas dos
Civil e, funcionalmente à Controladoria Geral de Disciplina, autos.
cujas competências serão definidas em Decreto. § 4º O julgamento acatará o relatório da comissão, salvo
Parágrafo único. Os integrantes do Grupo Ocupacional quando contrário às provas dos autos.
Atividade Polícia Judiciária, lotados e em exercício na Delega‑ § 5º Quando o relatório da comissão contrariar as provas
cia de Assuntos Internos, prevista no caput deste artigo, goza‑ dos autos, o Controlador-Geral de Disciplina poderá, deter‑
rão de todas as prerrogativas e atribuições previstas em Lei. minar diligências ou outras providências necessárias a ade‑
Art. 25. A Controladoria Geral de Disciplina, na forma do quada instrução, sem possibilidade de recurso, poderá ainda,
art. 8° desta Lei, poderá constituir de acordo com a necessi‑ motivadamente, agravar a penalidade proposta, abrandá-la
dade de cobertura e expansão, unidades avançadas, tempo‑ ou isentar o servidor de responsabilidade.
rárias ou permanentes, para atender demandas ordinárias § 6º Verificada a ocorrência de vício insanável, o Contro‑
ou excepcionais, sem prejuízo das ações de fiscalização e lador-Geral de Disciplina ou o Governador declarará a sua
correições disciplinares realizadas por meio do GTAC. nulidade, total ou parcial, e ordenará, no mesmo ato, a cons‑
Art. 26. Fica extinta a Corregedoria Geral dos Órgãos de tituição de outra comissão para instauração do novo proces‑
Segurança Pública e Defesa Social, integrante da estrutura so. (Acrescido pela Lei Complementar nº 104, de 6/12/2011)
organizacional da Secretaria de Segurança Pública e Defesa Art. 29. A competência atribuída à Procuradoria Geral
da Cidadania, prevista no art. 5º, incisos e parágrafos, da Lei do Estado, de acordo com o art. 28. da Lei Complementar
nº 12.691, de 16 de maio de 1997. nº 58, de 31 de março de 2006, não se aplica aos servido‑
§ 1º A Corregedoria Geral dos Órgãos de Segurança Pú‑ res públicos submetidos disciplinarmente à competência da
blica e Defesa Social somente será desativada após a entrega Corregedoria Geral de Disciplina dos Órgãos de Segurança
e transferência de todos os feitos, em tramitação e os já Pública e Sistema Penitenciário do Estado do Ceará.
arquivados, para a Controladoria Geral de Disciplina. Art. 30. Caberá recurso no prazo de 10 (dez) dias, dirigido
§ 2º Os Conselhos de Justificação, de Disciplina e Proces‑ ao Conselho de Disciplina e Correição, das decisões profe‑
sos Administrativos Disciplinares em trâmite nas corporações ridas pelo Controlador-Geral de Disciplina decorrentes das
militares, na Secretaria da Justiça e Cidadania – SEJUS, e apurações realizadas nas Sindicâncias, pelos Conselhos de
na Procuradoria Geral do Estado deverão continuar até sua Justificação, Conselhos de Disciplina e pelas Comissões de
conclusão, oportunidade em que, juntamente com os já ar‑ Processos Administrativos Disciplinares.
quivados nos últimos 5 (cinco) anos, deverão ser enviados Parágrafo único. Das decisões definitivas tomadas no âm‑
para a Controladoria Geral de Disciplina para as providencias bito da Controladoria Geral de Disciplina, somente poderá
que couber, salvo os avocados pela Controladoria Geral de discordar o Governador do Estado. (Nova redação dada pela
Disciplina. (Nova redação dada pela Lei Complementar nº Lei Complementar nº 104, de 6/12/2011)
104, de 6/12/11) Art. 31. Fica acrescido à Lei nº 13.875, de 7 de fevereiro
§ 3º Fica autorizada a transferência para a Controladoria de 2007, o item 5. do inciso I do art. 6º, da seguinte forma:
Legislação

Geral de Disciplina, dos bens patrimoniais, móveis, equipa‑


mentos, instalações, arquivos, projetos, documentos e servi‑ Art. 6º [...]
ços existentes na Corregedoria Geral, integrante da estrutura I – [...]
organizacional da Secretaria de Segurança Pública e Defesa 5. Controladoria Geral de Disciplina dos Órgãos de
Social. Segurança Pública e Sistema Penitenciário. (NR).

Openbook Apostilas 77
rt. 32. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. tação de momentos históricos e os direitos ali conquistados.
A
Art. 33. Revogam-se as disposições em contrário. As gerações de direitos também podem ser denominadas
dimensões de direitos fundamentais, termo que deixa mais
PALÁCIO DA ABOLIÇÃO, DO GOVERNO DO ESTADO DO claro o fato de que as gerações não são superadas, mas sim
CEARÁ, em Fortaleza, 13 de junho de 2011. incorporadas às novas gerações de direitos fundamentais.

Cid Ferreira Gomes Primeira Geração


GOVERNADOR DO ESTADO DO CEARÁ
Surge no Século XVIII, no âmbito da Revolução Fran‑
Fabrício Sarmanho/ cesa. Os direitos fundamentais conquistados nessa época
Eduardo Muniz Machado Cavalcanti configuram liberdades negativas (status negativus), já que
representam um impedimento à atividade estatal, uma
Direitos e Garantias Fundamentais omissão, um não fazer. Trata‑se dos direitos civis e políticos.

Os direitos fundamentais ganham destaque principal‑ Segunda Geração


mente após a Revolução Francesa, momento em que diversas
correntes filosóficas e políticas como o racionalismo e o Desenvolvem‑se no Século XIX, inspirados pela Revolu‑
contratualismo inspiram a vontade popular de impor limites ção Industrial, sendo reconhecidos constitucionalmente no
ao Estado, reconhecendo um núcleo mínimo de proteção do Século XX. Tais direitos possuem um caráter positivo (status
indivíduo perante o Estado. A ideia de direitos fundamentais positivus) e exigem uma prestação do Estado. Inserem, assim,
surge da tentativa de se estabelecer um rol de direitos que uma obrigação de fazer, uma ação do ente estatal. São os
seria inerente à própria condição humana, que não depen‑ direitos sociais, econômicos e culturais.
desse de uma vontade política. São, por isso, considerados
direitos naturais. Terceira Geração
Nossa Constituição relaciona os direitos fundamentais
em seu Título II, denominado “Dos Direitos e Garantias Os direitos de terceira geração, desenvolvidos no Sé‑
Fundamentais”. A posição “geográfica” desse título, logo culo XX, voltam‑se à defesa dos interesses de titularidade
no início do texto constitucional, demonstra a importância coletiva, denominados interesses difusos. Esses direitos
dos direitos fundamentais em nossa ordem constitucional. são supraindividuais, já que não pertencem a um indivíduo
Partindo do pressuposto de que o constituinte não utiliza
especificamente, mas sim a uma coletividade. São exemplos
palavras inúteis, podemos concluir que direitos e garantias
possuem diferenças axiológicas. Os direitos possuem um ca‑ o direito a um meio ambiente ecologicamente equilibrado
ráter declaratório, enquanto as garantias possuem um nítido e a proteção do idoso.
sentido assecuratório. Os direitos se declaram, enquanto as A primeira geração remonta ao ideal de liberdade.
garantias se estabelecem, demonstrando que as garantias A segunda geração volta‑se à igualdade. Por fim, a terceira
são elementos instrumentais que garantem o respeito aos geração preocupa‑se com a fraternidade ou solidariedade.
direitos que são declarados na Constituição Federal. Temos, assim, a célebre frase, que marcou a Revolução Fran‑
cesa: “Liberdade, Igualdade e Fraternidade”.
Titularidade dos Direitos Fundamentais Há quem defenda a existência de quarta e quinta geração
de direitos fundamentais. Não há, porém, um consenso sobre
Os direitos fundamentais podem ser exercidos tanto quais sejam esses direitos fundamentais.
pelas pessoas físicas quanto pelas pessoas jurídicas. Apesar
de o art. 5º, caput, da Constituição Federal referir‑se tão Características dos Direitos Fundamentais
somente aos brasileiros e estrangeiros residentes no país,
entende‑se que os estrangeiros em geral, ainda que apenas Relatividade – Os direitos não são absolutos: eles podem
visitando a República Federativa do Brasil, também são ser relativizados, principalmente quando entram em choque.
titulares desses direitos. Até mesmo o direito à vida, que pode ser considerado o mais
A título de exemplo: Pablo, argentino e residente na Ar‑ fundamental dos direitos, pode ser relativizado. Exemplo
gentina, solteiro, de dezoito anos de idade, de passagem pelo de relativização do direito à vida é encontrado no caso da
Brasil, com destino aos Estados Unidos da América, foi inter‑ pena de morte, autorizada na hipótese de guerra declarada.
ceptado em operação da PRF. Nessa situação hipotética, não A relativização dos direitos fundamentais pode advir da
obstante Pablo não seja residente no Brasil, todos os direitos capacidade de conformação que é dada ao legislador. Assim,
individuais fundamentais elencados no caput do art. 5º da CF mesmo nos casos em que não existe uma reserva legal, ou
devem ser respeitados durante a referida operação policial.15
seja, mesmo quando a constituição não faz referência à lei
As pessoas jurídicas também podem ser titulares de
direitos fundamentais, mas apenas daqueles direitos que é possível que o legislador venha a delimitar a forma de
são com elas compatíveis. São, assim, impedidas de exercer utilização dos direitos fundamentais.
certos direitos como os direitos políticos (votar, ser votado No caso de choque de direitos fundamentais, teremos
etc.). Até mesmo as pessoas jurídicas de direito público são de observar certos parâmetros. Em primeiro lugar, deve ser
observado o princípio da legalidade. Segundo esse princípio,
titulares de direitos fundamentais.
a atuação do intérprete deve ser pautada nos critérios de
Geração dos Direitos Fundamentais necessidade e adequação. Além disso, a hipótese de choque
de direitos fundamentais também inspira a utilização do
princípio da harmonização ou da concordância prática, que
Os direitos fundamentais não surgiram de forma instantâ‑
requer que o aplicador adote uma interpretação que evite
Legislação

nea. A conquista dos direitos fundamentais ocorreu ao longo


o sacrifício total de um dos direitos em conflito.
da história, de tal forma que podemos identificar diversas Inalienabilidade – Não é possível transferir um direito
gerações de direitos, que nada mais são do que a represen‑ fundamental.
Assunto cobrado na prova do Cespe/PRF/Agente Administrativo/Classe A/
15 Irrenunciabilidade – Não é possível renunciar totalmen‑
Padrão I/2012. te a um direito fundamental.

78 Openbook Apostilas
Imprescritibilidade – Os direitos fundamentais não são II – ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer
alcançados pela prescrição. A prescrição corresponde à perda alguma coisa senão em virtude de lei;
de uma pretensão em virtude do decurso do tempo.
Historicidade – Os direitos e garantias fundamentais Comentário: traduz esse inciso o princípio da legalida‑
possuem origem histórica. de18. Todos nós podemos fazer tudo o que a lei não proíba,
Inviolabilidade – Não podem ser violados os direitos o que exprime a nossa capacidade de autodeterminação,
fundamentais. também chamada autonomia das vontades.
Efetividade – O Estado deve primar por garantir o res‑
peito e a efetividade dos direitos fundamentais. A autonomia das vontades definida no art. 5, II, da Cons‑
Universalidade – Os direitos fundamentais alcançam a tituição Federal não pode ser confundida com o princípio da
todos. legalidade estrita ou restrita, que está descrito no art. 37
da Constituição Federal. O referido artigo, ao estipular a
Obs.: os direitos e as garantias fundamentais consa- necessidade de observância da legalidade, impõe que o
grados constitucionalmente não são ilimitados, uma vez administrador público apenas faça o que está previsto em
que encontram seus limites nos demais direitos igualmente lei. Podemos assim distinguir as duas legalidades:
consagrados na mesma Carta Magna.16
Autonomia das vontades Legalidade estrita (art. 37 da CF).
Direitos e Deveres Individuais e Coletivos (art. 5º, II, da CF)
Assim dispõe o art. 5º da Constituição Federal: Vincula os particulares Vincula o administrador público.
Permite que se faça tudo Apenas admite que se faça o que
Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qual‑ o que a lei não proíba a lei prevê.
quer natureza, garantindo‑se aos brasileiros e aos
estrangeiros residentes no País a inviolabi­lidade do O princípio da legalidade não pode ser confundido com
direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança o princípio da reserva legal. A reserva legal impõe que certas
e à propriedade, nos termos seguintes: matérias sejam regidas apenas por lei em sentido estrito19.
É o caso, por exemplo, da previsão de crimes e cominação
Em primeiro lugar, há que se frisar que o dispositivo acima de penas, que somente pode ser feita por lei.
transcrito reproduz o princípio da isonomia, que consiste
na proibição de criação de distinções que não sejam funda‑ III – ninguém será submetido a tortura nem a tratamen-
mentadas. Assim, impõe a Constituição que os iguais sejam to desumano ou degradante20;
tratados de forma igual e que os desiguais sejam tratados de
forma desigual. Assim, por exemplo, justifica‑se a existência Comentário: cuida o dispositivo da dignidade da pessoa
de critérios diferenciados para homens e mulheres em uma humana. Este inciso está em consonância com o que dispõe
prova física em um concurso público ante as nítidas diferen‑ o art. 1º, III, da Constituição Federal.
ças fisiológicas entre os gêneros.
Denomina‑se igualdade material aquela que permite IV – é livre a manifestação do pensamento, sendo ve-
a existência de diferenciações, desde que devidamente dado o anonimato21;
justificadas. A igualdade formal que impede a estipulação
de distinções em qualquer hipótese muitas vezes resultará Comentário: a liberdade de expressão, como todo direito
em injustiças, pois deixa de considerar as peculiaridades de fundamental, não é absoluta. Diversos limites serão encon‑
certas formações sociais. trados no exercício concreto de tais direitos. Primeiramente,
A igualdade em nossa ordem constitucional deve ser le‑ não se pode utilizar a liberdade de expressão para cometer
vada em conta tanto na lei quanto perante a lei. A igualdade atos ilícitos, ofendendo os direitos fundamentais. Assim,
na lei é verificada quando da elaboração legislativa, impondo impede‑se, por exemplo, a utilização desse direito com a in‑
a formação de leis que tenham como pilar a inexistência de tenção de ofender alguém. A repressão contra a má utilização
diferenciações odiosas. A igualdade perante a lei impõe o dos direitos fundamentais somente é efetiva se acompanhada
tratamento igualitário por parte do aplicador do direito, ou de identificação do responsável. O anonimato é vedado jus‑
seja, por parte daquele que venha a interpretar a norma e a tamente por impossibilitar a responsabilização daqueles que
aplicar a disposição abstrata a um caso concreto. venham a utilizar o direito fora dos limites constitucionais.

Passamos a comentar os setenta e oito incisos que com‑ V – é assegurado o direito de resposta, proporcional ao
põem o art. 5º da Constituição Federal. agravo, além da indenização por dano material, moral ou
à imagem;
I – homens e mulheres são iguais em direitos e obriga-
ções, nos termos desta Constituição; Comentário: duas possíveis punições contra quem uti‑
liza de forma errada sua liberdade de expressão estão aqui
Comentário: trata‑se de mais uma decorrência do prin‑ dispostas. Primeiramente, temos o direito de resposta, que
cípio da isonomia. A previsão acima, porém, não impede exige do ofensor a concessão de meios para que o ofendido
a existência de distinções entre homens e mulheres. Tais venha a defender‑se publicamente. A segunda forma de
diferenciações podem ser feitas tanto no âmbito constitu‑ punição corresponde à indenização por dano material, moral
cional quanto na órbita legal17. A Constituição Federal de ou à imagem. A Constituição não define parâmetros para a
1988 estabelece uma série de prerrogativas para as mulhe‑ fixação do valor da indenização, que deverá ser fixado, em
res, como a proteção de seu mercado de trabalho, prazo regra, pelo Poder Judiciário.
diferenciado para a licença à gestante, prazo reduzido para
Legislação

a aposentadoria e inexistência de obrigação de alistamento


militar em tempos de paz. 18
Assunto cobrado na prova da Funcab/MPE-RO/Técnico/Oficial de Diligên‑
cias/2012.
16
Cespe/MPS/Agente Administrativo/2010. 19
Assunto cobrado na prova do Cespe/TJ-RO/Técnico Judiciário/2012.
17
Assunto cobrado na prova do Cespe/TRE-MS/Técnico Judiciário/Área Adminis‑ 20
Assunto cobrado na prova do Cespe/Anac/Técnico Administrativo/2012.
trativa/2013. 21
Assunto cobrado na prova do Cespe/Anac/Técnico Administrativo/2012.

Openbook Apostilas 79
VI – é inviolável a liberdade de consciência e de crença, XI – a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela
sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e podendo penetrar sem consentimento do morador, salvo
garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto em caso de flagrante delito ou desastre, ou para prestar
e a suas liturgias22; socorro, ou, durante o dia, por determinação judicial26;

Comentário: a liberdade acima descrita alcança os fenô‑ Comentário: a penetração sem o consentimento do mo‑
menos, possibilitando o livre exercício das crenças religiosas e rador pode ocorrer a qualquer hora do dia quando se tratar
a livre adoção de concepções científicas, filosóficas, políticas de flagrante delito ou desastre, ou para prestar socorro.
etc. Sendo o Brasil um país laico, não é mais aceita a previsão Para que o ingresso no domicílio seja realizado mediante
de religião oficial no País. determinação judicial, porém, é necessário que ele ocorra
durante o dia, considerado esse o período entre a aurora e
VII – é assegurada, nos termos da lei, a prestação de o crepúsculo, ou seja, aquele em que há luz solar.
assistência religiosa nas entidades civis e militares de O ingresso por determinação judicial está limitado por
internação coletiva23; reserva jurisdicional, o que significa que não poderá ocorrer
por determinação de qualquer outra autoridade (polícia,
Comentário: são considerados locais de internação Ministério Público etc.) ou por comissão parlamentar de
coletiva os hospitais, as prisões e os quartéis, por exemplo. inquérito.
O conceito de casa para efeito de inviolabilidade de do‑
VIII – ninguém será privado de direitos por motivo de micílio não se limita ao conceito civil, alcançando os locais
crença religiosa ou de convicção filosófica ou política, salvo se habitados de maneira exclusiva. São incluídos no conceito
as invocar para eximir‑se de obrigação legal a todos imposta os escritórios, as oficinas, os consultórios e, ainda, os locais
e recusar‑se a cumprir prestação alternativa, fixada em lei24; de habitação coletiva, como hotéis e motéis.
A título de exemplo: no curso de uma investigação criminal,
Comentário: são consideradas obrigações a todos im‑ a autoridade policial competente encontra indícios de que
postas, a obrigação de votar e o alistamento militar, que em bens furtados há um ano de uma repartição pública estejam
tempos de paz obriga a todos os homens de nacionalidade guardados na residência dos pais de um dos investigados. A
brasileira. Se alguém oferecer uma excusa de consciência autoridade policial dirige-se, então, ao imóvel, durante o dia,
para deixar de cumprir uma obrigação a todos imposta, onde, sem o consentimento dos moradores e independen-
terá de se sujeitar ao ônus de uma obrigação alternativa. temente de determinação judicial, efetua busca que resulta
Se, porém, a obrigação alternativa não for cumprida, será na localização dos bens furtados. Nessa hipótese, será inad-
aplicada, por exemplo, a pena de perda dos direitos políticos, missível, no processo, por ter sido obtida de maneira ilícita.27
nos termos do art. 15, IV, da Constituição Federal.
XII – é inviolável o sigilo da correspondência e das
IX – é livre a expressão da atividade intelectual, artís‑ comunicações telegráficas, de dados e das comunicações
tica, científica e de comunicação, independentemente de telefônicas, salvo, no último caso, por ordem judicial, nas
censura ou licença25; hipóteses e na forma que a lei estabelecer para fins de
investigação criminal ou instrução processual penal28;
Comentário: a proibição da censura não impede que o
Estado venha a limitar a atividade de comunicação social, Comentário: os sigilos, assim como todos os demais direi‑
impedindo que os meios de comunicação venha a oferecer pro‑ tos fundamentais, não são absolutos. Eles podem sofrer limi‑
gramação que não seja condizente com os valores da sociedade tação legal ou judicial. Em relação ao sigilo das comunicações
ou que sejam ofensivos a determinados grupos. A classificação telefônicas, verifica‑se a previsão de uma reserva jurisdicional.
indicativa de diversões públicas e a limitação à publicidade de Sendo assim, somente por ordem judicial é possível quebrar
tabaco, bebidas alcoólicas, remédios, terapias e agrotóxicos são o referido sigilo. Outra imposição posta em relação ao sigilo
exemplos desse tipo de atividade, que é plenamente legítima. das comunicações telefônicas é a necessidade de que somente
seja determinada a quebra para fins de investigação criminal
X – são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra ou instrução processual penal. Não é possível quebrar o refe‑
e a imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização rido sigilo em causas cíveis. Além disso, é necessário que seja
pelo dano material ou moral decorrente de sua violação; observada a forma estabelecida em lei.
O sigilo das comunicações telefônicas não pode ser
Comentário: a proteção ao direito de intimidade pode confundido com o sigilo dos dados telefônicos. O extrato das
ser relativizado quando entra em choque com outros direi‑ ligações telefônicas é protegido pelo sigilo de dados, que não
tos, como o direito de informação, que será estudado mais está sujeito à reserva jurisdicional. O conteúdo das ligações
à frente. A proteção da intimidade, como veremos a seguir, é o que se denomina sigilo telefônico e está protegido pela
é apta até mesmo para justificar o segredo de justiça, que reserva jurisdicional.
impede a publicidade de atos processuais. O sigilo de dados engloba, por exemplo, os dados ban‑
O direito de imagem envolve aspectos físicos, inclusive cários, fiscais e telefônicos.
a voz. Fica configurada a proteção, por exemplo, com a utili‑ Não estão sujeitos à reserva jurisdicional o sigilo da cor‑
zação comercial da imagem sem a autorização do titular do respondência, das comunicações telegráficas e de dados. As‑
direito. Pessoas públicas possuem uma tendência à relativi‑ sim, é possível que a quebra seja determinada, nesses casos,
zação do direito de imagem frente ao direito de informação por ordem de uma CPI – Comissão Parlamentar de Inquérito.
da sociedade.
XIII – é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou
profissão, atendidas as qualificações profissionais que a lei
22
Assunto cobrado na prova da Vunesp/TJ-SP/Escrevente Técnico Judiciário/2012.
23
Assunto cobrado na prova da FCC/TRE-AL/Técnico Judiciário/Área Administra‑ estabelecer;
Legislação

tiva/2010.
24
Assunto cobrado nas seguintes provas: Esaf/Ministério da Integração Nacio‑ 26
Assunto cobrado nas seguintes provas: Esaf/Ministério da Integração Nacio‑
nal/Secretaria Nacional de Defesa Civil/2012; FCC/Assembleia Legislativa-SP/ nal/Secretaria Nacional de Defesa Civil/201 e Vunesp/Tribunal de Justiça-SP/
Agente Técnico Legislativo/Direito/2010 e FCC/TRE-AL/Técnico Judiciário/Área Escrevente Técnico Judiciário/2010.
Administrativa/2010. 27
FCC/TJRJ/Técnico de Atividade Judiciária/2012.
25
Assunto cobrado nas seguintes provas: Cespe/Ancine/Técnico Administrati‑ 28
Assunto cobrado na prova do Vunesp/Tribunal de Justiça-SP/Escrevente Técnico
vo/2012 e FCC/TRE-AL/Técnico Judiciário/Área Administrativa/2010. Judiciário/2010.

80 Openbook Apostilas
Comentário: esse inciso dispõe sobre norma de eficácia e) não pode frustrar uma reunião anteriormente convo‑
contida, já que a liberdade de exercício de trabalho, ofício ou cada para o mesmo local.
profissão pode ser restringida pela lei que venha a estabele‑ Outro requisito que pode ser inserido nesse rol é o de
cer qualificações profissionais para determinada profissão. que a reunião seja temporária e episódica, como nos ensina
Dessa forma, a inexistência de uma lei regulamentadora de o autor Alexandre de Moraes.
certa profissão não é impedimento ao seu exercício, mas O direito de reunião também engloba passeatas, carrea‑
sim a garantia de uma ampla liberdade de acesso à atividade tas, comícios, desfiles, assim como cortejos e banquetes de
profissional. caráter político, que são formas legítimas de reunião. Caso
A liberdade profissional não engloba, porém, atividades o direito de reunião seja desrespeitado, o remédio cabível
ilícitas. O princípio da legalidade, anteriormente estudado, será o mandado de segurança, ação cabível para a proteção
permite que se faça tudo que não seja proibido por meio de de direito líquido e certo.
lei. Assim, não se pode exercer a “profissão” de traficante de
drogas porque tal atividade é ilícita, proibida pela legislação. XVII – é plena a liberdade de associação para fins lícitos,
Por outro lado, a prostituição é totalmente livre em nosso vedada a de caráter paramilitar32;
País porque não existe lei regulamentando a atividade.
Comentário: o direito de associação permite que pessoas
XIV – é assegurado a todos o acesso à informação e físicas e jurídicas se agrupem em prol de um interesse comum.
resguardado o sigilo da fonte, quando necessário ao exer- Segundo o texto constitucional, é livre a formação de asso‑
cício profissional29; ciações, desde que elas tenham um fim lícito e não possuam
caráter paramilitar. Para que uma associação tenha caráter
Comentário: o direito de informação pode ser encarado paramilitar, é necessário que ela venha a ter características
sobre duas óticas. similares às estruturas militares, tais como o uso de uniformes,
Sob o ponto de vista privado, o direito de informação da palavras de ordem, hierarquia militarizada, táticas militares etc.
sociedade englobará, por exemplo, a atividade jornalística,
que pode divulgar informações, ainda que pessoais, que
XVIII – a criação de associações e, na forma da lei, a de
sejam de interesse da sociedade. Admite‑se, nessa atividade,
cooperativas independem de autorização, sendo vedada a
porém, o sigilo da fonte, quando for necessário ao exercício
profissional. Esse sigilo não impede, porém, a responsabi‑ interferência estatal em seu funcionamento33;
lização do responsável pela informação no caso de ela ser
inverídica, por exemplo. Comentário: como visto no inciso anterior, é livre a
O direito de informação sob o aspecto privado será es‑ criação de associações. A associação de pessoas em um
tudado adiante, no inciso XXXIII deste artigo. regime de cooperativa, porém, pressupõe o preenchimen‑
to de diversos requisitos legais, tendo em vista os diversos
XV – é livre a locomoção no território nacional em tempo benefícios que são concedidos a esse tipo de associativismo.
de paz, podendo qualquer pessoa, nos termos da lei, nele Não é permitida a interferência do estado no funcionamento
entrar, permanecer ou dele sair com seus bens30; das associações, o que não impede que o Poder Judiciário
venha a suspender ou dissolver uma associação no caso de
Comentário: o direito de locomoção, como os demais se verificar a prática de uma atividade ilícita.
direitos fundamentais, não é absoluto. A título de exemplo: cinco amigos, moradores de uma
Primeiramente, há que se observar, para o seu exercício, favela, decidem criar uma associação para lutar por me-
a prevalência da paz. Em hipóteses de guerra, que suscitam lhorias nas condições de saneamento básico do local. Um
a instituição de Estado de Sítio, é possível a restrição da político da região, sabendo da iniciativa, informa-lhes
liberdade de locomoção no território nacional. Além desse que, para tanto, será necessário obter, junto à Prefeitura,
aspecto, há que se observar que o direito de locomoção uma autorização para sua criação e funcionamento. Nesta
inclui os bens pertencentes ao seu titular. Isso não significa, hipótese, a informação que receberam está errada, pois a
porém, que os bens possuam de forma autônoma o direito Constituição Federal estabelece que a criação de associa-
de locomoção, mas sim que eles possam acompanhar o ções independe de autorização.34
proprietário que esteja se locomovendo.
O direito de locomoção é protegido pelo habeas corpus XIX – as associações só poderão ser compulsoriamente
e somente é garantido dentro do território nacional. dissolvidas ou ter suas atividades suspensas por decisão ju-
dicial, exigindo‑se, no primeiro caso, o trânsito em julgado35;
XVI – todos podem reunir‑se pacificamente, sem armas,
em locais abertos ao público, independentemente de autori- Comentário: como estudado no inciso anterior, as as‑
zação, desde que não frustrem outra reunião anteriormente sociações podem ser compulsoriamente dissolvidas ou
convocada para o mesmo local, sendo apenas exigido prévio terem suas atividades suspensas por uma decisão judicial.
aviso à autoridade competente31; A hipótese de dissolução, porém, mostra uma medida mais
drástica, o que impõe que a decisão judicial seja revestida de
Comentário: o direito de reunião, como se pode perce‑ um caráter definitivo, sem possibilidade de reforma por meio
ber, depende do preenchimento de uma série de requisitos: de recurso. Por conta disso, exige‑se o trânsito em julgado
a) ser realizada de forma pacífica; de uma decisão judicial para que ela possa dissolver uma
b) seus participantes não podem estar armados; associação. Uma decisão terá trânsito em julgado quando
c) a reunião deve ocorrer em locais abertos ao públicos; não for mais cabível a interposição de recurso contra ela.
d) exige um prévio aviso à autoridade competente, sem
a necessidade, porém, de autorização dessa autoridade; XX – ninguém poderá ser compelido a associar‑se ou a
permanecer associado;
29
Assunto cobrado na prova do Vunesp/Tribunal de Justiça-SP/Escrevente Técnico
Legislação

Judiciário/2010.
30
Assunto cobrado na prova do Cespe/PRF/Agente Administrativo/Classe A/ 32
Funcab/MPE-RO/Técnico/Oficial de Diligências/2012.
Padrão I/2012. 33
Assunto cobrado na prova da FCC/Assembleia Legislativa-SP/Agente Técnico Legis‑
31
Assunto cobrado nas seguintes provas: Cespe/Câmara dos Deputados/Técnico lativo/2010 e Vunesp/Tribunal de Justiça-SP/Escrevente Técnico Judiciário/2010.
Legislativo/Técnico em Radiologia, Esaf/Ministério da Integração Nacional/ 34
FCC/Instituto Nacional do Seguro Social/Técnico do Seguro Social/2012.
Secretaria Nacional de Defesa Civil/2012. Vunesp/Tribunal de Justiça-SP/ 35
Assunto cobrado na prova da FCC/Assembleia Legislativa-SP/Agente Legislativo
Escrevente Técnico Judiciário/2010. de Serviços Técnicos e Administrativos/2010.

Openbook Apostilas 81
Comentário: assim como há a liberdade de criação de XXV – no caso de iminente perigo público, a autoridade
associações, temos também a liberdade individual de inte‑ competente poderá usar de propriedade particular, assegu-
grar ou deixar de integrar a associação. Os integrantes da rada ao proprietário indenização ulterior, se houver dano37;
associação, portanto, não poderão ser compelidos a ingressar
na entidade ou de continuar compondo a associação. Comentário: esse inciso trata da requisição adminis‑
trativa, que permite ao Estado a utilização compulsória da
XXI – as entidades associativas, quando expressamente propriedade particular. Existem duas diferenças quanto à
autorizadas, têm legitimidade para representar seus filiados indenização paga na requisição e na desapropriação. Pri‑
judicial ou extrajudicialmente36; meiramente, a indenização na requisição administrativa não
representará o valor total do bem, mas apenas o valor do
Comentário: a principal finalidade de uma associação é, dano eventualmente causado. Em segundo lugar, tendo em
sem dúvida, a defesa de interesses dos associados. A defesa vista que o perigo iminente não é previsível, temos que o pro‑
dos interesses pode ocorrer perante o poder judiciário ou prietário somente será indenizado posteriormente ao uso,
de forma extrajudicial. A defesa de interesses por meio da e não de forma prévia, como acontece na desapropriação.
associação, porém, depende de autorização dos associados,
que podem se expressar de forma individualizada ou conce‑ XXVI – a pequena propriedade rural, assim definida em
der uma autorização genérica. lei, desde que trabalhada pela família, não será objeto de
A defesa de interesses dos associados é realizada por penhora para pagamento de débitos decorrentes de sua ati-
meio do instituto da representação processual. Na represen‑ vidade produtiva, dispondo a lei sobre os meios de financiar
tação processual a associação fala em nome do associado e, o seu desenvolvimento;
por tal razão, precisa da autorização desse associado.
Existe uma situação em que a associação atua de forma Comentário: a penhora consiste na utilização de bens do
extraordinária por meio da substituição processual. Trata‑se devedor para a quitação de sua dívida. O Poder Judiciário,
da hipótese de impetração de mandado de segurança porém, não poderá utilizar‑se desse instituto para penhorar
coletivo. A associação, nesse caso, defende interesses dos propriedades rurais se estiverem presentes alguns requisitos:
associados em nome próprio, razão pela qual não necessita – tratar‑se de uma propriedade pequena, tal qual defi‑
de autorização. nido em lei;
– for a propriedade trabalhada pela família;
XXII – é garantido o direito de propriedade; – a obrigação objeto do inadimplemento referir‑se a
dívida contraída para a produção.
Comentário: o núcleo de direitos enumerados no caput
do art. 5º já dispõe sobre o direito de propriedade, consi‑ Tendo em vista a impossibilidade de penhora dessas
derado pela doutrina como inserido em norma de eficácia terras, torna‑se pouco interessante o empréstimo de valores
contida. Isso significa que é possível que o legislador venha a aos respectivos produtores rurais. Por tal razão, dispõe a
restringir certos aspectos da propriedade, desde que não ve‑ Constituição que a lei disporá sobre os meios de financiar seu
nha a reduzi‑la aquém de seu núcleo mínimo, ou seja, desde desenvolvimento, que muitas vezes é fomentado pelo Estado.
que não venha a desconfigurar esse direito de propriedade.
XXVII – aos autores pertence o direito exclusivo de
XXIII – a propriedade atenderá a sua função social; utilização, publicação ou reprodução de suas obras, trans-
missível aos herdeiros pelo tempo que a lei fixar38;
Comentário: a propriedade, como qualquer direito
fundamental, não é absoluta, devendo ser garantida na pro‑ Comentário: a propriedade intelectual também é pro‑
porção em que também garante o bem‑estar da sociedade. tegida no âmbito constitucional. Aqui estamos a tratar dos
O descumprimento da função social da propriedade pode direitos autorais, que protegem bens imateriais destinados
levar, por exemplo, à desapropriação do bem, destinando‑o essencialmente a uma função estética (obras literárias,
a uma finalidade que atenda ao interesse social, como a músicas, pinturas etc.). Compete à legislação a definição
reforma agrária. do prazo o qual os herdeiros poderão usufruir dos direitos
patrimoniais da propriedade intelectual.
XXIV – a lei estabelecerá o procedimento para desapro-
priação por necessidade ou utilidade pública, ou por interesse XXVIII – são assegurados, nos termos da lei:
social, mediante justa e prévia indenização em dinheiro, a) a proteção às participações individuais em obras co-
ressalvados os casos previstos nesta Constituição; letivas e à reprodução da imagem e voz humanas, inclusive
nas atividades desportivas;
Comentário: a desapropriação não pode ser confundida b) o direito de fiscalização do aproveitamento econômico
com o confisco, que é uma forma de expropriação definida das obras que criarem ou de que participarem aos criadores,
no art. 243 da Constituição Federal. A desapropriação resulta aos intérpretes e às respectivas representações sindicais e
na aquisição compulsória de uma propriedade por parte do associativas;
Estado, que deverá fundamentar tal ato de força na neces‑
sidade pública, na utilidade pública ou no interesse social. Comentário: a coautoria, por exemplo, também deve ser
Essa previsão demonstra bem a ideia do inciso anterior, que protegida, tendo em vista que o texto constitucional protege
demonstra que o interesse do Estado está acima de interes‑ as participações individuais em obras coletivas. A imagem e
ses particulares quando se trata de dar à propriedade uma a voz humanas também são protegidas, independentemente
função social. A indenização devida pelo ente estatal será, de sua utilização comercial. Cabe lembrar, porém, que tanto a
de regra, justa, prévia e em dinheiro. A própria Constituição imagem quanto a voz podem sofrer divulgação, independen‑
Federal, porém, excepciona tal previsão, dispondo, em seus temente de autorização, quando houver um interesse público
arts. 182, §4º, III, e 184, acerca da desapropriação‑sanção, de informação. Nesse caso, a relativização desse dispositivo
Legislação

na qual a indenização é recolhida com base em títulos da encontra amparo no art. 5º, XIV, da Constituição Federal, que
dívida pública e títulos da dívida agrária.
37
Assunto cobrado nas seguintes provas: Cespe/PRF/Agente Administrativo/
Classe A/ Padrão I/2012 e Esaf/Ministério da Integração Nacional/Secretaria
Assunto cobrado nas seguintes provas: Vunesp/TJ-SP/Escrevente Técnico Judi‑
36
Nacional de Defesa Civil/2012.
ciário/2013 e FCC/Assembleia Legislativa-SP/Agente Técnico Legislativo/2010. 38
Assunto cobrado na prova do Cespe/Ancine/Técnico Administrativo/2012.

82 Openbook Apostilas
trata do direito de informação. O direito de fiscalização do pelo Estado. Tal defesa será efetivada por meio da edição de
aproveitamento econômico das obras é feito, por exemplo, leis, como se verifica no Código de Defesa do Consumidor
por meio do Ecad – Escritório Central de Arrecadação e Dis‑ (Lei nº 8.078/1990).
tribuição, entidade que arrecada e distribui direitos autorais. O referido código também possui previsão no Ato das
Disposições Constitucionais Transitórias (ADCT). O ADCT,
XXIX – a lei assegurará aos autores de inventos indus- em seu art. 48, determina que o Congresso Nacional deveria
triais privilégio temporário para sua utilização, bem como elaborar o Código de Defesa do Consumidor dentro de cento
proteção às criações industriais, à propriedade das marcas, e vinte dias após a promulgação da Constituição Federal.
aos nomes de empresas e a outros signos distintivos, tendo Esse dispositivo possui grande importância, já que criou a
em vista o interesse social e o desenvolvimento tecnológico obrigação de legislar sobre a matéria, reduzindo, assim, a
e econômico do País; discricionariedade do Poder Legislativo.
O referido prazo não foi respeitado, visto a data de edição
Comentário: apesar de se relacionar também com a da Lei nº 8.078, 11 de setembro de 1990.
propriedade intelectual, a propriedade industrial se difere do Os consumidores também são protegidos pelo texto cons‑
direito autoral em virtude do caráter pragmático da invenção, titucional quando é estabelecida, no art. 24, VIII, da Constitui‑
que se volta à utilidade da atividade criativa. Como a utilidade ção Federal, a competência concorrente para a edição de lei
deve ser regulada segundo o interesse social e o desenvolvi‑ que disponha sobre a responsabilidade por dano causado ao
mento tecnológico e econômico do País, o privilégio de utili‑ consumidor. Amplia-se, assim, a gama de normas que podem
zação dessa propriedade será apenas temporário. Após um ser editadas nesse sentido, nas órbitas federal e estadual.
determinado período, uma invenção, por exemplo, poderá ser Outro dispositivo de grande interesse para o direito do
produzida e comercializada sem necessidade de licença de seu consumidor é o que garante o esclarecimento acerca dos
inventor ou do detentor do direito de propriedade industrial. impostos que incidem sobre mercadorias e serviços. Assim
dispõe o art. 150, § 5º, da CF:
XXX – é garantido o direito de herança;
A lei determinará medidas para que os consumidores
Comentário: o direito de herança, como todos os de‑ sejam esclarecidos acerca dos impostos que incidam
mais direitos fundamentais, não é absoluto, podendo ser sobre mercadorias e serviços.
relativizado, por exemplo, quando a ele se opõem débitos
decorrentes de atividades ilícitas praticadas pelo de cujus, Essa disposição constitucional ganha destaque pelo fato
como estudaremos no dispositivo a seguir. de consistir em obrigação destinada ao ente Estatal, que
institui tributos. Demonstra-se, assim, que o Direito do Con‑
XXXI – a sucessão de bens de estrangeiros situados no sumidor não se restringe a impor obrigação ao fornecedor de
País será regulada pela lei brasileira em benefício do cônjuge bens ou serviços, mas também a todos aqueles que possam
ou dos filhos brasileiros, sempre que não lhes seja mais atingir a categoria dos consumidores.
favorável a lei pessoal do de cujus39; Por fim, destacamos a disposição expressa no
art. 170, V, que estabelece a defesa do consumidor como um
Comentário: a Constituição brasileira tenta proteger dos princípios da ordem econômica. A inserção do direito
cônjuge e filhos brasileiros quando da partilha de bens de consumerista em nossa ordem econômica representa um
estrangeiros situados no Brasil. Para tanto, dispõe que deve contrapeso ao liberalismo econômico, destacado pela liber‑
ser aplicada a lei mais favorável aos familiares brasileiros, dade de iniciativa. Demonstra que a atividade econômica,
mesmo que, para tanto, seja necessário afastar a legislação apesar de livre, não se situa em posição de anarquia, tendo
civil brasileira para que seja aplicada a legislação do país de em vista o papel cogente dos direitos fundamentais, como
origem do de cujus, ou seja, do estrangeiro falecido. Impor‑ do consumidor.
tante salientar que essa regra, por questões de soberania, Essas são as disposições constitucionais relacionadas ao
somente é aplicável aos bens situados no Brasil. Direito do Consumidor.

XXXII – o Estado promoverá, na forma da lei, a defesa XXXIII – todos têm direito a receber dos órgãos públicos
do consumidor; informações de seu interesse particular, ou de interesse
coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo da lei, sob
pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo
Comentário: o Direito Constitucional constitui a base de
seja imprescindível à segurança da sociedade e do Estado40;
diversos ramos do Direito, instituindo as diretrizes necessá‑
rias para que o legislador venha a criar a base legal necessária
Comentário: o direito de informação pode ser encarado
à plena eficácia de seus preceitos.
sob ótica pública ou privada. Sob o aspecto privado, refere‑se
Isso é exatamente o que ocorre com o Direito do Con‑ ao direito de ser informado, independentemente de censu‑
sumidor. Estudar o Direito Consumerista sob a ótica cons‑ ra. Sob a ótica pública, podemos entender tal prerrogativa
titucional é visitar os preceitos que servem de base para a como o direito que possuímos de obter, junto aos órgãos
instituição de diversas garantias, tal qual aquelas definidas públicos, informações de interesse particular, ou de interesse
no Código de Defesa do Consumidor. coletivo ou geral. Esse direito é essencial, tendo em vista a
Sendo assim, não se cuida aqui de estudar o Direito do adoção de forma de governo republicana, que insere a ideia
Consumidor, mas sim as disposições inseridas dentro da de que o Estado é uma coisa pública, de todos, razão pela
ótica constitucional. Esse é um ponto que merece destaque qual deve imperar o princípio da publicidade. A lei definirá o
no presente estudo. prazo no qual, sob pena de responsabilidade, a informação
A Constituição Federal começa a referir-se ao consumidor será prestada. Há, porém, exceções a esse princípio e que
em seu art. 5º, XXXII, que assim determina: “XXXII – o Estado possibilitam a existência de informações sigilosas nos órgãos
promoverá, na forma da lei, a defesa do consumidor;”.
Legislação

públicos. Esse sigilo deverá estar amparado na segurança da


Verifica-se que a Constituição Federal não elabora lista‑ sociedade e do Estado.
gem sobre o que venha a ser o direito do consumidor. Por
outro lado, traz a obrigação constitucional de sua proteção
Assunto cobrado nas seguintes provas: Vunesp/TJ-SP/Escrevente Técnico
40

Judiciário/2012 e Esaf/Ministério da Integração Nacional/Secretaria Nacional


FCC/Assembleia Legislativa-SP/Agente Técnico Legislativo/2010.
39
de Defesa Civil/2012.

Openbook Apostilas 83
Interessante notar que os fundamentos para o sigilo das A Lei de Introdução ao Código Civil, o Decreto‑Lei
informações constantes dos órgãos públicos recebeu funda‑ nº 4.657/1942, define o alcance dos referidos termos da
mento diverso do segredo de justiça, que, segundo o art. 5º, seguinte forma:
LX, da CF, será possível nos casos de proteção do interesse
social ou da intimidade. Art. 6º A Lei em vigor terá efeito imediato e geral,
respeitados o ato jurídico perfeito, o direito adquirido
XXXIV – são a todos assegurados, independentemente e a coisa julgada.
do pagamento de taxas:
§ 1º Reputa‑se ato jurídico perfeito o já consumado
a) o direito de petição aos Poderes Públicos em defesa de
direitos ou contra ilegalidade ou abuso de poder; segundo a lei vigente ao tempo em que se efetuou.
b) a obtenção de certidões em repartições públicas, § 2º Consideram‑se adquiridos assim os direitos
para defesa de direitos e esclarecimento de situações de que o seu titular, ou alguém por êle, possa exercer,
interesse pessoal41; como aquêles cujo comêço do exercício tenha têrmo
pré‑fixo, ou condição preestabelecida inalterável,
Comentário: trata o presente inciso de uma gratuidade a arbítrio de outrem.
constitucional incondicionada, o que significa dizer que a § 3º Chama‑se coisa julgada ou caso julgado a decisão
cobrança de taxas para o exercício do direito de petição ou judicial de que já não caiba recurso.
do direito de obter certidões será sempre inconstitucional.
Há que se ressaltar que a constituição dispõe também sobre XXXVII – não haverá juízo ou tribunal de exceção;
a gratuidade de duas certidões específicas: de óbito e de
nascimento, no art. 5º, LXXVI, da CF, que no âmbito consti‑ Comentário: a proibição da existência de juízo ou tribunal
tucional alcança apenas os reconhecidamente pobres, nos de exceção impede que alguém seja julgado por um órgão
termos da lei.
judicial que não seja aquele ordinariamente competente para
XXXV – a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário o julgamento da causa. A vedação do dispositivo, porém, não
lesão ou ameaça a direito; se limita a esse aspecto, relativo à competência. A proibição
também visa a evitar que no processo seja utilizado proce‑
Comentário: cuida‑se da inafastabilidade da jurisdição dimento diverso daquele previsto em lei, ofendendo, assim,
ou do princípio do amplo acesso ao Poder Judiciário, que a legislação processual.
demonstra a intenção do constituinte de submeter ao Poder
Judiciário toda lesão ou amea­ça de lesão a direito, afastando, XXXVIII – é reconhecida a instituição do júri, com a orga-
assim, o modelo francês de contencioso administrativo, ou nização que lhe der a lei, assegurados:
seja, de submissão de questões administrativas a tribunais a) a plenitude de defesa;
específicos. Sendo assim, seria inconstitucional, por exemplo, b) o sigilo das votações;
a estipulação de taxas judiciárias elevadas ou fixadas em per‑ c) a soberania dos veredictos;
centuais sobre o valor da causa, sem limite, pois impedem o d) a competência para o julgamento dos crimes dolosos
amplo acesso da população ao Poder Judiciário. contra a vida;
Em certos casos é possível transacionar acerca do direito
de acesso à máquina judiciária, por exemplo, nas hipóteses
de convenção de arbitragem livremente acordada em um Comentário: o júri configura uma forma de exercício
negócio jurídico. É possível também que a Fazenda Pública direto da soberania popular, tendo em vista que assegura
venha a condicionar um parcelamento tributário à renúncia ao povo o julgamento de crimes dolosos contra a vida. No
do direito de discutir o débito perante o Poder Judiciário. tribunal do júri, o conselho de sentença, formado por pes‑
Em alguns casos, o prévio acesso à via recursal adminis‑ soas leigas, do povo, será o juiz de fato, sendo que o juiz de
trativa se mostra necessário para a configuração do interesse direito, togado, apenas terá a função de coordenar os atos
de agir, condição para o ajuizamento de uma ação. Para processuais.
a impetração de habeas data, por exemplo, é necessário Como foi dito, o tribunal do júri possui competência para
que o interessado em obter acesso ou a retificação de seus julgar os crimes dolosos contra a vida, que são aqueles crimes
dados pessoais comprove a existência de prévia negativa do cometidos intencionalmente e que se voltam diretamente
detentor do banco de dados. contra o bem “vida”. São exemplos de crimes contra a vida
A justiça desportiva possui uma precedência sobre o o homicídio, o aborto, auxílio ou a instigação ao suicídio e o
sistema judicial no que se refere às causas relativas à dis‑ infanticídio. Para que o crime seja julgado pelo júri, é neces‑
ciplina e às competições desportivas. Nesse caso, a justiça
sário que ele se volte diretamente contra a vida, não sendo
desportiva terá o prazo de 60 dias, a partir da instauração
do processo, para proferir sua decisão final. Somente após cabível o julgamento de crimes que se destinam a ofender
o esgotamento da instância desportiva é que será possível outros valores, mas que acabam por atingir também a vida
submeter a causa ao Poder Judiciário. da vítima, tais como o latrocínio e a lesão corporal seguida
de morte.
XXXVI – a lei não prejudicará o direito adquirido, o ato No júri, é admitida a utilização de quaisquer meios lícitos
jurídico perfeito e a coisa julgada; para o convencimento do conselho de sentença, garantia que
a Carta Maior denomina plenitude de defesa. Também será
Comentário: nosso sistema constitucional adota a ideia garantido o sigilo da votação, o que impede que os juízes
de irretroatividade da lei, impedindo, assim, que uma nova leigos sejam ameaçados ou que sejam feitas tentativas de
lei produza efeitos sobre atos anteriormente realizados, até suborno, por exemplo. Por fim, cabe lembrar que o vere‑
mesmo sobre os efeitos futuros desses atos. A irretroativida‑ dicto resultante do julgamento do conselho de sentença é
Legislação

de, porém, não é total. A proibição constitucional limita‑se soberano, o que impede que o juiz‑presidente do tribunal
aos casos em que a aplicação retroativa da lei prejudica o venha a alterar alguma conclusão decorrente da votação. Isso
direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada. não impede, por outro lado, que sejam interpostos recursos
contra a decisão proferida pelo tribunal do júri, ocasião na
Esaf/Ministério da Integração Nacional/Secretaria Nacional de Defesa Ci‑
41

vil/2012. qual é possível que o julgamento seja desconstituído.

84 Openbook Apostilas
XXXIX – não há crime sem lei anterior que o defina, nem Dessa forma, se uma pessoa comete um crime quando
pena sem prévia cominação legal; da vigência de uma Lei A e, posteriormente, surge uma lei
B, mais maléfica, a data do julgamento será aplicada a Lei A,
Comentário: trata‑se do princípio da reserva legal ou da ainda que não mais tenha vigência, tendo em vista que não
anterioridade da lei penal. A definição de crimes e a comina‑ se trata de retroatividade em prol do réu.
ção de penas somente é possível por meio de lei em sentido
estrito, excluindo‑se portanto atos normativos primários,
como as medidas provisórias. A previsão constitucional
desse inciso, porém, não impede a existência de leis penais
em branco, que admitem a existência de complemento a ser
veiculado por normas infraconstitucionais, como a Lei de
Tóxicos, por exemplo, que possui regulamento infraconstitu‑
cional no intuito de disciplinar quais substâncias devem ser No caso de a lei posterior ser mais benéfica, a condena‑
consideradas entorpecentes para efeitos penais. ção aplicar‑lhe‑á, ainda que não vigente à época da conduta
delitiva. Essa retroação pode até mesmo desconstituir deci‑
XL – a lei penal não retroagirá, salvo para beneficiar o réu; sões que já tenham transitado em julgado.
Cabe nota de que não se admite a Combinação de Leis.
Comentário: trata‑se do princípio da irretroatividade da Se a lei posterior for em parte melhor e em parte pior que a
lei penal mais maléfica, da retroatividade da lei penal mais anterior, o juiz não pode se utilizar da parte benéfica de uma
benéfica ou da ultratividade da lei penal mais benéfica. Lei W e da parte benéfica da Lei K, sob pena de agir como
Segundo o referido princípio, a legislação penal não pode um legislador positivo, já que criará uma terceira lei. O juiz
ser aplicada a fatos produzidos antes de sua vigência, salvo deverá, portanto, analisar qual das leis é mais branda para
quando tratar‑se de aplicação que beneficie o réu. beneficiar o réu no caso concreto.

Ex. 1:

Crime Permanente
Na hipótese de crime permanente, a prática criminosa se alonga no tempo. Como na extorsão mediante sequestro, a lei
será aplicada levando‑se em conta o último momento em que praticado ato executório do crime. Vejamos.

Ex. 2:

XLI – a lei punirá qualquer discriminação atentatória dos como crimes hediondos, por eles respondendo os mandan-
direitos e liberdades fundamentais; tes, os executores e os que, podendo evitá‑los, se omitirem;

Comentário: trata‑se de cláusula genérica de proteção Comentário: os delitos definidos nesse inciso não admitem
ao próprio sistema de garantias fundamentais do cidadão. o pagamento de fiança com a finalidade de se obter a liberdade
provisória, bem como a concessão dos benefícios da graça ou
XLII – a prática do racismo constitui crime inafiançável e da anistia. Interessante notar que será cabível a modalidade
imprescritível, sujeito à pena de reclusão, nos termos da lei; omissiva em relação àqueles que puderem evitar esses crimes.

Comentário: primeiramente, há que se asseverar que o XLIV – constitui crime inafiançável e imprescritível a
racismo consiste em atitude de segregação, não se limitando a ação de grupos armados, civis ou militares, contra a ordem
ofensas verbais de conteúdo discriminatório. Ademais, o racis‑ constitucional e o Estado Democrático42;
mo não precisa estar atrelado a critérios biológicos, englobando
qualquer forma de discriminação baseada em critérios étnicos, Comentário: o presente inciso disciplina o terceiro grupo
religiosos etc. A inafiançabilidade impede a concessão de liber‑ de crimes que mereceram do constituinte uma repressão
dade provisória mediante pagamento de fiança. A imprescriti‑ especial. Tal qual no racismo, foi excluída a possibilidade de
bilidade impede que o Estado venha a perder sua pretensão pagamento de fiança e de prescrição de tais delitos.
punitiva em virtude do decurso do tempo. Por fim, a pena de Sendo assim, temos o seguinte panorama no que se
reclusão impõe a aplicação de regime de pena inicialmente refere aos crimes com repressão especial, definidos cons‑
Legislação

fechado, sendo cabível, porém, a progressão de regime. titucionalmente:


XLIII – a lei considerará crimes inafiançáveis e insuscetí- Assunto cobrado nas seguintes provas: FCC/Assembleia Legislativa-SP/Agente
42

Técnico Legislativo/2010; FCC/TRE-AL/Técnico Judiciário/Área Administrati‑


veis de graça ou anistia a prática da tortura, o tráfico ilícito va/2010 e FCC/Tribunal Regional Eleitoral do Acre/Técnico Judiciário/Área
de entorpecentes e drogas afins, o terrorismo e os definidos Administrativa/2010.

Openbook Apostilas 85
– inafiançáveis: racismo, crimes hediondos, tráfico, Comentário: a pena de morte, como podemos perce‑
tortura, terrorismo e ação de grupos armados contra ber, somente é cabível quando o Presidente da República
a ordem constitucional e o Estado Democrático; declara guerra, sendo aplicada nas hipóteses previstas na
– imprescritíveis: racismo e ação de grupos armados legislação penal específica43.
contra a ordem constitucional e o Estado Democrático; Apesar de a Constituição Federal proibir a condenação
– sujeitos a reclusão: racismo; em relação a penas de caráter perpétuo, é possível que uma
– insuscetíveis de graça ou anistia: hediondos, tráfico, sentença condenatória venha a impor pena de duzentos anos
tortura e terrorismo. de reclusão, por exemplo. Ocorre que, apesar de a sentença
impor pena que provavelmente extrapola a prazo de vida
Cabe lembrar que nada impede que a legislação venha a de um ser humano, impõe o Código Penal que a execução
ampliar as características aqui listadas, prevendo, por exem‑ dessa pena não poderá ultrapassar o prazo de trinta anos,
plo, que outros crimes também sejam sujeitas a prescrição. o que acaba por impedir que a condenação resulte em uma
penalidade de caráter perpétuo.
XLV – nenhuma pena passará da pessoa do condenado, A pena de trabalhos forçados impede que o condenado
podendo a obrigação de reparar o dano e a decretação do seja obrigado a trabalhar de forma desumana, sendo obri‑
perdimento de bens ser, nos termos da lei, estendidas aos gado a empreender esforços que extrapolem o limite da
sucessores e contra eles executadas, até o limite do valor do capacidade humana.
patrimônio transferido; O banimento significa o exílio, o desterro de um nacional.
Consiste na proibição de permanência no território de seu
Comentário: o princípio da pessoalidade da pena impede país. Não pode ser confundido com a expulsão, que se refere
que a condenação penal venha a ser estendida, subjetiva‑ apenas aos estrangeiros e não é propriamente uma pena,
mente, extrapolando a figura do autor. Nosso sistema repudia mas uma medida de resguardo da soberania do país. Se fosse
a responsabilidade de pena objetiva, razão pela qual a pena considerada uma pena, seríamos obrigados a obedecer a um
somente pode ser aplicada a quem seja culpado (em sentido devido processo legal para poder expulsar um estrangeiro,
lato) pela conduta delitiva. A referida limitação, porém, não o que não ocorre. Na expulsão, o estrangeiro é retirado do
se aplica aos reflexos patrimoniais da atividade criminosa. País por ter cometido ato contrário aos interesses nacionais.
A obrigação de reparar o dano e a decretação do perdimento Também não pode ser confundida com banimento a ex‑
de bens pode alcançar os herdeiros, desde que a execução tradição, que consiste na entrega de um estrangeiro ou de um
da dívida se limite ao patrimônio efetivamente transferido. brasileiro naturalizado a um país estrangeiro, permitindo‑se,
Dessa forma, ainda que os reflexos patrimoniais sejam assim, seu julgamento e a aplicação de pena naquele Estado.
transferidos aos sucessores, a obrigação nunca poderá ser Por fim, registramos que o banimento não pode ser
cobrada em montante superior ao valor do patrimônio confundido com a deportação, que decorre da retirada do
transferido, o que, de certa forma, impede a existência de território brasileiro daqueles estrangeiros que não cumprem
uma responsabilidade penal objetiva. com os requisitos legais migratórios.
Resumindo:
XLVI – a lei regulará a individualização da pena e adotará,
entre outras, as seguintes:
a) privação ou restrição da liberdade;
b) perda de bens;
c) multa;
d) prestação social alternativa;
e) suspensão ou interdição de direitos;

Comentário: as penas descritas no presente inciso for‑


malizam um rol meramente exemplificativo das penas que
podem ser adotadas em nosso ordenamento jurídico. Estabe‑ Por fim, registra a Constituição do Brasil a proibição
lece a Constituição, ainda, o princípio da individualização da de aplicação de penas cruéis, já que ferem a dignidade da
pena, que impõe a pena adequada ao réu, segundo elemen‑ pessoa humana.
tos objetivos (relacionados à conduta criminosa) e subjetivos
(relativos ao perfil do réu). Segundo esse preceito, deve o juiz, XLVIII – a pena será cumprida em estabelecimentos
ao proceder à dosimetria da pena, adequar a pena de forma distintos, de acordo com a natureza do delito, a idade e o
a amoldar‑se perfeitamente à situação segundo critérios de sexo do apenado;
quantidade, tipo e regime de cumprimento.
Por conta desse preceito já foi considerada inconstitucional Comentário: a medida acima visa a resguardar a figura do
a tentativa de se proibir a progressão de regime, que permite preso, evitando abusos em virtude da maior suscetibilidade
ao réu progredir, passando do regime fechado, mais grave, de certos presos. Evita também que a prisão deixe de ser
para os regimes semiaberto e aberto. A imposição de regime um local de ressocialização para se tornar uma verdadeira
integralmente fechado retira do juiz a possibilidade de indivi‑ escola de crime, já que os presos de menor periculosidade
dualizar a pena segundo as peculiaridades existentes no caso, poderiam ser influenciados pelos presos de maior tendência
aplicando o mesmo regime de pena em qualquer situação. à criminalidade.

XLVII – não haverá penas: XLIX – é assegurado aos presos o respeito à integridade
a) de morte, salvo em caso de guerra declarada, nos física e moral;
Legislação

termos do art. 84, XIX;


b) de caráter perpétuo; Comentário: o preso fica sob a tutela do Estado, devendo
c) de trabalhos forçados; ter resguardada sua integridade física e moral. O Estado será
d) de banimento;
e) cruéis; Assunto cobrado na prova do Cespe/Anac/Técnico Administrativo/2012.
43

86 Openbook Apostilas
responsável tanto pelos danos gerados por seus agentes, já que a criança não será afetada nem sofrerá prejuízo em
quanto por aqueles que sejam gerados pelos demais presos, virtude do fato cometido pela mãe.
tendo em vista o dever de cuidar da integridade daqueles
que estão sob sua custódia. LI – nenhum brasileiro será extraditado, salvo o na‑
turalizado, em caso de crime comum, praticado antes da
L – às presidiárias serão asseguradas condições para naturalização, ou de comprovado envolvimento em tráfico
ilícito de entorpecentes e drogas afins, na forma da lei44;
que possam permanecer com seus filhos durante o período
de amamentação; Comentário: cuida‑se, aqui, da primeira distinção trazida
no texto constitucional acerca dos brasileiros natos e dos na‑
Comentário: o direito à amamentação assegura, de certa turalizados. Graficamente podemos representar a disposição
forma, a obediência ao princípio da pessoa­lidade da pena, acima da seguinte maneira:

LII – não será concedida extradição de estrangeiro por Comentário: estamos diante do princípio do devido pro‑
crime político ou de opinião45; cesso legal, que impõe a observância das normas processuais
vigentes para que alguém seja privado de sua liberdade
Comentário: o disposto neste inciso impede que o ins‑ ou de seus bens. A presente regra também é denominada
tituto da extradição venha a ser utilizado como forma de “devido processo legal substancial” e impõe a observância
perseguição política. É respeitado, portanto, o pluralismo da proporcionalidade de da razoabilidade.
político, que é a liberdade de se optar por determinadas
concepções políticas. Cabe lembrar, ainda, que a Constituição LV – aos litigantes, em processo judicial ou administrati-
Federal, em seu art. 4º, X, prevê a concessão de asilo políti‑ vo, e aos acusados em geral são assegurados o contraditório
co, que nada mais é do que um impedimento à extradição, e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes;
concedido àqueles que sofrem de perseguição política em
país estrangeiro. Comentário: este inciso explicita o conteúdo do devido
processo legal processual, estipulando duas regras básicas,
LIII – ninguém será processado nem sentenciado senão que são o contraditório e a ampla defesa.
pela autoridade competente46; O contraditório consiste no direito de con­tra‑argumen­tar,
ou seja, de apresentar uma versão que conteste as alegações
Comentário: cuida‑se do princípio do juiz natural, que feitas pela parte adversa.
garante ao jurisdicionado o direito a receber a prestação A ampla defesa pressupõe a possibilidade de se produzir
jurisdicional segundo as regras rigidamente estabelecidas em provas no processo, juntando elementos fáticos à argumen‑
lei. Se uma causa é julgada em juiz incompetente, por exem‑ tação feita em sua defesa.
plo, estamos diante de nítida ofensa ao referido princípio.
Há quem defenda a existência do princípio do promotor LVI – são inadmissíveis, no processo, as provas obtidas
natural, que também seria um consectário do presente inci‑ por meios ilícitos;
so. Esse princípio diz respeito à impossibilidade de alteração,
de forma arbitrária, do membro do Ministério Público desig‑ Comentário: no exercício da ampla defesa, não é possível
nado para uma causa, buscando‑se, dessa forma, a garantia juntar aos autos provas que tenham sido obtidas por meios
da independência funcional, já que impede que os membros ilícitos. A presente medida busca evitar que a atividade de pro‑
do parquet sofram qualquer pressão. dução de provas se torne um estímulo à prática de atos ilícitos.
Em certos casos, porém, essa proibição é relativizada,
LIV – ninguém será privado da liberdade ou de seus bens desde que a prova obtida por meio ilícito seja o único meio
sem o devido processo legal; de prova capaz de garantir o direito de defesa de pessoa que
Legislação

esteja na condição de acusada.


44
Assunto cobrado nas seguintes provas: Cespe/Câmara dos Deputados/Técnico A doutrina e a jurisprudência reconhecem a regra da
Legislativo/Técnico em Radiologia/2012 e FCC/Assembleia Legislativa-SP/Agente prova ilícita por derivação (teoria dos frutos da árvore en‑
Legislativo de Serviços Técnicos e Administrativos/2010.
45
Vunesp/Tribunal de Justiça-SP/Escrevente Técnico Judiciário/2010.
venenada). Segundo tal regra, também serão inadmitidas no
46
Esaf/MF/Assistente Técnico/Administrativo/2012. processo as provas que forem obtidas a partir de uma prova

Openbook Apostilas 87
obtida por meio ilícito. Vamos supor, por exemplo, que um LX – a lei só poderá restringir a publicidade dos atos
policial faça uma escuta clandestina, descobrindo que um processuais quando a defesa da intimidade ou o interesse
crime será cometido no dia seguinte, em tal lugar, em tal social o exigirem48;
hora. Se esse policial presenciar o crime e fotografar a cena,
tais fotos também serão ilícitas, pois somente foram obtidas Comentários: os atos processuais, via de regra, são
a partir das informações colhidas na escuta clandestina, públicos, assim como os julgamentos realizados no âmbito
atividade criminosa que contamina as provas subsequentes. do Poder Judiciário (art. 93, IX, da CF). Excepcionalmente,
Por fim, ressaltamos que o simples fato de existirem provas porém, teremos o chamado “segredo de justiça”, que impõe
obtidas por meios ilícitos em um processo não significa que restrição à publicidade dos atos processuais. A Constituição
haverá absolvição do réu. É possível, dessa forma, a conde‑ Federal traz duas hipóteses de restrição do acesso aos atos
nação se existirem no processo outras provas independentes processuais:
e capazes de fundamentar eventual sentença condenatória. a) defesa da intimidade;
b) interesse social.
LVII – ninguém será considerado culpado até o trânsito É importante que o aluno não confunda esse segredo
em julgado de sentença penal condenatória; com o segredo relativo às informações de caráter público.
O art. 5º, XXXIII, da CF dispõe sobre o acesso às informações
Comentário: cuida o presente inciso do que comumente constantes de órgãos públicos. Naquele caso, as hipóteses de
se denomina princípio da presunção de não culpabilidade sigilo são as relacionadas à defesa do Estado e da sociedade.
ou da presunção de inocência. Com base nesse dispositivo, Interessante notar que a Constituição defenda a possi‑
somente após o trânsito em julgado da sentença condenató‑ bilidade de um julgamento ser sigiloso para a proteção da
intimidade, mas dispõe que não será possível restringir a
ria, o réu poderá ser considerado culpado. Isso não significa,
publicidade se a sua divulgação for necessária para o res‑
porém, que ele não poderá ser preso antes disso. A prisão
guardo do direito de informação (art. 5º, XIV, da CF), que
não é atrelada à culpa, já que pode ser uma medida de cau‑
possui titularidade coletiva.
tela, evitando‑se a fuga do preso ou o risco de cometimento
de novos delitos. LXI – ninguém será preso senão em flagrante delito ou
São exemplos de prisões cautelares as temporárias, por ordem escrita e fundamentada de autoridade judiciária
preventivas, por pronúncia etc. competente, salvo nos casos de transgressão militar ou
crime propriamente militar, definidos em lei49;
LVIII – o civilmente identificado não será submetido a
identificação criminal, salvo nas hipóteses previstas em lei; Comentário: nesse ponto do texto constitucional, come‑
ça a ser tratado o instituto da prisão. A utilização do termo
Comentário: em nosso país, privilegiando‑se a presun‑ “ninguém será preso senão...” dá a entender que se trata
ção de legitimidade e a fé pública, adota‑se como regra a de um rol taxativo, motivo pelo qual não há que se aceitar
identificação feita por meio de documentos civis. Em casos hipóteses de prisão que não se ajustem às hipóteses previstas
excepcionais, porém, desde que haja previsão legal, poderá constitucionalmente.
ser feita a identificação criminal, papiloscópica ou fotográfica, O presente inciso inicialmente dispõe sobre duas hipóte‑
por exemplo. ses de prisão: prisão em flagrante e prisão por ordem judicial
Assim, quando alguém é detido, somente será obrigado escrita e fundamentada.
a proceder a uma identificação criminal se, por exemplo, A prisão em flagrante, primeira hipótese tratada, pode
não possuir identificação civil, tiver identificação civil em ser feita por “qualquer do povo”, nos termos do que dispõe
mau estado de conservação ou cometer delitos específicos, o art. 301 do Código de Processo Penal. Está em situação
previstos em lei. de flagrante quem:
• está cometendo a infração penal;
LIX – será admitida ação privada nos crimes de ação • acaba de cometê‑la;
pública, se esta não for intentada no prazo legal47; • é perseguido, logo após, pela autoridade, pelo ofen‑
dido ou por qualquer pessoa, em situação que faça
Comentário: esse é o caso da ação penal privada sub‑
presumir ser autor da infração;
sidiária da pública. Vamos aqui, de forma sintética, resumir
• é encontrado logo depois com instrumentos, armas,
esse trâmite. objetos ou papéis que façam presumir ser ele autor da
O Poder Judiciário somente age quando é provocado. infração.
A isso chamamos princípio da inércia. Dessa forma, para
que o Estado possa condenar alguém pelo cometimento de
um crime, é necessário que o Judiciário seja provocado por Atenção! Nas infrações permanentes, como na de ex‑
meio de uma ação penal. torsão mediante sequestro, entende‑se o agente em fla‑
As ações penais podem ser ajuizadas pela vítima (ação grante delito enquanto não cessar a permanência. Dessa
penal privada) ou pelo Ministério Público (ação penal pú‑ forma, é possível sua prisão durante todo o período do
blica), quando for o caso. Quando proposta pela vítima, sequestro, sem necessidade de autorização judicial.
denominamos queixa‑crime; quando iniciada pelo Ministério
Público, denominamos denúncia. Como a prisão em flagrante pode ser feita por qualquer
A lei penal possui o papel de definir qual será a forma de do povo, ela será a única possibilidade de prisão que é con‑
propositura da ação, sendo mais comum a propositura pelo cedida às Comissões Parlamentares de Inquérito.
Ministério Público. Nesse caso, se o Ministério Público não A segunda hipótese de prisão diz respeito à ordem
apresentar denúncia no prazo legal, abrir‑se‑á oportunidade judicial escrita e fundamentada. Nesse caso, deverá o juiz
Legislação

de a vítima substituir o Ministério Público, por meio da ação determinar a expedição do respectivo mandado, que poderá
penal privada subsidiária da pública.
48
Assunto cobrado na prova da FGV/Senado Federal/Técnico Legislativo/Admi‑
nistração/2012.
FGV/Senado Federal/Técnico Legislativo/Administração/2012.
47 49
FGV/Senado Federal/Técnico Legislativo/Administração/2012.

88 Openbook Apostilas
instrumentalizar diversos tipos de prisão (preventiva, tem‑ de supostamente oferecerem risco de retaliação em relação
porária etc.). Cabe notar o fato de que essa prisão, por ser aos agentes públicos.
escrita, nada tem a ver com a voz de prisão, que pode ser
dada pelo juiz em uma audiência, por exemplo. LXV – a prisão ilegal será imediatamente relaxada pela
A terceira hipótese de prisão refere‑se à transgressão autoridade judiciária;
militar ou crime propriamente militar, que, no caso, pres‑
cindem de ordem judicial. Ressalte‑se que a Constituição Comentário: como já ressaltado, cabe ao juiz analisar
expressamente proíbe a impetração de habeas corpus, que a legalidade da prisão, podendo, de ofício, determinar o
é uma medida destinada à proteção do direito de ir e vir, relaxamento da prisão.
nas hipóteses de punição disciplinar militar (art. 142, § 2º).
Por fim, cabe registrar uma hipótese bem específica de LXVI – ninguém será levado à prisão ou nela mantido,
prisão, que será criada no caso de decretação de Estado de quando a lei admitir a liberdade provisória, com ou sem fiança;
Defesa. Trata‑se da prisão por crime contra o Estado, que
tem previsão no art. 136, § 3º, da Constituição do Brasil. Comentário: a liberdade provisória consiste no direito de
o preso responder ao processo em liberdade. A lei definirá
LXII – a prisão de qualquer pessoa e o local onde se quais são as hipóteses em que a liberdade provisória será
encontre serão comunicados imediatamente ao juiz com- admitida, casos em que o acusado não poderá ser levado à
petente e à família do preso ou à pessoa por ele indicada50; prisão ou nela mantido.
Existem duas modalidades de liberdade provisória: sem
Comentário: duas são, portanto, as comunicações obri‑ pagamento de fiança e mediante pagamento de fiança. Com‑
gatórias relativas à prisão de uma pessoa e ao local onde pete à lei definir quais serão as hipóteses em que a liberdade
se encontre: provisória exigirá o pagamento de fiança, que é um valor
a) ao juiz competente. Essa comunicação justifica‑se, por dado em garantia pelo preso, assegurando sua colaboração
exemplo, pelo fato de esse juiz possuir o poder de relaxar a nas investigações e na instrução.
prisão, quando ilegal.
Não admitem fiança: racismo, crime de grupos armados
b) à família do preso ou à pessoa por ele indicada. A co‑
contra o Estado Democrático e contra a ordem constitucional,
municação à família ou a pessoa indicada é essencial para
crimes hediondos, tráfico de drogas, tortura e terrorismo.
que o direito à assistência seja prontamente exercido.
Se, porém, o preso não indicar nenhuma pessoa, torna‑se
LXVII – não haverá prisão civil por dívida, salvo a do
irrelevante a previsão da segunda comunicação, segundo o
entendimento do Supremo Tribunal Federal. responsável pelo inadimplemento voluntário e inescusável
de obrigação alimentícia e a do depositário infiel;
LXIII – o preso será informado de seus direitos, entre
os quais o de permanecer calado, sendo‑lhe assegurada a Comentário: a prisão civil é aquela utilizada na cobrança
assistência da família e de advogado51; de dívidas. Não tem um caráter punitivo, mas sim coerciti‑
vo, voltado ao adimplemento da obrigação. A prisão civil é
Comentário: o presente dispositivo garante ao preso três admitida em duas hipóteses:
prerrogativas: permanecer calado, assistência da família e a) inadimplemento voluntário e inescusável de obrigação
assistência de advogado. alimentícia;
O direito de permanecer calado deve ser garantido a b) depositário infiel.
todos, independentemente de serem presos. As testemu‑ A prisão por obrigação alimentícia somente ocorrerá
nhas, porém, somente possuem direito de permanecerem nos casos em que a dívida é voluntária, ou seja, quando não
caladas em relação às informações que possam servir para houver um motivo de força maior para o inadimplemento
sua incriminação. Essa determinação protege o direito que da obrigação.
temos contra autoincriminação (princípio do nemo tenetur O depositário infiel é responsável pelo bem, devendo
se detegere). devolvê-lo imediatamente nas hipóteses legais.
O direito de permanecer calado pode ser estendido Tais hipóteses eram definidas em nosso ordenamento
para alcançar também o direito de mentir sem incorrer em jurídico. Ocorre que o Supremo Tribunal Federal veio a consi‑
atividade ilícita. derar o Pacto de São José da Costa Rica, tratado internacional
A assistência da família impede, por exemplo, que o preso que impede esse tipo de prisão, uma norma supralegal, ou
fique incomunicável. A assistência do advogado é irrestrita, seja, superior às demais normas legais. Isso fez com que
devendo ser assegurada proteção da defensoria pública ao fossem derrogadas as normas legais que dispunham sobre
preso que não possua condições de contratar um advogado a prisão civil do depositário infiel.
às suas expensas. Antes desse entendimento, a prisão do depositário infiel
era justificada por uma obrigação processual ou por uma
LXIV – o preso tem direito à identificação dos responsá- obrigação contratual. Na primeira situação, estando o bem
veis por sua prisão ou por seu interrogatório policial; em discussão perante o Poder Judiciário, determinava-se que
o detentor fosse nomeado depositário infiel. Na segunda si‑
Comentário: a identificação dos responsáveis pela prisão tuação, o depositário recebia o bem em virtude de uma obri‑
ou pelo interrogatório do preso é um instrumento necessário gação contratual, como no contrato de alienação fiduciária.
à proteção contra abusos, já que intimida o agente público Em resumo, a situação que temos hoje é a seguinte:
quanto às práticas abusivas ou ilícitas. Importante notar que a prisão civil do depositário infiel é prevista na Constituição
a identificação será obrigatória mesmo nas hipóteses de cri‑ nos casos previstos em lei. O Pacto de São José da Costa
Legislação

minosos de alto grau de periculosidade, independentemente Rica, porém, com seu status supralegal, derrogou todas as
previsões legais de prisão do depositário, de tal forma que
50
Assunto cobrado nas seguintes provas: FGV/Senado Federal/Técnico Legisla‑ tornou, na prática, inviável a utilização do instrumento de
tivo/Administração/2012 e FCC/TRE-AL/Técnico Judiciário/Área Administrati‑ prisão nessas hipóteses.
va/2010.
51
FGV/Senado Federal/Técnico Legislativo/Administração/2012.

Openbook Apostilas 89
LXVIII – conceder‑se‑á habeas corpus sempre que al- Comentário: esse dispositivo será tratado no tópico
guém sofrer ou se achar ameaçado de sofrer violência ou “Gratuidades Constitucionais”.
coação em sua liberdade de locomoção, por ilegalidade ou
abuso de poder52; LXXV – o Estado indenizará o condenado por erro judi-
ciário, assim como, o que ficar preso além do tempo fixado
Comentário: esse dispositivo será tratado no tópico na sentença;
“Remédios Constitucionais”.
Comentário: essa indenização não poderá ser plei­teada
LXIX – conceder‑se‑á mandado de segurança para prote- pela via do habeas corpus. Será necessário portanto que,
ger direito líquido e certo, não amparado por habeas corpus além do habeas corpus liberatório, seja ajuizada ação ordi‑
ou habeas data, quando o responsável pela ilegalidade ou nária para demonstração da responsabilidade civil do Estado.
abuso de poder for autoridade pública ou agente de pessoa
jurídica no exercício de atribuições do Poder Público; LXXVI – são gratuitos para os reconhecidamente pobres,
na forma da lei:
Comentário: esse dispositivo será tratado no tópico a) o registro civil de nascimento;
“Remédios Constitucionais”. b) a certidão de óbito57.
LXX – o mandado de segurança coletivo pode ser im- Comentário: esse dispositivo será tratado no tópico
petrado por: “Gratuidades Constitucionais”.
a) partido político com representação no Congresso
Nacional. LXXVII – são gratuitas as ações de habeas corpus e
b) organização sindical, entidade de classe ou associa- habeas data, e, na forma da lei, os atos necessários ao
ção legalmente constituída e em funcionamento há pelo exercício da cidadania58.
menos um ano, em defesa dos interesses de seus membros
ou associados53. Comentário: esse dispositivo será tratado no tópico
“Gratuidades Constitucionais”.
Comentário: esse dispositivo será tratado no tópico
“Remédios Constitucionais”. LXXVIII – a todos, no âmbito judicial e administrativo, são
assegurados a razoável duração do processo e os meios que
LXXI – conceder‑se‑á mandado de injunção sempre que garantam a celeridade de sua tramitação.
a falta de norma regulamentadora torne inviável o exercício
dos direitos e liberdades constitucionais e das prerrogativas Comentário: esse dispositivo foi inserido na reforma
inerentes à nacionalidade, à soberania e à cidadania54; constitucional de 2004 que, por meio da Emenda Constitucio‑
nal nº 45, realizou a chamada “reforma do Poder Judiciário”.
Comentário: esse dispositivo será tratado no tópico No caso, os processos judicial e administrativo passam a ter
“Remédios Constitucionais”. a garantia da razoável duração do processo.
Dois problemas surgem em relação a tal dispositivo.
LXXII – conceder‑se‑á habeas data: Primeiramente, temos a dificuldade em definir qual será a
a) para assegurar o conhecimento de informações duração razoável do processo, principalmente pelo fato de
relativas à pessoa do impetrante, constantes de registros que as ações possuem múltiplos graus de complexidade.
ou bancos de dados de entidades governamentais ou de Em segundo lugar, a dificuldade encontrada reside no fato
caráter público. de o dispositivo possuir uma redação muito ampla, que não
b) para a retificação de dados, quando não se prefira especifica, no caso concreto, as medidas a serem adotadas.
fazê‑lo por processo sigiloso, judicial ou administra­tivo. A conclusão a que chegamos, portanto, é a de que se trata
de uma norma‑princípio, que exigirá concretização por meio
Comentário: esse dispositivo será tratado no tópico de políticas públicas e da atividade legislativa.
“Remédios Constitucionais”. O judiciário, em caráter excepcional, tem deferido pedi‑
dos de julgamento imediato da causa em respeito ao direito
LXXIII – qualquer cidadão55 é parte legítima para propor
à razoável duração do processo.
ação popular que vise a anular ato lesivo ao patrimônio pú-
blico ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade
§ 1º As normas definidoras dos direitos e garantias
administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico
fundamentais têm aplicação imediata59.
e cultural, ficando o autor, salvo comprovada má‑fé, isento
de custas judiciais e do ônus da sucumbência56;
Comentário: o fato de as normas desse artigo terem apli‑
cação imediata significa dizer que podem ser aplicadas a um
Comentário: esse dispositivo será tratado no tópico
caso concreto imediatamente, sem necessidade de norma
“Remédios Constitucionais”.
regulamentadora, por exemplo. Essa é a razão pela qual di‑
versos remédios constitucionais, ainda que não tivessem seu
LXXIV – o Estado prestará assistência jurídica integral
papel bem definido pela legislação, puderam ser utilizados
e gratuita aos que comprovarem insuficiência de recursos;
imediatamente, como é o caso do mandado de segurança.
A aplicação imediata, porém, não impede que uma nor‑
ma tenha eficácia contida, ou seja, que admita a restrição
52
Assunto cobrado nas seguintes provas: Funcab/MPE-RO/Técnico/Oficial de
Diligências/2012 e FCC/Instituto Nacional do Seguro Social /Técnico do Seguro de sua eficácia por meio da atuação do legislador ordinário.
Social/2012. § 2º Os direitos e garantias expressos nesta Constituição
Legislação

53
Esaf/MF/Assistente Técnico/Administrativo/2012. não excluem outros decorrentes do regime e dos princípios
54
Esaf/Ministério da Integração Nacional/Secretaria Nacional de Defesa Ci‑
vil/2012.
55
Assunto cobrado na prova do Cespe/TRT 10ª Região (DF e TO)/Técnico Judiciário/ 57
FCC/Tribunal Regional Eleitoral do Acre/Técnico Judiciário/Área Administrati‑
Administrativo/2013. va/2010.
56
Assunto cobrado na prova da Vunesp/Tribunal de Justiça-SP/Escrevente Técnico 58
FCC/TRT 9ª Região (PR)/Técnico Judiciário/Área Administrativa/2013.
Judiciário/2010. 59
FCC/TRT 9ª Região (PR)/Técnico Judiciário/Área Administrativa/2013.

90 Openbook Apostilas
por ela adotados, ou dos tratados internacionais em que a Habeas Corpus
República Federativa do Brasil seja parte.
Finalidade: este remédio constitucional, previsto no
Comentário: o presente dispositivo deixa claro que o rol art. 5º, LXVIII, da Constituição Federal, visa à proteção da
de direitos do art. 5º não possui caráter exaustivo, mas sim, liberdade de locomoção (direito de ir, vir e permanecer)
exemplificativo. Fica, portanto, aberta a oportunidade de contra lesão ou ameaça causada por abusos de poder ou
reconhecimento de novos direitos e garantias decorrentes ilegalidade62. Como se percebe, não há uma necessária
do regime e dos princípios constitucionais, bem como de correlação desse remédio ao Direito Penal, motivo pelo qual
tratados internacionais. o habeas corpus poderá ser impetrado até mesmo no caso
Nesse sentido, já foi reconhecida a existência de direitos de prisão civil por dívida, já que está envolvida, nesse caso,
e garantias individuais até mesmo no art.150 da Constituição a liberdade de locomoção.
Federal, que estabelece as limitações constitucionais ao Como já salientamos anteriormente, este remédio constitu‑
poder de tributar. cional não se presta a discutir punições disciplinares militares.
Cabe lembrar que os tratados internacionais que apenas O habeas corpus não se submete a prazo prescricional
disponham de direitos e garantias fundamentais, sem se ou decadencial, sendo cabível enquanto durar a lesão ou
submeter ao procedimento de aprovação similar ao da pro‑ ameaça de lesão ao direito que se pretende proteger.
posta de emenda constitucional, não terá status de emenda
constitucional, mas força de norma supralegal. Legitimidade ativa: possui legitimidade ativa aquele
que pode impetrar o habeas corpus, chamado, portanto,
§ 3º Os tratados e convenções internacionais sobre de impetrante. Esse remédio é dos mais informais, já que
direitos humanos que forem aprovados, em cada Casa do pode ser impetrado por qualquer pessoa, física ou jurídica,
Congresso Nacional, em dois turnos, por três quintos dos independentemente de capacidade civil, de advogado e de
votos dos respectivos membros, serão equivalentes às mandato outorgado pelo paciente. Exige‑se, porém, como
emendas constitucionais60. um formalismo mínimo, que a petição seja assinada, já que
é considerado inexistente o habeas corpus apócrifo.
Comentário: o presente dispositivo, inserido pela Emen‑
da Constitucional nº 45/2004, abriu a possibilidade de trata‑ Paciente: será considerado paciente aquele que estiver a
dos e convenções internacionais possuírem força de emenda sofrer lesão ou ameaça a seu direito de locomoção e venha
constitucional. Para tanto, será necessário preencher os dois a ser protegido pelo remédio constitucional. O paciente
requisitos, de forma cumulada: tratar de direitos humanos será necessariamente uma pessoa física, já que as pessoas
e ser aprovado por três quintos de cada Casa do Congresso jurídicas não possuem liberdade de locomoção, prerrogativa
Nacional em dois turnos de votação. que é incompatível com elas.
Os tratados que não cumprirem tais requisitos, como
vimos, terão forma de lei ordinária ou força supralegal. Legitimidade passiva: a legitimidade passiva é conferida
àquele que age como coator, praticando atos ilícitos ou em
§ 4º O Brasil se submete à jurisdição de Tribunal Penal abuso de poder, razão pela qual será considerado impetrado.
Internacional a cuja criação tenha manifestado adesão61.
Tipos: podemos classificar o habeas corpus como pre‑
Comentário: essa importante determinação acaba por ventivo, que é aquele impetrado quando há uma amea­ça ao
colocar em discussão a noção clássica de soberania, que vê no direito de locomoção, ou repressivo, impetrado quando já
Estado Soberano um ente totalmente independente. Passa se configura a ilegalidade ou o abuso de poder, e “de ofício”,
o Brasil, a partir da inserção desse dispositivo pela Emenda concedido pelo juiz independentemente de impetração.
Constitucional nº 45/2004, a submeter‑se à jurisdição de um No habeas corpus preventivo, pode ser expedido salvo
organismo internacional se houver manifestado adesão ao conduto, que é instrumento que impede a prisão do paciente
ato de criação. Cumpre ressaltar, porém, que essa previsão nas hipóteses descritas na ordem judicial concessiva da ordem.
se limita aos tribunais penais, não podendo ser estendida a Imaginemos uma situação em que o paciente será ouvido
outras áreas como a do comércio internacional. como acusado em uma Comissão Parlamentar de Inquérito
e requer, por meio de um habeas corpus, a expedição de um
salvo conduto para garantia de seu direito de permanecer ca‑
Remédios Constitucionais lado. Poderá o Supremo Tribunal Federal, nesse caso, conceder
o remédio para que o paciente não seja preso caso venha a
Os remédios constitucionais são garantias definidas no legitimamente exercer seu direito sem que incida, portanto,
corpo do art. 5º da Constituição Federal, que visam à prote‑ em crime, caso recaia em falso testemunho.
ção de valores também definidos na Carta Maior. Apesar de No writ repressivo, já existe a situação de coação e o
a maioria dos remédios tramitar perante o Poder Judiciário, paciente requer, portanto, a sua soltura, por exemplo. Tanto
existem remédios, como o direito de petição, que podem no habeas corpus preventivo quanto no repressivo, há a
tramitar perante órgãos administrativos. Consideraremos, possibilidade de concessão de medida liminar.
em nosso estudo, os seguintes remédios constitucionais: A liminar é uma medida precária, que busca a proteção
• habeas corpus; do bem quando exista perigo de dano irreparável ao bem
• habeas data; tutelado. Somente será concedida a liminar se houver a fu‑
• mandado de segurança; maça do bom direito, ou seja, a plausibilidade das alegações
• mandado de injunção; feitas pelo impetrante.
• ação popular; Por fim, o habeas corpus ex officio é aquele que é
• direito de petição. concedido pelo juiz independentemente de provocação.
Legislação

Imaginemos que um impetrante ingressa com um recurso


60
Assunto cobrado nas seguintes provas: Vunesp/TJ-SP/Escrevente Técnico
requerendo a atipicidade da conduta do réu. Nesse caso,
Judiciário/2012; Cespe/Câmara dos Deputados/Técnico Legislativo/Técnico o magistrado, ainda que não concorde com o impetrante
em Radiologia/2012 e FCC/Assembleia Legislativa-SP/Agente Técnico Legisla‑
tivo/2010.
61
FCC/TRT 9ª Região (PR)/Técnico Judiciário/Área Administrativa/2013. 62
Assunto cobrado na prova do Cespe/MPS/Agente Administrativo/2010.

Openbook Apostilas 91
no que toca à atipicidade da atitude do réu, pode conceder disso, dispõe a Súmula nº 430/STF que “pedido de reconsi‑
habeas corpus de ofício, para reconhecer que o crime está deração na via administrativa não interrompe o prazo para
prescrito. o mandado de segurança”.

Gratuidade: trata‑se de ação gratuita, independente‑ Legitimidade ativa: o mandado de segurança pode ser
mente de qualquer condição. ajuizado por qualquer pessoa, física ou jurídica.

Habeas Data Legitimidade passiva: somente pode ser impetrado em


um mandado de segurança quem seja autoridade pública
Finalidade: o presente remédio constitucional, previsto ou agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições
no art. 5º, LXXII, da Constituição do Brasil possui uma dupla do Poder Público64, ou seja, a ela equiparado por atuar em
finalidade. Vejamos no quadro abaixo. função eminentemente pública, mediante delegação.
de informações relativas à pessoa do Tipos: o mandado de segurança pode ser classificado em
impetrante, constantes de registros
acesso preventivo ou repressivo, e ainda em individual ou coletivo.
Visa a ou  ou bancos de dados de entidades
governamentais ou de caráter O mandado de segurança preventivo presta‑se a evitar
assegurar retificação público. ofensa a direito líquido e certo que seja e que se ache ame‑
açado, ainda que não exista o ato lesivo.
O mandado de segurança repressivo volta‑se a afastar
Portanto, uma das finalidades do habeas data é a pos-
ofensa já perpetrada contra direito líquido e certo. Já existe,
sibilidade de retificação de dados, quando não se prefira
nesse caso, lesão ao bem jurídico que se quer tutelar.
fazê-lo por processo sigiloso, judicial ou administrativo.63
O mandado de segurança individual busca a proteção
A impetração do habeas data exige, ainda, a demonstra‑
dos interesses do impetrante. O mandado de segurança será
ção de que houve uma prévia negativa administrativa. Em
individual ainda que vários impetrantes optem por ajuizar
outras palavras, o impetrante deve demonstrar que buscou
uma só ação, na condição de litisconsortes.
previamente o acesso às informações diretamente junto ao
No mandado de segurança coletivo, previsto no art. 5º,
banco de dados, sem obter, porém, sucesso.
LXIX, da Constituição Federal, o impetrante defende, em
Legitimidade ativa: qualquer pessoa pode impetrar o nome próprio, um direito alheio. Cuida‑se de forma de subs‑
habeas data, desde que as informações pleiteadas se refiram tituição processual, razão pela qual não há necessidade de
exclusivamente ao impetrante. Trata‑se, dessa forma, de uma autorização dos titulares do direito protegido. Nesse sentido,
ação personalíssima. a Súmula nº 629/STF, que determina que a “impetração de
mandado de segurança coletivo por entidade de classe em
Legitimidade passiva: apenas pode ser impetrado o favor dos associados independe da autorização destes”.
banco de dados de caráter público (Serasa, SPC etc.) ou São legitimados a impetrar o mandado de se­gurança
respectiva entidade governamental (INSS, Receita Federal coletivo:
do Brasil, Polícia Federal etc.). • partido político com representação no Congresso
Nacional65;
Gratuidade: trata‑se de ação gratuita, independente‑ • organização sindical, entidade de classe ou associação
mente de qualquer condição. legalmente constituída e em funcionamento há pelo menos
um ano, em defesa dos interesses de seus membros ou
Mandado de Segurança associados.

Finalidade: o mandado de segurança se presta à proteção Um partido político com representação no Congresso
de direito líquido e certo contra abuso de poder ou ilegalida‑ Nacional possui legitimidade para impetrar mandado de
de. Direito líquido e certo é aquele que se mostra delimitado segurança coletivo apenas em defesa de seus filiados.66
quanto à extensão e inquestionável quanto à existência. De É possível a concessão de mandado de segurança cole-
forma simplificada, podemos dizer que o direito líquido e tivo impetrado por partido político com representação no
certo é aquele que não demanda ampla instrução probatória, Congresso Nacional, para proteger direito líquido e certo
motivo pelo qual a única prova admitida no mandado de não amparado por habeas corpus ou habeas data, quando
segurança é a de caráter documental. o responsável pelo abuso de poder for ministro de Estado.67
No mandado de segurança, o direito é facilmente aferí‑ Destaca‑se que a entidade de classe possui legitimidade
vel a partir da leitura das normas legais aplicáveis ao caso. para impetrar o mandado de segurança ainda que a preten‑
Compete à parte, portanto, apenas demonstrar que se são veiculada interesse apenas a uma parte da categoria
enquadra na situação descrita na lei. Cabe mandado de se‑ (Súmula nº 630/STF).
gurança, portanto, para pleitear aposentadoria por tempo de
serviço, quando bastar a certidão de tempo de serviço para Atenção! O mandado de segurança coletivo é hipótese iso‑
comprovar que o impetrante preenche os requisitos legais lada em que as associações fazem substituição processual.
para usufruir do benefício. No caso, porém, de aposentadoria Nas demais ações ajuizadas pelas associações, o que se
por invalidez, quando é necessário realizar perícias e ouvir pratica é a representação processual, que exige autorização
testemunhas, o direito não é líquido e certo, motivo pelo qual
dos representados.
não será possível, a priori, impetrar mandado de segurança.
Dessa forma, no mandado de segurança não se discute
matéria probatória, de cunho fático. Por outro lado, mos‑ Prazo Decadencial: a impetração do mandado de se­
tra‑se plenamente possível discutir questões de direito, de gurança deve ser feita no prazo de cento e vinte dias, con‑
cunho abstrato. Nesse sentido, a Súmula nº 625/STF dispõe tados da data da ciência do ato ilegal ou cometido em abuso
de poder. A perda desse prazo, porém, não leva à perda do
Legislação

que “a controvérsia sobre matéria de direito não impede


concessão de mandado de segurança”.
A impetração do mandado de segurança não está vincu‑
64
Assunto cobrado na prova do Cespe/Anatel/Técnico Administrativo/2012.
65
Assunto cobrado na prova da FCC/Assembleia Legislativa- SP/Agente Legislativo
lado ao esgotamento da instância administrativa. Por conta de Serviços Técnicos e Administrativos/2010.
66
Cespe/Anatel/Técnico Administrativo/2012.
63
FCC/Assembleia Legislativa-SP/Agente Técnico Legislativo/Direito/2010. 67
Cespe/MPU/Técnico Administrativo/2013.

92 Openbook Apostilas
direito, já que o seu titular poderá pleitear seu direito por Tipos: são cabíveis o mandado de injunção individual e o
meio de uma ação ordinária. Cabe lembrar que, no mandado mandado de injunção coletivo. O segundo tipo de mandado
de segurança preventivo, não há prazo decadencial, tendo de segurança é uma criação pretoriana, ou seja, foi reco‑
em vista que o ato coator sequer foi produzido. nhecido pelos tribunais, ainda que não houvesse disciplina
constitucional a respeito. Assim, devem ser aplicadas ao
Súmula nº 512/STF: segundo entendimento jurispru‑ mandado de injunção coletivo as disposições do mandado
dencial do Supremo Tribunal Federal, não cabe condenação de segurança coletivo.
em pagamento de honorários advocatícios em Mandado
de Segurança. Em outras palavras, a parte que sucumbente Ação Popular
não será obrigada a pagar à parte vencedora uma parcela
do valor da causa para pagamento do advogado responsável Finalidade: a ação popular é voltada à anulação de ato
pelo êxito. lesivo:
• ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado
Atenção! O prazo decadencial para impetração do man‑ participe;
dado de segurança foi considerado constitucional pelo • à moralidade administrativa;
Supremo Tribunal Federal, o que resultou na edição da • ao meio ambiente;
Súmula nº 632/STF. • ao patrimônio histórico e cultural.

Jurisprudência: vejamos alguns entendimentos jurispru‑ Cumpre notar que a ação popular só se presta à anulação
denciais acerca do cabimento do mandado de segurança. desses atos, não sendo o instrumento adequado à punição
do agente público que causou um dano a interesses da socie‑
Cabe mandado de se­gurança Não cabe mandado de se­­ dade. A punição, no caso, poderá ser discutida em eventual
gurança ação de improbidade.
Para a proteção do direito de Contra lei em tese. É possível declarar a inconstitucionalidade de uma lei
reunião. por meio da ação popular, desde que essa declaração não
Para proteção do direito de Contra decisão judicial transi‑ seja o objeto principal da ação popular. Assim, a declaração
certidão. tada em julgado. de inconstitucionalidade da lei pode ser um meio, nunca a
Para a proteção de direito que Contra ato judicial passível finalidade precípua da ação.
esteja na pendência de decisão de recurso. A ação popular deverá ter por objeto um ato adminis‑
na esfera administrativa. trativo. Não é cabível essa ação contra uma decisão judicial.
Por permitir que o cidadão defenda diretamente os
Mandado de Injunção
interesses do povo, pode‑se considerar a ação popular uma
Cabimento: o mandado de injunção, previsto no art. 5º, forma de exercício da democracia direta.
LXXI, da Constituição Federal, pode ser impetrado sempre que Não existe foro por prerrogativa de função em relação à
a falta de norma regulamentadora torne inviável o exercício ação popular. Assim, ainda que a ação seja ajuizada contra
dos direitos e liberdades constitucionais e das prerrogativas o Presidente da República, não será julgada pelo Supremo
inerentes à nacionalidade, à soberania e à cidadania68. Tribunal Federal.
Cuida‑se, assim, de ação voltada à supressão de omissão
legislativa relativa à regulamentação de direitos previstos cons‑ Legitimidade ativa: só podem ajuizar ações populares
titucionalmente. Se tivermos uma norma de eficácia limitada, os cidadãos, ou seja, aqueles que possuam direitos políticos.
por exemplo, que ainda não produza totalmente seus efeitos Ficam excluídas, portanto, as pessoas jurídicas e as pessoas fí‑
porque ainda não foi produzida lei regulamentadora, será sicas que não estejam no pleno gozo de seus direitos políticos.
cabível o mandado de injunção contra o órgão responsável
pela omissão, buscando‑se a edição da norma. Legitimidade passiva: a ação popular deve ser ajuizada
Durante muito tempo defendeu‑se que o mandado de contra a autoridade pública autora do ato impugnado.
injunção não poderia dar ao Poder Judiciá­rio o poder de,
persistindo a omissão, determinar qual será a disciplina legal Gratuidade: a ação popular será gratuita, mas sua gratuida‑
a ser aplicada ao caso concreto. Entendia‑se, nesse caso, que de é condicionada à boa‑fé. Se a ação for ajuizada com má‑fé,
estaríamos ferindo o princípio da separação dos poderes, o autor será condenado ao pagamento das custas judiciais.
motivo pelo qual era necessário adotar posicionamento não
concretista. Esse não é, porém, o atual entendimento do Direito de Petição
Supremo Tribunal Federal, que já admite que o Poder Judiciário
indique, no caso de omissão, quais serão as regras aplicáveis
para que os impetrantes possam usufruir de forma plena os Finalidade: o direito de petição, previsto no art. 5º, XX‑
direitos que lhe foram conferidos pela Constituição do Brasil. XIV, da CF, também considerado um remédio constitucional,
O desrespeito à determinação de regulamentação de um difere‑se dos demais por não consistir em uma ação judicial.
dispositivo constitucional é denominada inconstitucionalida‑ Trata‑se de instrumento exercido perante o Poder Público
de por omissão, e também pode ser combativa por meio da com o objetivo de:
ação direta de inconstitucionalidade por omissão, que será • defesa de direitos;
posteriormente tratada. • representação contra ilegalidade ou abuso de poder.

Legitimidade ativa: o mandado de injunção pode ser Qualquer pessoa pode utilizar‑se do direito de petição,
impetrado por qualquer pessoa que possua interesse direto que não pode ser impedido por meio de obstáculos legais.
na regulamentação do dispositivo constitucional. Dessa forma, segundo o novo entendimento do Supremo
Legislação

Legitimidade passiva: será considerado impetrado aque‑ Tribunal Federal, é inconstitucional exigir depósito prévio
le que seja responsável pela omissão legislativa. ou arrolamento de bens e direitos como condição de ad‑
missibilidade de recurso administrativo69.
68
FCC/Assembleia Legislativa-SP/Agente Legislativo de Serviços Técnicos e Admi‑
nistrativos/2010. Assunto cobrado na prova do Cespe/Anac/Técnico Administrativo/2012.
69

Openbook Apostilas 93
Gratuidades Constitucionais penais praticadas, especialmente, contra bens, serviços e inte‑
O texto constitucional trata de diversas hipóteses de resses da União ou de suas entidades autárquicas e empresas
gratuidade, sendo de suma importância que o candidato públicas, assim como os crimes de repercussão interestadual,
identifique quais as condicionantes para a fruição desse internacional ou que exigem repressão uniforme. A polícia
direito. Vamos esquematizar. judiciária no âmbito federal é de sua exclusividade. Incluem‑
-se, portanto, nessas atribuições, prevenir e reprimir o tráfico
Dispositivo Gratuidade Observações de entorpecentes e drogas afins, o contrabando; policiar os
5º, XXXIV Direito de peti‑ Incondicionada – independe aeroportos, mares e as fronteiras do País, entre outras.
ção do pagamento de taxas Polícia Rodoviária Federal: tem a função de patrulhar
as rodovias federais, tanto para evitar acidentes como para
5º, XXXIV Direito de certi‑ Incondicionada – independe
impedir a prática de crimes.
dão do pagamento de taxas
Polícia Ferroviária Federal: tem a função de patrulhar
5º, LXXIII Ação Popular Condicionada à boa-fé do autor as ferrovias federais.
5º, LXXIV Assistência jurídi‑ Condicionada à comprovação Polícia Civil: é o exercício da Polícia Judiciária, ou seja,
ca integral da insufi­ciência de recursos apuração de infrações cometidas, exceto as infrações mili‑
5º, LXXVI Certidão de nas‑ Condicionada à comprovação tares e aquelas reservadas à Polícia Federal.
cimento de pobreza, na forma da lei Polícia Militar: tem a função de repressão, ou seja, im‑
5º, LXXVI Certidão de óbito Condicionada à comprovação pedir a prática de infrações.
de pobreza, na forma da lei Corpo de Bombeiros: tem a função de executar ativida‑
des de defesa civil, especialmente o combate a incêndios
5º, LXXVII Habeas corpus Incondicionada
e acidentes70.
5º, LXXVII Habeas data Incondicionada * As Polícias Militares e Corpo de Bombeiros Militares são forças
5º, LXXVII Atos necessários Gratuitos na forma da lei auxiliares e reserva do Exército, podendo atuar externamente em
ao exercício da caso de guerra declarada.
cidadania Guarda Municipal: os Municípios poderão constituir
Guardas Municipais destinadas à proteção de seus bens,
serviços e instalações. É importante dizer que muitos mu‑
SEGURANÇA PÚBLICA nicípios têm se utilizado da Guarda Municipal como polícia
Busca garantir a todos os cidadãos a proteção de seus di‑ repressiva. Contudo, tal atividade não se reveste de emba‑
reitos, individuais e sociais, proporcionando um convívio social samento constitucional.
* A remuneração dos servidores policiais será feita por subsídio
mais harmônico. É dever do Estado manter uma segurança fixado em parcela única, vedado o acréscimo de qualquer gratifi‑
pública, assim como é direito e responsabilidade de todos os cação, adicional, abono, prêmio, verba de representação ou outra
cidadãos manter a ordem pública e a salvaguarda das pessoas espécie remuneratória.
e do patrimônio. Isso significa que as pessoas não são obrigadas A EC nº 82/2014 inseriu no capítulo da Segurança Pública
a manter a segurança pública, sob pena de regresso à vingança previsão expressa acerca da segurança viária, exercido por
privada, mas revela que é imprescindível a participação dos órgãos ou entidades executivos e agentes de trânsito no
cidadãos no cumprimento das leis e no respeito ao próximo, âmbito dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. Tais
fomentando a consciência de cidadania na sociedade. carreiras, estruturadas em Carreira, são responsáveis pela
A segurança pública brasileira pode ser preventiva, de na‑ preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas
tureza administrativa, ou judiciária, de natureza repressiva. e do seu patrimônio nas vias públicas, por meio de políticas
• Preventiva: é aquela que atua no sentido de evitar a que envolvam educação, engenharia e fiscalização de trânsito.
prática de condutas delituosas. Função administrativa de
manter a tranquilidade pública, evitando a prática de ilícitos Dispositivos Constitucionais
(Polícia administrativa).
• Judiciária: é aquela que visa descobrir a autoria de in‑ TÍTULO V
frações criminais já praticadas. Função de investigar os delitos Da Defesa do Estado e Das
praticados, no sentido de embasar uma futura ação penal, se for Instituições Democráticas
o caso. É importante dizer que o termo Judiciária aqui empre‑ [...]
gado não significa propriamente que a Polícia exerce função CAPÍTULO III
judiciária, exclusiva do Poder Judiciário (Polícia judiciária). Da Segurança Pública

Órgãos da Segurança Pública Art. 144. A segurança pública, dever do Estado, direito
I – Polícia Federal; e responsabilidade de todos, é exercida para a preservação
II – Polícia Rodoviária Federal; da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do pa‑
III – Polícia Ferroviária Federal; trimônio, através dos seguintes órgãos:
IV – Polícias Civis; I – polícia federal;
V – Polícias Militares e Corpo de Bombeiros Militares. II – polícia rodoviária federal;
III – polícia ferroviária federal;
Esfera de Segurança Pública IV – polícias civis;
• nível federal: Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal V – polícias militares e corpos de bombeiros militares.
e Polícia Ferroviária Federal; § 1º A polícia federal, instituída por lei como órgão per‑
• nível estadual: Polícia Civil, Polícia Militar e Corpo de manente, organizado e mantido pela União e estruturado
Bombeiros; em carreira, destina-se a:
Legislação

• nível municipal: Guarda Municipal. I – apurar infrações penais contra a ordem política e
social ou em detrimento de bens, serviços e interesses da
Polícia Federal: é organizada em carreira e tem natureza União ou de suas entidades autárquicas e empresas públicas,
de polícia preventiva e repressiva. A Polícia Federal tem como
Assunto cobrado na prova da Esaf/Ministério da Integração Nacional/Secretaria
70
atribuição evitar a prática de ilícitos penais, apurar as infrações Nacional de Defesa Civil/2012.

94 Openbook Apostilas
assim como outras infrações cuja prática tenha repercussão 2. A hierarquia militar é a ordenação progressiva da
interestadual ou internacional e exija repressão uniforme, autoridade, em graus diferentes, da qual decorre a
segundo se dispuser em lei; obediência, dentro da estrutura da Polícia Militar.
II – prevenir e reprimir o tráfico ilícito de entorpecentes e 3. A ordenação da autoridade se faz por merecimento e
drogas afins, o contrabando e o descaminho, sem prejuízo da antiguidade, de acordo com o escalonamento hierár‑
ação fazendária e de outros órgãos públicos nas respectivas quico, o posto e a graduação.
áreas de competência; 4. Graduação é o grau hierárquico dos oficiais, conferido
III – exercer as funções de polícia marítima, aeroportuária por ato do Governador do Estado e confirmado em
e de fronteiras; Carta Patente ou Folha de Apostila.
IV – exercer, com exclusividade, as funções de polícia 5. Posto é o grau hierárquico das praças, conferido pelo
judiciária da União71. Comandante‑Geral da respectiva Corporação Militar.
§ 2º A polícia rodoviária federal, órgão permanente, 6. A antiguidade entre os militares do Estado, em igualda‑
organizado e mantido pela União e estruturado em carreira, de de posto ou graduação, será definida, dentre outras,
destina-se, na forma da lei, ao patrulhamento ostensivo pela data da última promoção.
das rodovias federais72. 7. A precedência funcional ocorrerá quando, em igualdade
§ 3º A polícia ferroviária federal, órgão permanente, de posto ou graduação, o oficial ou a praça ocupar car‑
organizado e mantido pela União e estruturado em carreira, go ou função que lhe atribua superiori­dade funcional
destina-se, na forma da lei, ao patrulhamento ostensivo das sobre os integrantes do órgão ou serviço que dirige,
ferrovias federais. comanda ou chefia, ou estiver no serviço ativo, em
§ 4º Às polícias civis, dirigidas por delegados de polícia relação aos inativos.
de carreira, incumbem, ressalvada a competência da União, 8. A deontologia militar estadual é constituída pelos
as funções de polícia judiciária e a apuração de infrações valores e deveres éticos, traduzidos em normas de
penais, exceto as militares. conduta, que se impõem para que o exercício da pro‑
§ 5º Às polícias militares cabem a polícia ostensiva e a fissão do militar estadual atinja plenamente os ideais
preservação da ordem pública; aos corpos de bombeiros de realização do bem comum, mediante a preservação
militares, além das atribuições definidas em lei, incumbe a da ordem pública e a garantia dos poderes constituídos,
execução de atividades de defesa civil. relativamente aos policiais militares.
§ 6º As polícias militares e corpos de bombeiros mi­litares, 9. São valores fundamentais, determinantes da moral
forças auxiliares e reserva do Exército, subor­dinam-se, junta‑ militar estadual o patriotismo, o civismo, a hierarquia,
mente com as polícias civis, aos Governadores dos Estados, a disciplina, o profissionalismo, a lealdade, a constância,
do Distrito Federal e dos Territórios. a verdade real, a honra, a dignidade humana, a hones‑
§ 7º A lei disciplinará a organização e o funcionamento tidade e a coragem.
dos órgãos responsáveis pela segurança pública, de maneira 10. São deveres éticos, emanados dos valores militares
a garantir a eficiência de suas atividades. estaduais e que conduzem à atividade profissional
§ 8º Os Municípios poderão constituir guardas municipais
sob o signo da retidão moral, cultuar os símbolos e as
destinadas à proteção de seus bens, serviços e instalações,
tradições da Pátria, do Estado do Ceará e da respectiva
conforme dispuser a lei.
Corporação Militar e zelar por sua violação.
§ 9º A remuneração dos servidores policiais integrantes
11. O militar do Estado em serviço ativo pode exer­cer ativi‑
dos órgãos relacionados neste artigo será fixada na forma
do § 4º do art. 39. dade de segurança particular, comércio ou tomar parte
§ 10. A segurança viária, exercida para a preservação da administração ou gerência de sociedade empresária
da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do seu ou dela ser sócio ou participar, exceto como acio­nista,
patrimônio nas vias públicas: cotista ou comanditário.
I – compreende a educação, engenharia e fiscalização de 12. Compete ao Governador do Estado fiscalizar os subor‑
trânsito, além de outras atividades previstas em lei, que asse‑ dinados que apresentarem sinais exteriores de riqueza,
gurem ao cidadão o direito à mobilidade urbana eficiente; e incompatíveis com a remuneração do respectivo cargo,
II – compete, no âmbito dos Estados, do Distrito Federal provocando a instauração de procedimento criminal e/
e dos Municípios, aos respectivos órgãos ou entidades exe‑ ou administrativo necessário à comprovação da origem
cutivos e seus agentes de trânsito, estruturados em Carreira, dos seus bens.
na forma da lei. (Parágrafo e incisos acrescidos pela Emenda 13. Os militares do Estado da ativa podem manifestar‑se
Constitucional nº 82, de 16/7/2014) coletivamente sobre atos de superiores, de caráter
[...] reivindicatório e de cunho político‑partidário.
14. O militar do Estado inativo tem o di­reito de opinar so‑
bre assunto político e externar pensamento e conceito
EXERCÍCIOS ideoló­gico, filosófico ou relativo à matéria pertinente
ao interesse público, devendo observar os preceitos da
Lei nº 13.407/2011 ética militar e preservar os valores militares em suas
manifesta­ções es­senciais.
A Lei nº 13.407, de 21 de novembro de 2003, instituiu o 15. A disciplina militar é o exato cumpri­mento dos deveres
Código Disciplinar da Polícia Militar do Ceará e do Corpo do militar estadual, traduzindo‑se na rigorosa observân‑
de Bombeiros Militar do Estado do Ceará, dispondo sobre cia e acatamento parcial das leis, regu­lamentos, normas
o comportamento ético dos militares estaduais e estabele‑ e ordens, por parte de todos e de cada inte­grante da
cendo os procedimentos para apuração da responsabilidade Corporação Mili­tar.
administrativo‑disciplinar. Tendo em vista as disposições 16. A disciplina e o respeito à hierarquia devem ser man‑
Legislação

constantes nessa Lei, julgue os itens. tidos, permanentemente, pelos militares do Estado
1. Todos os militares estaduais estão sujeitos a esta Lei, apenas quando em serviço ativo.
exceto os da reserva remunerada. 17. A camaradagem é parte integrante da educação
71
Assunto cobrado na prova do Cespe/PRF/Agente Administrativo/2012.
policial‑militar, cabendo a superiores e subordinados
72
Assunto cobrado na prova do Cespe/PRF/Agente Administrativo/2012. atitudes de respeito e deferência mú­tuos.

Openbook Apostilas 95
18. A civilidade é indispensável à formação e ao convívio 32. Na aplicação das sanções disciplinares nem sempre se‑
do militar, incumbindo aos comandantes incentivar rão considerados a natureza, a gravidade e os motivos
e manter a har­monia e a solidariedade entre os seus determinantes do fato, os danos causados, a persona‑
comandados, promovendo estímulos de apro­ximação lidade e os antecedentes do agente, a intensidade do
e cordialidade. dolo ou o grau da culpa.
19. As ordens ilegais devem ser prontamente acatadas e 33. Na ocorrência de transgressão disciplinar en­volvendo
exe­cutadas, cabendo inteira responsabilidade à auto‑ militares do Estado de mais de uma Unidade, caberá
ridade que as determinar. ao comandante da área territorial onde ocorreu o
20. O militar do Estado é responsável pelas decisões que fato apurar ou determinar a apuração e, ao final, se
tomar ou pelos atos que praticar, inclusive nas missões necessário, remeter os autos à autoridade funcional
expressamente determinadas, bem como pela não superior comum aos envolvidos.
observância ou falta de exação no cumprimento de 34. O comportamento da praça militar de­monstra o seu
seus deve­res. procedimento na vida profissional e particular, sob o
21. O superior hierárquico responderá subsidiariamente, ponto de vista disciplinar.
na esfera administrativo‑disciplinar, incorrendo nas 35. O militar do Estado, que considere a si próprio, a su­
mesmas sanções da transgressão praticada por seu su‑ bordinado seu ou a serviço sob sua responsabilidade
bordinado quando concorrer diretamente, por ação ou prejudicado, ofendido ou in­justiçado por ato de supe‑
omissão, para o co­metimento da transgressão, mesmo rior hierárquico, poderá interpor recursos disciplinares.
não estando presente no local do ato. 36. O pedido de reconsideração de ato é recurso interposto,
22. Transgressão disciplinar é a infração admi­nistrativa mediante parte ou ofício, à autoridade que praticou,
caracterizada pela violação dos deveres militares, co‑ ou aprovou, o ato disciplinar que se reputa irregular,
minando ao infrator as sanções previstas neste Código, ofensivo, injusto ou ilegal, para que o reexamine.
sem prejuízo das responsabilidades penal e civil. 37. As autoridades competentes para apli­car sanção disci‑
23. As transgressões disciplinares podem ser graves, mé‑ plinar, exceto as ocupantes dos postos de 1º Tenente a
dias e leves, considerando‑se as circunstancias do fato. Major, quando tive­rem conhe­cimento, por via recursal
24. São sanções disciplinares aplicáveis aos milita­res do ou de ofício, da possível existência de irregulari­dade
Estado, inde­pendente­mente do posto, graduação ou ou ilegalidade na aplicação da sanção imposta por elas
função que ocupem a advertência, a repreensão, a per‑ ou pelas autoridades subordina­das, podem, de forma
manência disciplinar, a custódia disciplinar, a reforma motivada e com publicação, anular a sanção.
administrativa disciplinar, a demissão, a expulsão e a 38. As recompensas militares constituem re­conhe­cimento
proibição do uso do uniforme e do porte de arma. dos bons serviços prestados pelo militar do Estado e
25. A advertência, aplicada exclusivamente às faltas de consubstan­ciam‑se em prêmios concedidos por atos
natureza leve é aplicada verbalmente ao transgressor, meritórios e serviços relevantes.
podendo ser feita particular ou ostensivamente, sem 39. São recompensas militares o elogio, a  dispensa de
constar de publicação, figurando, entretanto, no re‑ serviço e o cancelamento de sanções, que comportem
gistro de informações de punições para oficiais, ou na tal medida.
40. Extingue‑se a punibilidade da transgressão disciplinar
nota de corretivo das praças.
pela passagem do transgressor da reserva remunerada
26. A repreensão é a sanção feita por escrito ao trans‑
para a reforma ou morte e pela prescrição.
gressor, publicada em boletim, devendo sempre ser
41. O Conselho de Disciplina destina‑se a apurar as trans‑
averbada nos assentamentos individuais.
gressões disciplinares cometidas por oficial e a incapa‑
27. A permanência disciplinar consiste na retenção do mi‑
cidade deste para permanecer no ser­viço ativo militar.
litar do Estado no âmbito de sua OPM, sem participar
42. O Conselho de justificação destina‑se a apurar as trans‑
de qualquer serviço, instrução ou atividade e sem estar
gressões disciplinares cometidas pela praça da ativa ou
cincrunscrito a determinado comportamento. da reserva remunerada e a incapacidade moral desta
28. A reforma administrativa disciplinar poderá ser apli­ para permanecer no serviço ativo militar ou na situação
cada, mediante processo regular ao oficial julgado de inatividade em que se encontra.
incompatível ou indigno profissio­nalmente para com 43. Não podem fazer parte do Conselho de Disciplina o
o oficialato, após sentença passada em julgado no Oficial que formulou a acusação, os Oficiais que tenham
Tribunal com­petente, ressalvado o caso de demissão, entre si, com o acusador ou com o acusado, parentesco
ou à praça que se tornar incompatível com a função consanguíneo ou afim, na linha reta ou até o quarto
militar estadual, ou nociva à disciplina, e  tenha sido grau de consanguinidade colateral ou de natureza civil
julgada passível de reforma. e os Oficiais que tenham particular interesse na decisão
29. A demissão será aplicada, mediante pro­cesso regular, do Conselho de Disciplina.
à praça que atentar contra a segurança das instituições 44. O Conselho de Disciplina poderá ser instaurado,
nacionais ou praticar atos desonrosos ou ofensivos ao indepen­dentemente da existência ou da instauração
decoro profissio­nal. de inquérito policial comum ou militar, de processo
30. O militar do Estado sob recolhimento transitório so‑ criminal ou de sentença criminal transitada em julgado.
mente poderá permanecer nessa situação pelo tempo 45. Se no curso dos trabalhos do Conse­lho surgirem indícios
necessário ao restabelecimento da normalidade da de crime comum ou militar, o presidente deverá extrair
situação considerada, sendo que o prazo máximo será cópia dos autos, remetendo‑os, por ofício, à autoridade
de 15 (quinze) dias, salvo determinação em contrário competente para início do respectivo inquérito policial
da autoridade judiciária competente. ou da ação penal cabível.
Legislação

31. Ao Controlador Geral de Disciplina e aos Comandan‑ 46. O Conselho de Disciplina dispõe de um prazo de 60
tes‑Gerais da Polícia Militar compete conhecer das (sessenta) dias, a contar da data de sua nomeação, para
sanções disciplinares aplicadas aos inativos da reserva a conclusão de seus trabalhos relativos ao processo,
remunerada, em grau de recurso, respectivamente, se e de mais 15 (quinze) dias para deliberação, confecção
oficial ou praça. e remessa do relatório conclusivo.

96 Openbook Apostilas
47. O processo administrativo‑disciplinar é o processo re‑ 57. A seleção para ingresso no Quadro de Oficiais Capelães,
gular, realizado por comissão processante, composta do Serviço Religioso Militar do Estado, destinado a pres‑
por 3 (três) membros que serão indicados por ato do tar apoio espiritual aos militares estaduais, dentro das
Controlador Geral de Disciplina, ou a quem por delega‑ respectivas religiões que professam, ocorre por meio
ção couber, dentre Delegados de Polícia ou Servidores de concurso público de provas ou de provas e títulos,
Públicos Estáveis, sendo 1 (um) presidente, 1 (um) de caráter eliminatório e classificatório.
secretário e 1 (um) membro. 58. O Oficial do Quadro de Capelães, quando afastado ou
48. A comissão processante dispõe de um prazo de 30 impedido definitivamente ou licenciado do exercício
(trinta) dias, a contar da data de sua nomeação, para do ministério eclesiástico, por ato da autoridade ecle‑
a conclusão de seus trabalhos relativos ao processo, siástica competente de sua religião, será reformado.
e de mais 15 (quinze) dias para deliberação, confecção 59. O  Quadro de Oficiais de Saúde destina‑se a prestar
e remessa do relatório conclusivo. apoio às atividades da Corporação, mediante o desem‑
penho de funções administrativas e operacionais.
Lei nº 13.729/2006 60. A hierarquia militar estadual é a ordenação da auto‑
ridade em níveis diferentes dentro da estrutura da
O Estatuto dos Militares Estaduais do Ceará regula a situação, Corporação, obrigando os níveis inferiores em relação
direitos, prerrogativas, deveres e obrigações dos militares aos superiores, sendo a ordenação realizada por pos‑
estaduais. Com relação ao tema proposto, julgue os itens: tos ou graduações dentro de um mesmo posto ou de
49. São militares estaduais do Ceará os membros das Cor‑ uma mesma graduação e se faz pela antiguidade ou
porações Militares do Estado, instituições organizadas precedência funcional no posto ou na graduação.
com base na hierarquia e disciplina, forças auxiliares e 61. A disciplina é a rigorosa observância e o acatamento
reserva do Exército, subordinadas ao Governador do integral às leis, regulamentos, normas e disposições
Estado e vinculadas operacionalmente à Secretaria da que fundamentam a Corporação Militar Estadual e
Segurança Pública e Defesa Social. coordenam seu funcionamento regular e harmônico,
50. É missão da Polícia Militar do Ceará exercer a polícia traduzindo‑se pelo perfeito cumprimento do dever
ostensiva, preservar a ordem pública, proteger a in‑ por parte de todos, com o correto cumprimento, pelos
columidade da pessoa e do patrimônio e garantir os subordinados, das ordens emanadas dos superiores.
Poderes constituídos no regular desempenho de suas 62. A subordinação afeta a dignidade do militar estadual e
competências, cumprindo as requisições emanadas decorre, exclusivamente, da estrutura hierarquizada e
de qualquer destes, bem como exercer a atividade de disciplinada da Corporação Militar.
polícia judiciária militar estadual, relativa aos crimes 63. A  precedência entre militares estaduais da ativa, do
militares definidos em lei, inerentes a seus integrantes. mesmo grau hierárquico, é assegurada pela antiguidade
51. O serviço militar estadual ativo consiste no exercício no posto ou na graduação, em todas as hipóteses.
de atividades inerentes à Polícia Militar e ao Corpo de 64. Em igualdade de posto ou graduação, os militares esta‑
Bombeiros Militar, compreendendo todos os encargos
duais da ativa têm precedência sobre os da inatividade.
previstos na legislação específica e relacionados com
65. Em igualdade de graduação, as praças especialistas têm
as missões fundamentais da Corporação.
precedência sobre as praças combatentes.
52. A carreira militar estadual é caracterizada por atividade
66. Em igualdade de postos ou graduações, entre os in‑
descontinuada e parcialmente devotada às finalidades
e missões fundamentais das Corporações Militares tegrantes da Polícia Militar do Ceará e do Corpo de
estaduais, denominada atividade militar estadual. Bombeiros Militar do Ceará, aqueles militares terão
53. A  carreira militar estadual é privativa do pessoal da precedências hierárquicas sobre estes.
ativa das Corporações Militares do Estado, iniciando‑se 67. O provimento do cargo de Oficial é realizado por ato
com o ingresso e obedecendo‑se à sequência de graus governamental e o da Praça, por ato administrativo do
hierárquicos. Comandante‑Geral.
54. Os militares estaduais da reserva remunerada poderão 68. Os  cargos de provimento em comissão, inerentes a
ser convocados para o serviço ativo e poderão também comando, direção, chefia e coordenação de militares
ser para este designados, em caráter transitório e me‑ estaduais são de livre nomeação e exoneração pelo
diante aceitação voluntária, por ato do Governador do Chefe do Poder Executivo, podendo ser providos por
Estado, quando se fizer necessário o aproveitamento militares do serviço ativo e inativo da Corporação.
dos conhecimentos técnicos e especializados do militar 69. As atribuições e obrigações inerentes a cargo militar
estadual ou não houver, no momento, no serviço ativo, estadual devem ser, preferencialmente, compatíveis
militar estadual habilitado a exercer a função vaga com o correspondente grau hierárquico, e no caso do
existente na Corporação Militar estadual. militar estadual do sexo feminino, preferencialmente,
55. São requisitos essenciais para o ingresso na Polícia levando‑se em conta as diferenciações físicas próprias.
Militar do Ceará, dentre outros: ser brasileiro, não ser, 70. O cidadão que ingressar na Corporação Militar Estadu‑
nem ter sido, condenado judicialmente por prática al, prestará compromisso de honra, no qual afirmará
criminosa, estar em situação regular com as obrigações aceitação consciente das obrigações e dos deveres
eleitorais e militares, ter, no mínimo, 1,62 m de altura, militares e manifestará a sua firme disposição de bem
se candidato do sexo masculino, e 1,57m, se candidato cumpri‑los ainda, que isso seja impossível no mundo
do sexo feminino e ter sido aprovado em todas as fases atual.
do concurso público. 71. São direitos dos militares estaduais a promoção,
56. O concurso de admissão tem como objetivo selecionar a  transferência para a reserva remunerada, férias
os candidatos que demonstrem possuir capacidade obrigatórias, afastamentos temporários do serviço e
Legislação

intelectual, conhecimentos fundamentais, vigor físico licenças.


e condições de saúde que lhes possibilitem desenvol‑ 72. Como forma de respeitar o direito adquirido, os pro‑
ver plenamente as condições do cargo pleiteado, bem ventos da inatividade poderão exceder a remuneração
como acompanhar os estudos por ocasião do Curso de percebida pelo militar estadual da ativa no posto ou
Formação de Oficiais. graduação correspondente.

Openbook Apostilas 97
73. As recompensas constituem reconhecimento dos bons 87. O Oficial que se julgar prejudicado, em consequência de
serviços prestados pelos militares estaduais e serão composição de Quadro de Acesso ou em seu direito de
concedidas de acordo com as normas regulamentares promoção, poderá apresentar recurso ao Comandan‑
da Corporação. te‑Geral, no prazo de 30 (trinta) dias corridos, a contar
74. São recompensas militares estaduais prêmios de hon‑ da ciência do ato, ou do conhecimento, na OPM em que
ra ao mérito, condecorações por serviços prestados, serve da publicação oficial a respeito.
elogios, dispensas do serviço, além de outras previstas 88. Para a promoção ao posto de Coronel, além de outros
em lei. requisitos constantes em Lei, o Tenente‑Coronel terá,
75. As prerrogativas dos militares estaduais são constituí‑ necessariamente, até a data do encerramento das
das pelas honras, dignidades e distinções devidas aos alterações previstas para o Quadro de Acesso por
graus hierárquicos e cargos que lhes estão afetos. Merecimento – QAM, que contar, no mínimo, com 30
76. O  militar estadual só poderá ser preso em caso de (trinta) anos de efetivo serviço militar estadual.
flagrante delito ou por ordem escrita e fundamentada 89. A promoção da praça é a elevação à graduação imedia‑
da autoridade judiciária competente ou de autoridade tamente superior àquela em que se encontra o militar
militar estadual competente, nos casos de transgressão estadual, realizada mediante escolha do Governador
disciplinar ou de crime propriamente militar, definidos do Estado, visando a atender às necessidades das
em lei. Corporações Militares Estaduais.
77. Somente em casos de flagrante delito, o militar estadual 90. Somente poderá ser promovida a Praça que venha a
poderá ser preso por autoridade policial civil, ficando atender a todas as condições para promoção à gradu‑
retido na Delegacia durante o tempo necessário à lavra‑ ação superior por antiguidade, de forma cumulativa e
tura do flagrante, comunicando‑se imediatamente ao imprescindível.
juiz competente e ao comando da respectiva Corpora‑ 91. A incapacidade física temporária em inspeção de saúde
ção Militar, após o que deverá ser encaminhado preso impede a promoção da Praça à graduação imediata.
à autoridade militar de patente superior mais próxima 92. A agregação é a situação na qual o militar estadual em
da Organização Militar da Corporação a que pertencer, serviço ativo deixa de ocupar vaga na escala hierárquica
ficando esta obrigada, sob pena de responsabilidade do seu Quadro, nela permanecendo sem número.
funcional e penal, a manter a prisão até que deliberação 93. Reversão é o ato pelo qual o militar estadual agregado,
judicial decida em contrário. ou inativado, retorna ao respectivo Quadro ou serviço
78. As promoções serão efetuadas somente pelos critérios ativo, quando cessado o motivo que deu causa à agre‑
de antiguidade, merecimento e bravura. gação ou quando reconduzido da inatividade para o
79. Pode haver promoção em casos extraordinários. serviço temporário.
80. Promoção por antiguidade baseia-se na precedência 94. É considerado ausente o militar estadual que por mais
hierárquica do militar estadual sobre os demais de igual de 24 (vinte e quatro) horas consecutivas deixar de
posto ou graduação. comparecer a sua Organização Militar Estadual, sem
81. Promoção por merecimento tem por fundamento os comunicar qualquer motivo de impedimento.
valores funcionais agregados pelo militar no decorrer 95. O desligamento do serviço ativo de Corporação Militar
da carreira e que o destaquem na atuação funcional, Estadual é feito em consequência de transferência para
preferencialmente no posto ou graduação ocupado por a reserva remunerada, reforma, exoneração, a pedido,
ocasião da disputa pela promoção, sendo essa aferição demissão, perda de posto e patente do oficial e da
promovida por comissão específica de promoção. graduação da praça, expulsão, deserção, falecimento,
82. A promoção por bravura resulta de ato, ou atos, não desaparecimento e extravio.
comuns de coragem e audácia, que, ultrapassando os
limites normais do cumprimento do dever, representem Lei Complementar nº 98/2011
feitos de notório mérito, em operação ou ação inerente
à missão institucional da corporação militar em serviço 96. De acordo com a Lei Complementar nº 98, de 16 de
ou de folga. junho de 2011, que criou a Controladoria Geral de Dis‑
83. A promoção post mortem ocorre quando o militar es‑ ciplina, dos órgãos de Segurança Pública do Estado do
tadual falecer em razão do desempenho da atividade Ceará, assinale a alternativa incorreta.
militar estadual, ou em acidente em serviço ou em con‑ a) A criação do referido órgão visa o combate à cor‑
sequência de doença, moléstia ou enfermidade que nele rupção e maior eficiência dos serviços prestados à
tenha causa imediata, conforme aferição de comissão de sociedade.
meritoriedade designada pelo Comandante-Geral. b) A Controladoria Geral de Disciplina é órgão direta‑
84. O Oficial agregado, quando no desempenho de função mente subordinado ao Governador do Estado.
de natureza ou interesse militar, não concorrerá à c) A Controladoria Geral de Disciplina poderá avocar
promoção por qualquer dos critérios, sem prejuízo do qualquer processo administrativo disciplinar ou sin‑
número de concorrentes regularmente estipulado e dicância, exceto quando estiverem em andamento,
em igualdade de condições. caso em que deverá aguardar o relatório conclusivo
85. As  autoridades competentes que tiverem conheci‑ da Comissão de Processo Administrativo.
mento de ato ou fato que possa influir, contrária ou d) Os trabalhos da Controladoria Geral de Disciplina se‑
decisivamente, na inclusão ou permanência de nome rão executados por meio de atividades preventivas,
de Oficial em Quadro de Acesso à promoção, deverão, educativas, de auditorias administrativas, inspeções
por via hierárquica, levá‑lo ao conhecimento do respec‑ in loco, correições, sindicâncias, processos adminis‑
tivo Comandante‑Geral, que após análise, determinará trativos disciplinares civis e militares.
Legislação

a instauração de processo regular para apuração do e) Para cumprimento de suas atribuições, a Controlado‑
comunicado. ria Geral de Disciplina poderá requisitar, no âmbito
86. Será excluído do Quadro de Acesso por Merecimento já do Poder Executivo, documentos públicos necessá‑
organizado, ou dele não poderá constar, o Oficial que rios à elucidação e/ou constatação de fatos objeto
tiver sido condenado por crime doloso. de apuração ou investigação.

98 Openbook Apostilas
97. São atribuições institucionais da Controladoria Geral de Geral do Estado todos que recomendem medida judicial
Disciplina dos Órgãos de Segurança Pública e Sistema e/ou ressarcimento ao erário.
Penitenciário do Estado do Ceará, exceto: II – Compete à Controladoria Geral de Disciplina receber
a) Exercer as funções de orientação, controle, acompa‑ sugestões, reclamações, representações e denúncias,
nhamento, investigação, auditoria, processamento em desfavor dos servidores integrantes do grupo de ati‑
e punição disciplinares das atividades desenvolvidas vidade de polícia judiciária, policiais militares, bombei‑
pelos servidores integrantes do grupo de atividade de ros militares, servidores da Perícia Forense, e agentes
polícia judiciária, policiais militares, bombeiros militares penitenciários, com vistas ao esclarecimento dos fatos
e agentes penitenciários, sem prejuízo das atribuições e a responsabilização dos seus autores.
institucionais destes órgãos, previstas em lei. III – Compete à Controladoria Geral de Disciplina partici‑
b) Realizar correições, inspeções, vistorias e auditorias par e colaborar com a Academia Estadual de Segurança
administrativas, visando à verificação da regularida‑ Pública – AESP, na elaboração de planos de capacita‑
de e eficácia dos serviços, e a proposição de medidas, ção, bem como na promoção de cursos de formação,
bem como a sugestão de providências necessárias aperfeiçoamento e especialização relacionados com as
ao seu aprimoramento. atividades desenvolvidas pelo Órgão.
c) Avocar quaisquer processos administrativos disci‑ VI – Compete à Controladoria Geral de Disciplina auxi‑
plinares, sindicâncias civis e militares, para serem liar os órgãos estaduais nas atividades de investigação
apurados e processados pela Controladoria Geral de social dos candidatos aprovados em concurso público
Disciplina. para provimento de cargos.
d) Criar grupos de trabalho ou comissões, de caráter V – Compete à Controladoria Geral de Disciplina expedir
permanente, para atuar em projetos e programas recomendações e provimentos de caráter correicional.
específicos, podendo contar com a participação de
outros órgãos e entidades da Administração Pública É (são) correto (s) o que se afirma apenas em:
Estadual, Federal e Municipal. a) I e II.
e) Requisitar a instauração e acompanhar as sindi‑ b) II e III.
câncias para a apuração de fatos ou transgressões c) I, III e V.
disciplinares praticadas por servidores integrantes d) IV e V.
do grupo de atividade de polícia judiciária, policiais e) I, II, III, IV e V.
militares, bombeiros militares, servidores da Perícia
Forense, e agentes penitenciários. 100. Sobre o Controlador Geral de Disciplina e seu substituto
legal, assinale a alternativa correta.
98. Ainda sobre as competências da Controladoria Geral a) O Cargo de Controlador Geral de Disciplina, de provi‑
de Disciplina, assinale aquela que não condiz com as mento efetivo, é equiparado a Secretário de Estado,
disposições da Lei Complementar nº 98/2011. escolhido dentre profissionais bacharéis em Direito,
a) Compete à Controladoria Geral de Disciplina aplicar de conduta ilibada, dos Quadros de pessoal Civil da
e acompanhar o cumprimento de punições discipli‑ Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social ou
nares. da Secretaria de Justiça e Cidadania.
b) Compete à Controladoria Geral de Disciplina instau‑ b) O Cargo de Controlador Geral de Disciplina é de pro‑
rar, proceder e acompanhar, de ofício ou por de‑ vimento em comissão, escolhido e nomeado dentro
terminação do Governador do Estado, os processos os servidores do último grau na carreira dos Quadros
administrativos disciplinares, civis ou militares para de Pessoal da Secretaria de Segurança Pública e De‑
apuração de responsabilidades. fesa Social.
c) Compete à Controladoria Geral de Disciplina requi‑ c) Compete ao Controlador Geral de Disciplina o contro‑
sitar diretamente aos órgãos da Secretaria de Segu‑ le, o acompanhamento, a investigação, a auditoria, o
rança Pública e de Defesa Social e da Secretaria de processamento e a punição disciplinar das atividades
Justiça e Cidadania toda e qualquer informação ou desenvolvidas pelos policiais civis, policiais militares,
documentação necessária ao desempenho de suas bombeiros militares e agentes penitenciários.
atividades de orientação, controle, acompanhamen‑ d) É vedado ao Controlador Geral de Disciplina solicitar
to, investigação, auditoria, processamento e punição ao Governador do Estado a cessão de Oficiais de
disciplinares. outras Polícias Militares Estaduais, para comporem
d) Compete à Controladoria Geral de Disciplina acessar Conselhos de Disciplina e/ou Justificação.
diretamente quaisquer bancos de dados funcionais e) O Controlador Geral Adjunto de Disciplina é escolhido
dos integrantes da Secretaria da Segurança Pública e pelo Governador do Estado dentre Bacharéis em Direi‑
Defesa Social e da Secretaria de Justiça e Cidadania. to, de reputação ilibada, componentes do Quadro de
e) Compete à Controladoria Geral de Disciplina desesti‑ pessoal da Secretaria de Segurança Pública e Defesa
mular os órgãos do Estado, a atuarem em permanen‑ Social, sendo o substituto oficial do Controlador Geral
te sintonia com as suas atribuições, tendo em vista em suas ausências e impedimentos.
que somente a Controladoria Geral de Disciplina tem
poder de correição, na administração direta do Poder 101. Compete ao Controlador Geral de Disciplina, exceto:
Executivo Estadual. a) Dirigir, definir, planejar, controlar, orientar e esta‑
belecer as políticas, as diretrizes e as normas de
99. Analise. organização interna, bem como as atividades de‑
Legislação

I – Compete à Controladoria Geral de Disciplina encami‑ senvolvidas pelo Órgão.


nhar à Procuradoria Geral de Justiça do Estado cópia dos b) Ser assessorado pelo Governador do Estado nos as‑
procedimentos e/ou processos cuja conduta apurada, suntos de sua competência, elaborando pareceres e
também constitua ou apresente indícios de ilícitos pe‑ estudos ou propondo normas, medidas e diretrizes,
nais e/ou improbidade administrativa, e a Procuradoria inclusive medidas de caráter administrativo/disciplinar.

Openbook Apostilas 99
c) Fixar a interpretação dos atos normativos disciplina‑ 104. A Lei Complementar criou Comissões Civis Permanentes
res de sua competência, editando recomendações de Processos Disciplinares. Sobre esse tema. Julgue os
a serem uniformemente seguidas pelos Órgãos e itens.
entidades subordinados à Secretaria da Segurança I – As Comissões Civis Permanentes de Processos Dis‑
Pública e Defesa Social e à Secretaria de Justiça e ciplinares serão compostas por 3 (três) membros, indi‑
Cidadania. cados mediante ato do Controlador-Geral de Disciplina,
d) Unificar a jurisprudência administrativa/disciplinar ou a quem por delegação couber, dentre Delegados de
de sua competência, garantindo a correta aplicação Polícia ou Servidores Públicos Estáveis.
das leis, prevenindo e dirimindo as eventuais con‑ II – As funções de Presidente e Secretário serão exerci‑
trovérsias entre os órgãos subordinados à Secretaria das pelos próprios membros das Comissões Civis Per‑
manentes de Disciplina Comissões.
da Segurança Pública e Defesa Social e à Secretaria
III – Os relatórios finais dos processos administrativos
de Justiça e Cidadania.
disciplinares serão decididos pelo Controlador-Geral de
e) Editar enunciados de súmula administrativa/disci‑ Disciplina, antes do envio para publicação ou, se for o
plinar de sua competência, resultantes de jurispru‑ caso, do envio ao Governador do Estado, para decisão
dência iterativa dos Tribunais e das manifestações que seja de competência legal.
da Procuradoria Geral do Estado. É (são) correto (s) o que se afirma apenas em:
a) I e II.
102. Ainda sobre o Controlar Geral de Disciplina, assinale a b) II e III.
alternativa que não está entre as suas atribuições. c) I, III e V.
a) Processar as sindicâncias e processos administrativos d) IV e V.
disciplinares civis e militares avocados pela Contro‑ e) I, II e III.
ladoria Geral de Disciplina e aplicar quaisquer pena‑
lidades, salvo as de demissão. 105. Sobre o Grupo Tático de Atividade Correicional (GTA),
b) Ratificar as decisões de sindicâncias e de processos criado pela Lei Complementar nº 98/1996, assinale a
administrativos disciplinares de sua competência, alterativa incorreta.
inclusive as proferidas pelo Governador do Estado. a) O GTAC é órgão de execução programática da Contro‑
c) Convocar quaisquer servidores públicos estaduais ladoria Geral de Disciplina, ao qual compete realizar
para prestarem informações e esclarecimentos, no correições preventivas e repressivas, por meio de
exercício de sua competência, configurando infração inspeções em instalações, viaturas e unidades.
disciplinar o não comparecimento. b) Compete ao GTAC realizar atividades de fiscalização
d) Requisitar servidores dos órgãos estaduais, para o operacional.
c) O GTAC não pode realizar investigações complemen‑
desempenho das atividades da Controladoria Ge‑
tares necessárias à sua atividade de fiscalização.
ral de Disciplina sendo-lhes assegurados todos os d) Compete ao GTAC observar a utilização regular e
direitos e vantagens a que fazem jus no órgão ou adequada de bens e equipamentos, especialmente
entidade de origem, inclusive a promoção. de proteção a defesa, armamento e munição;
e) Representar pela instauração de inquérito policial e) exercer as atribuições que lhe forem delegadas pelo
civil ou militar visando a apuração de ilícitos, acom‑ Controlador Geral.
panhando a documentação que dispuser.
Constituição Federal (arts. 5º e 144)
103. Analise.
I – Compete ao Controlador Geral de Disciplina expedir 106. (AOCP/Prefeitura de Valença-BA/Técnico Ambiental/2016)
provimentos correcionais ou de cunho recomendató‑ Sobre os direitos fundamentais, assinale a alternativa
rios. correta.
II – Compete ao Controlador Geral de Disciplina integrar a) A casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela
o Conselho de Segurança Pública previsto na Constitui‑ podendo penetrar sem consentimento do morador,
ção do Estado do Ceará. exceto apenas no caso de flagrante delito.
III – Compete ao Controlador Geral de Disciplina ins‑ b) É inviolável o sigilo da correspondência e das comu‑
taurar o Conselho de Disciplina e o Conselho de Justi‑ nicações telegráficas, de dados e das comunicações
ficação. telefônicas, salvo, no último caso, por ordem judicial,
IV – Compete ao Controlador Geral de Disciplina editar nas hipóteses e na forma que a lei estabelecer para
e praticar os atos normativos inerentes às suas atribui‑ fins de investigação criminal ou instrução processual
ções, bem como exercer outras atribuições correlatas penal.
ou que lhe venham a ser atribuídas, ou as delegadas c) É livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou
pelo Governador do Estado. profissão, não podendo a lei estabelecer qualquer
requisito.
V – Constituir comissões formadas por um militar e um
d) O homicídio constitui crime inafiançável e impres‑
servidor civil estável para apurarem, em sede de sindi‑
critível.
cância, fatos que envolvam, nas mesmas circunstâncias, e) No Brasil, não se admite pena de morte em hipótese
servidores civis e militares estaduais. alguma.
É (são) correto (s) o que se afirma apenas em: 107. (AOCP/Ebserh/Advogado/2015) A Constituição Federal
Legislação

a) I e II. de 1988 estipula uma série de direitos e garantias fun‑


b) II e III. damentais. Em relação ao assunto, é correto afirmar que
c) I, III e V. a) é a todos assegurado, mediante pagamento de taxa,
d) IV e V. o direito de petição aos Poderes Públicos em defesa
e) I, II, III, IV e V. de direitos ou contra ilegalidade ou abuso de poder.

100 Openbook Apostilas


b) não há previsão de nenhuma forma de pena de morte. e) Conceder-se-á habeas data para a retificação de
c) o mandado de segurança coletivo pode ser impetrado dados, quando não se prefira fazê-lo por processo
por associações legalmente constituídas em defesa sigiloso, judicial ou administrativo.
dos interesses de seus associados ou de outrem.
d) o brasileiro naturalizado poderá ser banido em caso 111. (AOCP/UFPB/Assistente Administrativo/2014) Assinale
de condenação por tráfico ilícito de entorpecentes. a alternativa que apresenta o que significa cidadania
e) são inafiançáveis os crimes definidos como hedion‑ a) O direito de agir somente por meio de recompensas
dos, respondendo os executores e os que, podendo pessoais.
evitá-los, se omitirem. b) O direito de viver como bem entender.
c) O direito de falar o que quiser e a quem quiser de
108. (AOCP/Fundasus/Telefonista/2015) A inviolabilidade do forma completamente imune
sigilo das comunicações é um princípio previsto na Cons‑ d) O direito de exigir sempre e da forma que julgar
tituição Federal, assim como as garantias de intimidade, conveniente
honra e dignidade da pessoa humana. Com relação ao e) O direito de viver decentemente
princípio da inviolabilidade, é correto afirmar que
a) em meio a certas medidas surge a interceptação te‑ 112. (AOCP/UFPB/Advogado/2014) Analise as assertivas e
lefônica, de modo ilegítimo, observando as informa‑ assinale a alternativa que aponta as corretas de acordo
lidades, exigências e requisitos impostos legalmente, com o disposto sobre os direitos e garantias fundamen‑
uma vez que a intromissão na vida privada das pesso‑ tais na Constituição Federal.
as é, em princípio, ofensiva ao direito fundamental. I – As normas definidoras dos direitos e garantias fun‑
b) em meio a certas medidas surge a interceptação damentais têm aplicação imediata.
telefônica, de modo ilegítimo, observando as infor‑ II – Os direitos e garantias expressos nesta Constituição
malidades, exigências e requisitos impostos ilegal‑ excluem outros decorrentes do regime e dos princípios
mente, uma vez que a intromissão na vida privada por ela adotados, ou dos tratados internacionais em
das pessoas é, em princípio, legalizada. que a República Federativa do Brasil seja parte.
c) em meio a certas medidas surge a interceptação III – Os tratados e convenções internacionais sobre di‑
telefônica, de modo legítimo, observando as for‑ reitos humanos que forem aprovados, em cada Casa do
Congresso Nacional, em dois turnos, por três quintos
malidades, exigências e requisitos impostos legal‑
dos votos dos respectivos membros, serão equivalentes
mente, uma vez que a intromissão na vida privada
às emendas constitucionais.
das pessoas é, em princípio, legalizada.
IV – O Brasil se submete à jurisdição de Tribunal Penal
d) em meio a certas medidas surge a interceptação
Internacional a cuja criação tenha manifestado adesão.
telefônica, de modo ilegítimo, observando as for‑
a) Apenas I, II e IV.
malidades, exigências e requisitos opcionais, uma b) Apenas I, II e III.
vez que a intromissão na vida privada das pessoas c) Apenas I, III e IV
é, em princípio, legalizada. d) Apenas II e III.
e) em meio a certas medidas surge a interceptação te‑ e) I, II, III e IV.
lefônica, de modo legítimo, observando as formali‑
dades, exigências e requisitos impostos legalmente, 113. (AOCP/UFC/Advogado/2014) No tocante aos Direitos e
uma vez que a intromissão na vida privada das pesso‑ garantias fundamentais, é incorreto afirmar que:
as é, em princípio, ofensiva ao direito fundamental. a) o Brasil se submete à jurisdição de Tribunal Penal
Internacional.
109. (AOCP/TRE-AC/Técnico/2015) Ao cidadão brasileiro, b) as normas definidoras dos direitos e garantias fun‑
a Constituição Federal reserva, especificadamente, a damentais têm aplicação imediata.
prerrogativa de c) os direitos e garantias expressos nesta Constituição
a) propor representação perante o Supremo Tribunal não excluem outros decorrentes do regime e dos
Federal, que vise à Intervenção da União nos Esta‑ princípios por ela adotados, ou dos tratados inter‑
dos-membros por afronta aos princípios sensíveis nacionais em que a República Federativa do Brasil
da Constituição. seja parte.
b) propor ação popular que vise anular ato lesivo ao d) a todos, são assegurados a razoável duração do pro‑
patrimônio público. cesso judicial, com exceção do administrativo, e os
c) impetrar mandado de segurança coletivo. meios que garantam a celeridade de sua tramitação.
d) propor Ação Direta de Inconstitucionalidade. e) os tratados e convenções internacionais sobre direi‑
e) propor ação rescisória eleitoral. tos humanos que forem aprovados, em cada Casa do
Congresso Nacional, em dois turnos, por três quintos
110. (AOCP/TRE-AC/Técnico/2015) Em relação aos direitos e dos votos dos respectivos membros, serão equiva‑
garantias fundamentais, assinale a alternativa correta. lentes às emendas constitucionais.
a) Não haverá pena criminal de multa.
b) Às presidiárias, serão asseguradas condições para 114. (AOCP/UFSM/Advogado/2014) Analise as assertivas e
que possam permanecer com seus filhos até um ano assinale a alternativa que aponta as corretas, de acordo
de idade. com a Legislação Brasileira.
c) Não haverá prisão civil por dívida, salvo a do depo‑ I – Ninguém será privado da liberdade ou de seus bens
Legislação

sitário infiel. sem o devido processo legal.


d) O mandado de segurança coletivo pode ser impetra‑ II – Aos litigantes, em processo judicial ou administra‑
do por entidade partidária de nível estadual, desde tivo, e aos acusados em geral são assegurados o con‑
que com representação na câmara de deputados do traditório e ampla defesa, com os meios e recursos a
seu estado. ela inerentes.

Openbook Apostilas 101
III – A lei só poderá restringir a publicidade dos atos 118. (AOCP/UFES/Advogado/2014) Assinale a alternativa
processuais quando a defesa da intimidade ou o inte‑ incorreta.
resse social o exigirem. a) A lei penal não retroagirá, salvo para beneficiar o
IV – Ninguém será preso senão em flagrante delito ou réu.
por ordem escrita e fundamentada de autoridade ju‑ b) A lei punirá qualquer discriminação atentatória dos
diciária competente, salvo nos casos de transgressão direitos e liberdades fundamentais.
militar ou crime propriamente militar, definidos em lei. c) A prática do racismo constitui crime inafiançável e
a) Apenas I e III. prescritível, sujeito à pena de reclusão, nos termos
b) Apenas III e IV. da lei.
c) Apenas II e III. d) A lei considerará crimes inafiançáveis e insuscetíveis
d) Apenas I e IV. de graça ou anistia a prática da tortura, o tráfico
e) I, II, III e IV. ilícito de entorpecentes e drogas afins, o terroris‑
mo e os definidos como crimes hediondos, por eles
115. (AOCP/UFSM/Advogado/2014) De acordo com a Cons‑ respondendo os mandantes, os executores e os que,
tituição Federal, analise as assertivas e assinale a alter‑ podendo evitá-los, se omitirem.
nativa que aponta as corretas. e) Constitui crime inafiançável e imprescritível a ação
I – Ninguém será submetido a tortura nem a tratamento de grupos armados, civis ou militares, contra a or‑
desumano ou degradante. dem constitucional e o Estado Democrático.
II – É inviolável a liberdade de consciência e de crença,
sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos 119. (AOCP/IBC/Enfermeiro/2013) Preencha as lacunas e as‑
e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de sinale a alternativa correta. De acordo com a Constitui‑
culto e a suas liturgias. ção do Brasil, a lei considerará crimes inafiançáveis e in‑
III – É assegurada, nos termos da lei, a prestação de suscetíveis de graça ou anistia a prática da _________ ,
assistência religiosa nas entidades civis e militares de o ____________, o ____________ e os definidos como
internação coletiva. crimes hediondos, por eles respondendo os mandantes,
IV – É inviolável o sigilo da correspondência e das co‑ os executores e os que, podendo evitá-los, se omitirem.
municações telegráficas, de dados e das comunicações a) improbidade administrativa / tráfico ilícito de entor‑
telefônicas, salvo, no último caso, por ordem judicial, pecentes e drogas afins / terrorismo.
nas hipóteses e na forma que a lei estabelecer para fins b) tortura / racismo / terrorismo.
de investigação criminal ou instrução processual penal. c) tortura / tráfico ilícito de entorpecentes e drogas
a) Apenas I, II e III. afins / terrorismo.
b) Apenas III e IV. d) tortura / tráfico ilícito de entorpecentes e drogas
c) Apenas II e III. afins / racismo.
d) Apenas I e IV. e) improbidade administrativa / tráfico ilícito de entor‑
e) I, II, III e IV. pecentes e drogas afins / racismo.

120. (AOCP/INES/Assistente de Alunos/2013) Em relação aos


116. (AOCP/UFMT/Advogado/2014) De acordo com a Consti‑
direitos e garantias fundamentais previstos na Consti‑
tuição Federal, a lei regulará a individualização da pena
tuição Federal, assinale a alternativa incorreta.
e adotará, exceto
a) Ninguém será processado nem sentenciado senão
a) privação ou restrição da liberdade.
pela autoridade competente.
b) perda de bens.
b) São admissíveis, no processo, as provas obtidas por
c) pena de caráter.
meios ilícitos.
d) prestação social alternativa.
c) Aos litigantes, em processo judicial ou administrati‑
e) suspensão ou interdição de direitos. vo, e aos acusados em geral são assegurados o con‑
traditório e ampla defesa, com os meios e recursos
117. (AOCP/UFS/Advogado/2014) Analise as assertivas e as‑ a ela inerentes.
sinale a alternativa que aponta as corretas. De acordo d) Ninguém será privado da liberdade ou de seus bens
com a Constituição Federal, conceder-se-á “habeas‑ sem o devido processo legal.
-data”: e) Ninguém será considerado culpado até o trânsito
I – para assegurar o conhecimento de informações re‑ em julgado de sentença penal condenatória.
lativas à pessoa do impetrante, constantes de registros
ou bancos de dados de entidades governamentais ou 121. (AOCP/TCE-PA/Assessor Técnico de Procuradoria/2012)
de caráter público. De acordo com as Súmulas Vinculantes do Supremo
II – para proteger direito líquido e certo, quando o res‑ Tribunal Federal, assinale a alternativa correta.
ponsável pela ilegalidade ou abuso de poder for autori‑ a) A falta de defesa técnica por advogado no processo
dade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício administrativo disciplinar ofende a Constituição.
de atribuições do Poder Público. b) Nos processos perante o Tribunal de Contas da União
III – sempre que alguém sofrer ou se achar ameaçado asseguram-se o contraditório e a ampla defesa quan‑
de sofrer violência ou coação em sua liberdade de lo‑ do da decisão puder resultar anulação ou revogação
comoção, por ilegalidade ou abuso de poder. de ato administrativo que beneficie o interessado,
IV – para a retificação de dados, quando não se prefira excetuada a apreciação da legalidade do ato de con‑
fazê-lo por processo sigiloso, judicial ou administrativo. cessão inicial de aposentadoria, reforma e pensão.
Legislação

a) Apenas I e III c) Não viola a cláusula de reserva de plenário (CF, artigo


b) Apenas III e IV. 97) a decisão de órgão fracionário de tribunal que,
c) Apenas II e III. embora não declare expressamente a inconstitucio‑
d) Apenas I e IV nalidade de lei ou ato normativo do poder público,
e) I, II, III e IV apenas afasta sua incidência, no todo ou em parte.

102 Openbook Apostilas


d) É constitucional a cobrança de taxa de matrícula nas b) Qualquer pessoa interessada.
universidades públicas. c) Qualquer Juiz, prefeito ou vereador, em defesa dos
e) A nomeação de cônjuge, companheiro ou parente próprios direitos.
em linha reta, colateral ou por afinidade, até o quarto d) Prefeitos, governadores e deputados, em defesa dos
grau, inclusive, da autoridade nomeante ou de servi‑ próprios direitos.
dor da mesma pessoa jurídica investido em cargo de e) Organização sindical, entidade de classe ou associa‑
direção, chefia ou assessoramento, para o exercício ção legalmente constituída e em funcionamento há
de cargo em comissão ou de confiança, exceto a de pelo menos um ano, em defesa dos interesses de
função gratificada na administração pública direta seus membros ou associados.
e indireta em qualquer dos Poderes da União, dos
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, viola 126. (Iades/PCDF/Perito Criminal/2016) A segurança pública
a Constituição Federal. é dever do Estado e direito e responsabilidade de to‑
dos. É exercida pela Polícia Federal e por outros órgãos,
122. (AOCP/BRDE/Analista de Projetos/2012) O direito à com base na Constituição Federal, para a preservação
retificação dos dados sobre a pessoa do impetrante da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do
trata-se de uma garantia denominada patrimônio. Acerca desse tema, assinale a alternativa
a) Mandado de injunção. correta.
b) Habeas data. a) Juntamente com a Polícia Civil, cabe à Polícia Federal
c) Habeas corpus. exercer funções de Polícia Judiciária da União.
d) Mandado de segurança. b) A Polícia Federal é um órgão permanente, organiza‑
e) Ação Civil Pública. do e mantido pela União, e estruturado em carreira
que se destina, na forma da lei, ao patrulhamento
123. (AOCP/Prefeitura de Camaçari-BA/Procurador Munici‑ ostensivo das rodovias federais.
pal/2010) Considere as situações a seguir, as relacione c) As Polícias Federais, Militares e os Corpos de Bom‑
com os respectivos remédios constitucionais cabíveis beiros Militares, as forças auxiliares e a reserva do
e assinale a alternativa correta. Exército subordinam-se, juntamente com as Polícias
1. Anulação de ato lesivo à moralidade administrativa. Civis, aos governadores dos estados, do Distrito Fe‑
2. Ameaça de violência à liberdade de locomoção por deral e dos territórios.
ato ilegal. d) À Polícia Federal cabe apurar as infrações penais
3. Retificação de dados pessoais contidos em registros contra a ordem política e social ou em detrimento
de entidades governamentais. de bens, serviços e interesses da União ou de suas
4. Abuso de poder que represente coação à liberdade entidades autárquicas e empresas públicas.
de locomoção. e) Às Polícias Civis incumbe, ressalvada a competência
5. Proteção de direito líquido e certo, não amparado da União, a apuração de infrações penais, incluindo
por habeas corpus, contra autoridade que se recuse a as militares.
prestar informações quanto a pessoa do impetrante
constante de banco de dados de caráter público. 127. (Vunesp/TJM-SP/Juiz de Direito/2016) De acordo com
a Constituição Federal, consideradas as peculiaridades
A. Habeas corpus. das atividades exercidas pelos policiais militares, é cor‑
B. Mandado de segurança. reto afirmar que
C. Habeas Data. a) o militar que puder concorrer a cargos eletivos e
D. Ação Popular. contar com menos de dez anos de serviço será agre‑
gado pela autoridade superior e, se eleito, passará
a) 1A, 2A e 4A, 3C, 5B. automaticamente, no ato da diplomação, para a
b) 1A e 5A, 2B e 4B, 3C. inatividade.
c) 1B e 3B, 2A, 4A e 5A. b) as polícias militares e os corpos de bombeiros mi‑
d) 1D, 2A e 4A, 3C e 5C. litares são forças auxiliares e reserva do Exército,
e) 1D, 2A e 4A, 3C, 5B. justificando-se sua sujeição ao poder disciplinar das
Forças Armadas.
124. (AOCP/Prefeitura de Camaçari-BA/Procurador Munici‑ c) ao militar são proibidas a sindicalização e a greve,
pal/2010) De acordo com as disposições da Constituição mas permitida a filiação a partidos políticos enquan‑
Federal, sempre que alguém sofrer ou se achar ame‑ to em serviço ativo, uma vez que é assegurado seu
açado de sofrer violência ou coação em sua liberda‑ direito de concorrer a cargos eletivos.
de de locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder, d) a lei disporá sobre o ingresso, os limites de idade,
conceder-se-á: a estabilidade e outras condições de transferência
a) Mandado de Segurança. do militar para a inatividade, os direitos, os deveres,
b) Mandado de Segurança Coletivo. a remuneração, as prerrogativas e outras situações
c) “Habeas Corpus”. especiais dos militares.
d) “Habeas Data”. e) a perda de graduação como pena acessória criminal,
e) Mandado de Injunção. ou em virtude de sanção disciplinar administrativa,
é de competência exclusiva da Justiça Militar esta‑
125. (AOCP/Prefeitura de Camaçari-BA/Procurador Muni‑ dual, nos termos do § 4o do art. 125 da Constituição
Legislação

cipal/2010) De acordo com a Constituição Federal, o Federal.


Mandado de Segurança Coletivo pode ser impetrado
por: 128. (FGV/Prefeitura de Paulínia-SP/Guarda Municipal/2015)
a) Partidos políticos, ainda que sem representação no A Constituição de 1988 atribuiu a diversos órgãos o
Congresso Nacional. dever de zelar pela segurança pública. A respeito da

Openbook Apostilas 103


divisão de competências entre esses órgãos, é correto a) por delegados de polícia de carreira … polícia judi‑
afirmar que: ciária … infrações penais, exceto as militares
a) a polícia federal deve realizar o patrulhamento os‑ b) por delegados de polícia … polícia judiciária … infra‑
tensivo das rodovias federais; ções penais, inclusive as militares
b) a polícia marítima federal é responsável pelas fun‑ c) pelos Governadores dos Estados, do Distrito Federal
ções de polícia portuária; e dos Territórios … polícia judiciária … infrações civis
c) a polícia aeronáutica federal é responsável pelas e penais, exceto as militares
funções de polícia aeroportuária; d) por policiais civis … polícia ostensiva … infrações
d) à guarda municipal incumbe a preservação da inco‑ penais, exceto as militares
lumidade das pessoas e do seu patrimônio; e) pelos Governadores dos Estados, do Distrito Fede‑
e) as polícias militares realizam a polícia ostensiva e a ral e dos Territórios … polícia ostensiva … infrações
preservação da ordem pública. penais, inclusive as militares.

129. (Funiversa/SAPeJUS-GO/Agente de Segurança/2015) 133. (Funcab/SEDS-TO/Analista/2014) Tendo em vista o tema


Acerca das disposições constitucionais a respeito dos segurança pública, pode-se afirmar que as polícias civis
órgãos de segurança pública, assinale a alternativa cor‑ destinam-se a:
reta. a) exercer a função de polícia judiciária e apurar infra‑
a) A polícia federal possui a atribuição de apurar infra‑ ções penais.
ções cuja prática tenha repercussão interestadual e b) combater o contrabando, o tráfico internacional de
exija repressão uniforme conforme dispuser a lei, entorpecentes e o descaminho.
ainda que tais infrações não ocorram em detrimento c) funcionar como polícia marítima, quando possível.
de bens, serviços e interesses da União. d) fazer policiamento ostensivo e preservar a ordem
b) Segundo a CF, os municípios podem constituir guar‑ pública.
das municipais para suplementar eventual omissão
do Estado em matéria de segurança pública. GABARITO
c) Segundo a CF, as guardas municipais possuem a atri‑
buição de colaborar com o órgão que atua como
polícia judiciária local. 1. E 28. C 55. C 82. C 109. b
d) Às polícias militares, cabem a polícia ostensiva, a 2. C 29. E 56. C 83. E 110. e
preservação da ordem pública e a execução de ati‑ 3. E 30. E 57. C 84. E 111. e
vidades de defesa civil. 4. E 31. C 58. E 85. C 112. c
e) Às polícias civis, dirigidas por agentes de polícia de 5. E 32. E 59. E 86. C 113. d
carreira, incumbem as funções de polícia judiciária 6. C 33. C 60. C 87. E 114. e
e de patrulhamento das divisas interestaduais e a 7. C 34. C 61. C 88. C 115. e
apuração de infrações penais, exceto as militares. 8. C 35. C 62. E 89. E 116. c
9. C 36. C 63. E 90. C 117. d
130. (Funiversa/SAPeJUS-GO/Agente de Segurança/2015)De 10. E 37. C 64. C 91. E 118. c
acordo com a CF, a segurança pública, dever do Estado, 11. E 38. C 65. E 92. C 119. c
direito e responsabilidade de todos, é exercida para a 12. E 39. C 66. C 93. C 120. b
preservação da ordem pública e da incolumidade das 13. E 40. C 67. C 94. C 121. b
pessoas e do patrimônio por meio de determinados ór‑ 14. C 41. E 68. E 95. C 122. b
gãos. Assinale a alternativa que apresenta o(s) órgão(s) 15. E 42. E 69. C 96. c 123. d
que não se encontra(m) enumerado(s) na CF entre os 16. E 43. C 70. C 97. d 124. c
que se destinam especificamente à segurança pública. 17. E 44. C 71. C 98. e 125. e
a) polícia rodoviária federal 18. E 45. C 72. E 99. e 126. d
b) polícia ferroviária federal 19. E 46. E 73. C 100. c 127. d
c) polícias militares e corpos de bombeiros militares 20. C 47. C 74. C 101. c 128. e
d) polícia federal 21. E 48. C 75. C 102. b 129. a
e) Forças Armadas 22. C 49. C 76. C 103. e 130. e
23. C 50. C 77. C 104. e 131. e
131. (Vunesp/PCCE/Escrivão de Polícia Civil/2015) Sem pre‑ 24. C 51. C 78. C 105. c 132. a
juízo da ação fazendária e de outros órgãos públicos 25. C 52. E 79. C 106. b 133. a
nas respectivas áreas de competência, a Carta Magna 26. C 53. C 80. C 107. e
estabelece que prevenir e reprimir o tráfico ilícito de 27. E 54. C 81. C 108. e
entorpecentes e drogas afins, o contrabando e o des‑
caminho, é uma competência da
a) Polícia Rodoviária Federal.
b) Polícia Civil.
c) Polícia Militar.
d) Guarda Municipal.
e) Polícia Federal.
Legislação

132. (Vunesp/PCCE/Inspetor de Polícia/2015) Às polícias ci‑


vis, dirigidas _______ , incumbem, ressalvada a compe‑
tência da União, as funções de_________e a apuração
de _____. A alternativa que preenche, correta e res‑
pectivamente, na ordem, as lacunas é:

104 Openbook Apostilas


CONCURSO PÚBLICO
EDITAL 01/2016

SOLDADO DA CARREIRA DE PRAÇAS DA POLÍCIA MILITAR DO CEARÁ


Nome do Candidato Inscrição

INSTRUÇÕES
COMPOSIÇÃO DO CADERNO
1. Confira seu nome, o número do seu documento e o número de sua
inscrição na folha de Respostas. Além disso, não se esqueça de
Língua Portuguesa 01 a 20 conferir seu Caderno de Questões quanto a falhas de impressão e de
Atualidades 21 a 30 numeração. Preencha os campos destinados à assinatura e ao número
de inscrição. Qualquer divergência comunique ao fiscal.
Matemática 31 a 40
2. O único documento válido para avaliação é a Folha de Respostas. Só
Raciocínio Lógico 41 a 45 é permitido o uso de caneta esferográfica transparente de cor azul ou
preta para o preenchimento da Folha de Respostas. Leia atentamente
Informática 46 a 60 cada item da prova objetiva e o julgue como CERTO ou ERRADO,
Conhecimentos Específicos 61 a 120 preenchendo a Folha de Respostas da seguinte maneira:

2.1 Conforme Edital, de acordo com os subitens 10.21.1 O julgamento de


cada item da prova objetiva será CERTO ou ERRADO, sendo atribuído
o valor de 1 (um) ponto para cada marcação em acordo com o gabarito
oficial; 10.21.2 Será atribuído 0 (zero) ponto para cada item em branco
ou com duas marcações; 10.21.3 Será descontado o valor de 1 (um)
ponto para cada 2 (dois) itens marcados em desacordo com o gabarito
oficial, dentro de cada caderno.

3. O prazo de realização da prova é de 4 (quatro) horas, incluindo a


marcação da Folha de Respostas. Após 60 (sessenta) minutos do início
da prova, o candidato estará liberado para utilizar o sanitário ou deixar

PROVA
definitivamente o local de aplicação. Os 3 (três) últimos candidatos só
poderão retirar-se da sala juntos.

4. Ao término de sua prova, comunique ao fiscal, devolvendo-lhe a Folha

01 de Respostas, devidamente preenchida e assinada. O candidato


poderá levar consigo o Caderno de Questões, desde que aguarde
em sala o término do prazo de realização da prova, estabelecido em
LEMBRE-SE DE MARCAR O edital para todos os candidatos.
NÚMERO CORRESPONDENTE 5. As provas e os gabaritos preliminares estarão disponíveis no site do
A SUA PROVA NA FOLHA DE Instituto AOCP - www.institutoaocp.org.br, em até 3h, após o término
RESPOSTAS! do prazo de realização da prova, estabelecido em edital para todos os
candidatos.

6. Implicará na eliminação do candidato, caso, durante a realização das


provas, qualquer equipamento eletrônico venha emitir ruídos, mesmo
que devidamente acondicionado no envelope de guarda de pertences.
O NÃO cumprimento a qualquer uma das determinações constantes
em Edital, no presente Caderno ou na Folha de Respostas incorrerá na
eliminação do candidato.
-------------------------------------------------------------------------------- (destaque aqui) -------------------------------------------------------------------------------

Gabarito Rascunho - Prova 01


01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25

26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 43 44 45 46 47 48 49 50

51 52 53 54 55 56 57 58 59 60 61 62 63 64 65 66 67 68 69 70 71 72 73 74 75

76 77 78 79 80 81 82 83 84 85 86 87 88 89 90 91 92 93 94 95 96 97 98 99 100

101 102 103 104 105 106 107 108 109 110 111 112 113 114 115 116 117 118 119 120

www.institutoaocp.org.br
Não se ESQUEÇA de marcar, na Folha de Respostas, o número de sua prova indicado
ATENÇÃO!
na capa deste caderno.

LÍNGUA PORTUGUESA

TEXTO 1 os outcomes (que em inglês mais do que resultado,


“Hei de vencer. Hei de vencer. Hei de vencer” – traz a noção de consequência, desenlace). A
como o mantra da autoajuda pode te derrotar instrução com foco no  processo  era “Quero que
você se veja jogando, sabendo que dessa vez
Daniel Martins de Barros
você pode reagir mais rapidamente”. Note que a
ênfase está na velocidade de reação, em vez de no
O mantra da autoajuda, de visualizar o sucesso, resultado dela. Já para o outcome era “Quero que
é um passo para o fracasso. Felizmente, existem você se veja jogando, e se imagine batendo o score
alternativas para nos motivar sem prejudicar o anterior” Novamente, não basta se ver “vencendo”,
desempenho. mas melhorando em relação ao esforço anterior.
Uma das técnicas mais ensinadas por gurus Dizem que tudo o que a gente pode pensar já
da autoajuda diz que, para alcançar um objetivo, foi descoberto na Grécia Antiga. Bom, se é verdade
nós temos que visualizar nosso sucesso. Se que ter certeza da vitória nos leva a colocar menos
conseguirmos nos ver no alto do pódio, ou na esforço na tarefa (aumentando as chances de
cadeira de chefe, tirando uma nota dez que seja, derrota), e se está provado que o foco tem que ser
essas metas são alcançadas, já que o cérebro se no processo e não no resultado, então, mil anos
convence do seu sucesso de antemão. Uma versão atrás, Esopo já havia ensinado essa lição. Nem
sofisticada do velho mantra “Hei de vencer”. Muito todos irão concordar comigo, mas essa parece
interessante. Pena que não funciona. ser uma moral possível de se tirar da fábula sobre
Quando pesquisadores resolveram testar a a lebre e a tartaruga, na qual a ligeira lebre perde
ideia perceberam que tais técnicas não eram uma corrida para a lerda tartaruga. Acreditando na
apenas inúteis, eram prejudiciais. Alunos que vitória fácil, ela cai no sono, enquanto a tartaruga
“visualizavam” boas notas acreditavam mesmo vence por manter o foco no esforço. As lições da
que iriam bem nas provas, e por isso mesmo fábula variam muito, desde “Quanto maior a pressa,
deixavam de estudar. Resultado? Bomba! Pessoas pior a velocidade”, até “O sucesso depende de
em dieta que se imaginavam resistindo bravamente usar os talentos, não apenas de tê-los”. Mas nós
aos alimentos calóricos caíam mais nas tentações bem poderíamos acrescentar: “Quem acredita que
do que aqueles que eram instruídos a lembrar que a vitória é certa, certamente acaba derrotado”.
a carne é fraca.
Mas nem tudo está perdido. Existem sim Adaptado de: http://vida-estilo.estadao.com.br/blogs/daniel-martins-
de-barros/hei-de-vencer-hei-de-vencer-hei-de-vencer-como-o-man-
técnicas motivacionais que podem nos levar a
tra-da-autoajuda-pode-te-derrotar/
melhorar nossa performance. O segredo é o foco.
Vale recitar mantra ou tentar a visualização, mas em
vez de se voltar para o resultado final, é importante
pensar no processo. Um estudo on-line com
mais de quarenta mil pessoas testou diferentes
abordagens. O desafio era um jogo de atenção e
velocidade, no qual tinham que clicar nos números
de 1 a 36, embaralhados numa matriz de 6×6, na
sequência correta. Para aumentar a pressão, o
jogo era contra um oponente (na verdade, um
software, mas os voluntários não sabiam disso).
Diversas intervenções foram testadas, mas as que
melhoraram o desempenho dos jogadores foram
as que os instruíam a visualizar (ou recitar para si
mesmos) não o resultado, mas os  processos  ou

3
Soldado da Carreira de Praças da Polícia Mililtar do Ceará
Em relação ao TEXTO 1 e aos aspectos 7. No excerto “Quando pesquisadores resolveram
linguísticos da Língua Portuguesa, julgue, testar a ideia perceberam que tais técnicas
como Certo (C) ou Errado (E), os itens a não eram apenas inúteis, eram prejudiciais.”, o
seguir. “quando” introduz uma noção de tempo e está
1. Conforme o TEXTO 1, existem técnicas flexionado no masculino e tanto a palavra “ideia”
motivacionais que podem contribuir para quanto a expressão “tais técnicas” referem-se
o desempenho do indivíduo diante de um às técnicas de autoajuda que consistem em
objetivo, fato comprovado por experimentos visualizar o sucesso antecipadamente.
que demonstram que o foco deve ser mantido
no processo que levará à conquista, entretanto 8. Em “Alunos que ‘visualizavam’ boas notas
as técnicas que ensinam a visualizar o sucesso acreditavam mesmo que iriam bem nas provas
final como garantido prejudicam a performance. [...]” e em “Pessoas em dieta que se imaginavam
resistindo bravamente aos alimentos calóricos
2. A expressão “Bomba!”, que aparece no terceiro caíam mais nas tentações [...]”, apesar das
parágrafo do TEXTO 1, tem sentido pejorativo e inúmeras funções que podem ser exercidas
refere-se, no contexto em que foi utilizada, tanto pelo termo “que”, em língua portuguesa, os
ao fato de que os alunos muito autoconfiantes destacados nesse excerto possuem função
iam, por esse motivo, mal nas provas, quanto idêntica.
aos possíveis anabolizantes ingeridos pelas
pessoas em dieta que caíam mais nas tentações. 9. O excerto “Pena que não funciona”, retirado
do segundo parágrafo do TEXTO 1, refere-se
3. Em relação ao trecho “Pessoas em dieta que e caracteriza especificamente o “velho mantra
se imaginavam resistindo bravamente aos ‘Hei de vencer’”, citado anteriormente no próprio
alimentos calóricos caíam mais nas tentações texto.
do que aqueles que eram instruídos a lembrar
que a carne é fraca”, justifica-se a acentuação 10. Em “Acreditando na vitória fácil, ela cai no sono,
das palavras “calóricos”, “caíam” e “instruídos”, enquanto a tartaruga vence por manter o foco
por tratarem-se, respectivamente, de uma no esforço.”, ambas as orações destacadas são
proparoxítona, de um verbo de 3ª conjugação subordinadas adverbiais, exprimem uma noção
flexionado na terceira pessoa do plural do tempo de causa e se diferenciam estruturalmente pelo
pretérito e de uma paroxítona finalizada em “o”, fato de a primeira ser reduzida de gerúndio e a
nesse caso, seguido de “s”. segunda reduzida de infinitivo.
4. As palavras em destaque no trecho “Uma
das técnicas mais ensinadas por gurus
da autoajuda diz que, para alcançar um objetivo, TEXTO 2
nós temos que visualizar nosso sucesso.” OMS: 80% dos habitantes sofrem com poluição
são, respectivamente, trissílaba, polissílaba, em 3 mil cidades
monossílaba e dissílaba, cujas divisões silábicas
podem ser representadas da seguinte forma: Oito de cada dez pessoas que vivem em zonas
téc-ni-cas; ob-je-ti-vo; nós e nos-so. urbanas respiram um ar com níveis de poluição que
supera os limites recomendados pela Organização
5. Referente aos excertos “O mantra da autoajuda, Mundial da Saúde (OMS), com uma situação
de visualizar o sucesso, é um passo para o notoriamente mais grave nos países de renda
fracasso.” e “Quero que você se veja jogando, média e baixa. Neste último grupo de países, 98%
sabendo que dessa vez você pode reagir mais das cidades com mais de 100 mil habitantes não
rapidamente”, é correto afirmar que há dígrafo cumpre com as normas internacionais em matéria
em “mantra”, “sucesso”, “Quero” e “dessa” e há
de qualidade do ar, enquanto nos países ricos essa
ditongo decrescente em “mais”.
porcentagem cai para 56%. Esses são alguns dados
mais relevantes da base de dados sobre poluição
6. No trecho “Uma das técnicas mais ensinadas
por gurus da autoajuda diz que, para alcançar ambiental apresentada hoje pela OMS, que inclui
um objetivo, nós temos que visualizar nosso informações de 3.000 cidades em 103 países, o que
sucesso.”, a palavra “autoajuda” é composta, o representa a maior compilação de dados feita até
termo “para” introduz uma finalidade e ambos o momento.
os termos “que” destacados introduzem orações “Na maioria dos países pobres, a qualidade do
subordinadas substantivas objetivas diretas. ar está piorando e isso se tornou uma tendência,

Soldado da Carreira de Praças da Polícia Mililtar do Ceará


4
enquanto se observa o contrário nos países com 12. No excerto “[...] declarou o coordenador do
uma renda maior”, declarou o coordenador do Departamento de Saúde Pública da OMS,
Departamento de Saúde Pública da OMS, Carlos Carlos Dora.”, os termos em destaque
Dora. classificam-se sintaticamente como vocativo.
Se for feita uma extrapolação dos dados pode-se
13. No excerto “[...] Se for feita uma extrapolação
sustentar que mais da metade da população urbana
dos dados pode-se sustentar que mais da
vive em cidades com um nível de poluição 2,5
metade da população urbana vive em cidades
vezes maior do que o recomendado e que somente
[...]”, deve-se empregar uma vírgula logo após
16% respira um ar que cumpre com as normas. Na a palavra “dados”, com a finalidade de separar
apresentação desses dados à imprensa, Carlos uma oração subordinada adverbial condicional.
Dora destacou que em todas as regiões, inclusive
demasiadamente pobres, algumas cidades estão 14. Depreende-se do TEXTO 2 que a contaminação
conseguindo melhorar a qualidade de seu ar, mas do ar pode potencializar as chances de ocorrerem
lamentou que “a maioria de cidades estejam no doenças do coração. Tal contaminação se dá por
caminho errado”. pequenas partículas que representam grande
No entanto, a poluição ambiental não deve ser risco ambiental para a saúde.
observada como uma fatalidade nos países pobres:
“há certas cidades que pertencem a países com 15. No excerto “As cidades que experimentaram
poucos recursos e que melhoraram a qualidade de progressos o fizeram graças a melhoras [...]”, o
elemento em destaque é um artigo definido.
seu ar e isso é muito promissor”.
A OMS atribui mais de 7 milhões de mortes
16. Em “A OMS atribui mais de 7 milhões de
por ano à poluição do ar, causada pela elevada
mortes por ano à poluição do ar [...]”, a crase
concentração de partículas pequenas e finas que é resultante da contração da preposição “a”,
provocam diversas doenças - câncer de pulmão exigida pelo termo subordinante “ano”, com
e doenças respiratórias - e aumenta o risco de o artigo feminino “a”, reclamado pelo termo
derrame cerebral e cardiopatia. dependente “poluição”.
Segundo Carlos Dora, se a poluição do ar
fosse reduzida para uma quarta parte, conforme 17. Infere-se do TEXTO 2 que mais de 50%
os limites estabelecidos pela OMS, se conseguiria das cidades do mundo apresentam grau de
reduzir em 15% a mortalidade. contaminação do ar acima do nível saudável. Em
As cidades que experimentaram progressos o contrapartida, um número irrisório de cidades
fizeram graças a melhoras em seus sistemas de dispõe de um ar com qualidade.
transporte coletivo e incentivando o uso de veículos
18. No excerto “[...] mas lamentou que ‘a maioria
não motorizados, particularmente bicicletas,
de cidades estejam no caminho errado’.”, o
aumentando os espaços verdes e melhorando a
verbo em destaque está flexionado no pretérito
gestão dos resíduos. imperfeito do modo subjuntivo.
(Portal Terra, 12/05/2016. Disponível em https://noticias.terra.com.br/
ciencia/sustentabilidade/oms-80-dos-habitantes-de-cidades-sofrem- 19. A palavra “inclusive” apresenta o prefixo
com-poluicao-acima-dos-limites,85960d8d6fc49e578118846e37dde- “in-”, que significa negação. O mesmo prefixo
0c08wmhfiu7.html)
é observado, com o mesmo significado, nas
palavras “infelicidade” e “ingerir”.

20. No excerto “[...] todas as regiões,


Em relação ao TEXTO 2 e aos aspectos inclusive demasiadamente pobres [...]”,
linguísticos da Língua Portuguesa, julgue, o termo “demasiadamente” classifica-se
como Certo (C) ou Errado (E), os itens a morfologicamente como um advérbio de
seguir. intensidade.

11. No excerto “[...] 98% das cidades com mais de


100 mil habitantes não cumpre com as normas
internacionais [...]”, há erro de concordância
verbal, pois o verbo “cumpre” deveria estar no
plural.

Soldado da Carreira de Praças da Polícia Mililtar do Ceará


5
AT U A L I D A D E S aumento do acesso à educação contribui para
a redução da desigualdade na distribuição de
renda, ao ampliar a qualificação da mão de obra
e elevar os salários destes.
EXCERTO 1
23. O coeficiente de Gini é um dos indicadores
A desigualdade de renda continua aumentando mais utilizados para medir a desigualdade de
nos países ricos, mas caiu na América Latina na renda e é expresso por um valor que varia de 0
última década, afirma um estudo da Organização (zero), situação de perfeita igualdade, a 1 (um),
para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico situação de perfeita desigualdade.
(OCDE). Hoje, nos países da OCDE, os 10% mais
ricos ganham 9,6 vezes mais do que os 10% mais 24. Muitos estudos apontam para a existência de
pobres. Nos anos 80, a proporção era de sete vezes uma relação entre desigualdade e violência.
mais e, na década de 2000, de 9,1. Nos últimos anos, houve um retrocesso, no
A partir de meados dos anos 2000, as Brasil, da redução das desigualdades em razão
da crise econômica. Em 2016, um estudo sobre
desigualdades de renda também aumentaram em
a violência ressaltou que a região do Nordeste
grandes economias emergentes, como China,
foi a que apresentou menor escala de violência
Rússia, Indonésia e África do Sul.
na série histórica que compreende desde 2004
Já a maioria dos países da América Latina, até 2014.
“particularmente o Brasil”, vem reduzindo, desde
o final dos anos 90, as diferenças de renda, afirma 25. A educação é um dos principais fatores para
a organização. alcançar o desenvolvimento sustentável. Um
Segundo dados da OCDE, houve um aumento estudo realizado pelo Boston Consulting Group
de cerca de 11% no coeficiente Gini médio de 22 (BCG)  aponta que, desde 2011, o Brasil é um
países da organização. Enquanto, no Brasil, o dos países da América Latina que recebeu o
coeficiente Gini apresentou uma queda de cerca de menor volume de investimentos privados para o
8%. desenvolvimento de tecnologias para educação,
No entanto, a queda na desigualdade de renda em razão de fatores estruturais e carência de
uma política educacional explícita.
na América Latina desacelerou a partir de 2010.
(BBC Brasil, 21/05/2015, com adaptações.)

EXCERTO 2
Considerando o EXCERTO 1 e o tema por ele
abordado, julgue, como Certo (C) ou Errado A energia eólica já abastece mais de 30%
(E), os itens a seguir. do Nordeste. Com a queda nas represas de
hidrelétricas, a energia gerada pelos ventos ganha
21. O combate à desigualdade na distribuição cada vez mais importância na região.
de renda é fundamental para assegurar Os parques instalados na região de Amontada
a redução da pobreza, um dos principais (costa oeste do Ceará, uma ilha de usinas
desafios do desenvolvimento sustentável. eólicas) estão entre os mais eficientes do planeta.
Além da erradicação da pobreza, fazem parte Enquanto, no mundo, as usinas eólicas produzem,
dos objetivos de desenvolvimento sustentável em média, 25% da capacidade anual, no Complexo
estabelecidos pela Organização das Nações de Icaraí, esse porcentual é mais que o dobro. As
Unidas (ONU): a redução das desigualdades,
31 torres que compõem o parque produzem 56%
o trabalho decente e o crescimento econômico,
da capacidade anual. Para se ter ideia do que isso
a educação de qualidade, a energia limpa e
significa, nos Estados Unidos, esse indicador é de
acessível, entre outros.
32,1% e, na Alemanha, uma das maiores potências
22. Entre os fatores que contribuem para a eólicas do mundo, é de 18,5%.
desigualdade na distribuição de renda estão A diferenciação do vento do Nordeste deriva
as mudanças no mercado de trabalho, que de sua qualidade – forte e constante – que fez a
excluem muitas pessoas das oportunidades de região despontar como uma das maiores fronteiras
emprego, e a diferença de remuneração entre eólicas do mundo.
empregados altamente qualificados e os que
(Estadão, 19/06/2016, com adaptações.)
possuem baixa qualificação. Desse modo, um

Soldado da Carreira de Praças da Polícia Mililtar do Ceará


6
Considerando o EXCERTO 2 e o tema por ele M AT E M Á T I C A
abordado, julgue, como Certo (C) ou Errado
(E), os itens a seguir.

26. A rápida expansão das usinas eólicas no Brasil Considerando os conhecimentos em


resultou da baixa demanda internacional por Matemática, julgue, como Certo (C) ou Errado
esse tipo de projeto, em virtude da crise de 2008, (E), os itens a seguir.
ao mesmo tempo em que o uso da energia pelos
brasileiros crescia a taxas de dois dígitos. Com 31. Se um coturno tático tem seu preço P aumentado
a entrada de investimentos nesse setor, o preço em 20% e, na sequência, tem um desconto de
dessa tecnologia reduziu-se e ampliaram-se os 20% sobre o novo valor, então o preço volta a
investimentos com os leilões dedicados a essa ser P.
fonte de energia.
32. Se um policial leu 1/2 do Estatuto Militar em
27. A implementação de usinas eólicas no Brasil é um dia e, no dia seguinte, leu mais 1/5 desse
importante para a geração de energia renovável Estatuto, então podemos concluir que faltam
e limpa. Contudo um fator negativo é a 7/10 desse Estatuto para o policial ler.
importação de todos os equipamentos utilizados
nesse setor, o que torna o país dependente de 33. Um prédio do Comando Militar com 30 metros de
seus fornecedores externos e os investimentos altura, em um determinado horário do dia, tem
vulneráveis à variação cambial. uma sombra com comprimento de 20 metros.
Então, podemos dizer que a razão entre o
28. As fontes renováveis de energia são aquelas em comprimento da sombra e a altura desse prédio,
que a sua utilização é renovável. Elas podem nessa hora do dia, é de 3/2.
ser mantidas e aproveitadas ao longo do tempo
sem possibilidade de se esgotarem. São alguns 34. Supondo que uma dívida que não é paga até o
exemplos de fontes renováveis de energia: a vencimento sofra um acréscimo de 2%, sobre o
energia eólica, a solar e a da biomassa. valor do boleto, para cada mês em atraso, então,
no caso de uma dívida cujo boleto registra o valor
29. O Brasil possui uma matriz energética de R$1.000,00 e que será paga com 3 meses de
diversificada, considerada uma matriz mais atraso, deverão ser pagos R$1.060,00.
limpa em relação a outros países, em razão das
baixas emissões dos gazes de efeito estufa. No 35. Se o dobro de um número somado com 6
período de 2004 a 2014, o Brasil aumentou em unidades é igual a esse mesmo número somado
75% a produção de energia elétrica pelo bagaço com 20 unidades, então podemos afirmar que
de cana. Essa tecnologia de aproveitamento da esse número é o 14.
cana-de-açúcar é de origem nacional.
36. O triplo do dobro de três é um número par.
30. Após um compromisso firmado entre o governo
brasileiro e o norte-americano para elevar o uso 37. O consecutivo do dobro de um número é maior
de energia renovável em 20% de suas matrizes ou igual a 11. Então, para que isso aconteça,
elétricas (excluindo a hidroeletricidade) até esse número deverá ser maior que 5.
2030, iniciou-se, em 2015, um processo para
a cooperação dos dois países, no qual o Brasil 38. Em um batalhão, são servidas refeições para
compartilharia sua tecnologia na produção de seus policiais. Se, para servir 20 policiais, com
biocombustíveis e os EUA a sua tecnologia em uma refeição por dia durante uma semana, são
geração de energia eólica. gastos R reais, para servir 40 policiais com duas
refeições por dia e por duas semanas, serão
gastos 6R reais.

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39. Para escrever o número 150 como a soma de 47. A extensão do arquivo define o seu formato,
dois números que estão na razão de 2 para 1, assim como a função que ele desempenha
devemos usar os números 100 e 50. no Sistema Operacional. As extensões .JPG,
.BMP, .RTF e .GIF, em suas formas originais,
40. Um militar comprou 15 metros de corda e pagou representam arquivos de imagem.
R$ 40,00. Então, podemos dizer que esse militar
pagou R$ 4,00 por 15 centímetros dessa corda. 48. Considerando o software Microsoft Word 2010,
versão em português, o recurso de “Contar
Palavras” permite saber a quantidade de
palavras, caracteres, parágrafos e linhas no
RACIOCÍNIO LÓGICO
documento. Esse recurso está disponível no
menu Revisão ou por meio da Tecla de Atalho
Ctrl + Shift + G.
Considerando os conhecimentos em
Raciocínio Lógico, julgue, como Certo (C) ou 49. Utilizando um sistema operacional Windows 7, ou
Errado (E), os itens a seguir. superior, executando o Windows Explorer, ao se
utilizar a opção “enviar para pasta compactada”
41. Se J não é maior que K, então J é menor que K. sobre uma pasta de arquivos, é gerado um
arquivo com extensão .rar contendo todos os
42. A negação da proposição “Todos passam no arquivos dessa mesma pasta compactada.
concurso” é “Ninguém passa no concurso”.
50. Memória FLASH é um tipo de memória muito
43. Em uma sala, estão reunidos treze militares de utilizado em periféricos de armazenamento
um batalhão. Em relação a esses treze militares de arquivos como Pen Drives e tem por
que estão reunidos, podemos com certeza característica ser uma memória volátil.
afirmar que pelo menos dois fazem aniversário
no mesmo mês. 51. Utilizando o software Microsoft Excel
2010, versão em português, ao clicar
44. A afirmação “5=2+3 ou o número 10 é ímpar” é em uma célula vazia, inserir a fórmula
uma afirmação falsa. =Se(2+2*3=12;5&0/5;10^0) e, em seguida,
pressionar a tecla Enter, será produzido como
45. Se Lucas faz o almoço, então Camila não almoça resultado o valor 1.
fora. Sendo assim, podemos sempre garantir
que: Se Camila almoça fora, então Lucas não 52. No Microsoft Office 2010, uma mesma tecla
fez o almoço. pode exercer funções diferentes, conforme
o aplicativo que está sendo utilizado. No
PowerPoint, por exemplo, a tecla F5 permite
iniciar uma apresentação a partir do primeiro
INFORMÁTICA slide.

53. O software Google Chrome é um navegador


Considerando os conhecimentos em de internet muito utilizado e é o software livre
Informática, julgue, como Certo (C) ou Errado padrão usado com o sistema operacional Ubuntu
(E), os itens a seguir. Linux 16.04 ou anterior, porém ele pode também
Obs.: O caractere “+”, quando utilizado, ser instalado no sistema operacional Windows.
serve apenas para interpretação do item.
54. “Phishing” é o nome dado a uma forma de fraude
46. Ao utilizar um sistema operacional Windows 7 eletrônica que consiste em obter informações
ou superior, executando o Windows Explorer, fornecidas pelo próprio usuário através de
ao informar na barra de endereço o endereço e-mails e páginas web falsas, por exemplo.
\\computadorx, o Windows Explorer tentará
acessar pela rede uma máquina com o nome 55. Uma página de internet que utiliza o protocolo
“computadorx”, listando, caso a encontre, os “https” é mais vulnerável a ataques, pois não
recursos (arquivos e impressoras, por exemplo) utiliza criptografia nos dados transmitidos.
compartilhados na rede por essa máquina. Nesse caso, os dados trocados com a página
são enviados de forma direta e podem ser
entendidos, caso sejam interceptados.

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56. Ao utilizar um sistema operacional Windows 7 63. O subsídio ou os vencimentos dos militares
ou superior, o “Gerenciador de Tarefas” pode estaduais são irredutíveis e não estão sujeitos
ser usado para encerrar a execução de um à penhora, sequestro ou arresto, inclusive nos
programa que esteja sendo executado. Porém, casos previstos em Lei.
se o referido programa estiver realizando alguma
operação, ela pode ser interrompida e os dados 64. A partir da criação de um cargo militar estadual,
relacionados perdidos. até que um militar estadual dele tome posse,
será o mesmo considerado vago.
57. Quanto ao hardware de um computador, o
desempenho total de um processador é afetado 65. O militar estadual da ativa, no exercício de
pelo número de núcleos de processamento, pela função militar, de natureza militar ou de interesse
velocidade de processamento de cada núcleo e militar, é dispensado de servir como testemunha
pela quantidade de memória interna (cache). em juízo acerca das diligências que realizou,
dado o seu interesse na causa.
58. No motor de busca www.google.com.br a
pesquisa diferencia as letras maiúsculas e 66. É vedado, a qualquer civil ou organizações civis,
minúsculas. Assim, uma pesquisa por jogos o uso de uniforme ou a ostentação de distintivos,
olímpicos rio 2016 apresenta resultados insígnias, agildas ou emblemas, iguais ou
diferentes de Jogos Olímpicos Rio 2016. semelhantes, que possam ser confundidos com
os adotados para os militares estaduais.
59. Em um computador com um HD dividido em duas
partições formatadas com o sistema de arquivos 67. O militar estadual que tenha sido afastado
NTFS denominadas C: e D:, ao se realizar um temporariamente do serviço ativo por ter sido
backup de dados contidos em C:/dados para D:/ julgado incapaz após um ano de tratamento
backup, corre-se o risco de perda desses dados, de saúde deverá ser agregado, sendo que
caso haja uma falha de hardware nesse HD. agregação é a situação na qual o militar estadual
em serviço ativo deixa de ocupar vaga na escala
60. Uma das funções de um firewall é cuidar da hierárquica do seu Quadro, nela permanecendo
segurança de um computador, por meio de sem número.
checagens periódicas, em busca de arquivos
maliciosos. 68. A ordenação da autoridade é realizada por
postos ou dentro de um mesmo posto ou de
uma mesma graduação e se faz apenas pela
antiguidade.
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
69. O cargo militar é considerado vago somente na
hipótese em que o militar estadual for exonerado,
Em relação ao Estatuto dos Militares do demitido ou expulso.
Estado do Ceará, Lei Estadual n° 13.729/2006,
julgue, como Certo (C) ou Errado (E), os itens 70. A promoção é ato administrativo que será
a seguir. efetuado pelos critérios de antiguidade,
merecimento, bravura e post mortem e não
61. Os atos administrativos do Comandante-Geral, ocorrerá quando o número de oficiais da ativa
com reflexos exclusivamente internos, serão detentores de cargo no posto considerado
publicados apenas no Diário Oficial do Estado. estiver completo ou com excesso.

62. O militar estadual alistável é elegível, mas, 71. Posto é o grau hierárquico do Oficial, conferido
se contar menos de 10 (dez) anos de serviço, pelo Governador do Estado, correspondendo
deverá afastar-se definitivamente da atividade cada posto a um cargo, enquanto Graduação
militar estadual a partir do registro de sua é o grau hierárquico da Praça, conferido pelo
candidatura na Justiça Eleitoral, apresentada Comandante-Geral, correspondendo cada
pelo Partido e autorizada pelo candidato, com graduação a um cargo.
prejuízo automático, imediato e definitivo
do provimento do cargo, de promoção e da
percepção da remuneração.

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72. Um soldado militar estadual que cometer 82. Não haverá aplicação de sanção disciplinar
crime definido em Lei como crime militar será quando for reconhecida a legítima defesa própria
processado e julgado em primeira instância pela ou de outrem.
Justiça Militar do Estado e em segunda instância
pelo Superior Tribunal Militar. 83. São considerados valores fundamentais,
determinantes da moral militar estadual, o
patriotismo, a lealdade, a saúde, a dignidade
Em relação ao Código Disciplinar dos humana e a coragem.
Militares do Estado do Ceará, Lei 13.407/2003,
julgue, como Certo (C) ou Errado (E), os itens 84. Faltar ao expediente ou ao serviço para o qual
a seguir. esteja nominalmente escalado é considerado
transgressão disciplinar grave.
73. O subordinado deve obedecer às ordens, ainda
que manifestamente ilegais, respondendo o 85. As sanções disciplinares aplicáveis aos
superior hierárquico pela ilegalidade. militares do Estado dependem do posto,
graduação ou função que ocupam.
74. Quando a ordem parecer obscura, o
subordinado, ao recebê-la, poderá solicitar 86. A custódia disciplinar será aplicada quando
que os esclarecimentos necessários sejam houver reincidência no cometimento de
oferecidos de maneira formal. transgressão disciplinar de natureza média.
75. A violação da disciplina militar será tão mais
grave quanto mais elevado for o grau hierárquico
Em relação à Lei Complementar Estadual nº
de quem a cometer.
98/2011, julgue, como Certo (C) ou Errado
(E), os itens a seguir.
76. O rol de transgressões disciplinares previstas
no Código Disciplinar dos Militares do Estado do
87. A Controladoria Geral de Disciplina não poderá
Ceará é exemplificativo, podendo outros fatos
avocar processo administrativo disciplinar ou
não expressamente previstos caracterizar uma
sindicância que esteja em andamento.
transgressão disciplinar.
88. O servidor estadual designado para servir
77. O Código Disciplinar dos Militares do Estado
na Controladoria Geral de Disciplina deve
do Ceará se aplica aos militares do Estado do
ser, preferencialmente, Bacharel em Direito,
serviço ativo, aos da reserva remunerada, além
Administração ou Gestão Pública.
dos Magistrados da Justiça Militar Estadual.
89. O Cargo de Controlador Geral Adjunto de
78. A custódia disciplinar consiste na retenção do
Disciplina é de provimento em comissão, de
militar do Estado no âmbito de sua OPM ou
livre nomeação e exoneração pelo Presidente
OBM, podendo participar de qualquer serviço,
da República.
instrução ou atividade e sem estar circunscrito a
determinado comportamento.
90. O Controlador Geral de Disciplina poderá
solicitar ao Governador do Estado a cessão de
79. Constitui dever ético do militar estadual
Oficiais das Forças Armadas, Oficiais de outras
abster-se, ainda que na inatividade, do uso
Polícias Militares Estaduais, Procuradores de
das designações hierárquicas em atividade
Estado, Membros da Carreira da Advocacia
comercial ou industrial.
Geral da União, Delegados da Polícia Federal
ou outros Servidores Estaduais, Municipais
80. Segundo o Código Disciplinar dos Militares
e Federais, para comporem Comissão de
do Estado do Ceará, constitui infração grave
Processo Administrativo Disciplinar, Conselhos
retardar, sem justo motivo, a execução de
de Disciplina e/ou Justificação.
qualquer ordem legal recebida.
91. Das decisões proferidas pelo Controlador-
81. A solução do procedimento disciplinar será
Geral de Disciplina decorrentes das apurações
dada no prazo de 30 (trinta) dias, contados da
realizadas nas Sindicâncias, caberá recurso no
instauração do mesmo, podendo ser prorrogado,
prazo de 10 (dez) dias, dirigido ao Conselho de
no máximo, por mais 15 (quinze) dias, mediante
Disciplina e Correição.
declaração de motivos.

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92. A Controladoria Geral Disciplinar tem acesso a 101. A pequena propriedade rural, assim definida
qualquer banco de dados de caráter público no em lei, desde que trabalhada pela família, não
âmbito do Poder Executivo Estadual, bem como será objeto de penhora para pagamento de
aos locais que guardem pertinência com suas débitos decorrentes de sua atividade produtiva,
atribuições. dispondo a lei sobre os meios de financiar o seu
desenvolvimento.
93. Os membros integrantes do Conselho de
Disciplina prestam o serviço de forma voluntária, 102. Aos litigantes em processo judicial e aos
sem receber qualquer verba indenizatória pela acusados em geral, exceto em processos
presença nas sessões realizadas. administrativos, são assegurados o contraditório
e a ampla defesa, com os meios e recursos a ela
94. A avalição de desempenho daqueles que inerentes.
trabalham na Controladoria Geral de Disciplina
é realizada apenas anualmente e, entre outros 103. O Brasil se submete à jurisdição de Tribunal
critérios, considera a assiduidade, urbanidade, Penal Internacional a cuja criação tenha
pontualidade e produtividade. manifestado adesão.

95. Faz parte das atribuições do Grupo Tático 104. A lei considerará imprescritíveis os crimes
de Atividade Convencional – GTAC realizar de tráfico ilícito de entorpecentes e drogas
correições preventivas e repressivas, por afins, o terrorismo e os definidos como crimes
meio de inspeções em instalações, viaturas e hediondos, por eles respondendo os mandantes,
unidades. os executores e os que, podendo evitá-los, se
omitirem.
96. É possível afirmar que, entre outros, os
objetivos da Controladoria Geral de Disciplina 105. A obtenção de certidões em repartições
são o combate à corrupção e o incentivo da públicas, para defesa de direitos e esclarecimento
transparência da Gestão Governamental. de situações de interesse pessoal, é assegurada
a todos, independentemente do pagamento de
97. Os policiais civis e os militares estaduais taxas.
requisitados para servir na Controladoria Geral
de Disciplina serão considerados, para todos 106. Todos podem reunir-se pacificamente
os efeitos, como inativos, em relação às suas sem armas, em locais abertos ao público,
funções de natureza policial civil ou militar. independentemente de autorização, desde
que não frustrem outra reunião anteriormente
98. Nos processos administrativos disciplinares em convocada para o mesmo local.
que a pena seja a de demissão, após decididos
pelo Controlador-Geral de Disciplina e antes 107. É plena a liberdade de associação para fins
do envio ao Governador do Estado, deverá ser lícitos, bem como para fins de caráter paramilitar.
encaminhado para a Procuradoria-Geral do
Estado, com o fito de atestar a regularidade do 108. No caso de iminente perigo público, a autoridade
procedimento. competente poderá usar de propriedade
particular, sem que o proprietário tenha direito à
indenização ulterior, caso haja dano.
Em relação à Constituição Federal de
1988: Artigo 5º - Dos Direitos e Garantias 109. Todos têm direito de petição aos Poderes
Fundamentais -, julgue, como Certo (C) ou Públicos em defesa de direitos ou
Errado (E), os itens a seguir. contra ilegalidade ou abuso de poder,
independentemente do pagamento de taxas.
99. A casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém
nela podendo penetrar sem consentimento do 110. A prisão de qualquer pessoa e o local onde
morador, exceto, apenas, por determinação se encontre deverão ser comunicados ao juiz
judicial. competente e à família do preso ou à pessoa
por ele indicada, de imediato.
100. A criação de associações e, na forma da lei, a de
cooperativas depende de prévia autorização do
poder público.

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Em relação à Constituição Federal de 1988:
Artigo 144 - Da Segurança Pública -, julgue, Não se ESQUEÇA de marcar, na Folha
como Certo (C) ou Errado (E), os itens a ATENÇÃO! de Respostas, o número de sua prova
seguir. indicado na capa deste caderno.

111. À Polícia Federal, além das atribuições


definidas em lei, incumbe a execução de
atividades de defesa civil.

112. A função de Polícia Judiciária da União compete


exclusivamente à polícia Federal.

113. Compete à Polícia Federal apurar infrações


penais cuja prática tenha repercussão
interestadual e exija repressão uniforme, na
forma da lei.

114. Às polícias militares, cabem a polícia ostensiva


e a preservação da ordem pública, porém cabe,
exclusivamente, à Policia Civil as atividades de
defesa civil.

115. As funções de polícia marítima e aeroportuária


competem à Polícia Federal.

116. A segurança viária compete, também, aos


Municípios.

117. As Polícias militares e os corpos de bombeiros


militares, forças auxiliares e reserva do
exército subordinam-se, juntamente com as
Polícias Civis, aos Governadores do estado, do
Distrito Federal, dos territórios e aos Prefeitos
Municipais.

118. A Polícia Federal é instituída por lei como órgão


permanente e é mantida pela união.

119. As infrações penais militares bem como as


funções de polícia judiciária, ressalvadas a
competência da união, serão apuradas pela
Polícia Civil.

120. Os municípios poderão constituir Guarda


Municipal destinada à apuração de infrações
penais, bem como para a proteção de seus
bens, serviços e instalações.

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13 Soldado da Carreira de Praças da Polícia Mililtar do Ceará
Gabarito Pós-Recursos

CONCURSO PÚBLICO PARA SOLDADO DA CARREIRA DE PRAÇAS DA POLÍCIA MILITAR DO


CEARÁ - EDITAL Nº 01/2016

PROVA 01
01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30
C E E C C E E C E C C E C C E E E E E C C C C E E C E C C E

31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 43 44 45 46 47 48 49 50 51 52 53 54 55 56 57 58 59 60
E E E C C C E E C E E E C E C C E C E E C C E C E C C E C E

61 62 63 64 65 66 67 68 69 70 71 72 73 74 75 76 77 78 79 80 81 82 83 84 85 86 87 88 89 90
E C E C E C C E E E C E E C C C E E C E E C E C E E E C E C

91 92 93 94 95 96 97 98 99 100 101 102 103 104 105 106 107 108 109 110 111 112 113 114 115 116 117 118 119 120
C C E E E C E C E E C E C E C E E E C C E C C E C C E C E E
PROVA 02
01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30
E E C C E E C E C C E C C E E E E E C C C C E E C E C C E C

31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 43 44 45 46 47 48 49 50 51 52 53 54 55 56 57 58 59 60
E E C C C E E C E E E C E C E E C E E C C E C E C C E C E C

61 62 63 64 65 66 67 68 69 70 71 72 73 74 75 76 77 78 79 80 81 82 83 84 85 86 87 88 89 90
C E C E C C E E E C E E C C C E E C E E C E C E E E C E C C

91 92 93 94 95 96 97 98 99 100 101 102 103 104 105 106 107 108 109 110 111 112 113 114 115 116 117 118 119 120
C E E E C E C E E C E C E C E E E C C E C C E C C E C E E E

PROVA 03
01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30
E C C E E C E C C E C C E E E E E C C E C E E C C C C E C E

31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 43 44 45 46 47 48 49 50 51 52 53 54 55 56 57 58 59 60
E C C C E E C E E E C E C E E C E E C C E C E C C E C E C E

61 62 63 64 65 66 67 68 69 70 71 72 73 74 75 76 77 78 79 80 81 82 83 84 85 86 87 88 89 90
E C E C C E E E C E E C C C E E C E E C E C E E E C E C C C

91 92 93 94 95 96 97 98 99 100 101 102 103 104 105 106 107 108 109 110 111 112 113 114 115 116 117 118 119 120
E E E C E C E C C E C E C E E E C C E E C E C C E C E E E C
PROVA 04
01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30
C C E E C E C C E E C E E E E E C C E C E E C C C C E C E C

31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 43 44 45 46 47 48 49 50 51 52 53 54 55 56 57 58 59 60
C C C E E C E E E E E C E E C E E C C E C E C C E C E C E C

61 62 63 64 65 66 67 68 69 70 71 72 73 74 75 76 77 78 79 80 81 82 83 84 85 86 87 88 89 90
C E C C E E E C E E C E C E E C E E C E C E E E C C C C C E

91 92 93 94 95 96 97 98 99 100 101 102 103 104 105 106 107 108 109 110 111 112 113 114 115 116 117 118 119 120
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