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TEMPO DE
RESILIÊNCIA
D
ifícil começar qualquer texto re- o pouco, muita diferença será feita. chefes e outras, fica difícil lembrar
lacionado ao nosso cotidiano Não busco aqui prever ou tentar disso com afinco e seguir na trilha do
sem levar em conta a situação descobrir uma fórmula para sair deste sucesso.
social e econômica a qual nosso País “tempo de resiliência”. Busco, sim, Ainda assim, estamos acostuma-
vem passando. No lugar de “um pe- mostrar o que está sendo feito dentro dos a enfrentar situações de extrema
ríodo de crise”, gostaria de chamá-lo da ABTS e que também acredito ser dificuldade no dia a dia! Coisas difí-
de “tempo de resiliência”. Pois é, para fundamental para o sucesso de qual- ceis de realizar. Aí estamos nós de
muitos, só nos resta esperar a crise quer empresa. Precisamos mudar! E novo entrando numa postura reativa e
passar! por quê? Um grande cientista afirmou cômoda. Coisas difíceis de fazer? Isto
Mas será que é somente isto? Es- certa vez que: “Insanidade é continu-
é mesmo verdade? Será que realizar
perar até melhorar? Certeza que mui- ar fazendo sempre a mesma coisa e
um bom planejamento empresarial,
tos entendem que pouco se pode fazer esperar resultados diferentes”. Pois
estabelecendo metas tangíveis, esta-
para isso tudo mudar. Mas, sem dúvi- é, até hoje não conheci ninguém que
belecendo prazos factíveis, definindo
da, se muitos fizerem individualmente tivesse argumentos para contradizer
responsáveis e monitorando o de-
as palavras do grande Einstein.
Se nossos resultados estão, ainda senvolvimento destas ações é coisa
mais nestes tempos difíceis, aquém difícil de fazer? De maneira otimista,
daquilo que esperamos e continuamos podemos assumir que isto somente
a fazer as mesmas coisas, tendo as dá trabalho, mas não é difícil. E para
mesmas posturas e atitudes, é certo completar, quando alguém nos disser
que o sucesso do passado não se que é difícil, podemos retrucar dizen-
repetirá. Novas estratégias, metas e do: “Difícil é fazer foguete para levar o
atitudes poderão fazer a diferença homem para andar na Lua”.
e trazer melhores resultados. E se Espero que estas palavras possam
mudarmos e não acertarmos? Cito servir de estímulo para que a sua
outro grande cientista, que antes de trajetória em rumo ao sucesso seja
conseguir inverter a lâmpada, depois mais tranquila. Porém, o real objetivo
de centenas de tentativas, foi indaga- de apresentar tudo isto é justamente
do sobre o motivo de não desistir de informar que, a partir de agora, estas
tentar, já que o seu trabalho, até então, são as nossas premissas. A partir
não havia lhe rendido frutos. Asserti- deste ano, estamos buscando inovar
vamente, respondeu ele: não fracassei,
na nossa forma de operar, buscando a
somente descobri centenas de formas
excelência naquilo tudo que fazemos.
incorretas de se fabricar uma lâmpada;
Estabelecendo metas, buscando otimi-
É verdade que estas afirmações
zar nossos treinamentos, resultando
são parte da história e muitas vezes,
numa maior agilidade, diversidade e
de fronte a dificuldades empresariais,
abrangência; atribuindo novas respon-
impasses financeiros, funcionários,
sabilidades a todos os integrantes do
Conselho Diretor, monitorando cada
PRECISAMOS MUDAR PARA TER O RESULTADO COMPATÍVEL
passo, buscando a interação e coo-
COM NOSSO MOMENTO DE RESILIÊNCIA. VAMOS MANTER peração de todos. Enfim, precisamos
O SUCESSO DA NOSSA ASSOCIAÇÃO E, POR FIM, NENHUMA mudar para ter o resultado compatível
DIFICULDADE VAI SE IMPOR A NOSSA FRENTE, NOS com nosso momento de resiliência.
IMPEDINDO DA BUSCA NECESSÁRIA DO PROGRESSO E DO Vamos manter o sucesso da nossa
SUCESSO. Associação e, por fim, nenhuma difi-
culdade vai se impor a nossa frente,
Edmilson Gaziola nos impedindo da busca necessária
Diretor-Secretário
diretor.secretario@abts.org.br
do progresso e do sucesso. Junte-se a
nós e aguarde as novidades.
ARPROTEC 5
EDITORIAL
6 Previsões positivas e homenagem ATOTECH 2
Mariana Mirrha
B8 COMUNICAÇÃO 39
GRANDES PROFISSIONAIS
COMERCIAL COMETA 47
8 Uma trajetória lendária
Alfredo Levy DAIBASE 13
MATÉRIA ESPECIAL
40 Perspectivas positivas
Mariana Mirrha
47 NOTÍCIAS EMPRESARIAIS
DESTAQUE
47 PROFISSIONAL PROCURA 40
PONTO DE VISTA
50 Cinco dicas para turbinar a motivação de seus profissionais em 2017
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estão positivas quanto aos resultados que o setor deve demonstrar DIRETOR VICE-TESOUREIRO
Gilbert Zoldan
este ano. Leia nas próximas páginas as estimativas dessas empre- DIRETOR CULTURAL
Reinaldo Lopes
sas, que também comentam as tendências do segmento e as dificul- VICE-DIRETOR CULTURAL
Maurício Furukawa Bombonati
dades que deverão ser enfrentadas durante o ano. MEMBROS DO CONSELHO DIRETOR
Douglas Fortunato de Souza, Sandro Gomes da Silva,
Também trazemos nesse número uma homenagem ao Dr. Alfredo Silvio Renato de Assis, Wilma Ayako Taira dos Santos
CONSELHEIRO TÉCNICO
Levy, importante e lendário profissional do setor, que por muitos Carmo Leonel Júnior
REPRESENTANTE DO SINDISUPER
anos atuou em conjunto com esta publicação e com a ABTS. O Dr. Sergio Roberto Andretta
Alfredo Levy tem contada sua longa trajetória pessoal e profissional CONSELHEIRO EX OFFICIO
Antonio Carlos de Oliveira Sobrinho
pelas palavras de sua filha Isabela, em Grandes Profissionais.
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Grandes Profissionais
UMA TRAJETÓRIA
LENDÁRIA
Q
“No final dessa jornada pela vida uando me pediram para escrever um pouco da história do meu
do meu pai só posso enfatizar pai, fiquei apreensiva, afinal, quando nasci ele já estava com
o orgulho que eu e toda a família quase 57 anos! Não presenciei mais da metade de sua vida.
(minha mãe, com quem é casado há Seria mais simples se ele mesmo escrevesse, mas, infelizmente,
56 anos, seus três filhos e três netos) aos 94 anos (e duas cirurgias aos 91 com anestesia geral) sua
memória não é mais a mesma. Então, resolvi tomar isso como um
sentimos do homem e do profissional
desafio e uma oportunidade para saber alguns detalhes de sua
que ele sempre foi e continua sendo.”
trajetória.
Isabela Levy Nascido no final de 1922, em uma casa na Vila Mariana, bairro
da cidade de São Paulo, meu pai é filho único de um casal de
judeus alemães naturalizados brasileiros, que imigraram para
o Brasil fugindo das dificuldades de uma Europa pós 1ª Guerra
Mundial.
Aos três anos, perdeu a mãe por problemas de saúde
decorrentes das privações sofridas durante a guerra,
e foi, desde então, criado pelo pai e por governantas.
Nessa época, já morava na Europa, onde residiu boa
parte de sua infância. Lá, foi alfabetizado e aprendeu
vários idiomas. Na volta ao Brasil, estudou no Colégio
Americano Mackenzie.
dos pioneiros em pesquisa e desenvolvimento de rótulos de produtos. Muito solícito e disposto a ajudar,
produtos anticorrosão para esse segmento. a simpatia sempre foi sua marca registrada.
A primeira empresa em que trabalhou no ramo foi Após a aposentadoria, começou a trabalhar com
a Willys Overland, fabricante do Jeep. Nessa época, tradução de textos técnicos do inglês e alemão para
morava na Granja Viana e ia todos os dias para São o português. Dava também consultoria para algumas
Bernardo do Campo pela Rodovia Raposo Tavares, empresas do ramo químico, principalmente na área de
ainda com pista simples. Nessa época, também não normas técnicas. Seu último trabalho foi como revisor
existiam a Avenida Bandeirantes, nem a marginal da revista Química e Derivados.
Pinheiros. Até hoje pensamos a viagem que era até lá! No final dessa jornada pela vida do meu pai só posso
Depois vieram a Mercedes Benz e a Ford. enfatizar o orgulho que eu e toda a família (minha mãe,
Aposentou-se em 1984, quando trabalhava numa com quem é casado há 56 anos, seus três filhos e três
empresa fabricante de materiais para fosfatização de netos) sentimos do homem e do profissional que ele
óleos. sempre foi e continua sendo.
Aproveite para programar a participação da sua empresa e dos seus colaboradores nos eventos da Associação em 2017:
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Os eventos poderão ser alterados. Confira a agenda da ABTS com todos os eventos programados no site:
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A RETOMADA DO
CRESCIMENTO ECONÔMICO
O
Brasil começou o ano de 2017 vão corrigir distorções que tolhem o em outros Países. A importância do
com o grande desafio de recons- bom funcionamento da economia. Novo Regime Fiscal e os motivos que
truir sua capacidade de crescer. O País como um todo, e os empre- embasaram sua aprovação só podem
Tudo indica que estamos no caminho sários em particular, sofrem com os ser entendidos se olharmos para o
certo para isso. A primeira tarefa, no custos adicionais na economia, com- comportamento das finanças públicas
curto prazo, é equilibrar as finanças postos pela soma do excesso de tribu- nos últimos anos. Entre 1997 e 2015,
públicas. Demos um importante passo tação, da burocracia para o pagamento as despesas do governo federal cres-
com a readequação do gasto público, o de impostos, do elevadíssimo custo ceram, em termos reais, 6,1% ao ano,
que está contemplado na chamada Lei de capital, da insegurança jurídica, do enquanto o PIB cresceu em média
do Teto, que limita o crescimento das custo e da ineficiência da infraestrutu- 2,6%. Ou seja, as despesas cresceram
despesas do governo. Ela precisa ser ra nacional, do câmbio volátil e sobre- numa velocidade mais de duas vezes
seguida pela reforma da Previdência e valorizado por longos períodos. Esse maior do que a economia nacional, que
por uma série de outras reformas, que conjunto de características negativas é é a própria base para arrecadação de
o que se apelidou de Custo Brasil. impostos. Essa situação é, obviamente,
Com a lição de casa feita no caso insustentável.
dos gastos, ficam criadas as bases Para fechar as contas, o governo
para no médio prazo combater o Custo quase sempre apelava para criação de
Brasil. Isso é essencial para aumentar impostos ou para aumento de alíquotas
a competitividade do País e permitir a dos tributos existentes. Esse foi o caso
recuperação de sua indústria. da CMPF e do PIS/Cofins, por exemplo.
Além disso, o processo de formaliza-
A primeira das grandes reformas, a
ção no mercado de trabalho e o boom
base do ajuste, é a Emenda Constitu-
de commodities também contribuíram
cional que estabelece o Novo Regime
para que a arrecadação do governo
Fiscal para a União. Seu mecanismo
crescesse.
básico é um teto global para as despe-
Quando a economia brasileira co-
sas da União, que a cada ano poderá
meçou a desacelerar, em 2014, ficou
gastar, no máximo, o que gastou no
evidente a insustentabilidade do cres-
ano anterior corrigido pela inflação do
cimento das despesas. O resultado
mesmo período. Isso quer dizer que,
primário do governo federal, que nos
assim que a inflação se estabilizar, as
anos anteriores esteve na faixa dos R$
despesas da União pararão de cres-
70 bilhões positivos, se transformou
cer em termos reais. Essa regra terá
num déficit de R$ 170,5 bilhões. A dí-
vigência máxima de 20 anos e poderá
vida bruta, que equivalia a 53% do PIB
ser revista em 10 anos, por meio de lei
no início de 2014, deve encerrar 2016
ordinária, ou seja, sem nova alteração perto de 74% do PIB.
Não há mágica para se mudar este da Constituição. O ajuste fiscal é absolutamente
quadro: é preciso definir como queremos Inédita na história das finanças necessário, mas a sociedade brasileira
nos posicionar frente aos outros países e públicas brasileiras, a regra que limita não admite que seja realizado, de novo,
o crescimento de gastos é realidade pelo aumento de impostos. Se não for
desenvolver e implementar os próximos
passos de forma conjunta, disciplinada corrigida a trajetória das despesas pú-
SE NÃO FOR CORRIGIDA A TRAJETÓRIA DAS DESPESAS blicas, dificilmente poderemos pensar
e sistemática.
PÚBLICAS, DIFICILMENTE PODEREMOS PENSAR EM em crescimento econômico nos pró-
ximos anos, já que a incerteza sobre a
CRESCIMENTO ECONÔMICO NOS PRÓXIMOS ANOS, JÁ QUE
viabilidade fiscal do Estado brasileiro
A INCERTEZA SOBRE A VIABILIDADE FISCAL DO ESTADO continuará afastando investimentos.
BRASILEIRO CONTINUARÁ AFASTANDO INVESTIMENTOS. E a indústria brasileira precisa de
confiança na economia para investir,
Paulo Skaf crescer, gerar empregos e contribuir
Presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e do Centro das
Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp)
positivamente com o crescimento do
Brasil.
D
esengraxantes são soluções REMOVEDORES DE PASTAS/
de limpeza de, basicamente, CERAS DE POLIMENTO
três tipos: Formulados para amolecer,
emulsionar ou saponificar*** es-
EMULSIFICANTES – tearatos e outos compostos que
categoria que se divide em compõem estes materiais utiliza-
dois tipos: dos em linhas de processos deco-
1. Altamente emulsificantes***: rativos. Normalmente, utilizam alta
Normalmente apresentam mé- temperatura e baixa alcalinidade,
dia alcalinidade. Contêm alto indicado para Zinco, Latão, ZDC e
teor de surfactantes mais com- Alumínio.
plexos e, por vezes, de maior *** Saponificação – Reação química entre
custo. Longa vida útil, menor um sal alcalino (NaOH, KOH, Na2CO3, etc.)
P
or décadas, revestidores têm fornecido com O que significa o coeficiente de fricção?
sucesso porcas e parafusos zincados eletroli- Muitas vezes uma conexão aparafusada é usada
ticamente com cromatizantes amarelo. Pré-tra- para unir com segurança duas partes. O ponto-chave
tamentos para influenciar o coeficiente de fricção µ é a quantidade de força que pressiona as peças em
(lubrificantes) eram aplicados pelo usuário final ime- conjunto. A força de aperto não deve exceder uma
certa quantidade para não danificar o parafuso nem
diatamente antes da montagem.
as partes conectadas. No entanto, a força de aperto
Nos últimos anos, as tecnologias de revestimento
não deve descer abaixo de certo valor uma vez que
e de montagem têm sofrido muitos avanços técnicos.
as partes seriam ainda móveis umas contra as outras.
Estações automáticas de aperto e velocidade de mon-
Esta força não pode ser medida diretamente durante a
tagem mais rápidas melhoraram o tempo de montagem montagem, mas o torque usado para apertar o parafuso
das linhas. sim. O coeficiente de atrito (cof) μtotal é a ligação entre
No início do século, a Comunidade Comum Europeia a força de aperto (Fc) e o torque de montagem (TA) e
se comprometeu em banir produtos contendo Cr(VI) é determinado para parafusos métricos de acordo com
do uso na indústria automobilística. O principal inte- a seguinte equação:
resse em desenvolver novos sistemas base Cr(III) foi
a proteção à corrosão e aspecto visual que levaram ao
aumento do uso de sistemas selantes. Os resultados
desta mudança foram grandes dificuldades durante a
montagem, especialmente de parafusos revestidos com
as novas superfícies. As partes conectadas também P, d2, DKM: constantes específicas para os respectivos
foram afetadas. Com estes resultados veio a constata- parafusos
ção de que o coeficiente de atrito deve ser reconhecido
como critério para superfícies galvanizadas e sempre Se o coeficiente de atrito e o torque são conhecidos,
levado em consideração. a força de aperto pode ser calculada.
Especificações da indústria
automobilística
O torque é o único parâmetro
controlável para um conjunto de pa-
rafusos e, portanto, o único a manter
uma verificação e, finalmente, para
ajustar.
A fim de obter uma força de
aperto constante com um torque
constante aplicado, o coeficiente de
atrito deve também permanecer o
mesmo. Esta é a razão pela qual,
especialmente a indústria automo-
tiva, com seus muitos processos de
montagem automatizada, tinha esta-
belecido muito cedo os limites para
o coeficiente de atrito. Duas faixas Figura 1: coeficiente de atrito total médio de diferentes cromatizantes em Zn alcalino e ácido
foram estabelecidas no mercado eu- Zn, em parte revestido com um lubrificante adicional
ropeu, a faixa VDA com coeficientes
de atrito de μtot = 0.08 - 0.14 e a de montagem mais elevados para Adicionalmente, as passivações
faixa francesa de μtot = 0.12 - 0.18. obter forças de fixação semelhan- não apresentam o efeito de autocura
Para o mercado americano, a faixa tes em comparação com as gamas como fazem os cromatizantes. Para
de μtot = 0,10 – 0,16 é predominan- inferiores de valores da indústria obter resultados comparáveis para
te. Antes de banir os produtos com proteção contra a corrosão, é prática
automobilística.
Cr(VI), esta faixa era mantida usando comum utilizar um selante adicional.
lubrificantes apropriados nos para- A proibição de cromatizantes O resultado do coeficiente de
fusos cromatizados. Requisitos para com Cr (VI) atrito do sistema completo do re-
definir coeficientes de atrito fora
Inicialmente, o foco da mudan- vestimento é considerável e levou
da indústria automotiva seguiram o
ça dos cromatizantes com Cr (VI) algum tempo para ser reconhecido
exemplo.
para passivações de Cr (III) estava e adaptado.
Alternativamente, o coeficiente
na proteção contra corrosão, bem As passivações com Cr (III) mos-
de atrito resultante de uma super-
como nos aspectos visuais. Mas, tram uma maior dispersão para o
fície existente foi aceito e traba-
lhado, independentemente do seu mesmo uma simples comparação coeficiente de atrito. A gama de va-
valor “verdadeiro”. Esta propriedade da espessura dos pós-tratamentos lores foi significativamente alargada
de um acabamento galvanizado foi mostra que não só a proteção contra de μtot = 0,21 - 0,28 para μtot = 0,18-
aceita como foi recebida e não espe- a corrosão é afetada (Tabela 1). 0,38 (Figura 2).
cificada com valores exatos
Ocorreu que os revestimentos de Tabela 1: Propriedades selecionadas de pós-tratamentos para
zinco cromatizados – o tratamento camada de zinco eletrodepositado.
de superfície principal antes da proi-
Pós-tratamentos Visual Espessura Proteção à corrosão
bição de Cr (VI) 2007 na indústria de camada até corrosão
automotiva – resultam em um inter- branca (ISO 9227)
valo de valor para o coeficiente de Cromatização amarela amarelada ~ 250nm ~ 144h – 192h
atrito em uma margem similar, mas Cromatização oliva oliva 400 – 600 nm ~ 380h – 480h
com valores mais altos: o coeficiente
Cromatização negra negra 300 – 400 nm ~ 24h – 48h
dessas superfícies varia entre 0,21 a
Passivação azul azulada 80 – 100 nm ~ 48h – 96h
0,28 (Figura 1).
Passivação alta camada iridescente 200 – 400 nm ~ 192h – 360h
Assim, uma montagem segura
Passivação negra negra 200 – 400 nm ~ 24h – 72h
poderia ser obtida utilizando torques
Tabela 3: cof dos parafusos, com zinco alcalino eletrodepositado ser comparadas com um parafuso
+ passivação de camada fina + alguns selantes fictício. Somente poucas combina-
Passivação selante Ø µTotal ções de revestimento deveriam ser
isento 0,18
testadas no próximo passo, no pro-
HESSOTOP HotStar SP 19 0,215
cesso real de montagem, para en-
contrar a melhor solução.
Passivação camada fina HESSOTOP HotStar SP 25 0,262
Com os novos e inovadores se-
HESSOTOP HotStar SP 30 0,287
lantes da série de produtos HES-
SOTOP HotStar, agora é possível
atender não só as bem conhecidas
faixas de valor para coeficientes
de atrito na indústria automotiva,
mas também faixas de coeficiente
de atrito significativamente maiores
para aplicações alternativas.
Christine Rohr
OEM Manager da Dr.Hesse,Bielefeld,
Alemanha.
Figura 5: Coeficiente de atrito dos parafusos selados (selante HESSOTOP HotStar SP 30 para
alcançar alta temperatura, selante HESSOTOP HotStar DE para cof de acordo com a faixa
VDA) combinado com porcas revestidas de forma diferente. Azul: sem revestimento (padrão
para ISO 16047); Vermelho: zincado + passivado; Verde: zincado + passivado + selado com
HESSOTOP HotStar SP 30)
obtidos no revestimento convencional com cromo e são 5. QUAL PROTEÇÃO CONTRA CORROSÃO É
inferiores a 0,1 g / m . Por esta razão, a definição de
2 A MAIS VIÁVEL?
Uma vez que o comportamento de proteção contra
camadas convencionais utilizando pesagem diferencial
a corrosão de um sistema depende sempre de um grau
não é suficientemente precisa e métodos de medição significativo da qualidade do metal de base, os valores
alternativos (fotométricos) foram desenvolvidos desde aqui especificados referem-se a superfícies que foram
então. sujeitas a um pré-tratamento ótimo.
Superfícies de alumínio
Superfícies de aço
. Ácidos em geral
. Matérias-primas básicas
Mesmo após o décimo ano de exposição, ambos
. Processos galvânicos
os sistemas não apresentaram sinais significativos de
corrosão (figura-chave para a corrosão filiforme neste . Fosfatos para pintura eletrostática
caso: F <0,1). O valor nominal para a classe de apro- . Fosfatos para trefilação e deformação
vação 4 é F ≤ 0,4 segundo GSB QR AL 631 para um . Sais para tratamento térmico
período de exposição de 36 meses.
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• MATÉRIA TÉCNICA •
V
isando testar de forma rápida, mas com uma de superfícies.
melhor reprodutibilidade o comportamento Com o avanço da era industrial, a qualidade dos
dos revestimentos perante as intempéries produtos e sua aparência tornaram-se fatores impor-
encontradas nos mais variados ambientes, foram cria- tantíssimos para a preferência e o desenvolvimento
dos os ensaios cíclicos que procuram suprir algumas dos mais variados setores. Assim, com o tempo, sur-
das deficiências encontradas nos ensaios contínuos. giram diversos institutos científicos voltados ao de-
Discursaremos algumas diferenças encontradas entre senvolvimento e validação dos mais variados tipos de
estes dois tipos de testes tão empregados nos dias de revestimentos. Métodos de ensaio para verificação da
hoje no setor de qualidade e tratamento de superfícies. qualidade e durabilidade foram criados. Era importante
prever antecipadamente a durabilidade e performance
2. HISTÓRICO de uma tinta na vida real.
É conhecido que por volta de 8000 a 5000 A.C. os
egípcios criaram os primeiros pigmentos de coloração
variada, destinados a gravar sua história e costumes
nas paredes de seus majestosos monumentos. Esses
pigmentos eram produzidos a partir de plantas, mine-
rais e até mesmo animais. A rainha Cleópatra utilizava
uma tintura púrpura que era produzida a partir de um
molusco para ser empregada em suas vestimentas e
até nas velas de seu navio.
O clima seco e árido do Egito ajudou de certa forma
os hieróglifos durarem até os dias de hoje. Assim, por
muitos séculos a tinta foi empregada por seu caráter
estético. Somente quando começamos a empregar pig- Figura 1: Casa Rosada, sede da presidência da Republica Argentina.
mentos na Europa ou Américas, onde o clima é mais Sua coloração original foi com tonalidade “rosada” feita a partir do
severo, notou-se a importância do distinto caráter de sangue de cavalos. Século XIX.
4. VANTAGENS E DESVANTAGENS:
Uma das principais vantagens do ensaio de Névoa
Salina contínuo está em ser um procedimento normali-
zado, cujas condições de ensaio são conhecidas e acei- Figura 3: Desenho esquemático, design de câmara para Simulação
tas mundialmente, o que permite uma comparação de Solar por Lâmpada Xênon.
Teste Cíclico - General Motors GMW14872 Tabela 6: Descrição breve das condições para
Como exemplo, vejamos um dos ensaios de corro- realização do ciclo de ensaio conforme FIAT
são requisitados pela General Motors. 50493 (Scab in Door).
O popular “Scab in Door” é um dos testes cíclicos 10. EXECUÇÃO DOS ENSAIOS
Procedimentos de ensaio podem ser manuais, em
usados na validação de revestimentos, requisitado a
que o operador utiliza diversos aparelhos e realiza em
fornecedores que desejem vender produtos para a Fiat.
tempos determinados a transferência dos corpos de
É um teste mais simples e possui ciclo de uma hora, to-
prova entre as diferentes condições; ou automático, em
davia é uma boa ferramenta para aqueles que desejam que um mesmo equipamento é programado para auto-
visualizar como a peça se comporta quando tem seu maticamente variar as condições internas.
substrato exposto, fato que é muito rotineiro já que é A vantagem de automatizar o processo está em
difícil imaginar um objeto que não sofra arranhões de reduzir o trabalho do operador (e os custos) e evitar
vez em quando. diferenças no resultado do ensaio devido ao modo de
Vejamos um caso interessante em que dois mate- efetuar as transferências entre os aparelhos.
riais diferentes são cobertos por um mesmo reves-
Câmaras para ensaios cíclicos de corrosão
timento e submetidos a um período igual de ensaio
acelerada
conforme Fiat Método 50493.
À primeira vista, ensaios cíclicos são normalmente
A princípio, é difícil dizer se teremos uma proteção
mais caros do que ensaios contínuos por exigir equipa-
semelhante para os dois materiais, ou ainda, se a tin- mento de teste desempenhe funções mais sofisticadas.
ta pode ser usada em ambos os corpos sem que sua Contudo, ensaios cíclicos podem prover resultados
qualidade estética seja comprometida. Mas sujeitar as mais palpáveis e com isso possibilitar a análise mais
amostras ao teste nos traz visões bem claras sobre precisa do produto. Isso nos poupa tempo e dinheiro,
qual material nos oferece resultados menos impactan- pois nos conduz para mais próximo do comportamento
tes em determinado processo. que a amostra teria.
Os equipamentos utilizados para ensaios de cor-
rosão cíclicos são câmaras capazes de permitir a
programação e operação de forma automática das
principais fases solicitadas nas normas: Névoa Salina
(Salt Spray), umidade saturada, secagem e repouso.
Figura 9: Destaque do comportamento de corte realizado sobre
Podem ser complementadas com fases de: jateamento,
revestimento. Estado após 120 horas de ensaio “Scab in Door” ,
umidade controlada, “water fog”, baixas temperaturas,
material B.
injeção de SO2 ou CO2, imersão, etc.
O tempo de transição entre os ambientes indicados
8. OUTRAS NORMAS AUTOMOTIVAS pelo ensaio, tanto para procedimentos manuais ou
ENSAIOS CORROSÃO CÍCLICOS: automáticos, pode ser um fator que cause divergên-
Também são conhecidamente utilizadas: cia nos resultados. Um sistema automático possui a
vantagem de padronizar com exatidão os tempos de
Ford CETP 00.00-L-467 Nissan CCT-I – NES M0158
transição. Muitas normas não especificam este tempo
Renault D17 2028 (ECC1) Toyota TSH 1555G de transição sendo que, o que pode ser aceitável para
Volvo STD 1027,1375 Volvo STD 423-0014 ensaios cíclicos com longos períodos (de dias), pode
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• MEIO AMBIENTE E ENERGIA •
EMISSÕES INDUSTRIAIS DE
POLUENTES GASOSOS – A RAZÃO PARA A
INOVAÇÃO EM NOSSAS INDÚSTRIAS
Renato Vergnhanini Filho e Gerhard Ett
T
oda a indústria produtiva, como a automotiva, responsável por uma importante porcentagem do PIB
química, metalúrgica, eletroeletrônica e de brasileiro, o setor automotivo e industrial em geral.
vários outros setores, possuem um grande Estas emissões, devido às legislações ambientais e ne-
desafio: desenvolver processos mais limpos, de menor cessidade de um aumento da eficiência, são responsá-
custo e mais eficientes. veis pela transformação de ambos os setores, a entrada
Com o início da nova era industrial, a 4a revolução de veículos híbridos no mercado e novos processos
industrial (a indústria 4.0), também denominada Manu- industriais.
fatura Avançada, muitos estudos preveem um grande São consideradas poluentes atmosféricos aquelas
aumento da competividade das empresas. Todas as substâncias adicionadas ao ar em quantidade suficiente
grandes empresas estão se preparando para isso; as para produzir efeito mensurável na fauna, flora ou em
micro e pequenas também devem se preparar, e es- materiais em geral. Os poluentes podem estar na forma
tarem atentas a oportunidades que hoje já existem. de partículas sólidas, de gotas ou de gases e podem ser
Diante deste desafio e esta oportunidade, conhecer classificados em dois grupos:
nossos clientes, o que fazem, suas dificuldades e seus • aqueles emitidos diretamente por uma fonte identi-
desafios, é o primeiro passo para podermos oferecer ficável - “poluentes primários”
uma boa prestação de serviço, independente da área. • aqueles produzidos no ar por interação entre duas
A área ambiental, independente de legislações am- ou mais substâncias, sejam elas poluentes ou não -
bientais vigentes, deve ser uma das principais áreas “poluentes secundários”.
de uma empresa – faz parte da sustentabilidade, pois A poluição atmosférica é a principal preocupação
o consumidor já a vê como um diferencial no mercado. ambiental relacionada à queima de combustíveis, de-
No ramo de tratamento de superfície, sempre fomos vido à emissão de efluentes gasosos, embora outras
e estamos muito atentos às emissões sólidas e líqui- formas de poluição possam também estar presentes.
das. Entretanto, neste artigo, procuramos demonstrar Nos gases efluentes de processos industriais de com-
as emissões gasosas de duas áreas muito importantes bustão, encontram-se vários constituintes poluentes,
sendo os óxidos de nitrogênio (NO e NO2 - NOx), o e sulfúrico, respectivamente, que são os principais
material particulado (MP) e os compostos de enxofre componentes da chuva ácida. Além disso, o NOx par-
(SOx) os mais preocupantes. ticipa de complexas reações fotoquímicas que levam à
Outros poluentes como o monóxido de carbono formação do chamado smog (smoke + fog) - atmosfera
(CO) e os compostos orgânicos voláteis (VOC) são negro-amarronzada constituída de substâncias de forte
constituintes que, em equipamentos operando em con- ação oxidante, como o ozônio (O3), por exemplo. Na
dições normais, são emitidos a taxas muito pequenas, estratosfera, o NOx é um dos gases responsáveis pelo
não causando qualquer dano ambiental. Outros, ainda, ataque à camada de ozônio.
como alcatrões, acroleína, dioxinas e furanos, compos-
2. LEGISLAÇÃO
tos reduzidos de enxofre (TRS - total reduced sulphur),
Os poluentes atmosféricos têm sua emissão pela
metais pesados etc, são menos comuns, sendo especí-
indústria regulamentada na grande maioria dos países.
ficos de determinados processos ou combustíveis. Há,
Os Estados Unidos, por exemplo, têm uma legislação
também, o dióxido de carbono (CO2), cuja abordagem bastante completa e abrangente.
como “poluente” é recente e ainda controversa. A legislação brasileira é mais recente e não engloba
O NOx, o MP e o SOx são poluentes primários. A a totalidade dos combustíveis e processos. As fontes
principal ação no homem consiste no ataque às vias fixas de combustão que entraram em operação a partir
respiratórias. Já o MP, em particular o denominado de 02.01.2007 devem obedecer a resolução CONAMA
“inalável” (diâmetro inferior a 10 micra), aloja-se nas no 382 enquanto que para as “antigas” (anteriores a
partes internas do sistema respiratório provocando 02.01.2007) vale a CONAMA no 436. Por exemplo, para
lesões bastante graves. um equipamento industrial novo e no qual não há conta-
O NOx e o SOx são, também, poluentes secundários, to direto dos produtos da combustão com o material ou
pois ambos na atmosfera dão origem aos ácidos nítrico produto processado (caldeiras e fornos petroquímicos,
• MEIO AMBIENTE E ENERGIA •
* Obtida pela multiplicação da quantidade de combustível queimado por unidade de tempo (vazão) pelo poder calorífico inferior (PCI) do com-
bustível.
** Valores em mg/Nm3, base seca, referidos a: 3,0 % de O2 para óleo combustível e gás natural; 8,0 % de O2 para bagaço de cana-de-açúcar
e derivados de madeira.
por exemplo) são fixados limites máximos emissão via três mecanismos: térmico (thermal), combustível
(padrões de emissão) em função do seu porte e do (fuel) e imediato (prompt). O NO formado através des-
combustível utilizado (Tabela 1). ses mecanismos é genericamente denominado: “NOx
No Brasil, há estados que impõem padrões de emis- térmico”, “NOx combustível” e “NOx imediato”. A for-
são mais restritivos, considerando a localização da mação desse último é, em geral, pouco significativa.
fonte ou a qualidade do ar no seu entorno. Outros pre- O NOx térmico se forma no processo de combustão
ferem não estabelecer padrões estaduais, mas exigem pela reação do nitrogênio do ar com oxigênio e pode
que seja implantada a “melhor tecnologia de controle
ser reduzida, basicamente, por: (1) redução dos teores
disponível” (BACT - Best Available Control Technology).
de oxigênio ou nitrogênio nas regiões da câmara de
combustão de alta temperatura, ou redução do tempo
3. TÉCNICAS DE CONTROLE DAS EMISSÕES
de residência desses elementos nessas regiões e (2)
DE POLUENTES
redução das temperaturas na câmara de combustão.
As técnicas para controle das emissões em pro-
cessos de combustão industrial se dividem, basica- Isso pode ser feito de várias formas, que vão desde
mente, em dois grupos: as aplicadas ao processo de alterações nas variáveis operacionais do processo de
combustão e as aplicadas aos gases de combustão. As combustão, como redução do excesso de ar, redução da
primeiras, em geral, são mais atraentes do ponto de potência de operação, recirculação externa dos gases
vista econômico. de combustão etc, até modificações substanciais no
processo, como estagiamento no fornecimento de ar
3.1 Óxidos de nitrogênio (uso de queimadores de baixa emissão de NOx - low
Os óxidos de nitrogênio formados durante proces- NOx burners) ou combustível (emprego da técnica de
sos convencionais de combustão são o NO e, em escala requeima - reburning).
bem menor, o NO2. Em processos muito particulares Entre as tecnologias de abatimento aplicadas aos
outros óxidos podem estar presentes como, por exem- gases de combustão, a mais comum é a denitrificação,
plo, o N2O, formado na combustão em leito fluidizado. catalítica (SCR - selective catalytic reduction) ou não
O óxido nítrico (NO) pode se formar na combustão catalítica (SNCR - selective noncatalytic reduction).
Entre as tecnologias de abatimento aplicadas aos superiores a 2000 km de São Paulo, quando a instru-
gases de combustão, as mais comuns são as em via mentação segue por via aérea e o cliente providencia
úmida (FGD - flue gas desulfurization) utilizando soda, local para a instalação e operação dos instrumentos.
amônia ou cálcio (cal ou calcário). Na Figura 2, fotos da equipe do LET em trabalhos de
campo.
4. EQUIPAMENTOS PARA MONITORAR E
O LET vem realizando, também, trabalhos de P&D
CONTROLAR
envolvendo combustíveis e suas emissões. Para tanto,
A medição da emissão de poluentes atmosféricos
dispõe de complexa infraestrutura laboratorial, incluin-
em equipamentos industriais de combustão, como
do vários equipamentos de combustão em escala semi-
fornos e caldeiras, acompanhada da interpretação dos
-industrial (Figura 3).
resultados e proposição de medidas mitigadoras é um
trabalho que vem sendo realizado pelo Laboratório de REFERÊNCIAS:
Engenharia Térmica (LET) do IPT há vários anos. No • Carvalho, João e Lacava, Pedro. Emissões em processo de
trabalho é empregada unidade móvel (Figura 1), es- combustão – ed. UNIESP
pecialmente concebida para a instalação, operação e • CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE -
transporte de instrumentos. CONAMA no 382
A unidade móvel é equipada com analisadores • CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE -
contínuos e descontínuos de gases, sistemas de coleta CONAMA no 436
(sondas refrigeradas, bomba de sucção) e condicio- • Manufatura Avançada - http://www.mdic.gov.br/inovacao-
namento de amostra (filtros, condensadores), de cali- in/fomento-a-inovacao/manufatura-avancada
bração de instrumentos (gases padrão, rotâmetros) e
de visualização e aquisição de dados (monitor de 32”, Renato Vergnhanini Filho
registrador). Pesquisador do Laboratório de Engenharia Térmica do Instituto de
Adicionalmente, o veículo tipo furgão é equipado Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo (IPT). Líder do
Laboratório de Combustão Industrial.
com instrumentos de medição das propriedades (vazão,
vergnhan@ipt.br
temperatura, pressão) dos principais fluxos de entrada
e saída de processos de combustão, permitindo a rea-
Gerhard Ett
lização de diagnósticos de conservação de energia, a
Chefe do Laboratório de Engenharia Térmica (LET) – Combustão
identificação de problemas operacionais, a avaliação de
Industrial, Motores e Energia, do Instituto de Pesquisas
equipamentos periféricos etc. Tecnológicas do Estado de São Paulo (IPT) e Professor no Centro
Os trabalhos têm sido realizados em indústrias de Universitário FEI
todo o país, inclusive algumas situadas a distâncias gett@ipt.br
b8comercial@b8comunicacao.com.br
www.b8comunicacao.com.br
11 3641.0072 | 11 3835.9417
• ESPECIAL •
PERSPECTIVAS
POSITIVAS
Apesar das companhias do segmento não terem atingido alto faturamento durante
2016, mantêm uma visão positiva sobre o mercado de processos, produtos e
equipamentos para galvanoplastia e pintura para 2017. Na busca por atingir
seus objetivos, estão focadas em melhorias internas e em atender as tendências
demandadas pelos clientes.
C
onhecer as tendências do
mercado e as demandas dos
clientes viraram importantes
ferramentas para as companhias que
atuam com processos, produtos e
equipamentos para galvanoplastia e
pintura. Com grandes dificuldades a
serem enfrentadas, e após um ano
sem crescimento, as companhias
focam em tendências para vencer o
obstáculo da queda dos negócios e
voltar a crescer.
De acordo com Leonel Xavier,
consultor de vendas técnicas da Ar-
protec, as tendências em processos,
equipamentos e produtos para o
mercado da pintura em 2017 estão
voltadas para a pintura eletrostática
a pó, por ter grande demanda em
função da qualidade e rapidez dos
processos. Além disso, uma nova
demanda se ressalta no mercado:
o uso do plástico industrial, como o
polipropileno em cabines de pintura
para tinta eletrostática a pó. A ten-
dência, que ainda está em estudo e
em fase de implantação em alguns
clientes, é importante devido à gran-
de vantagem de durabilidade, não
corrosão e a facilidade de limpeza e
acumulo de pó na cabine.
No mesmo sentido, segue Rodri-
Arprotec go da Silva Aponi, diretor comercial
competitivos e menos impacto ao meio ambiente”, afir- Para Coelho, da Eisenmann do Brasil, o setor au-
mam. Hoje, as maiores demandas em processos são tomotivo demanda muitos projetos em pintura em
os eletrolíticos (zinco, zinco níquel, zinco ferro) e os função dos constantes lançamentos de novos produtos
organometálicos. e pelas modernizações obrigatórias devido à obsoles-
cência das instalações. “Vemos claramente um início
AS ESTRELAS DE 2016 de demanda por projetos vindos da Argentina como
A grande estrela do segmento no último ano foi o consequência da mudança de governo, que melhorou
setor automotivo. De acordo com Xavier, da Arprotec, o ambiente de negócios, e da idade muito avançada do
este foi o setor que mais demandou processos da parque industrial local”, afirma.
empresa em 2016, mesmo apresentando ligeira queda O setor automotivo, mesmo com suas atividades em
para o faturamento. Além dele, o aeronáutico também baixa, sempre mantém uma demanda interessante, na
foi grande cliente. Para o executivo, os dois segmentos visão de Silva, da Cromauto. “Porém, o setor de metais
devem apresentar resultados melhores em 2017. sanitários foi o que mais demandou em 2016, e também
Mesmo em um mercado retraído, a indústria auto- há uma expectativa que demandará mais processos da
motiva foi a que mais demandou os produtos da Falca- empresa em 2017”, indica.
re, e a previsão é que o cenário permaneça em 2017, A Ecotecno espera manter em 2017 o atendimento
segundo Nivaldo, CEO da companhia. para os setores petrolífero e aeroespacial, importantes
para a companhia em 2016. As perspectivas também
estão voltadas para os segmentos de máquinas motori-
Cromauto
zadas e linha branca.
DIFICULDADES
“Sabemos que um mercado restritivo leva os em-
presários a fazerem melhor uso de sua criatividade,
focando seus investimentos no que é essencial, como
na aquisição de itens indispensáveis à produção e redu-
ção de custos fixos para driblar a crise”, analisa Diego
Faquinelli, diretor comercial da Quiravelli. “Existem,
hoje, inúmeras previsões econômicas para 2017. As
Arprotec Ecotecno
mais otimistas apontam para uma pequena retomada de endividamento e, consequentemente, a redução do seu
crescimento para a indústria e comércio apenas a par- quadro de funcionários.
tir do segundo semestre de 2017. Não bastasse a crise, “Nossa maior dificuldade está na queda das vendas
outros fatores a agravam e dificultam a normalização de veículos, já que nosso foco é a indústria automotiva.
de nosso sistema econômico, face à altíssima carga Apesar da intensa crise mercadológica, o ano de 2016
tributária imposta pelo governo e o elevado grau de en- foi de inúmeros aprendizados, nos dedicamos a criar
dividamento das empresas”. Para Faquinelli, enquanto alternativas e soluções para problemas existentes”,
o governo acena com a reforma da Previdência Social explica José Irineu Fortunato, diretor geral da Coating.
e dá os primeiros passos para uma série de mudanças Obviamente, a indústria brasileira passa por uma
na lei trabalhista, a tornando mais flexível e menos crise sem precedentes, afirma Fortes, da Carlisle Fluid
onerosa para as empresas, peca por não estruturar e Technologies do Brasil. No entanto, ainda este ano deve
projetar uma renegociação de débitos tributários com haver uma recuperação e os processos de pintura de-
a União e Estados, o que lhes impede a obtenção de vem passar por uma modificação, reduzindo ao máximo
recursos geridos de financiamentos, licenças, impos- a mão de obra e com investimentos em automação e
tos e, em algumas situações, levam as empresas ao controle.
SENAI
SENAI Ecotecno
O Instituto SENAI de Inovação em Engenharia de Super- douração, paládio, ródio, cobreação, estanhagem, prateação e
fícies atua na inovação em produtos e processos, buscando anodização decorativa.
o aumento do desempenho, durabilidade, confiabilidade e A área de tecnologia de plasma/tribologia possui uma
qualidade de componentes e sistemas. Os especialistas do planta piloto com diferentes equipamentos em escala semi-
Instituto trabalham em parceria com a indústria para encon- -industrial para processos baseados em tecnologias a plas-
trar soluções em revestimentos e processos, levando em ma, dentre os quais estão o Magnetron Sputtering, HIPIMS,
consideração a eficiência e viabilidade técnica/econômica. A Arco Catódico, Nitretação e PECVD. Estes são processos para
equipe de técnicos e pesquisadores do Instituto realiza traba- a fabricação e deposição de revestimentos superficiais em
lhos em conjunto com instituições alemãs, como o Instituto ambiente de vácuo, garantindo alta pureza e qualidade dos
Leibniz e o Instituto Fraunhofer, o maior centro de pesquisa materiais produzidos. Equipado com sistemas de deposição
aplicada da Europa. nacionais e importados, o Instituto contou com o apoio da
O Instituto divide-se em duas principais áreas em tra- Labrits Química para a aquisição e instalação de equipamen-
tamento de superfícies: Química Molhada e Tecnologia de tos Hauzer.
Plasma/Tribologia, e sua infraestrutura é composta por doze
A ampla possibilidade de usos de tecnologias permite a
laboratórios, com equipamentos de escala piloto.
investigação e desenvolvimento de novos materiais e proces-
A área de Química Molhada desenvolve e otimiza pro-
sos nas mais variadas áreas de aplicação, como revestimen-
cessos químicos e eletroquímicos para obter revestimentos
tos decorativos, revestimentos anticorrosão e antioxidação
em substratos metálicos, poliméricos e de vidro. Com isso, é
em altas temperaturas utilizados no setor aeroespacial,
possível ter superfícies com diferentes características, como
metalização de materiais poliméricos, revestimentos super-
anticorrosivas, autorregenerativas, resistentes ao desgaste,
-hidrofóbicos, entre outros.
decorativas, autolimpantes, anti-incrustantes, biocompatíveis
Também com o foco em Tribologia, que pesquisa os efei-
e magnéticas.
tos de atrito, desgaste e lubrificação dos materiais, a área
O Instituto trabalha em escala laboratório e semi-piloto,
de tecnologia desenvolve soluções em revestimentos com
contando também com um laboratório de caracterização
eletroquímica e um de intemperismo equipado com câmaras elevada dureza e baixo coeficiente de atrito com o objetivo de
da Bass Equipamentos, além de uma linha piloto semi-indus- aumentar a vida útil de produtos como, rolamentos, anéis de
trial de galvanoplastia, fornecida pela Daibase Comércio e pistão, válvulas, ferramentas de corte e moldagem, próteses
Indústria. e implantes. A área também dispõe de um laboratório que
A linha piloto de galvanoplastia possui tanques que podem auxilia no desenvolvimento de novos produtos a partir da si-
ser adaptados para uso em diversos tipos de banhos, sendo mulação das condições de operação de materiais em contato,
ideal para diferentes desenvolvimentos de pesquisas, rea- permitindo o levantamento de parâmetros como coeficiente
lizando tratamentos como zincagem, cromação, niquelação, de atrito e taxa de desgaste.
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E MISTURA TÉCNICO
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Profissional com mais de 40 anos de experiência em de tratamentos de superfície busca
oportunidade para ministrar treinamentos e palestras, além de realizar consultoria na área
de galvanoplastia em todo Brasil.
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• NOTÍCIAS EMPRESARIAIS •
P
are e pense: quem são os só é possível com a proximidade dos rados. Implante uma cultura que
líderes que mais lhe têm ins- líderes com seus liderados. Entretanto, privilegie um feedback mais fre-
pirado, seja no campo pessoal, na maioria das vezes se percebe que quente e genuíno possível. Mostre
político ou profissional? Você deve o líder está distante e pouco conhece que você se importa com eles.
ter encontrado bastante dificulda- os sonhos, as aspirações e os dese- 3) Crie metas SMART: que sejam,
de neste exercício, não é mesmo? jos dos colaboradores. Muitos, ainda, de fato, específicas, mensuráveis,
Especialmente na área profissional, preferem liderar ao modo de pressão atingíveis e relevantes no tempo
nunca estivemos tão carentes de extrema e com pouco contato. estabelecido. Um exemplo prático:
pessoas inspiradoras, que se preo- Disso tudo, deriva, entre outros ao invés de colocar pressão ex-
cupam em construir bons resultados efeitos, os baixíssimos níveis de enga-
trema em cima do que precisa ser
da forma mais ética possível. jamento e motivação, que são percebi-
feito pelos vendedores de sua em-
E esta construção de resultados dos em organizações do mundo intei-
presa para atingirem suas metas,
passa pela valorização e entendi- ro. Nos Estados Unidos, por exemplo,
crie em conjunto com eles metas
mento pleno dos pontos fortes, ta- a conceituada consultoria Gallup esti-
que tenham estes cinco compo-
lentos e até mesmo os pontos de ma que apenas 1/3 dos profissionais
melhoria dos profissionais. E isso estejam realmente engajados em seus nentes: específicas, mensuráveis,
trabalhos. E a mesma pesquisa ainda atingíveis, relevantes e com tempo
aponta que a falta de motivação tem estabelecido.
um custo anual de aproximadamente 4) Fomente uma cultura de aprendi-
US$ 350 bilhões. Inacreditável, não é? zagem contínua: celebre os gran-
E para ajudar você, que é líder da des aprendizados, pois são eles
sua organização, a incrementar os os responsáveis pelo desempenho,
níveis de engajamento e motivação eficácia e produtividade de vendas
de seus profissionais, eu compartilho da sua empresa. Foque na educa-
cinco dicas espetaculares para fomen- ção de alta performance.
tar uma equipe que privilegie a criação 5) Foque no propósito e nos valo-
de um ambiente de automotivação. res: fuja do modelo tradicional de
Vamos lá: gestão de vendas apenas baseado
1) Dê maior autonomia aos seus pro- em métricas e indicadores de alta
fissionais: as pessoas valorizam performance. Tenha um alinha-
cada vez mais a autonomia. Com mento no propósito de existência
menor autonomia, menor é a mo- e dos valores da empresa e dos
tivação e o engajamento. Por outro seus profissionais. Isso faz com
lado, quanto mais empoderamento
que eles se sintam motivados e
para seus profissionais, maior o
que o trabalho tem um valor gran-
engajamento e motivação por parte
dioso, que vai além dos lucros.
deles.
Lembre-se que um dos maiores
2) Estabeleça um vínculo com seus
profissionais: isso só é possível motivos que levam as pessoas a
quando você conhece os valores, se desligarem de sua empresa é
sonhos e propósitos de seus lide- a sensação de falta de motivação,
“
que se explica, em muitos casos,
do distanciamento dos líderes.
BUSQUE COLOCAR ESTAS CINCO DICAS EM
Portanto, busque colocar estas
PRÁTICA: AUTONOMIA, MAIOR VÍNCULO COM OS
cinco dicas em prática: autonomia,
LIDERADOS, METAS SMART, CULTURA DE EDUCAÇÃO maior vínculo com os liderados, metas
E PROPÓSITO DE VALORES. ASSIM, VOCÊ VAI VER O SMART, cultura de educação e propó-
ENGAJAMENTO E A MOTIVAÇÃO DE SEUS PROFISSIONAIS sito de valores. Assim, você vai ver o
CRESCEREM DE FORMA EXPONENCIAL. engajamento e a motivação de seus
profissionais crescerem de forma ex-
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