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De facto sempre pensamos numa solução fora de nós e o que pretendo aqui falar é sobre a nossa saúde
interior que se revela na saúde integral do ser humano.
Esses três tesouros são a harmonia dos sentimentos, das emoções e das atitudes.
A doença não é mais do que uma desordem que começa na desarmonia (ódio, maledicência, maldade,
inveja, revolta, etc.) que se vai instalando no ser humano. Pelo contrário, se estivermos em harmonia a
desordem não conseguirá penetrar esse escudo. A harmonia é pois a melhor arma contra a doença. Se
estamos doentes, é porque há qualquer desordem em nós, seja com o que nos alimentamos, certos
pensamentos, certos sentimentos, certas atitudes, e isso reflecte-se na nossa saúde. Vide Programa
É muitíssimo importante que, em vez de nos concentrarmos sempre na doença, comecemos a estudar a
saúde e os factores dos quais ela resulta, não só a alimentação e respiração, mas também os pensamentos,
emoções e comportamentos.
A medicina do futuro deverá ter em consideração todas as necessidades do ser humano, incluindo as da Vide Programa do Curso
alma e do espírito, para poder proporcionar-lhe os elementos que lhe faltam. A alma e o espírito quando
estão preenchidos agem sobre o corpo.
O importante é o estado psíquico com que se recebem as coisas. Se não se estiver bem interiormente
AC TIV ID AD E S N . A. E M P O R T U G AL
pode-se engolir vitaminas durante todo o dia sem se conseguir reforçar o organismo. Sabe-se hoje que o
sistema imunitário é extremamente influenciado pelos estados psíquicos, nomeadamente o stress que faz
baixar a imunidade.
Lisboa
Devemos ter como objectivo não apenas compreender qual a doença para, depois, solucionar com algum
Porto
medicamento, mas também aproximarmo-nos o mais possível da desordem que a causou, no intuito de
Coimbra
recuperar a ligação harmónica com a vida que a doença deixou entrever. De acordo com uma certa
perspectiva, e que é bem verdadeira, “não somos nós que curamos as doenças, são elas que nos curam a Aveiro
nós”, restaurando a nossa participação na harmonia da vida. "Sem doença não seriamos curados, nem física Braga
nem psicologicamente".
Anuários
Resoluções da Assembleia Geral
Perguntas Frequentes
S IT E S N . A. E M P O R TU G AL
Porto
Coimbra
Aveiro
Estas 3 dimensões do ser humano, física, psíquica e mental/espiritual, devem viver plenamente em nós,
serem bem nutridas e ainda viverem harmonicamente, pois mesmo que sejam bem nutridas mas se não Braga
estiverem harmonizadas, isto é, com uns ideais que vão por um lado, um mundo emocional por outro e as
acções por outro, não vamos estar em harmonia, mas num conflito e tensão permanentes que nos vão
quebrando e produzindo na alma e no corpo várias enfermidades.
Para Abraham Maslow, tendo em conta que o Homem é uma unidade composta por partes diferentes, mas OUTROS CURSOS
inter-relacionadas com as suas necessidades específicas de realização, que devemos satisfazer para uma
plena auto-realização, a saúde, para Maslow, seria a dita auto-realização integral. E a enfermidade, um
déficit neste alcance.
Arte de Falar em Público
Maslow estabelece uma pirâmide de necessidades a satisfazer, que seriam desde a base até à cúspide:
Florais de Bach
C Í R C U L O L I M A D E F R E I TAS
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Para Maslow, as pessoas doentes são produto de uma cultura doente, que não permite a plena realização das
suas necessidades, o que produz desequilíbrios no interior da pessoa, gerando neuroses. Como somos mais
do que um corpo, necessitamos para termos saúde, mais do que vitaminas, desenvolvimento, conhecimento,
beleza... Saúde é o desenvolvimento humano em pleno. A doença, déficit ou desequilíbrio.
O quadro que se segue procura mostrar de uma forma sintetizada os propósitos, a vida e os equilíbrios e R E V IS TA AC R Ó P O L E
desequilíbrios dessas dimensões, o que permite que seja grafite opaco de estrutura frágil ou alquimicamente
se transformem num luminoso e resistente diamante.
N O V ID AD E S E D ITO R IAIS
TÍTULOS PUBLICADOS
Uma excelente forma de obtermos harmonia interior – saúde – é cultivando a nossa formação integral,
nomeadamente através de:
· Conhecer-se a si mesmo, para desenvolver todos os aspectos do seu ser e utilizar as suas potencialidades
ao máximo.
· Atrever-se a mudar, ter uma atitude positiva e activa perante os factos da vida.
A disciplina de vida ajuda-nos a harmonizar os diferentes aspectos e necessidades que nos compõem, assim
como a renovar-nos em todas as dimensões retirando-nos muito do cansaço que não surge da quantidade de
coisas que fazemos, mas do modo como o fazemos:
· Quando se tem um momento livre, em vez de se perder tempo, aproveitar-se para nos tranquilizarmos e
recuperarmos o equilíbrio. Quando retomamos as actividades estaremos com novas forças.
· Para que a energia não se esgote em nós é preciso aprender a trabalhar com os dois pólos: emissivo e
receptivo, agir e contemplar, acção e reflexão…
· Para que possamos ser generosos temos que cultivar igualmente a arte da economia, senão o que nos
restará para distribuir se desperdiçamos tudo? Ser económico é gastar cada coisa no seu tempo, no seu
lugar, tanto quanto necessário, e não mais. Desperdiçamos muito tempo e muita energia, como diziam os
filósofos estoicos “a vida não é curta nem longa, é como o dinheiro, pouco para quem o delapida e muito
para quem sabe administra-lo”.
· O maior segredo para se conseguir manter nas melhores condições é aprender a trabalhar sempre com
amor, pois é o amor que reforça, que vivifica, que ressuscita. Se trabalhamos com amor durante horas não
sentiremos fadiga, mas se trabalharmos apenas alguns minutos sem amor, em estado de cólera ou de
revolta, tudo em nós bloqueia e ficaremos de rastos.
Há valores, sentimentos e acções que nos vão debilitando, criando rupturas que se podem estender em
todas as dimensões e por onde entram várias formas de contaminação a nível mental, emocional ou físico, e
por outro lado os que nos podem robustecer criando verdadeiramente armaduras de protecção a todos os
agentes de contaminação.
Harmonia Desordem
Generosidade Avidez
Paciência Desespero
Vigilância Preguiça
Meditação Distracção
Sabedoria Ignorância
Renuncia Apego
Resolução Negligência
Verdade Mentira
Equanimidade Agitação
O facto de cada uma das nossas dimensões se poder tornar um tesouro de saúde reside na nossa capacidade
de reduzir os factores de desordem e aumentar a sua harmonia, constituindo assim a nossa riqueza de
saúde que de um plano irradia e alimenta de saúde também os restantes.
De seguida apresentaremos alguns desses factores de uma lista bem mais longa que poderíamos fazer, mas
que cada um poderá acrescentar todos os que considere úteis.
Promoção da harmonia:
- Colocar o corpo ao serviço do ser interior;
- Higiene, harmonia e disciplina;
- Harmonizar ritmos de actividade e descanso;
- Não desperdiçar a energia. Acabar-se o que se começa;
- Desenvolver a vontade;
- A actividade consciente recarrega as baterias, a inactividade descarrega-as.
A melhor forma de controlarmos os nossos estados emotivos é aliarmos a vontade ao discernimento e dessa
forma colocar claridade e domínio, para que não sejamos arrastados por esses estados que tantas vezes
tomam posse de nós sem que saibamos exactamente porquê.
Devemos direccionar a nossa atenção não às emoções, mas ao fundo sobre o qual se desenvolvem, isto é
sobre a mente e o que pensamos. É o que pensamos sobre as coisas que cria as reacções sobre as coisas. A
mente não pode combater as emoções, mas pode guiá-las, logo o que pensamos sobre as coisas é o que
gera as emoções.
Factores de desordem:
- Desejo de atenção permanente;
- Sedução e possessividade;
- Desejo de exclusividade;
- Sentimentos como: Inveja, ciúme, instabilidade, desconfiança, rancor, tristeza, insegurança e depressão;
- Subjectividade;
- Fantasiar a realidade;
- Egocentrismo – superficialidade;
- Sentimentos de: orgulho, intolerância e desconfiança;
- Comparações, que podem levar a complexos de inferioridade ou de superioridade;
- Pessoalismo;
- Manipulação (querer que os outros sejam o nosso eco);
- Ansiedade e medos.
Gostaria de destacar algo que afecta tanta gente nos dias que correm, a ansiedade, e que tantos problemas
de saúde cria, procurando dar alguns pontos para reflexão sobre as suas causas e como de algum modo
podemos trabalhar para a vencer.
Causas:
- Expectativas;
- Circunstâncias nas quais cremos que corremos perigo ou ameaça;
- Medo do desconhecido;
- Reacções pré-concebidas (associação de acontecimentos);
- Não é o acontecimento que produz o estado de ansiedade, mas os pensamentos que lhes atribuímos, as
nossas opiniões;
- As preocupações;
- Falta de objectivos que fazem “sonhar acordado”;
- Confusão entre felicidade e a busca de prazer e diversão, tirando todo o significado e profundidade ao
sofrimento;
- Falta de sentido de durabilidade, insatisfação constante, sempre mais e mais;
- O desejo como substituto da vontade;
- A cultura do dever: mostrar-se preocupado e ansioso porque senão o acharão irresponsável;
- A ideia de que todos têm que aceitar e aprovar a nossa conduta;
- Perfeccionismo: Querer ser perfeito em todos os aspectos da vida;
- Catalogar as pessoas em boas ou más;
- Pensar que é uma catástrofe quando as coisas não resultam como queríamos;
- Crer que sempre necessitamos de alguém ou algo mais forte do que nós mesmos para nos apoiar;
- Crer que devemos mudar ou influenciar a vida dos outros;
- Crer que só existe uma solução para cada problema.
A chave para vencer a ansiedade é fortalecer a vontade aprendendo a respeitar o nosso ritmo
natural.
Promoção da harmonia:
- Ser-se realista e objectivo;
- Ser-se generoso e benevolente com os outros;
- Não fazer aos outros aquilo que não gostaríamos que nos fizessem;
- Procurar o difícil para fortalecer-se;
- Estudar-se a si próprio e corrigir-se;
- Enfrentar os medos;
- Aprofundar.
* Nous – Mental/Espiritual
Factores de desordem:
- Uso de linguagem confusa e vazia que obscurece e promove o vazio de ideias, quando não a manipulação;
- Desinformação;
- Promover o mau, o feio e a brutalidade, tudo envolto numa angústia existencial que carece de vontade de
procurar a verdade;
- Misturar a busca da verdade com os interesses pessoais oriundos das necessidades biológicas e dos vícios
psicológicos;
- Fanatismo dos que crêem que a sua religião é a única que une a Deus;
- O desprezo e o esquecimento de tudo o que é metafísico;
- Pôr ao serviço da matéria e dos desejos o Eu superior;
- Procurar soluções de casualidade, em vez de buscar a causa primeira.
Promoção da harmonia:
- Manter a mente clara. Trabalhar com ideias simples e puras;
- Exaltar o justo, o bom e o belo;
- Evitar deixar cair a mente em ideias circulares doentias;
- Não promover a fragmentação, seja ela baseada em pressupostos religiosos ou políticos;
- Elevar o pensamento e pôr alegria e optimismo em todas as concepções filosóficas;
- Criar boas formas mentais;
- Desenvolver o ecletismo;
- Contemplar a natureza e aprender a sabedoria e a inteligência nela contida;
- Aprofundar dentro de si mesmo e das circunstâncias da vida para descobrir as fontes ocultas e profundas
do ser que movem a vida;
- Leitura e meditação sobre livros que elevem a dimensão humana.
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José Ramos
Bibliografia:
- “Escudos Invisíveis de Protecção” de Jorge Angel Livraga in “O Sentido Oculto da Vida”, Edições Nova Acrópole
- “O Sentido da Alma” de Thomas Moore, Planeta Editora
- “Harmonia e Saúde” de Omraam Mikhaël Aïvanhov, Edições Prosveta
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