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REVISTA DE
ETRA
Resumo 1
RESUMO Genres) at apprehension
alternative the Federal University of Paraíba
of the facticity and financed
of the “world-of life”
Este ensaio procura expor o estado patológico como uma by CNPQ. The description of these genres enabled
and the possibility of a reinterpretation of the signification us to
Este ensaio procura expor o estado patológico verify, among other things, that modalization is
structure in which we operate. Such a condition allows the a strategy
reconfiguração de nosso ser-no-mundo, por meio da abor-
como uma reconfiguração de nosso ser-no-mundo, por meio which can be found in all the genres investigated and that it
dagem fenomenológica
da abordagem do processo
fenomenológica do do adoecerdoe utilizando
processo adoecer e patient, through
is used with the production
different of narratives
discursive functions whichabout
varyhis/her
from
conceito deounheimlichkeit
o utilizando (não-estar-em-casa)
conceito de unheimlichkeit (FREUD,
(não-estar-em- morbid state,toto the
one gender create other
other. “worlds”
Besides andthe
that, produce redeemed
investigations
casa) (FREUD, 1925, HEIDEGGER, 2012
1925, HEIDEGGER, 2012 e SVENAEUS, 1999), cujas e SVENAEUS, allowed usFor
“Selves”. to the
review theprofessionals,
health classificationtoofwhom
the elements
such exis-
1999), cujas imediatas
consequências consequências
seriam imediatas
uma apreensão seriam uma
alterna- used in modalization, confronting proposals by
tential experiences converge, the so-configured narratives different
apreensão alternativa da facticidade do “mundo da vida” e a authors,
do such as Koch
not represent (2002),
a simple Cervoni
collection of(1989)
data orand Castilho
a better way
tiva da facticidade do “mundo da vida” e a possibilidade
possibilidade de reinterpretação da estrutura de significação e Castilho (1993), among others, with the descriptions in
denareinterpretação da estrutura
qual estamos inseridos. Tal de significação
condição na qual
permitiria ao of embracing
this study. the patients before them. Rather, these health
estamos
enfermo, inseridos. Tal condição
por intermédio permitiria
da produção ao enfermo,
de narrativas por
a partir professionals’ careful auscultation and their discursive in-
de seu estado
intermédio mórbido,decriar
da produção outros “mundos”
narrativas a partir de eseu
produzir
estado tervention are themselves a Therapy.
“Eus” redimidos. Para os profissionais da saúde, a
mórbido, criar outros “mundos” e produzir “Eus” redimidos.quem tais Keywords: Narrative. Unheimlichkeit. Medicine.
experiências de cunho existencial convergem, a narrativa Keywords: Narrative, Unheimlichkeit, Medicine
Para os profissionais da saúde, a quem tais experiências de
assim configurada não tem como objetivo a simples coleta
cunho existencial
de dados convergem,
ou o mero acolhimentoa narrativa assimAo
do paciente. configurada
contrário,
não tem como
a ausculta objetivo
atenta a simples coleta
do profissional deedados
de saúde ou o mero
sua intervenção I. Sobre o “falar” e o “adoecer”
discursiva constituem elas mesmas uma Terapia.
acolhimento do paciente. Ao contrário, a ausculta atenta do I. Sobre o “falar” e o “adoecer”
profissional de saúde e sua intervenção discursiva constituem A ausência, à época, de uma ontologia existencial
aos moldes da que foi desenvolvida na passagem do século
elas mesmas uma Terapia.
Palavras-chave: Narrativa. Unheimlichkeit. Medicina. XIX paraA ausência,
o XX e que à época, de uma
demarca ontologia
a transição existencial
para aos
a filosofia
moldes da que foinotadamente
contemporânea, desenvolvidaapós na passagem
Heidegger,do não
século XIX
impe-
Palavras-chave: Narrativa, Unheimlichkeit, Medicina para o XX
diu que doise mil
que edemarca
quinhentosa transição paranaa Antiguidade
anos antes, filosofia con-
Abstract Clássica, as relações
temporânea, notadamentedo Homem para comnão
após Heidegger,
2
o mundo
impediu e os
que
ABSTRACT outros
dois entes
mil fossem interpeladas
e quinhentos anos antes,denamodo sistemático.
Antiguidade Uma
Clássica,
The aim of this study is to show how modalization dasrelações
as maneiras dopré-(ou
Homempara-)filosóficas
2
para com o mundo de constatarmos tal
e os outros entes
This essay aims to expose the pathological state as a
behaves in the formulaic genres, revealing how, even in afirmação é analisar a forma como os grandes
fossem interpeladas de modo sistemático. Uma das maneiras dramatur-
reconfi guration
standardized of our being-in-the-world,
documents which try to turn the through a phe-
communication gos do período clássico
pré-(ou para-)filosófi cas (Ésquilo, Sófoclestale Eurípedes)
de constatarmos afirmação é
nomenological approach toobjective
process into something the process
andofimpersonal,
getting ill and
we descreveram as peripécias humanas
analisar a forma como os grandes dramaturgos e os seus personagens
do período
manage to find marks of subjectivity. It is
an appropriation of the concept of Unheimlichkeit (“thecomposed of em suas obras.
clássico (Ésquilo,Segundo
SófoclesNicole Loraux, é possível
e Eurípedes) descreveramreuniras
reflections about the modalization phenomenon
uncanny”) (Freud, 1925, Heidegger 2012 and SVENAEUS, in the as descrições que abordam a figura do homem
peripécias humanas e os seus personagens em suas obras. sob três
formulaic genres derived from scientific investigations of eixos de significação que assumem nomenclatura própria
1999). The immediate consequences of this approach are an
the ESAGD Project (Argumentative-semantic Studies of e independente,
2 O uso do vocábulo a saber:
“homem” para descrição da espécie humana de
1 the Discourse
Médico genres:
do Hospital School
das Clínicas writing and
da Faculdade the Formulaic
de Medicina da Univer- forma geral segue o pensamento grego antigo e sua visão de mundo
sidade de São Paulo, coordenador do Grupo de Estudos em Narrativa centrada na fi gura masculina. A fusão dos signifi cados de “homem” e
e Medicina da Universidade de São Paulo (GENAM-USP), professor “espécie humana” só ocorreria de fato a partir do surgimento do Cris-
1colaborador do Programa de Estudos Comparados de Literaturas de tianismo, quando descritores de gênerode– Pós-Graduação
e.g. vir, em latim,em
e were,
Doutor em Letras pela UFPB; Professor da UFPB (Programa de Pós-Graduação em Linguística e Programa
Língua Portuguesa,
Linguística Linha
e Ensino); de Pesquisa
Bolsista Literatura e em
de Produtividade outras Formas(2009-2012).
Pesquisa do em inglês arcaico - começaram a cair em desuso. Utilizarei “Homem”
2Conhecimento, da Faculdade de Filosofi a, Letras e Ciências Humanas para seguir comoesse raciocínio.grego
Para antigo
um exemplo
O uso do vocábulo “homem” para descrição da espécie humana de forma geral segue pensamento e sua desse
visão uso pelos
damundo
de USP. centrada na figura masculina. A fusão dos significados de “homem” gregos, ver também
e “espécie a nota só
humana” 4. ocorreria de fato a partir do
surgimento do Cristianismo, quando descritores de gênero – e.g. vir, em latim, e were, em inglês arcaico - começaram a cair em
desuso. Utilizarei “Homem” para seguir com esse raciocínio. Para um exemplo desse uso pelos gregos, ver também a nota 4.
Rev. de Letras - NO. 32 - Vol. 2 - ago./dez. - 2013 1
Segundo Nicole Loraux, é possível reunir as descrições que Já nos textos médicos é o anthropos quem predomina.
abordam a figura do homem sob três eixos de significação De fato, se tomarmos como exemplo uma das mais famosas
que assumem nomenclatura própria e independente, a saber: obras da medicina grega, uma parte do Corpus Hippocrati-
cum, frequentemente atribuída a Polybus e intitulada “Sobre
Brótos, ou homem como mortal (dito também thnetos, a Natureza do Homem”6 (Περι Φισιοσ Ανθροποι), veremos
a partir de uma outra raiz, que significa “morrer”); que nela o autor usa apenas a palavra anthropos, do título até
anthropos, o homem dentro de sua humanidade de ser
social; e aner, o homem viril. (LORAUX, 2006, p. 52,
a última página, sempre que se refere ao homem, optando
negritos meus). por usar o vocábulo gynaika (γυναίκα) para se referir às
mulheres. Assim é também com outras obras médicas, fato
que novamente não constitui surpresa, dada a característica
Brótos (βρότος) é o homem mortal, em contraposi-
da abordagem da medicina antiga. Diferentemente da tra-
ção aos deuses imortais. É o que é capaz de morrer. Pode
gédia grega, o médico hipocrático considerava seu paciente
ainda significar “sangue coagulado” ou “coágulo”. Thnetos
como habitante de um mundo ordenado – kosmos –, do qual
(θνητός) tem a mesma raiz de thanatos, “morte”, e o radi-
era o reflexo. A doença era um desequilíbrio entre os quatro
cal than- (Θαν-) parece ser proveniente de uma antiga raiz
fluidos constituintes do organismo – sangue, fleuma, bílis
proto-indo-europeia, com significado de “escuro”, “nublado”,
negra, bílis amarela –, sendo que a administração de dietas
ou ainda referir-se a “desaparecer” ou “desaparecimento”3. específicas, sangrias e purgantes, bem como a mudança de
Quando “homem” queria significar “masculino”, “viril”, em clima poderiam restabelecer o equilíbrio por meio da inter-
oposição a “feminino”, “mulher”, dizia-se άνέρ (aner, cuja ferência positiva em tais humores. Parece ter sido Demócrito
raiz é andr-). No singular, aner designa também “guerreiro”, quem primeiro desenvolveu a analogia entre a medicina e
ou mesmo “herói”. Anthropos (άνθρωπος), por sua vez, é o a filosofia, dizendo que a primeira cura o corpo, e a última
“homem entre os homens”, o “ente social”. Mulheres, nessa alivia a alma de seus sofrimentos (NUSSBAUM, 1994, apud
acepção, podem também receber o tratamento de anthropos4, SVENAEUS, 1999, p. 15). Entretanto, os indivíduos que a
o que reforça a orientação “horizontal” e abrangente desse filosofia e a tragédia apaziguam e educam não parecem ser
eixo conceitual que toma o homem entre seus semelhantes, os mesmos de quem a medicina cuida. Se a filosofia lida com
coabitantes da pólis. Anthropos é, portanto, ortogonalmente o brótos, a medicina trabalha com o homem entre outros
posicionado em relação a brótos, pois este ocupa o eixo homens: o anthropos.
“vertical” do espaço conceitual: o do homem mortal frente Na Grécia antiga, aquele que fala não é o mesmo
à eternidade dos deuses celestes. Aner é o terceiro eixo, e o que adoece.
que dá volume ao conceito. Tal esquema, entretanto, não é
rígido e há sobreposição semântica entre os autores. A nós II. “O que você é quando me vê?”
interessará o fato de que, nessa reconstrução clássica do
conceito de “homem”, encontra-se o germe de sua concepção
O reconhecimento de outros aspectos do adoecer que
ontológica a ser desenvolvida posteriormente.
não apenas o “biológico”, apesar de tardio, foi um passo
No gênero trágico, há uma preponderância marcante
importante em direção a uma compreensão mais ampla dos
do brótos sobre os demais descritores do gênero em todos os
processos mórbidos, não só por expandir sua penetração junto
três autores do período clássico citados (LORAUX, 2006, p. a outras áreas do conhecimento para além da biomedicina,
52-3). Tal fato não causa estranheza, se considerarmos que mas também por abrir caminho a abordagens mais atentas em
o mythos trágico tem como base a relação do homem com relação à integralidade do ser humano em estado patológico.
seu destino, sua bravura, sua hybris, este tendo sempre que Taylor (1979) propôs uma categorização das situações mórbi-
lidar com as interferências dos deuses num embate desigual e das possíveis a partir do indivíduo que é declarado (ou que se
ainda compreender as decisões divinas a partir de sua lógica declara) doente. Posteriormente, Sackett e cols. (SACKETT,
mortal. “Tudo o que acontece na tragédia encontra-se sob a 1991), na influente obra Clinical Epidemiology – A Basic
preocupação dominante do problema teológico[...]”, escreve Science for Clinical Medicine, cuja primeira edição data de
Jaeger em seu clássico Paidéia5. 1985, incorporaram a categorização de Taylor em seu capítulo
introdutório referente à prática clínica, sendo também logo
3 Não deixa de ser curioso que Atena (Ἀθάνα), a deusa da sabedoria, adotada em publicações brasileiras (v., por exemplo, BEN-
tenha a mesma raiz em seu nome, precedida da partícula “α”, que
SEÑOR, 2002). Manteremos os termos originais em inglês,
denota negação.
4 Como a enfermeira que, no Hipólito de Eurípedes, diz a Fedra “que já que sua tradução para o português é algo ambígua, como
as mulheres enquanto ‘homens’ (anthropos ousa) podem falhar”. será fácil perceber no que segue.
(LORAUX, 2006, p.56).
5 Cf. Jaeger, 2003 p. 301, mas também todo o capítulo “O Drama
de Ésquilo”, p. 283-314. O próprio subtítulo do livro de Jaeger – a 6 Consultei a versão bilingue online da Loeb Classical Library (LCL).
Formação do Homem Grego - é Αιμην Πεφυκε Πασι Παιδεια Βροτοιζ, http://www.archive.org/stream/hippocrates04hippuoft#page/24/mode/2up.
utilizando o brótos nesse sentido “espiritual”. Acesso em 20/12/2013.
7 Dentre os vários descritores do padecimento físico humano (e também 9 Cf. também o diagnóstico, mais de meio século antes, da necrofobia
de animais), além de doença, encontramos desordem, distúrbio, disfun- burguesa no ensaio “O narrador”, §10, (BENJAMIN, 1985, p. 207).
ção e desarranjo, além dos conhecidos moléstia, mal, enfermidade e 10 Não me refiro aqui à psicanálise e outras técnicas de perscrutação do
transtorno, entre outros. O significado e uso de tais termos, ao menos inconsciente, também elas softwares, para manter a analogia, com o
no português falado no Brasil, não tem a mesma especificidade do agravante talvez, de uma maior complexidade, visto que podem ser
uso dos termos proposto para língua inglesa. entendidas como metasoftwares.
8 Para uma belíssima abordagem da inserção dos “outros aspectos” 11 Sobre essa experiência de incorporação no mundo virtual e na cultura
da doença (predicament) na cultura, ver SONTAG, 1978. queer, v. interessante depoimento de Pena, 2009.
26 Para excelente revisão com especial atenção para os aspectos rela- A tragédia da doença, sob um ponto de vista feno-
cionados às práticas de saúde das hermenêuticas crítica e filosófica, menológico-existencial, começa no jogo mórbido de sig-
v. AYRES, 2005.
27 Cf. RICOEUR, 2010. Op. cit. p. 2.
nificados relacionado ao sentido que o doente atribui a sua
FOUCAULT, Michel. Discourse and Truth: the Problematiza- MOREIRA, AB. Corpo, Saúde e Medicina a partir da Filo-
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