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Resumo
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1. Introdução
2. Referencial Teórico
4
Definição Variável
Construto Fontes
Conceitual (nº) Item do questionário
Necessidade de interação presencial nas Berge (1998); Mungania (2003);
aulas ou no estudo Galusha (1997)
(X1) Prefiro aulas onde tenho contato
face-a-face com o professor *
(X2) Prefiro estudar sozinho do que com
outra(s) pessoa(s)
Grau de
(X3) Tenho bom rendimento estudando
habilidade do
sozinho
funcionário em
Indisciplina e dificuldades com o Compeau e Higgings (1995);
Auto-eficácia aprender
gerenciamento do tempo Raffoni (2006);
sozinho e em
(X4) Sou disciplinado
realizar o que
planeja (X5) Tenho facilidade em priorizar minhas
atividades
Procrastinação Compeau e Higgings (1995)
(X6) Tenho facilidade em realizar as
coisas que priorizei
(X7) Costumo adiar as coisas que tenho
que fazer*
Pouco conhecimento e experiência em
Mungania (2003); Galusha (1997)
TI
(X8) Tenho muito conhecimento em
Informática
Grau de (X9) Tenho muita experiência em Internet
conhecimentos, Pouca habilidade em TI Mungania (2003); Galusha (1997)
Poucas experiências, (X10) Posso me considerar um expert em
competências habilidades e Informática
em TI atitudes de um (X11) Tenho facilidade em usar
funcionário em computadores
relação à TI Poucas atitudes favoráveis à TI Mungania (2003)
(X12) Gosto de utilizar o computador
(X13) Gosto de utilizar a Internet
(X14) Tenho pouco interesse em relação à
Informática*
Venkatesh et al. (2003); Joshi
(1991); Markus (1983); Davis et
al. (1992); Davis (1989); Taylor e
Expectativa de desempenho (adaptação
Todd (1995); Rogers (1995);
da UTAUT)
Grau em que Compeau e Higgings (1995);
um funcionário Compeau et al., (1999);
Expectativa acredita que o Thompson (1991)
de uso do sistema (X15) Considero que a EAD é útil ao meu
desempenho vai ajudá-lo a trabalho
atingir ganhos (X16) A EAD me permitiu aumentar a
no trabalho qualidade de meu trabalho
(X17) Usar a EAD não aumentou minha
produtividade*
(X18) Usar a EAD aumentou minhas
chances de crescimento na empresa
Grau de Venkatesh et al. (2003); Davis
Expectativa Facilidade de uso percebida (adaptação
facilidade (1989); Rogers (1995);
de esforço da UTAUT) e Complexidade
associada ao Thompson (1991)
uso do sistema (X19) O sistema de EAD que utilizo é
claro e fácil
(X20) Foi fácil adquirir habilidade na
utilização da EAD
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(X21) Acho fácil usar os recursos do
sistema de EAD
(X22) Aprender a usar a EAD foi fácil
para mim
Venkatesh et al. (2003);
Fischbein e Ajzen (1975); Taylor
Influência Social e Todd (1995); Davis (1989);
Grau em que o
Thompson (1991);
funcionário
Rogers (1995); Ajzen (1991)
percebe que
Influência outras pessoas (X23) As pessoas que influenciam meu
Social importantes comportamento pensam que eu deveria
acreditam que usar o sistema de EAD
ele deveria usar (X24) Meu superior tem cooperado no
o novo sistema meu uso da EAD
(X25) Em geral, a organização tem
apoiado o uso da EAD
6
(X35) Em minha organização existe um
bom veículo de comunicação entre os
alunos virtuais e os responsáveis pela
EAD
(X39) Minha organização me comunicou
bem a respeito do curso de EAD
Mungania (2003); Silva e Dias
Treinamento Adequado
(2006)
(X36) Tive o treinamento necessário para
fazer cursos a distância
Lapointe e Rivard (2005);
Zaltman e Duncan (1977);
Resistência à TI
Martinko et al. (1996); Marakas e
Hornik (1996); Joshi (1991)
(X41) Pretendo, por vontade própria,
continuar usando a EAD
(X42) Eu recomendaria o uso da EAD a
amigos
Grau em que o (X43) Aulas presenciais são mais
Resistência à
empregado agradáveis que aulas a distância
EAD na EC
resiste à EAD (X44) Fazer cursos a distância foi algo
bom para mim
(X45) Passar a educação presencial da
empresa para EAD me preocupa*
(X46) Para mim, existem mais vantagens
na EAD do que desvantagens
(X47) Se em minha empresa houvesse um
grupo de empregados que gosta de EAD,
eu faria parte dele
∗ Item inverso
H1: A baixa Auto-eficácia tem uma influência positiva sobre a Resistência à EAD na EC.
H2: Poucas competências em TI tem uma influência positiva sobre a Resistência à EAD na EC.
H3: A baixa Expectativa de desempenho tem uma influência positiva sobre a Resistência à EAD na EC.
H4: A baixa Expectativa de esforço tem uma influência positiva sobre a Resistência à EAD na EC.
H5: A baixa Influência Social tem uma influência positiva sobre a Resistência à EAD na EC.
H6: Poucas Condições Facilitadoras tem uma influência positiva sobre a Resistência à EAD na EC.
H7: A baixa Interatividade tem uma influência positiva sobre a Resistência à EAD na EC.
H8: A pouca Comunicação Interna tem uma influência positiva sobre a Resistência à EAD na EC.
H9: A Comunicação Interna tem uma influência positiva sobre a Expectativa de desempenho.
3. Método de Pesquisa
Para a classificação desta pesquisa, toma-se como base a taxonomia apresentada por
Vergara (2004): Quanto aos fins, é uma pesquisa descritiva, pois visa descrever o fenômeno
da resistência à EAD na EC. Quanto aos meios, é uma pesquisa bibliográfica e de campo.
Bibliográfica, pois foi feito um estudo sistemático em referências que tratam do tema, para a
fundamentação teórica e metodológica do trabalho. A pesquisa é de campo, pois os dados
serão coletados diretamente com empregados, de diversas empresas, que já fizeram ao menos
um curso a distância. O método de investigação a ser utilizado será o método survey, por meio
de questionário (Malhotra, 2001).
Como já observado, após revisão bibliográfica, foi elaborada a Estrutura Proposta
(Figura 3). Posteriormente, um questionário foi construído a partir do desdobramento das
variáveis em itens mensuráveis. Foi realizada avaliação de todos os itens por três
pesquisadores doutores, para revisão e checagem de conteúdo e forma. Posteriormente foi
realizado teste piloto do questionário com dez empregados que já fizeram algum curso a
distância, ou seja, indivíduos que poderiam estar na amostra da pesquisa. O teste piloto
alcançou o objetivo de revisar o questionário na forma e na clareza das afirmativas. No
questionário foram usadas escalas de Likert com sete categorias de resposta, que vão de
“discordo totalmente” a “concordo totalmente”. Os dados foram obtidos entre os meses de
junho e julho de 2008 por meio de questionário eletrônico desenvolvido no site de pesquisa
surveymonkey.com. O questionário foi dividido em duas partes, sendo a primeira referente às
escalas de medição das variáveis e a segunda referente aos dados demográficos dos
respondentes.
O questionário foi enviado via email para 249 gestores de recursos humanos listados
no site gestaoerh.com.br, com o objetivo dos gestores encaminharem o questionário para os
empregados que já fizeram algum curso a distância patrocinado pela empresa. Como a taxa de
resposta não foi alta o suficiente para alcançar o número mínimo necessário de questionários
respondidos, a autoria desta pesquisa encaminhou o questionário para seus contatos
acadêmicos e profissionais. A pesquisa teve como população todos os empregados de
empresas lotadas no Brasil que já realizaram um ou mais de um curso corporativo a distância.
O procedimento amostral adotado foi o não-probabilístico, por conveniência, e trabalhou-se
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com respostas obtidas espontaneamente. Os resultados obtidos, portanto, devem ser
generalizados com precaução.
O tamanho de amostra recomendado para uma análise utilizando Modelagem de
Equações Estruturais deve ser no mínimo de 5 vezes a quantidade de variáveis do instrumento
de coleta (Hair, Anderson, Tatham & Black, 2005). O questionário desta pesquisa
inicialmente teve 47 variáveis e, após a análise de confiabilidade três variáveis foram
eliminadas. Com isso, o número mínimo de questionários respondidos passou para 220. Como
foram respondidos 258 questionários, obteve-se um número de questionários respondidos
acima do mínimo exigido.
A amostra foi composta em sua maioria (67,1%) por empregados da área de humanas,
principalmente com idade entre 20 e 50 anos (86,1%), e houve certo equilíbrio no gênero dos
respondentes (57,8% do sexo masculino) bem como na freqüência de empregados oriundos de
empresas públicas (42,6%) e privadas (45%), sendo que 12,4% são de empregados de
empresas de outro tipo.
Antes de fazer o teste de hipóteses e analisar a estrutura proposta, foi necessário
conferir se as escalas são confiáveis e válidas. Para a análise de confiabilidade foi utilizado o
software SPSS versão 15.0 e para as demais análises foi utilizado o software AMOS versão 7.
Tabela 1:
Teste de Hipóteses para a Estrutura Proposta.
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Tabela 2:
Índices de Ajuste da Estrutura Proposta.
Medida Valor
Qui-Quadrado ( 2) 839,613
Graus de Liberdade 475
2 /gl 1,768
Probabilidade 0,000
CFI 0,939
GFI 0,837
AGFI 0,807
TLI 0,932
RMSEA 0,055
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Conforme mostra a Figura 3, a Estrutura READEC apontou algumas hipóteses novas,
mas eliminou a dimensão Comunicação Interna. Na Tabela 3, podemos observar que todas as
estimativas padronizadas têm valores significativos, os CR encontrados têm, em módulo,
valor superior ao mínimo recomendado, e os valores de p value foram inferiores a 0,1 a 1% de
significância. Com tais resultados, nenhuma hipótese da Estrutura READEC foi rejeitada.
Tabela 3:
Teste de Hipóteses para a Estrutura READEC
Tabela 4:
Índices de Ajuste da Estrutura READEC
Medida Valor
Qui-Quadrado ( 2) 546,297
Graus de Liberdade 72
2/gl 1,505
Probabilidade 0,000
CFI 0,966
GFI 0,874
AGFI 0,849
TLI 0,962
RMSEA 0,044
Este trabalho também apresentou limitações que devem ser consideradas em futuros
trabalhos sobre a mesma temática. Uma limitação foi a amostragem utilizada, que foi não-
probabilística por conveniência. A validação de conteúdo também apresentou limitações, pois
para alguns construtos foram utilizadas fontes não científicas como sites e livros, ao invés de
revistas científicas. Isto ocorreu devido à escassez de pesquisas científicas sobre de
Resistência à TI e à e EAD. Outra limitação foi que esta pesquisa não foi longitudinal, como
as pesquisas de Venkatesh et al. (2003) e Rivard e Lapointe (2005).
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