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Universidade Federal de Santa Catarina - UFSC

Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação - PRPG


Programa de Pós-Graduação em Engenharia Civil – PPGEC
Mestrado e Doutorado

Estudo de Argamassas
Tradicionais de
Cal com Adição de Pó Cerâmico

Autor (a): Bianca Rafaela da Silva Calderón Morales

PPGEC – Gestão Roberto Caldas de Andrade Pinto/ Luiz Roberto Prudêncio Jr. - 2011/2013

Rua João Pio Duarte Silva, s/n - Córrego Grande - Florianópolis-SC - Caixa Postal 476 - CEP: 88040-900
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1. JUSTIFICATIVA E RELEVÂNCIA DO ESTUDO PROPOSTO

Desde o momento em que o homem deixou de habitar as cavernas, passou a utilizar os recursos que
a natureza lhe oferecia, conforme as suas necessidades, na construção de moradias que pudessem
abrigá- lo. (SANTIAGO, 2007)

Pelo fato de entenderem que sua sobrevivência dependia da manutenção equilibrada dos ciclos de
vida em torno do meio ambiente que os cercavam, esses povos utilizavam pedra, madeira, solo,
bambu, folhas e gramíneas, pêlo de animal e ainda gelo para erguer seus lares. Em muitas
sociedades tradicionais seus habitantes tornaram-se verdadeiros líderes do desenvolvimento
sustentável (KENNEDY, 2004).

Residências erguidas com técnicas construtivas de adobe, taipa de pilão e pedra e cal são realizadas
desde a antiguidade. No Brasil, as construções de pedra foram realizadas desde os primeiros tempos
da colonização, visto que, eram consideradas mais duráveis. Entretanto, as construções com pedra e
cal, ficaram restritas, no início, à região litorânea, pois era mais fácil encontrar tais materiais.
(PORTO, 2003)

As argamassas produzidas, apenas areia e cal, que eram utilizadas para revestir e assentar pedras,
foram substituídas, na atualidade, por argamassas mistas de areia, cimento e cal. Verifica-se que tal
procedimento gera um problema no que diz respeito à conservação dos prédios que ainda
permanecem em estado de conservação adequado para utilização, pois devido a diferença dos
materiais quanto as propriedades químicas e físicas, podem ocasionar patologias agressivas à
estética e a estrutura dos mesmos.

2. OBJETIVOS GERAIS

O trabalho proposto possui o objetivo de estudar a adição de pó cerâmico em argamassas


tradicionais, com a intenção de verificar uma possível hidraulicidade das argamassas de cal e areia,
para utilizar em obras de restauro.

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2.1. OBJETIVOS ESPECÍFICOS

2.1.1. Estudar historicamente as argamassas de cal e areia.


2.1.2. Estudar o comportamento das cales hidráulicas.
2.1.3. Produzir argamassas de cal e areia.
2.1.4. Produzir argamassas de cal e areia com adição de pó cerâmico.
2.1.5. Promover ensaios nas cales produzidas, conforme Normas Técnicas Brasileiras para cal.

3. REFERENCIAL TEÓRICO

Segundo Kanan (2008) as argamassas antigas possuem características mais heterogêneas na sua
constituição em relação as produzidas atualmente. Isso acontece por causa de uma maior
cristalização na sua microestrutura, além de alterações de constituintes, desgastes e presença de
agentes deteriorantes. A autora também afirma que essas as argamassas envelhecidas apresentam
quantidades mínimas de silicatos de cálcio e alumina provenientes das reações com a cal durante
um longo processo de cura.

Nem sempre é interessante determinar todas as características das argamassas antigas, para produzir
argamassas de reconstituição, de partes faltantes ou deterioradas. È necessário definir o nível de
informação para fundamentar a intervenção, pois pode- se estudar uma forma de compatibilizar a
estrutura original com a prótese a ser implantada (KANAN, 2008)

Uma possibilidade de utilizar argamassas com maior compatibilidade é o emprego de argamassas


com aditivos pozolânicos (areia vulcânica, telhas, blocos ou tijolos queimados e argila caolinita
calcinada). Tais adições são responsáveis por conceder maior resistência às argamassas de cal e
areia, devido à formação de compostos de silicatos de cálcio (C-S-H). (TORGAL et al., 2007)

Conforme Silva et al. (2008) pode- se obter bons resultados quanto ao desempenho das argamassas
com substituição de areia por resíduos de tijolos até um valor limite, devido o efeito pozolânico dos
finos cerâmicos.

Os estudos de Silva et al. (2007) al. mostram que a adição em 10% de barro vermelho reciclado em
argamassas ajuda na melhoria geral do comportamento à água das argamassas, com exceção da
permeabilidade ao vapor de água. Os autores verificaram ainda que esse tipo de adição, permite
uma retenção em 18% de água do que a argamassa tradicional.

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As pesquisas indicam com freqüência que em edifícios antigos foram aplicadas argamassas de cal
com resíduo de cerâmica de barro vermelho, porém com granulometria grosseira. Entretanto, se
esses grãos se apresentam de forma fina, podem desempenhar a função pozolânica, caso a sílica e a
alumina existente no material reagirem com o hidróxido de cálcio da cal, embora a sua reactividade
pozolânica seja essencialmente condicionada pelo tratamento térmico (MATIAS et al., 2010)

Matias et al. (2010), explica que em granulometrias grosseiras, o resíduo de cerâmica poderá
desempenha a função de agregado com características específicas. E a integração do mesmo a
argamassa destinada à edifícios históricos possibilitará o otimização da cal aérea.

4. METODOLOGIA

4.1.1. Levantamento histórico.


4.1.2. Coleta e Caracterização de tijolos e blocos cerâmicos.
4.1.3. Verificar técnicas de construção produção de argamassas.
4.1.4. Hidratação da cal virgem (tempo de maturação).
4.1.5. Realização de ensaios com a cal.

5. RESULTADOS ESPERADOS/CRONOGRAMA DE ATIVIDADES

Como resultado espera-se contribuir com as pesquisas de argamassas para edifícios históricos, a
partir da produção de argamassas com adição de pó cerâmico, em laboratório. Além de verificar a
viabilidade técnica desse material.

6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

KANAN, M. I. Manual de conservação e intervenção em argamassas e revestimentos à base de


cal. Cadernos Técnicos 8.Brasília, IPHAN/PROGRAMA MONUMENTA, 2008

MATIAS, G; TORRES, I; FARIA, P. Argamassas de substituição com resíduos de tijolo


cerâmico. In: CONGRESSO NACIONAL DE ARGAMASSAS DE CONSTRUÇÃO, 3, Lisboa,
Portugal, 2010

PORTO, N. Conservação e restauro. (Org.) BRAGA, M. Rio de Janeiro: Ed. Rio, 2003

SANTIAGO, C. C. Argamassas Tradicionais de Cal. Salvador. Ed. EDUFBA, 2007

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Mestrado e Doutorado

SILVA, J; BRITO, J; VEIGA, M. R. Características Mecânicas de Argamassas com


Incorporação de Agregados Reciclados Cerâmicos. In: Revista da Associação Portuguesa de
Análise Experimental de Tensões. 2008, Vol 15, Pg 13-22

SILVA, J; BRITO, J; VEIGA, M. R. Avaliação do comportamento à água de argamassas com


incorporação de agregados cerâmicos. In: Revista Engenharia Civil, n. 28, 2007. Disponível em:
http://www.civil.uminho.pt/cec/revista/Num28/n_28_pag_37-46.pdf. Acessado em: 30 de outubro de 2011

TORGAL, F. P; GOMES, J. P. C; JALALI, S. Argamassas Antigas: Reacção Pozolânica ou


Activação Alcalina?. In: CONGRESSO NACIONAL DE ARGAMASSAS DE CONSTRUÇÃO,
2, Lisboa, Portugal, 2007

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