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Polı́gonos Regulares
EP
Nono Ano
BM
Autor: Prof. Ulisses Lima Parente
Revisor: Prof. Antonio Caminha M. Neto
O
l da
rta
Po
1 Razões trigonométricas em tri- Note que pelo Teorema de Pitágoras, temos a2 = b2 +c2 .
Então:
ângulos retângulos
b 2 c 2 b2 c2
Dado um ângulo agudo qualquer, de medida α, podemos sen 2 α + cos2 α = + = 2
+ 2
a a a a
construir um triângulo retângulo ABC, retângulo em A, b 2 + c2 a2
tal que o ângulo ∠ABC mede α. Se um outro triângulo = = = 1.
a2 a2
retângulo A′ B ′ C ′ é tal que a medida do ângulo ∠A′ B ′ C ′ é
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também igual a α, então os triângulos ABC e A′ B ′ C ′ são A identidade sen 2 α + cos2 α = 1 é conhecida como a
semelhantes (basta observar a correspondência A ↔ A′ , relação fundamental da Trigonometria.
B ↔ B ′ e C ↔ C ′ ). Observe, ainda, que se α e β são os dois ângulos internos
agudos de um triângulo retângulo, isto é, se α e β são
B complementares, então:
1
sen α = cos β, cos α = sen β e tg α = .
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α tg β
A b C
c′
A′ b′ C′
O A
β
C
da
Dessa semelhança, segue que
b b′ c c′ b b′
= ′, = ′ e = ′. 2 Razões trigonométricas de ângu-
a a a a c c
′ ′ ′ los notáveis
Assim, as razões ab = ab ′ , ac = ac ′ e cb = cb′ , independem do
triângulo retângulo considerado. Por tal razão, as deno- Consideremos um triângulo ABC, retângulo em A e
minamos, respectivamente, de seno, cosseno e tangente isósceles, cujos catetos medem 1 cm (veja a próxima fi-
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B 3 Exemplos
45o Nesta seção, apresentamos alguns exemplos a tı́tulo de
ilustração dos conceitos desenvolvidos até aqui.
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45o
A C Solução. Denotando por H o pé da altura relativa ao lado
BC, temos que o triângulo ABH é retângulo em H (veja
a figura a seguir).
Agora, tomemos um triângulo equilátero ABC de lado A
1 (veja a figura abaixo). Seja H o pé da altura relativa ao
lado AB. Sabemos que√ a altura de um triângulo equilátero
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√
de lado l é dada por l 2 3 ; portanto, a altura CH mede 23
cm. Agora, como todo triângulo equilátero é em particular h
isósceles (com respeito a qualquer lado), o segmento CH,
além de ser a altura relativa ao lado AB, também é a 30o
bissetriz interna relativa ao vértice C. Como ACB b = 60o
(pois em um triângulo equilátero cada ângulo interno mede B H C
b = 30o .
60o ), segue que H CB
Daı́, segue que
C O b = 90o − H CA
H AC b
b
= 90o − B CA
30o
b = 30o .
= ABC
√ √
1 3
o 1 2 o 2 3 Agora, calculando primeiramente o seno e depois o cosseno
sen 30 = = , cos 30 = =
1 2 1 2 do ângulo ∠ABC, obtemos:
e √ 16 3
√
1
1 3 AC
o 1
tg 30o = √2 = √ = . sen 30 = =⇒ = 3
3 BC 2 BC √
3 3
2 32 3
Po
=⇒ BC = .
Como ∠HCB e ∠HBC são ângulos complementares, a 3
observação feita na Seção 1 sobre as razões trigonométricas e
de ângulos complementares garante que: √
AB 3 AB
√ cos 30o = =⇒ = √
o o 3 1 BC 2 32 3
sen 60 = cos 30 = , cos 60o = sen 30o = 3
2 2
=⇒ 2AB = 32
e =⇒ AB = 16.
o 1 1 √
tg 60 = o
= 1 = 3.
tg 30 √
3
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Exemplo 2. O topo B de uma torre vertical AB é visto de D
um determinado ponto C no solo sob um ângulo de 30o .
Além disso, a distância do ponto C à base da torre é igual
a 100 m. Assumindo como irrelevante o desnı́vel entre o
ponto C e a base A, calcule a altura da torre.
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formam um triângulo ABC, retângulo em A. Uma vez que
o topo da torre é visto pelo observador sob um ângulo de
b = 30o . Daı́, obtemos:
30o , temos ACB
√ 45o 60o
o AB 3 AB
tg 30 = =⇒ = A B C
AC 3 100√ 100 m x
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100 3
=⇒ AB = .
3
h √ h
tg 60o = =⇒ 3 =
B x x
√ x + 100
=⇒ 3 =
√ x
=⇒ 3x = x + 100
30o
TORRE
O √
=⇒ x( 3 − 1) = 100
=⇒ x = √
100
3−1
√
C A 100 3+1
100 m =⇒ x = √ ·√
3−1 3+1
da
√
✟✟ 3 + 1)
100(
=⇒ x =
√ 2✁
=⇒ x = 50( 3 + 1).
Finalmente, obtemos:
Exemplo 3. Um observador vê um prédio, construı́do em
h = x + 100
um terreno plano, sob um ângulo de 45o . Aproximando-se √
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As referências colecionadas a seguir contém muitos pro-
blemas e exemplos relacionados ao conteúdo do presente
material.
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1. A. Caminha. Tópicos de Matemática Elementar Vo-
lume 2: Geometria Euclidiana Plana, 2a Edição. Rio
de Janeiro, SBM, 2013.
2. G Iezzi. Os Fundamentos da Matemática Elemen-
tar, Volume 3: Trigonometria, 9a Edição. São Paulo,
Atual Editora, 2013.
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