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Um dos filósofos que mais se destacaram nesse meio foi Jean-Paul Sartre. Durante
muito tempo, o termo SARTRIANO foi sinônimo de livre pensador em homenagem ao
Sartre. As maiores perguntas existencialistas eram : “O que é o homem; Qual a sua
essência ? Ele é bom ou mal ? Qual o motivo da nossa existência ? O que nossa
consciência já possui ao nascermos ?”. Sartre disse : “O HOMEM É UM SER PELO
QUAL O NADA VEM AO MUNDO”. Isso quer dizer que o homem é um nada ao nascer,
ele ainda não tem consciência do que é, ou seja, o indivíduo só se forma a partir de sua
existência e experiências. Frases como : A existência precede a essência, definem Sartre.
Portanto, o ser nasce sem um objetivo, ele mesmo deve definir suas metas. Embora pareça
angustiante nascer sem um destino pré definido, não deveria ser, pois nascemos
destinados à LIBERDADE, ou seja, nós definimos nosso objetivo. Portanto, o homem
tem o dever inconsciente de construir sua própria vida. O melhor para viver então, é
apropriar-se de criar as próprias noções, evitando adquirir éticas já prontas. Isso é a MÁ-
FÉ que o Sartre definiu como escolher algo já pronto, renunciando a própria liberdade.
Ao invés de desenvolver meus próprios métodos, eu os copiaria de outra pessoa. O Raul
Seixas disse isso : Prefiro ser essa metamorfose ambulante do que ter aquela velha opinião
formada sobre tudo.
Muitas vezes, nascemos pré destinados a algo, como a pobreza. Porém, Sartre ressaltava
o poder de transformação que nós temos. ALBERT CAMUS vai dizer que a existência
humana é diferente pois, as pessoas sempre fazem as coisas e vivem sabendo que quando
morrer, provavelmente tudo irá desaparecer. Ele usou O MITO DE SÍSIFO, um homem
que todo dia era obrigado a levar uma grande pedra para o topo da montanha e, pela noite,
a pedra caía e ele era obrigado a arrasta-la no dia seguinte. O humano é assim, faz todas
as coisas sabendo que elas podem desaparecer, porém o fazem com alegria. A SIMONE
DE BEAUVOIR (BIRRAVUL), feminista, que definiu : “ninguém nasce mulher, torna-
se mulher”, mais uma vez, usando a filosofia existencialista para explicar um fato.
Portanto, são os parâmetros sociais e as experiências vividas que dão a ideia do gênero
(não biológico). Sartre também definiu os seres ser-em-si, que possuem uma essência,
tais como o corpo e todas as coisas. Esse ser não tem consciência de si mesmo, ele não
pensa. Já o ser-para-si sabe que ele existe e tem consciência disso, ele não existe EM SI
MESMO, mas PARA SI MESMO. Porém, a consciência depende do corpo para formar
um humano. O Para-si é responsável por modificar nossa essência conforme nossa
existência se atualiza, ou seja, é um processo contínuo.
Nietzsche