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AVALIAÇÃO PROJETIVA DA PERSONALIDADE

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TEXTO 1 – TESTES PSICOLÓGICOS E TÉCNICAS PROJETIVAS

Referência: FORMIGA, S. N.; MELLO, I. Testes psicológicos e técnicas projetivas, Psicologia Ciência e Profissão,
vol. 20, n 2, p. 12-19, 2000.

Debate
 Objetividade x subjetividade;
 Testes psicológicos – objetivos, caráter científico;
 Técnicas projetivas – resgate do incosciente do sujeito – cientificidade questionada – dados qualitativos;
 Técnicas projetivas – uso no diagnóstico – científica;

Histórico
 Testes de inteligência geral e aptidões:
 Psicologia sai da tradição filosófica (segunda metade do séc. XIX);
 Influência da biologia, psicofísica;
 Deficiência mental x doença mental;
 Evolução da estatística;
 Método experimental;

Testes de inteligência geral e aptidões


 Influência das concepções mecânicas e empíricas;
 Positivismo de Augusto Comte;
 Busca de fatos observáveis;
 Materialismo – todas as coisas são passíveis de descrição em termos de propriedades físicas da matéria ou
energia.

Técnicas projetivas
 1939 – Frank – termo “método projetivo”
 Estudo da personalidade – teste de associação de palavras de Jung, Rorschah, e o T.A.T.;
 Dinâmica holística da personalidade, uma estrutura evolutiva onde os elementos se interagem e a pessoa
expressa em uma atividade construtiva e interpretativa a fantasia interior;
 Estímulos pouco estruturados – resposta projetiva, reveladora de sua maneira de ver a situação, sentir e
interpretar;
 Não busca a quantificação, mas na compreensão do sujeito;
 Valorização do simbólico;
 Freud – associação livre e interpretação dos sonhos;
 Jung – simbolismo coletivo;
 Depois da 2ª guerra – psicanalistas culturais;
 Mudanças na ciência que valorizam uma visão menos determinista:
 Física dialética – causalidade em rede;
 Teoria do caos;
 Gestalt – visão holística;
 Princípio da incerteza – o observável pode ser modificado;
 Física quântica – onda ou partícula – duas realidades;
 Não há mais uma única verdade, mas muitas verdades;

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 Espaço para a subjetividade/intersubjetividade;
 Não representam um signo, mas uma espécie de oposição ao signo;
 Não se escolhe o signo – imaginação;
 Esse campo subjetivo adentrou a Psicologia e suas técnicas diagnósticas quebrando a explicação linear e
demasiada racional da Psicologia Clássica ou Fenomenológica.
 “Essas técnicas implicam em uma solicitação ao sujeito para que libere sua criatividade, sob condições
impostas pelo “teste”, podendo, através destes testes, projetar, “o mal objeto”, obtendo controle sobre a fonte de
perigo revelada ficando livre, para atacar ou destruí-lo, como também, evitar a separação do bom objeto, reparando-o”
(Fine, 1981).
 Captar o mundo simbólico, difícil de ser expressado pela linguagem verbal;
 Artistas – obras expressam seu mundo psíquico;
 Técnicas projetivas favorecem ao indivíduo revelar seu mundo e sua realidade pessoal;

O CONCEITO DE PROJEÇÃO EM PSICOLOGIA

Testes projetivos

 Progresso da Gestalt: figuras ambíguas;


 A Gestalt busca na ambigüidade um meio para abordar as condições externas da percepção;
 Testes projetivos: abordagem às condições internas;
 Influência da psicanálise;
 1904 – Prova de associação de palavras de Jung;
 1919 – Rosarch – interpretação das manchas;
 1920 a 1930 – uso do desenho e do relato livre com crianças;
 1935 – nos EUA, Muray cria o TAT;
 1949 – na Suíça, Koch publica o teste da árvore e Machover, EUA, o teste do desenho da pessoa;

Etimologia
Sentidos da palavra projeção:
Ação física (jato): expulsar da consciência os sentimentos repreensíveis, atribuindo-os a outra pessoa;
Matemático: planos e mapas (correspondência de pontos). Protocolo de resposta dado pelo sujeito nos testes
corresponde à estrutura de sua personalidade (mapa);
3. Projeção luminosa (cinema/raio X): um teste projetivo atravessa o interior da personalidade, fixa a imagem do seu
núcleo secreto sobre um revelador (aplicação do teste), permitindo depois sua leitura, por meio da ampliação ou
projeção ampliadora em uma tela (interpretação do protocolo).
O que está escondido fica iluminado; o latente se torna manifesto;

 Primeiro sentido – nível onde opera o teste projetivo: psicanálise condensada;


 Segundo sentido – correspondência estrutural entre a personalidade e as produções individuais (material e
instruções do teste);
 Terceiro sentido – representações arcaicas da imagem do corpo, lado de dentro se opões ao de fora, o
escondido à superfície (organização precoce da personalidade);

Projeção segundo Freud


 1895, nos Estudos sobre a Histeria: repressão do conflito e conversão na histeria; negação da realidade, por
ocasião de um sofrimento profundo, na alucinação;
 1911- projeção: “Uma percepção interna é reprimida e, substituindo-a, seu conteúdo, após sofrer certa
deformação, chega à consciência sob a forma de uma percepção vinda do exterior”;
 A projeção é a expulsão de um desejo intolerável e sua rejeição para fora da pessoa. Há projeção daquilo que
não se quer ser;

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 Num segundo estágio, Freud amplia o conceito. A projeção entende-se como simples desconhecimento (e não
mais a expulsão) por parte do sujeito de desejos e emoções não aceitos por ele como seus, dos quais é parcialmente
inconsciente e cuja existência atribui à realidade externa;
 A essência da projeção está no deslocamento;

 A projeção é um processo psíquico “primário”: obedece ao princípio do prazer e visa instaurar a identidade
das percepções;
 Processos secundários – tendem à identidade de pensamentos e palavras (racionais);

Testes Projetivos
Necessidade de proceder a um inquérito uma vez terminado o teste, a fim de apreender, ao vivo, a dinâmica psíquica
pessoal que levou o indivíduo a fornecer as respostas tais como acabou de apresentar;
Sujeito revela indiretamente (material do teste) seu desejo ao psicólogo;
A transferência está mais livre do que na clínica;
Envolve-se rápido, mas por pouco tempo;

Efeitos dos testes


 Avivamento de conflitos psicológicos, desencadeamento da angústia e regressão;
 Angústia – conteúdo das respostas;
 Mecanismos de defesa do ego – características formais das respostas;
 Respostas integradas: sensação, afeto, imagem, humor – forma;
 Respostas desintegradas: impulsos, emoção – não predominância da forma;
Regressão psíquica, três aspectos:
1. Aspecto formal: regressão do pensamento racional ao pensamento por imagens;
2. Aspecto cronológico: regressão da fase adulta à primeira infância, ou a estágios anteriores do
desenvolvimento;
3. Aspecto tópico: regressão do ego ao id;
4. A regressão é maio ou menos acentuada, conforme o tipo de teste projetivo;
5. Testes TAT – recurso à linguagem verbal sintática – regressão limitada;
6. Rorschach e desenho – remetem à fase pré-verbal – regressão profunda;

Técnicas
 Técnicas expressivas: liberdade de instruções e do material (desenho, dramaticidade etc);
 Técnicas projetivas: respostas livres, mas com material definido e padronizado;
 Testes psicométricos: uma só resposta é correta e o material requer precisão rigorosa, formando a categoria
das técnicas da adaptação;

Tipos de projeção nos testes


1. Projeção espetacular: o indivíduo reencontra características que pretende serem suas, na imagem do outro.
2. Projeção catártica: atribui à imagem do outro características que erradamente pretende não ter, recusa
considerar como suas, deslocando-as para outro;
3. Projeção complementar: atribui aos outros sentimentos e atitudes que justifiquem as suas;

Categorias dos testes projetivos


Testes projetivo temáticos: TAT, desenhos e relatos livres, interpretação de quadros etc. “Dinâmica o ego” – o sujeito
pode neles projetar o que acredita ser, gostaria de ser, recusa ser, o que os outros deveriam ser em relação a ele;
Testes projetivos estruturais: Rorschach. Interrelações entre as instâncias do id, ego e superego – equilíbrio da
personalidade;

Interpretação psicolingüística
 Linguagem: função paradigmática (código) e a função sintagmática (mensagem);
 Rorschach – tarefa paradigmática. Em grande parte, as resposta são termos do léxico (adjetivos, substantivos);
 O TAT é mais estruturado, tarefa sintagmática: compor uma história a partir da figura apresentada;

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ESCALA DE PERSONALIDADE DE COMREY

Fundamentação teórica
 Será possível mensurar a personalidade?
 Busca avaliar objetivamente a personalidade;
 Ela é entendida como elemento subjetivo por excelência de nossa natureza constitucional;
 Paradoxo entre quantitativo e qualitativo;

Teorias da personalidade
 Estudo da personalidade – área recente e complexa;
 As teorias da personalidade se agrupam em 4 correntes principais:
1. Ênfase na psicodinâmica;
2. Produto da aprendizagem;
3. Na realidade percebida;
4. No Estruturalismo;

Modelo Big Five


 Cinco grandes dimensões estruturais:
1. Extroversão – sociável, assertivo e comunicativo;
2. Neuroticismo – ansioso, inseguro e preocupado;
3. Agradabilidade – cortês, flexível e cooperativo;
4. Consciência – responsável, trabalhador e determinado;
5. Abertura à experiência – imaginativo, inteligente e adaptável;

A Escala de Personalidade Comrey (CPS)


 Inventário de personalidade baseado na autodescrição para identificação os principais fatores de constituição
do indivíduo.
 Influência da proposta teórica estruturalista;

A Escala de Personalidade Comrey (CPS)


 A CPS avalia 8 dimensões da personalidade:
1. Confiança x Atitude Defensiva (Escala T);
2. Ordem x Falta de Compulsão (Escala O);
3. Conformidade Social x Rebeldia (Escala C);
4. Atividade x Passividade (Escala A);
5. Estabilidade Emocional x Neuroticismo (Escala S);
6. Extroversão x Introversão (Escala E);
7. Masculinidade x Feminilidade (Escala M);
8. Empatia x Egocentrismo (Escala P);

A Escala de Personalidade Comrey (CPS)


 A CPS é composta por 100 afirmações que devem ser respondidas em uma escala de 7 opções:
1. Nunca/Certamente não;
2. Muito raramente/Muito provavelmente não;
3. Raramente/Provavelmente não;
4. Ocasionalmente/Possivelmente;
5. Frequentemente/Provavelmente sim;
6. Muito frequentemente/Muito provavelmente sim;
4
7. Sempre/Certamente sim;

A Escala de Personalidade Comrey (CPS)


 A CPS é composta por 10 escalas;
 As 8 escalas de personalidade;
 A escala V – para verificação da validade;
 A escala R – verificação de tendenciosidade na resposta;
 A escala V é composta por 4 afirmações positivas e 4 negativas;
 A escala R é composta por 6 afirmações positivas e 6 negativas;
 As demais escalas são compostas por 5 positivas e 5 negativas, para cada fator de personalidade: T+, T- etc;

Significado das escalas


 Escala V – Validade: verificação da validade, constatar o grau de aceitação das respostas. Quanto mais
elevado o escore, mais fica comprometida à validade;
 Escala R – Tendenciosidade na resposta: analisa a consistência das respostas dos sujeito. Detectar a simulação
dos indivíduos. Quanto mais elevado o escore, maior tendência de respostas socialmente aceitáveis;

Significado das escalas


 Escala T - Confiança x Atitude Defensiva: Escores altos – crença na honestidade, confiabilidade e boas
intenções das outras pessoas;
 Escala O - Ordem x Falta de Compulsão: Escores altos – pessoas meticulosas, cuidadosas, ordeiras e muito
organizadas;
 Escala C - Conformidade Social x Rebeldia: escores altos – pessoas que aceitam a sociedade como ela é;

Significado das escalas


 Escala A - Atividade x Passividade: Escores altos - pessoas com muita energia, trabalham muito e procuram
padrões de excelência;
 Escala S - Estabilidade Emocional x Neuroticismo: Escores altos – pessoas otimistas, tranqüilas, confiantes,
de humor estável;
 Escala E - Extroversão x Introversão: Escores altos – pessoas que interagem facilmente com os outros;

Significado das escalas


 Escala M - Masculinidade x Feminilidade: Escores altos – pessoas “fortes”, não se impressionam com cenas
de violência, não choram facilmente, ligadas ao esteriótipo social de masculinidade;
 Escala P - Empatia x Egocentrismo: Escores altos – pessoas prestativas, generosas, simpáticas e altruístas;

Aplicação
 Possui o Exercício I (reutilizável) e o Exercício II (descartável);
 Pode ser aplicada individual ou coletivamente;
 Na forma coletiva sugere-se a utilização do Exercício II;
 Aplicada a adultos com Ensino Médio Completo;

Avaliação
 Na Folha de resposta, preencha com valor 4 todas as omissões ou resposta ilegíveis;
 Valor da Escala V: V+ = A5 + A25 + A65+ A85; V- = A15 + A35 + A75 + A95. V = [32- (V+)] + (V-).
 Para os outros escores ver manual;

Interpretação
 Utilizar a Folha de Laudo com Perfil Gráfico;

ESCALAS BECK

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Historia e Descrição
 Escalas Beck são quatro medidas escalares:
1. O Inventário de Depressão (BDI);
2. O Inventário de Ansiedade (BAI);
3. A Escala de Desesperança (BHS);
4. A Escala de Ideação Suicida (BSI);

 Foram desenvolvidas por Beck e seus colegas no Center for Cognitive Therapy (CCT), na Universidade da
Filadélfia;

Inventário de Depressão Beck – BDI


Amostra Brasileira
3 grandes amostras:
1388 pacientes psiquiátricos (depressão, fobia, TOC etc) – 15 a 77 anos;
531 pacientes de clínica médica (HIV, cardiopatia, diabetes etc) – 16 a 79 anos;
2476 pacientes da população geral (não-clínica) – 12 a 94 anos;

 Foi inicialmente desenvolvido como uma escala sintomática de depressão, para uso com pacientes
psiquiátricos;
 Suas propriedades psicométricas foram estudadas, demonstrando satisfatória consistência interna, em grupos
clínicos e não-clínicos;
 Escala de autorrelato, de 21 itens, cada um com quatro alternativas, subentendendo graus crescentes de
gravidade de depressão;
 Os itens foram selecionados com base em observações e relato de sintomas e atitudes mais freqüentes em
pacientes com transtornos depressivos, e “não foram escolhidos para refletir qualquer teoria em particular”.
 Itens se refere: 1) tristeza; 2) pessimismo; 3) sentimento de fracasso; 4) insatisfação; 5) culpa; 6) punição; 7)
auto-aversão; 8) auto-acusações; 9) idéias suicidas; 10) choro; 11) irritabilidade; 12) retraimento social; 13) indecisão;
14) mudança na auto-imagem; 15) dificuldade de trabalhar; 16) insônia; 17) fatigabilidade; 18) perda de apetite; 19)
perda de peso; 20) preocupações somáticas; 21) perda de libido;

 Tempo:
 forma auto-administrada: em torno de 5 a 10 minutos;
 Administração oral: aproximadamente 15 minutos;
 Aplicado a sujeitos de 17 a 80 anos;
 Aplicação coletiva ou individual;

 Escores: cada grupo apresenta 4 alternativas, que podem ter escore 0, 1, 2 ou 3;


 O maior escore é 63, se o sujeito assinalar duas questões, considerar a de maior escore;
 O escore total é o resultado da soma dos escores individuais dos itens e permite classificação de níveis de
intensidade da depressão;
 Normas brasileiras:
 Nível: Escore
Mínimo ________________ 0-11
Leve ___________________ 12-19
Moderado ______________ 20-35
Grave ___________________ 36-63

Inventário de Ansiedade Beck - BAI


 A escala foi construída com base em vários instrumentos de autorrelatos para medir aspectos da ansiedade;
 O constructo de ansiedade é complexo, as teorias diferem a seu respeito e é difícil diferenciá-lo da depressão;
 “o BAI foi construído para medir sintomas de ansiedade, que são compartilhados de forma mínima com os de
depressão”.
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 Inicialmente criado para uso com pacientes psiquiátricos, também é adequado para a população geral;
 Constituído por 21 itens, que são afirmações descritivas de sintomas de ansiedade e que devem ser avaliados
pelo sujeito com referência a si mesmo, numa escala de 4 pontos, refletindo níveis crescente de gravidade de cada
sintoma:
 1) absolutamente não;
 2) levemente: não me incomodou muito;
 3) moderadamente: foi muito desagradável, mas pude suportar;
 4) gravemente: dificilmente pude suportar;
 Itens: 1) dormência ou formigamento; 2) sensação de calor; 3) tremores nas pernas; 4) incapaz de relaxar; 5)
medo que aconteça o pior; 6) atordoado ou tonto; 7) palpitação ou aceleração do coração; 8) sem equilíbrio; 9)
aterrorizado; 10) nervoso; 11) sensação de sufocação; 12) tremores nas mãos; 13) trêmulo; 14) medo de perder o
controle; 15) dificuldade de respirar; 16) medo de morrer; 17) assustado; 18) indigestão ou desconforto no abdômen;
19) sensação de desmaio; 20) rosto afogueado; 21) suor (não devido ao calor);
 Tempo:
 forma auto-administrada: em torno de 5 a 10 minutos;
 Administração oral: aproximadamente 10 minutos;
 Aplicado a sujeitos de 17 a 80 anos;
 Aplicação coletiva ou individual;

 Respostas mas constituem uma série escalar de 0 a 3 ponto: 0 - absolutamente não; 1- levemente; 2 -
moderadamente; 3 - gravemente;
 O escore total é o resultado da soma dos escores individuais dos itens e permite classificação de níveis de
intensidade da ansiedade;

Escala de Desesperança de Beck - BHS


 Medida da dimensão do pessimismo ou “da extensão das atitudes negativas frente ao mundo”;
 O constructo desesperança surgiu na década de 70, na literatura psicanalítica, como um tema central da
depressão;
 Vários autores colocaram a desesperança como um elemento-chave para a formulação teórica do
comportamento suicida (Werlang, 1997);
 Desesperança nexo causal entre depressão e suicídio, compondo a tríade teórica de Beck sobre a depressão;
 O instrumento foi criado para operacionalizar o componente desesperança do modelo cognitivo de Beck sobre
a depressão;
 “concepção de desesperança” – “como um sistema de esquemas cognitivos, nos quais o denominador comum
é a expectativa negativa a respeito do futuro próximo e remoto;
 Crenças: 1) nada sairá bem para elas; 2) nunca terão sucesso no que tentarem; 3) suas metas importantes
jamais poderão ser alcançadas; 4) seus piores problemas nunca serão solucionados;
 A BHS é uma escala dicotômica – 20 itens com afirmações que envolvem cognições sobre a desesperança.
 Respostas: Certo (C) e Errado (E).
 Exemplos:
 1. Penso no futuro com esperança e entusiasmo.
 2. Seria melhor desistir, porque nada há que eu possa fazer para tornar as coisas melhores para mim;
 3. Quando as coisas vão mal, me ajuda saber que elas não podem continuar assim para sempre.
 4. Não consigo imaginar que espécie de vida será a minha em dez anos.
 5. Tenho tempo suficiente para realizar as coisas que quero fazer.
 6. No futuro, eu espero ter sucesso no que mais me interessa.
 7. Meu futuro me parece negro.
 Tempo:
 forma auto-administrada: em torno de 5 a 10 minutos;
 Administração oral: aproximadamente 15 minutos;
 Aplicado especialmente a pacientes psiquiátricos de 17 a 80 anos;
 Aplicação coletiva ou individual;
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 O escore total é o resultado da soma dos itens individuais, cuja resposta aponta no crivo vale 1 ponto cada.
 Pode variar de 0 a 20, que é a estimativa da extensão das expectativas negativas frente ao futuro, classificadas
em níveis;
 A BHS é um instrumento adequado como indicador psicométrico de risco de suicídio, mostrando-se mais útil
em pacientes com histórico de depressão e de tentativa de suicídio;
 Normas brasileiras para pacientes psiquiátricos:

Nível: Escore
Mínimo ________________ 0 - 4
Leve ___________________ 5 - 8
Moderado ______________ 9 -13
Grave ___________________ 14 - 20

Escala de Ideação Suicida Beck -BSI


 A BSI é uma versão de autorrelato para outro instrumento (SSI) que investiga a ideação suicida;
 O SSI tinha um formato de entrevista semi-estruturada;
 A BSI é constituída por 21 itens. Os primeiros 19, apresentados com 3 alternativa de respostas, “gradações da
gravidade de desejos, atitudes e planos suicidas”, subtendem os conteúdos:

 1) desejo de viver; 2) desejo de morrer; 3) razões para viver ou morrer; 4) tentativa de suicídio ativa; 5)
tentativa de suicídio passiva; 6) duração de idéias de suicídio; 7) freqüência de ideação; 8) atitude em relação a
ideação; 9) controle sobre os atos suicidas; 10) inibições para a tentativa; 11) razões para a tentativa; 12)
especificidade do planejamento; 13) acessibilidade ou oportunidade do método; 14) capacidade de realizar a tentativa;
15) probabilidade de tentativa real; 16) extensão de preparação verdadeira; 17) bilhete suicida; 18) atos finais; 19)
despistamento e segredo;
 Cautela no uso da BSI: necessidade de intervenção ao ser identificado risco de suicídio; não oferece subsídios
para identificar simulação ou confusão por parte do paciente; foi desenvolvida com base em pacientes psiquiátricos
adultos;
 Triagem de ideação suicida – se a resposta do examinador for 0 ao item 4 ou 5 passará diretamente para o
item 20, sem responder os itens anteriores;
 Se não, o examinando responderá todo o teste;
 O item 21só será respondido por sujeitos com história de tentativa de suicídio;
 Tempo:
 forma auto-administrada: em torno de 5 a 10 minutos;
 Administração oral: aproximadamente 10 minutos;
 Aplicado especialmente a pacientes psiquiátricos de 17 a 80 anos;
 Aplicação coletiva ou individual;
 Quando não for 0 a resposta ao item 4 ou 5, pode-se avaliar a gravidade da ideação suicida, somando os
escores dos itens individuais (de 1 a 19) e obtendo um escore total;
 Os itens 20 e 21 não são incluídos no escore final – caráter informativo: número de tentativas e seriedade da
intenção de morrer na última delas;
 Não são recomendados pontos de corte específicos.
 A presença de qualquer escore diferente de 0 – ideação suicida, necessidade de acompanhamento;

INVENTÁRIO FATORIAL DE PERSONALIDADE - IFP

Fundamentação Teórica
 O IFP fundamenta-se no Edwards Personal
 Preference Schedule (EPPS);
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 Inventário de personalidade objetivo, da natureza verbal;
 Baseado na teoria das necessidades básicas formuladas por Murray;
 Personologia – lista de necessidades, resultado de longo trabalho, com o estudo profundo de uma amostra de
adultos “normais”;

O Inventário
São 15 necessidades ou motivos psicológicos:
1. Assistência; 2. Dominância; 3. Ordem; 4. Denegação; 5. Intracepção; 6. Desempenho; 7. Exibição; 8.
Heterossexualidade; 9. Afago; 10. Mudança; 11. Persistência; 12. Agressão; 13. Deferência; 14.Autonomia e 15.
Afiliação.
 Cada uma das 15 escalas é compostas de nove fases;
 Escala Likert de 7 pontos, sendo o 1 = nada característico e o 7 = totalmente característico;
 O IFP foi desenvolvido no Laboratório de Pesquisa em Avaliação e Medida da UnB;
 São 155 itens: 135 correspondentes às 15 variáveis da personalidade e 20 às escalas de desejabilidade e
validade, retiradas da Escala de Personalidade de Comrey;(aproximadamente 40 mim)
 Escala de validade: verificar se o sujeito respondeu adequadamente ao inventário;
 Escala de desejabilidade: tentou se apresentar de uma maneira que os outras gostaria que ele fosse visto;

As Escalas
 Assistência: escores altos mostram um sujeito com grandes desejos e sentimentos de piedade, compaixão e
ternura;
 Intracepção: escores altos – se deixa conduzir por sentimentos e inclinações difusas; é dominado pela procura
da felicidade, pela fantasia e imaginação. Adjetivos: subjetivo, imaginativo, pessoal nos julgamentos, pouco prático,
metafísico, parcial em suas opiniões, caloroso e apaixonado, sensitivo, egocêntrico, individualista, dedutivo, intuitivo
nas observações;
 Afago: busca de apoio e proteção. Espera ter seus desejos satisfeitos por alguma pessoa querida e amiga;
deseja ser afagado, apoiado, protegido, amado, orientado, perdoado e consolado. Sofre de sentimentos de ansiedade e
abandono, insegurança e desespero;
 Deferência: respeito, admiração e reverência caracterizam que tem altos escores, expressa o desejo de admirar
e dar suporte a um superior; gostam de elogia e honrar os superiores, bem como de imitá-los e obedecê-los.
 Afiliação: dar e receber afeto de amigos é o desejo de pessoas com altos escores; elas são caracterizadas por
confiança, boa vontade e amor. Gostam de se apegar e ser leais aos amigos.
 Dominância: escores altos – sentimentos de autoconfiança e o desejo de controlar os outros, influenciar ou
dirigir o comportamento deles através de sugestão, sedução, persuasão ou comando.
 Exibição: escores altos – desejo de impressionai, ser ouvido ou visto. Gosta de fascinar as pessoas, exercer
fascínio e mesmo chocá-las; gosta de dramatizar as coisas para impressionar e entreter.
 Agressão: escores altos – raiva, irritação, ódio, desejo de superar com vigor a oposição. Gostam de lutar,
brigar, atacar e injuriar os outros; gostam de fazer oposição, censurar e ridicularizar os outros.
 Denegação: escores altos – entrega à resignação. Tendência de se submeter passivamente à força externa;
aceitar desaforo, castigo e culpa; resignar-se ao destino, admitir inferioridade, erro e fracasso; confessar erros e desejo
de autodestruição, dor, castigo, doença e desgraça.
 Desempenho: escores altos - ambição e empenho, desejo de realizar algo difícil, como dominar, manipular e
organizar objetos, pessoas e idéias. Gostam de fazer coisas independentemente e com a maior rapidez possível,
sobressair vence obstáculos e manter altos padrões de realização.
 Ordem: tendência a pôr todas as coisas em ordem, manter limpeza, organização, equilíbrio e precisão.
 Persistência: escores altos – levar a cabo qualquer trabalho iniciado por mais difícil que possa parecer.
Obcecado pelo resultado final do trabalho, esquecendo o tempo e o repouso necessário. Queixas: falta de tempo,
cansaço e preocupações.
 Mudança: desliga-se de tudo que é rotineiro e fixo. Gosta de novidade, aventura, não ter nenhuma ligação
permanente em lugares, objetos ou pessoas.
 Autonomia: escores altos – desejo de sentir-se livre, sair do confinamento, resistir à coerção e à oposição. Não
gostam de executar tarefas impostas pela autoridade, pois gostam de agir independente e livremente.

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 Heterossexualidade: desejo de manter relações, desde romântica até sexuais, com indivíduos do sexo oposto.
Escores altos – fascinação por sexo e assuntos afins.

Aplicação
 Pode ser aplicado individual ou coletivamente;
 Auto-administrável;
 Indivíduos entre 18 e 60 anos de idade;
 Não tem tempo determinado, mas o tempo estimado de resposta é em torno de 45 minutos;

Apuração
 1. Escore Bruto – é obtida em cada um dos 17 fatores;
 1) para as 15 necessidades – somar as respostas dadas aos itens correspondentes a cada necessidade. Itens
indicados pelas cores;
 2) para os dois fatores ou escalas de controle (validade e desejabilidade), inverter a escala de 1 a 7 para 7 a 1
de alguns itens. Os itens são: 6, 24, 42, 61, 79, 99, 118, 138, os que estão com a cor preta na folha de resposta é que
serão invertidos as respostas de 1 a 7;
 Somar as respostas dadas;
A escala de desejabilidade é composta por 12 itens: 11, 23, 35, 47, 59, 71, 83, 96, 110, 123, 136, 150.
Inverter os escores de 1 a 7 para 7 a 1, para os itens com a cor preta na folha resposta;
Somar as respostas dadas;
2. Escores Percentílico: procurar nas tabelas de normas, diferenciadas entre sexo masculino e feminino;
Perfil das necessidades: se os escores brutos forem assinalados na folha de apuração e ligados por uma linha, surgirá o
perfil de necessidades;

Interpretação
Feitas em função do sexo;
O perfil de personalidade é expresso sobretudo para aquelas necessidades cujos os escores se situam além das duas
linhas pontilhadas grossas, abaixo do percentil 30 e acima do percentil 70.
Os escores entre os percentis 40 e 30, bem como os entre 60 e 70, representam necessidades salientes do sujeito, mas
menos acentuadas. Os escores abaixo de 40 – necessidades fracas e acima de 60 – fortes;

 Escala de validade – escore de 32 ou mais devem ser descartados


 Escala de desejabilidade – percentil de 70 ou acima prejudica a análise das demais escalas;

Intensa devoção a seus projetos.


Precisam trabalhar a função sentimento – fornecer padrões para julgamento. Precisam atenção às opiniões alheias.
Podem tentar impor suas regras a tudo e a todos e consequentemente realizar muito pouco.

QUESTIONÁRIO DE AVALIAÇÃO TIPOLÓGICA

Fundamentação teórica
Modelo junguiano de tipologia – tentativa de definir estilos cognitivos e de comportamento individual, classificando
semelhanças e diferenças em determinados grupos.
Baseado na visão arquetípica e intimamente ligado a todo conjunto da psicologia analítica.
O Quati foi desenvolvido na USP e dirigido à população brasileira.
• O QUATI avalia a personalidade através das escolhas situacionais que cada sujeito faz.
• Duas respostas são possíveis.
• Resultados – conjunto de três códigos relacionados a atitude consciente e as funções mais ou menos
desenvolvidas (ou inconscientes).

Tipologia - Definições
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I – Foco de atenção

ATITUDE
1. Introversão – I: orienta-se por fatores subjetivos, dirige a sua atenção para o seu mundo interior de impressões
acerca do mundo. Normalmente controlado e reatraído.
2. Extroversão – E: dirige a atenção para o mundo externo. Expressa-se melhor falando do que escrevendo, gosta mais
de ouvir do que ler. Certa impulsividade, gosta de movimento e mudanças.

II – Recebendo informações

FUNÇÕES PERCEPTIVAS
1. Intuição – In: parte do que está percebendo no momento, mas esta não é sua preocupação. Interessado em
significados, relações e possibilidades futuras ao que está percebendo. Observa o todo, busca novas soluções, prefere
planejar do que executar.
2. Sensação – Ss: o sensitivo confia em seus sentidos para compreender objetivamente uma situação. Mais
interessado no aqui e agora. Prático e realista. Observa detalhes. Facilidade com objetos e máquinas. Prefere executar
do que planejar.

III – Tomando decisões

FUNÇÕES AVALIATIVAS
1. Pensamento – Ps: o reflexivo está atento à lógica dos atos e eventos. Padrão objetivo da verdade. Voltado para
razão.
2. Sentimento – St: o sentimental toma decisões com base em seus próprios valores pessoais(ou de outras
pessoas). Voltado para as relações pessoais, mostra-se receptivo e bom para lidar com pessoas.

Descrições baseadas nos tipos psicológicos

Extrovertido, função principal sentimento, função auxiliar intuição, função menos preferida pensamento. E St
In
• Pessoas desse estilo cognitivo – irradiam calor humano, valorizam o contato com as outras pessoas.
Perseverantes, conscienciosas e ordeiras. Sensíveis a manifestações de aprovação. Tendência a idealizar
excessivamente.
• Qualidade – valorizar a opinião alheia;
• A intuição aguça sua curiosidade por idéias novas.
• Geralmente se interessam pela leitura e pela teoria.
• Pensam melhor quando estão falando com outros do que sozinhas (escrita).
• Profissões que se dedicam a criar um clima de cooperação entre as pessoas: ensino, trabalho pastoral,
aconselhamento e vendas em geral.

Extrovertido, função principal intuição, função auxiliar sentimento, função menos utilizada sensação E In
St
• Inovadoras, grande imaginação, capacidade de tomar iniciativas e começar novos projetos;
• Habilidade para contornar e resolver as dificuldades.
• Envolvimento com as pessoas, habilidade de manejar os contatos interpessoais. Busca compreender e não
julgar os outros.
• Profissões: aconselhar pessoas, utilizar sua boas capacidade didática e liberdade para introduzir coisas novas.
• Campo das artes, jornalismo, ciência, publicidade e propaganda, vendas e literatura.
• Não gostam de rotina, dificuldades com trabalhos rotineiros.
• Perdem o interesse num projeto quando os desafios são solucionados.

Extrovertido, função principal pensamento, função auxiliar intuição, função menos utilizada sentimento E
Ps In
11
• Usam o pensamento para controlar o mundo que as rodeia. Lógicas, objetivas, analíticas e racionais.
• Gostam de executar coisas e fazer planos a longo prazo.
• Focalizam a atenção nas idéias e não nas pessoas que estão por trás das idéias.
• Não têm paciência com confusão e ineficiência.
• A função auxiliar, intuição, aumenta os interesses intelectuais, curiosidades por idéias novas, tolerância pelos
aspectos técnicos e gosta por problemas complexos.
• Gostam de funções executivas, nas quais podem implementar soluções inovadoras.
• Podem ser impulsivas e não levar em consideração o que os outros pensam e sentem.

Extrovertido, função principal intuição, função auxiliar pensamento, função menos utilizada sensação E In
Ps
• Inovadoras, engenhosas, vislumbram novas possibilidades e maneiras de fazer as coisas.
• Imaginação rica, confiantes na inspiração, sentem-se estimuladas pelas dificuldades e têm habilidades para
resolvê-las.
• Gostam de demonstrar competência em várias áreas e valorizam isso no outro.
• São intuitivas quanto aos pensamentos e sentimentos dos outros.
• Buscam mais compreender do que julgar os outros.
• Gostam de coisas diferentes, mas podem ter dificuldade em focalizar sua atenção em qualquer uma delas em
particular.
• Confiam no pensamento, tornando-as objetivas.
• Não gostam de trabalho rotineiro.
• Perdem o interesse num projeto quando os desafios são solucionados.

Extrovertido, função principal sentimento, função auxiliar sensação, função menos utilizada pensamento E St
Ss
Irradiam calor humano e simpatia.
Atenção voltada para as pessoas. Sensíveis a manifestações dos outro. Prazer = calor humano.
São perseverantes, conscienciosas e ordeiras.
Tendem a idealizar a pessoas, instituições ou causas que admiram.
Valorizam as opiniões alheias.
Tendem a harmonizar os conflitos, podendo até concordar com opiniões alheias dentro de limites razoáveis. Podem
perder as suas próprias opiniões de vista.
Interessadas na realidade percebida pelos órgãos dos sentidos. Práticas e realistas.
Gostam de novidades e variedades, mas são capazes de se adaptar à rotina.
Profissões que lidam com os demais, como: ensino, trabalho pastoral, vendas.
Compaixão + preocupação com condições físicas = áreas de saúde.
Não gostam de profissões que exijam domínio de idéias abstratas e análise impessoal.
Não gostam de tomar decisões e podem ter impulsividade nas mesmas.

Extrovertido, função principal sensação, função auxiliar sentimento, função menos utilizada intuição E Ss St
Amistosas, adaptáveis e realistas. Confiam na percepção dos seus órgãos sensoriais.
Buscam solução satisfatória em vez da imposição. Abertas e tolerantes.
Focalizam a atenção no momento presente, com aceitação realista do que existe. Bons “resolvedores de problemas”.
Curiosidade a respeito do novo apresentado aos seus sentidos. Gosto artístico apurado
Decisões tomadas a partir de valores pessoais em lugar da análise lógica do pensamento.
• Função auxiliar, o sentimento = simpáticas e cuidadosos com os outros.
• Podem ser negligentes com a disciplina.
• Aprendem mais com a experiência do que com livros.
• Esforço para ter bom desempenho acadêmico.
• Profissões com dose de realismo, ação e capacidade de adaptação: vendas, serviços de área de saúde,
arquitetura, estilista, turismo, setor de transporte etc.
• Carreiras onde a coragem e habilidade física, e a capacidade de resolver problemas sejam valorizadas. Bom
desempenho esportivo.
• Precisam desenvolver a capacidade de lidar com frustrações e levar adiante objetivos a longo prazo.

12
Extrovertido, função principal pensamento, função auxiliar sensação, função menos utilizada sentimento E Ps
Ss
• Usam o pensamento para controlar o mundo.
• São lógicas, analíticas, críticas e racionais.
• Atenção voltada para o trabalho ou tarefas a serem executadas e não para as pessoas que irão executá-las.
• Gostam de organizar fatos, situações e opções ligadas a um projeto, assim como realizar os objetivos
definidos no prazo.
• São impacientes, podendo chegar a serem duras e inflexíveis.
• Preferem o aqui e agora, sendo práticas e realistas.
• Preferem tipos de trabalho onde os resultados de seus esforços sejam imediatos e visíveis. O mundo dos
negócios, da indústria, da produção, construção. Onde possam colocar objetivos a serem alcançados, tomar decisões e
dar as ordens necessárias para a execução.
• Podem ser impulsivas, sem levar em conta o que os outros dizem.
• Precisam fazer o esforço para valorizar o sentimento.

Extrovertido, função principal sensação, função auxiliar pensamento, função menos utilizada intuição E Ss Ps
• Realistas, amistosas e adaptáveis. Confiam no que podem conhecer através dos sentidos.
• Aceitam com bom-humor os fatos da vida.
• Procurar conciliar do que impor.
• São adaptáveis, com mente aberta e flexíveis.
• Ótimas para avaliar tensões e fazer com que as partes de um conflito cheguem a um acordo.
• Curiosidade ao que é apresentado aos sentidos.
• Boas em solucionar problemas.
• Focam a atenção no presente. Tomam decisões baseados na lógica.
• Aprendem mais pela experiência direta.
• Não confiam em teorias que não foram testadas.
• Profissões: realismo, ação e adaptação – engenharia, carreira policial, marketing, tecnologias da saúde, lazer,
construção etc. Carreiras onde a coragem física e a habilidade de resolver problemas sejam valorizadas.
• Necessitam desenvolver a função sentimento, para usar seus valores pessoais com referência.

Introvertido, função principal intuição, função auxiliar sentimento, função menos utilizada sensação I In St
• Inovadoras, confiam na intuição, estimuladas por problemas.
• Independentes e individuais, mas dão importância à harmonia e à concórdia.
• Forma de liderança: conquista de outras pessoas para sua causa.
• Trabalhos que possam usar a intuição e sentimentos.
• Sentem-se atraídos pelo magistério, formal ou artístico.
• Áreas técnicas ligadas à Ciência e à pesquisa.
• Intensa devoção a seus projetos.
• Precisam trabalhar a função sentimento – fornecer padrões para julgamento. Precisam atenção às opiniões
alheias.
• Podem tentar impor suas regras a tudo e a todos e consequentemente realizar muito pouco.

Introvertido, função principal sentimento, função auxiliar intuição, função menos utilizada pensamentoI I St In
• Calor humano, o que só demonstram depois de conhecer a outra pessoa bem.
• Cumprem com lealdade deveres e obrigações para com suas idéias.
• A visão do mundo se faz partir de seus valores pessoais e ideais .
• Expressam muito raramente seus sentimentos mais profundos – reservados.
• Tolerantes, abertas, compreensivas, flexíveis e adaptáveis. Contudo, se algo ameaça suas lealdades
não cedem num centímetro.
• Não querem impressionar ou dominar os outros, a não ser que seja necessário pela profissão.
• São eficientes quando trabalham no que acreditam.
• Desejam que o trabalho que realiza contribua para os demais. Perfeccionistas.
• Curiosidade por idéias novas. Interesses literários, boa capacidade de expressão, mas não são bons
escritores.
• Grande habilidade e capacidade de convencer os outros; não são barulhentos mas profundos.
• Profissões relacionadas ao aconselhamento em geral: ensino, arte, literatura, ciência ou psicologia.
13
• Problema resultante do que desejam almejar e o que conseguem – complexo de culpa e sentimento de
inferioridade. Acontece mesmo quando estão se mostrando tão competentes quanto os demais ao redor.
• Importante usar a intuição – expressar seus ideais, senão sonham muito, realizam pouco.

Introvertido, função principal intuição, função auxiliar pensamento, função menos utilizada sensação I In Ps
Inovadoras incansáveis, no pensamento e na ação.
Confiam na intuição, não ligando para a opinião pública.
São estimulados pelos problemas, sendo independentes e às vezes teimosos. Perseverantes.
Valorizam a eficiência. Acreditam em suas inspirações e quer que elas sejam colocadas em prática.
Focalizam a atenção nos pormenores da situação, para que sua visão possa ser realizada.
Ciência pura, Política, Filosofia e pesquisa de novos produtos e tecnologias.
Concentração quase maníaca – metas finais claras – não se preocupam em enxergar outros aspectos da situação que
entram em conflito.
Precisam aprender a ouvir as opiniões alheias.
Não valorizam os sentimentos.

Introvertido, função principal pensamento, função auxiliar intuição, função menos utilizada sentimento Ps In
Idéias baseadas no pensamento, confiam no intelecto. Analíticas, lógicas e capazes de crítica objetiva.
Prestam mais atenção às idéias do que às pessoas. Círculo de amigos restrito que gostam de discutir idéias.
Curiosidade intelectual.
Reservadas e caladas, mas podem falar por horas sobre um assunto conhecido. Absorvidas por alguma idéia,
podem até ignorar o mundo ao redor.
Adaptáveis à circunstâncias novas, quando não entram em conflito com seus princípios básicos. Quando isso
ocorre – inflexíveis.
Vislumbram possibilidades além do senso comum, do conhecido, do aqui e agora.
Compreensão rápida da coisas, curiosidade intelectual.
Bom desempenho no campo da ciência pura, pesquisa acadêmica, matemática, professores universitários e
pesquisadores: Economia, Filosofia e Psicologia – interesse em aspectos teóricos.
Interesse – grande desafio = encontrar solução original para um problema qualquer, mais do que ver se esta
solução pode ser colocada em prática.
Precisa desenvolver a percepção, senão fica com pouco conhecimento do mundo real. O que pode dificultar a
expressão de suas idéias, os outros não compreendem.
Tendem a deixar de lado os sentimentos. Conseguem expressar o que é errado, mas dificuldade em expressar
apreciação.

Introvertido, função principal sensação, função auxiliar sentimento, função menos utilizada intuição I Ss St
• Confiáveis e responsáveis.
• Respeito completo, realista e prático por fatos concretos.
• Analisam antes de tomar decisões.
• Lembram e utilizam grande número de fatos.
• Apreciam o que é apresentado de forma clara.
• Reações íntimas – vividas, intensas e imprevisíveis.
• Calmas, raramente demonstram suas emoções pelas expressões faciais.
• Perfeccionistas, diligentes e capazes de trabalhar com afinco.
• Perseverantes, pacientes com pormenores. Só desistem quando convencidas de que estão erradas através da
própria experiência.
• Carreias e profissões – observação cuidadosa e interesse genuíno que têm nas pessoas – áreas de saúde,
ensinos, trabalho de escritório etc.
• Usam função sentimento para lidar com o mundo – bondosas, compassivas e diplomáticas.
• Preocupação com precisão e organização – cargos executivos.
• Precisam desenvolver o julgamento, senão podem fechar-se dentro de si mesmas.
• Tendência de desconfiar da imaginação e da intuição.

Introvertido, função principal sentimento, função auxiliar sensação, função menos preferida pensamento I St Ss
• Pontos de vista muito particulares sobre a vida, tendendo a julgar tudo e todos pelos seu ideais e valores, mas
estes podem ser influenciados por aqueles de que gostam.
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• Não tem facilidade de fala sobre seus ideais e valores.
• Expressam raramente suas emoções, calmos e reservados.
• Tolerância, flexibilidade, adaptabilidade e espírito aberto.
• Inflexibilidade quando seus ideais são ameaçados.
• Aproveitam o máximo o momento presente.
• Valorizam pessoas que refletem longamente sobre seus valores pessoais e objetivos.
• Atenção voltada para realidade (interior ou exterior) apreendida pelos sentidos.
• São boas em atividades que envolvem bom-gosto, capacidade de discriminação e senso estético.
• Relação especial com natureza e animais.
• Grande habilidade manual.
• Necessitam trabalhar em algo que acreditam.
• Problema: contraste entre o que gostariam de realizar e o que conseguem. Sentimento de incompetência e
inabilidade, mesmo quando seu desempenho é bom ou melhor do que os outros.
• Modestas.
• Necessidade de encontrar uma forma prática de expressar seus ideais.

Introvertido, função principal sensação, função auxiliar pensamento, função menos utilizada intuição I Ss Ps
• Confiáveis e respeito completo, realista e prático pelos fatos.
• Podem absorver, lembrar e utilizar um grande número de fatos.
• Aceitam a responsabilidade pela execução de algo, muitas vezes além do que seria a sua obrigação.
• Gostam das coisas “preto no branco”.
• Raramente demonstram publicamente suas emoções, que podem ser vividas e intensas.
• Calmas e seguras em situações de crise.
• Em público e lidando com o mundo das realidades concretas mostram-se confiáveis e sensatas.
• Sistemáticas, perseverantes, trabalhadoras e capazes de levar em consideração os pormenores.
• Tendência de engajamento impulsivo.
• Profissões: talento para organização e levar pormenores em consideração – engenharia civil, contador, direito,
carreiras na área de saúde – cargos executivos.
• Problema: tendência a esperar que todos sejam tão lógicos e analíticos quanto elas. Podendo ser dominadoras
com pessoas menos assertivas.
• Regra útil – usar pensamento na tomada de decisões sobre objetos inanimados ou seu próprio comportamento
e usar percepção para compreender as pessoas.

Introvertido, função principal pensamento, função auxiliar sensação, função menos utilizada sentimento I Ps Ss
• Confiam no pensamento, lógicas, capazes de críticas objetivas, sendo influenciadas por argumentos racionais.
• Gostam de organizar fatos e dados a pessoas e situações.
• Curiosas de forma não explícita. Timidez em situações sociais, exceto entre amigos.
• Tranquilas e reservadas. Mas, em assuntos conhecidos podem fazer discurso intermináveis.
• Adaptáveis às atividades da vida diária, exceto quando seus princípios são violados.
• Gostam do ar livre, prática de esportes e possuem boa habilidade manual.
• Interesse em saber como e porquê as coisas funcionam – ciências aplicadas, mecânica e engenharia.
• Talento para organizar, direito, economia, marketing, vendas, estatística.
• Tendência a adiar decisões e deixar coisas incompletas.
• Não valorizam os sentimentos.

Aplicação
• Forma individual ou coletiva.
• Sem tempo limite, o estimado é de 45 minutos.
• Adultos, com escolaridade a partir do Ensino Médio.

Avaliação
• Três crivos de correção:
• Crivo R-1: Introversão/Extroversão;
• Crivo R-2: Intuição/Sensação;
• Crivo R-3: Pensamento/Sentimento;
• Tabela de profissões mais encontradas para cada tipo;
15
ESCALA FATORIAL DE SOCIALIZAÇÃO – EFS

O Modelo dos Cinco Grandes Fatores de Personalidade – Big Five


 Origem – teorias fatoriais e teorias do traço;
 Explicação teórica da personalidade a partir de cinco fatores;
 Modelo atual: Extroversão (E), Socialização (S), Realização (R), Neuroticismo (N) e Abertura para novas
experiências (A);
 Importante contribuição da análise fatorial;
 Aceitação tardia do modelo:
 Necessidade de computadores com potência para análise fatorial;
 Os autores como Thurstone não continuaram os estudos iniciados na área, voltando-se para inteligência;
 Concepção que os psicólogos tinham sobre personalidade: ênfase na teoria e pouco em pesquisa sistemática;

Por que cinco fatores?


 A descoberta de cinco fatores foi acidental;
 Generalização empírica;
 Não foi desenvolvido de uma teoria a priori;
 Vários autores questionam o número de fatores;
 Esse modelo tem suas origens na análise da linguagem utilizada para descrever pessoas;
 Hipótese léxica: “as diferenças individuais mais significativas nas interações diárias das pessoas são
codificada na linguagem”.
 Traços de personalidade produzem comportamentos – relevantes para grupo – criação de palavras para
descrever essas características;
 McAdams (1992) – cinco fatores se referem a informações fundamentais, que geralmente queremos ter sobre
pessoas com quem vamos interagir:
Ativo e dominante ou passivo e submisso;
Socialmente agradável ou desagradável, amigável ou frio, distante;
Responsável ou negligente;
Louco, imprevisível ou normal, estável;
Esperto ou tolo, aberto a novas experiências ou desinteressado por tudo aquilo que não diz respeito à experiência
do cotidiano.
Universalidade de um sistema baseado numa estrutura lingüística.
Estudos em diversas línguas e países: japonês, chinês, hebraico, em Hong Kong, nas Filipinas, Turquia,
Vietnã,Índia, Portugal, EUA, Brasil etc.
O modelo se mostrou replicável;

O Fator Socialização
 Socialização é um importante componente da personalidade humana;
 No Big Five – descreve a qualidade das relações interpessoais dos indivíduos;
 Relaciona-se aos tipos de interações que uma pessoa apresenta ao longo de um contínuo que se estende da
compaixão ao antagonismo;
 Também avalia o quão capazes as pessoas se percebem no convívio social;

Cinco Fatores e Transtornos


Todos os 5 fatores podem ser úteis para identificação de transtornos de personalidade.
a) Avaliação de estilos emocionais, interpessoais e motivacionais;
b) Panorama compreensível do indivíduo;
c) Informações úteis na seleção de tratamento e avaliação do prognóstico dos casos;

Fator Socialização e avaliação


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Estudos indicam:
Pessoas com transtorno anti-social – baixos escores de socialização;
Dependentes químicos – fator de socialização;
Fator socialização – contexto do trabalho e organizações;

A EFS
 Os itens foram construídos na forma assertiva que descrevem atitudes, crenças e sentimentos e as escalas de
resposta são do tipo Likert de 7 pontos;
 A escala foi desenvolvida no Brasil;
 Amostra de padronização: 1100 participantes de ambos sexos, da Bahia, Rio Grande do Sul, São Paulo e
Paraíba. Nível de escolaridade: Ensino Médio e Superior. Idade: 14 a 50 anos

Aplicação da EFS
Pode ser aplicada individualmente ou em grupo;
Não tem limite de tempo e usualmente não ultrapassa 40 minutos;
Aplicado a pessoas a partir dos 14 anos e do Ensino Médio;

Avaliação da EFS
 Obtenção de escores brutos (ver manual) – uso de crivos:
 S1 – Amabilidade;
 S2 – Pró-sociabilidade;
 S3 – Confiança;
 Os escores brutos são transformados em escores percentílicos consultando as tabelas, de acordo com o sexo;

Interpretação da EFS
 A EFS permite identificar tendências de comportamento, bem como padrões mais prováveis de atitudes e
crenças.
 Os padrões descritos são os extremos, raros de ocorrerem.
Interpretação da EFS
Escore geral – pessoas com alto escore apresentam “altruísmo”, confiança nas demais pessoas, franqueza etc.
Com baixo escore, hostilidade, manipulação, desconfiança, padrões mais elevados de consumo de
substâncias psicoativas, quebra de regras sociais etc.

Interpretação da EFS
S1 – Amabilidade:
Alto escore – pessoas atenciosas, agradáveis, compreensivas e empáticas, gostam de ajudar os outros. Comum em
transtorno de Personalidade Dependente;
Baixo escore – pouca disponibilidade para os outros, sendo auto-centradas e indiferentes.Comum em Transtorno
de Personalidade Anti-social e Narcisista;

Interpretação da EFS
S2 – Pró-sociabilidade
Alto escore: tendem a evitar situações de risco, bem como atitudes consideradas transgressoras às leis ou regras
sociais. Postura franca;
Baixo escore: tendem a envolver-se em situações de risco. Pouca preocupação em seguir regras. Podem ser
manipuladoras e hostis, risco para excesso de uso do álcool. Transtorno de Personalidade Anti-social e
Narcisista.

Interpretação da EFS
S3 – Confiança nas pessoas:
Alto escore: acreditam que os outros são honestos e bem intencionados. Podem ter postura ingênua, podendo ser
prejudicados pelos demais. Transtorno de Personalidade Histriônica e Dependente.
Baixo escore: céticos, assumem que os outros podem ser desonestos e perigosos. Podem ter ciúme excessivo e
dificuldade em desenvolver intimidade com os outros.Transtorno de Personalidade Paranóide, Esquizotípico e
Boderline.
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Definições
 Transtorno de Personalidade Histriônica ou Histérica (TPH) é uma desordem de personalidade (incluída
no grupo B "dramáticos, imprevisíveis ou irregulares" - Borderline, Histriônica, Anti-Social e Narcisista),
representada por pessoas dramáticas, exageradas, sedutoras, que tendem a chamar atenção para si mesmas e
controlam pessoas e circunstâncias para conseguirem o que querem - manipuladores.[1] É um distúrbio de
personalidade que pode ocorrer concomitante ao Transtorno de Personalidade Limítrofe (Borderline) e, por
isso, compartilham várias características em comum. Além disso, histriônicos têm uma probabilidade maior
de adquirir depressão do que a maioria das pessoas.
 A característica essencial do Transtorno da Personalidade Esquizóide é um padrão invasivo de
distanciamento de relacionamentos sociais e uma faixa restrita de expressão emocional em contextos
interpessoais. Este padrão começa no início da idade adulta e se apresenta em variados contextos.

Os indivíduos com Transtorno da Personalidade Esquizóide parecem não possuir um desejo de intimidade,
mostram-se indiferentes às oportunidades de desenvolver relacionamentos íntimos, e parecem não obter muita
satisfação do fato de fazerem parte de uma família ou de outro grupo social (Critério A1).

Eles preferem passar seu tempo sozinhos a estarem com outras pessoas. Com freqüência, parecem ser
socialmente isolados ou "solitários", quase sempre escolhendo atividades ou passatempos solitários que não
envolvam a interação com outras pessoas (Critério A2).

 Eles preferem tarefas mecânicas ou abstratas, tais como jogos matemáticos ou de computador. Podem ter
pouco interesse em experiências sexuais com outra pessoa (Critério A3) e têm prazer em poucas atividades
(se alguma) (Critério A4).

Existe, geralmente, uma experiência reduzida de prazer em experiências sensoriais, corporais ou


interpessoais, tais como caminhar na praia ao pôr-do-sol ou fazer sexo. Esses indivíduos não têm amigos
íntimos ou confidentes, exceto, possivelmente, algum parente em primeiro grau (Critério A5).

Os indivíduos com Transtorno da Personalidade Esquizóide freqüentemente se mostram indiferentes à


aprovação ou crítica e parecem não se importar com o que os outros possam pensar deles (Critério A6). Eles
podem ignorar as sutilezas normais da interação social e com freqüência não respondem adequadamente aos
indicadores sociais, de modo que parecem socialmente ineptos ou superficiais e absortos consigo mesmos.

Eles geralmente exibem um exterior "insosso", sem reatividade emocional visível, e raramente retribuem
gestos ou expressões faciais, tais como sorrisos ou acenos (Critério A7). Afirmam que raramente
experimentam fortes emoções, tais como raiva e alegria, freqüentemente exibem um afeto restrito e parecem
frios e indiferentes.

Questão
 Em que contextos a EFS pode ser utilizada? Que contribuições a EFS traz para esses contextos?

TESTE ZULLIGER

Histórico
 Hans Zulliger (1893-1965) – psicólogo suíço.
 Usou como experimentos de Rorschach com mancha de tinta.
 Amizade com Oskar Pfister.
 Junto com esses e outros autores fundaram a Sociedade de Psicanálise de Zurique.
 Segunda Guerra – usou a técnica de Rorschach na seleção de oficiais das Forças Armadas Suíças.
 Dificuldade – tempo de aplicação, 10 cartões aplicados individualmente.
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 Começou a estudar formas de aplicação coletiva, com menos pranchas.
 1948 – técnica de aplicação coletiva em 3 Pranchas ou Cartões.
 No presente manual, o conceito de cartão é usado para aplicação individual e diapositivos ou figuras, como
sinônimos para aplicação coletiva.
 Esse teste tem diferentes denominações: Z-teste; Teste Z; Teste de Zulliger.
 Presente manual usa Z-teste.

Z-Tetes
Instrumento de avaliação da personalidade com base no psicodiagnóstico de Rorschach.
O Z-teste assim como o Rorschach é uma técnica relativamente não estruturada, multidimensional na mensuração
e avaliação da personalidade:
Número de respostas, respostas globais (G), detalhe comum (D), os determinantes forma pura (ã de F+, F- e F+-),
forma precisa (F+), movimento humano (M), movimento animal (FM), altamente quantificáveis.
As manchas não estruturadas projetadas sobre a tela suscitam associações percepto-associativas nos examinandos
situações que de uma forma ou de outra espelham situações internas, seu modo de tomar decisões, suas
tendências a determinadas atitudes, sua maneira de pensar e sentir, suas relações interpessoais.
Essas informações, transformadas em categorias, passam a ser quantificadas e interpretadas.
Quantificar aspectos funcionais e dinâmicos da personalidade.
Alta correlação entre os resultados do Z-teste Forma Coletiva e o Rorschach.

Aplicação
Ambiente adequado.
Materiais:
Um conjunto dos 3 diapositivos.
Tela bem clara.
Projetor de diapositivos.
Folhas de aplicação.
Um quadro para o examinador ilustrar como os examinandos devem proceder.
Canetas esferográficas.
Os participantes devem saber escrever.
Pessoas com problemas de visão para a leitura à distância podem ficar prejudicadas.
O número de examinandos na sala não deve ultrapassar 35.
Recomendável um pessoa auxiliar para apagar e acender as lâmpadas, distribuir as folhas etc.
Rapport
Instruções: “Nós vamos projetar na tela algumas figuras. Elas não têm forma precisa, são manchas feitas ao acaso.
A sala ficará escura por alguns instantes enquanto a imagem fica projetada sobre a tela. Cada um de vocês
procure fixar a atenção sobre a imagem projetada fazendo a pergunta a si mesmo: o que essa imagem me
lembra, o que ela me sugere?
Pode ser no total da figura, no centro, dos lados, à vontade. Não se preocupem com acerto nem com erro. O que
cada um imaginar está bem! Em seguida serão acesas algumas lâmpadas dos fundos da sala, de tal forma que
cada um poderá escrever tudo que a figura sugere, tudo que a figura lembra! Ao escrever na folha cada um
procure observar que ao lado esquerdo, na folha, se escreve o nome do que está sendo lembrado e sugerido
em seguida procure comentar aquilo que está sendo sugerido.
Verbalização:
Ao perceber que todos entenderam a instrução – apagar as luzes e projetar o diapositivo I sobre a tela. Passados
30 seg, acender as luzes do fundo e pedir para os examinandos escreverem.
Passados 5 min. incluindo os 30 seg. o examinador pede: “favor traçar uma linha horizontal de fora a fora na
folha, após a última frase que foi escrita”. Retira o diapositivo I.
Após todos terminarem, projeta o diapositivo II, seguindo o mesmo procedimento do anterior. Depois o
diapositivo III.
Mapeamento das respostas feito por cada um dos examinandos – entrega da folha de mapeamento, um para cada.
Solicita-se que indique a área da figura onde viu o que escreveu na primeira fase, contornando na folha de
localização a área onde se situa o que cada um imaginou e que está escrito à esquerda das folhas: marcara a

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área com um contorno e com uma seta. O Examinador projeta o diapositivo I e só deve projetar o II quando
notar que todos terminaram de mapear as respostas. Nessa fase, as lâmpadas podem ficar acesas.

Classificação das Respostas


Há vários sistemas de classificação, mas sem grandes diferenças nos resultados finais.
O presente manual adota o sistema de Bruno Klopfer.
Resposta - R: mais importante categoria. É uma idéia, conceito, expressando um conteúdo identificado e
particular, vinculado diretamente à determinada área estímulo do diapositivo, por exemplo besouro (total da
mancha do Diapositivo I) ou algas (nas áreas verdes do Diapositivo II).
 Cada respostas é classificada quanto a:
Localização, onde a pessoa localizou o que viu;
Determinantes, o que a levou a ver tal conteúdo;
Conteúdos, o que ela viu;
Fenômenos especiais, verbalizações mais difíceis de serem quantificadas, ex: “é difícil de explicar!”, “Horrível
isso!”.
Os três primeiros grupos são os dados quantitativos, o quarto é importante para compreensão dinâmica da
personalidade.

Localizações - as respostas podem ser classificadas em 3 grandes categorias, acompanhadas ou não de espaço
branco (S):
Globais, codificadas como G, GS, SG, DG, DGS etc.
Detalhes comuns, códigos D, DS, SD.
Respostas de detalhe incomum, Dd, DdS, SDd, que podem ser subdividas em 4 subcategorias, acompanhadas ou
não de Espaço branco (S): a) Detalhe raro (dr); b) Detalhe diminuto (dd); c) Detalhe interno (di); d) Detalhe
externo (de) ou de borda.

Localização-Global
Global – G, resposta englobando toda a figura, toda a mancha, acompanhada ou não de espaço em branco (S).
Global cortada – Gcort, usa pelo menos dois terços da mancha na verbalização de uma resposta, sem contudo
globalizar e cuja incidência estatística seja inferior a 4%.
Global elaborada, confabulada, contaminada – classificam-se quantitativamente como DG e em alguns casos
como G.
Global elaborada – examinando inicia a resposta a partir de um detalhe, segue coordenando o pensamento na
organização coerente de uma resposta bem trabalhada, de boa qualidade, abrangendo no final toda a mancha.
Ex: diapositivo III – “de um lado (área escura à direita) uma bailarina, do outro lado outra bailarina, estão
dançando num palco todo iluminado de lâmpadas vermelhas”.
Global confabulada – uma global de má qualidade. A resposta é construída a partir do detalhe da mancha e
encerrando-se numa percepção global, porém caracterizada por fantasia e divagação verbal. Ex: diapositivo
III “Vejo duas pessoas num lado e outras duas no outro; chegaram primeiro duas, depois as outras duas...são
do outro mundo, trabalhando e conversando sobre alguma coisa que estão programando...
Global contaminada – o examinador inicia a verbalização a partir de um detalhe da mancha, tenta integrar os
detalhes que vai percebendo, só que de forma absurda, incoerente e ilógica. Se analisarmos, percebemos que o
sujeito percebe separadamente os detalhes, conteúdos comuns para as demais pessoas; mas pela desagregação
do pensamento em que o sujeito entra, ele tenta integrar tais elementos não conseguindo – síntese ilógica e
absurda.
Exemplo global contaminada – esquizofrenia paranóide: “Isso é Weinfelden; aí está o lago de Constança, o
vermelho em baixo é o vinho derramado. Foi aí que me casei; naquele tempo o lago chegava até Weinfelden.
Aqui está a porta do hotel onde estivemos, aí está dois indivíduos sentados e que beberam vinho na garrafa
mais aí também a caneca que na qual nós bebemos.

Localizações – Espaço Branco


Espaço Branco – S
É o uso do branco pelo examinando, quer apontando ou verbalizando a resposta numa área branca do diapositivo,
quer quando a resposta dada ou comentário incida sobre o branco, quer quando o examinando fala sobre o
branco, integrando-o ao conteúdo verbalizado.

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Exemplo (espaço branco) – Diapositivo III: “Vejo aí uma espinha dorsal”; Diapositivo I: “Isso é uma máscara
com uns furos brancos no meio”.
Quando o conteúdo é localizado na área branca sem o examinando falar sobre o branco. Diapositivo I, nos dois
brancos: “Dois olhos”.
O espaço Branco, pelo presente manual, é classificado não como uma categoria específica de localização mas
sempre como combinatório ou associativo às localizações dos três grupos (globais, detalhes comuns e
detalhes incomuns);
GS, DGS, Gcort S, DS, drS
Espaço em branco enfatizado (SG, SGcort, SDG, SDd).
Registra-se S anteriormente à área a que vem associado quando na verbalização da resposta o examinando
demonstrou preocupação com o branco, isto é, repetindo-o várias vezes na resposta, detendo-se em
comentários apreciativos, depreciativos ou críticos sobre o branco.
Preocupação pode se indicativo de sentimentos de insegurança, ansiedade.

Localização – Espaço Branco - Global


Global associada ao espaço branco – GS. É a resposta dada no conjunto de mancha com integração do espaço
branco. O examinando inclui o espaço branco, sem enfatizar a percepção do mesmo, Diapositivo I: “Um
morcego no céu bem claro”.
Global com S enfatizado – SG. O examinado demonstra preocupação, através da repetição, comentários
demorados sobre a área branca. Ex: Total do Diapositivo I: “Uma máscara no céu”; na coluna prevista para
comentário do examinando, escreve: “horrível esta máscara por causa dos furos que tem, como se fossem
buracos; horríveis esses furos”.
Global iniciada por detalhe com inclusão do branco intermediário – DSG.
É uma global em que o sujeito inicia a verbalização a partir de um detalhe da mancha, inclui o espaço branco
intermediário e conclui globalizando uma resposta só.
Exemplo – Diapositivo II, na área vermelha superior: “O sol nascendo e árvores”. Comentário: “O sol vem
nascendo projetando claridade sobre umas árvores verdes, sobre o vazio do meio (branco intermediário) e o
terreno mais em baixo”.

Localizações – Detalhes Comuns


 Detalhe Comum – D: são detalhes que mais se evidenciam em virtude da distribuição das figuras no espaço
da prancha...são a grosso modo, as respostas mais freqüentes.

Localizações – Detalhe Incomuns


Detalhe incomum – respostas numa determinada área numa freqüência inferior a 4,5%.
Classificações quanto ao detalhe incomum:
Detalhe diminuto, dd – resposta situada numa área muito pequena da mancha, normalmente nas extremidades. Ex.
no diapositivo II, dd 22: “Cabeça de porco”.
Detalhe externo, de – usa apenas a borda da mancha para aí verbalizar o conteúdo. Ex. no diapositivo II, na borda
inferior, “raízes”.
Detalhe interno, di – quando o examinando seleciona uma parte interna da mancha e aí verbaliza um conteúdo.
Comumente, nessa situação ele detém-se em comentar minuciosamente o interior dessa área. Não observado
no Z-teste, mas teoricamente é possível ocorrer.
Detalhe inibitório, Do – detalhe oligofrênico.
O que caracteriza uma resposta DO é o fato de o sujeito perceber parte de uma pessoa (pernas, cabeça, braços)
sem ver a pessoa inteira, comumente percebida pelas demais pessoas.
Exemplo: nas áreas escuras do diapositivo III, é frequente o examinando verbalizar duas pessoas e não apenas
“cabeças de gente” – Do.

Detalhe raro, dr – resposta dada numa pequena área ou relativamente grande e que não se enquadre nos critérios
dos detalhes incomuns dd, di, de e DO. Há várias áreas consideras de detalhes raros, com freqüência maior do
que as dos demais detalhes incomum.

Localizações – Detalhes Incomuns – Espaço Branco

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A combinação do espaço branco com os detalhes incomuns ocorre nas respostas em que o examinando verbaliza
um percepto em área da mancha que corresponde a um dr, dd, de, di, DO e que são vistas associadamente
com o espaço branco ou localizadas no branco, S não enfatizado, e S enfatizado.
Codificação: drS, ddS, deS, diS, DOS ou Sdr, Sdd, Sde, Sdi, SDO. No Z-teste coletivo, a maior freqüência é de
drS ou Sdr.

Determinantes
 Identificar numa verbalização, quais fatores psíquicos levaram ou determinaram o examinando a dar essa ou
aquela resposta.
 Os determinantes são a expressão do modo como o examinando estabelece a relação entre o mundo externo
através das manchas e o seu mundo interno.
 Categorias: forma, movimento, cor e sombreado.
Determinante - Forma
 Determinante forma (total de F+, F- e F+-) – conteúdo baseado em sua forma, como um conceito
particularizado, com suas peculiaridades formais na mancha, sem nenhuma combinação com ação, cor,
textura e sombreado.

 Forma de boa qualidade - F+, resposta eu se enquadra em um dos dois critérios seguintes:
1. Quando a resposta é considerada comum pela área em que está localizada e tem um conteúdo com forma simples,
isto é, sem combinação com cor, movimento ou sombreado. Ex. Diapositivo II, área D1: “dois touros”. Comentário:
“dá para se notar bem o formato da cabeça, das patas e do corpo”.

2. Quando o examinando emite a resposta levado simplesmente pela forma e o conteúdo se situa numa área que não é
comum naquela figura, mas ele caracteriza bem este conteúdo, descrevendo-lhe o formato e o configura na área.
Exemplo: no Diapositivo II, dr 20: “Esquilo”. Comentário: “tem patas, cabeça e corpo perfeito de um esquilo”
 Forma de má perfomance (F-), quando a resposta de forma pura se enquadra em um dos três critérios:
1. Forma confusa ou vaga - na resposta, o conteúdo é percebido com forma simples, porém confusa e vaga; dá
para se observar que o próprio examinando, sente dificuldades para descrever e mesmo objetivar o conteúdo
verbalizado.
Ex, no diapositivo II: “uma coisa que não dá para saber bem”. Inquéritos: “é uma coisa assim parecida,
floresta não é, seria qualquer coisa assim, não dá para ver bem”.
2. Forma combinada com Fenômenos Especiais comprometedores. Pode ocorrer uma resposta em que o conteúdo,
percebido somente pela forma, vem associado a um ou mais dos fenômenos especiais: contaminação, confabulação,
idéia de autorreferência, idéia de referência e resposta de posição. Mesmo que o conteúdo seja comum, associado a
um desses fenômenos, classifica-se como F-.
Diapositivo I: “uma pessoa (área escura) cujos braços se desprenderam e estão parados do lado; elas estão
mortas ao redor de quatro caixões com 4 buracos (4 espaços brancos do meio)”.

3. Resposta de forma abstrata. Quando se trata de uma resposta com conteúdo abstrato e que não vem acompanhado
de nenhum determinante combinatório (cor, sombreado etc).
Ex. diapositivo I: no total “felicidade”. No comentário o examinado não acrescenta nenhuma expressão compatível
com qualquer determinante combinatório.

 Forma duvidosa (F+-) – conteúdo cuja forma não está bem clara para o examinando na sua maneira de
perceber nem na sua maneira de se expressar. Ás vezes dá uma resposta comum, mas por si mesmo tira a
precisão formal do que está vendo. Outras vezes, vê dois perceptos, ficando em dúvida se são dois ou um só.
 Exemplos: “um besouro”. No inquérito escreve: “um besouro ou um inseto”.
 O somatório de ((F+) + (F-) + (F+-)) tem papel importante para a interpretação quanto à capacidade de
controle geral e racional;
 Interpretados individualmente expressam as condições de funcionamento do pensamento lógico.

Determinantes – Movimento
Interpretações determinadas pela percepção da forma e acrescida de sensações cinestésicas.
Conteúdo expresso em ação.
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Movimento humano: pessoa em movimento.
 Movimento humano de boa performance (M+) – Pessoa inteira vista em ação vital de postura ou de
locomoção.
 Ex. diapositivo III (áreas vermelhas laterais inferiores): “Duas crianças”. Comentário: “Uma cena em que
vejo duas crianças brincando de pula-pula”.
 Movimento humano de má performance (M-). Detalhe humano ou humano descaracterizado visto em ação
vital de postura ou locomoção.
 Ex. Diap. I: “Dois olhos”. Comentário: “Dois olhos de pessoa brava”.
 Ex. diap. I: “um fantasma”. Comentário: “tipo humanóide, a maneira de caminhar é de gente, mas tem algo de
monstro...”
 Movimento humano duvidoso (M+-). Quando não está claro o movimento humano no conteúdo verbalizado
pelo examinando.
 Ex. “Uma dança”. Comentário: “Pessoa ou bruxa...não dá para ver bem...numa dança”.
 Movimento animal (FM) – resposta de conteúdo animal visto em ação, quer de deslocamento, quer de
postura.
 Ex. diap. I “um morcego voando”.
 Diap. II (áreas marrons inferiores) “dois touros”. Comentário: “os dois vinham correndo um em direção ao
outro e agora estão parados”.
 Diap. I “Duas águias pousadas”.
 Movimento inanimado (Fm, mF e m). Conteúdo visto em ação por forças físicas, químicas, mecânicas ou
abstratas.
 Fm – movimento com forma bem definida. Ex. diap. II (área do pequeno espaço branco central) “Um avião
subindo”.
 mF – sem forma definida. Ex. “algo parecido com um avião , não sei se é avião ou outro objeto subindo”.
 m – movimento não percebido com forma. Ex. diap. II “dança das cores, alegria pela dança das cores”. Ex.
diap. I “Há uma nuvem, do outro lado outra, elas estão se encontrando, sendo levadas pelo vento.”
Determinantes – Cor Cromática
 Examinando emite resposta levado pelo colorido.
 Cor com forma precisa e bem definida (FC). Ex. diap. III “Uma borboleta dessas da primavera, colorida”.
 Cor com forma imprecisa, não bem definida (CF). A forma é vaga e difusa, quando a resposta é de conteúdo
gasoso, líquido e difuso, respostas associadas a sangue (pessoa sangrando), resposta manchas (manchas de
tinta). Ex. diap. II (áreas verdes laterais): “duas coisas verdes”. Comentário: “são umas coisas verdes, não sei
bem do que se tratam”.

Determinantes - Cor
Cor arbitrária (F/C e C/F). Conteúdo visto como colorido, mas que na realidade não se trata de uma cor autêntica
mas de colorido artificial que levado a efeito por processo, quer de laboratório, quer de imagem fotográfica,
passa a se convencionar como tal. Mapas, carta topográfica, imagem de radio ou fotografado. Com forma
precisa (F/C) com forma imprecisa (C/F). Ex: diap. II “dois rins”. Comentário: “é a radiografia colorida de
dois rins”.
Cor forçada – F-C e C-F. atribui ao conteúdo uma cor que ele não tem. Ou verbaliza uma resposta com expressão
cromática não compatível com a cor da mancha.
Ex. diap. I : “Uma folha verde” O diap. I é preto. Forma bem definida F-C
Se o conteúdo for vago ou impreciso é C-F : “Como se fosse uma folha verde, não tenho certeza.”
Cor pura (C). Conteúdo sem forma visto como colorido. Respostas com líquido, nuvem, fogo, etc. Ex. diap. II
“Cores”. Comentário: “Muitas cores e bonitas”.
Ex. diap. III: “Sangue” Comentário: “sangue vermelho, escorrendo”.
Cor descrita,(Cdesc) – o examinando simplesmente descreve as tonalidades ou nuance da cor. Ex: diapositivo II:
“Cor marrom”. Comentário: “percebe-se um marrom mais claro e que pouco a pouco tem a tonalidade mais
forte”.
Cor simbólica, (Csimb) – cor pura usada por examinando como símbolo. Ex: diapositivo II: “Bons augúrios”.
Comentário: “o verde é sinal de bons futuros, esperança”.
Cor nomeada ou numerada (Cn) – o examinando apenas nomeia ou enumera as cores que visualiza. Ex:
diapositivo II “três cores”, “Marrom, vermelho e verde”.

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Cor acromática (FC’, C’F, C’) – Conteúdo visto em área preta, cinza ou escura.
FC’ – respostas de cor acromática com forma definida. Ex: diapositivo I “Inseto preto”.
C’F – não tem forma definida. Ex: III, “pessoas ou extraterrestres”. Comentário: “não dá para precisar se pessoas
deste planeta ou de outro, sei que estão vestidas de preto”.
C’ – não tem forma nenhuma. Ex: I “Cores”. Comentário: “só vejo cores pretas, nada mais”.

Determinantes – Sombreado
O sujeito percebe o conteúdo, levado pela sombra deste projetada nas mais variadas dimensões.
Sombreado radiológico (Fk, kF, k)- conteúdos radiográficos, de mapa geográfico ou de “negativos”
Forma definida (Fk).Ex: I, “A radiografia de dois pulmões”.
Forma não bem definida (kF). Ex: I, “pulmão”. Comentário: “dá idéia de pulmões, muito vagamente.”
Sombreado tridimensional em plano bidimensional, sem forma (k). Ex: “uma radiografia”. Comentário: “uma
radiografia, simplesmente”.
 Sombreado perspectiva, (FK, KF, K) – conteúdo tridimensional.
 Conteúdo visto em profundidade, forma definida (FK). Ex. II, “uma casa, com árvores atrás”. Comentário:
“uma casa japonesa tendo dos lados mais atrás duas árvores verdes”.
 Apenas alguma idéia de forma. Ex: I, “umas nuvens”. Comentário: “nuvens tomando forma de duas pessoas”.
 Conteúdos difusos, disfóricos (nuvens, fumaça, noite, imensidão etc. Ex: I, “uma nuvem enorme”. Nada
acrescentou no comentário.
 Sombreado textura, (Fc, cF, c) – percepção tátil (suave, macio, fofo, áspero, rugoso etc.).
 Forma definida (Fc). Ex: I, “um casaco”. Comentário: “de seda, pelas malhas macias”.
 Forma vaga (cF). Ex: II, “como se fosse um terreno”. Comentário: “idéia não muito clara de um terreno muito
arenoso, revestido de areia”.
 Ausência de forma (c). Ex: I, “uma pelugem”. Comentário: “uma pelugem, só”.

Vários de determinantes na mesma resposta


 Regra básica: trata-se como principal aquele que mais chamou a atenção do examinando: aquele que aparece
por primeiro na seqüência da verbalização, ou é mais repetido.
 Dois ou mais determinantes na mesma resposta, ordem de prioridade: movimento humano – cromáticos –
sombreado textura – forma – movimento animal – movimento inanimado – cores acromáticas – sombreado
perspectiva/profundidade – sombreado radiológico.

Conteúdos
O que viu o examinando na resposta dada.
Categorias mais freqüentes:
Humano - H: figura humana inteira.
Humano descaracterizado (H): conotações espirituais, sobrenaturais, mitológicas etc.
Detalhe humano – Hd: membros externos do ser humano.
Detalhe humano descaracterizado – (Hd).
Animal – A: animal visto por inteiro.
Animal descaracterizado (A): animal com alguma característica de pessoa, sobrenatural ou mitológica.

Conteúdos – Categorias mais Freqüentes:


 Detalhe animal – Ad: membros externos.
 Detalhe animal descaracterizado: membro do animal com conotação humana.
 Objeto – Obj: objeto para uso geral.
 Objeto humano – Hobj: objeto para uso pessoal.
 Objeto animal – Aobj: objeto para uso animal (coleira).
 Objeto espacial – Objesp: constructo feito para voar.

 Abstrato – Abstr: conteúdo de natureza abstrata.


 Alimento – Al.
 Anatômico – At: órgão interno (humano ou animal), ossos, conteúdo radiológico.
 Planta – Pl.
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 Natureza – Nat: astros, minérios e metais.
 Água – água.
 Arte – Arte.
 Nuvem – Nuv.
 Geográfico – Geo: visto em mapa geográfico.
 Arquitetônico – Arq: relacionado à arquitetura.
 Mecânico – Mec.
 Sangue – Sangue.
 Sexo – Sex: parte ou órgão com função sexual.
 Fogo – Fogo.
 Máscara – Masc.
 Explosão – Expl.
 Cena – Cena: conteúdos humanos ou animais em ação dentro de cenário ou pano de fundo.

Fenômenos Especiais
 Choque ao branco – preocupação com o branco ao redor (exterior) das manchas. Sinal de ansiedade
situacional mobilizando sentimentos de temor não objetivo, insegurança e às vezes inferioridade.
 Choque ao vazio – dificuldades diante dos espaços em branco do interior dos 3 diapositivos. Críticas,
desagrado, preocupação com o branco intermediário. Maior freqüência em crianças com sentimento de perda
afetiva e adultos com dificuldades psicossexuais.
 Choque acromático – dificuldades em relação às manchas escuras dos diapositivos I e II e que podem se
manifestar através:
 Comentário depreciativo sobre o diap.;
 Comentários depreciativos sobre as manchas;
 Diminuição da quantidade e qualidade de respostas;
 Expressão de repugnância;
 Choque cromático – perturbação diante dos estímulos coloridos dos diap. I e II manifestada por:
 Comentário depreciativo sobre o diap.;
 Comentários depreciativos sobre as manchas;
 Diminuição da quantidade e qualidade de respostas;
 Impressão de ter ficado chocado, diante do cartão colorido, sem dar resposta;
 Expressão de repugnância;
 Choque de exclamação – expressões não carregadas de emoção forte, como de estupefação. Ex: Ih! Bah!
Hum, Hum!. Geralmente, ocorrem no primeiro contato com o diap. Sinal de ansiedade situacional, sem maior
comprometimento.
 Confabulações – significa fuga, uso comprometedor da fantasia. Ocorre com maior freqüência com transtorno
neurótico.
 Contaminação – sinal de dissociação do pensamento. Ocorre em transtornos esquizofrênicos.
 Crítica à técnica – crítica às manchas ou ao teste. Ex: “Não seria melhor assim?” “Borrão mal feito”. Típico
de defesas paranóides.
 Idéia de autorreferência – identifica coisas suas, partes de si na mancha. Mais comum em transtorno
esquizofrênico.
 Idéia de referência – preocupação em descrever e ilustrar as verbalizações com coisas identificadas com as do
seu relacionamento. Ocorre com pessoas demasiadamente confusas ou com transtorno neurótico.
 Linguajar requintado – expressões rebuscadas, formais, de “termos esnobes”, “estrangeirismo”. Mais comum
em casos de pessoas com epilepsia, com dificuldades ou transtorno psicossexual.
 Mutilação – membros de animais ou pessoas, quebrado, acidentados etc. tendência sádica.
 PO. Resposta de posição - Sinal de dissociação do pensamento. Específico de transtorno esquizofrênico. Pode
aparecer também em pessoa com deficiência mental.

Tabulação dos Dados


 Computadas o total de respostas (R).

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 Percentual das demais variáveis são computadas dividindo-se o total de cada uma delas pelo total de respostas
e multiplicando-se por 100
 Ex: examinando teve 13 (R), 4 globais (G), 5 Detalhes comuns (D) e 3 Detalhes incomuns (Dd).
 Classificação:
 Total de R = 13;
 Percentual de G = 4/13 x 100 = 30%.
 Percentual de D = 6/13 x 100 = 46%.
 Percentual de Dd = 3/13 x 100 = 23%
 Os espaços em branco não devem ser computados, pois são avaliados junto com as 3 categorias. Mas, devem
ser pela freqüência em número absoluto (incidência).
 Determinantes e conteúdos
 Obter o somatório de cores, usa-se a fórmula:
 ΣC = (FC+ 2FC+ 3C)/2.
 Protocolo para tabulação do Z-teste.

Interpretação
 Seleção da amostra desse estudo – 1341 pessoas em Porto Alegre. Os grupos em que se observaram maior
discriminação é o das categorias de atividades profissionais, que deve ser levada em conta na análise do Z-
teste.

Número de Respostas por Diapositivo


 Diapositivo I – representa a capacidade de adaptação inicial do sujeito diante de uma situação nova. Pessoas
muito ansiosas perturbam-se com mais facilidade e tendem a descrever as manchas, a falar ou escrever
demais, sem objetivar os conteúdos. Pessoas depressivas dão poucas respostas a esse estímulo.

 Diapositivo II – mobiliza, além dos sentimentos de insegurança (S), o sistema afetivo emocional.
 O diapositivo III – relaciona-se à capacidade de relacionamento interpessoal, criatividade e empatia. Pessoas
empreendedoras, com poder de planejamento e senso de organização tendem a verbalizar resposta do tipo DG
elaborada.
 Diap III. Conteúdos de figura humana autêntica, em ação são considerados de boa qualidade, enquanto que os
de humano descaracterizado, com conotações antropomórficas, sobrenaturais ou mitológicas indicam
relacionamento interpessoal cauteloso, receoso e tímido.
 A média de respostas por diap. pode variar de acordo com a profissão (tabela 2A). Oscila de 5,4 para
operários a 8,3 para profissionais autônomos. Há tabelas de referência para nível de instrução e faixa etária.
 Número de respostas elevado e quanto maior afastamento em relação à média de seu grupo é indicativo de
obssessividade.
 Se o pensamento lógico (F+%), as condições de controle geral (ΣF) e as de relacionamento afetivo (FC em
proporção com CF+C), encontram-se dentro do “normal”, o elevado número de respostas como traço
obsessivo, mas adequado inclusive à profissão, como se observou no grupo de farmacêutico.
 Uma expressiva diminuição de respostas pode se indicativo de defensividade, ou depressão ou até um
“déficit” intelectual.
 Elevado número de respostas com detalhe diminuto (dd) – preocupação excessiva com minúcias em prejuízo
da percepção do conjunto.

Localizações
 Localizações relacionam-se com o modo como a pessoa percebe racionalmente a realidade.
 Respostas G (globais): percepção de síntese e capacidade de planejamento.
 Respostas detalhes comuns(D): inteligência voltada para o concreto e pragmático.
 Respostas detalhes incomuns (Dd): capacidade de análise, observação e bom senso.
 Espaço em branco (S): interferência da ansiedade situacional.

Globais: Percepção do conjunto e senso de organização


 15 grupos de ocupação média de 12,83 e 37,48%.

26
 Inteligência dirigida ao abstrato.
 Global elaborada (DG): capacidade de planejamento e senso de organização.
 Global elaborada com espaço branco (DSG): sinal de capacidade crítica. Consegue controlar a ansiedade (S)
de forma crítica, sem perder a visão de conjunto.

Globais
 Globais cortadas (Gcort): inibição do pensamento e do senso crítico.
 Presença de Gcort em avaliação psicotécnica normal (ansiedade).
 DG confabulada e DG contaminada: uso inadequado da fantasia e fuga da realidade, atenção para a hipótese
de transtorno esquizofrênico.
 Índices globais inferiores à média – hipótese de pessoa pouco inteligente, síntese prejudicada e falta de visão
de conjunto da realidade.

Detalhes
 Discernimento e senso de objetividade.
 Detalhe comum (D): expressão do concreto, da percepção da realidade.
 Diminuição de D – tendência a evitar o óbvio, pouco senso de realidade objetiva e inadaptação à realidade.
 Acima o máximo da média – preocupação excessiva com minucias, rigorosidade.
 Detalhes incomuns (Dd): capacidade de análise e senso de observação.
 Quanto mais minuciosas e observadoras forem as pessoas, maior será seu índice percentual de Dd.
 Detalhe inibitório(DO) – indicativo de tensão, ansiedade ou bloqueio emocional.
 Detalhes internos (di) – tendências introspectivas.
 Detalhe externo (de) – temor que a pessoa sente em se envolver, caso se entregue à participação profunda da
questão. Maior freqüência em pessoas marcadas pela idealização, em neuróticos obsessivo-compulsivos e em
esquizofrênicos forma paranóide.

Espaço Branco (S)


 Indicador de ansiedade situacional.
 Sentimentos de insegurança, desprazer, tensão diante de uma dificuldade circunstancial a ser transposta pela
pessoa.
 S>2, o nível de ansiedade situacional está elevado e pode orientar a inteligência para críticas excessivas.
 Ausência de S pode indicar rigidez, defesa do tipo paranóide ou mesmo negação.

Determinantes
 Representam os elementos dinâmicos da realidade.
 Forma (F%): controle geral sobre impulsos e reações afetivo-motivacionais.
 F% alto: controle demasiado, repressão dos afetos e emoções, com prejuízo na espontaneidade.
 F% baixo: casos de pobreza intelectual, descontrole emocional e em pessoas com pouco senso de
responsabilidade.
 F% = funções do superego.

Forma e Precisão Fomal (F+)


 F+% = funcionamento adequado do pensamento lógico em seu aspecto de precisão, coerência e organização.
 F+% baixo sem distúrbios afetivos pode tratar-se de baixo potencial de inteligência.
 F+% baixo em pessoas com boa capacidade intelectual – interferência de fatores afetivos, em especial,
estados depressivos.

Movimento Humano (M)


 Criatividade, espontaneidade e empatia.
 Índice elevado - inteligência criativa ou propensão da pessoa testada a reações ou defesa de tipo maníaco.
Este último revela-se especialmente se M vier combinado com CF e FM.
 Ausência de M – freqüente em pessoas ansiosas, tensas, inibidas, depressivas ou pouco inteligentes.
 Movimento de boa qualidade (M+): boas condições intelectuais e imaginação criadora.
27
 M-: comuns em pessoas inibidas, ansiosas e de relacionamento interpessoal receoso e tenso.

Movimento Animal (FM)


 Relacionado a características da infância.
 O que é de mais primário na estrutura da personalidade, representante dos instintos e impulsos.
 FM elevado – pode significar imaturidade e infantilismo.
 Ausência de FM – pessoa não tem senso de iniciativa, de competição.

Movimento Inanimado (Fm+mF+m)


 Refere-se a conflito psíquico.
 Fm maior ou igual do que m+mF: pessoa está conseguindo discriminar racionalmente os fatores tensionantes
e conviver com o conflito.
 Fm é menor que m+mF : pessoa não consegue superar o conflito psíquico.

Cor Cromática
 CF (forma imprecisa): tendência a excitabilidade emocional, escapes agressivos e atitudes sem o adequado
controle.
 C (Cor pura): tendência a reação emocional intensa (apreciação, estima, admiração, amor e paixão, desprezo,
ódio etc). Esperado freqüência baixa em pessoas normais
 Condições afetivo-motivacionais.
 Forma definida (FC): relacionamento afetivo adequado.
 FC ≥ CF (forma imprecisa) + C (Cor pura): a pessoa é capaz de liberar os sentimentos e afetos de forma
madura.
 FC ≤ CF + C: dificuldades em reagir de modo adequado quanto ao relacionamento interpessoal.
 Cor forçada (F-C e C-F) e cor arbitrária (F/C e C/F): nunca ocorreram no Z-teste coletivo. Pode significar
relacionamento interpessoal cauteloso e tímido.
 Cor descrita (Cdesc): não ocorreu no Z-teste coletivo. Reação à cor, pensamento desorganizado, o
examinando tende a descrever a cor, pessoas limitadas de inteligência.
 Cor pura (C): descontrole das emoções.
 Cor nomeada ou numerada (Cn): perturbações emocionais que levam desorganização do processo lógico do
pensamento – podem indicar esquizofrenia.

Textura (Fc,cF,c)
 Contato humano e interação social.
 Fc ≥ cF+c : atitudes adequadas de contato; por outro lado, pessoas que não buscam ou investem afeto
adequadamente.

Cor Acromática (FC’,C’F,C’)


 Depressão: a pessoa tende a evitar estímulos que lhe possam mobilizar reações emocionais e sentimentos para
o mundo exterior.
 Comprometedor quando FC’≤ C’F + C, especialmente na presença de C’ (pura), pode indicar depressão
crônica.

Sombreado Radiológico (Fk,kF,k)


 Ansiedade e adaptação racional.
 Fk (forma precisa): recorrer à intelectualização para enfrentar uma situação tensionante.
 K (sem forma): ante a situação de tensão, sentimentos de insegurança se elevam, não tem condições de
suportá-la.
 kF (forma vaga): controle da ansiedade de forma precária.
 Índice Fk ≥ (kF + k): defesa da ansiedade pela intelectualização.

Sombreado Perspectiva (FK,KF,K)


 Ansiedade e adaptação afetiva.

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 FK (forma definida): ante a tensão e pressão externa se mobiliza e entra sofrimento, mas pode fazer
autocrítica e elaborar o sofrimento.
 KF e K: ante a tensão entra em sentimento de insegurança, sem ter adequada defesa. Sem tolerância para
tensão e frustração.

Conteúdos
 Sofrem maior influência do meio e cultura do que os outros elementos.
 Pessoas flexíveis tendem a dar 3 ou mais categorias de conteúdos.
 Menos de 3 categorias, tendem a ser pessoas estereotipadas e inflexíveis até mesmo na conduta.
 Conteúdos humanos (H+Hd): capacidade relacionamento com a pessoas.
 Conteúdos humanos descaracterizados (H) e (Hd): relacionamento interpessoal receoso, cauteloso e
controlador.
 Animal (A+Ad): comum em crianças e pessoas de menor nível educacional. Índice elevado pode ser
indicativo de estereotipa do pensamento, pouca flexibilidade.
 Anatômico (Ant.): uso da intelectualização para tolerar a ansiedade, tensão e frustração. Exceto área médica.
 Plant (Pl): aparece bastante, principalmente em pessoas do interior. Em tais casos não deve ser interpretado
como afeto primário.

Respostas Populares
Habilidade, condições que a pessoa tem para perceber as coisas, as situações, a realidade como elas são, em
consonância com a cultura.
Espera-se que 25% das respostas de um pessoa considerada ajustada ao convívio social seja de respostas
populares.

AS PIRÂMIDES COLORIDAS DE PFISTER

HISTÓRICO
 Max Pfister (1889-1958) – interessava-se por artes, foi arquiteto, bailarino e coreógrafo.
 Por problemas de saúde afastou-se da dança e fez formação em Psicologia.
 Como trabalho de conclusão de curso criou as técnicas das pirâmides coloridas para avaliação da
personalidade.
 Impressões subjetivas que as cores produziam nas pessoas.
 A estrutura da pirâmide facilita o aparecimento de grande variedade de configurações.
 No Brasil, a primeira publicação foi em 1956.

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
 Cor
 Elemento natural, simbolismo “universais”.
 Simbolismos. Ex: Paixão de Cristo – uso da cor violeta ou roxa.
 Percepção visual: ondas eletromagnéticas;
 Emoções – definição: sensações subjetivas que ocorrem em resposta a um fator estimulante.
 As cores como as emoções prestam-se mais a serem sentidas do que compreendidas.

APLICAÇÃO
 Material:
 Jogos com quadrículos coloridos – 10 cores, 24 tonalidades;
 3 cartelas com esquema da pirâmide;
 Folha de protocolo;
 Mostruário de cores;

 Pode ser utilizada com crianças desde os 7 anos até indivíduos idosos.

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 Excluir pessoas com deficiência em distinguir cores (ex. daltônicos).
 Aplicado de modo individual.
 Tempo de aplicação estimado em 15 minutos.

Instruções:
“Aqui temos uma grande quantidade de papeizinhos com cores e tonalidades diversas (nesse momento, abrir a
caixa contendo os quadrículos e despejá-los sobre a mesa, misturando levemente) e o esquema de uma
pirâmide (mostrar apenas o primeiro cartão). Cobrindo-se os espaços da pirâmide usando as cores que quiser,
pode trocar ou substituir à vontade, até que a pirâmide fique do seu gosto, fique bonita para você. Alguma
dúvida? Então pode começar”.
Deve-se anotar tudo o que o examinado faz: comentários, atitude, escolha da cor e o lugar em que está colocada
no esquema.
Cada cor e espaço do esquema tem um código.
No caso de trocas, continua-se o registro normalmente, na seqüência, não se deve apagar a cor que foi substituída.
Ao terminar a primeira pirâmide, retira-se o trabalho com cuidado de não desmanchá-lo, colocando-o de modo
que o sujeito não mais possa vê-lo, e apresenta-se o segundo esquema, dizendo: “Agora gostaria que fizesse
outra e depois há mais uma ser feita”.
Terminado as 3 pirâmides, mostramos as 3 alinhadas na frente do examinando na ordem que foram feitas, da
esquerda para a direita, e perguntamos:
Qual delas você acha que ficou mais bonita, de qual você mais gosta? Por quê?
De qual delas menos gosta?
Aqui no teste, qual a cor preferida?
De qual cor do material você menos gostou?
Esse inquérito permite apreender impressões e reflexões do sujeito, bem como verificar a coerência de seus
comentários e produções.

ANÁLISE DOS RESULTADOS


Transpor o que foi registrado para as pirâmides impressas na folha de correção.
Contagem das cores utilizadas em cada pirâmide para depois transformar tais valores em porcentagens.
Classificar o processo de execução, o modo de colocação e o aspecto formal de cada uma das 3 pirâmides.
Registrar as variações cromáticas e as variações de matizes para cada pirâmide.
Realizar a fórmula cromática.

PROCESSO DE EXECUÇÃO E MODO DE COLOCAÇÃO


Processo de execução = maneira como a pessoa aborda a tarefa
Modo de colocação = o jeito como a pessoa dispões as cores sobre o esquema da pirâmide.
Definem boa parte do comportamento durante a prova.
Execução metódica ou sistemática: executa as 3 pirâmides usando o mesmo procedimento no que diz respeito
ao modo de colocação dos quadrículos sobre o esquema. Atitude = bastante organização, meticulosidade ou
mesmo rigidez.

PROCESSO DE EXECUÇÃO
Execução ordenada: segue um padrão de colocação mais ou menos constante (organização), mas permite alguma
variação (flexibilidade).
Execução desordenada: variação constante no processo de elaboração das 3 pirâmides, alterando-se o modo de
colaboração para cada pirâmide ou procedendo muitas trocas e alterações no ritmo. Pode refletir uma atitude
displicente ou ansiosa.
Execução relaxada: modo exageradamente desordenado de executar a tarefa, variando o modo de colocação nas
3 pirâmides. Parece não haver preocupação com bom trabalho.

MODO DE COLOCAÇÃO
Maneira como o indivíduo dispões os quadrículos no esquema para cada pirâmide.
Colocação ascendente: preenche partindo da base em direção ao topo. Compatível com o princípio lógico da
construção de um pirâmide.
Colocação descendente: preenche partindo do topo para a base. Mais comum em crianças e pode indicar
instabilidade e insegurança.
30
Os outros tipos de colocação são identificados, combinando os modos ascendente e descendente.
Colocação direta: segue o sentido da esquerda para direita (sentido da escrita). Mais habitual.
Colocação inversa: da direita para a esquerda. Pode denotar oposição, negação ou fechamento em si e
introversão.
Colocação alternada ou em ziguezague: alternam-se direita e esquerda, seguindo a composição de camadas de
forma contínua, iniciando-se cada camada pela extremidade onde a anterior terminou. Aparece mais em
crianças com dificuldade na orientação espaço-temporal e em adultos com rebaixamento intelectual.
Colocação simétrica: preenche os espaços simétricos da pirâmide, por ex: 5a e 5E; 4b e 4c; 1 e 3b. Faz uma
pirâmide dentro dela. Busca de equilíbrio, que pode ser decorrente de insegurança e medo da perda do
equilíbrio.
Colocação diagonal: pouco freqüente, construção de escadas ou camadas tombadas.
Colocação em manto: conduz as estruturas em manto.
Colocação espacial: esquema que, a priori, parece desordenado para que aos poucos revela uma clara intenção de
distribuir as cores em pontos específicos, configurando pirâmides assimétrico-dinâmicas.

ASPECTO FORMAL
 Indica controle racional sobre os afetos e a emoções.
 Está relacionado ao funcionamento cognitivo e as funções de atenção e concentração.
 Pode ser classificado em 3 grandes categorias:
 Tapetes: arranjo de cores nos quais a forma não tem nenhuma participação no produto final.

TAPETES
Tapetes puros: disposição das cores de modo aleatório, porém harmonioso. O conjunto é agradável, as cores
conservam um certo equilíbrio entre si. Menor grau de desenvolvimento emocional (imaturidade) ou intelectual,
mas com adaptação emocional às situações cotidianas.
Tapetes desequilibrados: disposição das cores é aleatória, mas com aglomerado de tons mais claros e escuros em
determinadas áreas, repetições de tons em espaços contíguos, dando uma clara impressão de desequilíbrio.
Perturbações emocionais grave, refletindo desequilíbrio e desadaptação ao ambiente. Comum em esquizofrênicos.
Tapetes furados ou rasgados: uso do branco em uma única áreas do esquema ou em diversas áreas, espalhado
ou aglomerado. Idéia de furos. Pode denotar perturbação grave proveniente de dissociações no curso do
pensamento. Pacientes esquizofrênicos.
Tapetes com início de ordem: tapetes puros com um ou mais tons repetidos em posições simétricas, mas não
chegam a caracterizar uma formação simétrica. Melhores possibilidades de adaptação e busca de equilíbrio
emocional, embora não suficientemente desenvolvidas.

FORMAÇÕES
Organizações intermediárias – disposição das cores por camadas.
Funcionamento cognitivo e emocional intermediários.
Formação em camadas (ou formação estratificada): cada camada é preenchida por uma cor ou tonalidade.
Podem se monotonais (um tom), bastante raras. Monocromáticas, uma cor e seus vários tons (degradé).
Multicromáticas, quando cada camada é feita de uma cor. As camadas representam um nível não satisfatório
de trato com as emoções e manejos defensivo.
Formação em camadas (ou formação estratificada): Mais graves monoatonais = inibição e retraimento.
Monocromáticas = estilo sensível, mais reprimido na ação. Maior freqüência em adolescentes e crianças,
personalidade ainda em formação.
Formação simétrica: as cores distribuem-se em pares simétricos, em cada camada. As simetrias são horizontais.
Sugerem insegurança, instabilidade interna e busca de equilíbrio mediante comportamento cauteloso e
prudente. Maior incidência: TOC e transtorno de pânico.
Formação alternada: cores são dispostas alternadamente, uma sim, uma não, em toda a pirâmide, como um
tabuleiro de xadrez. Composta por apenas duas cores ou dois tons. Comuns em adolescentes. Presentes em
indivíduos com dificuldade de adaptação ao ambiente, conflitos acentuados.

ESTRUTURAS
Mais sofisticada na forma.

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Envolve a noção da disposição horizontal das camadas, assim como uma interrelação entre elas, considerando o
plano vertical.
Níveis intelectuais superiores.
Estrutura simétrica: camadas e colunas organizadas a partir da disposição simétrica das cores no plano
horizontal e vertical. Capacidade cognitiva mais diferenciada associada a maior equilíbrio emocional e
maturidade.
Estrutura em escada: cores dispostas na diagonal, alternado-se duas cores ou dois tons. Estados conflitivos
atuais que comprometem o equilíbrio, apesar do esforço para aparentar estabilidade. Há sentimento de perda
de equilíbrio emocional, esquemas defensivo frágeis. Considerar o modo de colocação, mais preocupante as
escadas descendentes.

 Estruturas em manto: borda externa preenchida por um cor, aspecto de serem recobertas por um manto, e a
parte interna preenchida por uma cor ou por uma variedade delas. Podem ser estruturas abertas ou fechadas,
dependendo da base inteiramente preenchidas pela mesma cor das laterais ou pelas cores da parte interna.
 Defesas do tipo fechamento em si, ou repressão e sufocamento dos impulsos, principalmente se o miolo for
com cores neutras ou apenas uma cor. A parte interna com várias cores vivas, esforços para contenção diante
da turbulência emocional.

Estrutura assimétrica dinâmica: distribuição das cores, que parece aleatória, mas num exame cuidadoso revela
um alto grau de elaboração e forte intuição espacial e estética. Formação de pelo menos 3 triângulos com
vértices de cores repetidas, que se entrelaçam produzindo um efeito de equilíbrio estático. Vivacidade de
expressão, produtividade, criatividade e sensibilidade artística.
Estrutura em mosaico: semelhante às assimétricas. Diferencia-se pela intenção explicita de representar algo
como “um vaso de flor”.

TENDÊNCIA E MATIZAÇÃO
Quando o aspecto formal é de difícil definição = recurso de indicarmos uma tendência.
Ex: estrutura simétrica com tendência à manto ou formação estratificada com tendência à estrutura em escada etc.
Ajuda apontar o modo de colocação (colocação simétrica, diagonal, em manto).
Matização: uso marcante dos diversos tons de uma cor em uma escala crescente ou decrescente, seja em
camadas, mosaicos ou mantos. Adaptação afetiva prudente, tímida e ansiosa.

DIVISÃO E CORTE
Divisão: emprego de tons claros em uma extremidade e tons mais escuros na outra, dividindo a pirâmide em duas
partes, no plano horizontal ou vertical. Raro de ocorrer, representa conflitos resultantes da dificuldade de
integração da personalidade – indício de dissociações.
Corte ou mutilação: uso do branco ou tons esbranquiçados concentrados numa camada inteira (corte) ou no topo
da pirâmide, dando a impressão de uma pirâmide decepada (cortada). Casos graves de esquizofrenia.

ANÁLISE DO ASPECTO FORMAL NO CONJUNTO DAS TRÊS PIRÂMIDES


As 3 pirâmides podes ter forma distintas. Importante analisar a seqüência.
Hipótese = sob a estimulação das cores, algumas pessoas podem sofrer o impacto e demorar para se organizar ou
mobilizar defesas eficazes (primeira pirâmide pouco estruturada), mas aos poucos encontram recursos mais
amadurecidos (terceira pirâmide mais estruturada).
Outras podem conseguir mobilizar inicialmente certas defesas, mas ao aumentarem a familiaridade com a tarefa,
relaxam os esquema defensivos e acabam revelando dificuldades ou conflitos não tão aparentes.

CORES
 Cores quentes – vermelho, laranja e amarelo;
 Cores frias – azul, verde e violeta;
 Acromáticas – cinza, preta e branca;
 Marrom é uma cor intermediária.
 É necessário referências do resultado das cores com os valores médios, dados normativos, tabelas no final do
manual.

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 Além do significado das cores, para análise dos resultados é necessário integrar a forma, a fórmula cromática
etc.

VERDE
Cor mais empregada.
Quatro tonalidades.
Relaciona-se à esfera do contato e dos relacionamentos afetivos e sociais.
Cor do insight e da empatia. Necessário avaliar a tonalidade, sendo Vd1 mais clara, presença do branco e o Vd4,
mais enegrecida.
Excesso – sobrecarga de estimulação, que pode gerar ansiedade e ruptura do equilíbrio interno.
Diminuição – pode indicar certa insensibilidade emocional, com retraimento social.
O verde costuma estar rebaixado em adolescentes.

AZUL
Quatro tonalidades.
Capacidade de controle e de adaptação.
O tom mais forte (Az4), tonalidade mais típica, relaciona-se à introversão, controle e adaptação.
Excesso – supressão da expressão dos sentimentos e afetos, supercontrole, compulsividade. Pode ser relacionar a
sentimentos de inferioridade, de incapacidade e ambivalência.

VERMELHO
Quatro tonalidades.
Ligado à extroversão, irritabilidade, impulsividade e agressividade.
Rebaixamento pode levar a labilidade estrutural, enfraquecimento da possibilidade de descarga emocional, de
realização ou de retraimento defensivo como fuga do mundo exterior.

AMARELO
 Duas tonalidades.
 Cor estimulante, extroversão mais moderada, mais canalizada e mais adaptada ao meio ambiente.
 Excesso – exagero das manifestações afetivas, mais estilizadas e superficiais, menos espontâneas. Pode
significar imaturidade, estrutura pouca sólida e baixa tolerância à frustração, instabilidade, egocentrismo e
irritabilidade.
 Diminuição – dificuldade de canalizar e expressar emoções de maneira adaptada.

LARANJA
Duas tonalidades.
Cor intermediária – vermelho e amarelo.
Representa “ambição, anseios de produção e desejo de fazer-se valer pela produtividade”.
Excesso – excitabilidade, desejo de domínio, onipotência, redução do senso de autocrítica e arrogância.
Rebaixamento – repressões, inibições, influenciabilidade, passividade ou submissão.

MARROM
Duas tonalidades.
Relaciona-se à extroversão, porém vinculada à esfera mais primitiva dos impulsos, com disposição para descargas
intensas ou violentas.
Energia, ação, dinamismo – conduzindo a destruição ou produtividade.
Excesso – aparece em pessoas com dificuldades de adaptação, insegurança, tendência a padrões fixos: neurose
obsessivo-compulsiva, respeito excessivo à normas e convenções; fanatismo.
Diminuição – falta de energia, menor resistência e baixa produtividade.

VIOLETA
 Três tonalidades.
 Tensão e ansiedade.
 Vi1 – ansiedade difusa, medo do desamparo e insegurança.

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 Vi2 – ansiedade excitada, resultado de conflitos, ou uma inquietação que pode à criatividade. Insatisfação,
medo e imprevisibilidade.
 Vi3 – melhor elaboração da ansiedade. Mas,o excesso é comum nos quadros obsessivos.
 Ausência – negação dos impulsos e da ansiedade.

PRETO
Negação da cor – repressão ou inibição.
Dentro do esperado tem uma função estabilizadora e reguladora dos impulsos que visa à adaptação.
Ausência – rebaixamento ou ausência das repressões indispensáveis ao homem socialmente adaptado.

BRANCO
Anulação ou diluição das cores.
Sentido de vazio interior, de fragilidade estrutural e de estabilidade precária.
Aumento – perturbações graves, como as psicoses. Vulnerabilidade e ausência de mecanismos de controle, ou
mesmo perda de contato com a realidade.
O aumento também pode significar apatia, prostração e o negativismo.

CINZA
Carência afetiva e sentimento de vazio, assim como, ansiedade, insegurança e repressão dos afetos.
Aumento – timidez, cautela e restrição nos contatos emocionais. Comum em pessoas oposicionistas e que criam
conflitos no ambiente que os cercam.

AGRUPAMENTO DE CORES
 Cores em dupla
 Az ↑ e Pr ↑: a intoversão do azul com a repressão do preto indicaria bloqueio e extrema dificuldade de
elaboração, dificuldade no desenvolvimento emocional. Rigidez, pessimismo, negativismo e falta de energia.
 Az ↑ e Am ↑: introversão x extroversão. Sinal de imaturidade. Indica disposição neurótica, se aparecerem em
pirâmides em camadas, escadas ou ladrilhos – transtorno obsessivo.
 Az ↑ e Ci ↑: fechamento em si e indisposição para contatos sociais.

CORES EM DUPLA
Vm ↑ e Vi ↑: excitação e impulsividade. Pode indicar descargas explosivas e imprevisíveis (Vm2 e Vi2).
Vm ↑ e Ma ↑: excitação e impulsividade, com relacionamento de caráter mais primitivo, têm um significado de
regressão e de descargas abruptas.
Vm ↑ e Br ↑: excitabilidade e impulsividade, com estrutura enfraquecida, descontrole das ações e atitudes
desorganidas.
Vd ↑ e Vd ↑: fragilidade na estrutura da personalidade, descargas de impulsos e impossibilidade de elaboração –
psicose.
Vd ↑ e Vi ↑: violeta – ansiedade e o verde – sobrecarga de estímulos internos não elaborados. Combinação
compromete o equilíbrio emocional.
Vd ↑ e SE ↑: a SE ou síndrome de estímulo (Vm, La e Am). Sobrecarga interna e dificuldade de contenção,
inconstância e superficialismo nas relações. Tratamento de desintoxição por consumo de drogas.
Vd ↑ e La ↑: sentimentos de culpa acentuados decorrentes de fantasias sexuais, ansiedade persecutória nos
transtornos de abuso do álcool.
Vd ↓ e Az ↑: estabelecimento de relacionamentos profundos e autênticos, ainda que restritos.
Vd ↓ e Vm ↑: irritabilidade e impulsividade, sem elaboração.
La ↓ e Vi ↓: atitude morosa e produtividade rebaixada.
La ↑ e Vi ↑: agitação e produtividade ansiosa e excitada, dispersiva e incompleta.
Ma ↑ e Br ↑: agitação e inquietação, gerando produtividade ou atividade inconstante e inconsistente. Criadores de
caso, queixosos etc.
Ma ↑ e Pr ↑: compulsividade, necessidade de seguir rituais e dificuldade de adaptação.

Vm ↑ e Pr ↑: impulsividade x repressão. Conflitos acentuados, sentimentos de insatisfação.


Pr ↑ e Ci ↑: debilidade da estrutura da personalidade associada a regressões intensas – atitudes de dissimulação,
mentiras e intrigas.

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Pr ↑ e Am1 ↑: imaturidade, aparece em adolescentes.
Ci ↑ e Vm ↑: pessoas irritáveis, com tendência a criar polêmicas e confusões no seu entorno.

SÍNDROMES CROMÁTICAS
 Síndrome de normalidade (Az + Vm + Vd): predominam nas pessoas em geral. A soma tende a ultrapassar
50%. Capacidade de manter a conduta adaptada. Necessário avaliar a porcentagem de cada cor,
individualmente.
Aumento – grande esforço para manter o equilíbrio e aparentar pseudonormalidade, às vezes a custa de
mecanismos constritivo-inibitórios.
Síndrome de estímulo (Vm + Am + La): cores mais estimulantes, aumentadas em indivíduos sob efeitos de
drogas estimulantes. Capacidade de extroversão e contato afetivo e social.
• Aumento: egocentrismo e desaptação.
• Aumento + diminuição da síndrome de normalidade e da síndrome fria: excitabilidade e incontinência afetiva.
• Síndrome fria (Az + Vd + Vi): comportamento antagônico ao das cores quentes. Aumento – quadros
patológicos, esquizóides.
• Síndrome incolor (Pr + Br + Ci): negar, atenuar ou reprimir estímulos. Aumento – fuga de situações afetivas,
busca de um equilíbrio frágil. Ausência – pode significar falta de elementos estabilizadores.
• Síndrome de dinamismo (Vd↑ + Am↑ + Ma↑): Ação-realização-produtividade. Pessoas dinâmicas e
realizadoras.
• Síndrome de excitação afetiva (La↑ + Vd ↑ + VI↑): indivíduos egocêntricos, ansiosos, que não elaboraram
as estimulações recebidas.
• Síndrome de labilidade afetiva (Vd↑+ Vm↑+Ma↓): reações impulsivas, instabilidade, insegurança e
influenciabilidde.
• Síndrome de histeria (Vd↑ + Vm↑ + Vi↑): semelhante à síndrome de excitação, mais acentuada, sendo
possíveis maior violência e explosividade nas descargas emocionais.
• Síndrome do conflito interno (Br ↑ + Vm↑ + Ci↑): irritabilidade e impulsividade em pessoas com estrutura
enfraquecida.
• Síndrome de agitação (La ↑ + Vi↑ + Ma↑ + Br): reações irregulares de agitação e tumulto.
• Síndrome de regulação opressora (Az ↑ + Ci↑+ Pr↑): constricção acentuada e opressão.
• Síndrome enegrecida (Vd4 + Vm4 + Vi3 + Ma2 + Pr): repressões intensas e possível depressão.
• Síndrome esbranquiçada (Vm1 + Vi1 + Az1 + Br ou Ci): enfraquecimento estrutural, superficialismo
afetivo – personalidades esquizóides ou psicóticas.
• Síndrome de vivacidade (Vm2 + Am2 + La2 + Az2): afetividade viva e vibrante.
• Síndrome dos contrastes (Az4 + Am1 ou Vm2 + Pr ou Vm4 + Vm2): colocadas lado a lado na pirâmide –
presença de conflitos e muita tensão decorrente de anseios contrários.

FÓRMULAS CROMÁTICAS
Incidência das cores na seqüência das três pirâmides.
4 algarismos:
Quantidade de cores utilizadas nas 3 pirâmides (Constância Absoluta – CA)
Quantas cores empregadas em 2 pirâmides, não importando quais (Constância Relativa – CR).
Quantidade de cores usadas em apenas uma das pirâmides (Variabilidade – V).
Quantidade de cores omitidas (Algarismo de ausência – AUS).

 CA : CR : V : AUS
2 : 3 : 1: 4
Essa fórmula demonstra que 2 cores foram utilizadas nas 3 pirâmides, que 3 cores foram empregadas em 2
pirâmides, que 1 cor apareceu em apenas 1 pirâmide e que 4 cores não foram escolhidas.
Essa fórmula avalia a amplitude cromática, dada pela soma dos 3 primeiros algarismos.
Amplitude cromática – grau de abertura aos estímulos que uma pessoa apresenta.
Valor elevado – pessoa receptiva e acessível, mas pode apontar também forte labilidade e instabilidade.
Aumento de cores omitidas – diminuição da receptividade aos estímulos, constrição e retraimento.
Amplitude cromática costuma variar entre 4 e 8, sendo a média entre 6 a 8.
Necessário verificar também o grau de constância do uso das cores.
9 categorias distintas.
35
Para correta classificação: quantidade de cores utilizadas (amplitude) e sua maior ou menor constância (grau de
estabilidade.

TIPOS DE FÓRMULAS
Fórmulas amplas e estáveis:
8: 0: 1: 1 – grande amplitude com predomínio do CA.
Indicam grande receptividade e tendência à estabilidade nas escolhas, mas pela constância das cores pode sugerir
comodismo e indiferenciação.
Fórmulas amplas e flexíveis:
4: 3: 2: 1 – apresenta amplitude da anterior mas com mais equilíbrio entre CA e CR.
Capacidade de ação e realização de modo mais enérgico e mais direcionado a objetivos. Flexibilidade e
maturidade.

Fórmulas amplas e instáveis:


 2: 2: 5: 1 – amplitude igual aos dois casos anteriores, mas com aumento do algarismos centrais, V > CA.
 Inconstância nas escolhas – instabilidade, ainda com esforço de adaptação.
Fórmulas moderadas e estáveis:
 4: 2: 1: 3 – amplitude dentro dos valores médios, predomina o CA.
 Fórmula mais equilibrada – mais estabilidade, segurança e capacidade de adaptação.
Fórmulas moderadas e flexíveis:
 0: 3: 3: 4 – amplitude moderada, aumento dos algarismos centrais e rebaixamento de CA.
 Instabilidade e vulnerabilidade, balanceada por leve restrição à abertura aos estímulos. Moderação de atitudes
e controle, com certa inconstância de reações.
Fórmulas moderadas e instáveis:
 1: 0: 5: 4 – amplitude moderada e predominância do algarismo de variabilidade - V.
 Instabilidade, menos acentuada do que nos casos em que o algarismo de ausência está mais reduzido.
Fórmulas restritas estáveis:
 5: 0: 0: 5 – valor significativo do algarismo de ausência, demonstrando restrição e menor abertura aos
estímulos.
 Predomínio do CA – ação bastante limitada e circunscrita, pessoa estável, mas pouco criativa, com tendência
a reações estereotipadas.
Fórmulas restritas flexíveis:
 0: 3: 0: 7 – algarismo de ausência muito elevado, pessoas cautelosas e inibidas, mas com adaptação ao
ambiente, desde que longe de situações emocionalmente carregadas.
Fórmulas restritas instáveis:
 0: 0: 4: 6 – predomínio de Variabiliade–V, sentimento de instabilidade controlado por mecanismos inibitórios
que restringem a ação ou mesmo campo de interesse.

INTEGRAÇÃO DE CORES E FÓRMULAS


 Analisar as cores que apresentam constância e as cores que estão ausentes.
 Facilita a composição do quadro:

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PSICODIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
 Dados de pesquisa dos autores com 208 sujeitos. As diferenças significativas entre os quadros estão descritas
a seguir.
Transtorno esquizofrênico:
 Aumento de tapetes desequilibrados e furados -foram caótica ou truncada de organização.
 Rebaixamento de pirâmides estratificadas multicromáticas.
 Aumento de vermelho de tonalidade mais clara (Vm1) – impulsos em estruturas enfraquecidas, desagregação
da realidade.
 Constância absoluta da cor marrom – regressão e impulsividade.
Transtorno do pânico:
 Aumento das formações simétricas – tentativa de controle excessivo e constante busca de equilíbrio, a fim de
superar a instabilidade interna.
 Elevação significativa da porcentagem do azul – constrição, sufocação ou simples supressão da expressão dos
sentimentos e afetos.
Transtorno alcoolista:
 Aumento da freqüência da cor vermelha – voracidade, irritabilidade, agressividade e impulsividade.
 Constância absoluta da cor violeta acompanhada da constância absoluta de verde e azul – personalidade
inquieta e imatura.
Transtorno depressivo:
Pirâmides em formações estratificadas tendendo a estruturas – nível médio de maturidade emocional.
Pirâmides cortadas ou decepadas – dificuldades de contato social.
Aumento da cor verde – ansiedade elevada.
Presença constante da cor violeta – excitação em paralelo à introversão = desejo de alcançar algo que parece
inacessível.
Transtorno obsessivo compulsivo:
Aumento da formação simétrica – manutenção do controle sobre os pensamentos e atitudes.
Diminuição das estruturas simétricas – menor maturidade afetiva.
Aumento da cor marrom – dificuldade de adaptação.
Transtorno somatoforme:
Aumento da cor branca – falta de contato com o mundo interior. Insegurança, fragilidade e intranqüilidade, sem
uma estrutura mental com capacidade de elaboração.
Principal característica dos distúrbios psicossomáticos – falta de mentalização.

PALOGRÁFICO

HISTÓRICO
 Criado por Salvador Escala Milá – Instituto Psicotécnico de Barcelona.
 Brasil – divulgado por Agostinho Minicucci.
 1ª edição brasileira – 1976

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
 Teste expressivo de personalidade.
 Ato de desenhar: adaptação, expressão e projeção.
 Adaptação = adequação em relação à tarefa – modo convencional, original ou fantasioso.
 Expressão = estilo peculiar da resposta do sujeito. Relaciona-se mais à forma.
 Projeção = atribuição de qualidades às situações e objetos. Relaciona-se ao conteúdo e maneira de tratar o
tema.
 Técnicas que envolvem a realização de traçados simples – avaliam o aspecto expressivo da personalidade.
 Técnicas expressivas: O palográfico e o PMK.
37
 As atividades expressivas revelam um estilo individual constante e estável.
 Congruência entre os movimentos expressivos e as atitude, traços, valores etc.
 Na força do movimento se expressa a força de impulso psíquico, que pode se manifestar em diversas formas:
 Amplificação do movimento.
 Aceleração da velocidade.
 Reforçamento do traço.
 Intensificação da pressão sobre o lápis.

As características do grafismo podem fornecer informações contraditórias.


O sentido psicológico deve ser analisado juntamente com o “Ambiente Gráfico”
Ambiente Gráfico positivo – movimentos seguem um determinado ritmo, mostram ordem, continuidade,
proporção e equilíbrio.
Ambiente Gráfico negativo – falta de ritmo, desordem, desarmonia e desproporção.

Aspectos gerais de análise da expressão importantes para o presente teste:


Simbolismo do espaço.
Tamanho dos palos.
Distância entre os palos e entre linhas.
Direção das linhas.
Inclinação dos palos.
Margens, pressão do lápis, etc.

APLICAÇÃO
Material:
Folha de aplicação padronizada com os traços iniciais impressos, disponível em tamanho grande e pequeno.
Instruções:
O teste é dividido em 2 partes:
1 – treino à tarefas, 5 tempos de 30 seg.
2 – teste, 5 tempos de 1 min.

INSTRUÇÕES
“Vocês vão riscar nesta folha traços iguais ao modelo impresso. Vocês vão procurar fazer os traços verticais
sempre do mesmo tamanho, de cima para baixo, do lado esquerdo para o direito da folha e mantendo a mesma
distância entre eles, de acordo com o modelo. Ao chegar ao final, reiniciem o movimento de riscar na linha de
baixo, seguindo a distância entre as linhas do modelo.
Vocês devem riscar o mais rápido e o mais bem feito possível. De tempo em tempo, quando eu disser a palavra
“Sinal”, vocês devem fazer um pequeno traço horizontal e continuar normalmente, sem interrupção até que
peça para vocês pararem. Alguma dúvida?”
“Lembrem que vocês devem riscar o mais depressa e o mais bem feito possível”.
Começar cronometrar o tempo e a cada 30 seg dizer “Sinal”. Depois dos 5 tempos dizer:
“Podem parar. Façam uma linha abaixo da última linha feita da margem esquerda até a margem direita da folha”.
Dar intervalo de 2 a 3 min.
Iniciar a 2ª parte.
2ª parte, dizer:
“Vocês vão fazer agora a mesma coisa que fizeram na primeira parte. Façam traços o mais rápido e o mais
parecido possível com o modelo, risquem de cima para baixo, até eu mandar parar. Quando eu disser “Sinal”
façam um traço horizontal e continuem a fazer os riscos verticais.
Se vocês usarem toda a parte da frente da página, virem a folha e continuem no verso. Alguma dúvida? Podem
começar”.
Começar a cronometrar o tempo e a cada minto dize: “Sinal”.
Ao final dos 5 min, dizer: “podem parar”.
A posição do examinando e da folha der ser a mesma que ele utiliza para escrever.

AVALIAÇÃO

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 Duas formas: quantitativa e qualitativa.
 Quantitativa – Produtividade e o Nívle de Oscilação Rítmica (NOR)
 Produtividade, cálculo: conta-se o número de traços realizados em cada tempo de 1 min da 2ª parte do teste.
Soma-se os cinco totais.
 Nível de Oscilação Rítimica (NOR), calcula-se as diferenças existentes entre cada 1 dos 5 intervalos
consecutivos. Soma-se as 4 diferenças.
 Fórmula do NOR: Soma das diferenças x 100
Total de palos
 NOR – exemplo de cálculo
 TABELA

PRODUTIVIDADE
Quantidade de trabalho que o examinando é capaz de fazer.
Tabela com os percentis para cada tempo: amostra geral; por nível de escolaridade; por gênero. Pág. 57-59.
Produtividade pode ser classificada em: Superior ou Muito alta; Médio Superior ou Alta; Média; Médio
inferior ou Baixa; Inferior ou Lento.
Lentidão com palos ordenados – atividade mental tranquila, reflexiva e prudente. Capacidade de ordenar e
classificar, mas se o objetivo de modificar nada. Boa capacidade de observação.
Lentidão com palos desordenados – indicam geralmente desordem emocional, mas pode ser atraso mental,
lentidão nas idéias. Falta de iniciativa e de cultura.
Número de palos normal – inteligência e capacidade profissional médio. Ordem = qualidade.
Rapidez com palos ordenados – capacidade de executar tarefas, vivacidade, adaptação fácil às situações e
facilidade para resolver problemas, rapidez nas decisões
Rapidez com palos desordenados – atividade desorganizada, inconstante. Descontrole emociona.

RITMO
É avaliado pelo Nível de Oscilação Rítmica – NOR.
Verifica a variabilidade a produtividade do trabalho nos diferentes tempos do teste.
Tabela de percentis por escolaridade pág. 61
Quanto maior a classificação maior foi a irregularidade.
Classificações: Muito alto; Alto; Médio; Baio; Muito baixo.
Produtividade abaixo da média e NOR NOR menor que 5 (muito baixo a baixo) – regularidade, bom controle,
estabilidade nas tarefas. Se o NOR for maior que 8 (alto) – instabilidade, emotividade, maios ou menos
descontrolada. NOR maior que 15 (muito alto) – emotividade muito descontrolada, perigo de manifestações
neuróticas.
Produtividade acima da média
NOR menor que 5 – bom equilíbrio rítmico, possibilidade de acelerar o rendimento sem perda do controle da
atividade.
NOR varia entre 8 e 10 – instabilidade e perda de controle na atividade.
NOR maior que 15 – irregularidade nas tarefas e no controle de si mesmo.
Produtividade muito alta
NOR menor do que 6 – rapidez associada a um bom nível de controle de si mesmo da qualidade das tarefas.
Iniciativa ponderada.
NOR maior que 8 – rapidez, mas sem muito controle de si mesmo e da tarefa, impaciência, agitação maios ou
menos intensa.
NOR maior que 12 – precipitação, atividade irregular e desordenada. Falta de precisão e responsabilidade.

QUALIDADE DO RENDIMENTO
Gráfico de rendimento do trabalho e propensão à fadiga.
TABELA E O GRÁFICO.

GRÁFICO DE RENDIMENTO
Análise qualitativa, observando a curva obtida – regularidade ou irregularidade no ritmo de trabalho e tendência à
fadiga.
Classificações:

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Horizontal, Constante ou Estável: Equilibrado ou Rígido.
* Equilibrado – NOR entre 4 ou 6 (médio) – tônus muscular organizado e sistemático. Trabalho uniforme.
* Rígido – NOR entre 0 e 3 (média ou baixa), pessoa obsessiva por detalhes e organização, rigidez da personalidade.
 Ascendente ou crescente: NOR acima de 6, produção média. Prudência diante da tarefa, mas há aumento de
produção à medida que o sujeito se sente mais seguro. Dinamismo e iniciativa.
 Descendente ou Decrescente: NOR acima de 6 – fadiga ou stress, de dificuldade de manter a tarefa. Pode
refletir tendência à depressão.
 Convexa ou Parabólica: NOR acima de 6 – aumento no 2º tempo, mantendo-se no 3º, mas não continua a
disposição até o final. Característicos de pessoas que não concluem o que começam. Em conjunto com
alinhamento convexo, descendente ou em leque – tendências depressivas.
 Côncava: NOR acima de 6 – produção inicial alta, diminui durante a tarefa e recupera com a continuação da
tarefa.
 Irregularidade ou Oscilante: NOR acima de 6 – irregularidade no ritmo, pode indicar stress, falta de ânimo
e disposição, motivação deficiente, ou interferência do estado emocional.

NOR – 1ª E 2ª PARTE
 1ª parte – momento consciente, examinado realiza de maneira mais perfeita e ordenada
 2ª parte - automatiza o movimento, menor concentração. Atua mais o inconsciente ou o comportamento
expressivo.
 Ritmos diferentes entre as duas partes – desequilíbrio entre o ritmo consciente e inconsciente.
DISTÂNCIA ENTRE OS PALOS
Mede-se em milímetros a distância do 1º ao último palo por intervalo de tempo e divide-se pelo número dos palos
realizados em cada um dos tempos obtendo-se a média da distância entre os traçados em cada intervalo de
tempo. Essas médias devem ser somadas e divididas por 5, média global a distância entre os palos.
Sujeito utilizou mais de uma linha para fazer o intervalo de tempo – medir a distância do 1º palo naquele intervalo
até o final da linha e continuar a mensuração nas linhas seguintes até o final do mesmo.

Classificações:
Distância normal ou média: de 2,1 a 4,5 mm – equilíbrio, ponderação, preocupação em alcançar objetivos, boa
capacidade de organização e método.
Distância aumentada ou ampla: 4,6 a 5,8 mm – extroversão e necessidade de contato com as pessoas, confiança
em si, facilidade de desistir das próprias opiniões e de aceitar as dos outro. Pode indicar também falta de
prudência, impulsividade, inquietação psicomotora e exitabilidade.
Distância muito aumentada ou muito amplo: acima de 5,8 mm – revela tendências dispersivas, ausência de
pudor, tendência exibicionista, necessidade de chamar a atenção, extravagância e impulsividade.
Distância diminuída ou estreita: de 1,0 a 2,0 mm – introversão, limitação de sentimentos e de tendências, falta
de liberdade para expandir a afetividade. Inibição, angústia, prudência, desconfiança, concentração,
minuciosidade e exatidão.
Distância muito diminuída ou muito estreita: menor que 1,0 mm – estreiteza do campo consciente e o dos
processos de expansão intelectual. Egocentrismo rígido, avareza, desconfiança, ciúme, obsessão por detalhe
sem importância.
Distância irregular ou desigual: oscilação na distância entre os palos – insegurança na tomada de decisões,
intuição, sensibilidade, ambivalência. Refletir: emotividade desordenada, dificuldade no planejamento,
equilíbrio e resolução de conflitos.
Diminuição progressiva da distância entre os palos: personalidade espontânea, mas que se reprime por razões
especiais.
Aumento progressivo da distância entre os palos: reserva inicial, depois torna-se espontânea.
Acentuada irregularidade nas distâncias, com avanços bruscos: impulsividade.
Agrupamento do palos com irregularidade nas distâncias: palos em grupo de 2 ou mais traços, com um
espaço maior entre os grupos – impulsividade, age mais com o “coração”, baixa resistência às tentações,
despreocupação com as conseqüências.
Agrupamento dos palos: agrupam-se em blocos, com 2 ou mais traços por blocos – tipo de adaptação a
dificuldades emergentes, tendência a fugir do convencional quando algo não vai bem, adaptação rígida a
situações novas. Pode ser indicativo de originalidade.

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 Agrupamento por contagem: faz linhas unindo o grupo de 2 ou mais traços – revela facilidade na
matemática e originalidade.
 Cruzamentos: palos que se cruzam uma ou mais vezes – insegurança, incapacidade de decisão, lentidão no
pensamento, agressividade ou tendência a fazer intrigas. Acentuado: estado confusional, causado pelo
ambiente, intoxicação, traumatismo, distúrbios motores.
 Contra-impulso: palos são feitos 2 vezes no mesmo lugar – indicativo de problemas neurológicos. Podem
significar forte inibição.
INCLINAÇÃO DOS PALOS
Necessidade de contato com os outros.
Como a pessoa deseja ser tratada, dominada ou rejeitada.
Espontaneidade afetiva e o grau de vínculo com o objetos e pessoas.
Análise pelo ângulo do palo, vertical 90º, maior, inclinada para direita, menor, inclinada para a esquerda.
Durante o teste a inclinação pode variar, mede-se em cada tempo do teste a inclinação maior e a menor, depois
obtém-se a média.
 Classificações:
 Vertical ou reta: de 84,4º a 98,2º - firmeza, estabilidade, domínio sobre os desejos, sentimentos e emoções,
frieza e indiferença. Pensamento acima da sensação, rigidez. Atitudes aristocráticas, desconfiança e
intransigência.
 Inclinado para a direita: 98,3º a 105,2º - extroversão, pessoa facilmente influenciável, necessidade de apoio
externo. Adaptação aos gosto e costumes e à rotina de trabalho.
 Muito inclinado para a direita: 105,3º ou mais – valorizam os fatos, as pessoas ou as coisas, conforme se
simpatize ou tem repulsa, excesso de subjetivismo. Emotividade, ausência de racionalidade, dramatização,
exibicionismo, irritabilidade, vontade de chamar a atenção.
 Inclinado para a esquerda: 77,5 a 84,3º - repressão ou aversão ao contato social e afetivo, narcisismo,
atitude vigilante, defensiva e desconfiança. Introversão, fuga dos sentimentos, necessidade de isolamento.

 Muito inclinado para a esquerda: menor do que 77,5º. Maior a acentuação das características indicadas na
inclinação para a esquerda.
 Inclinação oscilante ou mista: facilidade de adaptação, diplomacia. Capacidade de compreender os outros,
instabilidade, indecisão na realização das tarefas. Inclinações pequenas: sensibilidade e ponderar os seus
anseios e o do grupo. Acentuadas: ambivalência, dúvida, insegurança.
 Mudança de inclinação: inicialmente para a direita e depois fica vertical ou para a esquerda –
espontaneidade inicial freiada, desejo de entrar em contato com os outros que é reprimido posteriormente.
 Contrário – da esquerda para a direita: reserva inicial que a pessoa vai mudando e buscando contato.

TAMANHO DOS PALOS


Auto-estima;
Confiança nos valores pessoais;
Valorização ou depreciação de si mesmo;
Relacionado à forma como o indivíduo se comporta em diversas situações.
Avaliação: mede-se em milímetros o comprimento dos palos maiores e dos menores em cada intervalo de tempo.
Calcula-se as médias dos maiores, dos menores e a média dos palos.
Média dos maiores = soma dos maiores nos 5 tempo e divide-se por 5. O mesmo é feito para os menores.
Exemplo:
Palos maiores: 12+10+8+9+10 = 49/5 = 9,8
Palos menores: 7+6+5+6+8 = 32/5 = 6,4
Média = (9,8+6,4)/2 = 8,1
Classificação:
Normal ou médio: 4,1 a 9,7 mm – equilíbrio e ponderação, afetividade estável e adaptação ao meio, ordem,
reflexão, constância, atenção.
Aumentado ou grande: 9,8 a 12,5 mm – nobreza, generosidade, lealdade, segurança de si, confiança no êxito e
otimismo, autovalorização, vaidade, exibicionismo, ambição desmedida, ausência de senso crítico, tendência
ao autoritarismo, vaidade, projetar sonhos impossíveis. Excitabilidade e postura inconveniente.

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Muito aumentado ou muito grande: dilatação do ânimo, euforia e satisfação consigo próprio. Tendência
exibicionista. Tendo lentidão, pode indicar dificuldades motoras acentuadas ou problemas de visão. O
tamanho exagerado pode indicar agressividade ou descarga motora.
Diminuído ou pequeno: redução da capacidade expansiva, introversão, concentração, preocupação com detalhes,
precaução, capacidade de análise, de crítica, de observação, curiosidade intelectual. Timidez, inferioridade,
inadequação, passividade. Dificuldade de compreensão ampla, liberdade restrita, temor, pessimismo.
Muito diminuído ou muito pequeno: abaixo de 1,3 mm. Tendência a minuciosidade, falta de confiança em si
próprio, inibição, sentimento de inferioridade. Desalento e temor diante da realidade. Causas acidentais: frio,
fadiga, depressão, inibição, miopia, necessidade de adaptação às folhas padronizadas.
Irregular: oscilação de tamanhos – emotividade, com propensão ao desequilíbrio fisiológico e psicológico.
Irregularidade brusca e acentuada: impulsividade.
Tamanhos grandes e pequenos alternados: insegurança a respeito do próprio valor; tentativa de impor a
vontade em condições adversas, como em casos de doença, velhice, stress etc. Tendo desordem e
instabilidade – insegurança quanto ao valor próprio. Pessoas com dificuldades de adaptação, conflito
independência x submissão, hesitação x necessidade de se impor.
Crescente: aumento progressivo dos palos – traços regulares: franqueza, comportamento alegre e expansivo,
espontaneidade, liberdade de expressão. Traços irregulares: falta de tato e firmeza, tendência para exagerar
nos fatos, com falta de senso crítico. Tendência a valorizar os superlativos (maravilhoso, sensacional, etc),
recordações da infância. Pode significar predomínio do pensamento mágico (fantasiar e exagerar). Também
pode significar ansiedade. Com aumento progressivo + ordem = ardor, euforia, entusiasmo, boa vontade,
saúde e atividade. Contrário, impaciência e exaltação.
Decrescente: tendências analíticas, curiosidade, diplomacia, engenhosidade, perspicácia, intuição, sensibilidade,
predomínio do pensamento lógico, discrição, condições de convencer e persuadir. Com palos torcidos e
inclinados à esquerda ou trêmulos – habilidade para dissimular e irresponsabilidade. Timidez, dúvida sobre si,
insegurança e depressão. Pode indicar angústia. Significa ainda cortesia, delicadeza, capacidade de ajustar
trabalho-tempo. Com linhas descendentes, fadiga, esgotamento prematuro, vacilação.
Tamanho grande, com boa organização e rapidez – personalidade eficiente, senso prático e confiança no próprio
valor.
Tamanho grande com irregularidades – tendência a compensar as insuficiências pessoais sentidas, sentimento de
insatisfação, com orgulho ou valorização excessiva. Traços frágeis – falta de senso da realidade.

Tamanho pequeno com bom nível de organização – evita sair do ambiente que se sente seguro sem as devidas
precauções. Necessidade de reflexão e introversão.
Tamanho pequeno, com distância diminuída e linhas descendentes – opressão interior, angústia frente aos
problemas vitais e dificuldade de expressar as emoções. Angústia aumentada com acentuação dessas
características.

DIREÇÃO DE LINHAS
Flutuações do ânimo, do humor e da vontade.
Maturidade e constância da personalidade, dos gostos, das convicções, dos princípios morais e do comportamento
e da manutenção do esforço nas tarefas e objetivos pessoais.

 Horizontal ou retilínea: normal ou rígida.


 Horizontal normal: leves flutuações, dando impressão de linha reta. Reflete harmonia e equilíbrio, princípios
morais, atitude calma, lealdade, hábito, rotina, frieza. Pode indicar conduta convencional, pessoa pouca
emotiva, apática e indiferente. Traçado horizontal com palos retos – disciplina, estabilidade, ordem,
perseguição de objetivos, integridade social e afetiva.
 Horizontal e rígida: tão reto como se fosse feito sobre uma linha – rigorosidade e rigidez nas idéias,
princípios morais e conduta. Falta de espontaneidade, seriedade, pontualidade, frieza, retidão inflexível.
Formalismo e apego ao dever. Alinhamento com distâncias iguais e margens excessivamente cuidadas –
obssessividade.
 Ascendente – ambição, ardor, atividade, iniciativa inovadora, espírito empreendedor, entusiasmo, otimismo,
dinamismo, combatividade, criatividade, idealismo. Confiança no êxito na resolução de problemas, poder
criativo e realizador, mas também excesso de ambição, arrogância, complexo de superioridade.

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 Ascendente até 10º - motivação, disposição, ânimo realizador, vitalidade, otimismo, aspiração profissional,
aceitação de tarefas que demandam esforço e tempo.
 Ascendente entre 11º e 20º - visão onipotente da capacidade de realização, aspiração elevada, exagerado
entusiasmo, dominador.
 Ascendente entre 21º e 30º - atitudes maníacas, sentimento de dominação dos demais, falta de domínio do
concreto e da realidade.
 Descendente até 10º - desânimo falta de entusiasmo, pelas coisas e pela vida, descrédito, falta de confiança
em si mesmo, conformismo. Com pressão leve e baixa produtividade – fadiga.
 Descendente entre 11º e 20º - estados depressivos e desânimo. Pressão leve e produtividade oscilante – stress
ou situação de conflito com difícil solução.
 Descendente entre 21º e 30º ou maior – depressão, crise existencial, sentimento profundo de incapacidade.
 Irregular ou desigual: as linhas não tem direção fixa, com oscilações – luta interior quase constante, com
momentos de euforia alternados com de abatimento. Instabilidade ligada à inseguranças e se reflete no
trabalho e na conduta.
 Côncava: linhas do traçado formam um arco com abertura para cima – disposição inicial diante das situações
com perda da motivação no decorrer das mesmas e recuperação no final. Indicar fadiga muscular, cansaço,
estados de angústia que se transformam em agressividade, desalento que depois muda pra esforços de se
recompor.
 Convexa: as linhas sobem primeiro e depois descem – euforia no inicio das situações, mas diante de
obstáculos reais não mantém essa disposição, não conclui os projetos iniciados. Instabilidade, falta de
constância. É característicos de indivíduos imaginativos. Baixa capacidade para avaliar a dificuldade da tarefa
e a própria motivação.
 Serpentina ou ondulante: linhas com ondulações amplas – fineza, tato, diplomacia, flexibilidade de
sentimentos, emotividade, senso de humor. Associado a traços negativos (tremores, etc.) – intrigas, falsidade,
inconstância, comportamento influenciável.
 Sinuosa: traços com forte oscilação, irregularidade na colocação dos palos na linha ou presença de muitas
ondulações numa mesma linha – emotividade, inquietação, dificuldade de organização, do domínio de si e
impressionabilidade. Com traços regulares – flexibilidade, diplomacia, intuição. Pode significar ansiedade e
insegurança – excessiva sensibilidade. Humor variável, falta de firmeza, nervosismo e excitabilidade.
 Em forma de leque: linhas superiores são ascendentes e vão caindo progressivamente, até ficarem
descendentes – stress, cansaço, forte propensão à fadiga, geralmente de ordem situacional.

DISTÂNCIA ENTRE LINHAS


Simboliza o relacionamento interpessoal;
Maior ou menor distância que o indivíduo quer manter em relação aos outros.
Normal ou média: relacionamento interpessoal equilibrado, respeitando os limites de convivência.
Aumentada ou afastada: certo distanciamento no contato com outras pessoas, precaução e cautela nas suas
relações, formalidade. Reflete também atitude acentuadamente respeitosa. Introversão. Pode ser indício de
complexo de inferioridade, pensa muito para falar e tomar decisões.
Muito aumentada ou afastada: maior afastamento no contato com as pessoas, excesso de cautela nas relações.
Pode indicar capacidade de planejamento estratégico. Junto com linhas descendentes e distância superior a
altura média dos palos – sentimento de inadequação.
Diminuída, estreita ou próxima: falta de escrúpulos e de percepção de limites nos relacionamentos, facilidade
para estabelecer contatos sociais, que podem levar a confiança e intimidade excessivas. Pode ser agressivo,
sem limites. Extroversão, proximidade, com respeito dos limites, gosto por atividades sociais. Imediatismo.

 Linhas sobrepostas: forte dificuldade de adaptação aos limites nos relacionamentos. Pode indicar
agressividade. Necessidade de imitar o outro para receber sua aprovação. Invasão de privacidade e falta de
escrúpulos. Comportamento inconveniente, interfere na vida dos outros.
 Irregular: instabilidade nos relacionamentos, alternando momentos de distância com outros de grande
proximidade, podendo ter dificuldades nos relacionamentos.
 Crescente: aumento progressivo da distância – facilidade de estabelecer contatos sociais inicialmente, mas
com o tempo tende a ser mais formal e distante.

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 Decrescente: diminuição progressiva da distância – relacionamento mais prudente, mas com o tempo vai ser
tornando mais sociável e adequado.

MARGENS
Manutenção das margens – capacidade de organização do indivíduo e de como ele se adapta ao ambiente.
Margem Esquerda:
Folha grande – distância esperada de 30 mm.
Folha pequena – distância esperada de 10 mm.

MARGEM ESQUERDA
 Normal ou média: adequação na forma de lidar com situações do passado, necessidade de sair de si mesmo,
interesse por idéias novas e iniciativas. Revela também bom gosto estético, ordem consciente e autocontrole.
 Retilínea: alinhamento vertical da margem de forma rígida – rigidez, obediência a normas e regras,
pontualidade, cumprimento de tarefas, inflexibilidade, determinação nos pontos de vista.
 Aumentada ou larga: extroversão, amigável, atenciosa, despreocupada com obrigações.
 Muito aumentada: despreocupação, generosidade, extroversão, falta de sentido econômico.
 Diminuída ou estreita: introversão, de timidez, recato, prudência nos contatos, necessidade de reflexão e
demora na tomada de decisões, falta de espontaneidade, agressividade reduzida nos primeiros contatos. Essa
característica é menos confiável de ser avaliada na folha pequena.
 Muito diminuída ou estreita: acentuação das características relativas à margem esquerda diminuída.
 Irregular: falta de ordem e de disciplina, que prejudicam a adaptação e as interações, variabilidade de
comportamentos, ambivalência afetiva. Pode significar rebeldia, criatividade, ambivalência, desordem afetiva.
Emotividade e autocontrole deficiente.
 Crescente ou alargando: aumenta progressivamente – necessidade de independência e busca de auto-
afirmação que se acentua com o decorrer das atividades. Pode indicar iniciativa, desejo de liberdade, busca de
amadurecimento e de sociabilidade. Tendência à precipitação e impaciência.
 Decrescente ou estreitando: diminui progressivamente – introversão, pessimismo, tendência a auto-
recriminação, falta de confiança em si, fadiga, tendência a diminuir gastos, inveja, ciúme e egocentrismo.
Passividade, necessidade de segurança, imaturidade, desconfiança, fixação na figura materna.
 Ausência da margem: falta de espontaneidade, desconfiança nos contatos sociais, retraimento, falta de
confiança em si, falta de senso estético. Com a margem direita também ausente – avareza, instinto de posse e
de propriedade acentuados.

MARGEM DIREITA
Normal: mostra boa adaptação ao meio social, tendência a enfrentar situações e desafios sem muitos receios ou
atitudes agressivas. Autocontrole adequado e boa canalização dos impulsos.
Aumentada ou larga: temor de situações novas, riscos e iniciativas, receio em relação ao futuro e aos
relacionamentos, adaptação difícil ao ambiente e falta de sociabilidade, medo de se expor diante de figuras de
autoridade, falta de decisão e combatividade.
Diminuída: pessoa dinâmica e realizadora, gosta de desafios. Extroversão, sociabilidade, precipitação nas
decisões, tentativa de controle em detrimento do sentido estético.
Irregular: instabilidade nos contatos, alternando extroversão com introversão. Ansiedade na adaptação,
desconfiança, ambivalência, insegurança com figuras de autoridade e na tomada de decisões. Emotividade,
desorganização de tempo e de energia.
Crescente ou alargando: aumenta progressivamente – busca inicial de contatos, tornando-se aos poucos
reservado, demonstrando imaturidade e desconfiança. Fuga da responsabilidade, necessidade de segurança,
fixação na figura materna.
Descrente ou estreitando: diminui progressivamente – tendência à indecisão, diminuição progressiva da postura
reservada, com a familiaridade das situações. Adaptação lenta ao ambiente, aceitação de riscos e
responsabilidades à medida que se adapta.
Precipitada: alguns palos saem do papel ou são interrompidos pela borda da folha – agressividade, adaptação
ríspida ao meio ambiente, reação ríspida ou abrupta a situações novas ou de risco, espírito empreendedor,
excessiva expansividade ignorando regras básicas de segurança.

MARGEM SUPERIOR
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 Normal: comportamento de respeito, consideração e deferência para com os outros e com autoridade, boa
adaptação social, hábitos de distinção e elegância.
 Aumentada: comportamento de contenção diante de autoridades, necessidade de distanciamento em relação
aos outros, distinção, elegância e defensividade. Com tamanho pequeno do palo – sentimento de
autodesvalorização e falta de adaptação.
 Diminuída: falta de limites no relacionamento com as autoridades, falta de adaptação às situações ou à
realidade, contato social inadequado, vulgaridade.

PRESSÃO E QUALIDADE
 Pressão dos traços:
 Grau de firmeza nas atitudes pessoais.
 Grau de vitalidade, segurança e tensão da personalidade.
 Eficiência nos diferentes ambientes.
 Classificações:
 Forte: traço grosso, chega a fazer sulco na folha – grande vigor físico, força exagerada na realização de
tarefas, gestos rudes, pouca precisão, pensamento mais concreto. Forte base instintiva, mais primitiva e rude.
Comum em trabalhadores braçais. Pessoas com necessidades de desfrutar o prazer dos sentidos.

PRESSÃO E QUALIDADE
Média ou normal: vitalidade,visão prática e concreta, persistência e força realizadora, capacidade de
planejamento com base em dados reais. É característico de equilíbrio e potencial adequado de energia.
Fraca, leve ou delicada: traçado fino, quando muito leve pode se difícil de ser viso – pouca vitalidade e
disposição física, pode indicar preferência por atividades mentais. Personalidade sensível, fina, dotada para as
artes. Indica ainda insegurança, timidez, sentimento de incapacidade, falta de confiança em si, hipersensibilidade
e autocrítica. Pode estar ligado à fragilidade no plano físico.
Irregular: irregularidades na pressão – personalidade instável e pouco persistente. Instabilidade de humor,
incapacidade de realizar tarefas com o mesmo ritmo durante todo o tempo, emotividade e impressionabilidade.
Pode significar impulsividade e preponderância da vida instintiva.
 Traços firmes e grossos que se mantém – excelente vitalidade, bom nível de energia, boa saúde.
 Traços firmes e grossos no início – vitalidade que perde o impulso, desejo de ostentação de energia, diminui
diante das dificuldades, fadiga.
 Traços com pressão normal no início que se torna mais espesso e firme – aumento progressivo do esforço,
tenacidade, desejo de alcançar um fim pelo aumento do próprio esforço.
Interrompida ou descontínua: traçado apresenta falhas ou interrupções – estados de desequilíbrio
neurovegetativo e em doenças do sistema circulatório ou respiratório, causando angústia e ansiedade. Se for
esporádico – nervosismo.

Combinação de pressão e qualidade:


Traços firmes ou retos: palos retilíneos – determinação, firmeza, atitudes impositivas frente aos outros e
canalização adequada da energia. Decisão, força de vontade, dinamismo, independência no julgamento e altivez.
Traços frouxos, curvos ou brandos: palos com oscilação na direção, arredondados – atitude de negociação e
flexibilidade, falta de firmeza, inadequada canalização da energia disponível. Indecisão, falta de dinamismo e
despreocupação. Adaptação, falta de estímulo interno para superar dificuldades. Curva acentuada como um arco
para a esquerda – ceder à vontade dos outros.
 Traços curvos podem ser côncavos e convexos.
 Traços côncavos (abertos para a direita): tendências a aceitar o próximo, gentileza, respeito em relação aos
outros, atenção, adaptação e amabilidade.
 Traços convexos (abertos para a esquerda): indicam desconfiança, orgulho, oposição e intolerância.
 Combinações pressão e qualidade:
 Forte e reto: presença de muita energia e facilidade para exteriorização, forte vontade de realização,
resistência ao cansaço nas atividades, podendo também evidenciar uma personalidade rude.
 Forte e curvo: bom potencial de energia, mas com dificuldade para exteriorização, tendência a deixar a
energia contida dentro de si, o que pode levar a um desgaste.

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 Média e reto: bom potencial de energia e de uma postura controlada em sua forma de exteriorização,
dinamismo, decisão, disposição para atividade.
 Média e curvo: bom potencial de energia, mas com dificuldade para sua utilização adequada.
 Leve e reto: potencial de energia regular, mas utilizada de forma adequada, não permitindo desperdícios de
esforços, cansando-se facilmente. Delicadeza e sensibilidade, espiritualidade.
 Leve e curvo: potencial de energia reduzido e utilizado de forma inadequada, fadiga facilmente, pouco
interesse nas atividades que exigem esforço físico, pouco dinamismo e baixa disposição.
 Combinação de pressão com outras características:
 Palos retos com velocidade média e bom nível de organização – controle dinâmico nas tarefas, personalidade
enérgica, realizadora e boa capacidade de resistência às influências externas.
 Palos retos, bem ordenados e lentidão – lentidão, rotina, convencionalismo e conservadorismo.
 Palos grossos e lentidão – lentidão do pensamento e ação. Falta de sensibilidade para compreender e apreciar
matizes intelectuais e materiais. Com palos frouxos e inclinados – preguiça, relaxamento da vontade,
propensão à indolência, dificuldade de manutenção do esforço.
 Palos grossos, firmes e organizados – se terminam em forma de maça (que engrossa na extremidade) – tensão
violenta das tendências pessoais, mas com certo controle da vontade. Com desigualdade de espaçamento,
rapidez e tamanho – acumulação de forte tensão emocional e propensão a descarregar a energia de forma
explosiva e brusca.
 Palos frouxos e terminados em ponta aguda – debilidade e falta de capacidade para enfrentar a realidade, os
problemas práticos e vitais, suscetibilidade, atitude de descontentamento.
 Palos muito finos – implicam energia deficiente, pouca vitalidade.
 Palos inchados ou fusiformes – mais grossos no centro do que nas extremidades – quando for constante –
tendência a voluptuosidade, busca de prazer nos sentidos físicos, como no da comida. Alcoolismo e erotismo.
Se aparecer em apenas alguns traçados – desejos bruscos, violentos em pessoas sensuais, irritáveis, com
humor variável.
 Palos torcidos ou sinuosos: irregularidade no traçado que o torna parecido com um “S” – personalidade débil,
deficiÊncia do tônus vital e das defesas, pouca disposição, inseguraça, vacilação e indecisão. Deficiência em
termos morais. Dificuldade de concentração por falta de vontade física. Instabilidade, emotividade. São
freqüentes na adolescência.
 Alternância entre palos retos e torcidos – irregularidades de energia e instabilidade nas atitudes. Com
desorganização – falta de aptidão para tarefas de responsabilidade e comando. Com organização –
necessidade de afirmação pessoal e de luta quanto à debilidade interna.
 Extremidades finas dos palos – comportamento emotivo.
 Terminarem mais grossos – tendência a contenção da emotividade, com perigo de descarga brusca emotiva
diante de contrariedades.
 Extremidades que terminam em foram de pontas agudas – reações impulsivas de tipo agressivo diante de
frustrações.
 Palos com pontas em forma de agulha ou punhal – falta de domínio sobre si, dificuldade para conter as
energias, agressividade e personalidade combativa.
 Palos com pontas engrossadas – acúmulo de tensão e explosões emocionais descontroladas,
agressividade,combatividade, atitudes impulsivas e desproporcionais.

IRREGULARIDADES
Tremor: traços apresentam pequenos ângulos, com ondulações acentuadas.
Causas:
Transtornos do sistema nervoso: intoxicação, lesão ou doença neurológica.
Intoxicações: álcool, excesso de café ou chá, drogas.
Pessoas idosas associado a doenças neurodegenerativas.
Lesões na mão, no braço ou no ombro.
Tensões nervosas.
Frio intenso ou fadiga.
Tremor inicial: ocorre no primeiro intervalo de tempo ou fase de treino do teste e depois desaparece – reações
emocionais diante de situações novas – medo e insegurança.

46
Tremor constante: ocorre durante todo o teste – características ligadas a transtornos no sistema nervoso central –
uso de álcool, droga, acentuado do fumo, doenças ou lesões neurológicas.
Tremor acentuado: perda da configuração do palo (zigue-zagues) – lesões neurológicas ou traumatismo, fortes
crises emocionais ou lesões musculares.
Ganchos ou arpões: pequenos traços que formam um ângulo agudo em uma das extremidades. Indicativos de
agressividade.
Ganchos na parte inferior direita: hetero-agressividade, freqüentes explosões, podendo ocorrer violência física.
Rudeza do comportamento, agressividade canalizada para ação ou atitude agressiva com os outros mascarada
por uma forma socialmente aceita.
Ganchos na parte inferior esquerda: auto-agressividade, o indivíduo não esquece os fatos que o afetaram,
guarda mágoas. Atitude autodestrutiva, propensão a acidentes, com danos físicos, tendência a derrubar coisas,
comportamento estabanado.
Gancho na parte superior direita: hetero-agressividade, explosão frequentes, mas no plano verbal, sem
violência física. Excessivamente crítico e intolerante com os outros. Ironia sutil, brincadeiras de mau gosto.
Com palos de tamanho aumentado – ironia, desprezo, menosprezo aos outros e aos seus sentimentos. Com
margem esquerda irregular – criticar regras e normas instituídas.
Gancho na parte superior esquerda: auto-agressividade, atitude autopunitiva e forte autocrítica. Perfeccionista,
excessivamente crítico consigo mesmo, não admite falhar, não aceita que chamem sua atenção.
Nº de ganchos num protocolo é variável.
Necessidade de estabelecer quando é significativo.
Porcentagem entre o total de ganchos e o total de palos.
Porcentagem entre o total de ganchos e palos por intervalo de tempo.
Porcentagem de cada tipo de gancho para o total de palos.
A análise é feita pela tabela 16, página 134 do manual.

OUTRAS IRREGULARIDADES
Palos quebrados: traços altos e quebrados no meio, formando “Z” – problemas neurológicos, como lesões focais
e disritmia.
Laços: contenção de energia, que é retida e não é canalizada adequadamente para o ambiente.
Linhas espelhadas: diversas linhas são cópias da primeira linha, imitando rigorosamente a posição dos palos –
rigidez mental, dificuldade de inovar, capacidade intelectual limitada a tarefas simples e repetitivas. Ocorrer
apenas no início do teste – adaptação comprometida em situações novas.
Correções e retoques: insegurança, insatisfação, e às vezes, agressividade.
Reforço da linha: ansiedade.
Traçado repassado: o traço não é feito com uma única linha, mas com movimentos de vai e volta de um mesmo
traço – dificuldade de decisão, rigidez mental.
Chaminés: espaços vazios que aparecem no sentido vertical da folha – ansiedade, angústia ou neurose, mas só
devem ser considerados com outros dados que confirmem essas características.

ORGANIZAÇÃO OU ORDEM
 Forma de pensar e de agir de acordo com um plano, método ou regra.
 Procurar por uma harmonia no conjunto.
 Sinal de maturidade.
 Disposição adequada para obter o máximo de rendimento.
 Sinal de inteligência e de moral.
 Relaciona-se à educação, à cultura e à adaptação.
 Muito boa: qualidade excelente na realização dos trabalhos, estética, meticulosidade e boa apresentação. Boa
capacidade discriminativa, respeito em relação aos outros, mas pode ter rigidez em alguns comportamentos.
Equilíbrio moral e social.
 Boa: boa qualidade na realização dos trabalhos, com esmero e cuidado. Boa capacidade discriminativa. Idéias
claras, capacidade de reflexão e pensamento lógico, autocontrole dos sentimentos pela razão e o estado de
ânimo geralmente é estável.
 Regular: qualidade regular na execução das atividades, sem muita preocupação com a ordem e a
apresentação do trabalho – certa dificuldade com limites.

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 Ruim: trabalho de baixa qualidade, descuido e sem método, certa desordem na execução das tarefas. Falta de
objetividade, inconstância e emotividade.
 Muito ruim: falta de preocupação coma qualidade do trabalho, sem ordem, nem método. Falta de
objetividade, desordem moral, incosntância e emotividade. Falta de reflexão e confusão de idéias. Usam mais
a intuição para captar o ambiente e personalidade com predomínio de componentes sentimentais.

EMOTIVIDADE
Caracteriza-se por vibrações, choques ou comoções interiores das funções psicológicas e fisiológicas.
A intensidade da emotividade será dada pelo nº de características presentes – tabela 19, pág. 147 do manual.
Emotividade aparece no palográfico a partir de 8 irregularidades no traçado:
1. irregularidades da inclinação; 2. irregularidades na pressão; 3. irregularidades no tamanho; 4.
irregularidades na distância entre os palos; 5. irregularidade generalizada em todos os traços; 6.
irregularidades na distância entre as linhas; 7. irregularidades no alinhamento do palo; 8. presença de
ganchos, brisados ou tremor.

DEPRESSÃO
Questão mais ou menos brusca de tensão neuromuscular com redução da atividade física e psíquica.
Características no teste sinais de depressão:
1. linhas descendentes, que se tornam mais significativas se aparecem no último temo (Figura 1).
2. traços brandos, frouxos ou vacilantes (Fig. 2).
3. diminuição do tamanho dos palos (Fig. 34).
Traços descendentes devem ser verificados em todos os tempos, mas nos últimos traços de cada tempo são mais
descendentes.

IMPULSIVIDADE
Caracteriza-se por atividade irrefletida ou que não pode ser contida pelo indivíduo.
Para avaliação dessa característica deve-se obter a diferença entre as medidas do maior e do menor palo de todo o
teste.
Análise é feita pela tabela 20, pág. 148 do manual.

48
CASA – ÁRVORE – PESSOA (HTTP)

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
 Desenho – importante técnica projetiva.
 Desenho da figura humana:
• Já usado no final do século XIX;
• Utilizado para alcançar o índice de maturidade conceitual;
• Utilizado para análise da personalidade;
• Projeção da sua imagem corporal no papel;
 Desenho da família (técnica projetiva):
 Tamanho dos membros;
 Distância das figuras;
 Posição no papel;
 Omissões;
 Sombreado;
 Ênfases;
 Amplitude e força do traçado;
 Ritmo;
 localização: parte superior – fantasia; inferior – ausência de fantasia; esquerdo – passado; direito – futuro;
lugares vazios – zonas proibidas.

Desenho da casa, árvore e pessoa (HTP):


 Casa - mistura de associações conscientes e inconscientes referentes ao lar e às relações interpessoais mais
íntimas.
 Capacidade de agir sobre estresse e tensões nos relacionamentos humanos íntimos.
 Áreas de interpretação: acessibilidade, contato com a realidade e grau de rigidez.
 Árvore – associações conscientes e mais associações subconscientes e inconscientes do que os outros dois
desenhos;
 Expressão gráfica da experiência de equilíbrio sentida pelo indivíduo e da visão de seus recursos de
personalidade para obter satisfação no e do seu ambiente;
 Áreas de interpretação: capacidade de avaliar as relações com o ambiente; quadro subconsciente do indivíduo
em relação ao: seu desenvolvimento, contato com a realidade, sentimento de equilíbrio interpessoal e pressões
interpessoais.
 Pessoa – mais associações conscientes do que os outros dois desenhos.
 Capacidade de atuar em relacionamentos;
 Submeter o “self” e as relações interpessoais à avaliação crítica objetiva;
 Auto-conceito;

DESCRIÇÃO GERAL
 O HTP tem, no mínimo, 2 fases, chegando a 4 fases:
 1ª fase - não verbal, criativa e não estruturada – convidar o indivíduo a fazer um desenho a mão livre
acromático, de uma casa, de uma árvore e de uma pessoa. Desenho adicional de um pessoa do sexo oposto à
que foi primeiramente desenhada pode ser solicitado.
 2ª- inquérito posterior, série de perguntas relativas às associações do indivíduo sobre aspectos de cada
desenho.

49
 3ª fase – o indivíduo desenha novamente uma casa, uma árvore e uma pessoa (ou duas), dessa vez com giz de
cera coloridos.
 4ª fase – examinador faz perguntas adicionais sobre os desenhos coloridos.
 Os desenhos são avaliados pelos sinais de psicopatologia existentes ou potencial baseados:
 No conteúdo;
 Nas características do desenho, como: tamanho, localização;
 Na presença ou ausência de determinadas partes;
 Respostas dadas no inquérito.

 População alvo – indivíduos acima de 8 anos de idade. Mais comumente aplicado em crianças, mas pode ser
aplicado em adultos.
 Aplicação individual.

ADMINISTRAÇÃO
 O HTP requer em tono de 30 a 90 minutos, dependendo do número de desenhos solicitados.
 No mínimo, devem ser pedidos 3 desenhos e conduzido um inquérito para cada desenho.
 Materiais:
 Folha de papel A4;
 Protocolo de interpretação do desenho da casa, da árvore e da pessoa;
 Protocolo de inquérito posterior ao desenho.
 Lápis pretos e giz de cera (pelo menos 8 cores – vermelho, laranja, amarelo, verde, azul, violeta, marrom e
preto).
 Um cronômetro – tempo de latência.

ADMINISTRAÇÃO – DESENHOS ACROMÁTICOS


 Apresente a folha relativa à casa para o examinando, com a palavra CASA no topo da página. Essa folha deve
ser entregue na horizontal, enquanto que as folhas da árvore e da pessoa devem ser apresentadas na vertical.
 Instrução: “Eu quero que você desenhe uma casa. Você pode desenhar o tipo de casa que quiser. Faça o
melhor que puder. Você pode apagar o quanto quiser e pode levar o tempo que precisar. Apenas faça o
melhor possível”.

DESENHOS ACROMÁTICOS
 Ressaltar que o importante não são as habilidades artísticas e sim desenhar da melhor forma possível.
 Se o examinando solicitar régua, apontar que o desenho deve ser a mão livre.
 Comece a cronometrar quando terminar as instruções. Anotar:
 A) latência inicial (intervalo de tempo entre o final da instrução e o examinando começa a desenhar);
 B) ordem dos detalhes desenhados;
 C) duração das pausas e detalhe específico desenhado quando a pausa ocorrer;
 D) qualquer verbalização espontânea ou demonstração de emoção e do detalhe que estiver sendo desenhado
quando essas ocorrerem;
 E) tempo total utilizado para completar o desenho.
 Esse material é anotado como Observações Gerais na página 1 do Protocolo de Interpretação.
 Faça o mesmo processo para a árvore e a pessoa, entregando a folha na vertical, com a palavra ÁRVORE ou
PESSOA, no topo.
 Se o desenho da pessoa do sexo oposto deve ser pedido é uma questão de tempo, adiciona 10 a 15 minutos a
duração da sessão.

INQUÉRITO POSTERIOR
 Exemplos de esclarecimentos que podem produzir materiais clínicos significativos (são dadas várias
perguntas no inquérito.:

CASA:

50
 Você gostaria que esta casa fosse sua? Pedir para o indivíduo descrever as diferenças entre a casa em que ele
mora realmente e pergunte qual a probabilidade de ele um dia ter uma casa semelhante à desenhada.

ÁRVORE:
 Onde esta árvore realmente está localizada? Se a resposta for “na selva” ou “na floresta”, pergunte o
significado da selva ou da floresta para o indivíduo.
 Como está o tempo neste desenho? Se a resposta coincidir com o tempo no momento do questionário,
determine se esta é a única influência na resposta do indivíduo, ou se há outros fatores.
 Que tipo de vento é esse?
 Essa árvore é saudável?

PESSOA:
 O que ele (a) está fazendo? Onde ele (a) está fazendo isto? Explore as respostas.
 Como ele (a) se sente? Por quê?
 O que nesta pessoa lhe dá a impressão de que ela está feliz (triste, brava etc.)? Explore.
 Que tipo de roupa esta pessoa está vestindo?

ADMINISTRAÇÃO – DESENHOS COLORIDOS


 Considera-se que os desenhos coloridos feitos após os desenhos acromáticos e o inquérito posterior ao
desenho evocam um nível mais profundo de experiência do que os desenhos acromáticos.
 Primeiro peça o indivíduo para nomear as cores dos giz de cera, qualquer indicação de daltonismo, essa
aplicação não é adequada.
 Solicite desenhos a casa, árvore e pessoa da mesma maneira e com as mesmas instruções dadas para os
desenhos acromáticos.
 No inquérito aplicar só as perguntas com *.
 Perguntar as diferenças entre os primeiros desenhos (acromáticos ) e esses, coloridos.
 Perguntar sobre o significado no tratamento de detalhes incomuns ou bizarros ou de suas omissões.
 Use a lista de Conceitos Interpretativos.
 Lista dos usos convencionais das cores.
 “Usos Gerais das Cores” – usada para observar as características de cores específicas do desenho associadas à
psicopatologia.

LISTA DE CONCEITOS INTERPRETATIVOS


 Ao acabar a sessão de desenhos e o Inquérito posterior, vire a página da Lista de conceitos interpretativos do
Protocolo de Interpretação.
 Passos:
 1. Na seção de Características normais, marque S (sim) para aquelas se aplicam a cada desenho.
 2. Marque todas as pausas incomuns, comentários ou outros comportamentos diferentes anotados enquanto o
examinando realizava a tarefa.
 3. marque os aspectos de proporção, detalhe, perspectiva, detalhes e cor (para desenhos coloridos) que
estejam no desenho e que possam indicar patologia.
 Há uma Lista de Conceitos Interpretativos que é apenas um guia para o estabelecimento de hipóteses clínicas.
 O grau de certeza com a qual uma hipótese particular pode ser aplicada a um indivíduo, depende de
informação adicional como a história do paciente, problemas apresentados e resultados de procedimentos de
avaliação adicionais.

AVALIAÇÃO DO DESENHO
 Examinar o desenho em relação à localização, ao tamanho, à orientação e à qualidade geral, bem como os
desvios nas áreas gerais que tem algum possível significado clínico.
 Ex. desvios: num desenho o examinando, primeiro, desenha uma chaminé muito grande. Depois apaga e
desenha num ângulo peculiar.
 No protocolo de interpretação foi assinalado ênfase no detalhe.

51
 Consultar a seção chaminé, da seção Características do Desenho Específicas da Figura – interpretar as
hipóteses associadas.

ASPECTOS GERAIS DO DESENHO


 Atitude
 Medida grosseira da disposição global do examinando para rejeitar uma tarefa nova e, talvez, difícil.
 Normalmente o desenho mais rejeitado é o da pessoa humana, razões:
 A) muitos indivíduos desajustados têm maiores dificuldades nas relações interpessoais.
 B) o desenho da figura humana parece despertar mais associações a nível consciente do que a árvore ou a
casa.
 C) consciência corporal acentuada torna os indivíduos desajustados pouco à vontade.
 Tempo, latências, pausas
 Tempo despendido no desenho – informações sobre o significado dos objetos desenhados e de suas partes.
 Número de detalhes e o método de apresentação devem justificar o tempo gasto, normalmente, os 3 desenhos
levam de 2 a 30 minutos para serem completados.
 Rapidez incomum – livrar-se de uma tarefa desagradável.
 Tempo excessivo – relutância em produzir algo ou significado intencional intenso do símbolo, ou ambos.

 Tempo, latências, pausas


 Indivíduos maníacos – demoram em função da riqueza de detalhes irrelevantes.
 Obsessivo-compulsivos – demoram pela tendência a produzir meticulosamente todos os detalhes relevantes.
 Indivíduo não começar o desenho em 30 segundos – potencial para psicopatologia.
 Atraso sugere forte conflito.
 Pausa de mais de 5 segundos em cada desenho – presença possível de conflito.
 A parte do objeto que está sendo desenhada, que foi ou que será, pode ser a origem do conflito.

Capacidade crítica e rasuras


 Comentários comuns: “Nunca aprendi a desenhar” ou “Isto aqui está fora de proporção”.
 Comentários excessivos – potencial psicopatologia, especialmente, sem tentativas de correção.
 Comportamentos indicativos de autocrítica:
 1. Abandono de um objeto não completado, recomeçando o desenho em outro lugar, sem apagar o anterior.
 2. apagar sem tentar redesenhar. Geralmente restrito a um detalhe que aparentemente despertou forte conflito.
 3. Apagar e redesenhar. Com melhora – sinal favorável. Meticulosidade, excesso de rasura, etc.

Comentários
 Comentários escritos feitos pelos examinandos durante o desenho – geralmente nome de pessoas, ruas,
árvores, números, etc.
 Necessidade compulsiva para estruturar a situação o mais completamente possível ou para compensar uma
idéia ou sentimento obsessivo ativado por algo do desenho.
 Observações supérfluas: “Eu vou coloca esta gravata nele” – ajudam indivíduos inseguros a estruturar a
situação.
 Observações irrelevantes: “Você disse que hoje é seu primeiro dia aqui?” – facilitar a situação.

Comentários
 Excessivos comentários, irrelevantes ou bizarros indicam preocupação.
 Verbalizações durante o desenho freqüentemente incluem conteúdos reprimidos.
 Desenhar – emprega energias que estiveram envolvidas na defesa do ego.
 Durante o inquérito é comum ansiedade perante o conteúdo reprimido.
 Expressões emocionais persistentes de maior ou menor intensidade ou repressão da expressão – desequilíbrio
da personalidade e desajustamento ou problema orgânico.

CARACTERÍSTICAS GERAIS DO DESENHO


 Proporção
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 Revela valores atribuídos pelo indivíduo aos objetos, situações e pessoas.
 Entre a figura desenhada e folha do desenho: normalmente os desenhos ocupam 2/3 da folha.
 Uso de uma área extremamente pequena – sentimento de inadequação;
 Uso de quase toda área – sentimento de frustração, hostilidade ao meio, visão egocêntrica.

 Proporção
 Detalhes na figura desenhada:
 Detalhe de tamanho maior do que a média – muito interesse e preocupação com o item.
 Detalhe de tamanho menor do que a média – rejeição ou desejo de rejeitar o que o item simboliza para o
indivíduo.

 Perspectiva: planejamento das relações espaciais. Capacidade para compreensão e reação com sucesso a
aspectos mais complexos, mais abstratos e mais exigentes da vida.
 Localização horizontal na página – afastado para a esquerda em relação ao meio da folha – comportamento
impulsivo, busca de satisfação emocional imediata de necessidades e impulsos. Preocupado com o passado e
interessado principalmente em si mesmo.
 Afastado para a direita – comportamento estável, rigidamente controlado, adiar as satisfações e impulsos
imediatos; preferes às satisfações intelectuais do que as emocionais. Preocupado com o futuro, e mais com os
outros do que consigo.

 Perspectiva
 Localização vertical na página:
 Abaixo do ponto médio da folha – inseguro e inadequado e de possível depressão. Concretude, busca de
satisfação na realidade.
 Acima do ponto médio – sentimento de luta por objetivos inatingíveis. Busca de satisfação na
intelectualização ou na fantasia mais do que na realidade.

 Perspectiva
 Localização central na página: centro da folha- rigidez para compensar insegurança e ansiedade;
 Mudança da posição na página: rotação freqüente da página – rejeição à sugestão, recusando-se a aceitar a
posição apresentada – tendências agressivas e/ou negativistas. Potencial para psicopatologia.
 Quadrantes da página: quadrante superior esquerdo – quadrante da regressão. É comum uma deteriorização
psicótica ou orgânica. Quadrante inferior direito – imaturidade conceitual, raramente um desenho se localiza
nesse espaço.

 Perspectiva
 Margens da página
 Desenho cortado pelo papel: cortado na base da página sobre pode se detectado através de inquérito. Forte
potencial para ações explosivas.
 Cortado na margem esquerda: fixação no passado e medo do futuro.
 Cortado à direita: desejo de escapar do futuro ou indicação de lesões orgânicas.

 Perspectiva
 Margens da página
 Desenho na borda do papel:
 Uso da margem superior – fixação no pensamento e na fantasia como fonte de satisfação;
 Uso das margens laterais – insegurança e constrição;
 Uso das margem inferior – depressão e tendência a comportar-se de maneira concreta e desprovida de
imaginação. É menos patológico dos que os outros.

 Perspectiva
 Relação com o observador: visão por cima (“visão de pássaro) e visão por baixo (“visão de minhoca”).

53
 Distância aparente em relação ao observador: tamanho muito pequeno do desenho, localização no alto de um
colina ou em um vale profundo, grande número de detalhes localizados entre o observador e o desenho – forte
necessidade de manter o “self” afastado e inacessível.

 Perspectiva
 Posição: geralmente os desenhos estão de frente para o observador, mas com sugestão de profundidade ou em
perfis parciais.
 A ausência de profundidade sugere um estilo rígido e intransigente que compensa sentimentos de
inadequação e insegurança.
 A presença do perfil completo, sem sugestão de que existe um outro lado – fortes tendências oposicionistas e
de afastamento. Comum em estados paranóicos.
 Linha de solo – ponto de referência para o objeto desenhado. Em uma colina – sentimentos de isolamento e
exposição, dependência materna ou exibicionismo. Inclinada para baixo e para direita – sentimento de futuro
incerto e perigoso.

 Perspectiva
 Transparências: um desenho em que o objeto, que geralmente estaria coberto por algo (casa com telhado)
esteja ainda visível. Falha na função crítica, nos desenhos de pessoas sem deficiência mental, a organização
da personalidade está rompida por fatores funcionais, orgânicos ou ambos. Deve ser avaliado pelo número de
transparências e gravidade.
 Movimento: intensidade ou violência do movimento, o prazer ou desprazer e em que grau o movimento é
voluntário.

DETALHES
 Detalhes essenciais – ausência de um ou mais detalhes – implicações patológicas
 Uso mínimo ou abaixo da média-retraimento ou conflito na área representada;
 Uso excessivo – preocupação exagerada;
 Detalhes não essenciais – bom contado com a realidade.
 Uso excessivo – preocupação exagerada com o ambiente, comum em pessoas obsessiva-compulsivas.
 Detalhes irrelevantes – uso limitado: insegurança básico moderado.
 Uso excessivo – ansiedade “flutuante livre” relacionada a área simbolizada pelo detalhe. Pode indicar
afastamento se tendem a suplantar o desenho principal, comum em indivíduos em estado maníaco.
 Detalhes bizarros – contato com a realidade gravemente comprometido – grave psicopatologia. São raros.
 Dimensão do detalhe – uni e bidimensionais – baixa capacidade mental ou lesão cerebral. Exceção: “figura
palito da árvore” ou da pessoa.
 Sombreamento do detalhe – saudáveis: feitos de forma rápida, leve e com poucos rabiscos. Envolvem
abstração e sensibilidade ao ambiente. Patologia – feito de forma lenta e força excessiva – ansiedade e
conflito.
 Seqüência do detalhe – ordem de apresentação incomum, retorno compulsivo, apagar e redesenhar ou
repetição de um detalhe – patologia em potencial. Dificuldade – concentração e organização, ou do conflito
relacionado ao detalhe.
 Ênfase no detalhe – comentários ou expressões emocionais claras, seqüências pouco comuns em torno dele,
excesso de rasuras, lentidão ao desenhá-lo, combinações bizarras, lesões desenhadas (cicatrizes). Ansiedade
ou conflito.
 Qualidade da linha – falhas na coordenação motora sugerem desajustamento funcional da personalidade ou
desordem do sistema nervoso central.

COR
 Aplicação do HTTP colorido:
 Fornece estimativa da estabilidade das respostas.
 Fornece dados adicionais.
 Se a organização dos desenhos coloridos forem melhores dos que os acromáticos – prognóstico melhor,
resposta positiva ao calor humano.

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 Escolha da cor – lentidão e indecisão na escolha da cor de um detalhe – significação do mesmo.
 Aplicação –
 uso do preto e do marrom como um lápis: tendência a evitar emoções; emotivos – uso de muitas cores;
 Mais de ¾ da área da folha do desenho for colorida: controle inadequado da expressão emocional;
 Cores que ultrapassam as linhas periféricas: impulsividade

INQUÉRITO POSTERIOR
 Esclarecer pontos obscuros dos desenhos.
 Respostas devem ser avaliadas de acordo com diversas dimensões.
 Recusa de fazer comentários: patológica.
 As respostas devem ser avaliadas em sua relevância.
 Analisar o grau em que as pessoas colocam respostas de autorreferência ou confabulações.
 ÁRVORE:
 Onde esta árvore realmente está localizada? Se a resposta for “na selva” ou “na floresta”, pergunte o
significado da selva ou da floresta para o indivíduo.
 Como está o tempo neste desenho? Se a resposta coincidir com o tempo no momento do questionário,
determine se esta é a única influência na resposta do indivíduo, ou se há outros fatores.
 Que tipo de vento é esse?
 Essa árvore é saudável?
 PESSOA:
 O que ele (a) está fazendo? Onde ele (a) está fazendo isto? Explore as respostas.
 Como ele (a) se sente? Por quê?
 O que nesta pessoa lhe dá a impressão de que ela está feliz (triste, brava etc.)? Explore.
 Que tipo de roupa esta pessoa está vestindo?

ADMINISTRAÇÃO – DESENHOS COLORIDOS


 Considera-se que os desenhos coloridos feitos após os desenhos acromáticos e o inquérito posterior ao
desenho evocam um nível mais profundo de experiência do que os desenhos acromáticos.
 Primeiro peça o indivíduo para nomear as cores dos giz de cera, qualquer indicação de daltonismo, essa
aplicação não é adequada.
 Solicite desenhos a casa, árvore e pessoa da mesma maneira e com as mesmas instruções dadas para os
desenhos acromáticos.
 No inquérito aplicar só as perguntas com *.
 Perguntar as diferenças entre os primeiros desenhos (acromáticos ) e esses, coloridos.
 Perguntar sobre o significado no tratamento de detalhes incomuns ou bizarros ou de suas omissões.
 Use a lista de Conceitos Interpretativos.
 Lista dos usos convencionais das cores.
 “Usos Gerais das Cores” – usada para observar as características de cores específicas do desenho associadas à
psicopatologia.

LISTA DE CONCEITOS INTERPRETATIVOS


 Ao acabar a sessão de desenhos e o Inquérito posterior, vire a página da Lista de conceitos interpretativos do
Protocolo de Interpretação.
 Passos:
 1. Na seção de Características normais, marque S (sim) para aquelas se aplicam a cada desenho.
 2. Marque todas as pausas incomuns, comentários ou outros comportamentos diferentes anotados enquanto o
examinando realizava a tarefa.
 3. marque os aspectos de proporção, detalhe, perspectiva, detalhes e cor (para desenhos coloridos) que
estejam no desenho e que possam indicar patologia.
 Há uma Lista de Conceitos Interpretativos que é apenas um guia para o estabelecimento de hipóteses clínicas.
 O grau de certeza com a qual uma hipótese particular pode ser aplicada a um indivíduo, depende de
informação adicional como a história do paciente, problemas apresentados e resultados de procedimentos de
avaliação adicionais.
55
INTERPRETAÇÃO
 4 partes:
 1ª - instruções gerais sobre a avaliação de desenhos.
 2ª - aspectos gerais dos desenhos, conceitos interpretativo comumente usados.
 3ª - características específicas de cada figura.
 4ª - ilustrações de caso.

AVALIAÇÃO DO DESENHO
 Examinar o desenho em relação à localização, ao tamanho, à orientação e à qualidade geral, bem como os
desvios nas áreas gerais que tem algum possível significado clínico.
 Ex. desvios: num desenho o examinando, primeiro, desenha uma chaminé muito grande. Depois apaga e
desenha num ângulo peculiar.
 No protocolo de interpretação foi assinalado ênfase no detalhe.
 Consultar a seção chaminé, da seção Características do Desenho Específicas da Figura – interpretar as
hipóteses associadas.

ASPECTOS GERAIS DO DESENHO


 Atitude
 Medida grosseira da disposição global do examinando para rejeitar uma tarefa nova e, talvez, difícil.
 Normalmente o desenho mais rejeitado é o da pessoa humana, razões:
 A) muitos indivíduos desajustados têm maiores dificuldades nas relações interpessoais.
 B) o desenho da figura humana parece despertar mais associações a nível consciente do que a árvore ou a
casa.
 C) consciência corporal acentuada torna os indivíduos desajustados pouco à vontade.
 Tempo, latências, pausas
 Tempo despendido no desenho – informações sobre o significado dos objetos desenhados e de suas partes.
 Número de detalhes e o método de apresentação devem justificar o tempo gasto, normalmente, os 3 desenhos
levam de 2 a 30 minutos para serem completados.
 Rapidez incomum – livrar-se de uma tarefa desagradável.
 Tempo excessivo – relutância em produzir algo ou significado intencional intenso do símbolo, ou ambos.

 Tempo, latências, pausas


 Indivíduos maníacos – demoram em função da riqueza de detalhes irrelevantes.
 Obsessivo-compulsivos – demoram pela tendência a produzir meticulosamente todos os detalhes relevantes.
 Indivíduo não começar o desenho em 30 segundos – potencial para psicopatologia.
 Atraso sugere forte conflito.
 Pausa de mais de 5 segundos em cada desenho – presença possível de conflito.
 A parte do objeto que está sendo desenhada, que foi ou que será, pode ser a origem do conflito.

Capacidade crítica e rasuras


 Comentários comuns: “Nunca aprendi a desenhar” ou “Isto aqui está fora de proporção”.
 Comentários excessivos – potencial psicopatologia, especialmente, sem tentativas de correção.
 Comportamentos indicativos de autocrítica:
 1. Abandono de um objeto não completado, recomeçando o desenho em outro lugar, sem apagar o anterior.
 2. apagar sem tentar redesenhar. Geralmente restrito a um detalhe que aparentemente despertou forte conflito.
 3. Apagar e redesenhar. Com melhora – sinal favorável. Meticulosidade, excesso de rasura, etc.

Comentários
 Comentários escritos feitos pelos examinandos durante o desenho – geralmente nome de pessoas, ruas,
árvores, números, etc.
 Necessidade compulsiva para estruturar a situação o mais completamente possível ou para compensar uma
idéia ou sentimento obsessivo ativado por algo do desenho.
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 Observações supérfluas: “Eu vou coloca esta gravata nele” – ajudam indivíduos inseguros a estruturar a
situação.
 Observações irrelevantes: “Você disse que hoje é seu primeiro dia aqui?” – facilitar a situação.

Comentários
 Excessivos comentários, irrelevantes ou bizarros indicam preocupação.
 Verbalizações durante o desenho freqüentemente incluem conteúdos reprimidos.
 Desenhar – emprega energias que estiveram envolvidas na defesa do ego.
 Durante o inquérito é comum ansiedade perante o conteúdo reprimido.
 Expressões emocionais persistentes de maior ou menor intensidade ou repressão da expressão – desequilíbrio
da personalidade e desajustamento ou problema orgânico.
CARACTERÍSTICAS GERAIS DO DESENHO
Proporção
 Revela valores atribuídos pelo indivíduo aos objetos, situações e pessoas.
 Entre a figura desenhada e folha do desenho: normalmente os desenhos ocupam 2/3 da folha.
 Uso de uma área extremamente pequena – sentimento de inadequação;
 Uso de quase toda área – sentimento de frustração, hostilidade ao meio, visão egocêntrica.

Proporção
 Detalhes na figura desenhada:
 Detalhe de tamanho maior do que a média – muito interesse e preocupação com o item.
 Detalhe de tamanho menor do que a média – rejeição ou desejo de rejeitar o que o item simboliza para o
indivíduo.

Perspectiva: planejamento das relações espaciais. Capacidade para compreensão e reação com sucesso a aspectos
mais complexos, mais abstratos e mais exigentes da vida.
 Localização horizontal na página – afastado para a esquerda em relação ao meio da folha – comportamento
impulsivo, busca de satisfação emocional imediata de necessidades e impulsos. Preocupado com o passado e
interessado principalmente em si mesmo.
 Afastado para a direita – comportamento estável, rigidamente controlado, adiar as satisfações e impulsos
imediatos; preferes às satisfações intelectuais do que as emocionais. Preocupado com o futuro, e mais com os
outros do que consigo.

Perspectiva
 Localização vertical na página:
 Abaixo do ponto médio da folha – inseguro e inadequado e de possível depressão. Concretude, busca de
satisfação na realidade.
 Acima do ponto médio – sentimento de luta por objetivos inatingíveis. Busca de satisfação na
intelectualização ou na fantasia mais do que na realidade.

Perspectiva
 Localização central na página: centro da folha- rigidez para compensar insegurança e ansiedade;
 Mudança da posição na página: rotação freqüente da página – rejeição à sugestão, recusando-se a aceitar a
posição apresentada – tendências agressivas e/ou negativistas. Potencial para psicopatologia.
 Quadrantes da página: quadrante superior esquerdo – quadrante da regressão. É comum uma deteriorização
psicótica ou orgânica. Quadrante inferior direito – imaturidade conceitual, raramente um desenho se localiza
nesse espaço.

Perspectiva
 Margens da página
 Desenho cortado pelo papel: cortado na base da página sobre pode se detectado através de inquérito. Forte
potencial para ações explosivas.
 Cortado na margem esquerda: fixação no passado e medo do futuro.
 Cortado à direita: desejo de escapar do futuro ou indicação de lesões orgânicas.
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Perspectiva
 Margens da página
 Desenho na borda do papel:
 Uso da margem superior – fixação no pensamento e na fantasia como fonte de satisfação;
 Uso das margens laterais – insegurança e constrição;
 Uso das margem inferior – depressão e tendência a comportar-se de maneira concreta e desprovida de
imaginação. É menos patológico dos que os outros.

Perspectiva
 Relação com o observador: visão por cima (“visão de pássaro) e visão por baixo (“visão de minhoca”).
 Distância aparente em relação ao observador: tamanho muito pequeno do desenho, localização no alto de um
colina ou em um vale profundo, grande número de detalhes localizados entre o observador e o desenho – forte
necessidade de manter o “self” afastado e inacessível.

Perspectiva
 Posição: geralmente os desenhos estão de frente para o observador, mas com sugestão de profundidade ou em
perfis parciais.
 A ausência de profundidade sugere um estilo rígido e intransigente que compensa sentimentos de
inadequação e insegurança.
 A presença do perfil completo, sem sugestão de que existe um outro lado – fortes tendências oposicionistas e
de afastamento. Comum em estados paranóicos.
 Linha de solo – ponto de referência para o objeto desenhado. Em uma colina – sentimentos de isolamento e
exposição, dependência materna ou exibicionismo. Inclinada para baixo e para direita – sentimento de futuro
incerto e perigoso.

Perspectiva
 Transparências: um desenho em que o objeto, que geralmente estaria coberto por algo (casa com telhado)
esteja ainda visível. Falha na função crítica, nos desenhos de pessoas sem deficiência mental, a organização
da personalidade está rompida por fatores funcionais, orgânicos ou ambos. Deve ser avaliado pelo número de
transparências e gravidade.
 Movimento: intensidade ou violência do movimento, o prazer ou desprazer e em que grau o movimento é
voluntário.

DETALHES
 Detalhes essenciais – ausência de um ou mais detalhes – implicações patológicas
 Uso mínimo ou abaixo da média-retraimento ou conflito na área representada;
 Uso excessivo – preocupação exagerada;
 Detalhes não essenciais – bom contado com a realidade.
 Uso excessivo – preocupação exagerada com o ambiente, comum em pessoas obsessiva-compulsivas.
 Detalhes irrelevantes – uso limitado: insegurança básico moderado.
 Uso excessivo – ansiedade “flutuante livre” relacionada a área simbolizada pelo detalhe. Pode indicar
afastamento se tendem a suplantar o desenho principal, comum em indivíduos em estado maníaco.
 Detalhes bizarros – contato com a realidade gravemente comprometido – grave psicopatologia. São raros.
 Dimensão do detalhe – uni e bidimensionais – baixa capacidade mental ou lesão cerebral. Exceção: “figura
palito da árvore” ou da pessoa.
 Sombreamento do detalhe – saudáveis: feitos de forma rápida, leve e com poucos rabiscos. Envolvem
abstração e sensibilidade ao ambiente. Patologia – feito de forma lenta e força excessiva – ansiedade e
conflito.
 Seqüência do detalhe – ordem de apresentação incomum, retorno compulsivo, apagar e redesenhar ou
repetição de um detalhe – patologia em potencial. Dificuldade – concentração e organização, ou do conflito
relacionado ao detalhe.

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 Ênfase no detalhe – comentários ou expressões emocionais claras, seqüências pouco comuns em torno dele,
excesso de rasuras, lentidão ao desenhá-lo, combinações bizarras, lesões desenhadas (cicatrizes). Ansiedade
ou conflito.
 Qualidade da linha – falhas na coordenação motora sugerem desajustamento funcional da personalidade ou
desordem do sistema nervoso central.

COR
 Aplicação do HTTP colorido:
 Fornece estimativa da estabilidade das respostas.
 Fornece dados adicionais.
 Se a organização dos desenhos coloridos forem melhores dos que os acromáticos – prognóstico melhor,
resposta positiva ao calor humano.
 Escolha da cor – lentidão e indecisão na escolha da cor de um detalhe – significação do mesmo.
 Aplicação –
 uso do preto e do marrom como um lápis: tendência a evitar emoções; emotivos – uso de muitas cores;
 Mais de ¾ da área da folha do desenho for colorida: controle inadequado da expressão emocional;
 Cores que ultrapassam as linhas periféricas: impulsividade

INQUÉRITO POSTERIOR
 Esclarecer pontos obscuros dos desenhos.
 Respostas devem ser avaliadas de acordo com diversas dimensões.
 Recusa de fazer comentários: patológica.
 As respostas devem ser avaliadas em sua relevância.
 Analisar o grau em que as pessoas colocam respostas de autorreferência ou confabulações.

INTERPRETAÇÃO - CASA
 Elementos essenciais e acessórios.
 Patologia – ausência de elementos essenciais.
 Paredes – força do ego.
 Telhado grande – procura da satisfação na fantasia.
 Portas e janelas – acesso ao mundo exterior.
 Chaminé – “calor psicológico”, com muita fumaça – tensão ou conflito nas relações familiares.
 Linha do solo – contato com a realidade.
 Caminhos – vias de acessoa e de comunicação, mas podem ser barreiras dificultando as interações;
 Demais acessórios – análise da finalidade.

INTERPRETAÇÃO - ÀRVORE
 Elementos essenciais – um tronco e, pelo menos, um galho.
 A falta desses elementos – deterioração intelectual.
 Árvore centrada – equilibrio e bem relacionamento.
 Esquerda – não equilibrio, forte influência materna.
 Direita – identificação com a figura paterna.
 Superior – fuga na fantasia.
 Inferior – inibição da fantasia e sentimentos depressivos.
 Tronco:
• Força do ego, auto-estima.
• Linhas reforçadas – uso de recursos defensivos, proteção da integridade do ego.
• Linhas fracas – vulnerabilidade.
• Irregularidades – sentimentos de inadequação.
• Cicatrizes – experiências traumáticas.
 Copa: Organização da personalidade e a maneira de interagir com o ambiente;
 Galhos: sentimentos diversos
• Abundantes – busca de excessiva satisfação.
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• Diminutos – incapacidade de obter satisfação.
• Voltados para dentro – egocentrismo.
• Quebrados – impotência, castração e trauma.
• Mortos – desesperança, depressão.
• Ausentes – falta de contato.
• Cheios de folhas – meticulosidade e precisão. Com elaboração: perfeccionismo.
• Ausência de folhas – relacionar com vulnerabilidade.
• Frutos – em adultos, satisfação e criatividade, em crianças, podem ser sentimentos de dependência, quando
caídos no chão, rejeição.

INTERPRETAÇÃO - PESSOA
 Representações de características pessoais, como são na realidade e como são percebidas.
 Tipo de pessoa desenhada.
 Cabeça – aspectos intelectuais, necessidade de controle racional de impulsos e/ou fantasia.
 Traços faciais, braços e mãos – comunicação e interação.
 Tronco – atitude frente aos impulsos.

PMK – Psicodiagnóstico Miocinético

Fundamentação do PMK
• O PMK é uma prova de expressão gráfica que se propõe a explorar a personalidade, estudando sua fórmula
atitudinal mediante a análise das tensões musculares involuntárias.

Teoria Motriz da Consciência

• Base teórica que postula que toda intenção, ou propósito de reação, é acompanhada de uma modificação do
tônus postural, que tende a favorecer os movimentos a fim de obter os objetivos e a inibir os movimentos
contrários.

Material do PMK

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6 folhas designadas de acordo com a configuração impressa.

a. Lineogramas
b. Ziguezagues
c. Escadas e círculos
d. Cadeia
e. Paralelas e Us verticais
f. Paralelas e Us sagitais

• Mesa de aplicação
• Cadeira simples sem braços
• 4 lápis pretos Faber nº 2
• 2 lápis vermelhos (KOH-I-NOOR 1561 G) ou azuis KOH-I-NOOR 1561 E)
• 1 lápis comum vermelho para marcação
• Anteparos – presente na mesa da vetor
• Cartões de cobertura
• Folha de registro
• Cronômetro

Aplicação do PMK

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• A primeira parte do PMK consiste na aplicação sucessiva dos lineogramas, dos ziguezagues, das escadas e
dos círculos e das cadeias sagitais. Após 7 dias que pode ser abreviado para 24 h, realiza-se a segunda parte,
cadeias verticais, paralelas egocífugas e Us verticais e as paralelas egocípetas e Us sagitais.

1. Lineogramas (1ª folha)


• Plano:
lineogramas horizontais e sagitais – horizontal.
lineogramas verticais – vertical.

Lineogramas - aplicação
• Ordem de execução:
1. L. horizontal mão direita
2. L. sagital mão direita
3. L. horizontal mão esquerda
4. L. sagital mão esquerda
5. L. vertical mão direita
6. L. vertical mão esquerda
Obs: para os canhotos inverte-se a ordem, começando com a mão esquerda.

Ponto de partida de cada traçado:cobrir 3 vezes com controle visual, um lineograma completo. O movimento é de
ida-e-volta. Ao completar o terceiro movimento, o examinador coloca o anteparo e o examinando deve fazer 10
movimentos completos. Ao iniciar o 11º, solicite que pare.
• Examinador deve marcar as extremidades da volta do 10º movimento com o lápis vermelho.

Instruções:

“Você vai cobrir esta linha de dentro para fora, procurando ficar sempre em cima dela. Depois de algumas vezes vou
colocar o anteparo (demonstrar). Continue a fazer os traçados sobre a linha e do mesmo tamanho dela até receber
ordem para parar”. 3 movimentos com controle visual, 10 movimentos com anteparo. No 11º, dizer: “Pode parar” ou
“Levante o lápis”.

Ziguezagues (2ª folha)


• Uso das duas mãos simultaneamente.
• Posição do aplicador – de pé na frente do candidato, permite melhor observação.
• Plano: mesa em posição horizontal.
• Ordem de execução: movimento egocífugo e depois o egocípeto. A ordem é a mesma para destros e canhotos.

Ziguezagues (aplicação)
• Execução do traçado:
fazer os traçados com as duas mãos, cobrindo os modelos impressos dos ziguezagues egocífugos e continuar
avançando para realizar mais trÊs ziguezagues com controle visual. Depois com o anteparo, espere até que ambas as
mãos ultrapassem a linha horizontal mais distante.
• Nos traçados egocípetos, o lápis preto deve ser substituído pelo azul ou vermelho.

Instruções:
“Você vai realizar este desenho com as duas mãos ao mesmo tempo, fazendo um movimento para fora, outro para
dentro e continuar este traçado, conservando sempre a mesma forma, o mesmo tamanho e a mesma direção (apontar a
direção). Só pare quando receber a ordem”.
• Ziguezagues egocípetos – dois lápis vermelhos. “Agora faça o mesmo para voltar”

Escadas e círculos (3ª folha)


• Plano: vertical.
• Ordem de execução:
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Escada e depois o círculo.
Iniciar pela mão dominante.
• Ponto de partida:

- Escada: apontar o início do primeiro degrau no sentido ascendente.


- Círculo: marcar com um traço a base da linha do círculo, indicando com uma seta o sentido horário, para
detros, e anti-horário, para canhotos.
- Proceda da mesma maneira ao inverter a folha, mas o movimento agora é em sentido inverso.

Escadas e círculos (aplicação)


• Execução do traçado
- Escada: cobrir os 3 degraus modelos da escada até completar mais 3 degrau com visão. Com anteparo, quando o
sujeito atingir a linha vertical impressa, peça para descer. Ao chegar à mesma altura da escada modelo, peça para
parar.

Instruções
- Escada:
“Agora você vai cobrir estes três degraus e continuar fazendo degraus da mesma forma e do mesmo tamanho para
cima (mostrar com o lápis o ápice da escada); quando eu pedir para descer; execute a escada do lado oposto até aqui
(mostrar com o lápis o lado oposto da escada modelo).”

Instruções
- Círculos:
“Agora cubra este círculo e continue a fazer círculos do mesmo tamanho, procurando ficar sempre sobre este
desenho. Só para quando eu pedir”.
“Agora faça o mesmo com a mão esquerda”.
Cadeias (4ª folha)
• Cadeias sagitais
• Plano: horizontal.
• Ordem de execução
1. C. egocífuga mão direita
2. C. egocípeta mão direita
3. C. egocífuga mão esquerda
4. C. egocípeta mão esquerda
Obs: para os canhotos começa-se com a mão esquerda e depois a direita.
Cadeias sagitais (aplicação)
• Ponto de partida:
1. C. egocífuga mão direita
Marque com lápis vermelho um traço na base do primeiro elo da cadeia, indicando a direção com o
movimento feito no sentido horário (para a direita).

2. C. egocípeta mão direita


Marque um traço no topo do elo da cadeia, indicando a direção com o movimento feito no sentido horário
(para a direita).

3. C. egocífuga mão esquerda


Traço na base do primeiro elo - indicando a direção sentido anti-horário (para a esquerda).

4. C. egocípeta mão esquerda


Traço no topo do elo- indicando a direção sentido anti-horário (para a esquerda).

• Execução do traçado: cobrir 3 elos modelos e mais 3 elos, levantando o lápis após cada elo. Com anteparo,
continuar até a altura dos elos egocípetos. Fazer o mesmo com a mão esquerda.

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Instruções:
“Agora, você vai fazer, começando aqui (apontar), cada elo na direção dos ponteiros do relógio. Levante o
lápis após cada um e continue fazendo elos que se entrelaçam da mesma forma, do mesmo tamanho e na mesma
direção até chegar aqui (apontar) e eu pedir para parar”.
Intervalo
• Com as cadeias sagitais encerra-se a 1ª parte do PMK.
• Intervalo ideal de 7 dias, mas pode ser de 24 h.
• Nunca realizar as duas partes no mesmo dia.

Cadeias verticais (aplicação)


• Plano: vertical.
• Ordem de execução:
1. C. ascendente da mão direita
2. C. descendente da mão direita
3. C. descendente da mão esquerda
4. C. ascendente da mão esquerda
Obs: para os canhotos começa-se com a mão esquerda.
• Ponto de partida

1. C. ascendente da mão direita


Traço vermelho na base do 1º elo – indicando a direção – sentido horário.

2. C. descendente da mão direita


Traço vermelho no alto do 1º elo – indicando a direção – sentido horário.

3. C. descendente da mão esquerda


Traço vermelho no alto do 1º elo – indicando a direção – sentido anti-horário.
4. C. ascendente da mão esquerda
Traço vermelho na base do 1º elo – indicando a direção – sentido anti-horário.

Execução do traçado:
3 elos do modelo + 3 elos com controle visual e depois com anteparo reproduzir até atingir a altura da cadeia
do sentido contrário.

Instruções:
“você vai fazer o mesmo que na vez anterior. Vai cobrir um elo na direção do movimento dos ponteiros de um
relógio, levantar o lápis, fazer o elo do mesmo tamanho do original, entrelaçando-os nesta direção (indicar) até chegar
aqui (apontar) quando pedirei para parar.”
“Faça o mesmo para descer”.
“Agora com a mão esquerda para descer no sentido anti-horário”.
“Agora faça o mesmo para subir”.

Paralelas egocífugas e Us verticais (5ª folha)


• Paralelas egocífugas
• Plano: horizontal
• Ordem de execução:
1. Paralela egocífuga mão direita
2. Paralela egocífuga mão esquerda
Obs: para os canhotos começa-se com a mão esquerda.

Paralelas egocífugas (aplicação)


• Ponto de partida

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Extremidade interna da 1ª paralela, sempre do centro da folha para fora, tanto para mão direita quanto para a
esquerda.
• Execução do traçado
2 linhas modelos, levantando o lápis, 3 paralelas com visão. Com o anteparo, fazer até a altura final do
modelo.

Instruções
“Agora você vai fazer esta linha nesta direção (apontar) levantando sempre o lápis ao completar a linha
sucessivamente. Continue fazendo linhas paralelas que tenham o mesmo comprimento e o mesmo intervalo até chegar
aqui (apontar). Só pare quando eu pedir”.
Us verticais (aplicação)
• Plano: vertical.
• Ordem de execução:
1. U vertical da mão direita
2. U vertical da mão esquerda
Obs: para os canhotos começa-se com a mão esquerda.
• Ponto de partida: centro para fora.
• Execução do traçado:
3 Us completos sobre o modelo. Mais 10 Us completos (anteparo para cobrir o que foi feito). No 11º, solicitar
que pare.
• Instruções:
“Começando neste ponto (mostrar), cubra este desenho indo e vindo, procurando manter o traçado sobre o
modelo e sempre do mesmo tamanho. Pare apenas quando eu pedir”.

Paralelas egocípetas e Us sagitais (6ª folha)


• Plano: horizontal
• Ordem de execução:
1. Paralela Egocípeta mão direita
2. Paralela Egocípeta mão esquerda
3. U sagital mão direita
4. U sagital mão esquerda

Obs: para os canhotos começa-se com a mão esquerda.

Paralelas egocípetas e Us sagitais (aplicação)


• Ponto de partida:
Centro para fora.
• Execução do traçado:
Mesma explicação dadas nas paralelas egocífugas, mas na direção egocípeta.

O mesmo vale para os Us sagitais.

Instruções:
Mesmas dadas para as paralelas egocífugas e Us verticais.

Mensuração e interpretação
Dados quantitativos.
• Fatores mensuráveis:
a) Tônus vital: elação-depressão.
b) Agressividade: hetero e auto.
c) Reação vivencial: extratensão-intratensão.
d) Emotividade.
e) Dimensão tensional: excitação-inibição.

65
f) Predomínio tensional: impulsividade-rigidez.

• Tônus vital: elação-depressão


Nível de energia vital disponível e circulante em um certo momento da vida, que representa uma medida de
potencial biológico capaz de ser liberado ante qualquer situação ou emergência.

• Agressividade: hetero e auto


Força propulsora que leva o indivíduo a uma atitude de afirmação e domínio pessoal perante qualquer
situação.

• Reação vivencial: extra-intratensão.


Nível de energia psíquica dirigida para fora, em atitude de doação, de exteriorização, ou para dentro, de
interiorização, de retenção do conteúdo psíquico.
• Emotividade: reação de emergência que se produz quando o organismo não sabe como reagir normalmente a
uma situação. É uma repercussão geral com vibração somatopsíquica, mostrando falhas do sistema adaptativo
de uma pessoa.

• Dimensão tensional: excitação-inibição.


processo fisiológico básico e complexo do sistema nervoso central, em que os reflexos da inibição e excitação
se manifestam pelas vias neuroelétricas de acordo com uma determinada estimulação e energia química.

• Predomínio tensional: impulsividade-rigidez.


Deriva do próprio processo fisiológico. As estimulações podem se manifestar num processo estável, irregular
ou por graves alterações que podem chegar a crises convulsivas.

• Cada fator corresponde a grupos musculares específicos:


a) Tônus vital: músculos dorsais elevadores e descensores (direção vertical).
b) Agressividade: extensores e flexores (direção sagital).
c) Reação vivencial: abdutores e adutores (direção horizontal).
d) Emotividade: reação reflexa postural.
e) Dimensão tensional: processo fisiológico e bioquímico do SNC.
f) Predomínio tensional: deriva do precedente.

• Nomenclaturas das mensurações:


a) Tônus vital: DPv = Desvio Primário vertical.
b) Agressividade: DPs = Desvio Primário sagital e DSh = Desvio Secundário horizontal.
c) Reação vivencial: DPh = Desvio Primário horizontal e DSs = Desvio Secundário sagital.
d) Emotividade: DSv = Desvio Secundário vertical.
e) Dimensão tensional: CL = Comprimento Linear e MCL = Média do

Comprimento Linear
f) Predomínio tensional: Dif. CL = Diferença Comprimento Linear.
• As mensurações (formas de cálculo) para as medidas apontadas acima estão descritas no manual, permitindo
análise quantitativa desses dados, comparando-se com as tabelas normativas.
• A Vetor Editora desenvolver um software para facilitar o trabalho do psicológo no processo de avaliação
quantitativa.

Apreciações qualitativas
• Dados qualitativos gerais:
1. Pressão:
- muito leve
- leve
- normal

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- forte
- muito forte

2. Tremor – se persistente por toda a prova - indício de uma alteração séria e indicativa de necessidade de exames
neurológicos.

Observar:
a) Homogeneidade e constância;
b) Constância numa mão ou em ambas;
c) Descontinuidade;
d) Intensidade;
e) Tremores com percepção visual;
f) Influência da medicação.
• Dados qualitativos de cada configuração:
1. Lineogramas
• Configuração geral ou coerência intrapsíquica primária (CIP) – maior ou menor harmonia e ajustamento entre
os dados constitucionais, genotípicos e atuais, presentes e adquiridos. É a relação entre o capital e o
rendimento, entre o fazer e o ser.
• Configuração específica – própria configuração do lineograma.
1. Lineograma retilíneo – semelhante ao modelo
2. L. curvilíneo.
3. L. desordenado, desorganizado.
4. L. deformado.
5. L. com perda da configuração.
• Comprimento linear – a extensão da linha.
a) Aumento gradativo
b) Diminuição gradativa
c) Irregularidade
• Em função do Desvio Primário e do Desvio Secundário – analisando irregularidades.

2. Ziguezague
• Configuração geral ou coerência intrapsíquica secundária - Gestalt geral entre uma e outra mão, isto é, maior
ou menor harmonia entre um e outro hemisfério.

Configuração específica:
a) Linhas retilíneas;
b) L. curvilíneas;
c) L. desordenadas;
d) L. deformadas

Apreciações qualitativas
Em relação aos ângulos:
a) normais;
b) Pequenos;
c) Grandes;
d) Regulares;
e) Irregulares;
f) Nulos;
g) Reversíveis;
h) Arredondados;
i) Em guirlanda;
j) Ausentes.

Em relação a direção:

67
a) normal;
b) Oscilante;
c) Axial;
d) Regressiva.

Em relação ao comprimento:
a) regularidade;
b) Aumento gradativo;
c) Diminuição gradativa;

Em função da diferença de comprimento:


a) Excessiva regularidade;
b) Irregularidade geral;
c) Irregularidade brusca e imediata.

Em função do Desvio Primário sagital


a) Avanço normal; h) A. irregular brusco
b) A. precipitado; i) A. de um dos lados
c) A. retraído, difícil; e retrocesso do outro;
d) A. bloqueado.
e) A. inicial brusco;
f) A. inicial receoso;
g) A. irregular geral;

Com relação à direção egocípeta:


a) Volta normal;
b) V. muito regular;
c) V. irregular;
d) V. precipitada;
e) V. difícil;
f) V. retida;
g) Acentuada dificuldade para voltar.

Em função dos Desvio Secundário sagital


a) Desvio regular numa só direção;
b) D. lateral irregular;
c) D. secundário brusco;
d) D. acentuado em ambas as mãos, em uma ou outra direção, tanto no movimento egocífugo como no
egocípeto.

3. Escada
• Configuração geral: analisa o nível ideomotor – nível de inteligência por meio da expressão motora,
considerando basicamente a inteligência espacial e abstrada. Fatores de análise: tamanho, forma, direção,
pressão.

• Nível ideomotor:
• Bom;
• Normal para bom;
• Normal;
• Sofrível para normal;
• Sofrível;
• Sofrível para deficiente;
• Deficiente.

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Configuração específica:
a) Linhas retas;
b) L. curvilíneas;
c) L. desordenadas;
d) L. deformadas.

Considerando o tamanho:
a) Linhas pequenas;
b) L. diminuindo gradativamente;
c) L. aumentando gradativamente;
d) L. muito regulares;
e) L. irregulares;

Em relação aos ângulos:


a) retos;
b) Agudos;
c) Obtusos;
d) Em ameias;
e) Arredondados;
f) Regulares;
g) Irregulares;
h) Com contra-impulsos.

Em relação à direção:
a) normal;
b) Irregular;
c) Perda da direção;
d) Desorientação total;

Deslocamento descendente:
e) normal; j) De volta ao modelo
f) Desorientação inicial; l) Descenso em ameias
g) irregular; m) Perda da direção
h) horizontal;
i) vertical;

Em função dos Desvio Primário vertical:


a) Linhas verticais ascendentes maiores que as horizontais;
b) Linhas horizontais ascendentes maiores que as verticais;

Escada descendente:
c) Linhas descendentes verticais maiores que as horizontais;
d) Linhas descentes horizontais maiores que as verticais;
4. Círculos

Configuração específica – relacionada a forma e o tamanho.


a) Círculos redondos;
b) C. poligonais com arestas;
c) C. irregulares;
d) C. deformados;

De acordo com o tamanho:


a) Círculos maiores que o modelo;
b) C. gradativamente maiores;
c) C. menores que o modelo;
d) C. gradativamente menores;
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e) C. muito regulares;
f) C. irregulares.

De acordo com a intensidade e localização:


a) Rapidez no ascenso;
b) Precipitação no descenso;
c) Oscilação na direção;

Em função do Desvio Secundário vertical:


a) Avanço lateral irregular;
b) Flutuação na direçãoõ

5. Cadeias
• Configuração específica: forma e tamanho dos elos, intesidade, freqüência e localização dentro da trajetória.
a) Elos redondos;
b) E. poligonais com presença de arestas;
c) E. alongados, verticais ou horizontais;
d) E. deformados;
e) E. abertos;
f) E. fechados.

Considerando o tamanho:
a) Elos pequenos, menores que o modelo
b) E. gradativamente menores;
c) E. maiores que o modelo;
d) E. gradativamente maiores;
e) E. muito regulares;
f) E. imediatos com irregulares dos diâmetros.

Em função dos Desvio Primário sagital:


a) Avanço normal;
b) Avanço muito regular;
c) Dificuldade de avançar;
d) Avanço bloqueado;
e) Avanço inicial brusco;
f) Avanço inicial amarrado;
g) Avanço com ruptura das cadeias;

Em função dos Desvio Primário sagital:


h) Avanço irregular;
i) Avanço irregular brusco;
j) Avanço em guirlanda;
l) Avanço dos músculos extensores sobre os flexores;
m) Avanço dos músculos flexores sobre os extensores ;

Com relação à direção egocípeta:


a) Volta normal;
b) V. irregular;
c) V. com elos separados;
d) V. levemente amarrada;
e) V. acentuadamente aglomerada;
f) V. fortemente aglomerada;
g) V. intensamente aglomerada;
h) Em função do Desvio secundário sagital – categorias manual;
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i) Em função do Desvio Primário vertical - categorias manual;
j) Em relação à direção descendente - categorias manual;
k) Em função do Desvio secundário vertical - categorias manual;

6. Paralelas
• Configuração específica: relativo à forma de cada linha paralela de 50 mm.
1. Paralelas retilíneas;
2. P. curvilíneas;
3. P. desordenadas;
4. P com ganchos iniciais;
5. P. deformadas;
6. P. onduladas.

• Outros fatores de análise, cuja as categorias são descritas no manual:


• De acordo coma distância entre cada paralela;
• Em função do comprimento;
• Em função da diferença do comprimento;
• Em função dos Desvio Primário sagital;
• Direção egocípeta;
• Desvios Secundário sagital;

7. US
7.1. Us verticais
• Configuração específica: forma (traço descendente, uma base horizontal, um traço vertical ascendente e uma
volta sobre si até o ponto de partida).
• Categorias descritas no manual.
• Outros fatores de análise, cuja as categorias são descritas no manual:
• Tamanho;
• Desvio Primário vertical;
• Desvio Secundário vertical;

7.2. Us sagitais
• Configuração específica, semelhante aos Us verticais;
• Outros fatores de análise, cuja as categorias são descritas no manual:
• Desvio Primário sagital;
• Desvio Secundário sagital;

Interpretação global
• A fusão dos dados quantitativos, das apreciações qualitativas e dos elementos extrínsecos permitem inferir as
seguintes característica de personalidade no PMK:

a) Atitudes de reações permanentes, genotípicas e constitucionais expressas pelos traçados da mão dominada.
b) Atitudes de reações aparentes, fenotípicas e transitórias, reveladas pelos traçados executados pela mão dominante;
c) Grau de coerência intrapsíquica de acordo com a coincidência ou semelhança dos traçados entre a reação
permanente e a reação atual.
d) Grau de constância das reações de cada fator em cada mão.
e) Valor e sentido do tônus vital (elação-depressão);
f) Valor e sentido da reação vivencial (extratensão/normotensão/intratensão);
g) Valor e sentido da agressividade;
h) Grau de emotividade geral e autocontrole;
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i)Valor da dimensão tensional (excitabilidade – equilíbrio tensional – inibição);
j) Valor do predomínio tensional (impulsividade – controle – rigidez);
l) Tendência à ansiedade manifestada pelo aumento progressivo das diferentes configurações do teste.
m) Tendência à angústia revelada pela diminuição gradativa nos diferentes traçados;
n) Indicação de situação conflitivas, sejam problemáticas situacionais, conflitos intrapsíquicos mais graves ou
conflitos na área afetivo-sexual;
o) Existência de características típicas dentro das grandes constelações de personalidade, tanto na sua acepção normal
como limítrofe (border line) ou patológica;
p) Existência de características típicas dentro das grandes alterações neurológicas motivadas por:
• Intoxicações exógenas (álcool, etc.);
• Traumatismos cranianos;
• Doenças neurológicas;
• Outras doenças.

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