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à Contabilidade
Fernando Carvalho
27/09/2012
Contactos:
fpcarvalho@iscal.ipl.pt
fc6260@gmail.com
Aulas Extra:
1
Rui
Grilo
Caracterização
da
Actividade
Empresarial
-‐ A Produção;
-‐ A Distribuição;
-‐ O Consumo.
Produção:
É
a
actividade
que
consiste
em
transformar
os
meios
de
produção
(as
matérias-‐primas,
mão-‐
de-‐obra,
gastos
gerais
de
fabrico)
em
produtos
e
serviços
acabados.
Distribuição:
É
a
actividade
que
consiste
em
transportar
os
produtos
dos
locais
de
produção
até
aos
pontos
de
venda.
Consumo:
É
a
actividade
que
consiste
em
satisfazer
das
necessidades
com
a
utilização
dos
bens
e
serviços
produzidos.
No
circuito
económico,
cabe
às
empresas
a
actividade
de
produção
e
de
distribuição.
No
entanto,
as
empresas
são
também
consumidoras
de
bens
e
serviços
produzidos
por
outras
empresas.
Unidade
composta
por
meios
humanos,
meios
técnicos
e
meios
financeiros
organizados
que
tem
por
objectivos,
através
da
produção
e/ou
venda
de
bens
ou
serviços,
satisfazer
as
necessidades
dos
consumidores
das
comunidades
onde
se
encontra
inserida.
Meios Humanos:
• Trabalho
exercido
pelo
Homem
que
pode
apresentar-‐se
sobre
várias
formas:
de
execução
(qualificado
ou
não),
de
direcção,
de
organização
e
de
invenção.
2
Rui
Grilo
Meios Técnicos:
Do ponto de vista económico as empresas são de três tipos:
Empresas industriais:
• Inseridas
no
negócio
da
produção
de
bens.
Transformam
as
matérias-‐primas
para
fabricar
um
produto.
Ex:
Indústria
automóvel,
empresas
da
construção,
indústrias
de
equipamentos,
etc.
Empresas comerciais:
• Inseridas
no
negócio
da
distribuição.
Vendem
mercadorias.
Ex:
Lojas,
minimercados,
hipermercados,
livrarias,
etc.
Adquirem
determinado
bem
e
vendem-‐no
sem
lhe
alterarem
as
características
iniciais
(comercializam
mercadorias).
• Inseridas
no
negócio
da
prestação
de
serviços
ou
prestadores
de
serviços.
Prestam
consultoria
e
outros
serviços
especializados.
Ex:
contabilistas,
advogados,
empresas
de
turismo,
empresas
de
transporte,
seguros,
etc.
Empresas Agrícolas:
As
relações
traduzem-‐se
por
fluxos
de
bens
e
serviços
de
entrada
e
de
saída
(fluxos
reais),
aos
quais
correspondem
sempre
fluxos
monetários
de
sentido
inverso.
3
Rui
Grilo
Fluxos
da
Empresa
• A
óptica
financeira;
• A
óptica
económica
(ou
produtiva);
• A
óptica
de
tesouraria
(ou
de
caixa).
Óptica Financeira:
Está
ligada
à
transformação
e
incorporação
dos
diversos
materiais,
mão-‐de-‐obra,
etc.,
até
se
atingir
o
produto
(bem
ou
serviço)
final.
Podem
distinguir-‐se:
4
Rui
Grilo
A
óptica
de
tesouraria
(ou
de
caixa):
• A
óptica
financeira;
• A
óptica
económica
(ou
produtiva);
•
A
óptica
de
tesouraria
(ou
de
caixa).
A óptica financeira:
Dizem
respeito
ao
crédito
concedido
e
obtido
pela
empresa
no
exterior.
Se
a
empresa
fica
credora
de
um
elemento
externo
diz-‐se
que
teve
uma
receita,
se
pelo
contrário
fica
devedora
diz-‐se
que
teve
uma
despesa.
• As
despesas
são
obrigações
de
carácter
financeiro
decorrentes
da
aquisição
de
bens
ou
serviços,
independentemente
do
seu
pagamento
ou
consumo.
• As
receitas,
são
direitos
de
carácter
financeiro
decorrentes
da
aquisição
de
bens
ou
de
prestações
de
serviços,
independentemente
do
seu
recebimento.
5
Rui
Grilo
A
óptica
económica
(ou
produtiva):
Dizem
respeito
ao
consumo
de
inputs
(gasto)
e
à
obtenção
de
outputs
(rendimento).
Ou
seja,
dizem
respeito
à
transformação
dos
diversos
factores
produtivos.
• Os
gastos
são
consumos
de
bens
e/ou
serviços,
independentemente
da
sua
aquisição
ou
pagamento.
Ex:
custo
das
vendas,
gastos
com
pessoal,
depreciações/amortizações,
etc.
• Os
rendimentos
são
valores
correspondentes
à
produção
de
bens
e/ou
serviços,
independentemente
da
sua
venda.
Ex:
vendas,
prestação
de
serviços,
dividendos,
etc.
Dizem respeito às entradas e saídas de meios monetários da empresa:
• Os
recebimentos
são
entradas
de
meios
de
pagamento
na
empresa,
qualquer
que
seja
a
sua
proveniência
(ex.:
notas,
moedas,
cheques,
vales
postais).
• Os
pagamentos
são
saídas
de
meios
de
pagamento
na
empresa,
qualquer
que
seja
o
seu
destino
(ex.:
notas,
moedas,
cheques,
vales
postais).
6
Rui
Grilo
Exemplo
1
(com
ligação
ao
reconhecimento
nas
demonstrações
financeiras)
-‐ A empresa Y adquiriu em 10/01/2010, 10 toneladas de cereais no valor de 250€.
-‐
Durante
o
mês
de
Janeiro
efectuou
a
moagem
de
apenas
2
toneladas
dos
cereais,
sendo
a
farinha
obtida
vendida
por
75€
em
01/03/2010.
Data
Tipo
de
Fluxo
Valor
do
Fluxo
Mapa
de
Reconhecimento
Demonstração
Financeira
10-‐01-‐2010
Despesa
250€
Balanço
15-‐02-‐2010
Pagamento
250€
Demonstração
Fluxos
de
Caixa
Janeiro
Gasto
(Cereal)
50€
Demonstração
dos
Resultados
01-‐03-‐2010
Rendimento
75€
Demonstração
dos
Resultados
01-‐03-‐2010
Receita
75€
Balanço
10-‐03-‐2010
Recebimento
75€
Demonstração
Fluxos
de
Caixa
“Aquele
que
se
enamora
da
prática,
sem
a
ciência,
é
como
o
navegante
que
entra
no
navio
sem
timão
e
bússola,
que
jamais
tem
a
certeza
de
onde
vai.
Sempre
a
prática
deve
ser
edificada
sobre
uma
boa
teoria.”
Leonardo
Da
Vinci
1. A Empresa e a Contabilidade
Tipologia:
-‐ Sociedades;
-‐ Cooperativas.
7
Rui
Grilo
Empresas
em
nome
individual:
Características:
8
Rui
Grilo
Sociedades:
“Contrato
de
sociedade
é
aquele
em
que
duas
ou
mais
pessoas
se
obrigam
a
contribuir
com
bens
ou
serviços
para
o
exercício
em
comum
de
certa
actividade
económica,
que
não
seja
de
fruição,
a
fim
de
repartirem
os
lucros
resultantes
dessa
actividade”.
• O intuito lucrativo, que anima todos os sócios e não apenas alguns deles.
• Sociedades
civis,
não
têm
por
objecto
o
exercício
de
comércio,
por
isso
não
se
constituem
sob
a
forma
comercial.
São
reguladas
pelo
Código
Civil
(artigo
980º
e
seguintes).
Exemplos
de
sociedades
civis;
• Sociedades
de
Advogados;
• Sociedades
de
Revisores
Oficiais
de
Contas;
• Sociedades
comerciais,
têm
por
objecto
o
exercício
de
actos
de
comércio.
São
reguladas
pelo
Código
das
Sociedades
Comerciais
(CSC):
o “Consideram-‐se
sociedades
comerciais
as
que
tenham
por
objecto
a
prática
de
actos
de
comércio
e
adoptem
o
tipo
de
sociedade
em
nome
colectivo,
de
sociedade
por
quotas,
de
sociedade
anónima,
de
sociedade
em
comandita
simples
ou
de
sociedade
em
comandita
por
acções”.
• A
firma
deve
conter,
pelo
menos,
o
nome
ou
a
firma
de
um
dos
sócios,
seguido
de:
“e
Companhia”
ou
a
abreviatura
“e
Cª”.
9
Rui
Grilo
Características:
• Podem
ser
admitidos
sócios
de
indústria,
ou
seja,
indivíduos
que
entram
para
a
sociedade
apenas
com
o
seu
trabalho,
com
os
seus
conhecimentos
profissionais
ou
técnicos,
relativos
à
actividade
que
a
sociedade
venha
a
exercer.
Estes
sócios
não
respondem
pelas
perdas
sociais,
salvo
convenção
em
contrário
(nº
2,
do
artigo
178º),
porém,
o
valor
da
respectiva
contribuição
não
é
computado
(calculado)
no
capital
social;
• Nenhum
sócio
pode
exercer,
por
conta
própria
ou
alheia,
actividade
concorrente
com
a
da
sociedade
nem
ser
sócio
de
responsabilidade
ilimitada
noutra
sociedade,
salvo
expresso
consentimento
de
todos
os
outros
sócios;
• Dadas
as
características,
as
firmas
são
compostas
por
um
número
mínimo
de
sócios.
Responsabilidade social:
• Cada
sócio,
para
além
de
responder
individualmente
pela
sua
entrada,
responde
também
pelas
obrigações
sociais
subsidiariamente
em
relação
à
sociedade
e
solidariamente
com
os
outros
sócios;
• Quer
isto
dizer
que,
extintos
os
bens
da
sociedade,
os
credores
sociais
podem
exigir,
de
qualquer
dos
sócios,
a
totalidade
dos
seus
créditos.
Assim
é
natural
que
cada
um
dos
sócios
siga
com
o
maior
interesse
a
marcha
dos
negócios,
acompanhando
o
desenrolar
das
operações
sociais
e
fiscalizando
a
acção
dos
outros
sócios.
Capital social:
• O
montante
mínimo
de
capital
social
não
é
fixado
na
lei,
o
mesmo
acontecendo
com
os
valores
nominais
mínimos
para
cada
uma
das
partes
sociais;
para
estas
não
é
permitida
a
emissão
de
títulos
representativos.
Firma:
• A
firma
concluirá
sempre
pela
palavra
“Limitada”
ou
pela
abreviatura
“Lda.”
e
deve
ser
formada:
o Com
ou
sem
sigla;
o Pelo
nome
ou
firma
de
todos,
algum
ou
alguns
dos
sócios
ou
por
denominação
particular;
o Pela
reunião
de
ambos
os
elementos.
10
Rui
Grilo
Características:
As
deliberações
de
alteração
do
contrato
social
só
podem
ser
tomadas
por
maioria
de
três
quartos
dos
votos
correspondentes
ao
capital
social,
ou
por
número
ainda
mais
elevado
de
votos
exigido
pelo
contrato
de
sociedade;
• Conta-‐se
cada
voto
por
cada
cêntimo
de
valor
nominal
da
quota;
• Estão
obrigadas
à
constituição
de
uma
reserva
legal,
numa
percentagem
não
inferior
à
vigésima
parte
dos
lucros,
ou
à
sua
reintegração
até
que
represente
o
limite
mínimo
de
2.500,00
euros;
• O
contrato
de
sociedade
pode
determinar
que
esta
tenha
um
conselho
fiscal;
• As
sociedades
que
não
tiverem
conselho
fiscal,
devem
designar
um
ROC
para
proceder
à
revisão
legal
desde
que,
durante
dois
anos
consecutivos,
sejam
ultrapassados
dois
dos
três
seguintes
limites:
o Total
do
balanço:
1.500.000,00
euros;
o Total
das
vendas
líquidas
e
outros
proveitos:
3.000.000,00
euros;
o Número
de
trabalhadores
empregados
em
média
durante
o
exercício:
50.
Responsabilidade social:
• Os
sócios
são
solidariamente
responsáveis
por
todas
as
entradas
convencionadas
no
contrato
social.
• Só
o
património
social
responde
para
com
os
credores
pelas
dívidas
da
sociedade.
• Porém,
é
lícito
estipular
no
contrato,
que
um
ou
mais
sócios,
além
de
responderem
para
com
a
sociedade,
respondem
também
perante
os
credores
sociais
até
determinado
montante;
• Essa
responsabilidade
tanto
pode
ser
solidária
com
a
da
sociedade
como
subsidiária
em
relação
a
esta
e
a
efectivar
apenas
na
fase
de
liquidação.
Capital social:
Firma:
• Deve
ser
formada
pela
expressão
“sociedade
unipessoal”
ou
apenas
por
“Unipessoal”
antes
da
palavra
“Limitada”
ou
da
abreviatura
“Lda”.
11
Rui
Grilo
Características:
Responsabilidade social:
Capital social:
Firma:
• A
firma
concluirá
sempre
pela
palavra
“Sociedade
Anónima”
ou
pela
abreviatura
“SA”
e
deve
ser
formada:
o Com
ou
sem
sigla;
o Pelo
nome
ou
firma
de
todos,
algum
ou
alguns
dos
sócios
ou
por
denominação
particular;
o Pela
reunião
de
ambos
esses
elementos.
Características:
12
Rui
Grilo
Responsabilidade
social:
• Cada sócio limita a sua responsabilidade ao valor das acções que subscreveu.
Capital social:
Firma:
• Para
as
sociedades
em
comandita
simples,
é
formada
pelo
nome
ou
firma
de
um,
pelo
menos,
dos
sócios
comanditados
e
o
aditamento
“em
comandita”,
ou
“&
Comandita”;
• Para
as
sociedades
em
comandita
por
acções,
o
aditamento
deverá
ser
“em
Comandita
por
Acções”
ou
“&
Comandita
por
Acções”.
Características:
• Sócios
comanditados,
que
contribuem
apenas
com
os
seus
conhecimentos
técnicos
e
profissionais
que
assumem
a
gestão
dos
negócios
sociais;
• Sócios
comanditários,
que,
em
geral,
se
limitam
a
fornecer
o
capital
necessário
à
exploração,
podendo
o
contrato
de
sociedade
permitir
a
atribuição
da
gerência.
• Nas
sociedades
em
comandita
por
acções,
o
número
mínimo
de
sócios
comanditários
é
de
cinco.
Responsabilidade social:
13
Rui
Grilo
Cooperativas
(reguladas
pelo
Código
Cooperativo):
Firma:
Características:
Cooperativas culturais;
Cooperativas agrícolas;
14
Rui
Grilo
Responsabilidade
social:
Capital social:
Empresas públicas
• Regem-‐se
pelo
direito
privado
e
estão
sujeitas
às
regras
gerais
de
concorrência;
• Estão
subordinadas
ao
princípio
da
transparência
financeira;
• A
sua
contabilidade
deve
ser
organizada
de
modo
a
permitir
a
identificação
de
quaisquer
fluxos
financeiros
entre
elas
e
o
Estado
ou
outros
entes
públicos.
Em Portugal as sociedades assumem geralmente uma das duas formas mais comuns:
A
constituição
de
uma
sociedade
em
Portugal,
implica
o
cumprimento
de
uma
série
de
formalidades:
http://www.cfe.iapmei.pt/
A empresa e a contabilidade:
-‐ A empresa;
-‐ A contabilidade;
15
Rui
Grilo
Tipologia
de
empresa:
Cada
empresa
possui
características
próprias.
Porém,
é
possível
classificá-‐las
de
acordo
com
critérios
comuns,
por
exemplo:
Industriais:
Inseridas
no
negócio
da
produção
de
bens.
Transformam
as
matérias-‐primas
para
fabricar
um
produto.
Ex:
Indústria
automóvel,
empresas
da
construção,
indústrias
de
equipamentos,
etc.
Comerciais:
Inseridas
no
negócio
da
distribuição.
Vendem
mercadorias.
Ex:
Lojas,
minimercados,
hipermercados,
livrarias,
etc.
Serviços:
Inseridas
no
negócio
da
prestação
de
serviços
ou
prestadores
de
serviços.
Prestam
consultoria
e
outros
serviços
especializados.
Ex:
contabilistas,
advogados,
empresas
de
turismo,
empresas
de
transporte,
seguros,
etc.
http://www.cnc.min-‐financas.pt/
http://www.ifrs.org/Home.htm
16
Rui
Grilo
-‐
De
acordo
com
a
dimensão:
Sempre
que
os
limites
sejam
ultrapassados
num
determinado
exercício,
a
opção
de
ser
considerada
pequena
entidade,
deixa
de
poder
ser
exercida
a
partir
do
segundo
exercício
seguinte,
inclusive.
Sempre
que
os
limites
deixem
de
ser
ultrapassados
num
determinado
exercício,
a
entidade
pode
exercer
a
opção
de
ser
considerada
pequena
entidade,
a
partir
do
segundo
exercício
seguinte,
inclusive.
17
Rui
Grilo
18
Rui
Grilo
19
Rui
Grilo
O Professor Gonçalves da Silva definiu a “Contabilidade” de forma muito acessível:
20
Rui
Grilo
Em
1494,
um
famoso
estudioso
matemático,
Frei
Luca
Pacioli,
escreveu
um
livro:
No
qual
uma
das
seções
tratava
do
método
das
partidas
dobradas,
a
essência
da
Contabilidade,
onde
para
um
lançamento
de
débito,
sempre
haverá
um
crédito
correspondente,
ou
seja,
não
há
débito
(s)
sem
crédito
(s)
correspondente.
“Toda
teoria
deve
ser
feita
para
poder
ser
posta
em
prática,
e
toda
prática
deve
obedecer
a
uma
teoria.
Só
os
espíritos
superficiais
desligam
a
teoria
da
prática.”
Fernando
Pessoa
Património:
• Conjunto
dos
bens,
direitos
e
obrigações
pertencentes
a
uma
entidade
jurídica
num
determinado
momento.
• No
património
há
a
considerar:
o A
composição:
natureza
e
proporção
de
cada
elemento
do
património
o O
valor:
quantia
que
seria
preciso
dar
para
obter
todo
o
activo
e
pagar
todas
as
obrigações.
Facto patrimonial:
21
Rui
Grilo
Património
e
Facto
patrimonial
• Facto
patrimonial
é
toda
a
operação
ou
acontecimento
que
origine
qualquer
variação
na
composição
e/ou
no
valor
do
património.
Activo:
• Recurso
controlado
pela
empresa
como
resultado
de
acontecimentos
passados
e
do
qual
se
espera
que
fluam
para
a
empresa
benefícios
económicas
futuros.
• Os
benefícios
económicos
futuros
incorporados
nos
activos
são
o
potencial
de
contribuir,
directa
ou
indirectamente,
para
os
fluxos
de
caixa
e
de
equivalentes
de
caixa
para
a
empresa
e
podem
fluir
à
empresa
de
maneiras
diferentes.
• Um
activo
pode
ser:
o Usado
singularmente
ou
em
combinação
com
outros
activos
na
produção
de
bens
ou
serviços
para
serem
vendidos
pela
empresa;
o Trocado
por
outros
activos;
o Usado
para
liquidar
um
passivo;
o Distribuído
aos
detentores
da
empresa.
• Os
activos
podem
classificar-‐se
de
acordo
com
a
sua
natureza
monetária
ou
não
monetária:
o Activos
financeiros;
o Activos
não
financeiros.
• E
de
acordo
com
o
tempo
de
permanência
na
entidade
até
serem
realizados:
o Activos
correntes;
o Activos
não
correntes.
22
Rui
Grilo
• Activo
corrente
(circulante):
o Um
activo
classifica-‐se
como
corrente
quando
não
tem
carácter
permanente
na
entidade,
ou
seja,
espera-‐se
que
seja
realizado,
vendido,
ou
consumido,
num
período
até
doze
meses
após
a
data
do
balanço
(no
decurso
normal
do
ciclo
operacional).
o Permanece
na
entidade
essencialmente
para
ser
negociados;
o É
caixa
(dinheiro)
ou
equivalente
de
caixa
ao
qual
o
seu
uso
não
está
restrito.
• Activo
não
correntes
(Fixos
tangíveis,
intangíveis,
prop.
de
investimento):
o É
um
activo
que
não
se
enquadra
na
definição
de
activo
corrente.
Passivo:
• É
uma
obrigação
(dever
ou
responsabilidade
para
agir
ou
executar
de
certa
maneira)
presente
da
empresa
proveniente
de
acontecimentos
passados,
da
liquidação
da
qual
se
espera
que
resulte
um
exfluxo
de
recursos
da
empresa
incorporando
benefícios
económicos,
como
seja:
o pagamento
em
dinheiro;
o transferência
de
outros
activos;
o fornecimento
de
serviços;
o substituição
dessa
obrigação
por
uma
outra
obrigação;
o conversão
da
obrigação
em
capital
próprio.
• As
obrigações
podem
ser
legalmente
impostas
como
consequência
de
um
contrato
vinculativo
ou
de
requisito
estatutário.
É
o
caso,
por
exemplo,
de
quantias
a
pagar
por
bens
e
serviços
recebidos.
• Tal
como
os
activos,
também
os
passivos
podem
classificar-‐se
de
acordo
com
a
sua
natureza
monetária
ou
não
monetária:
o Passivos
financeiros;
o Passivos
não
financeiros.
• E
de
acordo
com
o
tempo
de
permanência
na
entidade
até
serem
realizados:
o Passivos
correntes;
o Passivos
não
correntes.
• Passivo
financeiro
(monetário):
o A
característica
essencial
de
um
passivo
financeiro
(monetário)
é
uma
obrigação
de
entregar
um
número
fixo
ou
determinável
de
unidades
monetárias.
Enquadra-‐se
nesta
definição,
por
exemplo,
uma
obrigação
contratual
de
pagar
a
uma
outra
entidade
(banco,
fornecedor,
etc.)
dinheiro
ou
um
outro
activo.
• Passivo
não
financeiro
(não
monetário):
o É
um
passivo
que
não
se
enquadra
na
definição
de
passivo
financeiro.
Por
exemplo,
obrigações
que
devam
ser
liquidadas
com
a
entrega
de
um
activo
não
monetário.
23
Rui
Grilo
• Passivo
Corrente
(circulante):
o Um
passivo
classifica-‐se
como
corrente
quando
não
tem
carácter
de
permanência
na
entidade,
ou
seja,
espera-‐se
que
seja
liquidado
num
período
até
doze
meses
após
a
data
do
balanço
(no
decurso
normal
do
ciclo
operacional).
o Está
detido
essencialmente
para
a
finalidade
de
ser
negociado;
o A
entidade
não
tem
um
direito
incondicional
de
diferir
a
sua
liquidação
durante
pelo
menos
doze
meses
após
a
data
do
balanço.
• Passivo
não
corrente
(fixo):
o É
um
passivo
que
não
se
enquadra
na
definição
de
passivo
corrente.
Capital próprio
• É
o
interesse
residual
nos
activos
da
empresa
depois
de
deduzir
todos
os
seus
passivos;
• É
composto
pelo
capital
inicial
(capital
social)
e
por
capital
adquirido
(reservas);
• A
criação
de
reservas
é
algumas
vezes
exigida
pelos
estatutos
ou
por
outra
legislação
a
fim
de
dar
à
empresa
e
aos
seus
credores
uma
medida
adicional
de
protecção
dos
efeitos
de
prejuízos;
• Podem
ser
estabelecidos
outras
reservas
se
a
legislação
fiscal
nacional
conceder
isenções
de,
ou
redução
em,
passivos
de
tributação
quando
sejam
feitas
transferências
para
tais
reservas.
Rendimentos
• São
os
aumentos
nos
benefícios
económicas
durante
o
período
contabilístico
na
forma
de
influxos
ou
melhorias
de
activos
ou
de
diminuições
de
passivos
que
resultem
em
aumentos
no
capital
próprio,
que
não
sejam
os
relacionados
com
as
contribuições
dos
participantes
no
capital
próprio;
• A
definição
de
rendimentos
engloba
quer
réditos
quer
ganhos:
o
Os
réditos
provêm
do
decurso
das
actividades
correntes
de
uma
empresa,
incluindo
vendas,
honorários,
juros,
dividendos,
"royalties"
e
rendas;
o Os
ganhos
podem,
ou
não,
provir
do
decurso
das
actividades
correntes.
São
aumentos
do
património
da
entidade
provenientes
de
actividades
periféricas
ou
acidentais,
por
exemplo,
mais-‐valias
obtidas
na
venda
de
imobilizados,
indemnizações
recebidas,
etc.
24
Rui
Grilo
Gastos
• São
diminuições
nos
benefícios
económicas
durante
o
período
contabilístico
na
forma
de
exfluxos
ou
deperecimentos
de
activos
ou
na
incorrência
de
passivos
que
resultem
em
diminuições
do
capital
próprio,
que
não
sejam
as
relacionadas
com
distribuições
aos
participantes
no
capital
próprio;
• A
definição
de
gastos
engloba
quer
gastos
quer
perdas.
o Os
gastos
que
resultem
do
decurso
das
actividades
ordinárias
(ou
correntes)
da
empresa
incluem,
por
exemplo,
o
custo
das
vendas,
os
salários
e
as
depreciações;
o As
perdas
representam
outros
elementos
que
satisfaçam
a
definição
de
gastos
e
podem,
ou
não,
surgir
no
decurso
das
actividades
correntes
da
empresa.
São
diminuições
do
património
da
entidade
provenientes
de
actividades
periféricas
ou
acidentais,
por
exemplo,
menos-‐valias
obtidas
na
venda
de
imobilizados,
indemnizações
pagas,
etc.
Ajustamentos
• Respeitam
ao
tratamento
das
situações
que
dificultam
uma
correcta
determinação
dos
resultados
no
final
de
cada
período
contabilístico;
• Estas
situações
podem
configurar-‐se
em:
o Diferimentos,
que
compreendem
os
gastos
e
os
rendimentos
que
devam
ser
reconhecidos
nos
exercícios
seguintes;
o Acréscimos,
que
correspondem
aos
gastos
e
aos
rendimentos
que
devam
ser
reconhecidos
no
período,
ainda
que
não
tenham
documentação
vinculativa,
cuja
despesa
ou
receita
só
venha
a
ocorrer
em
período
ou
períodos
posteriores.
• Provisões,
têm
por
objecto
reconhecer
as
responsabilidades
cuja
natureza
esteja
claramente
definida
e
que
à
data
do
balanço
sejam
de
ocorrência
provável
ou
certa,
mas
incertas
quanto
ao
seu
valor
ou
data
de
ocorrência;
• Perdas
por
imparidade,
têm
por
objecto
ajustar
as
diferenças
acumuladas
entre
as
quantias
registadas
e
as
que
resultem
da
aplicação
de
critérios
de
mensuração
de
activos
incluídos
nas
contas
a
receber
e
a
pagar.
25
Rui
Grilo
Elementos
das
Demonstrações
Financeiras
(DF´s)
Activo
é
um
recurso
controlado
pela
entidade
como
resultado
de
acontecimentos
passados
e
do
qual
se
espera
que
fluam
para
a
entidade
benefícios
económicos
futuros.
• Exemplos:
o Edifícios;
o Equipamentos
de
transporte
(viaturas);
o Equipamentos
fabris;
o Computadores;
o Licenças
para
utilizar
determinado
processo
de
fabrico
ou
software
informático;
o Dívidas
a
receber
(de
clientes
e
outros
devedores);
o Dinheiro
em
caixa;
o Depósitos
bancários,
etc.
Passivo
é
uma
obrigação
presente
da
entidade
proveniente
de
acontecimentos
passados,
da
liquidação
da
qual
se
espera
que
resulte
um
exfluxo
de
recursos
da
entidade
incorporando
benefícios
económicos.
• Uma
característica
essencial
de
um
passivo
é
a
de
que
a
entidade
tenha
uma
obrigação
presente.
Uma
obrigação
é
um
dever
ou
responsabilidade
para
agir
ou
executar
de
certa
maneira.
As
obrigações
podem
ser
legalmente
impostas
como
consequência
de
um
contrato
vinculativo
ou
de
requisito
estatutário
• Exemplos:
o Empréstimos
bancários;
o Dívidas
ao
Estado;
o Dívidas
a
fornecedores
e
a
outros
credores,
etc.
Capital
próprio
é
o
interesse
residual
nos
activos
da
entidade
depois
de
deduzir
todos
os
seus
passivos.
• Exemplos:
o Capital
social
subscrito
e
realizado
pelos
sócios
ou
accionistas;
o Reservas;
o Resultado
líquido
do
período
(lucro
ou
prejuízo).
26
Rui
Grilo
Conceito
de
Rendimento,
Gasto,
Resultado
Rendimentos
são
aumentos
nos
benefícios
económicos
durante
o
período
contabilístico
na
forma
de
influxos
ou
aumentos
de
activos
ou
diminuições
de
passivos
que
resultem
em
aumentos
no
capital
próprio,
que
não
sejam
os
relacionados
com
as
contribuições
dos
participantes
no
capital
próprio.
Gastos
são
diminuições
nos
benefícios
económicos
durante
o
período
contabilístico
na
forma
de
exfluxos
ou
deperecimentos
de
activos
ou
na
incorrência
de
passivos
que
resultem
em
diminuições
do
capital
próprio,
que
não
sejam
as
relacionadas
com
distribuições
aos
participantes
no
capital
próprio.
O resultado, surge da diferença entre os rendimentos e os gastos, que será:
Elementos directamente relacionados com a mensuração da posição financeira no balanço:
• Activos;
• Passivos;
• Capitais
Próprios.
• Rendimentos;
• Gastos.
Activo
=
Capital
Próprio
+
Passivo
27
Rui
Grilo
Pressupostos
subjacentes
Através
deste
regime,
os
efeitos
das
transacções
e
de
outros
acontecimentos
são
reconhecidos
quando
eles
ocorram
(e
não
quando
caixa
ou
equivalentes
de
caixa
sejam
recebidos
ou
pagos).
Continuidade
As
demonstrações
financeiras
são
normalmente
preparadas
no
pressuposto
de
que
uma
entidade
é
uma
entidade
em
continuidade
e
de
que
continuará
a
operar
no
futuro
previsível.
É
assumido
que
a
entidade
não
tem
nem
a
intenção
nem
a
necessidade
de
liquidar
ou
de
reduzir
drasticamente
o
nível
das
suas
operações.
Caso
exista
essa
intenção
ou
necessidade,
as
demonstrações
financeiras
podem
ter
que
ser
preparadas
segundo
um
regime
diferente
e,
se
assim
for,
o
regime
usado
deve
ser
divulgado.
Características qualitativas
Compreensibilidade
(informação
compreensível
pelos
utentes,
o
que
requer
que
os
mesmos
possuam
conhecimento
razoável
das
realidades
económicas
e
empresariais
e
do
seu
reflexo
contabilístico).
Relevância
(ligada
ao
valor
preditivo,
ao
valor
confirmatório
e
à
materialidade
da
informação
-‐
capacidade
de
exercer
influência
sobre
as
decisões
económicas
dos
utilizadores).
Fiabilidade
(relacionada
com
os
conceitos
de
representação
fidedigna,
substância
sobre
a
forma,
neutralidade,
prudência
e
plenitude
-‐
informação
digna
de
confiança,
isenta
de
erros,
omissões
ou
enviesamentos).
Comparabilidade
(possibilidade
de
comparar
as
DF
através
do
tempo
e
entre
diferentes
entidades).
28
Rui
Grilo
O
que
é
a
Estrutura
Conceptual
(EC)?
http://www.cnc.min-‐financas.pt/0_new_site/SNC/sitecnc_SNC.htm
A Estrutura Conceptual:
• Definição
de
um
conjunto
completo
de
demonstrações
financeiras
(§
8)
o Pressupostos
subjacentes
à
preparação
das
d emonstrações
financeiras
o Características
qualitativas
da
informação
financeira
(de
primeira
e
segunda
ordem)
o Elementos
das
demonstrações
financeiras
o Reconhecimento
d os
elementos
d as
demonstrações
financeiras
o Mensuração
dos
elementos
das
demonstrações
financeiras
o Conceitos
de
capital
e
manutenção
de
capital
• Um
Balanço
• Demonstração
dos
Resultados
• Uma
Demonstração
das
alterações
no
Capital
Próprio
• Uma
demonstração
de
Fluxos
de
Caixa
• Um
Anexo
29
Rui
Grilo
• Regime
de
Acréscimo
(§22)
• Continuidade
(§
23)
• Definição
de
um
conjunto
completo
de
demonstrações
financeiras
• Pressupostos
subjacentes
à
preparação
das
d emonstrações
financeiras
• Características
qualitativas
da
informação
financeira
(§§
24
a
46)
o (Características
e
sub
características)
§ Elementos
das
demonstrações
financeiras
§ Reconhecimento
d os
elementos
d as
demonstrações
financeiras
§ Mensuração
dos
elementos
das
demonstrações
financeiras
§ Conceitos
de
capital
e
manutenção
de
capital
Compreensibilidade
Relevância Materialidade
Neutralidade
Prudência
Plenitude
Comparabilidade
30
Rui
Grilo
Detalhe
dos
parágrafos:
Pressupostos Subjacentes:
Características Qualitativas:
• Constrangimentos
à
informação
relevante
e
fiável
(§§
43
a
45)
• Imagem
verdadeira
e
apropriada
(§
46)
• Definição
de
um
conjunto
completo
de
demonstrações
financeiras
• Pressupostos
subjacentes
à
preparação
das
d emonstrações
financeiras
• Características
qualitativas
da
informação
financeira
• Elementos
das
demonstrações
financeiras
(§§
47
a
79)
• Reconhecimento
d os
elementos
d as
demonstrações
financeiras
• Mensuração
dos
elementos
das
demonstrações
31
Rui
Grilo
• Posição
financeira
(§§
49
a
51)
• Activo
(§§
52
a
58)
• Passivo
(§§
59
a
63)
• Capital
próprio
(§§
64
a
67)
• Desempenho
(§§
68
a
71)
• Rendimentos
(§§
72
a
75)
• Gastos
(§§
76
a
78)
• Ajustamento
de
manutenção
do
capital
(§
79)
• Probabilidade
de
benefício
económico
futuro
(§
83)
• Fiabilidade
da
mensuração
(§§
84
a
86)
• Reconhecimento
d e
activos
(§§
87
e
88)
• Reconhecimento
d e
passivos
(§
89)
• Reconhecimento
d e
rendimentos
(§§
90
e
91)
• Reconhecimento
d e
gastos
(§§
92
a
96)
32
Rui
Grilo
33
Rui
Grilo
Activos
Balanço
Posição
Financeira
Passivos
Capital
Próprio
Rendimentos
Demonstração
dos
Desempenho
Resultados
Gastos
Constrangimentos à informação
• Tempestividade
(§43);
• Balanceamento
entre
benefício
e
custo
(§44);
• Balanceamento
entre
características
qualitativas(§45).
• Tempestividade
o Se
houver
demora
indevida
no
relato
da
informação
ela
pode
perder
a
sua
relevância;
o Para
proporcionar
informação
numa
base
tempestiva
pode
muitas
vezes
ser
necessário
relatar
todos
os
aspectos
de
uma
operação
ou
outro
acontecimento
antes
de
serem
conhecidos,
pondo
por
conseguinte
em
causa
a
fiabilidade;
o Ao
contrário,
se
o
relato
for
demorado
até
que
todos
os
aspectos
sejam
conhecidos,
a
informação
pode
ser
altamente
fiável
mas
de
pouco
uso
para
os
utentes
que
tenham
tido
entretanto
de
tomar
decisões.
• Balanceamento
entre
Beneficio
e
Custo
o Os
benefícios
derivados
da
informação
devem
exceder
o
custo
de
a
proporcionar;
o A
avaliação
dos
benefícios
e
custos
é,
substancialmente
um
processo
de
julgamento.
Os
benefícios
podem
também
ser
usufruídos
pelos
utentes
que
não
sejam
aqueles
que
para
quem
a
informação
é
preparada;
por
exemplo,
o
fornecimento
de
informação
adicional
a
mutuantes
pode
reduzir
os
custos
dos
empréstimos
de
uma
empresa;
o Por
isso
é
difícil
aplicar
um
teste
custo-‐benefício
a
qualquer
caso
particular.
Não
obstante,
os
preparadores
e
utentes
das
DF,
devem
estar
conscientes
desta
restrição.
34
Rui
Grilo
o Na
prática
é
muitas
vezes
necessário
um
balanceamento,
ou
um
compromisso,
entre
características
qualitativas.
o Geralmente
a
aspiração
é
conseguir
um
balanceamento
apropriado
entre
as
características
a
fim
de
ir
ao
encontro
dos
objectivos
das
demonstrações
financeiras.
o A
importância
relativa
das
características
em
casos
diferentes
é
uma
questão
de
juízo
de
valor
profissional.
Mensuração dos elementos das demonstrações financeiras (§§ 97 a 99 da EC)
• §
97
—
Mensuração
é
o
processo
de
determinar
as
quantias
monetárias
pelas
quais
os
elementos
das
demonstrações
financeiras
devam
ser
reconhecidos
e
inscritos
no
balanço
e
na
demonstração
dos
resultados.
Isto
envolve
a
selecção
da
base
particular
de
mensuração.
• §
98
—
São
utilizadas
diferentes
bases
de
mensuração
em
graus
diferentes
e
em
variadas
combinações
nas
demonstrações
financeiras.
Elas
incluem
as
seguintes:
o Custo
histórico:
Os
activos
são
registados
pela
quantia
de
caixa,
ou
equivalentes
de
caixa
paga
ou
pelo
justo
valor
da
retribuição
dada
para
os
adquirir
no
momento
da
sua
aquisição.
Os
passivos
são
registados
pela
quantia
dos
proventos
recebidos
em
troca
da
obrigação,
ou
em
algumas
circunstâncias
(por
exemplo,
impostos
sobre
o
rendimento),
pelas
quantias
de
caixa,
ou
de
equivalentes
de
caixa,
que
se
espera
que
venham
a
ser
pagas
para
satisfazer
o
passivo
no
decurso
normal
dos
negócios.
o Custo
corrente:
Os
activos
são
registados
pela
quantia
de
caixa
ou
de
equivalentes
de
caixa
que
teria
de
ser
paga
se
o
mesmo
ou
um
activo
equivalente
fosse
correntemente
adquirido.
Os
passivos
são
registados
pela
quantia
não
descontada
de
caixa,
ou
de
equivalentes
de
caixa,
que
seria
necessária
para
liquidar
correntemente
a
obrigação
o Valor
realizável:(de
liquidação).
Os
activos
são
registados
pela
quantia
de
caixa,
ou
equivalentes
de
caixa,
que
possa
ser
correntemente
obtida
ao
vender
o
activo
numa
alienação
ordenada.
Os
passivos
são
escriturados
pelos
seus
valores
de
liquidação;
isto
é,
as
quantias
não
descontadas
de
caixa
ou
equivalentes
de
caixa
que
se
espera
que
sejam
pagas
para
satisfazer
os
passivos
no
decurso
normal
dos
negócios.
o Valor
presente:
Os
activos
são
escriturados
pelo
valor
presente
descontado
dos
futuros
influxos
líquidos
de
caixa
que
se
espera
que
o
item
gere
no
decurso
normal
dos
negócios.
Os
passivos
são
escriturados
pelo
valor
presente
descontado
dos
futuros
exfluxos
líquidos
de
caixa
que
se
espera
que
sejam
necessários
para
liquidar
os
passivos
no
decurso
normal
dos
negócios.
o Justo
valor:
Quantia
pela
qual
um
activo
poderia
ser
trocado
ou
um
passivo
liquidado,
entre
partes
conhecedoras
e
dispostas
a
isso,
numa
transacção
em
que
não
exista
relacionamento
entre
elas.
• §
99
—
A
base
de
mensuração
geralmente
adoptada
pelas
entidades
ao
preparar
as
suas
demonstrações
financeiras
é
o
custo
histórico.
Este
é
geralmente
combinado
com
outras
bases
de
mensuração.
Por
exemplo,
os
inventários
são
geralmente
escriturados
pelo
mais
baixo
do
custo
ou
do
valor
realizável
líquido,
os
títulos
negociáveis
podem
35
Rui
Grilo
ser
escriturados
pelo
seu
valor
de
mercado
e
os
passivos
por
pensões
de
reforma
são
escriturados
pelo
seu
valor
presente.
36
Rui
Grilo
• Foi
visto
numa
aula
anterior,
que
a
Contabilidade
depois
de
identificar
um
novo
facto
patrimonial,
avalia-‐o
em
unidades
monetárias
e
regista-‐o.
o Mas
como
registar
cada
elemento
económico
surgido?
§ Com
a
mesma
nomenclatura
porque
é
conhecido
em
linguagem
comum?
§ Se
sim,
como
divulgá-‐lo
de
forma
a
tornar
a
informação
útil
ao
utilizador?
• É
nesta
fase
do
processo
contabilístico
que
surge
a
necessidade
de
encontrar
uma
maneira
prática
de
registar
cada
elemento
económico,
de
forma
a
facilitar
a
sua
classificação
e
controlo.
• Conta
-‐
conjunto
de
elementos
patrimoniais
com
características
semelhantes,
expresso
em
unidades
monetárias.
37
Rui
Grilo
Elementos
constitutivos
da
conta
• Homogeneidade:
todos
os
elementos
que
a
conta
representa,
devem
conter
a
mesma
característica
definida
pelo
título.
Ex:
a
dívida
a
um
fornecedor
só
poderá
ser
registada
numa
conta
de
obrigações
a
pagar
-‐
conta
“22
–
Fornecedores”;
• Integralidade:
todos
os
elementos
que
têm
a
mesma
característica,
definidos
pela
conta,
devem
ser
incluídos.
Ex:
todos
os
bens
que
a
empresa
adquire
para
vender
sem
lhes
alterar
as
características,
só
podem
ser
registados
numa
conta
de
bens
adquiridos
para
comercializar
-‐
conta
“32
–
Mercadorias”;
• Constância:
cada
conta
pode
ser
definida
de
uma
maneira
mais
ou
menos
ampla.
Em
função
das
necessidades
de
informação
as
contas
podem
ser
divididas
por
subcontas,
ou
repartidas
por
outras
contas,
em
função
da
sua
complexidade.
Lado esquerdo (débito) Código – Titulo de Conta Lado direito (crédito)
Débito
Crédito
Dever
Haver
• Saldo
-‐
diferença
entre
a
soma
dos
débitos
(D)
e
a
soma
dos
créditos
(C).
• Ao
comparar
os
valores
a
débito
com
os
valores
a
crédito,
três
hipóteses
podem
ocorrer:
o D
>
C
-‐
o
saldo
diz-‐se
devedor
(Saldo
devedor)
o D
=
C
-‐
o
saldo
diz-‐se
nulo
(Saldo
zero
ou
nulo)
o D
<
C
-‐
o
saldo
diz-‐se
credor
(Saldo
credor)
38
Rui
Grilo
Classificação
das
contas
Exemplo:
• Contas
Mistas
o Contas
mistas
-‐
são
as
que
reúnem
elementos
patrimoniais
de
natureza
diferente
–
ex.:
conta
“Outras
contas
a
receber
e
a
pagar”
que
reúne
contas
do
Activo
e
do
Passivo.
• Contas
do
1º
grau,
2º
grau,
3º
grau,
etc.
o Contas
do
1º
grau
-‐
são
as
que
evidenciam
directa
e
imediatamente
a
decomposição
do
Activo,
do
Passivo
e
do
Capital
Próprio;
o Contas
do
2º
grau
-‐
são
as
que
resultam
do
desdobramento
das
do
1º
grau
e
assim
sucessivamente.
Exemplo:
Aumentos
39
Rui
Grilo
Regras
de
movimentação:
As
contas
do
Activo
são
debitadas
pela
sua
extensão
inicial
e
pelos
aumentos
de
extensão
e
creditadas
pelas
diminuições
de
extensão.
Aumentos
As
contas
do
Capital
Próprio
e
Passivo
são
debitadas
pelas
diminuições
de
extensão
e
creditadas
pela
extensão
inicial
e
pelo
aumento
da
extensão.
As contas de gastos são movimentadas a débito, sempre que suporta um gasto.
As contas de rendimentos são movimentadas a crédito, sempre que se obtém rendimentos.
40
Rui
Grilo
Fechar
e
reabrir
uma
conta
• Dada
a
natureza
e
complexidade
dos
elementos
que
cada
conta
representa,
estas
podem
ser:
o Desdobradas
por
sub-‐contas;
o Repartidas
por
outras
contas
de
menor
âmbito.
• No
desdobramento
vertical
temos
as
contas
que
são
o
desdobramento
de
outras
contas
de
maior
âmbito,
tendo-‐se
assim:
o As
contas
colectivas
ou
gerais
que
sumariam
(agrupam);
o As
sub-‐contas
ou
contas
divisionárias.
• Uma
vez
que
a
conta
colectiva
está
subdividida
em
contas
divisionárias
(ou
sub-‐
contas),
a
sua
extensão
é
igual
à
soma
das
extensões
de
todas
as
suas
sub-‐contas;
• A
qualquer
momento,
o
débito
duma
conta
colectiva
é
igual
à
soma
dos
débitos
das
suas
sub-‐contas
e,
o
seu
crédito,
é
igual
à
soma
dos
créditos
das
suas
sub-‐contas.
• Devido
ao
grande
âmbito
e
complexidade
de
algumas
contas,
estas
têm
que
ser
repartidas
por
contas
mais
específicas;
• No
desdobramento
horizontal
temos
as
contas
que
são
a
repartição
de
outras
contas
de
maior
âmbito,
tendo-‐se
assim:
o As
contas
principais,
que
tratam
de
elementos
de
maior
generalidade;
o As
contas
subsidiárias,
que
tratam
de
elementos
de
maior
significado.
• Nestas
contas
de
desdobramento
horizontal,
só
se
conhece
a
extensão
do
saldo
das
contas
principais,
quando
o
saldo
das
suas
contas
subsidiárias
é
transferido.
41
Rui
Grilo
Classificação
das
contas
quanto
aos
elementos
que
representam
• O
conjunto
de
todas
as
contas
está
subdividido
em
dois
conjuntos
disjuntos:
o Contas
do
Balanço
(da
posição
financeira
da
entidade)
em
que
temos:
§ Contas
do
Activo;
§ Contas
do
Passivo;
§ Contas
mistas
(ou
contas
bipolares),
que
representam
(reúnem)
elementos
do
activo
e
elementos
do
passivo
nas
suas
sub-‐contas;
§ Contas
do
Capital
próprio.
o Contas
da
demonstração
dos
resultados
(do
desempenho
da
entidade):
§ Contas
de
Gastos;
§ Contas
de
Rendimentos;
§ Contas
de
Resultados.
• As
contas
estão
agrupadas
por
classes,
tendo
o
Sistema
de
Normalização
Contabilística
(SNC)
agrupado
as
contas
em
8
Classes:
o Cinco
classes
de
contas
para
as
contas
do
Balanço;
e
o Três
classes
de
contas
para
as
contas
da
Demonstração
dos
Resultados.
• As
contas
do
primeiro
grau
têm
dois
dígitos,
sendo
o
primeiro
dígito
para
identificar
a
Classe
da
conta
e
o
segundo
dígito
para
distinguir
a
conta
dentro
da
classe.
Moedas e Notas
Vales Postais
Depósitos à Ordem
Depósitos a Prazo
42
Rui
Grilo
Quadro
de
Contas:
Apresentação
das
contas
do
1º
grau
• Esta
classe
destina-‐se
a
registar
os
meios
financeiros
líquidos
que
incluem,
quer
o
dinheiro
e
depósitos
bancários
quer
todos
os
activos
ou
passivos
financeiros
mensurados
ao
justo
valor,
cujas
alterações
sejam
reconhecidas
na
demonstração
de
resultados.
Contas:
• 11.
Caixa
• 12.
Depósitos
à
Ordem
• 13.
Depósitos
a
Prazo
• 14.
Outros
instrumentos
Financeiros
• Activo/Direitos
Clientes, c/c
Accionistas C/subscrição
Outras Operações
• Passivos/Obrigações
Fornecedores
Financiamentos Obtidos
Accionistas/Sócios
Provisões
43
Rui
Grilo
• Esta
classe
destina-‐se
a
registar
as
operações
relacionadas
em
clientes,
fornecedores,
pessoal,
Estado
e
outros
entes
públicos,
financiadores,
accionistas,
bem
como
outras
operações
com
terceiros
que
não
tenham
cabimento
nas
contas
anteriores
ou
noutras
classes
específicas.
Incluem-‐se,
ainda,
nesta
classe,
os
diferimentos
(para
permitir
o
registo
dos
gastos
e
dos
rendimentos
nos
períodos
a
que
respeitam)
e
as
provisões.
Contas:
• 21.
Clientes
• 22.
Fornecedores
• 23.
Pessoal
• 24.
Estado
o
outros
antes
públicos
• 25.
Financiamentos
obtidos
• 26.
Accionista/sócios
• 27.
Outras
contas
a
receber
e
a
pagar
• 28.
Diferimentos
• 29.
Provisões
Compras
Mercadorias
Matérias-‐primas
…
44
Rui
Grilo
Contas:
• 31.
Compras
• 32.
Mercadorias
• 33.
Matérias-‐primas,
subsidiárias
e
de
consumo
• 34.
Produtos
acabados
o
Intermédios
• 35.
Subprodutos,
desperdícios,
resíduos
o
refugos
• 36.
Produtos
o
trabalhos
em
curso
• 37.
Activos
biológicos
• 38.
Reclassificação
o
regularização
do
inventários
o
activos
biológicos
• 39.
Adiantamentos
por
conta
de
compras
Terrenos
Edifícios,…
Edifícios
Equipamento Administrativo,…
• Esta
classe
inclui
os
bens
detidos
com
continuidade
ou
permanência
e
que
não
se
destinem
a
ser
vendidos
ou
transformados
no
decurso
normal
das
operações
da
entidade,
quer
sejam
de
sua
propriedade,
quer
estejam
em
regime
de
locação
financeira.
Contas:
45
Rui
Grilo
Classe
5
à
Capital,
Reservas
e
Resultados
Transitados
Adquirido Ajustamentos
Excedentes
Resultados Transitados
• Inclui
o
capital
inicial
e
o
capital
adquirido
pela
entidade
no
desenvolvimento
da
sua
actividade,
excepto
o
Resultado
líquido
do
período.
Contas:
• 51.
Capital
• 52.
Acções
(quotas)
próprias
• 53.
Outros
instrumentos
de
capital
próprio
• 54.
Prémios
de
emissão
• 55.
Reservas
• 56.
Resultados
transitados
• 57.
Ajustamentos
em
activos
financeiros
• 58.
Excedentes
de
revalorização
de
activos
fixos
tangíveis
o
intangíveis
• 59.
Outras
variações
no
capital
próprio
Provisões
46
Rui
Grilo
Classe
6
-‐
Gastos
• Esta classe inclui os gastos e as perdas respeitantes ao período.
Contas:
Mercadorias
Outros Ganhos
Contas:
• 71.
Vendas
• 72.
Prestação
de
Serviços
• 73.
Variações
nos
inventários
de
Produção
• 74.
Trabalhos
para
a
própria
Entidade
• 75.
Subsídios
à
exploração
• 76.
Reversões
• 77.
Ganhos
por
aumentos
de
Justo
Valor
• 78.
Outros
Rendimentos
e
Ganhos
• 79.
Juros,
Dividendos
e
outros
Rendimentos
Similares
47
Rui
Grilo
Classe
8
à
Resultados
Período
Resultado Líquido
Dividendos Antecipados
Classe 8 – Resultados
• Esta
classe
destina-‐se
a
apurar
o
resultado
líquido
do
período,
podendo
ser
utilizada
para
auxiliar
à
determinação
do
resultado
integral
(extensivo,)
tal
como
consta
na
Demonstração
das
Alterações
no
Capital
Próprio.
Contas:
48
Rui
Grilo
4.
O
processo
contabilístico:
Documentos
suporte
das
operações
Código Comercial
• A
alínea
n)
do
nº
1,
do
artigo
«3º
-‐
Sociedades
comerciais
e
sociedades
civis
sob
forma
comercial»,
refere
que
estão
sujeitas
a
registo:
o “A
prestação
de
contas
das
sociedades
anónimas,
por
quotas
e
em
comandita
por
acções,
bem
como
das
sociedades
em
nome
colectivo
e
em
comandita
simples
….”
(Redacção
dada
pelo
Decreto-‐Lei
n.º
76-‐A/2006,
de
29
de
Março)
• Diário
-‐
serve
para
fazer
o
registo
cronológico
(ordem
de
datas),
em
lançamento
separado,
de
cada
uma
das
operações
que
modificam
o
património.
• Cada
lançamento
é
objecto
de
um
duplo
(ou
múltiplo)
registo,
obedecendo
ao
princípio
das
partidas
dobradas.
• O
Layout
do
Diário,
no
registo
digital,
não
está
normalizado,
podendo
adoptar-‐se
formas
diversas.
No
entanto,
em
qualquer
formato,
por
cada
registo,
devem
sempre
existir
as
seguintes
indicações:
49
Rui
Grilo
o Data
do
diário,
que
em
muitas
das
aplicações
aparece
no
cabeçalho;
o Código
da
conta
(subconta
de
lançamento)
a
movimentar
a
débito
ou
a
crédito;
o Histórico
(ou
descrição
sumária
da
operação);
o Montante
do
débito
ou
do
crédito;
• Sendo
os
documentos
originais,
a
prova
jurídica
da
transacção,
é
útil
registar
no
histórico,
por
exemplo,
o
número
de
origem
do
documento.
O Razão Geral
• Serve
para
fazer
os
registos
das
operações
do
Diário,
por
ordem
de
contas,
ordenadas
a
débito
e
crédito,
em
relação
a
cada
uma
das
respectivas
contas
para
se
conhecer
o
estado
e
a
situação
de
qualquer
delas,
sem
necessidade
de
recorrer
ao
exame
e
separação
de
todos
os
lançamentos
cronologicamente
escriturados
no
diário.
• No
Razão,
em
cada
conta,
a
diferença
entre
o
total
dos
débitos
e
o
total
dos
créditos,
no
final
de
um
período,
indica
o
saldo
da
conta
(devedor
ou
credor).
50
Rui
Grilo
Os
Razões
Auxiliares
(Extracto
de
Conta)
Exemplo do layout das linhas de um Extracto de Conta
O Balancete
• Documento
que
resume
todo
o
movimento
efectuado
no
razão,
isto
é,
um
resumo
do
movimento
a
débito
e
a
crédito
dos
saldos
das
contas
utilizadas
pela
empresa
durante
um
determinado
período
de
tempo.
• É
elaborado,
normalmente
no
final
de
cada
período
(mês,
trimestre,
ano).
• Dele
constam:
o O
nome
de
todas
as
contas
utilizadas
pela
empresa
no
período;
o Os
movimentos
acumulados
nas
contas
a
débito
e
a
crédito;
o Os
saldos
apresentados
pelas
contas
utilizadas.
51
Rui
Grilo
Balancete Analítico
Artigo
52.º
CIVA
Prazo
de
arquivo
e
conservação
de
livros,
registos
e
documentos
de
suporte
“1
-‐
Os
sujeitos
passivos
são
obrigados
a
arquivar
e
conservar
em
boa
ordem
durante
os
10
anos
civis
subsequentes
todos
os
livros,
registos
e
respectivos
documentos
de
suporte,
incluindo,
quando
a
contabilidade
é
estabelecida
por
meios
informáticos,
os
relativos
à
análise,
programação
e
execução
dos
tratamentos”.
52
Rui
Grilo
5.
Registo
Contabilístico
Conceito:
• A
técnica
da
partida
dobrada,
tem
por
pressuposto
a
evidência
de
que
todo
o
facto
patrimonial
ocorrido
na
entidade
se
traduz
por
um
fluxo
de
valores
entre
dois
ou
mais
elementos
do
património,
ou
seja,
• A
partida
dobrada
é
um
traço
de
união
entre
dois
(ou
mais)
elementos
do
património
em
que
o
ponto
de
partida
é
marcado
por
um
débito
numa
(ou
mais
contas)
e
o
ponto
de
chegada
é
estabelecido
por
um
crédito,
de
igual
montante,
numa
(ou
mais)
contas.
• Por
descrever
cada
facto,
escrevendo-‐o
através
de
dois
elementos,
a
o
método
da
partida
dobrada
também
é
conhecido
por
digrafia.
• Permite
controlar
exactamente
de
onde
vem
um
determinado
elemento
patrimonial,
por
exemplo,
o
dinheiro,
e
para
onde
vai,
o
que
significa
que
o
elemento
nunca
é
ganho
ou
perdido,
é
sempre
transferido
de
algum
lugar
(uma
conta
de
origem)
para
outro
lado
(a
conta
de
destino).
• É
um
método
que
garante,
por
exemplo,
que
um
depósito
bancário
proveniente
de
um
recebimento
de
um
cliente
seja
correctamente
adicionado
ao
saldo
bancário,
e
ao
mesmo
tempo
deduzido
do
total
a
receber
do
cliente.
• Por
outro
lado,
também
ajuda
a
evitar
fraudes,
já
que
não
é
possível
por
exemplo,
dar
baixa
numa
contas
a
receber
sem
dizer
para
onde
o
foi
o
dinheiro,
no
caso
uma
conta
bancária
ou
uma
conta
Caixa.
• A
partida
dobrada,
de
Luca
Paccioli,
é
o
método
contabilístico
utilizado
por
todas
as
entidades
que
relatam
a
sua
informação
financeira.
• Tem
as
seguintes
características:
o A
um
débito
corresponde
sempre
um
crédito
de
igual
montante
o Soma
dos
débitos
=
soma
dos
créditos
o Saldos
devedores
=
saldos
credores
o Formas
da
partida
dobrada
(segundo
a
natureza
das
contas)
53
Rui
Grilo
Formas
da
partida
dobrada
(segundo
a
natureza
das
contas)
• Segundo
a
natureza
das
contas
envolvidas
(do
Balanço
ou
da
Demonstração
dos
Resultados),
existem
duas
formas
de
partida
dobrada:
o A
partida
dobrada
homogénea;
o A
partida
dobrada
mista.
• Envolve
apenas
contas
do
Balanço,
sem
efeitos
sobre
os
resultados.
Podendo
distinguir-‐se:
o Movimentos
contabilísticos
(fluxo
de
valor)
no
interior
do
património
concreto
(Activo
e/ou
Passivo):
o Alteram
a
estrutura
do
património
mas
não
o
seu
valor
total.
o O
duplo
registo
nas
contas
compensa-‐se.
• O
aumento
dum
elemento
do
Activo
ou
do
Passivo,
é
compensado
pela
diminuição
dum
outro
elemento
do
Activo
ou
Passivo.
o Exemplos:
um
depósito
bancário,
o
recebimento
de
um
cliente,
o
pagamento
a
um
fornecedor.
• Movimentos
contabilísticos
(fluxo
de
valor)
no
interior
do
património,
mas
envolvendo
elementos
do
Activo
ou
do
Passivo
e,
directamente,
elementos
do
Capital
Próprio:
o Alteram
a
estrutura
do
património
e
o
seu
valor
total.
o O
registo
nas
contas
altera
o
valor
do
Activo
ou
do
passivo,
aumentando
ou
diminuindo,
respectivamente,
o
valor
do
capital
próprio.
§ Exemplos:
aumentos
de
capital,
distribuição
de
lucros.
Lançamento contabilístico
• Antes
da
informatização
da
contabilidade
os
livros
de
contabilidade,
onde
se
escrituravam
os
factos
patrimoniais,
eram
em
papel.
Nos
dias
de
hoje,
os
livros
de
papel
foram
substituídos
por
livros
em
formato
digital.
• Chama-‐se
lançamento
(ou
assento)
contabilístico,
ao
registo
(ou
notação)
de
qualquer
facto
patrimonial
nos
livros
de
contabilidade.
• O
registo
contabilístico
é
efectuado
nos
documentos
de
suporte
das
operações
contabilísticas.
54
Rui
Grilo
• Como
adoptamos
o
sistema
contabilístico
das
partidas
dobradas,
o
principio
a
respeitar
em
cada
lançamento
é
que
o
valor
do
D
(débito)
deverá
ser
igual
ao
valor
do
C
(crédito)
em
cada
lançamento.
Lançamento contabilístico
De
acordo
com
a
natureza
dos
movimentos
nas
contas,
os
lançamentos
contabilísticos
podem
ser:
• Lançamentos
de
abertura:
respeitam
ao
registo
dos
valores
iniciais
das
contas
no
início
da
escrita.
• Lançamentos
correntes:
Respeitam
ao
registo
das
operações
realizadas
e
dos
acontecimentos
ocorridos
durante
cada
período
económico.
• Lançamentos
de
estorno:
Têm
por
finalidade
rectificar
as
omissões,
duplicações
e
erros
cometidos
nos
lançamentos
efectuados.
• Lançamentos
de
regularização:
visam
rectificar
o
saldo
das
contas
que
não
correspondam
à
realidade.
Normalmente,
efectuam-‐se
no
fim
de
cada
período
económico
antes
de
se
proceder
ao
apuramento
de
resultados
e
à
elaboração
do
balanço.
• Lançamentos
de
transferência
ou
de
apuramento
de
resultados:
têm
por
finalidade
transferir
os
saldos
das
contas
de
gastos
e
de
rendimentos
para
as
contas
de
resultados,
permitindo
a
posterior
determinação
dos
resultados
da
empresa.
• Lançamentos
de
encerramento
ou
fecho:
São
efectuados
depois
do
apuramento
dos
resultados
e
da
elaboração
do
Balanço
e
permitem
fechar
as
contas
que
apresentam
saldos
(devedores
ou
credores).
• Lançamentos
de
reabertura:
Registam,
no
início
de
cada
período
económico,
os
valores
iniciais
das
contas
(saldos
finais
das
contas
no
período
anterior).
55
Rui
Grilo
Classificação
segundo
o
nº
de
contas
movimentadas
• Recebimento
de
dívida
de
cliente:
recebimento
do
cliente
A,
Lda.
através
de
cheque
nº
123456,
s/
Banco
ISCAL,
para
pagamento
da
n/
factura
nº
2.546/2011,
no
montante
de
1.210,00
€.
• Pagamento
de
dívida
a
fornecedor,
com
obtenção
de
desconto
por
pagamento
antecipado:
Envio
ao
fornecedor
F,
SA,
n/
Cheque
nº
456789,
s/
Banco
ISCAL,
para
pagamento
da
s/
factura
nº
5.413/2011,
no
montante
de
2.420,00
€.
O
Fornecedor
concedeu-‐nos
um
desconto
de
pronto
pagamento
de
50,00
€.
56
Rui
Grilo
Exemplo
de
lançamento
de
3ª
fórmula
• Recebimento
de
dívida
de
cliente,
com
concessão
de
desconto
de
pagamento
antecipado:
recebimento
do
cliente
AC,
Lda.,
cheque
nº
789123,
s/
Banco
ISCAL,
para
pagamento
da
n/
factura
nº
2.498/2011,
no
montante
de
3.630,00
€.
Por
ter
antecipado
o
pagamento,
foi-‐lhe
concedido
um
desconto
de
60,00
€.
• Pagamento
de
recibo
verde
ao
Advogado
AM:
N/
cheque
nº
159753,
no
montante
de
1.515,00
€,
para
pagamento
de
honorários
no
montante
de
1.500,00
€
(acrescido
de
IVA
à
taxa
de
23%)
e
retenção
de
IR
à
taxa
de
20%.
6. Demonstrações Financeiras
• Balanço;
• Demonstração
dos
resultados
por
natureza;
• Demonstração
das
alterações
no
capital
próprio;
Obrigatórias
• Demonstração
dos
fluxos
de
caixa
(método
directo);
• Anexo
57
Rui
Grilo
Objectivo
das
demonstrações
financeiras
Proporcionar
informação
acerca
da
posição
financeira,
do
desempenho
e
das
alterações
na
posição
financeira
de
uma
empresa
que
seja
útil
a
um
vasto
leque
de
utentes
na
tomada
de
decisões
económicas.
• Posição
financeira
à
Balanço
• Desempenho
à
Demonstração
dos
Resultados
• Alterações
na
posição
financeira
à
Demonstração
dos
Fluxos
de
Caixa
O
Balanço
representa
a
posição
financeira
da
entidade
numa
determinada
data.
É
composto
pelas
seguintes
massas
patrimoniais:
• Activo:
Recurso
controlado
pela
empresa
como
resultado
de
acontecimentos
passados
e
do
qual
se
espera
que
fluam
para
a
empresa
benefícios
económicos
futuros
à
Bens
e
Direitos.
• Passivo:
Obrigação
presente
da
empresa
proveniente
de
acontecimentos
passados,
da
liquidação
da
qual
se
espera
que
resulte
um
exfluxo
de
recursos
da
empresa
à
Obrigações.
• Capital
Próprio: Interesse
residual
nos
activos
da
empresa
depois
de
deduzir
todos
os
seus
passivos
à
Património
Líquido.
NCRF
1
–
Estrutura
e
Conteúdo
das
DF’s
-‐
Balanço
• A
distinção
de
corrente
e
não
corrente,
decorre
da
definição
de
ciclo
operacional,
ou
seja
o
tempo
que
decorre
entre
a
aquisição
de
activos
para
processamento
e
sua
realização
em
caixa
ou
seus
equivalentes.
• Nem
sempre
este
ciclo
é
determinável
com
rigor,
pelo
que
se
pressupõe
que
nestes
casos
a
sua
duração
seja
de
12
meses.
Activo Corrente
• Um
activo
deve
ser
classificado
como
corrente
quando
satisfizer
qualquer
dos
seguintes
critérios:
o Espera
-‐se
que
seja
realizado,
ou
pretende
-‐se
que
seja
vendido
ou
consumido,
no
decurso
normal
do
ciclo
operacional
da
entidade;
o Esteja
detido
essencialmente
para
a
finalidade
de
ser
negociado;
o Espera
-‐se
que
seja
realizado
num
período
até
doze
meses
após
a
data
do
balanço;
o É
caixa
ou
equivalente
de
caixa,
a
menos
que
lhe
seja
limitada
a
troca
ou
uso
para
liquidar
um
passivo
durante
pelo
menos
doze
meses
após
a
data
do
balanço.
• Exemplos:
Inventários,
dívidas
a
receber
de
clientes,
cx
e
depósitos
bancários,
etc.
58
Rui
Grilo
Activo
não
Corrente
• Activo
não
corrente
-‐
todos
os
outros
activos
que
não
sejam
classificados
como
correntes.
• Esta
Norma
usa
a
expressão
“não
corrente”
para
incluir
activos
tangíveis,
intangíveis
e
financeiros
cuja
natureza
seja
de
longo
prazo.
• Exemplos:
activos
fixos
tangíveis,
activos
intangíveis,
activos
financeiros,
etc.
Passivos
correntes/não
correntes
(§
17
a
24
–
NCRF
1)
Passivo
Corrente
• Um
passivo
deve
ser
classificado
como
corrente
quando
satisfizer
qualquer
um
dos
seguintes
critérios:
o Se
espere
que
seja
liquidado
durante
o
ciclo
operacional
normal
da
entidade;
o Esteja
detido
essencialmente
para
a
finalidade
de
ser
negociado;
o Deva
ser
liquidado
num
período
até
doze
meses
após
a
data
do
balanço;
o A
entidade
não
tenha
um
direito
incondicional
de
diferir
a
liquidação
do
passivo
durante
pelo
menos
doze
meses
após
a
data
do
balanço.
• Exemplos:
dívidas
a
fornecedores,
dívidas
ao
Estado,
dívidas
ao
pessoal,
etc.
• Passivo
não
corrente
-‐
todos
os
passivos
que
não
forem
correntes
porque
não
cumprem
estes
critérios,
serão
“não
correntes”.
• Exemplos:
provisões,
financiamentos
obtidos
a
longo
prazo,
etc.
59
Rui
Grilo
60
Rui
Grilo
Ligação
entre
o
Balanço
e
a
Demonstração
de
Resultados
por
Natureza
Demonstrações Financeiras
61
Rui
Grilo
Demonstração
dos
Resultados
por
Funções:
Demonstrações Financeiras:
62
Rui
Grilo
Balanço
(NCRF
1)
63
Rui
Grilo
64
Rui
Grilo
Demonstração
dos
Resultados:
65
Rui
Grilo
7.
Documentação
Comercial
Documentação Comercial
• A
operação
de
compra
e
venda
origina,
entre
o
comprador
e
o
vendedor,
a
troca
de
documentos
cuja
ordem
cronológica
é
a
seguinte:
o 1.
A
nota
de
encomenda
o 2.
A
guia
de
remessa
o 3.
A
factura
(e
a
factura-‐recibo)
o 4.
A
nota
de
débito
o 5.
A
nota
de
crédito
o 6.
O
recibo
66
Rui
Grilo
Factura
67
Rui
Grilo
• É
utilizada
normalmente
na
devolução
de
vendas
e
descontos
fora
da
factura.
• Têm
numeração
sequencial
e
são
processados
em
duplicado,
destinando-‐se
o
original
ao
cliente
e
a
cópia
ao
arquivo
do
fornecedor.
Recibo
• Impostos
directos
à
Tem
por
base
uma
manifestação
imediata
(ou
directa)
da
capacidade
produtiva,
(rendimento,
património).
Ex:
IRS,
IRC.
• Impostos
indirectos
à
Tem
por
base
a
riqueza
nas
suas
manifestações
mediatas
através
da
via
indirecta
do
consumo
(da
riqueza)
que
dela
se
faz.
Ex:
IVA.
• É
um
imposto
indirecto
porque
recai
sobre
o
consumo
de
bens
e
serviços
e
não
sobre
o
rendimento.
• É
um
imposto
plurifásico,
porque
incide
sobre
todas
as
fases
do
circuito
económico.
• É
um
imposto
com
pagamentos
fraccionados.
• É
um
imposto
que
incide
sobre
todas
as
operações
efectuadas
pelos
sujeitos
passivos
do
imposto
mencionadas
no
nº
1
do
art.
1º
CIVA:
o As
transmissões
e
as
prestações
de
serviços
efectuadas
no
território
nacional,
a
título
oneroso,
por
um
sujeito
passivo
agindo
como
tal;
o As
importações
de
bens;
o As
operações
intercomunitárias
efectuadas
no
território
nacional,
tal
como
são
definidas
e
reguladas
no
Regime
do
IVA
nas
transacções
Intracomunitárias.
• A
soma
do
imposto
pago
em
cada
uma
das
fases
do
circuito
económico
corresponde
exactamente
ao
imposto
que
se
cobraria
se
incidisse,
de
uma
só
vez,
na
última
fase
(consumidor
final).
• Cada
um
dos
intervenientes
no
processo
do
desenvolvimento
do
IVA,
procede
da
seguinte
forma:
o Paga
ao
seu
fornecedor,
aquando
da
aquisição,
a
totalidade
do
imposto
liquidado
até
à
sua
fase;
e
o Paga
(entrega)
ao
Estado,
aquando
da
transmissão/prestação
ao
seu
cliente,
sendo
este
pagamento
compensado
com
o
valor
liquidado
pelo
fornecedor.
68
Rui
Grilo
A
soma
do
imposto
pago
em
cada
uma
das
fases
do
circuito
económico
corresponde
exactamente
ao
imposto
que
se
cobraria
se
incidisse,
de
uma
só
vez,
na
última
fase
(consumidor
final).
• A
base
tributável,
ou
seja
o
valor
sobre
que
incide
a
taxa
do
imposto,
é
constituída
pelo
valor
das
vendas
de
bens
e
serviços
constantes
da
factura
ou
documento
equivalente,
com
exclusão
dos
descontos,
bónus
ou
abatimentos.
• As
taxas
deste
imposto
estão
fixadas
no
Código
do
IVA,
sendo
aplicável
a
que
vigorar
no
momento
em
que
o
imposto
é
devido.
Actualmente
as
taxas
em
vigor
são:
Incidência
• Art..
1º,
nº
1
(CIVA)
-‐
o
IVA
é
um
imposto
a
que
estão
sujeitas
as
transmissões
de
bens
e
as
prestações
de
serviços
efectuadas
no
território
nacional,
a
título
oneroso,
por
um
sujeito
passivo
agindo
como
tal,
existindo
algumas
isenções
(art.
9º
a
15º
-‐
CIVA).
• Também
estão
sujeitas
ao
IVA
as
importações
de
bens
e
as
operações
intracomunitárias
efectuadas
no
território
nacional.
[art.
1º,
nº
1
–
CIVA].
• Nas importações de fora da União Europeia o IVA é liquidado no desalfandegamento.
• Nas
transmissões
entre
sujeitos
passivos
de
países
da
União
Europeia,
é
o
comprador
quem
procede
ao
tratamento
do
IVA,
liquidado
e
dedutível.
69
Rui
Grilo
Situações
pertinentes
relacionadas
com
IVA:
• Excepções
do
direito
à
dedução
em
Portugal
–
art.
21º
-‐
CIVA
• Regularização
do
IVA
a
favor
do
sujeito
passivo
(empresa)
–
nº
5
do
art.
78º
(CIVA):
quando
o
valor
tributável
de
uma
operação
ou
o
respectivo
imposto
sofrerem
rectificação
para
menos,
a
regularização
a
favor
do
sujeito
passivo
só
poderá
ser
efectuada
quando
este
tiver
na
sua
posse
prova
de
que
o
adquirente
tomou
conhecimento
da
rectificação
ou
de
que
foi
reembolsado
do
imposto,
sem
o
que
se
considerará
indevida
a
respectiva
dedução.
• Exigibilidade
do
IVA
nos
adiantamentos
–
nº
2
do
art.
8º
(CIVA)
-‐
o
imposto
também
é
exigido
nos
casos
em
que
se
verifique
emissão
de
factura
ou
documento
equivalente,
ou
pagamento,
precedendo
o
momento
da
realização
das
operações
tributáveis.
• Apuramento
da
base
tributável
nas
facturas
com
imposto
incluído
–
art.
49º
(CIVA):
nos
casos
em
que
a
facturação
ou
o
seu
registo
sejam
processados
por
valores,
com
imposto
incluído,
o
apuramento
da
base
tributável
correspondente
será
obtido
através
da
divisão
daqueles
valores
por
exemplo,
por
1,21
quando
a
taxa
do
imposto
for
21%.
IVA
nas
transacções
com
países
terceiros
• As
transacções
com
países
terceiros
continuam
sujeitas
ao
regime
previsto
no
Código
do
IVA:
o As
importações
-‐
continuam
submetidas
à
obrigatoriedade
da
declaração
na
fronteira
e
estão
sujeitas
a
IVA
no
momento
da
importação
o As
exportações
-‐
são
isentas
de
imposto
nos
termos
do
art.
14º
do
CIVA.
• Sendo
um
imposto
plurifásico,
todos
os
intervenientes
no
circuito
económico
são
responsáveis,
perante
o
Estado,
na
determinação
da
parcela
do
imposto
total
que
lhes
cumpre
entregar
no
Tesouro
Público.
• A
determinação
desta
parcela
assenta,
basicamente
na
dedução
ao
imposto
liquidado
nas
transmissões
de
bens
e
prestação
de
serviços
do
montante
do
imposto
suportado
(e
dedutível)
nas
aquisições
de
bens
e
serviços.
70
Rui
Grilo
• Esta
conta
é
de
uso
facultativo,
sendo
debitada
pelo
IVA
suportado
em
todas
as
aquisições
de
inventários,
investimentos
ou
de
outros
bens
e
serviços
em
que
a
empresa
não
possa
deduzir
o
imposto.
• Credita-‐se
por
contrapartida
das
contas
inerentes
às
respectivas
aquisições
ou
da
conta
68.12,
quando
for
caso
disso
(nomeadamente
por
dificuldades
de
imputação
a
gastos
específicos).
• Regista
os
valores
do
IVA
dedutível
das
aquisições
de
inventários,
investimentos
e
outros
bens
e
serviços.
Cada
uma
das
suas
subcontas
deve
ser
subdividida,
segundo
as
taxas
aplicáveis,
por
ordem
crescente.
71
Rui
Grilo
2433
-‐
IVA
Liquidado
• Regista
os
valores
do
IVA
liquidado
nas
facturas
ou
documentos
equivalentes
emitidos
pela
empresa.
Cada
uma
das
suas
subcontas
deve
ser
subdividida,
segundo
as
taxas
aplicáveis,
por
ordem
crescente.
• Regista
as
correcções
de
imposto
e
susceptíveis
de
serem
efectuadas
nas
respectivas
declarações
periódicas,
como
por
exemplo:
descontos
comerciais
concedidos
a
clientes
e
obtidos
de
fornecedores,
rectificações
ou
correcção
de
facturas,
devoluções
de
compras
e
de
vendas,
etc.
• Estas
regularizações
podem
ser
a
favor
da
empresa
(conta
24.341)
e
a
favor
do
Estado
(24.342),
mediante
a
natureza
da
operação.
• Esta
conta
destina-‐se
a
centralizar
as
operações
registadas
nas
contas
2432,
2433,
2434
e
2437,
de
forma
a
que
o
seu
saldo
corresponda
ao
imposto
a
pagar
ou
em
crédito,
com
referência
a
um
determinado
período
de
imposto.
Débito
2435
–
IVA
Apuramento
Crédito
Saldo
da
2432
Saldo
da
2433
Saldo
da
24341
Saldo
da
24342
Saldo
da
2437
(a)
(a)
É
debitada
pelo
saldo
devedor
da
2437,
respeitante
ao
montante
de
crédito
do
imposto
reportado
ao
período
anterior
sobre
o
qual
não
exista
nenhum
pedido
de
reembolso.
72
Rui
Grilo
• Após
estes
lançamentos,
o
respectivo
saldo
transfere-‐se
para:
o Crédito
da
2436
–
IVA
a
pagar,
no
caso
de
ser
credor.
O
seu
valor
vai
corresponder
ao
imposto
a
pagar
ao
Estado.
o Débito
da
2437-‐
IVA
a
receber,
no
caso
de
ser
devedor.
O
seu
valor
corresponde
a
créditos
sobre
o
Estado,
em
que
a
empresa
poderá
reportá-‐los
para
períodos
posteriores,
ou
então
solicitar
o
seu
reembolso.
• Destina-‐se
a
contabilizar
os
créditos
de
imposto
relativamente
aos
quais
foi
exercido
um
pedido
de
reembolso.
• É
debitada,
aquando
da
solicitação
de
tal
pedido
por
contrapartida
de
2437.
• É
creditada,
quando
da
decisão
da
administração
fiscal
sobre
o
pedido
de
reembolso.
73
Rui
Grilo
Apuramento
do
Imposto
«Nesta
conta
registam-‐se
as
relações
com
o
Estado,
Autarquias
Locais
e
outros
entes
públicos
que
tenham
características
de
impostos
e
taxas.»
(SNC
-‐
Notas
de
enquadramento)
«Esta
conta
é
debitada
pelos
pagamentos
efectuados
e
pelas
retenções
na
fonte
a
que
alguns
dos
rendimentos
da
entidade
estiverem
sujeitos.
No
fim
do
período
será
calculada,
com
base
na
matéria
colectável
estimada,
a
quantia
do
respectivo
imposto,
a
qual
se
registará
a
crédito
desta
conta
por
débito
de
8121
-‐
Imposto
estimado
para
o
período.»
(SNC
-‐
Notas
de
enquadramento)
«Esta
conta
movimenta
a
crédito
o
imposto
que
tenha
sido
retido
na
fonte
relativamente
a
rendimentos
pagos
a
sujeitos
passivos
de
IRC
ou
de
IRS,
podendo
ser
subdividida
de
acordo
com
a
natureza
dos
rendimentos.»
(SNC
-‐
Notas
de
enquadramento)
74
Rui
Grilo
Reconhecimento
no
Activo:
75
Rui
Grilo
Movimentação
(alguns
exemplos):
76
Rui
Grilo
242
Retenção
de
impostos
sobre
rendimentos
«Esta
conta
destina-‐se
a
registar
as
situações
decorrentes
da
aplicação
do
Código
do
Imposto
sobre
o
Valor
Acrescentado.»
(SNC
-‐
Notas
de
enquadramento)
Esta
conta
é
de
uso
facultativo
uma
vez
que
o
imposto
quando
dedutível
pode
ser
debitado
directamente
na
conta
“2432
IVA
dedutível”
ou
no
caso
de
não
ser
dedutível
na
respectiva
conta
de
activo
ou
de
gasto.
24311
–
Inventários
24312
–
Investimentos
24313
–
Outros
Bens
e
Serviços
Esta
conta
é
uma
das
contas
fundamentais
na
movimentação
do
imposto,
pelo
facto
de
por
ela
passarem
todas
as
quantias
de
IVA
que
sejam
dedutíveis,
de
acordo
com
a
legislação
em
vigor,
relativas
a
todas
as
aquisições
que
se
façam
de
inventários,
investimentos
não
financeiros
ou
de
outros
bens
e
serviços.
2432.1
–
Inventários
2432.1.1
–
Mercado
Nacional
2432.1.1.1-‐
Taxa
reduzida
2432.1.1.2
–
Taxa
intermédia
2432.1.1.3
–
Taxa
normal
2432.1.2
–
Mercado
Comunitário
2432.1.2.1-‐
Taxa
reduzida
77
Rui
Grilo
2432.1.2.2
–
Taxa
intermédia
2432.1.2.3
–
Taxa
normal
2432.1.3
–
Outros
Mercados
2432.1.3.1-‐
Taxa
reduzida
2432.1.3.2
–
Taxa
intermédia
2432.1.3.3
–
Taxa
normal
2432.2
–
Investimentos
2432.2.1
–
Mercado
Nacional
2432.2.1.1-‐
Taxa
reduzida
2432.2.1.2
–
Taxa
intermédia
2432.2.1.3
–
Taxa
normal
2432.2.2
–
Mercado
Comunitário
2432.2.2.1-‐
Taxa
reduzida
2432.2.2.2
–
Taxa
intermédia
2432.2.2.3
–
Taxa
normal
2432.2.3
–
Outros
Mercados
(Caso
exista
a
necessidade
de
criar
esta
conta,
aplica-‐se
a
mesma
estrutura
das
contas
anteriores).
78
Rui
Grilo
2433
IVA
–
Liquidado
• Esta
conta
é
uma
conta
importante
na
movimentação
do
imposto,
pelo
facto
de
por
ela
passarem
todas
as
quantias
de
IVA
liquidado,
de
acordo
com
a
legislação
em
vigor,
relativas
a
todas
as
operações
gerais
e
operações
de
autoconsumo
e
operações
gratuitas.
Esta
conta
é
também
utilizada
para
o
caso
da
liquidação
do
IVA
nas
aquisições
intracomunitárias.
• Esta
conta
será
creditada
pelo
IVA
liquidado,
constante
nas
facturas
ou
documentos
equivalentes
emitidos
pela
entidade.
Esta
conta
é
ainda
creditada
quando
houver
lugar
à
liquidação
do
IVA
por
força
da
afectação
ou
da
utilização
de
bens
afins
estranhos
à
entidade,
de
transmissões
de
bens
ou
de
prestações
de
serviços
gratuitos
ou
da
afectação
de
bens
a
sectores
isentos,
quando
relativamente
a
esses
bens
tenha
havido
dedução
de
imposto.
(1) Conforme Tabela Anexa ao Decreto-‐Lei 21/2007 (Isenções de prestações de serviços).
2433.1.2
–
Auto-‐Liquidação
2433.1.2.1
–
Taxa
reduzida
2433.1.2.2
–
Taxa
intermédia
2433.1.2.3
–
Taxa
normal
2433.1.2.8
–
Inversão
Sujeito
Passivo
(1)
2433.2
–
Autoconsumos
e
operações
gratuitas
2433.2.1
–
Mercado
Nacional
2433.2.1.1-‐
Taxa
reduzida
2433.2.1.2
–
Taxa
intermédia
2433.2.1.3
–
Taxa
normal
(1) Conforme Tabela Anexa ao Decreto-‐Lei 21/2007 (Isenções de prestações de serviços).
79
Rui
Grilo
•
Mensuração
de
inventários
•
Fórmulas
de
Custeio
•
Métodos
de
contabilização
dos
Inventários
• A
venda
é
um
contrato
entre
duas
entidades,
que
consiste
na
transmissão
onerosa
de
bens
ou
da
prestação
de
serviços
em
que
uma
das
partes,
o
vendedor,
se
obriga
a
entregar
uma
coisa,
ou
a
prestar
um
serviço,
à
outra
parte,
o
comprador,
mediante
um
pagamento.
• Na
operação
de
venda
há
duas
questões
a
considerar:
o A
data
do
reconhecimento
no
balanço
(do
valor
recebido,
ou
do
reconhecimento
da
dívida
na
conta
do
cliente)
é
a
do
reconhecimento
de
activos
–
“deve
ser
reconhecido
quando
for
provável
que
os
benefícios
económicos
futuros
fluam
para
a
empresa
e
o
activo
tenha
um
custo
ou
um
valor
que
possa
ser
mensurado
com
fiabilidade.”
[§87
e
88
–
EC]
o A
data
do
reconhecimento
em
resultados
(do
valor
da
venda
ou
da
prestação
de
serviços)
é
a
do
reconhecimento
do
rédito
–
“deve
ser
reconhecido
quando
tenha
surgido
um
aumento
de
benefícios
económicos
futuros
relacionados
com
um
aumento
num
activo
e
que
possam
ser
quantificados
com
fiabilidade.”
[§90
EC]
• A
compra
é
um
contrato
de
aquisição
de
inventários
(mercadorias,
matérias-‐
primas,...),
isto
é,
bens
aprovisionáveis
destinados
a
consumo
ou
venda.
• A
data
do
reconhecimento
no
balanço,
do
activo
adquirido
e
do
valor
pago
ou
do
reconhecimento
da
dívida
na
conta
do
fornecedor,
é
a
do
reconhecimento
de
activos
e
a
do
reconhecimento
de
passivos,
no
caso
da
compra
ser
a
crédito.
• A
data
do
reconhecimento
em
resultados
é
a
do
reconhecimento
de
gastos.
Os
gastos
são
reconhecidos
quando
“…tenha
surgido
uma
diminuição
dos
benefícios
económicos
futuros
relacionados
com
uma
diminuição
num
activo
ou
com
um
aumento
de
um
passivo
e
que
possam
ser
mensurados
com
fiabilidade.”
[§92
EC]
• As
regras
de
contabilização
e
de
avaliação
dos
inventários,
são
tratadas
na
«Norma
Contabilística
e
de
Relato
Financeiro
nº
18
–
Inventários»
(NCRF
18),
da
Comissão
de
Normalização
Contabilística
(CNC).
• Esta
norma
está
estruturada
da
seguinte
forma:
o Objectivo;
o Âmbito;
o Definições;
o Mensuração;
o Reconhecimento;
80
Rui
Grilo
o Divulgação.
-‐Pelo
custo;
Dos
dois
o
m ais
baixo
-‐Pelo
valor
realizável
líquido.
• Valor
realizável
líquido:
É
o
preço
de
venda
estimado
no
decurso
ordinário
da
actividade
empresarial
menos
os
custos
estimados
de
conclusão
e
os
custos
estimados
necessários
para
efectuar
a
venda.
(NCRF
18,
§6
e
§28
a
33).
o A
redução
do
valor
do
inventário
para
o
valor
realizável
líquido
deve
ser
efectuada
item
a
item
do
inventário.
o Em
cada
período
subsequente
é
feita
uma
nova
avaliação
do
valor
realizável
líquido.
• Os
custos
de
compra:
preço
de
compra,
direitos
de
importação
e
outros
impostos
(que
não
sejam
recuperáveis)
custos
de
transporte,
manuseamento
e
outros.
Os
descontos
comerciais,
abatimentos
e
outros
itens
semelhantes
deduzem-‐se
na
determinação
dos
custos
de
compra.
(NCRF
18
-‐
§11)
• Os
custos
de
conversão
(produção):
incluem
os
custos
directamente
relacionados
com
as
unidades
de
produção,
tais
como,
de
entre
outros,
a
mão-‐de-‐obra
directa
e
as
matérias-‐primas.
(NCRF
18
-‐
§12
a
14)
• Outros
custos:
para
colocar
os
inventários
no
seu
local
e
na
sua
condição
actuais.
Ex:
gastos
gerais
que
não
sejam
industriais
ou
os
custos
de
concepção
de
produtos
para
clientes
específicos.
(NCRF
18
-‐
§15).
81
Rui
Grilo
Inventários
Custos
excluídos
do
custo
dos
inventários
e
reconhecidos
como
gastos
do
período
(NCRF
18,
§16):
• Quantias
anormais
de
materiais
desperdiçados,
de
mão-‐de-‐obra
ou
de
outros
custos
de
produção;
• Custos
de
armazenamento,
a
menos
que
esses
custos
sejam
necessários
no
processo
de
produção
antes
de
uma
nova
fase
de
produção;
• Gastos
gerais
administrativos
que
não
contribuam
para
colocar
os
inventários
no
seu
local
e
na
sua
condição
actuais;
• Custos
de
vender.
Uma
entidade
deve
usar
a
mesma
fórmula
de
custeio
para
todos
os
inventários
que
tenham
uma
natureza
e
um
uso
semelhantes
para
a
entidade:
• Custo
específico:
deve
ser
utilizado
no
custeio
dos
inventários
que
não
sejam
intermutáveis
e
de
bens
ou
serviços
produzidos
e
segregados
para
projectos
específicos
deve
ser
atribuído
pelo
uso
da
identificação
específica
dos
seus
custos
individuais.
(NCRF
18
-‐
§23
e
24);
• Custo
médio
ponderado:
cada
item
é
determinado
a
partir
da
média
ponderada
do
custo
de
itens
semelhantes.
(NCRF
18
-‐
§25
e
27);
• First
in
first
out
(FIFO):
deve
ser
utilizado
no
custeio
dos
inventários,
em
que
não
se
utilize
o
custo
específico
ou
o
custo
médio
ponderado.
(NCRF
18
-‐
§25
e
27).
82
Rui
Grilo
• O
valor
na
conta
«31
–
Compras»,
é
sempre
transferido
para
as
contas
de
inventários
respectivas
(mercadorias,
matérias-‐primas.
etc.).
Assim,
esta
conta,
está
sempre
saldada.
• Periodicamente,
pelo
menos
uma
vez
por
ano,
devem
fazer-‐se
inventários
físicos
dos
inventários.
• Em
sistema
de
inventário
permanente
os
inventários
são
controlados
através
de
fichas
cujo
layout
é
basicamente
o
seguinte:
• Só
periodicamente
(em
regra
no
fim
do
período
económico)
se
conhece
o
valor
dos
inventários
da
empresa,
por
recurso
a
inventário
físico
directo.
• Características
do
sistema
de
inventário
intermitente:
o Só
no
final
do
período
económico
é
que
se
determina
e
regista
o
Custo
das
mercadorias
vendidas:
Cmvmc
=
Ei
+
Compras
±
Regularizações
–
Ef
o Durante
o
período
económico,
o
saldo
das
contas
de
inventários
diz
respeito
apenas
à
existência
inicial;
o O
saldo
da
conta
compras
só
é
transferido
para
as
contas
de
inventários
no
final
do
período.
83
Rui
Grilo
Reconhecimento
contabilístico
das
operações
de
compra
e
de
venda
Venda
a
crédito
ao
cliente
XP,
Lda.
de
mercadorias
no
valor
total
de
12.300€:
(10.000€
+
2.300€
de
IVA),
que
haviam
custado
7.500€.
Em sistema de inventário permanente, é necessário registar a saída dos inventários vendidos:
Compra
de
mercadorias
a
crédito
ao
fornecedor
Finanças,
S.A.,
no
valor
total
de
9.840€:
8.000€
+
1.840€
de
IVA.
84
Rui
Grilo
Em
sistema
de
inventário
permanente,
é
necessário
efectuar
a
seguinte
transferência:
O desconto
O
desconto
consiste
numa
redução
do
preço
das
mercadorias
vendidas,
concedida
pelo
vendedor
(fornecedor)
ao
comprador
(cliente).
• Descontos Comerciais
• Descontos Financeiros
Descontos Comerciais
Prendem-‐se com a actividade comercial da empresa (ex.: descontos de quantidade).
O
desconto
de
natureza
comercial
só
é
contabilizado
quando
é
feito
fora
da
factura,
por
nota
de
crédito.
Sempre
que
as
facturas
emitidas
incluem
descontos
ou
abatimentos
de
natureza
comercial,
devem
registar-‐se
pelo
valor
líquido.
• Redução
excepcional
(baixa
de
preços):
são
praticados
no
preço
de
venda
previamente
fixado,
a
título
excepcional,
a
fim
de
obviar,
por
exemplo,
a
defeitos
da
mercadoria
vendida,
estarem
fora
de
moda,
etc.
• Descontos:
são
reduções
praticadas
no
preço
de
venda,
atendendo,
por
exemplo,
ao
elevado
valor
da
venda,
ou
se
o
cliente
toma
a
seu
cargo
determinados
serviços
relacionados
com
a
venda.
São
geralmente
calculados
em
percentagem
do
preço
corrente
de
venda.
• Retornos:
são
reduções
de
preço
calculadas
sobre
o
montante
do
conjunto
de
transacções
efectuadas
num
determinado
período.
Normalmente
são
progressivos
(aumentando
à
medida
que
os
montantes
vendidos
também
aumentam,
por
exemplo:
compras
no
período
até
10.000
euros,
desconto
de
x%,
compras
no
período
entre
10.000
euros
e
20.000
euros,
desconto
de
y%,
etc.).
Descontos Financeiros:
Estão associados à actividade financeira da empresa (ex.: descontos de pronto pagamento).
Contabilizam-‐se,
sempre
que
há
desconto
desta
natureza,
quando
se
efectua
a
operação
do
recebimento
das
mercadorias
vendidas,
isto
é,
quando
o
dinheiro
entra
nos
cofres
da
empresa
que
vendeu
(fornecedor).
85
Rui
Grilo
Contabilização
do
desconto
comercial
É
contabilizado
quando
se
dá
o
recebimento
das
mercadorias
vendidas,
isto
é,
quando
o
dinheiro
entra
nos
cofres
da
empresa
que
vendeu
(fornecedor).
É sempre contabilizado, quer incluído na factura, quer feito fora da factura.
86
Rui
Grilo
A
devolução
de
compras/vendas
Em
regra,
as
devoluções
existem
quando
os
produtos/
mercadorias
não
estão
em
condições
de
serem
consumidas
ou
quando
não
estão
de
acordo
com
a
encomenda.
Consiste
na
entrega
de
meios
financeiros
líquidos
efectuados
pelo
comprador
(cliente)
ao
vendedor
(fornecedor),
por
conta
de
futuros
fornecimentos.
87
Rui
Grilo
Contabilização
do
adiantamento
de
clientes
Quando do adiantamento, o valor recebido na forma de adiantamento é contabilizado:
Simultaneamente:
88
Rui
Grilo
Contabilização
do
adiantamento
a
fornecedores
Quando do adiantamento, o valor pago na forma de adiantamento é contabilizado:
Simultaneamente,
89
Rui
Grilo
Despesas
adicionais
de
compra/venda
São
despesas
relacionadas
com
os
inventários
vendidos/comprados,
como
sejam,
por
exemplo:
• Seguros necessários para colocar os inventários no armazém do comprador,
• Despesas aduaneiras,
• Etc.
São
contabilizados
na
conta
«31
-‐
Compras»,
quer
estejam
incluídas
na
factura
da
compra
ou
por
nota
de
débito.
Estas
despesas
são
facturadas
ao
cliente
se
forem
por
conta
deste,
podendo
estar
incluídas
na
factura
da
venda,
ou
por
emissão
de
nota
de
débito.
90
Rui
Grilo
Recebimento/pagamento
das
facturas
registadas
em
conta
corrente
• Normativo aplicável.
• Reconhecimento de diferenças de câmbio na data de liquidação da transacção.
Normativo aplicável: NCRF 23 – Efeitos de alterações em taxas de câmbio
Por
vezes
as
empresas
efectuam
transacções
em
moeda
estrangeira
que
originam
variações
nos
resultados
da
empresa,
em
virtude
da
flutuação
da
taxa
de
câmbio
da
moeda.
Diferença
de
câmbio:
é
a
diferença
que
resulta
da
transposição
de
um
determinado
número
de
unidades
de
uma
moeda
para
outra
moeda
a
diferentes
taxas
de
câmbio.
Moeda funcional -‐ é geralmente a moeda do país no qual a empresa opera.
Moeda estrangeira -‐ é uma moeda que não seja a moeda funcional da entidade.
91
Rui
Grilo
Reconhecimento
das
diferenças
de
câmbio
A
transacção
efectuada
em
moeda
estrangeira
(como
as
compras
de
bens
e
serviços)
deve
ser
inicialmente
registada
aplicando
a
taxa
de
câmbio
correspondente
à
data
da
transacção.
Desta
forma,
a
quantia
em
dívida
é
reconhecida
no
momento
da
transacção
pelo
valor
do
produto
entre
a
taxa
de
câmbio
das
duas
moedas
em
questão
e
a
quantia
estrangeira
acordada.
Após
o
reconhecimento
inicial
podem
existir
dois
momentos:
a
data
do
relato
e
a
data
em
que
a
dívida
é
liquidada,
em
que
as
taxas
de
câmbio
são
diferentes
da
taxa
de
câmbio
que
foi
aplicada
no
reconhecimento
inicial.
Reconhecimento subsequente:
Quaisquer
diferenças
que
ocorram
no
momento
do
relato
ou
da
liquidação,
“devem
ser
reconhecidas
nos
resultados
do
período
em
que
ocorram”
-‐
§27
da
NCRF
23.
À
data
de
Balanço
(§23
da
NCRF
23):
À
data
de
balanço
(normalmente
31/12)
os
valores
monetários
em
moeda
estrangeira
devem
ser
expressos
ao
câmbio
em
vigor
nessa
data.
Itens
monetários:
são
unidades
monetárias
detidas
e
activos
e
passivos
a
receber
ou
a
pagar
num
número
fixado
ou
determinável
de
unidades
monetárias.
(ex.:
caixa,
bancos,
dívidas
de
clientes,
dívidas
a
fornecedores).
Contabilização das diferenças de câmbio relacionadas com as actividades operacionais
A
utilização
destas
contas
vem
na
sequência
do
entendimento
do
CNC
obtido
em
10
de
Março
de
2010
(pergunta
nº
10).
92
Rui
Grilo
Pergunta
10:
• Em
que
rubricas
do
código
de
contas
do
SNC
deverão
ser
registadas
as
diferenças
de
câmbio?
• Resposta
(em
24FEV2010):
-‐
A
Portaria
n.º
1011/2009,
de
9
de
Setembro,
contempla
a
existência
de
duas
contas
para
o
registo
das
diferenças
de
câmbio:
• 692
–
Diferenças
de
câmbio
desfavoráveis.
• 6921
-‐
Relativas
a
financiamentos
obtidos.
• …
• 6928
–
Outros.
• 786
–
Rendimentos
e
ganhos
nos
restantes
activos
financeiros.
• 7861
–
Diferenças
de
câmbio
favoráveis.
Daqui
parece
poder
indiciar-‐se
que
a
segunda
se
reporta
às
diferenças
de
câmbio
favoráveis
associadas
a
itens
relativos
às
actividades
de
investimento
da
entidade
e
que
a
primeira
respeita
às
diferenças
de
câmbio
desfavoráveis
associadas
às
actividades
de
financiamento.
Não
considerou
o
legislador
a
previsão
de
contas
relativas
às
diferenças
de
câmbio
desfavoráveis
associadas
às
actividades
de
investimento,
nem
às
diferenças
de
câmbio
favoráveis
associadas
às
actividades
de
financiamento,
nem
qualquer
conta
respeitante
às
diferenças
de
câmbio
(favoráveis
e
desfavoráveis)
associadas
a
itens
relativos
às
actividades
operacionais.
Tendo
sido
detectada
a
lacuna
acima
referida
e
mostrando-‐se
necessário
clarificar
o
modo
de
a
superar,
entende
a
CNC
que,
para
registo
daquelas
operações,
podem
ser
criadas
as
seguintes
contas:
93
Rui
Grilo
Transacções
em
moeda
estrangeira
à
Exemplo
–
Importação
Exemplo:
No
dia
6
de
Novembro
de
200N,
foi
recebida
a
factura
nº
234
do
fornecedor
FO4
dos
Estados
Unidos:
• Valor
da
mercadoria:
$
100.000
USA
+
Despesas
de
transporte
$
250
USA.
• O
câmbio
àquela
data
era
o
seguinte:
€
1,00
=
$
1,425
USA
ó
Então,
100.250
USA/1,425
USA
=
€
70.350,88
Contabilização:
No
dia
8
de
Novembro
de
200N,
o
despachante
F21
remeteu
a
s/
conta
de
desalfandegamento
de
mercadorias,
Factura
nº
46765A,
da
qual
constava
o
seguinte:
Contabilização:
94
Rui
Grilo