Sunteți pe pagina 1din 9

LIÇÃO 5

SUBSÍDIO PARA O ESTUDO DA 5ª LIÇÃO DO 1º TRIMESTRE DE


2019 – DOMINGO, 3 DE FEVEREIRO DE 2019

UM INIMIGO QUE PRECISA SER RESISTIDO

Texto áureo

“Sujeitai-vos, pois, a Deus;


resisti ao diabo, e ele fugirá de
vós” (Tg 4.7)
LEITURA BÍBLICA EM
CLASSE – Tiago 4.1-10.

COMENTÁRIO

INTRODUÇÃO

Meu Distinto e nobre Amigo Leitor, eis a 5ª Lição deste trimestre, desta feita
com o tema: Um Inimigo que Precisa Ser Registrado. Portanto, estudaremos a
respeito da santidade como forma de resistir às paixões carnais, e como resistir a
Satanás – o inimigo de nossas almas.

Destarte, nesta dada Lição, Falaremos a respeito dos destinatários, conteúdo


e tema da epístola; Refletiremos a respeito dos deleites da vida; Conscientizaremos
que devemos resistir o inimigo.

Portanto, amado amigo leitor - boa leitura e bons estudos!

1
I – A EPÍSTOLA DE TIAGO

Já se tem dito que “Epístola de Tiago é o livro prático do Novo Testamento,


como “Provérbios” o é do Antigo”. Indubitavelmente, essa semelhança é percebida
pelas notáveis menções de máximas (sentenças) que nos levam a verdadeiros
ensinos morais. O seu propósito principal é pôr em destaque o aspecto prático da
verdadeira religião: “A religião pura e imaculada diante de nosso Deus e Pai é esta:
Visitar os órfãos e as viúvas nas suas aflições e guardar-se isento da corrupção do
mundo” (Tg 1.27).

Segundo Barclay: “A Epístola de Tiago é um dos livros que mais duramente


teve que lutar para obter sua incorporação ao Novo Testamento. E ainda depois de
ter chegado a ser considerada como parte da Escritura, foi mencionada com certa
reserva e suspicácia. Até em época tão tardia como o século XVI Lutero de boa
vontade a teria eliminado totalmente do Novo Testamento.” O famoso reformador
tinha certas reservas a um grupo de textos bíblicos, este grupo era composto por
Tiago, Judas, Hebreus e Apocalipse. Estes eram livros aos quais Lutero
decididamente considerava como secundários.

Evidentemente que Lutero “certamente foi rigoroso com Tiago”, como diz
Barclay. Certamente isso fora devido a sua prevenção pessoal com relação à
questão da dureza da Lei Mosaica que o impedisse de julgar retamente.

Não obstante, ao término do estudo desta Lição venhamos perceber que


pode ser que depois que tenhamos estudado esta Epístola pensemos como E. U.
Blackman ao citar Marty sobre a missiva de Tiago: “A Epístola é uma obra mestra de
vigorosa e reverente simplicidade”. Espero que você – dileto amigo leitor – mesmo
começando o estudo sobre a Epístola de Tiago como um dever, termine-a como um
deleite-espiritual-prático. Mas quem era Tiago – o autor desta missiva?

O nome grego para Tiago, no N. T, é Jakóbos, mas no A. T é Jacó. Há, pelo


menos, três pessoas com o nome Tiago (existem outros), mencionadas no Novo
Testamento que podemos aqui destacar: Tiago, o irmão de João (Mt 10.2), Tiago, o
filho de Alfeu (Mt 10.3) e Tiago, o irmão do Senhor (Gl 1.19). A tradição geral da
Igreja identificou o autor da epístola com a pessoa ultimamente mencionada.
2
Este Tiago era o dirigente da Igreja em Jerusalém o qual presidiu ao primeiro
concílio. (At 12.7; 15.13-29). O tom autorizado da epístola está em conformidade
com a posição elevada do autor, na Igreja. Pela tradição sabemos alguns fatos
concernentes a ele. Por causa de sua vida santa e rígida à moralidade prática da
Lei, era estimado pelos judeus da sua comunidade, pelos quais foi chamado “O
Justo”, e ganhou muitos deles para Cristo.

Segundo Eusébio, em sua História Eclesiástica, este Tiago: “Nunca bebeu


vinho nem suco de tâmaras; absteve-se totalmente das carnes de animais. Nunca
cortou a cabeleira, nem costumava ungir nem banhar seu corpo. Era o único entre
todos que tinha o direito e a faculdade de entrar no santuário íntimo do templo. Não
usava vestimenta de lã, mas sim de linho. Costumava entrar sozinho no templo e
orar ali intercedendo perante Deus de joelhos pelos pecados do povo, ao ponto de
que seus joelhos tivessem calos como os do camelo, quando venerando a Deus
assiduamente se prostrava no solo, fazendo votos pela salvação do povo”

Flávio Josefo, o historiador judeu, narra que Tiago foi apedrejado até a morte,
por ordem do sumo sacerdote Ananus.

1. Destinatários.

Como bem se sabe Tiago não era, como Paulo, um viageiro e um homem de
muitas Igrejas. Contudo, foi o líder do setor judeu da Igreja e, assim, o mais natural
possível do que ele poderia ter escrito era justamente uma epístola dirigida
especialmente a todos os cristãos de origem judia (Tg 1.1).

A. H. McNeile assinala que “há em Tiago exemplo após exemplo de frases


que podem ser lidas tanto em sentido cristão como judeu”. A referência às doze
tribos da dispersão (1.1) é algo que podia ser entendido por um judeu como uma
alusão aos israelitas espalhados e exilados por todo mundo; enquanto que um
cristão, por sua parte, podia interpretá-lo como assinalando à Igreja cristã, o novo
Israel de Deus.

3
2. Conteúdo.

Seu conteúdo pode ser resumido assim:

I. A Tentação como Prova da Fé (1.1-21).

II. II. As Obras como Evidência da Verdadeira Fé (1.22 a 2.26).

III. III. As Palavras e seu Poder (3.1-12).

IV. IV. Verdadeira e Falsa Sabedoria (3.13 a 4.17).

V. V. Paciência sob a Opressão: a Paciência da Fé (5.1-12).

VI. VI. Oração (5.13-20).

3. Tema.

Numa leitura superficial de Tiago 2.14-26, parece-nos que há um ataque


direto ao ensino paulino. “O homem é justificado pelas obras e não somente pela fé”:
(Tg 2.24), compare com: (Rm 1.17; Gl 3.11).

Logo, à primeira vista, isto parece uma terminante contradição da doutrina


paulina da justificação mediante a fé. Mas o que Tiago está atacando é, na verdade,
a chamada fé que não tem resultados nem consequências éticas. Mesmo porque
“qualquer pessoa que acuse a Paulo de pregar tal classe de fé, não pode ter lido as
Cartas deste apóstolo, pois estas se acham repletas de exigências éticas. Basta ler
um capítulo como Romanos 12 para comprovar que Paulo pregou uma fé cheia de
consequências éticas” – nos alerta Barclay. Portanto, Paulo e Tiago se
complementam.

4
II – OS DELEITES DA VIDA

1. Guerras e pelejas (v.1).

O Novo Testamento King James traduz estes termos por: “batalhas e


desentendimentos” e a Almeida de Estudo Atualizada de “guerras e contendas”.

Do grego “πολεμος” (polemos - alvoroço), significa: 1) guerra 2) luta, batalha


3) disputa, contenda, rixa. E o segundo termo: do grego “μαχη” (mache), que
significa: 1) luta ou combate; 1a) daqueles em armas, uma batalha; 1b) de pessoas
em discrepância, adversários, etc., discussão, contenda; 1c) disputa.

Ora, as disputas e as contendas entre os crentes (irmãos em Cristo) são


sempre nocivas e prejudiciais. Tiago explica que essas discussões resultam de
desejos maus que batalham dentro de nós: queremos mais posses, mais dinheiro,
posição social mais elevada, mais reconhecimento, etc.

Quando não conseguimos aquilo que queremos, lutamos a fim de alcançá-lo.


Ao invés de agarrar agressivamente o que queremos, devemos nos submeter à
vontade de Deus, pois Ela é agradável e perfeita. Pedir a Ele que nos ajude a nos
livrarmos dos nossos desejos egoístas e confiar nEle, pois é o Único que pode nos
dar o que realmente precisamos.

2. Os deleites.

Do grego “ηδονη” (hedone – agradar), significa : 1) prazer 2) desejos pelo


prazer.

Desta palavra supracitada veio a palavra hedonismo, do grego hedonikos, que


significa “prazeroso”, já que hedon significa prazer. Como uma filosofia, o hedonismo
surgiu na Grécia e teve Epicuro e Aristipo de Cirene como alguns dos nomes mais
importantes.

Esta doutrina moral teve a sua origem nos cirenaicos (fundada por Aristipo de
Cirene), epicuristas antigos. O hedonismo determina que o bem supremo, ou seja, o
fim último da ação é o prazer.

5
Neste caso, “prazer” significa algo mais que o mero prazer sensual. Os
utilitaristas ingleses (Bentham e Stuart Mill) foram os continuadores do hedonismo
antigo.

Sabemos que não há nada de errado em desejar uma vida prazerosa. Deus
nos dá boas dádivas e quer que as apreciemos (Tg 1.17; Ef 4.7; 1Tm 4. 4,5), mas ter
amizade com o mundo envolve buscar prazer às custas dos outros em detrimentos
às coisas de Deus. O prazer que nos impede de agradar a Deus é pecado. O prazer
que vem da rica generosidade de Deus é bom.

3. Cobiçosos e invejosos (v.2).

As palavras: “Cobiçosos” e “Invejosos”, respectivamente, no grego são:


“επιθυμεω” (epithumeo), que significa: 1) girar em torno de algo; 2) ter um desejo
por, anelar por, desejar; 3) cobiçar, ansiar; 3a) daqueles que procuram coisas
proibidas. E “ζηλος” (zelos), significando: 1) excitação de mente, ardor, fervor de
espírito; 1a) zelo, ardor em abraçar, perseguir, defender algo; 1a1) zelo no interesse
de, por uma pessoa ou coisa; 1a2) fúria de indignação, zelo punitivo; 1b) rivalidade
invejosa e contensiosa, ciúme.

A palavra grega “zelos”, que aparece nas Sagradas Escrituras, muitas vezes é
traduzida como “ciúmes”. O sentido básico desse termo é de calor, fervor, borbulhar
ou encher, que figurativamente pode ser entendido como indignação, rivalidade,
oposição, a alguém ou algo.

Podemos então, definir o ciúme como um estado de alma “tempestuoso” que


pode levar o cristão a atitudes legítimas que envolvem cuidados e proteção ou a
todo tipo de comportamento antissocial, egoísta, desenvolvido ao lado de outras
emoções como o medo, insegurança, tristeza, desânimo e ira, invejas, etc.

6
4. Adúlteros e adúlteras (v.4).

Nesse caso o termo grego usado provém de “μοιχαλις” (moichalis), que


significa: 1) mulher infiel; 2) figuradamente equivale a ser infiel a Deus, sujo,
apóstata.

Como a aliança íntima de Deus com o povo de Israel era comparada a um


casamento, aquele que caia em idolatria era como se cometesse adultério ou
prostituição. Aqui, Tiago lembra: “Não sabeis vós que a amizade do mundo é
inimizade contra Deus? Portanto, qualquer que se fizer amigo do mundo constitui-se
inimigo de Deus.” Esta Palavra está ratificada em I João 2.15-17 onde está escrito
sobre aquele que amam o mundo e o que está nele.

III – RESISTINDO AO INIMIGO

1. Tiago apresenta a receita para resistir ao Inimigo (v.5).

A palavra grega “zelos” foi traduzida como ciúmes, contudo, aqui, ela tem
uma carga conotativamente positiva. Trás o sentido de cuidado para com a pessoa a
quem ama e se preocupa com ela. Ouçamos o que diz William Barclay:

Em todos os casos o sentido é que Deus é um amante zeloso que não


tolera rival e que não compartilhará o coração humano com nenhum outro
amante. O Antigo Testamento não vacilava em aplicar a Deus o qualificativo
de ciumento. Moisés diz ao povo referindo-se a Deus: “Com deuses
estranhos o provocaram a zelos, com abominações o irritaram”
(Deuteronômio 32:16). E ouve o Senhor dizer: “A zelos me provocaram com
aquilo que não é Deus” (Deuteronômio 32:21). Ao insistir em seu exclusivo
direito a ser adorado, Deus ordena nos Dez Mandamentos com referência
às imagens: “...Não as adorarás, nem lhes darás culto; porque eu sou o
SENHOR, teu Deus, Deus zeloso...” (Êxodo 20:5). “O nome do SENHOR é
Zeloso; sim, Deus zeloso é ele” (Êxodo 34:14). Zacarias ouve Deus dizer:
“Tenho grandes zelos de Sião e com grande indignação tenho zelos dela”
(Zacarias 8:2). Zeloso vem da palavra grega zelos que implica a noção de
ardente calor. A idéia é que Deus ama os seres humanos com tal paixão
que não pode tolerar nenhum amor rival no coração deles. Pode ser que o
qualificativo de zeloso seja hoje difícil de relacionar com Deus, porque o
termo certamente adquiriu um significado pejorativo; mas atrás dele está a
grande, preciosa e admirável verdade de que Deus ama as almas dos
homens. Há um sentido no qual o amor tem que ser prodigalizado a todos
os seres humanos e a todos os filhos de Deus; mas há outro sentido no qual
o amor outorga e exige uma devoção exclusiva a uma pessoa. É
inquestionavelmente certo que a pessoa não pode estar apaixonada por
mais que de uma pessoa ao mesmo tempo. Se pensar de outra maneira
não sabe o que significa o amor. O que Tiago quer dizer é que Deus é um
amante ciumento, que não tolerará rival no coração humano, e que tem que
receber de nós um amor que transcenda todo afeto terrestre.
7
2. A submissão a Deus (v.6, 7).

Alguém pode estar se perguntando: como se aproximar de Deus? Tiago


menciona pelo menos cinco maneiras:

1) Humilhando-se diante de Deus (4.7). Submetamos à sua autoridade e


vontade, comprometamos nossa vida com Ele e com o seu controle, e
estejamos dispostos a segui-lo.

2) Resistindo ao Diabo (4,7). Não permitamos que Satanás nos tente e


seduza;

3) Limpemos nossas mãos e purifiquemos o nosso coração – isto é:


vivamos uma vida pura;

4) Sintamos tristeza e um profundo pesar pelos nossos pecados (4.9);

5) Humilhemo-nos diante do Senhor, e Ele nos exaltará (4.10; 1Pe 5.6).

3. Os lamentos e os resultados (9, 10).

Aqui, ao requerer uma piedosa tristeza Tiago está retornando àquilo que
Jesus havia dito: “Bem-aventurados os que choram, porque eles serão consolados”
(Mateus 5.4; Lucas 6. 20-26). Ouçamos Barclay mais uma vez:

Tiago está aqui assinalando duas coisas. Em primeiro lugar está advogando
a sobriedade em lugar da frivolidade — e o faz com toda a energia de
alguém cujos instintos naturais são puritanos. Em segundo lugar, está
descrevendo não o fim, mas sim o princípio da vida cristã. E exige três
coisas. (1) Exige o que ele chama aflição. O verbo grego é talaiporein o qual
pode descrever — Tucídides assim o emprega — as experiências de um
exército cujos abastecimentos se esgotaram e que carece de refúgio em
tempo de tormenta. O que Tiago está demandando é uma abstinência
voluntária do luxo desenfreado e do efeminado conforto. Está falando com
pessoas apaixonadas pelo mundo; está insistindo em que não façam do
luxo e da comodidade as normas mediante as quais é valorizada toda a
existência. É a disciplina que forma o sábio; é o rigoroso treinamento o que
modela o atleta; e é uma prudente abstinência a que produz o cristão que
sabe como usar deste mundo e de seus frutos corretamente. (2) Exige que
os homens se lamentem, que sua risada seja mudada em pranto e sua
alegria em tristeza. Tiago está descrevendo aqui o primeiro passo da vida
cristã. A vida cristã começa quando a pessoa se depara com Deus e com
seu próprio pecado. E esta é certamente uma experiência desalentadora e
lastimosa.

8
Quando João Wesley pregou aos mineiros do Kingwood, estes foram
comovidos até as lágrimas e essas lágrimas deixavam rastros ao descer por
seus sujos rostos. Mas este não é, de modo algum, o termo da vida cristã. A
entristecedora tristeza que vem de compreender o pecado leva ao sublime
regozijo dos pecados perdoados. Para chegar o segundo o homem tem que
atravessar pelo primeiro. O que Tiago está demandando de seus satisfeitos,
preguiçosos, refinados, agradados e despreocupados leitores é que se
defrontem com seus próprios pecados e que se envergonhem, aflijam-se e
temam; porque somente então poderão alcançar a graça e experimentar
uma alegria que vai muito mais além de todos os prazeres terrestres. (3)
Exige que chorem. Talvez não seja forçar muito esta passagem se
dissermos que aqui Tiago bem pôde ter estado pensando em lágrimas de
simpatia. Até esse então essa gente rica e amante do luxo tinha vivido em
completo egoísmo. Tinham estado inconscientes e sido bastante insensíveis
a isso que o poeta chamou "a chuva de lágrimas do mundo". Tiago insiste
em que têm que inteirar-se das lágrimas alheias; que as tristezas, as
aflições, as desgraças e as necessidades de outros deveriam perfurar a
couraça de seu próprio prazer e comodidade, que deveriam desenvolver
uma nova sensibilidade para com as necessidades do próximo. O homem
não é cristão até que não toma consciência da aguda necessidade e do
clamor dessa humanidade pela qual Cristo morreu.

CONCLUSÃO

Portanto, como bem escreveu o comentarista da Lição: “O que Deus espera


de nós é que sejamos santos como Ele é santo. Resistir ao Inimigo, no contexto de
Tiago, resume-se em que cada um de nós sujeitemo-nos a Ele. [...]. É essa
dependência de Deus que nos leva à vitória em Cristo.”

Destarte, cantemos ao Senhor Jesus com alegria – este lindo coro extraído do
número 112 da nossa Harpa Cristã –, vivendo sempre em santidade ao Senhor.

Há poder, sim, força e vigor


Neste sangue de Jesus;
Há poder, sim, no bom Salvador;
Oh! Confia no Cristo da cruz.

[Jairo Vinicius da Silva Rocha. Professor. Teólogo. Tradutor. Bacharel em


Biblioteconomia – Presbítero, Superintendente e Professor da E.B.D da Assembleia
de Deus no Pinheiro.]
Maceió, 02 de janeiro de 2019.

S-ar putea să vă placă și