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EXCELENTÍSSIMA SENHORA DOUTORA JUÍZA DE

DIREITO DA ___ VARA DO JÚRI DA COMARCA DE


PORTO ALEGRE – RIO GRANDE DO SUL

JOSÉ FERNANDO GONÇALVES SILVA, já qualificado nos


autos da ação penal nº..., que lhe move a Justiça Pública,
vem, por seu advogado que esta subscreve,
respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, dentro
do prazo legal, interpor

RECURSO EM SENTIDO ESTRITO

com fundamento no artigo 581, inciso IV, do Código de


Processo Penal, pelas razões de fato e de direito a seguir
expostas, requerendo seja recebido e processado o
presente recurso e, caso Vossa Excelência não se retrate,
conforme preceitua o artigo 598 do Código de Processo
Penal, que encaminhe os autos, já com as inclusas razões,
ao Egrégio Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do
Sul.

Termos em que,

Pede deferimento.

Porto Alegre, data...

Advogado

OAB nº...
AUTOS Nº...

VARA DE ORIGEM: ___ VARA DO TRIBUNAL DO JÚRI


DA COMARCA DE PORTO ALEGRE

RECORRENTE: JOSÉ FERNANDO GONÇALVES SILVA

RECORRIDA: JUSTIÇA PÚBLICA

Egrégio Tribunal de Justiça

Ínclitos Julgadores

Douta Procuradoria de Justiça

Em que pese o notável saber da magistrada a quo, não agiu


ela com o costumeiro acerto, razão pela qual se impõe a
reforma da r. decisão, pelas razões de fato e de direito a
seguir expostas.
I – DOS FATOS

Segundo restou apurado nos autos, o recorrente foi


denunciado como incurso nas penas do artigo 121, caput,
do Código Penal, tudo porque no dia 16 de junho de 2010,
por volta de 20h30, na rua Martin Minaberry, altura do nº
206, bairro Glória, na cidade de Porto Alegre, o agente,
fazendo uso de uma barra de ferro, efetuou golpes contra a
vítima Rubens José Garcia, causando-lhe o óbito por
hemorragia interna torácica.

Não houve apresentação de resposta à acusação.

Realizada a instrução em juízo e ouvida as testemunhas,


em memoriais escritos o Ministério Público propugnou pela
pronúncia do acusado nos exatos termos da inicial
acusatória, enquanto a defesa requereu a absolvição
sumária do acusado em virtude de legítima defesa.

Em sede de sentença, a douta magistrada pronunciou o réu


pelo delito de homicídio simples, apontando que a autoria
do fato foi provada. Ademais, disse que as testemunhas
inquiridas apontam o réu como autor do golpe que vitimou
Rubens José Garcia, por fim rechaçando a tese defensiva,
ao dizer que ela não poderia ser acolhida, tendo em vista
que a situação de agressão injusta claramente não
aconteceu.
II – DO DIREITO

Inicialmente, cumpre frisar que, segundo consta dos autos,


não houve apresentação de resposta à acusação dentro do
prazo legal. Todavia, a magistrada, ao invés de seguir o
que preceitua a legislação, deu continuidade ao processo,
desaguando na pronúncia rechaçada pelo presente
recurso.

É que o artigo 408 do Código de Processo Penal exige que,


não apresentada a resposta à acusação dentro do prazo
legalmente previsto, é necessário que o juiz nomeie
defensor para oferecê-la em até dez dias, possibilitando-lhe
vista dos autos.

Por tanto, ante a inobservância da presente regra, é


necessário que este Egrégio Tribunal decrete a nulidade do
processo até a citação, para assim dar continuidade ao
processo, na forma legalmente prevista, sem que haja o
presente cerceamento de defesa, na forma dos artigos 564,
inciso IV, e 408, ambos do Código de Processo Penal.

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Ademais, Excelência, é dos autos que a magistrada de


primeiro grau pronunciou o réu pela prática do crime de
homicídio simples, conforme requerido na denúncia
ofertada pelo Ministério Público, mas prolatando a
sentença de maneira equivocada.
Segundo consta da sentença de fls. 87/89, a magistrada
fundamentou sua decisão dizendo que se encontrava
provada a autoria do fato, afirmando, mais adiante, que as
testemunhas inquiridas durante a instrução em juízo
apontaram o pronunciado como autor do golpe que causou
o óbito de Rubens.

Ocorre que, a magistrada não se limitou a fundamentar a


pronúncia com a mera indicação da materialidade do fato e
a existência de indícios suficientes de autoria ou de
participação no crime, nos termos do artigo 413, § 1º, do
Código de Processo Penal, fazendo constar, ainda, que a
tese defensiva não poderia ser acolhida, tendo em vista que
a situação de legítima defesa arguida em memoriais não
ocorreu.

Dessa forma, é de rigor a aplicação da nulidade prevista no


artigo 564, inciso IV, do Código de Processo Penal, ante a
inobservância de formalidade que constitua elemento
essencial do ato, tendo em vista que a magistrada deixou
de seguir o disposto no artigo 413, § 1º, do mesmo diploma
legal, exercendo o chamado excesso de pronúncia.

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Ainda, nota-se que não há nos autos qualquer alusão à


materialidade delitiva, uma vez que apenas a autoria foi
comprovada pelos testemunhos colhidos em juízo. Não há
dúvidas de que a inexistência de prova da materialidade no
rito do Tribunal do Júri conduz a uma impronúncia.
Desse modo, é necessário que a magistrada de primeiro
grau impronuncie, fundamentadamente, o acusado, ante a
inexistência de prova da materialidade delitiva, nos termos
do artigo 414 do Código de Processo Penal.

III – DOS PEDIDOS

Diante do exposto, requer seja o presente recurso


conhecido e provido para reformar a r. decisão acostada às
fls. 87/89, anulando a presente sentença de pronúncia, por
excesso, nos termos dos artigos 413, §1º, e 564, inciso IV,
ambos do Código de Processo Penal e, ainda, anulando até
a citação, posto que não houve apresentação da resposta à
acusação e a magistrada deu normal seguimento ao caso,
conforme preceituam os artigos 408 e 564, inciso IV, ambos
do mesmo diploma legal.

Por fim, é necessária a impronúncia do acusado, ante a


inexistência de prova da materialidade delitiva, nos termos
do artigo 414 do Código de Processo Penal.

Termos em que,

Pede deferimento.
Porto Alegre, data...

Advogado

OAB nº...

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